Sei sulla pagina 1di 2

Equilíbrio - Martyn Lloyd-Jones

martynlloyd-jones.com /2010/12/equilibrio-martyn-lloyd-jones.html

O apóstolo já nos tem exortado nesta Epístola aos Efésios acerca do que ele chama "parvoíces e
chocarrices". Não devemos ser pomposos, não devemos apresentar-nos com excessiva seriedade, mas
isso é muito diferente do erro das "parvoíces e chocarrices". Muitas vezes fico surpreso por ouvir cristãos
cedendo a essas "parvoíces e chocarrices". Verifiquemos que não estamos produ¬zindo uma atmosfera
nociva com esse tipo de coisa. Essa espécie de conversa pertence ao mundo, não a nós. Isso é a
instrução das Escrituras.

O mundanismo, naturalmente, tem muitas formas, e há perigos específicos. O apóstolo adverte Timóteo,
na Primeira Epístola, capítulo 6, versículo 9: "Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em
muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o
amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas". Paulo aí
condena o amor ao dinheiro. O dinheiro como tal não é mau, se o homem o usa apropriadamente, como
despenseiro do Senhor Jesus Cristo. Contudo, no momento em que o homem começa a amar o dinheiro,
entra o pecado. Tenho bastante idade para poder dizer que tenho visto muita gente boa sair-se mal nesse
ponto. Uma vez que acontece isso, a temperatura espiritual sempre abaixa, e ocorre uma rápida perda de
vigor espiritual. Conheci homens que foram convertidos de uma vida muito pecaminosa, e que, por causa
da sua conversão, começaram a dar atenção ao seu trabalho, progrediram e tiveram sucesso; e tive a
infeliz experiência de ver alguns deles caírem na armadilha de que estamos falando. Antes, jogavam fora
o seu dinheiro; agora, começaram a amá-lo. Ambos os extremos são maus.

Outra causa da perda de vigor e energia espiritual, e de deixar de ser "forte no Senhor e na força do seu
poder", é a enervante atmosfera da respeitabilidade. É um perigo muito comum na Igreja. Às vezes me
pergunto se não é a maior maldição na hora presente. Pelo menos, as estatísticas provam claramente
que, por uma razão ou outra, o cristianis¬mo atual não está sensibilizando as classes trabalhadoras deste
país. Será, às vezes me pergunto, porque estamos dando a impressão de que o cristianismo é só para as
respeitáveis classes médias? Examinemo-nos a nós mesmos sobre isso. Tememos a manifestação do
Espírito? Pesa sobre nós a culpa de apagar o Espírito? Tememos a vida, o vigor e o poder? Quantas
vezes vi homens que começaram com fogo se tornarem cristãos simplesmente respeitáveis, finos -
inúteis, sem nenhuma energia, sem nenhum vigor, sem nenhum poder!

Permitam-me ilustrar isso outra vez com fatos da esfera do ministério. Conheci homens que entraram no
ministério e que sem dúvida eram homens chamados por Deus, cheios de paixão pelas almas e
revestidos de poder na pregação. Vi-os terminarem apenas como bons pastores, bons visitadores. Visitar
faz parte do ministério pastoral; mas se o homem se torna apenas um homem agradável, um pastor
bondoso, excelente para receber-se em casa, alguém que toma uma xícara de chá com você, é trágico.
Que tragédia o profeta acabar sendo tão-somente um homem amável e um pastor bondoso! Mais uma
vez estamos vendo que sempre devemos procurar evitar os extremos. No entanto, não há nada que
possa ser tão enervante como esse tipo de atmosfera fina e respeitável, na qual ficamos temendo quase
tudo, e, acima de tudo, ficamos temendo a manifestação do poder do Espírito Santo. Por isso,
começamos a "extinguir o Espírito"!

É evidente que há aplicações intermináveis deste tema. Ele constitui o fundo e base racional do ensino
que se vê em 2 Coríntios, capítulo 6, sobre "não nos prendermos a um jugo desigual com os infiéis". Isso
se aplica primariamente ao casamento. A razão pela qual o cristão não deve casar-se com alguém
incrédulo é que, fazendo isso, ele se põe numa atmosfera nociva, que tende a minar a sua energia e
vitalidade espiritual. Isso é inevitável, como se vê no fato de que desse modo ele se associou e se
prendeu a alguém que não tem vida e entendimento espiritual. Ele, não o seu cônjuge, é que sofrerá as
conseqüências. Por conseguinte, somos exortados a não nos sujeitarmos a um jugo desigual com os
infiéis.

Potrebbero piacerti anche