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OS INDÍGENAS DA REGIÃO DO RIO DOCE: IDENTIFIDADE E CULTURA

THE INDIGENOUS PEOPLE OF THE REGION OF RIO DOCE: IDENTITY AND


CULTURE

José Aristides da Silva Gamito1


Introdução

Este breve artigo tem como principal referência o texto de Álvaro Silveira
“Memórias Chorográphicas” publicada em 1921. O presente artigo surge como uma
provocação às escolas de educação básica de Minas Gerais. O Dia do Índio, às vezes, é
comemorado com reforço de estereótipos, com superficialidades, como se índios fossem
apenas um “bicho exótico”. Ao levantarmos um pouco da identidade e dos costumes de
dois povos indígenas da região do rio Doce, estamos abrindo caminhos para que os
educadores conheçam mais estes povos e apliquem isso em sua prática pedagógica.
Neste texto, apresentamos algumas informações sobre a identidade e a cultura
dos índios botocudos e puris e o buscamos a localização deles. Há que se observar que
viviam outros puris em Minas Gerais além da região identificada por Álvaro Silveira.

1. Os botocudos

Segundo Álvaro Silveira, no início do século XX a margem direita do rio Doce


2
era habitada pelos índios botocudos. Os indígenas chamados de botocudos eram
formados por duas etnias falantes de língua macro-gê: Nakrehé e Gutkrak. Esses dois
grupos se reuniram e formação os chamados borun/krenak. Eles são os últimos
botocudos do leste de Minas Gerais.3
Na mata virgem, eles ainda preservavam seus costumes como andar nus e
construir os kijeme, seus ranchos cobertos de folhas de palmeiras. Os mortos eram
cremados sem nenhuma cerimônia fúnebre.4

1
Bacharel e licenciado em Filosofia, bacharel livre em Teologia, especialista em Docência do Ensino
Básico, do Ensino Superior em Língua Latina e Filologia Românica e mestre em Ciências das Religiões.
2
SILVEIRA, Álvaro A. da. Memórias Chorográphicas. Volume I. Belo Horizonte: Imprensa Official do
Estado de Minas Gerais, 1921, p. 521-522.
3
PORTES, Edileila Maria Leite. Arte, Arte indígena, Arte Borum/Krenak: os imbricados caminhos para a
compreensão da arte. Ars, ano 13, n. 25, 2001, p. 89-103.
4
SILVEIRA, 1921, p. 521-522.
As mulheres casadas utilizam o botoque no lábio inferior como sinal de
compromisso. As casadas que deixassem se usá-los eram discriminadas. Tanto homens
quanto mulheres utilizavam um brinco de madeira como adereço.
O casamento entre os botocudos não tinha cerimônia especial. O pretendente que
já pudesse caçar e sustentar a mulher ia até o pai da moça e pedi o consentimento. De
modo geral, os casamentos eram monogâmicos. Existia também a poligamia, mas a
responsabilidade imposta ao marido era grande.
A dieta dos botocudos era à base de carne e de frutas. Comiam quase toda
espécie de animal, inclusive cobras. Eles preparavam a carne assada. Tradicionalmente,
caçavam com arco e flecha. A fruta mais apreciada por eles, segundo Álvaro Silveira, é
a sapucaia (“aju”). O milho (“uati”) era alimento apreciado.5
Os números para os botocudos se limitavam às duas mãos. Isso significava que
contavam até dez, além disso, era multidão. Os botocudos viviam em guerras contra os
povos da margem esquerda do Rio Doce.6

2. Os puris

Ao sul do rio Doce habitavam os índios puris. Segundo Álvaro Silveira, eles
habitavam as margens do rio São Manoel próximo da divisa entre Minas Gerais e
Espírito Santo. Naquela região havia no início do século XX uma aldeia com 40
indivíduos. Estavam lá desde o ano 1873.7
A região onde viviam estes puris é o município de Mutum e região, conforme
aponta Álvaro Silveiro, porque ele afirma que eles habitavam a parte litigiosa entre
Minas Geras e Espírito Santo. 547-548.

Referências

SILVEIRA, Álvaro A. da. Memórias Chorográphicas. Volume I. Belo Horizonte:


Imprensa Official do Estado de Minas Gerais, 1921, p. 521-522.

PORTES, Edileila Maria Leite. Arte, Arte indígena, Arte Borum/Krenak: os imbricados
caminhos para a compreensão da arte. Ars, ano 13, n. 25, 2001, p. 89-103.

5
SILVEIRA, 1921, p. 522-526.
6
SILVEIRA, 1921, p. 546.
7
SILVEIRA, 1921, p. 547.

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