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Aula 04

Português p/ IBGE - 2016 (Técnico em Informações Georgráficas e Estatísticas)

Professor: Fernando Pestana


L ngua Portuguesa
Teoria e quest es comentadas
Prof. Fernando Pestana Aula 04

AULA 04: Sintaxe


Salve, salve!!!

Como estão as aulas, gostando? Aproveitando? Exercitando?


Surtando? J Espero que estejam todos muito bem dispostos e atentos,
porque hoje vou falar de Sintaxe. Fiquem espertos!

Já se perguntou por que o assunto Sintaxe desperta tanta ojeriza


em você, ou, pelo menos, na maioria? Porque a Sintaxe é um assunto
muito escorregadio, exigindo do aluno um acúmulo muito grande de
conhecimentos. O suporte para uma boa e famosa análise sintática é o
afiado conhecimento de morfologia (basicamente de classes de palavras).
Você sabia, por exemplo, que preposição, conjunção e interjeição não
exercem função sintática na frase? É isso mesmo, para você analisar
bem a sintaxe, precisa dominar a morfologia, pois elas andam lado a
lado. Vale dizer que a semântica também tem lá sua colaboração...

Há alguns gramáticos, como Celso Cunha, que gostam de analisar a


morfologia e a sintaxe juntas, chamando essa combinação de
morfossintaxe. Quando alguém diz: “O garoto fugiu”, o núcleo do
sujeito (análise sintática/sintaxe) é um substantivo (classe
gramatical/morfologia). Acabamos de fazer uma análise morfossintática.
Percebeu que o conhecimento de classes de palavras (morfologia)
caminha junto com a análise sintática (sintaxe)?

Fique tranquilo, pois, para ser bem redundante, vou desdobrar duas
vezes o avesso para você sair desta aula superconfiante. Mandando na
Gramática! Quero que você domine a gramática e entenda que, como diz
Luís Fernando Veríssimo, “A Gramática precisa apanhar todos os dias pra
saber quem é que manda”. Preparado para mandar nela? Mandar bem na
prova? Torço por você. 60043761321

O que é Sintaxe?

É a parte da gramática que trata da ordem, relação e função das


palavras na frase.

Observe a seguinte frase:

Estratégia alunos os do próximo classificarão o se concurso para


ano neste.

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Ahn?! Estranha, não? Adivinha por quê? "Ah, Pestana, deve ter
alguma coisa a ver com a sintaxe". Não tenha dúvidas, meu/minha nobre.
Leia de novo acima a definição de sintaxe. Percebeu?

A definição acima diz: "...trata da ordem...", e ORDEM é sinônimo


de ORGANIZAÇÃO. Logo, você já chegou à conclusão desejada por mim:
as palavras estão fora de... ordem, ou sequência — mais do que isso, elas
estão tão embaralhadas que nem chegam a refletir a estrutura sintática
da nossa língua. Até aí, tudo bem, certo?

Colocando-as na ordem (usual, comum, normal) sintática da língua


portuguesa, veja se não ficaria assim:

Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso


neste ano.

Perfeito! Em outras palavras, os falantes da língua organizam as


palavras mentalmente antes de formar frases; normalmente segue-se
esta ordem: Sujeito, Verbo, Complemento e Adjunto (S V C A), chamada
de ordem direta. Foi o que fiz.

Bem, o primeiro passo já foi cumprido: fazer você entender que a


sintaxe da língua envolve a disposição, a sequência, a organização das
palavras dentro da frase. Foi?! Maravilha. Vamos para o segundo passo.

Percebeu que determinadas palavras ficaram juntas de outras,


formando uma espécie de grupo/conjunto de palavras? Note o primeiro
grupo (ou sintagma):

Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso


neste ano.

Note agora o segundo grupo:


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Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso


neste ano.

Note o terceiro:

Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso


neste ano.

Por fim, o quarto:

Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso


neste ano.
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Ficou um arco-íris isso, não? :)

Bem, a pergunta que não quer calar: “Tá, e aí, Pestana?”

Por que as palavras foram divididas em grupos (ou sintagmas)?


Simples! Algumas inexoravelmente mantêm relações com outras, logo
não podem vir desvinculadas. Vou explicar melhor. Se alguém
perguntasse para você assim: Aluno(a), quem 'se classificará para o
próximo concurso neste ano'? O que você responderia? "Os", ou "alunos",
ou "do", ou "Estratégia", ou "Os alunos do Estratégia"?

Certamente seria esta sua resposta: "Os alunos do Estratégia".


Adivinha por quê? A resposta é que as palavras mantêm uma relação
entre si. Ok? Está acompanhando? Então, continue.

Por fim, a função das palavras na frase, ou seja, a famosa função


ou classificação sintática dos termos da oração. Para os concursos, você
tem de saber os nomes que são dados para classificar as funções que as
palavras (ou os grupos de palavras) exercem na frase.

Você já teve aula disso alguma vez em sua vida, por isso, voltando
para a frase exemplar, observe que o S é o sujeito, o V é o verbo, o C é o
complemento e o A é o adjunto adverbial. Veja:

Os alunos do Estratégia (S) se classificarão (V) para o próximo


concurso (C) neste ano (A).

Acabamos de fazer uma breve análise sintática dos grupos de


palavras nesta frase. Percebeu? É importante dizer também que os
grupos de palavras (sintagmas) podem estar invertidos na frase:

Para o próximo concurso (C) neste ano (A) os alunos do


Estratégia (S) se classificarão (V).
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ou

Neste ano (A) os alunos do Estratégia (S) se classificarão (V) para


o próximo concurso (C).

Tal inversão respeita a relação das palavras na frase, os sintagmas


(grupos de palavras) continuam juntos. Percebeu? O que mudou apenas
foi a ordem, por isso chamamos de ordem indireta/inversa. Esta
ordem é prevista na Língua Portuguesa, pois reflete a estrutura sintática
da nossa língua.

Enfim... a noção de sintaxe não é mais um mistério. Enquanto o


objeto de estudo da Fonologia é o som das palavras, enquanto o objeto

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de estudo da morfologia é a forma das palavras, o objeto de estudo da
sintaxe é a palavra dentro da frase, dentro da oração, dentro do período.
E é isso que veremos agora!

O que é Frase, Oração e Período?

Vamos entender mais os mecanismos da sintaxe, como frase,


oração e período.

Frase é qualquer enunciado (curto ou longo) que estabelece


comunicação. Ela pode ser nominal ou verbal. Imagine a seguinte
situação: o Flamengo perde do Vasco (meio difícil, mas...) e um torcedor
flamenguista se lamenta com outro: "E agora, com o Vasco na frente da
tabela?"

Percebeu que não há sequer um verbo na frase dele? Logo a frase


é nominal. Agora, se ele dissesse assim (ainda lamentando): "Agora,
com o Vasco na frente da tabela, com certeza vou ser zoado!", a frase
seria verbal, pois nela há uma forma verbal (uma locução verbal, ‘vou
ser zoado’). Simples assim.

Vale dizer que no fim dessas duas frases há sinais de pontuação


diferentes, percebeu? "E isso significa alguma coisa, Pestana?"
Certamente.

Existem estes cinco tipos de frase, segundo a gramática tradicional:

· Declarativa: o enunciado é afirmativo ou negativo; termina em


ponto (.) ou reticências (...).

Ex.: Eu sou você amanhã. / Você nunca será como eu.

Obs.: É praxe encontrar palavras de sentido negativo em frases declarativas


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negativas: não, nunca, jamais, nada, nenhum...

· Interrogativa: o enunciado apresenta um questionamento


direto ou indireto; termina em ponto de interrogação (?) se a
indagação for direta; em ponto, se for indireta.

Ex.: Aonde você pretende chegar? / Não sei onde ela pode estar.

Obs.: Para perceber uma interrogativa indireta, ignore o 'Não sei' e se dará conta
de que é possível fazer uma pergunta direta com o restante da frase: 'onde ela
pode estar (?)'.

· Exclamativa: o enunciado exprime um sentimento e uma


altissonância; termina em ponto de exclamação (!)
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Ex.: Que pena! (lamento) / Deus ouviu as minhas preces! (alegria)

Obs.: O que realmente determina uma frase exclamativa é a expressão de uma


emoção.

· Imperativa: o enunciado apresenta um tom de ordem,


pedido, súplica, exortação, advertência, etc.; verbos no imperativo
(afirmativo ou negativo) marcam tal tipo de frase; termina em
ponto, ponto de exclamação ou reticências.

Ex.: Volte! / Seja mais razoável. / Não faça isso...

· Optativa: o enunciado exprime um desejo; termina em ponto


ou ponto de exclamação, normalmente.

Ex.: Bons ventos o tragam. / Deus te ouça, meu filho! / Boa sorte!

Obs.: Alguns gramáticos consideram a optativa (com tom de maldição, praga)


como frase imprecativa: Vá para o inferno, e que o Diabo o carregue!

Para ilustrar os tipos de frase, veja este diálogo:

— Você vai à festa hoje? (frase interrogativa)

— Sim! (frase declarativa afirmativa)

— Tomara que a Ju esteja lá. (frase optativa)

— A Ju nunca falta. (frase declarativa negativa)

— Que bom! (frase exclamativa)

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Agora você, meu nobre leitor, precisa entender o que é a Oração.


Uma Oração não é nada mais que uma frase verbal; seu núcleo é um
verbo (ou uma locução verbal). Portanto, todas essas frases do diálogo,
exceto a segunda e a última, são orações. Diz-se que
uma oração é absoluta quando apresenta só um verbo:

Todos os alunos do Estratégia, leitores do professor


Pestana, preparam-se para concursos.

Há outras orações. As coordenadas, as principais, as subordinadas


(justapostas, desenvolvidas e reduzidas) e as interferentes são
designadas assim quando fazem parte de um período composto. Por isso,
precisamos entender o que é um período.

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Período é uma frase que possui uma ou mais orações; começa com
letra maiúscula, apresenta um verbo (ou locução verbal) e termina em
ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências. Há
dois tipos:

· Simples: constituído de uma oração (o período acima em


negrito é simples).

Ex.: Estudo com o Pestana. / Muitos professores do


Estratégia continuam escrevendo artigos para seus alunos! /
Seria essa a resposta certa?

· Composto: constituído de mais de uma oração; pode ser


formado por coordenação, subordinação ou coordenação e
subordinação (período misto)

Ex.: Os resultados foram ótimos, por isso ficamos satisfeitos.


(coordenação) / Pedi que todos viessem preparados.
(subordinação) / Sei que eles passaram e que se estabeleceram
na profissão. (coordenação e subordinação)

Em um primeiro momento, não se preocupe com o que venha a ser


coordenação ou subordinação, ok? Falarei sobre isso cautelosamente em
breve. Antes, porém, entenda a Sintaxe do Período Simples (você vai
aprender sobre todos os termos sintáticos da oração)

Sintaxe do Período Simples

Nesta parte irei falar sobre o sujeito, o predicado, os predicativos


(do sujeito e do objeto), os objetos (direto e indireto), o complemento
nominal, o agente da passiva, os adjuntos (adnominal e adverbial), o
aposto e o vocativo, os quais fazem parte dos Termos da
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Oração (essenciais, integrantes e acessórios, segundo as gramáticas


normativas). Estes termos fazem parte da análise sintática do período
simples, ou seja, uma sentença constituída por uma só oração.
Acompanhe!

Termos Essenciais da Oração

Aqui se encaixam o sujeito e o predicado, que, dentro da oração, não


deixam de figurar, por isso são essenciais. Na oração sem sujeito, o
sujeito não é essencial, mas é só neste caso.

O Sujeito (S)
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· É o termo sobre o qual se declara alguma coisa, concordando em
número e pessoa com o verbo/locução verbal.

· É o termo que normalmente pratica ou sofre a ação verbal.

· É o termo cujo núcleo pode ser um substantivo, pronome,


numeral, verbo no infinitivo ou palavra substantivada.

Ex.: Aquelas questões de sintaxe estavam muito fáceis.

Elas estavam muito fáceis.

As duas estavam muito fáceis.

Estudar é muito fácil.

Teu porquê continua sendo um mistério para mim.

Percebeu que eu coloquei em negrito o núcleo do sujeito?


O núcleo é a palavra mais importante de um termo sintático;
normalmente os determinantes - artigos, pronomes, numerais, adjetivos
e locuções adjetivas - vêm ao redor do núcleo, formando um sintagma
(grupo de palavras relacionadas).

Uma boa maneira de identificarmos o sujeito de uma oração é fazer


a pergunta "o que...?" ou "quem...?" antes do verbo. Observe a
primeira oração do exemplo acima: "O que estava muito fácil?", resposta:
"Aquelas questões de sintaxe". Achou o sujeito!

Às vezes, a ordem da oração pode ser inversa, logo o sujeito, o qual


normalmente vem antes do verbo, pode vir depois: "Estavam muito
fáceis aquelas questões de sintaxe" ou “Agradou-me o fato de ter
uma pessoa amiga ao meu lado em situações difíceis”. Não
confunda com objeto direto. Vou dizer mais, meu/minha nobre: AS
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BANCAS ADORAM TRABALHAR QUESTÃO COM SUJEITO EM ORAÇÕES


COM A ORDEM INDIRETA. Fica ligado nisso!

Vejamos agora os Tipos de Sujeito:

1) Simples: apresenta somente um núcleo; aparece explícito ou implícito


(oculto).

Ex.: Alguém escondeu a minha bolsa. (explícito)

A minha bolsa foi escondida. (explícito)

Escondeste a minha bolsa? (implícito/oculto)

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Obs.:
1- No último exemplo, fica fácil perceber que o sujeito oculto é o 'tu', pois a
desinência/terminação do verbo é de 2ª pessoa do singular, ou seja, "Tu escondeste a
minha bolsa?" Cabe dizer mais uma palavrinha de cautela: se o verbo vier no
imperativo, o sujeito normalmente virá implícito: "Nunca mais esconda (você) a minha
bolsa!" Alguns gramáticos, como Celso Cunha, dividem o sujeito simples do sujeito
oculto, daí não seriam quatro tipos, mas cinco.
2- Em frases com verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir,
sentir) + pronome oblíquo átono + infinitivo ou gerúndio, tais pronomes são sujeitos
simples do verbo no infinitivo ou gerúndio: Mandei-a chegar cedo (= Mandei que ela
chegasse cedo).

2) Composto: apresenta mais de um núcleo explícito.

Ex.: Ele e ela esconderam a bolsa.

Minha chave e minha bolsa foram escondidas.

Obs.:

1- Se o sujeito composto vier depois do verbo, este pode concordar com o termo mais
próximo, ficando no singular: "Foi escondida minha bolsa e minha chave."

3) Indeterminado: este tipo de sujeito é interessante, pois se


assemelha ao implícito/oculto; só que, apesar de o verbo indicar que
houve uma ação praticada por alguém, a identidade do sujeito é
desconhecida, indeterminada; existem três situações clássicas:

· Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito

Ex.: (?) Esconderam minha bolsa. (Alguém escondeu, mas quem?)

Obs.: Em "Meus filhos João e Pedro vivem aprontando. Outra vez esconderam minha
bolsa.", o verbo esconder não apresenta sujeito explícito e está na 3ª pessoa do
plural, no entanto não há indeterminação do sujeito, pois o contexto indica quem são
os que praticaram a ação de esconder. Logo, o sujeito do verbo esconder é oculto, e
não indeterminado. Fique esperto! 60043761321

· Verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado de partícula de


indeterminação do sujeito ‘se’ (PIS), indicando uma ideia de
generalização/indefinição

Ex.: Só se é feliz neste lugar por causa de vocês. (Quem é feliz?


