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CURSO VENCEDOR – CONCURSO DA PMAC 2015 – TEL: 3223 5699/840-14048/ 3223-6860

SUMÁRIO DE PORTUGUÊS
Assunto Pág
1 Processo de formação de palavras 2
2 Classes de palavras e suas flexões 3
3 Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos 17
4 Vozes verbais. 22
5 Concordâncias: nominal e verbal. 22
6 Regências: nominal e verbal. 26
7 Emprego do acento indicativo da crase. 29
8 Colocação dos pronomes. 33
9 Funções sintáticas de termos e de orações. 34
10 Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia 46
11 Ortografia: emprego das letras 50
12 Acentuação gráfica 51
13 Sinais de Pontuação 52
14 Compreensão de textos 57

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CURSO VENCEDOR – CONCURSO DA PMAC 2015 – TEL: 3223 5699/840-14048/
3223-6860

PORTUGUÊS
ASSUNTO 1 - PROCESSO DE FRMAÇÃO DE PALAVRAS
Basicamente, podemos considerar a existência de três processos distintos para se
criar uma palavra na nossa língua: a composição, a derivação e o hibridismo.

a) Composição - acontece quando usamos duas palavras que existem de forma


independente na língua para formar uma outra composta.
Ex: Guarda-chuva (Guarda + Chuva)
Planalto (Plano + Alto)

Há dois tipos de composição:


1) Justaposição
As duas palavras se unem para formar o elemento composto, sem que haja qualquer
tipo de alteração.

Couve
Flor couve-flor

Ponta
Pé Pontapé

2) Aglutinação

Quando se juntam as palavras formadoras, em alguma delas há alteração.

Obs: Segundo o Mattoso, na composição por aglutinação haveria um único vocábulo


fonológico correspondendo a um único vocábulo formal (um dos elementos
formadores perderia a sua tonicidade).

água
ardente aguardente

Fonte
Seca Fonseca
b) Derivação - acontece quando criamos uma nova palavra na língua através de
acréscimo de prefixo e sufixo a um radical.

Obs: como acréscimo do sufixo ou prefixo ele torna uma palavra primitiva em uma
derivada.

TIPOS DE DERIVAÇÃO

1) Prefixal ou Prefixação - cria-se uma nova palavra com o acréscimo de um prefixo.


Ex: infeliz; rever.
2) Sufixal ou Sufixação - cria-se uma nova palavra com acréscimo de um sufixo.
Ex: gostoso; beleza.

3) Prefixal e Sufixal - cria-se uma nova palavra com o acréscimo de um sufixo e um


prefixo.
Ex: infelizmente
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4) Parassintética - cria-se uma nova palavra com o acréscimo simultâneo de um


prefixo e um sufixo, e essa nova palavra criada só existe com esses dois elementos
mórficos, ao mesmo tempo.
Ex: anoitecer ; envelhecer

5) Imprópria ou Conversão - acontece quando usamos uma palavra fora da sua classe
gramatical normal.

Ex:
 NÃO gosto de você = o não é advérbio
 Um NÃO estragaria a conversa = o “não” faz papel de substantivo.

 O homem deve AMAR a Deus = verbo


 O AMAR da sentido à vida = substantivo

 Lá no fundo do quintal, ouvia-se o canto da CORUJA = subst.


 A Sandra é uma mãe CORUJA = adjetivo
6) Derivação regressiva - acontece quando uma palavra deriva de outra através da
supressão de elementos. Geralmente acontece quando um substantivo deriva de um
verbo.

Obs: Todo substantivo derivado de verbo é abstrato.

Ex: Pescar - Pesca


V Subst. abstrato

Obs: Se o substantivo é abstrato, isto significa, que o verbo surgiu primeiro que o
substantivo.

Obs: Se o substantivo relacionado com o verbo for concreto, é sinal que primeiro veio o
substantivo e depois o verbo, não ocorrendo assim há derivação regressiva.

Obs: É possível forma-se uma palavra na língua por um processo que alguns autores
denomina como ABREVIAÇÃO em que uma parte da palavra passa a representar toda
a palavra.

Ex:
 Na parede havia uma foto de meus pais
fotografia

 O Pneu do carro estava furado


pneumático
As siglas também são uma forma de abreviação.

Ex: A CB F...

c) Hibridismo
Acontece quando criamos uma palavra na nossa língua utilizando elementos
formadores de origens diferentes.

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Ex: demo cracia


grego grego
Composição ?
psico logia
grego grego

tele visão buro gracia abreu grafia


Grego Português rances Grego Português Grego

auto móvel sambódromo socio logia


Grego Português A fricano Grego Latim Grego

Obs: Não se pode ignorar a existência na língua de palavras formadas através de


onomatopéia.

Ex: reco-reco; bem-te-vi.

ASSUNTO 2 - CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FEXÕES

São dez as classes de palavras na língua portuguesa:

SUBSTANTIVO: é o nome com que


designamos pessoas, animais, coisas e que
funciona como núcleo do sujeito ou
complemento em geral. Aquela bandeira é
tricolor.
ADJETIVO: indica as qualidades ou
propriedades de todos os seres, funcionando
como modificador de substantivos.
As árvores são bonitas.
PRONOME: é a palavra que representa o ser
ou ao ser se refere, considerando-o apenas
como pessoas do discurso (1a , 2a , 3a ) ou
relacionando-o com elas. Ela é a razão da
minha vida.
VERBO: é a palavra que apresenta uma ação,
um fenômeno, um estado ou mudança de
estado. É o termo, na maioria dos casos,
essencial do enunciado. O Santa Cruz é o time
de maior tradição em Pernambuco.
ARTIGO : tem a função de identificar
toda uma classe de palavras: os substantivos,
determinando-os, indicando-lhes o gênero. O
homem tinha uma solução para tudo.
NUMERAL: é o nome que indica a
quantidade (cardinais), ou a seriação
(ordinais) ou a proporção dos seres
(multiplicativos e fracionários). Ele foi o

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sexto no concurso.
PREPOSIÇÃO: é a palavra conectiva que,
posta entre dois termos de função diversa,
indica que o segundo se subordina ao
primeiro. Entregamos em domicílio.
INTERJEIÇÃO: é a expressão com que
traduzimos os nossos estados emotivos.
Caramba!
CONJUNÇÃO: tem por missão reunir
orações num mesmo enunciado e determina a
coordenação entre dois termos, ou entre duas
orações, ou subordinação entre duas orações.
Tentei ler, mas dormi.
ADVÉRBIO: é a palavra que se acrescenta à
significação de um verbo, de um adjetivo, de
outro advérbio, ou de toda uma frase. O dia
está muito frio. O homem não falava muito
bem.

CLASSES DE PALAVRAS QUE NÃO SE FLEXIONAM

1) PREPOSIÇÃO
2) INTERJEIÇÃO
3) CONJUNÇÃO
4) ADVÉRBIO

1. Artigo

É a palavra que se antepõe ao SUBSTANTIVO para determinar ou


indeterminar(o/ um aluno), caracteriz
ar-lhe as categorias de gênero (a/uma) artista ou número (os lápis); reduzir substantivos
próprios a comuns (o/um judas); substantivar qualquer outra classe de palavras (o mas,
um não)

Classificação
Há artigo definido e indefinido
Artigo definido (o, a, os, as) – determinam e especificam o substantivo a que se
referem. (o homem, o cavalo...)

Artigo indefinido (uma, um, uns, umas) – não determinam o substantivo a que se
referem; trata-se de uma referência a um ser qualquer de uma espécie. (um homem, uma
flor...)

2. Substantivo
É a palavra usada para nomear as coisas do mundo em que vivemos. Geralmente
vem objetivada pelo artigo.

Obs:
O artigo transforma qualquer palavra em substantivo.

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Ex.:

 Viva intensamente o hoje.


 Havia um quê de mistério naquela conversa.
 O bom seria que ele chegasse.
 O azul do céu é fascinante.
 O cantar me faz feliz.

O Substantivo pode ser:

a) Concreto/abstrato

Concreto: é tudo aquilo que para existir não depende da utilização de terceiros.

Ex.: Cadeira - ela só é cadeira se você sentar, ou se ninguém sentar ela continua sendo
cadeira?

Obs.: Não confunda a fabricação com a utilização; pois quase tudo foi construído pelo
homem.

Abstrato: é tudo aquilo que só existe se sofrer interferência de terceiros.

Ex.: Amor - só existe amor se alguém senti-lo; logo houve a interferência de terceiros.

b) Próprio/Comum

Comum: quando designa uma espécie.


Ex.: homem, mulher, rio, monte, etc.

Próprio: quando designa um indivíduo da espécie.

Ex.: Antônio, Maria, etc.

Coletivo: refere-se como único ser uma pluralidade de indivíduos.

Ex.: bando, tropa, boiada, dúzia, etc.

c) Primitivo/Derivado

Primitivo: não é derivado de outra palavra existente.

Ex.: festa, peixe, fruta, etc.

Derivado: é originado de outra palavra da língua.

Ex.: festança (de festa), peixaria (de peixe), fruteira (de fruta), etc.

d) Simples/Composto

Simples: é formado por um único radical.

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Ex.: peso, sol, flor, etc.

Composto: é formado por mais de um elemento.

Ex.: girassol, fruta-pão, guardarroupa, etc.

Substantivos Compostos

Os substantivos compostos, não ligados por hífen, fazem o plural seguindo as


mesmas regras usadas para os substantivos simples:

 vaivém / vaivéns
 altorrelevo / altorrelevos
 planalto / planaltos
 pedregulho / pedregulhos

Os compostos ligados por hífen apresentam regras especiais para a flexão em


número:

Ambos os elementos variam quando formados por:

a) substantivo+substantivo:
couve-flor / couves-flores.

Observação - se o segundo substantivo determinar o primeiro, dando idéia de forma ou


finalidade, apenas o primeiro deve ser flexionado:

-Banana-maçã / bananas-macã

b) substantivo+adjetivo:
cachorro-quente / cachorros-quentes

c) numeral ordinal+substantivo:
quarta-feira / quartas-feiras

Apenas o primeiro elemento varia quando formado por substantivo + preposição


+ substantivo:

pé-de-moleque / pés-de-moleque

Apenas o segundo elemento varia quando formados por:

a) prefixo+substantivo ou adjetivo:
 super-homem / super-homens

b) palavra invariável+substantivo ou adjetivo:


 sempre-viva / sempre-vivas

c) verbo+substantivo:

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 vaga-lume / vaga-lumes

d) elementos onomatopaicos ou palavras repetidas:


 quer-quero / quer-queros
 pisca-pisca / pisca-piscas

e) compostos com as formas adjetivas grão, grã e bel:


 grão-mestre / grão-mestres
 grã-cruz / grã-cruzes
 bel-prazer / bel-prazeres

Nenhum elemento varia quando são formados por:


a) verbo+advérbio:
 o cola-tudo / os cola-tudo

b) verbos de sentidos opostos:


 o leva-e-traz / os leva-e-traz

São dois os graus do substantivo:

AUMENTATIVO - exprime aumento do ser em relação a sua dimensão normal. Pode


apresentar-se como:

a) analítico - formado com o auxílio de adjetivos:


 casa grande
 laranja enorme

b) sintético - formado com o auxílio de sufixos:


 AÇO: ricaço
 ALHÃO: dramalhão
 ALHO: cabeçalho
 ANZIL: corpanzil
 ÃO: paredão
 ARRA: bocarra
 ARRÃO: homenzarrão
 ASCO: penhasco
 ASTRO: medicastro
 AZ: cartaz
 ÁZIO: balázio
 EIRÃO: vozeirão
 ONA: mulherona
 ORRA: cabeçorra

DIMINUTIVO - exprime diminuição do ser em relação a sua dimensão normal. Pode


apresentar-se como:

a) analítico - formado com o auxílio de adjetivos:


 casa pequena
 laranja insignificante

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b) sintético - formado com o auxílio de sufixos:
 ACHO: penacho
 CULO: montículo
 EJO: vilarejo
 ELA: viela
 ELHO: rapazelho
 ETE: diabrete
 ETO: poemeto
 ICHO: rabicho
 ICO: veranico
 ILHO: vidrilho
 IM: flautim
 INHO: dedinho
 ISCO: chuvisco
 ITO: cabrito
 OLA: sacola
 OTA: ilhota
 OTE: saiote
 UCHO: papelucho
 ULO: glóbulo
 ZINHO: pincelzinho
 ZITO: cãozito

Substantivos que apresentam radical diferente na forma do feminino:

 bode/cabra
 cordeiro/ovelha
 cavaleiro/amazona
 cavalheiro/dama
 cavalo/égua
 frei/sóror
 genro/nora
 homem/mulher
 padrasto/madrasta
 padre/madre
 padrinho/madrinha
 pai/mãe
 rei/rainha
 veado/cerva
 zangão/abelha

Substantivos que têm mais de uma forma para o feminino:

 Alcaide: alcaidessa, alcaidina


 Anfitrião: anfitriã, anfitrioa
 Castelão: castelã, casteloa, castelona
 Charlatão: charlatão, charlatona
 Cônego: cônega, canonisa
 deus: deusa, déia, diva
 doge: dogesa, dogaresa

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 elefante: elefanta, elefoa, aliá
 embaixador: embaixadora (a representante diplomática) - embaixatriz- (a esposa do
embaixador)
 ermitão: ermitã, ermitoa
 faisão: faisão, faisoa
 javali: javalina, gironda
 ladrão: ladra, ladrona
 pardal: pardoca, pardaloca, pardaleja
 prior: priora, prioresa
 varão: varoa, virago, matrona
 vilão: vilã, viloa

Substantivos que mudam de significado quando mudam de gênero:


 o águia (esperto) /
 a águia (ave de rapina)

 o bolso (algibeira) /
 a bolsa (carteira)

 o cabeça (chefe) /
 a cabeça (parte do corpo)

 o capital (dinheiro) /
 a capital (cidade principal)

 o grama (unidade de peso) /


 a grama (relva)

 o tormento (tortura) /
 a tormenta(temporal)

Substantivos usados indiferentemente como masculinos ou femininos:

 ágape
 aluvião
 diabetes
 laringe
 personagem
 suéter

Substantivos uniformes - os que têm uma só forma para masculino e feminino:

Comuns de Dois Gêneros - o gênero é indicado pelo artigo, adjetivo, ou pronome:

 o artista/a artista
 o patriota/a patriota
 o aristocrata/a aristocrata
 o mártir/a mártir
 o logista/a logista (e todos os terminados em ista)

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Sobrecomuns - apresentam uma só forma para masculino e feminino, não variando
nem o artigo, adjetivo ou pronome:

 o cônjuge
 o algoz
 o monstro
 a ordenança
 a pessoa
 a testemunha

Epicenos ou Promíscuos (designativos de certos animais): a distinção é feita com


o auxílio das palavras macho e fêmea:

 a águia macho/a águia fêmea


 a onça macho/a onça fêmea
 o jacaré macho/o jacaré fêmea
 o tatu macho/o tatu fêmea

3. Numeral

É uma palavra variável que indica a quantidade exata de seres ou a posição que o
ser ocupa.
Os numerais podem ser classificados como cardinal, coletivo, ordinal,
multiplicativo ou fracionário.

Numerais Cardinais
Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os números naturais para a
contagem de objetos, ou até designam a abstração das quantidades: os números em si
mesmos. Valem por adjetivos ou substantivos.
Os numerais cardinais um, dois (e todos os números terminados por estas unidades),
assim como as centenas contadas a partir de duzentos, são variáveis em gênero. Os
numerais que indicam milhões, bilhões, etc. são invariáveis em gênero.
Ex.: Dois mais dois são quatro.

Numerais Coletivos
Os numerais coletivos são aqueles que indicam uma quantidade específica de um
conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e invariáveis em gênero.

Ex.: dúzia(s), milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), década(s), grosa(s).

Numerais Fracionários

Os numerais fracionários são aqueles que indicam partes, frações, sendo


concordantes com os numerais cardinais.
Ex.: Três quartos da superfície terrestre são cobertos de água.

Numerais Multiplicativos

Os numerais multiplicativos são aqueles que indicam uma quantidade


equivalente a uma multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.).

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Ex.: Às vezes, as palavras possuem duplo sentido. Arrecadou-se o triplo dos impostos
relativos ao ano passado.

Numerais Ordinais
Os numerais ordinais são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão
numérica de seres e objetos.

Ex.: Recebeu o seu primeiro presente agora mesmo.

Ex.: Raíssa esta completando seu primeiro aniversário.

4.Adjetivo
É uma palavra variável (tem feminino e plural) que só existe na frase combinada
com uma palavra de valor substantivo, concordando com ela em gênero e número
(concordância nominal). O adjetivo é usado para indicar o estado, uma qualidade, uma
cor, etc, do substantivo.

Em Português, a colocação do adjetivo antes ou depois do substantivo tem


sempre valor estilístico e às vezes também apresenta valor semântico.

Ex:
 Pai querido x Querido pai =
 Boa professora x Professora boa
 Grande homem x Homem grande

Obs: O valor semântico proporciona um novo significado.

Às vezes, a colocação do adjetivo antes ou depois do substantivo, além de


provocar mudança de sentido também pode produzir mudança de classe gramatical.

Ex: Amigo cachorro x cachorro amigo


subst. Adjetivo subst. Adjetivo

Autor defunto x defunto autor


subst. Adjetivo subst. Adjetivo

A concordância entre o adjetivo e o substantivo é tão fechada que podemos


muitas vezes determinar o gênero e o número de uma palavra através dela.

Ex: menino triste x menina triste


lápis verde x lápis verdes
sing. Plural

Classificação

O adjetivo classifica-se em:

1) Simples (apenas um radical):


 brasileiro
 estudioso

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2) Composto (mais de um radical):


 castanho-escuro
 luso-brasileiro

3) Primitivo (não deriva de substantivo ou de verbo):


 pálido

4) Derivado (deriva de substantivo ou de verbo):


 campestre

5) Explicativo - acrescenta uma característica inerente a todos os seres ou coisas da


mesma espécie:
 pedra -dura
 leite -branco

6) Restritivo - atribui uma característica particular ao ser ou à coisa a que se refere:


 pedra - azulada
 leite - gelado

7) Pátrio (ou Gentílico) - indica nacionalidade, origem ou procedência do ser:


 francês
 italiano

Tipos de Flexões
Ex:
O adjetivo felexiona-se em:
 Gênero
 Número
 Grau

GÊNERO = Podem ser dois. Adjetivos Uniformes e Biformes.

Adjetivos uniformes - os que têm uma só forma para masculino e feminino.


Geralmente são os terminados em -a-, -e-, -l-, -m-, -r-, -s-, -z-:

Ex: otimista – pobre – amável – jovem – superior – simples – feroz

Exceções: espanhol /espanhola - Bom / boa - Andaluz / andaluza etc.

Adjetivos biformes - com uma forma para masculino e outra para feminino:

1) os terminados em -O- trocam essa terminação por -A-:


 bonito/bonita

2) os terminados em -ÊS- recebem -A- e perdem o acento:


 inglês / inglesa

3) os terminados em -OR- recebem -A-:


 sofredor / sofredora

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Exceções - são invariáveis:

bicolor – inferior – interior – maior – melhor – menor – multicor - superior, etc.

4) os terminados em -EU- trocam essa terminação por -ÉIA-:


- europeu / européia

Exceções: réu/ré - sandeu/sandia - tabaréu/tabaroa, etc.

5) os terminados em -ÃO- trocam essa terminação:

a) por -Ã-: irmão / irmã


b) por -OA-: beirão / beiroa
c) por -ONA-: amigão / amigona

NÚMERO = Podem ser dois. Adjetivos Simples e Compostos.

Adjetivos simples - seguem as mesmas regras a que obedecem aos substantivos


simples:

 janela -verde-/janelas -verdes-


 dia -agradável-/dias -agradáveis-

Locução Adjetiva - acontece quando se usa mais de uma palavra no lugar de um


adjetivo. Toda locução adjetiva se combina com uma palavra de valor substantivo e
também pode funcionar sintaticamente como adjunto adnominal ou predicativo.

Ex: O amor de Deus (divino) é eterno

Algumas Locuções Adjetivas:

Adjetivos compostos:

1. Regra Geral - apenas o último elemento se flexiona (em gênero e número):

 jornal -luso-brasileiro-/ jornais -luso-brasileiros-


 revista -luso-brasileira-/ revistas -luso-brasileiras-
 couro -castanho-claro-/ couros -castanho-claros-
 seda -castanho-clara-/ sedas -castanho-claras-

2. Particularidades:

a) o adjetivo composto fica invariável quando o último elemento é um substantivo:

 olhos -verde-mar-
 blusas -amarelo-palha-

Observação - os substantivos, quando usados em função adjetiva, também ficam


invariáveis:

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 camisas -laranja-
 lenços -pérola-

Obs: o adjetivo composto azul-marinho é invariável:

 boné -azul-marinho-/bonés -azul-marinho-


 blusa -azul-marinho-/blusas -azul-marinho-

GRAU = São três os graus na qualidade expressa pelo adjetivo:

Positivo - expressa simplesmente a qualidade do ser:

Ex: Maria é -estudiosa-.

Comparativo - compara a qualidade entre dois ou mais seres.


O comparativo pode indicar:

1. superioridade:
Ex: Maria é -mais estudiosa que- Joana.

2. igualdade:
Ex: Maria é -tão estudiosa quanto- Marta.

3. inferioridade:
Ex: Joana é -menos estudiosa que- Maria.

Comparativos Irregulares:

 Bom - melhor-
 Mau - pior-
 Grande - maior-
 Pequeno - menor-

Superlativo - expressa a qualidade do ser no grau mais elevado.

Divide-se em absoluto e relativo:

ABSOLUTO - apresenta o adjetivo em seu grau máximo sem fazer referência a outro
ser (ou seres):

a) analítico - é formado com o auxílio de advérbio de intensidade:


Ex: Maria é -muito estudiosa-.

b) sintético - é formado com o auxílio de sufixo:


Ex: Maria é estudiosíssima.

