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PREPARATÓRIO AGENTE DE ELITE Art.

1º - Regime Jurídico do Funcionário Civil é o


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - AGEPEN-CE 2017 conjunto de normas e princípios, estabelecidos por
PROFESSOR DANTAS este Estatuto e legislação complementar,
reguladores das relações entre o Estado e o
AULA INAUGURAL 08/07/2017 ocupante de cargo público.
AGENTE
__________________________________________
Olá meus(minhas) futuro(A)s Agentes Art. 2º - Aplica-se o regime jurídico de que trata esta
lei:
Penitenciários. Vamos iniciar hoje nossa caminhada
I - aos funcionários do Poder Executivo;
em direção à tão sonhada vaga do cargo de Agente II - aos funcionários autárquicos do Estado;
Penitenciário. Desejo a todo(a) vocês sucesso e III - aos funcionários administrativos do Poder
contem comigo. DEUS no Comando. Legislativo;
Sempre!!!!!!!!!!!!!!!!! IV - aos funcionários administrativos do Tribunal de
Contas do Estado e do Conselho de Contas dos
Municípios. (Ver Emenda Constitucional nº 9, de
PROGRAMA PROVA CONHECIMENTOS 16.12.1992 - D. O. de 22.12.1992).
ESPECÍFICOS - AGENTE PENITENCIÁRIO SEJUS
CEARÁ 2011 – UECE Art. 3º - Funcionário Público Civil é o ocupante de
1 Direitos, deveres e regime disciplinar dos cargo público, ou o que, extinto ou declarado
Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará (Lei desnecessário o cargo, é posto em disponibilidade.
Estadual Nº 9.826, de 14 de maio de 1974 -
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Art. 4º - Cargo público é o lugar inserido no Sistema
CIVIS DO ESTADO DO CEARÁ). Administrativo Civil do Estado, caracterizando-se,
2 Lei Nº 14.582, de 21/12/09 (D.O.E de cada um, por determinado conjunto de atribuições e
28/12/09) e suas alterações. Redenomina a Carreira responsabilidades de natureza permanente.
Guarda Penitenciária, e dá Outras Providências. Parágrafo único - Exclui-se da regra conceitual deste
3 Sistema de Revistas nos Estabelecimentos artigo o conjunto de empregos que, inserido no
Penais do Estado do Ceará (Decreto Estadual Nº Sistema Administrativo Civil do Estado, se subordina
25.050, de 14 de julho de 1998, publicado no DOE à legislação trabalhista.
de 16/07/98).
4 Regimento Geral dos Estabelecimentos Art. 5º - Para os efeitos deste Estatuto, considera-se
Prisionais do Estado do Ceará (Anexo Único da Sistema Administrativo o complexo de órgãos dos
Portaria Nº240/2010, de 16 de abril de 2010, Poderes Legislativo e Executivo e suas entidades
publicada no Diário Oficial de 28 de abril de 2010 e autárquicas.
republicada no DOE de 24 de agosto de 2010).
TÍTULO II
Do Provimento dos Cargos
Lei Estadual nº 9.826/74 - ESTATUTO DOS CAPÍTULO I
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO Das Disposições Preliminares
DO CEARÁ
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são
Públicos Civis do Estado. acessíveis a todos brasileiros, observadas as
condições prescritas em lei e regulamento.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Art. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o seu
provimento pode ser em caráter efetivo ou em
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e comissão.
eu sanciono a seguinte Lei:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, faço Art. 8º - Os cargos em comissão serão providos, por
saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu livre nomeação da autoridade competente, dentre
sanciono e promulgo a seguinte Lei: pessoas que possuam aptidão profissional e reúnam
as condições necessárias à sua investidura,
TÍTULO I conforme se dispuser em regulamento. (Ver
Do Regime Jurídico do Funcionário Constituição Federal art. 37, inciso V).
CAPÍTULO ÚNICO
Dos Princípios Gerais § 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em
comissão poderá recair, ou não, em funcionário do
Estado, na forma do regulamento. (Ver Constituição
Federal art. 37, inciso V).
§ 2º - No caso de recair a escolha em servidor de Art. 14 - É fixada em cinquenta (50) anos a idade
entidade da Administração Indireta, ou em máxima para inscrição em concurso público
funcionário não subordinado à autoridade destinado a ingresso nas categorias funcionais
competente para nomear, o ato de nomeação será instituídas de acordo com a Lei Estadual nº. 9.634,
precedido da necessária requisição. de 30 de outubro de 1972, ressalvadas as exceções
§ 3º - A posse em cargo em comissão determina o a seguir indicadas:
concomitante afastamento do funcionário do cargo
efetivo de que for titular, ressalvados os casos de § 2º - Independerá de idade, a inscrição do candidato
comprovada acumulação legal. que seja servidor de Órgãos da Administração
Estadual Direta ou Indireta.
Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:
I - nomeação; (Ver art.17) § 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habilitação
II - promoção; (Ver art.48) no concurso somente produzirá efeito se, no
III - acesso; (Ver Constituição Federal art. 37, inciso momento da posse ou exercício no novo cargo ou
II e Constituição Estadual art. 154, inciso II). emprego, o candidato ainda possuir a qualidade de
IV - transferência; (Ver Constituição Federal art. 37, servidor ativo, vedada a aposentadoria concomitante
inciso II e Constituição Estadual art. 154, inciso II). para elidir a acumulação do cargo.
V - reintegração; (Ver art.52)
VI - aproveitamento; (Ver art.56) Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente
VII - reversão; (Ver art.60) processadas, para concurso destinado ao provimento
VIII - transposição; de qualquer cargo, não se abrirão novas inscrições
IX - transformação. antes da realização do concurso.

Art. 10 - O ato de provimento deverá indicar a Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição
existência de vaga, com os elementos capazes de básica para provimento de cargo previsto em
identificá-la. regulamento, independerá de limite de idade a
inscrição, em concurso, de ocupante em cargo
Art. 11 - O disciplinamento normativo das formas de público.
provimento dos cargos públicos referidos nos itens
VIII e IX do art. 9º é objeto de legislação específica. CAPÍTULO III
Da Nomeação
CAPÍTULO II
Do Concurso Art. 17 - A nomeação será feita: (Ver Emenda
Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998).
Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia
ou órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos I - em caráter vitalício, nos casos expressamente
concursos para provimento dos cargos vagos. previstos na Constituição;

Art. 13 - A realização dos concursos para provimento II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomeação
dos cargos da Administração Direta do Poder para cargo da classe inicial ou singular de
Executivo competirá ao Órgão Central do Sistema de determinada categoria funcional;
Pessoal.
III - em comissão, quando se tratar de cargo que
§ 1º - A execução dos concursos para provimento assim deve ser provido. (Ver Emenda Constitucional
dos cargos da lotação do Tribunal de Contas do Federal nº 19, de 4.6.1998).
Estado, do Conselho de Contas dos Municípios e das
Autarquias receberá a orientação normativa e Parágrafo único - Em caso de impedimento
supervisão técnica do órgão central referido neste temporário do titular do cargo em comissão, a
artigo. autoridade competente nomeará o substituto,
exonerando-o, findo o período da substituição.
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal
poderá delegar a realização dos concursos aos Art. 18 - Será tornada sem efeito a nomeação
órgãos setoriais e seccionais de pessoal das quando, por ato ou omissão do nomeado, a posse
diversas repartições e entidades, desde que estes não se verificar no prazo para esse fim estabelecido.
apresentem condições técnicas para efetivação das
atividades de recrutamento e seleção,
permanecendo, sempre, o órgão delegante, com a CAPÍTULO IV
responsabilidade pela perfeita execução da atividade Da Posse
delegada.
Art. 19 - Posse é o fato que completa a investidura Art. 22 - No ato da posse será apresentada
em cargo público. declaração, pelo funcionário empossado, dos bens e
valores que constituem o seu patrimônio, nos termos
Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de da regulamentação própria. (Regulamentado pelo
promoção, acesso e reintegração. Decreto nº 11.471, de 29.9.1975).

Art. 20 - Só poderá ser empossado em cargo público Art. 23 - Poderá haver posse por procuração, quando
quem satisfizer os seguintes requisitos: se tratar de funcionário ausente do País ou do
I - ser brasileiro; Estado, ou, ainda, em casos especiais, a juízo da
II - ter completado 18 anos de idade; (Ver autoridade competente.
Constituição Estadual - art. 155).
III - estar no gozo dos direitos políticos; Art. 24 - A autoridade de que der posse verificará,
IV - estar quite com as obrigações militares e sob pena de responsabilidade:
eleitorais; I - se foram satisfeitas as condições legais para a
V - ter boa conduta; posse;
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, II - se do ato de provimento consta a existência de
na forma legal e regulamentar; vaga, com os elementos capazes de identificá-la;
VII - possuir aptidão para o cargo; III - em caso de acumulação, se pelo órgão
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, competente foi declarada lícita.
exceto nos casos de nomeação para cargo em
comissão ou outra forma de provimento para a qual Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias
não se exija o concurso; da publicação do ato de provimento no órgão oficial.
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas
em lei ou regulamento para determinados cargos ou Parágrafo único - A requerimento do funcionário ou
categorias funcionais. de seu representante legal, a autoridade competente
para dar posse poderá prorrogar o prazo previsto
§ 1º - A prova das condições a que se referem os neste artigo, até o máximo de 60 (sessenta) dias
itens I e II deste artigo não será exigida nos casos de contados do seu término.
transferência, aproveitamento e reversão.
Comentário: O prazo para o nomeado tomar posse
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo é de 30 dias. Caso não tome posse no prazo legal, a
efetivo sem declarar, previamente, que não ocupa nomeação (ato de provimento) é tornada sem efeito.
outro cargo ou exerce função ou emprego público da
União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito CAPÍTULO V
Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas Da Fiança
públicas e sociedades de economia mista, ou
apresentar comprovante de exoneração ou dispensa Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo cujo
do outro cargo que ocupava, ou da função ou provimento dependa de prestação de fiança não
emprego que exerce, ou, ainda, nos casos de poderá entrar em exercício sem a prévia satisfação
acumulação legal, comprovante de ter sido a mesma dessa exigência.
julgada lícita pelo órgão competente. § 1º - A fiança poderá ser prestada em:
I - dinheiro;
Art. 21 - São competentes para dar posse: II - título da divida pública da União ou do Estado,
I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe ações de sociedade de economia mista que o Estado
são diretamente subordinadas; participe como acionista, e
II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de III - apólice de seguro-fidelidade funcional, emitida
repartições que lhes são diretamente subordinadas; por instituição oficial ou legalmente autorizada para
III - os dirigentes das Secretarias Administrativas, ou esse fim.
unidades de administração geral equivalente, da
Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do § 2º - O seguro poderá ser feito pela própria
Estado, e do Conselho de Contas dos Municípios, repartição em que terá exercício o funcionário.
aos seus funcionários, se de outra maneira não
estabelecerem as respectivas leis orgânicas e § 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança antes
regimentos internos; de tomada de contas do funcionário.
IV - o Diretor-Geral do órgão central do sistema de § 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens
pessoal, aos demais funcionários da Administração do Estado não ficará isento da ação administrativa
Direta; que couber, ainda que o valor da fiança seja superior
V - os dirigentes das Autarquias, aos funcionários ao dano verificado ao patrimônio público.
dessas entidades.
CAPÍTULO VI
Do Estágio Probatório maio de 1974.(incluído o inciso V conforme Lei
15.744/2014)
Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo
exercício no cargo de provimento efetivo, contado do Comentário: O servidor em estagio probatório não
início do exercício funcional, durante o qual é poderá afastar-se do serviço, exceto nas seguintes
observado o atendimento dos requisitos necessários situações previstas no artigo 68: férias; casamento,
à confirmação do servidor nomeado em virtude de até oito dias; luto, até oito dias, por falecimento de
concurso público. (Redação dada pela Lei nº 13.092, cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíneos
de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). (Ver arts. 37, II, 39, § ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
3º e 41 da Constituição Federal). e pais adotivos; IV - luto, até dois dias, por
falecimento de tio e cunhado; V- exercício das
§ 1º - Como condição para aquisição da estabilidade, atribuições de outro cargo estadual de provimento
é obrigatória a avaliação especial de desempenho em comissão, inclusive da Administração Indireta do
por comissão instituída para essa finalidade. Estado; VI - convocação para o Serviço Militar;
(Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001). licença por acidente no trabalho, agressão não
provocada ou doença profissional; licença à
§ 2º - A avaliação especial de desempenho do funcionária gestante; licença para tratamento de
servidor será realizada: saúde; XV - doença, devidamente comprovada, até
36 dias por ano e não mais de 03 (três) dias por mês
a) extraordinariamente, ainda durante o estágio e XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de
probatório, diante da ocorrência de algum fato dela registro civil.
motivador, sem prejuízo da avaliação ordinária;
b) ordinariamente, logo após o término do estágio § 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a
probatório, devendo a comissão ater-se ascensão funcional. (Acrescentado pela Lei nº
exclusivamente ao desempenho do servidor durante 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001).
o período do estágio.
§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor
§ 3º - Além de outros específicos indicados em lei ou após o decurso do estágio probatório e antes da
regulamento, os requisitos de que trata este artigo conclusão da avaliação especial de desempenho
são os seguintes: serão apuradas por meio de processo administrativo-
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por disciplinar, precedido de sindicância, esta quando
meio de avaliação da capacidade e qualidade no necessária. (Acrescentado pela Lei nº 13.092, de
desempenho das atribuições do cargo; 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001).
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração;
III - cumprimento dos deveres e obrigações do § 9º - São independentes as instâncias
servidor público, inclusive com observância da ética administrativas da avaliação especial de
profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.092, de desempenho e do processo administrativo-
8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). disciplinar, na hipótese do parágrafo anterior, sendo
que resultando exoneração ou demissão do servidor,
§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma em qualquer dos procedimentos, restará prejudicado
complementação do concurso público a que se o que estiver ainda em andamento.
submeteu o servidor, devendo ser obrigatoriamente
acompanhado e supervisionado pelo Chefe Imediato. § 10. Na hipótese de afastamento do servidor em
(Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. estágio probatório para os fins previstos no incisos V,
O. 8.1.2001) VI, VIII, IX, X, XIII, XV, XVI, XVIII e XIX do art. 68,
fica suspenso o estágio probatório durante o período
§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de de afastamento, retornando o cômputo após retorno
treinamento para formação profissional ou ao exercício efetivo, pelo prazo correspondente ao
aperfeiçoamento do servidor, promovidos afastamento.” (incluído pela Lei 15.744/2014)
gratuitamente pela Administração, serão de
participação obrigatória e o resultado obtido pelo Comentário: O estagio probatório ficará suspenso
servidor será considerado por ocasião da avaliação de acordo com os seguintes incisos do artigo 68
especial de desempenho, tendo a reprovação caráter desta Lei: V - exercício das atribuições de outro
eliminatório. (Acrescentado pela Lei nº 13.092, de cargo estadual de provimento em comissão,
8.1.2001 – D. O. 8.1.2001). inclusive da Administração Indireta do Estado; VI -
convocação para o Serviço Militar; VIII -
§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento desempenho de função eletiva federal, estadual ou
dos servidores em estágio probatório, ressalvados os municipal, observada quanto a esta, a legislação
casos previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, X, XII, pertinente; IX - exercício das atribuições de cargo ou
XIII, XV e XXI do art. 68 da Lei nº 9.826, de 14 de função de Governo ou direção, por nomeação do
Governador do Estado; X - licença por acidente no CAPÍTULO VII
trabalho, agressão não provocada ou doença Do Exercício
profissional; XIII - licença para tratamento de saúde;
XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do
por ano e não mais de 03 (três) dias por mês; XVI - exercício das atribuições do cargo serão registrados
missão ou estudo noutras partes do território no cadastro individual do funcionário. (Ver art. 67 da
nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994).
houver sido expressamente autorizado pelo
Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for
Poderes Legislativo e Judiciário; XVIII - prisão do designado o funcionário compete dar-lhe exercício.
funcionário, absolvido por sentença transitada em
julgado e XIX - prisão administrativa, suspensão Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de
preventiva, e o período de suspensão, neste último trinta dias, contados da data:
caso, quando o funcionário for reabilitado em I - da publicação oficial do ato, no caso de
processo de revisão. reintegração;
II - da posse, nos demais casos.
§ 11. O servidor em estágio probatório poderá
exercer cargo de provimento em comissão ou função Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição
de direção, chefia ou assessoramento no seu órgão onde for lotado o cargo por ele ocupado, não
ou entidade de origem, com função ou funções podendo dela se afastar, salvo nos casos previstos
similares ao cargo para o qual foi aprovado em em lei ou regulamento.
concurso público, computando-se o tempo para § 1º - O afastamento não se prolongará por mais de
avaliação essencial de desempenho do estágio quatro anos consecutivos, salvo:
probatório.” (incluído pela Lei 15.819 de 27/7/2015) I - quando para exercer as atribuições de cargo ou
função de direção ou de Governo dos Estados, da
Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório União, Distrito Federal, Territórios e Municípios e
não satisfizer qualquer dos requisitos previstos no § respectivas entidades da administração indireta;
3º do artigo anterior, será exonerado, nos casos dos II - quando à disposição da Presidência da
itens I e II, e demitido na hipótese do item III. República;
Parágrafo único - O ato de exoneração ou de III - quando para exercer mandato eletivo, estadual,
demissão do servidor em razão de reprovação na federal ou municipal, observado, quanto a este, o
avaliação especial de desempenho será expedido disposto na legislação especial pertinente;
pela autoridade competente para nomear. (Alterado IV - quando convocado para serviço militar
pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001) obrigatório;
V - quando se tratar de funcionário no gozo de
Art. 29 – O ato administrativo declaratório da licença para acompanhar o cônjuge.
estabilidade do servidor no cargo de provimento § 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime
efetivo, após cumprimento do estágio probatório e comum ou denunciado por crime inafiançável, em
aprovação na avaliação especial de desempenho, processo do qual não haja pronúncia, o funcionário
será expedido do término do período do estágio será afastado do exercício, até sentença passada em
probatório. (Alterado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 julgado.
– D. O. 8.1.2001). § 3º - O funcionário afastado nos termos do
parágrafo anterior terá direito à percepção do
Comentário: A estabilidade é uma garantia de benefício do auxílio-reclusão, nos termos desta Lei.
permanência no cargo público de provimento (Alterado pelo art.6º da Lei Complementar nº 159 de
efetivo, destinada a garantir maior autonomia e 14.01.2016 – DOE de 18.01.2016)
imparcialidade ao servidor. Contudo, não se trata de
um direito absoluto, uma vez que existem situações Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se
em que, mesmo estável, o servidor poderá perder o por lotação a quantidade de cargos, por grupo,
cargo. categoria funcional e classe, fixada em regulamento
como necessária ao desenvolvimento das atividades
das unidades e entidades do Sistema Administrativo
Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, Civil do Estado.
tomar posse em outro cargo para cuja confirmação
se exige estágio probatório, será afastado do Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é
exercício das atribuições do cargo que ocupava, com obrigado a apresentar ao órgão de pessoal os
suspensão do vínculo funcional nos termos do artigo elementos necessários à atualização de seu cadastro
66, item I, alíneas a, b e c desta lei. individual.
Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste CAPÍTULO VIII
artigo aos casos de acumulação lícita. Da Remoção
Art. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o
Art. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário substituto perceberá o vencimento e a gratificação de
de uma para outra unidade ou entidade do Sistema representação do cargo, ressalvado o caso de
Administrativo, processada de ofício ou a pedido do opção, vedada, porém, a percepção cumulativa de
funcionário, atendidos o interesse público e a vencimento, gratificações e vantagens.
conveniência administrativa.