Todos que são de lá)

Vive-se bem no Rio de Janeiro. (Quem vive? Todos que lá


vivem)

Necessita-se de muita segurança lá. (Quem necessita? Todos


que estão lá)
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Ama-se a Deus nesta Igreja. (Quem ama? Todos que a


frequentam)

Obs.: Na última frase, o sujeito só é indeterminado porque o verbo transitivo


direto (VTD) está seguido de preposição!!! Falando nisso, não confunda a
partícula SE (PIS) com SE (PA). A partícula apassivadora (PA) aparece com VTD
sem preposição e pode-se desdobrar a oração que a contém; isso já não ocorre
com o verbo com a partícula de indeterminação do sujeito (PIS).

Ex.: Vendeu-se tudo na loja. (Tudo foi vendido na loja).

Duvida-se de tudo hoje em dia. (De tudo é duvidado hoje em dia???)

· Verbo no infinitivo impessoal

Ex.: É proibido entrar aqui. (Quem não pode entrar?)

Obs.: O interessante desta frase logo acima é que o sujeito do verbo ser é o verbo
no infinitivo entrar, ou seja, "Entrar aqui é proibido". Sempre acho muito
importante dizer que, quando o núcleo é um pronome indefinido, não há
indeterminação do sujeito, ou seja, há sujeito simples nestas frases: "Quem me
ligou?" "Alguém ligou, pai".

4) Oração sem sujeito (sujeito inexistente): trazem verbos


impessoais, os quais não apresentam um sujeito promovendo a ação
verbal; tais verbos são usados na 3ª pessoa do singular:

· Haver com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido

Ex.: Havia poucas pessoas aqui.

Houve duas confusões ali.

Abandonei o cigarro há um mês.

Obs.:
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1- O verbo ter pode ser existencial (é coloquial neste sentido, ok?): "Terá reuniões
aqui", "Tinha uma pedra no meio do caminho".

2- Lembrando que o verbo haver pode ser pessoal, ou seja, ter sujeito, se fizer parte
de uma locução verbal ou se tiver outros sentidos: "Ele haveria de fazer isso", "Os
rivais se houveram no ringue", "Eu me haverei bem diante dos convidados"...

· Fazer e Estar indicando tempo ou aspectos naturais (clima).

Ex.: Faz meses que não a vejo.

Aqui faz invernos rigorosos.

Estava frio naquele dia.

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Obs.: Os verbos fazer e estar podem ser pessoais, ou seja, ter sujeito: "Fazem dez
anos de casamento hoje os meus amigos", "Ele fez todos os exercícios",
'Vocês estão bem?"...

· Ir + para indicando tempo decorrido

Ex.: Vai para dois anos que ela se casou.

Obs.: O verbo ir pode ser pessoal: "Já se foram duas horas de aula", "Ele foi à
festa"...

· Passar + de indicando tempo

Ex.: Já passava das cinco horas.

Obs.: Verbo passar pessoal: "Passou-se meia hora de aula", "Ele passou dez minutos
aqui"...

· Bastar/Chegar + de no imperativo, indicando suficiência

Ex.: Basta de tolices! Chega de problemas!

Obs.: Verbo bastar/chegar pessoal: "Quatro fatias não chegam para tua satisfação?",
"Não basta ser amigo, ok?"

· Parecer/Ficar indicando tempo ou aspectos naturais

Ex.: Parecia tarde da noite.

Ficou escuro do nada.

Obs.: Verbo parecer/ficar pessoal: "Todos pareciam abobalhados","Alguém ficou sem


dinheiro aí?"...

· Ser indicando hora, data, distância e aspectos naturais


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Ex.: São três horas da madruga.

Hoje são dezoito de outubro.

São dois quilômetros daqui a sua casa.

Já era manhã de primavera quando acordei.

Obs.: O verbo ser é o único impessoal que fica no plural como vocês puderam ver!!!
Verbo ser pessoal: "Ele é gente boa", "O presidente será reeleito?"...

· Verbos que indicam Fenômenos Naturais (chover, ventar, nevar,


gear, trovejar, amanhecer, escurecer...)
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Ex.: Ventou, trovejou, choveu e depois nevou no Sul.

Obs.: Em sentido figurado, são pessoais. "O patrão escureceu de raiva",


"Amanheceu um dia lindo", "Todos os dias chovem notícias tristes nos jornais"...

Todos os verbos impessoais, quando acompanhados de auxiliares, transmitem a


estes sua impessoalidade, ficando no singular.

Ex.: Há lanches sobre a mesa.

Deve haver lanches sobre a mesa.

Fará dias quentes em dezembro.

Vai fazer dias quentes em dezembro. (...)

Deixarei para falar dos sujeitos oracionais e suas peculiaridades


mais à frente, em período composto.

O Predicado (P)

· É a soma de todos os termos da oração, exceto o sujeito e o


vocativo. É tudo o que se refere ou se atribui ao sujeito.

· Pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, levando-se em conta


que normalmente o núcleo do predicado é o verbo.

Ex.: A língua portuguesa sofreu uma reforma recentemente.


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Para o reconhecimento dos tipos de predicado, precisamos entender


o conceito de predicação verbal ou transitividade verbal, afinal, não
existe predicado sem verbo. O verbo tem um papel muito importante,
pois mantém relações com os outros termos da frase. Portanto, estude
bem esta parte, ok?

Predicação verbal

Também chamada de transitividade verbal, é a relação entre o verbo e


outros termos da oração dentro do predicado. Existem dois grupos de
verbos: os nocionais (intransitivos e transitivos) e os relacionais (de

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ligação, normalmente: ser, estar, permanecer, continuar, parecer, ficar,
tornar-se, transformar-se...). Vamos ver primeiro os relacionais:

· Verbo de ligação (VL): é aquele que relaciona o sujeito ao seu


predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou condição do
sujeito); não indicam ação alguma por parte do sujeito, por isso são
“vazios” de significado, indicando apenas estado.

Ex.: João é alegre. (estado permanente)

João está alegre. (estado transitório)

João ficou alegre. (estado mutatório)

João permanece alegre. (estado continuativo)

João parece alegre. (estado aparente)

Obs.: A predicação do verbo depende do seu valor no contexto frasal. Logo, o VL pode
deixar de ser VL para ter outra predicação, e verbos que não são VL podem passar a ser.
Logo, não confundir:

Ex.: João viveu o momento. (verbo nocional)

João vive alegre. (verbo relacional/VL)

João anda rápido. (verbo nocional)

João anda feliz. (verbo relacional/VL)

João está em casa. (verbo nocional)

João está satisfeito. (verbo relacional/VL)

Há verbos nocionais que passam a relacionais e vice-versa. Fique ligado


nisso!
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E agora os verbos nocionais, ou seja, aqueles que apresentam conteúdo


significativo, indicando normalmente ação ou movimento.

· Intransitivo (VI): não exige complemento verbal, pois tem sentido


completo; normalmente uma expressão adverbial (de lugar,
tempo...) acompanha os verbos intransitivos que indicam
deslocamento ou moradia.

Ex.: Dia 5 de outubro, o famoso inventor Steve Jobs morreu.


(quem morre, morre)

Todos chegaram ao teatro à noite. (quem chega, chega a


algum lugar)
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Obs.: Aluno, cuidado com os verbos ir, chegar, voltar, regressar, retornar, morar,
residir, habitar e sinônimos, pois eles aparentemente exigem um complemento, mas
não exigem complemento algum, apenas são especificados por uma expressão indicando
lugar, pois, caso contrário, o interlocutor não entenderia plenamente uma frase como
esta: “Ele foi, amigo”. (pergunta óbvia: Ele foi aonde?). Estes verbos precisam de um
especificador de tempo e não de um complemento. Tais verbos são considerados
intransitivos!!!

· Transitivo direto (VTD): para o sentido dele ficar pleno, exige um


complemento (objeto direto) sem preposição obrigatória; uma
maneira de saber que o verbo é VTD se dá através de uma
passagem de voz ativa para passiva; se for possível, VTD.

Ex.: Por que os homens destroem assim a natureza? (quem destrói,


destrói alguma coisa)

Obs.: Não raro, o complemento deste tipo de verbo vem em forma de pronome átono
(o, a, os, as (lo, las, los, las/no, na, nos, nas)): Por que os homens destroem-na assim?

· Transitivo indireto (VTI): para o sentido dele ficar pleno, exige


um complemento (objeto indireto) com preposição obrigatória.

Ex.: Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus.

Obs.: Note que ‘tenho de acreditar’ é uma locução verbal, cujo verbo principal contém a
predicação, ou seja, é ele quem dita a transitividade verbal da locução (quem acredita,
acredita em...)

· Transitivo direto e indireto (VTDI): exigem dois complementos,


um sem preposição e outro com preposição.

Ex.: Eu comuniquei o problema a todos.

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Só o contexto determinará a classificação, a transitividade do verbo.

Ex.: Ela escreve bem. (VI)

Ela escreveu dois poemas. (VTD)

Ela ainda não me escreveu. (VTI)

Ela não me escreveu nada. (VTDI)

Vamos entender agora um pouco do que é o Predicativo, porque este

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conhecimento servirá para entendermos os tipos de predicado
melhormente. Veja:

Predicativo é o termo sintático que expressa estado, qualidade ou


condição do ser ao qual se refere; seu núcleo pode ser um adjetivo
(normalmente), substantivo, numeral, palavra substantivada, etc. São
dois tipos (do sujeito e do objeto (OD/OI)):

· Do sujeito (PS): refere-se ao sujeito, caracterizando-o; não


necessariamente aparece só com VL.

Ex.: (Nós) Estamos felizes. (VL)

O trem chegou atrasado. (VI)

Ele foi nomeado supervisor pelo gerente. (VTD)

Eles assistiram nervosos à partida. (VTI)

Eles deram, ansiosos, um presente ao irmão. (VTDI)

Obs.: Pode vir preposicionado: A taça é de cristal.

· Do objeto direto (POD): normalmente é uma característica dada


pelo sujeito ao objeto direto; enfim, é um termo sintático que
modifica o objeto direto.

Ex.: O povo elegeu-o presidente.

Chateada, convocaram a Amanda mesmo assim.

Obs.: Neste último exemplo note que o POD (chateada) está deslocado do objeto
(Amanda).

Obs.: Acho importante dizer que pode haver predicativo referente a uma oração: Eu
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considero válido que você arrume um emprego. O que é considerado válido pelo
sujeito? ISTO: ‘que você arrume um emprego’, complemento (objeto direto) do verbo
considerar.

· Do objeto indireto (POI): refere-se ao objeto indireto,


caracterizando-o.

Ex.: Gosto de vocês quietinhos.

Eu preciso de você consciente.


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Nas orações do tipo "São três horas", "São cem metros daqui até lá", os termos
destacados são predicativos do sujeito; apesar de o verbo ser impessoal.

Os termos que parecem advérbios, ligados ao sujeito por verbo de ligação, indicando
estado, condição ou qualidade são predicativos do sujeito.

Ex.: Sua casa é longe?/ Ela ainda está de pé!/ Eu estou sem sono

A ordem do predicativo do sujeito pode mudar a predicação verbal.

Ex.: O garoto ficou curado em casa. (VL) / O garoto ficou em casa curado. (VI)

Normalmente indicando opinião, os verbos transobjetivos (julgar, chamar, nomear,


eleger, proclamar, designar, considerar, declarar, adotar, tornar, encontrar,
achar...) exigem um objeto e um predicativo do objeto.

Ex.: O juiz julgou o recurso (OD) improcedente (POD)./ O juiz considerou o réu
(OD) culpado (POD).

O verbo transobjetivo ‘chamar’ no sentido de nomear, apelidar, cognominar,


classificar é interessante, pois pode ser VTD ou VTI. A preposição de é facultativa.

Ex.: Chamei-lhe (de) vigarista. (VTI / POI)

Chamei ao rapaz (de) vigarista. (VTI / POI)

Chamei-o (de) vigarista. (VTD / POD)

Chamei o rapaz vigarista. (VTD / POD)

Tipos de predicado

São três tipos: nominal, verbal e verbo-nominal.


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· Nominal (PN): tem como palavra mais importante (ou seja, o


núcleo) um nome; constituído de VL + PS.

Ex.: Os alunos parecem bem interessados ultimamente.

· Verbal (PV): expressa ideia de ação/movimento e tem como núcleo


um verbo; constituído de qualquer verbo, exceto o de ligação.

Ex.: Meus alunos não estão em sala de aula.

Alguns animais só se alimentam de plantas.

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Todos nós visamos a uma carreira estável.

O rapaz informou sua classificação ao mestre.

· Verbo-nominal (PVN): é a mistura dos dois de cima; composto de


um verbo qualquer que não seja de ligação + um predicativo (do
sujeito ou do objeto)

Ex.: O trem chegou à estação atrasado.

O povo reelegerá Dilma presidenta daqui a poucos anos?

Convidaram o professor emocionados para a despedida.

Forneci um vultoso material aos alunos feliz da vida.

Estes foram os termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado.


Faça bastantes exercícios para internalizar as informações apresentadas
até agora. Vamos aos termos integrantes da oração!

Termos Integrantes da Oração

São os Complementos Verbais (OD e OI), o Complemento Nominal


(CN) e o Agente da Passiva (AGP). Chamados assim, pois integram,
completam uma parte da oração.

Complementos verbais

São elementos que estabelecem uma relação sintática com o verbo e


completam seu sentido. Existem dois tipos:

· Objeto direto (OD): complemento do VTD, sem o auxílio de


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preposição.

Ex.: O político desonesto quebrou todos os protocolos.

A Língua Portuguesa e todas as suas regrinhas, só


mesmo o professor domina.

1- Os pronomes oblíquos o(s) e a(s) (e suas variações) quase sempre exercem a


função de OD. Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem exercer a função
de OD.
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Ex.: O político os quebrou sem cerimônia.

Só mesmo o professor as domina.

Levou-me à sabedoria esta aula.

Admira-te que eu tenha voltado?

2- Existe o objeto direto preposicionado, geralmente através da


preposição a ou de; lembre-se sempre de que não é o verbo que exige a preposição,
mas sim ela é posta por motivo de ênfase ou clareza (existem muitos casos,
abordarei apenas aqueles que costumo ver no seu concurso); esse tipo de
complemento pode aparecer quando:

· OD é pronome oblíquo tônico.

Ex.: Não entendo nem a ele nem a ti.

· OD com o nome Deus e verbos de sentimento.

Ex.: Nós amamos a Deus.

· evitando a ambiguidade.

Ex.: Venceram aos vascaínos os flamenguistas. (perceba que se não houvesse a


preposição ‘a’, ficaríamos na dúvida de quem venceu quem... apesar de que o Vasco
normalmente é vice, então... J)

· OD é pronome indefinido

Ex.: O amor fere a uns, mas a outros não.

· OD é de um sujeito indeterminado pela partícula se (PIS).

Ex.: Admira-se aos mais dispostos.

· OD é constituído por expressões idiomáticas


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Ex.: beber da água, comer do pão (essas preposições indicam parte de um todo), dar
do leite, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por
socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever, esperar por alguém, gozar de
liberdade, saber da verdade...

3- Existe o objeto direto pleonástico, cujos elementos são repetidos em motivo


de ênfase; o oblíquo é normalmente o pleonástico.

Ex.: Este carro (OD), comprei-o (ODP.) hoje.

A mim (ODPrep.) ele nunca me (ODP) vê.

4- Existe o objeto direto interno ou intrínseco, cujo núcleo possui radical


normalmente cognato, semelhante ao radical do verbo da oração; sempre há um
modificador do núcleo.

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Ex.: Ele vive uma vida de rei. / Chorei lágrimas amargas por ti.

· Objeto indireto (OI): complemento do VTI, com preposição


obrigatória; se o OI for um oblíquo, a preposição não aparece.

Ex.: Acredito muito em Deus.

O inimigo resistiu ao ataque.

Desobedeceu-me propositalmente.

1- Se o verbo for transitivo direto e indireto (VTDI), haverá presença obrigatória de


OD e OI.

