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Dimensionamento Estrutural de uma Ponte Canal

Francisco Barbosa Alves de Moura

Dissertação para Obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Orientadores: Professor Rui Vaz Rodrigues


Professor José Joaquim Costa Branco de Oliveira Pedro

Júri

Presidente: Professor José Manuel Matos Noronha da Câmara


Orientador: Professor Rui Vaz Rodrigues
Vogal: Professor João Carlos de Oliveira Fernandes de Almeida

Outubro de 2014
Em memória do meu avô

ANTÓNIO DE CASTRO BARBOSA


Resumo

A presente dissertação expõe o dimensionamento de uma ponte canal em betão armado, com uma
solução estrutural de pórtico. Dentro deste âmbito, é estudado o comportamento dos seguintes
elementos, durante a fase de serviço da obra de arte: tabuleiro, aparelhos de apoio, pilares e
fundações.

A obra possui um desenvolvimento total de 54.4 𝑚, com dois vãos laterias e três vãos centrais de 9.2 𝑚
e 12.0 𝑚, respectivamente, garantindo uma secção de escoamento útil com 9 𝑚2 . O tabuleiro, de
secção transversal em forma de “U”, é monoliticamente ligado aos pilares centrais e simplesmente
apoiado nos encontros e nos pilares laterais. Nestes, são utilizados aparelhos de apoio elástoméricos.

Os pilares apresentam uma configuração em pórtico e encontram-se orientados transversalmente ao


eixo do tabuleiro. Dadas as boas características do terreno rochoso de fundação, as fundações dos
pilares são executadas por intermédio de sapatas e complementadas pela aplicação de pregagens ao
solo. Para a obtenção dos esforços dos elementos são utilizados cálculos manuais, modelos numéricos
e modelos de cálculo automático 2D e 3D, elaborados através do programa SAP2000.

Analisam-se os elementos estruturais através da caracterização (i) dos condicionamentos do projecto,


(ii) da solução preconizada, (iii) das acções a que a estrutura é submetida, (iv) dos critérios de
dimensionamento e (v) da realização das verificações de segurança dos elementos, associadas aos
estados limite últimos e estados limites de serviço, segundo os Eurocódigos.

No estudo do comportamento e dimensionamento dos pilares, quando sujeitos à acção sísmica, é


considerada a influência da fendilhação dos elementos, das sobrepressões hidrodinâmicas e do nível
de rigidez dos nós da estrutura dos pilares.

Por fim efectuam-se as medições da estrutura e apresentam-se os desenhos do projecto.

Palavras-chave: Dimensionamento, Ponte canal, Betão Armado, Eurocódigos.

i
Abstract

This dissertation presents the structural design of a reinforced concrete canal bridge, composed by a
portico solution. Within this context, is studied the behaviour in service of the following elements:
bridge deck, bearings, piers and foundations.

The bridge has a total length of 54.4 𝑚, with two side spans and three central spans of 9.2 𝑚 and
12.0 𝑚, respectively, guaranteeing an outflow cross section of 9 𝑚2 . The bridge, that has a “U” shape
cross section deck, is monolithically connected to the central piers and simply supported in the
abutments and side piers. In these elastomeric bearings are used.

The piers have a portico configuration and are oriented transversely to the axis of the deck. Given the
good characteristics of the ground foundations (rocky soil), the piers supports are implemented
through direct foundations and complemented by the application of soil nails. To obtain the elements’
stresses manual calculations and numerical models are used, as well as 2D and 3D automatic calculi
models, created with SAP2000 program.

The structural elements are analysed through the characterization of (i) the project constrains, (ii) the
overall designed solution, (iii) the actions to which the structure is subjected, (iv) the general design
criteria and (v) through the verification of the elements structural safety, considering the ultimate limit
states and the service limit states, according to the Eurocodes.

In the design and study of the piers behaviour, when these are submitted to the seismic action, it is
taken in consideration the influence of the elements’ cracking, the hydrodynamic overpressures and
the rigidity level of the piers structural nodes.

Finally, a measurement of the structure is made and the project drawings are presented.

Key-words: Structural Design, Canal Bridge, Reinforced Concrete, Eurocodes.

iii
Agradecimentos

Agradeço o apoio, a companhia, os conselhos e conhecimentos das pessoas com quem partilhei a
realização deste projecto.

Aos Professores que tive o privilégio de conhecer ao longo do curso, gostaria de agradecer o trabalho
que desempenham, em especial ao Professor José Oliveira Pedro pela dedicação que tem pelo ensino
e ao Professor António Costa por todas as aulas de Estruturas de Betão. Acredito que são os Professores
que estimulam e incentivam o interesse dos alunos pelas áreas técnicas que leccionam.

Ao Professor Rui Rodrigues, pela disponibilidade em orientar esta dissertação.

Aos meus colegas da Estupe, na finalização das peças desenhadas.

A todos os meus amigos, que me acompanham e transformam todos os momentos, em bons


momentos. Em especial à Ana e ao Ricardo, ao Rebelo, ao António, ao Miguel, ao Zé Gui e à Celina.

À Lisa, pelo amor, paciência, ajuda e compreensão.

À minha mãe, pelo exemplo, confiança e carinho.

Obrigado.

v
Índice

Resumo i

Abstract iii

Agradecimentos v

Índice de Figuras xi

Índice de Quadros xiii

Índice de Símbolos xvii

1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Considerações gerais 1

1.2 Estrutura do Documento 2

2 CONDICIONAMENTOS DE PROJECTO 3
2.1 Geométricos 3

2.2 Topográficos 3

2.3 Hidráulicos 3

2.4 Geotécnicos e Geológicos 4

2.5 Económicos, Estéticos e de Integração Ambiental e Paisagística 4

3 CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA 5
3.1 Materiais 5

Betão 5
Armaduras 6
Revestimentos 6
3.2 Secção Transversal do tabuleiro 6

3.3 Pilares 8

3.4 Fundações dos pilares 9

3.5 Encontros 10

3.6 Sistema Longitudinal de ligação do tabuleiro aos pilares e encontros 10

3.7 Aparelhos de Apoio 15

3.8 Processo Construtivo 19

4 ACÇÕES E CRITÉRIOS DE PROJECTO 21


4.1 Acções Permanentes 21

vii
4.1.1 Peso Próprio 21
4.2 Acções Variáveis 21

4.2.1 Pressões hidrostáticas 21


4.2.2 Acção do Vento 22
4.2.3 Variação Uniforme de Temperatura e Retracção do betão 25
4.2.4 Variação Diferencial de Temperatura 26
4.2.5 Acção Sísmica 26
4.3 Combinações de Acções 28

4.3.1 Estados Limites Últimos 29


4.3.2 Estados Limites de Serviço 30
Critérios de Dimensionamento 30

5 ANÁLISE ESTRUTURAL E VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA 31


5.1 Análise Transversal do Tabuleiro 31

5.1.1 Modelo de cálculo e determinação de esforços 32


5.1.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU) 33
ELU de flexão 33
ELU de esforço transverso 33
5.1.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS) 35
Fendilhação 36
Abertura de fendas 37
5.2 Análise Longitudinal do Tabuleiro 38

5.2.1 Modelo de cálculo 38


5.2.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU) 39
ELU de flexão 39
ELU de esforço transverso 41
5.2.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS) 44
Fendilhação 45
Abertura de fendas 46
Armaduras mínimas 47
5.3 Análise dos Pilares 48

5.3.1 Modelos de cálculo 48


Modelo de “Nós Rígidos” (MNR) e Modelo de “Nós Flexíveis” (MNF) 49
Modelo com parcela de Massa de “Água Oscilante” (MMAO) 50
Acção Sísmica 53
Acção do Vento 57
5.3.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU) 58
Efeitos de segunda ordem 59
ELU de flexão 60

viii
Efeitos da fendilhação dos pilares 67
ELU de esforço transverso 68
Corte na interface entre os pilares centrais e o tabuleiro 69
5.3.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS) 70
Juntas de dilatação 72
5.4 Dimensionamento das Fundações 72

5.4.1 Método de cálculo 72


5.4.2 Verificação dos Estados Limites Últimos (ELU) 75

6 Conclusões e Desenvolvimentos Futuros 77

Referências Bibliográficas 79

ANEXO I – Informação Modal dos modelos de Análise da Acção Sísmica I

ANEXO II – Dimensionamento dos Pilares pelo MNR V

ANEXO III – Dedução das expressões de Dimensionamento das Fundações XIX

ANEXO IV – Resultados do Dimensionamento das Fundações XXIII

ANEXO V – Medições XXXVII

Peças Desenhadas

ix
Índice de Figuras

Figura 1.1 — Ponte canal do Vale do Sorraia. 1

Figura 3.1 — Concepção da secção transversal do tabuleiro. 6

Figura 3.2 — Dimensões da secção transversal do canal. 7

Figura 3.3 — Módulo tipo dos pilares. 8

Figura 3.4 — Perfil longitudinal. 10

Figura 3.5 — Métodos de construção de tabuleiros de pontes [Reis, 2000]. 20

Figura 4.1 — Coeficiente de exposição, Figura NA–4.2. 23

Figura 4.2 — Coeficiente de força cfx,0, Figura 8.3. 23

Figura 4.3 — Coeficiente de força cf,0 para secções rectangulares, Figura 7.23. 24

Figura 5.1 — Modelo de cálculo da secção transversal do tabuleiro e carregamentos


condicionantes. 31

Figura 5.2 — Secções definidas para a determinação da existência de fendilhação nos nós. 36

Figura 5.3 — Modelo de cálculo para a análise longitudinal do tabuleiro. 39

Figura 5.4 — Diagramas de momentos flectores do tabuleiro para os ELU de flexão. 40

Figura 5.5 — Diagramas de momentos flectores do tabuleiro para os ELS e momentos de


fendilhação. 45

Figura 5.6 — Modelo de cálculo analítico (duas vistas: Standart e Extrude View). 49

Figura 5.7 —Modelo de cálculo do comportamento hidrodinâmico. 50

Figura 5.8 —Modelo simplificado de 2GL. 52

Figura 5.9 — Pormenor do MMAO. 52

Figura 5.10 — 1º Modo de vibração do MNR, na direcção Ux; T = 0,96 seg, f = 1.05 Hz. 54

Figura 5.11 — 2º Modo de vibração do MNR, segundo Uy; T = 0,64 seg, f = 1.57 Hz. 55

Figura 5.12 — 3º Modo de vibração do MNR, segundo Rz; T = 0,46 seg, f = 2.16 Hz. 55

Figura 5.13 — 115º Modo de vibração do MMAO, segundo Ux; T = 0,85 seg, f = 1.17 Hz. 56

Figura 5.14 — 116º Modo de vibração do MMAO, segundo Uy; T = 0,57 seg, f = 1.75 Hz. 56

Figura 5.15 — 117º Modo de vibração do MMAO, segundo Rz; T = 0,42 seg, f = 2.39 Hz. 56

Figura 5.16 — Modos de vibração do modelo simplificado de 2GL. 57

Figura 5.17 — Forças do vento sobre o tabuleiro e os pilares. 58

Figura 5.18 — Identificação dos nós e elementos dos pilares. 59

Figura 5.19 — Casos tipo do comportamento das sapatas. 73

xi
xii
Índice de Quadros

Quadro 1.1 — Modelos de cálculo utilizados para os diferentes elementos estruturais. 2

Quadro 3.1 — Características mecânicas do betão C30/37. 5

Quadro 3.2 — Características mecânicas do aço A500. 6

Quadro 3.3 — Pré-dimensionamento da secção transversal. 8

Quadro 3.4 — Alturas dos alinhamentos de pilares. 9

Quadro 3.5 — Propriedades geométricas das secções transversais. 9

Quadro 3.6 — Esforços axiais dos pilares, N em kN. 13

Quadro 3.7 — Configuração 1: Rigidezes horizontais. 13

Quadro 3.8 — Configuração 1: 1ª hipótese (canal vazio). 13

Quadro 3.9 — Configuração 1: 2ª hipótese (canal cheio). 14

Quadro 3.10 — Configuração 2: Rigidezes horizontais. 14

Quadro 3.11 — Configuração 2: 1ª hipótese (canal vazio). 14

Quadro 3.12 — Configuração 2: 2ª hipótese (canal cheio). 14

Quadro 3.13 — Configuração 3: Rigidezes horizontais. 15

Quadro 3.14 — Configuração 3: 1ª hipótese (canal vazio). 15

Quadro 3.15 — Configuração 3: 2ª hipótese (canal cheio). 15

Quadro 3.16 — Pressões admissíveis nas superfícies dos aparelhos de apoio. 16

Quadro 3.17 — Valores de β3 para aparelhos de apoio rectangulares. 18

Quadro 3.18 — Características dos aparelhos de apoio. 18

Quadro 3.19 — Dimensionamento dos aparelhos de apoio: 1ª hipótese (canal vazio). 19

Quadro 3.20 — Dimensionamento dos aparelhos de apoio: 2ª hipótese (canal cheio). 19

Quadro 4.1 — Valores para o cálculo dos espectros de resposta de projecto. 27

Quadro 4.2 — Coeficientes de redução de acções variáveis. 29

Quadro 5.1 — Dimensões dos elementos do modelo de cálculo. 32

Quadro 5.2 — Esforços transversais do tabuleiro. 32

Quadro 5.3 — Dimensionamento da secção transversal do tabuleiro aos ELU de flexão. 33

Quadro 5.4 — Dimensionamento da secção transversal do tabuleiro aos ELU de esforço


transverso. 34

Quadro 5.5 — Valores de σtrac. para a averiguação da existência de fendilhação nos nós. 37

xiii
Quadro 5.6 — Controlo da abertura de fendas na secção A laje,2 . 38

Quadro 5.7 — Larguras efectivas dos banzos comprimidos nos estados limites de flexão. 39

Quadro 5.8 — Momentos flectores para o dimensionamento do tabuleiro, MSd em kNm. 40

Quadro 5.9 — Dimensionamento das armaduras superiores. 41

Quadro 5.10 — Dimensionamento das armaduras inferiores. 41

Quadro 5.11 — Esforços transversos para o dimensionamento do tabuleiro, VSd em kN. 41

Quadro 5.12 — Dimensionamento das armaduras transversais. 42

Quadro 5.13 — Armaduras transversais totais. 44

Quadro 5.14 — Armadura longitudinal inferior mínima nas secções de extremidade. 44

Quadro 5.15 — Momentos flectores de serviço do tabuleiro, MEd em kNm. 46

Quadro 5.16 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio P4 . 46

Quadro 5.17 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio P1 . 47

Quadro 5.18 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio P2 . 47

Quadro 5.19 — Coeficientes para reservatórios de base rectangular, Quadro 8, [Mendes, 2000]. 51

Quadro 5.20 — Informação modal do MNR. 53

Quadro 5.21 — Informação modal do MNF. 54

Quadro 5.22 — Informação modal do MMAO. 55

Quadro 5.23 — Força do vento sobre o tabuleiro, Fw,x em kNm. 58

Quadro 5.24 — Força do vento sobre os pilares, Fw,x em kNm. 58

Quadro 5.25 — Contabilização dos efeitos de segunda ordem. 60

Quadro 5.26 — Dimensionamento do elemento P1 – d0 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MNR. 61

Quadro 5.27 — Dimensionamento do elemento P1 – d0 , para a flexão do pilar segundo z, pelo


MNR. 61

Quadro 5.28 — Dimensionamento do elemento P2 – d0 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MNR. 62

Quadro 5.29 — Dimensionamento do elemento P2 – d0 , para a flexão do pilar segundo z, pelo


MNR. 62

Quadro 5.30 — Dimensionamento do elemento P3 – d1 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MV. 62

Quadro 5.31 — Dimensionamento do elemento P3 – d1 , para a flexão do pilar segundo z, pelo


MNR. 62

Quadro 5.32 — Dimensionamento do elemento P4 – e0 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MNR. 63

xiv
Quadro 5.33 — Dimensionamento do elemento P4 – e0 , para a flexão do pilar segundo z, pelo
MNR. 63

Quadro 5.34 — Dimensionamento do elemento P2 – m1 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MNR. 63

Quadro 5.35 — Dimensionamento do elemento P3 – m1 , para a flexão do pilar segundo y, pelo


MV. 63

Quadro 5.36 — Dimensionamento dos elementos do pilar P1 , para a flexão segundo z. 64

Quadro 5.37 — Dimensionamento dos elementos do pilar P1 , para a flexão segundo y. 64

Quadro 5.38 — Dimensionamento dos elementos do pilar P2 , para a flexão segundo z. 64

Quadro 5.39 — Dimensionamento dos elementos do pilar P2 , para a flexão segundo y. 64

Quadro 5.40 — Pormenorização dos elementos do pilar P2 , para a flexão segundo y. 65

Quadro 5.41 — Dimensionamento dos elementos do pilar P3 , para a flexão segundo z. 65

Quadro 5.42 — Dimensionamento dos elementos do pilar P3 , para a flexão segundo y. 65

Quadro 5.43 — Pormenorização dos elementos do pilar P3 , para a flexão segundo y. 66

Quadro 5.44 — Dimensionamento dos elementos do pilar P4 , para a flexão segundo z. 66

Quadro 5.45 — Dimensionamento dos elementos do pilar P4 , para a flexão segundo y. 66

Quadro 5.46 — Pormenorização dos elementos do pilar P4 , para a flexão segundo y. 66

Quadro 5.47 — Dimensionamento do elemento P4 – e0 , para a flexão do pilar segundo z, pelo


MNR Fendilhado. 67

Quadro 5.48 — Deslocamentos dos aparelhos de apoio, devidos à acção sísmica, dE em mm. 71

Quadro 5.49 — Deslocamentos de dimensionamento dos aparelhos de apoio. 71

Quadro 5.50 — Características geométricas dos novos aparelhos de apoio. 72

Quadro 5.51 — Dimensões das sapatas dos pilares. 75

Quadro 5.52 — Número e comprimento de pregagens. 75

Quadro 5.53 — Dimensionamento das sapatas. 76

xv
Índice de Símbolos

Letras minúsculas latinas

𝑎𝑏 largura dos blocos elastoméricos de secção rectangular


𝑎𝑔 valor de cálculo da aceleração à superfície para um terreno do tipo A
𝑎𝑔𝑟 aceleração máxima de referência
𝑎𝑝 dimensão dos elementos verticais dos pilares, segundo o eixo 𝑧
𝑏 largura do banzo comprimido de cada secção
𝑏𝑏 comprimento dos blocos elastoméricos de secção rectangular
𝑏𝑒𝑓𝑓 largura efectiva do banzo comprimido de cada secção
𝑏𝑖 largura do banzo na zona de ligação entre peças betonadas com idades diferentes
𝑏𝑝 dimensão dos elementos verticais dos pilares, segundo o eixo 𝑦
𝑏𝑡 largura média da zona traccionada
𝑏𝑤 menor largura da secção transversal na área traccionada
𝑐 recobrimento das armaduras
𝑐𝑑𝑖𝑟. coeficiente de direcção
𝑐𝑒 coeficiente de exposição
𝑐𝑓 coeficiente de força relativo à construção ou ao elemento de construção
𝑐𝑓,0 coeficiente de força para elementos de secção rectangular com arestas vivas e sem
livre escoamento em torno das extremidades
𝑐𝑠𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 coeficiente de sazão
𝑐𝑠 𝑐𝑑 coeficiente estrutural
𝑑 altura útil da secção transversal do elemento
𝑑𝐸 deslocamento devido à acção sísmica
𝑑𝐸𝑑 deslocamento total de dimensionamento dos aparelhos de apoio
𝑑𝐺 deslocamento a longo prazo devido às acções permanentes e quase permanentes
𝑑𝑝 dimensão dos pilares, segundo o eixo 𝑧
𝑑𝑇 deslocamento devido às acções térmicas
𝑓𝑐𝑑 valor de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão
𝑓𝑐𝑘 valor de característico da tensão de rotura do betão à compressão
𝑓𝑐𝑡𝑑 valor de cálculo da tensão de rotura do betão à tracção
𝑓𝑐𝑡𝑘 valor característico da tensão de rotura do betão à tracção
𝑓𝑐𝑡𝑚 valor médio da tensão de rotura do betão à tracção
𝑓𝑦𝑑 valor de cálculo da tensão de cedência à tracção do aço das armaduras para betão
armado
𝑓𝑦𝑘 valor de característico da tensão de rotura do betão à compressão
ℎ altura total do elemento

xvii
𝑖 raio de giração
𝑖𝑦,𝑝 raio de giração do pilar, segundo o eixo 𝑦
𝑖𝑧,𝑝 raio de giração do pilar, segundo o eixo 𝑧
𝑘 coeficiente que considera o efeito das tensões auto-equilibradas não uniformes
𝑘𝑐 coeficiente que tem em conta quer a natureza da distribuição de tensões na secção
imediatamente antes da fendilhação, quer a alteração do braço da força
𝑘𝑡 coeficiente que depende da duração do carregamento
𝑘1 coeficiente que tem em conta as propriedades de aderência das armaduras
𝑘2 coeficiente que tem em conta a distribuição das tensões
𝑙0 comprimento de encurvadura
𝑚𝐸𝑑 valor de cálculo do momento flector actuante
𝑛 número de camadas de elastómero
𝑛 esforço axial reduzido (cálculo de esbelteza limite)
𝑛𝐸𝑑 valor de cálculo do esforço axial actuante
𝑝𝑤 valor característico da pressão hidrostática
𝑝𝑝 peso próprio
𝑞 coeficiente de comportamento
𝑞𝑏 pressão dinâmica de referência
𝑞𝑝 (𝑧𝑒 ) pressão dinâmica de pico, à altura de referência 𝑧𝑒
𝑞𝑢 valor médio da resistência unitária última da interface calda-terreno
𝑠𝐿 espaçamento entre cintas
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 distância máxima entre fendas
𝑡 espessura de uma camada de elastómero
𝑢 perímetro da secção transversal de betão cuja área é 𝐴𝑐
𝑣𝑏 valor de referência da velocidade do vento
𝑣𝑏,0 valor básico de referência da velocidade do vento
𝑤𝑒𝑙á𝑠𝑡. módulo de flexão elástico
𝑤𝑘 largura de fendas
𝑤1,𝑧 deslocamento de primeira ordem
𝑥 altura da linha neutra da secção
𝑥𝐶𝑅 distância do centro de rigidez do sistema
𝑧 profundidade, medida a partir da superfície do líquido armazenado
𝑧 braço do binário das forças interiores

Letras maiúsculas latinas

𝐴 área da secção transversal


𝐴𝑏 área dos blocos elastoméricos de secção rectangular
𝐴𝑐 área da secção transversal de betão

xviii
𝐴𝑐,𝑒𝑓𝑓 área da secção efectiva de betão traccionado que envolve a armaduras para betão
armado ou de pré-esforço
𝐴𝑐𝑡 área de betão traccionada
𝐴𝐸𝑑 valor de cálculo de uma acção sísmica
𝐴𝐸𝑘 valor característico de uma acção sísmica
𝐴𝑟 área em planta em que as faces superior e inferior do bloco se sobrepõe
𝐴𝑟𝑒𝑓 área de referência da construção ou do elemento de construção
𝐴𝑠 área da secção de uma armadura para betão armado
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. área da secção mínima de armadura
𝐴𝑠𝑓 área da secção de armadura de ligação banzo-alma
𝐴𝑠𝑙 área de armadura de tracção
𝐴𝑠𝑤 área de armadura transversal/confinamento
𝐴𝑣 área da secção transversal de 1 varão de pregagem
𝐷𝐷𝐻 diâmetro médio da furação
𝐸 efeito de uma acção
𝐸 módulo de elasticidade
𝐸𝑏 módulo de compressibilidade do elastómero
𝐸𝑐 módulo de elasticidade do betão
𝐸𝑑 valor de cálculo do efeito das acções
𝐸𝐸𝑑𝑥 representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo 𝑥 da
estrutura
𝐸𝐸𝑑𝑦 representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo 𝑦 da
estrutura
𝐹 acção
𝐹𝑆𝑃 coeficiente de segurança em relação à rotura por arrancamento
𝐹𝑇 forças longitudinais de tracção
𝐹𝑤 (𝑧) força do vento
𝐺 módulo de distorção
𝐺𝑘,𝑗 valor característico de uma acção permanente 𝑗
𝐻𝑒𝑞 ∗ altura equivalente
𝐼 momento de inércia
𝐾 Rigidez
𝐿 altura dos pilares
𝐿𝑒 comprimento de encurvadura
𝐿𝑝 comprimento de selagem da pregagem no maciço rochoso
𝑀 momento flector
𝑀𝑑 momento flector de dimensionamento

xix
𝑀𝑅 momento flector resistente
𝑀1 momento de primeira ordem
𝑁 esforço normal
𝑁𝐸𝑑 esforço normal na secção devido às acções aplicadas ou ao pré-esforço
𝑃 valor representativo de uma acção de pré-esforço
𝑃𝑐𝑟,𝑧 carga crítica de coluna
𝑄𝑘,𝑖 valor característico da acção variável acompanhante 𝑖
𝑅 reacção
𝑅𝑥 rotação segundo o eixo 𝑥, segundo a direcção longitudinal da ponte
𝑅𝑦 rotação segundo o eixo 𝑦, segundo a direcção transversal da ponte
𝑅𝑧 rotação segundo o eixo 𝑧, segundo a direcção vertical
𝑆 coeficiente de solo
𝑆𝑑 (𝑇) espectro de cálculo (para análise elástica)
𝑇 período de vibração de um sistema linear com um grau de liberdade
𝑇 altura total de elastómero (somatório das espessuras das várias camadas)
𝑇𝐵 limite inferior do período no patamar de aceleração espectral constante
𝑇𝐶 limite superior do período no patamar de aceleração espectral constante
𝑇𝐷 valor que define no espectro o início do ramo de deslocamento constante
𝑇0 temperatura inicial do elemento estrutural
𝑈𝑥 translação segundo o eixo 𝑥, direcção longitudinal da ponte
𝑈𝑦 translação segundo o eixo 𝑦, direcção transversal da ponte
𝑈𝑧 translação segundo o eixo 𝑧, direcção vertical
𝑉 esforço transverso
𝑉𝐸𝑑 ⁄𝑧 variação da força longitudinal do banzo traccionado ou comprimido
𝑉𝑅𝑑,𝐶 valor de cálculo do esforço transverso resistente

Letras minúsculas gregas

𝛼 coeficiente de dilatação do betão


𝛼𝑎,𝑑 ângulo de rotação ao longo de 𝑎
𝛼𝑏,𝑑 ângulo de rotação ao longo de 𝑏
𝛽 relação entre a força na parte do betão betonada em 2ª fase, 𝑖, e a força total no banzo
𝛽 coeficiente correspondente ao limite inferior do espectro de cálculo horizontal
𝛽2 coeficiente que depende da forma da secção
𝛽3 constante definida em função da relação 𝑏𝑏 ⁄𝑎𝑏
𝛾 peso volúmico do líquido armazenado
𝛾 peso volúmico do líquido armazenado
𝛾𝐼 coeficiente de importância
𝛾𝐹 coeficiente parcial de segurança

xx
𝛿 deslocamento
𝜀𝑐𝑎 extensão de retracção autogénea
𝜀𝑐,𝑑 distorção devido às cargas de compressão
𝜀𝑐𝑑 extensão de retracção por secagem
𝜀𝑐𝑚 extensão média no betão entre fendas
𝜀𝑐𝑠 extensão total de retracção do betão
𝜀𝑞,𝑑 distorção devido aos movimentos horizontais
𝜀𝑠𝑚 extensão média da armadura para a combinação de acções considerada, incluindo o
efeito das deformações impostas e considerando a contribuição do betão traccionado
𝜀𝑡,𝑑 máxima distorção admissível dos aparelhos elastoméricos
𝜀𝑦𝑑 valor de cálculo da extensão do aço da armadura para betão armado
𝜀𝛼,𝑑 distorção devido à rotação
𝜃 ângulo formado pela escora comprimida de betão com o eixo da viga
𝜆 esbelteza
𝜆𝑙𝑖𝑚 esbelteza limite
𝜇 momento flector reduzido
𝑣 coeficiente de efeitos de extremidade para elementos cujas extremidades sejam
livremente contornadas pelo vento
𝜌 percentagem de armadura que atravessa a interface
𝜌 massa volúmica do ar
𝜌𝐿 taxa de armadura longitudinal
𝜌𝑤 taxa de armadura transversal
𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛. taxa mínima de armaduras de esforço transverso
𝜎𝑎𝑑𝑚 tensão máxima admissível no terreno de fundação
𝜎𝑐 tensão no betão
𝜎𝑐𝑝 tensão de compressão no betão devido a um esforço normal ou ao pré-esforço
𝜎𝑛 tensão normal na zona de ligação entre peças betonadas com idades diferentes
𝜎𝑠 tensão máxima admissível na armadura imediatamente após a formação de fendas
𝜎𝑠 tensão no solo
𝜑(∞, 𝑡0 ) coeficiente de fluência
𝜑𝑒𝑓 coeficiente de fluência efectivo
𝜔 taxa de armadura
ω𝑜 frequência própria

Letras maiúsculas gregas

∆𝑇𝑑 variação diferencial de temperatura


∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. valor característico da amplitude de contracção máxima
∆𝑇𝑢 variação uniforme de temperatura

xxi
∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. variação uniforme de temperatura equivalente
∆𝑇𝑢,𝑒𝑥𝑝 valor característico da amplitude de dilatação máxima
∅ diâmetro dos varões
∅𝑒𝑞 diâmetro equivalente dos varões
𝜓 coeficientes definindo valores representativos das acções variáveis
𝜓 coeficiente de combinação
𝜓𝑟 coeficiente de redução para secções quadradas com cantos arredondados
𝜓0 para os valores de combinação
𝜓2 para os valores quase-permanentes
𝜓𝜆 coeficiente de efeitos de extremidade para elementos cujas extremidades sejam
livremente contornadas pelo vento

xxii
1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações gerais e Objectivos

Este documento apresenta o dimensionamento de uma ponte canal em betão armado, utilizando as
normas de verificação de segurança, de definição das acções e os critérios de projecto dos Eurocódigos.
A obra projectada com o objectivo de alterar o curso natural de uma ribeira localizada em Vieira do
Minho, encontra-se a uma altitude de aproximadamente 350 𝑚, tem um desenvolvimento total de
54.4 𝑚 e garante uma secção de escoamento útil com 9 𝑚2 .

Em Portugal, as pontes canal são essencialmente utilizadas nas redes de adução e distribuição de água,
estabelecendo ligações entre canais a céu aberto no atravessamento de vales. Embora estruturas deste
género se possam afigurar como de menor importância, estas são vitais no suporte de grandes obras
de armazenamento de água. É exemplo de uma estrutura deste tipo a ponte canal do Vale do Sorraia,
Figura 1.1, que se insere no sistema de rega para a actividade agrícola de todo o vale.

Figura 1.1 — Ponte canal do Vale do Sorraia [Ponte-Canal (Couço)].

Este trabalho tem como base de partida condicionamentos semelhantes aos de um projecto recente.
Para o dimensionamento da ponte canal são considerados assim tanto os critérios definidos em
projectos de pontes de betão armado, como os critérios de dimensionamento de estruturas de
contenção de líquidos (reservatórios), dadas as características específicas que é necessário garantir
nestes casos.

A obra projectada é composta por um tabuleiro de secção transversal em forma de “U”, assente sobre
pilares e simplesmente apoiado nos encontros. Os pilares apresentam uma configuração em pórtico e
encontram-se orientados transversalmente ao eixo do tabuleiro. Os encontros estão integrados a
jusante e a montante nas estruturas de recepção e de saída do caudal, respectivamente, não se
inserindo o seu dimensionamento no âmbito deste trabalho.

A solução estrutural pode ser encarada como a de uma ponte de betão armado em pórtico, sendo
estudadas para as ligações pilar-tabuleiro soluções monolíticas e soluções rotuladas, executadas com
aparelhos elástoméricos. As fundações dos pilares, executadas por intermédio de sapatas, são
complementadas pela aplicação de pregagens ao solo, dadas as boas características do terreno de
fundação (solo rochoso). Deste modo, identificam-se como objectivos principais do projecto
apresentado:

1
1) Conceber e dimensionar a estrutura, tendo em consideração os condicionamentos de base de
uma estrutura semelhante;

2) Quantificar as acções e os critérios de projecto, utilizando como normas os Eurocódigos;

3) Verificar a segurança estrutural dos vários elementos de betão armado que compõem a
estrutura e dimensionar os aparelhos de apoio do tabuleiro;

4) Verificar detalhadamente a segurança dos pilares para a acção sísmica, analisando a forma
como as diferentes hipóteses de modelação, do seu comportamento, influenciam esta
verificação.

No dimensionamento dos elementos estruturais são analisados os efeitos do peso próprio da estrutura,
das pressões hidrostáticas, das acções diferencial e uniforme da temperatura, da retracção do betão,
da acção do vento, da acção sísmica global e das sobrepressões hidrodinâmicas locais, nas paredes e
laje de fundo do canal. Para a execução do cálculo da estrutura são utilizados diferentes modelos
numéricos ao longo da dissertação, conforme é esquematizado no Quadro 1.1.

Quadro 1.1 — Modelos de cálculo utilizados para os diferentes elementos estruturais.


Elemento Estrutural Modelo de cálculo
Ligações Pilar-Tabuleiro e
Modelo de Pórtico 2D – SAP2000
Aparelhos de Apoio
Análise
Modelo Isostático – Cálculo Manual
Transversal
Tabuleiro
Análise
Modelo de Pórtico 2D – SAP2000
Longitudinal
Pilares Modelos 3D da Estrutura – SAP2000
Fundações Modelos 3D da Estrutura – SAP2000

1.2 Estrutura do Documento

O documento está organizado em 7 capítulos, da seguinte forma: o Capítulo 1 — Introdução, resume


os aspectos gerais e os objectivos do trabalho, enunciando as principais características da estrutura; o
Capítulo 2 — Condicionamentos de Projecto, apresenta as várias condicionantes ao projecto em termos
Geométricos, Topográficos, Hidráulicos, Geotécnicos, Económicos e Estéticos; no Capítulo 3 —
Concepção da Estrutura, são identificados os materiais, é realizado o pré-dimensionamento dos vários
elementos estruturais e são apresentadas nomeadamente as soluções estudadas para a secção
transversal do tabuleiro, para os pilares, encontros e fundações, para o sistema de ligação do tabuleiro
aos pilares e encontros e define também o processo construtivo da obra de arte; o Capítulo 4 — Acções
e Critérios de Projecto, define os tipos de acção que afectam a estrutura, as combinações de acções
utilizadas e os critérios de dimensionamento estabelecidos nas verificações de segurança para a fase
de serviço da estrutura; no Capítulo 5 — Análise Estrutural e Verificações de Segurança, é efectuado o
dimensionamento detalhado de todos os elementos estruturais, sendo apresentados os métodos e
modelos de cálculo utilizados e verificados os Estados Limites Últimos e os Estado Limites de Serviço da
estrutura, de acordo com os critérios definidos; e por último, no Capítulo 6 — Conclusões e
Desenvolvimentos Futuros, apresenta as principais conclusões do trabalho e os aspectos que se julga
merecerem desenvolvimento adicional em trabalhos futuros.

2
2 CONDICIONAMENTOS DE PROJECTO

Resumem-se de seguida os principais condicionamentos ao desenvolvimento da obra de arte em


estudo.

2.1 Geométricos

Neste trabalho não são considerados quaisquer condicionamentos à geometria da ponte canal que
advenham das estruturas de entrada ou de saída do caudal, admitindo-se que ou (i) a secção transversal
do canal de rega é igual à da ponte ou que, (ii) caso a secção transversal do canal de rega seja diferente
daquela que é estipulada para a ponte, existe uma secção de transição ao longo de um determinado
comprimento, a jusante da ponte.

Tal como referido no Capítulo 1, a secção transversal da ponte deverá ter uma secção de escoamento
útil de 9 𝑚2 e o eixo do canal traçar uma poligonal em planta, sendo que a rasante em trainel tem uma
inclinação ligeiramente inferior a 1%. As cotas dos 1º e 2º apoios de extremidade do tabuleiro são
respectivamente 349.445 𝑚 e 348.973 𝑚.

2.2 Topográficos

Para qualquer obra de arte, a topografia do terreno onde esta se localiza é fulcral para a identificação
das características geométricas que condicionam de forma decisiva a definição da solução estrutural.

Com base na avaliação da Planta de Implantação (desenho DES 1) observa-se que (i) a ponte atravessa
um pequeno vale numa encosta íngreme, que (ii) o 1º apoio de extremidade encontra-se
aproximadamente 2 𝑚 acima do terreno e (iii) o 2º apoio abaixo da linha do terreno natural. Os pontos
de extremidade do tabuleiro estão distanciados 54.4 𝑚, tendo o tabuleiro uma altura máxima de 16 𝑚,
medida entre a cota de soleira do canal e a superfície do terreno. É importante referir que a distância
vertical do canal ao solo varia de forma significativa, ao longo da direcção transversal ao eixo do canal,
devido ao relevo acidentado do terreno. Acresce o facto de não existirem quaisquer condicionamentos
devido à possível existência de edificações, outros cursos de água ou vias de comunicação.

2.3 Hidráulicos

Sendo uma ponte canal uma estrutura hidráulica, para além das normas gerais do betão armado devem
ser consideradas as acções definidas na EN 1991-4 e as regras de dimensionamento estabelecidas na
EN 1992-3. Identificam-se no entanto algumas hipóteses que não são tomadas em consideração, tais
como a contabilização das forças de fixação nos pilares, geradas pelo equilíbrio da quantidade de
movimento ou o atrito criado nas paredes do canal devido ao escoamento, tanto em situações de teste
como de serviço da estrutura, por não serem relevantes para o seu dimensionamento.

2.4 Geotécnicos e Geológicos

Sobre este tema não são fornecidas informações para que se possa caracterizar de forma detalhada a
composição do terreno de fundação. Sabe-se apenas que este é composto por um maciço rochoso

3
pouco fracturado, com módulo de deformabilidade de aproximadamente 10 𝐺𝑃𝑎 . Considera-se a
existência de uma camada superior de solo composta por areia e matéria orgânica, com espessura
máxima de 1 𝑚, não se estabelecendo portanto qualquer impedimento à execução de fundações
directas. Admite-se conservativamente que o maciço abaixo dessa camada tem um valor para a tensão
de segurança de 3000 𝑘𝑁/𝑚2 [Gomes e Vinagre, 1997]. Devido à natureza rochosa do terreno adopta-
se uma inclinação de escavação máxima de 1/5.

2.5 Económicos, Estéticos e de Integração Ambiental e Paisagística

A qualidade estética das obras de arte e a sua integração no ambiente ou envolvente paisagística onde
se inserem, é hoje em dia um parâmetro de apreciação obrigatório nos concursos de concepção, ou de
concepção-construção. O critério custo ou custo / prazo deixou de ser o parâmetro decisivo ou pelo
menos o único parâmetro na análise comparativa das propostas, devendo o critério económico ser
ponderado com o critério de qualidade da obra. Nessa qualidade pode e deve ser inserida a sua
qualidade estética e de integração ambiental [Reis, 2006, Capítulo 5].

Como consequência da sua funcionalidade e uma vez que a obra se localiza em meio rural, entende-se
que os requisitos citados não são preponderantes. No entanto, procuram-se definir formas e
dimensões da estrutura que se adequam ao espaço onde a ponte se insere.

4
3 CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA

O dimensionamento de uma estrutura é sempre um processo iterativo, nomeadamente no processo


de concepção, o que significa que muitas hipóteses inicialmente admitidas para os vários elementos da
estrutura são frequentemente alteradas ou corrigidas no decorrer do dimensionamento. Por esta
razão, a descrição mais fiel do trabalho desenvolvido nesta dissertação teria que mencionar as várias
hipóteses consideradas, analisadas e excluídas até ter sido atingida a última versão apresentada. Ao
longo deste e dos próximos capítulos, a mesma descrição é elaborada da forma mais clara e sucinta
possível, sendo contudo sempre justificadas todas as decisões tomadas e valores adoptados.

Ao longo deste capítulo são especificados (i) os materiais estruturais utilizados; são apresentada as
soluções estudadas (ii) para a secção transversal do tabuleiro, (iii) para os pilares, encontros e
fundações, (iv) para o sistema de ligação do tabuleiro aos pilares e encontros e (v) apresentado o
processo construtivo da obra de arte.

3.1 Materiais

Betão

O betão utilizado em todos os elementos é da classe C30/37. De acordo com as especificações da


EN 1992-1-1, as características de cada um dos tipos de betão mencionados são as seguintes:

Quadro 3.1 — Características mecânicas do betão C30/37.


Betão C30/37
𝑓𝑐𝑘 (𝑀𝑃𝑎) 30.0
𝑓𝑐𝑑 (𝑀𝑃𝑎) 20.0
𝑓𝑐𝑡𝑘 (𝑀𝑃𝑎) 2.0
𝑓𝑐𝑡𝑑 (𝑀𝑃𝑎) 1.3
𝑓𝑐𝑡𝑚 (𝑀𝑃𝑎) 2.9
𝛼 (℃−1 ) 0.00001
𝐸𝑐 (𝐺𝑃𝑎) 33
𝐸𝑐 ′ (𝐺𝑃𝑎) 16.5
𝛾𝑐 (𝑘𝑁⁄𝑚3 ) 25

Refere-se ainda que para as camadas de regularização criadas durante a fase construtiva, pode-se
recorrer a betões de resistência inferior, como por exemplo um betão C15/20.

Acrescenta-se ainda que de acordo com o artigo 3.1.3 (105) da EN 1992-3, o coeficiente de dilatação
térmica linear do betão varia consideravelmente em função do tipo de agregados utilizados e da
humidade do betão, contudo esta indicação não foi considerada ao longo do trabalho.

5
Armaduras

O aço das armaduras utilizado é da classe A500, cujas características são apresentadas no Quadro 3.2.

Quadro 3.2 — Características mecânicas do aço A500.


𝑓𝑦𝑘 (𝑀𝑃𝑎) 500
𝑓𝑦𝑑 (𝑀𝑃𝑎) 435
𝜀𝑦𝑑 2.18
𝐸𝑠 (𝐺𝑃𝑎) 200

Revestimentos

As superfícies interiores do canal devem ser revestidas por uma emulsão betuminosa seguida de
membranas betuminosas ou de PVC plastificado (sintéticas) [Morgado, 2008], com o objectivo de
proteger a estrutura, preservar o seu bom estado e prolongar a sua vida útil. Por conseguinte, o peso
destes materiais é inferior a 5 𝑘𝑔/𝑚2 de superfície.

