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Revista Semestral do Nu-Sol – Núcleo de Sociabilidade Libertária
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP
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Editoria
Nu-Sol – Núcleo de Sociabilidade Libertária.
Nu-Sol
Acácio A. Sebastião Jr., Ana Luiza C. Rocha, Andre R. Degenszajn, Beatriz
S. Carneiro, Edson Lopes Jr., Edson Passetti (coordenador), Francisco E. de
Freitas, Guilherme C. Corrêa, Heleusa F. Câmara, José Eduardo Azevedo,
Lúcia Soares da Silva, Martha C. Lossurdo, Natalia M. Montebello, Rogério
H. Z. Nascimento, Salete M. de Oliveira, Thiago M. S. Rodriques.
Conselho Editorial
Adelaide Gonçalves (UFCE), Christina Lopreato (UFU), Clovis N. Kassick
(UFSC), Guilherme C. Corrêa (UFSM), Margareth Rago (Unicamp), Rogério
H. Z. Nascimento (UFPB), Silvana Tótora (PUC-SP).
Conselho Consultivo
Alexandre Samis (Centro de Estudos Libertários Ideal Perez – CELIP/RJ),
Christian Ferrer (Universidade de Buenos Aires), Dorothea V. Passetti
(PUC-SP), Francisco Estigarribia de Freitas (UFSM), Heleusa F. Câmara
(UESB), José Carlos Morel (Centro de Cultura Social – CSS/SP), José Maria
Carvalho Ferreira (Universidade Técnica de Lisboa), Maria Lúcia Karam,
Paulo-Edgard de Almeida Resende (PUC-SP), Plínio A. Coelho (Instituto de
Cultura e Ação Libertária – ICAL/SP), Silvio Gallo (Unicamp, Unimep).
ISSN 1676-9090
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revista de atitudes. transita por limiares e
instantes arruinadores de hierarquias. nela,
não há dono, chefe, senhor, contador ou
programador. verve é parte de uma associação
livre formada por pessoas diferentes na
igualdade. amigos. vive por si, para uns.
instala-se numa universidade que alimenta o
fogo da liberdade. verve é uma labareda que
lambe corpos, gestos, movimentos e fluxos,
como ardentia. ela agita liberações. atiça-me!
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SU M Á R I O
A Arte da Amizade
Edson Passetti 22
Ocre
Salete Oliveira 61
Limiares
Thiago Rodrigues 65
Escola-Droga
Guilherme Corrêa 165
Antimilitarismo e Anarquismo
Jaime Cubero 183
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Mistério e Hierarquia
Christian Ferrer 226
RE S E N H A S
Visões do Estado
Andre Degenszajn 264
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M AX S TIRNER
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max stirner *
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Nota
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Valeria a pena fazê-lo porque é a forma mais acabada — e a última — do
Estado (Nota do autor).
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a arte da amizade
edson passetti *
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Professor no Departamento de Política, no Programa de Estudos Pós-
Graduados em Ciências Sociais e Coordenador do Nu-Sol.
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Únicos, Uns
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Notas
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Nicolau Maquiavel. Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. Brasília,
UNB, 1994, p. 97.
2
Idem, p. 25.
3
A fase mais fértil de Maquiavel como homem público é no governo Soredini.
Propõe e organiza o alistamento e treinamentos militares, inclusive em dias de
feriados, com o objetivo de formar milícias próprias e acabar com a necessidade
de se recorrer a exércitos de mercenários. O confronto com os espanhóis e o
fracasso desta milícia custa-lhe o cargo e o exílio. Apesar de Florença ser
considerada a mais republicana das repúblicas do norte da Itália, desde a
Constituição de 1293, transformando os privilégios dos nobres (exercício do
poder central e monopólio da cavalaria) para acomodar os interesses dos
comerciantes, ela nunca deixou de ser oligárquica.
4
Neste sentido é sempre bom lembrar do opúsculo de Plutarco, “Como discernir
o bajulador dos amigos”, tarefa árdua e incansável do governante.
5
A rebeldia de La Boétie atinge em cheio as formas de continuidade do soberano
na Terra. Porém, o autor se esquiva em ampliar sua demolição à religião, que
permanece intocável, uma forma moral irredutível, ainda que os governantes
venham a utilizá-la como escudo. Uma familiaridade a ser melhor traçada pode
ser localizada no transcendentalismo emersoniano de David Henry Thoureau,
no opúsculo conhecido por “A desobediência civil”.