§ 1º - A remoção respeitará a lotação das unidades


ou entidades administrativas interessadas e será CAPÍTULO X
realizada, no âmbito de cada uma, pelos respectivos Da Progressão e Ascensão Funcional
dirigentes e chefes, conforme se dispuser em SEÇÃO I
regulamento. Da Progressão Horizontal
§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, também (Revogada a SEÇÃO I, compreendendo os artigos
servidor público, for designado ex offício para ter 43 a 45, pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. de
exercício em outro ponto do território estadual ou 18.6.1999).
nacional ou for detentor de mandato eletivo, tem
direito a ser removido ou posto à disposição da SEÇÃO II
unidade de serviço estadual que houver no lugar de Da Ascensão Funcional
domicílio do cônjuge ou em que funcionar o órgão
sede do mandato eletivo, com todos os direitos e Art. 46 - Ascensão funcional é a elevação do
vantagens do cargo. funcionário de um cargo para outro de maiores
responsabilidades e atribuições mais complexas, ou
Art. 38 - A remoção por permuta será processada a que exijam maior tempo de preparação profissional,
pedido escrito de ambos os interessados e de acordo de nível de vencimento mais elevado, ou de
com as demais disposições deste Capítulo. atribuições mais compatíveis com as suas aptidões.
(Ver arts. 21, 22, 23, 29 e Parágrafo único da Lei de
CAPÍTULO IX nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994, e Decreto
Da Substituição nº 22.793 de 1.10.1993 - D. O. 4.10.1993)

Art. 39 - Haverá substituição nos casos de Art. 47 - São formas de ascensão funcional:
impedimento legal ou afastamento de titular de cargo I - a promoção; (Ver art. 48).
em comissão. II - o acesso; (Ver Constituição Federal art. 37, inciso
II - Constituição Estadual art. 154, inciso II). (Ver art.
Art. 40 - A substituição será automática ou 49).
dependerá de nomeação. III - a transferência. (Ver art. 50).
§ 1º - A substituição automática é estabelecida em
lei, regulamento, regimento ou manual de serviço, e Art. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à
proceder-se-á independentemente de lavratura de classe imediatamente superior àquela em que se
ato. encontra dentro da mesma série de classes na
§ 2º - Quando depender de ato da administração, o categoria funcional a que pertencer.
substituto será nomeado pelo Governador,
Presidente da Assembleia, Presidente do Tribunal de Art. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário de
Contas, Presidente do Conselho de Contas dos classe final da série de classes de uma categoria
Municípios, ou dirigente autárquico, conforme o caso. funcional para a classe inicial da série de classes ou
(Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 – D. de outra categoria profissional afim.
O. 22.12.1992)
§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos Art. 50 - Transferência é a passagem do funcionário
anteriores, será gratuita, salvo se exceder de 30 dias, de uma para outra categoria funcional, dentro do
quando então será remunerada por todo o período. mesmo quadro, ou não, e atenderá sempre aos
(Regulamentado pelo Decreto nº 19.168, de 4.3.1988 aspectos da vocação profissional.
- D. O. 7.3.1988) Comentário: A transferência apesar de constar
originariamente na Lei 9.826/74 como forma de
Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão passagem do servidor estável de cargo efetivo para
e até seu provimento, poderá ser designado, pela outro de igual denominação, mas pertencente a
autoridade imediatamente superior, um funcionário quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição
para responder pelo expediente. do mesmo Poder. Contudo, foi dada como
Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se inconstitucional pelo STF, por garantir o ingresso em
aplicam as disposições do art. 40, § 3º. carreira distinta da qual o servidor prestou o
concurso público.
funcional, mantido o vencimento do cargo, ou postos
Art. 51 - As formas de ascensão funcional em disponibilidade nos termos do art. 109, parágrafo
obedecerão sempre a critério seletivo, mediante único da Constituição do Estado. (Ver § 3º do art. 41
provas que sejam capazes de verificar a qualificação da Constituição Federal e § 3º do art. 172 da
e aptidão necessárias ao desempenho das Constituição Estadual).
atribuições do novo cargo, conforme se dispuser em § 1º - O aproveitamento dependerá de provas de
regulamento. habilitação, de sanidade e capacidade física
Comentário: Ascensão funcional é a elevação do mediante exames de suficiência e inspeção médica.
funcionário de um cargo para outro de maiores § 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em cargo
responsabilidades e atribuições mais complexas, ou cujo vencimento for inferior ao do anteriormente
que exijam maior tempo de preparação profissional, ocupado, o funcionário perceberá a diferença a título
de nível de vencimento mais elevado, ou de de vantagem pessoal, incorporada ao vencimento
atribuições mais compatíveis com as suas aptidões. para fins de progressão horizontal, disponibilidade e
(art.46) aposentadoria.
§ 3º - Não se abrirá concurso público, nem se
preencherá vaga no Sistema Administrativo Estadual
CAPÍTULO XI sem que se verifique, previamente, a inexistência de
Do Reingresso no Sistema Administrativo funcionário a aproveitar, possuidor da necessária
Estadual habilitação.
SEÇÃO I
Da Reintegração Art. 58 - Na ocorrência de vagas nos quadros de
pessoal do Estado o aproveitamento terá
Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de decisão precedência sobre as demais formas de provimento,
administrativa ou judicial, é o reingresso do ressalvadas as destinadas à promoção e acesso.
funcionário no serviço administrativo, com Parágrafo único - Havendo mais de um concorrente à
ressarcimento dos vencimentos relativos ao cargo. mesma vaga, preferência pela ordem:
Parágrafo único - A decisão administrativa que I - o de melhor classificação em prova de habilitação;
determinar a reintegração será proferida em recurso II - o de maior tempo de disponibilidade;
ou em virtude de reabilitação funcional determinada III - o de maior tempo de serviço público;
em processo de revisão nos termos deste Estatuto. IV - o de maior prole.

Art. 53 - A reintegração será feita no cargo Art. 59 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e
anteriormente ocupado, o qual será restabelecido cassada a disponibilidade do funcionário, se este,
caso tenha sido extinto. cientificado, expressamente, do ato de
aproveitamento, não tomar posse no prazo legal,
Art. 54 - Reintegrado o funcionário, quem lhe houver salvo caso de doença comprovada em inspeção
ocupado o lugar será reconduzido ao cargo médica.
anteriormente ocupado, sem direito a qualquer Parágrafo único - Provada em inspeção médica a
indenização, ou ficará como excedente da lotação. incapacidade definitiva, a disponibilidade será
convertida em aposentadoria, com a sua
Art. 55 - O funcionário reintegrado será submetido à consequente decretação.
inspeção médica e aposentado, se julgado incapaz.
Comentário: A reintegração ocorre quando há
nulidade na demissão do servidor (por exemplo: foi SEÇÃO III
demitido sem o contraditório e a ampla defesa). Se o Da Reversão
cargo não existir mais (for extinto), o servidor ficará
em disponibilidade, até o seu adequado Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema
aproveitamento. Administrativo do aposentado por invalidez, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria.

SEÇÃO II Art. 61 - A reversão far-se-á de ofício ou a pedido, de


Do Aproveitamento preferência no mesmo cargo ou naquele em que se
tenha transformado, ou em cargo de vencimentos e
Art. 56 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do atribuições equivalentes aos do cargo anteriormente
cargo do funcionário em disponibilidade. ocupado, atendido o requisito da habilitação
Art. 57 - A juízo e no interesse do Sistema profissional.
Administrativo, os funcionários estáveis, ocupantes Parágrafo único - São condições essenciais para que
de cargos extintos ou declarados desnecessários, a reversão se efetive:
poderão ser compulsoriamente aproveitados em a) que o aposentado não haja completado 60
outros cargos compatíveis com a sua aptidão (sessenta) anos de idade;
b) que o inativo seja julgado apto em inspeção Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste
médica; Estatuto não se aplicará, temporariamente, ao
c) que a Administração considere de interesse do funcionário estadual:
Sistema Administrativo o reingresso do aposentado
na atividade. I - (REVOGADO)
d) (Revogado pelo art.10 da Lei Complementar nº II - no caso de opção em caráter temporário, pelo
159/16 – DOE de 18.01.2016) regime a que alude o art. 106 da Constituição
Federal ou pelo regime da legislação trabalhista; (Ver
TÍTULO III art. 37, inciso IX, da Constituição Federal).
Da Extinção e da Suspensão do Vínculo III - no caso de disponibilidade;
Funcional CF/88 - Art.41, § 3º - Extinto o cargo ou declarada a
CAPÍTULO I sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
Da Vacância dos Cargos disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
Art. 62 - A vacância do cargo resultará de: em outro cargo.
I - exoneração; A princípio é necessário frisar que a disponibilidade
no serviço público é um instituto inerente
II - demissão; (Ver art. 37 da Lei nº 11.714, de aos servidores estáveis. Ela protege o vínculo do
25.7.1990 - DOE de 4.9.1990). servidor estável com a Administração quando seu
cargo é extinto ou declarado desnecessário, mesmo
III - ascensão funcional; sem estar trabalhando ele receberá proporcional ao
tempo de serviço e aguardará um futuro
IV - aposentadoria; aproveitamento. Outra forma de disponibilidade é
quando acontecer à reintegração do servidor público
V - falecimento. demitido ou exonerado ex offício, injustamente do
seu cargo, e o atual ocupante, se estável, não puder
Art. 63 - Dar-se-á exoneração: ser reconduzido ao cargo anterior ou aproveitado
I - a pedido do funcionário; em outro cargo (CF, art. 41, § 2º) Veja bem que
II - de ofício, nos seguintes casos: grande proteção tem um servidor estável!
a) quando se tratar de cargo em comissão;
b) quando se tratar de posse em outro cargo ou
emprego da União, do Estado, do Município, do IV - no caso de autorização para o trato de interesses
Distrito Federal, dos Territórios, de Autarquia, de particulares.
Empresas Públicas ou de Sociedade de Economia
Mista, ressalvados os casos de substituição, cargo Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior
de Governo ou de direção, cargo em comissão e implicam em suspensão do vínculo funcional,
acumulação legal desde que, no ato de provimento, acarretando os seguintes efeitos:
seja mencionada esta circunstância; I – Revogado.
c) na hipótese do não atendimento do prazo para – Revogado.
início de exercício, de que trata o artigo 33; – Enquanto vigorar a suspensão do vínculo, o
d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do servidor não fará jus aos vencimentos do cargo
estágio, nos termos do art. 27. desvinculado, não computando, quanto a este, para
Art. 64 - A vaga ocorrerá na data: nenhum efeito, tempo de contribuição. (Redação
I - da vigência do ato administrativo que lhe der dada pelo art.9º da Lei nº 13.578/05)
causa; – Revogado.
II - da morte do ocupante do cargo;
III - da vigência do ato que criar e conceder dotação II - na hipótese do item II do artigo anterior, o
para o seu provimento ou do que determinar esta funcionário não fará jus à percepção dos
última medida, se o cargo já estiver criado; vencimentos, computando-se, entretanto, o período
IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar de suspensão do vínculo para fins de disponibilidade
que sua dotação permita o preenchimento de cargo e aposentadoria, obrigando o funcionário a continuar
vago. a pagar a sua contribuição de previdência com base
Parágrafo único - Verificada a vaga serão nos vencimentos do cargo de cujas atribuições se
consideradas abertas, na mesma data, todas as que desvinculou;
decorrerem de seu preenchimento. III - (Revogado pelo art.10 da Lei Complementar nº
159/16 – DOE de 18.01.2016.

CAPÍTULO II IV - na hipótese de autorização de afastamento para


Da Suspensão do Vínculo Funcional o trato de interesses particulares, o servidor não fará
jus à percepção de vencimentos, tendo porém que
recolher mensalmente o percentual de 33 % (trinta e XI - licença especial; (Revogado pela Lei nº
três por cento) incidente sobre o valor de sua última 12.913/99 - Ver art. 105 ao art.108)
remuneração para fins de contribuição XII - licença à funcionária gestante; (Ver art.80, IV e
previdenciária, que será destinada ao Sistema Único ver art.100)
de Previdência Social e dos Membros de Poder do XIII - licença para tratamento de saúde; (Ver do
Estado do Ceará – SUPSEC. (Redação dada pela art.88 ao art.98)
Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005). XIV - licença para tratamento de moléstias que
impossibilitem o funcionário definitivamente para o
§ 1° - A autorização de afastamento, de que trata o trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do
inciso IV deste artigo, poderá ser concedida sem a Chefe do Poder Executivo;
obrigatoriedade do recolhimento mensal da alíquota XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias
de 33 % (trinta e três por cento), não sendo, porém, o por ano e não mais de 3 (três) dias por mês;
referido tempo computado para obtenção de XVI - missão ou estudo noutras partes do território
qualquer benefício previdenciário, inclusive nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento
aposentadoria. (Acrescentado pela Lei nº 13.578, de houver sido expressamente autorizado pelo
21.1.2005 D. O. 25.1.2005) Governador do Estado, ou pelos Chefes dos Poderes
§ 2° - Os valores de contribuição, referidos no inciso Legislativo e Judiciário;
IV deste artigo, serão reajustados nas mesmas XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem
proporções da remuneração do servidor no do funcionário que mudar de sede, contado da data
respectivo cargo. (Acrescentado pela Lei nº 13.578, do desligamento e até o máximo de 15 dias;
de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005). XVIII - prisão do funcionário, absolvido por sentença
transitada em julgado;
TÍTULO IV XIX - prisão administrativa, suspensão preventiva, e
Dos Direitos, Vantagens e Autorizações o período de suspensão, neste último caso, quando o
CAPÍTULO I funcionário for reabilitado em processo de revisão;
Do Cômputo do Tempo de Serviço Comentário: Com o advento da CF/88, a prisão
(Ver § 9º do art. 40 da Constituição Federal, com administrativa deixou de existir para uma grande
redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de parte da doutrina brasileira, tendo em vista que o
15.12.1998 – D. O. U. 16.12.1998). artigo 5°, LXI, afirma que: “ninguém será preso
senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste fundamentada de autoridade judiciária competente,
Estatuto, compreende o período de efetivo exercício salvo nos casos de transgressão militar ou crime
das atribuições de cargo ou emprego público. propriamente militar, definidos em lei”. Com isso, o
artigo 319 do CPP, não teria sido recepcionado pela
Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o carta magna. Em sentido oposto, sustenta outra
afastamento em virtude de: parte da doutrina que nada impede a prisão
I - férias; (Ver art.78 e art.79) administrativa, desde que decretada por autoridade
II - casamento, até oito dias; judiciária, estando com isso em vigor às hipóteses
III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou do artigo 319, incisos, I, II e III do Código de
companheiro, parentes, consanguíneos ou afins, até processo penal. Com a entrada em vigor da lei
o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais 12.403/2011, o artigo 319 do CPP foi totalmente
adotivos; revogado de modo a não possibilitar mais a prisão
administrativa em nenhuma hipótese por ausência
IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e de previsão legislativa.
cunhado;
V - exercício das atribuições de outro cargo estadual
de provimento em comissão, inclusive da XX – (Revogado pelo art.10, III da Lei Complementar
Administração Indireta do Estado; nº 159/16 – DOE de 18.01.2016).

VI - convocação para o Serviço Militar; XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de
VII - júri e outros serviços obrigatórios; registro civil. (Ver Constituição Federal, art. 10, inciso
VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual II, § 1º dos ADCT).
ou municipal, observada quanto a esta, a legislação
pertinente; § 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por
IX - exercício das atribuições de cargo ou função de acidente de trabalho o evento que cause dano físico
Governo ou direção, por nomeação do Governador ou mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do
do Estado; serviço, inclusive no deslocamento para o trabalho
X - licença por acidente no trabalho, agressão não ou deste para o domicílio do funcionário.
provocada ou doença profissional; (Ver §1º, §2º, §3º
e §4º)
§ 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão, § 2º. Na contagem do tempo, de que trata este artigo,
quando não provocada, sofrida pelo funcionário no deverá ser observado o seguinte: (Redação dada
serviço ou em razão dele. pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005)
§ 3º - Por doença profissional, para os efeitos deste I – não será admitida a contagem em dobro ou em
Estatuto, entende-se aquela peculiar ou inerente ao outras condições especiais;
trabalho exercido, comprovada, em qualquer II – é vedada a contagem de tempo de contribuição,
hipótese, a relação de causa e efeito. quando concomitantes;
§ 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste III – não será contado, por um sistema, o tempo de
artigo, o laudo resultante da inspeção médica deverá contribuição utilizado para a concessão de algum
estabelecer, expressamente, a caracterização do benefício, por outro.
acidente no trabalho da doença profissional.
§ 3º. O tempo de contribuição, a que alude o inciso I
Art. 69. Será computado para efeito de deste artigo, será computado à vista de certidões
disponibilidade e aposentadoria: (Redação dada pela passadas com base em folha de pagamento. (Art. 69
Lei nº 13.578, de 21.1.2005) com nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005).

I – o tempo de contribuição para o Regime Geral de Art. 70. A apuração do tempo de contribuição será
Previdência Social – RGPS, bem como para os feita em anos, meses e dias.
Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS; § 1º. O ano corresponderá a 365 (trezentos e
(Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005) sessenta e cinco) dias e o mês aos 30 (trinta) dias.
II – o período de serviço ativo das Forças Armadas; § 2º. Para o cálculo de qualquer benefício, depois de
(Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005) apurado o tempo de contribuição, este será
III – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra convertido em dias, vedado qualquer forma de
reversão; (Redação dada pela Lei nº 13.578, de arredondamento. (Art. 70 com nova redação dada
21.1.2005) pela Lei nº 13.578/2005).
IV – a licença por motivo de doença em pessoa da
família, conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde Art. 71. É vedado:
que haja contribuição. (Redação dada pela Lei nº I – o cômputo de tempo fictício para o cálculo de
13.578, de 21.1.2005) (Ver art.99) benefício previdenciário;
Comentário: Entende-se como tempo de
§ 1º. No caso previsto no inciso IV, o afastamento contribuição fictício todo aquele considerado em lei
superior a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no anterior como tempo de serviço, público ou privado,
inciso IV, do art. 66, desta Lei. (Redação dada pela computado para fins de concessão de
Lei nº 13.578, de 21.1.2005) aposentadoria sem que haja, por parte do servidor
Art.66, IV, §1º e §2º - Na hipótese de autorização de ou segurado, cumulativamente, a prestação de
afastamento para o trato de interesses particulares, serviço, e a correspondente contribuição social.
o servidor não fará jus à percepção de vencimentos, II – a concessão de aposentadoria especial, nos
tendo, porém que recolher mensalmente o termos do art. 40, § 4.º da Constituição Federal, até
percentual de 33% (trinta e três por cento) incidente que Lei Complementar Federal discipline a matéria;
sobre o valor de sua última remuneração para fins
de contribuição previdenciária, que será destinada III – a percepção de mais de uma aposentadoria à
ao Sistema Único de Previdência Social dos conta do Sistema Único de Previdência Social dos
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
Ceará - SUPSEC. Ceará – SUPSEC, ressalvadas as decorrentes dos
§1º. A autorização de afastamento, de que trata o cargos acumuláveis previstos na Constituição
inciso IV deste artigo, poderá ser concedido sem a Federal;
obrigatoriedade do recolhimento mensal da alíquota
de 33% (trinta e três por cento), não sendo, porém, IV – a percepção simultânea de proventos de
o referido tempo computado para obtenção de aposentadoria decorrente de regime próprio de
qualquer benefício previdenciário, inclusive servidor titular de cargo efetivo, com a remuneração
aposentadoria. de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
§2º. Os valores de contribuição, referidos no inciso cargos acumuláveis previstos na Constituição
IV deste artigo, serão reajustados nas mesmas Federal, os eletivos e os cargos em comissão
proporções da remuneração do servidor no declarados em Lei de livre nomeação e exoneração.
respectivo cargo.
§ 1º. Não se considera fictício o tempo definido em
Lei como tempo de contribuição para fins de
concessão de aposentadoria quando tenha havido,
por parte do servidor, a prestação de serviço ou a Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude de
correspondente contribuição. concurso público adquire estabilidade depois de
§ 2º. A vedação prevista no inciso IV, não se aplica decorridos dois anos de efetivo exercício. (Ver
aos membros de Poder e aos inativos, servidores e CF/88, art. 41, e ver Lei nº 13.092, de 08.01.2001).
militares que, até 16 de dezembro de 1998, tenham
ingressado novamente no serviço público por Parágrafo único - A estabilidade funcional é
concurso público de provas ou de provas e títulos, e incompatível com o cargo em comissão.
pelas demais formas previstas na Constituição
Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais de Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício
uma aposentadoria pelo Sistema Único de somente em virtude de sentença judicial.
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de CAPÍTULO III
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, exceto se Da Disponibilidade
decorrentes de cargos acumuláveis previstos na
Constituição Federal. Art. 77 - Disponibilidade é o afastamento de exercício
§ 3º. O servidor inativo para ser investido em cargo de funcionário estável em virtude da extinção do
público efetivo não acumulável com aquele que cargo, ou da decretação de sua desnecessidade.
gerou a aposentadoria deverá renunciar aos
proventos dessa. § 1º. Extinto o cargo ou declarada sua
§ 4°. O aposentado pelo Sistema Único de desnecessidade, o servidor estável ficará em
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e disponibilidade, percebendo remuneração
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de proporcional ao tempo de serviço, não inferior a 20%
Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, que estiver (vinte por cento) da última remuneração percebida,
exercendo ou que voltar a exercer atividade sendo por cada dia de contribuição, à razão de:
abrangida por este regime é segurado obrigatório em I – 1/12.775 (um doze mil, setecentos e setenta e
relação a essa atividade, ficando sujeito às cinco avos) da remuneração por cada dia trabalhado,
contribuições, de que trata esta Lei, para fins de se homem; e
custeio da Previdência Social, na qualidade de II – 1/10.950 (um dez mil, novecentos e cinquenta
contribuinte solidário. (Art. 71 com nova redação avos) da remuneração por cada dia trabalhado, se
dada pela Lei nº 13.578/2005). mulher. (§1º, I e II do Art. 77 com nova redação dada
pela Lei nº 13.578/2005).
Art. 72. Observadas as disposições do artigo
anterior, o servidor poderá desaverbar, em qualquer § 2º - A apuração do tempo de serviço será feita em
época, total ou parcialmente, seu tempo de dias, sendo o número de dias convertido em anos,
contribuição, desde que não tenha sido computado considerando-se o ano de 365 (trezentos e sessenta
este tempo para a concessão de qualquer benefício. e cinco) dias, permitido o arredondamento para um
(Nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005). ano, na conclusão da conversão, o que exceder a
182 (cento e oitenta e dois) dias. (§ 2º do art. 77 com
nova redação dada pela Lei nº 12.913, de
CAPÍTULO II 17.6.1999).
Da Estabilidade e da Vitaliciedade § 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade
os mesmos critérios de atualização, estabelecidos
Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o para os funcionários ativos em geral.
funcionário efetivo de não ser exonerado ou
demitido, senão em virtude de sentença judicial ou CAPÍTULO IV
inquérito administrativo, em que se lhe tenha sido Das Férias
assegurada ampla defesa. (Ver art.41 da CF/88)
Art. 41, da CF/88 - § 1º O servidor público estável só Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias
perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial consecutivos, ou não, de férias por ano, de acordo
transitada em julgado; II - mediante processo com a escala organizada pelo dirigente da Unidade
administrativo em que lhe seja assegurada ampla Administrativa, na forma do regulamento. (Ver art. 7º,
defesa. III - mediante procedimento de avaliação inciso XVII da Constituição Federal e art. 167, inciso
periódica de desempenho, na forma de lei VII da Constituição Estadual, bem como Decreto nº
complementar, assegurada ampla defesa. 20.769, de 11.6.1990 - D. O. de 12.6.1990).
§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou
houver alteração do exercício funcional, com a
Art. 74 - A estabilidade assegura a permanência do movimentação do funcionário, a este caberá
funcionário no Sistema Administrativo. requerer, ao superior hierárquico, o gozo das férias,
podendo a autoridade, apenas, fixar a oportunidade
do deferimento do pedido, dentro do ano a que se Art. 80, II - Por acidente no trabalho, agressão não
vincular o direito do servidor. provocada e doença profissional; III – por motivo de
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais doença em pessoa da família; V – Para serviço militar
de dois períodos de férias. obrigatório e VI – Para acompanhar o cônjuge.
§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada
ano de exercício no Sistema Administrativo.
§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta Art. 85 – (Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005
ao serviço. – D. O. 25.1.2005).
§ 5º - (Revogado o § 5º pelo art. 2º da Lei nº 12.913,
de 17.6.1999 - D. O. de 18.6.1999). Art. 86 - São competentes para licenciar o
funcionário os dirigentes do Sistema Administrativo
Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a Estadual, admitida à delegação, na forma do
remoção não interromperão as férias. Regulamento.