3.2 Secção Transversal do tabuleiro

Atendendo a que o projecto de uma ponte canal não é tão comum como o de uma ponte rodoviária ou
o de uma ponte ferroviária, não é possível adoptar um tipo de secção transversal para o tabuleiro da
ponte, sobre o qual se conheçam valores generalizados para o seu pré-dimensionamento, à imagem do
processo utilizado para os outros tipos de obra de arte mencionados. Assim, tendo em consideração a
função da ponte e o comportamento estrutural, tanto transversal como longitudinal, estudam-se
diferentes opções na concepção das secções transversais do tabuleiro, Figura 3.1.

Figura 3.1 — Concepção da secção transversal do tabuleiro.

Para cada uma das opções fizeram-se variar as dimensões geométricas das secções e compararam-se
os rácios área/inércia, tendo sido escolhida aquela que se julgou ser mais vantajosa e ajustada ao
objectivo pretendido, tanto a nível estrutural, como económico e de execução.

Por de entre as diferentes formas criadas, a opção ilustrada na Figura 3.1 c é a mais simples e aquela
que melhor satisfaz as necessidades deste projecto, dado que (i) apresenta uma boa relação entre a
área e a inércia associadas, (ii) não é composta por elementos inclinados (característica que implica
maiores dificuldades ao nível da execução e que gera esforços transversos nos referidos elementos) e
(iii) não é constituída por paredes de secção variável, embora esta seja uma boa hipótese na concepção
de elementos em consola. Para que os esforços nos nós da secção possam ser controlados, são

6
implementados esquadros no interior do canal. Refere-se que os esquadros não devem ter dimensões
inferiores a 0.15 𝑚 [Mendes, 2000].

Contrariamente ao exemplo apresentado no Capítulo 1, Figura 1.1, as soluções consideradas não


contemplam vigas de encabeçamento no topo das paredes, nem tirantes regularmente espaçados a
uni-las. Com esta decisão, pretende-se estudar uma solução diferente da enunciada, pois embora as
características identificadas tenham um fundamento estruturalmente correcto, estas implicam
algumas desvantagens, tais como o aumento do peso próprio da estrutura e uma maior complexidade
no processo construtivo.

As dimensões definidas para os elementos da secção podem ser identificadas na Figura 3.2. Refere-se
que os valores adoptados são condicionados por vários aspectos, dos quais se destacam os esforços
transversais da secção, os esforços longitudinais do tabuleiro, a fissuração dos elementos, o
recobrimento das armaduras ou a já referida relação área / inércia da secção. Os primeiros aspectos
mencionados serão estudados ao longo dos próximos capítulos.

Figura 3.2 — Dimensões da secção transversal do canal.

Os valores da área e da inércia da secção de betão para várias hipóteses de valores de 𝑏𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 e
ℎ𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 (sendo as espessuras da laje, paredes e esquadros as definidas na Figura 3.2), são
apresentados no Quadro 3.3. Constata-se que, para combinações desses valores que respeitam sempre
uma área hidráulica de pelo menos 9.0 𝑚2 , a área da secção mantém-se aproximadamente constante
para valores de 𝑏𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 superiores a 4.0 𝑚 e que para combinações com valores inferiores a esse
limite, a área e a inércia aumentam quando ℎ𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 aumenta e 𝑏𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 diminui. Assim, procura-se a
hipótese com a menor área de secção e a maior inércia possível, de forma a que se obtenha um menor
peso próprio e uma maior rigidez do tabuleiro.

No Quadro 3.3 são também apresentados os valores dos momentos na base das paredes, 𝑚1 , gerados
pelos impulsos horizontais da água no interior do canal, e os momentos gerados nos apoios da laje de
fundo, 𝑚2 , devidos ao peso próprio da laje e ao peso da massa de água, caso esta fosse totalmente
encastrada em cada um dos apoios. Os modelos adoptados para o cálculo destes esforços são
apresentados em 5.1.1. Procura-se a hipótese em que os valores de 𝑚1 e 𝑚2 são próximos, sendo
desejável que o valor de 𝑚2 seja inferior ao de 𝑚1 . Esta medida tem como objectivo aproximar o valor
absoluto do momento flector positivo a meio vão da laje de fundo com o valor absoluto dos momentos
flectores nos nós da secção.

7
Quadro 3.3 — Pré-dimensionamento da secção transversal.
𝑏𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ℎ𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝐴𝑠𝑒𝑐çã𝑜 𝐼𝑦 𝐴ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎 𝐴𝑠𝑒𝑐çã𝑜 𝑚1 𝑚2
(𝑚) (𝑚) (𝑚2 ) (𝑚4 ) (𝑚2 ) 𝐼𝑦 (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚) (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚)
3.00 4.10 3.22 5.52 9.08 0.58 102.72 28.55
3.25 3.75 3.09 4.43 9.10 0.70 77.76 31.55
3.50 3.45 2.98 3.61 9.10 0.83 59.90 34.56
3.75 3.20 2.91 3.00 9.10 0.97 47.29 37.69
4.00 3.00 2.86 2.56 9.14 1.17 38.58 41.07
4.25 2.80 2.82 2.15 9.09 1.31 31.02 44.21
4.50 2.65 2.80 1.88 9.13 1.49 26.04 47.78
5.00 2.40 2.80 1.46 9.20 1.91 18.98 55.23
5.25 2.25 2.79 1.23 9.03 2.26 15.44 58.19
5.50 2.15 2.80 1.10 9.03 2.54 13.33 61.97

3.3 Pilares

A concepção dos pilares é sucessivamente condicionada ao longo do dimensionamento das vários


componentes da estrutura, por diversos parâmetros tais como o comportamento em serviço
(fendilhação), a estabilidade elástica (esbelteza) e a resistência última dos elementos, bem como por
aspectos estéticos.

Figura 3.3 — Módulo tipo dos pilares.

Na Figura 3.3 observa-se a geometria definida para o desenvolvimento em altura dos pilares da ponte.
O módulo ilustrado, constituído por dois pilares afastados 3 𝑚 e travessas espaçadas de 4 em 4 𝑚,

8
repete-se em altura para cada alinhamento de pilares. Inicialmente define-se que todos os pilares
possuem dimensões idênticas, embora tenham alturas diferentes. Porém, no decorrer da análise
sísmica da estrutura, verifica-se ser necessário aumentar a rigidez dos pilares centrais, sendo por esta
razão aumentadas as larguras das suas secções transversais.

Note-se que, não é adoptada uma solução de pilar único por não se considerar que essa pudesse ser
uma melhor solução em termos estéticos ou estruturais. Embora tal solução facilitasse a execução do
elemento, comparando com a configuração adoptada, esta fornece um aumento da rigidez do
alinhamento de pilares, para o mesmo valor de área da secção.

Devido ao modelo de pilares adoptado e ao facto do relevo do terreno ser muito acidentado, as alturas
dos dois pilares de cada alinhamento são diferentes, tal como se pode constatar no desenho DES 2.
Este aspecto faz com que os valores das alturas de cada alinhamento de pilares necessários para vários
cálculos no decorrer do trabalho, não sejam exactos, tendo portanto sido definidas as alturas
apresentadas no Quadro 3.4. As propriedades das secções transversais dos pilares podem ser
observadas no Quadro 3.5.

Quadro 3.4 — Alturas dos alinhamentos de pilares.


Alinhamento 𝐿 (𝑚)
𝑃1 7.5
𝑃2 13.0
𝑃3 16.0
𝑃4 3.5

Quadro 3.5 — Propriedades geométricas das secções transversais.


Pilares Laterais Centrais
𝑎𝑝 (𝑚) 0.50 0.50
𝑏𝑝 (𝑚) 0.50 0.75
𝑑𝑝 (𝑚) 4.00 4.00
𝐴𝑝 (𝑚2 ) 0.50 0.75
𝐼𝑦,𝑝 (𝑚4 ) 1.542 2.313
𝐼𝑧,𝑝 (𝑚4 ) 0.010 0.035
𝑖𝑦,𝑝 (𝑚) 1.756 1.756
𝑖𝑧,𝑝 (𝑚) 0.144 0.217
𝑊𝑒𝑙,𝑦,𝑝 (𝑚3 ) 0.881 1.321
𝑊𝑒𝑙,𝑧,𝑝 (𝑚3 ) 0.042 0.094

3.4 Fundações dos pilares

Tal como referido no capítulo anterior, é possível admitir à partida que a implantação da estrutura seja
efectuada através de fundações directas. Admite-se inicialmente que:

 Em cada alinhamento de pilares existem duas sapatas independentes, rectangulares e de iguais


dimensões, uma para cada pilar do alinhamento;

 Caso as dimensões em planta necessárias para as sapatas sejam demasiado grandes, e uma vez
que o terreno de fundação é de natureza rochosa, são utilizadas pregagens embebidas no betão
das sapatas, constituídas por varões de aço com ∅32, amarrados através de calda de cimento
injectada num furo efectuado no terreno;

9
 Em todos os modelos analíticos e computacionais executados da estrutura admite-se que os
pilares são totalmente encastrados na base, hipótese que é corroborada pelas boas
características que o terreno de fundação apresenta. Tal aproximação faz com que a rigidez total
da estrutura seja maior do que na realidade é, levando-nos à obtenção de esforços superiores
aos reais e deslocamentos inferiores, tornando os cálculos conservativos em relação aos
primeiros mas não conservativos em relação aos segundos.

As dimensões das sapatas adoptadas são calculadas e definidas no subcapítulo 5.4.

3.5 Encontros

A geometria a adoptar para os encontros é determinada de acordo com as estruturas hidráulicas de


recepção e saída do caudal do canal. Uma vez que a definição destas estruturas não faz parte deste
estudo, a geometria estabelecida para os encontros da obra de arte é meramente representativa,
sendo apenas apresentados alguns detalhes construtivos.

3.6 Sistema Longitudinal de ligação do tabuleiro aos pilares e encontros

É definido no início da dissertação que a obra de arte consistirá numa ponte em pórtico, apoiada por
pilares ao longo do vão, nas secções de vértice do eixo poligonal do canal. Por conseguinte, a ponte é
formada por três vãos interiores com 12 𝑚 de comprimento cada e dois vãos exteriores com 9.2 𝑚,
Figura 3.4. A relação entre estes comprimentos é de 0.7(6), valor entre 0.7 e 0.8, o que é vantajoso
pois minimiza as rotações do tabuleiro sobre os apoios e uniformiza os momentos máximos positivos
devidos à acção das cargas permanentes, em todos os vãos.

Figura 3.4 — Perfil longitudinal.

Tendo já sido definidas as secções transversais do tabuleiro e dos pilares torna-se necessário
estabelecer o tipo de ligação pilar-tabuleiro de cada alinhamento de pilares, com o objectivo de definir
o sistema estrutural longitudinal. Geralmente são distinguidos três tipos de ligações na engenharia de
pontes: a ligação monolítica, a ligação com apoio fixo e a ligação com apoio móvel unidireccional.

Neste trabalho são estudadas três configurações para o sistema de ligação pilares-tabuleiro, sendo que
estas se diferenciam ou pela adopção de ligações monolíticas entre os pilares e o tabuleiro ou pela

10
instalação de aparelhos de apoio elastoméricos (ligação móvel), em cada um dos alinhamentos de
pilares da estrutura. Em cada configuração pretende-se que não ocorra fendilhação na base dos pilares,
sendo esta provocada pelo encurtamento do tabuleiro quando sujeito ao efeito de uma variação
uniforme de temperatura negativa e ao efeito da retracção do betão (as quantificações destas acções
são efectuadas em 4.2.3) e pretende-se limitar o deslocamento horizontal identificado nos aparelhos
de apoio. Este último parâmetro está directamente associado ao dimensionamento dos aparelhos,
descrito em 3.7. Refere-se ainda que cada ligação móvel é materializada através de dois aparelhos de
apoio e que os aparelhos adoptados para os pilares têm diferentes dimensões dos adoptados nos
encontros.

A variação uniforme de temperatura equivalente, ∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. , que afecta a estrutura, utilizando os valores
de ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. e 𝜀𝑐𝑠,∞ calculados em 4.2.3, é dada por:

𝜀𝑐𝑠,∞
∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. = ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. + = 21.5℃ + 23℃ = 44.5℃ (3.1)
𝛼

O valor de ∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. deveria ser calculado através de uma combinação característica de acções, enunciada
no ponto 4.3.2 deste trabalho, considerando os efeitos devidos a 𝜀𝑐𝑠,∞ como sendo a acção variável de
base e os efeitos devidos a ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. como sendo a acção variável acompanhante, devendo o valor desta
última ser condicionado pelo respectivo coeficiente de redução.

Neste caso, por se considerar irrealista o valor de ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. no contexto do projecto em estudo, na
situação em que o canal esteja cheio, pois a massa de água que o canal alberga confere uma grande
inércia térmica às variações de temperatura da estrutura, em vez de ser utilizada uma combinação
característica de acções definem-se duas hipóteses distintas, com o objectivo de condicionar os efeitos
devidos à variação uniforme de temperatura:

 1ª hipótese — Admite-se que o canal encontra-se vazio, sendo considerado válido o valor de
∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. calculado na Equação 3.1;

 2ª hipótese — Admite-se que o canal encontra-se cheio e define-se ∆𝑇𝑢 = ±10℃, valor mais
realista comparando com ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. , definido de acordo com o que é estabelecido no artigo 18.1
do RSA, para estruturas de betão armado.

As duas hipóteses definidas seguem a indicação do artigo B.2.1 (1) da EN 1991-4. Para a 2ª hipótese,
∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. passa então a ser dada por:

∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. = ∆𝑇𝑢 + 𝜀𝑐𝑠,∞ ∙ 𝛼 = 10℃ + 23℃ = 33℃ (3.2)

Para que seja possível avaliar a fendilhação na base dos pilares e os deslocamentos horizontais dos
aparelhos de apoio, torna-se necessário calcular a rigidez horizontal, 𝐾ℎ , de cada tipo de ligação
adoptada. Para este cálculo são utilizados os valores das rigidezes horizontais dos aparelhos de apoio,
𝐾ℎ ∅200 para os encontros e 𝐾ℎ 250×400 para os pilares, obtidas em 3.7 ( 𝐾ℎ ∅200 = 1346.4 𝑘𝑁/𝑚 e
𝐾ℎ 250×400 = 6923.1 𝑘𝑁/𝑚), e tem-se também através do artigo 31.1 do REBAP, que 𝐸𝑐,𝑒𝑞. ≈ 0.5 𝐸𝑐 ,
uma vez que as deformações impostas identificadas, são deformações que se processam ao longo do
tempo, servindo a aproximação como forma de consideração dos efeitos diferidos no betão.

𝐾ℎ 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜 = 2 ∙ 𝐾ℎ 𝜙200 (3.3)

11
12 ∙ 𝐸𝑐,𝑒𝑞. ∙ 𝐼𝑦
𝐾ℎ 𝑚𝑜𝑛𝑜𝑙í𝑡𝑖𝑐𝑎 = (3.4)
𝐿3

1
𝐾ℎ 𝑚ó𝑣𝑒𝑙 =
1 1
+ 3∙𝐸 (3.5)
2 ∙ 𝐾ℎ 250×400 𝑐,𝑒𝑞. ∙ 𝐼𝑦
𝐿3

A rigidez horizontal de cada tipo de ligação (monolítica ou móvel) depende das características
geométricas do alinhamento de pilares que a suporta. Admite-se que todos os pilares são encastrados
na base, tal como é explicado em 3.4. Os deslocamentos horizontais gerados em cada apoio são
calculados a partir das seguintes expressões:

𝛿𝑖 = (𝑥𝑖 − 𝑥𝐶𝑅 ) ∙ 𝛼 ∙ ∆𝑇𝑢,𝑒𝑞. (3.6)

𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠 𝐾 ∙ 𝑥𝑖
ℎ,𝑖
𝑥𝐶𝑅 = ∑ (3.7)
𝑖 𝐾ℎ,𝑖

em que:

𝑥𝑖 é a distância do apoio 𝑖 ao apoio 𝐸1 , Figura 3.4;

𝑥𝐶𝑅 é a distância do centro de rigidez do sistema, 𝐶𝑅, ao apoio 𝐸1 .

Os deslocamentos no topo dos alinhamentos de pilares com ligação móvel dividem-se em duas
parcelas, uma relativa aos “aparelhos de neoprene”, 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 , e outra relativa ao deslocamento dos
pilares, 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 . Se um alinhamento de pilares possuir uma ligação monolítica ao tabuleiro, 𝛿 = 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 .

𝛿 = 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 + 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 (3.8)

𝐾ℎ 𝑚ó𝑣𝑒𝑙
𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 = 𝛿 ∙ (3.9)
2 ∙ 𝐾ℎ 250𝑥400

𝐾ℎ 𝑚ó𝑣𝑒𝑙
𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝛿 ∙ (3.10)
3 ∙ 𝐸𝑐,𝑒𝑞 ∙ 𝐼𝑦
𝐿3

A partir dos deslocamentos no topo dos pilares calculam-se os esforços na base, 𝑉 e 𝑀, e avaliam-se as
tensões máximas de compressão e de tracção, 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. e 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. respectivamente.

𝑉 = 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 ∙ 𝐾ℎ (3.11)

𝑉
𝑀𝑚𝑜𝑛𝑜𝑙í𝑡𝑖𝑐𝑎 = ∙𝐿+𝑁∙𝛿 e 𝑀𝑚ó𝑣𝑒𝑙 = 𝑉 ∙ 𝐿 + 𝑁 ∙ 𝛿 (3.12)
2

𝑁 𝑀 𝑁 𝑀
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. = − − e 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. = − + (3.13)
𝐴 𝑊𝑒𝑙,𝑦 𝐴 𝑊𝑒𝑙,𝑦

12
Os valores dos esforços axiais na base dos pilares, 𝑁, são indicados no Quadro 3.6 e provêm do modelo
utilizado em 5.2.1 para a análise longitudinal do tabuleiro da ponte. Estes são obtidos pela combinação
dos estados limites de serviço dos valores do peso próprio do tabuleiro da estrutura e do peso da massa
de água presente no interior do canal.

Quadro 3.6 — Esforços axiais dos pilares, 𝑁 em [𝑘𝑁].


Combinação 𝐸1 𝑃1 𝑃2 𝑃3 𝑃4 𝐸2
1ª hipótese Topo -841.6 -880.6 -755.3 -963.5
-250.8 -197.9
(canal vazio) Base -935.4 -1055.6 -955.3 -1007.2
2ª hipótese Topo -2122.8 -2231.4 -1938.7 -2410.9
-639.2 -513.3
(canal cheio) Base -2216.6 -2406.4 -2138.7 -2454.7

Na análise das tensões 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. e 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. , pretende-se que:

𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. < 0.6 ∙ 𝑓𝑐𝑘 = 18 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. < 𝑓𝑐𝑡𝑘 = 2 𝑀𝑃𝑎 (3.14)

De seguida apresentam-se as configurações estudadas para as ligações do tabuleiro aos pilares e


encontros. Os resultados dos cálculos efectuados são esquematizados do Quadro 3.7 ao Quadro 3.15.

Na Configuração 1 é testado um sistema de ligação com apoio fixo no encontro 𝐸2 , Quadro 3.7. Nesta
configuração identificam-se elevados deslocamentos nos apoios mais afastados de 𝐸2 , Quadros 3.8 e
3.9, tal como se poderia prever. Por essa razão constata-se que 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. ≥ 𝑓𝑐𝑡𝑘 na base do pilar 𝑃1 , para
a 1ª hipótese, Quadro 3.8, o que faz com que esta configuração não seja viável.

Quadro 3.7 — Configuração 1: Rigidezes horizontais.


Apoios Ligação 𝑥𝐶𝑅 (𝑚) 𝐾ℎ (𝑘𝑁⁄𝑚)
𝐸1 móvel 54.4 2692.8
𝑃1 móvel 45.2 1123.1
𝑃2 móvel 33.2 749.2
𝑃3 móvel 21.2 412.2
𝑃4 móvel 9.2 6436.1
𝐸2 fixo 0.0 ∞

Quadro 3.8 — Configuração 1: 1ª hipótese (canal vazio).


𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 24.2 24.2 - - - - - -
𝑃1 20.1 1.6 18.5 935.4 22.6 186.4 -6.3 2.6
𝑃2 14.8 0.8 14.0 1055.6 11.1 156.9 -3.1 0.3
𝑃3 9.4 0.3 9.2 955.3 3.9 69.3 -2.0 -0.5
𝑃4 4.1 1.9 2.2 1007.2 26.3 96.2 -4.3 0.3
𝐸2 0.0 0.0 - - - - - -

13
Quadro 3.9 — Configuração 1: 2ª hipótese (canal cheio).
𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 18.0 18.0 - - - - - -
𝑃1 14.9 1.2 13.7 2216.6 16.8 157.3 -8.2 -0.7
𝑃2 11.0 0.6 10.4 2406.4 8.2 131.2 -4.6 -1.8
𝑃3 7.0 0.2 6.8 2138.7 2.9 59.7 -3.5 -2.2
𝑃4 3.0 1.4 1.6 2454.7 19.5 75.7 -6.7 -3.1
𝐸2 0.0 0.0 - - - - - -

Na Configuração 2 define-se um sistema de ligação com ambos os encontros móveis, Quadro 3.10.
Numa configuração deste género não faria sentido estudar um sistema de ligações em que, para além
dos encontros, todos os pilares possuíssem ligações móveis, pois tornar-se-ia difícil para a estrutura
apresentar uma boa resposta à acção sísmica, uma vez que se iriam gerar deslocamentos demasiado
elevados nos apoios do canal. Por outro lado, não seria razoável estabelecer uma ligação monolítica
entre o tabuleiro e o pilar 𝑃4 , por este possuir uma altura reduzida, o que o levaria a ter uma elevada
rigidez e posteriormente, esforços demasiado elevados na base.

Devido aos motivos apresentados, foram ligados monoliticamente ao tabuleiro os pilares 𝑃2 , 𝑃3 e 𝑃4 .

Quadro 3.10 — Configuração 2: Rigidezes horizontais.


Apoios Ligação 𝑥𝐶𝑅 (𝑚) 𝐾ℎ (𝑘𝑁⁄𝑚)
𝐸1 móvel 28.1 2692.8
𝑃1 monolítica 18.9 4888.9
𝑃2 monolítica 6.9 3168.4
𝑃3 monolítica 5.1 1699.4
𝑃4 móvel 17.1 6436.1
𝐸2 móvel 26.3 2692.8

Quadro 3.11 — Configuração 2: 1ª hipótese (canal vazio).


𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 12.5 12.5 - - - - - -
𝑃1 8.4 - 8.4 935.4 41.1 161.1 -5.7 2.0
𝑃2 3.1 - 3.1 1055.6 9.7 65.8 -2.1 -0.7
𝑃3 2.3 - 2.3 955.3 3.9 32.7 -1.6 -0.9
𝑃4 7.6 3.5 4.1 1007.2 49.0 178.9 -6.3 2.3
𝐸2 11.7 11.7 - - - - - -

Quadro 3.12 — Configuração 2: 2ª hipótese (canal cheio).


𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 9.3 9.3 - - - - - -
𝑃1 6.2 - 6.2 2216.6 30.5 127.5 -7.5 -1.4
𝑃2 2.3 - 2.3 2406.4 7.2 51.8 -3.8 -2.7
𝑃3 1.7 - 1.7 2138.7 2.9 26.2 -3.1 -2.6
𝑃4 5.6 2.6 3.0 2454.7 36.4 140.9 -8.3 -1.5
𝐸2 8.7 8.7 - - - - - -

14
Embora a Configuração 2 apresente deslocamentos razoáveis para ambas as hipóteses estabelecidas,
𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. ≥ 𝑓𝑐𝑡𝑘 na base dos pilares 𝑃1 e 𝑃4 na 1ª hipótese, Quadro 3.11.

Desta forma é definida uma Configuração 3, em tudo idêntica à Configuração 2, excepto na ligação
entre o pilar 𝑃1 e o tabuleiro, que passa a ser móvel, Quadro 3.13. A Configuração 3 representa assim
o sistema longitudinal de ligação do tabuleiro aos pilares e encontros adoptado para a solução
estrutural, uma vez que todas as tensões na base dos pilares respeitam os valores limite impostos.

Quadro 3.13 — Configuração 3 (adoptada): Rigidezes horizontais.


Apoios Ligação 𝑥𝐶𝑅 (𝑚) 𝐾ℎ (𝑘𝑁⁄𝑚)
𝐸1 móvel 32.1 2692.8
𝑃1 móvel 22.9 1123.1
𝑃2 monolítica 10.9 3168.4
𝑃3 monolítica 1.1 1699.4
𝑃4 móvel 13.1 6436.1
𝐸2 móvel 22.3 2692.8

Quadro 3.14 — Configuração 3 (adoptada): 1ª hipótese (canal vazio).


𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 14.3 14.3 - - - - - -
𝑃1 10.2 0.8 9.4 935.4 11.4 94.3 -4.1 0.4
𝑃2 4.8 - 4.8 1055.6 15.3 103.9 -2.5 -0.3
𝑃3 0.5 - 0.5 955.3 0.9 7.2 -1.4 -1.2
𝑃4 5.8 2.7 3.1 1007.2 37.6 137.2 -5.3 1.3
𝐸2 9.9 9.9 - - - - - -

Quadro 3.15 — Configuração 3 (adoptada): 2ª hipótese (canal cheio).


𝛿 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑁 𝑉 𝑀 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐.
Apoios
(𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑚𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑀𝑃𝑎) (𝑀𝑃𝑎)
𝐸1 10.6 10.6 - - - - - -
𝑃1 7.5 0.6 6.9 2216.6 8.5 79.6 -6.3 -2.5
𝑃2 3.6 - 3.6 2406.4 11.4 81.9 -4.1 -2.3
𝑃3 0.4 - 0.4 2138.7 0.6 5.8 -2.9 -2.8
𝑃4 4.3 2.0 2.3 2454.7 27.9 108.0 -7.5 -2.3
𝐸2 7.4 7.4 - - - - - -

Acrescenta-se ainda, que os esforços axiais presentes no tabuleiro associados aos esforços transversos
identificados nos pilares, não serão considerados nas futuras verificações e análise do comportamento
do tabuleiro do canal no Capítulo 5.

3.7 Aparelhos de Apoio

Neste projecto opta-se pela utilização de aparelhos de apoio elastoméricos de “neoprene cintado”. Os
aparelhos escolhidos são constituídos por blocos laminados totalmente revestidos por elastómero,
rigidificados no mínimo por duas lâminas de aço (aparelhos do tipo B) [MK4, Elastomeric Bearings].

Estes aparelhos têm a capacidade de suportar deslocamentos horizontais segundo qualquer direcção e
uma vez que não contêm quaisquer elementos ou peças metálicas expostas ao ar livre, não existe o

15
risco de os aparelhos de apoio acumularem ferrugem com o acumular do tempo, especialmente tendo
em consideração o contexto em que a obra se insere.

Os aparelhos de elastómero cintado funcionam em regime elástico com “deformação total”,


transmitindo as forças horizontais do tabuleiro por atrito para os pilares e não sofrendo qualquer
deslizamento nas suas superfícies de contacto. As dimensões dos aparelhos são definidas através de
um processo iterativo de dimensionamento, onde são avaliados para cada solução disponível no
catálogo o máximo deslocamento admissível, 𝑤𝑚á𝑥 , o máximo carregamento admissível, 𝐹𝑚á𝑥 , as
deformações e as distorções a que os aparelhos são sujeitos.

As pressões médias nas superfícies de contacto dos aparelhos, 𝜎𝑚 , definidas pelo quociente entre o
carregamento aplicado, 𝐹, e a área em planta do bloco, 𝐴𝑏 , devem ser inferiores às pressões máximas
e superiores às pressões mínimas admissíveis, 𝜎𝑚á𝑥 e 𝜎𝑚𝑖𝑛 respectivamente, apresentadas no Quadro
3.16.

Quadro 3.16 — Pressões admissíveis nas superfícies dos aparelhos de apoio.


𝐴𝑏 (𝑚𝑚2 ) 𝜎𝑚á𝑥 (𝑀𝑝𝑎) 𝜎𝑚𝑖𝑛 (𝑀𝑝𝑎)
< 50.000 10.0 3.0
< 120.000 12.5 3.0
> 120.000 15.0 5.0

A máxima distorção admissível dos aparelhos elastoméricos, 𝜀𝑡,𝑑 , é dada por [Guerreiro, 2003]:

𝜀𝑡,𝑑 = 𝜀𝑐,𝑑 + 𝜀𝑞,𝑑 + 𝜀𝛼,𝑑 (3.15)

sendo:

1.5 ∙ 𝐹
𝜀𝑐,𝑑 = (3.16)
𝐺 ∙ 𝐴𝑟 ∙ 𝑆

𝑣𝑥𝑦,𝑑
𝜀𝑞,𝑑 = (3.17)
𝑇

(𝑎𝑏 2 ∙ 𝛼𝑎,𝑑 + 𝑏𝑏 2 ∙ 𝛼𝑏,𝑑 ) ∙ 𝑡


𝜀𝛼,𝑑 = (3.18)
2 ∙ ∑ 𝑡𝑖 3

com,

𝑣𝑥,𝑑 𝑣𝑦,𝑑
𝐴𝑟 = 𝐴𝑏 ∙ (1 − − ) (para secções rectangulares) (3.19)
𝑎𝑏 𝑏𝑏

em que:

𝜀𝑐,𝑑 distorção devida às cargas de compressão;

𝜀𝑞,𝑑 distorção devida aos movimentos horizontais, devendo-se cumprir a condição 𝜀𝑞,𝑑 < 0.7;

𝜀𝛼,𝑑 distorção devida à rotação;

𝐺 módulo de distorção do elastómero, considerado igual a 0.9 𝑀𝑃𝑎;

16
𝑣𝑥𝑦,𝑑 máximo deslocamento horizontal;

𝑇 altura total de elastómero (somatório das espessuras das várias camadas);

𝑡 espessura de uma camada de elastómero;

𝑎𝑏 , 𝑏𝑏 dimensões em planta dos blocos de secção rectangular;

𝛼𝑎,𝑑 ângulo de rotação ao longo de 𝑎;

𝛼𝑏,𝑑 ângulo de rotação ao longo de 𝑏;

𝐴𝑟 área em planta em que as faces superior e inferior do bloco se sobrepõe;

𝑣𝑥,𝑑 deslocamento horizontal na direcção de 𝑎;

𝑣𝑦,𝑑 deslocamento horizontal na direcção de 𝑏;

𝑆 factor de forma da secção, obtido pela relação entre a área carregada e a área livre de carga
do bloco, considerando somente a altura total de elastómero, sendo que para blocos com:


secção circular de diâmetro 𝜙: 𝑆=
4∙𝑡

𝑎𝑏 ∙ 𝑏𝑏
secção rectangular de dimensões 𝑎 × 𝑏: 𝑆=
2 ∙ (𝑎 + 𝑏) ∙ 𝑡

Segundo [Guerreiro, 2003] deve ser verificada a condição 𝜀𝑡,𝑑 < 5.0.

É ainda necessário para a análise sísmica da estrutura, apresentada no ponto 5.3, o cálculo das rigidezes
vertical, 𝐾𝑣 , horizontal, 𝐾ℎ , e da rigidez à rotação, 𝐾𝜃 , dos aparelhos escolhidos. Para tal, são utilizadas
as seguintes expressões [Guerreiro, 2003]:

1
𝐾𝑣 =
1 (3.20)

𝐾𝑣,𝑖

𝐾𝑣,𝑖 (𝛾) ∙ 𝐾𝑣,𝑖 (𝜈)


𝐾𝑣,𝑖 = (3.21)
𝐾𝑣,𝑖 (𝛾) + 𝐾𝑣,𝑖 (𝜈)

𝐺 ∙ 𝑆 2 ∙ 𝐴𝑏 𝐸𝑏 ∙ 𝐴𝑏
𝐾𝑣 (𝛾) = 𝛽2 e 𝐾𝑣 (𝜈) = (3.22)
𝑇 𝑇

𝐺 ∙ 𝐴𝑏
𝐾ℎ = (3.23)
𝑇

𝐺 ∙ 𝑎𝑏 5 ∙ 𝑏𝑏
𝐾𝜃 = (para secções rectangulares) (3.24)
𝑛 ∙ 𝑡 3 ∙ 𝛽3

𝐺 ∙ ∅6 ∙ 𝜋
𝐾𝜃 = (para secções circulares) (3.25)
𝑛 ∙ 𝑡 3 ∙ 512

em que:

17
𝐾𝑣,𝑖 rigidez vertical de cada lâmina de elastómero, logo a expressão 3.14 fornece a rigidez vertical
de um conjunto de lâminas de elastómero;

𝐾𝑣 (𝛾) rigidez vertical devida à distorção;

𝐾𝑣 (𝜈) rigidez vertical por variação de volume;

𝛽2 coeficiente que depende da forma da secção, considerado igual a 5.0;

𝐸𝑏 módulo de compressibilidade do elastómero, considerado igual a 2000 𝑀𝑃𝑎;

𝑛 número de camadas de elastómero;

𝛽3 constante definida em função da relação 𝑏𝑏 ⁄𝑎𝑏 , definida no Quadro 3.17;

𝑎𝑏 , 𝑏𝑏 dimensões em planta dos blocos de secção rectangular (𝑏𝑏 refere-se à direcção paralela ao
eixo em torno do qual se considera a rotação).

Quadro 3.17 — Valores de 𝛽3 para aparelhos de apoio rectangulares.


𝑏𝑏 ⁄𝑎𝑏 𝛽3 𝑏𝑏 ⁄𝑎𝑏 𝛽3
0.5 137 1.5 75.3
0.75 100 1.6 74.1
1 86.2 1.8 72.2
1.2 80.4 2 70.8
1.25 79.3 2.5 68.3
1.3 78.4 10 61.9
1.4 76.7 ∞ 60

No dimensionamento dos aparelhos de apoio, são analisadas as situações de serviço das duas hipóteses
definidas no subcapítulo anterior, 3.6. Com o objectivo de que sejam verificadas as condições
enunciadas, define-se a utilização de dois blocos rectangulares de 250 × 400 [𝑚𝑚] em cada um dos
alinhamentos dos pilares laterais da ponte e de dois blocos circulares ∅200 𝑚𝑚 em cada um dos
encontros (relembra-se que os pilares centrais possuem ligações monolíticas ao tabuleiro, logo não
possuem aparelhos de apoio). As características dos blocos escolhidos são apresentadas no Quadro
3.18, onde 𝑑𝑏 é a altura total dos aparelhos e 𝐾𝑣 é calculada considerando as camadas de elastómero
de recobrimento superior e inferior dos blocos (𝑡 = 2.5 𝑚𝑚) [MK4, Elastomeric Bearings].

Quadro 3.18 — Características dos aparelhos de apoio.


Aparelho 250 × 400 ∅200
𝐹𝑚á𝑥 (𝑘𝑁) 1300 310
𝑛 1 2
𝑤𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 9.0 15.0
𝑑𝑏 (𝑚𝑚) 19.0 30.0
𝑇 (𝑚𝑚) 13.0 21.0
𝜃𝑚á𝑥 (𝑟𝑎𝑑) 0.003 0.008
𝐴𝑏 (𝑚𝑚2 ) 100000.0 31415.9
𝐾ℎ (𝑘𝑁⁄𝑚) 6923.1 1346.4
𝑡 (𝑚𝑚) 8.0 8.0
𝐾𝜃 (𝑘𝑁𝑚⁄𝑟𝑎𝑑 ) 7366.7 345.1
𝑆 5.9 2.4
𝐾𝑣 (𝑘𝑁⁄𝑚) 1211885.4 38162.7

18
Nos Quadros 3.19 e 3.20 são apresentados todos os valores necessários para a realização das
verificações de segurança das duas hipóteses definidas no subcapítulo anterior, bem como os
resultados das distorções dos aparelhos de apoio para essas situações.

Quadro 3.19 — Dimensionamento dos aparelhos de apoio: 1ª hipótese (canal vazio).


Apoios 𝐹 (𝑘𝑁) 𝜎𝑚 (𝑀𝑝𝑎) 𝑤 (𝑚𝑚) 𝐴𝑟 (𝑚𝑚2 ) 𝜃 (𝑟𝑎𝑑) 𝜀𝑐,𝑑 𝜀𝑞,𝑑 𝜀𝛼,𝑑 𝜀𝑡,𝑑
𝐸1 125.4 4.0 14.3 25726.2 0.00006 3.41 0.68 0.009 4.10
𝑃1 420.8 4.2 0.8 89702.8 0.00004 1.19 0.06 0.050 1.30
𝑃4 481.7 4.8 2.7 89022.6 0.00005 1.37 0.21 0.063 1.64
𝐸2 98.9 3.1 9.9 27448.5 0.00003 2.52 0.47 0.005 3.00

Quadro 3.20 — Dimensionamento dos aparelhos de apoio: 2ª hipótese (canal cheio).


Apoios 𝐹 (𝑘𝑁) 𝜎𝑚 (𝑀𝑝𝑎) 𝑤 (𝑚𝑚) 𝐴𝑟 (𝑚𝑚2 ) 𝜃 (𝑟𝑎𝑑) 𝜀𝑐,𝑑 𝜀𝑞,𝑑 𝜀𝛼,𝑑 𝜀𝑡,𝑑
𝐸1 319.6 10.2 10.6 27190.1 0.00015 8.23 0.50 0.023 8.76
𝑃1 1061.4 10.6 0.6 89779.6 0.00011 3.00 0.05 0.138 3.18
𝑃4 1205.5 12.1 2.0 89275.2 0.00011 3.42 0.15 0.138 3.72
𝐸2 256.6 8.2 7.4 28471.6 0.00009 6.31 0.35 0.014 6.67

Os valores de 𝐹 apresentados correspondem a metade dos valores de 𝑁, definidos no Quadro 3.6 do


subcapítulo anterior, no topo dos pilares. Os valores das rotações das secções de apoio do tabuleiro, 𝜃,
provêm do modelo apresentado em 5.2.1, à semelhança dos valores de 𝑁 . Os deslocamentos
horizontais verificados no topo dos aparelhos de apoio, 𝑤 , são os máximos valores de 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 ,
obtidos no subcapítulo anterior.

No que diz respeito à análise dos resultados, observa-se que os deslocamentos horizontais dos
aparelhos de apoio dos encontros condicionam fortemente o valor de 𝑤𝑚á𝑥 que é necessário garantir,
tal como seria de esperar. Observa-se também nos aparelhos de apoio dos encontros que os valores
de 𝜎𝑚á𝑥 e de 𝜎𝑚𝑖𝑛 influenciam a solução adoptada, chegando mesmo o primeiro a ser ligeiramente
ultrapassado no encontro 𝐸1 para a 2ª hipótese. Quanto aos aparelhos atribuídos aos pilares, note-se
apenas que a escolha destes é determinada pelo carregamento máximo admissível, 𝐹𝑚á𝑥 .

Relativamente aos valores de dimensionamento das distorções presentes nos aparelhos, verifica-se
que para a 2ª hipótese os valores de 𝜀𝑡,𝑑 ultrapassam o limite estabelecido. Embora tenham sido
testadas várias combinações de aparelhos de diferentes dimensões, por de entre aqueles que são
apresentados no catálogo [MK4, Elastomeric Bearings], nenhuma se mostrou capaz de resolver esta
situação de forma eficaz. Face ao exposto, a solução definida é uma das que apresenta resultados mais
próximos dos pretendidos.

3.8 Processo Construtivo

No início da realização de qualquer projecto de pontes é crucial definir o processo construtivo que será
utilizado para a construção da estrutura, pois este poderá condicionar o seu dimensionamento. A
escolha do método construtivo a utilizar pode ser condicionada pelos custos, pelo tempo e facilidade
de execução ou pela capacidade técnica do empreiteiro. A facilidade de execução está relacionada com
a topografia do terreno, com a cota da rasante e com a forma e geometria da superestrutura.

No caso especifico de uma ponte, a construção divide-se em duas partes, a construção da infraestrutura
(fundações, encontros e pilares) e a construção da superestrutura (tabuleiro).

19
Relembra-se que na escavação para a implantação das fundações, os taludes podem ter uma inclinação
máxima de 1/5.

Na Figura 3.5 apresenta-se um esquema sobre a relação que deve ser respeitada entre a dimensão dos
vãos do tabuleiro de uma obra de arte e o método construtivo a escolher.

Figura 3.5 — Métodos de construção de tabuleiros de pontes [Reis, 2000].

Para a construção da infraestrutura é aconselhado o uso de cofragem tradicional, por esta ser a solução
que melhor se adapta à configuração dos pilares e uma vez que a altura dos pilares é inferior a 20 𝑚.
A cofragem deve ser escorada por um conjunto de cimbres ao solo.

Na construção da superestrutura, consultando o esquema da Figura 3.5 e sabendo que esta solução
apresenta vãos máximos de 12 𝑚, aconselha-se a utilização de um sistema total de cavalete apoiado
sobre o terreno para a execução do tabuleiro da ponte. Compete ao projectista da ponte apreciar o
projecto do cavalete apresentado pelo empreiteiro. Desta forma, o dimensionamento da estrutura não
é condicionado pelo processo construtivo escolhido.

A betonagem do tabuleiro deve ser executada em duas partes. Primeiramente, deve ser betonada a
laje de fundo do canal, criando-se uma junta de betonagem 10 𝑐𝑚 acima dos esquadros, e de seguida
betonadas as paredes do canal. Em cada parte da execução do tabuleiro, a betonagem deve ser
elaborada por fases devendo cada elemento ser betonado por secções, de forma intercalada, com o
objectivo de reduzir os efeitos instantâneos da retracção do betão, já referidos em 3.4.1. Se esta
indicação for seguida, note-se que os valores obtidos para os deslocamentos do tabuleiro em 4.2.3
poderão estar sobrestimados.

Para além de todas as informações fornecidas não deixa de ser necessário um plano mais detalhado
sobre a fase de construção da solução apresentada, onde sejam coordenadas todas as actividades e
etapas do processo.

20
4 ACÇÕES E CRITÉRIOS DE PROJECTO

No presente capítulo apresentam-se as acções consideradas nas verificações de segurança para a fase
de serviço da estrutura, as combinações de acções consideradas e os critérios de dimensionamento
definidos.

Não são consideradas neste trabalho situações de acidente ou de teste da estrutura, tal como não são
estudados quaisquer fenómenos hidráulicos passíveis de acontecer no interior do canal, cujos efeitos
possam ser propagados para a estrutura, por não se julgar que sejam condicionantes ao
dimensionamento da ponte.

4.1 Acções Permanentes

4.1.1 Peso Próprio

De acordo com o artigo B.2.4 (1) da EN 1991-4, as cargas devidas ao peso próprio devem ser
consideradas como sendo as resultantes dos pesos de cada componente do reservatório e de todas as
restantes componentes anexas a este. O peso de cada elemento é dado pelo produto do seu volume
pelo peso volúmico do betão armado, 𝛾𝑐 .