6
“Nossa natureza é de tal modo justa que os deveres comuns da amizade levam
uma boa parte do curso de nossa vida; é razoável amar a virtude, estimar os
belos feitos, reconhecer o bem de onde o recebemos, e muitas vezes diminuir
nosso bem-estar para aumentar a honra e a vantagem daquele que se ama e que
o merece” (La Boétie, E. Discurso sobre a servidão voluntária, São Paulo, Brasiliense,
1982 p. 12).
7
Muito tempo depois, na passagem do XIX para o XX, o pensador anarquista
Piotr Kropotkin, partirá da noção de ajuda mútua para opor-se à construção da
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Ver a esse respeito as sugestivas reflexões de Salma Tannus Muchail “Sobre a
amizade - considerações casuais”, São Paulo, Margem nº 9, Faculdade de Ciências
Sociais PUC-SP/ EDUC/FAPESP, pp. 131-139 e de Jean Starobinski, Montaigne
em movimento, São Paulo, Companhia das Letras, 1992.
15
Michel de Montaigne. “Da educação das crianças” in Ensaios, vol. I, São
Paulo, Nova Cultural, Coleção Os pensadores, p. 76.
16
Ibidem, p. 78.
17
Segundo Montaigne, devem ser as seguintes as matérias para educar o corpo:
exercícios, jogos, corridas, lutas, música, dança, caça, equitação e esgrima. O
corpo deve estar habituado a todos os usos e costumes. Seguindo Cícero, afirma
que desejaria formar o jovem envergonhando-se de seus trapos e espantando-
se com a riqueza. Seus conhecimentos devem servir-lhe, não para mostrar o
que sabe mas para ordenar seus hábitos, se é capaz de se dominar e obedecer a
si próprio.
18
A inspiração para La Boétie escrever “A servidão voluntária”, de acordo com
Montaigne, que foi seu amigo intenso durante quatro anos, veio da constatação
que os habitantes da Ásia, acostumados a servir um único senhor, não
pronunciavam a palavra não.
19
Michel de Montaigne, op. cit., p. 81.
20
Ibidem, p 84.
21
Ibidem, p. 82.
22
Ibidem, p. 83.
23
Foi comum na educação anarquista que os jovens fossem estimulados a
conhecer o mundo como aspecto principal da sua formação.
24
Michel de Montaigne, op. cit., p. 89.
25
Sobre a influência de Stirner em Nietzsche, ver inventário em Passetti op.
cit., e em especial, Rüdiger Safranski, Nietzsche: biografia de uma tragédia, São
Paulo, Geração Editorial, 2001, pp. 97-119.
26
Segundo Bragança de Miranda na apresentação de Textos Dispersos (Lisboa,
Via Editora, 1979, pp. 26-27) de Stirner, “o Eu, o Único é uma dessas metáforas
brancas que não significam nada. Daí sua ambigüidade fundamental. Stirner
pretendeu cunhar uma palavra que cortasse com a abstração e o geral, que
conseguisse designar o indizível, o inexprimível, sem que este algo imediatamente
se evaporasse no nada; sem conteúdo, ela não remeteria para conceitos, nem
permitiria que se encetasse uma ‘nova série conceitual’, socavando,
simultaneamente, o terreno da metafísica onde medram os sistemas. (...) A
metáfora branca, sem significado, é uma metáfora produtiva de diferenciações,
oferece-se como passagem ao Tu que projetando-se nela a encheria de conteúdo.”
Stirner quer saber o que fizemos de nós e o que pretendemos saber como
vontade de pessoa livre. Como bem lembrou Jean Barrué, em “Da educação”
(in Stirner, Max O falso princípio de nossa educação, São Paulo, Imaginário, 2001),
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É importante salientar que Feyerabend não fecha com o anarquismo por
considerá-los, à maneira de Foucault, repleto de características que se encerram
num “tipo de seriedade e dedicação puritanas que eu detesto” (op. cit. p. 25).
Sua reflexão sobre o que chama anarquismo político está marcada pela sua
leitura de Bakunin; por uma certa displicência evitou constatar o pacifismo no
interior dos anarquismos do mesmo século, como em Godwin e Proudhon.
Recorreu então ao dadaísmo: “um dadaísta não feriria um inseto já para não
falar em um ser humano. Um dadaísta não se deixa absolutamente impressionar
por qualquer tarefa séria e percebe o instante em que pessoas se detêm a sorrir
e assumem aquela atitude e aquelas expressões faciais indicadoras de que algo
importante está para ser dito. Um dadaísta está convencido de que uma vida
mais digna só será possível quando começarmos a considerar as coisas com leveza
e quando afastarmos de nossa linguagem as expressões enraizadas, mas já
apodrecidas, que nela se acumularam ao longo dos séculos (‘busca da verdade’;
‘defesa da justiça’; ‘preocupação apaixonada’, etc.). Um dadaísta está preparado
para dar início a alegres experimentos até mesmo em situações onde o alterar e
o ensaiar parecem fora de questão (exemplo: as funções básicas da linguagem).