CAPÍTULO V Art. 87 - VETADO.


Das Licenças § 1º - VETADO.
SEÇÃO I § 2º - VETADO.
Das Disposições Preliminares § 3º - VETADO.

Art. 80 - Será licenciado o funcionário: SEÇÃO II


I - para tratamento de saúde; (Ver do art.88 ao Da Licença para Tratamento de Saúde
art.97)
II - por acidente no trabalho, agressão não provocada Art. 88 - A licença para tratamento de saúde
e doença profissional; (Ver art.68, X e §2º, §3º e §4º) precederá a inspeção médica, nos termos do
III - por motivo de doença em pessoa da família; (Ver Regulamento. (Ver Lei nº 10.738, de 26.10.1982 – D.
art.99) O. de 10.11.1982).
IV - quando gestante; (Ver art.100)
V - para serviço militar obrigatório; (Ver art.101 e Art. 89. O servidor será compulsoriamente licenciado
art.102) quando sofrer uma dessas doenças graves,
VI - para acompanhar o cônjuge; (Ver art.103 e contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa,
art.104) alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
VII - (Revogada pela Lei nº 12.913/99) (Ver art.167, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante,
XII da Constituição Estadual) cardiopatia grave, doença de Parkson,
Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica espondiloartrose anquilosante, epilepsia vera,
terá a duração que for indicada no respectivo laudo. nefropatia grave, estado avançado da doença Paget
§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido à (osteite deformante), síndrome da deficiência
nova inspeção, devendo o laudo concluir pela volta imunológica adquirida – Aids, contaminação por
do funcionário ao exercício, pela prorrogação da radiação, com base em conclusão da medicina
licença ou, se for o caso, pela aposentadoria. especializada, hepatopatia e outras que forem
§ 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá disciplinadas em Lei. (Art. 89 com nova redação
imediatamente o exercício. dada pela Lei nº 13.578/2005).

Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário
prorrogada, de ofício ou a pedido. licenciado voltará ao exercício, ainda quando deva
Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá continuar o tratamento, desde que comprovada por
ser apresentado antes de finda à licença, e, se inspeção médica capacidade para a atividade
indeferido, contar-se-á como licença o período funcional.
compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho. Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no
laudo médico, o funcionário será submetido à nova
Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, inspeção, e aposentado, se for julgado inválido.
contados da determinação da anterior será Parágrafo único. Na hipótese prevista neste artigo, o
considerada como prorrogação. tempo necessário para a nova inspeção será
considerado como de prorrogação da licença e, no
Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 02
licença por prazo superior a vinte e quatro meses, (dois) anos. (§ único do Art. 91 com nova redação
salvo nos casos dos itens II, III, V e VI do art. 80, dada pela Lei nº 13.578/2005).
deste Estatuto.
Art. 92 - No processamento das licenças para
tratamento de saúde será observado sigilo no que diz
respeito aos laudos médicos. SEÇÃO IV
Da Licença à Gestante
Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-
á de qualquer atividade remunerada, sob pena de Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de
interrupção imediata da mesma licença, com perda prorrogação, por mais 60 (sessenta) dias, da licença-
total dos vencimentos, até que reassuma o exercício. maternidade, prevista nos art. 7º, inciso XVIII, e 39,
§3º, da Constituição Federal destinada às servidoras
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a públicas estaduais. (Art. 100 com nova redação dada
inspeção médica determinada pela autoridade pela Lei nº 13.881, de 24.4.2007 – D. O. de
competente, sob pena de suspensão do pagamento 15.5.2007). (Ver Decreto nº 29.652, de 17.2.2009 –
dos vencimentos, até que seja realizado exame. D.O. de 19.02.2009).

Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o Art.7º, XVIII da CF/88 – Licença à gestante, sem
funcionário reassumirá o exercício imediatamente, prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
sob pena de se apurarem como faltas os dias de cento e vinte dias;
ausência. DECRETO Nº 29.652, de 17 de fevereiro de 2009.
DISPÕE SOBRE A RESPONSABILIDADE DO
Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário TESOURO ESTADUAL SOBRE O PAGAMENTO
requerer inspeção médica, caso se julgue em DA PRORROGAÇÃO DA LICENÇA
condições de reassumir o exercício. MATERNIDADE PREVISTA §2º DO ARTIGO 100
DA LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974.
Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do
funcionário licenciado para tratamento de saúde.
Parágrafo único. O pagamento dos vencimentos do §1° - A prorrogação de que trata este artigo será
servidor licenciado para tratamento de saúde é assegurada à servidora estadual mediante
mantido por recursos do respectivo órgão de origem. requerimento efetivado até o final do primeiro mês
(Acrescentado pelo art.7º da Lei Complementar após o parto, e concedida imediatamente após a
nº159/16 – DOE 18.01.16). fruição da licença-maternidade de que trata o art. 7º,
inciso XVIII, da Constituição Federal. (NR)
Art. 98 – (revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 § 2° - Durante o período de prorrogação da licença-
– D. O. 25.1.2005). maternidade, a servidora estadual terá direito à sua
SEÇÃO III remuneração integral. (Nova redação dada pelo
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da art.6º da Lei Complementar nº159/16 – DOE
Família 18.01.16).
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-
Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo maternidade tratada neste artigo o exercício de
de doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qualquer atividade remunerada Pela servidora
qual não esteja separado e de companheiro (a), beneficiária, e a criança não poderá ser mantida em
desde que prove ser indispensável a sua assistência creches ou organização similar, sob pena da perda
pessoal e esta não possa ser prestada do direito do benefício e consequente apuração da
simultaneamente com exercício funcional. (Art. 99 responsabilidade funcional.
com nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005). § 4º O pagamento dos vencimentos da servidora em
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção licença-maternidade, inclusive no período de
médica realizada conforme as exigências contidas prorrogação, é mantido por recursos do respectivo
neste Estatuto quanto à licença para tratamento de órgão de origem. (Acrescentado pelo art.7º da Lei
saúde. (Ver do art.88 ao art.97) Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16).
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na
forma deste artigo, será comprovada mediante SEÇÃO V
parecer do Serviço de Assistência Social, nos termos Da Licença para Serviço Militar Obrigatório
do Regulamento.
§ 3°. O funcionário licenciado, nos termos desta Art. 101 - O funcionário que for convocado para o
seção, perceberá vencimentos integrais até 06 (seis) serviço militar será licenciado com vencimentos
meses. Após este prazo o servidor obedecerá ao integrais, ressalvado o direito de opção pela
disposto no inciso IV, do art. 66 desta Lei, até o limite retribuição financeira do serviço militar.
de 04 (quatro) anos, devendo retornar a suas § 1º. Ao servidor desincorporado conceder-se-á
atividades funcionais imediatamente ao fim do prazo não excedente a 30 (trinta) dias para que
período. (§3º do Art. 99 com nova redação dada pela reassuma o exercício do cargo, sem perda de
Lei nº 13.578/2005).
vencimentos. (§1º do Art. 101 com nova redação b) for estudar em outro ponto do território nacional ou
dada pela Lei nº 13.578/2005). no estrangeiro; (Nova redação dada pelo art. 110 da
§ 2º. O servidor, de que trata o caput deste artigo, Lei nº 13.578/2005).
contribuirá para o Sistema Único de Previdência c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito)
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos dias; (Ver art. 68, II).
Agentes Públicos e dos Membros de Poder do d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência
Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que faça opção de falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes
pela retribuição financeira do serviço militar. (§2º do consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive
Art. 101 acrescentado pela Lei nº 13.578/2005). madrasta, padrasto e pais adotivos; (Ver art. 68, III).
e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e
Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não cunhado; (Ver art. 68, IV).
remunerada das Forças Armadas, será licenciado, f) for realizar missão oficial em outro ponto do
com vencimentos integrais, para cumprimento dos território nacional ou no estrangeiro. Acrescentada
estágios previstos pela legislação militar, garantido o pelo art. 110 da Lei nº 13.578/2005).
direito de opção.
II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando
SEÇÃO VI se tratar de afastamento para trato de interesses
Da Licença do Funcionário para Acompanhar o particulares; (Ver do art. 115 ao art. 120).
Cônjuge III - com ou sem direito à percepção dos
vencimentos, conforme se dispuser em regulamento,
Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem quando para o exercício das atribuições de cargo,
vencimento, para acompanhar o cônjuge, também função ou emprego em entidades e órgãos estranhos
servidor público, quando, de ofício, for mandado ao Sistema Administrativo Estadual.
servir em outro ponto do Estado, do Território
Nacional, ou no Exterior. (Ver Lei nº 10.738, de § 1º. Nos casos previstos nas alíneas a e b, o
26.10.1982 – D. O. 10.11.1982). servidor só poderá solicitar exoneração após o seu
§ 1º - A licença dependerá do requerimento retorno, desde que trabalhe no mínimo o dobro do
devidamente instruído, admitida à renovação, tempo em que esteve afastado, ou reembolse o
independentemente de reassunção do exercício. montante corrigido monetariamente que o Estado
§ 2º - Finda a causa da licença, o funcionário desembolsou durante seu afastamento.
retornará ao exercício de suas funções, no prazo de § 2º. Os dirigentes do Sistema Administrativo
trinta dias, após o qual sua ausência será Estadual poderão, ainda, autorizar o servidor,
considerada abandono de cargo. ocupante do cargo efetivo ou em comissão, a
§ 3º - Existindo no novo local de residência repartição integrar ou assessorar comissões, grupos de
estadual, o funcionário nela será lotado, enquanto trabalho ou programas, com ou sem afastamento do
durar a sua permanência ali. exercício funcional e sem prejuízo dos vencimentos.

Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no SEÇÃO II


artigo anterior o funcionário será licenciado quando o Das Autorizações para Incentivo à Formação
outro cônjuge esteja no exercício de mandato eletivo Profissional do Funcionário
fora de sua sede funcional.
Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até
SEÇÃO VII duas horas diárias, ao funcionário que frequente
Da Licença Especial curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.
(Revogado a Seção VII, pela Lei nº 12.913, de (Ver Lei nº 11.160, de 20.12.1985 - D. O. 24.12.1985
17.6.1999 - D. O. 18.6.1999). e ver Lei nº 11.182, de 9.6.1986 - D. O. 18.6.1986).
CAPÍTULO VI Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo
Das Autorizações poderá dispor que a redução do horário dar-se-á por
SEÇÃO I prorrogação do início ou antecipação do término do
Das Disposições Preliminares expediente, diário, conforme considerar mais
conveniente ao estudante e aos interesses da
Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo repartição.
Estadual autorizarão o funcionário a se afastar do
exercício funcional de acordo com o disposto em Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício
Regulamento: (Regulamentado pelo Decreto nº funcional nos dias em que o funcionário tiver que
25.851 de 12.4.2000 – D. O. 12.4.2000). prestar exames para ingresso em curso regular de
I - sem prejuízo dos vencimentos quando: ensino, ou que, estudante, se submeter a provas.
a) for estudante, para incentivo à sua formação Art. 113 - O afastamento para missão ou estudo fora
profissional e dentro dos limites estabelecidos neste do Estado em outro ponto do território nacional ou no
Estatuto; estrangeiro será autorizado nos mesmos atos que
designarem o funcionário a realizar a missão ou Da Retribuição
estudo, quando do interesse do Sistema SEÇÃO I
Administrativo Estadual. (Ver art. 110, a) e b) ). Disposições Preliminares
Art. 114 - As autorizações previstas nesta Seção
dependerão de comprovação, mediante documento Art. 121 - Todo funcionário, em razão do vínculo que
oficial, das condições previstas para as mesmas, mantém com o Sistema Administrativo Estadual, tem
podendo a autoridade competente exigi-la prévia ou direito a uma retribuição pecuniária, na forma deste
posteriormente, conforme julgar conveniente. Estatuto.
Parágrafo único - Concedida a autorização, na Art. 122 - As formas de retribuição são as seguintes:
dependência da comprovação posterior, sem que I - vencimento;
esta tenha sido efetuada no prazo estipulado, a II - ajuda de custo;
autoridade anulará a autorização, sem prejuízo de III - diária;
outras providências que considerar cabíveis. IV – (Revogado pelo art. 2º da Lei nº 12.913, de 17
de junho de 1999).
SEÇÃO III IV – (Revogado pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999).
Do Afastamento para o Trato de Interesses V - gratificações.
Particulares
§ 1º - O conjunto das retribuições constitui os
Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e vencimentos funcionais.
após declaração de aquisição de estabilidade no § 2º - A retribuição do funcionário disponível constitui
cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter vencimentos para todos os efeitos legais.
autorização de afastamento para tratar de interesses § 3º - A retribuição pecuniária atribuída ao
particulares, por um período não superior a quatro funcionário não sofrerá descontos além dos previstos
anos e sem percepção de remuneração. (Redação expressamente em lei, nem serão objetos de arresto,
dada pela Lei nº 13.092, de 08.01.2001). sequestro ou penhora, salvo quando se tratar de:
Parágrafo único - O funcionário aguardará em I - prestação de alimentos determinada judicialmente;
exercício a autorização do seu afastamento. II - reposição de indenização devida à Fazenda
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento do Estadual;
funcionário removido antes de ter assumido o III – auxílios e benefícios instituídos pela
exercício. Administração Pública. (Acrescentado pela Lei nº
13.369, de 22.9.2003 - D. O. 24.9.2003).
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo,
desistir da autorização concedida, reassumindo o § 4º - As reposições e indenizações devidas à
exercício das atribuições do seu cargo. Fazenda Pública Estadual serão descontadas em
parcelas mensais, não excedentes da décima parte
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema da remuneração do servidor, assim entendida como
Administrativo o exigir, a autorização poderá ser o vencimento-base, acrescido das vantagens fixas e
cassada, a juízo da autoridade competente, devendo, de caráter pessoal. (Redação alterada pela Lei nº
neste caso, o funcionário ser expressamente 13.369, de 22.9.2003 - D. O. 24.9.2003).
notificado para apresentar-se ao serviço no prazo de § 5º - Se o funcionário for exonerado ou demitido, a
30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o quantia por ele devida será inscrita como dívida ativa
qual caracterizar-se-á o abandono do cargo. para os efeitos legais.