Para além do peso próprio da estrutura, não são considerados outros tipos de cargas permanentes,
uma vez que o peso dos revestimentos aplicados nas superfícies interiores do canal, é desprezável em
comparação com o peso próprio da mesma.

4.2 Acções Variáveis

4.2.1 Pressões hidrostáticas

Segundo o artigo 4.1.1 (3) da EN 1990, as acções provocadas pela água podem ser consideradas como
permanentes e/ou variáveis, dependendo da variação da sua intensidade ao longo do tempo. Neste
projecto, uma vez que a massa de água considerada no interior do canal consiste no leito de uma
ribeira, o qual é susceptível de variar ao longo de cada ano, considera-se que as acções provocadas pela
água são acções variáveis.

Segundo o artigo 7.2 (2) da EN 1991-4, o valor característico da pressão, 𝑝𝑤 , provocada em


reservatórios por líquidos armazenados é dada por:

𝑝𝑤 (𝑧) = 𝛾 ∗ 𝑧 EN 1991-4, (7.1)

em que:

𝑧 é a profundidade medida a partir da superfície do líquido armazenado;

𝛾 é o peso volúmico do líquido armazenado.

21
A expressão 7.1 é válida apenas em condições de carregamento estático, não o sendo portanto para
reservatórios onde ocorram fenómenos dinâmicos.

4.2.2 Acção do Vento

A acção do vento é inteiramente definida com recurso à NP EN 1991-1-4.

Tal como já referido, a ponte localiza-se em Vieira do Minho, fora de uma faixa costeira com 5 𝑘𝑚 de
largura e a 350 𝑚 de altitude, concluindo-se que o valor básico de referência da velocidade do vento,
𝑣𝑏,0 , é de 27 𝑚/𝑠, Quadro NA.I. Admitindo que os coeficientes de direcção, 𝑐𝑑𝑖𝑟. , e de sazão, 𝑐𝑠𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 ,
tomam o valor recomendado 1.0, artigo 4.2 (2), Nota 2 e Nota 3, tem-se que o valor de referência da
velocidade do vento, 𝑣𝑏 , é também de 27 𝑚/𝑠.

𝑣𝑏 = 𝑐𝑑𝑖𝑟. ∙ 𝑐𝑠𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 ∙ 𝑣𝑏,0 NP EN 1991-1-4, (4.1)

No cálculo da pressão dinâmica de pico à altura 𝑧, 𝑞𝑝 (𝑧), tem-se que:

𝑞𝑝 (𝑧) = 𝑐𝑒 (𝑧) ∙ 𝑞𝑏 (4.8)

em que a pressão dinâmica de referência, 𝑞𝑏 , é dada por:

1
𝑞𝑏 = ∙ 𝜌 ∙ 𝑣𝑏 2 (4.10)
2

1
𝑞𝑏 = × 1.25 × 10−3 × 272 = 0.456 𝑘𝑃𝑎
2

com

𝜌 massa volúmica do ar, com o valor de 1.25 𝑘𝑔/𝑚3 segundo 4.5 (1), Nota 2;

𝑐𝑒 (𝑧) coeficiente de exposição, Figura 4.1 (o terreno é classificado como sendo de categoria II).

As forças exercidas pelo vento no tabuleiro e nos pilares da ponte, 𝐹𝑤 (𝑧), são dadas pela seguinte
expressão:

𝐹𝑤 (𝑧) = 𝑐𝑠 𝑐𝑑 ∙ 𝑐𝑓 ∙ 𝑞𝑝 (𝑧𝑒 ) ∙ 𝐴𝑟𝑒𝑓 (5.3)

em que:

𝑐𝑠 𝑐𝑑 coeficiente estrutural, igual a 1.0 segundo 8.2 (1), Nota 2;

𝑐𝑓 coeficiente de força relativo à construção ou ao elemento de construção;

𝑞𝑝 (𝑧𝑒 ) pressão dinâmica de pico, à altura de referência 𝑧𝑒 ;

𝐴𝑟𝑒𝑓 área de referência da construção ou do elemento de construção.

22
Figura 4.1 — Coeficiente de exposição, Figura NA–4.2.

Para a determinação da força do vento que actua no tabuleiro segundo a direcção 𝑥, direcção paralela
à largura do tabuleiro, o coeficiente 𝑐𝑓,𝑥 = 𝑐𝑓𝑥,0 é obtido a partir da Figura 4.2.

Figura 4.2 — Coeficiente de força 𝑐𝑓𝑥,0 , Figura 8.3.

Através do quociente 𝑏/𝑑𝑡𝑜𝑡 = 4.0/3.0, obtém-se 𝑐𝑓𝑥,0 = 2.1.

Para a determinação da força do vento segundo a direcção 𝑧, o coeficiente de força de sustentação 𝑐𝑓,𝑧
é dado pelo artigo NA-8.3.3 (1), Nota 1, sendo o seu valor ±0.9.

No caso dos pilares, 𝑐𝑓 é dado em 7.6 (1) por:

23
𝑐𝑓 = 𝑐𝑓,0 ∙ 𝜓𝑟 ∙ 𝜓𝜆 (7.9)

em que:

𝑐𝑓,0 coeficiente de força para elementos de secção rectangular com arestas vivas e sem livre
escoamento em torno das extremidades, conforme é definido na Figura 4.3 e considerando as
dimensões 𝑏 e 𝑑 como sendo as dimensões 𝑏𝑝 e 𝑑𝑝 definidas no Quadro 3.5,
respectivamente;

𝜓𝑟 coeficiente de redução para secções quadradas com cantos arredondados, fornecido pela
Figura 7.24, considerando 𝑟 = 0 (𝜓𝑟 = 1.0);

𝜓𝜆 coeficiente de efeitos de extremidade para elementos cujas extremidades sejam livremente


contornadas pelo vento, fornecido pelo Quadro NA–7.16 (𝜓𝜆 = 1.0).

Figura 4.3 — Coeficiente de força 𝑐𝑓,0 para secções rectangulares, Figura 7.23.

Para os pilares centrais 𝑐𝑓,0 = 1.0 e para os pilares laterais 𝑐𝑓,0 = 0.94.

Faz-se ainda notar que todas as forças aplicadas à estrutura dependem das dimensões das superfícies
dos elementos sobre as quais estas actuam e da altura a que estão a ser aplicadas, 𝐴𝑟𝑒𝑓 e 𝑧𝑒 , uma vez
que as forças dependem de 𝑞𝑝 que por sua vez depende de 𝑐𝑒 .

24
4.2.3 Variação Uniforme de Temperatura e Retracção do betão

Os valores característicos das amplitudes de contracção e dilatação máxima, ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛 e ∆𝑇𝑁,𝑒𝑥𝑝 , das
componentes da variação uniforme de temperatura de pontes, são definidos em 6.1.3.3 (3) da NP EN
1991-1-5 por:

∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛 = 𝑇0 − 𝑇𝑒,𝑚𝑖𝑛. NP EN 1991-1-5, (6.1)

∆𝑇𝑁,𝑒𝑥𝑝 = 𝑇𝑒,𝑚á𝑥. − 𝑇0 (6.2)

em que:

𝑇0 temperatura inicial do elemento estrutural, definida por NA-A.1 (3), 𝑇0 = 15℃;

𝑇𝑒,𝑚𝑖𝑛. componente da variação uniforme de temperatura mínima em pontes;

𝑇𝑒,𝑚á𝑥. componente da variação uniforme de temperatura máxima em pontes;

Para estruturas de betão (tipo 3), é dado no artigo NA-6.1.3.1 (4) que 𝑇𝑒,𝑚á𝑥. (tipo 3) = 𝑇𝑚á𝑥. e
𝑇𝑒,𝑚𝑖𝑛. (tipo 3) = 𝑇𝑚𝑖𝑛. , sendo 𝑇𝑚á𝑥. e 𝑇𝑚𝑖𝑛. as temperaturas máxima e mínima do ar à sombra,
definidas em NA-A.1 (1) para uma altitude 𝐻 = 300 𝑚, através das seguintes expressões:

𝐻 300
𝑇𝑒,𝑚á𝑥. = 𝑇𝑚á𝑥. = 40℃ − 1.0℃ ∙ = 40 − 1.0 ∗ = 37℃ (4.1)
100 100

𝐻 300 (4.2)
𝑇𝑒,𝑚𝑖𝑛. = 𝑇𝑚𝑖𝑛. = −5℃ − 0.5℃ ∙ = −5 − 0.5 ∗ = −6.5℃
100 100

De onde se conclui que:

∆𝑇𝑢,𝑒𝑥𝑝 = 𝑇𝑒,𝑚á𝑥. − 𝑇0 = 37 − 15 = 22℃ (4.3)

∆𝑇𝑢,𝑐𝑜𝑛 = 𝑇0 − 𝑇𝑒,𝑚𝑖𝑛. = 15 − (−6.5) = 21.5℃ (4.4)

O valor da extensão total de retracção do betão, 𝜀𝑐𝑠 , é definido no artigo 3.1.4 da NP EN 1992-1-1.

𝜀𝑐𝑠 = 𝜀𝑐𝑑 + 𝜀𝑐𝑎 NP EN 1992-1-1, (3.8)

Os valores finais da extensão de retracção por secagem e da retracção autogénea, 𝜀𝑐𝑑 e 𝜀𝑐𝑎 , são dados
por:

𝜀𝑐𝑑,∞ = 𝑘ℎ ∙ 𝜀𝑐𝑑,0 (4.5)

𝜀𝑐𝑎,∞ = 2.5 ∙ (𝑓𝑐𝑘 − 10) ∙ 10−6 (4.6)

Desta forma tem-se que:

𝜀𝑐𝑑,∞ = 0.75 ∗ 0.00024 = 0.5 ∗ 10−4 (4.7)

25
𝜀𝑐𝑎,∞ = 2.5 ∗ (30 − 10) ∗ 10−6 = 1.8 ∗ 10−4 (4.8)

com:

𝜀𝑐𝑑,0 = 0.24‰ para um betão C40/50 e admitindo que RH=80%, a partir do Quadro 3.2;

𝑘ℎ = 0.75 a partir do Quadro 3.3, para o valor de ℎ0 obtido pela Equação 4.9 (admite-se no
cálculo de 𝑢 que toda a superfície do tabuleiro está exposta a secagem).

2 ∙ 𝐴𝐶 2 ∗ 2.86
ℎ0 = = = 0.30 𝑚 (4.9)
𝑢 19.2

Conclui-se que:

𝜀𝑐𝑠,∞ = 0.5 ∗ 10−4 + 1.8 ∗ 10−4 = 2.3 ∗ 10−4 (4.10)

4.2.4 Variação Diferencial de Temperatura

O artigo NA.6.1.4.1 (1) da NP EN 1991-1-5 define que os valores das variações diferenciais positivas
(∆𝑇𝑀,ℎ𝑒𝑎𝑡 – superfície superior mais quente) e negativas (∆𝑇𝑀,𝑐𝑜𝑜𝑙 – superfície superior mais fria) a
adoptar são respectivamente 15℃ e 5℃, para tabuleiros de betão (tipo 3), sendo portanto o valor
preconizado para a amplitude total da variação diferencial de temperatura de 20℃.

À semelhança das hipóteses que foram estabelecidas em 3.6 sobre os valores definidos para ∆𝑇𝑁,𝑐𝑜𝑛. e
pelas mesmas razões então referidas, são aqui definidas outras duas hipóteses para os efeitos das
variações diferenciais de temperatura:

 1ª hipótese — Admite-se um valor ∆𝑇𝑑 1 = ±2℃ para quando o canal se encontra cheio;

 2ª hipótese — Admite-se um valor ∆𝑇𝑑 2 = +10℃ para uma situação em que está presente no
interior do canal uma quantidade de água equivalente a 10% da quantidade total existente no
canal quando este se encontra cheio.

4.2.5 Acção Sísmica

Os efeitos da acção sísmica em pontes são definidos na EN 1998-2. Pelo artigo 3.2.1 (1), a quantificação
da acção sísmica através de espectros de resposta deve ser realizada com base nos artigos da secção 3
da EN 1998-1.

Consultando a NP EN 1998-1, a estrutura é classificada como pertencente ao tipo de estruturas de


classe de importância III, Quadro 4.3 do artigo 4.2.5 (4), e o terreno como sendo do tipo A, Quadro 3.1
do artigo 3.1.2 (1), de acordo com a informação descrita em 2.4 do presente trabalho. No artigo 3.2.2.5
(4) da NP EN 1998-1 são apresentadas as expressões que definem o espectro de cálculo, 𝑆𝑑 (𝑇), para
as componentes horizontais da acção sísmica:

2 𝑇 2.5 2
0 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐵 : 𝑆𝑑 (𝑇) = 𝑎𝑔 ∙ 𝑆 ∙ [ + ∙ ( − )] (3.13)
3 𝑇𝐵 𝑞 3

26
2.5
𝑇𝐵 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐶 : 𝑆𝑑 (𝑇) = 𝑎𝑔 ∙ 𝑆 ∙ (3.14)
𝑞

2.5 𝑇𝐶
= 𝑎𝑔 ∙ 𝑆 ∙ ∙[ ]
𝑇𝐶 ≤ 𝑇 ≤ 𝑇𝐷 : 𝑆𝑑 (𝑇) { 𝑞 𝑇 (3.15)
≥ 𝛽 ∙ 𝑎𝑔

2.5 𝑇𝐶 ∙ 𝑇𝐷
= 𝑎𝑔 ∙ 𝑆 ∙ ∙[ 2 ]
𝑇𝐷 ≤ 𝑇: 𝑆𝑑 (𝑇) { 𝑞 𝑇 (3.16)
≥ 𝛽 ∙ 𝑎𝑔

em que:

𝑇 período de vibração de um sistema linear com um grau de liberdade;

𝑎𝑔 valor de cálculo da aceleração à superfície para um terreno do tipo A (𝑎𝑔 = 𝛾𝐼 ∙ 𝑎𝑔𝑟 );

𝑎𝑔𝑟 aceleração máxima de referência, definido no Quadro NA.I;

𝛾𝐼 coeficiente de importância, definido no Quadro NA.II;

𝑇𝐵 limite inferior do período no patamar de aceleração espectral constante;

𝑇𝐶 limite superior do período no patamar de aceleração espectral constante;

𝑇𝐷 valor que define no espectro o início do ramo de deslocamento constante;

𝑆 coeficiente de solo, definido no artigo 3.2.2.2 (2);

𝑞 coeficiente de comportamento;

𝛽 coeficiente correspondente ao limite inferior do espectro de cálculo horizontal, ao qual é


atribuído o valor de 0.2 tal como é sugerido na nota do artigo 3.2.2.5 (4).

Os valores de 𝑇𝐵 , 𝑇𝐶 e 𝑇𝐷 são definidos nos Quadros NA-3.2 e NA-3.3, bem como o parâmetro 𝑆𝑚𝑎𝑥 ,
necessário para o cálculo de 𝑆.

Segundo o artigo NA-3.2.2.1 (4), no dimensionamento de estruturas devem ser considerados dois tipos
de acção sísmica: Acção Sísmica Tipo 1 e Acção Sísmica Tipo 2. Para cada um dos tipos de acção sísmica
são apresentados no Quadro 4.1 os valores das constantes definidas anteriormente.

Quadro 4.1 — Valores para o cálculo dos espectros de resposta de projecto.


Acção Sísmica Tipo 1 Tipo 2
𝑎𝑔𝑟 (𝑚⁄𝑠 2 ) 0.35 0.8
𝛾𝐼 1.45 1.25
𝑎𝑔 (𝑚⁄𝑠 2 ) 0.5075 1.0
𝑇𝐵 (𝑠) 0.1 0.1
𝑇𝐶 (𝑠) 0.6 0.25
𝑇𝐷 (𝑠) 2.0 2.0
𝑆𝑚𝑎𝑥 1.0 1.0
𝑆 1.0 1.0

27
O valor do coeficiente de comportamento, 𝑞, depende dos materiais e dos sistemas estruturais, tendo
também em consideração as classes de ductilidade aplicáveis. O valor de 𝑞 pode ser diferente em
diferentes direcções horizontais da estrutura, embora a classe de ductilidade deva ser a mesma em
todas as direcções, 3.2.2.5 (3) da NP EN 1998-1.

De acordo com a secção 2.3.2 da EN 1998-2, uma ponte deve ser dimensionada de forma a que o seu
comportamento face à acção sísmica seja dúctil ou de ductilidade limitada/essencialmente elástica,
dependendo do nível de sismicidade do local, de isoladores sísmicos adoptados na sua concepção ou
quaisquer outras ligações de apoio que possam ser relevantes para a ductilidade da estrutura. No artigo
2.3.2.3 (1) tem-se que em pontes com um comportamento de ductilidade limitada (DL), o valor do
coeficiente de comportamento deve ser 𝑞 ≤ 1.5. A ponte estudada nesta dissertação é caracterizada
por um comportamento sísmico de DL, uma vez que esta se encontra num local de baixa sismicidade,
tal como é definido pela alínea d) do artigo NA-3.2.1 (4) da NP EN 1998-1.

Por consulta do Quadro 4.1 da EN 1998-2, estabelece-se que 𝑞 = 1.5 (para os pilares da ponte).

Neste trabalho, os esforços devidos à combinação das componentes horizontais da acção sísmica são
calculados utilizando as duas combinações fornecidas pelo artigo 4.3.3.5 (1) da NP EN 1998-1, para cada
um dos dois tipos de acção sísmica:

𝐸𝐸𝑑𝑥 "+" 0.30 ∙ 𝐸𝐸𝑑𝑦 (4.18)

0.30 ∙ 𝐸𝐸𝑑𝑥 "+" 𝐸𝐸𝑑𝑦 (4.19)

em que:

𝐸𝐸𝑑𝑥 representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo 𝑥 da estrutura;

𝐸𝐸𝑑𝑦 representa os esforços devidos à aplicação da acção sísmica segundo o eixo 𝑦 da estrutura.

Não são consideradas as acelerações verticais provocadas pela acção sísmica, por não se considerar
que estas sejam preponderantes no dimensionamento da estrutura.

4.3 Combinações de Acções

Tendo sido designado o uso de cofragem cimbrada ao solo para a execução dos pilares da ponte e o
uso de um sistema total de cavalete apoiado sobre o terreno como método construtivo para a execução
do tabuleiro, não existem condicionamentos ao dimensionamento da estrutura provenientes da fase
construtiva desta.

Nas verificações de segurança da estrutura em serviço são utlizadas as combinações fundamental e


sísmica de acções para os Estados Limites Últimos (ELU) e a combinação característica de acções para
os Estado Limites de Serviço (ELS), indicadas na NP EN 1990, tendo em consideração as acções
permanentes e variáveis já caracterizadas.

No Quadro 4.2 apresentam-se os valores dos coeficientes de redução para a utilização das combinações
característica e quase-permanente de acções, 𝜓0 e 𝜓2 , respectivamente, obtidos a partir do Quadro
A1.1 da NP EN 1990, tal como é sugerido no artigo A.2.1 (1) da EN 1991-4.

28
Quadro 4.2 — Coeficientes de redução de acções variáveis.
Acção Temperatura Vento
𝜓0 0.6 0.6
𝜓0 0.0 0.0

4.3.1 Estados Limites Últimos

A combinação de acções para situações de projecto persistentes ou transitórias (combinação


fundamental) é dada pelo artigo 6.4.3.2 da NP EN 1990.

𝐸𝑑 = 𝐸 {∑ 𝛾𝐺,𝑗 𝐺𝑘,𝑗 "+" 𝛾𝑃 𝑃 "+" 𝛾𝑄,1 𝑄𝑘,1 " + " ∑ 𝛾𝑄,𝑖 𝜓0,𝑖 𝑄𝑘,𝑖 } (6.10)
𝑗≥1 𝑖>1

em que:

𝐸𝑑 valor de cálculo do efeito das acções;

𝐸 efeito de uma acção;

𝐺𝑘,𝑗 valor característico de uma acção permanente 𝑗;

𝑃 valor representativo de uma acção de pré-esforço;

𝑄𝑘,1 valor característico da acção variável de base da combinação 1;

𝑄𝑘,𝑖 valor característico da acção variável acompanhante 𝑖;

𝜓0,𝑖 coeficiente para a determinação do valor de combinação de uma acção variável


acompanhante 𝑖.

Os coeficientes parciais de segurança 𝛾𝐺,𝑗 , 𝛾𝑄,1 , 𝛾𝑄,𝑖 , referentes a cada um dos tipos de acção
associados, tomam respectivamente os valores 1.35, 1.50 e 1.50 segundo o Quadro A1.2(B), Nota 2 da
NP EN 1990. O coeficiente parcial relativo às acções associadas com o pré-esforço, 𝛾𝑃 , toma o valor 1.0
segundo o artigo 2.4.2.2 (1) da NP EN 1992-1-1.

Em combinações onde sejam contabilizados os efeitos das acções hidrostáticas, considera-se que o
coeficiente parcial 𝛾𝐹 é reduzido de 1.50 para 1.35, tal como é indicado no artigo A.2.1 (2) da EN 1991-
4 (𝛾𝐹 é o coeficiente parcial devido às acções, que também cobre incertezas de modelação e desvios
nas dimensões), pois é conhecido o peso volúmico da água e a altura máxima de água que o canal pode
conter.

A combinação de acções para situações de projecto sísmicas é dada pelo artigo 6.4.3.4 da NP EN 1990.

𝐸𝑑 = 𝐸 {∑ 𝐺𝑘,𝑗 "+" 𝑃 "+" 𝐴𝐸𝑑 "+" ∑ 𝜓2,𝑖 𝑄𝑘,𝑖 } (6.12b)


𝑗≥1 𝑖>1

em que:

𝐴𝐸𝑑 valor de cálculo de uma acção sísmica, sendo 𝐴𝐸𝑑 = 𝛾𝐼 𝐴𝐸𝑘 ;

29
𝐴𝐸𝑘 valor característico de uma acção sísmica;

𝜓2,𝑖 coeficiente para a determinação do valor quase-permanente de uma acção variável


acompanhante 𝑖;

4.3.2 Estados Limites de Serviço

A combinação característica de acções é dada pelo artigo 6.5.3 (2) da NP EN 1990.

𝐸𝑑 = 𝐸 {∑ 𝐺𝑘,𝑗 "+" 𝑃 "+" 𝑄𝑘,1 " + " ∑ 𝜓0,𝑖 𝑄𝑘,𝑖 } (6.14b)


𝑗≥1 𝑖>1

Em combinações onde sejam contabilizados os efeitos das acções hidrostáticas, a estas aplica-se um
coeficiente parcial 𝛾𝐹 com o valor 1.20, tendo por base a indicação do artigo B.3 (2) da EN 1991-4.

Critérios de Dimensionamento

Na avaliação da fissuração dos elementos da estrutura é utilizada a combinação característica de


acções, com o objectivo de que a probabilidade de ocorrência de fendilhação seja a menor possível,
por esta criar um estado de alteração irreversível dos elementos, que deve ser evitado ao máximo
devido à função desempenhada pela estrutura.

Caso ocorra fissuração no tabuleiro da ponte, deve ser garantido um nível adequado de estanqueidade
do canal, traduzindo-se essa garantia pelo controlo da largura das fendas dos elementos fendilhados,
𝑤𝑘 , não devendo este ser superior ao valor limite, 𝑤𝑘,𝑚á𝑥 .

De acordo com o artigo 7.3.1 da EN 1992-3, atribui-se ao canal a Classe 2 de estanqueidade e define-se
𝑤𝑘,𝑚á𝑥 = 0.1 𝑚𝑚, devendo ainda ser evitadas as fendas que possam vir a atravessar a espessura total
dos elementos, embora tenha sido definida a aplicação de revestimentos nas superfícies interiores do
canal.

As tensões de compressão no betão não devem exceder o valor crítico 𝑘1 𝑓𝑐𝑘 para a combinação
característica de acções, de acordo com o artigo 7.2 (2) da NP EN 1992-1-1, sendo 𝑘1 = 0.6.

30
5 ANÁLISE ESTRUTURAL E VERIFICAÇÕES DE SEGURANÇA

Ao longo deste capítulo efectuam-se as verificações aos Estados Limites Últimos e aos Estados Limites
de Serviço da obra de arte em estudo. Analisam-se todos os elementos da estrutura e dimensionam-se
as armaduras longitudinais e transversais do tabuleiro, dos pilares e das suas fundações. Para a
obtenção dos esforços nos vários elementos são utilizados diferentes modelos da estrutura, sendo cada
modelo o mais simplificado possível e aquele que melhor representa o elemento em questão.

5.1 Análise Transversal do Tabuleiro

Na análise transversal do tabuleiro são considerados dois carregamentos distintos, resultantes da


avaliação de duas acções variáveis diferentes como acções variáveis base (Figura 5.1):

 Carregamento 1 — Para além do peso próprio dos elementos, são contabilizados os efeitos
devidos à presença da máxima quantidade de água possível no interior do canal (pressões
hidrostáticas nas paredes e peso da massa de água na laje de fundo);

 Carregamento 2 — Para além do peso próprio dos elementos, são contabilizados os efeitos
devidos à acção do vento, aplicada no exterior de uma parede do canal.

A pormenorização das armaduras calculadas ao longo deste subcapítulo é representada em conjunto


com a das armaduras calculadas no subcapítulo seguinte e é apresentada no fim deste.

Figura 5.1 — Modelo de cálculo da secção transversal do tabuleiro e carregamentos condicionantes.

31
5.1.1 Modelo de cálculo e determinação de esforços

Para a análise transversal do tabuleiro é utilizado o modelo isostático composto por barras de espessura
constante apresentado na Figura 5.1, onde os elementos verticais representam as paredes do canal e
o elemento horizontal representa a laje de fundo do canal. Todas as barras posicionam-se sobre a linha
média de cada elemento e têm 1 𝑚 de largura, representando assim um segmento genérico do
tabuleiro da ponte.

Este modelo despreza a contribuição dos esquadros existentes nos nós da secção, no interior do canal.
O efeito dos esquadros no comportamento da secção transversal do tabuleiro é analisado de forma
mais expedita no ponto 5.1.3, a par da fendilhação dos nós do modelo.

No Quadro 5.1 são apresentados os valores das características do modelo, sendo 𝑏𝑚 e ℎ𝑚 as


dimensões identificadas na Figura 5.1, 𝑒𝑚 a espessura dos elementos e 𝑑𝑚 a altura útil das secções
transversais dos elementos do modelo. O valor atribuído a 𝑑𝑚 tem em consideração o facto das
armaduras transversais do tabuleiro serem dispostas exteriormente às armaduras longitudinais e
contabiliza o valor do recobrimento dos elementos, 𝑐, igual a 4 𝑐𝑚.

Quadro 5.1 — Dimensões dos elementos do modelo de cálculo.


𝑏𝑚 (𝑚) 3.70
ℎ𝑚 (𝑚) 2.85
𝑒𝑚 (𝑚) 0.30
𝑑𝑚 (𝑚) 0.25

Para o cálculo dos esforços do modelo devidos ao Carregamento 2, os valores máximo e mínimo da
carga trapezoidal 𝐹𝑤,𝑥 (𝑧), segundo o estipulado em 4.2.2 e considerando o segmento do tabuleiro
situado à maior altura 𝑧 possível, são respectivamente:

𝐹𝑤,𝑥 (19 𝑚) = 1.0 × 2.1 × 2.775 × 0.456 = 2.67 𝑘𝑁⁄𝑚

𝐹𝑤,𝑥 (16 𝑚) = 1.0 × 2.1 × 2.65 × 0.456 = 2.54 𝑘𝑁⁄𝑚

No Quadro 5.2 apresentam-se os esforços obtidos através da análise do modelo.

Quadro 5.2 — Esforços transversais do tabuleiro.


𝑛𝐴,𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑛𝐴,𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑣𝐴,𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑣𝐴,𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑚𝐴 𝑚𝐵
Acção
(𝑘𝑁⁄𝑚) (𝑘𝑁⁄𝑚) (𝑘𝑁⁄𝑚) (𝑘𝑁⁄𝑚) (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚) (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚)
Peso próprio -21.4 0 0 13.9 0 12.8
Pressão hidrostática 0 36.5 36.5 45.9 -38.3 7.6
Acção do Vento 0 -7.4 -7.4 2.9 10.7 10.7

Note-se que, na obtenção dos valores dos esforços da laje de fundo devidos ao peso próprio dos
elementos, despreza-se a rigidez de torção das paredes do canal, sendo assim os esforços calculados
através de um modelo de viga simplesmente apoiada.

Na análise transversal do tabuleiro os efeitos da acção da temperatura são desprezáveis, pois o modelo
estrutural é isostático e como tal as variações de temperatura apenas provocam pequenas
deformações.

32
5.1.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU)

A verificação de segurança em relação aos ELU é efectuada através da combinação fundamental de


acções, apenas para os esforços devidos ao Carregamento 1 e de acordo com a combinação de acções
indicada pela expressão 5.1. Tal deve-se ao facto dos esforços devidos a este carregamento serem
superiores aos esforços resultantes do Carregamento 2 e porque os cálculos efectuados, tanto para os
ELU de flexão como para os ELU de esforço transverso, definem quantidades de armaduras iguais tanto
para a face exterior, como para a face interior dos elementos.

𝐸𝑑 = 1.35 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.35 ∙ 𝐸𝑝𝑤 (5.1)

ELU de flexão

As secções condicionantes já definidas A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 , A 𝑙𝑎𝑗𝑒 e B estão sujeitas a flexão composta. O


dimensionamento das armaduras é efectuado de acordo com [Gomes e Vinagre, 1997, pág. 59] e os
resultados obtidos são os dispostos no Quadro 5.3.

Quadro 5.3 — Dimensionamento da secção transversal do tabuleiro aos ELU de flexão.


Secção 𝑚𝑆𝑑 (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚) 𝑛𝑆𝑑 (𝑘𝑁⁄𝑚) 𝜇 𝜈 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡 ⁄𝑠 (𝑐𝑚2 ⁄𝑚)
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 -51.7 -28.9 0.029 -0.005 0.06 8.28
A 𝑙𝑎𝑗𝑒 -51.7 49.2 0.029 0.008 0.08 11.03
B 27.6 49.2 0.015 0.008 0.04 5.52

Sendo que os valores calculados dizem respeito à soma, em partes iguais, da armadura de compressão
e da armadura de tracção na secção, é definido no artigo 9.2.1.1 (1) da NP EN 1992-1-1 que a área de
armadura longitudinal de tracção deve respeitar o valor mínimo dado por:

𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. = 0.26 ∙ ∙𝑏 ∙𝑑 NP EN 1992-1-1, (9.1N)
𝑓𝑦𝑘 𝑡

2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. = 0.26 × × 1.0 × 0.25 = 3.77 𝑐𝑚2 ⁄𝑚
500

em que:

𝑏𝑡 largura média da zona traccionada;

𝑑 altura útil da secção transversal do elemento.

Nas faces inclinadas dos esquadros dos nós, aplica-se no mínimo metade do valor da máxima armadura
longitudinal dos elementos que compõe o nó [Appleton, J. et al., 2005]. A pormenorização das
armaduras transversais do tabuleiro é executada no ponto 5.2.2.

ELU de esforço transverso

A verificação aos ELU de esforço transverso, para elementos que não necessitam de armadura, é dada
pelo artigo 6.2.1 (1) da NP EN 1992-1-1:

33
𝑉𝑅𝑑,𝐶 = [𝐶𝑅𝑑,𝑐 ∙ 𝑘 ∙ (100 ∙ 𝜌1 ∙ 𝑓𝑐𝑘 )1/3 + 𝑘1 ∙ 𝜎𝑐𝑝 ] ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑 (6.2.a)

com um mínimo de

𝑉𝑅𝑑,𝐶 = (𝑣𝑚𝑖𝑛 + 𝑘1 ∙ 𝜎𝑐𝑝 ) ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑 (6.2.b)

em que:

𝑓𝑐𝑘 em 𝑀𝑃𝑎;

200
𝑘 =1+√ ≤ 2.0;
𝑑

𝑑 em 𝑚𝑚;

𝐴𝑠𝑙
𝜌1 = ≤ 0.02;
𝑏𝑤 ∙ 𝑑

𝐴𝑠𝑙 área de armadura de tracção;

𝑏𝑤 menor largura da secção transversal na área traccionada;

𝑁𝐸𝑑
𝜎𝑐𝑝 = < 0.2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ;
𝐴𝑐

𝑁𝐸𝑑 esforço normal na secção devido às acções aplicadas ou ao pré-esforço ( 𝑁𝐸𝑑 > 0 para
compressão);

𝐴𝑐 área da secção transversal de betão;

0.18
𝐶𝑅𝑑,𝑐 = = 0.12;
𝛾𝑐

𝑘1 = 0.15;

𝑣𝑚𝑖𝑛 = 0.035 ∙ 𝑘 3/2 ∙ 𝑓𝑐𝑘 1/2 .

No Quadro 5.4 apresentam-se os resultados dos valores de cálculo do esforço transverso resistente,
𝑉𝑅𝑑,𝐶 , para as secções condicionantes do modelo.

Quadro 5.4 — Dimensionamento da secção transversal do tabuleiro aos ELU de esforço transverso.
Secção 𝑣𝑆𝑑 (𝑘𝑁⁄𝑚) 𝜌𝑙 𝜎𝑐𝑝 (𝑀𝑃𝑎) 𝑣𝑅𝑑,𝑐 (𝑘𝑁⁄𝑚) 𝑣𝑅𝑑,𝑐,𝑚𝑖𝑛 (𝑘𝑁⁄𝑚)
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 49.2 0.0017 0.096 128.6 100.6
A 𝑙𝑎𝑗𝑒 80.7 0.0022 -0.164 118.8 100.6

Na obtenção dos valores de 𝜌𝑙 foram considerados, de forma conservativa, os valores das armaduras
apresentados no Quadro 5.3. Conclui-se pela análise dos resultados que os elementos do modelo assim
considerados, não necessitam de um reforço de armadura transversal.

34
5.1.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS)

A verificação de segurança em relação aos ELS é realizada através da (i) análise da fendilhação nos
elementos do modelo transversal do tabuleiro e (ii) do controlo da abertura de fendas, nas secções
onde ocorre fendilhação. Pelas razões mencionadas anteriormente, apenas são contabilizados os
esforços devidos ao Carregamento 1.

Devido à presença de esforços axiais e de momentos flectores nos elementos do modelo, a existência
de fissuração é determinada comparando as máximas tensões normais de tracção devidas às cargas
actuantes, 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. (calculadas através de uma distribuição linear de tensões para uma combinação
característica de acções), com o valor característico da tensão de rotura do betão à tracção, 𝑓𝑐𝑡𝑘 . Para
os elementos de betão sujeitos a uma rotura por flexão, o artigo 3.1.8 (1) da NP EN 1992.1.1 define que
o valor característico da tensão de rotura do betão à tracção, 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑓𝑙 , é dado por:

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑓𝑙 = 𝑚á𝑥{(1.6 − ℎ⁄1000) ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 ; 𝑓𝑐𝑡𝑘 } (3.23)

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑓𝑙 = 𝑚á𝑥{2.6; 2.0} = 2.6 𝑀𝑃𝑎

sendo ℎ a altura total do elemento em 𝑚𝑚.

O cálculo da largura de fendas, 𝑤𝑘 , é efectuado de acordo com o artigo 7.3.4 da NP EN 1992.1.1, de


onde se obtêm as seguintes expressões:

𝑤𝑘 = 𝑠𝑟,𝑚á𝑥 ∙ (𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 ) (7.8)

em que:

𝑠𝑟,𝑚á𝑥 distância máxima entre fendas;

𝜀𝑠𝑚 extensão média da armadura para a combinação de acções considerada, incluindo o efeito das
deformações impostas e considerando a contribuição do betão traccionado;

𝜀𝑐𝑚 extensão média no betão entre fendas.

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓
𝜎𝑠 − 𝑘𝑡 ∙ ∙ (1 + 𝛼𝑒 ∙ 𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 )
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 𝜎𝑠 (7.9)
𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 = ≥ 0.6 ∙
𝐸𝑠 𝐸𝑠

em que:

𝜎𝑠 tensão na armadura de tracção admitindo a secção fendilhada;

𝑘𝑡 coeficiente que depende da duração do carregamento:

𝑘𝑡 = 0.6 para acções de curta duração;

𝑘𝑡 = 0.4 para acções de longa duração;

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 valor médio da resistência do betão à tracção (𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 = 𝑓𝑐𝑡𝑚 );

𝐴𝑠
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 = ;
𝐴𝑐,𝑒𝑓𝑓

35
𝐸𝑠
𝛼𝑒 = ;
𝐸𝑐

𝐴𝑐,𝑒𝑓𝑓 área da secção efectiva de betão traccionado que envolve a armaduras para betão armado ou
de pré-esforço com uma altura ℎ𝑐,𝑒𝑓 ;

ℎ𝑐,𝑒𝑓 = 𝑚𝑖𝑛{2.5 ∙ (ℎ − 𝑑); (ℎ − 𝑥)⁄3 ; ℎ⁄2};

𝑥 altura da linha neutra da secção.

∅𝑒𝑞
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 = 3.4 ∙ 𝑐 + 0.425 ∙ 𝑘1 ∙ 𝑘2 ∙ (7.11)
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓

em que:

𝑐 recobrimento das armaduras;

∅ diâmetro dos varões – quando forem utilizados, na mesma secção transversal, varões com
diâmetros diferentes, deve ser utilizado na expressão um diâmetro equivalente, ∅𝑒𝑞 ;

𝑛1 ∙ ∅1 2 + 𝑛2 ∙ ∅2 2
∅𝑒𝑞 = ;
𝑛1 ∙ ∅1 + 𝑛2 ∙ ∅2

𝑘1 coeficiente que tem em conta as propriedades de aderência das armaduras:

𝑘1 = 0.8 para varões de alta aderência;

𝑘1 = 1.6 para varões lisos;

𝑘2 coeficiente que tem em conta a distribuição das tensões:

𝑘2 = 0.5 para a flexão;

𝑘2 = 1.0 para a tracção simples.

Fendilhação

Para averiguar a existência de fendilhação, é determinado o valor de 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. para as secções


condicionantes dos elementos. Para tal, definem-se as secções de extremidade dos esquadros dos nós,
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,1 , A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,2 , A 𝑙𝑎𝑗𝑒,1 e A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 , identificadas na Figura 5.2. Comparativamente, as secções
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,1 e A 𝑙𝑎𝑗𝑒,1 estão sujeitas a maiores momentos flectores e as secções A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,2 e A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 têm
menor altura útil. Os valores de 𝑒𝑚,1 e 𝑒𝑚,2 são respectivamente 0.5 e 0.3 𝑚.

Figura 5.2 — Secções definidas para a determinação da existência de fendilhação nos nós.

36
Os esforços em cada secção são calculados através da expressão:

𝐸𝑑 = 1.0 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.2 ∙ 𝐸𝑝𝑤 (5.2)

Os valores de 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. são calculados de acordo com a expressão 5.3 e comparados com 𝑓𝑐𝑡𝑘 . Os
resultados obtidos são apresentados no Quadro 5.5.

𝑛𝐸𝑑 𝑚𝐸𝑑
𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. = + < 𝑓𝑐𝑡𝑘 (5.3)
A𝑠𝑒𝑐çã𝑜 W𝑠𝑒𝑐çã𝑜

Quadro 5.5 — Valores de 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. para a averiguação da existência de fendilhação nos nós.
Secção 𝑚𝐸𝑑 (𝑘𝑁𝑚⁄𝑚) 𝑛𝐸𝑑 (𝑘𝑁⁄𝑚) 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. (𝑀𝑃𝑎)
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,1 -39.4 -20.3 0.9
A 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒,2 -31.3 -18.8 2.0
A 𝑙𝑎𝑗𝑒,1 -45.5 43.7 1.2
A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 -44.7 43.7 3.1
B 22.0 43.7 1.6

Recomenda-se, em geral verificar a fendilhação para as secções onde 𝜎𝑡𝑟𝑎𝑐. < 𝑓𝑐𝑡𝑘 . Pela análise dos
resultados obtidos conclui-se que a secção crítica A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 fendilha e como tal, torna-se necessário
avaliar a abertura de fendas na secção.

Abertura de fendas

Para o cálculo da abertura de fendas na secção A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 são utilizadas as tabelas fornecidas por [Gomes
e Vinagre, 1997, página 123] e as expressões referidas no início deste subcapítulo, sendo definidos os
valores 𝑏 = 1.0 𝑚, ℎ = 0.30 𝑚, 𝑑 = 0.25 𝑚, 𝑐 = 4 𝑐𝑚, 𝑘𝑡 = 0.4, 𝑘1 = 0.8 e 𝑘2 = 0.5.

As tabelas consultadas apenas permitem o cálculo das tensões nas armaduras da secção quando esta
está submetida a um momento flector e a um esforço axial de compressão. Uma vez que na presente
situação o esforço axial aplicado na secção é de tracção, o cálculo das tensões nas armaduras
traccionadas, 𝜎𝑠 , é executado em duas fases: primeiramente considera-se nulo o esforço axial e
utilizam-se as referidas tabelas para o cálculo de um valor inicial de 𝜎𝑠,1 (apenas devido a 𝑚𝐸𝑑 =
−44.7 𝑘𝑁𝑚⁄𝑚 ); posteriormente adiciona-se ao valor já calculado a tensão devida ao esforço axial
𝑛𝐸𝑑 = 43.7 𝑘𝑁⁄𝑚 , ainda não contabilizado, admitindo-se conservativamente que este é absorvido
totalmente pela armadura traccionada.

Tendo-se por objectivo que 𝑤𝑘 < 𝑤𝑘,𝑚á𝑥 , com 𝑤𝑘,𝑚á𝑥 = 0.1 𝑚𝑚 , são testadas as quantidades de
armadura apresentadas no Quadro 5.6. A primeira solução, que representa a quantidade de armadura
obtida aquando da verificação aos ELU (7.85 𝑐𝑚2 ⁄𝑚 > 11.03⁄2 𝑐𝑚2 ⁄𝑚), mostra-se insuficiente para
cumprir o critério definido. Desta forma e face às soluções apresentadas, a solução ∅16//0.10 é aquela
que melhor se adequa.

Assinale-se que as tensões na amadura, 𝜎𝑠,1 , não ultrapassam os 100 𝑀𝑃𝑎 para atender ao critério
estabelecido.

