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1) Siderurgia: é conjunto de processos desde a extração ferro gusa.

A estrutura é dividida em cadinho, rampa,


do minério de ferro da natureza até a produção das ligas cuba e topo.
ferrosas, onde a principal é o AÇO.
2) Metalurgia: é a siderurgia do AÇO.
Os materiais metálicos são classificados em ferrosos e
não ferrosos.
2.1) Ferrosos: possuem Fe em sua composição.
2.2) Não ferrosos: são todos os demais que não possuem
Fe na sua composição (Cu, Sn, etc.).
3) Ferro Gusa: produto do alto forno que é obtido pelo
fusão da CARGA constituída pelo minério de ferro,
carvão vegetal ou coque petroquímico e calcário. [ver
item 6]
3.1) Carvão Vegetal ou Coque: combustível do alto
forno, fornecedor de carbono e redutor do minério de
ferro a Fe.
3.2) Carvão Vegetal: Obtido pela pirólise do madeira.
Tem composição: Cinzas: 5%; Substâncias voláteis: 25%;
Carbono fixo: 70%.
3.3) Carvão mineral/Coque: O carvão mineral é isento
de enxofre, portanto de alta qualidade, mas possui baixa 5.1) Cadinho: é a parte inferior do alto forno onde se
resistência mecânica. Seu uso em grande escala causa acumula o ferro gusa e a escória.
prejuízos ambientais. Já o coque é formado de matéria
orgânica decomposta e fossilizada: turfa, linhito, hulhas 5.2) Rampa: região onde ocorre o maior número de
(carvão betuminoso), antracitos e resíduos de reações e níveis de temperatura.
petroquímicos. Composição: Cinzas: 7%; Substâncias 5.3) Cuba: região onde a carga fica disposta em camadas.
voláteis: 33% (dos quais 17% é de enxofre um dos pontos
negativos do coque); Carbono fixo: 60%. 5.4) Topo: sistema de carregamento do alto forno.

3.4) Calcário ou Dolomita: (CaCO3 ou CaCO3.MgCO3) 6) Ferro Gusa: reforçando o que foi visto item 3, temos
funciona como fundente, pois tem natureza básica, que o ferro gusa é uma liga ferro carbono com alto teor de
reagindo com as impurezas do minério de ferro e do carbono. Esse percentual varia de 3% a 4% de carbono.
carvão de naturezas ácidas, diminuindo seu ponto de Possui também impurezas como enxofre, fosforo, silício
fusão e formando a escória de alto forno (usado na e manganês.
fabricação de cimento metalúrgico).
Outros elementos também são importantes na produção
4) Minérios de Ferro: são os óxidos, sulfetos, carbonatos do aço e suas ligas. São eles:
e silicatos. Desses os mais importantes são: hematita,
Manganês: é um elemento de liga e age como
magnetita, limonita, todos óxidos.
dessulfurante e desoxidante. É extraído em maior
Na natureza encontra-se: quantidade do mineral pirolusita (MnO2), cujo teor de
manganês varia de 30% a 50%.
 magnetita (óxido ferroso férrico) – Fe3O4 -
72,4% em peso de Fe;[é o mais comum de todos] Elementos de Liga: são elementos necessários na
 hematita (óxido férrico) – Fe2O3 – 69,9% em produção de ligas de aço e ferro-liga: silício, vanádio,
peso de Fe; molibdênio, níquel, tungstênio, titânio, alumínio e
 limonita (óxido hidratado de ferro) - cobalto.
2Fe2O3.3H2O – 48,3% em peso de Fe. Sucata de ferro e aço: por ser o resíduo dos altos fornos,
5) Alto forno: é um reator do tipo chaminé com carga é reutilizado no reciclo deste e com isso garante uma
sólida descendente e carga gasoso ascendente. É o economia de minério, fundente e coque, sem falar que
processo mais utilizado para reduzir o minério de ferro garante a reciclagem destes matérias.
nas ligas ferrosas. O produto do alto forno é chamado Aço: é uma liga ferro carbono com baixo teor de carbono
(0,008% até 2,11%-valores aproximados) e impurezas
(Si, Mn, P e S), obtido da redução do ferro gusa. A Ferro fundido branco: é caracterizado por apresentar
redução dos teores de carbono do gusa a aço é feita em baixo teor de silício, e microestrutura rica em Fe3C.
fornos conversores. Ferro fundido maleável: obtido do ferro fundido branco,
mediante tratamento térmico de maleabilização,
O processo de produção do aço pode ser ácido ou básico. transformando Fe3C em grafita nodular.
Processos ácidos: oxidação do C, Si e Mn; Ferro fundido cinzento: caracterizado por apresentar
Processos básicos: oxidação do C, Si, Mn, P e S. alto teor de silício, e microestrutura com grafita livre e
Fe3C.
O que determina se um processo é ácido ou básico é a Ferro fundido nodular: obtido do ferro fundido
natureza ácida ou básica do revestimento refratário do cinzento, através de um tratamento no estado líquido,
conversor. resultando em grafita esferoidal.
Tipos de conversores: Sistema ferro-carbono (Fe-C): este segue o modelo do
diagrama de fases, que são representados abaixo, em 3
Conversor Bessemer: composto por uma carcaça exemplos, que inclui os aços e ferros fundidos.
metálica de formato cilíndrico revestida internamente
com material refratário silicoso de natureza ácida.