RELATIVO - apresenta o adjetivo em seu grau máximo fazendo referência a outro ser
(ou seres):

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a) de superioridade;
Ex: Maria é -a mais estudiosa- de todas.

b) de inferioridade:
Ex: Maria é -a menos estudiosa- de todas.

Funções sintáticas do adjetivo:

 Adjunto adnominal - quando vem preso ao substantivo


 Predicativo (do sujeito ou do objeto)- quando não vem preso ao substantivo.

Ex:

 Elas estavam zangadas (predicativo do sujeito).


 O júri considerou o réu inocente das acusações (predicativo do objeto).
 Comprei dois lápis vermelhos (adjunto adnominal).

5. Pronome
Há 6 espécies de pronomes: pessoais, possessivos, indefinidos,
demonstrativos, relativos e interrogativos.

Os pronomes ainda podem ser pronome adjetivo, que está sempre ao lado de um
substantivo: Minha terra é boa. Ou podem ser pronome substantivo, que está sempre ao
lado de uma palavra de classe gramatical diferente do substantivo: Aquele lápis é meu.

a) Pronome pessoal
São palavras que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso.
Subdividem-se em RETOS, OBLÍQUOS e de TRATAMENTO.

QUADRO DOS PRONOMES

RETOS E OBLÍQUOS
RETO OBLÍQUOS
Átonos Tönico
eu me - - mim comigo
tu te - - ti contigo
ele (a) se o, a lhe si consigo
nós nos - - - conosco
vós vos - - - convosco
eles(as) se os, lhes si consigo
as

a) PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO


Exercem, normalmente, a função de sujeito.
Ex: Ele marcou um gol. (sujeito: ele)

b) PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO


Exercem, normalmente, a função de objeto.
Ex:

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 Rui elaborou a prova.


 Rui a elaborou. (objeto direto: “a”)

 Rafael obedeceu ao regulamento.


 Rafael lhe obedeceu. (objeto indireto: lhe)

USO DO EU, MIM OU ME

EU - sujeito (antes do infinitivo)


 final de frase (com palavra de exclusão ou inclusão)

MIM - complemento (final de frase)


 depois de ENTRE
 antes de infinitivo (ordem indireta)

ME - entre 2 verbos.

Exemplos:

 Isto é para eu fazer.


 Foram todos, menos eu.
 Isto é para mim.

USO DO COM NÓS OU CONOSCO

Usamos “com nós” e “com vós”(e não “conosco” e “convosco”) quando houver
palavra determinativa como TODOS, MESMOS, PRÓPRIOS, OUTROS, AMBOS ou
QUALQUER NUMERAL.

Exemplos:

 Quero ser franco com vós todos.


 Ela deseja falar com nós próprios.
 Desejo ir com vós mesmos.
 A moça irá com nós dois.

USO DO SI OU CONSIGO

Os pronomes SI e CONSIGO são essencialmente reflexivos.

Exemplos: Cada um que cuide de SI.


O vento traz CONSIGO a tempestade.

Portanto, está errado dizer: “Posso falar consigo?”

Diga: Posso falar “com você?”, “com o senhor?”, “contigo?”

FORMAS DE TRATAMENTO

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 VOSSA EXCELÊNCIA (V. Exª) - para autoridades superiores, como o Presidente
da República, Ministros, Senadores, Deputados, Secretários de Estados, Prefeitos,
Governadores, Embaixadores, Oficiais-Generais das Forças Armadas.

 VOSSA SENHORIA (V. Sª) - para chefes de departamentos, superintendentes,


inspetores, oficiais inferiores a general e para qualquer pessoa.
 VOSSA SANTIDADE (V. S.) - exclusivo ao Papa.

 VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª) - exclusivo aos Cardeais.

 VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V. Exª Rev.ma) - usado para Bispos


e Arcebispos.

 VOSSA MAGNIFICÊNCIA (V. Magª) - Reitores de universidades.

 VOSSA ALTEZA (V. A.) - príncipes, Duques e Arquiduques.

 VOSSA MAJESTADE (V. M.) - Reis.

 VOSSA MAJESTADE IMPERIAL (V. M. I.) - Imperadores.

 VOSSA ONIPOTÊNCIA - para Deus (só por extenso).

 MERITÍSSIMO (adj. - MM.) - Juiz, Egrégio, Colendo, Venerando, Tribunal de


Justiça.

 VOCÊ - pessoas de mesmo nível, de modo geral.

FORMAS DE TRATAMENTO
a) Quando nos dirigimos a uma pessoa (comerciante, industrial, bancário, etc.)
empregamos as formas: V. Sª e V. Sas.

b) Quando falamos dessas pessoas (acima) empregamos: S. Sª e S. Sas.

c) O mesmo ocorre em relação ao tratamento de V. Exª.


Exemplos:
- S. Sª não quis o acordo. (estou falando dele)
- S. Exª, o Sr. Ministro, já recebeu a proposta. (estou falando dele).

b. PRONOME RELATIVO

Na língua portuguesa há duas palavras que sempre são pronomes relativos: O


QUAL, CUJO. Todo pronome relativo introduz uma Oração Subordinada adjetiva.
Critérios para identificação do pronome relativo para palavras que podem ou não
funcionar como tal:

1) Todo pronome relativo tem como antecedente uma palavra de valor substantivo.
2) Todo pronome relativo serve para substituir na oração que se encontra (subordinada
adjetiva) o seu antecedente que vem expresso na oração principal.

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Ex:
a) O Homem que te emprestou o livro foi embora
b) Eles me disseram que iriam à praia.

Obs: É possível um pronome relativo ter como antecedente um pronome demonstrativo


“O”.
Ex:

 Os que me ouvem aprendem.


 Conheço a que te ofendeu
a = pron. Demonstrativo
que = pronome relativo

 O filme a que assistimos foi bom


a = preposição
que = ao qual ; filme

A palavra cujo é sempre pronome relativo, mas tem o uso muito particular, pois
nunca se refere a seus antecedentes, mais sim ao seu conseqüente, concordando com ele
em gênero e número.

Obs:

1. É errado usar artigo entre o pronome CUJO e o substantivo com que ele concorda.
Ex: O pai cujos os filhos conheces é médico

2. A palavra onde pode ser pronome relativo ou adv. de lugar.

a. A casa onde morava foi vendida


- Onde = (a qual) = Pronome relativo

b. “Mora onde não mora ninguém”


- onde = Advérbio de lugar

3. A palavra QUEM é pronome relativo ou pronome indefinido.


Ex
a. A Moça a quem emprestei um livro faltou
- quem = (a qual) = Pronome relativo

b. Eu não sei quem roubou meu carro.


- quem = pronome interrogativo

4. A palavra QUANTO só é pronome relativo se apresentar como antecedente um


pronome indefinido do tipo: tudo, toda, todos, todas e com eles concorda em gênero e
número.

Ex:
a) Todos quanto chegarem cedo serão contratados.
- quanto = pronome relativo.

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b) Todos quantos te ouvem se apaixonam.
- quantos = pronome relativo.

Obs:
O Pronome relativo (o qual) sempre fará referência a um substantivo anterior, ou
seja antes dele só poderá vir um substantivo.
O Pronome relativo (cujo) sempre fará referência a um substantivo posterior, e
nunca deverá ter artigo entre o pronome (cujo) e o substantivo e sempre tem valor
adjetivo.

c. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
1. Emprego no plano espacial

ESTE: próximo da 1ª pessoa.


Ex: Este meu dedo aqui.
ESSE: próximo da 2ª pessoa.
Ex: Esse teu livro aí.
AQUELE: distante.
Ex: Aquela árvore lá.

2. Emprego no plano temporal


ESTE: presente.
Ex: Este ano, eu passo.
ESSE: passado ou futuro próximos.
Ex: Aconteceu por esses dias.
O aumento sairá por esses meses.
AQUELE: passado ou futuro distantes.
Ex: Naquela época, era tudo melhor.

3. Emprego no plano contextual

ESTE: vai ser citado.


Ex: Estas eu já estudei: Física e Geografia.
ESSE: foi citado imediatamente antes.
Ex: Física e Geografia, essas eu já estudei.
AQUELE: foi citado antes, não imediatamente.
Ex: Física e Geografia, essa eu já sei, aquela ainda tenho dúvidas.

d. PRONOME POSSESSIVO

Refere-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.


Eis as formas dos pronomes possessivos:
 1ª pessoa do singular: meu, minha, meus, minhas.
 2ª pessoa do singular: teu, tua, teus, tuas.
 3ª pessoa do singular: seu, suas, seus, suas.

 1ª pessoa do plural: nosso, nossa, nossos, nossas.


 2ª pessoa do plural: vosso, vossa, vossos, vossas.
 3ª pessoa do plural: seu, sua, seus, suas.

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e. PRONOMES INDEFINIDOS

Referem-se, de maneira vaga e genérica, a um ou vários elementos pertencentes


à terceira pessoa gramatical.
Os pronomes indefinidos são: ninguém, alguém, tudo, nada, algo, cada,
quaisquer, qualquer, vários, certos, inúmeros, diversos, poucos, muitos, nenhum, todos.
Exemplos:

 Cada um disse o que quis.


 Muitos concorreram, poucos foram aceitos.
 Aconteceu algo estranho por aqui.
 Nenhum indivíduo se ofereceu.

f. PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas.
Exemplos:
Que há?
Que dia é hoje?
Quem foi?
Quantos vêm?
Qual será?

6. Advérbio
É uma palavra de natureza invariável que se combina geralmente com um verbo,
indicando-lhe uma circunstância de tempo, de modo, de lugar, etc. O advérbio também
pode combinar com outro advérbio ou ainda com um adjetivo, mas nunca com o
substantivo.

 O advérbio só pode exercer uma função sintática:


 - Adjunto adverbial.

Ex: Ele acordou cedo.


verbo adj.adv

 O único advérbio que pode combinar com outro advérbio ou um adjetivo é o


advérbio de intensidade.

TIPOS DE ADVÉRBIO

a) de AFIRMAÇÃO
sim, certamente, deveras, incontestavelmente, efetivamente, realmente

b) de DÚVIDA
talvez, acaso, porventura, provavelmente

c) de INTENSIDADE
pouco, muito, assaz, bastante, mais, menos, tão, meio, todo, completamente,
profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada (isto não é nada
difícil), ligeiramente, levemente, bem, mal, quase, apenas (desenho apenas rabiscado),
como (como andam!), que (que bom!), quão, quanto (quanto insisti!)

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d) de LUGAR

abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, aí, aquém, além, atrás, fora, afora, dentro, perto,
longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, donde, detrás

e) de MODO
bem, mal, assim, depressa, devagar, como, alerta, melhor (= mais bem), pior (= mais
mal), aliás (= de outro modo), calmamente, livremente, propositadamente, geralmente
quase todos os advérbios terminados em mente

f) de NEGAÇÃO
não, tampouco (= também não)

g) de TEMPO
agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca, jamais,
ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui (= neste
momento), nisto, aí (= então, nesse momento), entrementes, brevemente,
imediatamente, raramente, finalmente, diariamente, concomitantemente,
simultaneamente

h) ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS
São as palavras ONDE, AONDE, DONDE, QUANDO, COMO POR QUE nas
interrogações diretas ou indiretas às circunstâncias de lugar, tempo, modo causa.

INTERROGAÇÃO INTERROGAÇÃO
DIRETA INDIRETA
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde mora.
Por que choras? Não sei por que choras.
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
Donde vens? Pergunto donde vens.
Quando volta? Indago quando volta.

ADVÉRBIOS TERMINADOS EM MENTE

Normalmente derivam-se dos adjetivos: à forma feminina (quando houver) dos


adjetivos acrescenta-se o sufixo MENTE: friamente, esplendidamente, ferozmente, etc.

Exceção: alguns advérbios derivados dos adjetivos masculinos terminados em ÊS:


portuguesmente, francamente, etc.

Ex:
 Ele acordou muito cedo
 A moça estava muito feliz

- Locução adverbial - é mais de uma palavra no lugar de um Advérbio. A locução


adverbial vem combinada com o verbo e tem a função sintática de adjunto adverbial.

Ex:

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Ele falou com calma e saiu da sala. = calmamente

 com calma = adjunto adverbial de modo


 da sala = adjunto adverbial de lugar

João foi à praia no domingo com amigos.

 à praia = adjunto adverbial de lugar


 no domingo = adjunto adverbial de tempo
 com amigos = adjunto adverbial de companhia

O pobre homem morreu de fome

 de fome = Locução adverbial de Causa

O homem de hoje gosta da vida do campo

 de hoje = Locução Adjetiva


 do campo = locução adjetiva

Observações:

Existem palavras que dependendo da frase podem ter valor de advérbio ou


adjetivo.

Ex:
Muitos homens são infelizes.
Muitos = Pronome adjetivo

O pronome é adjetivo quando combina com o substantivo.

Ex:
Nós ficamos muito alegres
Muito = adv.int
Alegres = adjetivo

Bastantes mulheres reclamam dos maridos


Bastante = pronome adjetivo

predicativo

Elas vivem bastante sozinhas


Bastante = adv. int
sozinhas = adjetivo

Bebi meia garrafa de vinho.


meia = numeral
garrafa = substantivo
de vinho = loc. adj

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As garotas estão meio confusas.
meio = adv. int
confusas = adjetivo

 Conhecemos muitas cidades nos E.U.A


 Tudo que se combina com o substantivo é um adjetivo ou tem valor de adjetivo.
 Função sintática é um nome combinado com outro
 Classe gramatical é a classe que pertence à palavra

Obs:

TODO - é a única palavra que pode ter valor de advérbio e ser variável. (feminino
plural).

a) Toda Donzela tem um pai que é uma fera.


Toda = Pron. Adj. Ind
Donzela = Subst
adj.adn adj.adv.int

b) Elas estão todas molhadas.


Ela = Subst.
Todas = Adv.int
Molhadas = adj

8. Preposição

É uma palavra inflexível que liga um termo a outro termo principal, mostrando
haver relação entre ambos.

a) Preposições essenciais
São elas: a, ante, até, após, com contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem,
sob, sobre, trás.

b) Preposições acidentais
São elas: conforme (= de acordo com), segundo, consoante, durante, mediante,
visto (devido a, por causa de),
etc.

c) locuções prepositivas

São expressões (mais de uma palavra) que exercem função das preposições
normalmente são formadas de advérbio (ou locução adverbial) preposições.
Algumas locuções prepositivas: abaixo de, acima de, a fim de, além de, apesar
de, antes de, embaixo de, em virtude de, a favor de, até a (foi até à porta).

d) Circunstâncias expressas pelas preposições: assunto (sobre), causa (morreu de fome),


companhia (com), especialidade (graduou-se em Física), falta (sem), meio (viajarei de
avião), posse (de), tempo (durante), etc.

7. Interjeições

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Palavra ou grupo de palavras com que se exprimem emoções súbitas,


sentimentos, idéias não logicamente estruturadas. Por não se acharem construídas
logicamente, essas estruturas e idéias não integram as estruturações sintáticas
convencionais (coordenação ou subordinação). É a parte menos racional da linguagem.
Quando apenas gritos involuntários provocados pela dor, a raiva, o susto, o pasmo, etc..
Mas desde que se utilizem mais ou menos conscientemente para agir sobre o ouvinte,
elas têm um papel parecido com o das preposições lógicas.

Podemos distinguir três tipos de interjeição:

1) Certos fonemas vocálicos e monossílabos: ah!, oh!, ai!, xi!, etc; ou aparentes
vocábulos, intelectivamente não analisável: eia!, olá!, irra!, opa!, puxa!, etc.
2) Palavras nocionais, cujas noções originárias não se interpretam: adeus!, adiante!,
avante!, fora!, viva!, morra!, tomara!, etc.

Locuções interjetivas: ora essa!, homem essa!, ora bolas!, Deus me livre!, não diga!,
ora viva!, macacos me mordam!, etc.

8. Conjunção

É uma palavra invariável que liga orações ou palavras da mesma oração e é dividida
em Coordenativa e Subordinativa.

Ex:

 O mal e o bem à face vêm.


 Saímos de casa quando amanhecia.

a) Conjunções coordenativas
Ligam as orações sem que uma dependa da outra

As Orações podem ser:

- ADITIVAS = Estabelecem relação de soma: (e, nem, mas também, bem como). Ex:
Tinha saúde e paz.

- ADVERSATIVAS = Estabelecem relação de oposição, de adversidade: (mas, porém,


contudo, todavia, entretanto, ao passo que, no entanto, em todo caso). Ex: Querem ser
aprovados, mas não estudam.

- ALTERNATIVAS = Estabelecem uma relação de alternância: (ou... ou, ora... ora, já...
já). Ex: Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.

- CONCLUSIVAS = Estabelecem uma relação de conclusão: (logo, portanto, por


conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso). Ex: Você é adulto, portanto é
responsável.

- EXPLICATIVAS = Que, porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto. Ex: Não solte
balão, porque pode causar incêndio.

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b) Conjunções subordinativas

Ligam duas orações, subordinando uma á outra. Elas se classificam em:

- CAUSAIS = Relação de causa: (porque, que, pois, viste que, uma vez que, já que,
desde que): Ex: O tambor soa porque é oco.

- COMPARATIVAS = Exprimem idéias de comparação, de confronto: (de que, como,


(tal) qual, assim como). Ex: Era mais alta que baixa.

- CONCESSIVAS = Exprimem um fato contrário à ação principal, mas incapaz de


impedi-la: (embora, conquanto que, ainda que, mesmo que, posto que, por mais que).
Ex: Hei de vencer, mesmo sendo professor.

- CONDICIONAIS = Indicam uma hipótese ou uma condição: (se, caso, desde que,
sem que (= se não)). Ex: Ficarei triste, se você não vier.

- CONFORMATIVAS = Exprimem idéias de conformidade de um pensamento:


(segundo, conforme, consoante). Ex: Digo essas coisas segundo as ouvi sendo narradas.

- CONSECUTIVAS = Precedidas de termos intensivos: (tal, tão, tanto, tamanho, de


sorte que, de modo que, sem que, que (não)). Ex: Meus pés tremiam tanto que mal pude
jogar. Ontem estive doente, de sorte que não saí.

- FINAIS = Exprimem circunstâncias de finalidade: (para que, a fim de que, que (= para
que)). Ex: Aqui vai o livro, para que o estudes.

- PROPORCIONAIS = Exprimem relação de proporcionalidade: ( à medida que, ao


passo que, quanto mais... (tanto mais), à proporção que). Ex: À medida que se vive,
mais se aprende.

- TEMPORAIS = Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim
que, desde que, antes que, depois que: Ex: Venha aqui quando você quiser. Implicou
comigo assim que me viu.

- INTEGRANTES = Introduzem orações subordinadas substantivas: (que, se). Ex:


Afirmo que sou estudante. Sabemos que você é uma boa pessoa.

c) Locuções conjuntivas

Expressões com função de conjunção: visto que, à medida que, no entanto, se


bem que, por mais que, logo que,
a fim de que, etc.

As palavras que e se

A palavra que pode ser classificada morfologicamente como:

- Advérbio: equivale a “quão” ou “quanto”.

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Ex.: Que longe ficava o posto na estrada.

- Substantivo: vem precedida de um artigo, pronome adjetivo ou numeral. Aparece


sempre acentuada.
Ex.: Notei um quê estranho em sua voz.

- Preposição: equivale à preposição “de”. Normalmente liga os verbos das locuções


verbais formadas pelos verbos auxiliares ter ou haver.
Ex.: Na votação, tem que haver unidade parlamentar.

- Interjeição: expressa sentimento ou emoção. É sempre seguida de um ponto de


exclamação e acentuada.
Ex.: Quê! Mais uma vez perdi a minha chance?

- Conjunção: liga orações e é classificada de acordo com a oração por ela introduzida.
Ex.: Levou o agasalho, que podia esfriar de madrugada. (oração subordinada causal)

- Pronome adjetivo: acompanha um substantivo, modificando-o.


Ex.: Que situação constrangedora você passou há pouco.

- Pronome interrogativo: emprega-se em orações interrogativas (diretas ou indiretas),


como pronome substantivo, equivalendo a “que coisa”, ou como pronome adjetivo,
equivalendo a “quanto(s)”, “quanta(s)”, “qual(is)”.
Ex.: “O que andou fazendo?” (pronome interrogativo substantivo)
“Sabe que horas são?” (pronome interrogativo adjetivo)

- Pronome relativo: liga a oração subordinada à principal, referindo-se a um termo


antecedente (substantivo ou pronome), o qual substitui. O mpronome relativo pode ser
substituído por “o(s) qual(is)”, “a(s) qual(is)”.
Ex.: “Amor é fogo que arde sem se ver.” (Camões)

- Partícula expletiva ou de realce: emprega-se como ênfase ou realce, podendo ser


dispensada, sem alterar o sentido da frase.
Ex.: Em que parte do armário (que) estão as meias?

A palavra se classifica-se, morfologicamente, em:

- Substantivo: vem antecedida por um artigo (ou outra palavra que a determine).
Ex.: Este se compromete o texto final.

- Conjunção subordinativa: introduz orações subordinadas, como uma conjunção


integrante ou condicional.
Ex.: Pergunte ao seu irmão se ele quer vender o cachorro dele. (integrante)
Se estudares bastante, passarás no vestibular. (condicional)

- Partícula integrante do verbo – une-se a verbos essencialmente pronominais, que


exprimem sentimento ou mudança de estado (queixar-se, lamentar-se, arrepender-se,
tornar-se, etc).
Ex.: Na verdade, Cláudia lamentava-se mesmo sem motivo.

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- Partícula expletiva ou de realce: liga-se a verbos intransitivos, em geral para realçar
o sujeito, sem ter nenhuma função sintática. Pode ser omitida sem que haja alteração no
sentido da frase.
Ex.: Vai-(se) o vício da mocidade.

- Partícula apassivadora ou pronome apassivador: forma a voz passiva sintética ou


pronominal, que é composta por verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, na
3ª pessoa.
Ex.: Construíram-se mais escolas no nosso país.