37
Quadro 5.6 — Controlo da abertura de fendas na secção A 𝑙𝑎𝑗𝑒,2 .
Solução ∅10//0.10 ∅12//0.10 ∅16//0.15 ∅16//0.125 ∅16//0.10
𝐴𝑠1 (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) 7.85 11.31 13.40 16.08 20.11
𝜌 0.0031 0.0045 0.0054 0.0064 0.0080
𝐶𝑐 11.19 9.44 8.70 7.91 7.08
𝐶𝑠 53.32 38.02 32.32 26.67 21.45
𝑥 (𝑚𝑚) 0.043 0.050 0.053 0.057 0.062
ℎ𝑐,𝑒𝑓 (𝑚𝑚) 0.086 0.083 0.082 0.081 0.079
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 0.0092 0.0136 0.0163 0.0199 0.0253
𝜎𝑠,1 (𝑀𝑃𝑎) 242.6 173.0 147.0 121.3 97.6
𝜎𝑠 (𝑀𝑃𝑎) 298.3 211.7 179.6 148.5 119.3
𝜎𝑐 (𝑀𝑃𝑎) 8.0 6.7 6.2 5.7 5.1
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 321.2 286.5 303.0 272.9 243.3
𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 0.00098 0.00070 0.00060 0.00049 0.00039
𝑤𝑘 (𝑚𝑚) 0.315 0.201 0.181 0.134 0.096

5.2 Análise Longitudinal do Tabuleiro

Nesta análise avaliam-se os efeitos decorrentes das acções do peso próprio da estrutura, 𝑝𝑝, do peso
da massa de água presente no interior do canal, 𝑝𝑤 (𝑧), da componente vertical da acção do vento,
𝐹𝑤,𝑧 , e os efeitos da variação diferencial de temperatura, ∆𝑇𝑑 , que afectam o tabuleiro da ponte.

Na combinação dos efeitos devidos à variação diferencial de temperatura com a variação da altura da
superfície da água, 𝑧, são consideradas as duas hipóteses estabelecidas em 4.2.4, através das seguintes
combinações:

 Combinação 1 — 𝑝𝑝 + 𝑝𝑤 + ∆𝑇𝑑 1 + 𝐹𝑤,𝑧 ;

 Combinação 2 — 𝑝𝑝 + 0.10 × 𝑝𝑤 + ∆𝑇𝑑 2 + 𝐹𝑤,𝑧 .

Para ambas as combinações e nas verificações aos estados limites, considera-se que o par de efeitos
𝐸𝑝𝑤 + 𝐸∆𝑇𝑑 representa a acção variável base, sendo 𝐹𝑤,𝑧 a acção variável acompanhante.

5.2.1 Modelo de cálculo

Para a análise longitudinal do tabuleiro utiliza-se o modelo apresentado na Figura 5.3. Este, é o de uma
ponte em pórtico e não o de uma ponte em viga contínua, devido à importância das deformações axiais
dos pilares nos esforços longitudinais do tabuleiro. Esta influência deve-se ao facto da rigidez axial dos
pilares, 𝐸𝐴𝑝 , não ser suficiente para simular um apoio vertical fixo ao tabuleiro.

Nas ligações do modelo, dos pilares laterais e dos encontros com o tabuleiro da ponte, não são
consideradas as características dos aparelhos de apoio existentes. São adoptadas ligações rotuladas
uma vez que as rigidezes de rotação dos aparelhos são relativamente reduzidas e não têm praticamente
influência nos resultados dos esforços da estrutura.

Para a obtenção dos esforços longitudinais no tabuleiro da ponte utiliza-se um modelo 2D da estrutura
executado no programa de cálculo estrutural SAP2000. No modelo não são considerados os efeitos
devidos à fluência do betão ou quaisquer outros efeitos que possam provocar a perda de rigidez das
secções de betão armado.

38
Figura 5.3 — Modelo de cálculo para a análise longitudinal do tabuleiro.

Para o cálculo dos esforços devidos à componente vertical da acção do vento, 𝐹𝑤,𝑧 , esta é modelada
através de uma carga uniformemente distribuída ao longo de todo o tabuleiro com o valor:

𝐹𝑤,𝑧 (16 𝑚) = 1.0 × 0.9 × 2.65 × 0.456 × 4 = 4.35 𝑘𝑁⁄𝑚

Nas verificações aos estados limites de flexão, consideram-se nas secções dos apoios as larguras
efectivas dos banzos comprimidos apresentadas no Quadro 5.7, de acordo com o estipulado em 5.3.2.1
da NP EN 1992-1-1:

𝑏1 = 𝑏2 = 2.0 − 0.3 = 1.7 𝑚

𝑏𝑤 = 0.6 𝑚

Quadro 5.7 — Larguras efectivas dos banzos comprimidos nos estados limites de flexão.
Apoios 𝑙0 (𝑚) 𝑏𝑒𝑓𝑓,𝑖 (𝑚) 𝑏𝑒𝑓𝑓 (𝑚)
𝑃1 e 𝑃4 3.18 0.64 1.87
𝑃2 e 𝑃3 3.60 0.70 2.00

5.2.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU)

A verificação de segurança em relação aos ELU é efectuada através da combinação fundamental, para
as Combinações 1 e 2, traduzidas respectivamente pelas expressões 5.4 e 5.5.

𝐸𝑑 = 1.35 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.35 ∙ 𝐸𝑝𝑤 + 1.50 ∙ 𝐸∆𝑇𝑑1 + 1.50 ∙ 0.6 ∙ 𝐸𝐹𝑤,𝑧 (5.4)

𝐸𝑑 = 1.35 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.35 ∙ 0.10 ∙ 𝐸𝑝𝑤 + 1.50 ∙ 𝐸∆𝑇𝑑2 + 1.50 ∙ 0.6 ∙ 𝐸𝐹𝑤,𝑧 (5.5)

Faz-se relembrar que ∆𝑇𝑑 1 toma os valores ±2℃ e que ∆𝑇𝑑 2 = +10℃.

ELU de flexão

Os valores dos momentos flectores obtidos para o dimensionamento das armaduras do tabuleiro,
devidos às Combinações 1 e 2, são apresentados no Quadro 5.8 e os diagramas de esforços a que se

39
referem são dispostos na Figura 5.4. Os valores apresentados para as secções condicionantes de cada
vão, são os valores máximos identificados que podem não coincidir na mesma secção e provêm da
aplicação directa das combinações anteriormente descritas no programa de cálculo. Note-se que no
modelo utilizado é definida para todo o tabuleiro a rigidez não fendilhada das secções.

Quadro 5.8 — Momentos flectores para o dimensionamento do tabuleiro, 𝑀𝑆𝑑 em [𝑘𝑁𝑚].


Combinação 𝑉𝐿1 𝑃1 𝑉𝐶1 𝑃2 𝑉𝐶2 𝑃3 𝑉𝐶3 𝑃4 𝑉𝐿2
[1]
1745.7 -1338.2 2751.0 -1242.3 3274.8 -281.6 2623.9 -2733.4 1195.1
1 [2]
1071.8 -3082.7 1010.8 -2976.6 1553.8 -1961.3 866.9 -4560.3 636.0
2 3353.6 3232.6 5299.3 3305.9 5553.3 3768.5 5289.4 2682.2 2906.5
[1]
Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = +2℃; [2] Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = −2℃.

MSd [kNm]
-5000 -4560,3

-4000
-3082,7 -2976,6
-3000 -2733,4
-1961,3
-2000
-1338,2 -1242,3
-1000
-281,6 54,4
0 [m]
9,2 21,2 33,2 45,2
1000 636,0
1071,8 1010,8 866,9 1195,1
2000 1745,7 1553,7 2682,2
3232,6 3305,9
3000 2751,0 2623,9
3768,5 2906,5
3353,6 3274,8
4000

5000
5299,3 5289,4
6000 5553,3
Combinação 1 [1] Combinação 1 [2] Combinação 2

Figura 5.4 — Diagramas de momentos flectores do tabuleiro para os ELU de flexão.

O dimensionamento das armaduras longitudinais é apresentado nos Quadros 5.9 e 5.10 e é efectuado
de acordo com as seguintes expressões simplificadas [Gomes e Vinagre, 1997]:

𝑀𝑆𝑑
𝜇= (5.6)
𝑏 ∙ 𝑑 2 ∙ 𝑓𝑐𝑑

1 − √1 − 2.42 ∙ 𝜇
𝜔= (5.7)
1.21

𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑙 = 𝜔 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 ∙ (5.8)
𝑓𝑦𝑑

40
O parâmetro 𝑏 representa a largura do banzo comprimido de cada secção, sendo que nas secções de
apoio identificadas no Quadro 5.7 utilizam-se os respectivos valores de 𝑏𝑒𝑓𝑓 . Para a altura útil das
secções adopta-se o valor 𝑑 = 2.90 𝑚.

Quadro 5.9 — Dimensionamento das armaduras superiores.


Secção 𝑀𝑆𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝜇 𝜔 𝑥 ⁄𝑑 𝐴𝑠𝑙 (𝑐𝑚2 )
𝑃1 -3082.7 0.010 0.010 0.036 24.58
𝑃2 -2976.6 0.009 0.009 0.034 23.72
𝑃3 -1961.3 0.006 0.006 0.021 15.60
𝑃4 -4560.3 0.014 0.015 0.054 36.47

Quadro 5.10 — Dimensionamento das armaduras inferiores.


Secção 𝑀𝑆𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝜇 𝜔 𝑥 ⁄𝑑 𝐴𝑠𝑙 (𝑐𝑚2 )
𝑉𝐿1 3353.6 0.033 0.034 0.094 27.14
𝑃1 3232.6 0.032 0.033 0.092 26.14
𝑉𝐶1 5299.3 0.053 0.054 0.122 43.43
𝑃2 3305.9 0.033 0.033 0.093 26.75
𝑉𝐶2 5553.3 0.055 0.057 0.125 45.59
𝑃3 3768.5 0.037 0.038 0.098 30.58
𝑉𝐶3 5289.4 0.052 0.054 0.120 43.35
𝑃4 2682.2 0.027 0.027 0.083 21.62
𝑉𝐿2 2906.5 0.029 0.029 0.086 23.46

As armaduras mínimas de flexão são calculadas pelo artigo 9.2.1.1 (1) da NP EN 1992-1-1. No cálculo
de 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 considera-se 𝑏𝑡 = 1.0 𝑚, admitindo-se que as quantidades de armadura calculadas
são distribuídas nas zonas dos nós de ligação da laje de fundo às paredes (𝑏𝑡 = 0.5 𝑚 + 0.5 𝑚).

2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0.26 × × 2 × 0.30 × 2.90 = 26.24 𝑐𝑚2
500
2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 0.26 × × 1.0 × 2.90 = 43.73𝑐𝑚2
500
A partir dos valores calculados define-se que ao longo de todo o tabuleiro é aplicada uma armadura de
flexão superior de 8∅25, em conformidade com as verificações executadas adiante e para que exista
uma distribuição simétrica de varões nas paredes da secção. Para as armaduras de flexão inferiores
define-se a solução 16∅20. Deve ser consultado o desenho DES 3.

ELU de esforço transverso

À semelhança dos resultados utilizados para as verificações aos ELU de flexão, também os valores dos
esforços transversos obtidos para o dimensionamento das armaduras do tabuleiro, devidos às
Combinações 1 e 2 e apresentados no Quadro 5.11, provêm da aplicação directa das combinações já
referidas no programa de cálculo.

Quadro 5.11 — Esforços transversos para o dimensionamento do tabuleiro, 𝑉𝑆𝑑 em [𝑘𝑁].


Combinação 𝐸1 𝑑𝑖𝑟. 𝑃1 𝑒𝑠𝑞. 𝑃1 𝑑𝑖𝑟. 𝑃2 𝑒𝑠𝑞. 𝑃2 𝑑𝑖𝑟.
[1]
884.2 -1175.1 1353.0 -1332.9 1423.0
1 [2]
694.5 -1364.7 1353.7 -1332.2 1425.1
2 870.1 -167.4 682.8 -670.6 715.2

41
Quadro 5.11 — (continuação)
Combinação 𝑃3 𝑒𝑠𝑞. 𝑃3 𝑑𝑖𝑟. 𝑃4 𝑒𝑠𝑞. 𝑃4 𝑑𝑖𝑟. 𝐸2 𝑒𝑠𝑞.
[1]
-1262.9 1136.1 -1549.8 1326.7 -732.5
1 [2]
-1260.9 1126.4 -1559.6 1525.3 -533.9
2 -638.2 586.2 -767.2 227.2 -810.3
[1]
Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = +2℃; [2] Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = −2℃.

O cálculo e dimensionamento das armaduras transversais é efectuado de acordo com as indicações


expressas por [Appleton & al., 2011, Módulo 2]. O cálculo das áreas da secção transversal das
armaduras de esforço transverso, 𝐴𝑠𝑤 , e das armaduras de ligação banzo-alma, 𝐴𝑠𝑓 , é efectuado de
segundo as seguintes expressões:

𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑑 𝑎 𝑧∙cotg 𝜃


= (5.9)
𝑠 𝑧 ∙ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃 ∙ 𝑓𝑦𝑑

𝐴𝑠𝑓 1 𝐴𝑠𝑤
= ∙ (5.10)
𝑠 2 𝑠

em que:

𝜃 ângulo formado pela escora comprimida de betão com o eixo da viga, sendo atribuído o valor
𝜃 = 45° devido à geometria da estrutura;

𝑧 braço do binário das forças interiores, com o valor aproximado 𝑧 = 0.9 ∙ 𝑑;

Para que seja verificada a segurança do betão comprimido nas almas da secção transversal, tem-se:

𝑉𝑠𝑑 𝑎 𝑧∙cotg 𝜃
𝜎𝑐 = (5.11)
𝑧 ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝜃

𝑓𝑐𝑘
𝜎𝑐 ≤ 0.6 ∙ [1 − ]∙𝑓 (5.12)
250 𝑐𝑑

O parâmetro 𝑏𝑤 representa a menor largura da secção entre os banzos traccionado e comprimido. Os


valores das armaduras referidas e das tensões de compressão são apresentados no Quadro 5.12.

Quadro 5.12 — Dimensionamento das armaduras transversais.


𝐴𝑠𝑤 𝐴𝑠𝑓
Secção 𝑉𝑠𝑑 (𝑘𝑁) 𝑉𝑠𝑑 𝑎 𝑧∙cotg 𝜃 (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) 𝜎𝑐 (𝑀𝑃𝑎)
𝑠 𝑠
𝐸1 𝑑𝑖𝑟. 884.2 300.0 2.64 1.32 0.38
𝑃1 𝑒𝑠𝑞. -1364.7 -780.5 6.87 3.44 1.00
𝑃1 𝑑𝑖𝑟. 1353.7 769.5 6.78 3.39 0.98
𝑃2 𝑒𝑠𝑞. -1332.9 -748.7 6.59 3.30 0.96
𝑃2 𝑑𝑖𝑟. 1425.1 840.9 7.41 3.70 1.07
𝑃3 𝑒𝑠𝑞. -1262.9 -678.7 5.98 2.99 0.87
𝑃3 𝑑𝑖𝑟. 1136.1 551.9 4.86 2.43 0.70
𝑃4 𝑒𝑠𝑞. -1559.6 -975.4 8.59 4.30 1.25
𝑃4 𝑑𝑖𝑟. 1525.3 1077.4 9.49 4.74 1.38
𝐸2 𝑒𝑠𝑞. -810.3 -584.6 5.15 2.57 0.75

42
Os valores calculados de 𝐴𝑠𝑤 são distribuídos por 4 ramos no conjunto das duas paredes do canal e os
valores de 𝐴𝑠𝑓 são distribuídos por 2 ramos na laje de fundo. Todos os resultados de 𝜎𝑐 respeitam a
condição 𝜎𝑐 ≤ 10.56 𝑀𝑃𝑎.

Na combinação das quantidades de armadura de ligação banzo-alma com as armaduras necessárias


para a flexão transversal, é definido no artigo 6.2.4 (5) da NP EN 1992-1-1 que a área da secção de
armaduras a adoptar deve ser maior do que a calculada para as armaduras de ligação banzo-alma ou
maior do que metade do valor destas, acrescido da área necessária para a flexão transversal.

Segundo o artigo 9.2.2 (5) da NP EN 1992-1-1, a taxa mínima de armaduras de esforço transverso é
dada por:

0.08 ∙ √𝑓𝑐𝑘
𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛. = (9.5N)
𝑓𝑦𝑘

logo,

𝐴𝑠𝑤
( ) = 𝑏𝑤 ∙ 𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛. (5.13)
𝑠 𝑚𝑖𝑛.

𝐴𝑠𝑤 0.08 × √30


( ) = 2 × 0.30 × = 5.26 𝑐𝑚2 ⁄𝑚
𝑠 𝑚𝑖𝑛. 500

Atendendo a que a laje de fundo do canal é apoiada na base das paredes, é necessária a existência de
uma armadura de suspensão, 𝐴𝑠 , que conduza as forças verticais aplicadas na laje de fundo para o topo
das paredes, sendo esta armadura aplicada nas faces interiores das paredes do canal. O seu valor é
constante ao longo de todo o tabuleiro e é dado por:

𝑉
𝐴𝑠 = (5.14)
𝑓𝑦𝑑

sendo 𝑉 a força de suspensão que é igual ao esforço transverso 𝑣𝑆𝑑 , na secção A 𝑙𝑎𝑗𝑒 , definido no
Quadro 5.4. Desta forma, o valor da armadura a aplicar em cada parede é:

𝐴𝑠 80.7
= = 1.86 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 43.5
No Quadro 5.13 são apresentados os valores das armaduras transversais totais necessárias nas
paredes, 𝐴𝑠𝑤,𝑡𝑜𝑡 , e na laje, 𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡 , para cada secção do tabuleiro. Atendendo aos valores de 𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡
referentes às secções 𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒 e 𝐵𝑙𝑎𝑗𝑒 da laje de fundo, definidas no ponto 5.1.1, são atribuídas
respectivamente as soluções ∅16//0.10 e ∅16//0.20, de acordo com as verificações efectuadas no
ponto 5.1.3. As dispensas das armaduras entre as secções 𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒 e 𝐵𝑙𝑎𝑗𝑒 devem ser executadas a 0.75 𝑚
de distância dos nós laje-parede (≈ 1⁄5 do vão). Em conformidade com as soluções adoptadas para
𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡 , aplica-se para 𝐴𝑠𝑤,𝑡𝑜𝑡 a solução ∅12//0.10. Deve ser consultado o desenho DES 3.

43
Quadro 5.13 — Armaduras transversais totais na laje e nas paredes.
𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡 𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡
𝐴𝑠𝑤,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚)
Secção (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) 𝑠 𝑠
𝑠
na secção 𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒 na secção 𝐵𝑙𝑎𝑗𝑒
𝐸1 𝑑𝑖𝑟. 7.32 6.17 3.42
𝑉𝐿1 7.32 6.17 3.42
𝑃1 𝑒𝑠𝑞. 7.72 6.37 3.62
𝑃1 𝑑𝑖𝑟. 7.69 6.36 3.61
𝑉𝐶1 7.32 6.17 3.42
𝑃2 𝑒𝑠𝑞. 7.65 6.34 3.58
𝑃2 𝑑𝑖𝑟. 7.85 6.44 3.69
𝑉𝐶2 7.32 6.17 3.42
𝑃3 𝑒𝑠𝑞. 7.49 6.26 3.51
𝑃3 𝑑𝑖𝑟. 7.32 6.17 3.42
𝑉𝐶3 7.32 6.17 3.42
𝑃4 𝑒𝑠𝑞. 8.15 6.59 3.83
𝑃4 𝑑𝑖𝑟. 8.37 6.70 3.95
𝑉𝐿2 7.32 6.17 3.42
𝐸2 𝑒𝑠𝑞. 7.32 6.17 3.42

Embora a quantidade de armadura de suspensão calculada para as paredes do canal apenas seja
necessária nas faces interiores, é contabilizada uma igual quantidade de armadura para as faces
exteriores, de forma a que solução adoptada seja idêntica em ambas as faces e estas armaduras possam
ser executadas como estribos.

Os resultados obtidos para 𝐴𝑠𝑓,𝑡𝑜𝑡 provêm da soma das armaduras de flexão transversal com metade
do valor das armaduras de ligação banzo-alma, uma vez que as primeiras são superiores a metade do
valor calculado para as segundas.

Nas secções dos encontros deve ser garantida a existência de uma quantidade de armadura longitudinal
suficiente para absorver as forças longitudinais de tracção, 𝐹𝑇 , que se geram em apoios de
extremidade, em função das reacções 𝑅 existentes [Appleton & al., 2011, Módulo 2]. Os valores
referentes às armaduras mencionadas são dispostos no Quadro 5.14, sendo que são inferiores aos já
obtidos nas verificações aos ELU de flexão.

𝑅
𝐹𝑇 = ∙ cotg 𝜃 (5.15)
2

Quadro 5.14 — Armadura longitudinal inferior mínima nas secções de extremidade.


Secção 𝑅 (𝑘𝑁) 𝐹𝑇 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙 (𝑐𝑚2 )
𝐸1 884.2 442.1 10.16
𝐸2 870.1 435.1 10.00

5.2.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS)

A verificação de segurança em relação aos ELS é efectuada através da combinação característica de


acções, para as Combinações 1 e 2, traduzidas respectivamente pelas expressões 5.16 e 5.17.

44
𝐸𝑑 = 1.0 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.20 ∙ 𝐸𝑝𝑤 + 1.0 ∙ 𝐸∆𝑇𝑑1 + 1.0 ∙ 0.6 ∙ 𝐸𝐹𝑤,𝑧 (5.16)

𝐸𝑑 = 1.0 ∙ 𝐸𝑝𝑝 + 1.20 ∙ 0.10 ∙ 𝐸𝑝𝑤 + 1.0 ∙ 𝐸∆𝑇𝑑2 + 1.0 ∙ 0.6 ∙ 𝐸𝐹𝑤,𝑧 (5.17)

Fendilhação

Para o controlo da fendilhação devida à flexão longitudinal do tabuleiro, comparam-se os momentos


flectores actuantes de serviço com os valores dos momentos de fendilhação da secção transversal.
Estes são dados pela expressão:

𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑𝑖𝑙ℎ𝑎çã𝑜 = 𝑤𝑒𝑙á𝑠𝑡. ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 (5.18)

Na definição do valor do módulo de flexão elástico da secção transversal do tabuleiro, 𝑤𝑒𝑙á𝑠𝑡. ,


necessário para o cálculo dos momentos de fendilhação, aplicam-se os valores calculados das larguras
efectivas dos banzos comprimidos, utilizando o valor real do centro de gravidade da secção, 𝑧𝑔 . Os
momentos de fendilhação positivo e negativos são respectivamente:

𝐼𝑦 2.56
𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 = ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 = × 2.0 × 103 = 5104.7 𝑘𝑁𝑚
𝑧𝑔 1.003

𝐼𝑦,𝑒𝑓𝑓 1.96
𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠 𝑃1 𝑒 𝑃4 = − ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 = × 2.0 × 103 = 1962.9 𝑘𝑁𝑚
ℎ𝑒𝑥𝑡 − 𝑧𝑔 3 − 1.003

𝐼𝑦,𝑒𝑓𝑓 2.00
𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠 𝑃2 𝑒 𝑃3 = − ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑘 = × 2.0 × 103 = −2003.0 𝑘𝑁𝑚
ℎ𝑒𝑥𝑡 − 𝑧𝑔 3 − 1.003

MEd [kNm]
-4000 -3595,7
Mfend neg = -1962,9 Mfend neg = -1962,9
-3000
-2394,1 -2312,8 M -2377,8
fend neg = -2003,0
-2000
-1231,1 -1156,7 -1486,4
-1000
-371,2 54,4
0 [m]
925,2 9,2 21,2 33,2 45,2
559,5
1000
845,8 1624,1 931,3
2056,5 964,2
1375,5 2112,8 1403,2
2000 2466,5
2017,1 1893,1
2219,4 2124,3
3000 2550,5

4000 3616 3603,5


3811
Mfend pos = 5104,7
5000

Combinação 1 [1] Combinação 1 [2] Combinação 2

Figura 5.5 — Diagramas de momentos flectores do tabuleiro para os ELS e momentos de fendilhação.

45
Os valores dos momentos flectores obtidos são apresentados no Quadro 5.15 e os diagramas de
esforços na Figura 5.5. Os valores apresentados para as secções condicionantes de cada vão, são os
valores máximos identificados que podem não coincidir na mesma secção. Novamente, os resultados
provêm da aplicação directa das combinações anteriormente descritas no programa de cálculo
automático e o modelo utilizado possui a rigidez não fendilhada das secções.

Quadro 5.15 — Momentos flectores de serviço do tabuleiro, 𝑀𝐸𝑑 em [𝑘𝑁𝑚].


Combinação 𝑉𝐿1 𝑃1 𝑉𝐶1 𝑃2 𝑉𝐶2 𝑃3 𝑉𝐶3 𝑃4 𝑉𝐿2
[1]
1375,5 -1231,1 2124,3 -1156,7 2550,5 -371,2 2017,1 -2377,8 931,3
1 [2]
925,2 -2394,1 964,2 -2312,8 1403,2 -1486,4 845,8 -3595,7 559,5
2 2219,4 2056,5 3616,0 2112,8 3811,0 2466,5 3603,5 1624,1 1893,1
[1]
Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = +2℃; [2] Valores calculados para ∆𝑇𝑑 1 = −2℃.

Pela análise dos resultados, verifica-se que existe fissuração do betão nas secções de apoio 𝑃1 , 𝑃2 e 𝑃4
para a Combinação 1[2]. Assim sendo, procede-se de seguida ao cálculo do controlo da abertura de
fendas nestas secções, para os valores dos momentos actuantes calculados.

Abertura de fendas

Efectua-se em primeiro lugar o controlo para a secção de apoio mais condicionante, a do apoio 𝑃4 . Para
o cálculo da abertura de fendas são utilizadas as tabelas fornecidas por [Gomes e Vinagre, 1997, página
130] e as expressões referidas em 5.1.3, sendo definidos os valores 𝑏 = 𝑏𝑒𝑓𝑓 = 1.872 𝑚, ℎ = 3.0 𝑚,
𝑑 = 2.85 𝑚, 𝑐 = 4 𝑐𝑚, 𝑘𝑡 = 0.4, 𝑘1 = 0.8 e 𝑘2 = 0.5. O cálculo da abertura de fendas foi executado
para o momento flector actuante 𝑀𝐸𝑑 = −3595.7 𝑘𝑁𝑚.

Tendo-se por objectivo que 𝑤𝑘 < 𝑤𝑘,𝑚á𝑥 , com 𝑤𝑘,𝑚á𝑥 = 0.1 𝑚𝑚, foram testadas as quantidades de
armadura apresentadas Quadro 5.16. A primeira solução estudada representa uma quantidade de
armadura suficiente para a verificação dos ELU de flexão (50.27𝑐𝑚2 ≫ 36.47𝑐𝑚2 ), mas que ainda
assim é insuficiente para a verificação dos ELS.

Quadro 5.16 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio 𝑃4 .


Solução 16∅20 20∅20 16∅25 20∅25 24∅25
𝐴𝑠1 (𝑐𝑚2 ) 50.27 62.83 78.54 98.17 117.81
𝜌 0.0009 0.0012 0.0015 0.0018 0.0022
𝐶𝑐 20.63 19.00 16.97 15.57 14.59
𝐶𝑠 186.20 155.55 117.24 92.56 76.46
𝑥 (𝑚𝑚) 0.284 0.310 0.360 0.410 0.457
ℎ𝑐,𝑒𝑓 (𝑚𝑚) 0.375 0.375 0.375 0.375 0.375
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 0.0223 0.0279 0.0349 0.0436 0.0524
𝜎𝑠 (𝑀𝑃𝑎) 280.2 234.1 176.4 139.3 115.1
𝜎𝑐 (𝑀𝑃𝑎) 4.9 4.5 4.0 3.7 3.5
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 288.2 257.8 257.8 233.4 217.2
𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 0.00114 0.00095 0.00071 0.00055 0.00045
𝑤𝑘 (𝑚𝑚) 0.328 0.246 0.182 0.129 0.098

O controlo da abertura de fendas nas secções 𝑃1 e 𝑃2 é executado utilizando soluções de armadura


compatíveis com a que foi definida para a secção de apoio 𝑃4 .

46
Quadro 5.17 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio 𝑃1 .
Solução 16∅25 18∅25 20∅25
𝐴𝑠1 (𝑐𝑚2 ) 78.54 88.36 98.17
𝜌 0.0015 0.0017 0.0018
𝐶𝑐 16.97 16.06 15.57
𝐶𝑠 117.24 100.61 92.56
𝑥 (𝑚𝑚) 0.360 0.392 0.410
ℎ𝑐,𝑒𝑓 (𝑚𝑚) 0.375 0.375 0.375
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 0.0349 0.0393 0.0436
𝜎𝑠 (𝑀𝑃𝑎) 117.5 100.8 92.7
𝜎𝑐 (𝑀𝑃𝑎) 2.7 2.5 2.5
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 257.8 244.2 233.4
𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 0.00043 0.00036 0.00033
𝑤𝑘 (𝑚𝑚) 0.110 0.088 0.077

Quadro 5.18 — Controlo da abertura de fendas na secção de apoio 𝑃2 .


Solução 16∅25 18∅25 20∅25
𝐴𝑠1 (𝑐𝑚2 ) 78.54 88.36 98.17
𝜌 0.0015 0.0017 0.0018
𝐶𝑐 16.97 16.06 15.57
𝐶𝑠 117.24 100.61 92.56
𝑥 (𝑚𝑚) 0.360 0.392 0.410
ℎ𝑐,𝑒𝑓 (𝑚𝑚) 0.375 0.375 0.375
𝜌𝑝,𝑒𝑓𝑓 0.0349 0.0393 0.0436
𝜎𝑠 (𝑀𝑃𝑎) 117.3 97.0 88.5
𝜎𝑐 (𝑀𝑃𝑎) 2.5 2.3 2.3
𝑠𝑟,𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 257.8 244.2 233.4
𝜀𝑠𝑚 − 𝜀𝑐𝑚 0.00043 0.00034 0.00031
𝑤𝑘 (𝑚𝑚) 0.110 0.083 0.072

Face ao exposto, nas secções 𝑃1 e 𝑃2 adopta-se a solução 20∅25 para que no topo das paredes do
canal exista uma distribuição simétrica de varões. Deve ser consultado o desenho DES 3.

Armaduras mínimas

Ao longo das faces das paredes do canal e da laje de fundo é necessário que existam armaduras que
limitem a fendilhação das zonas traccionadas. O valor das armaduras mínimas, 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 , que devem ser
aplicadas são dadas pelo artigo 7.3.2 (2) da NP EN 1992-1-1 através da seguinte expressão:

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝑘𝑐 ∙ 𝑘 ∙ 𝐴𝑐𝑡 ∙ NP EN 1992-1-1, (7.1)
𝜎𝑠

em que:

𝑘𝑐 coeficiente que tem em conta quer a natureza da distribuição de tensões na secção,


imediatamente antes da fendilhação, quer a alteração do braço da força. Simplificadamente
adopta-se o valor 0.5 para as almas e 0.9 para o banzo da secção transversal do tabuleiro;

47
𝑘 coeficiente que considera o efeito das tensões auto-equilibradas não uniformes, cujo valor
varia com a espessura do elemento, tomando o valor 1.0 para ℎ ≤ 300 𝑚𝑚 ou 0.65 para ℎ ≥
800 𝑚𝑚 e podendo ser obtidos valores intermédios por interpolação;

𝐴𝑐𝑡 área de betão traccionada;

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 valor médio da resistência do betão à tracção (𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 = 𝑓𝑐𝑡𝑚 );

𝜎𝑠 tensão máxima admissível na armadura imediatamente após a formação da fenda (𝑓𝑦𝑘 ).

Desta forma, a armadura mínima que deve existir nas almas da secção, distribuída ao longo das 4 faces
no conjunto das duas paredes, é:

2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠 = 0.5 × 1.0 × (1.0 × 2 × 0.30) × = 17.40 𝑐𝑚2 /𝑚
500
A armadura mínima que deve existir no banzo da secção, distribuída ao longo das 2 faces da laje, é:

2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑏𝑎𝑛𝑧𝑜 = 0.9 × 1.0 × (1.0 × 0.30) × = 15.66 𝑐𝑚2 /𝑚
500
Devido à restrição criada pela laje ao livre encurtamento das paredes, deve existir nas paredes uma
quantidade de armadura horizontal capaz de controlar a fissuração vertical que possa aparecer nas
paredes, devida aos efeitos da retracção e temperatura, considerando que a laje é betonada numa fase
anterior à das paredes. Para o cálculo desta armadura tem-se 𝑘𝑐 = 1.0 (tracção pura). Assim, é
necessário adoptar para as paredes a seguinte armadura mínima na direcção longitudinal, distribuída
ao longo das 4 faces no conjunto das duas paredes:

2.9
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛,𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠 = 1.0 × 1.0 × (1.0 × 2 × 0.30) × = 34.8 𝑐𝑚2 /𝑚
500
As armaduras calculadas desempenham ainda a função de armaduras de distribuição das armaduras
principais, às quais são ortogonais, sendo que a área das armaduras de distribuição não deve ser
inferior a 25% da área das armaduras principais e o afastamento entre varões não deve ser superior a
20 𝑐𝑚 [Mendes, 2000]. Assim, adopta-se a solução ∅12//0.125, tanto ao longo de cada uma das faces
das paredes como ao longo das faces da laje de fundo. Deve ser consultado o desenho DES 3.

5.3 Análise dos Pilares

Neste subcapítulo são analisados os efeitos gerados pela acção sísmica e pela acção do vento nos pilares
da ponte. Para a análise da acção sísmica são utilizados diferentes modelos de cálculo, através dos quais
estudam-se o comportamento dos pilares em função da rigidez e dos efeitos da fendilhação dos seus
elementos, bem como os efeitos do comportamento dinâmico da massa de água, presente no interior
do canal.

5.3.1 Modelos de cálculo

Na análise aos pilares recorre-se ao programa de cálculo estrutural SAP2000 para a elaboração de
modelos 3D, uma vez que este tipo de modelos estruturais são os que melhor simulam e contabilizam
todos os aspectos e efeitos que se pretendem estudar. Desta forma, é possível analisar
simultaneamente as acções longitudinais e as acções transversais ao eixo da ponte, considerando a
ligação estrutural existente entre os pilares, que é conferida pelo tabuleiro.

48
Modelo de “Nós Rígidos” (MNR) e Modelo de “Nós Flexíveis” (MNF)

Os modelos de cálculo criados são constituídos por elementos lineares de dois nós, posicionados nos
eixos dos elementos de betão armado da estrutura, Figura 5.6. Já o tabuleiro da ponte é modelado
como um elemento linear único (tipo viga) com a secção transversal real, Figura 3.2, tal como a
quantidade de massa de água presente no interior do canal. A estes elementos são retiradas todas as
características estruturais, ficando apenas em funcionamento o peso e a massa. Quanto aos aparelhos
de apoio do tabuleiro, estes são modelados através da opção 2 Joint Link, tendo sido estabelecidos os
valores das rigidezes dos aparelhos apresentados no Quadro 3.18.

Figura 5.6 — Modelo de cálculo analítico (duas vistas: Standart e Extrude View).

A geometria incomum definida para os pilares, nomeadamente para os nós da malha de elementos
destes, impõe alguma dificuldade na sua modelação. Os nós referidos são modelados por três
elementos com 0,75 m de comprimento cada, sendo que o nível de rigidez conferido à estrutura por
estes conjuntos de elementos é importante na análise do comportamento da ponte, quando esta é
sujeita a acções horizontais. Por esta razão, é estudado o efeito da variação da rigidez destes conjuntos
de elementos, comparando-se os resultados obtidos por dois modelos: um Modelo de “Nós Rígidos”
(MNR), no qual os elementos dos nós dos pilares são modelados como infinitamente rígidos; e um
Modelo de “Nós Flexíveis” (MNF), semelhante ao anterior mas com a diferença de que os elementos
dos nós têm secções transversais iguais às dos elementos vizinhos.

Para todos os elementos de betão armado da estrutura é estabelecido um módulo de elasticidade de


33 GPa, não sendo portanto consideradas quaisquer perdas de rigidez dos elementos devido ao efeito
da fendilhação das secções. Com esta consideração, admite-se que a estrutura é mais rígida do que na
realidade é, obtendo-se assim esforços superiores aos reais e deslocamentos inferiores. Para efeitos do
dimensionamento dos pilares, esta consideração encontra-se do lado da segurança. A rigidez de torção
dos elementos é reduzida para metade, uma vez que na pormenorização destes não serão considerados
os esforços de torção.

49
A ligação entre o tabuleiro e os pontos de apoio (pilares e encontros) é modelada pontualmente através
de elementos infinitamente rígidos. Nos dois modelos já referidos, MNR e MNF, a ligação entre o
tabuleiro e a massa de água também é executada através de elementos infinitamente rígidos,
espaçados de 1 m nos vãos centrais do tabuleiro e espaçados de 0.92 m nos vãos laterais, embora esta
solução não seja a que mais fielmente representa a realidade.

Segundo [Mendes, 2000], é conservativo considerar que a totalidade da massa de água contida num
reservatório se comporta como um corpo rígido, oscilando solidariamente com a estrutura de
contenção, conquanto na realidade o líquido armazenado possa apresentar um comportamento
oscilatório próprio. Com o objectivo de não desprezar este fenómeno, é estudado um terceiro modelo.

Modelo com parcela de Massa de “Água Oscilante” (MMAO)

O efeito das sobrepressões hidrodinâmicas pode ser analisado através da decomposição destas em
duas parcelas: (i) uma “parcela de impulsão”, 𝑃𝑖 , associada à parcela “inerte” do líquido que é solidária
com as oscilações do canal e (ii) uma “parcela de oscilação”, 𝑃𝑜 , associada às vibrações próprias do
líquido. Os esforços identificados na estrutura devidos à acção sísmica resultam da vibração da própria
estrutura e destas sobrepressões hidrodinâmicas de impulsão e de oscilação [Mendes, 2000].

Pelo que foi referido, é possível idealizar um modelo constituído pela estrutura do canal e por duas
massas fictícias constantes ao longo do canal, 𝑀𝑖 e 𝑀𝑜 , ligadas à estrutura ao nível das linhas de acção
das resultantes devidas às sobrepressões de impulsão e de oscilação, 𝐻𝑖 e 𝐻𝑜 respectivamente.
Sublinha-se que 𝑀𝑖 e 𝑀𝑜 são massas fictícias e que a sua soma não é necessariamente igual à massa
total da água, 𝑀, presente no interior do canal (𝑀 ≠ 𝑀𝑖 + 𝑀𝑜 ). Quanto às ligações das massas ao
tabuleiro da ponte, define-se que a ligação da massa 𝑀𝑖 à estrutura é infinitamente rígida, enquanto
que a ligação da massa 𝑀𝑜 é flexível, Figura 5.7, sendo a segunda estabelecida através de molas lineares
com uma rigidez total, 𝐾𝑜 . Para deslocamentos segundo a direcção da solicitação sísmica, esta é obtida
pela expressão 𝐾𝑜 = 𝑀𝑜 ∙ 𝜔𝑜 2 , em que 𝜔𝑜 a frequência fundamental de vibração da massa de água
oscilante.

Figura 5.7 —Modelo de cálculo do comportamento hidrodinâmico.

Na Figura 5.7 indica-se também a altura do líquido armazenado, 𝐻, o comprimento do lado paralelo à
acção sísmica, 2𝐿, e a altura 𝐻𝑒 do centro de gravidade da massa da estrutura de contenção, 𝑀𝑒 .
Através destes valores e recorrendo ao Quadro 5.19, é possível obter os valores de 𝑀𝑖 , 𝑀𝑜 , 𝐻𝑖 ∗ , 𝐻𝑜 ∗ e
𝜔𝑜 .

50
Quadro 5.19 — Coeficientes para reservatórios de base rectangular, Quadro 8, [Mendes, 2000].

Note-se que são utilizadas as alturas equivalentes 𝐻𝑖 ∗ e 𝐻𝑜 ∗ em substituição das alturas 𝐻𝑖 e 𝐻𝑜 , pois o
primeiro par de alturas toma em consideração o efeito exercido sobre a laje de fundo do canal pelas
pressões hidrodinâmicas. Esta consideração é estabelecida para reservatórios elevados, desde que a
laje de fundo não seja muito mais rígida do que as paredes, uma vez que nestas condições a laje pode
deformar-se em conjunto com as paredes, durante a acção sísmica, sofrendo parte dos efeitos das
pressões hidrodinâmicas a que as paredes são sujeitas.

Desta forma, apresentam-se de seguida os valores obtidos para os parâmetros já enunciados:

𝐻 2.70
= = 1.59 ≈ 1.50 𝑀 = 9.14 𝑚2 × 1 𝑡𝑜𝑛/𝑚3 = 9.14 𝑡𝑜𝑛/𝑚𝑙
𝐿 1.70

𝐻𝑖 ∗ 𝑀𝑖
= 0.580 → 𝐻𝑖 ∗ = 1.566 𝑚 = 0.710 → 𝑀𝑖 = 6.49 𝑡𝑜𝑛/𝑚𝑙
𝐻 𝑀

𝐻𝑜 ∗ 𝑀𝑜
= 0.730 → 𝐻𝑜 ∗ = 1.971 𝑚 = 0.345 → 𝑀𝑜 = 3.15 𝑡𝑜𝑛/𝑚𝑙
𝐻 𝑀

𝜔𝑜 2 ∙ 𝐿/𝑔 = 1.554 ↔ 𝜔𝑜 2 = 8.958 ↔ 𝜔𝑜 = 3.0 𝑟𝑎𝑑/𝑠 → 𝑓𝑜 = 0.48 𝐻𝑧

Na bibliografia seguida, é desenvolvido um modelo simplificado de 2GL (dois graus de liberdade) para
a análise do conjunto “estrutura + massa de água”, composto pela massa de água oscilante 𝑀𝑜 , aplicada
à altura 𝐻𝑜 ∗ , e por uma massa equivalente 𝑀𝑖 ∗ que representa o conjunto da massa de impulsão da
água com a massa da estrutura do canal (𝑀𝑖 ∗ = 𝑀𝑖 + 𝑀𝑒 ), aplicada a uma altura equivalente 𝐻𝑒𝑞 ∗ ,
dada por:

𝑀𝑒 ∙ 𝐻𝑒 + 𝑀𝑖 ∙ 𝐻𝑖 ∗
𝐻𝑒𝑞 ∗ = (5.19)
𝑀𝑒 + 𝑀𝑖

51
Figura 5.8 —Modelo simplificado de 2GL.

Na Figura 5.8 é ilustrada uma representação do modelo simplificado de 2GL descrito, em que 𝐾𝑝
representa a rigidez da estrutura de suporte do reservatório. Contudo, no modelo criado para a análise
dos efeitos hidrodinâmicos não é utilizada esta metodologia, embora os conceitos implícitos sejam
úteis. As massas 𝑀𝑖 , 𝑀𝑜 e 𝑀𝑒 são modeladas separadamente e aplicadas às respectivas alturas,
aproveitando-se e tomando-se como base o MNR. Através de elementos infinitamente rígidos é ligada
à massa do canal 𝑀𝑒 , a massa 𝑀𝑖 , e a esta é ligada, por sua vez, a massa 𝑀𝑜 através de um conjunto de
elementos que simulam a rigidez 𝐾𝑜 ,Figura 5.9.

