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NO apoio às PME, o Millennium bim acaba de anunciar o 1.

º evento denominado “Negócios do Millen-


nium”, mais logo na Tenda do Hotel Cardoso, em Maputo. Os “Negócios do Millennium” têm como objectivo
promover a partilha de informação e gerar oportunidades de negócio para as PME através de um debate
sobre o investimento e o potencial de desenvolvimento de Moçambique. Este evento contará com a pre-
sença de da província da cidade de Maputo, Iolanda Cintura, do Director Geral do Instituto para Promoção
de Pequenas e Médias Empresas, Claire Zimba, do Representante do Banco Europeu de Investimento,
Filipe Marques, do Presidente da Comissão Executiva do Millennium bim, José Reino da Costa, bem como

Expresso
de Colaboradores do Banco, Entidades Públicas e Governamentais, e de várias Empresas convidadas.

SEX 04 MAI 2018 * EDIÇÃO 4386 * ANO XXI

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FUNDADOR SALVADOR RAIMUNDO HONWANA

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da tarde EDITOR SALVADOR RAIMUNDO - DISTRIBUIÇÃO RESTRITA

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002/GABINFO-DE/99–Z. Verde Q.27, 1509 - expressodatarde@gmail.com-Editor: 822161930 - 848792572-salvadoraimundo@gmail.com- Moçambique

Dhlakama traído pela diabete


FOI ontem que Afonso Quando muitos duvi- durante a guerra civil, se gerir o cumprimento do
Macacho Marceta Dhla- davam da capacidade or- faziam em motorizadas, entendimento de Paz no
kama perdeu a vida, na ganizativa de Afonso úteis sobretudo em caso país.
serra da Gorongosa, pro- Dhlakama, nomeada- de fuga e na passagem As partes, tanto o go-
víncia de Sofala, provavel- mente no comando dos de mensagem de uma pa- verno-Frelimo quanto a
mente traído pela crise de seus homens, éis que a ra outra posição. Renamo, se desconfiavam
diabete. partir de Roma o homem Mais recentemente e mutuamente, de tal modo
Dhlakama escapou anuncia o cessar-fogo quando, mais uma vez, que Afonso Dhlakama le-
sempre com vida sucessi- em Moçambique, de- meio-mundo julgava vou tempo para sair das
vamente durante a guerra ixando boquiaberto me- Afonso Dhlakama sob matas para a cidade de
colonial, defendendo a io-mundo, incluíndo os custódia das Forças de Maputo, como aliás o do-
tropa portuguesa, e mais do governo-Frelimo. Defesa e Segurança, na cumento assinado com Jo-
tarde defendendo os inte- A sua voz de coman- cidade da Beira, Ponta- aquim Chissano, na Itália
resses da Renamo contra do era cumprida à letra -Gêa, o homem “sumiu” assim determinava.
os da Frelimo. pelos seus homens, em de forma misteriosa de A equipa de avanço, li-
Também saiu ileso das todo o lado, por vezes, sua residência, perante a derada por Raul Domin-
inúmeras encruzilhadas muito mais tarde, obri- presença de elementos gos, foi rejeitando as várias
que teriam sido montadas gado a puxar pelos ga- armados e não armados propostas de residência
pelos governo-Frelimo, na lões para que os seus se- que se encontravam a cer- oficial de Dhlakama, por
sequência dos conflitos a guidores o escutassem, car o edifício. questões de segurança.
seguir aos pleitos eleito- na necessidade de não Até à altura destas lin- Uma das residências
rais. levar avante os conflitos, has não se sabe como é mencionadas para o efeito,
O líder da Renamo e ou provocações da Freli- que Dhlakama saiu da é onde Daviz Simango na
da oposição moçambica- mo, antes, optando pela residência para depois se qualidade de presidente do
na escapou, pois, a tantas ponderação. fazer anunciar a partir da Conselho Municipal de Ma-
armadilhas para depois Ainda na guerra civil, Serra da Gorongosa. puto.
ser traído, eventualmente, interessantes episódios O facto de a referida
por uma crise de diabete. em que Dhlakama teria Pós-Roma residência se encontrar do
Na memória, o Acordo escapado às incurssões Um recuo para assinalar lado oposto do prédio Pi-
Geral de Paz assinado em do exército oficial, na bo- que após o acordo de Ro- gale, na Avenida 24 de Ju-
Roma, Itália, lado-a-lado leia de uma motorizada ma, no dia 4 de Outubro lho, em matéria de segu-
com Joaquim Chissano, (exímio) vestido de mu- de 1992, veio a Organiza- rança, foi determinante
que ditou o término da lher. ção das Nações Unidas para a nega da Renamo.
guerra civil que durou 16 Aliás, todos os oficiais para Moçambique (ONU- É que lá de cima, de um
longos anos. superiores da Renamo, MOZ), responsável por dos apartamentos do refe-

