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br Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA

FISIOLOGIA 2016
Arlindo Ugulino Netto; Alanna Almeida Alves.

FUNÇÕES REPRODUTIVAS MASCULINAS

O sistema reprodutor masculino, partindo do processo de espermatogênese, é um dos responsáveis, junto ao


reprodutor feminino, por executar a reprodução na espécie humana, propiciando a perpetuação da espécie.

ESPERMATOGÊNESE
É o processo de formação dos espermatozoides que ocorre
ao longo dos túbulos seminíferos durante a vida sexual ativa,
estimulado pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior.
Inicia-se na puberdade (13 anos de idade) e se prossegue durante
boa parte da vida, diminuindo acentuadamente na velhice.

ETAPAS DA ESPERMATOGÊNESE
 As espermatogônias (2n, células epiteliais germinativas dos
túbulos seminíferos) crescem e se tornam espermatócitos
primários (2n).
 Os espermatócitos primários sofrem meiose formando
espermatócitos secundário (n), que por sua vez se dividem
formando as espermátides (n).
 As espermátides amadurecem e se diferenciam e tornam-se
espermatozoides.

OBS: Cromossomos Sexuais. Metade dos espermatozoides carrega


ou um cromossomo sexual masculino (Y) ou um cromossomo
sexual feminino (X), que, dependendo de qual dos dois fertilizará o
óvulo (X), determinará o sexo do embrião.

FORMAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES


Formam-se a partir das espermátides, as quais se diferenciam
em sua estrutura, que se alongam e perdem seu citoplasma. O
espermatozoide é composto por cabeça, colo e cauda.
 Cabeça: maior parte do volume do espermatozoide, contendo
núcleo haploide (ocorre a condensação do material nuclear)
além da formação do acrossoma (organela semelhante a um
capuz que contém várias enzimas proteolíticas, que quebram
proteínas e hialuronidases, que tem a capacidade de digerir
proteoglicanos dos tecidos), tendo como função auxiliar o
espermatozoide a penetrar no citoplasma do ovócito II.
 Colo: presença da bainha mitocondrial que fornece ATP
(energia) para o movimento do espermatozoide.
 Cauda: peça móvel do gameta que exerce movimento de
vaivém (movimento flagelar). Desloca-se em meio líquido
numa velocidade média de 1 a 4mm/min.

FATORES HORMONAIS QUE ESTIMULAM A ESPERMATOGÊNESE


O LH é responsável por estimular as células de Leydig a produzir e secretar a testosterona, hormônio
responsável pelas características secundárias masculinas e essencial ao crescimento e à divisão de células
germinativas. Quando os níveis de testosterona no sangue estão elevados, por feedback negativo, a secreção de LH é
inibida.
O FSH é responsável por estimular as células de Sertoli a secretar ABP (hormônio que capta testosterona para
uso do testículo) e inibina, o qual, por feedback negativo, controla a secreção do FSH. Sem essa estimulação, não
ocorre a conversão de espermátides em espermatozoides.
Os estrogênios, formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, também são essenciais para a
espermatogênese.
Bem como o hormônio do crescimento que é necessário no controle do metabolismo básico dos testículos.

OBS: A fertilidade de um homem está ligada ao numero de espermatozoides produzidos por ele e pela capacidade
desses gametas de fecundar.
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ESPERMIAÇÃO
É a remoção do excesso de citoplasma quando as espermátides são convertidas em espermatozoides.

MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES


Ocorre no epidídimo, durando cerca de 18 a 24 horas, para que os espermatozoides desenvolvam a capacidade
de fecundar. Durante esse processo, há a liberação de nutrientes, hormônios (incluindo testosterona) e enzimas que,
entre outras propriedades, propiciam a capacidade de movimentação aos espermatozoides, os quais se tornam, então,
capazes de fecundar o óvulo (maturação).

FISIOLOGIA DO ESPERMATOZOIDE MADURO


Os espermatozoides maduros tem capacidade de realizar movimento flagelado em meio liquido, com velocidade
de 1 a 4 mm/min, movimentando-se em linha reta.
Sua atividade é aumentada nitidamente em meio neutro e levemente básico, enquanto é notavelmente diminuída
em meio ácido.
Embora o espermatozoide possa viver por muitas semanas armazenados nos ductos genitais, após ejaculados,
vivem cerca de um a dois dias no trato genital feminino.

CÉLULAS DE SERTOLI
São células grandes responsáveis por sustentar o epitélio germinativo dos túbulos seminíferos que contribuem
na convenção de espermátides em espermatozoides.
Fornecem nutrientes (frutose), hormônios e enzimas para os gametas em desenvolvimento.