Espero que, tendo conhecido o panfleto, o leitor lembre-se de mim como um
dadaísta irreverente e não um anarquista sério” op. cit. pp. 25-26, grifos do
autor.
resumo abstract
O cristianismo e o Estado moderno The Christianity and the modern
destinaram a amizade à vida state have placed friendship in
privada. Retomar sua importância private life. Recover its public
pública, alheia à formalidade importance, apart from the state
estatatizante sob o nome de formality under the name of
amizade entre os povos, requer friendship among peoples, requires
buscar uma ética existencial atenta searching for an existential ethics
à política para nela não sucumbir. O that considers politics, so it will not
modelo da soberania inspirado por parish with it. The model of
Maquiavel é contraposto aos sovereignty inspired by Maquiavel
libertarismos ético e estético de La is the opposite of the ethic and
Boétie e aos escritos de Max Stirner aesthetic libertarisms of La Boétie
a n t e r i o r es a O único e sua and the works of Max Stirner, prior
propriedade. to The Ego and Its Own.
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salete de oliveira *
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Salete de Oliveira é pesquisadora do Nu-Sol.
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A tradição do tribunal destinada a The tradition of the tribunal directed to
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Nietzsche
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limiares
thiago rodrigues *
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Poeta, mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP e pesquisador do Nu-Sol.
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Editor da Revista Utopia e professor na Universidade Técnica de Lisboa.
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Os cuidados com os procedimentos The care with the proceedings applied in social
usados nas pesquisas sociais têm produ- research has produced assorted debates and
zido debates e orientações as mais orientations. Many theoretical perspectives
diversas. Várias escolas teóricas point out different ways to deal with the so-
apontam diferentes maneiras de trata- called “object” of research. Florentino de
mento do chamado “objeto” da Carvalho, in his criticism of transcendence,
pesquisa. Florentino de Carvalho, em treated this subject in a particular manner.
sua crítica à transcendência, abordou Building a relational perspective in action and
este tema de uma forma bem particular. reflection, where the nomad movement
Elaborando uma perspectiva relacional disrespects borders placed among
na ação e na reflexão, onde movimento knowledges and between them and life; we
nômade desrespeita fronteiras fixadas also see an anthropophagical manner of
entre os saberes e entre estes e a vida; appropriation being established; savage
vemos também ser instalado neste attitude in opposition to domestication of
processo um modo antropofágico de thought, feelings, bodies. Finally, indiscipline
apropriação vivencial; atitude selvagem as existential attitude, diluting hierarchies,
opondo-se à domesticação dos establishing sociabilities to escape from
pensamentos, sentimentos, dos corpos. centralisms, from sedentariness.
Enfim, indisciplina como postura
existencial, diluindo hierarquias, instau-
rando sociabilidades em fuga dos
centralismos, dos sedentarismos.
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entrevista com
louk hulsman
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— Como assim?
— Escapar do conformismo permite o acesso a um
universo de liberdade. Mas, nem sempre é fácil largar o
establishment, embora, às vezes, isso dê prazer. Alguns
acontecimentos me ajudaram. A guerra civil espanhola,
por exemplo, foi uma etapa importante. Na região onde
eu vivia, os jornais eram todos franquistas. Com uma
tal imprensa, eu também acabava ficando interiormente
contente quando Franco tomava mais uma cidade,
quando seu exército avançava. Mas, em 1938, comecei
a ter acesso a outras fontes de informação e, de repente,
me vi muito pouco orgulhoso de meus sentimentos.
Percebi que tinha sido totalmente enganado pelo sistema
onde eu tinha estado encerrado. Agora que lia os livros
dos republicanos e daqueles que, na França e nos Países-
Baixos, tinham participado da luta contra Franco, me
dava conta do erro profundo em que eu havia mergulhado
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sílvio gallo *
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Doutor em Filosofia da Educação, Professor Assistente-Doutor no Depto. de
Filosofia e História da Educação da FE-Unicamp e Professor Titular da
Faculdade de Filosofia, História e Letras da Unimep, da qual é o atual diretor.
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Notas
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Este artigo retoma considerações desenvolvidas em minha tese de doutorado
Autoridade e a Construção da Liberdade: o paradigma anarquista em educação,
apresentada à Faculdade de Educação da Unicamp em 1993, e de textos já
publicados em outras revistas.