Figura 5.9 — Pormenor do MMAO.

Os elementos de rigidez 𝐾𝑜 têm um comportamento de pêndulo invertido e uma rigidez igual a


3EI/ℎ𝑜 3 , sendo o comprimento destes elementos ℎ𝑜 = 𝐻𝑜 ∗ − 𝐻𝑖 ∗ = 0.405 𝑚. A modelação destes
elementos pode ser executada de duas formas: ou atribuindo um módulo de elasticidade ao material
em função da secção geométrica definida, ou vice-versa. Opta-se pela primeira forma, fixando uma
geometria quadrada de 0.10 × 0.10 [𝑚] para a secção transversal dos elementos. Considerando o

52
mesmo espaçamento entre elementos, definido nos modelos MNR e MNF (1 m nos vãos centrais do
tabuleiro e 0.92 m nos vãos laterais), tem-se que:

K 𝑜 = ω𝑜 2 ∙ M𝑜 = 8.958 × 3.15 = 28.22 𝑘𝑁/𝑚 /𝑚𝑙 (5.20)

3EI K 𝑜 ∙ ℎ3
K𝑜 = ↔ 𝐸 = (5.21)
ℎ3 3𝐼

28.22 × 1 × 0.4053
E𝑣ã𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑖𝑠 = = 74986.3 𝑘𝑃𝑎
3 × 1/120000

28.22 × 0.92 × 0.4053


E𝑣ã𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠 = = 68987.4 𝑘𝑃𝑎
3 × 1/120000

Refere-se ainda que não serão consideradas nas verificações de segurança das paredes do canal as
forças horizontais resultantes das pressões hidrodinâmicas, aplicadas nas paredes do canal, por não se
julgarem condicionantes para o seu dimensionamento.

Acção Sísmica

A acção sísmica, já descrita em 4.2.5, é modelada através de espectros de resposta tendo em


consideração as características do terreno e a zona sísmica em que a estrutura se encontra. O
coeficiente de comportamento toma o valor 𝑞 = 1.5 e a estrutura apresenta um comportamento de
ductilidade limitada (DL) face à acção sísmica. De acordo com o anteriormente estabelecido e com o
artigo 2.3.6.1 (3) da EN 1998-2, em casos de DL pode considerar-se na análise da estrutura, que as
secções de betão armado possuem a rigidez de flexão não fendilhada, para todos os elementos da
estrutura.

A análise da acção sísmica é realizada utilizando-se os três modelos apresentados, sendo em todos
estes contabilizada a totalidade da massa de água que o canal é capaz de albergar, sem serem aplicados
coeficientes de majoração das cargas.

Das análises modais efectuadas, apresentam-se nos Quadros 5.20 e 5.21 os períodos, as frequências
de vibração e os factores de participação de massa dos modos mais relevantes, dos modelos MNR e
MNF.

Quadro 5.20 — Informação modal do MNR.


Modo 𝑈𝑥 𝑈𝑦 𝑈𝑧 𝑅𝑥 𝑅𝑦 𝑅𝑧
Período Frequência
de
(𝑠𝑒𝑔) (𝐻𝑧) % % % % % %
Vibração
1 0.96 1.05 95.7% 0.9% 0.0% 0.9% 21.6% 0.7%
2 0.64 1.57 0.9% 94.6% 0.0% 96.4% 0.2% 71.8%
3 0.46 2.16 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 23.4%
4 0.16 6.20 0.0% 0.1% 0.0% 0.0% 0.0% 0.1%
5 0.12 8.43 0.0% 0.0% 12.5% 0.0% 0.1% 0.0%
6 0.12 8.61 0.0% 0.0% 10.0% 0.8% 23.7% 0.0%

53
Quadro 5.21 — Informação modal do MNF.
Modo 𝑈𝑥 𝑈𝑦 𝑈𝑧 𝑅𝑥 𝑅𝑦 𝑅𝑧
Período Frequência
de
(𝑠𝑒𝑔) (𝐻𝑧) % % % % % %
Vibração
1 1.07 0.94 96.1% 0.5% 0.0% 0.5% 21.7% 0.3%
2 0.88 1.14 0.5% 95.2% 0.0% 97.0% 0.1% 67.6%
3 0.48 2.07 0.0% 0.2% 0.0% 0.1% 0.0% 28.2%
4 0.16 6.10 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
5 0.12 8.22 0.0% 0.0% 13.1% 0.0% 0.1% 0.0%
6 0.12 8.50 0.0% 0.0% 8.3% 0.8% 21.8% 0.0%

Os termos 𝑈𝑥, 𝑈𝑦, 𝑈𝑧, 𝑅𝑥, 𝑅𝑦 e 𝑅𝑧 têm os seguintes significados:

𝑈𝑥 translação segundo o eixo 𝑥, direcção longitudinal da ponte;

𝑈𝑦 translação segundo o eixo 𝑦, direcção transversal da ponte;

𝑈𝑧 translação segundo o eixo 𝑧, direcção vertical;

𝑅𝑥 rotação segundo o eixo 𝑥, segundo a direcção longitudinal da ponte;

𝑅𝑦 rotação segundo o eixo 𝑦, segundo a direcção transversal da ponte;

𝑅𝑧 rotação segundo o eixo 𝑧, segundo a direcção vertical.

Pela análise dos Quadros anteriores pode-se identificar que os modelos têm uma sequência de modos
de vibração idêntica. Tal como se poderia prever, os valores das frequências de vibração do MNR são
superiores às do modelo MNF, uma vez que a estrutura do primeiro modelo é mais rígida que a do
segundo. Nas Figuras 5.10, 5.11 e 5.12 são ilustrados os primeiros três modos de vibração do MNR,
semelhantes aos primeiros três modos de vibração do MNF.

Figura 5.10 — 1º Modo de vibração do MNR, na direcção 𝑈𝑥; 𝑇 = 0,96 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 1.05 𝐻𝑧.

54
Figura 5.11 — 2º Modo de vibração do MNR, segundo 𝑈𝑦; 𝑇 = 0,64 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 1.57 𝐻𝑧.

Figura 5.12 — 3º Modo de vibração do MNR, segundo 𝑅𝑧; 𝑇 = 0,46 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 2.16 𝐻𝑧.

No Quadro 5.22 apresentam-se os períodos, as frequências de vibração e os factores de participação


de massa dos modos mais relevantes do modelo MMAO.

Quadro 5.22 — Informação modal do MMAO.


Modo 𝑈𝑥 𝑈𝑦 𝑈𝑧 𝑅𝑥 𝑅𝑦 𝑅𝑧
Período Frequência
de
(𝑠𝑒𝑔) (𝐻𝑧) % % % % % %
Vibração
1 2.58 0.39 0.3% 0.3% 0.0% 0.4% 0.1% 0.0%
2 2.58 0.39 0.5% 0.2% 0.0% 0.2% 0.1% 0.0%
3 2.29 0.44 17.7% 0.2% 0.0% 0.2% 4.3% 0.2%
4 2.27 0.44 0.1% 13.7% 0.0% 15.2% 0.0% 10.4%
78 2.17 0.46 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.1% 0.0%
79 2.11 0.47 0.5% 0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.0%
80 2.11 0.47 0.1% 0.3% 0.0% 0.4% 0.0% 0.0%
81 2.09 0.48 4.3% 0.0% 0.0% 0.0% 1.0% 0.0%
82 2.09 0.48 0.0% 3.4% 0.0% 3.7% 0.0% 7.0%
112 2.08 0.48 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
113 1.47 0.68 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.1% 0.0%
114 1.47 0.68 0.0% 0.2% 0.0% 0.2% 0.0% 0.5%
115 0.85 1.17 71.5% 0.7% 0.0% 0.7% 15.8% 0.5%
116 0.57 1.75 0.7% 74.5% 0.0% 74.1% 0.1% 57.2%
117 0.42 2.39 0.0% 0.0% 0.0% 0.1% 0.0% 18.1%
118 0.14 7.00 0.0% 0.1% 0.0% 0.0% 0.0% 0.1%
119 0.12 8.13 0.0% 0.0% 12.4% 0.0% 0.0% 0.0%
120 0.12 8.48 0.0% 0.0% 10.5% 0.8% 23.9% 0.0%

Analisando o Quadro, é inicialmente perceptível a existência de um primeiro número de modos de


vibração com baixas frequências, associados à vibração isolada da parcela de massa de água oscilante.
O valor das frequências rondam o valor obtido para a frequência de vibração da parcela de oscilação
f𝑜 = 0.48 𝐻𝑧. A quantidade de modos de vibração nestas condições está relacionada com o nível de
discretização aplicado à parcela de oscilação. A partir do 115º modo, é possível fazer uma analogia com
as sequências de modos de vibração obtidas pelos outros dois modelos MNR e MNF, verificando-se que
as frequências de vibração obtidas neste modelo são superiores às identificadas nos outros modelos.
Nas Figuras 5.13, 5.14 e 5.15 são ilustrados os primeiros três modos de vibração do MMAO, a partir do
115º modo, e na Figura 5.16 estão representados os dois modos de vibração, do modelo simplificado
de 2GL apresentado anteriormente, associados aos graus de liberdade deste.

55
Figura 5.13 — 115º Modo de vibração do MMAO, segundo 𝑈𝑥; 𝑇 = 0,85 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 1.17 𝐻𝑧.

Figura 5.14 — 116º Modo de vibração do MMAO, segundo 𝑈𝑦; 𝑇 = 0,57 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 1.75 𝐻𝑧.

Figura 5.15 — 117º Modo de vibração do MMAO, segundo 𝑅𝑧; 𝑇 = 0,42 𝑠𝑒𝑔, 𝑓 = 2.39 𝐻𝑧.

56
Figura 5.16 — Modos de vibração do modelo simplificado de 2GL.

O 1º modo de vibração do modelo simplificado de 2GL é caracterizado pela vibração isolada da massa
de oscilação 𝑀𝑜 , com uma pequena participação da massa equivalente 𝑀𝑖 ∗ , à imagem do
comportamento identificado nos primeiros modos de vibração do MMAO; o 2º modo de vibração do
modelo simplificado é caracterizado pela máxima vibração da massa 𝑀𝑖 ∗ num sentido, e pela vibração
da massa de oscilação no sentido contrário. A partir do 115º modo de vibração do MMAO é verificado
um comportamento semelhante a este. A massa 𝑀𝑜 restringe a oscilação da massa 𝑀𝑖 ∗ , aumentando
a frequência de vibração desta. O aumento dos valores das frequências associadas a estes modos de
vibração não representam um aumento da rigidez da estrutura de suporte nem o acréscimo dos
esforços absorvidos por esta, apenas são resultado dos efeitos de anti-ressonância das massas do
sistema.

Devido ao facto de no MMAO a ligação entre a massa de água oscilante e a massa de água inerte, ser
estabelecida através de elementos lineares de secção transversal rectangular, que possuem igual
rigidez horizontal nas direcções longitudinal e transversal do canal, os resultados do comportamento
descrito são gerados tanto nos modos de vibração segundo a direcção longitudinal do tabuleiro, como
nos modos de vibração segundo a direcção transversal. A identificação destes efeitos segundo a
direcção longitudinal não tem qualquer significado físico, pelo que não podem ser utilizados os
resultados obtidos associados a esses modos de vibração.

No ANEXO I é disposta de forma mais detalhada a informação modal dos três modelos apresentados.

Acção do Vento

A acção do vento pode facilmente ser modelada através da aplicação de cargas linearmente distribuídas
sobre as componentes da estrutura, cujas superfícies representam obstáculos ao livre escoamento do
vento. Todavia, a aplicação das cargas equivalentes à acção do vento, nos elementos dos pilares, gera
nestes esforços locais não pretendidos. De forma a contornar esta situação, reduzem-se os
carregamentos lineares associados aos pilares a forças nodais aplicadas nos nós dos mesmos, Figura
5.17.

57
Figura 5.17 — Forças do vento sobre o tabuleiro e os pilares.

O Modelo da estrutura criado para a aplicação das acções e obtenção dos esforços, devidos à acção do
Vento – MV – é em tudo idêntico ao MNR descrito anteriormente, tendo-se corrigido apenas o nível a
que as forças do vento são aplicadas. De acordo com o estabelecido em 4.2.2, apresentam-se no
Quadro 5.23 os valores das forças linearmente distribuídas para o tabuleiro da ponte, considerando as
alturas de referência 𝑧𝑒 iguais às apresentadas no Quadro 3.4, acrescidas de metade da altura das
paredes do canal (1.5 𝑚). No Quadro 5.24 apresentam-se os valores inicialmente considerados das
forças linearmente distribuídas sobre os pilares.

Quadro 5.23 — Força do vento sobre o tabuleiro, 𝐹𝑤,𝑥 em [𝑘𝑁 ⁄𝑚].


Secção 𝐸1 𝑃1 𝑃2 𝑃3 𝑃4 𝐸2
𝑧𝑒 (𝑚) 1.5 9 14.5 17.5 5 1.5
𝑐𝑒 (𝑧𝑒 ) 1.65 2.3 2.6 2.7 1.9 1.65
𝐹𝑤,𝑥 (𝑘𝑁⁄𝑚) 4.8 6.6 7.5 7.8 5.5 4.8

Quadro 5.24 — Força do vento sobre os pilares, 𝐹𝑤,𝑥 em [𝑘𝑁 ⁄𝑚].


Pilar 𝑃1 𝑃2 𝑃3 𝑃4
Topo 2.2 2.5 2.65 1.65
𝑐𝑒 (𝑧𝑒 )
Base 1.65 1.65 1.65 1.65
Topo 0.5 0.9 0.9 0.4
𝐹𝑤,𝑥 (𝑘𝑁⁄𝑚)
Base 0.4 0.5 0.5 0.4

5.3.2 Verificação aos Estados Limites Últimos (ELU)

As verificações de segurança aos ELU exibidas ao longo deste ponto, são realizadas para todos os
elementos que constituem os pilares da ponte. Sendo a modelação dos pilares idêntica em todos os
modelos utilizados, para a obtenção dos esforços dos elementos e deslocamentos dos nós, atribui-se a
estes a nomenclatura apresentada na Figura 5.18.

58
Figura 5.18 — Identificação dos nós e elementos dos pilares.

Para o cálculo dos esforços e deslocamentos devidos à acção sísmica, é utilizada a combinação de
acções para situações de projecto sísmicas e para a acção do vento, é utilizada a combinação
fundamental de acções, sendo apenas considerada como acção variável base a acção do vento. Para a
obtenção de resultados relativos à acção do vento, são consideradas as situações distintas em que o
canal se encontra cheio ou vazio.

Efeitos de segunda ordem

No dimensionamento de pilares é necessário perceber se o comportamento estrutural dos elementos


é influenciado pelos efeitos de segunda ordem. A partir do artigo 5.8.3.1 (1) da NP EN 1992-1-1, é
estabelecido se os efeitos de segunda ordem podem ou não ser ignorados, quando os pilares flectem
segundo 𝑦 ou 𝑧 (Figura 3.3), através da verificação da equação 𝜆 < 𝜆𝑙𝑖𝑚 .

𝜆𝑙𝑖𝑚 = 20 ∙ 𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝐶 ⁄√𝑛 NP EN 1992-1-1, (5.13N)

O valor do esforço normal reduzido, 𝑛, é dado por 𝑛 = 𝑁𝑆𝑑 ⁄(𝐴𝑝 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ) e as restantes constantes tomam
os valores sugeridos 𝐴 = 1.1, 𝐵 = 0.7 e 𝐶 = 1.1. Face ao exposto, apresentam-se no Quadro 5.25 os
valores necessários para a contabilização dos efeitos de segunda ordem.

Os valores de 𝑁𝑆𝑑 apresentados são obtidos a partir do modelo utilizado no subcapítulo 5.2, para a
situação de reservatório cheio (2ª hipótese) e através da combinação fundamental de acções. Os
valores de 𝐴𝑝 , 𝑖𝑦,𝑝 e 𝑖𝑧,𝑝 , constam no Quadro 3.5 e os valores de 𝐿 no Quadro 3.4. Os valores dos
comprimentos de encurvadura, 𝑙0 , são definidos de forma conservativa em função das condições de
apoio dos pilares, artigo 5.8.3.2.

59
Quadro 5.25 — Contabilização dos efeitos de segunda ordem.
𝑁𝑆𝑑 𝐴𝑝 𝐿 𝑙0 𝑖𝑦,𝑝 𝑖𝑧,𝑝
Pilares 𝑛 𝜆𝑙𝑖𝑚 𝜆𝑦 𝜆𝑧
(𝑘𝑁) (𝑚2 ) (𝑚) (𝑚) (𝑚) (𝑚)
𝑃1 -2704.1 0.50 0.27 20.7 7.5 15.0 1.756 8.5 0.144 104.2
𝑃2 -2944.7 0.75 0.20 24.3 13.5 13.5 1.756 7.7 0.217 62.2
𝑃3 -2620.9 0.75 0.17 25.8 16.0 16.0 1.756 9.1 0.217 73.7
𝑃4 -2988.1 0.50 0.30 19.7 3.5 7.0 1.756 4.0 0.144 48.6

Para os pilares laterais é considerado um comportamento do tipo consola (encastrados na base e


rotulados no topo, devido à existência dos aparelhos de apoio), sendo 𝑙0 = 2𝐿, e para os pilares
centrais é admitido o comportamento de um pilar com condições de apoio do tipo encastramento –
encastramento deslizante, sendo 𝑙0 = 𝐿. Note-se que o sistema estrutural é não contraventado.

Pela análise do Quadro 5.25 é possível concluir que os efeitos de segunda ordem influenciam o
comportamento dos pilares, quando estes flectem segundo 𝑧 mas não são relevantes para as situações
de flexão segundo 𝑦. Esta conclusão faz sentido uma vez que na direcção transversal ao tabuleiro, os
pilares constituem pórticos estruturais, o mesmo não acontecendo na direcção longitudinal do
tabuleiro.

ELU de flexão

O dimensionamento dos pilares aos ELU de flexão é efectuado através de uma análise elasto-plástica
dos seus elementos, de acordo com a metodologia apresentada por [Reis, 2006, Capítulo 7] e
recorrendo às tabelas de flexão composta fornecidas por [Gomes e Vinagre, 1997, pág. 57]. A
metodologia de cálculo que será apresentada, baseia-se na definição de um valor do momento flector
resistente da secção, 𝑀𝑅 , tal que verifique a segurança em relação ao momento flector de
dimensionamento, 𝑀𝑑 . Para que assim seja, o dimensionamento dos elementos é necessariamente um
processo iterativo.

Estando os elementos sujeitos a flexão composta desviada, quando submetidos aos efeitos da acção
sísmica, e aplicando a indicação fornecida pelo artigo 5.4.3.2.1 (2) da NP EN1998-1, efectuam-se os
cálculos dos elemento, separadamente em cada direcção, considerando os elementos sujeitos apenas
a flexão composta. Para tal, é utilizado o critério de verificação 𝑀𝑑 < 0.7 ∙ 𝑀𝑅 , em que 𝑀𝑑 é o valor do
momento flector de dimensionamento da secção, e 𝑀𝑅 o valor do momento flector resistente. Note-
se que, os elementos horizontais dos pilares (travessas) não estão sujeitos a flexão desviada, mas sim
a flexão composta simples (combinação sísmica na direcção transversal), pelo que estes elementos
apenas têm que cumprir 𝑀𝑑 < 𝑀𝑅 .

O valor de 𝑀𝑅 é calculado a partir da Equação 5.22, em que o valor do momento reduzido, 𝜇𝑅 , é obtido
pela consulta das tabelas de interacção 𝑀– 𝑁 [Gomes e Vinagre, 1997, pág. 57]. Consequentemente, é
necessário atribuir inicialmente um valor para a taxa mecânica de armadura total da secção, 𝜔𝑡𝑜𝑡 , e
calcular o valor do esforço axial reduzido no elemento, 𝜈. A partir das tabelas de interacção são também
obtidas as extensões das fibras da secção, que permitem o cálculo da curvatura da secção, 𝑅𝑧 . O índice
𝑧 indica a direcção segundo a qual é analisada a flexão do elemento.

𝑀𝑅 = 𝜇𝑅 ∙ 𝑏 ∙ ℎ2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 (5.22)

O valor de 𝑀𝑑 é calculado através de:

60
1
𝑀𝑑 = 𝑀1 + 𝑃 ∙ 𝑤1,𝑧 ∙ (5.23)
1 − 𝑃⁄𝑃
𝑐𝑟,𝑧

𝜋 2 ∙ 𝐸𝐼𝑧
𝑃𝑐𝑟,𝑧 = (5.24)
𝑙0 2

𝐸𝐼𝑧
𝑀𝑅 = ↔ 𝐸𝐼𝑧 = 𝑀𝑅 ∙ 𝑅𝑧 (5.25)
𝑅𝑧

em que:

𝑀1 momento de primeira ordem;

𝑤1,𝑧 deslocamento de primeira ordem, medido através da diferença entre o deslocamento do nó


superior e o deslocamento do nó inferior do elemento. Estes deslocamentos são calculados
pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos deslocamentos obtidos pelos modelos de
cálculo, segundo as direcções 1 e 2;

𝑙0 comprimento de encurvadura (varia em função da geometria do pilar).

Para os elementos que não são influenciados pelos efeitos de segunda ordem, tem-se simplesmente
que 𝑀𝑑 = 𝑀1 ; no entanto, para aqueles em que estes efeitos são considerados, é também necessário
verificar a condição de estabilidade de colunas 𝑃 < 𝑃𝑐𝑟 .

As quantidades de armadura definidas, para a flexão segundo cada uma das direcções, deve ser
distribuída ao longo das faces paralelas ao eixo de flexão. Para todos os casos é atribuída uma taxa
mecânica de armadura mínima 𝜔𝑡𝑜𝑡 = 0.10. A quantidade de armadura que deve ser aplicada nos
elementos, 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 , segundo cada direcção, é dada por:

𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 = 𝜔𝑡𝑜𝑡 ∙ 𝑏 ∙ 𝑑 ∙ (5.26)
𝑓𝑦𝑑

Nos Quadros que se seguem (do Quadro 5.26 ao Quadro 5.35, inclusive), são apresentados os valores
obtidos no dimensionamento dos elementos 𝑃1 – 𝑑0 , 𝑃2 – 𝑑0 , 𝑃3 – 𝑑1 , 𝑃4 – 𝑒0 , 𝑃2 – 𝑚1 e 𝑃3 – 𝑚1 ,
representativos de cada um dos pilares e dos tipos de elementos pelos quais são compostos.

Quadro 5.26 — Dimensionamento do elemento 𝑃1 – 𝑑0 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
-1513.0 -77.0 0.10 -0.303 0.135 338.1 22.8% 10.11
-1118.9 62.5 0.10 -0.224 0.119 296.8 21.1% 10.11

Quadro 5.27 — Dimensionamento do elemento 𝑃1 – 𝑑0 , para a flexão do pilar segundo 𝑧, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀2 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚)
-1379.8 -197.2 0.10 -0.276 0.130 325.5
-1252.1 202.4 0.10 -0.250 0.125 312.7

61
Quadro 5.27 — (continuação)
𝑤1,𝑧 (𝑚𝑚) 𝑅𝑧 𝑀𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟,𝑧 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
0.00200 55.3 202.7 62.3% 2774.7 10.11
0.00200 49.5 207.7 66.4% 2388.5 10.11
Nó superior 𝑃1 –𝑑0 ; nó inferior – ; 𝑙0 = 8.0 𝑚.

Quadro 5.28 — Dimensionamento do elemento 𝑃2 – 𝑑0 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
-2184.2 -282.8 0.25 -0.291 0.193 725.3 39.0% 37.93
-294.1 296.3 0.25 -0.039 0.116 433.8 68.3% 37.93

Quadro 5.29 — Dimensionamento do elemento 𝑃2 – 𝑑0 , para a flexão do pilar segundo 𝑧, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀2 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚)
-1537.6 -544.3 0.23 -0.205 0.168 942.3
-940.8 543.2 0.23 -0.125 0.141 791.4

Quadro 5.29 — (continuação)


𝑤1,𝑧 (𝑚𝑚) 𝑅𝑧 𝑀𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟,𝑧 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
0.00286 64.2 551.7 58.5% 3821.9 36.48
0.00286 52.0 547.4 69.2% 2597.5 36.48
Nó superior 𝑃2–𝑑0 ; nó inferior – ; 𝑙0 = 12.5 𝑚.

Quadro 5.30 — Dimensionamento do elemento 𝑃3 – 𝑑1 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MV.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
76.9 -208.1 0.15 0.010 0.057 213.7 97.4% 22.76
114.9 159.6 0.15 0.015 0.055 205.9 77.5% 22.76

Quadro 5.31 — Dimensionamento do elemento 𝑃3 – 𝑑1 , para a flexão do pilar segundo 𝑧, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀2 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚)
-1222.2 -135.6 0.15 -0.163 0.123 691.3
-759.0 134.3 0.15 -0.101 0.103 578.8

Quadro 5.31 — (continuação)


𝑤1,𝑧 (𝑚𝑚) 𝑅𝑧 𝑀𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟,𝑧 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
0.00631 54.4 295.0 42.7% 1284.4 23.79
0.00631 53.5 151.3 26.1% 1058.4 23.79
Nó superior 𝑃3–𝑑1 ; nó inferior 𝑃3–𝑑0 ; 𝑙0 = 17.0 𝑚.

Note-se que o critério de verificação de segurança para os elementos calculados através dos esforços
obtidos pelo MV, Quadro 5.30, é 𝑀𝑑 < 𝑀𝑅 , uma vez que neste modelo os elementos estão sujeitos a
flexão composta simples. Refere-se também que o dimensionamento do elemento 𝑃3 – 𝑑1 , Quadro
5.31, é condicionado pelo valor da carga crítica do elemento, 𝑃𝑐𝑟 .

62
Quadro 5.32 — Dimensionamento do elemento 𝑃4 – 𝑒0 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
-1259.8 -21.2 0.10 -0.252 0.125 313.5 6.7% 15.17
-1121.3 170.8 0.10 -0.224 0.119 297.1 57.5% 15.17

Quadro 5.33 — Dimensionamento do elemento 𝑃4 – 𝑒0 , para a flexão do pilar segundo 𝑧, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀2 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚)
-1226.3 -246.6 0.15 -0.245 0.144 359.9
-1154.9 243.1 0.15 -0.231 0.141 352.0

Quadro 5.33 — (continuação)


𝑤1,𝑧 (𝑚𝑚) 𝑅𝑧 𝑀𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟,𝑧 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
0.00039 48.5 247.1 68.7% 76636.1 10.11
0.00039 45.8 243.5 69.2% 70795.0 10.11
Nó superior 𝑃4 –𝑒0 ; nó inferior – ; 𝑙0 = 1.5 𝑚.

Quadro 5.34 — Dimensionamento do elemento 𝑃2 – 𝑚1 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MNR.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
-36.7 -359.1 0.18 -0.005 0.074 419.0 85.7% 28.55
36.7 381.2 0.18 0.005 0.071 396.7 96.1% 28.55

Quadro 5.35 — Dimensionamento do elemento 𝑃3 – 𝑚1 , para a flexão do pilar segundo 𝑦, pelo MV.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀3 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
9.0 -297.7 0.13 0.001 0.053 299.5 99.4% 20.62
9.0 9.0 0.13 0.001 0.053 299.5 3.0% 20.62
8.6 -286.1 0.13 0.001 0.053 299.6 95.5% 20.62
8.6 8.8 0.13 0.001 0.053 299.6 2.9% 20.62

As combinações dos valores dos esforços 𝑀3 – 𝑃 e 𝑀2 – 𝑃 utilizados, são os máximos e mínimos valores
dos momentos flectores nos elementos, para a flexão dos pilares segundo os eixos 𝑦 e 𝑧 ,
respectivamente. Os esforços resultantes da acção sísmica são os referentes à acção sísmica do Tipo 1
(mais condicionante), sendo que (i) os esforços 𝑀3 – 𝑃 são referentes à acção sísmica na direcção
transversal e (ii) os esforços 𝑀2 – 𝑃 são referentes à acção sísmica na direcção longitudinal. Os esforços
resultantes da acção do vento provêm maioritariamente da situação em que o canal se encontra vazio
(os esforços para apresentados para o elemento 𝑃3 – 𝑚1 são relativos a ambas as situações, de canal
cheio e canal vazio, sendo a primeira situação a mais condicionante).

Nos Quadros abaixo (do Quadro 5.36 ao Quadro 5.46, inclusive), é disposto o resumo da informação
obtida relativamente ao dimensionamento de todos os elementos dos pilares, através de todos os
modelos. As taxas de armadura atribuídas são as que respeitam em cada caso os critérios enunciados
e que permitem a amarração das cintas necessárias em cada elemento. Devem ser consultados os
desenhos DES 4 e DES 5.

Nas faces inclinadas dos nós dos pilares, aplica-se uma quantidade de armadura no mínimo superior a
metade do valor da máxima armadura longitudinal dos elementos que compõe o nó [Appleton, J. et al.,
2005], de forma semelhante à pormenorização definida para os esquadros dos nós do tabuleiro.

63
Quadro 5.36 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃1 , para a flexão segundo 𝑧.
MNR MNF
Elemento
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
𝑃1 – 𝑒0 0.10 32.7% 0.10 32.6%
𝑃1 – 𝑒1 0.10 25.8% 0.10 24.3%
𝑃1 – 𝑒1 – 1 0.10 10.9% 0.10 9.6%
𝑃1 – 𝑑0 0.10 66.4% 0.10 50.3%
𝑃1 – 𝑑1 0.10 42.5% 0.10 36.4%
𝑃1 – 𝑑1 – 1 0.10 14.9% 0.10 16.8%

Quadro 5.37 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃1 , para a flexão segundo 𝑦.


MNR MNF MMAO MV
Elemento
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
𝑃1 – 𝑒0 0.10 9.1% 0.10 12.1% 0.10 7.2% 0.10 11.5%
𝑃1 – 𝑒1 0.10 29.1% 0.10 29.7% 0.10 23.9% 0.10 38.0%
𝑃1 – 𝑑0 0.10 22.8% 0.10 42.3% 0.10 19.3% 0.10 38.0%
𝑃1 – 𝑑1 0.10 21.5% 0.10 23.3% 0.10 17.8% 0.10 31.1%
𝑃1 – 𝑚0 0.10 89.1% 0.10 74.4% 0.10 73.8% 0.10 88.7%
𝑃1 – 𝑚1 0.10 67.0% 0.10 61.2% 0.10 56.0% 0.10 72.5%

Para os elementos do pilar 𝑃1 , tanto para a flexão segundo 𝑦 como 𝑧, a pormenorização adoptada é:

𝜔𝑡𝑜𝑡 = 0.10 → 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 = 10.11 𝑐𝑚2 → 6∅20 (para duas faces)

Quadro 5.38 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃2 , para a flexão segundo 𝑧.


MNR MNF Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 (para duas faces)
𝑃2 – 𝑒0 0.10 54.8% 0.10 45.9% 15.86 4∅25
𝑃2 – 𝑒1 0.10 20.3% 0.10 20.5% 15.86 4∅25
𝑃2 – 𝑒2 0.10 66.7% 0.10 50.6% 15.86 4∅25
𝑃2 – 𝑒2 – 1 0.12 68.4% 0.10 56.7% 19.03 4∅25
𝑃2 – 𝑑0 0.23 69.2% 0.12 68.7% 36.48 8∅25
𝑃2 – 𝑑1 0.10 44.6% 0.10 35.3% 15.86 8∅25
𝑃2 – 𝑑2 0.15 69.6% 0.10 61.1% 23.79 8∅25
𝑃2 – 𝑑2 – 1 0.20 68.3% 0.10 70.0% 31.72 8∅25

Quadro 5.39 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃2 , para a flexão segundo 𝑦.


MNR MNF MMAO MV
Elemento
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
𝑃2 – 𝑒0 0.10 47.5% 0.10 16.9% 0.10 32.1% 0.10 17.0%
𝑃2 – 𝑒1 0.26 68.2% 0.10 51.6% 0.19 69.8% 0.10 76.4%
𝑃2 – 𝑒2 0.13 68.9% 0.10 46.9% 0.10 62.6% 0.10 71.1%
𝑃2 – 𝑑0 0.25 68.3% 0.13 68.1% 0.17 69.6% 0.24 98.6%
𝑃2 – 𝑑1 0.10 69.5% 0.10 34.4% 0.10 53.4% 0.12 99.6%
𝑃2 – 𝑑2 0.11 69.7% 0.10 41.5% 0.10 58.2% 0.13 98.4%
𝑃2 – 𝑚0 0.16 97.4% 0.10 63.9% 0.13 96.5% 0.14 96.9%
𝑃2 – 𝑚1 0.18 96.1% 0.10 73.5% 0.15 96.5% 0.17 95.2%

64
Quadro 5.40 — Pormenorização dos elementos do pilar 𝑃2 , para a flexão segundo 𝑦.
Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
(para duas faces)
𝑃2 – 𝑒0 15.17 10∅25
𝑃2 – 𝑒1 39.45 10∅25
𝑃2 – 𝑒2 19.72 6∅25
𝑃2 – 𝑑0 37.93 10∅25
𝑃2 – 𝑑1 15.17 6∅25
𝑃2 – 𝑑2 16.69 6∅25
𝑃2 – 𝑚0 25.38 8∅25
𝑃2 – 𝑚1 28.55 8∅25

Quadro 5.41 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃3 , para a flexão segundo 𝑧.


MNR MNF Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 (para duas faces)
𝑃3 – 𝑒0 0.15 68.8% 0.10 48.4% 23.79 6∅25
𝑃3 – 𝑒1 0.10 55.9% 0.10 39.6% 15.86 4∅25
𝑃3 – 𝑒2 0.10 29.7% 0.10 21.5% 15.86 4∅25
𝑃3 – 𝑒3 0.10 60.9% 0.10 40.5% 15.86 4∅25
𝑃3 – 𝑒3 – 1 0.10 67.8% 0.10 44.6% 15.86 4∅25
𝑃3 – 𝑑0 0.14 38.7% 0.14 42.0% 22.21 6∅25
𝑃3 – 𝑑1 0.15 42.7% 0.15 37.8% 23.79 6∅25
𝑃3 – 𝑑2 0.14 38.8% 0.12 51.7% 22.21 6∅25
𝑃3 – 𝑑3 0.11 59.1% 0.10 56.7% 17.45 6∅25
𝑃3 – 𝑑3 – 1 0.11 60.1% 0.10 55.2% 17.45 6∅25

Quadro 5.42 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃3 , para a flexão segundo 𝑦.


MNR MNF MMAO MV
Elemento
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
𝑃3 – 𝑒0 0.15 69.4% 0.10 46.3% 0.10 67.3% 0.10 41.3%
𝑃3 – 𝑒1 0.10 64.7% 0.10 25.2% 0.10 49.3% 0.10 41.0%
𝑃3 – 𝑒2 0.10 62.5% 0.10 25.2% 0.10 49.6% 0.10 49.3%
𝑃3 – 𝑒3 0.10 59.3% 0.10 30.7% 0.10 48.8% 0.10 57.2%
𝑃3 – 𝑑0 0.10 9.5% 0.10 9.3% 0.10 7.4% 0.10 17.8%
𝑃3 – 𝑑1 0.13 67.4% 0.10 30.7% 0.10 58.7% 0.15 97.4%
𝑃3 – 𝑑2 0.10 57.4% 0.10 22.8% 0.10 45.1% 0.10 87.1%
𝑃3 – 𝑑3 0.10 57.4% 0.10 29.6% 0.10 47.1% 0.10 82.1%
𝑃3 – 𝑚0 0.10 78.7% 0.10 28.4% 0.10 66.6% 0.10 78.8%
𝑃3 – 𝑚1 0.12 99.2% 0.10 51.2% 0.11 91.8% 0.13 99.4%
𝑃3 – 𝑚2 0.12 93.2% 0.10 46.6% 0.10 94.3% 0.13 94.6%

65
Quadro 5.43 — Pormenorização dos elementos do pilar 𝑃3 , para a flexão segundo 𝑦.
Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
(para duas faces)
𝑃3 – 𝑒0 22.76 8∅25
𝑃3 – 𝑒1 15.17 8∅25
𝑃3 – 𝑒2 15.17 4∅25
𝑃3 – 𝑒3 15.17 4∅25
𝑃3 – 𝑑0 15.17 8∅25
𝑃3 – 𝑑1 22.76 8∅25
𝑃3 – 𝑑2 15.17 4∅25
𝑃3 – 𝑑3 15.17 4∅25
𝑃3 – 𝑚0 15.86 8∅25
𝑃3 – 𝑚1 20.62 8∅25
𝑃3 – 𝑚2 20.62 8∅25

Quadro 5.44 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃4 , para a flexão segundo 𝑧.


MNR MNF Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 (para duas faces)
𝑃4 – 𝑒0 0.15 69.2% 0.15 68.6% 15.17 8∅20
𝑃4 – 𝑒0 – 1 0.10 53.0% 0.10 52.3% 10.11 8∅20
𝑃4 – 𝑑0 0.10 7.8% 0.10 9.0% 10.11 6∅20
𝑃4 – 𝑑0 – 1 0.10 9.0% 0.10 9.3% 10.11 6∅20

Quadro 5.45 — Dimensionamento dos elementos do pilar 𝑃4 , para a flexão segundo 𝑦.


MNR MNF MMAO MV
Elemento
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
𝑃4 – 𝑒0 0.10 57.5% 0.10 56.4% 0.10 52.0% 0.10 22.0%
𝑃4 – 𝑑0 0.10 12.1% 0.10 4.8% 0.10 11.7% 0.10 13.6%
𝑃4 – 𝑚0 0.10 66.1% 0.10 35.2% 0.10 62.7% 0.10 79.7%

Quadro 5.46 — Pormenorização dos elementos do pilar 𝑃4 , para a flexão segundo 𝑦.


Pormenorização
Elemento 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
(para duas faces)
𝑃4 – 𝑒0 10.11 6∅20
𝑃4 – 𝑑0 10.11 6∅20
𝑃4 – 𝑚0 10.11 6∅20

Face aos resultados das taxas mecânicas de armadura de cada elemento, necessárias para as
verificações aos ELU de flexão, é possível avaliar a qualidade/representatividade dos modelos
utilizados, através da comparação desses valores. Tal como expectável, para praticamente todos os
casos, a realização do dimensionamento dos elementos através do MNR é mais condicionante do que
através do MNF. Para os casos de flexão dos pilares segundo a direcção 𝑦, conclui-se que os resultados
apresentados pelo MMAO coadunam com os observados nos modelos MNR e MNF, sendo inferiores
aos resultados primeiro e superiores aos obtidos pelo segundo. Desta forma, o MMAO revela ser uma
hipótese interessante para o dimensionamento dos pilares. O MV manifesta-se condicionante para
determinados elementos, demonstrando que este tipo de acção não deve ser desprezado nas pontes
localizadas em zonas de baixa sismicidade, como é o caso.

No ANEXO II podem ser consultados os dados utilizados e resultados obtidos nas verificações de
segurança de todos os elementos dos pilares, através do modelo MNR.

66
Efeitos da fendilhação dos pilares

No ponto 5.3.1 é estabelecido um módulo de elasticidade de 33 GPa, para todos os elementos de betão
armado da estrutura, desprezando-se desta forma os efeitos devidos à fendilhação das secções.
Embora a hipótese estabelecida seja aparentemente conservativa, tal pode não acontecer.

0.50 × 0.502
𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 0.50×0.50 = 𝑤𝑒𝑙á𝑠𝑡. ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑚 = × 2.9 × 103 = 60.4 𝑘𝑁𝑚
6
0.50 × 0.752
𝑀𝑓𝑒𝑛𝑑 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 0.75×0.50 = 𝑤𝑒𝑙á𝑠𝑡. ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑚 = × 2.9 × 103 = 135.9 𝑘𝑁𝑚
6
Comparando os momentos flectores a que os elementos são sujeitos (ANEXO II), com os momentos de
fendilhação das secções, é possível perceber que uma parte significativa destes pode fendilhar, porém
outros não. No entanto, não é possível estabelecer concretamente a situação de cada elemento, uma
vez que para a determinação exacta da existência ou não de fendilhação, é necessário contabilizar as
tensões geradas pelos esforços axiais, para cada combinação de esforços, a que os elementos são
sujeitos. Todavia, conclui-se que uma modelação que considera ou a fendilhação total de todos os
elementos ou a não fendilhação destes, não representa perfeitamente o estado de fendilhação de
todos ao mesmo tempo.

Desta forma, é executado um novo modelo de cálculo baseado no MNR – MNR Fendilhado – com o
objectivo de confirmar as hipóteses estabelecidas, no qual se atribuiu aos elementos da estrutura um
módulo de elasticidade de 16.5 GPa (50% de 33 GPa). Através da análise dos resultados, é possível
perceber que alguns elementos irão à partida fendilhar, pois os momentos flectores a que estão
sujeitos são bastante elevados, mas também que de uma forma geral o dimensionamento executado a
partir do MNR é efectivamente conservativo. A única excepção reside no elemento 𝑃4 – 𝑒0 .

Devido à perda de rigidez generalizada da estrutura, associada à alteração das propriedades do material
estrutural, o elemento 𝑃4 – 𝑒0 torna-se relativamente mais rígido e absorve mais esforços do que no
MNR. Os resultados para este elemento são apresentados no Quadro 5.47.

Quadro 5.47 — Dimensionamento do elemento 𝑃4 – 𝑒0 , para a flexão do pilar segundo 𝑧, pelo MNR
Fendilhado.
𝑃 (𝑘𝑁) 𝑀2 (𝑘𝑁𝑚) 𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑅 (𝑘𝑁𝑚)
-1239.4 -272.1 0.19 -0.248 0.161 401.4
-1167.5 268.5 0.19 -0.234 0.158 394.1

Quadro 5.47 — (continuação)


𝑤1,𝑧 (𝑚𝑚) 𝑅𝑧 𝑀𝑑 (𝑘𝑁𝑚) 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟,𝑧 (𝑘𝑁) 𝐴𝑠𝑙,𝑡𝑜𝑡 (𝑐𝑚2 )
0.00084 49.0 273.1 68.0% 86349.6 19.22
0.00084 46.3 269.5 68.4% 80080.8 19.22
Nó superior 𝑃4 –𝑒0 ; nó inferior – ; 𝑙0 = 1.5 𝑚.

Embora os resultados das armaduras necessárias para este elemento sejam superiores aos
anteriormente obtidos para este elemento, é mantida a pormenorização previamente estabelecida.