Conversor Thomas: é essencialmente semelhante ao


processo Bessemer, com a diferença do revestimento
refratário do conversor, que neste caso é constituído de
dolomita, de natureza básica.

Conversor de sopro lateral: São conversores de pequena


capacidade (até 2,5 T) com revestimento silicoso de
natureza ácida. O sopro é feito pela lateral do conversor,
acima da superfície do banho metálico. As reações de
oxidação são exotérmicas e semelhantes à do conversor
Bessemer.

Conversor de sopro pelo topo: O processo mais comum


deste tipo é o L-D (Linz – Donawitz), também conhecido
como BOP (Basic Oxigen Process). O forno não
apresenta abertura no fundo e possui revestimento
refratário de natureza básica, permitindo a redução dos
teores dos principais elementos contidos no gusa.

Ferro Fundido: é uma liga ferro-carbono com teor de


carbono acima de 2,11% até 6,67%. Apresenta teores de
silício. Por causa disso, pode ser considerada uma liga
ternária: Fe-C-Si. É classificado em: branco, maleável,
cinzento e nodular. Temperatura Crítica: 727ºC (zona de austenitização)
O ferro puro, ao ser aquecido, experimenta duas
alterações na sua estrutura cristalina antes de se fundir. À
temperatura ambiente, a forma estável, conhecida por
ferrita, ou ferro α, possui uma estrutura cristalina CCC. A
ferrita experimenta uma transformação polimórfica para
austenita, com estrutura cristalina CFC, ou ferro γ, à
temperatura de 912°C. Essa austenita persiste até 1394°C, Perlita: é uma estrutura composta por 88,5% de ferrita
temperatura em que a austenita CFC reverte novamente alfa e 11,5% de cementita. A perlita tem uma dureza de
para uma fase com estrutura CCC, conhecida por ferro δ aproximadamente 200 HB, L.R. = 800N/mm2, e
a qual, finalmente se funde a uma temperatura de 1538°C. alongamento de 15%. A perlita é formada na reação
Todas essas alterações estão aparentes ao longo do eixo eutetoide do sistema Fe-Fe3C através da transformação da
vertical, à esquerda, no diagrama de fases. austenita instável (abaixo da temperatura eutetoide) nas
fases a (ferrita) e Fe3C (cementita), as quais se distribuem
em lamelas alternadas. A perlita formada em
temperaturas imediatamente abaixo da temperatura
eutetoide (727ºC) possui camadas espessas das fases a e
Fe3C, devido à alta taxa de difusão do carbono,
favorecendo sua difusão ao longo de distâncias mais
elevadas, originando uma estrutura conhecida como
perlita grosseira. Em temperaturas mais baixas (em torno
de 540ºC) a taxa de difusão do carbono cai e em
consequência a perlita formada possui lamelas mais finas,
devido à difusão do carbono a distâncias menores. Esta
estrutura é conhecida como perlita fina. Em relação às
propriedades mecânicas, a perlita possui propriedades
Ferro-α ou ferrita alfa: possui estrutura “CCC” e intermediárias entre a fase a (dúctil) e Fe3C (dura e frágil).
apresenta-se em temperaturas inferiores a 912ºC. O A perlita grosseira possui maior ductilidade, ao passo que
carbono está dissolvido na estrutura CCC, portanto pouco a perlita fina é mais dura e resistente.
solúvel, atingindo solubilidade máxima de 0,02% a 727
°C. Embora o carbono esteja presente em concentrações
relativamente baixas, tem influência significativa nas
propriedades mecânicas da ferrita alfa. Esta é um dos
constituintes mais moles e dúcteis dos aços, apresentando
dureza de 90 HB (dureza Brinell) e é magnética até
770°C.

