Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Resumo: A realidade da violência contra mulher independe de idade, classe social, religião, escolaridade, etnia e
orientação sexual e se expressa nas mais variadas formas. Podemos dizer que ela tem seu nascimento nas
estruturas de poder, sejam nas esferas pública ou privada, sendo reforçada por ideologias que as legitimam. Cabe
ressaltar que a violência contra a mulher no espaço privado da casa-família, é onde se acentua as maiores violências
sobre ela. A denominada violência doméstica que se destaca pela crueldade, resultando muitas vezes no sacrifício
de suas vidas vitimadas pela cultura do macho a qual foi moldada por outra violência, a violência simbólica,
ideologizada em muitas esferas, sobretudo, religiosa. Nosso objetivo é analisar a violência simbólica produzida
sobretudo nas instituições religiosas em especial no cristianismo procurando identificar se este tem contribuído para
a legitimação dessa situação de negatividade que pesa sobre as mulheres, buscando apontar quais são os principais
símbolos cristãos produzido que vieram a fortalecer essa disparidade antropológica que fere o direito humano de ser
diferente; analisar como a religião cristã tem se posicionado nestas questões e como tem aceito as críticas do seu
patriarcalismo; identificar neste contexto como tem sido a vivenda de fé das mulheres, revendo se a fé é inspiradora
de práticas libertadoras da violência ou tem sido o caminho para mantê-la?; Como tem sido nossas escuta de Deus
sobre a violência que pesa sobre nossas vidas? Para a realização desta proposta de trabalho utilizamos como
método sobretudo a pesquisa bibliográfica, recorrendo a material teórico analítico e documentos da Igreja. A teologia
na perspectiva de gênero é uma das formas eficaz de combate à violência simbólica porque ela tem o papel de
desmitificar os estereótipos criados na esfera cultural-religiosa que sustentam as relações humanas no cotidiano. A
violência vivida pelas mulheres, sobretudo, na esfera doméstica é resultado expresso da violência simbólica
elaborada nos espaços sagrados da cultura. A percepção que se tem é que o discurso que promove a mulher na
Igreja promove a humanidade completa, é um discurso ao lado de outros tantos, tão necessário pelo fato de que as
sociedades são movidas pelo sensus religiosus (Nostrae Aetate 1) e pelos discursos e práticas advindos dela. Uma
percepção reflexiva das práticas e vivencias das mulheres na Igreja, ou seja, um discurso teórico teológico na Igreja
sobre o ser e o fazer das mulheres é provocativo e abrem a possibilidade de uma atenção maior sobre ações
valiosas das mesmas no processo de reconstrução de relações mais humanas e humanitárias. Um discurso teológico
sensível aos problemas das mulheres favorece uma consciência maior de humanidade e contribui para mudanças
significativas na Igreja e na sociedade. Conclusão: Outros discursos nas variadas áreas do conhecimento estão
sendo pronunciados e tem modificado concretamente o status da mulher na sociedade. Mas reivindicar o status que
lhe é devido no discurso teológico religioso e nas práticas de igreja constituir uma urgência visto o poder
transformador da fé na vida das pessoas. É um discurso ainda por ser explicitado, portanto ainda por ser ouvido.
atentar contra a vida e a dignidade da criação e de alguns de seus elos é atentar contra a
Divindade que a criou …. Onde há violação de direitos humanos e ambientais, ali
impera ódio, ganância, violência, opressão e seus mecanismos de discriminação e
subordinação. O imperativo teológico é denunciar situações e sistemas que causam e
originam a falta da paz, agredindo a dignidade da vida, como sendo pecado. … Faz
parte das afirmações fundamentais da teologia cristã que as igrejas devem recusar
qualquer tipo de violência como expressão da violação de direitos humanos, a ela se
opor, denunciá-la e contribuir para sua superação. As igrejas, durante milênios, porém,
deixaram de afirmar isto de forma evidente também em relação à violência de gênero.
(REIMER, 2009, p. 472).
Considerações
Referenciais
BOURDIEU, P.; EAGLETON, T. . A doxa e a vida cotidiana: uma entrevista. In: ŽIŽEK,
S. (Org.). Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007.