Art. 119 - A autorização para afastamento do SEÇÃO II


exercício para o trato de interesses particulares Do Vencimento
somente poderá ser prorrogada por período
necessário para complementar o prazo previsto no Art. 123 - Considera-se vencimento a retribuição
art. 115 deste Estatuto. (Ver art. 115). correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo
a que esteja vinculado o funcionário, em razão do
Art. 120 - O funcionário somente poderá receber efetivo exercício de função pública. (Ver art. 7º, inciso
nova autorização para o afastamento previsto nesta VIII, da Constituição Federal e art. 167, incisos I e
Seção após decorridos, pelo menos, um ano de XIV da Constituição Estadual, e arts. 42 e 43 da Lei
efetivo exercício contado da data em que o nº 12.386, de 9.12.94 - D. O. 9.12.94).
reassumiu, em decorrência do término do prazo
autorizado ou por motivo de desistência ou de Art. 124 - O funcionário perderá: (Ver Decreto nº
cassação de autorização concedida. (incluído pela 18.590, de 18.3.87 - D. O. 19.3.1987).
Lei 15.744/2014) I - o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado
para cargo em comissão, salvo o direito de opção e
de acumulação lícita;
CAPÍTULO VII
II - o vencimento do cargo efetivo, quando no II - quando, antes de terminada a incumbência,
exercício de mandato eletivo, federal ou estadual; regressar, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
III - o vencimento do cargo efetivo, quando dele
afastado para exercer mandato eletivo municipal § 1º - A restituição é de exclusiva responsabilidade
remunerado; (Ver art. 38, inciso III da Constituição pessoal e poderá ser feita parceladamente.
Federal e art. 175, inciso III da Constituição § 2º - Não haverá obrigação de restituir, quando o
Estadual). regresso do funcionário for determinado de ofício ou
IV - o vencimento do dia, se não comparecer ao por doença comprovada, ou quando o mesmo for
serviço, salvo motivo legal ou doença comprovada, exonerado a pedido, após 90 (noventa) dias de
de acordo com o disposto neste Estatuto; exercício na nova sede.
V - um terço do vencimento do dia, se comparecer ao
serviço dentro da hora seguinte à fixação para o SEÇÃO IV
início do expediente, quando se retirar antes de findo Das Diárias
o período de trabalho;
VI - um terço do vencimento, durante o afastamento Art. 129 - Ao funcionário que se deslocar da sua
por motivo de prisão administrativa, prisão repartição em objeto de serviço, conceder-se-á diária
preventiva, pronúncia por crime comum, denúncia a título de indenização das despesas de alimentação
por crime funcional ou condenação por crime e hospedagem, na forma do Regulamento. (Ver
inafiançável em processo no qual não haja Decreto nº 23.651, de 28.3.1995 - D. O. 31.3.1995).
pronúncia, tendo direito à diferença, se absolvido;
VII - dois terços do vencimento durante o período de Art. 130 - O funcionário que receber diária indevida
afastamento em virtude de condenação por sentença será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando,
passada em julgado à pena de que não resulte em ainda, sujeito à punição disciplinar.
demissão.
Parágrafo único - O funcionário investido em SEÇÃO V
mandato gratuito de vereador fará jus à percepção Do Auxílio para Diferença de Caixa
dos seus vencimentos nos dias em que comparecer (Revogada a SEÇÃO V, do Capítulo VII, do Título IV,
às sessões da Câmara. compreendendo o art. 131 e seu parágrafo único,
pela Lei nº 12.913 de 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999).
Art. 131 – (Revogado pelo art.2º IV da Lei nº
SEÇÃO III 12.913/99 - D. O. 18.06.1999).
Da Ajuda de Custo
SEÇÃO VI
Art. 125 - Será concedida ajuda de custo ao Das Gratificações
funcionário que for designado, de ofício, para ter
exercício em nova sede, mesmo fora do Estado. Art. 132 - Ao funcionário conceder-se-á gratificação
Parágrafo único - A ajuda de custo destina-se à em virtude de:
indenização das despesas de viagem e de nova I - prestação de serviços extraordinários; (Ver art.
instalação do funcionário. 133, I e II, §1º).
II - representação de Gabinete; (Ver art. 134).
Art. 126 - A ajuda de custo não excederá de três III - exercício funcional em determinados locais;
meses de vencimentos, salvo nos casos de IV - execução de trabalho relevante, técnico ou
designação do funcionário para: científico; (Ver art. 135).
a) ter exercício fora do Estado; V - serviço ou estudo fora do Estado ou do País;
b) serviço fora do Estado. (Regulamentado pelo Decreto nº 12.765, de
19.5.1978 - D. O. 26.5.1978). (Ver Art. 9º da Lei
Parágrafo único - A ajuda de custo será arbitrada, 13.578 de 21.1.2005 – D.O. 25.1.2005).
dentro das respectivas áreas de competência, pelo VI - execução de trabalho em condições especiais,
Governador do Estado, Presidente da Assembléia inclusive com risco de vida ou saúde; (Ver art. 136).
Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de VII - participação em órgão de deliberação coletiva;
Contas, do Conselho de Contas dos Municípios e VIII - participação em comissão examinadora de
das Autarquias. (Ver Emenda Constitucional nº 9, de concurso;
16.12.1992 – D. O. 22.12.1992). IX - exercício de magistério, em regime de tempo
complementar; ou em cursos especiais, legalmente
Art. 127 - A ajuda de custo para serviço fora do instituídos, inclusive para treinamento de
Estado será calculada na forma disposta em funcionários; (Ver Decreto nº 23.695, de 6.6.1995 -
Regulamento. D. O. 7.6.1995).
Art. 128 - O funcionário restituirá a ajuda de custo: X - representação; (Ver art. 137).
I - quando não se transportar para a nova sede no XI - regime de tempo integral; (Ver art. 138).
prazo determinado; XII - de aumento de produtividade; (Ver art. 139).
XIII - exercício em órgãos fazendários. (Ver art. 140). arbitrada e atribuída pelos dirigentes do Sistema
Parágrafo único - As gratificações não definidas Administrativo Estadual.
nesta lei serão objeto de regulamento. (Ver Decreto
nº 12.765, de 19.5.1978 Art. 136 - A gratificação pela execução de trabalho
D. O. 26.5.1978). em condições especiais, inclusive com risco de vida
ou de saúde, será atribuída pelos dirigentes do
Art. 133 - A gratificação pela prestação de serviço Sistema Administrativo Estadual, observado o
extraordinário é a retribuição de serviço cuja disposto em Regulamento.
execução exija dedicação além do expediente normal
a que estiver sujeito o servidor e será paga Art. 137 - A gratificação de representação é uma
proporcionalmente: indenização atribuída aos ocupantes de cargos em
I - por hora de trabalho adicional; ou, comissão e outros que a lei determinar, tendo em
II - por tarefa especial, levando-se em conta vista despesas de natureza social e profissional
estimativa do número de dias e de horas necessários determinadas pelo exercício funcional.
para sua realização.
Art. 138 - A gratificação por regime de tempo integral,
§ 1º - O valor da hora de trabalho adicional será 50% que se destina ao incremento das atividades de
(cinquenta por cento) maior que o da hora normal de investigação científica, ou tecnológica, e aumento da
trabalho, apurado através da divisão do valor da produtividade, no Sistema Administrativo Estadual,
remuneração mensal do servidor por 30 (trinta) e será objeto de regulamentação específica.
este resultado pelo número de horas § 1º - No Regulamento de que trata este artigo serão
correspondentes à carga horária ou regime do obedecidas as seguintes diretrizes gerais;
servidor. I - proporcionalidade que variará de 60 % (sessenta
§ 2º - No caso do inciso II, a gratificação será por cento) a 100 % (cem por cento) do valor do nível
arbitrada previamente pelo dirigente do órgão ou de vencimento ou função, observando-se os
entidade da administração pública de qualquer dos seguintes fatores de variação; (O art. 19 da Lei nº
Poderes, através de ato que demonstre a 10.416 de 8.9.1980 deu nova redação ao art. 138).
proporcionalidade do pagamento, com indicação da (Ver arts. 41 e 42 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 - D.
estimativa dos dias e dos horários que serão O. 4.9.1990).
necessários à consecução dos serviços. a) complexidade da tarefa;
Art.133, II - por tarefa especial, levando-se em conta b) deslocamentos exigidos para execução das
estimativa do número de dias e de horas tarefas;
necessários para sua realização. c) a situação no mercado de trabalho;
d) as condições de trabalho;
§ 3º - A despesa total mensal com o pagamento da e) as prioridades dos programas, do cargo ou grupo
gratificação de que trata este artigo em nenhuma de cargos; e
hipótese poderá exceder a 1,5% (um e meio por f) a especialização exigida do funcionário.
cento) do valor total da despesa mensal com II - A atribuição da gratificação a ocupantes de
pagamento de pessoal, do órgão ou entidade cargos ou grupos de cargos será condicionada a
considerado. procedimentos administrativos que possibilitem a
§ 4º - O descumprimento ao disposto neste artigo verificação das prioridades dos programas, para
acarretará responsabilidade para o dirigente do aumento da produtividade ou incremento à
órgão ou entidade e seus subordinados envolvidos, investigação científica ou tecnológica, com as
que ficarão solidariamente obrigados a restituir ao justificativas dos programas e subprogramas, a
tesouro estadual as quantias pagas a maior. relação dos servidores indispensáveis à sua
(Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. execução, o prazo de duração do regime e a
O. 18.6.1999) (Ver art. 7º, XVI, da Constituição despesa dele decorrente.
Federal e art. 167, VI, da Constituição Estadual). § 2º - Excepcionalmente e até a aplicação do Plano
de Classificação de Cargos de que trata a Lei nº
Art. 134 - A gratificação pela representação de 9.634, de 30 de outubro de 1972, o regime
Gabinete poderá ser concedida a funcionários e a remanescentes das extintas Tabelas Numéricas de
pessoas estranhas ao Sistema Administrativo, sem Mensalistas, inclusive tendo como base de cálculo o
qualquer vínculo, com exercício nos gabinetes e nível de vencimentos do cargo correspondente à
órgãos de assessoramento técnico do referido respectiva qualificação profissional.
Sistema, na forma do Regulamento. (Ver art. 21 da
Lei nº 10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980). Art. 139 - A gratificação de produtividade destina-se
a incentivar o aumento de arrecadação dos tributos
Art. 135 - A gratificação pela elaboração ou execução estaduais, devendo ser objeto de Regulamentação.
de trabalho relevante, técnico ou científico, será
Art. 140 - A gratificação de exercício, atribuída aos manuseio do processo em local conveniente. Se o
funcionários fazendários, constantes da Lei nº 9.375, representante do funcionário for advogado, aplica-se
de 10.07.70, será objeto de regulamentação própria. o disposto na Lei Federal pertinente.

CAPÍTULO VIII Art. 149 - O disposto neste Capítulo se aplica no que


Do Direito de Petição couber, aos procedimentos disciplinares.

Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao TÍTULO V


aposentado o direito de requerer, representar, pedir Da Previdência e da Assistência
reconsideração e recorrer. CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade
competente para decidir do pedido e encaminhada Art. 150. O Estado assegurará um sistema de
por intermédio daquela a quem estiver previdência público que será mantido com a
imediatamente subordinado o requerente se for o contribuição de seus servidores, ativos, inativos,
caso. pensionistas e do orçamento do Estado, o qual
Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será compreenderá os seguintes benefícios: (Art. 150 com
exercido perante a autoridade que houver expedido o nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
ato, ou proferido a primeira decisão, decairá após 60 I – quanto ao servidor:
(sessenta) dias da ciência do ato pelo peticionante, a) aposentadoria;
ou de sua publicação quando esta for obrigatória. b) salário-família do servidor aposentado; (Nova
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração redação dada pelo art.6º da Lei Complementar
de que tratam os artigos anteriores deverão ser nº159/16 – DOE 18.01.16).
despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos c) (Revogado pelo art.10º da Lei Complementar
dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis. nº159/16 – DOE 18.01.16).
§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou d) (Revogado pelo art.10º da Lei Complementar
recurso perante a mesma autoridade. nº159/16 – DOE 18.01.16).

Art. 144 - Caberá recurso: II – quanto ao dependente:


I - do indeferimento do pedido de reconsideração; a) pensão por morte;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente b) (Revogado pelo art.10º da Lei Complementar
interpostos, nos termos do § 1º deste artigo. nº159/16 – DOE 18.01.16).
§ 1º - O recurso, interposto, perante a autoridade que
tiver praticado o ato ou proferido a decisão, será §1º e §2º - (revogados pela Lei n° 13.578, de
dirigido à autoridade imediatamente superior e, 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005).
sucessivamente, em escala ascendente, às demais
autoridades. Art. 151. O Estado assegurará a manutenção de um
§ 2º - No encaminhamento do recurso observar-se-á sistema de assistência que, dentre outros, preste os
o disposto na parte final do art. 142. seguintes benefícios e serviços aos servidores e aos
seus dependentes:
Art. 145 - O pedido de reconsideração e o recurso I - assistência médica;
não têm efeito suspensivo, salvo disposição em II - assistência hospitalar;
contrário, e o que for provido retroagirá, nos efeitos, III - assistência odontológica;
à data do ato impugnado. IV - assistência social;
V - auxílio funeral;
Art. 146 - O direito de pleitear na esfera VI - auxílio-reclusão. (Acrescentado pelo art.7º da Lei
administrativa prescreverá em 120 (cento e vinte) Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16). (Ver
dias, salvo estipulação em contrário, prevista art.173-A) (Ver art.12, V da Lei Complementar nº 12
expressamente em lei ou regulamento. de 23.06.99).

Art. 147 - Os prazos estabelecidos neste Capítulo § 1º. A triagem dos casos apresentados para
são fatais e improrrogáveis, e o pedido de internamento hospitalar e consequente fiscalização e
reconsideração e o recurso, quando cabíveis, controle será realizado por um Grupo de Trabalho,
interrompem a prescrição. cuja composição e atribuições serão determinados
pelo Governo do Estado através do Instituto de
Art. 148 - Ao funcionário ou ao seu representante Previdência do Estado – IPEC, mediante ato próprio.
legalmente constituído é assegurado, para efeito de § 2º. É assegurada assistência médica gratuita ao
recurso ou pedido de reconsideração, o direito de servidor acidentado em serviço ou que tenha
vista ao processo na repartição competente durante contraído doença profissional, através do Estado.
todo o expediente regulamentar, assegurado o livre
§ 3º - VETADO. (Art. 151 e §1º, §2° com novas vencimentos, incorporáveis do cargo efetivo, se a
redações dadas pela Lei nº 13.578/2005). causa for doença grave, incurável ou contagiosa, a
que se refere o artigo 89, ou acidente no trabalho, ou
doença profissional, nos termos do inciso X do artigo
CAPÍTULO II 68; o provento será proporcional ao tempo de
Da Aposentadoria serviço, nos demais casos. (Ver inciso I do art. 40 da
(LEI Nº 10.738, de 26.10.1982 - D. O. 10.11.1982) - Constituição Federal, com a redação dada pela
Art. 1º - São extensivas aos servidores contratados Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. O.
da Administração Direta e Indireta, regidos pela U. 16.12.1998).
Consolidação das Leis do Trabalho, contribuintes do
Instituto de Previdência do Estado do Ceará, as § 1º - Somente nos casos de invalidez decorrente de
disposições... Dos Capítulos I e II do Título V da Lei acidente no trabalho ou doença profissional, como
n° 9.826, de 14 de maio de 1974. configurados nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo 68, será
aposentado o ocupante do cargo de provimento em
Art. 152. O servidor será aposentado, conforme as comissão, hipótese em que o respectivo provento
regras estabelecidas no art. 40 da Constituição será integral.
Federal.
§ 2º - O funcionário aposentado em decorrência da
Parágrafo único. A aposentadoria por invalidez será invalidez por acidente em serviço, por moléstia
sempre precedida de licença por período contínuo profissional, ou por doença grave contagiosa ou
não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo incurável, especificada em Lei, é considerado como
quando a junta médica declarar a incapacidade em efetivo exercício, assegurando-se lhe
definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no (explicando: assegurando-se a ele ou todos os
art. 68, inciso X. (Art. 152 e §único com novas direitos e vantagens são assegurados) todos os
redações dadas pela Lei nº 13.578/2005). direitos e vantagens atribuídas aos ocupantes de
cargo de igual categoria em atividade, ainda que o
Art. 153. O processo de aposentadoria se inicia: mencionado cargo tenha ou venha a mudar a
denominação de nível de classificação ou padrão de
I - com o requerimento do interessado, no caso de vencimento.
inatividade voluntária; (redação atual dada pela Lei nº 10.932, de 3.10.1984
DOE 15.10.1984).
II - automaticamente, quando o servidor atinge a
idade de 70 (setenta) anos; Art. 155 – (Revogado pelo art. 2º da Lei nº 12.913, de
17.6.1999 - D. O. 18.6.1999).
III- automaticamente, quando o servidor for
considerado inválido, na data fixada em laudo Art. 156. O servidor aposentado compulsoriamente
emitido pela Perícia Médica Oficial do Estado ou na por motivo de idade, ou nos termos do art. 154, terá
ocasião, em que verificadas as demais hipóteses do os seus proventos proporcionais ao tempo de
art. 152, parágrafo único, desta Lei). contribuição. (art.156 com nova redação dada pela
Lei nº 13.578/2005).
Art. 152. O servidor será aposentado, conforme as
regras estabelecidas no art. 40 da Constituição § 1º. A proporcionalidade dos proventos, com base
Federal. no tempo de contribuição, é a fração, cujo
Parágrafo único. A aposentadoria por invalidez será numerador corresponde ao total de dias de
sempre precedida de licença por período contínuo contribuição e o denominador, o tempo de dias
não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo necessário à respectiva aposentadoria voluntária
quando a junta médica declarar a incapacidade com proventos integrais. (§1º do art.156 com nova
definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
art. 68, inciso X. § 2º. A fração de que trata o parágrafo anterior será
aplicada sobre o valor dos proventos calculados
conforme a média aritmética simples das maiores
§1º - (Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº remunerações ou subsídios, observando-se,
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11). previamente, que o valor encontrado não poderá
§2º -(Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº exceder à remuneração do servidor no cargo efetivo
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11). em que se der a aposentadoria. (§2º do art.156 com
§3º - (Revogado pelo art.11 da Lei complementar nº nova redação dada pela Lei nº 13.578/2005).
92, de 25.01.2011 (D.O. de 27.01.11).
Art. 157. Os proventos de aposentadoria e as
Art. 154 - O funcionário quando aposentado por pensões serão reajustados na mesma data em que
invalidez terá provento integral, correspondente aos se der o reajuste dos benefícios do regime geral de
previdência social, ressalvadas as aposentadorias III - no caso de se tratar de maior de 14 (quatorze)
concedidas conforme arts. 6.º e 7.º da Emenda anos, se total e permanentemente inválido para o
Constitucional Estadual n.º 56, de 7 de janeiro de trabalho, hipótese em que informará a causa e a
2004. (Art.157 com nova redação dada pela Lei nº espécie de invalidez; (Nova redação dada pelo art.6º
13.578/2005). da Lei Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16).
CAPÍTULO III IV - (Revogado pelo art.10º da Lei Complementar
Do Salário-Família nº159/16 – DOE 18.01.16).

Art. 158 - O salário-família é o auxílio pecuniário Art. 166 - A declaração do servidor será prestada a
especial concedido pelo Estado ao funcionário ativo seu chefe imediato que a examinará e, após o seu
e ao aposentado como contribuição ao custeio das visto, a encaminhará ao órgão competente para o
despesas de manutenção de seus dependentes. (Ver processamento e atendimento da concessão.
Decreto nº 20.768, de 11.6.1990 -
D. O. 12.6.1990 e ver Art. 5ºda Lei Complementar Art. 167 - O salário-família será concedido à vista das
nº38, de 31.12 2003 - D. O. 31.12.2003). declarações prestadas, mediante simples despacho
que será comunicado ao órgão incumbido da
Art. 159. O salário-família será pago ao servidor, em elaboração de folhas de pagamento.
quotas, na proporção do respectivo número de filhos §1º - Será concedido ao declarante ativo ou inativo o
ou equiparados, aplicando-se os mesmos prazo de 120 (cento e vinte) dias para o
parâmetros adotados pelo Instituto Nacional do esclarecimento de qualquer dúvida na declaração, o
Seguro Social, quanto à referida prestação que poderá ser feito por meio de quaisquer provas
assistencial, conforme definido em lei. (Nova redação admitidas em direito.
dada pelo art.6º da Lei Complementar nº159/16 – §2º - Não sendo apresentado no prazo o
DOE 18.01.16). esclarecimento de que trata o § 1º, a autoridade
concedente determinará a imediata suspensão do
Art. 160 - (Revogado pelo art.10º da Lei pagamento do salário-família, até que seja satisfeita
Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16). a exigência.

Art. 161 - O salário-família será pago, ainda, nos Art. 168 - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão
casos em que o funcionário deixar de perceber das declarações prestadas, será suspensa a
vencimento ou proventos, sem perda do cargo. concessão do salário-família e determinada a
reposição do indevidamente recebido, mediante o
Art. 162 - (Revogado pelo art.10º da Lei desconto mensal de 10% (dez por cento) da
Complementar nº159/16 – DOE 18.01.16). remuneração líquida, em folha de pagamento.
(Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22.09.2003 –
Art. 163 - O salário-família não servirá de base para D. O. 24.9.2003).
qualquer contribuição, ainda que para fim de Art. 169 - O funcionário e o aposentado são
previdência social. obrigados a comunicar a autoridade concedente,
dentro do prazo de quinze dias, qualquer alteração
Art. 164 - Será suspenso o pagamento do salário- que se verifique na situação dos dependentes, da
família ao funcionário que comprovadamente qual decorra supressão ou redução do salário-
descurar da subsistência e educação dos seus família.
dependentes. Parágrafo único - A não observância desta
§1º - Mediante autorização judicial a pessoa que disposição acarretará as mesmas providências
estiver mantendo os dependentes do funcionário indicadas no artigo anterior.
poderá receber o salário-família enquanto durar a
situação prevista neste artigo. Art. 170 - O salário-família será devido em relação a
§2º - O pagamento voltará a ser feito ao funcionário cada dependente, a partir do mês em que tiver
tão logo comprovado o desaparecimento dos motivos ocorrido o ato ou fato que lhe der origem, deixando
determinantes da suspensão. de ser devido igualmente em relação a cada
dependente no mês seguinte ao ato ou fato que
Art. 165 - Para se habilitar à concessão do salário- determinar a sua supressão.
família o funcionário, o disponível, ou o aposentado
apresentarão uma declaração de dependentes, Art. 171 - O salário-família será pago juntamente com
indicando o cargo que exercer, ou no qual estiver os vencimentos ou proventos, pelos órgãos
aposentado ou em disponibilidade, mencionando em pagadores, independentemente de publicação do ato
relação a cada dependente: de concessão.
I - nome completo, data e local de nascimento,
comprovado por certidão do registro civil;
II - grau de parentesco ou dependência; CAPÍTULO IV
Do Auxílio-Doença Art. 174 - O funcionário público é
administrativamente responsável, perante seus
Art. 172 – (revogado pela Lei n° 13.578, de superiores hierárquicos, pelos ilícitos que cometer.
21.1.2005 – D. O. 25.1.2005).
CAPÍTULO V Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a
Do auxílio-Funeral conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que
importe em violação de dever geral ou especial, ou
Art. 173 - Será concedido auxílio funeral à família do de proibição, fixado neste Estatuto e em sua
funcionário falecido, correspondente a 01 (um) mês legislação complementar, ou que constitua
de seus vencimentos ou proventos, limitado o comportamento incompatível com o decoro funcional
pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um mil e ou social.
duzentos reais). Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível,
Parágrafo único - Quando não houver pessoa da independentemente de acarretar resultado
família do funcionário no local do falecimento, o perturbador do serviço estadual.
auxílio-funeral será pago a quem promover o enterro,
mediante comprovação das despesas. Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional
(Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. será promovida, de ofício, ou mediante
O. de 18.6.1999 e regulamentado pelo Decreto nº representação, pela autoridade de maior hierarquia
11.630, de 12.12.1975 - D. O. 19.12.1975 e no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
posteriormente pelo Decreto nº 20.768, de 11.6.1990 ocorrido a irregularidade. Se tratar de ilícito
- D. O. 12.6.1990). administrativo praticado fora do local de trabalho, a
apuração da responsabilidade será promovida pela
CAPÍTULO VI autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
Do auxílio-reclusão entidade a que pertencer o funcionário a quem se
imputar a prática da irregularidade.
Art. 173-A O auxílio-reclusão é devido pelo órgão Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a
de origem aos dependentes do servidor de baixa vários funcionários lotados em órgãos diversos do
renda recolhido à prisão e que, nessa condição, não Poder Executivo, a competência para determinar a
esteja recebendo remuneração decorrente do seu apuração da responsabilidade caberá ao Governador
cargo. (Acrescentado pelo art.8º da Lei do Estado.
Complementar nº 159/16 – DOE 18.01.16).
§ 1º Para fins de definição da baixa renda e da Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta
qualificação dos dependentes, aplicam-se os funcional, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa,
mesmos parâmetros adotados pelo Instituto Nacional que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado,
do Seguro Social, quanto à referida prestação de suas entidades ou de terceiros.
assistencial. (Acrescentado pelo art.8º da Lei §1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado
Complementar nº 159/16 – DOE 18.01.16). ou às suas entidades, no que exceder os limites da
§ 2º O auxílio-reclusão corresponde ao valor da fiança, quando for o caso, será liquidada mediante
remuneração do servidor, observado o limite da prestações mensais descontadas em folha de
baixa renda, sendo devido pelo período máximo de pagamento, não excedentes da décima parte do
12 (doze) meses e, somente, durante o tempo em vencimento, à falta de outros bens que respondam
que estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou pelo ressarcimento.
semiaberto, e enquanto for titular desse cargo. §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário
(Acrescentado pelo art.8º da Lei Complementar nº responderá perante o Estado ou suas entidades,
159/16 – DOE 18.01.16). através de ação regressiva proposta depois de
§ 3º O pagamento do auxílio-reclusão deve estar transitar em julgado a decisão judicial, que houver
fundamentado em certidão de efetivo recolhimento à condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro
prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do prejudicado.
pagamento, a apresentação de declaração de
permanência na condição de presidiário. Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os
(Acrescentado pelo art.8º da Lei Complementar crimes e contravenções imputados, por lei, ao
nº159/16 – DOE 18.01.16). funcionário, nesta qualidade.