Ferro-γ ou austenita: possui estrutura “CFC” e se Bainita: é também formada pelas fases e Fe3C, porém
apresenta entre as temperaturas 912ºC e 1394ºC, mas com distribuição diferente da estrutura lamelar da perlita.
começa a se formar a 727ºC. Não possui propriedades Para temperaturas de transformação entre 300ºC e 540ºC,
magnéticas. É bem dúctil e maleável. sendo a solubilidade forma-se a bainita superior, a qual se apresenta na forma
do carbono na austenita de 2,08% a 1148°C e 0,8% a de agulhas da fase separadas por partículas alongadas
727ºC. Apresenta dureza de aproximadamente 300 HB. de Fe3C.

Ferro-δ ou ferrita delta: possui estrutura “CCC” e se


apresenta entre as temperaturas 1394ºC e 1538ºC. A
solubilidade máxima do carbono é de 0,09% a 1465°C.

Cementita (Fe3C→carboneto de ferro): Constituído de


6,7% de carbono e 93,3% de ferro. É um material muito
duro (700HB ou 68 HRC) e frágil. Está presente em quase Desenvolvimento da microestrutura dos aços.
todas as fases do ferro-carbono. É magnética até a
temperatura de 210º.
Martensita: estrutura resultante do resfriamento rápido
(têmpera) da austenita. A dureza e a resistência mecânica
das martensitas estão diretamente relacionadas com o seu
teor de carbono e aumentam quando este teor aumenta.
Sua dureza varia de 50 a 68 HRC.
Transformação eutética: é aquela que parte de uma fase teores; o cobre (Cu) aumenta a tenacidade e a resistência
líquida (L) homogênea e monofásica para duas fases à corrosão; o cromo (Cr) e o níquel (Ni), em geral
sólidas. aumentam a resistência a corrosão e a dureza; o cobalto
(Co), o molibdênio (Mo), o vanádio (V) e o tungstênio
L → Fe-γ (austenita) + Fe3C (cementita) (W) são elementos que aumentam a dureza em altas
temperaturas melhorando a capacidade de corte.
Transformações periféricas: é aquela em que uma
solução sólida reage com uma solução líquida em uma
temperatura específica, formando uma solução sólida
com características distintas das soluções de origem.
Fe-δ (ferrita delta) + L → Fe-γ (austenita)
Transformações eutetoides: é aquela em que uma
solução sólida se transforma em outras duas soluções
também sólidas com propriedades distintas da solução de
origem.
Fe-γ → Fe-α (ferrita alfa) + Fe3C (cementita)

Propriedades mecânicas
As propriedades mecânicas podem ser compreendidas
como a resposta do material quando submetido a esforços
mecânicos, sendo determinadas através de ensaios.
Algumas das propriedades que podem ser obtidas através
desses ensaios são apresentadas a seguir.