21
anos
Sempre Consigo desde 1996 Expresso diário electrónico
rido prédio, podia-se visualizar Debalde. Dhlakama sempre se rias frentes. muitas vezes, conseguia travar
qualquer objecto no quintal ou mostrou contra isso, até que Dhlakama temia que, com os mais fervosos militantes
no interior da luxuosa residên- anos mais tarde acabou parci- a sua morte, a Renamo fosse que não hesitariam em levar
cia. Foi rejeitada de imediato, almente por ceder. liderada por militantes mais pe- a cabo um conflito armado de
tal como outras tantas. Das vezes que Afonso Dh- rigosos que ele. E isso foi trans- maiores proporções.
A polémica em torno da lakama concordou com o po- mitindo aos da Frelimo, na se- Afonso Macacho Marceta
residência para Afonso Dhla- sicionamento do governo-Fre- quência dos sucessivos confli- Dhlakama morreu ontem,
kama só termina com a oferta limo, foi quando da elabora- tos entre as partes. quinta-feira, na Serra da Go-
do embaixador italiano em ção do novo organigrama das Ou seja, Dhlakama era rongosa, supostamente traído
Moçambique, ao disponibilizar Forças Armadas de Defesa de sinónimo da paciência e que, por uma crise de diabete. sr
a sua ao líder da Renamo. Moçambique (FADM), tendo
Aldo Ajello, o italiano re-
presentante especial da ONU-
como base, a formação aca-
démica dos militares.
CFM retoma
MOZ, teria visto os guerrilhe-
iros da Renamo a desmobili-
Porque os provenientes da
Renamo não tiveram tempo carvão sul-africano
zar e a entregar armas que para ir à escola, muitos foram MPM, 04 MAI - A empresa vão para os portos de Ma-
nem sequer tinham qualidade desmobilizados de forma Caminhos de Ferro de Mo- puto e Matola passe de qua-
para aquilo que foi a perfor- compulsiva, irritando a Rena- çambique (CFM) volta a tro para sete por dia, o que
mance exibida durante os 16 mo. Embora reconhece a per- transportar carvão mineral vai garantir a circulação de
anos contra o exército oficial, tinência do assunto, Dhlakama da África do Sul para o Porto cerca 21 mil toneladas por
as Forças Armadas de Mo- defendia que o processo pas- da Matola, após uma interru- dia na linha de Ressano Gar-
çambique (FAM). sasse por um mecanismo me- pção de 20 anos, fonte da cia, que liga Moçambique e
Tal como os homens a des- nos compulsivo como foi reali- instituição. África do Sul.
mobilizar, franzinos e aparen- zado. O transporte de carvão Para garantir que a linha,
temente sem nenhum preparo da África do Sul para o Porto cuja extensão é de 88 quiló-
técnico-táctico à dimensão da Sucessão de Dhlakama da Matola usando locomo- metros, suporte estas ope-
intensa guerra civil. A Frelimo, ou alguém em seu tivas dos Caminhos de Ferro rações, está em curso um
Em causa, soube-se mais nome, nunca se simpatizou de Moçambique foi inter- plano de reabilitação.
tarde, a tal desconfiança de com Afonso Dhlakama como rompido em 1998 devido à Além da reconstrução de
Dhlakama. Os verdadeiros líder da Renamo e da oposição falta de meios, Adélio Dias, duas pontes, a empresa
efectivos que fizeram frente às política em Moçambique. porta-voz. prevê a substituição de tra-
FAM’s haviam sido criteriosa- Terá activado inúmeras As operações ficaram en- vessas numa extensão de 24