Ex.: Comprei um carro para mim.

Sempre dou graças a Deus por minhas realizações.

2- Geralmente, o pronome oblíquo LHE tem função de OI e pode ser substituído por
“A/PARA/EM ELE(A/S)”

Ex.: Entreguei-lhe o livro.

O filme é bom; já assisti a ele.

Obs.: Pode ter função de Adjunto Adnominal (ADN), quando indicar posse: Beijei-lhe o
rosto = Beijei o seu rosto. Alguns gramáticos dizem que pode ter função de
complemento nominal.

3- Existe o objeto indireto pleonástico, cujos elementos são repetidos para


enfatizar algo, em forma de pronome oblíquo átono, como se pode ver:

Ex.: De que lhe vale ao homem ganhar o mundo?


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A mim não me agrada esse cantor.

Ao ingrato, nada lhe daremos.

Complemento nominal (CN)

É o complemento de um nome (substantivo abstrato, adjetivo ou


advérbio); sempre regido por preposição.

Ex.: Eu tenho certeza da vitória. (substantivo)


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A sala está cheia de gente. (adjetivo)

O júri votou favoravelmente ao réu. (advérbio)

Independentemente disso, volte para mim. (advérbio)

O livro é útil à humanidade. (adjetivo)

A lembrança da namorada ocorreu de repente. (substantivo)

Obs.: Alguns gramáticos, como Sacconi, dizem que em “Sua casa longe da escola”, ‘da
escola’ é um complemento nominal do advérbio ‘longe’. Há um equívoco nesta análise,
pois ‘longe de’ é uma locução prepositiva. Na hora da prova, como você não sabe o que
o ‘homem da banca’ vai aprontar, leia com calma, buscando a “melhor resposta”.

1- Diferença entre CN e OI: enquanto o VTI exige um OI, o nome exige um CN.

Ex.: Creio em Deus. (OI)

A crença em Deus é importante. (CN)

O povo necessita de atenção. (OI)

O povo tem necessidade de atenção. (CN)

Se você não notou, é superválido dizer que os nomes antes dos CNs são derivados
dos verbos; normalmente o CN está ligado a um substantivo deverbal, ou seja,
derivado de verbo (crer > crença; necessitar > necessidade (...))

2- Mera curiosidade: Vamos direto ao que interessa. Onde está o CN?

3- Para alguns gramáticos, como Sacconi, em frases como esta: Estou perto de
casa, há complemento nominal, pois ‘perto’ é interpretado como advérbio de lugar
exigindo a preposição ‘de’, mas a maioria dos gramáticos, como Bechara, entendem
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que ‘perto de’ é locução prepositiva.

Obs.: Há divergência gramatical nas locuções prepositivas “dentro de, perto de,
longe de, diante de”, pois Ulisses Infante, Pasquale Cipro Neto, Sacconi e Celso P.
Luft entendem que tais expressões, na verdade, são advérbios seguidos de
preposição. Do ponto de vista da vastíssima maioria dos gramáticos, porém, tais
expressões são, de fato, locuções prepositivas. Na parte de complemento nominal, o
gramático Manoel Pinto Ribeiro é mais taxativo ainda: “Em ‘Perto de casa’, não
ocorre complemento nominal do advérbio ‘perto’, pois ‘perto de’ é locução
prepositiva que introduz um adjunto adverbial de lugar, ou seja, ‘perto de casa’ em
“Estou perto de casa” é um adjunto adverbial de lugar.

Agente da passiva (AGP)

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É o complemento de um verbo na voz passiva precedido da


preposição por ou de; o núcleo normalmente é um nome.

Voz passiva analítica

Sujeito paciente + locução verbal + agente da passiva.

Ex.: O cantor ficou rodeado de fãs.

Os governantes foram repreendidos pelo povo.

1- O agente da passiva corresponde ao sujeito da ativa.

Ex.: Os fãs rodearam o cantor = O cantor ficou rodeado por/de fãs.

2- O agente da passiva pode estar indeterminado se o sujeito da ativa for


indeterminado.

Ex.: Nossas casas foram atacadas (por alguém) ontem.

3- Diferença entre AGP e CN

Simples: Se você conseguir passar da passiva para a ativa, mantendo o significado,


achará a resposta a sua dúvida.

Ex.: O rapaz foi apaixonado pela colega. (CN) = A colega apaixonou o rapaz???

O rapaz foi assediado pela colega. (AGP) = A colega assediou o rapaz.

Termos Acessórios da Oração


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São estes: o Adjunto Adnominal, o Adjunto Adverbial, o Aposto e,


tradicionalmente, o Vocativo formam o conjunto de termos acessórios.
Chamados assim, pois são, em tese, dispensáveis como um mero
acessório.

Adjunto adnominal (ADN)

É um termo sintático que determina um núcleo substantivo; nunca


separado por pontuação (vírgula e afins)

As classes gramaticais que podem funcionar como ADN são:

Pronome
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Locução Adjetiva
Adjetivo
Numeral
Artigo

Ex.: O homem de negócios comprou só um imóvel: aquela bela casa.

Diferença entre Complemento Nominal (CN) ou Adjunto Adnominal (ADN)

1- Será sempre CN se a expressão regida de preposição estiver ligada


a adjetivo ou advérbio terminado em -mente.

Ex.: Estou desgostoso com vocês / Nada faremos relativamente a este caso.

2- Será sempre CN se a expressão ligada a substantivo abstrato estiver antecedida


de qualquer preposição, exceto a preposição de.

Ex.: Fiz menção (substantivo abstrato) a você ontem. / Tenho amor (substantivo
abstrato) pelo meu filho.

Obs.: Note que menção e amor têm verbos correspondentes: mencionar e amar.

3- Será sempre ADN se a expressão preposicionada, semelhante ao CN, estiver


ligada a substantivo concreto, inclusive iniciado por de.

Ex.: Comprei um material (substantivo concreto) do Estratégia Concursos.

4- Normalmente o ADN mantém uma relação de posse com o substantivo.

Ex.: A atitude do professor foi justa. (A atitude pertence ao professor)

5- O CN tem valor paciente (normalmente o seu núcleo não é uma pessoa) e


encontra respaldo na reescritura de voz passiva analítica; já o ADN tem valor
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agente (normalmente o seu núcleo é uma pessoa) e encontra respaldo na


reescritura de voz ativa.

Ex.: A resolução da questão foi ótima. (CN/A questão foi resolvida/valor paciente) /
A resolução do professor foi ótima (ADN/O professor resolveu/valor agente)

-----------------------------------------------------------------------------------------
OBS.: Nos dois exemplos abaixo, há de se observar se o substantivo antes do CN ou do
ADN é abstrato ou concreto, para encontrar a diferença.

Ex.: A plantação de cana é lucrativa. (CN)

A plantação de cana incendiou. (ADN)


---------------------------------------------------------------------------------------------------

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Depois dessa explicação acima, dá para errar alguma questão na prova? Duvido!
Internalize aos poucos esta diferença, por ler e reler as informações.

Diferença entre Adjunto Adnominal (ADN) e Predicativos (PS/PO)

O ADN expressa uma característica já inerente, permanente ao ser indicado; outra


coisa, o ADN nunca é separado por vírgulas.

O PS ou PO trata de uma informação que é atribuída ao ser, indica um estado


transitório; o PO é normalmente uma opinião do sujeito; se não estiver após o
verbo, vem separado por vírgula

Ex.: O exame deixou o aluno preocupado. (PO)

O aluno preocupado negou o erro. (ADN)

O aluno, preocupado, negou o erro. (PS)

O homem encontrou, bela e elegante, a menina. (PO)

Depois de tanto procurar, encontrei a menina bela e elegante. (ADN)

Obs.: Às vezes, pode existir ambiguidade em uma frase, o que dificultará a análise;
portanto, fique atento ao contexto

Ex.: Achei o homem perdido. (AMBÍGUO)

Bizu para diferenciar o ADN do PO: passe para a voz passiva, se o adjetivo ficar
ao lado do nome, será ADN.

Ex.: Resolvi uma questão difícil > Uma questão difícil foi resolvida por mim. (ADN
nos dois casos, pois o adjetivo ficou AO LADO DO NOME)

· Alguns pronomes oblíquos podem ser considerados adjuntos adnominais desde


que tenham valor de pronome possessivo.

Ex.: Beijou-lhe as mãos. (Beijou as mãos dela)

Roubaram-me o carro. (Roubaram o meu carro)


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Levaram-nos a motivação. (Levaram a nossa motivação)

Adjunto adverbial (ADV)

É um termo ou expressão de valor adverbial que se relaciona a um verbo,


adjetivo ou outro advérbio, modificando-os. Pode vir representado,
portanto, por um advérbio, uma locução adverbial ou um pronome
relativo (veremos isso em orações subordinadas adjetivas). Abordo os
principais, presentes em concursos, ok? Veja, em ordem alfabética:

1- assunto: Falemos sobre futebol agora e não de política.


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2- causa: Ele morreu de fome, e vocês discutem por nada?!

3- companhia: Saiu com a namorada ontem.

4- concessão: Apesar da gripe, saiu de casa.

5- condição: Sem recibo, não pago nem levo o produto.

6- conformidade: Você dança conforme a música?

7- dúvida: Talvez os problemas sejam resolvidos.

8- finalidade: Ele estuda para doutor.

9- instrumento: Escreveu com a caneta especial.

10- intensidade: Estava meio envergonhada.

11- lugar (real ou virtual): Cheguei à sala, mas entrei atrasado no


assunto.

12- meio: Mandei o recado por e-mail.

13- modo: A cerveja que desce redondo. / Estamos bem, no entanto,


mal conseguimos explorar a verdade, pois há uma infinidade de
informação.

14- tempo: Jamais serei zilionário.

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Lembre-se de que o ADV modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio; já o PS/PO e


o ADN modificam um termo de valor substantivo.

Diferença entre ADV e PS/PO

Ex.: O aluno continua sério. (PS)

O aluno falou sério em sala com o professor. (ADV)

Diferença entre ADV e ADN

Ex.: Preciso de muito pensamento positivo. (ADN)

As pessoas trabalham muito. (ADV)

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Aposto (APO)

É um termo de valor substantivo que explica, esclarece, desenvolve ou


resume outro termo anterior. Pode aparecer entre vírgulas, depois de
dois-pontos ou travessão. Há 5 tipos básicos de aposto, vejamos:

1- Explicativo

Ex.: Carolina, uma ótima pessoa, e seu amigo, um idiota, estavam


íntimos demais.

2- Distributivo

Ex.: Tenho dois filhos: um baixinho, outro altinho.

3- Resumitivo

Ex.: João, Maria e eu, ninguém resolvia a questão.

4- Enumerativo

Ex.: Atenderemos a todos: homens, mulheres, velhos e crianças.

5- Especificativo

Ex.: No mês de novembro, a presidenta Dilma foi eleita e usou a


palavra satisfação no seu discurso.

Obs.: Note que o aposto especificativo é um termo que tem o mesmo valor semântico
da palavra especificada anterior, ou seja, "presidenta Dilma", Dilma é o quê? Uma
presidenta. Existem vários presidentes e a palavra específica Dilma aponta qual
presidente é.

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- O APO pode se referir a uma oração inteira através das palavras sinal, coisa, fato,
motivo, razão, o...

Ex.: As nuvens estão chegando, o que pode aborrecer a todos. (ou seja, 'isso pode
aborrecer a todos')

- O APO pode ser de um pronome relativo.

Ex.: Veja o que achei: um anel e um cordão.

- O APO pode aparecer antes do termo a que se refere.


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Ex.: Pessoa feliz, o palhaço atrai a todos. (note que o núcleo do aposto é um
substantivo (pessoa))

- Diferença entre APO e ADN

Há correspondência semântica entre o aposto e o termo a que se refere; é possível


retirar a preposição que precede o aposto. O ADN não tem correspondência
semântica e se a preposição for retirada, a estrutura ficará esdrúxula.

Ex.: A cidade (de) Fortaleza é quente. (APO/Fortaleza é uma cidade)

O clima de Fortaleza é quente. (ADN/ Fortaleza é um clima?)

- Diferença entre APO e PS

Lembre-se: o aposto não pode ser um adjetivo, logo:

Ex.: Desesperado, João perdeu o dinheiro. (PS)

Homem desesperado, João sempre perde o controle. (APO/núcleo: homem)

Vocativo (VOC)

É o termo que põe em evidência algum ser a quem se dirige; indica a


invocação de alguém ou algo; vem sempre separado por vírgula; pode se
deslocar pela oração.

Ex.: Só tem uma garrafa, mãe!

Ó querida, não faça isso comigo.

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- Diferença entre VOC e APO

O vocativo não mantém relação sintática com nenhum termo de uma oração.

Ex.: Solte os rapazes, senhor, urgentemente. (VOC)

Os rapazes, amigos entre si, são honestos. (APO)

- Pode haver ambiguidade entre VOC e APO; só o contexto desfará a ambiguidade.

Ex.: Aqueles candidatos, meus alunos, passaram na prova. (VOC? / APO?)

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Sintaxe do Período Composto

No período simples estudamos apenas a relação entre as


palavras dentro de uma só oração. A análise desta vez é macro, pois
olhamos aqui para a relação entre as orações. Nesta parte irei falar
sobre as famigeradas orações (coordenadas, subordinadas (justapostas,
desenvolvidas e reduzidas) e interferentes). Este tipo de estudo agora faz
parte da análise sintática de uma sentença constituída por mais de uma
oração e a relação entre elas. Acompanhe!

Período Composto por Coordenação

A coordenação trata da relação de independência entre palavras e


orações. Fique tranquilo, pois explicarei com bastante cautela este
assunto. Fique sabendo que, para os concursos, o que importa de
verdade é a coordenação entre as orações.

Vamos lá. Quando você lê uma frase com duas orações (período
composto), é certo que elas mantêm algum tipo de relação. No caso da
coordenação, percebemos que as orações estão simplesmente uma ao
lado da outra (coordenadas), com uma estrutura sintática completa,
de modo que uma oração não depende da outra. Falar que uma
oração tem estrutura sintática completa significa dizer que ela tem sujeito
+ predicado (nas orações sem sujeito, só vai haver predicado). Veja:

Os alunos se encontram muito ansiosos; já as alunas estão tranquilas.

Note que a primeira oração (Os alunos se encontram muito


ansiosos) tem sujeito e predicado, está completa; perceba também que é
até possível colocar um ponto (.) no fim dela. “Por que, Pestana?”
Simples. O ponto indica que o período se concluiu, terminou, não há mais
nada o que dizer. O mesmo ocorre com a segunda oração (já as alunas
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estão tranquilas), que também tem sujeito e predicado, está com a


estrutura sintática completa. Concluindo: uma oração não depende da
outra, porque cada uma tem sua estrutura completa, uma não precisa da
outra sintaticamente.

É por isso que se diz que o período composto por coordenação


apresenta orações sintaticamente independentes. “Agora foi,
Pestana!” Espero que sim, meu nobre.

Tenho mais a dizer. Assim como em aulas presenciais dos cursos


onde ensino a norma culta da Língua Portuguesa aqui no RJ, depois de
explicar tudo isso, não me satisfaço. Então, vou apresentar mais
argumentos para ajudar seu cérebro. :)
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Vamos lá, é o seguinte... as orações coordenadas podem ser


separadas por vírgula, ponto-e-vírgula (já visto acima), dois-pontos ou
travessão. Veja:

Os alunos se encontram muito ansiosos, já as alunas estão tranquilas.

Os alunos estão se esforçando muito: com certeza serão classificados.

Tirei a ansiedade de um só aluno — não fui bem-sucedido com os outros.

Percebeu que as orações separadas por pontuação se encontram


coordenadas, independentes sintaticamente? Muito bem!