2
Da Revolução Francesa aos começos da terceira República in Maurice Debesse,
História da Educação. São Paulo, Nacional, 1977, p. 338.
3
Apud Lorenzo Luzuriaga, História da Educação Pública. São Paulo, Nacional,
1959, p. 44.
4
A situação ideal, apresentada no texto, tem sido cada vez mais desestruturada
no Brasil dos últimos anos; como o Estado tem sido incapaz de oferecer educação
na quantidade — para nem tocar no aspecto da qualidade — de que a sociedade
necessita, abre cada vez mais espaço para a iniciativa privada, como forma de
reparar essa defasagem. Entretanto, pratica uma fiscalização mais intensa sobre
as escolas particulares — justificável, em alguns casos — do que sobre as suas
próprias, imiscuindo-se inclusive nas questões de fixação das mensalidades e
reajustes salarial dos professores, como pudemos acompanhar cotidianamente
pela grande imprensa.
5
Seria curioso, não fosse trágico, percebermos o outro lado do nacionalismo: a
xenofobia e o racismo que alimentam as diversas formas de fascismo, agora
reeditadas pelos grupelhos fascistóides que infestam as periferias das grandes
cidades, tanto na Europa como no Brasil; no fundo, o nacionalismo que alimenta
sua covarde violência nada mais é do que resultado de um processo de criação
de um sentimento abstrato de “nacionalidade”, criado e desenvolvido séculos
atrás, com o objetivo de unir os povos de determinadas regiões!
6
Podemos lembrar aqui de uma canção de Caetano Veloso, gravada em seu
disco de 1987, que equaciona muito bem o impasse político brasileiro, dentre
outros, em versos como esses: “E quem vai equacionar as pressões/ do PT e da
UDR/ e fazer dessa vergonha uma nação?” (“Vamos Comer”).
7
Gilberto de Mello Kujawski. A Crise do Século XX. São Paulo, Ática, 1988,
p. 114.
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8
Um exemplo desses blocos supranacionais são os blocos econômicos, como a
Comunidade Européia, o Mercosul etc. Por outro lado, não podemos deixar de
assinalar as análises que Toni Negri e Michael Hardt desenvolvem em Império
(Rio de Janeiro, Record, 2001).
9
Cf., por exemplo, os ensaios de Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo,
São Paulo, Brasiliense, 1985, 2ª ed. ou os de Micropolítica: cartografia do desejo,
com Suely Rolnik, Rio de Janeiro, Vozes, 1986. Numa palestra na FAU-
PUCCAMP nos idos de 1985, Guattari afirmava, entusiasmado, que a
criatividade e inventividade já morta na arquitetura européia, estava mais que
presente nas favelas brasileiras, onde do quase-nada arrancava-se um teto, uma
habitação...
10
A própria concepção da tática política de Marx corrobora essa tese: embora
considere que seja necessário destruir o Estado para construir a nova sociedade
(comunismo), ele afirma a necessidade de assumir o controle político do
Estado para, depois, destruí-lo. Deste modo, a tática a ser usada contra o
capitalismo é a mesma tática dele e a lógica desta tática, quer intitule-se
dialética ou formal é, no fundo, a mesma; de certo modo isso explicita o
receio de assumir a esquizofrenia de uma outra lógica, completamente diferente
para a opor à lógica liberal/capitalista. É nesse sentido que Deleuze e Guattari
abordam a esquizofrenia como essencialmente revolucionária, por
desterritorializar completamente os sentidos do capital, em Capitalisme et
Schizophrénie.
11
Ver Erich Frömm, O Medo à Liberdade, Wilhelm Reich, Psicologia de Massas do
Fascismo, dentre outros, e em Sartre, as relações entre liberdade, responsabilidade
e angústia, em O Ser e o Nada.
12
Na década de trinta, Reich afirmava na Psicologia de Massas do Fascismo que a
escola tomava cada vez mais da família e da Igreja a função de transmissão
ideológica e formação das novas gerações, fato que consolidou-se nas últimas
décadas, como podemos constatar. Hoje, a mídia eletrônica e a informática
tomam cada vez mais o espaço da escola, e seu progressivo fortalecimento deve
levar rapidamente a uma nova hegemonia na transmissão ideológica para as
novas gerações.
13
Ver, por exemplo, Laymert Garcia dos Santos, Desregulagens: educação,
planejamento e tecnologia como ferramenta social, onde é analisado o Projeto SACI/
EXERN.
14
Caetano Veloso num verso de “Santa Clara, padroeira da televisão” (1992).
15
Apud Maurice Dommanget, Los Grandes Socialistas y la Educación, de Platón a
Lénin. Madrid, Frágua, 1972, p. 268.