TÍTULO VI Art. 179 - São independentes as instâncias


Do Regime Disciplinar administrativas civil e penal, e cumuláveis as
CAPÍTULO I respectivas cominações.
Dos Princípios Fundamentais
§1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário
que exercer atribuições de chefia, tomando
conhecimento de um fato que possa vir a se
configurar, ou se configure como ilícito administrativo Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar
é obrigado a representar perante a autoridade prescreve passados cinco anos da data em que o
competente, a fim de que esta promova a sua ilícito tiver ocorrido.
apuração. Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de
§2º - A apuração da responsabilidade funcional será abandono de cargo e a respectiva sanção.
feita através de sindicância ou de inquérito. Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração
§3º - Se o comportamento funcional irregular da responsabilidade do funcionário produzirá,
configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade preliminarmente, os seguintes efeitos:
administrativa, civil e penal, a autoridade que I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo
determinou o procedimento disciplinar adotará ou função, nos casos de prisão preventiva ou prisão
providências para a apuração do ilícito civil ou penal, administrativa;
quando for o caso, durante ou depois de concluídos II - sobrestamento do processo de aposentadoria
a sindicância ou o inquérito. voluntária;
§4º - Fixada a responsabilidade administrativa do III - proibição do afastamento do exercício, salvo o
funcionário, a autoridade competente aplicará a caso do item I deste artigo;
sanção que entender cabível, ou a que for tipificada IV - proibição de concessão de licença, ou o seu
neste Estatuto para determinados ilícitos. Na sobrestamento, salvo a concedida por motivo de
aplicação da sanção, a autoridade levará em conta saúde;
os antecedentes do funcionário, as circunstâncias em V - cessação da disposição, com retorno do
que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os funcionário ao seu órgão de origem.
danos que dela provierem para o serviço estatal de
terceiros. Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no
§5º - A legítima defesa e o estado de necessidade procedimento disciplinar, ampla defesa, consistente,
excluem a responsabilidade administrativa. sobretudo: (Ver art. 5º, inciso LV, da Constituição
Federal).
§6º - A alienação mental, comprovada através de I - no direito de prestar depoimento sobre a
perícia médica oficial excluirá, também, a imputação que lhe é feita e sobre os fatos que a
responsabilidade administrativa, comunicando o geraram;
sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito à II - no direito de apresentar razões preliminares e
autoridade competente o fato, a fim de que seja finais, por escrito, nos termos deste Estatuto;
providenciada a aposentadoria do funcionário. III - no direito de ser defendido por advogado, de sua
§7º - Considera-se legítima defesa o revide indicação, ou por defensor público, também
moderado e proporcional à agressão ou à iminência advogado, designado pela autoridade competente;
de agressão moral ou física, que atinja ou vise a IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e
atingir o funcionário, ou seus superiores hierárquicos contraditar testemunhas, e requerer acareações;
ou colegas, ou o patrimônio da instituição V - no direito de requerer todas as provas em direito
administrativa a que servir. permitidas, inclusive as de natureza pericial;
§8º - Considera-se em estado de necessidade o VI - no direito de arguir prescrição;
funcionário que realiza atividade indispensável ao VII - no direito de levantar suspeições e arguir
atendimento de uma urgência administrativa, impedimentos.
inclusive para fins de preservação do patrimônio
público. Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento
§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades disciplinar, que é de natureza contraditória, é
em virtude do estado de necessidade não serão privativa de advogado, que a exercitará nos termos
excludentes de responsabilidade administrativa deste Estatuto e nos da legislação federal pertinente
quando houver excesso, imoderação ou (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
desproporcionalidade, culposos ou dolosos, na § 1º - A autoridade competente designará defensor
conduta do funcionário. para o funcionário que, pobre na forma da lei, ou
revel, não indicar advogado, podendo a indicação
Art. 180 - A apuração da responsabilidade do recair em advogado do Instituto de Previdência do
funcionário processar-se-á mesmo nos casos de Estado do Ceará (IPEC).
alteração funcional, inclusive a perda do cargo. §2º - O funcionário poderá defender-se,
pessoalmente, se tiver a qualidade de advogado.
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade
administrativa: Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder
I - com a morte do funcionário; disciplinar desde a posse ou, se esta não for exigida,
II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de desde o seu ingresso no exercício funcional.
suas entidades em matéria disciplinar.
Art. 187 - Se no transcurso do procedimento
disciplinar outro funcionário for indiciado, o sindicante
ou a Comissão Permanente de Inquérito, conforme o
caso reabrirá os prazos de defesa para o novo Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de
indiciado. autoridade superior quando:
I - a autoridade de quem emanar a ordem for
Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos incompetente;
deste Capítulo relativos à forma do procedimento, à II - não se contiver a ordem na área da competência
competência e ao direito de ampla defesa acarretará do órgão a que servir o funcionário seu destinatário,
a nulidade do procedimento disciplinar. ou não se referir a nenhuma das atribuições do
servidor;
Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao III - for à ordem expedida sem a forma exigida por lei;
procedimento em que for indiciado aposentado ou IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal
funcionário em disponibilidade. formalidade for essencial à sua validade;
CAPÍTULO II V - não tiver a ordem como causa uma necessidade
Dos Deveres administrativa ou pública, ou visar a fins não
estipulados na regra de competência da autoridade
Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, da qual promanou ou do funcionário a quem se
quando fixados neste Estatuto e legislação dirige;
complementar, e especiais, quando fixados tendo em VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder
vista as peculiaridades das atribuições funcionais. ou de autoridade.

Art. 191 - São deveres gerais do funcionário: § 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo,
I - lealdade e respeito às instituições constitucionais o funcionário representará contra a ordem,
e administrativas a que servir; fundamentadamente, à autoridade imediatamente
II - observância das normas constitucionais, legais e superior a que ordenou.
regulamentares; § 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente
III - obediência às ordens de seus superiores da Assembleia Legislativa, do Chefe do Poder
hierárquicos; Executivo, do Presidente do Tribunal de Contas e do
IV - continência de comportamento, tendo em vista o Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, o
decoro funcional e social; funcionário justificará perante essas autoridades a
V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade escusa da obediência.
superior irregularidades administrativas de que tiver
ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função CAPÍTULO III
que exerça; Das proibições
VI - assiduidade;
VII - pontualidade; Art. 193 - Ao funcionário é proibido:
VIII - urbanidade; I - salvo as exceções constitucionais pertinentes,
IX - discrição; acumular cargos, funções e empregos públicos
X - guardar sigilo sobre a documentação e os remunerados, inclusive nas entidades da
assuntos de natureza reservada de que tenha Administração Indireta (autarquias, empresas
conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da públicas e sociedades de economia mista); (Ver art.
função que exerça; 37 inciso XVI e XVII da Constituição Federal, com a
XI - zelar pela economia e conservação do material redação dada pela Emenda Constitucional Federal nº
que lhe for confiado; 19, de 4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998).
XII - atender às notificações para depor ou realizar
perícias ou vistorias, tendo em vista procedimentos
disciplinares; II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, qualquer ato funcional que praticar, ressalvado o
as requisições para defesa da Fazenda Pública; direito de crítica doutrinária aos atos e fatos
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados administrativos, inclusive em trabalho público e
por lei ou regulamento, os requerimentos de assinado;
certidões para defesa de direitos e esclarecimentos III - retirar, modificar ou substituir qualquer
de situações; documento oficial, com o fim de constituir direito ou
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem
no assentamento individual, sua declaração de como apresentar documento falso com a mesma
família; finalidade;
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua IV - valer-se do exercício funcional para lograr
competência, os pedidos de informação do Poder proveito ilícito para si, ou para outrem;
Legislativo e às requisições do Poder Judiciário; V - promover manifestação de desapreço ou fazer
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as circular ou subscrever lista de donativos, no recinto
decisões judiciais ou facilitar-lhes a execução. do trabalho;
VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por
político-partidários; invalidez não poderá acumular seus proventos com a
VII - participar de diretoria, gerência, administração, ocupação de cargo ou o exercício de função ou
conselho técnico ou administrativo, de empresa ou emprego público.
sociedades mercantis; Parágrafo único - Não se compreendem na proibição
VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, de acumular nem estão sujeitos a quaisquer limites:
junto aos órgãos e entidades estaduais, salvo I - a percepção conjunta de pensões civis e militares;
quando se tratar de percepção de vencimentos, II - a percepção de pensões com vencimento ou
proventos ou vantagens de parente consanguíneo ou salário;
afim, até o segundo grau civil; III - a percepção de pensões com vencimentos de
IX - praticar a usura; disponibilidade e proventos de aposentadoria e
X - receber propinas, vantagens ou comissões pela reforma;
prática de atos de oficio; IV - a percepção de proventos, quando resultantes
XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha de cargos legalmente acumuláveis.
ciência em razão do cargo ou função, salvo quando
se tratar de depoimento em processo judicial, policial CAPÍTULO IV
ou administrativo; Das sanções disciplinares e seus efeitos
XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em
lei ou ato administrativo, o desempenho de sua Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são
atividade funcional; as seguintes:
XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com I - repreensão; (Ver art.197).
atividades estranhas às relacionadas com as suas Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao
atribuições, causando prejuízos a estas; funcionário que, em caráter primário, a juízo da
XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa autoridade competente, cometer falta leve, não
justificada; cominável, por este Estatuto, com outro tipo de
XV - ser comerciante; sanção. (art.197)
XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades,
salvo os casos de prestação de serviços técnicos ou II - suspensão; (Ver art.198).
científicos, inclusive os de magistério em caráter III - multa; (Ver art.198, §único).
eventual; IV - demissão; (Ver art.199 e art.200).
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades V - cassação de disponibilidade; (Ver art.204).
em serviço particular; VI - cassação de aposentadoria. (Ver art.204).
XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por
local de trabalho, para o trato de assuntos escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
particulares; juízo da autoridade competente, cometer falta leve,
XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, não cominável, por este Estatuto, com outro tipo de
salvo quando autorizado pelo superior hierárquico e sanção.
desde que para atender a interesse público.
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato
Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) dias,
XVI os contratos de cláusulas uniformes e os de nos casos de reincidência de falta leve, e nos de
emprego, em geral, quando, no último caso, não ilícito grave, salvo a expressa cominação, por lei, de
configurarem acumulação ilícita. outro tipo de sanção.
Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a
Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de suspensão poderá ser convertida em multa, na base
acumular cargo, funções e empregos remunerados, de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento,
nos casos excepcionais da Constituição Federal. obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em
exercício.
§1º - Verificada, em inquérito administrativo,
acumulação proibida e provada a boa-fé, o Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada
funcionário optará por um dos cargos, funções ou nos seguintes casos:
empregos, não ficando obrigado a restituir o que
houver percebido durante o período da acumulação I - crime contra a administração pública;
vedada.
§2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os II - crime comum praticado em detrimento de dever
cargos, funções ou empregos acumulados inerente à função pública ou ao cargo público,
ilicitamente devolvendo ao Estado o que houver quando de natureza grave, a critério da autoridade
percebido no período da acumulação. competente;
III - abandono de cargo; (Ver §1º).
IV - incontinência pública e escandalosa e prática de Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em
jogos proibidos; processo disciplinar de revisão, o funcionário
V - insubordinação grave em serviço; demitido com a nota a que se refere este artigo não
Comentário: A insubordinação está ligada ao poderá reingressar nos quadros funcionais do Estado
descumprimento de ordens pessoais diretas para ou de suas entidades, a qualquer título.
serviço específico. Não se confunde com ordens
gerais. Caracteriza a insubordinação do servidor o Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá
não cumprimento dos serviços a que lhe foram sempre procedimento disciplinar, assegurada ao
confiados naquele dia. funcionário indiciado ampla defesa, nos termos deste
VI - ofensa física ou moral em serviço contra Estatuto, sob pena de nulidade da cominação
funcionário ou terceiros; imposta. (Ver art. 5º, inciso LV da Constituição
VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que Federal).
resultem em lesão para o Erário Estadual ou
dilapidação do seu patrimônio; Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e
VIII - quebra do dever de sigilo funcional; VI do artigo 196 serão cominadas por escrito e
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal; fundamentalmente, pena de nulidade.
Comentário: O crime de corrupção passiva está Art.196, II – suspensão e VI - cassação de
especificado no artigo 317 do Código Penal, e se aposentadoria.
configura quando o agente público (político, por
exemplo) solicita ou aceita alguma espécie de Art. 202 - São competentes para aplicação das
benefício (dinheiro ou bens) em troca da realização sanções disciplinares:
de serviços relacionados com a sua função pública, I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo,
com o objetivo de favorecer diretamente os em qualquer caso, e privativamente, nos casos de
interesses do corruptor. demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, salvo se se tratar de punição de
X - falta de atendimento ao requisito do estágio funcionário autárquico;
probatório estabelecido no art. 27, § 1º, item III; II - os dirigentes superiores das autarquias, em
Art. 27 - Estágio probatório é o triênio de efetivo qualquer caso, e, privativamente, nos casos de
exercício no cargo de provimento efetivo, contado do demissão e cassação, da aposentadoria ou
início do exercício funcional, durante o qual é disponibilidade;
observado o atendimento dos requisitos necessários III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de
à confirmação do servidor nomeado em virtude de órgãos subordinados ou auxiliares, em todos os
concurso público. casos, salvo os referidos nos itens I e II;
XI – desídia funcional; IV - os chefes de unidades administrativas em geral,
Comentário: É desempenhar as atividades nos casos de repreensão, suspensão até 30 (trinta)
profissionais com preguiça, ter atrasos frequentes, dias e multa correspondente.
ter muitas faltas injustificadas e desinteresse pela
função. É agir com negligência, desleixo, Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão
desatenção, relaxamento e má vontade. considerados como de suspensão os dias em que o
funcionário, notificado deixar de atender à
XII - descumprimento de dever especial inerente a convocação para prestação de serviços estatais
cargo em comissão. compulsórios, salvo motivo justificado.
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada
ausência ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou
dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, disponibilidade se ficar provado, em inquérito
interpoladamente, durante 12 (doze) meses. administrativo, que o aposentado ou disponível:
§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito
justa causa não só a autorizada por lei, regulamento punível com demissão;
ou outro ato administrativo, como a que assim for II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não
considerada após comprovação em inquérito ou poderia ocupar, ou exercer, provada a má-fé;
justificação administrativa, esta última requerida ao III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar
superior hierárquico pelo funcionário interessado, funcional em que foi aproveitado, salvo motivo de
valendo a justificação, nos termos deste parágrafo, força maior;
apenas para fins disciplinares. IV - perdeu a nacionalidade brasileira.

Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou
demissão poderá ser aplicada com a nota "a bem do disponibilidade extingue o vínculo do aposentado ou
serviço público", a qual constará sempre nos casos do disponível com o Estado ou suas entidades
de demissão referidos nos itens I e VII do artigo 199. autárquicas.
Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada qualquer caso, permitida a delegação de
pela autoridade que determinar a abertura do competência:
inquérito administrativo, se, no transcurso deste, a I - do Governador, em qualquer caso;
entender indispensável, nos termos do § 1º deste II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes
artigo. autárquicos e dos Presidentes da Assembleia
§ 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o Legislativa, Tribunal de Contas e do Conselho de
prazo de 90 (noventa) dias e somente será Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas
determinada quando o afastamento do funcionário for funcionais.
necessário, para que, como indiciado, não venha a
influir na apuração de sua responsabilidade. § 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, das aptidões do funcionário, no estágio probatório,
entretanto, direito: para fins de demissão ou exoneração, quando for o
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período caso, assegurada ao indiciado ampla defesa, nos
de suspensão para todos os efeitos legais; termos dos artigos estatutários que disciplinam o
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins inquérito administrativo, reduzidos os prazos neles
de lei, relativo ao período que ultrapassar o prazo da estabelecidos, à metade.
suspensão preventiva; § 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência
III - a perceber os vencimentos relativos ao período do período do estágio probatório.
de suspensão, se reconhecida a sua inocência no § 3º - A sindicância será realizada por funcionário
inquérito administrativo; estável, designado pela autoridade que determinar a
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço sua abertura.
já prestado e o salário-família. § 4º - A sindicância precede o inquérito
administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, como peça informativa e preliminar.
Executivo e Judiciário, os Presidentes do Tribunal de § 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo
Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, os de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, a
Secretários de Estado e os dirigentes das Autarquias pedido do sindicante, e a critério da autoridade que
poderão ordenar a prisão administrativa do determinou a sua abertura.
funcionário responsável direto pelos dinheiros e § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de
valores públicos, ou pelos bens que se encontrarem autoria do ilícito administrativo, o sindicante indiciará
sob a guarda do Estado ou de suas Autarquias, no o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias
caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na para defesa prévia. A seguir, com o seu relatório,
entrega a quem de direito nos prazos e na forma da encaminhará o processo de sindicância à autoridade
lei. que determinou a sua abertura.
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por
desviada, a autoridade que ordenou a prisão técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
revogará imediatamente o ato gerador da custódia. funcionais, devendo todos os atos da sindicância
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não serem reduzidos a termo por secretário designado
poderá ultrapassar a 90 (noventa) dias, comunicará pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a
imediatamente o fato à autoridade judiciária que pertencer.
competente e providenciará a abertura e realização § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a
urgente do processo de tomada de contas. responsabilidade administrativa, ou o
descumprimento dos requisitos do estágio probatório,
Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, o processo será arquivado, fixada a responsabilidade
será cumprida em local especial. funcional, a autoridade que determinou a sindicância
encaminhará os respectivos autos para a Comissão
Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto Permanente de Inquérito Administrativo, que
no § 2º do art. 205 deste Estatuto. funcionará:
I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas
CAPÍTULO V Secretarias de Estado, órgãos desconcentrados e
Da Sindicância nas autarquias;
II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas
através do qual o Estado ou suas autarquias reúnem dos Municípios.
elementos informativos para determinar a verdade
em torno de possíveis irregularidades que possam CAPÍTULO VI
configurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta Do Inquérito Administrativo
pela autoridade de maior hierarquia, no órgão em
que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em
Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de
através do qual os órgãos e as autarquias do Estado seu defensor, para todas as fases do inquérito,
apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário. determinará a nulidade do procedimento.
Parágrafo único - São competentes para instaurar o
inquérito: Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado
I - o Governador, em qualquer caso; será notificado para apresentar, por seu defensor, no
II - os Secretários de Estado, os dirigentes das prazo de 10 (dez) dias, suas razões finais de defesa.
Autarquias e os Presidentes da Assembleia
Legislativa, do Tribunal de Contas e do Conselho de Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a
Contas dos Municípios, em suas áreas funcionais, Comissão encaminhará os autos do inquérito, com
permitida a delegação de competência. relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade
competente para o seu julgamento.
Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado
por Comissões Permanentes, instituídas por atos do Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as
Governador, do Presidente da Assembleia diligências realizadas pela Comissão de Inquérito
Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas, do serão consignadas em atas.
Presidente do Conselho de Contas dos Municípios,
dos dirigentes das Autarquias e dos órgãos Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe
desconcentrados, permitida a delegação de poder, recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
no caso do Governador, ao Secretário de suspensivo, para a autoridade hierárquica
Administração. imediatamente superior, ou para a que for indicada
Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito em regulamento ou regimento.
Administrativo compor-se-ão de três membros, todos Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de
funcionários estáveis do Estado ou de suas Estado e do Presidente do Conselho de Contas dos
autarquias, presidida pelo servidor que for designado Municípios caberá recurso, com efeito suspensivo,
pela autoridade competente, que colocará à no prazo deste artigo, para o Governador. Das
disposição das Comissões o pessoal necessário ao decisões do Presidente da Assembleia Legislativa e
desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de do Tribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos
secretário e assessoramento. deste parágrafo, para o Plenário da Assembleia e do
Tribunal, respectivamente.
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a
autoridade encaminhará seu ato para a Comissão de Art. 221- O inquérito administrativo será concluído
Inquérito que for competente, tendo em vista o local no prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser
da ocorrência da irregularidade verificada, ou a prorrogado por igual período, a pedido da Comissão,
vinculação funcional do servidor a quem se pretende ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade
imputar a responsabilidade administrativa. que determinou o procedimento.
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o permitida a intervenção do indiciado, por si, ou por
Presidente da Comissão mandará citar o funcionário seu defensor.
acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na
forma do estabelecido neste Estatuto, todo o Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e
procedimento, requerendo o que for do interesse da diversidade de sanções caberá o julgamento à
defesa. autoridade competente para imposição da sanção
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos
protocolo, devendo o servidor dele encarregado indiciados correrão em comum.
consignar, por escrito, a recusa do funcionário em
recebê-la. Em caso de não ser encontrado o Art. 224- O funcionário só poderá ser exonerado,
funcionário, estando ele em lugar incerto e não estando respondendo a inquérito administrativo,
sabido, a citação far-se-á por edital, publicado no depois de julgado este com a declaração de sua
Diário Oficial do Estado, com prazo de 15 (quinze) inocência.
dias, depois do que, não comparecendo o citado,
ser-lhe-á designado defensor, nos termos do art. Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a
184, item III e § 1º do art. 185. autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo
improrrogável de 20 (vinte) dias.
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas
provas no prazo de 05 (cinco) dias, podendo renovar Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo
o pedido, no curso do inquérito, se necessário para ou em parte, por falta do cumprimento de
demonstração de fatos novos. formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de
direito de defesa, novo procedimento será aberto.
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de funcionário cartão de identidade, dele devendo
esgotamento do prazo para a conclusão do inquérito, constar o retrato, a impressão digital, a filiação, a
o indiciado, se tiver sido afastado de seu cargo, data de nascimento e a qualificação funcional do
retornará ao seu exercício funcional. identificado.
Parágrafo único - Será recolhido o cartão do
CAPÍTULO VII funcionário que for exonerado, demitido ou
Da Revisão aposentado.

Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a Art. 235 - Salvo disposição expressa em contrário, os
revisão do procedimento administrativo de que prazos previstos neste Estatuto somente correrão
resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos nos dias úteis, excluindo-se o dia inicial.
ou circunstâncias que possam justificar a inocência
do requerente, mencionados ou não no procedimento Art. 236 - Nos dias úteis, só por determinação dos
original. Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo poderão
Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido deixar de funcionar os órgãos e entidades estaduais.
ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo
cônjuge, companheiro, descendente, ascendente Art. 237 - É assegurado aos funcionários o direito de
colateral consanguíneo até o 2º grau civil. se agruparem em associação de classe, sem caráter
sindical ou político-partidário.
Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao Parágrafo único - Essas Associações, que deverão
processo original. ter personalidade jurídica de direito privado,
Parágrafo único - Não constitui fundamento para a representarão os que integrarem o seu quadro social
revisão a simples alegação de injustiça da sanção. perante as autoridades administrativas, em matéria
de interesse da coletividade funcional.
Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será
dirigido à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela Art. 238 - O dia 28 de outubro será consagrado ao
que a tiver confirmado, em grau de recurso. funcionário público estadual e comemorado,
Parágrafo único - Para processar a revisão, a oficialmente, na forma do que for disposto em
autoridade que receber o requerimento nomeará uma Regulamento. (Regulamentado pelo Decreto nº
comissão composta de três funcionários efetivos, de 11.472, de 29.9.1975 – D. O. 2.10.1975 ).
categoria igual ou superior à do requerente.
Art. 239 - Ressalvadas as exceções constantes de
Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora disposição expressa em lei, bem como os casos de
para inquirição das testemunhas que arrolar. acumulação lícita, o funcionário não poderá receber,
Parágrafo único - Será considerada informante a mensalmente, importância total superior a noventa
testemunha que, residindo fora da sede onde por cento da percebida pelos Secretários de Estado.
funcionar a comissão, prestar depoimento por (redação alterada pelo art. 25 da Lei nº 10.416, de
escrito. 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980).
§ 1º - Ficam excluídas do limite deste artigo:
Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no I - a gratificação representação;
prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por trinta II - salário-família;
(30) dias, nos casos de força maior, será o processo, III - progressão horizontal;
com o respectivo relatório, encaminhado à IV- diárias e ajuda de custo;
autoridade competente para o julgamento. V - gratificação pela participação em órgão de
Parágrafo único - O prazo para julgamento será de deliberação coletiva;
20 (vinte) dias, prorrogável por igual período, no caso VI - gratificação de exercício;
de serem determinadas novas diligências. VII - gratificação por prestação de serviço
extraordinário.
Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento
de revisão cabe recurso, na forma do art. 220. § 2º - O funcionário não perceberá, a qualquer título,
importância mensal superior à recebida pelo
Governador do Estado, não se computando,
TÍTULO VII entretanto, no cálculo, diárias, ajudas de custo,
Das Disposições Finais gratificação por serviço ou estudo fora do Estado e a
CAPÍTULO ÚNICO progressão horizontal.
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 240 - É vedado pôr o funcionário à disposição de
Art. 234 - O órgão central do sistema de pessoal do entidade de direito privado, estranha no Sistema
Poder Executivo e os assemelhados do Poder Administrativo, salvo em caso de convênio, ou para
Legislativo e entidades autárquicas fornecerão ao
exercer função considerada pelo sistema de Constituição Federal de 1967, com a redação dada
relevante interesse social. pelo art. 194 da Emenda Constitucional nº 1, de 17
de outubro de 1969, desde que sujeitos ao regime do
Art. 241 - São isentos de qualquer tributo ou Estatuto anterior, quando da aquisição da
emolumentos os requerimentos, certidões e outros estabilidade.
papéis que interessem ao funcionário público ou a Parágrafo único - Com a estabilidade, as funções de
aposentado, nessas qualidades. caráter eventual dos servidores em geral passam a
ser de natureza permanente, caracterizando-se como
Art. 242 - Nenhum tributo estadual incidirá sobre os cargo, devendo como tal, serem consideradas, para
vencimentos, proventos ou qualquer vantagem do todos os efeitos.
funcionário ou do aposentado, nem sobre os atos ou
títulos referentes à sua vida funcional. Art. 248 - O funcionário que esteja com o seu vínculo
funcional suspenso, ou no gozo de licença, poderá
Art. 243 - As normas do regime disciplinar previstas ser, a qualquer tempo, citado para se defender em
neste Estatuto, salvo as de natureza adjetiva, não se procedimento disciplinar, ou notificado para nele
aplicam aos casos pendentes. prestar depoimento, ou realizar ou se submeter a
Art. 244 - O afastamento do funcionário ocupante de provas de natureza pericial, salvo manifesta
cargo de chefia, direção, fiscalização ou impossibilidade por motivo de doença, justificada
arrecadação, para disputar mandato eletivo, dar-se-á perante o sindicante ou Comissão Permanente de
nos termos da legislação eleitoral pertinente. Inquérito.
Parágrafo único - Durante o afastamento de que trata
este artigo o funcionário não perceberá os Art. 249 - São considerados concursos públicos,
vencimentos ou vantagens do cargo que gerando todos os efeitos que lhe são atinentes, os
momentaneamente detinha ou de que for ocupante exames de provas de habilitação ou seleção
efetivo, exceto o salário-família, considerando-se o realizados para a admissão de candidatos a funções
afastamento como autorização para o trato de das extintas TNM e que se revestiram das
interesses particulares. características essenciais dos concursos públicos,
consideradas, como tais, a acessibilidade a todos os
Art. 245 - Ao ex-combatente da Força do Exército, da brasileiros, o caráter competitivo e eliminatório e
Expedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira, ampla divulgação.
da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante do Parágrafo único - A declaração de equivalência será
Brasil, que tenha participado efetivamente de feita pelo órgão central do sistema de pessoal,
operações bélicas na segunda Guerra Mundial, e mediante provocação do interessado.
cuja situação se encontra definida na Lei Federal nº
5.315, de 12 de setembro de 1967, são assegurados Art. 250 - Reduzida a capacidade do funcionário para
os seguintes direitos: (Ver art. 53 dos ADCT da o exercício das atribuições do cargo que ocupa,
Constituição Federal e art. 20 dos ADCT da comprovada através de perícia médica oficial, será
Constituição Estadual). ele readaptado, mediante transferência, em cargo de
I - estabilidade, se funcionário público; atribuições compatíveis com o seu novo estado
II - aproveitamento no serviço público, sem a psíquico ou somático.
exigência do disposto no art. 106, § 1º da Parágrafo único - A readaptação obedecerá ao
Constituição do Estado; (art. 20, inciso I da disposto nos arts. 50 e 51 deste Estatuto.
Constituição Estadual).
III - aposentadoria com proventos integrais aos 25 Art. 251 – É permitida a consignação facultativa em
(vinte e cinco) anos de serviço efetivo, se funcionário folha de pagamento inerente à remuneração,
público da Administração direta ou autárquica; subsídios, proventos. (Redação dada pela Lei n°
IV - benefício do Instituto de Previdência; 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003).
V - promoção após interstício legal, e se houver § 1º - A soma das consignações facultativas não
vaga; excederá de 40% (quarenta por cento) da
VI - assistência médica, hospitalar e educacional, se remuneração, subsídios e proventos, deduzidas as
carente de recurso. consignações obrigatórias. (Redação dada pela Lei
n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003).
Art. 246 - As atuais funções gratificadas passam à § 2º - Serão computados, para efeito do cálculo
categoria de cargos em comissão, convertendo-se previsto neste artigo, o vencimento-base, as
automaticamente os valores das gratificações em vantagens fixas e as de caráter pessoal. (Redação
gratificações de representação, mantida a simbologia dada pela Lei n° 13.369, de 22.9.2003 – D. O.
vigente até definição regulamentar. 24.9.2003).
§ 3º - Não se aplica o disposto neste artigo aos
Art. 247 - Aplica-se o regime desta lei aos ocupantes exclusivamente de cargo de provimento
estabilizados nos termos do § 2º do Art. 177 da em comissão, bem como aos contratados por tempo
determinado, de que trata o inciso XIV do art. 154 da 19 de novembro de 1959; a Lei nº 7.999, de 11 de
Constituição do Estado do Ceará. (Redação dada maio de 1965; a Lei nº 8.384, de 10 de janeiro de
pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. 24.9.2003). 1966; a Lei nº 9.226, de 27 de novembro de 1968; a
Lei nº 9.260, de 12 de dezembro de 1968, no que diz
Art. 252 - A partir de 1º. de janeiro de 1974, todas as respeito ao funcionário autárquico; a Lei nº 9.381, de
gratificações adicionais por tempo de serviço 27 de julho de 1970; a Lei nº 9.443, de 9 de março
percebidas pelos funcionários deverão ser de 1971 e a Lei nº 9.496, de 19 julho de 1971.
convertidas na progressão horizontal prevista no
Capítulo X, Seção I, do Titulo II, deste Estatuto. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ,
em Fortaleza, 14 de maio de 1974.
Art. 253 - O Estado, na forma que dispuser Decreto __________________________________________
do Governador do Estado, poderá assegurar bolsa __________________________________________
de estudo ao funcionário, como incentivo à sua __________________________________________
profissionalização, em cursos não regulares de
formação, treinamento, aperfeiçoamento e de
especialização profissionais, mantidos por entidades
oficiais ou particulares, de reconhecida e notória
idoneidade.
Parágrafo único - O Decreto a que se refere este
artigo poderá dispor sobre a concessão de bolsas de
estudo para funcionários em cursos de extensão
universitária e de pós-graduação.

Art. 254 – A carga horária de trabalho de trinta (30)


horas semanais, a que estão obrigados os servidores
públicos do Sistema Administrativo Estadual, será
prestada, em período e tempo corrido das segundas
às sextas-feiras.
Parágrafo único – Os servidores que ocupam cargo
de magistrado, procurador, assessor jurídico,
professor, médico, engenheiro, agrônomo, servidores
públicos estatutários e demais atividades
assemelhadas, bem como os que exercem cargo em
comissão terão seus regimes de trabalho definidos
em regulamento próprio. (O art. 254 teve sua
redação alterada pela Lei nº 10.647, de 13.5.1982 –
D. O. 19.5.1982). (Ver art. 7º, §§ 1º, 2º e 3º e 4º da
Lei nº 12.386, de 9.12.1994 – D. O. 9.12.1994).

Art. 255 - Continuam em vigor as Leis e


Regulamentos que disciplinam os institutos previstos
neste Estatuto, desde que com ele não colidam, até
que novas normas sejam expedidas.

Art. 256 - Os Poderes Legislativo e Executivo, no


âmbito de suas respectivas competências, expedirão
os atos necessários a complementação e
explicitação deste Estatuto.

Art. 257 - Aplicam-se as disposições deste Estatuto


subsidiariamente, no que couber, ao Magistério
Estadual em todos os graus de ensino, ao pessoal da
Policia Civil de carreira e aos funcionários
administrativos do Poder Judiciário.

Art. 258 - Esta lei entrará em vigor a 1º de janeiro


1974, ficando revogadas todas as disposições legais
ou regulamentares que, implícita ou explicitamente,
colidam com este Estatuto, especialmente a Lei nº
4.196, de 5 de setembro de 1958; a Lei nº 4.658, de
Lei Estadual nº14.582/09 (DOE 28.12.09) voluntário, participar de serviço para o qual seja
REDENOMINA A CARREIRA GUARDA designado eventualmente, nos termos desta Lei e do
PENITENCIÁRIA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. respectivo regulamento. (Acrescentado pela Lei nº
16.063/16)
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ §1º O Abono Especial por Reforço Operacional é de
natureza voluntária e a operação de reforço
FAÇO SABER QUE A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA operacional deverá ser planejada pela Secretaria da
DECRETOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Justiça e Cidadania, utilizando-se no máximo 75%
(setenta e cinco por cento) do efetivo de Agentes
Art. 1º A carreira Guarda Penitenciária, integrante do Penitenciários ativos, conforme a natureza do
Grupo Ocupacional Atividades de Apoio trabalho de segurança penitenciária a ser
Administrativo e Operacional, prevista no item 2, do desenvolvido nos termos do anexo único desta Lei.
anexo I, da Lei nº 12.386, de 9 de dezembro de (A utilização do percentual de 75% do efetivo foi
1994, fica redenominada para carreira Segurança modificada pela Lei nº 16.120/16)
Penitenciária e estruturada na forma do anexo l desta § 2º O abono de que trata este artigo não será
Lei, passando os Agentes Penitenciários a ter as incorporado aos vencimentos para nenhum efeito,
seguintes atribuições: atendimento, vigilância, inclusive previdenciário, bem como não será
custódia, guarda, escolta, assistência e orientação de considerado para cálculo de quaisquer vantagens
pessoas recolhidas aos estabelecimentos penais pecuniárias.
estaduais. (Nova redação dada pela lei n.º 14.966, de § 3º O abono Especial por Reforço Operacional será
13.07.11) limitado à execução de, no máximo, 60 (sessenta)
horas de reforços operacionais por mês, além da
Art. 2º Os ocupantes dos cargos/funções de Agente jornada normal de trabalho do Agente Penitenciário.
Penitenciário, da carreira Segurança Penitenciária Fica instituído o Abono Especial por Reforço
redenominada pelo art.1º desta Lei, são posicionados Operacional ao Agente Penitenciário que, em
na forma do anexo II. caráter voluntário, participar de serviço para o qual
seja designado eventualmente, nos termos desta Lei
Art. 3º A Tabela vencimental para a carreira e do respectivo regulamento, sendo limitado à
Segurança Penitenciária é a prevista no anexo III. execução de, no máximo, 60 (sessenta) horas de
Art.4° Os servidores integrantes da carreira reforços operacionais por mês, além da jornada
redenominada por esta Lei são submetidos ao normal de trabalho. O valor a que fará jus o agente
regime de plantão de 12 x 36 horas, podendo haver penitenciário será de R$ 20,00 por hora de trabalho
revezamento no período diurno e noturno. extraordinário executado.

Art. 5º A estrutura remuneratória dos Agentes Art. 6º Fica concedido, a partir de 1º de setembro de
Penitenciários, integrantes da Carreira de Segurança 2008, Abono aos Agentes Penitenciários na forma do
Penitenciária, é composta pelo vencimento base anexo IV, da presente Lei, valor este absorvido na
constante do anexo III, da Gratificação de Atividades composição da remuneração, decorrente
Especiais e de Risco – GAER, prevista no art. 7º e da redenominação da Carreira de Segurança
Adicional Noturno previsto no art. 8º, todos desta Lei. Penitenciária.
§1º Além das parcelas previstas no caput deste §1º O disposto no caput deste artigo aplica-se aos
artigo, o Agente Penitenciário integrante da Carreira aposentados e aos pensionistas.
de Segurança Penitenciária, poderá receber §2º O abono previsto neste artigo não poderá ser
vantagem pessoal, sendo esta compreendida como o considerado ou computado para fins de concessão
valor já incorporado à remuneração do Agente ou de cálculos de vantagens financeiras de qualquer
decorrente do exercício de cargo em comissão e a natureza, cessando integralmente os pagamentos a
Gratificação por Adicional de Tempo de Serviço para esse título quando da implementação da
aqueles que já tinham implementado as condições tabela vencimental que trata o anexo III.
para tanto quando da edição da Lei nº 12.913, de 18
de junho de 1999. Art. 7º Fica instituída a Gratificação de Atividades
§2º Poderá ainda o Agente Penitenciário integrante Especiais e de Risco – GAER, devida aos servidores
da Carreira de Segurança Penitenciária perceber em atividades ocupantes dos cargos/funções de
complemento, este entendido como a parte Agente Penitenciário, integrantes da carreira de
percebida pelo agente que ultrapasse os valores Segurança Penitenciária, no percentual de passa a
decorrentes da presente Lei, percebida no mês ser devida nos percentuais de 70% (setenta por
anterior ao da publicação desta norma, excluídas a cento), sobre o vencimento básico, a partir de
vantagem pessoal e a gratificação por adicional de fevereiro de 2017, 80% (oitenta por cento) a partir de
tempo de serviço. janeiro de 2018, e 100% (cem por cento) a partir de
Art.5º-A. Fica instituído o Abono Especial por Reforço novembro de 2018, incidente, exclusivamente, sobre
Operacional ao Agente Penitenciário que, em caráter o vencimento base, em razão do efetivo exercício
das funções específicas de segurança, internas e Aqui, a Lei nº 13.095/01 extinguiu a Gratificação
externas, nos estabelecimentos prisionais do Estado. Especial de Localização Carcerária, o Abono
(Nova redação dada pela Lei n.º 15.154, de 09.05.12) Provisório e o Acréscimo de 40% (quarenta por
Comentário: O art. 1º da Lei nº 16.102/16 alterou o cento) sobre o vencimento base.
percentual da Gratificação de Atividades Especiais e
de Risco – GAER, para 70% (setenta por cento), Art. 11. A gratificação que trata o art. 7º desta Lei é
sobre o vencimento básico, a partir de fevereiro de incompatível com a percepção de qualquer
2017, 80% (oitenta por cento) a partir de janeiro de gratificação pela prestação de serviços
2018, e 100% (cem por cento) a partir de novembro extraordinários, com exceção dos serviços eventuais
de 2018. a que estiverem inscritos voluntariamente os agentes
§ 1° A GAER prevista no caput é devida aos penitenciários designados eventualmente pela
integrantes da carreira prevista no art. 1º desta Lei, Secretaria da Justiça e Cidadania, a título de Reforço
como compensação do acréscimo da jornada, Operacional, na forma do art. 5º- A desta Lei. (Nova
quando no efetivo exercício sob regime de plantão redação dada pela Lei n.º 16.063/16)
de 12 (doze) horas de trabalho, com revezamento no Art.5º-A. Fica instituído o Abono Especial por
período diurno e noturno, perfazendo uma carga Reforço Operacional ao Agente Penitenciário que,
horária semanal de 48 (quarenta e oito) horas. em caráter voluntário, participar de serviço para o
§ 2º Os servidores ocupantes dos cargos/funções de qual seja designado eventualmente, nos termos
Agentes Penitenciários quando no exercício de desta Lei e do respectivo regulamento.
cargos comissionados nas unidades prisionais, na § 1º O Abono Especial por Reforço Operacional é de
Coordenadoria do Sistema Penal, cujas atribuições natureza voluntária e a operação de reforço
sejam de natureza penitenciária, ou, ainda, na Célula operacional deverá ser planejada pela Secretaria da
de Inteligência Penitenciária, vinculada ao Gabinete Justiça e Cidadania, utilizando-se no máximo 50%
da Secretaria da Justiça e Cidadania, farão jus a (cinquenta por cento) do efetivo de Agentes
GAER. (Nova redação dada pela Lei n.º 14.966, de Penitenciários ativos, conforme a natureza do
13.07.11) trabalho de segurança penitenciária a ser
desenvolvido nos termos do anexo único desta Lei.
Art. 8° É devido aos servidores ocupantes dos § 2º O abono de que trata este artigo não será
cargos/funções de Agente Penitenciário o adicional incorporado aos vencimentos para nenhum efeito,
por trabalho noturno nas seguintes condições: inclusive previdenciário, bem como não será
§ 1° O adicional por trabalho noturno é devido ao considerado para cálculo de quaisquer vantagens
servidor cujo trabalho seja executado entre 22 (vinte pecuniárias.
e duas horas) de um dia às 5 (cinco) horas do dia § 3º O abono Especial por Reforço Operacional será
seguinte; limitado à execução de, no máximo, 60 (sessenta)
§ 2° A hora de trabalho noturno será computada horas de reforços operacionais por mês, além da
como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) jornada normal de trabalho do Agente Penitenciário.
segundos;
§ 3° O trabalho noturno será remunerado com um Art. 12. A Gratificação de que trata o art. 7° desta Lei,
acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o será incorporada aos proventos de aposentadoria,
valor da hora diurno. desde que o servidor tenha contribuído por pelo
menos 60 (sessenta) meses ininterruptos para
Art. 9º A Gratificação pela execução de trabalho em o Sistema Único de Previdência Social dos
condições especiais, inclusive com risco de vida ou Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes
de saúde, prevista no inciso VI, do art. 132, da Lei nº Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
9.826, de 14 de maio de 1974, e no parágrafo único, Ceará – SUPSEC. (Nova redação dada pela Lei n.º
art. 1º, da Lei nº 9.598, de 28 de junho de 1972, e no 15.154, de 09.05.12)
art. 7° da Lei n° 9.788, de 4 de dezembro de 1973, é
incompatível com a percepção das gratificações §1° Para os servidores que implementarem as regras
previstas nesta Lei, sendo vedado o seu pagamento dos arts. 3° e 6° da Emenda Constitucional Federal
aos integrantes da carreira redenominada por esta n° 41, de 19 de dezembro de 2003, ou do art. 3°, da
Lei. Emenda Constitucional Federal n° 47, de 5 de julho
de 2005, e cujo período de percepção por ocasião do
Art. 10. Fica extinta e cessa seu pagamento em pedido de aposentadoria seja menor do que 60
relação aos integrantes da carreira de Segurança (sessenta) meses, será observada a média aritmética
Penitenciária a Gratificação Especial de Localização do período de percepção, multiplicado pela fração
Carcerária, o Abono Provisório e o Acréscimo de cujo numerador será o número correspondente ao
40% (quarenta por cento) sobre o vencimento base, total de meses trabalhados e o denominador será
previstos no art. 1º e seus parágrafos, no art. 2º e sempre o numeral 60 (sessenta).
parágrafo único, e art. 3º, da Lei nº 13.095, de 12 de §2° O disposto neste artigo não se aplica para os
janeiro de 2001. servidores que se aposentarem pelas regras
previstas no art.40 da Constituição Federal, com a
redação dada pela Emenda Constitucional Federal n° SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
41, de 19 de dezembro de 2003, nos termos da 13 1
Legislação Federal. 14 2
15 3
Art. 13. Ficam mantidas as regras instituídas no 16 4
Capítulo IV, da Lei n° 12.386, de 9 de dezembro de 17 5
1994, referente à ascensão funcional do servidor 18 6
ocupante do cargo/função de Agente Penitenciário, 19 7
conforme a estrutura e composição constante no 20 8
anexo I, sem prejuízo do interstício em curso. 21 9
Parágrafo único. Os critérios específicos e os 22 10
procedimentos para aplicação do princípio do mérito
23 11
e/ou da antiguidade para a efetivação da progressão
24 12
e da promoção são os definidos no Decreto n°
- 13
22.793, de 1° de outubro de 1993, até que sejam
definidos novos critérios. - 14
- 15
Art. 14. As despesas decorrentes desta Lei correrão - 16
por conta de dotação orçamentária da Secretaria da - 17
Justiça e Cidadania - SEJUS, podendo ser - 18
suplementada, em caso de necessidade. (Nova - 19
redação dada pela Lei n.º16.063/16) - 20