Falarei agora de dois tipos de orações coordenadas: as


assindéticas e as sindéticas. Não há mistério algum nisso, beleza? As
assindéticas são aquelas não ligadas por conjunção, não são iniciadas por
conjunção de jeito nenhum! Adivinha quais são as sindéticas? (rs) Isso
mesmo, são as iniciadas por síndeto? “Ahn?!” Síndeto = conjunção. “Ah,
sim...!!! Entendi.”

Vejamos as assindéticas e as sindéticas:

“Sou um gigolô das palavras, vivo às suas custas e tenho com elas
exemplar conduta de um cáften profissional; abuso delas... maltrato-as,
sem dúvida, e jamais me deixo dominar por elas; não me meto na sua
vida particular, não me interessa seu passado, suas origens,
sua família...” (Luís Fernando Veríssimo)

Percebeu que nenhuma assindética (em azul) é iniciada por


conjunção coordenativa? O contrário não é verdadeiro, ou seja, as
sindéticas (em vermelho) são SEMPRE iniciadas por conjunção
coordenativa (no caso, a conjunção ‘e’). Dica: decore as conjunções
coordenativas que você já vai ter mais do que meio caminho
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andado. Vamos ver mais sistematicamente as orações coordenadas


sindéticas.

Orações Coordenadas Sindéticas

São orações com a estrutura sintática completa, iniciadas por uma


conjunção (chamada também de síndeto ou conectivo). Existem 5 tipos
(em azul; as que não estão em azul são assindéticas):

Ø Aditivas: exprimem ideia de soma, adição; iniciadas pelas


conjunções coordenativas aditivas sempre.

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e, nem, tampouco; (não só/apenas/somente)... mas/(assim, bem)como/senão
(também, ainda); (tanto)... quanto/como...

Ex.: Eu compro e vendo.

José não trabalha nem estuda.

Tanto leciono, quanto advogo.

O Brasil não só vai sediar a Copa, bem como sediará as


Olimpíadas.

Ø Adversativas: exprimem ideia de contraste, oposição, ressalva,


adversidade; iniciadas pelas conjunções coordenativas
adversativas sempre.

mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, só que...

Ex.: A polícia invadiu a comunidade; o tiroteio, porém,


continuava.

O conhecimento enfuna, todavia é uma necessidade.

Enriqueceu-se, não obstante continuou a defender as


classes mais desfavorecidas.

Obs.: O e pode ter valor adversativo, e a oração será considerada sindética


adversativa (isso é polêmico entre alguns gramáticos, mas a tradição nos "força" a
analisar assim).

Ex.: Acordou cedo, e chegou tarde. (= mas)

Ø Alternativas: exprimem ideia de opção, exclusão, alternância;


iniciadas pelas conjunções coordenativas alternativas sempre.
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ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, umas vezes...outras vezes,


talvez...talvez...

Ex.: A mulher ora o agradava, ora o ofendia.

Você vai ou não (vai)?

Quer chovesse, quer fizesse sol, tinha de sair.

Ø Conclusivas: exprimem ideia de conclusão; iniciadas pelas


conjunções coordenativas conclusivas sempre.
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logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, assim, em vista disso, sendo
assim, pois (entre vírgulas e depois do verbo), destarte, dessarte...

Ex.: Vocês são especiais em minha vida, por isso não vivo sem
vocês.

Ele estuda todo dia, logo resolverá fácil as questões.

Não me sinto preparado ainda, destarte prestarei concurso


no próximo ano.

Obs.:
1- A palavra logo, de acordo com o contexto, poderá ser conjunção conclusiva ou
advérbio de tempo.

Ex.: Ele virá de avião; logo chegará mais rápido que ela. (conjunção conclusiva)

Ele virá de avião; logo chegará aqui, antes dela. (advérbio de tempo)

2- A conjunção pois será conclusiva quando vier após o verbo, e a oração será
considerada sindética conclusiva.

Ex.: O povo não consegue alimentar-se bem; é um fato, pois, a necessidade de


empregos.

Ø Explicativas: exprimem ideia de motivo, razão, explicação;


iniciadas pelas conjunções coordenativas explicativas sempre.

porque, que, porquanto, pois (antes do verbo)...

Ex.: A necessidade de empregos é fato, pois o índice aumenta a


cada dia.

A criança devia estar doente, porquanto chorava muito.


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Amai, porque amor é tudo.

Obs.: Se vier um verbo no imperativo antes de uma dessas conjunções, como no último
exemplo, tenha certeza de que a oração iniciada por uma dessas conjunções é
coordenada sindética explicativa, sempre!

Paralelismo sintático e semântico

O paralelismo sintático é um conceito que trata de um encadeamento


ou de uma repetição de estruturas sintáticas semelhantes (termos ou
orações), em uma sequência ou enumeração. Tal conceito está
diretamente ligado ao conceito de coordenação.

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Termos coordenados entre si são aqueles que desempenham a mesma


função sintática dentro do período. Orações coordenadas são aquelas
sintaticamente semelhantes e independentes uma da outra. Normalmente
há conectivos ligando tais termos ou orações.

Exemplos:

- Conheci João, Maria e José. (objetos diretos coordenados; termos


sintaticamente semelhantes)

- Os alunos estão ansiosos e as alunas estão tranquilas. (orações


coordenadas sintaticamente semelhantes)

- Os alunos que estudam e que trabalham sofrem muito. (orações


subordinadas adjetivas coordenadas entre si (sintaticamente
semelhantes.)

Cuidado, porém, com certas construções que aparentemente apresentam


paralelismo sintático!!!

- O homem se suicidou por estar devendo e porque estava sem


familiares.

Note que a primeira oração em itálico é reduzida e que a segunda não é


reduzida, logo isso é um erro de paralelismo sintático, pois não houve
semelhança entre as estruturas. A frase acima deve ser redigida assim
para haver paralelismo:

- O homem se suicidou por estar devendo e por estar sem familiares.


(duas orações reduzidas iniciadas pela preposição POR e coordenadas
(sintaticamente semelhantes))

OU
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- O homem se suicidou porque estava devendo e porque estava sem


familiares. (duas orações desenvolvidas iniciadas pela conjunção PORQUE
e coordenadas (sintaticamente semelhantes))

Importante: não se pode coordenar termos com orações, logo a frase “O


time era do Brasil e que tinha um bom elenco” está errada, devendo ser
corrigida assim: “O time era do Brasil e tinha um bom elenco”.

O que seria o paralelismo semântico?

Segundo o Manual de Redação Oficial da Presidência da República, veja a


lição:
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“Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso paralelismo, que
ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) a idéias de hierarquia
diferente ou, ainda, ao se apresentar, de forma paralela, estruturas
sintáticas distintas:

Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita complexidade.

Aqui, repete-se a equivalência gramatical indevida: estão em


coordenação, no mesmo nível sintático, o número de páginas do projeto
(um dado objetivo, quantificável) e uma avaliação sobre ele (subjetiva).

Pode-se reescrever a frase de duas formas: ou faz-se nova oração com o


acréscimo do verbo ser, rompendo, assim, o desajeitado paralelo:

Certo: O projeto tem mais de cem páginas e é muito complexo.

Ou se dá forma paralela harmoniosa transformando a primeira oração


também em uma avaliação subjetiva:

Certo: O projeto é muito extenso e complexo.”

Período Composto por Subordinação

A subordinação trata da relação de dependência entre palavras e


orações. Fique tranquilo, novamente, pois explicarei com bastante cautela
este assunto. Fique sabendo idem que, para os concursos, o que importa
de verdade é a subordinação entre as orações.

Vamos lá. Quando você lê uma frase com duas orações (período
composto), é certo que elas mantêm algum tipo de relação. No caso da
subordinação, percebemos que as orações estão “presas” uma à outra,
porque uma das orações (a subordinada) completa a estrutura sintática
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da outra (principal), ou simplesmente depende da outra (principal) para


ampliar a estrutura desta. De uma forma ou de outra, uma oração é
subordinada à outra (principal) quando mantém uma relação de
dependência. Veja:

Os alunos estavam temerosos de que a prova viesse em um nível difícil.

Os alunos que mantêm uma constância nos estudos se sentem confiantes.

Quando eles precisam de ajuda, o professor sempre busca assisti-los.

As orações em azul são subordinadas. Note que a primeira (de que


a prova viesse em um nível difícil) completa a estrutura sintática da

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oração principal (Os alunos estavam temerosos). Eu digo que completa,
porque ‘quem está temeroso, está temeroso DE ALGUMA COISA’. Percebe
que o adjetivo ‘temeroso’ exige um complemento? Então, o complemento
dele vem em forma de oração (de que a prova viesse em um nível difícil).
Logo, a primeira oração em azul está “presa” à oração principal, porque
completa sua estrutura sintática. Imagine: eu chego até você e digo: “Aí,
os alunos estão temerosos.” Você responde: “Ah, ok.”? Claro que não!
Você vai me perguntar: “Estão temerosos DE QUÊ, Pestana?” Aí eu
respondo: “Ah, eles estão temerosos de que a prova venha difícil”.
Percebe, então, que a oração principal PRECISA de um complemento? Por
sua vez, a oração subordinada exerce uma função sintática de
complemento nominal (um termo integrante, lembra-se?), completando a
principal? Esta relação é de dependência, portanto. Subordinação!

Analisando a segunda oração em azul, notamos que ela é acessória,


ou seja, pode ser retirada do período sem prejuízo para a estrutura da
outra (principal); certo? Vou cobrir a subordinada em azul para você
perceber:

Os alunos que mantêm uma constância nos estudos se sentem confiantes.

Notou que a oração em azul é acessória? “Hmmm... acessória... isso


me lembra termos acessórios da oração... adjunto adnominal, adjunto
adverbial... Ah! Entendi!” Entendeu mesmo, aluno? “Entendi. A segunda
oração em azul exerce função de adjunto adnominal, pois está
determinando um substantivo (alunos); certo?” Isso aí. Percebeu também
que a oração principal não depende dela? Mas a subordinada depende da
principal, pois a subordinada é um termo acessório e depende da
existência da principal para ampliar sua estrutura.

A terceira oração também funciona sintaticamente como um termo


acessório, mais especificamente como um adjunto adverbial de tempo.
Note que também podemos colocar uma tarja e perceber que a principal
não depende dela, mas sim o contrário:
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Quando eles precisam de ajuda, o professor sempre busca assisti-los.

Logo, existem orações subordinadas completando a principal (a


primeira em azul) e existem orações subordinadas ‘acessórias’,
ampliando/determinando a principal (a segunda e a terceira em azul).

Serei mais didático ainda. Existem três tipos de orações


subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais

Orações Subordinadas Substantivas


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São iniciadas pelas conjunções integrantes QUE ou SE; exercem função
própria dos substantivos; segundo o famoso “bizu”, podem ser
substituídas por ISSO; são seis tipos tradicionais (as subordinadas vêm
em azul; as outras são as orações principais):

Ø Subjetivas (OSSS): funcionam como sujeito da oração


principal; há quatro casos ou construções clássicos:

1º CASO: V. SER + ADJETIVO/SUBSTANTIVO/ADVÉRBIO + QUE/SE... (OSSS)

Ex.: Era importante que você entendesse a matéria.

(O que era importante? Isso era importante.)

Será verdade que ele internalizou a informação?

É assim que eu vou ensinar a matéria.

2º CASO: VTD (3ª p. s.) + SE (partícula apassivadora) + QUE/SE... (OSSS)

Está-se comentando que ele explica bem a matéria.

(O que está se comentando? Isso está sendo comentado.)

Não se sabe se haverá aula.

Viu-se que o aluno entendeu direito a explicação.

3º CASO: LOC. VERBAL (SER/ESTAR/FICAR + PARTICÍPIO) + QUE/SE... (OSSS)

Foi dito que todos ficaram satisfeitos com os resultados.


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(O que foi dito? / Isso foi dito.)

Está decidido que o professor vai ministrar aulas em PDF.

Ficou provado que ele foi classificado no exame.

4º CASO: Parecer, Convir, Suceder, Acontecer, Importar... + QUE/SE... (OSSS)

Convém que todos estudem com frequência.

(O que convém? Isso convém.)

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Não me importa nem um pouco que o concurso seja difícil!

Parece que nós estamos aprendendo Português.

Obs.: Às vezes, as orações subordinadas substantivas, em geral, vêm iniciando o


período: Que o concurso seja difícil, não me importa nem um pouco.

Ø Objetivas diretas: funcionam como objeto direto da principal,


que apresenta um VTD ou um VTDI obrigatoriamente.

Ex.: Espero que você aprenda português.

(Eu espero o quê? Eu espero isso.)

Não sabemos se haverá aula.

Ela te disse que esperaria aqui?

Ø Objetivas indiretas: funcionam como objeto indireto da


principal; que apresenta um VTI ou um VTDI obrigatoriamente; a
preposição exigida pelo verbo da principal pode vir elíptica,
segundo alguns gramáticos, como Cegalla, Sacconi e Bechara.

Ex.: Ele não me informou de que o concurso seria este ano.

(Ele não te informou de quê? Ele não me informou disso.)

O professor insiste (em) que eu tenho de estudar mais.

Não resisti a que tu me ajudasses.

Ø Completivas nominais: funcionam como complemento nominal


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da principal, que apresenta um nome (substantivo, adjetivo ou


advérbio) exigindo um complemento preposicionado
obrigatoriamente; se bem que Cegalla e outros, como Bechara,
dizem que a preposição também pode vir implícita.

Ex.: Eu tinha certeza (de) que você aceitaria minha sugestão.

(Você tinha certeza de quê? Eu tinha certeza disso.)

A notícia de que ela se classificou me alegrou muito.

Fiz menção a que você tinha passado logo de primeira.


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Ø Predicativas: funcionam como predicativo do sujeito da


principal, que apresenta o verbo de ligação SER
obrigatoriamente.

Ex.: A verdade é que a prova não é tão difícil.

A impressão era (de) que ela não desistiria tão fácil.


(preposição ‘de’ expletiva (realce))

O certo é que todos querem a felicidade.

Obs.: Certo é que todos querem a felicidade (Isso é certo). A oração é subjetiva,
pois na principal não há artigo ou pronome. Se houver artigo ou pronome na principal, a
oração subordinada será predicativa. Veja: Sua certeza é que as pessoas estudiosas
sempre passam.

Ø Apositivas: funcionam como aposto da principal, normalmente


separadas por dois-pontos, vírgula ou travessão.

Ex.: Quero isto: que você aprenda português.

Tenho um grande sonho, que você aprenda português!

A minha vontade — que aprendesses — se realizou.

Entre as subordinadas substantivas poderíamos incluir as que exercem a função


de agente da passiva, iniciadas por de ou por + pronome indefinido.

Ex.: O livro foi escrito por quem entende do assunto.


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São chamadas de orações subordinadas substantivas justapostas as que não são


iniciadas por conjunção integrante, mas sim por nenhum vocábulo ou pronomes
interrogativos (que, quem, qual, quanto) e advérbios interrogativos (onde, como,
quando, por que). Essa de cima (com função sintática de agente da passiva) é
justaposta.

Ex.: Quem espera sempre alcança. (subjetiva) / Eu achei quem me ama de verdade.
(objetiva direta) / O amor é quando a gente mora um no outro. (predicativa) / Eu
tenho pavor de onde ele mora / Agora eu lhes mostro com quantos paus se faz uma
canoa (objetiva direta) (...)

Orações Subordinadas Adjetivas

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São equivalentes a um adjetivo, pois caracterizam um substantivo ou
termo de valor substantivo; todas as orações subordinadas adjetivas
exercem sempre função sintática de adjunto adnominal (ADN); sempre
são iniciadas por pronome relativo: que, o qual, quem, quanto, cujo,
onde, quando, como. Há dois tipos: explicativas e restritivas.

