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Desemprego também é oportunidade

Sérgio Campos
Consultor organizacional e diretor-presidente da RHUMO Consultoria
Empresarial
Publicação: 02/08/2015 04:00

Mais uma vez, o desemprego ronda os lares dos brasileiros. A geração mais
madura já vivenciou períodos como esse, marcados pela recessão, falta de
investimento empresarial e pelo temido dragão da inflação. Os últimos dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram
que a taxa de desemprego, registrada do primeiro trimestre até o mês de
maio, é a maior da série histórica iniciada em 2012, 8,1%.

O cenário econômico e político não é o melhor, mas não se pode entregar os


pontos. O ideal é seguir o exemplo de povos asiáticos, latinos e americanos e
encontrar alternativas criativas, ou até mesmo as já utilizadas, para que a
economia volte a girar. Os brasileiros precisam voltar a acreditar no país, pois
isso possibilitará o retorno do investimento do capital estrangeiro e, por que
não dizer, do capital do empresário brasileiro, que, em alguns momentos de
crise, deixa de investir muito antes dos gringos.

A chegada do desemprego é real. Empresas de diversos segmentos,


principalmente de commodities, começaram a demitir, fazendo com que o
mercado reduzisse, significativamente, o giro de dinheiro. Para as indústrias,
houve a necessidade de diminuir o quadro de profissionais ou de colocá-los em
férias coletivas.

Caso você se enquadre em algum desses cenários, não desanime. Recorra a


alternativas para se recolocar no mercado. Em um primeiro momento, busque
se qualificar em cursos gratuitos via internet e por meio de leituras.
Intensifique o relacionamento com a sua rede de contatos, não apenas para
falar de amenidades, mas, sim, para trocar orientações na procura de
caminhos para uma recolocação profissional. Acorde cedo; mantenha a sua
rotina; faça ginástica; e procure informações sobre segmentos que estão
contratando.

Já estamos no segundo semestre do ano, próximo do Dia das Crianças e do


Natal, quando o mercado, normalmente, se reaquece, seja pelas vagas de
empregos temporários, injeção do 13º salário na economia, restituição do
Imposto de Renda ou até, quem sabe, pela retomada dos investimentos. Não
se intimide. Se você receber uma proposta temporária, mesmo com um valor
abaixo do que recebia, sabendo que tem qualificação para receber mais, não
perca a oportunidade. O ideal é que você não compare apenas com os valores
ganhos nos anos anteriores, mas, sim, com o que recebeu na semana passada,
ou seja, nada.

A intenção é despertá-lo para a necessidade de seguir em frente. A crise


afetou a maioria das pessoas, seja grande, médio ou pequeno empresário, e,
por consequência, milhares de profissionais. Muitas pessoas estão encontrando
a solução onde nem imaginavam. Um exemplo é ir trabalhar em cidades do
interior, as quais abrigam o agronegócio, que foi e é a mola propulsora da
economia brasileira.

Diversos profissionais têm perdido o emprego nos mais variados níveis da


escala hierárquica e de maturidade. Sugiro que os profissionais mais novos se
deem o direito de aprender com a maturidade, já que ninguém nasce
sabendo. Não tente acelerar a sua carreira em um momento em que o
mercado está em plena desaceleração. Até porque, há uma vida inteira pela
frente para repor possíveis perdas ou travas da vida profissional.

Passar por situações adversas permite crescimento e avaliar a vida profissional


com outro olhar. Vivenciando a atual crise e outras passadas, é possível
observar que as dificuldades podem se tornar oportunidades. Aproveite o
período de recessão para investir em seu crescimento como profissional,
busque capacitação e se inteire das novidades do seu meio. Procure caminhos
alternativos. Toda crise é passageira e essa não será diferente.

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