16
Expressão utilizada por Patrice Canivez em Educar o Cidadão?. Campinas,
Papirus, 1991.
17
Patrice Canivez, op. cit., p. 31.
18
Ver Canivez, op. cit., p. 159.
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Ver Dermeval Saviani, Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. São
Paulo, Cortez/Autores Associados, 1991, pp. 70 e seguintes.
20
Ver Escola, Classe e Luta de Classes, de Snyders e Escola e Democracia, de
Saviani.
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escola-droga
guilherme corrêa *
Michel Foucault
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Escola e droga
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“AUTO-AVALIAÇÃO
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Gabarito:
a) comportamento
b) controlada; tranqüilizantes
c) dependência
d) experimentador; habitual; ocasional; abusivo
e) pessoa; droga
f) motivações; consciência”24.
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Notas
1
Esta lista de situações que cercam um estudante brasileiro de dez anos embora
pareça ‘típica’ é bastante limitada, pode-se ter uma noção disto lembrando
que,em 1990, 60% das unidades escolares do Brasil eram escolas multisseriadas,
ou seja escolas que reúnem, simultaneamente, em uma mesma sala de aula e sob
a responsabilidade de um mesmo professor as primeiras quatro séries do ensino
fundamental, cf. Cássia Ferri. Classes multisseriadas: que espaço escolar é esse?
Florianópolis, 1994, p. 152. Dissertação de Mestrado em Educação - Centro de
Educação, Universidade Federal de Santa Catarina. Com isto quero lembrar a
grande parcela dos alunos brasileiros nesta faixa etária que não tem acesso a
computadores, não conhece ‘vídeo games’, não tem tênis da moda e sequer
energia elétrica em suas casas, ou seja, a realidade dos estudantes do país é
muito variada e desigual não podendo ser tomada como padrão a classe média
dos centros urbanos, até porque classe média no Brasil, com casa, carro e
computador, é muito pouca gente.
2
Maria Radespiel. Alfabetização sem segredos: temas transversais. Contagem, Editora
IEMAR, 1998.
3
Ensino fundamental é a denominação que substitui, na nova Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei Federal n.9.394 de 20/12/1996, a
antiga denominação de primeiro grau da LDB anterior, Lei Federal n. 5692 de
11/08/1971. O ensino fundamental refere-se às oito primeiras séries (mais
rigorosamente aos quatro primeiro ciclos, correspondendo cada ciclo a duas
séries) da educação escolar e corresponde ao ensino obrigatório exigido pelo
Estado, cf. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1997.
4
Temas transversais, são uma série de cinco temas (ética, saúde, meio ambiente,
orientação sexual e pluralidade cultural), instituídos pela nova LDB para o
ensino escolar. Não constituem disciplinas e podem ser desenvolvidos dentro
de qualquer disciplina, com maior ou menor grau de aprofundamento, segundo
necessidades que podem variar quanto a faixa etária dos alunos, especificidades
regionais ou demandas de cada grupo. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: Apresentação dos temas transversais e ética. Brasília,
MEC/SEF, 1997.
5
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-
Geral do PNDST/AIDS. Drogas, AIDS e Sociedade. Brasília, Coordenação Geral
de Doenças Sexualmente transmissíveis/AIDS, 1995, p. 3.
6
Richard Bucher. Prevenindo contra as drogas e DST/AIDS: populações em situação
de risco. Ministério de Saúde. Programa Nacional DST/AIDS. Brasília, out.
1995, p. 22.
7
Idem, p. 22.
8
Neri Filho. “ Preconceitos e conceitos sobre drogas in: Drogas, AIDS e Sociedade.
Brasília: Coordenação Geral de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS,
179
1
2002
1995, p. 28.
9
Idem, p. 29.
10
Richard Bucher. “Drogas na sociedade” in: Ministério da Saúde. Secretaria de
Assistência à saúde. Coordenação-Geral do PNDST/AIDS. Drogas, AIDS e
Sociedade. Brasília: Coordenação Geral de Doenças Sexualmente Transmissíveis/
AIDS, 1995, p. 35.
11
Idem, p. 48.
12
Richard Bucher. Prevenindo contra as drogas e DST/AIDS: populações em situação
de risco. Ministério da Saúde. Programa Nacional DST/AIDS. Brasília, out.
1995, p. 08.
13
Idem, p. 27.
14
Ibidem, p. 28.
15
I Fórum Nacional Antidrogas (Brasília: 1998). Relatório do I Fórum Nacional
Antidrogas, 27 a 29 de novembro de 1998. Brasília, SENAD, 1999, p. 05.