Explicativas

Vêm sempre separadas por vírgulas, travessões ou parênteses;


modificam um termo, generalizando a ideia ou simplesmente tecendo um
comentário extra sobre ele.

Ex.: Brasília, que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960.

Brasília é a capital do Brasil, certo? Então, é só uma informação extra,


acessória sobre Brasília.

Restritivas

Não vêm separadas por pontuação; limitam a significação do termo


antecedente, por restringir um ser (ou alguns seres) dentre um grupo de
seres.

Ex.: Os alunos do Estratégia que estudaram as aulas anteriores não


estão encontrando grandes dificuldades.

São todos os alunos do Estratégia que não estão encontrando grandes


dificuldades? Claro que não! Apenas alguns, ou seja, só aqueles que
estudaram as aulas anteriores não estão encontrando grandes
dificuldades; os que não fizeram isso estão sofrendo. (rs)

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1- Valor semântico das orações adjetivas.

Ex.: Ela saiu com o namorado — que mora em Ipanema. (explicativa)

Ela saiu com o namorado que mora em Ipanema. (restritiva)

A frase 1 indica que ela tem SÓ um namorado, e ele mora em Ipanema. Já a 2ª


frase indica que ela tem outros namorados; e eles moram em outros bairros.
Percebeu que a pontuação fez toda a diferença?!

2- O antecedente do pronome relativo pode ser um pronome demonstrativo (o, a,


os, as)

Ex.: Eu comprei apenas o que me interessou.


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3- Pronomes relativos e suas funções sintáticas


É muito fácil reconhecer a função sintática do pronome relativo. Basta substituí-lo
pelo termo anterior. Em seguida leia a frase a partir dele, analise-a sintaticamente.
Pronto! Descobrir-se-á a função sintática da "criança". Vamos ver?

Ex.: O livro que sumiu é meu. > O livro sumiu. > O que sumiu? > O livro sumiu.
Logo, a função do 'que' é sujeito.

Vamos ver em detalhes:

Como eu já disse, para determinar o papel sintático que o relativo desempenha,


basta reconstruir a oração adjetiva que ele introduz, substituindo-o pelo termo
antecedente a que se refere. O pronome relativo QUE é o realmente nos importa
para a prova, ok?

A) QUE (=O QUAL)

Sujeito: O pronome relativo é o sujeito do verbo da oração subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro que (=o qual) fez sucesso. (O livro fez sucesso)

Objeto direto: O pronome relativo é o objeto direto do verbo da oração


subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro que (= o qual) você vai amar. (Você vai amar o livro)

Objeto indireto: O pronome relativo é o objeto indireto do verbo da oração


subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) você vai gostar. (Você vai gostar do livro)

Predicativo do sujeito: O pronome relativo é o predicativo do sujeito da oração


subordinada adjetiva.

Ex.: Este é o homem que (= o qual) eu serei algum dia. (Eu serei este homem
algum dia)

Complemento nominal: O pronome relativo é o complemento nominal da oração


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subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) tinha necessidade. (Tinha necessidade do


livro.)

Agente da passiva: O pronome relativo é o agente da passiva da oração


subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro por que (= pelo qual) fiquei seduzido. (Fiquei seduzido pelo
livro)

Adjunto adverbial: O pronome relativo é o adjunto adverbial da oração


subordinada adjetiva.

Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) falaram bem. (Falaram bem do livro)

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B) QUEM

Pode exercer função de objeto direto preposicionado, objeto indireto,


complemento nominal e agente da passiva pelos mesmos motivos que o QUE
acima.

C) CUJO

Exerce sempre função sintática de adjunto adnominal.

D) ONDE

Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de lugar.

E) COMO

Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de modo.

F) QUANDO

Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de tempo.

G) QUANTO (não usual nos concursos)

Exerce função sintática de sujeito ou objeto direto.

Orações Subordinadas Adverbiais

Funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal, sendo


introduzidas por conjunção subordinativa. Grave as conjunções
subordinativas e dificilmente vai errar uma questão de oração
subordinada adverbial!

Existem nove tipos alistados pela NGB: causais, comparativas,


concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas,
temporais, finais e proporcionais. 60043761321

Ø Causais: exprimem ideia de causa, motivo, razão.

conjunções subordinativas: porque, que, porquanto, pois, visto que, visto como,
já que, uma vez que, como (início de oração), posto que, dado que, na medida em
que...

Ex.: A aluna chorou intensamente, porque passou na prova.

Como hoje está nublado, fiquemos em casa e estudemos.

Uma vez que é possível entender a matéria, insistirei.


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Diferença entre subordinada causal e coordenada explicativa

Na subordinada causal, a circunstância de causa precede e gera o fato ou o ocorrido


(na linha do tempo, 1º vem a causa, depois a consequência).

Na coordenada explicativa, a circunstância não precede nem gera o fato ou o


ocorrido.

A confusão é gerada, geralmente, por causa do uso das conjunções porque, pois,
que e porquanto.

Exemplos clássicos:

Choveu aqui, porque a calçada está molhada. (explicativa) — O fato de a calçada


estar molhada não provocou a chuva, ou seja, não é a causa da chuva, certo?

A calçada está molhada, porque choveu. (causal) — É fato que a chuva provocou o
molhamento da calçada.

Nesses exemplos clássicos, vemos que a relação causa-consequência é muito nítida


só no segundo período.

Por ser uma situação difícil e polêmica, explicarei com mais fluidez ainda. Existem
três casos importantes a considerar, meu nobre; veja:

1º caso: Se o verbo que antecede a conjunção vier no imperativo, é certo que a


conjunção será coordenativa explicativa.

Ex.: Estude, que seu futuro estará garantido!

2º caso: Se a afirmação anterior à conjunção vier expressando uma opinião/tese,


uma subjetividade, a conjunção será tomada como coordenativa explicativa.
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Ex.: O Brasil vai se beneficiar muito com a Copa de 2014, pois haverá muitos
investimentos em infraestrutura. — Será que o Brasil vai, realmente, se
beneficiar da Copa de 2014 ou isso é uma mera opinião?

3º caso: Se a afirmação anterior à conjunção for uma suposição ou uma


constatação por dedução, gerada por uma apuração ou comprovação, a conjunção
será explicativa (este é o caso de “Choveu, porque a rua está molhada”; ou seja,
você deduz que choveu por causa de uma apuração (a rua molhada)).

Ex.: João agora deve estar cheio de dinheiro, porque vive comprando carros
novos, ora.

Qualquer outra relação que não se encaixe nestes casos será causal.

Só de curiosidade, veja este que causal:

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Escreve Machado em Memórias Póstumas: "Começo a arrepender-me deste livro.


Não que ele me canse..." Esse que pode ser substituído por porque, conjunção
subordinativa causal.

Consulte a questão 02 (e o gabarito) da prova de Língua Portuguesa Instrumental


da UERJ de 2009! A diferença entre causal e explicativa, às vezes, simplesmente
não existe. Não deixe de ler a questão e, principalmente, o gabarito!

Ø Consecutivas: exprimem ideia de consequência, efeito,


resultado.

conjunções subordinativas: que (após tanto, tão, tamanho, tal, ou após de sorte, de
modo, de maneira, de forma)...

Ex.: Nesta cidade, chove que é o Diabo! ('tanto' não expresso


antes do 'que')

Isso é tão prazeroso que me vicia.

Obs.: Diferença entre oração adjetiva e oração adverbial consecutiva

Ex.: Nós fizemos um barulho que ninguém conseguia conversar. (consecutiva) -


Fizemos um barulho tão grande que...

Nós fizemos um barulho que incomodava a todos. (adjetiva restritiva) - O


barulho incomodava a todos.

Ø Comparativas: exprimem ideia de comparação; normalmente o


verbo da oração subordinada vem elíptico.

conjunções subordinativas: (mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do)


que; (tal)... qual/ como; (tão, tanto)... como/quanto; como; assim como; como se;
que nem, feito...
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Ex.: Amo-o como (amo) a um filho.

O professor hoje é mais didático do que nunca (foi).

A sua sabedoria é tão intrigante quanto sua humildade (é).

Ø Concessivas: exprimem um fato contrário, em oposição ao da


oração principal, sem anulá-lo.

conjunções subordinativas: embora, malgrado, conquanto, ainda que, mesmo


que, se bem que, posto que, nem que, apesar de que, por (mais, menos, melhor,
pior, maior, menor) que, sem que (= embora não)...
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Ex.: Embora estivesse cansado, foi fazer a prova.

Por pior que esteja sua vida, não desista de estudar.

Nunca paro de estudar, conquanto eu trabalhe.

Obs.: Dado que e Posto que podem ser locuções conjuntivas causais,
modernamente, dependendo do contexto (com verbo no indicativo): Dado
que/Posto que ele estudou, nunca mais esqueceu as explicações do professor.
Outra coisa: apesar de o verbo depois da conjunção concessiva vir no subjuntivo,
poderá indicar hipótese ou não: Mesmo que ele chegue agora, não vai adiantar.
(hipótese) / Sem que tenha estudado, ficou em primeiro lugar (certeza).

Ø Condicionais: exprimem ideia de condição, hipótese.

conjunções subordinativas: se, caso, contanto que, exceto se, salvo se, desde
que (verbo no subjuntivo), a menos que, a não ser que, sem que (= se não)...

Ex.: Chegaremos hoje, salvo se houver imprevistos.

Tudo ficará bem, desde que façamos nossa parte.

Se você acordar cedo, comece a estudar.

Obs.:

1- Modernamente o SE vem sendo considerado como causal quando equivaler a 'já que',
daí que a oração iniciada por ele será subordinada adverbial causal. Poucos gramáticos
concordam com isso, como Sacconi, José Carlos de Azeredo e Cegalla. Polêmicas...

Ex.: Se (=já que) os humanos são imperfeitos, não podemos esperar atitudes
sempre perfeitas.

2- A expressão coesiva sem que pode indicar uma relação de concessão ou condição:

Ex.: Sem que estudasse, passou. (concessão)


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Sem que estude, dificilmente passará. (condição)

3- Às vezes, a oração pode vir elíptica: O candidato disse que, se (for) eleito, cumprirá
as promessas.

4- A oração principal da subordinada condicional exprime consequência. Cuidado com


questões de causa e consequência ou questões de valor semântico, pois você vai buscar
conjunções causais, consecutivas ou conclusivas, e pode não encontrar. Exemplo: Se
você estudar muito (causa incerta), passará (consequência incerta).

Ø Conformativas: exprimem ideia de acordo, conformidade.

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conjunções subordinativas: conforme, consoante, segundo, como (= conforme), em
consonância com que, de acordo com que...

Ex.: Como todos sabemos, o Brasil já é autossuficiente em


petróleo.

Em consonância com que ele disse, vale a pena estudar.

Essa notícia, consoante já anunciamos, é verdadeira.

Ø Finais: exprimem ideia de finalidade, objetivo.

conjunções subordinativas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (raro;
= para que), com o objetivo/escopo/fito/intuito de que...

Ex.: Entre em silêncio para que as crianças não acordem.

Tudo fiz porque ela se casasse comigo.

Estudem mais a fim de que resolvam bem as questões.

Ø Proporcionais: exprimem ideia de concomitância,


simultaneidade, proporção.

conjunções subordinativas: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto


(mais, menos, menor, maior, melhor, pior)...

Ex.: Quanto mais conheço os homens, mais confio nos


cachorros.

À medida que o país progride, o meio ambiente sofre.

Eu só estudo ao passo que me motivam.


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Obs.: ‘à medida em que’ e ‘na medida que’ não são formas cultas!!!

Ø Temporais: exprimem ideia de temporalidade.

conjunções subordinativas: quando, logo que, depois que, antes que, sempre que,
desde que (verbo no indicativo), até que, assim que, enquanto (indica simultaneidade),
mal...

Ex.: A gente vive bem enquanto ama.

Desde que essas explicações chegaram à minha vida,


nunca mais fui o mesmo estudante.
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Mal entrei em sala, começaram os aplausos!

Obs.: O que é conjunção temporal nesta construção, segundo Bechara:

Ex.: Faz dois meses que não leio os artigos do Pestana.

Só de curiosidade: algumas orações adverbiais não listadas na NGB:

- de modo: Saiu da sala sem que ninguém percebesse.


- de lugar: Fico onde me põem.
- de companhia: Só saio com quem conheço.
- de assunto: Só falo sobre quem conheço.

A palavra COMO (Agradecimentos ao ilustre professor Hélio Consolaro)

0- Conjunção coordenativa aditiva


Introduz orações coordenadas sindéticas aditivas.
Ex.: Tanto estudo, como trabalho.

1- Conjunção Subordinativa Causal


Introduz orações que dão idéia de causa. Equivalente a porque, é usado no início da
frase.
Ex.: Como estive doente, não compareceu ao serviço.
Como passou mal, não foi a festa.

2- Conjunção Subordinada Comparativa


Introduz orações que exprimem o segundo elemento de uma comparativa, equivale a
quanto, é precedido de tanto, tão,...
Ex.: Ela é tal como me disseram.
Você o conhece tão bem como eu.

3- Conjunção Subordinativa Conformativa 60043761321

Introduz orações que exprimem conformidade de um fato com outro, equivale a


conforme.
Ex.: Fizemos o trabalho como o professor pediu.
Em certas situações, devemos agir como manda nossa consciência.

4- Pronome Relativo
Possui um antecedente que dá ideia de "modo": maneira, jeito, forma...
Ex.: Este foi o único modo como ele fez o trabalho.
Esta é a maneira como faço o meu serviço.

5- Substantivo
Através da derivação imprópria (conversão) a palavra como muda de classe gramatical e
passa a ser sujeito.
Ex.: Não sei o como de tudo isso.
Diga-me o como daquilo.

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6- Advérbio Interrogativo
O advérbio interrogativo como (de modo) pode aparecer tanto nas interrogativas diretas
quanto nas indiretas.
Ex.: Não sei como resolver o problema.
Como resolver o problema?

7- Preposição
Aparece como preposição acidental por ser proveniente de outra classe gramatical,
geralmente equivale a "por"
Ex.: Obtiveram como resposta o bilhete.
Os ganhadores tiveram como prêmio uma medalha de ouro.
O conceito de cultura como recurso (adjunto adnominal) ganhou legitimidade.

8- Interjeição
Classifica-se como interjeição devido além da classe gramatical como também devido o
seu tom exclamativo
Ex.: Como você não!
Como é assim e acabou!

9- Advérbio de intensidade
Quando se pode mudar para quão ou quanto.
Ex.: Como é lindo teu rosto!

10- Verbo
Conjugado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.
Ex.: Eu como muito!

Ufa! E aí, como está o andamento da matéria? Beleza? Lembre-se


sempre de que a persistência e a paciência andam de mãos dadas; não as
deixe soltas, pois você vai precisar dessas virtudes ao longo de sua vida
como estudante. O fim de tudo vale o sacrifício: VAGA GARANTIDA!
Portanto, não esmoreça! Desistir, nunca! Render-se, jamais!

Orações Reduzidas

· São as que apresentam o verbo numa das formas nominais


(gerúndio, particípio e infinitivo);
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· Nunca são iniciadas por conjunções (no caso das substantivas e


adverbiais) nem por pronomes relativos (no caso das adjetivas);

· Normalmente podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses


conectivos;

· Podem ser iniciadas por preposição.

Ex.: Agindo assim, nada ocorrerá. (reduzida)


Se agirmos assim, nada ocorrerá. (desenvolvida)
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Saí da sala, sem ser incomodado. (reduzida)
Saí da sala, sem que me incomodassem. (desenvolvida)

Terminada a prova, fomos ao restaurante. (reduzida)


Quando terminou a prova, fomos ao restaurante. (desenvolvida)

Reduzidas de gerúndio

Podem ser coordenadas, substantivas, adjetivas e adverbiais.