Face ao exposto, conclui-se que a utilização do MNR é a abordagem mais conservativa, para a
consideração de todos os efeitos – (i) fendilhação dos elementos, (ii) efeitos hidrodinâmicos das
sobrepressões da água no interior do canal e (iii) incerteza sobre o nível de rigidez dos nós.

67
ELU de esforço transverso

O dimensionamento ao esforço transverso dos elementos dos pilares é executado através das
expressões apresentadas em 5.2.2, Equação 5.9, podendo ser consultados no ANEXO II os resultados
adquiridos para as armaduras 𝐴𝑠𝑤,𝑦 ⁄𝑠, aplicadas segundo a direcção 𝑦 e associadas à flexão dos pilares
segundo o eixo 𝑧, e 𝐴𝑠𝑤,𝑧 ⁄𝑠, aplicadas segundo a direcção 𝑧 e associadas à flexão dos pilares segundo
o eixo 𝑦. Conclui-se a partir dos quadros referidos, que é suficiente para todos os elementos a aplicação
de estribos de 2 ramos ∅10//0.20, à excepção dos casos dos elementos 𝑃2 – 𝑑0 , 𝑃2 – 𝑚1 e 𝑃3 – 𝑒0 , para
os quais é necessária a aplicação de estribos de 2 ramos ∅10//0.10, segundo 𝑧.

Contudo, é também necessário verificar as condições estabelecidas no artigo 6.1.2 da EN 1998-2, que
garantem a ductilidade das zonas susceptíveis à formação de rótulas plásticas, através do confinamento
dos elementos. Simplificadamente, identificam-se as zonas onde se concentram os maiores momentos
flectores, segundo cada uma das direcções horizontais, tais como (i) as zonas de ligação monolítica
entre os pilares e o tabuleiro (pilares centrais), (ii) as zonas de ligação dos pilares às fundações e (iii) os
elementos horizontais dos pilares (travessas).

Para as regiões mencionadas em que 𝜂𝑘 > 0.08, as zonas comprimidas devem possuir uma taxa
mecânica de armadura de confinamento, 𝜔𝑤𝑑 , calculada de acordo com as seguintes expressões:

𝑁𝐸𝑑
𝜂𝑘 = EN 1998-2, (6.1)
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑘

𝑓𝑦𝑑
𝜔𝑤𝑑 = 𝜌𝑤 ∙ (6.3)
𝑓𝑐𝑑

onde,

𝐴𝑠𝑤
𝜌𝑤 = (6.4)
𝑠𝐿 ∙ 𝑏

em que:

𝜌𝑤 taxa de armadura transversal;

𝐴𝑠𝑤 área de armadura transversal/confinamento do pilar;

𝑠𝐿 espaçamento entre cintas, medido na direcção longitudinal; 𝑠𝐿 < 6 × 𝑑𝑏𝐿 e 𝑠𝐿 deve ser
inferior a 1⁄5 da menor dimensão do núcleo de betão confinado, medida ao eixo dos varões;

𝑑𝑏𝐿 diâmetro dos varões longitudinais;

𝑏 dimensão do núcleo de betão, perpendicular à direcção de confinamento e medida em relação


ao perímetro exterior das cintas.

De acordo com 6.2.1.2 (2), a distância transversal entre cintas ou ganchos, 𝑠𝑇 , não deve ser superior a
1⁄3 da menor dimensão do núcleo de betão confinado, medida ao eixo dos varões, nem inferior a
200 𝑚𝑚. A partir de 6.2.1.4 (2), é definido para as secções rectangulares de pilares que a taxa mecânica
de armadura de confinamento mínima, 𝜔𝑤𝑑,𝑟 , deve ser:

68
2
𝜔𝑤𝑑,𝑟 ≥ 𝑚á𝑥 (𝜔𝑤,𝑟𝑒𝑞 ; ∙ 𝜔𝑤,𝑚𝑖𝑛 ) (6.6)
3

com

𝐴𝑐 𝑓𝑦𝑑
𝜔𝑤,𝑟𝑒𝑞 = ∙ 𝜆 ∙ 𝜂𝑘 + 0.13 ∙ ∙ (𝜌𝐿 − 0.01) (6.7)
𝐴𝑐𝑐 𝑓𝑐𝑑

em que:

𝐴𝑐 área da secção do elemento de betão armado;

𝐴𝑐𝑐 área do núcleo de betão confinado, medida ao eixo dos varões;

𝜆 e 𝜔𝑤,𝑚𝑖𝑛 respectivamente 0.28 e 0.12, valores obtidos através da Tabela 6.1, para elementos
com um comportamento de DL;

𝜌𝐿 taxa de armadura longitudinal.

Uma vez que, todos os elementos estão sujeitos a diferentes valores de esforço axial e os pilares
centrais e laterais possuem diferentes geometrias, o cálculo do parâmetro 𝜔𝑤,𝑟𝑒𝑞 é algo incerto. Como
tal, considera-se simplesmente que:

2 2
𝜔𝑤𝑑,𝑟 ≥ ∙𝜔 = × 0.12 = 0.08
3 𝑤,𝑚𝑖𝑛 3
Para 𝑏 = 0.67 𝑚, tem-se para os estribos dos pilares centrais, segundo 𝑦, que:

𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠𝑤 20


∙ ≥ 0.08 ↔ = 0.08 × 0.67 × = 24.64 𝑐𝑚2 ⁄𝑚 → 4 𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 ∅10//0.10
𝑠𝐿 ∙ 𝑏 𝑓𝑐𝑑 𝑠𝐿 435

e para 𝑏 = 0.42 𝑚 (restantes situações) tem-se que:

𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠𝑤 20


∙ ≥ 0.08 ↔ = 0.08 × 0.42 × = 15.45 𝑐𝑚2 ⁄𝑚 → 2 𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 ∅10//0.10
𝑠𝐿 ∙ 𝑏 𝑓𝑐𝑑 𝑠𝐿 435

Os reforços de armaduras transversais apresentados prolongam-se aproximadamente até 1⁄4 de vão


dos elementos.

Corte na interface entre os pilares centrais e o tabuleiro

Devido ao facto dos pilares 𝑃2 e 𝑃3 serem betonados anteriormente ao tabuleiro, é necessário verificar
o corte na interface entre estes. A tensão de corte actuante, 𝜐𝐸𝑑,𝑖 , é dada pela equação [Appleton,
2013, ponto 6.3.9]:

𝑉𝐸𝑑
𝜐𝐸𝑑,𝑖 = 𝛽 ∙ (6.56)
𝑧 ∙ 𝑏𝑖

em que:

𝑉𝐸𝑑 ⁄𝑧 variação da força longitudinal do banzo traccionado ou comprimido (são considerados os


valores máximos dos esforços transversos devidos à acção sísmica, nos elementos 𝑃2 – 𝑑2 – 1,
𝑃2 – 𝑒2 – 1, 𝑃3 – 𝑑3 – 1 e 𝑃3 – 𝑒3 – 1, para cada uma das direcções horizontais);

69
𝛽 relação entre a força na parte do betão betonada em 2ª fase, 𝑖, e a força total no banzo,
considera-se 𝛽 = 1.0;

𝑏𝑖 largura do banzo na zona de ligação;

A tensão de corte resistente, 𝜐𝑅𝑑,𝑖 , é dada por:

𝜐𝑅𝑑,𝑖 = 𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 + 𝜇 ∙ 𝜎𝑛 + 𝜌 ∙ 𝑓𝑦𝑑 ≤ 0.5 ∙ 𝜐 ∙ 𝑓𝑐𝑑 (6.58)

em que:

𝑐e𝜇 coesão e atrito na interface, reproduzidos no Quadro 6.5, tomam respectivamente os valores
0.20 e 0.60, assumindo uma superfície lisa na interface;

𝜎𝑛 tensão normal na interface (são utilizados os valores de 𝑁 provenientes do Quadro 3.6, no


topo dos pilares para a situação de canal vazio);

𝜌 percentagem de armadura que atravessa a interface;

𝜐 dado pela Equação 5.12, sendo o seu resultado 10.56 𝑀𝑃𝑎.

Face ao exposto, para o pilar 𝑃2 tem-se:

136.9 + 161.8
𝜐𝐸𝑑,𝑧 = 1.0 × = 0.108 𝑀𝑃𝑎
3.70 ∙ 0.75
880.6 𝐴𝑠
𝜐𝑅𝑑,𝑧 = 0.20 × 1.33 + 0.60 × × 10−3 + × 435
4.0 × 0.75 400 × 75
↔ 𝜐𝑅𝑑,𝑧 = 0.442 + 0.0145 × 𝐴𝑠 [𝑀𝑃𝑎] , 𝐴𝑠 𝑒𝑚 𝑐𝑚2

e para o pilar 𝑃3 :

102.3 + 103.2
𝜐𝐸𝑑,𝑧 = 1.0 × = 0.074 𝑀𝑃𝑎
3.70 ∙ 0.75
A tensão de corte resistente é:

755.3 𝐴𝑠
𝜐𝑅𝑑,𝑧 = 0.20 × 1.33 + 0.60 × × 10−3 + × 435
4.0 × 0.75 400 × 75
↔ 𝜐𝑅𝑑,𝑧 = 0.417 + 0.0145 × 𝐴𝑠 [𝑀𝑃𝑎] , 𝐴𝑠 𝑒𝑚 𝑐𝑚2

Para ambos os casos, verifica-se a segurança mesmo sem ser necessária a aplicação de armadura de
ligação, no entanto, é adoptada uma armadura de espera entre os elementos.

5.3.3 Verificação aos Estados Limites de Serviço (ELS)

No subcapítulo 3.6 foram executadas as verificações de segurança aos ELS dos pilares, considerando as
acções da retracção do betão e da variação uniforme de temperatura que afectam o tabuleiro da ponte
– foi verificada a não fendilhação das secções nas bases dos pilares. A partir destas verificações, foi
possível executar o dimensionamento dos aparelhos de apoio (subcapítulo 3.7) e definir uma solução
para o sistema longitudinal de ligação entre o tabuleiro e os pilares, sem a qual não seria possível
continuar o estudo da estrutura. Porém, uma vez definida a acção sísmica, é também necessário
calcular o valor do deslocamento total de dimensionamento dos aparelhos de apoio, 𝑑𝐸𝑑 , para

70
situações em que estes são submetidos à acção sísmica, tal como definido no artigo 2.3.6.3 (2) da EN
1998-2:

𝑑𝐸𝑑 = 𝑑𝐸 + 𝑑𝐺 + 𝜓2 ∙ 𝑑 𝑇 EN 1998-2, (2.7)

em que:

𝑑𝐸 deslocamento devido à acção sísmica;

𝑑𝐺 deslocamento a longo prazo devido às acções permanentes e quase permanentes;

𝑑𝑇 deslocamento devido às acções térmicas;

𝜓2 coeficiente de redução para a combinação quase-permanente de acções.

No Quadro 5.48 são apresentados os valores dos deslocamentos horizontais totais medidos nos
aparelhos de apoio, devidos à acção sísmica considerada através dos diferentes modelos estudados. Os
deslocamentos são calculados pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos deslocamentos obtidos
pelos modelos de cálculo, segundo as direcções 1 e 2.

Quadro 5.48 — Deslocamentos dos aparelhos de apoio, devidos à acção sísmica, 𝑑𝐸 em [𝑚𝑚].
Aparelho de MNR
MNR MNF MMAO
apoio Fendilhado
𝐸1 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 19.5 21.7 16.6 22.5
𝐸1 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 19.5 21.7 16.6 22.5
𝑃1 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 6.0 7.6 5.1 5.3
𝑃1 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 10.1 10.5 8.4 11.0
𝑃4 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 18.5 18.1 15.7 20.3
𝑃4 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 19.1 20.7 16.2 21.6
𝐸2 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 19.7 21.6 16.8 22.7
𝐸2 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 19.7 21.6 16.8 22.7

Os resultados apresentados não verificam os limites definidos no dimensionamento dos aparelhos de


apoio. Relembre-se que para os aparelhos instalados nos pilares laterais 𝑃1 e 𝑃4 , o deslocamento
máximo admissível é 𝑤𝑚á𝑥 = 9.0 𝑚𝑚 e que o deslocamento permitido para os aparelhos colocados
nos encontros é 𝑤𝑚á𝑥 = 15.0 𝑚𝑚 (Quadro 3.18). Face ao exposto, conclui-se que a solução adoptada
para estes elementos deve ser alterada.

Utilizando os valores dos deslocamentos 𝑑𝐸 calculados a partir do MNF, seguindo a solução adoptada
em 3.6 (nomeadamente as hipóteses de cálculo consideradas e assumindo que os resultados de
𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 representam a parcela (𝑑𝐺 + 𝜓2 ∙ 𝑑 𝑇 ) da Equação 2.7, Quadro 5.49), são sugeridos novos
aparelhos de apoio para os pilares e encontros da ponte, Quadro 5.50.

Quadro 5.49 — Deslocamentos de dimensionamento dos aparelhos de apoio.


𝑑𝐸 (𝑚𝑚) 𝛿𝑛𝑒𝑜𝑝𝑟𝑒𝑛𝑒 (𝑚𝑚)
Apoios 𝑑𝐸𝑑 (𝑚𝑚)
(MNF) (Quadro 3.14)
𝐸1 21.7 14.3 36.0
𝑃1 10.5 0.8 11.3
𝑃4 20.7 2.7 23.4
𝐸2 21.6 9.9 31.5

71
Quadro 5.50 — Características geométricas dos novos aparelhos de apoio.
250
Aparelho ∅250
× 400
𝐹𝑚á𝑥 (𝑘𝑁) 1300 600
𝑛 4 6
𝑤𝑚á𝑥 (𝑚𝑚) 26.0 37.0
𝑑𝑏 (𝑚𝑚) 52.0 74.0
𝑇 (𝑚𝑚) 37.0 53.0

De acordo com o que se concluiu anteriormente, os aparelhos designados para os encontros são
condicionados pelo deslocamento máximo permitido, 𝑤𝑚á𝑥 , e pelas tensões de contacto mínima e
máxima, 𝜎𝑚𝑖𝑛 e 𝜎𝑚á𝑥 , devendo os resultados destes parâmetros ser novamente analisados, face à
escolha dos novos aparelhos de apoio.

Por forma a que a tensão mínima nos aparelhos de apoio dos encontros possa ser respeitada, seria
necessário aumentar o peso próprio da estrutura na zona junto dos aparelhos, procurando
simultaneamente respeitar a tensão máxima admissível. O aumento do número de camadas dos
aparelhos de apoio nos encontros, tal como é sugerido, aumenta o valor da distorção devida às cargas
de compressão, 𝜀𝑐,𝑑 , e consequentemente o valor da máxima distorção admissível, 𝜀𝑡,𝑑 , continuando a
ultrapassar o limite estabelecido.

Embora a definição de novos aparelhos de apoio altere os resultados apresentados ao longo deste
trabalho, não se prevê que estas alterações sejam significativas. Assim, opta-se por manter o
dimensionamento desenvolvido para a estrutura, em conjunto com os novos aparelhos de apoio.

Juntas de dilatação

A partir dos valores dos deslocamentos das secções dos encontros, apresentados no Quadro 5.49,
determina-se a aplicação de juntas de dilatação do tipo M-22 [Lâminas Sika], as quais permitem um
movimento máximo de 40 𝑚𝑚 à dilatação e de 30 𝑚𝑚 ao corte. No desenho DES 3 são representadas
as juntas de dilatação e as respectivas armaduras de construção.

5.4 Dimensionamento das Fundações

Neste subcapítulo dimensionam-se as fundações dos pilares da obra de arte, considerando as


combinações de esforços provenientes de todos os modelos analisados no subcapítulo anterior: MNR,
MNF, MMAO, MNR Fendilhado, MV RC (Reservatório Cheio) e MV RV (Reservatório Vazio). Tal como foi
referido em 3.4, são concebidas fundações directas reforçadas por pregagens ao solo, com o propósito
de fornecer uma solução de encastramento à base dos pilares.

5.4.1 Método de cálculo

O cálculo das fundações dos pilares é executado de forma independente para cada uma das direcções
principais de flexão dos pilares, através de expressões deduzidas especificamente para o caso em
estudo. Para tal, são inicialmente identificados 6 casos tipo do comportamento das sapatas,
representados na Figura 5.19.

72
Figura 5.19 — Casos tipo do comportamento das sapatas.

A tensão no terreno, 𝜎𝑠 , o esforço axial suportado pelo conjunto de pregagens, 𝐹𝑠 , e o comprimento da


zona de contacto entre a sapata e o solo, 𝑥, são grandezas cujos valores são calculados através do
equilíbrio de cada sistema. A excentricidade do carregamento, 𝑒, é dada por 𝑒 = 𝑀/𝑁.

Os casos 1) e 3) representam situações limite teóricas, não sendo nunca identificadas para as
combinações de esforços dispostas. Para o caso 2) tem-se:

𝑁 𝐴⁄3 + 2 ∙ 𝑒
𝜎𝑠,1 = ∙ , 𝜎𝑠,1 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 [𝑀𝑃𝑎] (5.27)
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴⁄ − 𝑒
2

𝐴⁄ − 𝑒
𝜎𝑠,2 = 𝜎𝑠,1 ∙ 6 , 𝜎𝑠,2 < 𝜎𝑠,1 [𝑀𝑃𝑎] (5.28)
𝐴⁄ + 𝑒
6

para o caso 4):

4 𝑁
𝜎𝑠 = ∙ , 𝜎𝑠 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 [𝑀𝑃𝑎] (5.29)
3 𝐵 ∙ (𝐴 − 2𝑒)

para o caso 5):

3(𝑀 + 𝑁 ∙ 𝑎2 )
𝜎𝑠 = , 𝜎𝑠 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 [𝑀𝑃𝑎] (5.30)
𝐵 ∙ (𝐴⁄2 + 𝑎2 )

3𝑀 − 𝑁 ∙ (𝐴 − 𝑎2 ) (5.31)
𝐹𝑠 = , 0 ≤ 𝐹𝑠 ≤ 𝐹𝑝 [𝑘𝑁]
𝐴 + 2 ∙ 𝑎2

73
e para o caso 6):

4 ∙ (𝑁 + 𝐹𝑝 )
𝜎𝑠 = , 𝜎𝑠 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 [𝑀𝑃𝑎]
𝐹𝑝 ∙ 𝑎2 − 𝑀 𝐴 (5.32)
6𝐵 ∙ ( + ⁄2)
𝑁 + 𝐹𝑝

𝐹𝑝 ∙ 𝑎2 − 𝑀 3 (5.33)
𝑥 =3∙ + ∙𝐴 , 𝑥 > 0 [𝑚]
𝑁 + 𝐹𝑝 2

em que (i) 𝑁 toma os valores das reacções verticais da estrutura, obtidas em cada modelo, acrescidas
do peso próprio das sapatas (as reacções da estrutura são calculadas associando aos modelos um
coeficiente de comportamento 𝑞 = 1.0, por indicação do artigo 5.8.2 (2) da EN 1998-2), (ii) 𝑀 toma os
valores dos momentos lidos nos apoios da estrutura, para cada modelo, com o acréscimo dos
momentos flectores gerados pelo produto dos esforços transversos com a altura das sapatas e (iii) 𝐹𝑝 ,
é o valor da força máxima de puxe do conjunto de pregagens, calculado como sendo o menor valor
entre a resistência axial das pregagens e a resitência da interface calda-terreno [Lazarte, A. et al., 2003,
Equações 5.33, 5.34 e 5.35], dado por:

𝑞𝑢
𝐹𝑝 = 𝑚𝑖𝑛 (𝑓𝑦𝑑 ∙ 𝐴𝑣 ; 𝜋 ∙ ∙ 𝐷 ∙ 𝐿 ) × 𝑛º 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 (5.34)
𝐹𝑆𝑃 𝐷𝐻 𝑝

em que:

𝐴𝑣 área da secção transversal de 1 varão (varões com ∅32);

𝑞𝑢 valor médio da resistência unitária última da interface calda-terreno, considera-se


conservativamente e através da Tabela 3.10 [Lazarte & al., 2003], 𝑞𝑢 = 300 𝑘𝑃𝑎;

𝐷𝐷𝐻 diâmetro médio da furação, considera-se 𝐷𝐷𝐻 = 76 𝑚𝑚;

𝐹𝑆𝑃 coeficiente de segurança em relação à rotura por arrancamento, não inferior a 2.0;

𝐿𝑝 comprimento de selagem da pregagem no maciço rochoso.

Para além dos casos apresentados identifica-se ainda o caso “Tracção”, para as situações em que 𝑁
toma valores negativos (de tracção), em que a sapata deixa de estar em contacto com o terreno e o
equilíbrio do sistema é totalmente garantido pelas ancoragens das fundações. Em situações deste tipo,
caso o momento flector 𝑀 tenha bastante influência no sistema, parte da sapata pode apoiar-se no
terreno, assemelhando-se nestas situações o caso de “Tracção” ao caso 6).

Para todos os casos é considerada uma distribuição elástica linear de tensões no terreno, devido às
boas características que este apresenta, não sendo razoável assumir que este possa apresentar uma
distribuição plástica ao invés. Devido a esta consideração, o modelo de cálculo estabelecido falha por
não ter a capacidade de contabilizar conjuntamente os esforços segundo ambas as direcções de flexão
e os efeitos bidimensionais das tensões no terreno. Qualquer metodologia que simule estas hipóteses,
assumindo uma resposta linear das tensões no terreno, afigura-se demasiado complexa em termos
analíticos, sendo portanto adoptado o método apresentado.

No seguimento do exposto, para a determinação do número de ancoragens é contabilizado o esforço


axial actuante no conjunto de ancoragens, devido à flexão segundo uma das direcções horizontais, e
aproveitado o esforço axial resistente sobrante para a flexão segundo a outra direcção. Este último
valor tem que ser inferior à força transmitida por 2 varões (os varões de canto).

74
5.4.2 Verificação dos Estados Limites Últimos (ELU)

O processo de dimensionamento e verificação da segurança das fundações da obra de arte, resume-se


na atribuição de dimensões para as sapatas dos pilares e na definição do número e comprimento de
pregagens necessários em cada sapata. Os resultados estabelecidos para os primeiros são
apresentados no Quadro 5.51 e os valores dos segundos no Quadro 5.52.

Quadro 5.51 — Dimensões das sapatas dos pilares.


Pilares Laterais Centrais
𝐴 (𝑚) 1.20 1.50
𝑎0 (𝑚) 0.50 0.75
𝑎2 (𝑚) 0.45 0.60
𝐵 (𝑚) 1.20 1.30
𝑏0 (𝑚) 0.50 0.50
𝑏2 (𝑚) 0.45 0.50
𝐻 (𝑚) 0.40 0.50
𝑑′ (𝑚) 0.28 0.38

Quadro 5.52 — Número e comprimento de pregagens.


Número e comprimento Número e comprimento
Apoio 𝐹𝑝,𝑦 (𝑘𝑁) 𝐹𝑝,𝑧 (𝑘𝑁)
de pregagens, em 𝑦 de pregagens, em 𝑧
𝑃1 – 𝑑0 – – – –
𝑃1 – 𝑒0 – – – –
𝑃2 – 𝑑0 (3 + 3) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 8 𝑚 859.54 (1 + 1) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 8 𝑚 286.51
𝑃2 – 𝑒0 (3 + 3) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 6 𝑚 644.65 (1 + 1) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 6 𝑚 214.88
𝑃3 – 𝑑0 (2 + 2) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 6 𝑚 429.77 – –
𝑃3 – 𝑒0 (3 + 3) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 6 𝑚 644.65 (1 + 1) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 6 𝑚 214.88
𝑃4 – 𝑑0 – – – –
𝑃4 – 𝑒0 (2 + 2) 𝑣𝑎𝑟õ𝑒𝑠 × 3 𝑚 214.88 – –

𝐹𝑝,𝑦 representa a força máxima de puxe do conjunto de pregagens, associada à flexão dos pilares
segundo o eixo 𝑦, e 𝐹𝑝,𝑧 representa a força máxima de puxe do conjunto de pregagens, associada à
flexão dos pilares segundo o eixo 𝑧 . As soluções determinadas verificam os critérios definidos
anteriormente, podendo os resultados dos cálculos ser observados no ANEXO IV. As equações
utilizadas para o dimensionamento em cada caso, seguem adiante. A dedução das expressões pode ser
consultada no ANEXO III.

Para o caso 2):

𝐴 ∙ 𝐵 ∙ 𝜎𝑠,𝑚𝑒𝑑
𝑅= , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.35)
2

𝜎𝑠,1 + 𝜎𝑠,2
𝜎𝑠,𝑚𝑒𝑑 = , 𝑒𝑚 [𝑀𝑃𝑎] (5.36)
2

𝑅 𝑅 ∙ (0.15 ∙ 𝑎0 + 𝑎1 − 𝐴⁄4)
𝐹𝑠,𝑖𝑛𝑓 = = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.37)
𝑡𝑔(𝛼) 𝑑′

Para o caso 4):

75
𝑥 ∙ 𝐵 ∙ 𝜎𝑠
𝑅= , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.38)
2

𝑅 ∙ (0.15 ∙ 𝑎0 + 𝑎1 − 𝑥⁄3)
𝐹𝑠,𝑖𝑛𝑓 = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.39)
𝑑′

Para o caso 5):

(𝐴⁄2 + 𝑎2 ) ∙ 𝐵 ∙ 𝜎𝑠
𝑅= , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.40)
2

𝐴⁄ + 𝑎
2 2⁄
𝑅 ∙ (0.15 ∙ 𝑎0 + 𝑎1 − 3) (5.41)
𝐹𝑠,𝑖𝑛𝑓 = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁]
𝑑′

𝑎
𝐹𝑠 ∙ (𝑎2 − ( 0⁄2 − 0.05))
𝐹𝑠,𝑠𝑢𝑝 = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.42)
𝑑′

Para o caso 6):

𝑥 ∙ 𝐵 ∙ 𝜎𝑠
𝑅= , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.43)
2

𝑅 ∙ (0.15 ∙ 𝑎0 + 𝑎1 − 𝑥⁄3)
𝐹𝑠,𝑖𝑛𝑓 = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.44)
𝑑′

𝑎
𝐹𝑝 ∙ (𝑎2 − ( 0⁄2 − 0.05))
𝐹𝑠,𝑠𝑢𝑝 = , 𝑒𝑚 [𝑘𝑁] (5.45)
𝑑′

No Quadro 5.53 são apresentados os máximos valores obtidos das armaduras distribuídas nas sapatas
e as respectivas pormenorizações decretadas.

Quadro 5.53 — Dimensionamento das sapatas.


𝐴𝑠,𝑦,𝑖𝑛𝑓 𝐴𝑠,𝑧,𝑖𝑛𝑓 Pormenorização 𝐴𝑠,𝑦,𝑠𝑢𝑝 𝐴𝑠,𝑧,𝑠𝑢𝑝 Pormenorização
Apoio
(𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (malha inferior) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (malha superior)
𝑃1 – 𝑑0 6.08 8.10 # ∅12//0.10 0.00 0.00 –
𝑃1 – 𝑒0 4.69 6.12 # ∅12//0.15 0.00 0.00 –
𝑃2 – 𝑑0 8.34 7.30 # ∅12//0.10 8.54 9.26 # ∅12//0.10
𝑃2 – 𝑒0 5.24 5.94 # ∅12//0.15 4.40 4.26 # ∅12//0.20
𝑃3 – 𝑑0 4.82 5.68 # ∅12//0.15 1.86 2.33 # ∅12//0.20
𝑃3 – 𝑒0 6.63 6.49 # ∅12//0.15 6.44 6.49 # ∅12//0.15
𝑃4 – 𝑑0 4.31 5.62 # ∅12//0.15 0.00 0.00 –
𝑃4 – 𝑒0 5.98 12.12 # ∅16//0.15 1.28 2.25 # ∅12//0.20

De forma semelhante à força de puxe das pregagens, 𝐴𝑠,𝑦 representa a armadura das sapatas associada
à flexão dos pilares segundo o eixo 𝑦, e 𝐴𝑠,𝑧 representa a armadura das sapatas associada à flexão dos
pilares segundo o eixo 𝑧.

76
6 Conclusões e Desenvolvimentos Futuros

No presente documento foi executado o dimensionamento de uma solução em betão armado de uma
ponte canal. A ponte possui um desenvolvimento total de 54.4 𝑚, com dois vãos laterias e três vãos
centrais de 9.2 𝑚 e 12.0 𝑚, respectivamente, garantindo uma secção de escoamento útil com 9 𝑚2 . O
tabuleiro de secção transversal em forma de “U”, é simplesmente apoiado nos encontros e nos pilares
laterais e é monoliticamente ligado aos pilares centrais.

Inicialmente desenvolveu-se a concepção da estrutura e descreveram-se as acções consideradas para


as verificações de segurança. A par da definição das secções geométricas dos vários elementos
estruturais, executou-se o pré-dimensionamento da estrutura. No decurso do trabalho foi efectuado o
dimensionamento detalhado de todos os elementos estruturais, (i) sendo expostos os métodos e
modelos de cálculo utilizados e (ii) verificados os Estados Limites Últimos e os Estados Limites de Serviço
da estrutura, de acordo com os critérios definidos. Foram apresentados os principais resultados obtidos
para os diferentes elementos analisados: aparelhos de apoio elastoméricos, tabuleiro da ponte, pilares
e fundações.

Após o dimensionamento do tabuleiro da ponte, verificou-se que a solução preconizada para a sua
secção transversal apresenta fendilhação em zonas pontuais, tanto para o comportamento transversal
(na laje de fundo do canal, junto dos esquadros), como para o comportamento longitudinal (nas secções
de apoio 𝑃1 , 𝑃2 e 𝑃4 , no topo das paredes). Por forma a atenuar estes efeitos, a solução proposta pode
ser ajustada para melhorar estes resultados.

Em termos longitudinais, a forma geométrica definida para a secção transversal do tabuleiro deveria
ser tal que os momentos de fendilhação positivo e negativo fossem mais próximos um do outro, em
valor absoluto, à semelhança dos valores dos momentos actuantes para os ELS. Em termos transversais,
seria necessário efectuar um estudo mais aprofundado do comportamento dos nós da secção, ou
poderiam ser consideradas soluções alternativas para a secção do canal, que pudessem solucionar o
problema. Nomeadamente, refere-se a implementação de vigas de encabeçamento no topo das
paredes, em conjunto com um grupo de tirantes regularmente espaçados, a uni-las (ponte canal do
Vale da Sorraia).

À imagem dos nós do tabuleiro, também o comportamento dos nós dos pilares deve ser analisado de
forma detalhada, em termos da disposição de armaduras a aplicar e em termos dos efeitos não lineares
a que estes possam estar sujeitos.

As ligações rotuladas entre os pilares e o tabuleiro foram materializadas através de aparelhos de apoio
elastoméricos. Este tipo de aparelhos não possui componentes/peças metálicas expostas ao ar livre,
sendo indicado para estruturas de natureza hidráulica. Contudo, tal como foi referido em 5.3.3, os
aparelhos definidos em 3.6 têm dificuldade em “absorver” os deslocamentos de projecto,
nomeadamente tendo em consideração a acção sísmica. Assim, afigura-se que ou se aceita que no caso
de uma ocorrência sísmica possa verificar-se a necessidade de substituição de alguns destes aparelhos
ou, em alternativa, a escolha dos aparelhos de apoio a utilizar deve também ter em consideração os
deslocamentos produzidos pela acção sísmica. Esta observação aplica-se também para as juntas de
dilatação instaladas entre o tabuleiro e os encontros.

No estudo do comportamento dos pilares face à acção sísmica, foram criados vários modelos que
permitiram avaliar a influência de diferentes características da estrutura, no dimensionamento dos
pilares:

77
 Para a avaliação do nível de rigidez que os nós dos pilares conferem à estrutura, foram
comparados dois modelos, um com os nós dos pilares “rígidos” (MNR) e outro com os nós dos
pilares “flexíveis” (MNF);

 Na análise dos efeitos das sobrepressões hidrodinâmicas causadas pela oscilação própria da
massa de água no interior do canal, criou-se, com base nos fundamentos de reservatórios
elevados, um modelo com uma parcela de massa de água “oscilante” (MMAO);

 Para a avaliação da influência do estado de fendilhação dos elementos dos pilares no


comportamento total da estrutura, foi criado um modelo semelhante ao MNR, no qual os
elementos possuem metade da rigidez que lhes foi atribuída nos outros modelos (rigidez não
fendilhada), de forma a simular a fendilhação dos pilares (MNR Fendilhado).

Para a quantificação dos efeitos da acção do vento na estrutura, foi utilizada uma cópia do MNR na qual
foram aplicadas as respectivas cargas estáticas equivalentes à acção do vento (MV).

Através da análise dos resultados do dimensionamento dos pilares, por cada um dos modelos, concluiu-
se que o Modelo de Nós Rígidos é o que apresenta os resultados mais condicionantes, devidos à acção
sísmica, embora o dimensionamento de alguns elementos tenha sido limitado pelos resultados devidos
à acção do vento. Este aspecto prova que a acção do vento não deve ser desprezada para pontes
localizadas em zonas de baixa sismicidade.

Relativamente às fundações da estrutura, note-se que no seu dimensionamento foi considerada uma
tensão admissível no solo de 3000 𝑘𝑃𝑎, sendo no entanto necessário um estudo mais aprofundado
sobre a real capacidade do solo. A solução projectada para as fundações, que verifica a segurança
utilizando pregagens à rocha, requer uma pormenorização mais detalhada nas fase de Projecto de
Execução.

Como desenvolvimentos futuros, considera-se adicionalmente o estudo dos efeitos das forças
hidráulicas impostas à estrutura, pelo movimento da massa de água no interior do canal, bem como o
dimensionamento das estruturas de entrada e saída do caudal na ponte. Julga-se também relevante o
dimensionamento dos aparelhos elastoméricos através dos Eurocódigos, estudando a ductilidade
destes face à acção sísmica, secção 6.6 da EN 1998-2, bem como a verificação ao deslizamento e ao
derrubamento para as acções horizontais do vento e do sismo.

Considera-se igualmente que em termos de concepção estrutural são possíveis alternativas em relação
à solução estudada, nomeadamente soluções em:

 Betão armado e pré-esforçado, passando esta solução pela remoção de todos os apoios ao
longo vão total do tabuleiro. O modelo a utilizar seria o de viga simplesmente apoiada nos
encontros, sendo as acções a considerar em quase tudo idênticas às definidas no Capítulo 4,
do presente trabalho. Os principais critérios de dimensionamento deverão ser a
estanqueidade (controlo da abertura de fendas) e a garantia da pendente necessária do canal,
para todas as situações de serviço;

 Elementos pré-fabricadas, utilizando vigas de betão armado (pré-esforçado ou não), de secção


em forma de “U”, sendo possivelmente esta uma solução mais simples em termos de cálculo,
mas que pode associar outro tipo de custos em termos de materiais, de transporte e de
montagem.

A este respeito considera-se por fim que o processo construtivo tradicional da estrutura deve ser
estudado com maior detalhe, devendo ser calculados os cimbres e as respectivas fundações, uma vez
que estas poderão ter alguma influência no custo global da obra.

78
Referências Bibliográficas

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Instituto Português da Qualidade.

79
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RSA, 1983, Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes, Decreto Lei
nº 235/83 de 31 de Maio.

80
ANEXO I – Informação Modal dos modelos de análise da acção sísmica

I
I.1 — Modelo de Nós Rígidos

Modo de Período Frequência UX UY UZ RX RY RZ


Vibração (seg) (Hz) % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ%
1 0.96 1.05 95.66% 95.66% 0.92% 0.92% 0.00% 0.00% 0.93% 0.93% 21.57% 21.57% 0.72% 0.72%
2 0.64 1.57 0.92% 96.58% 94.56% 95.48% 0.00% 0.00% 96.44% 97.37% 0.19% 21.76% 71.78% 72.50%
3 0.46 2.16 0.02% 96.60% 0.02% 95.49% 0.00% 0.00% 0.05% 97.42% 0.00% 21.76% 23.41% 95.91%
4 0.16 6.20 0.00% 96.60% 0.11% 95.60% 0.00% 0.00% 0.04% 97.46% 0.00% 21.76% 0.07% 95.98%
5 0.12 8.43 0.00% 96.60% 0.00% 95.60% 12.53% 12.53% 0.04% 97.50% 0.07% 21.83% 0.00% 95.98%
6 0.12 8.61 0.00% 96.60% 0.00% 95.60% 10.01% 22.54% 0.79% 98.29% 23.70% 45.53% 0.00% 95.98%
7 0.10 10.32 0.21% 96.81% 0.00% 95.61% 0.01% 22.56% 0.00% 98.29% 0.03% 45.56% 0.00% 95.98%
8 0.09 10.69 0.00% 96.81% 0.00% 95.61% 0.04% 22.60% 0.00% 98.29% 0.02% 45.58% 0.24% 96.22%
9 0.09 11.52 0.65% 97.46% 0.03% 95.63% 0.05% 22.65% 0.01% 98.30% 0.22% 45.80% 0.02% 96.24%
10 0.08 12.81 0.00% 97.46% 0.00% 95.63% 0.00% 22.65% 0.00% 98.30% 0.01% 45.81% 0.00% 96.24%
11 0.07 14.64 0.03% 97.49% 0.01% 95.64% 0.36% 23.01% 0.41% 98.71% 8.26% 54.07% 0.01% 96.25%
12 0.07 15.03 0.04% 97.53% 0.04% 95.68% 59.46% 82.47% 0.00% 98.71% 37.29% 91.36% 0.04% 96.30%

I.2 — Modelo de Nós Flexíveis

Modo de Período Frequência UX UY UZ RX RY RZ


Vibração (seg) (Hz) % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ%
1 1.07 0.94 96.12% 96.12% 0.47% 0.47% 0.00% 0.00% 0.47% 0.47% 21.68% 21.68% 0.35% 0.35%
2 0.88 1.14 0.46% 96.57% 95.25% 95.72% 0.00% 0.00% 96.98% 97.45% 0.10% 21.78% 67.55% 67.90%
3 0.48 2.07 0.02% 96.59% 0.18% 95.89% 0.00% 0.00% 0.11% 97.56% 0.00% 21.78% 28.22% 96.11%
4 0.16 6.10 0.00% 96.59% 0.02% 95.91% 0.00% 0.00% 0.00% 97.56% 0.00% 21.78% 0.01% 96.12%
5 0.12 8.22 0.00% 96.59% 0.00% 95.91% 13.12% 13.12% 0.03% 97.59% 0.09% 21.87% 0.00% 96.12%
6 0.12 8.50 0.00% 96.59% 0.00% 95.91% 8.31% 21.43% 0.78% 98.38% 21.79% 43.66% 0.00% 96.12%
7 0.11 9.10 0.60% 97.19% 0.04% 95.95% 0.00% 21.44% 0.00% 98.38% 0.08% 43.75% 0.03% 96.15%
8 0.11 9.13 0.04% 97.23% 0.64% 96.59% 0.01% 21.45% 0.01% 98.39% 0.05% 43.79% 0.57% 96.72%
9 0.10 9.94 0.20% 97.43% 0.00% 96.59% 0.02% 21.47% 0.00% 98.39% 0.02% 43.81% 0.00% 96.72%
10 0.09 10.70 0.00% 97.43% 0.04% 96.63% 0.05% 21.52% 0.00% 98.39% 0.02% 43.83% 0.49% 97.21%
11 0.08 12.73 0.00% 97.44% 0.00% 96.63% 0.04% 21.56% 0.00% 98.39% 0.05% 43.89% 0.00% 97.21%
12 0.08 12.82 0.06% 97.49% 0.00% 96.63% 0.75% 22.31% 0.04% 98.43% 1.66% 45.54% 0.01% 97.22%

II
I.3 — Modelo de Massa de Água Oscilante

Modo de Período Frequência UX UY UZ RX RY RZ


Vibração (seg) (Hz) % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ%
1 2.58 0.39 0.26% 0.26% 0.35% 0.35% 0.00% 0.00% 0.40% 0.40% 0.06% 0.06% 0.00% 0.00%
2 2.58 0.39 0.48% 0.73% 0.21% 0.56% 0.00% 0.00% 0.23% 0.63% 0.12% 0.18% 0.00% 0.00%
3 2.29 0.44 17.74% 18.47% 0.17% 0.73% 0.00% 0.00% 0.19% 0.82% 4.35% 4.53% 0.17% 0.17%
4 2.27 0.44 0.13% 18.60% 13.73% 14.45% 0.00% 0.00% 15.18% 16.00% 0.03% 4.57% 10.39% 10.56%
5 2.27 0.44 0.00% 18.60% 0.00% 14.46% 0.00% 0.00% 0.00% 16.00% 0.00% 4.57% 1.42% 11.98%
77 2.17 0.46 0.04% 19.00% 0.26% 15.21% 0.00% 0.00% 0.30% 16.84% 0.01% 4.66% 0.01% 12.59%
78 2.17 0.46 0.25% 19.25% 0.04% 15.25% 0.00% 0.00% 0.04% 16.89% 0.06% 4.73% 0.00% 12.59%
79 2.11 0.47 0.52% 19.78% 0.10% 15.35% 0.00% 0.00% 0.11% 17.00% 0.13% 4.86% 0.00% 12.59%
80 2.11 0.47 0.12% 19.90% 0.33% 15.67% 0.00% 0.00% 0.37% 17.37% 0.03% 4.89% 0.00% 12.59%
81 2.09 0.48 4.27% 24.17% 0.03% 15.70% 0.00% 0.00% 0.03% 17.40% 1.04% 5.93% 0.00% 12.59%
82 2.09 0.48 0.02% 24.18% 3.43% 19.12% 0.00% 0.00% 3.72% 21.12% 0.00% 5.93% 7.04% 19.63%
112 2.08 0.48 0.00% 24.20% 0.00% 20.29% 0.00% 0.00% 0.00% 22.45% 0.00% 5.93% 0.00% 19.73%
113 1.47 0.68 0.28% 24.48% 0.00% 20.29% 0.00% 0.00% 0.00% 22.45% 0.07% 6.00% 0.02% 19.75%
114 1.47 0.68 0.01% 24.49% 0.19% 20.48% 0.00% 0.00% 0.21% 22.66% 0.00% 6.00% 0.54% 20.29%
115 0.85 1.17 71.48% 95.97% 0.67% 21.16% 0.00% 0.00% 0.66% 23.32% 15.77% 21.77% 0.54% 20.83%
116 0.57 1.75 0.72% 96.69% 74.46% 95.62% 0.00% 0.00% 74.08% 97.40% 0.14% 21.92% 57.16% 78.00%
117 0.42 2.39 0.02% 96.70% 0.03% 95.65% 0.00% 0.00% 0.07% 97.47% 0.00% 21.92% 18.11% 96.11%
118 0.14 7.00 0.00% 96.70% 0.12% 95.78% 0.00% 0.00% 0.04% 97.51% 0.00% 21.92% 0.08% 96.19%
119 0.12 8.13 0.00% 96.71% 0.00% 95.78% 12.37% 12.37% 0.04% 97.55% 0.03% 21.95% 0.00% 96.19%
120 0.12 8.48 0.00% 96.71% 0.00% 95.78% 10.48% 22.85% 0.79% 98.34% 23.86% 45.81% 0.00% 96.19%