mente seleccionados para ser- iniciativas que culminasse com tregues, nestas duas déca- quilómetros.
vir da guarda presidencial de a queda do homem à frente das, à operadora sul-africa- A previsão da empresa é
Dhlakama e dos seus quadros da Renamo. na Transnet Freight Rail (TFR). de que os comboios dos
superiores, outros desmobiliza- Esta questão levou Afonso Com este retorno do ser- CFM transportem anualmen-
dos de facto e um terceiro gru- Dhlakama a anunciar, alto e viço aos CFM, a partir de sex- te cerca de sete milhões de
po provavelmente escondidos. em bom som, que ele é que é ta-feira, a empresa pública toneladas na linha de Ressa-
Os desmobilizados perma- a Renamo e que o partido de- prevê que o número de com- no Garcia, aumentando a ca-
neceram em aldeias com res- pende dele inteiramente. Logo, boios que transportam car- ptação de receitas. red
pectivas famílias, enquanto a sem ele à frente do partido, a
determinada distância contro-
lavam armamento militar, su-
Renamo não era nada.
Na altura, estava em voga
CTA dos 28 milhões
jeito a manutenção periódica, uma campanha que incentiva- MPM, 04 MAI - Em evento maioritariamente, da indús-
feita em regime de escala pelos da eleições internas na Rena- de balanço do I Ciclo e lança- tria e agricultura, dos quais
guerrilheiros desmobilizados. mo que visassem o afasta- mento do II Ciclo do Fundo cinco possuem os critérios
Marínguè, antiga base cen- mento do líder. Sem sucesso. de Financiamento às Peque- de elegibilidade de acordo
tral da Renamo, diz-se, conti- Até que anos mais tarde, nas e Médias Empresas com o check-list para serem
nuou durante largo período o próprio Afonso Dhlakama (PME´s), aberto a 4 de Abril, submetedos à análise do fi-
responsável pela manutenção deixou claro que a sua morte pela Confederação das As- nanciamento solicitado, e to-
do sistema de comunicação não significaria, necessari- sociações Económicas (CTA) talizam USD $28.3 milhões,
que por diversas vezes o go- amente, a ausência de lideran- de Moçambique. segundo Ibrahimo Khabir,
verno-Frelimo pretendia que o ça no seio do partido, pois este Nesta I fase, a CTA inte- Vice-presidente da CTA, após
mesmo fosse entregue, à luz estava suficientemente prepa- ragiu com 93 empresas naci- o lançamento do Fundo em
do entendimento de Roma. rada e organizada para as vá- onais e recebeu 18 projectos, causa, durante cerca de um
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Vale de 15 milhões tons Xícara de Café
salvador raimundo
TEM, 04 MAI - A Vale vai Na altura, referiu que a
produzir este ano 15 mi- mesma deve levar a uma re- ESTA casa entende que a morte de Afonso Dhlakama, presidente
lhões de toneladas em Mo- visão em baixa da taxa de da Renamo, não vai dar lugar à crise de liderança, precisamente
çambique contra a meta de crescimento da economia porque questão há muito acautelada.
16 milhões que havia plani- prevista para este ano, de O único receio dos moçambicanos está em saber responder
ficado, anunciou a compan- 5,3% para um valor não à pergunta, pertinente. E agora?
hia brasileira, numa redução explicitado, mas que ficará É que, a dado momento, Dhlakama ia dizendo aos da Freli-
com impacto nas previsões acima dos 3% previstos pelo mo que cabe a ele próprio o cenário de paz e da não guerra,