Maleabilidade: propriedade de certos metais poderem


No diagrama, o ponto euteoide, com 0,77% de C define
deformar-se a frio ou a quente, sem se romperem,
os aços em: eutetoides, hipoeutetoides e hipereutetoides.
transformando-se em chapas de pouca espessura.
Indica também o equilíbrio entre as fases líquidas e
sólidas da ferrita e austenita. Nos ferros fundidos, tal
Elasticidade: propriedade dos corpos deformados sob
como nos aços, temos o ponto eutético, com
ação momentânea de uma força, que tendem a retomar sua
aproximadamente 4,3% de C que classifica os ferros
forma primitiva, quando a força deixar de atuar.
fundidos em: hipoeutético, eutético e hipereutético. É o
ponto de equilíbrio entre a austenita e a cementita.
Plasticidade: propriedade inversa da elasticidade. É a
capacidade de certos metais de tomarem uma forma
Diagrama Transformação Tempo Temperatura para qualquer e a conservarem.
Aço Hipoeutetoides
Dureza: é a resistência ao risco ou abrasão. Na prática
mede-se dureza pela resistência que a superfície do
material oferece à penetração de uma peça de maior
dureza. Existem diversos processos como Brinell,
Rockwell, Shore, Vickers e Knoop. As relações físicas
entre dureza e resistência foram estabelecidas
experimentalmente, de modo que o ensaio de dureza é
um meio indireto de verificar a resistência do aço.

Tenacidade: é a capacidade do material de absorver


energia antes de sua ruptura. Uma outra definição para
esse termo, é a capacidade que o material apresenta de
resistir a esforços de impacto.

Ductilidade: é a capacidade de o material se deformar


plasticamente e sem se romper sob a ação das cargas
Funções dos elementos do liga mecânicas. A ductilidade tem importância porque conduz
a mecanismos de ruptura acompanhados de grandes
o silício (Si) ajuda a desoxidar; o manganês (Mn) deformações que fornecem avisos da atuação de cargas
também atua como desoxidante e dessulfurante; o elevadas.
alumínio (Al) melhora os microconstituintes; o fósforo
(P) e o enxofre (S) são elementos que aumentam a
fragilidade, por isso devem ser mantidos em baixos
Fragilidade: é o oposto da ductilidade. Os aços podem
ser tornados frágeis pela ação de diversos agentes: baixa
temperatura ambiente, efeitos térmicos locais causados,
por exemplo, por solda elétrica. O estudo das condições
em que os aços se tornam frágeis tem grande importância
nas construções metálicas, uma vez que os materiais
frágeis se rompem bruscamente.

Resiliência: é a capacidade de um metal absorver energia


quando deformado elasticamente, isto é, dentro da zona
elástica, liberando-a quando descarregada.

Fadiga: a resistência à ruptura dos materiais é, em geral,


medida em ensaios elásticos. Quando as peças metálicas
trabalham sob efeito de esforços repetidos em grande
número, pode haver ruptura em tensões inferiores às
obtidas em ensaios estáticos. Esse efeito denomina-se
fadiga do material. A resistência à fadiga é, em geral,
determinante no dimensionamento de peças sob ação de
dinâmicas importantes, tais como peças de máquinas, de
pontes, etc.