III
I.4 — Modelo de Nós Rígidos Fendilhado

Modo de Período Frequência UX UY UZ RX RY RZ


Vibração (seg) (Hz) % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ% % Σ%
1 1.11 0.90 96.09% 96.09% 0.59% 0.59% 0.00% 0.00% 0.59% 0.59% 21.63% 21.63% 0.46% 0.46%
2 0.79 1.26 0.58% 96.67% 95.09% 95.68% 0.00% 0.00% 96.99% 97.58% 0.11% 21.74% 68.71% 69.17%
3 0.48 2.09 0.03% 96.70% 0.07% 95.75% 0.00% 0.00% 0.03% 97.62% 0.00% 21.74% 26.86% 96.02%
4 0.16 6.12 0.00% 96.70% 0.02% 95.77% 0.00% 0.00% 0.00% 97.62% 0.01% 21.75% 0.01% 96.04%
5 0.12 8.03 0.00% 96.70% 0.00% 95.77% 14.03% 14.03% 0.02% 97.64% 0.23% 21.97% 0.00% 96.04%
6 0.12 8.22 0.64% 97.34% 0.02% 95.80% 0.08% 14.11% 0.00% 97.64% 0.00% 21.98% 0.02% 96.06%
7 0.12 8.29 0.00% 97.34% 0.00% 95.80% 7.09% 21.20% 0.85% 98.49% 22.14% 44.11% 0.00% 96.06%
8 0.11 9.37 0.21% 97.55% 0.00% 95.80% 0.04% 21.24% 0.00% 98.49% 0.02% 44.14% 0.00% 96.06%
9 0.09 10.59 0.00% 97.55% 0.08% 95.88% 0.15% 21.39% 0.00% 98.49% 0.07% 44.20% 0.04% 96.10%
10 0.09 11.16 0.03% 97.57% 0.74% 96.62% 0.71% 22.10% 0.00% 98.49% 0.51% 44.72% 1.14% 97.24%
11 0.09 11.54 0.38% 97.96% 0.00% 96.62% 6.70% 28.80% 0.03% 98.52% 7.67% 52.39% 0.00% 97.24%
12 0.08 11.86 0.05% 98.01% 0.00% 96.63% 64.14% 92.94% 0.00% 98.52% 42.51% 94.90% 0.01% 97.25%

IV
ANEXO II – Dimensionamento dos Pilares pelo MNR

V
II.1 — Pilar P1

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1200.8 -25.8 0.10 -0.240 0.123 306.6 8.4% -14.2 0.48 0.17
-811.0 23.4 0.10 -0.162 0.103 257.9 9.1% 15.6 0.52 0.18
Elemento P1-e0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1093.5 -80.9 P1-e0 0.00333 - 0.00000 0.10 -0.219 0.117 293.7 43.5 2986.6 86.7 29.5% -5.3 0.18 0.06
-918.3 83.9 P1-e0 0.00333 - 0.00000 0.10 -0.184 0.109 271.9 37.7 2397.0 88.9 32.7% 5.9 0.20 0.07
Elemento P1-e0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 6.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1084.8 -80.2 0.10 -0.217 0.117 292.7 27.4% -52.1 1.75 0.61
-863.7 76.8 0.10 -0.173 0.106 264.8 29.0% 47.4 1.59 0.55
Elemento P1-e1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1029.9 -55.2 P1-e1 0.01305 P1-e0 0.00333 0.10 -0.206 0.114 286.1 41.1 2748.7 71.2 24.9% -13.3 0.45 0.16
-918.6 55.7 P1-e1 0.01305 P1-e0 0.00333 0.10 -0.184 0.109 271.9 37.7 2397.7 70.2 25.8% 14.2 0.47 0.17
Elemento P1-e1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 6.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3


𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1011.2 -15.1 P1-e1 0.01305 P1-e0 0.00333 0.10 -0.202 0.114 283.8 40.4 2680.3 30.9 10.9% -12.5 0.42 0.15
-899.9 13.1 P1-e1 0.01305 P1-e0 0.00333 0.10 -0.180 0.108 269.5 37.2 2343.6 27.3 10.1% 13.4 0.45 0.16
Elemento P1-e1-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 6.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

VI
𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1513.0 -77.0 0.10 -0.303 0.135 338.1 22.8% -77.3 2.59 0.90
-1118.9 62.5 0.10 -0.224 0.119 296.8 21.1% 76.9 2.58 0.90
Elemento P1-d0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1379.8 -197.2 P1-d0 0.00200 - 0.00000 0.10 -0.276 0.130 325.5 55.3 2774.7 202.7 62.3% -39.9 1.34 0.47
-1252.1 202.4 P1-d0 0.00200 - 0.00000 0.10 -0.250 0.125 312.7 49.5 2388.5 207.7 66.4% 41.4 1.39 0.48
Elemento P1-d0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 8 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1379.2 -70.0 0.10 -0.276 0.130 325.4 21.5% -39.2 1.31 0.46
-1172.4 64.8 0.10 -0.234 0.121 303.2 21.4% 44.9 1.51 0.52
Elemento P1-d1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1321.1 -102.3 P1-d1 0.01294 P1-d0 0.00200 0.10 -0.264 0.128 319.6 52.6 2594.3 131.7 41.2% -31.3 1.05 0.37
-1249.3 103.9 P1-d1 0.01294 P1-d0 0.00200 0.10 -0.250 0.125 312.4 49.4 2380.5 132.7 42.5% 32.5 1.09 0.38
Elemento P1-d1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 8 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3


𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1297.4 -18.2 P1-d1 0.01294 P1-d0 0.00200 0.10 -0.259 0.127 317.2 51.6 2523.1 47.4 14.9% -31.3 1.05 0.36
-1225.6 15.3 P1-d1 0.01294 P1-d0 0.00200 0.10 -0.245 0.124 309.6 48.5 2316.3 43.8 14.1% 32.5 1.09 0.38
Elemento P1-d1-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 8 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

VII
𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-31.9 -97.8 0.10 -0.006 0.045 113.1 86.4% -86.5 2.90 1.01
38.0 87.4 0.10 0.008 0.039 98.1 89.1% 94.9 3.18 1.11
Elemento P1-m0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-6.3 -68.6 0.10 -0.001 0.043 107.6 63.7% -71.0 2.38 0.83
1.1 71.0 0.10 0.000 0.042 106.0 67.0% 73.9 2.48 0.86
Elemento P1-m1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

II.2 — Pilar P2

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1887.5 -67.7 0.10 -0.252 0.125 470.0 14.4% -26.1 0.87 0.20
17.2 74.0 0.10 0.002 0.042 155.7 47.5% 60.2 2.02 0.47
Elemento P2-e0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1236.3 -233.2 P2-e0 0.00555 - 0.00000 0.10 -0.165 0.104 584.2 55.1 1621.0 262.1 44.9% -26.8 0.57 0.13
-633.9 234.8 P2-e0 0.00555 - 0.00000 0.10 -0.085 0.079 441.6 55.2 1226.6 242.0 54.8% 48.3 1.03 0.24
Elemento P2-e0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / l0 = 14 m / Flexão segundo z (2) e Esforço Transverso segundo y (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝑃 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1543.2 -274.1 0.26 -0.206 0.179 672.1 40.8% -164.6 -1543.2 5.52 1.28
-233.3 297.7 0.26 -0.031 0.116 436.7 68.2% 177.2 -233.3 5.94 1.38
Elemento P2-e1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

VIII
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1095.8 -73.5 P2-e1 0.01441 P2-e0 0.00555 0.10 -0.146 0.099 555.9 52.1 1457.2 112.7 20.3% -47.9 1.02 0.24
-680.8 73.3 P2-e1 0.01441 P2-e0 0.00555 0.10 -0.091 0.081 456.3 54.7 1257.9 86.4 18.9% 48.3 1.03 0.24
Elemento P2-e1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 14 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3)

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1127.1 -234.0 0.13 -0.150 0.111 418.0 56.0% -125.0 4.19 0.97
-516.9 213.4 0.13 -0.069 0.083 309.9 68.9% 137.7 4.62 1.07
Elemento P2-e2 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-919.6 -308.3 P2-e2 0.01926 P2-e1 0.01441 0.10 -0.123 0.092 516.3 53.1 1380.6 321.7 62.3% -47.2 1.01 0.23
-724.4 305.3 P2-e2 0.01926 P2-e1 0.01441 0.10 -0.097 0.084 470.1 54.3 1286.4 313.4 66.7% 47.7 1.02 0.24
Elemento P2-e2 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 14 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3)

𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3


𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-912.3 -343.4 P2-e2 0.01926 P2-e1 0.01441 0.12 -0.122 0.099 555.5 53.0 1481.5 354.9 63.9% -45.8 0.98 0.23
-717.2 340.0 P2-e2 0.01926 P2-e1 0.01441 0.12 -0.096 0.090 507.3 54.2 1384.5 347.2 68.4% 46.3 0.99 0.23
Elemento P2-e2-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 14 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-2184.2 -282.8 0.25 -0.291 0.193 725.3 39.0% -247.6 8.30 1.93
-294.1 296.3 0.25 -0.039 0.116 433.8 68.3% 276.4 9.26 2.15
Elemento P2-d0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

IX
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1537.6 -544.3 P2-d0 0.00286 - 0.00000 0.23 -0.205 0.168 942.3 64.2 3821.9 551.7 58.5% -114.4 2.44 0.57
-940.8 543.2 P2-d0 0.00286 - 0.00000 0.23 -0.125 0.141 791.4 52.0 2597.5 547.4 69.2% 114.2 2.44 0.57
Elemento P2-d0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 12.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1793.4 -199.4 0.10 -0.239 0.122 459.0 43.4% -108.5 3.64 0.84
-525.4 188.8 0.10 -0.070 0.072 271.6 69.5% 129.4 4.34 1.01
Elemento P2-d1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1378.4 -214.7 P2-d1 0.01297 P2-d0 0.00286 0.10 -0.184 0.109 611.9 59.2 2288.6 249.7 40.8% -91.6 1.96 0.45
-968.5 213.6 P2-d1 0.01297 P2-d0 0.00286 0.10 -0.129 0.094 527.3 52.8 1759.0 235.3 44.6% 91.4 1.95 0.45
Elemento P2-d1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 12.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1364.7 -263.0 0.11 -0.182 0.112 421.4 62.4% -142.7 4.78 1.11
-767.9 233.2 0.11 -0.102 0.089 334.6 69.7% 163.4 5.48 1.27
Elemento P2-d2 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1162.0 -428.1 P2-d2 0.01919 P2-d1 0.01297 0.15 -0.155 0.120 677.7 52.6 2251.9 443.1 65.4% -85.2 1.82 0.42
-970.6 427.7 P2-d2 0.01919 P2-d1 0.01297 0.15 -0.129 0.112 631.2 52.4 2087.5 439.0 69.6% 85.0 1.82 0.42
Elemento P2-d2 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 12.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

X
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1154.8 -490.5 P2-d2 0.01919 P2-d1 0.01297 0.20 -0.154 0.139 783.9 52.0 2576.4 503.5 64.2% -82.1 1.75 0.41
-963.5 490.2 P2-d2 0.01919 P2-d1 0.01297 0.20 -0.128 0.130 732.6 52.0 2404.5 500.2 68.3% 81.9 1.75 0.41
Elemento P2-d1-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 14 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-146.8 -363.2 0.16 -0.020 0.073 411.0 88.4% -285.2 6.09 2.12
138.8 314.4 0.16 0.019 0.057 322.7 97.4% 327.7 7.00 2.44
Elemento P2-m0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-36.7 -359.1 0.18 -0.005 0.074 419.0 85.7% -338.5 7.23 2.52
36.7 381.2 0.18 0.005 0.071 396.7 96.1% 379.5 8.11 2.82
Elemento P2-m1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

II.3 — Pilar P3

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1987.8 -167.9 0.15 -0.265 0.148 555.0 30.2% -211.9 7.10 1.65
-230.1 192.6 0.15 -0.031 0.074 277.4 69.4% 188.6 6.32 1.47
Elemento P3-e0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1416.7 -406.5 P3-e0 0.00055 - 0.00000 0.15 -0.189 0.131 735.0 60.2 1941.9 409.4 55.7% -71.2 1.52 0.35
-801.2 404.3 P3-e0 0.00055 - 0.00000 0.15 -0.107 0.105 589.2 53.3 1377.9 405.3 68.8% 70.7 1.51 0.35
Elemento P3-e0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 15 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

XI
𝑃 𝑀3 𝜈 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1774.4 -164.1 0.10 -0.237 0.122 456.7 35.9% -103.1 3.46 0.80
-303.1 145.3 0.10 -0.040 0.060 224.5 64.7% 83.5 2.80 0.65
Elemento P3-e1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1306.9 -258.9 P3-e1 0.00645 P3-e0 0.00055 0.10 -0.174 0.106 598.0 57.1 1498.8 319.1 53.4% -52.2 1.12 0.26
-798.7 257.9 P3-e1 0.00645 P3-e0 0.00055 0.10 -0.106 0.087 489.1 53.8 1154.8 273.2 55.9% 51.9 1.11 0.26
Elemento P3-e1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 15 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1442.9 -176.5 0.10 -0.192 0.111 416.3 42.4% -113.3 3.80 0.88
-477.2 163.5 0.10 -0.064 0.070 261.5 62.5% 91.7 3.07 0.71
Elemento P3-e2 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1114.0 -91.9 P3-e2 0.01496 P3-e1 0.00645 0.10 -0.149 0.100 560.0 51.9 1276.1 166.6 29.7% -43.8 0.94 0.22
-778.0 93.4 P3-e2 0.01496 P3-e1 0.00645 0.10 -0.104 0.086 484.4 54.0 1146.4 114.0 23.5% 43.6 0.93 0.22
Elemento P3-e2 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 15 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1094.9 -145.2 0.10 -0.146 0.099 370.5 39.2% -105.7 3.54 0.82
-641.4 175.5 0.10 -0.086 0.079 295.9 59.3% 86.8 2.91 0.67
Elemento P3-e3 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

XII
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-954.2 -282.3 P3-e3 0.01930 P3-e2 0.01496 0.10 -0.127 0.093 524.1 52.9 1216.0 301.5 57.5% -45.6 0.97 0.23
-782.2 285.0 P3-e3 0.01930 P3-e2 0.01496 0.10 -0.104 0.086 485.4 53.9 1148.1 295.6 60.9% 45.4 0.97 0.23
Elemento P3-e3 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 15 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3


𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-946.9 -314.7 P3-e3 0.01930 P3-e2 0.01496 0.10 -0.126 0.093 522.4 52.9 1213.2 333.4 63.8% -44.3 0.95 0.22
-774.9 317.5 P3-e3 0.01930 P3-e2 0.01496 0.10 -0.103 0.086 483.7 54.0 1145.2 327.9 67.8% 44.1 0.94 0.22
Elemento P3-e3-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 15 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1881.6 -21.1 0.10 -0.251 0.125 469.4 4.5% -7.3 0.25 0.06
-142.3 18.1 0.10 -0.019 0.051 190.0 9.5% -0.7 0.02 0.01
Elemento P3-d0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1308.9 -158.1 P3-d0 0.00197 - 0.00000 0.14 -0.175 0.122 688.3 57.0 1340.8 266.6 38.7% -7.6 0.16 0.04
-738.4 155.8 P3-d0 0.00197 - 0.00000 0.14 -0.098 0.098 553.3 53.8 1016.6 161.1 29.1% 7.3 0.16 0.04
Elemento P3-d0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 17 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1691.1 -196.0 0.13 -0.225 0.131 492.8 39.8% -115.7 3.88 0.90
-290.1 177.1 0.13 -0.039 0.070 262.6 67.4% 103.9 3.48 0.81
Elemento P3-d1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

XIII
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1222.2 -135.6 P3-d1 0.00828 P3-d0 0.00197 0.15 -0.163 0.123 691.3 54.4 1284.4 295.0 42.7% -25.8 0.55 0.13
-759.0 134.3 P3-d1 0.00828 P3-d0 0.00197 0.15 -0.101 0.103 578.8 53.5 1058.4 151.3 26.1% 25.3 0.54 0.13
Elemento P3-d1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 17 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1399.2 -155.8 0.10 -0.187 0.110 410.7 37.9% -101.9 3.42 0.79
-476.2 149.9 0.10 -0.063 0.070 261.2 57.4% 92.2 3.09 0.72
Elemento P3-d2 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1069.4 -84.2 P3-d2 0.01568 P3-d1 0.00828 0.14 -0.143 0.113 634.5 51.9 1124.3 246.0 38.8% -31.3 0.67 0.16
-777.9 86.2 P3-d2 0.01568 P3-d1 0.00828 0.14 -0.104 0.100 563.7 53.5 1030.7 109.7 19.5% 30.8 0.66 0.15
Elemento P3-d2 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 17 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1089.0 -151.4 0.10 -0.145 0.099 369.6 41.0% -104.7 3.51 0.81
-678.8 174.3 0.10 -0.091 0.081 303.8 57.4% 92.3 3.09 0.72
Elemento P3-d3 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-948.8 -216.4 P3-d3 0.01927 P3-d2 0.01568 0.11 -0.127 0.097 543.4 52.8 980.7 321.3 59.1% -26.6 0.57 0.13
-819.0 220.7 P3-d3 0.01927 P3-d2 0.01568 0.11 -0.109 0.091 513.7 53.6 940.4 243.5 47.4% 26.0 0.56 0.13
Elemento P3-d3 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 17 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

XIV
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-941.6 -235.9 P3-d3 0.01927 P3-d2 0.01568 0.11 -0.126 0.096 541.8 52.9 978.5 325.6 60.1% -27.0 0.58 0.13
-812.0 240.6 P3-d3 0.01927 P3-d2 0.01568 0.11 -0.108 0.091 512.0 53.6 938.1 262.3 51.2% 26.4 0.56 0.13
Elemento P3-d3-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 17 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-108.7 -195.2 0.10 -0.014 0.049 274.1 71.2% -187.7 4.01 1.40
105.0 161.5 0.10 0.014 0.036 205.2 78.7% 145.7 4.01 1.40
Elemento P3-m0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-9.2 -270.1 0.12 -0.001 0.051 284.2 95.0% -282.1 6.03 2.10
11.3 275.5 0.12 0.002 0.049 277.7 99.2% 242.0 5.17 1.80
Elemento P3-m1 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-6.3 -263.9 0.12 -0.001 0.050 283.2 93.2% -270.6 5.78 2.01
3.6 258.6 0.12 0.000 0.050 280.1 92.3% 232.1 4.96 1.73
Elemento P3-m2 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

XV
II.4 — Pilar P4

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1259.8 -21.2 0.10 -0.252 0.125 313.5 6.7% -107.1 3.59 1.25
-1121.3 170.8 0.10 -0.224 0.119 297.1 57.5% 117.4 3.94 1.37
Elemento P4-e0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1226.3 -246.6 P4-e0 0.00039 - 0.00000 0.15 -0.245 0.144 359.9 48.5 76636.1 247.1 68.7% -172.8 5.79 2.02
-1154.9 243.1 P4-e0 0.00039 - 0.00000 0.15 -0.231 0.141 352.0 45.8 70795.0 243.5 69.2% 168.6 5.65 1.97
Elemento P4-e0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 1.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3


𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1221.6 -160.2 P4-e0 0.00039 - 0.00000 0.10 -0.244 0.124 309.1 48.4 65578.4 160.7 52.0% -172.7 5.79 2.01
-1150.2 158.8 P4-e0 0.00039 - 0.00000 0.10 -0.230 0.120 300.5 45.7 60201.7 159.2 53.0% 168.5 5.65 1.97
Elemento P4-e0-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 1.5 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅 2
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1245.1 -20.0 0.10 -0.249 0.125 311.9 6.4% -9.1 0.30 0.11
-1029.4 34.5 0.10 -0.206 0.114 286.0 12.1% -4.4 0.15 0.05
Elemento P4-d0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1147.2 -19.7 P4-d0 0.00099 - 0.00000 0.10 -0.229 0.120 300.2 45.6 2754.3 21.6 7.2% -4.4 0.15 0.05
-1089.9 21.0 P4-d0 0.00099 - 0.00000 0.10 -0.218 0.117 293.3 43.4 2563.5 22.9 7.8% 3.9 0.13 0.05
Elemento P4-d0 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 7.0 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

XVI
𝑃 𝑀2 Nó 𝑤𝑠𝑢𝑝 Nó 𝑤𝑖𝑛𝑓 𝑀𝑅 𝑃𝑐𝑟.𝑧 𝑀𝑑 𝑉3 𝐴𝑠𝑤.3 ⁄𝑠 𝜎𝑐.3
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑅𝑧 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) superior (𝑚𝑚) inferior (𝑚𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-1142.3 -22.6 P4-d0 0.00099 - 0.00000 0.10 -0.228 0.120 299.6 45.4 2737.6 24.6 8.2% -4.4 0.15 0.05
-1085.0 24.4 P4-d0 0.00099 - 0.00000 0.10 -0.217 0.117 292.7 43.2 2547.4 26.2 9.0% 3.9 0.13 0.05
Elemento P4-d0-1 / Acção sísmica Longitudinal / Sismo Tipo 1 / 𝑙0 = 7.0 𝑚 / Flexão segundo 𝑧 (2) e Esforço Transverso segundo 𝑦 (3).

𝑃 𝑀3 𝑀𝑅 𝑉2 𝐴𝑠𝑤.2 ⁄𝑠 𝜎𝑐.2
𝜔𝑡𝑜𝑡 𝜈 𝜇𝑅 𝑀𝑑 ⁄𝑀𝑅
(𝑘𝑁) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁𝑚) (𝑘𝑁) (𝑐𝑚2 ⁄𝑚) (𝑀𝑃𝑎)
-49.3 -77.3 0.10 -0.010 0.047 116.8 66.1% -60.6 2.03 0.71
60.9 31.4 0.10 0.012 0.037 93.2 33.7% 5.0 0.17 0.06
Elemento P4-m0 / Acção sísmica Transversal / Sismo Tipo 1 / Flexão segundo 𝑦 (3) e Esforço Transverso segundo 𝑧 (2).

XVII
XVIII
ANEXO III – Dedução das expressões de Dimensionamento das Fundações

XIX
III.1 — Caso 4)

𝑵=𝑹 𝟐∙𝑵
𝑨 𝝈𝒔 ∙ 𝒙 ∙ 𝑩 𝒙 𝝈𝒔 =
𝑵 ∙ ( − 𝒆) = ∙ 𝒙∙𝑩
𝟐 𝟐 𝟑 ⟷ 𝑨 𝟐 ∙ 𝑵 𝑩 ∙ 𝒙𝟐 ⟷
𝝈𝒔 ∙ 𝒙 ∙ 𝑩 𝑵 ∙ ( − 𝒆) = ∙
𝑹= 𝟐 𝒙∙𝑩 𝟑
{ 𝟐 { −
𝟐 𝑵 𝟐 𝑵
𝝈𝒔 = ∙ 𝝈𝒔 = ∙
𝟑 𝑩 ∙ (𝑨 − 𝒆) 𝟑 𝑩 ∙ (𝑨 − 𝒆)
⟷ 𝟐 ⟷ 𝟐
𝟑 𝑨 𝟑∙𝑨
𝒙 = ∙ 𝑵 ∙ ( − 𝒆) 𝒙= −𝟑∙𝒆
{ 𝑵 𝟐 { 𝟐
− −

III.2 — Caso 5)

𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨
𝑵 + 𝑭𝒔 = ∙ ( + 𝒂𝟐 )
𝟐 𝟐
𝟐
𝑨 𝑨 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨
𝑵 ∙ + 𝑭𝒔 ∙ ( + 𝒂𝟐 ) = 𝑴 + ∙ ( + 𝒂𝟐 ) ⟷
𝟐 𝟐 𝟔 𝟐
𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨
{ 𝑹= ∙ ( + 𝒂𝟐 )
𝟐 𝟐

𝑴 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑵 ∙ 𝑨⁄𝟐
𝑭𝒔 = + ∙ (+𝒂𝟐 ) −
𝑨 𝟐 (𝑨⁄𝟐 + 𝒂𝟐 )
( + 𝒂𝟐 )
𝟐

𝑴 − 𝑵 ∙ 𝑨⁄𝟐 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨
𝑵+ + ∙ ( + 𝒂𝟐 ) = ∙ ( + 𝒂𝟐 )
𝑨
( ⁄𝟐 + 𝒂𝟐 ) 𝟔 𝟐 𝟔 𝟐
{ −
− −
𝑵 ∙ 𝑨⁄𝟐 + 𝑵 ∙ 𝒂𝟐 + 𝑴 − 𝑵 ∙ 𝑨⁄𝟐 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝑨 𝟑 𝑴 + 𝑵 ∙ 𝒂𝟐
↔{ = ∙ ( + 𝒂𝟐 ) ↔ {𝝈𝒔 = 𝑩 ∙ 𝑨 𝟐
(𝑨⁄𝟐 + 𝒂𝟐 ) 𝟑 𝟐 ( ⁄𝟐 + 𝒂𝟐 )
− −
𝟏 𝑴 + 𝑵 ∙ 𝒂𝟐 𝑨 𝟑 ∙ 𝑴 + 𝑵 ∙ 𝒂𝟐 − 𝑵 ∙ 𝑨
𝑭𝒔 = ∙ (𝑴 + −𝑵∙ ) 𝑭𝒔 =
𝑨 𝟐 𝟐 (𝑨 + 𝟐 ∙ 𝒂𝟐 )
↔ ( + 𝒂𝟐 ) ↔{
𝟐 −

{ − −

III.3 — Caso 6)

𝑵 + 𝑭𝒑 = 𝑹 𝟐 ∙ (𝑵 + 𝑭𝒑 )
𝒙=
𝑨 𝑨 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝟐 𝝈𝒔 ∙ 𝑩
𝑵 ∙ + 𝑭𝒑 ∙ ( + 𝒂𝟐 ) = 𝑴 + ∙𝒙 ↔ 𝟐 ↔
𝟐 𝟐 𝟔 𝑨 𝝈𝒔 ∙ 𝑩 𝟒 ∙ (𝑵 + 𝑭𝒑 )
𝝈𝒔 ∙ 𝒙 ∙ 𝑩 (𝑵 + 𝑭𝒑 ) ∙ + 𝑭𝒑 ∙ 𝒂𝟐 − 𝑴 = ∙
{ 𝑹= 𝟐 𝟔 𝝈𝒔 𝟐 ∙ 𝑩𝟐
𝟐 { −

XX
− −
𝟐 𝟒 ∙ (𝑵 + 𝑭𝒑 )
𝟒 (𝑵 + 𝑭𝒑 )
𝝈𝒔 = ∙ ↔ 𝝈𝒔 = 𝑭 ∙ 𝒂 𝟐−𝑴 𝑨

𝟔 ∙ 𝑩 (𝑵 + 𝑭 ) ∙ 𝑨 + 𝑭 ∙ 𝒂 − 𝑴 𝟔 ∙ 𝑩 ∙ (
𝒑
+ )
𝒑 𝟐 𝒑 𝟐 𝑵 + 𝑭𝒑 𝟐
{ − { −

𝟐 ∙ (𝑵 + 𝑭𝒑 )
𝒙=
𝟒 ∙ (𝑵 + 𝑭𝒑 ) 𝟑 𝑭𝒑 ∙ 𝒂𝟐 − 𝑴
𝑩∙( ) ↔ { 𝒙 = ∙𝑨+𝟑∙
𝑭𝒑 ∙ 𝒂𝟐 − 𝑴 𝑨 𝟐 𝑵 + 𝑭𝒑
𝟔∙𝑩∙( + ) —
𝑵 + 𝑭𝒑 𝟐

{ −

XXI
ANEXO IV – Resultados do Dimensionamento das Fundações

XXIII
IV.1 — Sapata lado direito de P1

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 62,08 42,06 1411,75 41,00 298,59 1422,55 61,36 328,64
MNR -63,47 -42,52 1220,12 -26,14 -302,67 1230,92 46,72 333,39
MNR 19,28 115,43 1611,52 113,83 95,53 1622,32 169,70 104,86
MNR -20,67 -115,89 1020,35 -98,97 -99,61 1031,15 155,06 109,61
MNF 46,85 43,87 1377,13 61,82 224,72 1387,93 83,06 247,39
MNF -48,16 -41,58 1213,64 -57,72 -228,17 1224,44 77,85 251,48
MNF 14,79 132,03 1560,93 194,26 68,66 1571,73 258,17 75,82
MNF -16,11 -129,74 1029,84 -190,16 -72,12 1040,64 252,96 79,91
MMAO 52,49 34,99 1452,52 35,57 253,22 1463,32 52,51 278,62
MMAO -54,00 -35,49 1294,19 -20,28 -257,73 1304,99 37,45 283,87
MMAO 16,17 96,09 1617,61 96,22 80,45 1628,41 142,73 88,28
MMAO -17,69 -96,58 1129,10 -80,92 -84,96 1139,90 127,67 93,52
MNR Fend 44,41 44,56 1391,48 41,41 203,37 1402,28 62,97 224,87
MNR Fend -45,37 -41,56 1191,43 -29,71 -204,48 1202,23 49,83 226,44
MNR Fend 14,32 126,39 1602,39 119,64 63,92 1613,19 180,82 70,85
MNR Fend -15,28 -123,39 980,52 -107,94 -65,02 991,32 167,67 72,42
MV RC 0,06 -89,72 1548,29 92,20 -23,68 1559,09 92,20 23,68
MV RV 0,90 -88,59 576,14 86,85 -20,54 586,94 86,85 20,54

e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,22 4 2,10 0,0 1,13 1422,5 7,27 0,00
0,26 6 2,02 0,0 1,02 1230,9 11,31 0,00
0,06 2 1,10 0,0 1,20 804,8 10,71 0,00
0,10 2 0,87 0,0 1,20 552,8 7,35 0,00
0,17 2 1,68 0,0 1,20 864,8 11,51 0,00
0,20 2 1,68 0,0 1,20 812,5 10,81 0,00
0,05 2 0,97 0,0 1,20 757,2 10,07 0,00
0,07 2 0,75 0,0 1,20 527,5 7,02 0,00
0,18 2 1,87 0,0 1,20 937,6 12,47 0,00
0,21 4 1,86 0,0 1,17 1305,0 4,85 0,00
0,05 2 1,04 0,0 1,20 793,0 10,55 0,00
0,08 2 0,85 0,0 1,20 583,7 7,76 0,00
0,15 2 1,55 0,0 1,20 839,4 11,17 0,00
0,18 2 1,52 0,0 1,20 765,9 10,19 0,00
0,04 2 0,97 0,0 1,20 771,3 10,26 0,00
0,07 2 0,70 0,0 1,20 499,0 6,64 0,00
0,02 2 0,80 0,0 1,20 710,9 9,46 0,00
0,03 2 0,34 0,0 1,20 277,0 3,69 0,00

As,máx 12,47 0,00

XXIV
e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,04 2 0,84 0,0 1,20 506,0 6,73 0,00
0,03 2 0,70 0,0 1,20 433,1 5,76 0,00
0,09 2 1,29 0,0 1,20 638,1 8,49 0,00
0,13 2 1,00 0,0 1,20 438,5 5,83 0,00
0,05 2 0,90 0,0 1,20 508,4 6,76 0,00
0,06 2 0,81 0,0 1,20 451,3 6,00 0,00
0,15 2 1,69 0,0 1,20 696,7 9,27 0,00
0,22 4 1,52 0,0 1,14 1040,6 5,00 0,00
0,03 2 0,83 0,0 1,20 514,8 6,85 0,00
0,02 2 0,70 0,0 1,20 452,9 6,02 0,00
0,08 2 1,20 0,0 1,20 622,5 8,28 0,00
0,10 2 0,93 0,0 1,20 452,7 6,02 0,00
0,04 2 0,83 0,0 1,20 500,0 6,65 0,00
0,04 2 0,69 0,0 1,20 425,6 5,66 0,00
0,10 2 1,33 0,0 1,20 642,3 8,54 0,00
0,15 2 1,05 0,0 1,20 436,9 5,81 0,00
0,06 2 1,04 0,0 1,20 576,5 7,67 0,00
0,15 2 0,63 0,0 1,20 259,7 3,45 0,00

As,máx 9,27 0,00

IV.2 — Sapata lado esquerdo de P1

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 8,39 8,92 1137,23 13,28 122,48 1148,03 15,96 125,00
MNR -9,11 -7,66 874,58 -10,68 -125,30 885,38 12,98 128,03
MNR 2,44 23,00 1298,26 39,10 39,35 1309,06 46,00 40,09
MNR -3,15 -21,73 713,55 -36,50 -42,18 724,35 43,02 43,12
MNF 11,86 3,18 1099,91 17,15 123,19 1110,71 18,10 126,75
MNF -12,35 -4,39 899,53 -14,25 -125,63 910,33 15,57 129,33
MNF 3,54 11,49 1262,68 51,70 38,63 1273,48 55,14 39,70
MNF -4,03 -12,69 736,76 -48,80 -41,07 747,56 52,61 42,28
MMAO 7,14 7,62 1153,44 11,27 103,81 1164,24 13,56 105,95
MMAO -7,91 -6,21 935,68 -8,70 -106,87 946,48 10,56 109,24
MMAO 2,01 19,35 1286,32 32,76 33,00 1297,12 38,57 33,60
MMAO -2,79 -17,94 802,80 -30,19 -36,06 813,60 35,57 36,90
MNR Fend 7,37 9,17 1109,20 13,26 84,57 1120,00 16,01 86,78
MNR Fend -7,96 -7,40 871,31 -11,66 -85,95 882,11 13,88 88,34
MNR Fend 2,24 24,84 1298,49 40,96 26,55 1309,29 48,41 27,22
MNR Fend -2,83 -23,07 682,02 -39,36 -27,93 692,82 46,28 28,78
MV RC 0,48 -16,50 1577,71 31,00 -10,62 1588,51 31,00 10,62
MV RV 0,80 -17,96 850,73 31,11 -8,99 861,53 31,11 8,99

XXV
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,11 2 1,00 0,0 1,20 623,4 8,29 0,00
0,14 2 0,93 0,0 1,20 518,5 6,90 0,00
0,03 2 0,74 0,0 1,20 613,1 8,16 0,00
0,06 2 0,48 0,0 1,20 357,4 4,75 0,00
0,11 2 1,00 0,0 1,20 609,6 8,11 0,00
0,14 2 0,94 0,0 1,20 530,1 7,05 0,00
0,03 2 0,72 0,0 1,20 597,0 7,94 0,00
0,06 2 0,49 0,0 1,20 366,8 4,88 0,00
0,09 2 0,92 0,0 1,20 610,0 8,11 0,00
0,12 2 0,86 0,0 1,20 520,9 6,93 0,00
0,03 2 0,71 0,0 1,20 602,5 8,02 0,00
0,05 2 0,50 0,0 1,20 391,2 5,20 0,00
0,08 2 0,83 0,0 1,20 571,6 7,60 0,00
0,10 2 0,74 0,0 1,20 470,6 6,26 0,00
0,02 2 0,69 0,0 1,20 602,8 8,02 0,00
0,04 2 0,42 0,0 1,20 330,8 4,40 0,00
0,01 2 0,77 0,0 1,20 714,0 9,50 0,00
0,01 2 0,43 0,0 1,20 389,7 5,18 0,00

As,máx 9,50 0,00

e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,01 2 0,58 0,0 1,20 391,8 5,21 0,00
0,01 2 0,45 0,0 1,20 302,5 4,02 0,00
0,04 2 0,76 0,0 1,20 463,5 6,17 0,00
0,06 2 0,48 0,0 1,20 268,0 3,57 0,00
0,02 2 0,57 0,0 1,20 380,6 5,06 0,00
0,02 2 0,47 0,0 1,20 312,3 4,16 0,00
0,04 2 0,77 0,0 1,20 457,5 6,09 0,00
0,07 2 0,53 0,0 1,20 282,3 3,76 0,00
0,01 2 0,58 0,0 1,20 395,8 5,27 0,00
0,01 2 0,47 0,0 1,20 321,5 4,28 0,00
0,03 2 0,73 0,0 1,20 454,9 6,05 0,00
0,04 2 0,50 0,0 1,20 292,5 3,89 0,00
0,01 2 0,57 0,0 1,20 382,4 5,09 0,00
0,02 2 0,45 0,0 1,20 302,0 4,02 0,00
0,04 2 0,77 0,0 1,20 465,1 6,19 0,00
0,07 2 0,48 0,0 1,20 259,9 3,46 0,00
0,02 2 0,83 0,0 1,20 547,3 7,28 0,00
0,04 2 0,50 0,0 1,20 305,6 4,07 0,00

As,máx 7,28 0,00

XXVI
IV.3 — Sapata lado direito de P2

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 172,15 139,10 1686,77 147,24 813,71 1703,17 195,92 873,96
MNR -169,61 -110,42 791,57 -160,62 -811,50 807,98 199,27 870,86
MNR 64,60 405,97 2656,70 426,46 260,37 2673,11 568,55 282,98
MNR -62,06 -377,29 -178,36 -439,85 -258,17 -161,96 571,90 279,88
MNF 124,85 71,16 1437,39 115,20 605,10 1453,80 140,11 648,80
MNF -123,84 -60,58 1014,01 -121,34 -604,02 1030,41 142,54 647,36
MNF 41,36 219,34 1901,97 362,26 187,04 1918,37 439,03 201,52
MNF -40,34 -208,76 549,43 -368,40 -185,96 565,84 441,47 200,08
MMAO 145,92 118,15 1639,60 120,92 689,75 1656,01 162,28 740,82
MMAO -143,21 -88,86 894,10 -134,74 -687,07 910,50 165,84 737,19
MMAO 54,55 340,17 2447,46 353,29 220,60 2463,86 472,35 239,69
MMAO -51,85 -310,88 86,24 -367,11 -217,92 102,65 475,92 236,06
MNR Fend 102,54 94,59 1551,65 86,76 477,37 1568,05 119,86 513,26
MNR Fend -98,93 -64,43 980,33 -101,27 -471,39 996,73 123,82 506,01
MNR Fend 39,10 271,51 2181,69 276,43 151,28 2198,09 371,45 164,97
MNR Fend -35,49 -241,35 350,29 -290,94 -145,30 366,69 375,42 157,72
MV RC -23,72 -267,53 621,78 307,57 -32,30 638,19 307,57 40,60
MV RV -24,09 -275,89 -208,87 312,36 -31,52 -192,46 312,36 39,95

Fs
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
disponivel
Caso
(m) MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m) (kN)
0,51 5 2,50 403,3 1,35 2106,5 6,32 8,87 456,19
1,08 5 1,79 698,3 1,35 1506,3 4,52 15,35 161,24
0,11 2 1,58 0,0 1,50 1383,3 12,44 0,00 573,03
-1,73 Tracção 0,27 314,2 0,45 152,3 4,72 6,91 545,32
0,45 5 2,00 236,3 1,35 1690,1 5,07 5,20 573,03
0,63 5 1,67 375,8 1,35 1406,2 4,22 8,26 483,72
0,11 2 1,13 0,0 1,50 991,5 8,92 0,00 573,03
0,35 5 0,71 33,7 1,35 599,5 1,80 0,74 573,03
0,45 5 2,28 271,1 1,35 1927,1 5,78 5,96 573,03
0,81 5 1,69 515,6 1,35 1426,1 4,28 11,34 343,94
0,10 2 1,40 0,0 1,50 1258,3 11,32 0,00 573,03
2,30 5 0,39 228,1 1,35 330,7 0,99 5,02 573,03
0,33 5 1,91 47,6 1,35 1615,7 4,84 1,05 573,03
0,51 5 1,45 230,0 1,35 1226,7 3,68 5,06 573,03
0,08 2 1,13 0,0 1,50 1085,6 9,77 0,00 573,03
0,43 5 0,50 53,0 1,35 419,7 1,26 1,17 573,03
0,06 2 0,31 0,0 1,50 309,9 2,79 0,00 573,03
-0,21 Tracção 0,00 129,5 0,45 0,0 0,00 2,85 573,03

As,máx 12,44 15,35

XXVII
e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,12 2 1,15 0,0 1,25 695,8 6,37 0,00
0,25 4 0,95 0,0 1,14 808,0 3,86 0,00
0,21 4 2,88 0,0 1,24 2673,1 6,71 0,00
-3,53 Tracção 0,93 683,0 0,45 521,0 12,15 12,51
0,10 2 0,89 0,0 1,25 572,9 5,25 0,00
0,14 2 0,78 0,0 1,25 441,1 4,04 0,00
0,23 4 2,15 0,0 1,19 1918,4 6,88 0,00
0,78 6 1,05 286,5 0,80 631,8 7,72 0,48
0,10 2 1,03 0,0 1,25 654,6 6,00 0,00
0,18 2 0,86 0,0 1,25 428,3 3,92 0,00
0,19 2 2,43 0,0 1,25 1184,7 10,85 0,00
4,64 6 0,77 286,5 -0,74 -430,5 -20,03 0,48
0,08 2 0,87 0,0 1,25 595,5 5,46 0,00
0,12 2 0,71 0,0 1,25 414,7 3,80 0,00
0,17 2 1,94 0,0 1,25 1004,2 9,20 0,00
1,02 6 0,84 286,5 0,78 486,5 6,20 0,48
0,48 5 1,01 194,6 1,10 832,8 4,62 3,57
-1,62 Tracção 0,41 425,0 0,45 232,6 5,42 7,79

As,máx 12,15 12,51

IV.4 — Sapata lado esquerdo de P2

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 40,29 16,21 1386,95 41,57 349,20 1403,36 47,24 363,30
MNR -40,32 -11,53 483,34 -47,98 -350,23 499,74 52,02 364,34
MNR 13,29 44,75 2363,64 102,85 110,35 2380,05 118,51 115,00
MNR -13,33 -40,07 -493,36 -109,26 -111,38 -476,95 123,29 116,05
MNF 37,45 4,84 1210,05 32,43 325,69 1226,46 34,12 338,80
MNF -37,50 -4,59 780,03 -32,58 -325,99 796,44 34,18 339,11
MNF 11,53 12,84 1692,85 69,40 100,09 1709,26 73,90 104,13
MNF -11,58 -12,59 297,23 -69,55 -100,38 313,63 73,96 104,44
MMAO 34,81 13,92 1327,69 34,14 298,34 1344,09 39,01 310,52
MMAO -34,80 -9,11 575,62 -40,76 -299,17 592,03 43,95 311,35
MMAO 11,45 37,67 2141,66 84,91 94,16 2158,07 98,10 98,17
MMAO -11,45 -32,86 -238,36 -91,54 -94,99 -221,95 103,04 99,00
MNR Fend 24,42 11,19 1240,28 23,17 205,56 1256,69 27,09 214,11
MNR Fend -23,99 -6,29 662,54 -29,89 -204,18 678,95 32,09 212,58
MNR Fend 8,09 30,28 1883,07 66,17 64,42 1899,47 76,77 67,25
MNR Fend -7,67 -25,38 19,76 -72,89 -63,04 36,16 81,77 65,72
MV RC -3,29 -27,87 2321,71 72,83 -11,72 2338,12 72,83 12,87
MV RV -3,22 -30,15 1733,13 76,29 -10,75 1749,54 76,29 11,88