VESÍCULAS SEMINAIS
Túbulos sinuosos revestidos com epitélio secretor, que na ejaculação, secretam: frutose (nutrição), ácido
cítrico e outras substâncias nutritivas, bem como fibrionogênio (que reage com uma enzima de coagulação liberada
pela próstata) e prostaglandinas (que tornam o muco cervical feminino mais receptivo ao movimento dos
espermatozoides e causa certas contrações peristálticas no útero e trompas, auxiliando a guia dos espermatozoides ao
ovócito II).
Essa secreção das vesículas seminais aumenta o volume do sêmen consideravelmente.

GLÂNDULA PROSTÁTICA
A próstata secreta um líquido ralo e leitoso de pH entre 6,5 e 7,5, que contém cálcio e citrato, bem como uma
enzima de coagulação (que reagirá com a fibrina liberada pelas vesículas seminais) e uma pró-fibrinolisina.
Durante a emissão, a cápsula muscular prostática contrai-se simultaneamente às contrações dos canais
deferentes. Por ser ligeiramente alcalino, é provável que o líquido prostático auxilie na motilidade e a fertilidade dos
espermatozoides.

OBS: De acordo com dados do INCA, o câncer de próstata é o tumor (não cutâneo) mais prevalente em homens no
Brasil e no mundo, sendo o adenocarcinoma de próstata o seu principal representante. O câncer de próstata, de um
modo geral, representa cerca de 10% do total de casos de câncer, sendo a quarta causa de morte por neoplasias no
Brasil.

OBS: O PSA (Prostate-Specific Antigen ou antígeno prostático específico) revolucionou a história diagnóstica do câncer
de próstata depois de sua descoberta como marcador desta neoplasia a partir da década de 80, substituindo outros
marcadores até então utilizados (como a fosfatase ácida). O PSA é uma glicoproteína produzida pela próstata (sendo ela
órgão-específico) responsável pela liquefação do coágulo seminal, favorecendo a fertilização do óvulo pelo
espermatozoide na vigência de uma eventual cópula seguida de fecundação. O ponto de corte para indicação de biópsia
prostática é 4 ng/ml. Contudo, estima-se que 25% dos cânceres apresentam PSA abaixo de 4ng/ml; além disso, muitos
pacientes são submetidos a biópsias prostáticas desnecessárias.
O PSA pode ser mensurado no intuito de fornecer dados referentes ao:
 Diagnóstico
 Estadiamento (classificação dos pacientes portadores de câncer): pacientes com PSA menor que 20ng/ml não
necessitam de realização de cintilografia óssea, por exemplo.
 Seguimento: o PSA talvez seja o único método disponível para avaliar o paciente pós-prostatectomia e pós-
radioterapia, sendo realizado, normalmente, após 1 mês de cirurgia (PSA de controle) e, durante o primeiro ano,
de 3 em 3 meses (para avaliação trimestral).

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SÊMEN
O sêmen é o liquido ejaculado durante o ato sexual masculino, sendo composto de líquidos do: canal deferente
(10% do total), vesículas seminais (60%, sendo o ultimo a ser secretado), líquido prostático (cerca de 30%, que dá o
aspecto leitoso) e das glândulas bulbouretrais (aspecto mucoso do sêmen).
A enzima de coagulação do liquido prostático faz com que o fibrinogênio liberado pelas vesículas seminais forme
um fraco coágulo de fibrina que mantém o sêmen aderido nas regiões mais profundas da vagina. Após algum tempo,
esse coágulo se rompe devido à fibrinolisina, devolvendo motilidade aos espermatozoides já no trato genital feminino.
É ejaculado cerca de 2 a 6mL de sêmen, contendo 120 milhões de espermatozoides/mL.
 Abaixo de 20 milhões, o homem pode ser infértil.
 A contagem é feita pelo espermograma.

ATO SEXUAL MASCULINO

ESTÍMULO NEURONAL
Originado na glande por neurônios responsáveis pela sensibilidade sexual.

ELEMENTO PSÍQUICO
Pensamentos ou sonhos podem estimular o ato sexual masculino (pode ter como consequência a polução
noturna).