Tratamento Térmicos

São operações de aquecimentos e resfriamento a que os


aços são submetidos sob condições controladas de Atmosfera do forno: Nos tratamentos térmicos dos aços,
temperatura, tempo, atmosfera do forno e velocidade de deve-se evitar dois fenômenos muito comuns que podem
resfriamento. causar sérios aborrecimentos: a oxidação que resulta na
Temperatura: O aquecimento é geralmente realizado a formação indesejada “casca de óxido” e a
uma temperatura acima da crítica (>727ºC), porque tem- descarbonetação que pode provocar a formação de uma
se a inicialização da austenitização do aço. Essa camada mais mole na superfície do metal. Tais
austenitização é o ponto de partida para as transformações fenômenos, de oxidação e de descarbonetação, são
posteriores desejadas, as quais se processarão em função evitados pelo uso de uma atmosfera protetora, ou
da velocidade de resfriamento adotada. controlada no interior do forno, a qual, ao prevenir a
Tempo de Permanência: A influência do tempo de formação da “casca de óxido”, torna desnecessário o
permanência do aço à temperatura escolhida de emprego de métodos de limpeza e, ao eliminar a
aquecimento mais ou menos idêntica à da máxima descarbonetação, garante uma superfície uniformemente
temperatura de aquecimento, isto é, quanto mais longo o dura e resistente ao desgaste.
tempo à temperatura considerada de austenitização, tanto
mais completa a dissolução do carboneto de ferro 3 (Fe3C) O tratamento térmico tem como objetivos principais:
ou outras fases presentes. redução de tensões internas, aumentar ou diminuir a
dureza, aumentar a resistência mecânica, melhorar a
ductilidade, melhorar a usinabilidade, melhorar a
resistência ao desgaste, melhorar a resistência à
corrosão.
De maneira geral os tratamentos térmicos consistem em
aquecer os materiais até uma temperatura acima da
temperatura de recristalização e na sequência, resfriar de
modo rápido em meios líquidos (água ou óleo) ou gasosos
(ar). Os tratamentos térmicos mais comuns são:
normalização, têmpera, revenido ou revenimento e
recozimento. Os tratamentos térmicos produzem
modificações nos constituintes primários das ligas
ferrosas, sem alterar a composição química, apenas as
Velocidade de resfriamento: Este é o fator mais propriedades mecânicas são modificadas.
importante, pois é ele que determinará efetivamente a
microestrutura e, em consequência, as propriedades finais Normalização: tem como objetivo refinar o grão,
dos aços. Por outro lado, a obtenção desses constituintes principalmente em materiais fundidos, laminados ou
não é só função da velocidade de resfriamento, forjados. É um tratamento preliminar a têmpera e ao
dependendo também, como se sabe, da composição do revenido, a fim de produzir estruturas mais uniformes.
aço (teor em elementos de liga, deslocando a posição das Consiste no aquecimento a uma temperatura crítica e
curvas em C), das dimensões das peças, etc. resfriamento em temperatura ambiente.
química do metal. Os principais tratamentos são:
cementação, que consiste na introdução de uma camada
de carbono na superfície do aço de baixo e médio teores
de carbono, a nitretação, que consiste na adição de
nitretos provenientes do nitrogênio na superfície dos
mesmos aços e a cianetação, que consiste na adição
simultânea de carbonetos e nitretos na superfície dos
aços.
De modo geral os processos termoquímicos consistem em
submeter as peças metálicas ao calor em um meio rico em
Têmpera: é um dos tratamentos térmicos destinados à carbonetos e/ou nitretos. O objetivo principal desses
obtenção de dureza nos aços, e consiste basicamente em tratamentos é aumentar a dureza e a resistência ao
aquecê-los em um forno com temperaturas acima da zona desgaste superficial e à corrosão, ao mesmo tempo em
crítica (temperatura de recristalização) e resfriá-los que se mantém dúctil e tenaz o núcleo do material.
rapidamente. Quando se deseja causar um endurecimento
apenas na superfície do metal, realiza-se a têmpera Solubilização e Envelhecimento (ou precipitação)
superficial que consiste em obter a estrutura martensítica
apenas na superfície. Opta-se por têmpera superficial
quando: as dimensões da peça são muito grandes, quando
se que endurecer apenas partes críticas da peça,
possibilidade de usar aços mais baratos, diminuir os
riscos de aparecimentos de fissuras originadas do
resfriamento rápido, após aquecimento, etc. O processo
de endurecimento superficial pode ser de dois tipos: por
chama (estacionária, progressiva e combinada) ou por
indução.

Revenido ou revenimento: aplicado nos aços A solubilização consiste em aquecer o material a uma
temperados com o objetivo de melhorar a ductilidade e temperatura bem elevada, próxima do ponto de fusão,
reduzir as tensões internas, corrigir a excessiva dureza e para que nesta temperatura, com os coeficientes de
fragilidade, aumentando a resistência ao cheque. Consiste difusão dos elementos de liga já suficientemente
em aquecer a temperaturas inferiores à temperatura aumentados, seja possível a migração desses átomos,
crítica, geralmente entre 100°C e 700°C. O tempo de proporcionando a dissolução, completa depois de certo
permanência do forno varia de 1 a 3 horas. tempo (não prolongado) de permanência nesta
temperatura, das fases secundárias inicialmente presentes
na liga.