- Pronome reflexivo: forma a voz reflexiva ou reflexiva-recíproca, em que o sujeito


pratica e sofre a ação verbal ao mesmo tempo.
Ex.: Jorge deitava-se, após os afazeres domésticos.
Os carros chocaram-se.

Funções sintáticas da palavra se:

- Sujeito do infinitivo: funciona como sujeito de um verbo no infinitivo, em orações


subordinadas reduzidas.
Ex.: Ele sentiu-se fortalecer ao lado dela.

- Objeto direto: acompanha um verbo transitivo direto.


Ex.: Rápido se cobriu com a manta e saiu pela noite.

- Objeto indireto: ocorre com verbo transitivo direto e indireto.


Ex.: Luís impôs-se uma decisão muito difícil.

- Índice de indeterminação do sujeito: acompanha verbo intransitivo ou transitivo


indireto, que fica sempre na terceira pessoa do singular.
Ex.: Vive-se muito bem em Rio Branco.

ASSUNTO 3 - VERBO
É uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.
Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões, pois apresenta
diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz.

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS

Temos três conjugações caracterizadas pelas vogais temáticas A, E, I:

1ª CONJUGAÇÃO: Os que terminam em AR (amar)


2ª CONJUGAÇÃO: Os que terminam em ER (fazer) e em OR (dispor)
3ª CONJUGAÇÃO: Os que terminam em IR (rir)

Obs: O verbo PÔR, antigo POER, perdeu a vogal temática do infinitivo.

VOGAL TEMÁTICA

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É uma vogal que caracteriza a conjugação verbal. São elas: A (1ª conjugação:
amAr); E (2ª conjugação: fazEr); I (3ª conjugação: rIr).

TEMA
É o radical acrescido de vogal temática. Exemplos: cantar (radical CANT; vogal
temática A; tema CANTA); fazer (radical FAZ; vogal temática E; tema FAZER); sorrir
(radical SORR; vogal temática I; tema SORRI).

DESINÊNCIAS

a) DESINÊNCIA MODO-TEMPORAL

É a que indica o modo e o tempo do verbo: na forma andáSSEmos, por exemplo,


o elemento destacado denota o pretérito imperfeito do subjuntivo. Pode ser:

1) Presente do indicativo = 0 (zero)

Obs: é um tempo primitivo, não apresentando, por isso, desinência modo temporal
expressa.

2) Pretérito perfeito do indicativo = 0 (zero)

Obs; também é um tempo primitivo.

3) Pretérito imperfeito do indicativo = VA (1ª conjugação) A (2ª e 3ª conjugações)

4) Futuro do presente do indicativo = RA (tônico)

5) Pretérito mais que perfeito do indicativo = RA (átono)

6) Futuro do pretérito do indicativo = RIA

7) Presente do subjuntivo = E (1ª conjugação) A (2ª conjugação)


Pretérito imperfeito do subjuntivo = SSE

8) Futuro do subjuntivo = R

DESINÊNCIA NÚMERO-PESSOAL
A flexão MOS de partiMOS, por exemplo, configura a primeira pessoa do
plural.

NÚMERO E PESSOA DOS VERBOS

SINGULAR PLURAL

1ª pessoa: eu nós
2ª pessoa: tu vós
3ª pessoa: ele eles

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MODOS DOS VERBOS

a) INDICATIVO = Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Saíram cedo.

b) IMPERATIVO = Exprime ordem, proibição, conselho, pedido: Volte já. Não


fiquem parados. Sejam mais prudentes.

c) SUBJUNTIVO = Enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético: É possível que


chova. Se você trabalhasse, não passaria fome. Quando chover, compraremos agasalhos.

FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS


Enuncia simplesmente um fato, de maneira vaga, imprecisa, impessoal. São
formas nominais dos verbos:

a) INFINITIVO: plantar, vender, ferir. (terminação: R)


b) GERÚNDIO: plantando, matando, ferindo. (terminação: NDO)
c) PARTICÍPIO: plantado, vendido, ferido. (terminação ADO ou IDO se for
particípio regular)

INFINITIVO

a) PESSOAL: quando tem sujeito: Para sermos vencedores é preciso lutar.

b) IMPESSOAL: quando não tem sujeito: Ser ou não ser, eis a questão.

TEMPOS DOS VERBOS

a) PRESENTE = Fato ocorrido no momento em que se fala: eu corro.

b) PRETÉRITO (PASSADO) = Fato corrido antes do momento em que se fala: eu


corri.

c) FUTURO = Fato a ocorrer após o momento em que se fala: eu correrei, ou em


relação ao futuro do próprio passado: eu correria.

Exemplos de tempos e modos verbais


 Presente do indicativo
Hoje eu falo... Eu vendo... Eu parto.

 Presente do subjuntivo
Que eu fale... Eu venda... Eu parta.

 Pretérito perfeito do indicativo


Ontem eu falei... Eu vendi... Eu parti.

 Pretérito imperfeito do indicativo


Ontem eu falava... Eu vendia... Eu partia.

 Pretérito imperfeito do subjuntivo


Se eu falasse... Eu vendesse... Eu partisse.

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 Pretérito mais-que-perfeito do indicativo


Eu já falara... Eu vendera... Eu partira.

 Futuro do presente do indicativo


Amanhã eu falarei... Eu venderei... Eu partirei.

 Futuro do pretérito do indicativo


Eu falaria... Venderia... Partiria.

 Futuro do subjuntivo
Quando eu falar... Vender... Partir.

MODELOS DE CONJUGAÇÕES VERBAIS

Verbos: CANTAR, VENDER, PARTIR.

a) presente do indicativo
canto vendo parto
cantas vendes partes
canta vende parte
cantamos vendemos partimos
cantais vendeis partis
cantam vendem partem

b) pretérito perfeito do indicativo


cantei vendi parti
cantaste vendeste partiste
cantou vendeu partiu
cantamos vendemos partimos
cantastes vendestes partistes
cantaram venderam partiram

c) pretérito imperfeito do indicativo


cantava vendia partia
cantavas vendias partias
cantava vendia partia
cantávamos vendíamos partíamos
cantáveis vendíeis partíeis
cantavam vendiam partiam

d) pretérito mais-que-perfeito do indicativo


cantara vendera partira
cantaras venderas partiras
cantara vendera partira
cantáramos vendêramos partíramos
cantáreis vendêreis partíreis
cantaram venderam partiram

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e) futuro do presente do indicativo


cantarei venderei partirei
cantarás venderás partirás
cantará venderá partirá
cantaremos venderemos partiremos
cantareis vendereis partireis
cantarão venderão partirão

f) futuro do pretérito do indicativo


cantaria venderia partiria
cantarias venderias partiria
cantaria venderia partiria
cantaríamos venderíamos partiríamos
cantaríeis venderíeis partiríeis
cantariam venderiam partiriam

g) presente do subjuntivo (que)


cante venda parta
cantes vendas partas
cante venda parta
cantemos vendamos partamos
canteis vendais partais
cantem vendam partam

h) pretérito imperfeito do subjuntivo (se)


cantasse vendesse partisse
cantasses vendesses partisses
cantasse vendesse partisse
cantássemos vendêssemos partíssemos
cantásseis vendêsseis partísseis
cantassem vendessem partissem

i) futuro do subjuntivo (quando)


cantar vender partir
cantares venderes partires
cantar vender partir
cantarmos vendermos partirmos
cantardes venderdes partirdes
cantarem venderem partirem

j) infinitivo impessoal
cantar vender partir

l) infinitivo pessoal
cantar vender partir
cantares venderes partires
cantar vender partir
cantarmos vendermos partirmos

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cantardes venderdes partirdes
cantarem venderem partirem

m) gerúndio
cantando vendendo partindo

n) particípio
cantado vendido partido

VERBOS VER E VIR

Eis o presente do indicativo e o pretérito perfeito do indicativo dos verbos VIR e


VER.

VIR
Presente Pret. Perfeito
do indicativo do indicativo
venho vim
vens vieste
vem veio
vimos viemos
vindes viestes
vêm vieram

Observação: Assim se conjugam: convir, intervir, provir, advir, sobrevir.

VER
Presente Pretérito perfeito
do indicativo do indicativo
vejo vi
vês viste
vê viu
vemos vimos
vedes vistes
vêem viram

Observação: Assim se conjugam: prever, rever.

MODO IMPERATIVO

Emprega-se o modo imperativo para exprimir:

a) ORDEM: VÁ até o mercado e COMPRE laranjas.


b) PEDIDO: FIQUE à direita, para não atrapalhar a passagem.
c) CONSELHO: ESTUDAI, ESTUDAI, meus alunos.
d) CONVITE: VENHA à minha casa hoje à noite.
e) SÚPLICA: Meu Deus, TENDE piedade de mim!
f) PROIBIÇÃO: Jamais VIAJE com muito dinheiro no bolso.

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Há duas formas de imperativo: o afirmativo e o negativo. As terceiras pessoas
são substituídas por você e vocês.

IMPERATIVO NEGATIVO = É formado de modo idêntico ao presente do subjuntivo


(em todas as pessoas, menos a primeira do singular, que não existe no imperativo).

IMPERATIVO NEGATIVO =
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Imper. Negativo Pres. Subjun
eu parta
não partas tu tu partas
não parta você ele parta
não partamos nós nós partamos
não partais vós vós partais
não partam vocês elas partam

Observação: Na frase, poderá parecer qualquer palavra de valor negativo: NÃO,


NUNCA, JAMAIS, NADA, NEM.

IMPERATIVO AFIRMATIVO = É também formado do presente do subjuntivo, com


exceção das segundas pessoas (TU e VÓS) que são provenientes do presente do
indicativo (menos a letra “s” final).

PRESENTE IMPERATIVO PRESENTE


DO AFIRMATIVO DO
INDICATI SUBJUNTI
VO VO

Eu amo ................... eu ame


tu amas  AMA tu tu ames
ele ama AME você ele ame
nós amamos  nós amemos
vós amais AMEMOS nós vós ameis
eles amam  eles amem
 AMAI vós
AMEM vocês

Exceção: verbo ser  sê tu e não é tu e sede vós e não soi vós.

TEMPOS COMPOSTOS

Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares TER
ou HAVER, seguidos do particípio passado do verbo principal:

Ex: Tenho andado muito por aí.


Havíamos saído cedo.

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Os tempos compostos da voz passiva se formam com os verbos auxiliares TER
ou HAVER e SER, simultaneamente, seguidos do particípio passado do verbo principal:

Ex: Tenho sido maltratado por ele.


Os dois tinham (ou haviam) sidos vistos na rua.

VERBOS REGULARES
São os que seguem um modelo comum de conjugação, mantendo o radical
invariável: beber, partir, falar.

VERBOS IRREGULARES
São os que sofrem alteração (ões) no radical e/ou nas terminações, afastando-se
do modelo: dar, sentir, dizer.

VERBOS ANÔMALOS
São os verbos SER e IR, pois em alguns tempos eles possuem as mesmas
conjugações. Ex: Ele foi aluno (verbo ser); Ele foi embora (verbo ir).

VERBOS DEFECTIVOS
Conforme o próprio nome sugere, são os que apresentam defeitos na conjugação,
pois não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos
ou pessoas. Os verbos indicadores de fenômenos da natureza, vozes de animais são
defectivos. Ex: abolir, precaver, latir, chover, colorir, explodir, reaver, banir, demolir,
extorquir, exaurir, acontecer, ocorrer, suceder, doer, urgir, fluir, constar.

VERBOS ABUNDANTES

São aqueles que possuem dois particípios: um regular (ADO - 1ª e IDO 2ª e 3ª


conjugação) e outro irregular.

Exemplos:

ACEITAR: aceitado, aceito.


EXPRESSAR: expressado, expresso.
SALVAR: salvado, salvo.
ISENTAR: isentado, isento.
ACENDER: acendido, aceso.
ELEGER: elegido, eleito.
SUSPENDER: suspendido, suspenso.
ROMPER: rompido, roto.
EMERGIR: emergido, emerso.
EXTINGUIR: extinguido, extinto.
OMITIR: omitido, omisso.
SUBMERGIR: submergido, submerso.
ENTREGAR: entregado, entregue.
INSERIR: inserido, inserto.
ENCHER: enchido, cheio.
EXPELIR: expelido, expulso.
FIXAR: fixado, fixo.
MURCHAR: murchado, murcho.

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OCULTAR: ocultado, oculto.
SECAR: secado, seco.
SUJEITAR: sujeitado, sujeito.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE VERBOS

a) 1ª CONJUGAÇÃO

 ROUBAR - Escreve-se e pronuncia-se com o ditongo OU: roubo, roubas, rouba,


etc., e não róbo, róbas. Assim também, ESTOURAR e AFROUXAR.
 SAUDAR - Tem o U acentuado: saúdo, saúdas, etc.
 OBSTAR, OPTAR, DESIGNAR cujo radical termina por duas ou mais consoantes,
evite-se intercalar um I entre essas consoantes: opto, opta, opta e não ópito, ópitas,
ópita.
 Terminados em EIJAR, EJAR, EIRAR, EIXAR, ELHAR, a vogal E dessas
terminações é fechada (ê e não é): aleijo, despejo, inteiro, espelho, etc.

b) 2ª CONJUGAÇÃO

 Terminados em CER, como descer, vencer, terão ç antes do O e A: desço, vença.

 Terminados em GUER, perdem o U antes de O e A: erguer, ergo, erga, ergamos.

c) 3ª CONJUGAÇÃO

 Terminados em GUIR (dos quais o U não é proferido) perdem o U antes de O e A:


distinguir, distingo, distinga.

 Na 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo dos verbos regulares


terminados em UIR, grafa-se UI e não UE, por se tratar de ditongo crescente: concluis,
conclui, influi, possui.

Macete para conjugação dos verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar
(mario)

 Mudam o I da penúltima sílaba em EI; conjugam-se assim como o exemplo de


ODIAR:

Presente do Indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.

Pretérito Perfeito do Indicativo: odiei, odiaste, odiou, etc.

Conjugação do verbo QUERER:

Futuro do presente do Indicativo: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis,


quererão.

Presente do Subjuntivo: queira, queiras, etc.

Pretérito Mais Que Perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.

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ASSUNTO 4 - VOZES DO VERBO

a) VOZ ATIVA = Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a
ação expressa pelo verbo:

Ex:
- O goleiro pegou a bola.
- Os pais educam os filhos.

b) VOZ PASSIVA = Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é,
sofre a ação expressa pelo verbo.

Ex:
 Os filho são educados pelos pais.
 A carne foi comida pelo cão.

c) VOZ REFLEXIVA = Quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente: faz


uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre ou recebe:

Exemplos:
 O menino feriu-se.
 Sacrifiquei-me pela criança.
 Os pais contemplam-se nos filhos.

Agente da passiva

É o termo que, na voz passiva analítica (com auxiliar), designa o ser que realiza a
ação verbal da qual o sujeito é o paciente.
 O agente da passiva vem sempre precedido de preposição:

Ex:
 Este quadro foi pintado por Renoir.
 Ela é estimada de todos.
 O motor é movido a gás.

Obs:
Nem sempre o agente da passiva está expresso:
Ex:
 A janela foi consertada ontem.

O agente da voz passiva sintética jamais está expresso:


Ex:
 Vende-se um barco.

CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA

A voz ativa pode ser convertida em voz passiva sem alterar o sentido da frase:

Ex:

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 Paulo datilografou o trabalho./ O trabalho foi datilografado pelo Paulo.
 Prejudicaram-me / Fui prejudicado.
 Eu o acompanharei./ Ele será acompanhado por mim.

ASSUNTO 5 - CONCORDÂNCIA
Concordância Nominal

Regra geral
O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número obrigatoriamente. A
concordância em grau é facultativa.

Ex:
 Meninas bonitas
 Menino bonito
 Meninão bonitão
 Meninão bonitinho

Casos particulares
1) Quando um adjetivo estiver em referência a dois ou mais substantivos e vier depois
deles, ele pode se referir a todos indo assim para o plural ou concordando apenas
com o último dos substantivos.

Ex:
a) Conheço um médico e um enfermeiro bondosos
b) Conheço um médico e um enfermeiro bondoso
c) Conheço um médico e uma enfermeira bondosos
d) Conheço um médico e uma enfermeira bondosa.

2) Quando um adjetivo estiver em referência a dois ou mais substantivos e vier antes


deles, concordará apenas com o primeiro dos substantivos.

Ex:
 Escolhestes má hora e lugar.
 Escolhestes mau lugar e hora.
 Escolhestes lugar e hora maus

3) As palavras MUITO, POUCO, BASTANTE e MEIO podem ter valor de advérbio ou


adjetivo. Como adjetivos concordam com os seus substantivos. Como advérbios
ficam invariáveis.

Ex:
a) Muitos alunos chegaram cedo.
b) A menina estava muito aborrecida.
c) Bebi meia garrafa de vinho.
d) Elas estão meio aborrecidas
e) Havia poucos livros na estante.
f) As crianças pareciam bastante felizes

4) As palavras MESMO e PRÓPRIOS tem valor adjetivo. Assim sempre combinam


com o termo a que se referem.

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Ex:

 Elas mesmas resolveram o problema


 Ele próprio resolveu o problema

5) As palavras OBRIGADO, ANEXO, LESO têm sempre valor adjetivo, concorda com
o seu substantivo.

Ex:
 A menina disse ao homem: - Obrigada.
Obs:
A palavra ANEXO vindo precedida de preposição fica invariável.

6) A palavra ALERTA e MENOS é sempre invariável, mesmo em referência a um


substantivo.

Ex:
 Tenha mais amor e menos confiança
 As tropas estavam alerta

7) A palavra QUITE é sempre adjetivo e combina com o seu substantivo.

Ex:
O aluno está quite.

 Cereja é bom para a saúde


 A cereja é boa para a saúde

E proibido entrada no elevador sem camisa.

Concordância Verbal

Regra geral

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

Ex: Bancários iniciam campanha eleitoral.

- Concordância do verbo com o sujeito composto

1º Caso de Concordância Verbal

Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural. Ex: O
milho e a soja subiram de preço.

Obs.: Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar no singular
ou no plural. Ex: Medo e terror nos acompanha (acompanham)sempre.

Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada, alguém ou

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ninguém, o verbo ficará no singular. Ex: Dinheiro, mulheres, bebida, nada o atraía.

Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação (ascendente ou


descendente) o verbo ficará no singular ou no plural.
Ex: Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava (inquietavam).

2º. Caso de Concordância Verbal

Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou
concordará apenas com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo. Ex: Chegou o pai
e a filha. Chegaram o pai e a filha.

3º.Caso
Quando o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o
verbo irá para o plural na pessoa que tiver prevalência.
Ex: Eu, tu e ele fizemos o exercício. Tu e ele fizeste / fizeram.

4º.Caso de Concordância Verbal

Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção "ou" , o verbo


ficará no singular se houver idéia de exclusão. Se houver idéia de inclusão o verbo irá
para o plural.

Ex: Pedro ou Antônio será o presidente do clube.


(Exclusão) Laranja ou mamão fazem bem a saúde. (Inclusão)

Casos especiais de concordância verbal

1º.Caso
Com a expressão "um dos que" o verbo ficará no singular e no plural. O plural é
construção dominante. Ex: Você é um dos que mais estudam (estuda).

2º.Caso
Quando o sujeito for constituído das expressões "mais de", "menos de", "cerca
de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões. Ex: Mais de uma
pessoa protestou contra a lei. Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão.

Obs.: Com a expressão "mais de um"pode ocorrer o plural:- Quando o verbo dá idéia de
ação recíproca (troca de ações).
Ex: Mais de uma pessoa se abraçaram.- Quando a expressão "mais de um" vem
repetida. Ex: Mais de um amigo, mais de um parente estavam presentes.

3º.Caso
Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só
concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural o verbo concordará com ele
ou com o pronome pessoal.

Ex: Qual de nós? Alguns de nós. Qual de nós viajará? Quais de nós viajarão
(viajaremos)?

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4º.Caso
Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular.

Ex: A multidão gritava desesperadamente.

Obs.: - Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no


singular ou poderá ir para o plural.

Ex: A multidão de torcedores gritava (gritavam) desesperadamente.

5º.Caso

Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o
antecedente deste pronome.

Ex: Sou eu que pago.

6º.Caso
Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará
com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito quem.

Ex: Sou eu quem paga (pago).

7º.Caso
Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de
artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo
irá para o plural.

Ex: Minas Gerais possui grandes fazendas. Os Estados Unidos são uma nação poderosa.

8º.Caso
Os verbos impessoais ficam sempre na 3º pessoa do singular.

Ex: Faz 5 anos... Havia crianças na fila.


Obs.: - Também fica na 3º pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um
verbo impessoal formando uma locução verbal.

Ex: Deve haver crianças na fila. - O verbo existir não é impessoal.

Ex: Existiam crianças na fila. Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um
verbo pessoal concordará com o sujeito).

9º.Caso
Com os verbos "dar", "bater", "soar" se aparecer o sujeito"relógio"a
concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se
fará com o número de horas.

Ex: O relógio deu cinco horas. Deram cinco horas no relógio da matriz. ... relógio da
matriz: Adjunto adverbial de lugar.

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10º. Caso
Quando o sujeito for formado por um pronome de tratamento o verbo irá sempre
para 3º pessoa. Vossa Excelência leu meus relatórios?

11º. Caso
Quando "se" funcionar como partícula apassivadora o verbo concordará normalmente
com o sujeito da oração.

Ex: Pintou-se o carro. Alugam-se casas.

12º. Caso
Quando o "se" funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito o verbo
ficará sempre na 3º pessoa do singular.

Ex: Precisa-se de secretária. Vive-se bem aqui.

13º. Caso

O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções: - Flexiona-se o


verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. - Flexiona-se o infinitivo e não flexiona-se
o verbo parecer.
Ex: Os prédios parecem cair. Os prédios parece caírem.

Concordância com o verbo ser

a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes


TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o
predicativo.

Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes


interrogativos QUE ou QUEM.

Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?

c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a


expressão numérica

Ex.: São nove horas./ É uma hora.

Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra


dia.

Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.

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d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se


dará com o pronome.

Ex.: Aqui o presidente sou eu.

Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o


que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

Ex.: Eu não sou tu


e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de


preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.

Ex.: Cento e cinquenta é pouco./ Cem metros é muito.

g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo
podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino
singular) ou concordar com o sujeito posposto.

Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.

h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre
o verbo ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.

Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

ASSUNTO 6 - REGÊNCIA

Regência nominal
Há substantivos e adjetivos que exigem, como verbos, preposições (às vezes aceitam
mais de umas preposições).
Nesse caso, a escolha desta ou daquela preposição, considerando a eufonia e,
sobretudo, a clareza, depende do sentido exato que o falante quer dar ao enunciado.

Abaixo, relacionamos alguns desses nomes com suas respectivas preposições:

-acessível = a, para, por


-afável = com, para com
-agradável = a, de, para
-apto = para, a
-atencioso = com, para com
-atentado = a, contra
-aversão = a, para, por
-avesso = a, de, em
-ávido = de
-bom = para

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-capaz = de, para
-certo = de
-cobiçoso = de
-compaixão = de, para com, por
-comum = a, de
-ccnforme = a, com
-consulta = a
-contente = com, de, em, por
-contemporâneo = de, a
-contíguo = a
-cruel = com, para, para com
-contrário = a
-cuidadoso = com
-curioso = de, por
-descontente = com
-desejoso = de
-desfavorável = a
-desgostoso = com, de
-desleal = a
-devoção = a, para com, por
-devoto = a, de
-diferente = de
-difícil = de
-digno = de
-diverso = de
-dotado = de
-doutor = em
-dúvida = acerca de, em, sobre
-entendido = em
-erudito = em
-escasso = de
-esperança = de, em, para, sobre
-essencial = para
-fácil = a, de, para
-favorável = a
-feliz = com, de, em, por
-fértil = de, em
-fiel = a
-idêntico = a
-impaciência = com
-imune = a, de
-importante = contra, para
-impróprio = para
-inábil = para
-inacessível = para, a
-incapaz = de, para
-incomparável = a, com, em
-incompatível = com
-incompreensível = para
-inconstante = em

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-indeciso = em
-intolerante = com, para com
-invasão = de
-junto = a, de
-leal = a
-lento = em
-liberal = com
-natural = de
-necessário = a
-nocivo = a
-obrigatório = a, em
-orgulhoso = com, para com
-possível = de
-perigoso = a, de, para
-perito = em
-pertencente = a
-piedade = com, de, para, para com, por
-pobre = de, em
-possibilidade = de, para
-negligente = em
-nobre = de, em, por
-possível = de
-posterior = a
-prestes = a, para
-prodígio = de, em
-pronto = para, em
-próprio = para, de
-próximo = a, de
-querido = de, por
-reconhecido = a, como, de, por
-relativo = a
-respeito = a, com, de, para com, por
-rico = de, em
-sábio = de, para
-sensível = a
-simpatia = a, para com, por
-sócio = de, em
-solícito = com
-substituição = a, de, por
-suficiente = a, para
-sujo = de
-superior = a, em
-temível = a
-temeroso = de
-triste = de, com
-último = em, de, a
-único = em, a, entre
-útil- a, para
-vazio = de
-viagem = a, através de, em, por

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-violento =com, em
-visível = a
-vítima de
-vizinho = a, com, de
-vocação = para
-volta = a, com, de, para, por
-voto = a, contra, de, em, para, por, sobre

Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência:

Exemplos:
- AMOR - Tenha amor a seus pais. Os pais incutiram-lhe o amor do estudo.
- ANSIOSO - Estava ansioso por vê-la. Inglês fica ansioso para ver Pelé.

Regência Verbal

Regência é a relação que se estabelece entre duas palavras, uma servindo de


complemento à outra.
A regência verbal trata da relação entre o verbo e seu complemento.

Ex:
Há verbos que apresentam mais de uma regência (aparecendo com ou sem
preposição) e muitas vezes a diversidade de regência corresponde à diversidade de
significado.

- Agradar
Acarinhar - transitivo direto:
Ex: A mãe agradava o filho.

Ser agradável - transitivo indireto:


Ex: O espetáculo agradou a todos.

Observação: o verbo "desagradar" é sempre transitivo indireto:


Ex: Isso desagrada aos professores.

- Ajudar
Transitivo direto ou transitivo indireto:
Ex:
 Ajudem nosso vizinho.
 Ajudem a nosso vizinho.

- Aspirar
Respirar - transitivo direto:
Ex: Ela aspirava o perfume do campo.

Pretender - transitivo indireto e deve-se usar a ele, a ela em vez de lhe, lhes:
Ex: Aspiras ao cargo de diretor?
Aspiras a ele?

- Assistir

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Morar - intransitivo:
Ex: Eles assistem em Maricá.

Socorrer - transitivo direto ou transitivo indireto e deve-se usar a ele, a ela em vez de
lhe, lhes:
Ex: A enfermeira assistia o menino.

Ver - transitivo indireto e deve-se usar a ele, a ela em vez de lhe, lhes:
Ex:
 Assistimos ao filme.
 Assistimos a ele.

Caber - transitivo indireto:


Ex: Assiste-lhes tomar uma decisão.

- Atender
Transitivo direto ou transitivo indireto quando o complemento é pessoa e deve se usar a
ele, a ela em vez de lhe, lhes:
Ex:
 Atenda os alunos.
 Atenda aos alunos.
 Atenda a eles.

- Avisar
Transitivo direto e indireto (objeto direto para pessoa e objeto indireto para coisa):
Ex: Avise Pedro do dia da prova.

- Chamar
Dar sinal de chamada - intransitivo:
Ex: O telefone chamou muito tempo.

Mandar vir – transitivo direto:


Ex: Chame José.

Invocar - transitivo indireto:


Ex: Chamem por mim quando saírem.

Atrair, fazer vir - transitivo direto e indireto:


Ex:
 Os dançarinos chamaram a atenção de todos.
 Chame-o à responsabilidade.

Dar nome - transitivo direto com predicativo ou transitivo indireto com predicativo e
deve-se usar a ele, a ela em vez de lhe, lhes:
Ex:
 Chamam no inocente.
 Chamam a Paulo inocente.
 Chamam a ele inocente.

Observação - o predicativo pode vir precedido de preposição:

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Chamam -no de herói.


Chamam a Paulo de herói.
Chamam a ele de herói.

- Chegar -Transitivo indireto


Ex: Ela chegou à casa cansada.

Observação - a preposição "em" só é empregada com o verbo "chegar" em locuções


adverbiais de tempo:
Ex:
 Ela chegará a casa em quinze minutos.
 Ela chegará em algumas horas.

- Concordar
Combinar - intransitivo:
Ex: Eles concordam em quase tudo.

Pôr de acordo - transitivo direto:


Ex: Eles concordaram suas opiniões.

Estar de acordo, estar em concordância gramatical - transitivo indireto:


Ex: Você concorda com ela?

CUSTAR
- ter o valor de - intransitivo:
Ex: O brinquedo custou caro.

- ser difícil, ser penoso intransitivo (a coisa difícil será sujeito) ou transitivo indireto
(a coisa difícil será sujeito e a pessoa para quem é difícil será objeto direto):
Ex:
 Custa bastante aceitar essa situação.
 Custa-lhe aprender o trabalho.

Observação - quando for transitivo indireto, pode vir com a preposição "a":

- Custava-lhe a aprender o serviço.

- ESQUECER
Transitivo direto:
Ex: Esqueci as chaves do carro no escritório.

Transitivo indireto - quando é pronominal:


Ex: Não nos esqueceríamos de ti.

Obs.
- antes de infinitivo, pode-se omitir o pronome:
- Esquecemos de comprar o jornal.
Construção clássica - transitivo indireto, sendo o sujeito aquilo que se esquece e o
objeto indireto a pessoa que esquece:

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Ex: Nunca me -esqueceu- a tua voz.

- GOSTAR
Estimar (pronominal) - intransitivo:
Ex: Gostam-se há muito tempo.

Experimentar - transitivo direto:


Ex: Apenas gostou a bebida, sentiu-se mal.

Ter afeição, achar saboroso, aprovar - transitivo indireto:


Ex:
 Ele gosta de você.
 Todos gostam de frutas.
 Gostei dessa idéia.

- OBEDECER
Intransitivo:
Ex: Eles são crianças que obedecem.

Transitivo indireto:
Ex: Ele -obedece- ao pai.

Obs. - Embora transitivo indireto, pode ser empregado na voz passiva:

Ex: O pai é obedecido por ele.

PAGAR
Transitivo indireto:
Ex: Pague ao vendedor.

Transitivo direto e indireto com objeto direto para coisa e objeto indireto para pessoa:
Ex: Pague o livro ao vendedor.

- PENSAR
Formar pensamentos - intransitivo:
Ex: Penso, logo existo.

Imaginar, aplicar curativos a - transitivo direto:


Ex: Pensei que ela chegasse hoje.

O médico pensou o ferido.


Tencionar, lembrar-se – transitivo indireto:
Ex: Mauro pensa em viajar.
Você pensa sempre nela?

- PERDOAR
Transitivo direto e indireto com objeto direto para coisa e objeto indireto para pessoa:
Ex: Perdoaram a dívida ao amigo.

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Obs. - embora seja transitivo indireto para complemento de pessoa, pode ser empregado
na voz passiva:
Ex: Ele será perdoado pelo pai.

- PRECISAR
Indicar com precisão – transitivo direto:
Ex: O chefe precisou a hora da reunião.

Necessitar - transitivo indireto:


Ex: Eles precisam de ajuda.

- PREFERIR
Transitivo direto e indireto (preferir uma coisa a outra):
Ex: Prefiro pêras a bananas.

Obs. - é incorreto dizer "preferir mais", "preferir mil vezes", etc.

- QUERER
Desejar - transitivo direto:
Ex: Os meninos querem chocolate.

Amar - transitivo indireto:


Ex: Quero muito a todos vocês.

VISAR
Pôr o sinal de visto em, mirar - transitivo direto:
Ex: O gerente visou o recibo.

Deve-se -visar- cuidadosamente o alvo.


Objetivar - transitivo indireto:
Ex: Ela visa ao cargo de diretora.

Obs. - quando transitivo indireto, deve-se usar "a ele(s)", "a ela(s)" em vez de lhe, lhes:
Ex: Queres este prêmio? É a ele que visas

ASSUNTO 7 - CRASE

Crase é a fusão de vogais iguais e seguidas num só som. Há várias possibilidades


de crase.

Exemplo:
crédere > credére > creer > crer (no aspecto diacrônico)

Ex: “ Íeis pela estra/da a/ fora (crase poética)

Zoológico = /zolojiku/ (comum no falar do Rio de Janeiro de hoje)

Obs: Os casos mais conhecidos dos alunos e que serão abordados em seguida. São
aqueles que vêm caracterizados pelo acento grave.

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a) a (preposição) + a (ARTIGO FEMININO) = à

b) a (preposição) + aquele = àquele


aquela = àquela
aquilo = àquilo
a qual = à qual

REGRA GERAL
2ª parte 1ª parte
A + A = À

Preposiçã Artigo
o

Verbo Substantiv
o

À
1ª parte
Artigo Substantivo Artigo
1ª A Bahia Obrigatório
2ª - Roma Proibido
3ª ? Claudia Facultativo

A CRASE SERÁ FACULTATIVA QUANDO O ARTIGO FOR FACULTATIVO NA


FRENTE DO SUBSTANTIVO.

2ª parte
Verbo Preposição
Amar Não pede
Gostar De
Morar Em
Ir A

OU SEJA, HAVERÁ O ACENTO GRAVE (CRASE) TODA VEZ QUE O


SUBSTANTIVO PEDIR OBRIGATORIAMENTE O ARTIGO FEMININO (A) E O
VERBO PEDIR A PREPOSIÇÃO (A).

I – Sendo o à a fusão da preposição a mais o artigo feminino a. Poderemos tirar algumas


conclusões:

a) Só é possível haver crase diante de funções sintáticas que admitam a preposição (a)
(objeto direto, complemento nominal, adjunto adverbial, etc.)

b) Só poderá haver crase diante de SUBSTANTIVOS FEMININOS que admitam o


artigo feminino (a). Deste modo É ERRO PRIMÁRIO pensar na existência de crase
diante de PALAVRAS MASCULINAS (que só admitem o artigo O) e de verbos (que
jamais aceitam o artigo. Este é privativo de substantivos).

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Ex:
a) Vou à São Paulo (errado)
b) Vou (a) São Paulo (certo)
c) Ficou à contemplar a lua (errado)
d) Ficou (a) contemplar a lua (certo)
e) O carro é movido (a) óleo (certo)

DICA IMPORTANTE:

Sendo o (à) a fusão da preposição (a) + o artigo feminino (a) é óbvio que para
haver crase é necessário que se comprove a existência desses dois elementos.

Obs:
O raciocínio mais comum utilizado para se verificar a presença (crase) ou não
dos dois elementos acima referidos é substituir a palavra feminina por outra masculina
de mesma classe gramatical.
Se, diante da palavra masculina, houver preposição (a) + artigo masculino (o) é
sinal que diante da palavra feminina haverá preposição (a) + artigo feminino (a) e assim
haver à.
Se diante da palavra masculina, não houver a + o, é sinal que diante da palavra
feminina não haverá a + a e assim não haverá crase.

Exemplo:
Emprestei o livro à aluna (ao aluno)
Comuniquei o fato à moça (ao rapaz)
Naquela loja, vendem-se carros com motor a gasolina (a álcool)

d) Ouviu-se o hino à Bandeira (ao país)


Comprei um fogão a lenha (a carvão)

Obs:

1) A crase diante de NOME DE MULHER É FACULTATIVA.

Ex: Enviei um telegrama à Claudia (a Cláudio)


Como se verifica, a crase é facultativa porque o artigo não é obrigatório.

2) A crase diante de PRONOME POSSESSIVO É FACULTATIVA.

Ex:
a) Darei um belo presente à minha irmã (ao meu irmão)
b) Darei um belo presente a minha irmã (a meu irmão)

3) As locuções (adjetivas, adverbiais, prepositivas e conjuntivas) que começam por


substantivos feminino geralmente admitem a crase.

NOTA: Toda locução (menos a verbal) é formada basicamente de PREPOSIÇÃO a +


SUBSTANTIVO com valor de um adjetivo, advérbio, preposição e conjunção.

Ex:

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Amor DE MÃE (= MATERNO)
Moro NESTA CASA (= AQUI)

Começando a locução por substantivo feminino (admite o artigo a). Haverá a + a = à


Ex:
a) Às vezes, à noite, vou ao cinema.
- À saída da aula, encontrou o amigo.
- Eu te amo à medida que o tempo passa
- O navio chegou às 8 horas.

4) As expressões adverbiais que indicam tempo, admitem a crase se formadas por


substantivos femininos.

Ex:
a) O desfile ocorrerá às 18 horas (aos 18 dias)

b) De Segunda (a) Sexta, vou à praia. (a Sábado)

As locuções a vista e a bala não admitem a crase:


a) Naquela loja vende-se (a) vista (a prazo)
b) O bandido foi morto (a) bala (a tiros)

Usa-se crase diante de palavra masculina se antes dela estiver subentendida a


palavra feminina (MODA).
a) Usa sapatos à (moda) (ao modelo) Luiz XV.
b) Cortou o cabelo à (moda) príncipe Danilo.

Note-se que a crase não tem a ver com a palavra masculina e sim com a palavra
MODA que está oculta!

CUIDADO!

a) Comeu um bife à cavalo (errado)


b) Comeu um bife a cavalo (certo) (Não está oculta a palavra MODA).

Não se usa crase em expressões adverbiais formadas de palavras repetidas.

Ex:
Ficou cara (a) cara (rosto (a) rosto) com o inimigo.

Bebeu gota (a) gota do remédio. (gole a gole)

Não há crase diante de PRONOMES PESSOAIS (retos e oblíquos).


PRONOMES DE TRATAMENTO E PRONOMES DEMONSTRATIVOS (exceção –
aquele, aquela, aquilo), pois estes elementos não admitem a presença de artigo
(privativo do substantivo).

Ex.
Pedi (a) Sua Excelência (a ele) que me ouvisse.
Dei (a) ela (a ela) todo carinho.

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Ofereci meus préstimos (a este senhor) (a esta senhora)

Obs:
A crase que ocorre em àquele, àquela e àquilo é fruto da fusão da preposição a+a
que inicia o demonstrativo.

a (prep). + aquele = àquele


a (prep). + aquela = àquela
a (prep). + aquilo = àquilo

Sendo assim, não é válido, para se verificar a existência de crase, o recurso de


trocar pelo masculino, pois nada tem a ver com existência de artigo ou não.
Haverá crase sempre diante deste demonstrativo se puder provar que diante dele
há preposição (a) (já que o pronome demonstrativo começa pela vogal (a)).

Dei um livro àquele rapaz.


a + aquele

Observe-se que o verbo dar pede um complemento com a preposição (a). Aquele
começa pela vogal (a), logo, haverá a crase.

- Conheço aquela garota.

Não há crase porque o verbo conhecer não pede um complemento regido da


preposição (a)

Exercícios
1) (UFAC 2003) “...quando obterão êxito em prender o assaltante (...), que estava
sendo caçado a semanas.”
Relativamente à expressão “a semanas”, do mesmo trecho da questão anterior, é
correto fazer a seguinte afirmação:
a) está de acordo com a norma culta do idioma.
b) está errada, pois o a deve ser craseado.
c) está errada, pois deveria ser às semanas.
d) está errada, pois deveria ser há semanas.
e) está errada, pois deveria ser havia semanas.

2. Complete, usando a ou à.
a) O evento é aberto ..... pessoas interessadas.
b) O evento é aberto ..... todas as pessoas interessadas.
c) Cheguei ..... cidade pontualmente ..... uma hora.
d) Andava ..... procura de emprego.
e) Ele era insensível ..... questão agrária.
f) Há muito tempo não vou ..... Teresina.
g) Voltou ..... Bahia dez anos depois.
h) Retornou ..... uma cidade abandonada.
i) Comeram uma dobrada ..... moda do Porto.
j) Usava um chapéu ..... Carlitos.

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3. Dentre as frases abaixo, transcreva aquelas em que ocorrem casos de crase,
indicando-a com o acento grave (`).
a. A atuação do jogador sensibilizou a platéia.
b. A palestra foi apresentada a uma platéia atenta
c. Aquele assunto não trouxe interesse a ninguém.
d. Retornaram a Curitiba as quatro da tarde.
e. Estamos aqui desde as nove horas.
f. Não consigo adaptar-me aquele modo de vida.
g. Eles estão a caminho de casa.
h. Ficamos a ver navios.
i. Ficaram cara a cara com os acusados.
b) Dirijo-me a Vossa Excelência com preocupação.
c) Fico muito grato a senhorita.
d) Fiz referência a obras importantes.
e) Viajaremos a Europa as três da tarde.
f) Os convidados retornaram cedo a casa.
g) Não pudemos ir a casa de nossos amigos.
h) Os navegantes desceram a terra.
i) Os navegantes desceram a terra dos índios.
j) Prefiro isto, aquilo.
k) Não consegui assistir aquele filme.
l) Nunca vi aquela pessoa.

4. Daqui ____ vinte quilômetros, o viajante encontrará, logo____ entrada do grande


bosque, uma estátua que ____ séculos foi erigida em homenagem____ deusa da mata.

a) a — à — há — à;
b) há — a — à — a;
c) à — há — à — à;
d) a — à — à — à;
e) há—a—há—a.

5. O fenômeno ____ que aludi é visível ____ noite e _____ olho nu.

a) a — a — a;
b) a—à—à;
c) a — à — a;
d) a—à—à;
e) à—à—a.

6. Assinale a frase em que o acento indicador da crase foi usado incorretamente.

a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não o persegue mais.


b) Sentavam-se nas pedras do caminho à espera da comitiva do peão.
c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele mundo de sonho e fantasia.
d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à casa de meu amigo.
e) Tenho certeza de que os documentos não fazem referência à nada do que dizes.

ASSUNTO 8 - COLOCAÇÃO PRONOMINAL

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São pronomes átonos os pessoais oblíquos: ME, TE, O, SE, A, LHE, NOS,
VOS, OS, AS, LHES e os demonstrativos O, A, OS, AS (= aquele, aquela, aqueles,
aquilo...).
Os pronomes átonos podem assumir três posições em relação ao verbo:
PRÓCLISE (pronome antes do verbo), MESÓCLISE (pronome no meio do verbo) e
ÊNCLISE (pronome depois do verbo).

a) PRÓCLISE
A próclise ocorre quando há palavras que, estando antes do verbo, possuem o
poder de atrair o pronome átono. As palavras atrativas são:

- AS DE SENTIDO NEGATIVO (não, nunca, ninguém, jamais, nada, nenhum).

Ex:
 Jamais te disse alguma coisa.
 Nada me perturba mais.
 Não a acordei na hora certa.

OS PRONOMES RELATIVOS (que, quem, cujo, o qual)

Ex:

 Há Pessoas que me querem bem.


 Conheço a cidade pela qual te apaixonaste.

ALGUNS PRONOMES INDEFINIDOS (tudo, cada, tudo)


Ex:
 Nada se cria, tudo se transforma.
 Todos te olharão.

OS ADVÉRBIOS EM GERAL (já, só, talvez, bem)

Ex:
 Aqui se trabalha.
 Sempre me lembrarei dos advérbios.

AS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS (se, porque, como, quando, embora, etc).

Ex:
 Quando nos viu, ficou nervosa.
 Irei, se me convocarem.

Observação: A conjunção subordinativa pode estar oculta: Ex: Peço a V. Sª me


dispense da formatura.

A Preposição “EM” antes do gerúndio.


Ex: Em se plantando, tudo dá.

Nas orações que expressam desejo


Ex: Deus te abençoe.

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Nas orações exclamativas


Ex: Como te ilude, meu amigo!

Nas orações interrogativas


Ex: Quando me devolverás o livro?

b) MESÓCLISE
A mesóclise é usada somente no futuro do presente e no futuro do pretérito. Ex:
Ser-me-ia útil aquela ferramenta. Devolver-te-ei o livro amanhã.