16
Discurso do presidente Fernando Henrique, na abertura do I Fórum Nacional
Antidrogas in: Relatório do I Fórum Nacional Antidrogas, 27 a 29 de novembro de
1998. Brasília, SENAD, 1999, p. 08.
17
Idem.
18
Relatório do Grupo de Repressão in: I Fórum Nacional Antidrogas in: Relatório
do I Fórum Nacional Antidrogas, 27 a 29 de novembro de 1998. Brasília, SENAD,
1999, p. 40.
19
Idem, p.42.
20
I Fórum Nacional Antidrogas in: Relatório do I Fórum Nacional Antidrogas, 27
a 29 de novembro de 1998. Brasília, SENAD, 1999, pp. 17-24.
21
Eliane Maria Fleury Seidi (org). Prevenção ao uso indevido de drogas: diga SIM à
vida. Brasília, CEAD/UNB, SENAD/SGI/PR, 1999, vol. 01, p. 04.
22
Idem.
23
Instrução programada é um conjunto de técnicas de ensino baseadas nas
teorias da comunicação em que o aluno é encarado como um dispositivo
receptor de informações input que processando-as pode devolvê-las ao meio,
output; a análise da qualidade da informação processada permite avaliar a
aprendizagem. Uma das novidades disso tudo são os materiais auto instrucionais,
elaborados por programadores especializados, que segundo a lenda permitem
ao aluno aprender conteúdos escolares sozinho, sem a intervenção do professor.
Posta em marcha nos anos setenta, a instrução programada foi a panacéia
pedagógica da Ditadura Militar, adquirida por preços altos com a celebração do
acordo MEC/USAID, quando a educação pública passou a ser estratégia de
segurança nacional.
24
Cf. Elaine Maria Fleury Seidl (org.). Prevenção ao uso indevido de drogas: diga sim
à vida. Brasilia, CEAD/UnB; SENAD/SGI/PR, 1999. Vol. 1, pp. 20-21.
180
verve
25
Carlos dos Santos Silva. Drogas! Se eu quiser parar você me ajuda? Rio deJaneiro,
Autores e Agentes Associados, 1977. 3ª ed., p. 17.
26
Idem, p. 8.
27
Secretaria Municipal de Educação de Criciúma. Criciúma cuidando da sua
saúde: diga nãao às drogas. Curitiba, Base Editora, p. 13.
28
Governo do Estado de Santa Catarina. Previda, programa prevenção educação e
vida: subsídios de prevenção integral para o educador. Florianópolis, Secretaria de
Estado da Educação, Cultura e Desporto, p. 11.
29
Família; Adolescência; Sexualidade; DST; AIDS; Relacionamento; Amizade;
Religiosidade; Valores; Meios de Comunicação; Poder de Decisão; Projeto de
Vida; Participação do Jovem na Construção da História; Educação Ambiental;
Educação para o Trânsito; Trabalho e Lazer; Recomendações Gerais; Abordagens
de Prevenção; Drogas Psicotrópicas; Automedicção; Álcool; Tabagismo; Drogas
Voláteis; Maconha e,finalmente, Cocaína.
30
Max Stirner. O Falso Princípio de Nossa Educação. São Paulo, Imaginário, 2001.
31
Folha de São Paulo, 01/01/2001.
32
Michel Foucault. “Fobia al Estado” in La Vida de los Hombre Infames — ensayo
sobre desviación y dominación. Madrid, La Piqueta, 1990, p. 308.
resumo abstract
Uma problematização do apelo, cada vez A problematization of appeal, increas-
mais efetivo e insistente, para que a ingly effective and insistent, to make
sociedade participe das decisões society participate in government’s
governamentais por meio de denúncias decisions through denouncing is the final
é o ponto de chegada deste trabalho. A destination of this work. It is possible,
partir disto pode-se falar de uma espécie based on these elements, to speak of a
de pedagogia da denúncia levada a certain type of pedagogy of denounce
termo pelos principais meios de comuni- carried out by the mass media –
cação – televisão, rádio, jornais e rede television, radio, newspaper and school
escolar. A abordagem das drogas legais system. The approach given to legal
e ilegais encaminhada por órgãos e and illegal drugs by governmental
representantes oficiais do Estado agencies and official representatives of
brasileiro é apresentada aqui como the Brazilian state is presented as an
exemplo do modo de funcionamento de example of the way governmental
estratégias de governamentalidade. strategies operate.