O processo de Precipitação ou Envelhecimento é


antecedido por uma têmpera, e tem como objetivo
principal alterar as propriedades mecânicas do material.
Normalmente aplicado em ligas de alumínio para uma
elevação na dureza. É realizado em temperatura bem mais
baixa e tempo mais prolongado, de modo controlado, de
Recozimento: tem o objetivo de remover as tensões tal maneira que os precipitados sejam formados
devidas aos processos de conformação mecânica, controladamente.
melhorando a ductilidade. O recozimento mais comum é
o chamado total ou pleno, onde o material é geralmente
aquecido a uma temperatura acima da zona crítica (zona Sistema de classificação dos aços.
de austenitização), seguido de resfriamento lento,
desligando o forno e mantendo as peças no seu interior. São sistemas que visam facilitar a classificação dos aços
e suas ligas conforme a aplicação. Essa classificação leva
em conta a composição química. As normas técnicas mais
utilizadas são: SAE (U.S.), AISI (U.S.), DIN (alemã) e
ABNT (brasileira), ASTM (U.S.).
O sistema ABNT foi baseado nos sistemas AISI e SAE.
Neles, basicamente, os vários tipos de aços até 1% de
carbono, com os elementos comuns manganês, silício,
fósforo e enxofre ou com a presença de elementos de liga
Tratamentos termoquímicos: São tratamentos térmicos em baixos teores, são indicados por quatro algarismos:
superficiais com acréscimos de substâncias químicas os dois últimos correspondem ao teor de carbono
apenas à superfície. Portanto, há alteração da composição médio e os dois primeiros à presença ou não de elementos
de liga. Assim, toda vez que os dois primeiros algarismos
sejam 1 e 0, trata-se de aços-carbono; a mudança de um Ligas Não Ferrosas
desses algarismos ou de ambos indica um novo tipo de
aço, com a presença de outros elementos que não os Vimos até agora a grande empregabilidade dos meterias
comuns, ou com estes elementos comuns em teores ferrosos. No entanto, estes possuem algumas limitações
superiores aos que são considerados normais. Segue duas que impedem seu emprego em determinados locais.
tabelas equivalente. Algumas dessas limitações são: densidade alta,
condutividade elétrica e térmica baixa, suscetibilidade à
oxidação (exceto os inoxidáveis) em alguns ambientes.
Para superar estas e outras limitações, são empregados
ligas metálicas não ferrosas. Essas ligas serão
classificadas de acordo com seu material base.

Cobres e suas ligas


O cobre é um metal vermelho-marrom que apresenta
ponto de fusão correspondente
a 1.083°C e densidade correspondente a 8.260kg/m³ (a
20°C). Depois da prata é o melhor condutor de calor e
eletricidade. O cobre tem boa ductilidade, quando em
estado puro. É tão mole e dúctil que é difícil usiná-lo.
Possui uma capacidade quase ilimitada de ser submetido
à deformação plástica a frio, daí ser transformado em fios.
Além disso, o cobre é altamente resistente à corrosão em
diversos ambientes como a atmosfera ambiente, a água do
mar e a alguns produtos químicos industriais. As
propriedades mecânicas e de resistência à corrosão do
cobre podem ser aprimoradas pela formação de ligas. A
maioria das ligas de cobre não pode ser endurecida ou ter
sua resistência melhorada através de processos de
tratamento térmico, portanto, para se obter esse tipo de
resultado devem-se trabalhar esses materiais a frio.
Principais tipos de cobre segundo a ABNT:

Cobre eletrolítico tenaz (Cu ETP): fundido a partir de


cobre eletrolítico, contendo no mínimo 99,90% de cobre
(e prata até 0,1%);

Cobre refinado a fogo de alta condutibilidade (Cu


FRHC): contendo um mínimo de 99,90% de cobre
(incluída a prata);

Cobre refinado a fogo tenaz (Cu FRTP): fundido a


partir do tipo anterior, contendo de 99,80% a 99,85% no
mínimo de cobre (incluída a prata);

Cobre desoxidado com fósforo, de baixo teor de


fósforo (Cu DLP): obtido por vazamento em molde,
isento de óxido cuproso por desoxidação com fósforo,
com um teor mínimo de 99,90% de cobre (e prata) e teores
residuais de fósforos (entre 0,004 e 0,012%);

Cobre desoxidado com fósforo, de alto teor de fósforo


(Cu DHP): obtido como o anterior, com teor mínimo de
cobre (e prata) de 99,80% ou 99,90% e teores residuais de
fósforo (entre 0,015 e 0,040%);

A norma alemã DIN adota outro critério para classificar Cobre isento de oxigênio (Cu OF): do tipo eletrolítico,
os aços. Os aços comuns, por exemplo, são indicados pelo de 99,95% a 99,99% de cobre (e prata); processado de
símbolo St (Stal = aço), seguido de um algarismo que modo a não conter nem óxido cuproso e nem resíduos
corresponde ao valor mínimo de resistência à tração desoxidantes;
(St42, St35 etc).
Cobre refundido (Cu CAST): obtido a partir de cobre
secundário e utilizado na fabricação de ligas de cobre; o
teor mínimo de cobre (e prata) varia de 99,75% (grau A)
a 99,50% (grau B).