de crescimento da econo- Fundo Monetário Internaci- consciente de que em seu redor estão homens que não hesita-
mia. onal (FMI), disse Adriano Ma- riam em recorrer a “guerra sem quartel”.
O presidente da Vale leiane. Dhlakama alertou nesse sentido “mil e uma vezes”.
Moçambique, Márcio Go- Em 2017, a Vale produziu Impressiona que Dhlakama nem precisava de continuar à
doy, diz que as cheias que 11,2 milhões de toneladas de frente da Renamo, uma vez que até tem a família em Portugal
assolaram o centro e o nor- carvão, face a 5,6 milhões de para onde podia ter se mudado e optado por uma vida mais
te de Moçambique condici- toneladas em 2016, como folgada, gozando de merecida reforma.
onaram a capacidade de resultado do aumento de Prescindiu de tudo isso para continuar em Moçambique e,
produção das duas minas produção na mina de Moati- pior do que isso, nas matas da Serra da Gorongosa.
da Vale. ze II, a segunda da compan- O homem esteve na tropa colonial ainda jovem. Depois in-
"Logo no início do ano hia na província de Tete, cen- tegrou a guerrilha da Frente a poucos anos da independência
tínhamos uma previsão de tro de Moçambique. nacional, de onde acabaria por abandonar para a Renamo,
16 milhões de toneladas. En- Márcio Godoy assinalou junto ao André Matsangaiça.
tretanto, tivemos intensas que a Vale ainda terá de con- Em Outubro de 1992, Afonso Dhlakama assina, juntamente
chuvas, tanto na região de solidar o processo de produ- com Joaquim Chissano, o acordo geral de paz.
Nampula e Nacala, como ção de carvão em Moçambi- Já com a ONUMOZ a supervisionar a implementação do
em Tete, que prejudicaram que para aproveitar na pleni- entendimento de Roma, Afonso Dhlakama é desmobilizado junto
bastante a nossa actividade", tude a capacidade de expor- dos “seus” guerrilheiros, em Marínguè, província de Sofala.
declarou Godoy. tação de 18 milhões de tone- Com Dhlakama, outros tantos oficiais superiores da Renamo,
Fevereiro e Março, pros- ladas de carvão do Corredor idos ao local do cerimonial, na boleia de novinhas motorizadas
seguiu, são os meses em Logístico de Nacala - que e trajados a rigor, uniforme de gala e respectivas patentes.
que se registaram maiores compreende uma linha férrea Em Marínguè, a desmobilização decorreu não longe da base
prejuízos, levando a Vale a de 912 quilómetros e o porto central da Renamo e da vila-sede distrital.
fixar em 15 milhões de tone- de águas profundas de Na- A improvisada pista de aterragem foi obra dos guerrilheiros
ladas a meta para este ano. cala, apto a receber navios e da população local, para permitir que avionetas se fizessem
O ministro da Economia de grande calado. com tranquilidade.
e Finanças já havia admitido "A produção está a au- Nada disso aconteceu, uma vez que a avioneta em que nos
esta queda na produção da mentar à medida que treina- fizemos transportar, enfrentou dificuldades – não tantas – du-
Vale durante uma entrevista mos as pessoas e aperfeiço- rante a aterragem, muito por culpa de pequenas dunas.
à Lusa, em Abril. amos os processos de pro- Ao longo da caminhada para o local do cerimonial, cola-
dução", acrescentou Godoy. dos às árvores o suficiente para que os forasteiros tomassem