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua ANEXO III
publicação. A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582, DE 21 DE
Art. 16. Ficam revogadas as disposições em DEZEMBRO DE 2009.
contrário. TABELA VENCIMENTAL DA CARREIRA
PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO SEGURANÇA PENITENCIÁRIA
DO CEARÁ, em Fortaleza, 21 de dezembro de 2009. 40 HORAS
Cid Ferreira Gomes REFERÊNCIA VALOR EM R$
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. 1 1.158,60
2 1.216,53
3 1.277,35
4 1.341,22
5 1.408,28
ANEXO I A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582 DE 6 1.478,69
21 DEZEMBRO DE 2009 ESTRUTURA DA 7 1.552,63
CARREIRA SEGURANÇA PENITENCIÁRIA. 8 1.630,26
Qualif 9 1.711,77
icaçã 10 1.797,36
o 11 1.887,23
Categ Cargo
Grupo exigid 12 1.981,59
oria /
ocupac Carrei Referê a 13 2.080,68
funcio Funçã
ional ra ncia para 14 2.184,71
nal o
ingre 15 2.293,95
sso 16 2.408,65
Ativida Segur Agent Curso 17 2.529,08
Apoio
des de ança e de 18 2.655,53
admin
apoio Penit Penit 1 a 20 nível 19 2.788,31
istrativ
admini enciár enciár médi 20 2.927,72
o
strativo ia io o
ANEXO IV
A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582, DE 21 DE
ANEXO II DEZEMBRO DE 2009.
A QUE SE REFERE À LEI Nº 14.582 DE 21 DE VALORES CORRESPONDENTES AO ABONO DO
DEZEMBRO DE 2009. AGENTE PENITENCIÁRIO
POSICIONAMENTO DOS CARGOS/FUNÇÕES DE
AGENTE PENITENCIÁRIO REFERÊNCIA VALOR EM R$
13 44,03 DISPÕE SOBRE O AUMENTO PROVISÓRIO DO
14 46,23 PERCENTUAL MÁXIMO DO EFETIVO DE
15 48,55 AGENTES PENITENCIÁRIOS QUE PODE SER
16 50,97 EMPREGADO PARA ATIVIDADES DE REFORÇO
17 53,52 OPERACIONAL, NOS TERMOS DA LEI N.º 14.582,
18 56,20 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009, COM REDAÇÃO
19 59,00 DADA PELA LEI N.º 16.063, DE 7 DE JULHO DE
20 61,96 2016.
21 65,05
22 68,31 O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ.
23 71,72 Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e
eu sanciono a seguinte Lei:
24 75,31
Art. 1º Fica alterado para 75% (setenta e cinco por
cento) o percentual máximo de utilização do efetivo
*ANEXO
de agentes penitenciários do Estado para os fins do
A QUE SE REFERE O ART.5º-A DA LEI Nº 14.582,
disposto no art. 5º- A, da Lei n.º 14.582, de 21 de
DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009.
dezembro de 2009, com redação dada pela Lei n.º
16.063, de 7 de julho de 2016, mediante a percepção
FUNÇÃO VALOR POR HORA
de Abono Especial por Reforço Operacional.
Agente Penitenciário R$ 20,00
* (Anexo dado pela Lei N.º 16.063, de 07.07.16) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, sendo que a alteração de que trata o art.
1º surtirá efeitos pelo prazo de 2 (dois) anos,
Lei Estadual nº 16.102/16 - (DOE 06.09.16) contados da publicação, período necessário à
DISPÕE SOBRE A GRATIFICAÇÃO DE contratação pelo Estado, por concurso público, de
ATIVIDADES ESPECIAIS E DE RISCO – GAER, novos agentes penitenciários.
PREVISTA NA LEI N.º 14.582, DE 21 DE
DEZEMBRO DE 2009. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 13 de outubro
eu sanciono a seguinte Lei: de 2016.
Art. 1º A Gratificação de Atividades Especiais e de Camilo Sobreira de Santana
Risco – GAER, de que trata o art. 7º, da Lei n.º GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
14.582, de 21 de dezembro de 2009, a que fazem jus
os servidores ocupantes de cargo ou função de PORTARIA nº 723/2014 - (DOE 21.08.14)
Agente Penitenciário, integrantes da carreira de Normatiza e disciplina o procedimento de revista
Segurança Penitenciária, passa a ser devida nos a ser adotado para visitantes, internos,
percentuais de 70% (setenta por cento), sobre o servidores e autoridades que ingressem nas
vencimento básico, a partir de fevereiro de 2017, unidades prisionais do Estado do Ceará,
80% (oitenta por cento) a partir de janeiro de 2018, e submetidos à administração da Secretaria da
100% (cem por cento) a partir de novembro de 2018. Justiça e Cidadania do Estado do Ceará.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua A SECRETÁRIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA DO
publicação, observadas as datas de implantação ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições
previstas no art. 1º. legais e regimentais, que lhe são conferidas pelo
art.82, Lei nº 13.875, de 07 de fevereiro de 2007 e
Art. 3º Ficam revogadas as disposições em contrário. com fundamento no Decreto nº18.590, de 13 de
março de 1987;
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO CONSIDERANDO que a dignidade da pessoa
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 06 de setembro humana é princípio fundamental do Estado
de 2016. Democrático de Direito, instituído no art.1º, III da
Constituição Federal;
Camilo Sobreira de Santana CONSIDERANDO o disposto no art.5º, inciso X, ab
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ initio, da Constituição Federal, que estabelece serem
invioláveis a intimidade e a honra das pessoas;
CONSIDERANDO a necessidade de coibir qualquer
Lei Estadual nº 16.120/16 - (DOE 14.10.16) forma de tratamento desumano ou degradante,
expressamente vedado no art.5º, III da Constituição §3º. Considera-se revista manual toda inspeção
Federal; realizada mediante contato físico da mão do agente
CONSIDERANDO a necessidade de manter a público competente sobre a roupa da pessoa
integridade física e moral dos internos, visitantes, revistada, sendo vedados o desnudamento total ou
servidores e autoridades que visitem ou exerçam parcial, o toque em partes íntimas, o uso de
suas funções no sistema penitenciário do Estado do espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a
Ceará; introdução de quaisquer objetos nas cavidades
CONSIDERANDO que o art.74 da Lei 7210 corporais da pessoa revistada.
determina que o departamento penitenciário local §4º. A retirada de calçados, casacos, jaquetas e
deve supervisionar e coordenar o funcionamento dos similares, bem como de acessórios, não caracteriza
estabelecimentos penais que possuir; desnudamento.
CONSIDERANDO o disposto no art.3º da Lei §5º. A revista manual será realizada por servidor
10.792/2003, que determina que todos que queiram habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa
ter acesso aos estabelecimentos penais devem se revistada.
submeter aos aparelhos detectores de metais, §6º. A revista pessoal em crianças ou adolescentes
independentemente de cargo ou função pública; deve garantir o respeito ao princípio da proteção
CONSIDERANDO as Portarias 314/2011 e 692/2013 integral da criança e do adolescente, sendo vedada
da secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do sua realização sem a presença e o acompanhamento
Ceará, que tratam do acesso de autoridades e de um responsável legal.
visitantes ao sistema penitenciário local; §7º. Os membros do Poder Judiciário e das funções
CONSIDERANDO o disposto no art.146 e parágrafos essenciais à Justiça se submeterão somente à
do Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais revista eletrônica e mecânica.
do Estado do Ceará; §8º. O preso deverá ser revistado antes e depois do
CONSIDERANDO a necessidade de prevenir crimes contato com visitante.
no sistema penitenciário, impedindo a entrada de
objetos que possam ser utilizados para tão nefasta Art. 2º. A realização de revista manual ocorrerá nas
finalidade, resguardando a segurança de toda a seguintes hipóteses:
sociedade: I – o estado de saúde impeça que a pessoa a ser
RESOLVE, normatizar e sistematizar o procedimento revistada se submeta a determinados equipamentos
de revista a ser adotado para visitantes, internos, de revista eletrônica;
servidores, profissionais e autoridades que II – quando não existir equipamento eletrônico ou
ingressem nas unidades prisionais do Estado do este não estiver funcionando;
Ceará, submetidos à administração da Secretaria da III – após a realização da revista eletrônica, subsistir
Justiça e Cidadania do Estado do Ceará: fundada suspeita de porte ou posse de objetos,
produtos ou substâncias, cuja entrada seja proibida.
Art. 1º. A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou
manual) a qual devem se submeter todos que §1º. Os casos previstos no inciso I deverão ser
queiram ter acesso a um estabelecimento penal para comprovados mediante laudo médico, expedido em
manter contato com pessoa presa ou ainda para até 60 (sessenta) dias antes da visita, exceto quando
prestar serviços, ainda que exerçam qualquer cargo atestar enfermidade permanente.
ou função pública, necessária à segurança de
estabelecimentos penais, será realizada com Art.3º. Esta portaria entra em vigor em quarenta e
respeito à dignidade humana, sendo vedada cinco dias a partir de sua publicação.
qualquer forma de desnudamento, tratamento
desumano ou degradante. SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, em
§1º. A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso Fortaleza, 13 de agosto de 2014.
de equipamentos eletrônicos detectores de metais, Paulo Roberto Bentes Vasconcelos
bodyscanners (scanner corporal), aparelhos de SECRETÁRIO ADJUNTO DA JUSTIÇA E
raio-X ou similares, ou ainda manualmente, CIDADANIA
preservando-se a integridade física, psicológica e
moral da pessoa revistada.
§2º. Onde houver bodyscanner obrigatoriamente este PORTARIA nº 1220/2014 -(DOE 16.12.14)
será o meio utilizado para a revista eletrônica. (REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS
Comentário: Com os body scanners, o tempo de PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ)
vistoria será reduzido de 12 minutos para apenas 10
segundos. O equipamento permite identificar objetos A SECRETÁRIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA DO
ilícitos que possam ser colocados nas roupas ou no ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas atribuições
corpo das visitas, tais como armas, drogas, legais que lhe são conferidas pelo art.44, da Lei nº
aparelhos de telefone celular e chips de telefone. 13.875, de 07 de fevereiro de 2007 e tendo em vista
o que consta do Processo do Sistema de Protocolo Art.2º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará
Único nº5251265/2013; tem como finalidade a vigilância, custódia e
assistência aos presos e às pessoas sujeitas a
CONSIDERANDO a necessidade de revisar o medidas de segurança, assegurando-lhes a
Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do preservação da integridade física e moral, a
Estado do Ceará, conforme determina a Portaria promoção de medidas de integração e reintegração
Nº0240/2010, que regulamenta as ações sócio-educativas, conjugadas ao trabalho produtivo.
desenvolvidas no âmbito do Sistema Penitenciário
cearense, para o pleno desempenho das atividades §1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema
das Unidades Prisionais, adequando-se as diretrizes penitenciário estadual, a fiscalização e assistência ao
estabelecidas na Lei de Execuções Penais; egresso, garantindo lhes a promoção de medidas de
CONSIDERANDO o trabalho realizado pela integração e reintegração sócio-educativas.
Comissão Especial criada para análise e
proposituras das alterações revisionais, bem como Art. 3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas
as considerações trazidas pelos novos equipamentos características especiais, fundamenta-se na
e setores da SEJUS, e a observações oriundas da hierarquia funcional, disciplina e, sobretudo, na
contribuição de vários segmentos da sociedade, defesa dos direitos e garantias individuais da pessoa
humana, organizado em Coordenadoria do Sistema
RESOLVE: Penal - COSIPE, vinculado ao Poder Executivo como
Órgão de Administração da Execução Penal.
Art.1º Aprovar a revisão do Regimento Geral dos
Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará, na Art. 4º - A Coordenadoria do Sistema Penal é órgão
forma do Anexo que integra a presente Portaria. subordinado diretamente ao Secretário da Justiça e
Cidadania do Estado do Ceará, organizada em
Art.2º Este Regimento entrara em vigor na data da carreira, com ingresso de seus integrantes na classe
publicação desta Portaria. inicial, mediante Concurso Público de provas e
títulos, chefiada pelo Coordenador Geral, nomeado
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, em pelo Governador do Estado do Ceará,
Fortaleza (CE), aos 10 de dezembro de 2014. preferencialmente entre os membros da Instituição.
Parágrafo único - A nomeação do Coordenador do
Mariana Lobo Botelho Albuquerque SECRETÁRIA Sistema Penal deverá obedecer aos mesmos
DA JUSTIÇA E CIDADANIA Registre-se e publique- critérios previstos para a dos Diretores das Unidades
se. Prisionais, constantes do artigo 75 da Lei 7.210/84
(Lei de Execuções Penais).
ANEXO Art. 5º - A Coordenadoria de Inclusão Social do
Preso e do Egresso é órgão subordinado diretamente
REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ao Secretário da Justiça e Cidadania do Estado do
PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ Ceará, tendo como missão promover a inclusão
social do preso e do egresso, através do Núcleo
TÍTULO I Educacional e de Capacitação Profissionalizante –
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO NECAP, do Núcleo de Empreendedorismo e
Economia Solidária – NEES, do Núcleo de Arte e
Art.1º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará Eventos – NAE e do Núcleo de Gestão de Assistidos
adota os princípios contidos nas Regras Mínimas e Egressos.
para Tratamento dos Reclusos e Recomendações
pertinentes, formuladas pela Organização das TÍTULO II
Nações Unidas -ONU- e respeita as diretrizes fixadas DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais),
alterações legislativas posteriores e nas Art. 6º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará
Recomendações Básicas para uma programação é constituído pelas seguintes Unidades:
prisional editadas pelo Ministério da Justiça. I - Centro de Triagem e Observação Criminológica;
A Lei de Execução Penal, Lei nº 7.210, de 11 de
julho de 1984, trata do direito do reeducando II – Unidades Prisionais e Casas de Privação
(condenado e internado) nas penitenciárias Provisória de Liberdade;
brasileiras e da sua reintegração à sociedade.
Obs: A Lei de Execução Penal será vista com mais III – Penitenciárias;
detalhes na disciplina de Legislação Especial –
Professor Souza) IV - Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares;
V - Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório posteriormente, às Comissões Técnicas de
Penal e Hospital de Custódia e Tratamento Classificação das unidades de recebimento.
Psiquiátrico);
Art. 10 - As Penitenciárias destinam-se aos
VI - Casas do Albergado; condenados ao cumprimento da pena de reclusão,
VII - Cadeias Públicas. em regime fechado, caracterizando se pelas
seguintes condições:
§1º – Os estabelecimentos prisionais buscarão não I - Segurança externa, através de muralha, com
exceder a sua capacidade populacional máxima passadiço e guaritas de responsabilidade dos
projetada. Agentes Penitenciários do quadro efetivo da
§2º - A fim de garantir que o aprisionamento ocorra Secretaria da Justiça e Cidadania.
em estabelecimento próximo ao contato familiar, II - Segurança interna realizada por equipe de
deverá ser priorizada a construção de unidades Agentes Penitenciários do quadro efetivo da
prisionais regionais. Secretaria da Justiça e Cidadania que preserve os
direitos do preso mantenha a Segurança, a ordem e
Art. 7º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se a disciplina da Unidade;
ao condenado, ao submetido à medida de III - Acomodação do preso preferencialmente em cela
segurança, ao preso provisório e ao egresso. individual;

Art. 8º - Em todos os estabelecimentos prisionais IV - Locais de trabalho, atividades sócio-educativas e