As principais ligas são: Bronze (Cu-Sn) e Latão (Cu-Zn)

Bronze: é uma liga cobre-estanho, onde o estanho é o


principal elemento de liga, cujo teor pode variar de 2% a
10%. Possuem elevada resistência à corrosão. À medida
que aumenta o teor de estanho, aumentam a dureza e as
propriedades relacionadas com a resistência mecânica,
sem que ocorra queda na ductilidade. Essas ligas podem,
geralmente, ser trabalhadas a frio, o que melhora a dureza Outras ligas do cobre:
e os limites de resistência à tração e ao escoamento.

Tabela1

Alumínio e suas ligas


Tabela 2
O alumínio é um metal com densidade de 2.700kg/m³ (a
20°C) e ponto de fusão correspondente a 660°C. Esse
material também apresenta boa condutibilidade térmica e
elétrica e boa resistência à corrosão em alguns ambientes
comuns. Devido a essas características, aliadas à
existência de grandes quantidades do seu minério
principal, o alumínio tornou-se o metal mais importante,
depois do ferro. Da mesma forma que a maioria das ligas
de cobre, a maioria das ligas de alumínio são endurecidas
através de deformação plástica a frio e mediante a
formação de ligas. Em contrapartida, esses processos
diminuem a resistência à corrosão.

