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Almas, S.(1), Carretas, S. (1), Fernandes, A. (1), Lourenço, P.(1), Silva, A. (1), Silva, M. (1), Quintana, C.

(2) e Gonçalves M. (2)


(1) Técnicas de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de Setúbal E.P.E., Setúbal, (2) Anatomopatologistas do Serviço de Anatomia Patológica do Centro

Hospitalar de Setúbal E.P.E., Setúbal

INTRODUÇÃO
A fixação é a etapa mais importante no processamento histológico. O seu objectivo é prevenir a autólise e a destruição bacteriana dos tecidos, mantendo a
sua forma e volume durante as etapas subsequentes, e manter o tecido o mais parecido com o seu estado in vivo. O fixador mais utilizado na rotina de
Anatomia Patológica é o formaldeído líquido tamponado a 10%, uma vez que é compatível com a maior parte das técnicas complementares que se utilizam
por rotina em Anatomia Patológica. O formaldeído provoca escassa retracção e distorção tecidular, possui uma elevada velocidade de penetração, uma vez
que se difunde rapidamente no interior dos tecidos, no entanto possui uma baixa velocidade de fixação, demorando a desnaturar e precipitar as proteínas
tecidulares, sendo esta a forma de estabilização dos componentes químicos dos tecidos. O formaldeído no estado líquido tem a desvantagem de produzir
quase de imediato vapores irritantes para a conjuntiva, tracto respiratório superior e pele.
No entanto, existe o mesmo fixador em forma de gel, cuja vantagem é a diminuição da formação de vapores irritantes, permitindo ao operador estar
exposto durante períodos mais longos sem sentir os efeitos atrás referidos. Devido à sua consistência, previne salpicos acidentais e derrames durante o
transporte e manuseamento das amostras biológicas.

OBJECTIVOS
O objectivo do estudo é comparar a morfologia, preservação e qualidade das amostras biológicas fixadas em formaldeído tamponado a 10 % no estado
líquido e em gel, procedendo-se a avaliações macroscópicas e microscópicas.
Na macroscopia comparar os efeitos visíveis nos tecidos expostos ao formaldeído tamponado a 10% no estado líquido e em gel.
Na microscopia, através da utilização da coloração de rotina e de técnicas complementares de diagnóstico (imunocitoquímica e histoquímica), comparar a
morfologia, preservação e consequente qualidade dos tecidos sujeitos aos dois tipos de fixadores.

METODOLOGIA Formol Gel


Formol Líquido
Amostras: Útero, Rim, Cólon e Vesícula.
Recepcionados a fresco e seccionadas em
partes iguais para ambos os fixadores.
0h
Fixação: Formol líquido e Formol gel.
Tempo de fixação: 8h, 24h, 48h, 72h.
Critérios de Avaliação:
Macroscopia: método observacional 24h
Microscopia:
Coloração de H&E para avaliação da
morfologia e preservação.
Imunocitoquímica - AE1/AE3 (Cólon),
Vim (Rim), α-actina (Útero), CD34
(Vesícula), para avaliação da 48h
viabilidade dos epítopos.
Histoquímica – Tricrómio de Masson,
para avaliação viabilidade dos
componentes tecidulares.
72h

RESULTADOS
TIPO DE TECIDO ÚTERO RIM VESÍCULA CÓLON
Classificação:
0 - Ausente TEMPO DE FIXAÇÃO 24H 48H 72H 24H 48H 72H 8H 24H 48H 24H 48H 72H
1 - Fraco
2 - Moderado TIPO DE FIXADOR Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel Liq Gel

3 - Forte Macroscopia 2 2 4 4 4 4 2 2 4 4 4 4 2 2 4 4 4 4 2 2 4 4 4 4
4 - Muito forte Morfologia 4 4 4 4 3 3 4 4 4 4 4 4 2 2 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
H&E
Preservação 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 2 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4
Qualidade:
Imunocitoquímica 3 3 4 3 4 2 2 2 3 3 4 4 2 2 3 3 4 4 3 3 3 3 3 3
Resulta do somatório dos critérios de
avaliação. Histoquímica 3 4 3 3 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 3 4 4
QUALIDADE 16 17 19 18 18 17 16 16 19 19 19 20 12 12 17 17 20 20 16 16 18 18 19 19

CONCLUSÃO
Durante o manuseamento das amostras constatou-se que ao colocar a amostra no recipiente com formol gel, esta de imediato fica submersa ao contrário
do que acontece por vezes no formol liquido, em que as amostras flutuam. Verificou-se também a diminuição de salpicos acidentais bem como a
diminuição dos fortes odores libertados pelo formol liquido.
No que concerne aos critérios de avaliação, verificou-se que existem resultados sobreponíveis quer na macroscopia, quer na morfologia e preservação dos
tecidos, existindo ligeiras oscilações que não foram significativas e não inviabilizaram o uso de técnicas complementares .
Quanto aos diferentes tempos de fixação, também não se verificou diferenças significativas à excepção das 8h de fixação utilizadas na vesícula, cujos os
resultados foram piores, optando-se por não utilizar este tempo de fixação para as restantes amostras do estudo.
Apesar da pequena amostragem deste estudo, verificamos que o formol gel é viável para a rotina laboratorial em Anatomia Patológica, estando de acordo
com o estudo conduzido por Michael LaFrinieri.

Referências: Bancroft, J.D e Stevens, A. (1996) “Theory and Practice of Histological Techniques”, in (4th Edition) Fixation and fixatives, pp.23-46, Churchill Livingstone, New York, EUA; “Comparison and Validation Study of FormagelTM and Traditional 10% Neutral Buffered
Formalin” disponivel em: http://azerscientific.com/brochures/PDFs/Formagel%20validation%20v1.0.pdf; “ Introduction to Tissue Fixation” disponivel em: http://histologycourse.com/Tissue%20Fixation-Lecture%2012.pdf.

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