ETAPAS
1. Ereção: estimulo parassimpático via óxido nítrico (NO), que relaxam e dilatam as artérias penianas, fazendo o
sangue fluir para o tecido erétil: os dois corpos cavernosos e o esponjoso represam o sangue, constituindo o
fenômeno da ereção.
2. Tumefação e endurecimento do órgão: ocorre devido o acumulo de sangue represado nos tecidos eréteis.
3. Lubrificação: estímulo parassimpático em que há a secreção de muco pelas glândulas uretrais e bulbouretrais.
Entretanto, a maior parte da lubrificação do coito é realizada pelo órgão sexual feminino.
4. Emissão: estímulos de nervos simpáticos, em que há a contração dos canais deferentes, da vesícula seminal e
do revestimento muscular da próstata, forçando o esperma adiante, auxiliando nas etapas de formação do
sêmen.
5. Ejaculação: liberação do sêmen da uretra para o exterior.
6. Orgasmo: período entre a emissão e a ejaculação.
7. Resolução: termino da excitação masculina. A ereção ainda perdura por um a dois minutos.

OBS: A ereção é uma etapa importante no processo do ato sexual masculino. De uma forma simples, o que ocorre é o
represamento de sangue nos corpos cavernosos do pênis: entra mais sangue do que sai. Para isso, os vasos
sanguíneos penianos devem estar dilatados e intumescidos. Este processo se dá pela seguinte reação (e explica a ação
de medicações utilizadas contra a disfunção erétil):
a) A L-Arginina (aminoácido), por meio da enzima
NO Sintase, forma oxido nitroso (NO)
b) O NO se liga com a citrulina gerando a
enzima Guanilato Ciclase.
c) Essa enzima transforma o GTP (presente no
corpo cavernoso) em cicloGMP (o causador
da ereção) o qual dilata as artérias do corpo
cavernoso, gerando o intumescimento do
órgão. Esse composto é responsável também
pelo aumento da frequência cardíaca
(taquicardia) no ato sexual.
d) No final da ereção, a enzima PDE 5 (5-
Fosfodiesterase) quebra a cGMP cessando a
ereção.

Disfunção erétil. Ocorre em 52% dos homens com idade entre 40 e 70 anos. Pode ser causado por doenças
como diabetes melito, radiação ionizante, tratamento de câncer de próstata, lesão na porção inferior da medula,
estresse, ansiedade, drogas (diuréticos, antidepressivos, tranquilizantes, hormônios, álcool etílico, cocaína,
maconha, etc.). Embora não exista um tratamento tão eficaz e definitivo para a disfunção, existem hoje, no
mercado farmacêutico, medicações que estimulam a ereção masculina. São, de uma forma geral, drogas
inibidoras da 5-fosfodiesterase (PDE 5) e atuam, portanto, reduzindo a quebra do cGMP, mantendo a
dilatação arterial em nível peniano (e, de certa forma, sistêmico). Os principais exemplos são: Sildenafil
(Viagra®), Vardenafil (Levitra®) e o Tadalafil (Cialis®). Seus principais efeitos colaterais são: Congestão nasal;

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prolongamento da onda QT do eletrocardiograma (principalmente pelos medicamentos Levitra® e Cialis®);


hipotensão arterial. A principal contraindicação é o uso intermitente ou contínuo de nitratos (medicações
utilizadas para tratar a dor cardíaca ou angina), uma vez que o concomitante pode potencializar o efeito
hipotensor de ambas as medicações (podendo causar queda brusca da pressão arterial, de difícil reversão).

HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS


Podem ser androgênios e a testosterona (mais abundante, produzida pelas células intersticiais dos túbulos
seminíferos – as células de Leydig).

TESTOSTERONA
Hormônio formado pelas células intersticiais (Leydig) dos túbulos seminíferos.
 Metabolismo:
 Ligação com proteínas plasmáticas
 Ação em 30 a 60 minutos.
 Convertida em androsterona e desidroepandrosterona.
 Eliminada na bile (eliminação metabólica da testosterona), TGI (fezes) ou urina.

 Funções:
o Desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos: aumento do tamanho do pênis, escroto e testículos.
o Estimulam os folículos pilosos: distribuição de pelos corporais.
o Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas.
o Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade.
o Ampliam a laringe: efeitos sobre a voz.
o Desenvolvimento Fetal
 Liberação a partir do 2º mês de gravidez.
 Fato marcante para o desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos.
 É um dos principais responsáveis para a descida dos testículos nos últimos 2 a 3 meses para a
bolsa escrotal.
o Desenvolvimento da massa óssea maior, protegendo contra a osteoporose: aumento de 50% a massa
muscular em relação às mulheres.

OBS: A maioria dos anabolizantes (“bombas”) possui testosterona sintético, responsável pelo aumento exagerado da
massa muscular. Pode ocorre necrose do tecido acarretado bem como diminuição da libido sexual, pois o organismo
deixaria de produzir o hormônio endogenamente.

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