Latão: é uma liga cobre-zinco, onde os teores de zinco


são predominantes, podendo variar de 5% até 50%. À
medida que os níveis de zinco se elevam, ocorre também
uma diminuição da resistência à corrosão em
determinados meios agressivos, podendo, assim, ocorrer
um processo conhecido por dezinficação, ou seja,
corrosão preferencial do zinco. O latão pode conter em Chumbo e suas ligas
suas ligas teores de alumínio, chumbo e estanho.
O chumbo foi um dos primeiros metais a ser descoberto
Tabela3 pelo homem. Possui uma densidade de 11.340kg/m³ e
ponto de fusão equivalente a 327°C. Apresenta baixa
resistência mecânica, é muito mole, maleável e
deformável. A sua resistência à corrosão é elevada,
inclusive sob a ação de certos ácidos como o sulfúrico.
Segundo a norma brasileira o teor de pureza do chumbo comercialmente chamadas de ZAMAC (são ligas de
varia entre 99,5 e 99,99%, e as principais impurezas zinco com alumínio, magnésio e cobre).
encontradas são: prata, arsênio, bismuto, cobre, ferro,
antimônio, estanho e zinco. Devido a essas propriedades, Magnésio e suas ligas
o chumbo e suas ligas são utilizados em aplicações como
revestimentos de cabos elétricos (com a finalidade de O magnésio apresenta uma densidade de 1.740kg/m³ e um
evitar que a umidade do meio ambiente atinja o núcleo ponto de fusão em torno de 650°C. É um metal
isolante do cabo), como solda (em tubulações para água), relativamente mole e maleável, porém sua ductilidade é
em placas de acumuladores ou baterias, em ligas para baixa, assim como sua resistência mecânica e sua
mancais, em placas protetoras contra a ação de raios X e tenacidade. Pode ser forjado, extrudado, laminado,
raios gama, como revestimento protetor e fundido em areia, em molde permanente e sob pressão. A
impermeabilizante em relação às intempéries, em resistência à corrosão não é das melhores devido ao
aplicações químicas como aditivo de petróleo, pigmento elevado potencial eletronegativo. Muitas vezes, há
de tintas, em vidraria, etc. necessidade de revestimentos anticorrosivos. As peças
fabricadas com esse material podem ser usinadas, mas
Estanho e suas ligas com cuidados especiais porque os cavacos se incendeiam
facilmente. Os principais elementos de liga utilizados são:
O estanho possui densidade de 7.300kg/m³ e um ponto de alumínio, manganês, zircônio e tório. As aplicações das
fusão em torno de 232°C. É um material mole, dúctil e ligas de magnésio estão concentradas, principalmente, na
maleável; possui baixa resistência mecânica e elevada indústria aeronáutica (componentes de motores,
resistência à corrosão. Segundo a norma brasileira o teor fuselagem, trem de pouso), na indústria automobilística
de pureza do estanho varia de 99 a 99,95%, podendo (caixas de engrenagens) e em componentes de máquinas
conter as seguintes impurezas: mais comuns - antimônio, operatrizes.
arsênio, bismuto, cobre, ferro, chumbo, níquel
juntamente com cobalto e zinco. Mais raras – prata, Níquel e suas ligas
cádmio, alumínio e enxofre. A principal aplicação do
estanho faz-se na estanhação (por imersão a quente ou O níquel apresenta densidade de 8,880kg/m³ e um ponto
eletrodeposição) de chapas de aço, originando-se as de fusão em torno de 1.455°C. A sua principal
conhecidas folhas de flandres, que se caracterizam por característica é a elevada resistência à corrosão. É um
elevada resistência à corrosão e, por este motivo, são material maleável e pode ser facilmente trabalhado,
largamente utilizadas na confecção de latas ou recipientes inclusive por deformação a frio, o que acaba melhorando
para embalagem de produtos alimentícios. Outra a sua resistência. É muito tenaz, não é tratável
aplicação do estanho ocorre, devido ao seu baixo ponto termicamente e possui uma usinabilidade razoável. Suas
de fusão, em dispositivos de segurança contra fogo, principais aplicações são feitas como revestimento
metais de soldagem e de vedação. Finalmente, outra protetor do aço (niquelação) e como elemento de liga nos
aplicação importante do estanho dá-se nas ligas para produtos siderúrgicos. Em geral, a presença do níquel em
mancais, também chamadas de metais babbitt. ligas proporciona ou melhora características como
Comparadas com outros materiais para mancais, essas resistência à corrosão, resistência em altas temperaturas,
ligas apresentam resistência à fadiga relativamente baixa, propriedades magnéticas e expansão térmica.
de modo que são mais recomendadas para condições de
baixa carga. Entretanto, sua resistência à corrosão é bem Metais refratários
maior que a das ligas a base de chumbo.
São metais que possuem ponto de fusão extremamente
Zinco e suas ligas altos. São eles: Nióbio (Nb), Molibdênio (Mo),
Tungstênio (W), Tântalo (Tâ). A temperatura de fusão
O zinco apresenta uma densidade de 7.130kg/m³ e um desses materiais varia desde 2.468°C para o nióbio, até
ponto de fusão em torno de 419,4°C. Possui alta 3.410°C para o tungstênio. A ligação interatômica nesses
resistência à corrosão, porque exposto ao ar úmido produz materiais é extremamente forte, o que é responsável pelas
espontaneamente uma película protetora de temperaturas de fusão e, além disso, pelos elevados
hidrocarbonato. É um material muito maleável entre 100 módulos de elasticidade, altas resistências e durezas, tanto
e 150°C, podendo ser laminado em chapas e estirado em a temperatura ambiente como a temperaturas elevadas.
fios, além de possuir uma boa usinabilidade. O zinco é As aplicações desses materiais são variadas. Por exemplo,
aplicado principalmente no recobrimento de chapas de o tântalo e o molibdênio são ligados com o aço inoxidável
aço (galvanização), como elemento de liga no latão; em para melhorar a sua resistência à corrosão. As ligas de
ligas para fundição sob pressão e como substância molibdênio são utilizadas para matrizes de extrusão e
química na forma de pigmentos. Segundo norma peças estruturais em veículos espaciais. As ligas de
brasileira o teor de pureza do zinco varia entre 98 e tungstênio têm aplicações nos filamentos de lâmpadas
99,95%, encontrando-se as seguintes impurezas: chumbo, incandescentes, em tubos de raios X e em eletrodos não
cádmio e ferro. consumíveis de soldagem.
As ligas de zinco são usadas industrialmente,
principalmente, para fundição sob pressão e são

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