Expresso diário electrónico


A Vale registou em 2017
um resultado líquido de 66,3
nota, panfletos da Frelimo. O guia, comandante Zero, fez ques-
tão de explicar que aquela era a zona liberdade e onde emperra
mil milhões de meticais em a democracia.
22 ANOS Moçambique, um crescimen- O comandante Zero dizia mesmo que ninguém estava alí
to de 31% em comparação por imposição, sim por vontade própria. Ele próprio, natural
1996-2018 com 2016, anunciou hoje a de Sofala, se entregou às ordens da Renamo por acreditar na
companhia mineira brasileira. sua ideologia de implementar a democracia em Moçambique,
O director-financeiro da mas para isso tinha que lutar contra a ditadura da Frelimo.
diariamente Vale Moçambique, Marcelo Nem com isso, lá dizia o homem, nas zonas libertadas da
Tertuliano, afirmou que, ape- Renamo, outros partidos políticos, incluíndo a Frelimo, tinham
segunda a sar dos ganhos, a empresa as portas abertas para se implementar.
sexta-feira ainda está longe de recupe- À espera da desmobilização, Afonso Dhlakama foi espalhan-
do abraços pelas dezenas de mulheres e crianças que lá se en-
rar o investimento e os re-
cursos que aplicou. et/lusa contravam, dando a ideia de ser muito querido. Adeus ! sr
maputo, sexta-feira - 04.05.18 expresso edição nr. 4386 - Pág 3/5
Moçambique entre vencedores Global inovação
MPM, 04 MAI - A empresa agro-inovadores” disse Ele- presentação da Gapi falou cios aberta a participação de
Boa Vita, vencedora do Fu- na Gaffurini, Directora Exe- das acções que a instituição empreendedores naci-onais
ture Agro Challenge Moçam- cutiva e Anfitriã do Future tem realizado tendo já inves- que deverão posterior-
bique (FAC), em 2017, desta- Agro-Challenge Moçambi- tido cerca de 34 milhões de mente, competir com partici-
cou-se entre os vencedores que, tendo acrescentado que meticais em projectos liga- pantes de outros países.
no Global Agripreneurs, um o objectivo final desta inici- dos ao agro-jovem. O FAC é focado na desco-
encontro de premiação das ativa é transformar o agro- No encontro realizado berta e aceleração de orga-
melhores empresas na área negócio num factor chave no em Maputo foi lancada a se- nizações com soluções inova-
de inovação em agronegó- desenvolvimento nacional. gunda edição do FAC, a ma- doras para toda a cadeia de
cios a nível mundial e que te- No lançamento do rela- ior competição global de valor do sector agrícola. re-
ve lugar na Turquia. tório, Paulo Negrão em re- inovadores em agronegó- dacção
A fundadora da empresa,
baseada na província de Ma-
nica, e que se dedica ao pro-
Universitários criam frangos e ovos
cessamento e venda de pó MPM, 04 MAI - O projecto prego. Temos que criar as espírito de prestação de
de Malambe, opera no mer- Agro-Jovem, uma iniciativa nossas próprias empresas, contas, pois, foram escolhi-
cado moçambicano a três da Gapi-Sociedade de Inves- para poder empregar mais dos entre muitos e o financi-
anos. Anifa Ossman e disse timentos financiado pela Da- moçambicanos”, disse. amento deve ser reembolsa-
que a participação na com- nida, acaba de conceder, na Por sua vez, Cláudia Va- do em tempo útil”, indicou.
petição internacional bem província de Sofala, financi- vá, da direcção provincial de Importa realçar que as