Coordenada aditiva

Ex.: Pagou a conta ficando livre dos juros. (Pagou a conta e ficou livre
dos juros)

Substantiva apositiva

Ex.: Esta é a melhor maneira de conhecer as pessoas: convivendo com


elas.

Adjetiva

Ex.: Achei seu irmão, levando uma surra.

Adverbial

Ex.: Mesmo não tendo condições, comprou um terno. (concessiva)

Agindo desse modo, ninguém ficará com você. (condicional)

Temendo a reação do pai, não contou a verdade. (causal)

Saindo do estádio, encontrei meus amigos. (temporal)


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Reduzidas de infinitivo

Podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais.

Substantivas:

Ex.: É preciso trabalhar muito. (subjetiva)

Deixe o aluno pensar. (objetiva direta)

Os adversários o acusaram de fazer coisas erradas. (objetiva


indireta)

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A melhor política é ser honesto. (predicativa)

Uma parte do povo é capaz de mobilizar toda a nação.


(completiva nominal)

Temos uma missão: criar os filhos. (apositiva)

Obs.: Não confunda subordinadas substantivas completivas nominais com subordinadas


adverbiais finais. Em “Estou pronto para entrar em qualquer instituição federal”, “Este
cheque foi bom para resolver minha vida” e “Esta doutrina gramatical é essencial para
compreendermos outras dificuldades linguísticas”, a preposição para é exigida pelos
adjetivos ‘pronto, bom e essencial’, portanto ela inicia orações subordinadas
substantivas completivas nominais.

Adjetiva restritiva

Ex.: João não é homem de meter os pés pelas mãos.

Adverbiais

Ex.: Apesar de estar machucado, continua jogando bola. (concessiva)

Sem estudar, não passarão. (condicional)

Ela passou mal de tanto comer balas. (causal)

Aquela cena o chocou a ponto de lhe tirar o sono. (consecutiva)

Ela estuda para fazer um concurso. (final)

Pense muito antes de tomar uma ação. (temporal)

Obs.:
1- É praxe que as adverbiais reduzidas iniciadas pelas preposições AO, PARA, POR, SEM
sejam, respectivamente, de tempo, finalidade, causa e concessão/condição: Ao entrar,
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faça silêncio. / Para viajar, é preciso dinheiro. / Por ser exato, o amor não cabe em si. /
Sem estudar, passou/Sem estudar, não passa.

2- O infinitivo não constitui oração basicamente em dois casos: em locução verbal e


substantivado. Bechara alista outros casos, mas eles não são exigidos em prova de
concurso.

Ex.: Mesmo que tenha sido ele o culpado, deve haver algum engano aqui. / O comer
e o beber fazem parte da vida.

Reduzidas de particípio

Podem ser adjetivas ou adverbiais.


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Adjetivas:

Ex.: Havia aqui uma árvore, plantada por mim.

A notícia divulgada pela mídia era falsa.

Adverbiais

Ex.: Agredido pelo outro, mantive a calma. (concessiva)

Aceitas as condições, não haveria problemas. (condicional)

Preocupado com a prova, ele se esqueceu da carteira. (causal)

Terminada a aula, todos pularam de alegria. (temporal)

- Os particípios nem sempre serão orações reduzidas; poderão assumir valor de


adjetivo com função de adjunto adnominal ou predicativo.

Ex.: Os alunos foram apaixonados pela professora. (predicativo)

Os alunos apaixonados estão felizes. (ADN)

- Em um período composto, a locução verbal ou o tempo composto não constituem


oração reduzida. Para que haja oração reduzida com locução verbal, é necessário
que o verbo auxiliar esteja em forma nominal do verbo (gerúndio, infinitivo,
particípio)

Ex.: Tendo recebido o dinheiro, comprarei o carro. (oração reduzida de


gerúndio)

Olhe com cuidado, pois as crianças estão brincando.


60043761321

(locução verbal com o verbo auxiliar flexionado, fazendo parte de uma


coordenada explicativa)

Período composto por coordenação e subordinação

Chamado também de período misto, é a junção da oração subordinada à


coordenada.

Veja estes dois exemplos:

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Exigimos (oração principal) que chegasse a nós (oração
subordinada substantiva objetiva direta ligada à principal)
e apresentasse sua explicação (oração coordenada sindética aditiva à
anterior e subordinada substantiva objetiva direta à principal). — Duas
orações subordinadas, coordenadas entre si.

A professora não corrigiu as provas ainda (oração coordenada


assindética), mas assistiu os alunos (oração coordenada sindética
aditiva à anterior e principal à posterior) que estavam com dificuldade
(oração subordinada adjetiva restritiva).

Colocação Pronominal

Também chamada de Topologia ou Sínclise Pronominal, é o nome que se


dá à parte da Gramática que trata, basicamente, da
adequada posição dos pronomes oblíquos átonos junto aos verbos.

Relembrando os pronomes oblíquos átonos (POAs):

Ø o, a, os, as (que viram -lo, -la, -los, -las diante de verbos


terminados em -r, -s e-z ou viram -no, -na, -nos, -nas diante de verbos
terminados em ditongo nasal (exceto os verbos no futuro do indicativo)

Ex.: Comprei uma casa (Comprei-a) / Vou comprar uma casa (Vou
comprá-la) / Eles compraram uma casa (Eles compraram-na) / Eles
comprarão a casa (Eles comprarão-na (INADEQUADO))

Você vai entender daqui a pouco por que está INADEQUADA esta última
forma! Além desses, há:

Ø me, te, se, nos, vos, lhe (s)


60043761321

Relembrados os POAs, vamos às regras:

PRÓCLISE

É o nome que se dá à colocação pronominal antes do verbo; ela é usada


em clássicos 12 (doze) casos:

1) Palavra de sentido negativo antes do verbo*


Ex.: Não se esqueça de mim.

* não, nunca, nada, ninguém, nem, jamais, tampouco, sequer, etc.


Obs.: Após pausa (vírgula, ponto-e-vírgula...), usa-se ênclise: Não; esqueça-
se de mim!
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2) Advérbio ou palavra denotativa antes do verbo*
Ex.: Agora se negam a depor.

* já, talvez, só, somente, apenas, ainda, sempre, talvez, também, até, inclusive,
mesmo, exclusive, aqui, hoje, provavelmente, por que, onde, como, quando,
etc.

Obs.: Se houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula...) após o advérbio, usa-se a


ênclise: Agora, negam-se a depor. Segundo o gramático Rocha Lima, se houver
repetição de pronomes átonos após pausas, pode-se usar a próclise: Ele se
ajeitou, se concentrou, se arrumou e se despediu.

3) Conjunções subordinativas antes do verbo*


Ex.: Soube que me negariam.

* que, se, como, quando, assim que, para que, à medida que, já que, embora,
consoante, etc.

Obs.: Ainda que a conjunção esteja oculta, haverá próclise: Como não o achei,
pedi-lhe (que) me procurasse.

4) Pronomes relativos antes do verbo*


Ex.: Identificaram-se duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

* que, o qual (e variações), cujo, quem, quanto (e variações), onde, como,


quando.

Obs.: Em linguagem literária, encontramos uma colocação raríssima (inexistente


nos registros formais no estágio atual da língua) chamada de apossínclise, em
que o POA vem antes da palavra negativa: Convidei duas pessoas
que se não falavam há tempos.

5) Pronomes indefinidos antes do verbo*


Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

* alguns, todos, tudo, alguém, qualquer, outro, outrem, etc.


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6) Pronomes interrogativos antes do verbo*


Ex.: Quem te fez a encomenda?

* que, quem, qual, quanto

Obs.: Informação que cabe para qualquer caso de próclise: ignora-se a


expressão intercalada, colocando o POA antes do verbo, pois seu antecedente
ainda é o pronome 'quem': Mesmo quem, diante de situações
precárias, se encontra calmo, padece. Sobre isso, ainda cabe a ênclise.

7) Entre a preposição em e o verbo no gerúndio.


Ex.: Em se plantando tudo dá.

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Obs.: O POA virá antes do gerúndio se estiver modificado por um advérbio: João
não era ligado a dinheiro, pouco se importando com o conforto advindo dele.

8) Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas alternativas


antes do verbo*
Ex.: Ora me ajuda, ora não me ajuda. Não foi nem se lembrou de ir.

* nem, não só/apenas/somente... mas/como (também/ainda/senão)..., tanto...


quanto/como..., que, ou... ou.., ora...ora, quer... quer..., já... já..., etc.

9) Orações exclamativas e optativas (exprimem desejo)


Ex.: Quanto se ofendem por nada, ora bolas! Deus te proteja, meu filho,
que bons ventos o tragam logo.

10) Com o infinitivo flexionado precedido de preposição


Ex.: Foram ajudados por nos trazerem até aqui.

11) Com formas verbais proparoxítonas


Ex.: Nós lhe desobedecíamos sempre.

12) Com o numeral ambos


Ex.: Ambos te abraçaram com cuidado. (Nem todos os gramáticos
defendem esta doutrina, logo podemos tratar tal caso como facultativo,
como já caiu em uma prova do CESPE para Diplomata (Instituto Rio
Branco))

IMPORTANTE: Muitos gramáticos chamam de 'palavras atrativas' os termos que


antecedem um verbo, os quais implicam a realização da próclise (casos: 1-6, 8,
13)

ÊNCLISE

É o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é usada


nos seguintes casos:
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1) Verbo no início da oração sem palavra atrativa


Ex.: Vou-me embora daqui!

Obs.: Com palavra atrativa: Já me vou embora daqui!

2) Pausa antes do verbo sem palavra atrativa


Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

Obs.: Com palavra atrativa: Se eu ganho na loteria, tão logo me mudo.

3) Verbo no imperativo afirmativo sem palavra atrativa


Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
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Obs.: Com palavra atrativa: Enquanto eu não avisar, jamais vos silenciem.

4) Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa


Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

Obs.: Os POAs -o, -a, -os, -as (-lo, -la, -los, -las) virão enclíticos aos infinitivos
não flexionados antecedidos da preposição A: Estou inclinado a perdoá-lo.
Apesar de tudo, continuo disposto a ajudá-la.

Obs: Com palavra atrativa: ver Casos Facultativos mais abaixo.

5) Verbo no gerúndio sem palavra atrativa


Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

Obs.: Com palavra atrativa: Recusou a proposta não se fazendo de


desentendida.

MESÓCLISE

É o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo


(extremamente formal); ela é usada nos seguintes casos:

1) Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra atrativa


Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da
paz no mundo.

Obs.: O POA sempre ficará entre o 'r' do verbo e a terminação do


verbo: Daremos um beijo no teu rosto =Dar-te-emos um beijo no rosto.
Obs.: Com palavra atrativa: Talvez se realizará, na próxima semana, um
grande evento...

2) Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem palavra atrativa


Ex.: Não fosse o meu compromisso, acompanhar-te-ia nesta viagem.

Obs.: Com palavra atrativa: Mesmo não havendo


compromisso, nunca te acompanharia nesta viagem. Nunca há ênclise com
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verbo no futuro!!!!!!!!! Logo, a frase a seguir está errada: “Realizaria-se uma


festa aqui”.

CASOS FACULTATIVOS

1) Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa*


Ex.: Aquilo me deixou triste ou Aquilo deixou-me triste

* este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e variações), aquilo

Obs.: Acho que nem preciso dizer que a construção 'Aquilo me deixou-me triste'
é algo IMPOSSÍVEL. PRECISO??? Não me deixe triste, hein! (rs)

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2) Conjunções coordenativas (exceto aquelas mencionadas nos casos de
próclise) antes do verbo sem palavra atrativa
Ex.: Ele chegou e dirigiu-se a mim ou Ele chegou e se dirigiu a mim. Corri
atrás da bola, mas me escapou ou Corri atrás da bola, mas escapou-me.

3) Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome pessoal reto e de


tratamento) antes do verbo sem palavra atrativa
Ex.: Ele se retirou ou Ele retirou-se. Eu te considerarei ou Eu considerar-
te-ei. Sua Excelência se queixou de você ou Sua Excelência queixou-
se de você.

Obs.: Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que se use a próclise.


Ex.: Eu a vi ontem, e não Eu vi-a ontem.

4) Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou numeral) antes do verbo


sem palavra atrativa
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam ou Os três
amam-se.

5) Infinitivo não flexionado precedido de palavras atrativas ou das


preposições para, em, por, sem, de, até, a

Ex.: Meu desejo era não o incomodar ou Meu desejo era não incomodá-
lo. Calei-me para não contrariá-lo ou Calei-me para não o contrariar.
Corri para o defender ou Corri para defendê-lo. Acabou de se quebrar o
painel ou Acabou de quebrar-se o painel. Sem lhe dar de comer, ele
passará mal ou Sem dar-lhe de comer, ele passará mal.Até se formar,
vai demorar muito ou Até formar-se, vai demorar muito. Erro
agora em lhe permitir que me deixe ou Erro agora em permitir-lhe que
me deixe. Por se fazer de bobo, enganou a muitos ou Por fazer-se de
bobo, enganou a muitos. Estou pronto a te acompanhar ou Estou
pronto a acompanhar-te

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS


60043761321

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio:

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.

Ex.: Haviam-me convidado para a festa.

Obs.: O hífen que liga o verbo auxiliar ao POA é facultativo.

b) Se, antes do tempo composto*, houver palavra atrativa, o pronome


oblíquo ficará antes do verbo auxiliar.

Ex.: Não me haviam convidado para a festa


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* locução verbal formada por 'ter/haver + particípio'

Obs.: Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito,


ocorrerá a mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa.

Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um


gerúndio

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do


verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do
verbo principal (com hífen)

Ex.: Devo-lhe/Devo lhe esclarecer o ocorrido ou Devo esclarecer-lhe o


ocorrido. / Estavam-me/Estavam me chamando pelo rádio ou Estavam
chamando-me pelo rádio.

Obs.: O hífen que liga o verbo auxiliar ao POA é facultativo.

b) Havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do


verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido ou Não lhe posso esclarecer mais
nada. / Estavam chamando-me ou Não me estavam chamando.

Obs.: Os casos facultativos 1, 3 e 4 permitem 3 colocações pronominais com as


locuções verbais: Ele te vai xingar muito ou Ele vai(-)te xingar muito ou Ele vai
xingar-te muito.

Última OBS.: Por motivo de eufonia, elimina-se o 's' final dos verbos na 1ª
pessoa do plural seguidos do pronome 'nos': Inscrevemos + nos no curso =
Inscrevemo-nos no curso; Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos
jovens.
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Questões com Gabarito Comentado

NÃO HÁ MUITAS QUESTÕES DA CESGRANRIO SOBRE OS


ASSUNTOS DESTA AULA!

CESGRANRIO – PETROBRAS – PROFISSIONAL JR. (CIÊNCIAS


CONTÁBEIS) – 2012

1
Aos trechos abaixo, retirados do texto, foram propostas alterações na
colocação do pronome.

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Tal alteração está de acordo com a norma-padrão em:

(A) “foram se fechando” (l. 18) – foram fechando-se


(B) “Pensa-se logo num palhaço” (l. 38-39) – Se pensa logo num palhaço
(C) “ninguém lhe esquece a tristeza” (l. 50-51) – ninguém esquece-lhe a
tristeza
(D) “Trata-se na verdade” (l. 52) – Se trata na verdade
(E) “que quase se limita a olhar” (l. 62-63) – que quase limita-se a olhar

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2011

2
A colocação do pronome átono destacado está INCORRETA em:
(A) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais a respeito.
(B) Tudo se disse e nada ficou acordado.
(C) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos nesse assunto.
(D) Alguém nos informará o valor do prêmio.
(E) Não devemos preocupar-nos tanto com ela.

CESGRANRIO – SUAPE – ENGENHEIRO DE MANUTENÇÃO PLENO –


2011

3
“Mas não me deixe sentar” (v. 17)
Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a
seguir.