Obs:

 É necessário, entretanto, que não haja partícula atrativa de próclise: Dar-te-ia minha
vida. Jamais te daria minha vida.

 Em caso algum se haverá de pospor o pronome oblíquo ao futuro do indicativo: Dir-


lhe-ei a verdade e não: Direi-lhe.

c) ÊNCLISE

Os pronomes átonos estarão em ênclise:

 Nos períodos iniciados pelo verbo (que não seja o futuro = mesóclise), pois não se
abre frase com pronome oblíquo. Ex: Diga-me alguma verdade e não: Me diga alguma
verdade.

 Nas orações com verbo no imperativo afirmativo: Ex: Diz-me o que é


importantíssimo. Mate-as e asse-as.

 Junto ao infinitivo não-flexionado precedido da preposição “A”. Ex: Começou a


maltratá-la (e não maltratar ela). Fiquei a esperá-los (e não a esperar eles).

d) CASOS FACULTATIVOS
Poderá ocorrer próclise, mesóclise ou ênclise se a palavra que antecede ao verbo
for:

 Pronome pessoal do caso reto. Ex: Ele o entregou. Ele entregou-o. Ele entregá-lo-á.
 Pronome demonstrativo. Ex: Esta me dá prazer. Esta dá-me prazer. Esta dar-me-á
prazer.
 Substantivo. Ex: A professora me ensinou. A professora ensinou-me. A professora
ensinar-me-á.

 Infinitivo precedido da preposição PARA (mesmo com a presença de palavra


“atrativa”). Ex: Calei para não o contrariar. Calei para não contrariá-lo

ASSUNTO 9 - FUNÇÃO SINTÁTICA DE TERMOS E ORAÇÕES

1) Termos essenciais da oração

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SUJEITO

Sujeito > é o termo, representado por uma palavra de valor substantivo de quem se
informa alguma coisa na oração:

Paulo [ganhou uma moto de seu pai]


Paulo = sujeito

O livro [foi encontrado pelo aluno no banheiro]

[Choveram] zeros [no vestibular]


Zeros = sujeito

Algumas garotas [pareciam muito confusas naquele momento]


Algumas garotas = sujeito

Núcleo do sujeito > é a palavra mais importante do sujeito. É sempre uma


palavra de valor substantivo, que não pode vir precedida de preposição:

a) A vida do homem atual [está muito complicada].


Suj. (núcleo = Vida)

b) Os bons representantes [não pensam em si mesmos].


Suj. (núcleo = bons)

Tipos de Sujeito:

1. Sujeito simples – possui um único núcleo:


Ex: Os sonhos da juventude [desaparecem com o tempo.]
Sujeito simples

2. Sujeito composto – apresenta dois ou mais núcleos:


Ex: Eu e alguns amigos fizemos uma pesquisa sobre animais em extinção.

3. Sujeito indeterminado – acontece quando não podemos identificar o elemento de


quem se informa alguma coisa na oração:

Há dois tipos:

1º Caso – Com verbos na 3ª pessoa do plural sem que haja palavra expressa ou
subentendida que possa ser o sujeito da oração:
Ex: (I) Falaram mal de você na reunião.

2º Caso – Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou ligação na 3ª pessoa do


singular mais a partícula indeterminada SE, o sujeito será indeterminado:
Ex: Precisa-se de pedreiros na obra.

Obs: A palavra precedida de preposição não pode ser o sujeito.

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4. Oração sem sujeito ou sujeito inexistente – A oração não terá sujeito quando os
verbos forem usados para expressarem fenômenos da natureza:
Ex: Choveu muito ontem em São Paulo.

Obs:
- Quando o verbo FAZER expressa condição de clima ou tempo decorrido (fenômenos
da natureza), a oração não apresenta sujeito.

Ex: Faz muito frio lá fora.

- Quando o verbo SER indicar HORA ou DATA (fenômenos da natureza), a oração


não terá sujeito, mas o verbo deverá concordar com a palavra mais importante.

Ex: São doze horas e trinta minutos

- Quando o verbo HAVER for usado com o sentido de EXISTIR a oração não
apresentará sujeito e o verbo deverá ficar na 3ª pessoa do singular (por não ter com
quem concordar).

Ex: Há coisas fúteis nesta vida.

5. Sujeito Oracional – Acontece quando usamos uma oração inteira no lugar que seria
do sujeito, constituindo o que chamamos de oração subordinada substantiva subjetiva:

Ex: Quem é do mar, não enjoa.

PREDICADO

É tudo que se informa a respeito do sujeito:

Ex: O bom menino {emprestou o livro ao colega}.

Observação - nas orações com sujeito desinencial, indeterminado ou inexistente


(oração sem sujeito), a oração é formada apenas pelo predicado:

 Estou cansado.
 Gritaram lá fora.
 Havia fila diante do cinema.
Classificação do Predicado

O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal:

Verbal - É aquele que tem como núcleo um verbo (intransitivo ou transitivo):

Ex: Maria “brincava no parque”. (Intransitivo)

Vocês já comeram o bolo? (Transitivo direto)


Acredito em você. (Transitivo indireto)
Entregue o embrulho a teu tio. (Transitivo direto e indireto).

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Nominal - É aquele que tem verbo de ligação e cujo núcleo é um nome, que se chama
predicativo:
Ex: Elas são enfermeiras.

Obs: Todo verbo de ligação é obrigado a unir um ser (sujeito) a atributos desse ser
(predicativo do sujeito).
Ex: A saia permanecia curta.

Verbo-Nominal - é aquele que tem dois núcleos: um verbo (intransitivo ou transitivo) e


um nome (predicativo):

 Ele “chegou febril”.


 Compramos as casas felizes.
 Preciso de você otimista.
 Os pais emprestaram preocupados o carro a Pedro.

c) Termos integrantes

 Adjunto adnominal

É o termo de valor adjetivo que gira em torno de um núcleo substantivo ou


substantivado de um outro termo da oração.

O adjunto adnominal pode pertencer:

a) Ao sujeito: Aquele livro é meu.


b) Ao predicado: Ela é tua amiga?
c) Ao objeto direto: Traga o jornal.
d) Ao objeto indireto: Gosto de sorvete de morango.
e) Ao complemento nominal: Ele tem adoração por esta moça.
f) Ao agente da passiva: A revista será lida por vários alunos.
g) Ao aposto: Aquele é Pedrinho, filho de Maria.
h) Ao vocativo: Meu Deus ajuda-nos!

Obs:

a) Muitas vezes há mais de um adjunto adnominal em torno do mesmo núcleo:

Ex:

 A menina morena é Marta.


 Vendi meu carro branco.

b) Os pronomes átonos, quando exercem função de adjunto adnominal, têm valor de


possessivos:

Ex:

 Corrigiu-nos os defeitos. (= Corrigiu nossos defeitos).


 Tocou-te o rosto (= Tocou teu rosto).

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c) O adjunto adnominal confunde-se freqüentemente com o complemento nominal,


porém devemos nos lembrar de que este último completa nomes abstratos:

Ex:

 Tenho uma caixa de jóias. (Adjunto adnominal)


 Tenho pavor de fantasmas.

 Predicativo

Predicativo é o termo que indica estado, qualidade ou atributo ao substantivo:

Ex:

 Ele viajou resfriado.


 Ele tornou-se culto.
 Ele é vendedor.

Classificação do Predicativo

- Predicativo do sujeito - é o que se refere ao sujeito:

Ex: Minha prima está satisfeita. (Minha prima é o sujeito).

 Predicativo do objeto - é o que se refere ao objeto (direto ou indireto):

Ex:

 Encontrei minha prima satisfeita. (Minha prima é objeto direto).


 Gosto de minha prima satisfeita. (Minha prima é objeto indireto).

 Complemento nominal
É o termo preposicionado de valor substantivo que completa o sentido de um nome
substantivo, adjetivo ou advérbio.
Assim, há três tipos de complemento nominal:

1º) Complemento nominal de substantivo.


2º) Complemento nominal de adjetivo.
3º) Complemento nominal de advérbio.

Complemento nominal de nome substantivo


1. Não há complemento nominal de substantivo concreto, logo, qualquer termo
preposicionado que modifique um nome substantivo concreto só poderá ser adjunto
adnominal.

Ex:
A venda do José fica no Sobral.
venda = Substantivo concreto.
A = Adjunto adnominal.

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do José = Adjunto adnominal.

Ex:
A aliança da noiva caiu no buraco.
aliança = Substantivo concreto.
A = Adjunto adnominal
da noiva = Adjunto adnominal

2. Qualquer termo preposicionado que modifique um nome substantivo abstrato poderá


ser adjunto adnominal ou complemento nominal.

3. Se o termo preposicionado que modifica o substantivo abstrato for em relação a ele


agente (pratique a ação), será adjunto adnominal desse substantivo abstrato.
4. Se o termo preposicionado que modifica o substantivo abstrato for em relação a ele
paciente (sofra a ação), será complemento nominal.

a) Finalmente aconteceu a venda do apartamento.

b) As vendas daquela firma são duvidosas.

c) A invenção do sábio trouxe o progresso.

d) A realização da festa depende do tempo.

Complemento nominal de adjetivo e de advérbio.

O adjunto adnominal só pode vir combinado com a palavra de valor substantivo.


Assim, não há adjunto adnominal de adjetivo ou de advérbio. Desta forma, qualquer
termo preposicionado que se combine com um adjetivo ou com um advérbio (nomes),
geralmente particularizando-os, será seu complemento nominal.

a) Ela ficou zangada com o amigo.


Ela = sujeito
ficou = verbo
zangada = adjetivo
com o amigo = complemento nominal

b) Moro perto de você.


moro = verbo
perto = adjunto adverbial de lugar
de você = complemento nominal

Obs: É possível um pronome oblíquo átono ou (tônico) funcionar como complemento


nominal:

a) Eu sempre te serei sincero.


Complemento nominal oracional

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É um complemento nominal em forma de oração, constituindo a chamada oração
subordinada substantiva completiva nominal. Vem sempre introduzida por preposição e
se refere a um substantivo, adjetivo ou advérbio, contidos na oração principal:
a) Ela ficou zangada com quem a adulava.

b) O medo de que ela não viesse não me deixava em paz.

Obs: O termo preposicionado que modifica um nome substantivo abstrato só exigirá o


raciocínio de agente se a preposição que o proceder for de. Não sendo, será sempre
paciente em relação ao nome abstrato, sendo assim, complemento nominal desse
substantivo abstrato.

a) O amor à pátria enobrece o homem.

b) O ódio pela vida enlouquece o homem.

c) O amor de Deus pelo homem é eterno.

 Adjunto adverbial
É o termo de natureza adverbial que indica uma circunstância de tempo, meio,
lugar, causa etc. em referência ao verbo.
O adjunto adverbial é formado por um advérbio ou locução adverbial que
modifica basicamente um verbo. Segundo alguns autores podem também modificar um
adjetivo ou ainda um outro advérbio, o mesmo acontecendo com o adjunto adverbial.

Ex:

a) Ela chegou cedo.


b) Ela chegou bem cedo.
c) Ela é muito feliz.

Nota: É impossível o adjunto adverbial modificar nome substantivo. Isto é privativo de


adjunto ou complemento nominal.

Ex: A ida a São Paulo aborreceu-o.

O adjunto adverbial indica sempre uma circunstância (tempo, modo, lugar,


causa, oposição etc).

Adjunto adverbial Oracional – Os adjuntos adverbiais podem vir representados


por uma oração, formando as chamadas orações subordinadas adverbiais.
Eu não fiz boa prova, porque não estudei.

Ex: A chuva começou, quando sai de casa.

Classificação do Adjunto Adverbial.

O adjunto adverbial é classificado de acordo com a circunstância que expressa,


que pode ser:

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Ex:
 De afirmação: Certamente ela contará a verdade.

 De Assunto: Conversavam sobre português.

 De Causa: A menina estava morrendo de frio.

 De Companhia: Ela saiu com o professor.

 De concessão: Acredito nele apesar das acusações.

 De conformidade: Conforme o provérbio, chegará uma frente fria.

 De dúvida: Talvez Maria venha jantar.

 De exclusão: Os atletas correram para o mar, exceto teu irmão.

 De fim: Ela vive para a família.

 De instrumento: Feriu-se com o martelo.

 De intensidade: Ficaram tão felizes!

 De lugar: Paulo vive em Madri.

 De matéria: Tenho um vaso de cristal.

 De meio: O melhor é irmos de avião.

 De modo: Ela fala devagar.

 Negação: Não conheço Minas Gerais.

 Oposição: Lute contra o mal.

 De origem: Meu tio veio de família rica.

 Preço: A caneta custou cinco reais.

 De tempo: Eles estudam à tarde.

Observação - com freqüência encontramos mais de um adjunto adverbial na mesma


oração:

 O professor sempre chega cedo.

 Provavelmente as crianças não ficarão aqui.

 Complemento verbal

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Os complementos do verbo são dois:
Objeto direto e objeto indireto.

Ex:

 Objeto direto - pede verbo transitivo direto.


 Objeto indireto - pede verbo transitivo indireto.

OBJETO DIRETO = É o complemento de verbo transitivo direto e um dos


complementos do verbo transitivo direto e indireto; Normalmente está ligado ao verbo
sem preposição.

Ex: Ele quer uma xícara de chá.


Querer = Verbo Transitivo direto.

Entreguei o presente a João.


Entregar = Verbo Transitivo direto e indireto.

O objeto direto pode ser:

a) Pleonástico, cognato ou preposicionado.

Por motivos puramente estilísticos, como, por exemplo, para chamar a atenção
sobre o próprio objeto direto, pode esse termo aparecer repetido na oração.
Não é exigência verbal, é apenas uma forma enfática que pode ser retirada da
oração sem qualquer ônus para o entendimento.
A esse pleonasmo é dado o nome de Objeto direto pleonástico, justamente por
ser a repetição do objeto direto normal.
Nesse caso, uma das formas é sempre um pronome átono.

Ex:

 Estas belas flores, comprei-as ontem.


 Os livros, leio-os saboreando como fruta madura.

OBJETO DIRETO COGNATO (ou INTERNO)

Pode o verbo intransitivo ser usado intransitivamente (sempre intransitivo direto


jamais indireto). A mudança de predicação só é possível se usarmos como objeto direto
um complemento representado por substantivo do mesmo radical do verbo (termo
cognato) ou substantivo que pertença ao mesmo grupo de idéias do verbo e é comum
que tal complemento venha acompanhado de expressão qualificadora.

Ex:

 E rir meu riso e derramar meu pranto."


 As crianças dormiam um sono tranqüilo.

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

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Não é raro encontrar o objeto direto precedido de preposição. Nesses casos, a
preposição não é exigência do verbo, mas necessidade estrutural do próprio termo
núcleo do objeto direto.

Há casos em que o emprego do objeto direto preposicionado é facultativo e


outros em que é obrigatório.

Casos em que é facultativo:

a) com pronomes de tratamento:


Ex: Estimo a Vossa Senhoria.

b) quando o objeto direto precede o verbo:


Ex: Aos meninos não convidou.

c) quando o objeto direto é nome próprio de pessoa:


Ex: Censuraram a Paulo.

d) quando o objeto direto é composto, sendo o primeiro núcleo um pronome átono:


Ex: Respeita-me e a meus amigos.

e) quando há idéia de comparação:


Ex: Olhou-te como a um inimigo.

f) quando há idéia de partitivo:


Ex: Beba do leite.

g) quando se quer enfatizar o objeto direto:


Ex: Ele sacou da arma.

h) com pronomes indefinidos:


Ex: Elogiamos a todos.

i) com o pronome QUEM se ele não possuir antecedente:


Ex: Quem encontraremos na festa?

j) com numerais:
Ex: Sempre trataste aos dois com o mesmo carinho.

Casos em que é obrigatório:

a) com o nome Deus:


Ex: Louvamos a Deus.

b) quando houver ambigüidade de sentido:


Ex: "A mãe ao próprio filho não conheça." (Camões)

c) quando os pronomes pessoais mim, ti, si, nós, vós, ele(s), ela(s) exercem função de
objeto direto:
Ex: Ele chamou a ti.

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OBJETO INDIRETO - é o complemento de verbo transitivo indireto ou um dos


complementos do verbo transitivo direto e indireto; representa o ser ou coisa a que se
destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo a ação se realiza.
Quando não representado por pronome átono, virá obrigatoriamente regido de
preposição exigida pelo verbo.

Ex:

 Confie neles.
 Entregue este bilhete a Maria.

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

Por uma questão de estilo ou quando se quiser realçar o objeto indireto,


costuma-se repetir esse termo.
Nesse caso, uma das formas é necessariamente um pronome pessoal átono. Ao
termo que repete o objeto indireto dá-se o nome de objeto indireto pleonástico.

Ex:

 A ele, dei-lhe todo o meu amor.


 Ofereci-lhes, -a José e João-, nossa ajuda.

d) Termos acessórios

 Vocativo

É o termo através do qual chamamos ou pomos em evidência o ser que nos


dirigimos.
O Vocativo representa o ser a quem exortamos, suplicamos ou ordenamos
alguma coisa. Vem sempre virgulado, admitindo sempre a interjeição.

 Senhor, tende piedade de nós.


 Amo-te muito, Mamãe!
 As alegrias duram pouco, meu bom irmão.
 Deus, ó Deus, onde estás que não responde?

 Aposto

É o termo de valor substantivo que esclarece, explica, identifica, resume etc um


outro termo de valor substantivo, que é o seu fundamental. O aposto só existe em
função de um outro substantivo ou palavra de valor substantivo.

Podendo ser então:

Explicativo: Aquele é João, meu amigo.

Especificativo ou apelativo: A cidade de Niterói é agradável.

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Enumerativo: Ele coleciona muitas coisas: discos, quadros e livros.

Resumitivo: Os papéis, as frutas, as fotos, as flores, tudo estava sobre a mesa da sala.

Recapitulativo: Comprei um anel e uma pulseira: duas jóias caras.

Distributivo: Eram dois bons alunos, um em Português e outro em matemática.

Aposto de uma oração inteira

Há um tipo de aposto, representado por um pronome de valor substantivo o que


corresponde aos substantivos fato ou coisas que serve de aposto a toda uma oração.
Vem sempre precedido de vírgula.
Ex:

 Todos resolveram silenciar O que me contrariou.


O = fato

 Passeamos muito, O que nos deixou exaustos.


O = coisa

Aposto oracional.

O aposto pode vir representado por uma oração que serve para esclarecer um
substantivo contido na oração anterior, constituindo a chamada oração subordinativa
substantiva apositiva.

Ex:
Peço-te um favor: que me deixes em paz.

Para não esquecer!

 Trata-se de uma oração quando há presença de uma forma verbal.


 A oração nem sempre tem sentido completo, portanto nem toda oração é uma frase.
 A frase nem sempre apresenta uma forma verbal, portanto nem toda frase é uma
oração.
 O período (simples ou composto) tem sempre sentido completo, portanto todo
período é uma frase.

Período composto por coordenação

As orações que compõem o período são independentes; sintaticamente, nenhuma


depende ou faz parte da outra. As orações são coordenadas entre si:

Os animais estão de quarentena / e devem ser expostos para visitação pública


nos próximos 15 dias.

Orações coordenadas - dividem-se em:

1. Assindéticas - as que não estão ligadas por conjunção:

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Ex: O professor falava, os alunos ouviam.

2. Sindéticas - as que são introduzidas por conjunções coordenativas;


Podem ser:

a. Aditivas - apresentam soma de idéias:


Ex: Ele canta e dança.

b. Adversativas - apresentam oposição de idéias:


Ex: Pedro está feliz, mas não tem nenhum motivo especial.

c. Alternativas - apresentam alternância ou exclusão de idéias:


Ex: Ele estuda ou ele trabalha?

d. Conclusivas - apresentam conclusão de um raciocínio:


Ex: Ele é bondoso, logo todos o estimam.

e. Explicativas - apresentam justificativa à idéia anterior:


Ex: Ele vencerá na vida, pois é um vencedor.

Período composto por subordinação


As orações que compõem o período não apresentam o mesmo nível hierárquico.
Há pelo menos uma oração principal e uma que depende sintaticamente dessa
principal:
O meu filho não lhe disse / que temos um visitante?

Oração subordinada – divide-se em:

1. Principais - as que guardam o sentido principal do período:


Ex: Maria não disse se viria hoje.

2. Subordinadas - As que representam termos da principal; podem ser:

SUBSTANTIVAS - são as que têm valor de substantivo (são introduzidas por


conjunções subordinativas integrantes);
Classificam-se conforme a função que exercem:

a. subjetiva - exerce a função de sujeito:


Ex: Parece que ele saiu.

b. predicativa - exerce a função de predicativo:


Ex: O melhor seria que ele estudasse.

c. objetiva direta - exerce a função de objeto direto:


Ex: Desejo que sejas feliz.

d. objetiva indireta - exerce a função de objeto indireto:


Ex: Insisto em que digam a verdade.

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e. completiva nominal - exerce a função de complemento nominal:
Ex: Ele tem certeza de que o amamos.

f. apositiva - exerce a função de aposto:


Ex: Peço-lhe um favor: que não nos abandone.

ADJETIVAS – são as orações que têm valor de adjetivo e exercem a função de adjunto
adnominal (são introduzidas por pronomes relativos); podem ser de dois tipos. Os dois
vêm introduzidos por pronome relativo.

a. Adjetiva restritiva - particulariza o seu antecedente que aparece contido na oração


principal.

Ex: O filme a que vimos é bom.

b. Adjetiva explicativa - serve para generalizar alguma coisa sobre o seu antecedente
contido na or. Principal.

Ex: D. Pedro II, que foi Imperador do Brasil, morreu na França.