como a premiação permiti- amentos a dois projectos Tecnologia de Sofala, consi- taxas de juro para esta ope-
ram mais exposição da em- avícolas de jovens estudantes derou que o programa de ração foram fixadas em 12
presa ao mercado internaci- universitários, no valor total apoio ao empreendedoris- por cento e o período máxi-
onal. de um milhão e trezentos mil mo foi desenhado pela Gapi, mo de pagamento do em-
Num encontro em Mapu- meticais. por forma a criar uma nova préstimo é de três anos. Os
to, onde foi apresentado o Estes jovens fazem parte geração de empreendedo- empreendedores que cum-
relatório sobre a participa- do primeiro grupo de estu- res, sendo, neste caso, os prirem, cabalmente, com o
ção de Moçambique nesta dantes universitários que es- beneficiários recém-gradua- calendário de amortizações
iniciativa, foram vincadas as tão a concluir os seus cursos dos no Instituto Superior de receberão como investimen-
acções que o país tem regis- de formação superior e que Tecnologia Alberto Chipan- to a fundo perdido um valor
tado no fornecimento de fer- pretendem tornar-se empre- de. até 50 por cento do mon-
ramentas e oportunidades endedores, naquele ponto “A estes benef iciários tante do empréstimo rece-
para as Pequenas e Médias do país. apelamos para que tenham bido e que tiver sido reem-
Empresas no desenvolvimen- Wilma Nhavoto, gerente muita responsabilidade e bolsado. red
to de agro-negócios. da Gapi, em Sofala, referiu
Através de competições que o f inanciamento ora CTA-balanço
que incentivam a inovação, a efectuado destina-se a dois mês, a Confederação, atra- seus desafios enfrentados
Future Agro Challenge (FAC), empreendimentos sediados vés do Gabinete de Apoio para o acesso ao Fundo.
uma iniciativa de promoção no distrito de Dondo, nome- Empresarial, divulgou atra- Nesta interacção, por
tecnologia e práticas Ever- adamente a “Ovo de Bosque” vés das suas diversas plata- exemplo, denotou-se que, a
green para o aumento da e “MP Empreendimentos”, formas de interacção, infor- questão da obrigatoriedade
produção e da eficiência de vocacionados na criação de mações complementares e da certificação das contas, o
alimentos de maneira sus- frangos e na produção de documentos para submis- regulamento da Lei Cambial
tentável, procura, entre ou- ovos, respectivamente. são dos projectos a mais de na recepção e exportação de
tros, capacitar as empresas “Gostaria de apelar aos 3200 interessados, tendo na capitais, o pagamento do
nacionais através da compe- jovens para que adiram a es- sequência mantido contac- montante do Due Diligence,
tição e criatividade. te projecto, de modo a se tos e interagido com 93 em- o tempo de processamento
“A FAC ajuda as pequenas tornarem empresários. Te- presários e representantes dos projectos e o prazo de
e médias empresas a expan- mos que evitar que, após a de PME´s nacionais através resposta sobre o projecto,
direm seus negócios para conclusão do ensino supe- de reuniões, telefone e cor- constituiam os maiores de-
novos mercados e proporci- rior ou técnico-profissional, reio electrónico, prestando safios. Até ao momento, a
ona incentivos e oportunida- tenham que andar dum lado esclarecimentos sobre o fun- CTA recebeu-se 18 projectos
des de interação entre os para o outro para pedir em- cionamento e auscultando de empresas. xg/et