XXVIII
Fs
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
disponivel
Caso
(m) MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m) (kN)
0,26 4 1,52 0,0 1,47 1403,4 0,41 0,00 429,77
0,73 5 0,87 238,2 1,35 738,0 2,21 5,24 406,41
0,05 2 1,08 0,0 1,50 1130,6 10,17 0,00 429,77
-0,24 Tracção 0,00 335,2 0,45 0,0 0,00 7,37 309,47
0,28 4 1,38 0,0 1,42 1226,5 1,35 0,00 429,77
0,43 5 1,08 111,3 1,35 907,7 2,72 2,45 429,77
0,06 2 0,82 0,0 1,50 826,8 7,44 0,00 429,77
0,33 5 0,39 11,5 1,35 325,1 0,97 0,25 429,77
0,23 2 1,33 0,0 1,50 863,3 7,77 0,00 429,77
0,53 5 0,88 148,6 1,35 740,6 2,22 3,27 429,77
0,05 2 0,97 0,0 1,50 1021,1 9,19 0,00 429,77
-0,45 Tracção 0,00 193,5 0,45 0,0 0,00 4,25 429,77
0,17 2 0,97 0,0 1,50 722,7 6,50 0,00 429,77
0,31 5 0,82 9,9 1,35 688,8 2,07 0,22 429,77
0,04 2 0,81 0,0 1,50 886,0 7,97 0,00 429,77
1,82 5 0,12 61,0 1,35 97,1 0,29 1,34 429,77
0,01 2 0,86 0,0 1,50 1046,8 9,42 0,00 429,77
0,01 2 0,64 0,0 1,50 784,7 7,06 0,00 429,77

As,máx 10,17 7,37

e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,03 2 0,61 0,0 1,25 494,4 4,53 0,00
0,10 2 0,32 0,0 1,25 199,9 1,83 0,00
0,05 2 1,14 0,0 1,25 862,0 7,90 0,00
-0,26 Tracção 0,00 368,3 0,45 0,0 0,00 6,75
0,03 2 0,52 0,0 1,25 427,9 3,92 0,00
0,04 2 0,37 0,0 1,25 285,1 2,61 0,00
0,04 2 0,79 0,0 1,25 612,1 5,61 0,00
0,24 4 0,36 0,0 1,17 313,6 1,27 0,00
0,03 2 0,57 0,0 1,25 469,8 4,30 0,00
0,07 2 0,32 0,0 1,25 223,9 2,05 0,00
0,05 2 1,01 0,0 1,25 775,8 7,11 0,00
-0,46 Tracção 0,00 219,4 0,45 0,0 0,00 4,02
0,02 2 0,51 0,0 1,25 433,9 3,98 0,00
0,05 2 0,32 0,0 1,25 244,8 2,24 0,00
0,04 2 0,86 0,0 1,25 676,9 6,20 0,00
2,26 5 0,16 98,8 1,10 134,9 0,75 1,81
0,03 2 1,01 0,0 1,25 820,2 7,52 0,00
0,04 2 0,81 0,0 1,25 626,9 5,74 0,00

As,máx 7,90 6,75

XXIX
IV.5 — Sapata lado direito de P3

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 10,14 -1,97 1451,56 44,28 232,61 1467,96 44,28 236,16
MNR -11,33 -6,00 595,82 -39,04 -231,27 612,22 41,14 235,23
MNR 2,90 0,97 2310,62 35,27 74,27 2327,03 35,61 75,29
MNR -4,08 -8,94 -263,25 -30,03 -72,93 -246,85 33,16 74,36
MNF 17,66 5,87 1244,17 38,67 213,24 1260,57 40,72 219,43
MNF -17,72 -6,19 862,91 -39,87 -213,30 879,32 42,04 219,50
MNF 7,05 10,57 1630,71 19,77 69,58 1647,11 23,47 72,05
MNF -7,11 -10,90 476,38 -20,97 -69,64 492,78 24,79 72,12
MMAO 8,51 -2,43 1409,52 37,89 196,52 1425,93 37,89 199,50
MMAO -9,76 -5,92 691,65 -32,34 -195,16 708,05 34,42 198,58
MMAO 2,38 0,13 2128,41 30,42 62,76 2144,82 30,46 63,59
MMAO -3,63 -8,47 -27,24 -24,87 -61,40 -10,83 27,83 62,67
MNR Fend 6,80 -2,40 1270,34 26,58 136,40 1286,75 26,58 138,78
MNR Fend -8,15 -5,27 729,83 -21,71 -136,44 746,23 23,55 139,29
MNR Fend 1,76 -0,50 1798,21 23,32 43,15 1814,61 23,32 43,76
MNR Fend -3,11 -7,17 201,96 -18,46 -43,18 218,37 20,97 44,27
MV RC -1,34 -9,53 445,98 25,86 5,50 462,39 25,86 5,50
MV RV -0,67 -5,32 -191,64 22,45 5,35 -175,23 22,45 5,35

Fs
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
disponivel
Caso
(m) MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m) (kN)
0,16 2 1,09 0,0 1,50 830,6 7,47 0,00 429,77
0,38 5 0,79 57,3 1,35 669,5 2,01 1,26 372,48
0,03 2 0,98 0,0 1,50 1080,9 9,72 0,00 429,77
-0,30 Tracção 0,00 185,4 0,45 0,0 0,00 4,08 244,38
0,17 2 0,99 0,0 1,50 729,6 6,56 0,00 429,77
0,25 2 0,94 0,0 1,50 585,8 5,27 0,00 429,77
0,04 2 0,73 0,0 1,50 777,4 6,99 0,00 429,77
0,15 2 0,35 0,0 1,50 272,1 2,45 0,00 429,77
0,14 2 0,97 0,0 1,50 779,1 7,01 0,00 429,77
0,28 4 0,80 0,0 1,41 708,1 1,02 0,00 429,77
0,03 2 0,89 0,0 1,50 992,5 8,93 0,00 429,77
-5,79 Tracção 0,08 57,6 0,45 46,8 1,45 1,27 372,13
0,11 2 0,76 0,0 1,50 667,9 6,01 0,00 429,77
0,19 2 0,62 0,0 1,50 441,5 3,97 0,00 429,77
0,02 2 0,73 0,0 1,50 833,3 7,50 0,00 429,77
0,20 2 0,19 0,0 1,50 133,0 1,20 0,00 429,77
0,01 2 0,18 0,0 1,50 208,8 1,88 0,00 429,77
-0,03 Tracção 0,00 92,1 0,45 0,0 0,00 2,02 337,69

As,máx 9,72 4,08

XXX
e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,03 2 0,63 0,0 1,25 514,1 4,71 0,00
0,07 2 0,32 0,0 1,25 228,7 2,09 0,00
0,02 2 0,91 0,0 1,25 795,1 7,29 0,00
-0,13 Tracção 0,00 158,3 0,45 0,0 0,00 2,90
0,03 2 0,55 0,0 1,25 443,1 4,06 0,00
0,05 2 0,42 0,0 1,25 317,4 2,91 0,00
0,01 2 0,64 0,0 1,25 561,8 5,15 0,00
0,05 2 0,24 0,0 1,25 178,6 1,64 0,00
0,03 2 0,60 0,0 1,25 496,4 4,55 0,00
0,05 2 0,34 0,0 1,25 255,9 2,34 0,00
0,01 2 0,83 0,0 1,25 731,6 6,70 0,00
-2,57 Tracção 0,04 34,7 0,45 23,9 0,56 0,64
0,02 2 0,52 0,0 1,25 443,6 4,06 0,00
0,03 2 0,32 0,0 1,25 262,0 2,40 0,00
0,01 2 0,70 0,0 1,25 617,6 5,66 0,00
0,10 2 0,13 0,0 1,25 86,0 0,79 0,00
0,06 2 0,23 0,0 1,25 169,3 1,55 0,00
-0,13 Tracção 0,00 111,3 0,45 0,0 0,00 2,04

As,máx 7,29 2,90

IV.6 — Sapata lado esquerdo de P3

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 110,94 83,79 1570,57 105,99 607,02 1586,97 135,31 645,84
MNR -114,89 -106,76 647,35 -129,83 -600,20 663,75 167,20 640,41
MNR 58,70 284,75 2427,22 262,16 194,08 2443,63 361,82 214,63
MNR -62,65 -307,72 -209,31 -286,01 -187,26 -192,90 393,71 209,19
MNF 65,17 44,06 1249,72 70,43 366,92 1266,12 85,85 389,73
MNF -67,26 -53,60 831,47 -77,77 -366,79 847,87 96,53 390,33
MNF 29,46 149,43 1624,77 201,66 112,91 1641,18 253,96 123,22
MNF -31,55 -158,97 456,41 -209,00 -112,77 472,81 264,64 123,82
MMAO 93,91 68,99 1522,99 87,39 515,84 1539,40 111,54 548,71
MMAO -97,93 -92,43 747,30 -111,79 -508,82 763,70 144,14 543,10
MMAO 49,18 239,03 2238,34 219,66 165,16 2254,75 303,32 182,38
MMAO -53,21 -262,48 31,95 -244,05 -158,14 48,35 335,91 176,76
MNR Fend 65,12 48,01 1380,27 56,32 355,23 1396,68 73,12 378,02
MNR Fend -69,76 -71,79 802,15 -79,01 -350,93 818,55 104,14 375,35
MNR Fend 34,52 174,20 1917,93 160,79 111,65 1934,34 221,75 123,74
MNR Fend -39,16 -197,97 264,49 -183,48 -107,36 280,89 252,77 121,06
MV RC -1,34 -9,53 445,98 25,86 5,50 462,39 25,86 5,50
MV RV -39,58 -228,90 1766,13 189,49 -11,27 1782,54 189,49 25,12

XXXI
Fs
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
disponivel
Caso
(m) MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m) (kN)
0,41 5 2,10 188,6 1,35 1775,6 5,32 4,15 429,77
0,96 5 1,37 490,3 1,35 1154,1 3,46 10,78 154,34
0,09 2 1,33 0,0 1,50 1230,1 11,07 0,00 429,77
-1,08 Tracção 0,14 270,8 0,45 77,9 2,41 5,95 373,88
0,31 5 1,51 11,0 1,35 1277,1 3,83 0,24 429,77
0,46 5 1,18 151,1 1,35 998,9 3,00 3,32 429,77
0,08 2 0,84 0,0 1,50 810,6 7,29 0,00 429,77
0,26 4 0,52 0,0 1,46 472,8 0,02 0,00 429,77
0,36 5 1,94 96,5 1,35 1635,9 4,91 2,12 429,77
0,71 5 1,32 348,9 1,35 1112,6 3,34 7,67 295,78
0,08 2 1,19 0,0 1,50 1123,2 10,10 0,00 429,77
3,66 5 0,27 180,3 1,35 228,6 0,69 3,96 429,77
0,27 4 1,55 0,0 1,44 1396,7 0,91 0,00 429,77
0,46 5 1,14 144,2 1,35 962,8 2,89 3,17 429,77
0,06 2 0,94 0,0 1,50 939,9 8,45 0,00 429,77
0,43 5 0,38 40,9 1,35 321,8 0,96 0,90 429,77
0,01 2 0,18 0,0 1,50 208,8 1,88 0,00 429,77
0,01 2 0,68 0,0 1,50 807,4 7,26 0,00 429,77

As,máx 11,07 10,78

e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,09 2 0,92 0,0 1,25 612,6 5,61 0,00
0,25 4 0,79 0,0 1,12 663,8 3,40 0,00
0,15 2 1,95 0,0 1,25 1067,4 9,78 0,00
-2,04 Tracção 0,57 510,9 0,45 318,0 7,42 9,36
0,07 2 0,67 0,0 1,25 473,4 4,34 0,00
0,11 2 0,57 0,0 1,25 345,6 3,17 0,00
0,15 2 1,35 0,0 1,25 727,1 6,66 0,00
0,56 5 0,81 194,3 1,10 667,1 3,70 3,56
0,07 2 0,83 0,0 1,25 580,4 5,32 0,00
0,19 2 0,74 0,0 1,25 364,7 3,34 0,00
0,13 2 1,68 0,0 1,25 957,7 8,77 0,00
6,95 5 0,59 441,0 1,10 489,4 2,72 8,08
0,05 2 0,68 0,0 1,25 508,1 4,66 0,00
0,13 2 0,59 0,0 1,25 342,6 3,14 0,00
0,11 2 1,31 0,0 1,25 789,6 7,23 0,00
0,90 5 0,64 245,7 1,10 526,6 2,92 4,50
0,06 2 0,23 0,0 1,25 169,3 1,55 0,00
0,11 2 1,15 0,0 1,25 715,9 6,56 0,00

As,máx 9,78 9,36

XXXII
IV.7 — Sapata lado direito de P4

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 4,75 -4,35 1199,01 17,64 4,18 1209,81 17,64 5,60
MNR -7,13 -8,87 1113,09 9,17 -8,47 1123,89 9,17 10,61
MNR 1,31 -3,30 1289,70 22,29 2,73 1300,50 22,29 3,12
MNR -3,69 -9,93 1022,39 4,52 -7,02 1033,19 4,52 8,13
MNF 0,84 -2,09 1225,92 9,93 20,86 1236,72 9,93 21,11
MNF -1,67 -3,81 1148,08 1,88 -22,03 1158,88 1,88 22,53
MNF 0,06 -1,18 1312,97 14,56 6,51 1323,77 14,56 6,53
MNF -0,90 -4,73 1061,03 -2,74 -7,68 1071,83 4,16 7,95
MMAO 3,82 -4,88 1222,00 17,38 3,18 1232,80 17,38 4,32
MMAO -6,27 -8,72 1150,71 10,20 -7,61 1161,51 10,20 9,49
MMAO 0,92 -3,99 1297,40 21,31 2,06 1308,20 21,31 2,34
MMAO -3,37 -9,61 1075,32 6,27 -6,50 1086,12 6,27 7,51
MNR Fend 4,72 -4,18 1199,32 17,74 3,44 1210,12 17,74 4,86
MNR Fend -7,19 -8,89 1110,97 8,73 -7,99 1121,77 8,73 10,14
MNR Fend 1,04 -3,00 1296,47 23,05 0,75 1307,27 23,05 1,06
MNR Fend -3,50 -10,07 1013,83 3,42 -5,30 1024,63 3,42 6,34
MV RC -2,62 -11,32 1453,48 24,69 -5,32 1464,28 24,69 6,10
MV RV -1,61 -5,86 602,58 13,47 -3,44 613,38 13,47 3,93

e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,00 2 0,58 0,0 1,20 541,9 7,21 0,00
0,01 2 0,55 0,0 1,20 507,5 6,75 0,00
0,00 2 0,61 0,0 1,20 580,3 7,72 0,00
0,01 2 0,50 0,0 1,20 465,3 6,19 0,00
0,02 2 0,64 0,0 1,20 565,7 7,53 0,00
0,02 2 0,61 0,0 1,20 532,3 7,08 0,00
0,00 2 0,63 0,0 1,20 593,2 7,89 0,00
0,01 2 0,52 0,0 1,20 482,3 6,42 0,00
0,00 2 0,58 0,0 1,20 551,1 7,33 0,00
0,01 2 0,57 0,0 1,20 523,4 6,96 0,00
0,00 2 0,61 0,0 1,20 583,2 7,76 0,00
0,01 2 0,53 0,0 1,20 488,3 6,50 0,00
0,00 2 0,58 0,0 1,20 541,5 7,20 0,00
0,01 2 0,55 0,0 1,20 506,2 6,73 0,00
0,00 2 0,61 0,0 1,20 581,8 7,74 0,00
0,01 2 0,49 0,0 1,20 460,1 6,12 0,00
0,00 2 0,70 0,0 1,20 655,3 8,72 0,00
0,01 2 0,30 0,0 1,20 275,6 3,67 0,00

As,máx 8,72 0,00

XXXIII
e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,01 2 0,62 0,0 1,20 413,3 5,50 0,00
0,01 2 0,55 0,0 1,20 379,8 5,05 0,00
0,02 2 0,67 0,0 1,20 446,2 5,94 0,00
0,00 2 0,49 0,0 1,20 346,9 4,62 0,00
0,01 2 0,60 0,0 1,20 417,8 5,56 0,00
0,00 2 0,54 0,0 1,20 387,3 5,15 0,00
0,01 2 0,66 0,0 1,20 449,5 5,98 0,00
0,00 2 0,51 0,0 1,20 359,6 4,78 0,00
0,01 2 0,63 0,0 1,20 420,8 5,60 0,00
0,01 2 0,57 0,0 1,20 392,9 5,23 0,00
0,02 2 0,67 0,0 1,20 448,2 5,96 0,00
0,01 2 0,52 0,0 1,20 365,6 4,86 0,00
0,01 2 0,62 0,0 1,20 413,5 5,50 0,00
0,01 2 0,55 0,0 1,20 378,8 5,04 0,00
0,02 2 0,68 0,0 1,20 448,9 5,97 0,00
0,00 2 0,48 0,0 1,20 343,5 4,57 0,00
0,02 2 0,76 0,0 1,20 502,2 6,68 0,00
0,02 2 0,33 0,0 1,20 212,2 2,82 0,00

As,máx 6,68 0,00

IV.8 — Sapata lado esquerdo de P4

V3 V2 P M3 M2 P total M3 total M2 total


Modelo
(kN) (kN) (kN) (kNm) (kNm) (kN) (kNm) (kNm)
MNR 258,60 65,70 1244,19 1,80 380,61 1254,99 21,51 458,19
MNR -252,30 -56,49 1136,99 -147,34 -345,42 1147,79 164,29 421,11
MNR 84,92 173,90 1294,46 75,50 132,07 1305,26 127,67 157,55
MNR -78,61 -164,69 1086,72 -221,04 -96,89 1097,52 270,45 120,47
MNF 258,21 68,44 1241,51 49,53 368,12 1252,31 70,06 445,58
MNF -254,85 -65,94 1133,25 -103,76 -354,50 1144,05 123,55 430,96
MNF 81,58 213,32 1299,27 186,43 117,95 1310,07 250,42 142,43
MNF -78,23 -210,81 1075,49 -240,66 -104,34 1086,29 303,91 127,80
MMAO 220,18 56,50 1275,44 -11,44 326,27 1286,24 11,44 392,32
MMAO -213,63 -46,86 1185,49 -137,67 -290,18 1196,29 151,73 354,27
MMAO 72,59 148,10 1316,47 50,82 115,17 1327,27 95,25 136,95
MMAO -66,04 -138,46 1144,45 -199,92 -79,08 1155,25 241,46 98,89
MNR Fend 286,92 67,32 1257,40 5,80 419,28 1268,20 26,00 505,35
MNR Fend -282,33 -64,33 1149,57 -150,39 -384,27 1160,37 169,69 468,97
MNR Fend 91,43 195,84 1317,85 91,75 142,18 1328,65 150,50 169,61
MNR Fend -86,84 -192,86 1089,13 -236,33 -107,17 1099,93 294,19 133,22
MV RC -6,82 -118,34 1689,92 10,60 22,76 1700,72 10,60 22,76
MV RV -9,93 -121,50 783,14 59,44 9,73 793,94 59,44 9,73

XXXIV
Fs
e Long Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup
disponivel
Caso
(m) MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m) (kN)
0,37 5 2,32 206,3 1,05 1461,3 11,66 5,49 8,54
0,37 5 2,13 191,7 1,05 1339,5 10,69 5,10 23,22
0,12 2 1,21 0,0 1,20 726,2 9,66 0,00 214,88
0,11 2 0,96 0,0 1,20 597,0 7,94 0,00 214,88
0,36 5 2,29 189,3 1,05 1441,6 11,51 5,04 25,59
0,38 5 2,14 207,1 1,05 1351,1 10,78 5,51 7,82
0,11 2 1,14 0,0 1,20 711,1 9,46 0,00 214,88
0,12 2 0,99 0,0 1,20 600,6 7,99 0,00 214,88
0,31 5 2,20 101,1 1,05 1387,3 11,07 2,69 113,80
0,30 5 2,02 78,9 1,05 1275,1 10,18 2,10 136,03
0,10 2 1,12 0,0 1,20 712,4 9,48 0,00 214,88
0,09 2 0,89 0,0 1,20 598,9 7,97 0,00 214,88
0,40 6 2,54 214,9 0,97 1483,1 15,87 0,00 0,00
0,40 6 2,32 214,9 0,99 1375,3 14,01 0,00 0,00
0,13 2 1,28 0,0 1,20 750,1 9,98 0,00 214,88
0,12 2 1,02 0,0 1,20 612,5 8,15 0,00 214,88
0,01 2 0,86 0,0 1,20 773,1 10,29 0,00 214,88
0,01 2 0,40 0,0 1,20 360,2 4,79 0,00 214,88

As,máx 15,87 5,51

e Transv Tipo de σs Fs x R As,inf As,sup


(m) Caso MPa (kN) (m) (kN) (cm2/m) (cm2/m)
0,02 2 0,65 0,0 1,20 430,6 5,73 0,00
0,14 2 1,20 0,0 1,20 502,5 6,68 0,00
0,10 2 1,08 0,0 1,20 519,8 6,92 0,00
0,25 4 1,72 0,0 1,06 1097,5 8,34 0,00
0,06 2 0,82 0,0 1,20 460,4 6,12 0,00
0,11 2 0,99 0,0 1,20 465,0 6,19 0,00
0,19 2 1,74 0,0 1,20 640,9 8,53 0,00
0,28 5 1,80 46,2 1,05 1132,5 9,04 1,23
0,01 2 0,63 0,0 1,20 435,2 5,79 0,00
0,13 2 1,15 0,0 1,20 505,6 6,73 0,00
0,07 2 0,95 0,0 1,20 502,5 6,69 0,00
0,21 4 1,64 0,0 1,17 1155,3 4,18 0,00
0,02 2 0,67 0,0 1,20 437,7 5,82 0,00
0,15 2 1,23 0,0 1,20 511,4 6,80 0,00
0,11 2 1,19 0,0 1,20 546,0 7,26 0,00
0,27 5 1,79 27,4 1,05 1127,4 9,00 0,73
0,01 2 0,82 0,0 1,20 572,9 7,62 0,00
0,07 2 0,58 0,0 1,20 302,4 4,02 0,00

As,máx 9,04 1,23

XXXV
ANEXO V – Medições

XXXVII
Betão Cofragem Aço ρ
Art. Descrição Quantidade
(m³) (m²) (Kg) (Kg/m³)

1 Fundações 19.8 19.7 1893.0

1.1 Betão de Limpeza 13.6


1.2 Pregagens 1429.0
1.3 Sapatas Laterais 2.3 7.7 155.0 67
1.4 Sapatas Centrais 3.9 12.0 309.0 79

2 Pilares 40.6 221.3 6606.0 163

2.1 Pilar P1 5.5 39.9 820.0 149


2.2 Pilar P2 14.3 71.8 2590.0 181
2.3 Pilar P3 17.8 90.7 2748.0 154
2.4 Pilar P4 3.0 18.9 448.0 149

3 Tabuleiro 155.6 1010.0 25275.0 162

4 Diversos

4.1 Aparelhos elastoméricos ∅200, MK4 4


4.2 Aparelhos elastoméricos 250 × 400, MK4 4
4.3 Juntas de Dilatação Sika ,Tipo M-22 (10 m) 2

XXXVIII
 

Peças  Desenhadas  

DES  1  –  Planta  de  Implantação  e  Perfil  Longitudinal  

DES  2  –  Secções  Transversais  da  Ponte  Canal  

DES  3  –  Pormenorização  do  Tabuleiro  e  do  Encontro  E2  

DES  4  –  Pormenorização  dos  Pilares  P1  e  P4  

DES  5  –  Pormenorização  dos  Pilares  P2  e  P3  

DES  6  –  Vistas  3D  da  Estrutura  

DES  7  –  Vistas  3D  da  Ponte  Canal  

Peças  Desenhadas  executadas  através  do  programa  REVIT  2015.  


Estrutura de Entrada 54.40 Estrutura de Saída

Ponte Canal
9.20 12.00 12.00 12.00 9.20
Cota (m)
Est. 0+008.00 Est. 0+017.20 Est. 0+029.20 Est. 0+041.20 Est. 0+053.20 Est. 0+062.40
E1 P1 P2 P3 P4 E2
Terreno Natural
Junta de Dilatação (Lado Direito) Junta de Dilatação

2.70

3.00
349.445 i = 0.866% 348.973
350

0.30
0.50 0.75 0.75 0.50

Terreno Natural
(Lado Esquerdo)

340

Terreno Natural
(ao Eixo do Canal)

0+010 0+020 0+030 0+040 0+050 0+060


1 Perfil Longitudinal
1 : 200

12.00
9.20 95 12.00
°
95

12.00
°

0+020
91

9.20
°

0+040
0+000

171° 171°
0+060
177°
E1 P1 P2
P3 MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
P4
Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
E2 Restantes Elementos - B37 - C30/37
Planta de Impantação e
- Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Perfil Longitudinal
- Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

1:200 e 1:400
AÇO:
DESENHO NÚMERO
Aço em varão - A500NR

2 Planta de Implantação
Pregagens - A500NR DES 1
1 : 400 RECOBRIMENTOS
Francisco Barbosa nº 62867
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm
0.30 1.70 1.70 0.30
0.30 3.40 0.30 0.30 3.40 0.30 0.30 3.40 0.30

Apoios Elastoméricos não


Armados (Neoprene) Terreno
(250x400 mm) natural
2.70 Terreno 2.70 2.70 3.00
natural Junta de
349.365 349.365 349.261
0.30 0.50 Betonagem
0.30 0.80 0.50
0.50
0.50 2.70
0.50
3.00
Apoios Elastoméricos não 7 7 8 8
Armados (Neoprene)
(Ø250 mm) 3.00 4.00
4.00 10cm de Betão 3.00 4.00 0.20 0.20
de Reguralização 0.50 0.50 2.00 0.50 0.50 0.50 0.50 2.00 0.50 0.50
1 6.50
5
8.00 0.50 0.20 0.20
0.50
1 Secção Transversal na Est. 0+008.00 (E1) 0.50 0.50 0.50 0.50
1 : 150 0.50 0.30
0.50
341.515 1.50
Cota de 12.50
2.50
Fundação 0.40
1 1 14.00 3.00 4.00 0.50 3.00 0.50
5 5 5cm de Betão de
340.515 4.00
Cota de Reguralização
0.40
Fundação 0.50 0.50 9 Secção Transversal do Tabuleiro
5cm de Betão de 0.50
0.30 3.40 0.30 Reguralização 1.20 2.30 1.20 1 : 50
0.50
Terreno
natural
2 Secção Transversal na Est. 0+017.20 (P1) 1 Apoio Elastomérico não Apoio Elastomérico não
5 3.00 Armado (Neoprene) Armado (Neoprene)
1 : 150
(Ø250 mm) (Ø250 mm)
2.70 4.00 335.771
3.00 Cota de Limite da argamassa Limite da argamassa
Cota de Soleira
349.154 Junta de Fundação 0.50 de regularização de regularização
0.50 3.00 0.50
Betonagem 1 1
5 5
0.80 334.771 5cm de Betão de
0.50 Cota de Reguralização Est. 0+08.00
0.50 1.20 0.50
0.50 Fundação Est. 0+62.40
5cm de Betão de
1.20 2.30 1.20 Reguralização 1.30 2.20 1.30
3.00 4.00 0.30 1.70 1.70 0.30
7 Secção Transversal dos Pilares Laterais 3 Secção Transversal na Est. 0+029.20 (P2)
DES 2 1 : 150 1 : 150 4.00
0.50
0.50 0.50
10 Pormenor dos Apoios Elastoméricos (apoios E1 e E2)
1 : 50
0.50 0.50 3.00 0.50
Terreno
natural
Apoio Elastomérico não Apoio Elastomérico não
0.30 3.40 0.30 Armado (Neoprene) Armado (Neoprene)
3.00 4.00 0.75 1.50 (250x400 mm) (250x400 mm)
15.00
0.50 0.50 2.00 0.50 0.50 Limite da argamassa Limite da argamassa
de regularização de regularização
17.00 1.30 2.20 1.30
0.50
0.50 0.50 2.70 0.35 0.35 Est. 0+17.20
0.50
0.50 8 Secção Transversal dos Pilares Centrais Est. 0+53.20
1 349.053 DES 2 1 : 150
5 0.30 0.50 0.50
Terreno
0.50
natural 4.00 1.00
1.50 0.50 0.35 1.65 1.65 0.35
3.00 1
0.50 4.00
5 0.30 3.40 0.30
0.40
0.50
5cm de Betão de
0.50 0.50
Reguralização 11 Pormenor dos Apoios Elastoméricos (apoios P1 e P4)
0.50 333.034 1 : 50
346.703 1 7.00
0.50 Cota de Cota de 5 6.00
0.50 Fundação 2.70 Terreno
3.00 Fundação
1 1 349.365 natural
5cm de Betão de 5 5 Apoios Elastoméricos não
MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
Reguralização Armados (Neoprene)
331.304 0.30 BETÃO: CI. Resistência
(250x400 mm) Dimensionamento de uma Ponte Canal
Cota de 0.50 Betão de limpeza - B15 - C15/20
Fundação 341.203 Descrição
Cota de Restantes Elementos - B37 - C30/37
5cm de Betão de 0.40 4.00 Secções Transversais da
Fundação Apoios Elastoméricos não - Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³
1.30 2.20 1.30 Reguralização
Armados (Neoprene) 10cm de Betão Ponte Canal
5cm de Betão de - Relação Água / Cimento: 0.60
(Ø250 mm) de Reguralização DATA

Reguralização Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

AÇO: 1:50 e 1:150


4 Secção Transversal na Est. 0+041.20 (P3) 5 Secção Transversal na Est. 0+053.20 (P4) 6 Secção Transversal na Est. 0+053.20 (E2)
1 : 150 1 : 150 1 : 150 Aço em varão - A500NR DESENHO NÚMERO

Pregagens - A500NR DES 2


RECOBRIMENTOS
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm Francisco Barbosa nº 62867
2Ø25 2Ø25 2Ø25 2Ø25

5Ø25//0.05 5Ø25//0.05 5Ø25//0.05 5Ø25//0.05


c/ 8m c/ 8m c/ 8m c/ 8m

EstØ12//0.20 EstØ12//0.20
EstØ12//0.20 EstØ12//0.20

Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125

0.70

0.70
Ø16//0.20
Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125

Ø16//0.20 Ø16//0.20

3Ø20 3Ø20
5Ø20 5Ø20

0.70 Ø16//0.20 0.70


Ø16//0.20 Ø16//0.20
0.70

0.70
0.75 0.75

Ø12//0.125
Ø16//0.20
Ø16//0.20 2 Pormenorização da Secção Transversal do Tabuleiro nos apoios P1 e P2
1 : 50

Ø12//0.125 Ø16//0.20
6Ø25//0.05 6Ø25//0.05 6Ø25//0.05 6Ø25//0.05
c/ 8m c/ 8m c/ 8m c/ 8m

3Ø20 3Ø20 EstØ12//0.10 EstØ12//0.10

5Ø20 5Ø20
Ø12//0.125
Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø12//0.125
Ø16//0.20 0.70 Ø16//0.20 0.70 Ø16//0.20

0.75 0.75

0.70
Ø12//0.125 Ø12//0.125 Ø16//0.20
1 Pormenorização da Secção Transversal Tipo do Tabuleiro Ø16//0.20 Ø16//0.20
1 : 25
3Ø20 3Ø20
5Ø20 5Ø20

0.70 Ø16//0.20 0.70


Junta de Dilatação Ø16//0.20 Ø16//0.20
Ø16//0.20 Ø12//0.125 4 Ø10 Lâminas Sika, tipo M-22 0.75 0.75

Ø16//0.20 Ø8//0.20 Ø12//0.125


3 Pormenorização da Secção Transversal do Tabuleiro no apoio P4
1 : 50
3Ø10
Ø8//0.20

Ø16//0.20
Ø12//0.125

MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO


BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
Restantes Elementos - B37 - C30/37
4 Pormenorização do Encontro E2 (Est. 0+62.40) Pormenorização do
- Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Tabuleiro e do Encontro E2
1 : 25 - Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

AÇO: 1:25 e 1:50

Aço em varão - A500NR DESENHO NÚMERO

Pregagens - A500NR DES 3


RECOBRIMENTOS
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm Francisco Barbosa nº 62867
0.80 0.80 0.80 0.80
3Ø20 4Ø20
3
Ø8//0.20 1.00 1.00
3Ø20
3Ø20 0.80 4Ø20
0.50 EstØ10//0.20 0.80 EstØ10//0.10
0.40 2Ø20
3Ø20 0.80 2Ø20 0.80 4Ø20
0.80 0.40
2Ø20 2Ø20 EstØ8//0.20
0.50 0.80 0.80

EstØ10//0.20 8 EstØ10//0.10 EstØ10//0.20 8


3 Travessa do Pilar P1 7 Travessa do Pilar P4
DES 4 1 : 50 3 EstØ10//0.10 1 : 50
EstØ10//0.20 EstØ10//0.20
3Ø20 3Ø20
4 2Ø20 2Ø20 4
3Ø20 3Ø20
EstØ10//0.20 EstØ10//0.20
EstØ10//0.20 3.00 2 pregagens EstØ10//0.10 EstØ10//0.20
EstØ10//0.10 0.80 0.80 EstØ10//0.10
3Ø20 3Ø20 Ø32 3Ø20 3Ø20
3Ø20
0.50 2Ø20 2Ø20 0.80 3Ø20 0.80 2 pregagens 4Ø20 2Ø20
2Ø20 2Ø20 Ø32
3Ø20 3Ø20 3Ø20 3Ø20
0.80 0.80
EstØ8//0.20 EstØ8//0.20 EstØ8//0.20 EstØ8//0.20
0.50 0.50
0.80
4 Secção Transversal do Pilar P1 2Ø20 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 8 Secção Transversal do Pilar P4
0.80 EstØ10//0.10
DES 4 1 : 50 1.50 DES 4 1 : 50
0.80 2Ø20
EstØ10//0.10
0.80

3Ø20 3Ø20 3Ø20 4Ø20 4Ø20 3Ø20


3Ø20 3Ø20
2Ø20 2Ø20 2Ø20 2Ø20 2Ø20 2Ø20

# Ø12//0.20

0.60 0.60 # Ø16//0.15 0.60 0.60


1 Pormenorização do Pilar P1 (Est 0+08.00) 2 Pormenorização do Pilar P4 (Est 0+62.40)
# Ø12//0.15 0.60 # Ø12//0.10 1 : 100 1 : 100 0.60 # Ø12//0.15
0.60 0.60

5 Sapata Esq. do Pilar P1 6 Sapata Dir. do Pilar P1 9 Sapata Esq. do Pilar P4 10 Sapata Dir. do Pilar P4
1 : 50 1 : 50 1 : 50 1 : 50

0.15 0.45 0.45 0.15

0.15

Limite da argamassa 0.45


de regularização
Apoio Elastomérico não 1.20
Armado (Neoprene) 0.45
(250x400 mm)
0.15

0.10
1.20
4 pregagens Ø32
com 3m de profundidade
Reforço sob o apoio
3 EstØ8//0.10
11 Pregagens da Sapata Esq. do P4
1 : 50

MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO


BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
Restantes Elementos - B37 - C30/37
Pormenorização dos
- Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Pilares P1 e P4
- Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

AÇO: 1:50 e 1:100

Aço em varão - A500NR DESENHO NÚMERO

12 Pormenor do nó de canto dos pilares laterais 13 Pormenor do nó interior dos pilares


Pregagens - A500NR DES 4
1 : 25 1 : 25
RECOBRIMENTOS
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm Francisco Barbosa nº 62867
Armadura da laje
5Ø25
de fundo do canal

4 ramos 4Ø25
EstØ10//0.10
1.00 1.00 4Ø25
3Ø16 3Ø16 1.00 1.00
5Ø25
3 5Ø25
3Ø16 3Ø16 10 Travessas dos Pilares P2 e P3
5Ø25 5Ø25 5Ø25 DES 5 1 : 50
EstØ10//0.20 1.00 1.00 1.00 1.00

3 Ligação Monolítica Pilar-Tabuleiro dos Pilares P2 e P3 1.00 2Ø25 2Ø25 1.00 1.00 2Ø25 2Ø25 1.00
DES 5 1 : 50 2Ø25 3Ø25
EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10
EstØ10//0.20 EstØ10//0.10
11 11 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10
4 4
3 2Ø25 3Ø25
EstØ10//0.10 EstØ10//0.10

4Ø25 2Ø25
EstØ10//0.20 EstØ10//0.20 EstØ10//0.20 EstØ10//0.20
1.00 1.00 1.00 1.00
2Ø25 2Ø25 11 Secção Transversal do Pilar P3 (s/ reforço)
1.00 4Ø25 1.00 1.00 4Ø25 1.00
10 DES 5 1 : 50
4Ø25 2Ø25 4Ø25
4Ø25 1.00 1.00
1.00 1.00
2Ø25 2Ø25 2Ø25 2Ø25 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10
Ø8//0.20 Ø8//0.20
2Ø25 2Ø25
2Ø25 2Ø25 3Ø25 3Ø25
4 Secção Transversal do Pilar P2 (s/ reforço) 1.00 1.00
1.00 1.00 2Ø25 2Ø25
DES 5 1 : 50 EstØ10//0.10
1.00 1.00 EstØ10//0.10 2Ø25 2Ø25
10 1.00 1.00
3Ø25 3Ø25
EstØ10//0.20 EstØ10//0.20

4 ramos 4 ramos EstØ10//0.20 EstØ10//0.20 12 Secção Transversal do Pilar P3 (c/ reforço)


EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 EstØ10//0.10 DES 5 1 : 50
1.00 1.00
4Ø25 1.00 1.00
1.00 1.00 1.00 4Ø25 1.00
2Ø25 4Ø25 4Ø25 4Ø25 4Ø25 4Ø25
2Ø25 5Ø25 4Ø25 4Ø25
2Ø25 1.00 1.00 1.00 1.00 2Ø25 # Ø12//0.20 2Ø25
4Ø25 4Ø25 2Ø25 2Ø25
4Ø25
4Ø25 4Ø25 # Ø12//0.15
Ø8//0.20 Ø8//0.20 5Ø25 1.00 1.00 2Ø25 2Ø25
1.00 1.00
0.75 # Ø12//0.15 0.75
5 Secção Transversal do Pilar P2 (c/ reforço) 1.00 EstØ10//0.10 1.00 EstØ10//0.10
1.00 1.00 # Ø12//0.15
DES 5 1 : 50 0.75 0.75
5 5
EstØ10//0.20 EstØ10//0.20
13 Sapata Esq. do Pilar P3 14 Sapata Dir. do Pilar P3
EstØ10//0.10 1 : 50 1 : 50
EstØ10//0.10 EstØ10//0.10
EstØ10//0.10
5Ø25 5Ø25 1.00 1.00
2Ø25 1.00 1.00 0.15 0.50 0.50 0.15 0.15 1.00 0.15
2Ø25 5Ø25 4Ø25
5Ø25 # Ø12//0.10 12 12
4Ø25
1.00 1.00 0.15 0.15
# Ø12//0.20 4Ø25 4Ø25

4Ø25 0.60
0.75 0.75 4Ø25 1.50
# Ø12//0.10 1.00 1.00
1.50
0.75 0.75 EstØ10//0.10 1.20
# Ø12//0.15 0.50 1.00
0.50 0.60
3 pregagens
EstØ10//0.10 EstØ10//0.10
6 Sapata Esq. do Pilar P2 7 Sapata Dir. do Pilar P2 Ø32 0.15 0.15
6.00
1 : 50 1 : 50 2 pregagens
Ø32 1.30 1.30

3 pregagens
8 pregagens Ø32 4 pregagens Ø32
0.15 0.50 0.50 0.15 0.15 0.50 0.50 0.15 Ø32
com 6m de profundidade com 6m de profundidade
3 pregagens
Ø32 15 Pregagens da Sapata Esq. de P3 16 Pregagens da Sapata Dir. de P3
0.15 0.15
8.00 6.00 2 pregagens 1 : 50 1 : 50
3 pregagens
Ø32
0.60 0.60 Ø32
3 pregagens
1.50 1.50 2 pregagens
Ø32
Ø32 MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
0.60 0.60 3 pregagens BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
Ø32 6.00
3 pregagens Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
0.15 0.15 Ø32 Restantes Elementos - B37 - C30/37
Pormenorização dos
3 pregagens - Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Pilares P2 e P3
1.30 1.30 Ø32 - Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

8 pregagens Ø32 8 pregagens Ø32 Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014
com 8m de profundidade com 8m de profundidade de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

AÇO: 1:50 e 1:100


DESENHO NÚMERO
Aço em varão - A500NR

8 Pregagens da Sapata Esq. de P2 9 Pregagens da Sapata Dir. de P2 1 Pormenorização do Pilar P2 (Est. 0+29.20) 2 Pormenorização do Pilar P3 (Est. 0+41.20)
Pregagens - A500NR DES 5
1 : 50 1 : 50 1 : 100 1 : 100 RECOBRIMENTOS
Francisco Barbosa nº 62867
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm
MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
Restantes Elementos - B37 - C30/37
- Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Vistas 3D da Estrutura
- Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

-
AÇO:
DESENHO NÚMERO
Aço em varão - A500NR
Pregagens - A500NR DES 6
RECOBRIMENTOS
Francisco Barbosa nº 62867
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm
MATERIAIS ESTRUTURAIS INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO
BETÃO: CI. Resistência Dimensionamento de uma Ponte Canal
Betão de limpeza - B15 - C15/20 Descrição
Restantes Elementos - B37 - C30/37
- Dosagem mínima de cimento: 300 kg/m³ Vista 3D da Ponte Canal
- Relação Água / Cimento: 0.60 DATA

Classes de Exposição XC4 - Cl 0.4 - Dmax 25 - S4, Outubro de 2014


de acordo com a EC2 e a Especificação LNEC E378. ESCALAS

AÇO: -

Aço em varão - A500NR DESENHO NÚMERO

Pregagens - A500NR DES 7


RECOBRIMENTOS
Tabuleiro, Pilares e Fundações: 4,0 cm Francisco Barbosa nº 62867

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