ADVERBIAIS - são as que têm valor de advérbio e exercem a função de adjunto


adverbial (são introduzidas por conjunções subordinativas adverbiais); podem ser:

a. causal - indica causa:


Ex: Eles não foram ao clube porque estavam cansados.

b. comparativa - indica comparação:


Ex: Ele é tão inteligente quanto vocês são.

c. concessiva - indica concessão:


Ex: Trabalhamos até tarde, embora fosse feriado.

d. condicional - indica condição:


Ex: Se ele pudesse, compraria este carro.

e. conformativa - indica conformidade ou modo:


Ex: José nos ajudou, conforme prometera.

f. consecutiva - indica conseqüência:


Ex: Ele é tão generoso que nos comove.

g. final - indica finalidade:


Ex: Não fizemos barulho, a fim de não acordá-los.

h. proporcional - indica proporção:


Ex: À proporção que anoitecia, o frio aumentava.

i. temporal - indica tempo:


Ex: Falarei com você quando voltar.

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REDUZIDAS- são as orações dependentes que não se iniciam por pronome relativo
nem por conjunção subordinativa, e que tem o verbo numa das formas nominais – o
infinitivo, o gerúndio, ou o particípio.

Ex.: Chegando o inverno, as cigarras batem a porta da formiga. (Oração subordinada


adverbial temporal reduzida de gerúndio)

DICAS para análise sintática

Para se fazer uma boa análise sintática é importante seguir a seguinte seqüência:
Mas antes se lembre:

Não fique namorando a frase, pois ela não vai lhe dizer nada.

Não tente descobrir; Quem descobre é inventor e cientista.

Por isso, você deve ANALISAR.

Desta forma, não nos importa a coerência da frase e sim a CLASSE GRAMATICAL.
(Coerência da Frase só serve na INTERPRETAÇÃO DE TEXTO).

SEQÜÊNCIA PARA ANÁLISE SINTÁTICA

1º Procurar o VERBO.

2º Caso tenha mais de um VERBO.

3º Procurar a CONJUNÇÃO (conjunção separa ORAÇÕES).

4º Separar as orações na conjunção.

5º Verificar o tipo de oração: COORDENADA ou SUBORDINADA.


Obs: - um verbo = PERIODO SIMPLES – ORAÇÃO ABSOLUTA.
- dois ou mais verbos = PERÍDO COMPOSTO.

6º VERIFICAR A CLASSE GRAMATICAL DAS PALAVRAS

7º Procurar o SUJEITO – Pergunta QUEM ao verbo.

8º verificar se é ADJUNTO ADNOMINAL ou COMPLEMENTO NOMINAL

9º Verificar quem COMBINA COM QUEM.

10º Procurar o OBJETO DIRETO – Pergunta O QUE ao verbo.

11º Procurar o OBJETO INDIRETO – Pergunta A QUE; A QUEM, DE QUE ou DE


QUEM ao verbo.

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TIPO DE COMBINAÇÃO

Adjetivo Substantivo
= ADJETIVO combina com SUBSTANTIVO.

Advérbio Verbo
= ADVÉRBIO combina com o VERBO.

Advérbio Adjetivo
= ADVÉRBIO combina, também, com o ADJETIVO.

Advérbio Advérbio
= ADVÉRBIO combina, também, com ADJETIVO.

Artigo Substantivo
= ARTIGO combina com o SUBSTANTIVO.

Numeral Substantivo
= NUMERAL combina com SUBSTANTIVO

SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO

- Um Verbo = uma oração


- Dois Verbos = duas orações
- Dez Verbos = dez orações

Obs: Cada oração será formada por um verbo.

- Uma oração = um período


- Duas orações = dois períodos
- Dez orações = dez períodos

Obs: Cada Período será formado por uma oração.

O período pode ser:


Simples - o que só possui uma oração, sendo esta chamada de absoluta.
Ex.:
 Sentíamos o perfume das flores.

Composto - o que possui mais de uma oração:


Ex:
 Alguns cantavam e outros dançavam.
 Quando ela chegou, não nos disse se tivera êxito.

O período pode ser composto:

É o período com mais de uma oração. Dividem-se em coordenadas e


subordinadas.

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a) por coordenação - quando as orações são independentes:

Ex:
 O diretor chegou, deu algumas ordens, saiu em seguida.
 Choveu, porém continua quente.

b) por subordinação - quando as orações estão subordinadas a uma principal:

Ex:
 Chame aquele menino que está brincando.
 Não sabemos se ele virá.

EXERCÍCIO – Período x Orações

Quantos períodos e orações existem nas frases abaixo:


a) "É desnecessário lembrar a existência de milhares de sindicatos nos diferentes setores
e a existência de um sem número de Federações."

b) Por mais vezes que se procure se não visto, nunca será olhado.

c) "Caso as empresas reduzissem suas margens de lucro, esse seria um processo sem
grandes repercussões nos preços das mercadorias."

d) A grande beleza do mundo, mesmo quando adormecida, representa um bem para a


humanidade.

e) "A falta de representatividade e de legitimidade das diretorias foram o resultado


concreto desse novo sistema de organização sindical."

f) Trocam-se muitas felicidades por muito amor.

g) "Começando por uma maior organização e disposição para a luta no final dos anos
70, o movimento sindical avançou, nos anos 80, na sua organização."

h) "A experiência japonesa demonstrou que os trabalhadores hoje já se comprometeram


com a idéia de cooperação com as empresas.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO


As orações que compõem o período são independentes; sintaticamente, nenhuma
depende ou faz parte da outra. As orações são coordenadas entre si:

Os animais estão de quarentena / e devem ser expostos para visitação pública


nos próximos 15 dias.

Orações coordenadas - dividem-se em:

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 Assindéticas - as que não estão ligadas por conjunção:


Ex: O professor falava, os alunos ouviam.

 Sindéticas - as que são introduzidas por conjunções coordenativas;

Podem ser:

 Aditivas - apresentam soma de idéias:


Ex: Ele canta e dança.

 Adversativas - apresentam oposição de idéias:


Ex: Pedro está feliz, mas não tem nenhum motivo especial.

 Alternativas - apresentam alternância ou exclusão de idéias:


Ex: Ele estuda ou ele trabalha?

 Conclusivas - apresentam conclusão de um raciocínio:


Ex: Ele é bondoso, logo todos o estimam.

 Explicativas - apresentam justificativa à idéia anterior:


Ex: Ele vencerá na vida, pois é um vencedor.
EXERCICIOS – Orações Coordenadas

1) Ele não só conhecia a cidade, mas também os melhores pontos turísticos.

2) Não só estudava como também ensinava.

3) Telefonou e comunicou sua decisão ao chefe.

4) A população fez várias passeatas, mas não conseguiu bons resultados.

5) Viajou para Londres, contudo não esquecia Recife.

6) O problema era facilmente resolvido, entretanto poucos conseguiram resolvê-lo.

7) Ora estudava matemática, ora estudava português.

8) Procure chegar cedo ou não conseguirá a vaga.

9) Recife está intransitável, pois é repleta de buracos em suas ruas.

10) Não vou sair à noite, porque vou fazer uma prova importante amanhã.

11) Conseguimos bater a meta, portanto podemos comemorar o nosso sucesso.

12) Acreditamos na igualdade entre os povos; por isso devemos lutar por uma
distribuição de renda melhor.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

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As orações que compõem o período não apresentam o mesmo nível hierárquico.


Há pelo menos uma oração principal e uma que depende sintaticamente dessa
principal:
O meu filho não lhe disse / que temos um visitante?

Oração subordinada – divide-se em:

1. Principais - as que guardam o sentido principal do período:


Ex: Maria não disse se viria hoje.

2. Subordinadas - As que representam termos da principal; podem ser:

SUBSTANTIVAS - são as que têm valor de substantivo (são introduzidas por


conjunções subordinativas integrantes);
Classificam-se conforme a função que exercem:

 Subjetiva - exerce a função de sujeito:


Ex: parece que ele saiu.

 Predicativa - exerce a função de predicativo:


Ex: o melhor seria que ele estudasse.

 Objetiva direta - exerce a função de objeto direto:


Ex: desejo que sejas feliz.

 Objetiva indireta - exerce a função de objeto indireto:


Ex: insisto em que digam a verdade.

 Completiva nominal - exerce a função de complemento nominal:


Ex: ele tem certeza de que o amamos.

 Apositiva - exerce a função de aposto:


Ex: peço-lhe um favor: que não nos abandone.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

ADJETIVAS – são as orações que têm valor de adjetivo e exercem a função de adjunto
adnominal (são introduzidas por pronomes relativos); podem ser de dois tipos. Os dois
vêm introduzidos por pronome relativo.

 Adjetiva restritiva - particulariza o seu antecedente que aparece contido na oração


principal.

Ex: O filme a que vimos é bom.

 Adjetiva explicativa - serve para generalizar alguma coisa sobre o seu antecedente
contido na or. Principal.

Ex: D. Pedro II, que foi Imperador do Brasil, morreu na França.

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ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL


ADVERBIAIS - são as que têm valor de advérbio e exercem a função de
adjunto adverbial (são introduzidas por conjunções subordinativas adverbiais); podem
ser:

 Causal - indica causa:


 Ex: eles não foram ao clube porque estavam cansados.

 Comparativa - indica comparação:


 Ex: ele é tão inteligente quanto vocês são.

 Concessiva - indica concessão:


 Ex: trabalhamos até tarde, embora fosse feriado.

 Condicional - indica condição:


 Ex: se ele pudesse, compraria este carro.

 Conformativa - indica conformidade ou modo:


 Ex: josé nos ajudou, conforme prometera.

 Consecutiva - indica conseqüência:


 Ex: ele é tão generoso que nos comove.

 Final - indica finalidade:


 Ex: não fizemos barulho, a fim de não acordá-los.

 Proporcional - indica proporção:


 Ex: à proporção que anoitecia, o frio aumentava.

 Temporal - indica tempo:


 Ex: falarei com você quando voltar.

EXERCÍCIO – Período e Orações

REVISÃO
1. Classifique os períodos

a) Ontem acordei muito cedo.

b) Maria me disse que fez um ótimo trabalho.

c) “Dizem que os astros se amaram e não puderam se casar.”

d) Naquela manhã, eu cheguei ao colégio.

e) Seria Interessante que resolvêssemos o problema.

2. Classifique as orações adjetivas

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a) Este é o livro em que estudo.

b) À vida, que é breve, deve ser bem aproveitada.

c) Tudo o que cai na rede é peixe.

d) O mar, que continua inexplorado, possui uma reserva alimentar inesgotável.

e) Não vieram as pessoas das quais lhe falei.

3. Classifique as orações subordinadas substantivas:

a) É indispensável que haja uma hipótese de barriguinha.

b) Desconheço se ele chegou cedo.

c) Tenho certeza de que estamos alcançando uma situação mais atentadora.

d) Nossa constatação é que vida e morte são duas faces de uma mesma realidade.

e) Aspiramos a que a situação nacional melhore.

4. Classifique as orações adverbiais que seguem:

a) Já que está chovendo, vamos dormir.

b) Essa mulher fala como papagaio.

c) Direi toda a verdade, nem que me prendam.

d) Direi toda a verdade, desde que me paguem.

e) Segundo me informaram, acabou a inflação.

5. Classifique as orações reduzidas:

a) Ele saiu andando devagar.

b) Esforça-te por seres o primeiro.

c) Senti Maria surgir de pouco a pouco.

d) Vede Jesus a ensinar exemplo de vida!

e) Condenaram o homem, apesar de ele ser inocente.

6) PERÍODO MISTO

a) Quando acordei e abri os olhos, vi, que ela saíra.

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b) Se me vires agarrado com mulher feia, separa que é briga.

c) O ladrão que foi pego pela polícia, disse ao delegado que não era culpado.

d) O Parreira, que é teimoso, insiste em deixar no campo o Ronaldo, quando tem o


Robinho no banco.

e) Todos passarão no vestibular, mesmo que estudem pouco, basta que se preparem
bem.

ASSUNTO 10 - SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

a) Homônimos: palavras de forma igual, mas sentido diferente.


- homônimos homógrafos: escrita igual, mas pronúncia diferente.

Ex.: pêlo / pélo, olho (substantivo) / olho (verbo).


- homônimos homófonos: palavras de som igual, mas escrita diferente.

Ex.: sela / cela, cassar / caçar, seção / sessão / cessão.

- homônimos Perfeitos: escrita e som iguais.


Ex.: planta (vegetal) / planta (projeto), manga (fruta) / manga (parte da blusa).

b) Parônimos: palavras com uma certa semelhança gráfica e fonológica.

Ex.: inflação / infração; tráfego / tráfico, pleito / preito.

c) Sinônimos: palavras de mesmo sentido.


Ex.: negro — preto, alto — elevado, alegre — contente.

Obs.: É claro que não existem sinônimos perfeitos porque realmente nenhuma palavra
substitui outra completamente. Ex.: Não se diz RAÇA PRETA, e sim RAÇA NEGRA;
quanto à estatura, não fica bem dizer se JOSÉ É ELEVADO em sim JOSÉ É ALTO.

d) Antônimos: palavras de sentido oposto.

Ex.: negro / branco, alto / baixo, obeso / magro.


Obs.: Ser diferente não quer dizer antônimo. Tem que ser o contrário.

Ex.: GORDO não é antônimo de BAIXO.

e) Cognatos: são palavras da mesma família, ou seja, têm o mesmo radical, numa
mesma área de significação.

Ex.: alto (altura, altitude, altivo, altar, alçar, realçar etc.)


pedra (pedrada, pedreiro, pedregulho, petrificar, petróleo, pétreo etc.)

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Obs.: PEDIR/ PEDESTRE, embora tenham as mesmas letras no radical (PED), não
são cognatos porque o significado do radical é diferente em ambos: PEDIR = solicitar;
PEDESTRE = andarilho a pé.

f) Campo semântico: reúne palavras que se ligam pelo sentido, têm algo em comum,
embora não sejam sinônimas nem cognatas.

Lista dos principais homônimos e parônimos

1.
ACENDER = atear fogo.
ASCENDER = subir, elevar-se.
Ex.:
Ele acendeu a fogueira.
Ela ascendeu ao posto principal.

2.
A FIM DE = intenção, finalidade, objetivo.
AFIM = parecido, semelhante, que tem afinidade.
Ex:
Eles estudam a fim de conseguir progresso
Psicologia e Filosofia são matérias afins.

3.
APRESSAR = acelerar, ir rápido.
APREÇAR = ver o preço, verificar o valor.
Ex.:
Ela apressou os passos, com medo do ladrão.
Irei à loja apreçar umas mercadorias.

4.
ARREAR = pôr arreios no animal.
ARRIAR = abaixar, colocar no chão.
Ex.:
A amazona vai arrear seu cavalo à tarde.
O feirante arriou a mercadoria no chão.

5.
CAÇAR = perseguir ou abater animais.
CASSAR = anular, tornar sem efeito.
Ex.:
Ele caçava veados na África.
O patrão cassou os direitos de dois funcionários.

6.
CENSO = recenseamento, levantamento numérico, pesquisa.
SENSO = sentido, juízo.
Ex.:
O último censo estimou a população brasileira em 146 milhões.
O bom senso devo deve prevalecer sempre na vida.

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7.
CERRAR = fechar.
SERRAR = cortar com serrote
Ex.:
Ele cerrou os olhos para sempre.
O marceneiro serrou a madeira para fazer a mesa.

8.
CONCERTO = apresentação musical.
CONSERTO = reparo, retifica.
Ex.:
Assistimos ontem a um ótimo Concerto.
O conserto do sapato não ficou bom.

9.
CORADOURO = lugar onde as lavadeiras com as roupas. (o sufixo DOURO indica
lugar)
CORADOR = que dá cor a algo.
Ex.:
As roupas ficaram muito tempo no coradouro
Aquele produto é um eficiente corador de roupas.

10.
CORO = refere-se a coral, conjunto de cantores.
COURO = pele.
Ex.:
O coro da igreja é bem afinado.
O couro de certos animais é usado para fazer casacos.

11.
DEFERIR = atender, despachar.
DIFERIR = distinguir, diferenciar
Ex.:
O diretor do colégio não quis deferir o requerimento.
Devemos sempre diferir o bem do mal.

12.
DESCRIÇÃO = ato de descrever, enumerar detalhes.
DISCRICÃO = reserva, cautela, o que é discreto.
Ex.:
A descrição da cena foi minuciosa.
Aja com discrição se não quiser chamar a atenção.

13.
DESCRIMINAR = absolver, tirar a culpa.
DISCRIMINAR = segregar, tratar diferentemente, separar.
Ex.:
O julgamento descriminou os acusados.
Não devemos discriminar as pessoas pela cor da pele ou raça.

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14.
DESPENSA = lugar onde se guardam alimentos, provisões.
DISPENSA = ato de dispensar, demitir, desobrigar.
Ex.:
A despensa da casa estava bem provida.
Ele teve dispensa do trabalho em que estava há anos.

15.
DESTRATAR = ofender, insultar.
DISTRATAR = desfazer um trato, um acordo.
Ex.:
O senhorio destratou os moradores de sua casa.
Precisamos distratar o que combinamos ontem.

16.
DEVAGAR = modo ou maneira lenta.
DIVAGAR = pensar sem objetividade, sonhar.
Ex.:
Lembra quando você me namorava, e a gente passeava devagar?
Quando a gente namorava, Zê, você me fazia divagar.

17.
EMERGIR = sair, aparecer, aflorar, vir à tona.
IMERGIR = afundar, submergir.
Ex.:
O submarino emergiu, e todos viram sua bandeira.
O submarino disparou o torpedo e fez o navio imergir.

18.
EMIGRAR = sair de um país de origem.
IMIGRAR = entrar como estrangeiro em um país.
Ex.:
Os japoneses emigram para os Estados Unidos.
Os japoneses foram os imigrantes que fizeram a lavoura paulista progredir, movida pelo
braço do brasileiro

Obs.: Sair de uma região para outra sem sair do país não é emigrar nem imigrar, é
apenas MIGRAR.
Ex.. As aves de arribação migram anualmente.

19.
EMINENTE = ilustre, elevado.
IMINENTE = preste a acontecer.
Ex.:
Ele é um eminente representante de nossa classe.
As nuvens negras ameaçam o céu, a chuva era iminente.

Obs.: O sentido é o mesmo das copgnatas: eminência / iminência.

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20.
ESTÁTICO = parado, estacionado.
EXTÁTICO = maravilhoso, extasiado, admirado
Ex:
Não fiquem aí estáticos, andem, movam-se!
Fiquei extático diante de sua beleza.

21.
ESTRATO = camada, nuvem.
EXTRATO = resumo, sumo (que se extrai).
Ex:
Os estratos sociais não são estanques.
Uso extrato de tomate enlatado.

22.
INDEFESO = sem defesa, vulnerável.
INDEFESSO = incansável, Infatigável.
Ex.
O lobo ameaçava o cordeiro indefeso
Por ser trabalhador indefesso, recebia elogios.

23. INFLAÇÃO = aumento do custo de vida, perda do valor aquisitivo do dinheiro.


INFRAÇÃO = transgressão, desrespeito à lei.
Ex.:
A inflação mensal brasileira já foi maior do que a anual dos Estados Unidos.
Constitui infração grave ultrapassar sinal fechado em contramão.

24.
INFLIGIR = aplicar.
INFRINGIR = transgredir, desrespeitar a lei.
Ex.:
O pai infligiu uma surra no filho porque havia infringido uma norma: tirou notas baixas.

25.
INTEMERATO = puro, ingênuo, integro.
INTIMORATO = sem temor, corajoso.
Ex.:
Por ser intemerato, não compreendeu a maldade da pergunta.
O guerreiro intimorato enfrentou o combate.

26. MAL

a) doença, moléstia, desgraça. Como substantivo, deverá vir precedido do artigo ou


palavra que dê idéia de que está substantivado.
Ex.: Câncer é um mal incurável. O mal de todo esperto é crer que todos são bobos.

b) advérbio, significando pouco, como advérbio de intensidade, ou irregularmente,


como advérbio de modo.
Ex.: O moribundo mal ouvia as palavras. Não me entenda mal.

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c) conjunção, significando quando, assim que.
Ex.: Mal puxei a arma, ele amedrontou-se.

MAU = ruim - funciona como adjetivo.


Ex.: Ele é um mau aluno. O mau tempo foi a causa do acidente.

Nota: MAU é o contrário de BOM; MAL se opõe a BEM.


Ex.: Não há mal (bem) que sempre dure. Ele está de mau (bom) humor.

Obs.: malmequer, maldade, maltrapilho, malvado, mal-estar.

27.
MALGRADO = apesar de.
MAU-GRADO = de má vontade.
Ex.:
Fazia o trabalho de mau-grado, malgrado fosse bem pago.

28.
MANDADO = ordem, imposição judicial.
MANDATO = procuração, autorização.
Ex.:
O juiz expediu um mandado de prisão. / Ele foi eleito para um mandato de quatro anos:’

Obs.: Mandato político é o que o povo dá aos políticos uma procuração, que é o voto,
para que eles administrem, de forma honesta e dedicada, o dinheiro e o governo.

29.
PROSCREVER = proibir, banir.
PRESCREVER = recomendar, receitar, passar do prazo.
Ex.:
 O médico proscreveu açúcar ao diabético.
 Aquele homem foi proscrito de sua terra e morreu no exílio.
 O médico prescreveu uma receita e uma dieta ao doente.
 A pena do condenado já prescreveu e, por isso, ele deve ser solto.

30.
REBOLICO = redondo, vem de REBOLAR.
REBULICO = ato de mexer, é derivada de BULIR.
Ex.:
O objeto possuía formas reboliças.
Houve muito rebuliço em casa, na sua ausência.
31.
RUÇO = cinzento, grisalho, enevoado.
RUSSO = habitante, natural da Rússia.
Ex.:
Após anos de uso, a capa estava ruça.
Morreram mais de vinte milhões de russos na Segunda Guerra Mundial.

32.