maputo, sexta-feira - 04.05.18 expresso edição nr. 4386 - Pág.4/5


de eventos recentes. Existem, povo Moçambicano na espe-
Penso, Logo existo no entanto, diferenças-chave
entre o Mississippi de então e
rança de ver os resultados
dessa investigação. Muitos no
Dean Pittman *
o Moçambique de hoje. Mississippi que discordavam

A-propósito do 3 Maio Em primeiro lugar, ao con-


trário do Mississippi naquela
da segregação mantiveram-se
calados por medo, frequente-
NOS dias sombrios de Setem- nuou a escrever, em 1962 e época, Moçambique tem assis- mente justificado, de que uma
bro de 1962, no meu estado durante os tumultuosos anos tido, ao longo dos últimos anos, força policial na sua grande
natal do Mississippi, após o Go- que se seguiram. Face a ame- a uma ressurgência de debates maioria racista não protege-
verno Federal dos E.U.A. ser aças claras e crescentes con- públicos saudáveis nos jornais, ria a sua segurança. A polícia
forçado a enviar o exército pa- tra a sua segurança, através na televisão e na rádio, e espe- em Moçambique tem, portan-
ra inscrever o primeiro estu- dos seus editoriais, Harkey cialmente nas redes sociais. De to, um papel importante e
dante Afro-Americano na ma- condenou a violência contra os igual modo jornalistas e cida- construtivo a desempenhar as-
ior universidade pública do es- Afro-Americanos e os que de- dãos têm tido cada vez mais segurando que os jornalistas,
tado, Ira B. Harkey, um editor fendiam a integração imedi- confiança, colocando questões e todos os cidadãos, possam
de um jornal na cidade cos- ata. difíceis que provocam discus- reportar eventos e expor opi-
teira de Pascagoula recebeu Através do seu jornal, ape- são sobre os desafios enfrenta- niões num ambiente livre de
um telefonema. lava publicamente à honra do dos por esta grande nação. violência e de intimidação.
“Estive numa reunião on- povo do Mississippi para que Como Americano, e como Como diz o ditado, estuda-
tem à noite com algumas pes- agisse correctamente, e afir- Embaixador dos E.U.A., sinto- mos o passado para evitar es-
soas que querem ver-te morto”, masse o que sabia estar certo. -me encorajado sempre que tarmos condenados a repeti-
disse o homem. O meu pai era também, nessa um repórter Moçambicano -lo, e porque nos ajuda a cons-
Harkey trabalhava no úni- época, um jornalista no Mis- pressiona-me com uma per- truir um futuro promissor.
co jornal de Pascagoula, The sissippi e também recebeu gunta difícil ou desafia a minha No Mississippi, esses dias
Chronicle, e tinha redigido inú- ameaças por reportar sobre posição política. É sempre fácil sombrios ficaram para trás,
meros editoriais nos últimos questões de direitos civis. concordar. Reconhecer publi- graças em parte ao espírito
oito anos apelando à integra- Como Harkey, ele sabia camente os desacordos e tra- indomável de uma imprensa
ção racial pacífica nos espaços que os jornalistas devem conti- balhar neles de forma constru- livre.
públicos do Mississippi, tais co- nuar a falar, e a dizer a verda- tiva, no entanto, é a melhor for- É minha esperança que à
mo casas de banho, resta- de. Estes jornalistas eram ma de exercer a democracia. medida que avançamos rumo
urantes, e fontanários, e nas campeões da liberdade de Em segundo lugar, diferen- ao futuro, os exemplos de Ira
suas instituições, como univer- imprensa, numa época em que temente da reacção silenciosa B. Harkey, Ericino de Salema,
sidades, tribunais e órgãos le- tal não era fácil no Mississippi. e vergonhosa no Mississippi às e muitas outras vozes cora-
gislativos. Ele estava entre um Qual é a importância desta ameaças contra Harkey e ou- josas nos inspirem, como cida-
punhado de corajosos jorna- história acerca de Ira B. Harkey tros, ergueu-se um coro de vo- dãos dos Estados Unidos e de
listas dispostos a manifesta- e outros jornalistas destemidos zes moçambicanas condenan- Moçambique, a continuarmos
rem-se. Embora muitos sentis- de há mais de 50 anos atrás do o ataque recente em Mapu- a defender a liberdade de
sem em privado que era che- no Mississippi para o nosso to. imprensa que é tão fundamen-
gada a hora da integração quotidiano (hoje em dia) em Representantes da soci- tal para qualquer democracia.
racial no Mississippi, poucos Moçambique? Ela é importan- edade civil, oficiais do governo, * embaixador dos EUA
líderes empresariais ou religi- te porque a 3 de Maio come- e líderes dos partidos políticos em Moçambique
denunciaram energicamente o
osos, políticos ou mesmo jor-
nalistas ousavam desafiar pu-
moramos o Dia Mundial da
Liberdade de Imprensa, e há ataque e defenderam o direito Comentário
salvador raimundo

blicamente aqueles que clama- poucas semanasassistimos a dos moçambicanos declara- ARTIGO interessante este
vam por uma segregação ameaças e a um ataque horrí- rem livremente as suas opini- o do embaixador dos Esta-
contínua das raças, ou conde- vel contra um conceituado co- ões e participarem no debate dos Unidos da América e
navam a violência racial no mentador político Moçambi- público. que nos toca fundo. Nos
estado quando eclodissem. cano, que foi claramente es- Finalmente, enquanto a po- inspira.
Poucos dias após o aviso pancado por expressar as suas lícia local em Pascagoula, Mis- Mais interessante seria
do autor da chamada, que não opiniões num programa popu- sissippi pouco fez para inves- se, entre nós, houvessem
chegou a identificar-se, alguém lar televisivo. Como Harkey, o tigar as ameaças contra Har- dirigentes ou figuras de
disparou uma espingarda comentador político Moçam- key, a polícia em Maputo com- nomeada a escrever algo
através da porta frontal da se- bicano cumpria um dever fun- prometeu-se a conduzir uma semelhante. Os nossos não
de do The Chronicle na baixa damental da sua profissão: investigação séria e minuciosa escrevem, não…
da cidade. apresentava publicamente sobre o ataque recente, e os Muitos não o fazem por-
Ainda assim, Harkey conti- uma análise franca e directa Estados Unidos juntam-se ao que não sabem.
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