181
1
2002
Nietzsche
182
verve
antimilitarismo e anarquismo
jaime cubero*
*
Jaime Cubero participou da reativação do Centro de Cultura Social de São
Paulo, nos anos 80. Aglutinou anarquistas e libertários e se tornou referência
para militantes e pesquisadores, acolhendo-nos com generosidade, humor e
contundência (Nota dos Editores). Palestra proferida na Universidade Estadual
do Rio de Janeiro em Agosto de 1991.
183
1
2002
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1
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196
verve
Notas:
1
Extraído de: Victor Perlo. Militarismo e indústria: armamentos e lucros na era dos
projéteis. Rio de Janeiro, Paes e Terra, 1969.
2
Manifesto da FOSMO — Frente de Oposição ao Serviço Militar Obrigatório
— publicado na revista La Letra A, anarquista, de Buenos Aires, julho de
1991.
197
1
2002
nildo avelino *
*
Mestrando em Ciências Sociais na PUC-SP e integrante do Centro de Cultura
Social de São Paulo.
198
verve
199
1
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207
1
2002
208
verve
Notas
1
Jacques Freymond. La Primera Internacional. Tomo I. Madrid, Editora Zero, 1973.
2
Ibidem, p. 93.
3
Ibidem, p. 112.
4
Ibidem, p. 113
5
Neno Vasco. Concepção anarquista do sindicalismo. Porto, Afrontamento, 1984,
pp. 87-88.
6
Ibidem, pp. 89-90.
7
Ibidem, p. 90.
8
Ibidem, pp. 90-91.
9
Edgar Rodrigues. O anarquismo na escola, no teatro, na poesia. Rio de Janeiro,
Achiamé, 1992, p. 121.
10
Ibidem, p. 125.
11
Ibidem, p. 129.
12
Maram Sheldon Leslie. Anarquistas, Imigrantes e o movimento operário brasileiro –
1890/1920. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979, p. 92.
13
Os termos anarco-sindicalismo e sindicalismo revolucionário são geralmente
empregados para distinguir o sindicalismo de tipo anarquista, com métodos de
ação direta e federalista, daquele sindicalismo ligado a instâncias de poder e que
se pauta pelo método da representação; uma outra distinção se refere às questões
de concepção: na 1ª Internacional os sindicalistas criticavam nas Trade´s Unions
“sua obra de reação imediata” e predicavam que a submissão do trabalho é a
fonte da servidão política, moral e material; assim, o objetivo da ação sindicalista
era o da emancipação integral do trabalhador pelo próprio trabalhador.
209
1
2002
14
Neno Vasco, op. cit., p. 97.
15
Idem, p. 101.
16
Neno Vasco, 1984, pp. 130-131.
17
Félix Guatarri. Caosmose – um novo paradigma estético. São Paulo, Ed. 34, 1992.
18
Michel Foucault. História da Sexualidade 2 – o uso dos prazeres. 7ª ed., Rio de
Janeiro, Graal, 1984, p. 15.
19
Margareth Rago. Do cabaré ao lar – a utopia da cidade disciplinar (Brasil 1890-
1930). 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
20
Herbert Read. Anarquia y ordem. Buenos Aires, Tupac, 1959, p. 60.
21
Maria Thereza Vargas. Teatro operário na cidade de São Paulo. São Paulo: Secretaria
Municipal de Cultura, Departamento de Informação e Documentação Artística,
Centro de Pesquisa de Arte Brasileira, 1980, p.13.
22
Edgar Rodrigues. O anarquismo na escola, no teatro, na poesia. Rio de Janeiro,
Achiamé, 1992, p. 110-111.
23
Ibidem, p. 112.
24
Maria Thereza Vargaas. op. cit., pp. 142-143.
25
Hamon Augustín . Psicolojia do Anarquista-Socialista. Lisboa, Guimarães
Editores, 1915, p. 59.
26
Heintz Peter . Problemática de la autoridade en Proudhon. Buenos Aires, Ed.
Proyección, 1963, p. 141.
27
Ibidem.
resumo abstract
210
verve
*
Membro do Círculo de Estudos Libertários Ideal Peres e professor de História.
**
Membro do Círculo de Estudos Libertários Ideal Peres e pesquisador.
211
1
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219
1
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220
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221
1
2002
222
verve
Notas
1
Boris Fausto. Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo, Difel, 1977, p. 41.
2
Ibidem, p. 42.
3
A Voz do Trabalhador, 15/08/1908.
223
1
2002
4
Angela de Castro Gomes. A Invenção do Trabalhismo. São Paulo, Vértice; Rio de
Janeiro, IUPERJ, 1988, p. 123.
5
Ibidem, p. 56.
6
Fausto. op. cit., p. 55.
7
Ibidem, p. 56.
8
Castro Gomes. op. cit. p. 124.