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SENÃO = tem diversas acepções: imperfeito, com defeito; caso contrário; a não ser;
mas sim; aliás.
SE NÃO = valor condicional: caso, desde que, uma vez que.
Ex.:
 Existe apenas um senão no seu discurso. (uma falha)
 Trabalhe, senão vai passar fome. (do contrário)
 Não faz outra coisa senão exigir aumento de salário. (a não ser)
 Não fiz aquilo por mal, senão com a intenção de ajudar. (mas sim)
 Se não estudar, vai ser reprovado. (Caso não estude)

33.
SOB = debaixo de, com a proteção de.
SOBRE = em cima, além de.
Ex.:
 A colher estava sob a mesa.
 Os órfãos ficavam sob a proteção das madres.
 Coloquem os pratos sobre a mesa.
 A moça, sobre ser bonita, era muito inteligente.

34.
TACHA = grande tacho ou pequeno prego.
TAXA = imposto.
Ex.:
Ele colocou o papel na parede com tachas.
A taxa de lixo é ilegal.

35.
TRÁFEGO = trânsito.
TRÁFICO = comércio.
Ex.:
É proibida a velocidade de 50 km em tráfego de área urbana.
O tráfico de drogas tem sido combatido pela Policia Federal.

Obs.: Hora, quilômetro, centímetro, quilograma etc. são abreviados sem plural: 12 h, 20
cm, 30 kg.

36.
VULTOSO = de vulto, volumoso.
VULTUOSO = atacado de vultuosidade (inchação das faces).
Ex.: Ele perdeu vultosa quantia. A doença deixou-lhe o rosto vultuoso.

37.
SORTIR = abastecer.
SURTIR produzir efeito, resultado.
Ex.:
A despensa estava sortida de mantimentos.
O ardil não surtiu o efeito desejado.

ASSUNTO 11 - ORTOGRAFIA

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Regra geral: escreve-se com “s” derivados de palavras em “s”, e com “z” de “z”

S
Adjetivos pátrios (exs: francês, inglês)
Verbos em “isar”, cujo radical termine em “s” (exs: analisar, alisar) *Exceção:
catequese - catequizar, batismo – batizar, síntese – sintetizar, hipnose – hipnotizar
Macete: bacashi!
Derivados de pôr, querer e usar (pusesse, quiser, usou)
Adjetivos em “oso” (exs: prazeroso, gostoso)
Derivados de verbos em “erter” (exs: reverter = reversão, converter = conversão)

ÊS
Adjetivos, derivados de substantivos (ex: cortês, derivado de “corte”)

ESA
Substantivos derivados de verbos em “ender” (exs: defesa, despesa)
Substantivos nobiliárquicos (exs: baronesa, duquesa, princesa)
Adjetivos femininos de “ês” (exs: burquesa, frequesa)

EZA
Abstratos (exs: avareza, leveza)
Quando a base é adjetivo, denotando qualidade física (ex: belo = beleza)

SS
Derivados de verbos em “tir” (ex: discutir = discussão, repercutir = repercussão)

SC
Palavras latinas (ex.: nascimento)

Ç
Palavras árabes, indígenas ou africanas (exs: miçanga, paçoca, açaí, jaçanã)

ÇÃO
Substantivos derivados de verbo (ex: intuir = intuição)

G
Substantivos em “agem”, “igem” e “ugem” (exs: libertinagem, vertigem)
Palavras terminadas em “gio” (exs: pedágio, litígio, refúgio)

Z
Derivados em “zal”, “zinho” e “zito” (exs: irmãozinho, cafezal, cafezinho)
Derivados de palavras com “z” (exs: cruzeiro, enraizar)
Verbos em “izar” (exs: fertilizar, civilizar)
Palavras em “triz” (ex: bissetriz)

EZ
Substantivos abstratos femininos, derivados de adjetivos (exs: aridez, acidez, estupidez)

J
Derivados de “ja” (ex: laranja = laranjada)

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Verbos em “jar” (exs: viajar, arranjar)
Palavras indígenas, africanas ou populares (exs: jequitibá, pajé)
Palavras terminadas em “aje” (exs: viaje, traje)

X
Após ditongo (exs: caixa, ameixa, frouxo)
“Geralmente”, após “en” (enxame, enxada)
Palavras indígenas, africanas ou traduzidas do inglês (exs: abacaxi, xavante, caxanbú,
xampu)
Após “me” (exs: mexer, mexerica) *Exceção: mecha.

Obs:
charco = encharcar
rabo = rabicho
cochilo = cochilar
pechincha = pechinchar
cochicho = cochichar
fuxico = fuxicar
sucesso / suceder = sucessão
faisão
tigela, gengiva, ojeriza, gorjeta, berinjela
empecilho, privilégio, incipiente, disenteria, crânio, periquito, requisito, digladiar
discrição (discreto)
iminente (prestes a acontecer) / eminente (célebre)
discente (alunos) / docente (professores)
ele possui, ele distribui, ele conclui, ele constitui
flecha / encher / mexer
talvez / através
xingar
agito = agitar
batismo = batizar, deslize = deslizar
ressuscitar, pêssego, carrossel
pus, muçulmano
trás = traseiro
obséquio, irrequieto
brasa, balsa
esplêndido, espontâneo, misto, escasso, displicência, obceno, maciço, sumiço
erva, úmido, ágil
bueiro, bujão, curinga, cutia
viaje (verbo) / viagem (substantivo)
seção (departamento) / sessão (da assembléia) / cessão (doação)
cassada (“licença”)
censo (Ibge) / senso (consciência)
afim (relacionado) / a fim (em iminência de)
(importante)
infrigir (deserespeitar) / infligir (impor)
cela (prisão) / sela (de cavalo)
flagrante (no flagra)

ASSUNTO 12 - ACENTUAÇÃO

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a) SÍLABA TÕNICA: é a sílaba produzida com mais intensidade que as outras, ou seja,
é a sílaba mais forte.
dei
Exemplo: Ca ra

b) POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA

- palavras oxítonas: quando a última sílaba da palavra é tônica.


Exemplo: I – TA – RA –RÉ.

- palavras paroxítonas: quando a penúltima sílaba é tônica.


ti
Exemplo: an go

- palavras proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é tônica.

c) ACENTOS

1) Acento agudo (´): colocado sobre as letras a, e, i, o, u.


Exemplo: Amapá, médico, saída, herói, fúnebre.

2) Acento circunflexo (^): colocado sobre as letras a, e, o


Exemplo: Câmara, pêssego, compôs.

3) Acento grave (`):


4) Til (~)

Quanto à acentuação

1) MONOSSÍLABOS

- Átonos: nunca são acentuadas

Ex:
 de (preposição)
 mas (conjunção)
 os (artigo)
 Tônicos: são acentuadas as que terminam em:

A – E – O, seguidas ou não de S
Ex: pá – pás; pé – pés; pó – pós

2) OXÍTONAS: acentuam-se as terminadas em:

- A – E – O- EM, seguidas ou não de S

Ex: Amapá, atrás, Guaporé, português, jacaré, Moçoró, após, compôs, refém, parabéns,
reféns.

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3) PAROXÍTONAS: acentuam-se as terminadas em:

- R – I – N – L – U – X – UM - Ã - ÃO (o I e o U podem ser seguidos de S);

- Em ditongos.

Exemplos: cadáver, júri, lápis, hífen, fácil, álbum, tórax, história, vitória, órfão, órgão.
Obs: não se acentuam as paroxítonas terminadas em ens: itens, nuvens.

PROPARAXÍTONAS: todas são acentuadas


Exceção: habitat, alibi, deficit

HIATOS: acentuam-se os tônicos em i(s) e u(s) se forem a segunda vogal do hiato e


formarem sílabas sozinhos ou seguidos de s. Caso estejam seguidos de outra letra, não
receberão acento.
Ex.: baú, miúdo, saúde, juiz

Exceção: Não serão acentuados os hiatos seguidos de nh. Ex.: rainha, bainha.

Obs.: não levarão acento as palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato
com a vogal anterior quando esta faz parte de um ditongo. Ex.: baiuca.

VERBOS: Quando a 3ª pessoa do singular termina em em, a 3ª pessoa do plural termina


em êm.
ele tem – eles têm/ ele vem – eles vêm

ASSUNTO 13. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação podem ser classificados em dois grupos: de pausa ou de


melodia ou entonação.

1. Sinais de pausa:
. ponto
, vírgula
; ponto-e-vírgula

2. Sinais de melodia ou entonação:


: dois-pontos
? ponto de interrogação
! ponto de exclamação
... reticências
“ ” aspas
( ) parênteses
[ ] colchetes
– travessão

Se os sinais de pontuação são usados para marcar as pausas ou a entonação da fala,


pode-se dizer, então, que eles só devem ser colocados entre os termos que não guardam,

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entre si, relação sintática estreita ou íntima. Observe, no exemplo, um emprego que
NÃO se faz dos sinais de pontuação:

O sol, secou as plantas.

Nesse exemplo, a vírgula está separando dois termos que têm relação íntima entre si:
o sujeito – o sol – e o predicado – secou as plantas. Assim, NÃO SE USA A PAUSA:

a) entre sujeito e predicado;


b) entre verbo e complemento verbal;
c) entre nome e complemento nominal;
d) entre nome e adjunto adnominal.

EMPREGO DA VÍRGULA

01. Para separar os termos da mesma função, assindéticos:


"Vim, vi, venci."

02. Para isolar o vocativo:


João, onde está o feijão?
E agora, José?

03. Para isolar o aposto explicativo:


FHC, ex-presidente, manteve o hábito de viajar muito.

04. Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais:


Por impulso instantâneo, toda a equipe comemorou.
Diante de todos os convidados, o casal disse sim.

Obs.:
* As adjuntos adverbiais que vêm após os verbos e seus complementos apresentam
vírgula facultativa:

Encontrei alguns amigos, ontem, na praça. ou


Encontrei alguns amigos ontem na praça.

* Mas, quando os adjuntos adverbiais aparecem no início ou no meio de orações, isto é,


intercalados, devem ser obrigatoriamente separados por vírgulas:

Encontrei, ontem, na praça, alguns amigos.


Ontem, na praça, encontrei alguns amigos.

* Entretanto, nos textos de autores contemporâneos, nem sempre essa norma é seguida.
É comum encontrarmos exemplos de adjunto adverbial deslocado sem vírgula:

Nas folhas do ingazeiro reluzem lambaris prateados. (Dalton Trevisan)

* Sendo o adjunto adverbial expresso por apenas um simples advérbio, pode-se


dispensar a vírgula, ainda que venha deslocado:
"Hoje, completamos mais um ano de vida".

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"Hoje completamos mais um ano de vida".

05. Para marcar zeugma:


"João e Maria comeram feijão, arroz, farinha e beberam suco, refrigerante, caldo de
feijão."

06. Para separar nomes de lugar nas datas e nso endereços:


"Recife, 23 de novembro de 2000."

07. Nas construções onde o complemento verbal, por vir anteposto, é repetido por um
pronome enfático (objeto direto / indireto =>pleonástico):
A mim, ninguém me engana.
Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.

08. Para isolar certas palavras ou expressões explicativas, corretivas, continuativas,


conclusivas, tais como “por exemplo, além disso, isto é, aliás, então, etc”.
O diretor titubeou, isto é, não concordou de pronto com a decisão.

09. Para isolar os elementos repetidos:


Não, não diga tolices!

10. Para separar orações coordenadas sindéticas, exceto quando iniciadas pela
conjunção aditiva E:
Canta, que a cavalgada leva seu destino. (Cecília Meireles)

Obs.:

* Usa-se a vírgula quando a conjunção E aparece repetida várias vezes (polissíndeto):

E suspira, e geme, e sua. (Olavo Bilac)

* Também deve ser usada a vírgula quando as orações coordenadas sindéticas iniciadas
pela conjunção E possuírem sujeitos diferentes
Veio a noite da feijoada, e João não havia se preparado.

11. Para separar as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão, nem, que,
pois, porque, ou pelas alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc.
O adolescente é muito rico, mas não vive feliz.
Ou o conhece, ou não.

12. Para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, contudo, no entanto; e as


conjunções conclusivas logo, pois, portanto.
Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.

13. Para separar as orações adverbiais (iniciadas pelas conjunções subordinativas-não


integrantes), principalmente quando antepostas à principal:
Como estudou direito para o vestibular, passou para o curso de Direito.
Quando você vier, eu sairei de casa.

14. Para separar os adjetivos e as orações adjetivas de sentido explicativo:

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O jardim, que está florido, será protegido durante a chuva.
As mulheres, loucas, procuraram a maquiagem.

EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA

O ponto-e-vírgula é um sinal gráfico intermediário entre o ponto e a vírgula. O seu


emprego é bastante subjetivo, variando muito de autor para autor. Entretanto, algumas
normas podem ser estabelecidas.
Emprega-se, geralmente, o ponto-e-vírgula para:
01. Para separar orações independentes que têm certa extensão, sobretudo se tais
orações possuem partes já divididas por vírgula:
"Uns trabalhavam, esforçavam-se, exauriam-se; outros folgavam, descuidavam-se, não
pensavam no futuro."

02. Para separar as partes principais de uma frase cujas partes subalternas têm de ser
separadas por vírgulas:
Recife e Olinda são cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do
Rio de Janeiro.

03. Para separar os diversos itens de enunciados enumerativos (em leis, decretos,
regulamentos, etc.):
Art.12. Os cargos públicos são providos por:
I - Nomeação;
II - Reversão;

EMPREGO DO PONTO

01. No período simples:


A família representa tudo na vida de uma pessoa.

02. No período composto :


João comeu feijão, e Maria bebeu suco.

03. Nas abreviaturas:


d.C - depois de Cristo

EMPREGO DOS DOIS-PONTOS

01. Para anunciar a fala do personagem:


O militar ordenou:
- Todos para a flexão!

02. Para anunciar uma enumeração explicativa:


Alguns homens preferem as seguintes opções de vida: lazer, dinheiro, uma boa
mulher, futebol, feijão e muita saúde para viver intensamente.

03. Para anunciar uma citação:


Aristóteles dizia a seus discípulos: “Meus amigos, não há amigos"

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04. Para introduzir um esclarecimento, uma síntese ou uma conseqüência do que foi dito
anteriormente:
Metade dos acidentes com morte se deve à grande “assassina” das estradas
brasileiras: a ultrapassagem.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

É o sinal que se coloca no fim de uma oração para indicar uma pergunta direta:
Quem quer feijão?

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

Emprega-se depois das interjeições ou depois de orações que designam espanto,


admiração:
Quantos gols! Esse time é muito bom!

RETICÊNCIAS

Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou, ainda, hesitação ou falta de


necessidade de exprimi-lo:
Quem conta um conto...
Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os homens menos satisfeitos..."

PARÊNTESES

Servem para intercalar termos, palavras ou expressões em um éríodo. Usam-se os


parênteses para:

01. Substituir a vírgula ou o travessão quando se intercala, num texto, qualquer


indicação acessória:
Dizem (não se confirma) que quase todos os dias morre operário em acidente.

02. Introduzir indicações bibliográficas:


“Matamos o tempo; o tempo nos enterra.” (ASSIS, Machado de. Memórias
Póstumas de Brás Cubas. Vol. I, Rio de Janeiro, 1962, p. 615)

03. Fazer indicações cênicas de textos teatrais:


1ª JOVEM – Como te chamas?
PASTORINHO: (Sorridente) Prometeu.

04. Introduzir o advérbio latino sic, indicativo, em transcrições, de que há erro no texto
original do autor:
Amanhã haverão (sic) duas corridas de cavalos. (J. A. S. Araújo)

TRAVESSÃO
É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que:

01. Indica a mudança de interlocutor:


- Quem é?
- Sou eu.

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- Eu quem?
02. Dá mais relevo a certas palavras, expressões ou frases, chamando a atenção do
leitor:
Era vermelho, de malha, botões dourados – a última moda.

ASPAS

Usam-se as aspas:

01. No princípio e no fim das citações, para distingui-las da parte restante do discurso:
Um sábio disse:
"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."

02. Para distinguir palavras e expressões não características da linguagem de quem


escreve (estrangeirismos, arcaísmos, gírias, neologismos, expressões populares, etc.):
João vive num verdadeiro "trash".
Aquela “muié” é muito feia!

03. Para dar ênfase a palavras ou expressões:


A palavra "sexo" está presente 24h na mente masculina.

04. Isolar idéias, pensamentos ou falas de personagens do restante do texto:


Estela sorriu, um sorriso que queria dizer: “Bem sei que sou demais”. A língua,
porém, não proferiu uma palavra única. (Machado de Assis)

05. Realçar, ironicamente, uma palavra ou expressão:


Ele sempre foi um “engraçadinho”.

COLCHETES

São sinais gráficos que têm, basicamente, a mesma finalidade dos parênteses. O seu
uso, no entanto, restringe-se quase exclusivamente aos textos de cunho científico,
filosófico ou didático.
Assim, usa-se os colchetes para:

01. Fazer rigorosas transcrições fonéticas:


acidez [ê] s. F. Azedume; azedia.

02. Intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao etxto:


Ótima [era] a dona Inácia. (M. Lobato)

03. Introduzir indicações de cunho editorial (título de obra, nome de autor, nome de
editor, local de edição, data de publicação) quando estas são apenas presumíveis:
A Francisco Ramos Paz [RJ, 16 out. 1883]

04. Indicar omissões de partes não relevantes para a transcrição de um texto:


É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho.
(M. De Assis)

EXERCÍCIOS GERAIS

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01-
Recife...
Rua da União ...
A casa do meu avô ...
Nunca pensei que acabasse !
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife ...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom. Recife brasileiro como a casa de meu avô. (Manuel
Bandeira)
No TEXTO acima, pode-se observar que a pontuação é usada de forma original,
cabendo ao leitor a tarefa delicada de interpretar a intenção do autor. Tendo isto em
mente, julgue as alternativas abaixo:

1) O excesso de reticências proporciona uma compreensão objetiva, exata e precisa dos


fatos.
2) As reticências indicam supressão de pensamentos provocada pela imprecisão das
lembranças.
3) O ponto de exclamação traduz a emotividade do autor diante da beleza das
lembranças.
4) O ponto final marca a conclusão do pensamento em uma frase nominal.
5) As vírgulas separam termos que exercem a mesma função sintática em uma
enumeração.

02. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, analise os pares de enunciados abaixo.
Julgue a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros sinais,
o sentido se mantém.

1. Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo poder
público, continuam buscando a paz.
Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo
poder público continuam buscando a paz.

2. O Diretor informou que, com o resultado do último concurso, a contratação de novos


funcionários definirá a realização de um outro programa.
O Diretor informou que - com o resultado do último concurso - a contratação de
novos funcionários definirá a realização de um outro programa.

3. Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos


direitos, que lhes são básicos.
Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento
aos direitos que lhes são básicos.

4. Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas, espera-se a


máxima participação.
Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas espera-se,
a máxima participação.

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5. Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de
atendimento aos direitos básicos é prioritária.
Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de
atendimento aos direitos básicos, é prioritária.

03. Quanto ao uso dos sinais de pontuação, julgue os itens abaixo:

1) Entre 1987 e 1997, a despesa da União com servidores ativos, cresceu 10%. Mas,
por causa da explosão do número de inativos, alimentada pelo privilégio das
aposentadorias precoces, seus gastos totais com pessoal, aumentaram 45%.

2) Com o direito a aposentadoria com salário integral e beneficiado por generosos


critérios para a contagem de tempo de serviço, os 925 mil servidores federais, gerou em
1999, uma receita previdenciária de apenas R$ 2,6 bilhões, o que equivale a menos de
14% do total gasto pela União com o pagamento de seus aposentados.

3) A diferença entre as contribuições e as aposentadorias pagas pela União e pelos


estados e municípios deverá ficar em R$ 42 bilhões. A multidão de miseráveis do Brasil
será chamada a pagar essa conta.

4) Ela equivale a perto de 5%do PIB. Levando-se em conta que o déficit global
do setor público é de 7% do PIB, isso mostra que o governo já fez quase tudo o que
podia em matéria de corte de gastos em saúde, educação e segurança - suas funções
sociais básicas.

5) Portanto, se o Poder Legislativo e o Poder Judiciário mais uma vez conseguirem


impedir a cobrança da contribuição dos inativos, estarão consolidando um regime de
privilégios que não só impede o crescimento da economia, mas também obriga a
maioria pobre da sociedade a pagar pelo bem-estar dos marajás do setor público.

ASSUNTO 14 - COMPREENSÃO TEXTUAL

OS DEZ MANDAMENTOS PARA ANÁLISE DE TEXTOS:

1. Ler o texto duas vezes. A primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para
observar como o texto está articulado, desenvolvido.

2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou


uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.

3. Sublinhar, em cada parágrafo, a idéia mais importante, ou seja, o tópico frasal.

4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção
do que foi pedido.

5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para não se confundir no
momento de responder a questão.

6. Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a idéia mais importante


contida neles.

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7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse,
escreveu.

8. Se o enunciado mencionar tema ou idéia principal, deve-se examinar com atenção a


introdução e/ou a conclusão.

9. Se o enunciado mencionar argumentação , deve preocupar-se com o


desenvolvimento.

10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do
texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.)

ERROS COMUNS EM ANÁLISE DE TEXTOS

EXTRAPOLAÇÃO - é o fato de se fugir do texto, ou melhor, “escorregar na


maionese”. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. Muitas vezes são fatos
reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se dar importância somente ao que
está relatado.

REDUÇÃO - é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua


totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte
dele.

CONTRADIÇÃO - é o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito.


É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, o
verbo “ser”, principalmente.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.

Compreendemos um texto quando o analisamos por inteiro - o que realmente


está escrito - coletando dados do texto. Interpretamos um texto quando damos a ele um
valor pessoal.
Mas é válido ressaltar que mesmo diante de nossa interpretação pessoal do
texto, deve-se observar a existência de uma idéia básica defendida pelo autor. E é essa a
idéia que precisamos encontrar ao ler o texto, a fim de respondermos questões de
interpretação textual.
O primeiro passo para se interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual
a tipologia textual, ou seja, o tipo de texto que lemos. Há três tipos:

TEXTO DESCRITIVO: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa,


um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos. E para isso, impõe-se o uso
de palavras específicas, exatas, que estão intimamente ligadas às sensações (sentidos
físicos: olfato, paladar, visão, audição; sentidos psíquicos ou de sensibilidade interna:
fadiga, tristeza, alegria, estresse, etc.) de cada indivíduo.