A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à


norma padrão da Língua Portuguesa.60043761321

PORQUE

A palavra “não”, advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo


esteja em posição proclítica.

A esse respeito, conclui-se que


(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
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(E) as duas afirmações são falsas.

CESGRANRIO – IBGE – SUPERVISOR DE PESQUISAS GERAL – 2014

4
Em “Há políticas que reconhecem a informalidade”, ao substituir o
termo destacado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da
língua, o trecho assume a formulação apresentada em:

(A) Há políticas que a reconhecem


(B) Há políticas que reconhecem-a
(C) Há políticas que reconhecem-na
(D) Há políticas que reconhecem ela
(E) Há políticas que lhe reconhecem

CESGRANRIO – PETROBRAS DISTR. – DIREITO JÚNIOR – 2012

5
O trecho “Pensa-se logo num palhaço” (L. 38-39) pode ser reescrito,
respeitando a transitividade do verbo e mantendo o sentido, assim:

(A) O palhaço pode ser logo pensado.


(B) Pensam logo num palhaço.
(C) Pode-se pensar num palhaço.
(D) Pensam-se logo num palhaço.
(E) O palhaço é logo pensado.

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2011

6
A frase em que o complemento verbal destacado NÃO admite a sua
substituição pelo pronome pessoal oblíquo átono lhe é:
60043761321

(A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.


(B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.
(C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.
(D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.
(E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.

7
O verbo destacado NÃO é impessoal em:

(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de


finanças.
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.

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(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.

CESGRANRIO – BNDES – ENGENHEIRO – 2011

8
“...e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência.” (L. 22-
23)
“isso existe às pampas.” (L. 37)

Quais as locuções destacadas que encerram, respectivamente, as


mesmas circunstâncias das destacadas nos trechos transcritos acima?

(A) Aos poucos, ele ia percebendo que não precisava mais dela. / Nada
em volta causava mais surpresa.
(B) Saiu às pressas porque tinha um compromisso. / De vez em
quando, é preciso repensar as estratégias.
(C) Vá em frente que você encontrará o que procura. / De modo algum
aceitarei a proposta feita pelo meu superior.
(D) Em breve, estarei terminando de escrever minha biografia. /
Trabalhou em excesso para apresentar seu projeto final.
(E) A notícia chegou de súbito causando, assim, um grande impacto. /
Hoje em dia, as pessoas pensam mais nelas próprias.

CESGRANRIO – SEPLAG – TÉCNICO EM SERVIÇO DE SAÚDE - 2011

9
A partir do trecho “O plano secreto da filha do dono de livraria era
tranquilo e diabólico” (Texto I, L. 37-39), do ponto de vista
morfossintático, podemos afirmar que as palavras “tranquilo” e “diabólico”
são 60043761321

(A) advérbios e exercem a função de objetos diretos.


(B) advérbios e exercem a função de predicativos do objeto.
(C) adjetivos e exercem a função de predicado.
(D) adjetivos e exercem a função de predicativos do sujeito.
(E) adjetivos e exercem a função de adjuntos adnominais.

CESGRANRIO – PROMINP – ADMINISTRADOR DE PDMS – 2010

10
A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e
integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um
balde grande de plástico,” (L. 30-31) é:
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(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.


(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

CESGRANRIO – PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL – ADMINISTRADOR


JÚNIOR – 2010

11
A palavra “se” indica indeterminação do sujeito em

(A) “O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta.” (L. 7-8).


(B) “caso se esteja com dor de dente,” (L. 11-12).
(C) “...se há algo imprescindível,” (L. 14).
(D) “a porcentagem dos que se consideram felizes não se moveu.” (L. 47-
48).
(E) “...os nigerianos, com seus 1.400 dólares de PIB per capita, atribuem-
se grau de felicidade equivalente ao dos japoneses,” (L. 55-58).

CESGRANRIO – IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL – 2010

12
Tratando-se das funções sintáticas dos termos destacados do texto, pode-
se afirmar que

(A) “O dono da fábrica...” – (L. 2-3) – objeto direto.


(B) “...ter de aumentar o preço.” (L. 7-8) – sujeito.
(C) “Você está ficando doido?” (L. 10-11) – adjunto adverbial de modo.
(D) “...e agora quer receber três.” – (L. 13) – adjunto adverbial de lugar.
(E) “eu não pago a ele.” (L. 22) – objeto indireto.
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13
A circunstância expressa pelos termos em destaque está corretamente
indicada em

(A) “algo para ser visto pela janelinha do carro,” (L. 10-11) – lugar
(B) “...esparramada sobre a calçada,” (L. 11) – concessão.
(C) “...pingando esmolas em mãos rotas.” (L. 18) – modo.
(D) “Com o tempo, a miséria conquistou os tubos de imagem dos
aparelhos de TV.” (L. 20-21) – consequência.
(E) “Embora violenta, a miséria ainda nos excluía.” (L. 29) – condição.

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CESGRANRIO – ELETROBRAS ELETRONUCLEAR – ANALISTA
(METEOROLOGIA) – 2010

14
No Texto I, em “avançaram em segurança e controle
dos resíduos radioativos,” (l. 24-25), o termo destacado
está ligado sintaticamente ao substantivo “controle”.

O termo que desempenha função sintática idêntica ao


destacado acima está no trecho:

(A) “As crises mundiais do petróleo,” (l. 2)


(B) “os preços ficam mais caros,” (l. 5)
(C) “...captar energia da natureza.” (l. 8)
(D) “...especialistas em energia estão fazendo perguntas incômodas...”
(l. 29-30)
(E) “...não teria sido uma alternativa menos danosa ao meio
ambiente...” (l. 32-33)

CESGRANRIO – FUNASA – ADMINISTRADOR – 2009

15
Na passagem “Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com
comovida atenção.” (L. 10-11), o pronome oblíquo lhe exerce função
sintática idêntica ao termo destacado em

(A) “Olívia se aproximou de Eugênio...” (L. 1)


(B) “A enfermeira juntava os ferros.” (L. 3)
(C) “A respiração voltava lentamente,” (L. 7)
(D) “Vencera! Salvara a vida de uma criança!” (L. 12)
(E) “Sentia-se leve e aéreo.” (L. 17)

CESGRANRIO – SEC. ADM./TO – ADMINISTRADOR HOSPITALAR –


60043761321

2009

16
O verbo destacado é impessoal na frase

(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao
crime).” (L. 3-4).
(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (L. 5).
(C) “E tudo agora é para valer.” (L. 10).
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (L. 17).
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (L. 20-21).
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CESGRANRIO – FUNASA – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2009

17
No Texto I, em “e controlar a epidemia crescente das doenças
crônicas,” (L. 13-14), o termo destacado está ligado sintaticamente ao
substantivo “epidemia”.

O termo que desempenha função sintática idêntica ao destacado acima


está no trecho:

(A) “enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos,” (L. 3-4)
(B) “...que ajude as autoridades nacionais a enfrentar os problemas.” (L.
10-11)
(C) “– Para alcançar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU,” (L.
12-13)
(D) “Todos eles estão mais expostos...” (L. 24)
(E) “entre outras doenças ligadas ao excesso de peso.” (L. 26-27)

CESGRANRIO – DECEA – TÉCNICO DE DEFESA E CONTROLE DE


TRÁFEGO AÉREO – 2009

18 (adaptada)
“ ... e a fazem funcionar dentro de padrões éticos.” (L. 4-5)
O termo que apresenta função sintática idêntica à do exemplo em
destaque é:
(A) “...face à chaga histórica que extenua os pobres.” (L. 13-14)
(B) “...inibe a audácia que os problemas sociais exigem.” (L. 27-28)
(C) “Ela equilibra a audácia.” (L. 32-33)
(D) “O excesso de audácia é a insensatez.” (L. 40-41)
(E) “Em condições normais significa a justa medida,” (L. 48-49)

CESGRANRIO – TRANSPETRO – QUÍMICO DE PETRÓLEO JÚNIOR –


60043761321

2012

19
De acordo com a norma-padrão, há indeterminação do sujeito em:

(A) Olharam-se com cumplicidade.


(B) Barbearam-se todos antes da festa.
(C) Trata-se de resolver questões econômicas.
(D) Vendem-se artigos de qualidade naquela loja.
(E) Compra-se muita mercadoria em época de festas.

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CESGRANRIO – LlQUIGÁS – PROFISSIONAL DE VENDAS DE NÍVEL
SUPERIOR –2012

20
A palavra que, no período “Eu sei que a gente se acostuma. Mas não
devia.”, tem o mesmo valor sintático e morfológico do que se destaca em:

(A) Vamos ao Maranhão, que a passagem está barata.


(B) Ainda que chova, irei ao encontro.
(C) Há mais razões para sorrir que para chorar.
(D) Ele espera que tudo dê certo.
(E) A cidade em que nascemos só prospera.

CESGRANRIO - ANP - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO - 2008

21
Observe as sentenças abaixo, retiradas de uma reclamação, feita por uma
secretária, sobre um móvel enviado com defeitos. Qual delas não tem
erro de paralelismo?

(A) O produto logo no início mostrou má-qualidade no acabamento e que


tinha as gavetas emperradas.
(B) O novo móvel deve estar dentro dos critérios previamente
combinados, e que seja enviado o mais rapidamente possível.
(C) Além disso, o manual de instalação tem mais de 150 páginas e pouca
clareza.
(D) Assim, gostaríamos de pedir a troca do móvel enviado, que não foi
aprovado pela gerência e por outros interessados.
(E) Recomendamos a V.S. retirar o móvel inadequado e que envie outro,
de melhor qualidade, para substituí-lo.

CESGRANRIO – BB – ESCRITURÁRIO – 2015


60043761321

22
Na frase “‘É importante informá-lo dos seus direitos’” (. 28-29) emprega-
se o verbo informar seguido do pronome oblíquo. Entretanto, o redator
poderia ter optado por empregar, em vez de lo, o pronome lhe. A frase
resultante, mantendo-se o mesmo sentido e respeitando-se a norma-
padrão, seria:

(A) É importante informar-lhe sobre os seus direitos.


(B) É importante lhe informar a respeito dos seus direitos.
(C) É importante informar-lhe dos seus direitos.
(D) É importante informar-lhe os seus direitos.
(E) É importante lhe informar acerca dos seus direitos.
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Prof. Fernando Pestana Aula 04

GABARITO COMENTADO

CESGRANRIO – PETROBRAS – PROFISSIONAL JR. (CIÊNCIAS


CONTÁBEIS) – 2012

1
Aos trechos abaixo, retirados do texto, foram propostas alterações na
colocação do pronome.

Tal alteração está de acordo com a norma-padrão em:

(A) “foram se fechando” (l. 18) – foram fechando-se


(B) “Pensa-se logo num palhaço” (l. 38-39) – Se pensa logo num palhaço
(C) “ninguém lhe esquece a tristeza” (l. 50-51) – ninguém esquece-lhe a
tristeza
(D) “Trata-se na verdade” (l. 52) – Se trata na verdade
(E) “que quase se limita a olhar” (l. 62-63) – que quase limita-se a olhar

A forma ‘foram fechando-se’ respeita o registro culto da língua, pois, em


uma locução verbal, um pronome oblíquo átono pode ficar depois de
verbo principal no gerúndio (ênclise).

GABARITO: A.

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2011

2
A colocação do pronome átono destacado está INCORRETA em:
(A) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais a respeito.
(B) Tudo se disse e nada ficou acordado.
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(C) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos nesse assunto.


(D) Alguém nos informará o valor do prêmio.
(E) Não devemos preocupar-nos tanto com ela.

NUNCA o pronome oblíquo átono pode ficar após verbo no particípio!


Regra clássica!

GABARITO: C.

CESGRANRIO – SUAPE – ENGENHEIRO DE MANUTENÇÃO PLENO –


2011

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“Mas não me deixe sentar” (v. 17)
Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a
seguir.

A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à


norma padrão da Língua Portuguesa.

PORQUE

A palavra “não”, advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo


esteja em posição proclítica.

A esse respeito, conclui-se que


(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) as duas afirmações são falsas.

Questão autoexplicativa. De fato o pronome átono é atraído por palavras


de sentido negativo, ficando em posição proclítica ao verbo, ou seja,
antes dele.

GABARITO: A.

CESGRANRIO – IBGE – SUPERVISOR DE PESQUISAS GERAL – 2014

4
Em “Há políticas que reconhecem a informalidade”, ao substituir o
termo destacado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da
língua, o trecho assume a formulação apresentada em:
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(A) Há políticas que a reconhecem


(B) Há políticas que reconhecem-a
(C) Há políticas que reconhecem-na
(D) Há políticas que reconhecem ela
(E) Há políticas que lhe reconhecem

O pronome oblíquo que substitui um objeto direto cujo núcleo é um


substantivo feminino é “a”: Há políticas que reconhecem a
informalidade >>> Há políticas que a reconhecem.

Observe que o pronome átono fica antes do verbo, obrigatoriamente, por


causa da atração da palavra “que”. A próclise, portanto, é obrigatória!!!
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GABARITO: A.

CESGRANRIO – PETROBRAS DISTR. – DIREITO JÚNIOR – 2012

5
O trecho “Pensa-se logo num palhaço” (L. 38-39) pode ser reescrito,
respeitando a transitividade do verbo e mantendo o sentido, assim:

(A) O palhaço pode ser logo pensado.


(B) Pensam logo num palhaço.
(C) Pode-se pensar num palhaço.
(D) Pensam-se logo num palhaço.
(E) O palhaço é logo pensado.

Esta questão trabalha o conhecimento de transitividade verbal e sujeito


indeterminado (são dois tipos, segundo a gramática tradicional). Este
verbo é transitivo indireto na frase do enunciado e na letra B, pois exige
um complemento indireto (objeto indireto), ou seja, um complemento
preposicionado.

Quanto ao sentido, percebemos uma ideia de indeterminação do sujeito.


Podemos indeterminar o sujeito por meio da colocação de uma partícula
de indeterminação do sujeito junto ao verbo (que pode apresentar
qualquer transitividade) na 3ª pessoa do singular (Pensa-se logo num
palhaço) ou por meio do uso do verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito
explícito (Pensam logo num palhaço).

GABARITO: B.

CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – 2011


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6
A frase em que o complemento verbal destacado NÃO admite a sua
substituição pelo pronome pessoal oblíquo átono lhe é:

(A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.


(B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.
(C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.
(D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.
(E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse.

O pronome oblíquo átono ‘lhe’ substitui termo preposicionado que exerce


função sintática de objeto indireto iniciado pela preposição A, PARA ou
EM. Exemplo: Dei um presente à minha namorada (Dei-lhe um
presente).

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No entanto, ele não serve de complemento para determinados verbos,


como aceder, anuir, aludir, aspirar (almejar), assistir (ver), presidir,
proceder, visar (almejar). Sendo assim, em B, é um erro reescrever
assim: “Ele continuava desolado, pois não lhe assistiu”. O certo seria:
“Ele continuava desolado, pois não assistiu a ele.”

Só de curiosidade, alguns gramáticos dizem que o ‘lhe’ pode exercer


função sintática de adjunto adnominal quando apresenta valor
possessivo: Roubaram-lhe o carro = Roubaram o seu carro. Fica ligado
nisso, pois há questões da CESGRANRIO trabalhando com esta doutrina
gramatical.

GABARITO: B.

7
O verbo destacado NÃO é impessoal em:

(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de


finanças.
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.
(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou.
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado.

Os verbos impessoais são aqueles que não têm sujeito. Vimos isso no
comentário anterior. Safo?

O verbo haver (no sentido de existir, ocorrer ou indicando tempo


decorrido) é um deles, mas na letra E não é o caso, pois há um sujeito
oculto para o verbo haver: Embora (ele) houvesse acertado a hora, ele
chegou atrasado.