9
Ibidem.
10
A Voz do Trabalhador, 15/10/1913.
11
Ibidem.
12
Castro Gomes, p. 125.
13
Ibidem, p. 159.
14
Ibidem.
15
Ibidem.
16
Nos primeiros anos após a fundação do Partido Comunista do Brasil seus
militantes foram, em determinadas ocasiões, qualificados na imprensa operária
e nas colunas trabalhistas de “neo-comunistas”. Tal fato explica-se pela utilização
do termo comunista para identificar determinadas tendências no interior do
próprio anarquismo.
17
Castro Gomes. op. cit., p. 164.
18
O português Antônio Vaz foi deportado para o seu país de origem em 1924.
Edgar Rodrigues. Os Companheiros. Rio de Janeiro, VJR, 1994, p. 39.
19
A Pátria 11/11/1923.
20
Ibidem.
21
Ibidem.
22
A Pátria 21/11/1923.
23
O Centro Cosmopolita, fundado em 1903, local do “Segundo Congresso
Operário”, em 1913, era uma associação de caráter classista. Os seus filiados
pertenciam ao segmento dos “gastronômicos” e prestavam, no próprio
estabelecimento, serviços, de natureza diversa, ligados à classe. Até a fundação
do PCB esteve o Centro sob hegemonia dos anarquistas; após 1923 passa a
integrar o grupo de associações ligadas aos “bolchevistas”. Neste período, o
Centro Cosmopolita, passa a disputar com a União Geral dos Trabalhadores em
Hotéis, Restaurantes, Cafés e Similares a legitimidade junto à classe.
24
A Pátria 01/11/1923.
25
Antônio Bernardo Canellas foi protagonista de um dos primeiros casos de
expurgo do PCB nos anos 20. Ver Edgard Carone. “Uma Polêmica nos
Primórdios do PCB: O incidente Canellas e Astrojildo (1923)”. In Memória &
História, São Paulo, Livraria Editora Ciências Humanas Ltda., 1981.
224
verve
26
A Pátria 27/10/1923.
27
Ibidem, 04/05/1924.
28
Ibidem, 17/08/1923.
29
Octávio Brandão. Combates e Batalhas. São Paulo, Alfa-Omega, 1987, p. 240.
30
Alexandre Ribeiro Samis. Clevelândia do Norte: anarquistas, repressão e exílio
interno no Brasil dos anos 20. UERJ, Dissertação de Mestrado, 2000.
31
Mário Rodrigues era à época o proprietário do jornal A Manhã, apoiou o
Bloco Operário e seu candidato Azevedo Lima. O jornalista candidatou-se
também, no mesmo período, à intendência do Distrito Federal. Ver Samis. op.
cit. p. 338.
32
A lei Aníbal de Toledo, de agosto de 1927, inspirada nas suas congêneres de
1907, 1913 e 1921, atualizava as medidas de deportação e perseguição ao
elemento “radical” no país. A lei, por sua impopularidade, ficou conhecida nos
meios operários como “celerada”.
resumo abstract
225
1
2002
mistério e hierarquia
christian ferrer *
Um
*
Professor da Universidad de Buenos Aires, editor da revista Artefacto e autor
de diversos livros sobre temas anarquistas. Tradução de Natalia Montebello.
226
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Dois
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Três
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Quatro
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resumo abstract
241
1
2002
natalia montebello *
*
Mestre em ciências sociais pela PUC-SP e pesquisadora do Nu-Sol. Este
artigo tem por referência minhadissertação de mestrado, Federalismo e anarquismo:
uma cartografia dos princípios de autoridade e liberdade, apresentada à Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo em 2000.
242
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243
1
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a analítica serial
244
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1
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federalismo
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1
2002
Nota
1
Wlilliam Godwin. Investigacion acerca de la justicia politica y su influencia en la
virtud e la dicha generales. Buenos Aires, Editorial Americanale, 1945, p. 123.
resumo abstract
258
verve
Stela do Patrocínio
259
1
2002
Resenhas
*
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais PUC/SP. Co-
organizador, com Edson Passetti de Proudhon. SP, Ed. Atica, 1985.
260
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1
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*Pesquisador do Nu-Sol.
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Nota
1
Tragtenberg em Burocracia e Ideologia, apud Gandini: 170, 172.
272
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1
2002
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275
1
2002
NU-SOL
Publicações do Núcleo de Sociabilidade Libertária, do Programa
de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.
hypomnemata
vídeos
Libertárias, 1999
Foucault-Ficô, 2000
Coleção
v Escritos Anarquistas
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Livro
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Letralivre:
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Nietzsche
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