"O feijão estava tão gostoso, mas tão gostoso que eu comi só uma bacia."

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"A cidade de Recife é linda, com locais fantásticos, que demonstram a beleza do povo,
o cheiro gostoso do ambiente e o cuidado que Deus teve para criá-la. "

TEXTO NARRATIVO: é o relato de um fato, de um acontecimento, em que atuam


personagens. Os acontecimentos são narrados por um narrador, que pode assumir duas
atitudes distintas: colocar-se fora ou dentro da história.
Situando-se fora, restringe seu conhecimento e informação ao que lhe permite
sua limitada visão (narrador-observador), ou assume, em última instância, a onisciência
(narrador onisciente).

Narrador onisciente - sabe tudo a respeito das personagens, seus pensamentos,


sentimentos, etc.

"José Ribamar é, no colégio, o menino que usa dentes de fora, monstruoso e


intempestivo, assassino frio de gatos, canários e sabiás, matador de gambás, preás e
outros bichos que só de ver, brrr! Nos dão calafrios. A própria imagem do terror: ele tira
partido de sua própria aparência má, mostrando ainda pior. Faz com que a própria mãe
espere sôfrega, a hora de abrir o colégio e a professora, ainda mais sôfrega, a hora de
fechá-lo."
(José Ribamar Rainho - O Monstro - Millor Fernades)

B) situando-se dentro, aumenta o conhecimento e a informação e pode adotar o ponto de


vista de uma ou mais personagens (narrador-personagem).

" A nave movia-se lentamente em direção ao destino, abrindo caminho, levada, pelo
emaranhado de moléculas de gás tão unidas que o próprio hidrogênio era reduzido à
densidade de um líquido. Vapor amoníaco, emanando dos vastíssimos oceanos daquele
líquido, saturava a horrível atmosfera... Júpiter não era um mundo agradável."
(Os novos robôs - Isaac Asimov)

Disso decorre que toda produção do discurso depende da cosmovisão (visão de


mundo) do narrador e o ponto de vista ou foco narrativo é um critério para sistematizar
a narração, revelando todos os valores do mundo enfocado. O foco narrativo pode ser
em:

(a) 3ª pessoa: o narrador pode ou não fazer parte da narração. Ele narra os fatos na
forma de um observador ou fazendo parte das personagens.

(b) 1ª pessoa: o narrador faz parte da história, pois ele sempre vai falar em seu nome e a
partir do seu ponto de vista.
O texto narrativo possui uma estrutura básica composta de enredo (o desenrolar dos
acontecimentos), espaço físico (o lugar onde ocorre a ação, a história) e tempo (o
momento em que os fatos ocorrem).

TEXTO DISSERTATIVO: o texto dissertativo não nos conta uma história, não nos
descreve um lugar; ele nos apresenta uma idéia a ser defendida com argumentos, através
de exemplos, estatísticas, etc. É formado de três partes: introdução, desenvolvimento e
conclusão.

INTRODUÇÃO Qual é o fato?

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Exemplos Estatísticas
DESENVOLVIME Fatos concretos
NTO Aspectos positivo e
negativo
Argumentação
Comparações Pessoas
envolvidas na mesma
idéia
CONCLUSÃO Há solução? Qual a
solução?

PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO

PARÁFRASE: é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida


de um texto.

O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a paráfrase.

"Um gosto que hoje se alcança,


Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo
Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?
Fraqueza da humana sorte,
Que, quanto na vida passa,
Está receitando a morte."
(Camões)

"Luís Vaz de Camões, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos
bens, que hoje alcançamos e amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos são
frágeis e a própria vida se esvai rapidamente, caminhando para a morte. Tinha o poeta
muita razão, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem como um
sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem
constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a
realizar seus sonhos, estes não perduram..."

Podemos continuar indefinidamente dando voltas ao redor do texto, sem penetrar


em seu interior, sem saber o que é que realmente existe nele. Ou então, tendo em mente
a forma em que o poema é construído, poderíamos acrescentar umas observações
vulgares, como:

"...estes versos são muito bonitos; soam muito bem e elevam o espírito. Constituem uma
décima."

"Percebe-se que o autor, ilustríssimo e renomado autor de tão nobre época, consegue,
através do uso correto e bem adequado, transparecer a real intenção de mostrar como a
vida é realmente, através um palavras que ultrapassam a inimaginável condição de ser,

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num mundo onde a vida temporal não é uma referência, mas sim um motivo, uma força
para se bem viver, já que ela é breve."

Estes versos são de Luís Vaz de Camões. Este poeta nasceu em Lisboa, em
1524. Supõe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criações poéticas.
Escreveu poesias líricas, peças de teatro e "Os Lusíadas", o imortal poema épico da raça
lusitana..."

Resumindo:
Para comentar ou explicar um texto não devemos nos deter em dados acidentais,
perdendo de vista o que é mais importante.
Explicar um texto não consiste em uma paráfrase do conteúdo, ou em elogios
banais de estrutura.
Não consiste, também, num alarde de conhecimentos a propósito de uma
passagem literária.

PERÍFRASE: é o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum próprio. Na


perífrase, sempre se destaca algum atributo do ser.
Visitei a Cidade Maravilhosa. (=Rio de Janeiro)
Como é linda a Veneza Brasileira. (=Recife)

PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA

Para não se sentir enganado pela articulação do texto, o aluno deve estar atento à
coesão textual.

COESÃO TEXTUAL - é o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto.


Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo referencial.
a) Coesão referencial - é a que se refere a outro(s) elemento (s) do mundo textual.

Exemplo 1:

“Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades.
Ainda sobre a inocência? Ainda, sim. À inocência basta uma falta para perder; da
modéstia só culpas graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um caso
pode destruir aquela, a esta só uma ação própria, determinada e voluntária.” (Almeida
Garret)

Exemplo 2:

Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de
profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos
dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos. (Clarice
Lispector)

Exemplo 3:
“André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este
não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.”

Exemplo 4:

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O presidente George W. Bush ficou indignado com o atentado no World Trade


Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados.
(retomada de uma palavra → referente “Ele” = ”Presidente George W. Bush”)
De você só quero isto: a sua amizade.
(antecipação de uma palavra → “isto” = “a sua amizade”)
O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na
loteria.
(retomada por palavra lexical → “o felizardo” = “o homem”)

EXERCÍCIOS

1. Observe o texto abaixo para responder as questões abaixo:

(...) a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.
Ninguém na rua... E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a
interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na
mão.(...) O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a
com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Com relação ao texto acima, procure responder os tópicos seguintes:

A) De quem era a casa? Que palavra no texto assegura essa certeza?


___________________________________

B) Qual a referência da palavra “ninguém”? Essa referência é feita de modo vago,


impreciso ou de modo preciso, determinado?
____________________________________

C) De quem era o olhar submisso?


____________________________________

D) Quem era interrompido pelo soluço? Qual a palavra que indica essa referência?
____________________________________

E) Que referência as palavras “que” e “se” retomam?


_____________________________________

F) quanto aos pronomes em negrito “a salvava”, “segurava-a”, apertando-a” , a que eles


se referem no texto?
_____________________________________

2. Observe agora o texto abaixo:

Ed Mota lembra um político em campanha. Em todos os lugares, todo mundo


olha para ele e se sente à vontade para chegar e conversar. E ele corresponde com um
tremendo bom humor. Em poucas horas, conversou com estudiosos e com pessoas
simples sem distinção.
Existem dois Ed Motas. E eu não me refiro ao tamanho do rapaz. Nem ao Ed
Mota cantor ou ao Ed Mota gourmet. Há um lado juvenil, daquele garotão que se sente
bem informado entre discos e livros na sua casa, o cara que é uma verdadeira

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enciclopédia de Jazz e Soul, mas ainda vibra com Led Zeppelin. E existe o lado
dedicado do artista que controla totalmente sua carreira.
Entre o Ed eterno adolescente e o Ed virtuoso, o melhor é ficar com os dois. O cara é
tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia. Não dá para não gostar de
um ser que vive como quer 24 horas por dia. Sem dúvida, uma história de sucesso.
(O Dia/Caderno C 06/10/01, Rio de Janeiro)

Julgue os itens abaixo:

1. O pronome pessoal do caso reto de 3ª pessoa, presente no 2º e 3º períodos, refere-se


a Ed Mota.

2. O primeiro período do texto detém a idéia principal de todo o primeiro parágrafo.

3. “E ele corresponde com um tremendo bom humor.” - Há uma associação de idéias


entre a atitude de um político em campanha e a de Ed Mota.

4. “E eu não me refiro ao tamanho do rapaz’ - o termo “rapaz” retoma Ed Mota para


informar que ele é jovem.

5. No segundo parágrafo, o sujeito dos verbos referir, vibrar e controlar é o mesmo, ou


seja, Ed Mota.

6. “daquele garotão que se sente bem informado entre discos e livros na sua casa” - a
expressão “daquele garotão” denota uma certa proximidade entre o autor do texto e o
cantor.

7. “O cara é tão na dele, tão boa-praça que sua arrogância soa simpatia.” - nesta
passagem, o pronome possessivo “sua” refere-se a “boa-praça”.

8. “ Sem dúvida, uma história de sucesso.” - a expressão em negrito resume


todas as informações apresentadas no corpo do texto.

---------------------- TEXTO 1 -------------------


Um levantamento do Serviço à Mulher Marginalizada aponta que existem 7
milhões de mulheres se prostituindo no país. Elas têm de 9 a 65 anos. Estimativas
indicam que uma parte significativa (500mil) é composta por meninas com menos de 18
anos de idade. O Brasil detém um recorde lamentável: é o país da América Latina com
maior número de prostitutas infantis.
O racismo, que muitas vezes barra o acesso ao mercado de trabalho, é também
responsável por conduzir as mulheres à prostituição. Cerca de 70% das prostitutas são
negras ou mulatas.
A violência doméstica contra mulheres e crianças é outro fator determinante
para o aumento da prostituição. “A maioria entra nessa vida porque sofreu violência em
casa”, afirma Monique Laroche, coordenadora do serviço e responsável pela Casa de
Convivência da Luz.

QUESTÃO 1:

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O texto aponta as seguintes causas para o aumento da prostituição feminina no
Brasil:

A) a violência enfrentada nas ruas e o preconceito racial.

B) O preconceito racial existente no país e a violência sofrida pelas mulheres dentro de


suas casas.

C) A falta de emprego para as mulheres com menos de 18 anos e o racismo.

D) A violência dos pais, o racismo e a injustiça social do Brasil.

E) A falta de acesso ao mercado de trabalho e a violência dos pais e irmãos.

QUESTÃO 2:

Podemos afirmar que o texto tem, como função primordial:

A) sensibilizar o leitor, despertando-lhe a emoção.

B) narrar, pormenorizadamente, casos verídicos do cotidiano das grandes cidades.

C) informar os leitores sobre dados da realidade vivenciada por algumas mulheres.

D) descrever, claramente, o universo feminino.

E) argumentar contra a injustiça social cometida contra as mulheres negras e mulatas.

------------------- TEXTO 2 -------------------

“Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas em planos de estabilização é o


conflito entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, outras fictícias, estes conflitos
geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, podem pressionar os formuladores
da política de estabilização a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o sucesso
das estratégias anti-inflacionárias.”

Questão: julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do trecho


destacado acima:

1. Os formuladores da política de estabilização podem tomar decisões erradas se os


conflitos, gerados por confrontos e polêmicas, os pressionarem; o sucesso das
estratégias anti-inflacionárias fica, com isto, comprometido.

2. Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos e polêmicas que, freqüentemente,


podem pressionar os formuladores da política de estabilização a tomar decisões erradas
e, com isso, comprometer o sucesso das estratégias anti-inflacionárias.

3. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se,


pressionados por conflitos, reais ou fictícios, os formuladores da política de
estabilização gerarem confrontos e polêmicas ao tomarem as decisões erradas.

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4. Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que podem pressionar os formuladores da


política de estabilização a confrontos e polêmicas, comprometem o sucesso das
estratégias anti-inflacionárias, se as decisões tomadas forem erradas.

5. O sucesso das estratégias anti-inflacionárias pode ficar comprometido se os


formuladores da política de estabilização, pressionados por confrontos e polêmicas
decorrentes de conflitos, tomarem decisões erradas.

------------------------ TEXTO 3 -------------------

“Dizem-me que mais da metade da humanidade se dedica à prática dessa arte; mas eu
discordo dessa afirmativa, visto que não existe tal quantidade de gente inativa. O que
acontece é estar essa gente interessada em atividades impessoais com repercussões
imediatas para o mundo.”

QUESTÃO:

Analise e julgue as opções abaixo quanto a manutenção do mesmo sentido do


trecho destacado acima::

1. mas eu discordo dessa afirmativa, uma vez que existe muita inativa. O fato é que essa
gente demonstra interesse por atividades impessoais com repercussões imediatas para o
mundo.

2. mas eu duvido desta afirmativa, já que não existe tanta gente laboriosa. O fato é que
essa gente decide desenvolver atividades imparciais sem conseqüências vantajosas para
o mundo.

3. mas eu interrogo esta afirmação, posto que existe muita gente sem fazer nada. O que
acontece é que essa gente está interessada em atividades bilaterais sem conseqüências
vãs para o mundo.

4. mas eu discordo desta afirmativa, porque existe muita gente inativa. O que acontece é
que essa gente fica desinteressada em atividades exclusivas com repercussões positivas
para o mundo.

5. mas eu não concordo com esta afirmação, porque não existe tanta gente sem fazer
nada. O fato é que essa gente prefere desenvolver atividades impessoais com
repercussões imediatistas para o mundo.
-------------------- TEXTO 4 -------------------

Elas podem ser maioria, mas enfrentam preconceito


Existem vários mitos a respeito da diferença de tratamento que homens e
mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem que mulheres custam mais
caro à empresa.; outros, que não existe discriminação salarial entre sexos. A revista
Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso sobre rendimentos
femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de discursos simplistas de
grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na firma”, a publicação traz uma
reportagem bastante positiva sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho, na

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qual garante: “Quando ocupam a mesma função e têm o mesmo currículo e experiência,
as mulheres recebem o mesmo que os homens”. Ou seja, com oportunidades iguais, não
há diferença.(...)
A tese da Veja contraria a posição não só de feministas, mas de diversos
pesquisadores que estudam o problema a fundo, sem pressa, tanto brasileiros como
internacionais. A própria matéria apresenta dados de uma recente pesquisa da
organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial entre
sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32% para 22%.
No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou como “teto de
vidro” - uma faixa invisível que impede mulheres de ascender profissionalmente dentro
de uma empresa.(...) ZAVALA, R. Texto da Internet.Adaptado

QUESTÃO 1:

Das alternativas abaixo, a única que corresponde a uma idéia presente no texto
é:

a) É um equívoco afirmar que as mulheres sofrem discriminação salarial.


b) A revista Veja defende que as mulheres são discriminadas no ambiente de trabalho.
c) Feministas e pesquisadores defendem que a discriminação feminina é um dado real.
d) A desproporção salarial entre os sexos é um mito.
e) Pesquisas da OIT apontam para a intensificação das diferenças salariais entre os
sexos.

QUESTÃO 2:

No texto, observe que alguns substantivos aparecem uma primeira vez e, depois,
ao longo do texto, são substituídos por palavras equivalentes ou são simplesmente
inferidos pelo contexto. Sobre esses mecanismos textuais, analise as seguintes
afirmativas:

I. Há elipse do substantivo “mitos” em: “Existem vários mitos a respeito da diferença


de tratamento que homens e mulheres recebem no ambiente de trabalho. Alguns dizem
que mulheres custam mais caro à empresa; outros, que não existe discriminação
salarial entre sexos”.

II. Em “A revista Veja, por exemplo, está entre estes últimos. Acredita que o discurso
sobre rendimentos femininos inferiores é um erro de pesquisas apressadas e de
discursos simplistas de grupos feministas. Com o título de “Elas já são maioria na
firma”, a publicação traz uma reportagem bastante positiva sobre a inserção das
mulheres no mercado de trabalho, o termo destacado corresponde a uma retomada de
“A revista Veja”.

III. No segmento “A própria matéria apresenta dados de uma pesquisa da


Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra a desproporção salarial
entre sexos. Sem dúvida um dado positivo: em dez anos a diferença caiu de 32%
para22%. No entanto, a pesquisa não deixa de mencionar o que a entidade intitulou
como “teto de vidro...”, o termo sublinhado retoma a “Organização Internacional do
Trabalho”.
Está (ão) correta (s):

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a) 1, apenas. d) 2, apenas.
b) 3, apenas. e) 2 e 3.
c) 1, 2 e 3.

------------------ TEXTO 5 -------------------

- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm duas existências
paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou
contemplam. Se puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos
em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, é como se eles não
existissem. Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as
urzes e plantas bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras
mais energéticas, não há espetáculo sem espectador. (...) (Machado de
Assis, O segredo do bonzo.)

QUESTÃO :

Nos segmentos do texto “o ouvem ou contemplam”, “se eles não existissem” e


“se ninguém os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, respectivamente, a:

a) espírito, outros homens, frutos de uma laranjeira.


b) sujeito, profundos conhecimentos, outros homens.
c) saber, frutos de uma laranjeira, virtudes e conhecimentos.
d) sujeito, virtudes e conhecimentos, frutos de uma laranjeiras.
e) espírito, virtudes e conhecimentos, outros homens.

----------------- TEXTO 6 -------------------

O que incomoda a população (...) é o piolho da cabeça, que se hospeda


geralmente em crianças em idade pré-escolar. Não se sabe ao certo o porquê da maior
incidência em crianças, mas se acredita que seja provavelmente pelo contato mais
íntimo entre elas. Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com
outra, desmitificando assim que o piolho voa ou que o uso em comum de pentes e
escovas pode ser tranqüilo.
Outro mito (...) é a transmissão do piolho animal para o ser humano. “Isto não existe
porque cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não seja a
sua, morre.”

QUESTÃO :

Diante da interpretação do texto acima, julgue as alternativas abaixo:

1. O texto aborda um dos problemas que atinge a população brasileira, principalmente


quando na idade pré-escolar.
2. “Afinal, só pode ocorrer infestação se a criança entrar em contato com outra” - há a
elipse do substantivo criança logo após a palavra outra.
3. A expressão “outro mito” (2º parágrafo) retoma coesivamente a expressão anterior “
(...) piolho voa”.

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4. No período “cada espécie tem seu piolho e se o parasita picar outra espécie que não
seja a sua, morre”, o pronome “sua” se refere claramente ao piolho animal.
5. “...Não se sabe ao certo o porquê da maior incidência em crianças, mas se acredita...”
- a conjunção insere uma idéia de explicação.

EXERCÍCIOS GERAIS
---------------------- TEXTO 1 -------------------

O homem
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços
neurastênicos do litoral.
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-
lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações
atléticas.
É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a
fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso,
aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente
abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente.
A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que
encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai
logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. (...) E se na marcha
estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar
ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o termo - de cócoras, atravessando largo
tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos
dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um
tempo ridícula e adorável.
É o homem permanentemente fatigado. (...) Idem, ibidem, p. 81.
UESTÃ
QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 1:

1. Apesar de ser forte e sociável, o sertanejo é um indivíduo muito desleixado, porque é


pobre e feio.

2. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida” (l.12), o pronome “o” refere-se a “O


andar” .

3. Em “Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que


lhe dá um caráter de humildade deprimente.”, o pronome sublinhado refere-se a
“sertanejo” .
4. Na passagem “A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente” (l.14-15) , o
sujeito está subentendido.

5. Nas linhas 21-22, a oração intercalada “cai é o termo”, que está entre travessões,
pode ser suprimida sem prejuízo para o sentido textual.

------------------- TEXTO 2 -------------------


Bilhete complicado
O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que
gostava de tudo certinho e no seu devido tempo. Namorava uma linda donzela, por
quem estava realmente apaixonado.

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3223-6860
Um dia, quando fazia uma viagem de negócios, Gumercindo entrou em uma loja
e comprou um presente para a namorada: finíssimo par de luvas de pelica. Só que na
hora do embrulho, a balconista se enganou e colocou na caixa uma calcinha de renda, e
o pacote foi despachado pelo correio com o seguinte bilhete:
"Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa. Sei que você não
usa, pois nunca vi usar. Pena não estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida com a
cor, no entanto a balconista experimentou na minha frente e me mostrou que esta era a
mais bonita. Achei meio larga na frente, mas ela me explicou que era para a mão entrar
mais fácil e os dedos se mexerem bem. Você não deve lavar em casa por recomendação
do fabricante. Depois de usar, passe talco e vire do avesso para não dar mau cheiro.
Espero que goste, pois este presente vai cobrir aquilo que vou lhe pedir muito em breve.
Receba um afetuoso abraço do seu Gumercindo."
(Marcos Viníciius Ribeiro, Humor na Mirabilândia - Paraguaçu, MG)

QUESTÃO: Julgue os itens seguintes de acordo com o texto 2:

1. Através do texto, percebe-se claramente que as conseqüências não serão agradáveis e


que certamente o relacionamento com a linda donzela chegará ao fim.

2. Mesmo diante do acontecimento inesperado, o personagem deixa claro que as suas


intenções são as mais apaixonadas possíveis e que, mesmo numa viagem de negócios,
lembrou a amada.

3. O Gumercindo, quando jovem, era daqueles cavalheiros à moda antiga, que gostava
de tudo certinho - o termo destacado está no grau diminutivo, logo apresenta idéia de
redução, diminuição.

4. Você não deve lavar em casa por recomendação do fabricante. Depois de usar, passe
talco e vire do avesso para não dar mau cheiro. - Diante da recomendação do rapaz,
compreende-se que os verbo "lavar", "usar" e "virar" possuem o mesmo complemento
verbal subentendido: calcinha de renda.

5. "Estou mandando este presente para fazer-lhe uma surpresa." - A expressão "este
presente" e o pronome oblíquo "lhe" retomam , no texto, respectivamente "luva de
pelica" e "namorada".

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