GABARITO: E. 60043761321

CESGRANRIO – BNDES – ENGENHEIRO – 2011

8
“...e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência.” (L. 22-
23)
“isso existe às pampas.” (L. 37)

Quais as locuções destacadas que encerram, respectivamente, as


mesmas circunstâncias das destacadas nos trechos transcritos acima?

(A) Aos poucos, ele ia percebendo que não precisava mais dela. / Nada
em volta causava mais surpresa.
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(B) Saiu às pressas porque tinha um compromisso. / De vez em
quando, é preciso repensar as estratégias.
(C) Vá em frente que você encontrará o que procura. / De modo algum
aceitarei a proposta feita pelo meu superior.
(D) Em breve, estarei terminando de escrever minha biografia. /
Trabalhou em excesso para apresentar seu projeto final.
(E) A notícia chegou de súbito causando, assim, um grande impacto. /
Hoje em dia, as pessoas pensam mais nelas próprias.

As expressões “às vezes” e “Em breve” exercem função sintática de


adjunto adverbial de tempo. As expressões “às pampas” e “em excesso”
exercem função sintática de adjunto adverbial de intensidade.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – SEPLAG – TÉCNICO EM SERVIÇO DE SAÚDE - 2011

9
A partir do trecho “O plano secreto da filha do dono de livraria era
tranquilo e diabólico” (Texto I, L. 37-39), do ponto de vista
morfossintático, podemos afirmar que as palavras “tranquilo” e “diabólico”
são

(A) advérbios e exercem a função de objetos diretos.


(B) advérbios e exercem a função de predicativos do objeto.
(C) adjetivos e exercem a função de predicado.
(D) adjetivos e exercem a função de predicativos do sujeito.
(E) adjetivos e exercem a função de adjuntos adnominais.

Tanto ‘tranquilo’ como ‘diabólico’ são adjetivos, pois estão caracterizando


o substantivo ‘plano’. O adjetivo exerce duas funções sintáticas: ou
adjunto adnominal, ou predicativo do sujeito ou do objeto. Como
‘tranquilo’ e ‘diabólico’ estão ligados pelo verbo de ligação (ser) ao
60043761321

sujeito, podemos dizer que são predicativos do sujeito sem sombra de


dúvidas.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – PROMINP – ADMINISTRADOR DE PDMS – 2010

10
A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e
integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um
balde grande de plástico,” (L. 30-31) é:

(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é ensinado.

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(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

O sentido do verbo pegar é de segurar, agarrar (no enunciado e na letra


E). Em ambos os casos é também um VTD, ou seja, exige um objeto
direto (complemento não preposicionado): pegou um balde, pegou... o
copo.

GABARITO: E.

CESGRANRIO – PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL – ADMINISTRADOR


JÚNIOR – 2010

11
A palavra “se” indica indeterminação do sujeito em

(A) “O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta.” (L. 7-8).


(B) “caso se esteja com dor de dente,” (L. 11-12).
(C) “...se há algo imprescindível,” (L. 14).
(D) “a porcentagem dos que se consideram felizes não se moveu.” (L. 47-
48).
(E) “...os nigerianos, com seus 1.400 dólares de PIB per capita, atribuem-
se grau de felicidade equivalente ao dos japoneses,” (L. 55-58).

O verbo estar é um verbo de ligação na 3ª pessoa do singular sem sujeito


explícito indicando generalização. Quando se diz ‘caso se esteja com dor
de dente’, há uma ideia de generalização, ou seja, ‘caso qualquer pessoa
esteja com dor de dente’... Sempre que houver essa ideia de
generalização e o verbo estiver na 3ª pessoa do singular sem sujeito, a
partícula ‘se’ será um índice de indeterminação do sujeito.
Consequentemente, o sujeito será indeterminado!
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GABARITO: B.

CESGRANRIO – IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL – 2010

12
Tratando-se das funções sintáticas dos termos destacados do texto, pode-
se afirmar que

(A) “O dono da fábrica...” – (L. 2-3) – objeto direto.


(B) “...ter de aumentar o preço.” (L. 7-8) – sujeito.
(C) “Você está ficando doido?” (L. 10-11) – adjunto adverbial de modo.
(D) “...e agora quer receber três.” – (L. 13) – adjunto adverbial de lugar.
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(E) “eu não pago a ele.” (L. 22) – objeto indireto.

Quem paga, paga algo A ALGUÉM. Logo, ‘a ele’ em “eu não pago a ele” é
um objeto indireto, complemento do verbo pagar. Inclusive o verbo pagar
é curioso, pois o objeto direto é sempre uma coisa e o objeto indireto é
sempre uma pessoa (física ou jurídica ou ser personificado).

GABARITO: E.

13
A circunstância expressa pelos termos em destaque está corretamente
indicada em

(A) “algo para ser visto pela janelinha do carro,” (L. 10-11) – lugar
(B) “...esparramada sobre a calçada,” (L. 11) – concessão.
(C) “...pingando esmolas em mãos rotas.” (L. 18) – modo.
(D) “Com o tempo, a miséria conquistou os tubos de imagem dos
aparelhos de TV.” (L. 20-21) – consequência.
(E) “Embora violenta, a miséria ainda nos excluía.” (L. 29) – condição.

Simples! Algo para ser visto por onde, por qual lugar? Resposta: pela
janelinha do carro (adjunto adverbial de lugar modificando o verbo ver).

GABARITO: A.

CESGRANRIO – ELETROBRAS ELETRONUCLEAR – ANALISTA


(METEOROLOGIA) – 2010

14
No Texto I, em “avançaram em segurança e controle
dos resíduos radioativos,” (l. 24-25), o termo destacado
está ligado sintaticamente ao substantivo “controle”.
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O termo que desempenha função sintática idêntica ao


destacado acima está no trecho:

(A) “As crises mundiais do petróleo,” (l. 2)


(B) “os preços ficam mais caros,” (l. 5)
(C) “...captar energia da natureza.” (l. 8)
(D) “...especialistas em energia estão fazendo perguntas incômodas...”
(l. 29-30)
(E) “...não teria sido uma alternativa menos danosa ao meio
ambiente...” (l. 32-33)

Assim como o nome controle exigiu um complemento nominal (dos


resíduos radioativos), o nome danosa também o fez (o que é danoso, é
danoso Ao meio ambiente).

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GABARITO: E.

CESGRANRIO – FUNASA – ADMINISTRADOR – 2009

15
Na passagem “Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com
comovida atenção.” (L. 10-11), o pronome oblíquo lhe exerce função
sintática idêntica ao termo destacado em

(A) “Olívia se aproximou de Eugênio...” (L. 1)


(B) “A enfermeira juntava os ferros.” (L. 3)
(C) “A respiração voltava lentamente,” (L. 7)
(D) “Vencera! Salvara a vida de uma criança!” (L. 12)
(E) “Sentia-se leve e aéreo.” (L. 17)

De acordo com alguns gramáticos, principalmente modernos, quando o


lhe tem valor possessivo, exerce função sintática de adjunto adnominal.
Ao dizer “Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida
atenção”, isso equivale a “Eugênio examinava as mudanças do seu
rosto...” ou “Eugênio examinava as mudanças do rosto dele...”. Daí ser
classificado como adjunto adnominal tal qual ‘de uma criança’ (valor de
posse) em “Salvara a vida de uma criança”.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – SEC. ADM./TO – ADMINISTRADOR HOSPITALAR –


2009

16
O verbo destacado é impessoal na frase

(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao
60043761321

crime).” (L. 3-4).


(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (L. 5).
(C) “E tudo agora é para valer.” (L. 10).
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (L. 17).
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (L. 20-21).

O verbo haver no sentido de existir é um verbo impessoal sempre, ou


seja, não tem sujeito. Cuidado!!!

GABARITO: B.

CESGRANRIO – FUNASA – AGENTE ADMINISTRATIVO – 2009


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17
No Texto I, em “e controlar a epidemia crescente das doenças
crônicas,” (L. 13-14), o termo destacado está ligado sintaticamente ao
substantivo “epidemia”.

O termo que desempenha função sintática idêntica ao destacado acima


está no trecho:

(A) “enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos,” (L. 3-4)
(B) “...que ajude as autoridades nacionais a enfrentar os problemas.” (L.
10-11)
(C) “– Para alcançar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU,” (L.
12-13)
(D) “Todos eles estão mais expostos...” (L. 24)
(E) “entre outras doenças ligadas ao excesso de peso.” (L. 26-27)

Sempre que uma locução adjetiva estiver ligada a um substantivo


concreto, não pestaneje, ela exercerá função sintática de adjunto
adnominal. Sempre! Como a palavra epidemia é um substantivo concreto,
das doenças crônicas exerce função sintática de adjunto adnominal, assim
como o adjetivo nacionais ligado a um substantivo (autoridades) também
exerce esta mesma função sintática.

GABARITO: B.

CESGRANRIO – DECEA – TÉCNICO DE DEFESA E CONTROLE DE


TRÁFEGO AÉREO – 2009

18 (adaptada)
“ ... e a fazem funcionar dentro de padrões éticos.” (L. 4-5)
O termo que apresenta função sintática idêntica à do exemplo em
destaque é:
(A) “...face à chaga histórica que extenua os pobres.” (L. 13-14)
60043761321

(B) “...inibe a audácia que os problemas sociais exigem.” (L. 27-28)


(C) “Ela equilibra a audácia.” (L. 32-33)
(D) “O excesso de audácia é a insensatez.” (L. 40-41)
(E) “Em condições normais significa a justa medida,” (L. 48-49)

Os pronomes oblíquos átonos podem funcionar como sujeito de infinitivo


ou de gerúndio, quando se usam antecedidos os verbos mandar, deixar,
fazer (causativos) ou ver, ouvir, sentir e sinônimos (sensitivos).

Ex.: Mandaram-me entrar. (E não: Mandaram eu entrar) / Deixe-as


dormir. (E não: Deixe elas dormirem) / Faça-nos cantar. (E não: Faça
nós cantarmos).

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Ficou claro? Mais exemplos: Viram-me sair (que eu saía). / Ouvi-o bater
(que ele batia)./ Sentimo-los abraçar-nos (que eles nos abraçavam)./ Vi-
a chorando (que ela chorava)...

Logo, em ‘e a fazem funcionar dentro de padrões éticos’ equivale a ‘e


fazem que ela (sujeito) funcione dentro de padrões éticos’.

O único termo que exerce função sintática de sujeito é o pronome relativo


‘que’. Toda vez que você quiser saber qual é a função sintática do ‘que’,
substitua-o pelo antecedente.

Veja: ‘face à chaga histórica que (a chaga histórica) extenua os


pobres’. Percebeu? A chaga histórica (substitui o ‘que’ (sujeito)) extenua
os pobres.

GABARITO: A.

CESGRANRIO – TRANSPETRO – QUÍMICO DE PETRÓLEO JÚNIOR –


2012

19
De acordo com a norma-padrão, há indeterminação do sujeito em:

(A) Olharam-se com cumplicidade.


(B) Barbearam-se todos antes da festa.
(C) Trata-se de resolver questões econômicas.
(D) Vendem-se artigos de qualidade naquela loja.
(E) Compra-se muita mercadoria em época de festas.

Vale Relembrar! INDETERMINADO é o sujeito que não aparece explícito


na oração. A impossibilidade de determinar o sujeito ocorre na seguintes
situações: 60043761321

a) Colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, não se referindo


a nenhuma palavra determinada do contexto:

· Dizem que haverá novas paralisações.


· Falam mal desse político.

b) Colocando-se verbos sem complemento direto (intransitivos,


transitivos indiretos ou de ligação) na terceira pessoa do singular
acompanhados do pronome SE, que atua como índice de
indeterminação do sujeito:

· Fala-se mal de muitos políticos.


· Já não se acredita em magia.
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Prof. Fernando Pestana Aula 04
· Nunca se é dispensável quando se é trabalhador.

GABARITO: C.

I.P.C.: Vejo um bocado de gente boa confundir o se indeterminador do


sujeito (PIS) com o se pronome apassivador (PA), isto é, aquele usado
para construir a voz passiva pronominal. Assim, nunca é demais comparar
e ver a diferença:

PA- Comunicou-se a demissão. (A demissão foi comunicada)


PIS- Precisa-se de bons profissionais (De bons profissionais é
precisado???)

CESGRANRIO – LlQUIGÁS – PROFISSIONAL DE VENDAS DE NÍVEL


SUPERIOR –2012

20
A palavra que, no período “Eu sei que a gente se acostuma. Mas não
devia.”, tem o mesmo valor sintático e morfológico do que se destaca em:

(A) Vamos ao Maranhão, que a passagem está barata.


(B) Ainda que chova, irei ao encontro.
(C) Há mais razões para sorrir que para chorar.
(D) Ele espera que tudo dê certo.
(E) A cidade em que nascemos só prospera.

Primeiro, classificamos o “que” do enunciado: É uma conjunção integrante


que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Encontramos essa mesma ocorrência na alternativa “D”. Vamos analisar
ao demais? Em “A” o “que” equivale a “porque”, sendo então explicativo.
Por que ir ao Maranhão? Em “B”, a ideia é adverbial de concessão; em “C”
percebe-se uma ideia de comparação e, por fim, em “E”, trata-se de um
pronome relativo. 60043761321

GABARITO: D.

CESGRANRIO - ANP - ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO - 2008

21
Observe as sentenças abaixo, retiradas de uma reclamação, feita por uma
secretária, sobre um móvel enviado com defeitos. Qual delas não tem
erro de paralelismo?

(A) O produto logo no início mostrou má-qualidade no acabamento e que


tinha as gavetas emperradas.

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(B) O novo móvel deve estar dentro dos critérios previamente
combinados, e que seja enviado o mais rapidamente possível.
(C) Além disso, o manual de instalação tem mais de 150 páginas e pouca
clareza.
(D) Assim, gostaríamos de pedir a troca do móvel enviado, que não foi
aprovado pela gerência e por outros interessados.
(E) Recomendamos a V.S. retirar o móvel inadequado e que envie outro,
de melhor qualidade, para substituí-lo.

A frase da letra D não tem erro de paralelismo, pois há uma coordenação


entre estruturas sintáticas semelhantes. Veja: Assim, gostaríamos de
pedir a troca do móvel enviado, que não foi aprovado pela gerência e por
outros interessados.

As demais frases apresentam erros de paralelismo. Note:

(A) O produto logo no início mostrou má-qualidade no acabamento


(termo preposicionado) e que tinha as gavetas emperradas (oração).
(B) O novo móvel deve estar dentro dos critérios previamente
combinados (termo), e que seja enviado o mais rapidamente possível
(oração).
(C) Além disso, o manual de instalação tem mais de 150 páginas (sentido
quantitativo) e pouca clareza (sentido subjetivo). ERRO DE PARALELISMO
SEMÂNTICO!
(E) Recomendamos a V.S. retirar o móvel inadequado (oração reduzida
de infinitivo) e que envie outro, de melhor qualidade (oração adjetiva
desenvolvida), para substituí-lo.

GABARITO: D.

CESGRANRIO – BB – ESCRITURÁRIO – 2015

22
Na frase “‘É importante informá-lo dos seus direitos’” (. 28-29) emprega-
60043761321

se o verbo informar seguido do pronome oblíquo. Entretanto, o redator


poderia ter optado por empregar, em vez de lo, o pronome lhe. A frase
resultante, mantendo-se o mesmo sentido e respeitando-se a norma-
padrão, seria:

(A) É importante informar-lhe sobre os seus direitos.


(B) É importante lhe informar a respeito dos seus direitos.
(C) É importante informar-lhe dos seus direitos.
(D) É importante informar-lhe os seus direitos.
(E) É importante lhe informar acerca dos seus direitos.
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O verbo “informar” tem dupla regência: informar algo a alguém ou
informar alguém de algo, logo “informá-lo dos seus direitos” ou “informar-
lhe os seus direitos”.

GABARITO: D.

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