será obrigatoriamente observada a separação entre culturais, esportes, prática religiosa e visitas;
presos provisórios e condenados, bem como a V - Trabalho externo, conforme previsto no art.36 da
distinção por sexo, delito, faixa etária e antecedentes Lei de Execução Penal (LEP).
criminais, para orientar a prisão cautelar, a execução
da pena e a medida de segurança. §1º - Os estabelecimentos destinados a mulheres
§1º - Nos estabelecimentos prisionais será terão estrutura adequada às suas especificidades e
observada a proporção de, no mínimo, 01 (um) os responsáveis pela segurança interna serão,
agente penitenciário para cada 25 (vinte e cinco) obrigatoriamente, agentes penitenciários do sexo
internos por plantão, sendo vedada a existência de feminino, exceto em eventos críticos ou festivos,
unidade prisional com menos de 2 (dois) agentes por garantindo-se, ainda, a obrigatoriedade de existência
plantão. de uma creche para a acomodação dos recém-
§2º - Nos estabelecimentos prisionais fica nascidos das internas neles recolhidos, nos 06 (seis)
estabelecida a proporção de profissionais da equipe primeiros meses de vida, prorrogável por igual
técnica por 500 (quinhentos) detentos, obedecendo- período, se necessário.
se o seguinte: Médico Clínico – 1; Enfermeiro – 1;
Auxiliar de Enfermagem – 1; Odontólogo – 1; Auxiliar §2º - Nas Comarcas onde não existam
de Consultório Dentário – 1; Psicólogo – 1; penitenciárias, suas finalidades serão,
Assistente Social – 1; Advogado auxiliar da direção - excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas
1; Estagiário de Direito – 2; Terapeuta Ocupacional - locais, observadas as normas deste Regimento no
1. que forem aplicáveis, bem como as restrições legais
§3º - O acesso à justiça integral e gratuito será ou decisões judiciais.
assegurado aos internos através da Defensoria §3º - Haverá em cada estabelecimento de regime
Pública, instituição autônoma, que disporá de espaço fechado uma Comissão Técnica de Classificação,
físico adequado para exercer suas funções. que proporá o tratamento adequado para cada preso
ou internado, além de acompanhar o programa de
Art. 9º - O Centro de Triagem e Observação individualização da pena.
Criminológica, situado na região metropolitana de
Fortaleza, concentrará o recebimento de presos Art. 11 - As Casas de Privação Provisória de
oriundos da Secretaria de Segurança Pública e Liberdade destinam-se aos presos provisórios,
Defesa Social e das comarcas do interior. devendo apresentar estrutura adequada que garanta
§1º - O Centro de Triagem e Observação o exercício dos direitos elencados no presente
Criminológica será responsável pela identificação e Regimento e demais legislações.
realização dos exames gerais de admissão dos §1º - Excepcionalmente, visando garantir a
internos, sendo dotado de equipe técnica que integridade física e mental do interno, estas unidades
promoverá atendimento social, psicológico, médico, poderão abrigar presos condenados, que deverão
odontológico e jurídico, cujos resultados e permanecer em acomodações separadas dos
desdobramentos serão encaminhados à Comissão provisórios.
de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas –
CATVA que deliberará a unidade prisional Art. 12 - Os Estabelecimentos Agrícolas, Industriais
destinatária para recebimento do preso e, ou Mistos destinam se aos condenados e
condenadas ao cumprimento da pena em regime Art. 14 - O Hospital de Custódia e Tratamento
semiaberto, caracterizando-se pelas seguintes Psiquiátrico destina-se ao cumprimento das medidas
condições: de segurança e ao tratamento psiquiátrico
separadamente, devendo adequar-se às normas
I - locais para: aplicáveis ao tratamento das respectivas
a) trabalho interno agropecuário; insanidades.
b) trabalho interno industrial; §1º - O preso comprovadamente portador de doença
c) trabalho de manutenção e conservação intra e mental deverá ser imediatamente encaminhado ao
extramuros, na circunscrição da Unidade respectiva; estabelecimento adequado para seu tratamento, lá
não podendo permanecer além do tempo necessário
II- acomodação em alojamento ou cela individual ou ao seu pronto restabelecimento, atestado pelo
coletiva; serviço médico local.
III- trabalho externo na forma da Lei; §2º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso
IV- locais internos e externos para atividades sócio- ou permanência de pessoas que não apresentem
educativas e culturais, esportes, prática religiosa e quadro patológico característico da destinação do
visita conforme dispõe a Lei. respectivo estabelecimento.
§3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo
Art. 13 - O Hospital Geral e Sanatório Penal destina- deverão existir estruturas específicas para a
se ao tratamento do preso, em regime de assistência à saúde mental da mulher, em atenção
internamento, das enfermidades infectocontagiosas, às suas peculiaridades.
dos pós-operatórios, das convalescenças e de Art.15 - A Casa do Albergado destina-se ao
exames laboratoriais. cumprimento da pena privativa de liberdade em
§1º - O preso acometido de enfermidades, conforme regime aberto e da pena restritiva de direitos
artigo acima deverá permanecer internado o tempo consistente em limitação de fim de semana,
necessário à sua reabilitação, tendo retorno imediato acolhendo pessoas do sexo masculino e feminino,
à sua Unidade Prisional de origem logo após garantindo-se a separação adequada com vistas à
emissão de laudo médico autorizando sua alta. individualização das penas.
§2º - Os presos ou internados que apresentarem §1º - O prédio deverá situar-se em centro urbano,
quadro de sorologia positiva HIV, receberão separado dos demais estabelecimentos, e
tratamento individualizado, a critério médico. caracterizar-se-á pela ausência de obstáculos físicos
§3º - Aos presos ou internados que apresentarem contra a fuga.
quadro de dependência química em substâncias §2º- A Casa do Albergado, além de dispor de local
entorpecentes será garantido tratamento adequado para cursos e palestras, realizará
individualizado adequado às suas necessidades, encaminhamentos dos internos à rede de assistência
adotando-se políticas públicas voltadas para esta social, de saúde e educação.
finalidade, nos termos da lei 11.343/2006, bem como Art. 16 - A Cadeia Pública destina-se prioritariamente
ao recolhimento de presos e presas provisórios.
serão incluídos nas atividades do Programa de
§1º - Nas Comarcas onde não existam
Ações Continuadas de Assistência aos Drogadictos
penitenciárias, suas finalidades serão,
(pessoa que está dependente de uma droga, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas
toxicodependente, toxicomaníaco) – PACAD da locais, observadas as normas deste Regimento Geral
Sejus. no que forem aplicáveis e as restrições legais ou de
decisões judiciais, bem como a capacidade
§4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo
populacional máxima da Unidade respectiva.
deverão existir leitos destinados ao tratamento de
§2º - Ao preso provisório será assegurado regime
mulheres presas.
especial no qual se observará:
§5º - O estabelecimento citado no caput deverá
I - separação dos presos condenados;
funcionar com equipes multidisciplinares em regime
II - utilização de pertences pessoais permitidos;
de plantão.
III - uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento
§6º - a Secretaria da Justiça e Cidadania seguirá as
Prisional em quantidade de 03 (três) mudas;
recomendações das portarias interministeriais do
IV - oferecimento de oportunidade de educação,
Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça em
trabalho e lazer nos termos da legislação pertinente;
relação ao tema saúde, na execução de vagas e
V - visita e atendimento médico e odontológico,
atendimentos para os presos em casos de exames e
sendo facultado ao preso optar por profissional
tratamentos de alta complexidade.
particular às suas expensas;
§7º - Nas unidades prisionais femininas deverão
VI - Acesso aos meios de comunicação externos,
existir estruturas específicas para a assistência
autorizados por lei.
integral à saúde da mulher, em atenção às suas
§3º - Nas Cadeias Públicas no interior do Estado às
peculiaridades.
prefeituras municipais oferecerão aos presos e
presas os serviços essenciais, conforme
determinação do Ministério da Saúde e Ministério da Defensoria Pública e Conselho Penitenciário as
Justiça. informações que lhe forem solicitadas, relativas aos
condenados e aos presos provisórios;
Art. 17 - Nas Unidades elencadas no artigo 6º deste V - Assegurar o normal funcionamento da Unidade,
Regimento, respeitadas suas especificidades, observando e fazendo observar as normas da Lei de
deverão ainda ser respeitadas as seguintes Execução Penal e do presente Regimento Geral;
determinações: VI - Presidir a Comissão Técnica de Classificação;
VII - Elaborar o plano de segurança interna do
I - Segurança externa, através de muralha com Estabelecimento em conjunto com o Chefe de
passadiço e guaritas de responsabilidade dos Segurança e disciplina;
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da VIII - Conceder audiência ao interno quando
Secretaria da Justiça e Cidadania, submetidos a uma solicitada;
capacitação específica para tal finalidade. IX - Comparecer nas sessões do Conselho
II - Segurança interna realizada por equipe de Penitenciário, quando convocado;
Agentes Penitenciários do quadro efetivo da X - Elaborar o plano operativo anual da Unidade e
Secretaria da Justiça e Cidadania que preserve os Administrar o Estabelecimento traçando diretrizes,
direitos do preso, mantenha a Segurança, a ordem e orientando e controlando a execução das atividades
a disciplina da Unidade. sob sua responsabilidade;
§1º - Nas situações de conflito mais graves a XI - Realizar mensalmente reuniões com os
manutenção ou restabelecimento da ordem será servidores da Unidade para estudos conjuntos de
promovida por grupo especial de agentes problemas afetos à mesma;
penitenciários com treinamento e equipamentos XII - Promover mensalmente reunião com os
específicos. representantes dos internos, realizando o Parlamento
§2º - Em caso de necessidade de intervenção da Carcerário;
Polícia Militar, em caráter urgente, em qualquer das XIII - Propor ao Núcleo de Segurança e Disciplina –
unidades referidas no caput deste artigo, sua NUSED, vinculado à COSIPE, a mudança de lotação
permanência no interior das mesmas se dará pelo dos servidores da Unidade;
tempo estritamente necessário ao restabelecimento XIV - executar as determinações do Coordenador da
da ordem e da segurança interna, não podendo COSIPE;
ultrapassar 90 (noventa) dias, salvo decisão XV - autorizar visitas extraordinárias aos presos, em
fundamentada da autoridade judiciária competente. casos especiais, nos termos deste Regimento;
XVI - Autorizar remoção do preso para
TÍTULO III Estabelecimento Penal diverso em caráter urgente e
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS excepcional, comunicando imediatamente à
UNIDADES Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão
de Vagas – CATVA, que deliberará a unidade
Art. 18 - As Unidades Prisionais do Estado do Ceará prisional destinatária para recebimento do preso.
serão dirigidas por um(a) Diretor(a), que será Definida a unidade, deverá ser comunicada a
assessorado pelo(a) Diretor(a) Adjunto(a), pelo transferência ao Juízo responsável pela prisão, ao
Gerente Administrativo, pelo Chefe de Segurança e Ministério Público, à Defensoria Publica, ao Conselho
Disciplina e pelo Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciário, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
Penitenciários, sendo ainda integradas pelo nos casos expressos neste Regimento;
Conselho Disciplinar e pela Comissão Técnica de XVII - mostrar aos visitantes as dependências do
Classificação. estabelecimento nas visitas coletivas, de caráter
Art. 19 - A (o) Diretor (a) da Unidade Prisional, cultural ou cientifico, devidamente autorizadas pela
compete: COSIPE, esclarecendo-lhes, quando se fizer
I - Dirigir, coordenar e orientar os trabalhos técnicos, necessário, os objetivos da execução penal;
administrativos, operacionais, laborais, educativos, XVIII - Dar ciência à família do preso, em caso de
religiosos, esportivos e culturais da Unidade grave enfermidade, morte ou transferência deste,
respectiva; comunicando ao preso, de igual modo, a doença ou
II - Adotar medidas necessárias à preservação dos morte de pessoa de sua família e concedendo lhe, se
Direitos e Garantias Individuais dos presos; for o caso, permissão para sair;
III - Visitar os presos nas dependências do IX - Atribuir, em solenidades especiais, prêmios e
Estabelecimento, anotando suas reclamações e recompensas aos presos de exemplar
pedidos, procurando solucioná-los de modo comportamento e àqueles que pratiquem atos
adequado, no âmbito de sua competência ou meritórios;
encaminhá-los ao órgão competente, observando as X - Realizar outras atividades dentro de sua área de
normas de segurança; competência.
IV - Dar cumprimento às determinações judiciais e “XI – Julgar as faltas disciplinares cometidas pelos
prestar aos Juízes, Tribunais, Ministério Público, internos, após análise do parecer opinativo previsto
no inciso I do artigo 25 deste Regimento, aplicando, IV - manter sob sua guarda e responsabilidade todos
quando for o caso, a sanção disciplinar adequada à os pertences do preso, de uso não permitido,
falta cometida, assegurados o contraditório e a ampla fornecendo a estes comprovantes de recebimento;
defesa, por Defensor Público ou Advogado V - manter em bom estado de funcionamento as
constituído pelo interno ou nomeado para o ato.” instalações elétricas, telefônicas, hidrosanitárias e de
(Acrescido pela portaria Nº 225/2015 de 06/04/2015). climatização do prédio requisitando, com
antecedência o material que for necessário para este
Art. 20 – O (a) ocupante do cargo de diretor(a) de fim;
Unidade Prisional, escolhido preferencialmente entre VI - elabora o relatório anual das atividades inerentes
os servidores de carreira da Secretaria da justiça e ao serviço;
Cidadania, com atenção à sua vocação e preparação VII - efetuar o balancete mensal do estoque de
profissional específica, deverá satisfazer os mercadoria existente;
seguintes requisitos: VIII - proceder á identificação de todo o material
I - ser portador (a) de diploma de nível superior em permanente em uso na unidade;
Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou IX - adotar as medidas de segurança contra incêndio
Pedagogia, ou Serviços Sociais; nas dependências do estabelecimento especialmente
II - possuir experiência administrativa na área; na área de prontuário e almoxarifado;
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para X - providenciar a manutenção preventiva e corretiva
o desempenho da função. de máquinas, equipamentos e móveis em uso na
Parágrafo Único - O cargo de Diretor do Hospital unidade;
Geral e Sanatório Penal e do Hospital de Custódia e XI - zelar pela conservação e limpeza do prédio;
Tratamento Psiquiátrico deverá ser ocupado por XII – controlar a manutenção de primeiro escalão, de
profissional da área de saúde, preferencialmente responsabilidade dos motoristas nas viaturas da
pertencente ao quadro de servidores estáveis da unidade;
Secretaria da Justiça e Cidadania. XIII - executar e controlar os serviços de reprodução
xerográfica ou similar de documentos, publicações e
Art. 21 - A (o) Diretor (a) Adjunto, compete: impressos de interesse de Unidade;
I - Assessorar diretamente o (a) Diretor (a) da XIV - organizar a prestação de contas dos
Unidade Prisional no desempenho de suas suprimentos de fundos destinados ao
atribuições; estabelecimento;
II - Substituir, em seus afastamentos, ausências e XV - efetuar o controle diário das folhas e cartões de
impedimentos legais, o (a) Diretor (a) da Unidade registro de comparecimento do pessoal em exercício
Prisional, independente de designação especifica, na Unidade;
salvo se por prazo superior a 30 (trinta) dias; XVI - preparar dentro dos prazos estipulados os
III - Autorizar a expedição de certidões relativas aos documentos de controle de comparecimento e de
assuntos da Unidade; alterações relativos ao pessoal, encaminhando-os á
IV - Acompanhar a execução do plano de férias dos COSIPE.
servidores da Unidade;
V - Exercer outras atividades que lhes sejam Parágrafo Único - O cargo de Gerente Administrativo
determinadas pelo (a) Diretor (a) da Unidade. deverá ser ocupado por servidor de carreira da
§1º - A substituição prevista neste artigo, por período Secretaria da justiça e Cidadania.
igual ou superior a 30 (trinta) dias, propiciará ao
substituto os direitos e vantagens do cargo de Diretor Art. 23 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina
(a) da Unidade. compete gerenciar o setor de Segurança e Disciplina,
§2º - O cargo de Diretor-Adjunto deverá, elaborando o plano de segurança interna do
preferencialmente, ser ocupado por servidor estável Estabelecimento, visando proteger a vida e a
de carreira da Secretaria da justiça e Cidadania. incolumidade física dos servidores de carreira,
terceirizados e presos e a garantia das instalações
Art. 22 - Ao Gerente Administrativo compete físicas, bem como promover o conjunto de medidas
organizar, controlar e executar as atividades de apoio que assegurem o cumprimento da disciplina prisional
necessárias ao bom funcionamento operacional do e organizar, controlar e orientar os Agentes
Estabelecimento, inclusive a manutenção preventiva Penitenciários no exercício de suas atribuições,
e corretiva, competindo-lhe: competindo-lhe:
I - receber, controlar e distribuir gêneros alimentícios, I - orientar os presos quanto aos seus direitos,
os destinados ao consumo do Estabelecimento; deveres e normas de conduta a serem observados,
II - supervisionar os serviços de copa e de cozinha; quando de sua chegada à Unidade;
III - requisitar o material de expediente e providenciar II - realizar reuniões com os presos para preleções
a redistribuição junto aos demais serviços do instrutivas e disciplinares;
Estabelecimento; III - propor a concessão ou suspensão de
recompensas aos presos;
IV - fazer constar no prontuário disciplinar dos presos Disciplina, relatando, em seguida, de forma
as ocorrências e alterações havidas com estes; circunstanciada, por escrito;
V - controlar a movimentação de presos quando das V - Em caso de emergência que comprometa a
transferências para outras celas; integridade física do preso, autorizar transferência de
VI - manter atualizada a relação geral dos presos, alojamento no interior da unidade, diante da ausência
seus locais de recolhimento noturno, de trabalho e/ou de seu superior hierárquico;
permanência obrigatória; VI - Em caso de emergência que comprometa a
VII - opinar quanto aos horários de visitas, rancho, integridade física do preso, autorizar a saída
repouso noturno, alvorada e atendimento aos presos; temporária do mesmo para atendimento médico,
VIII - encaminhar ao Conselho disciplinar as faltas mediante escolta, diante da ausência de seu superior
disciplinares, praticadas por presos para hierárquico;
conhecimento e julgamento; VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os
IX - promover vistorias nos presos e buscas nas agentes penitenciários de plantão, cumprindo e
dependências do estabelecimento, de caráter fazendo cumprir as normas e regulamentos do
preventivo ou sempre que houver fundadas suspeitas estabelecimento;
de porte ou uso indevido de armas, aparelhos VIII - Elaborar relatório circunstanciado ao final de
celulares ou de objetos que possam ser utilizados seu plantão, registrando todas as ocorrências
para prática de crimes ou falta disciplinares; havidas;
X - manter atualizados registros e alterações Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Equipe dos
relativas aos agentes penitenciários; Agentes Penitenciários deverá ser ocupado
XI - elaborar a escala do plantão e organizar a preferencialmente por agente penitenciário estável
composição das equipes; da Secretaria da justiça e Cidadania.
XII - zelar pelo bom funcionamento dos
equipamentos e implementos necessários á Art. 25 – O Conselho Disciplinar, órgão colegiado
execução dos serviços de segurança interna; formado pelo Diretor Adjunto, por um Assistente
XIII - promover mensalmente em caráter ordinário, Social e por um agente penitenciário de notória
reuniões com os agentes prisionais e experiência, tem por finalidade:
extraordinariamente quando necessário; I - Instaurar Procedimento Disciplinar para conhecer,
XIV - propor ao diretor a lista de nomes para escolha analisar e processar as faltas disciplinares cometidas
e designados dos chefes de equipes; pelos internos, elaborando parecer opinativo, que
XV - assegurar o respeito aos visitantes enquanto será encaminhado para apreciação do (a) Diretor (a)
permanecerem nas dependências da Unidade; da Unidade Prisional, assegurados, em todo o
XVII - manter em arquivo o registro das pessoas que procedimento o contraditório e a ampla defesa, por
visitam a Unidade; Defensor Público ou Advogado constituído pelo
XVIII - comunicar, diariamente, ao diretor c/ou interno ou nomeado para o ato.
substituto as alterações constantes no relatório de II - Conhecer os resultados de eventuais exames
serviço diário; criminológicos e acompanhar o perfil comportamental
XIX - manter informado o diretor sobre quaisquer do preso. Parágrafo único – Nos estabelecimentos
alterações havidas na unidade; prisionais em que não houver os profissionais
XX - colaborar nas realizações de eventos de caráter descritos no caput deste artigo, a decisão sobre
sócio cultural, esportivo e cívico do estabelecimento. faltas disciplinares ficará a cargo do Diretor da
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Segurança e unidade, ouvido previamente o Defensor Público ou o
Disciplina deverá ser ocupado preferencialmente por Advogado constituído ou nomeado para o ato.
agente penitenciário estável da Secretaria da justiça (Alterado pela portaria Nº 225/2015 de 06/04/2015).
e Cidadania.
Art. 26 - O Conselho Disciplinar, que será presidido
Art. 24 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes pelo Diretor Adjunto e, nas suas faltas ou
Penitenciários compete: impedimentos, pelo agente penitenciário que o
I - Conferir o relatório da equipe anterior; compõe, reunir-se-á tantas vezes quantas
II - Conferir o material de segurança sob sua necessárias para deliberar sobre as tarefas a seu
responsabilidade, bem como a frequência dos cargo.
membros de sua equipe, distribuindo as tarefas §1º - Em caso de empate será considerado vencedor
relativas ao funcionamento da unidade entre os o voto favorável ao preso.
presentes; §2º - Os pareceres do Conselho Disciplinar serão
III - Dar encaminhamento e supervisionar a execução sempre coletivos e lançados por escrito, sendo
das determinações da Direção e do Chefe de tomados por maioria simples. (Alterado pela portaria
segurança e disciplina; Nº225/2015 de 06/04/2015)
IV - Comunicar imediatamente qualquer ocorrência
que comprometa a ordem, a segurança e a disciplina Art. 27 - A Comissão Técnica de Classificação, órgão
da unidade à Direção e ao Chefe de Segurança e colegiado, deverá ser composta pelo (a) Diretor (a)
do Estabelecimento, que a presidirá, dois agentes Art. 30 - À Comissão Técnica de Classificação,
penitenciários, com larga experiência no caberá avaliar a terapêutica penal em relação ao
penitenciarismo, um Psiquiatra, um Psicólogo, um preso sentenciado, propondo as promoções
Assistente Social, e tem por finalidade aquilatar a subsequentes.
personalidade do condenado, para determinar o
tratamento adequado, competindo-lhe: Art. 31 - As perícias criminológicas, eventualmente
I - Fixar o programa reeducativo; requisitadas, deverão ser realizadas pela equipe
II - Acompanhar a execução das penas privativas de técnica do Centro de Triagem e Observação
liberdade; Criminológica ou pela Comissão Técnica de
III - Classificar o condenado segundo seus Classificação da unidade, observando em cada caso
antecedentes e personalidade, para orientar a o que for mais adequado.
individualização da execução penal;
IV - Propor as conversões e as regressões, bem TÍTULO V
como as progressões; DO INGRESSO, TRANSFERENCIA E SAÍDA DO
V - Informar, caso seja solicitado, através de parecer PRESO
técnico, o perfil criminológico do condenado para fins CAPÍTULO I
de benefício; DO INGRESSO
VI - Zelar pelo cumprimento dos deveres dos
presidiários e assegurar a proteção dos seus direitos, Art. 32 - O ingresso do preso condenado deverá se
cuja suspensão ou restrição competirá a Direção da dar mediante apresentação da guia de recolhimento,
Unidade ou ao Juiz das Execuções Criminais. expedida pela autoridade judiciária competente,
observando-se o disposto nos arts.105 a 107 da Lei
Art. 28 - A Comissão Técnica de Classificação, para 7210/ 84 (Lei de Execuções Penais).
obtenção de dados reveladores da personalidade Art. 33 - O ingresso do preso provisório se dará
dos presos, poderá: através da apresentação dos seguintes documentos:
I - Entrevistar pessoas; I - guia de recolhimento expedida pela autoridade
II - Requisitar de órgãos públicos ou privados dados policial ou judiciária competente;
e informações referentes ao preso; II - comprovação de que o mesmo foi submetido a
III - Realizar outras diligências e exames. exame de corpo de delito;
III - comprovante de identificação do preso junto à
TÍTULO IV Delegacia de Capturas;
DAS FASES DA EXECUÇÃO ADMINISTRATIVA IV - Informação sobre os antecedentes criminais do
DA PENA preso, com cópia do auto de prisão em flagrante ou
do mandado de prisão judicial.
Art. 29 - As fases da execução administrativa da Parágrafo Único - Toda entrada, transferência ou
pena serão realizadas através de estágios, saída de preso de unidade deverá ser comunicada
respeitados os requisitos legais, a estrutura física e pela Direção a todos os juízos onde o mesmo
os recursos materiais de cada unidade prisional. responda a procedimento criminal.
I- Primeira Fase - procedimentos de inclusão e
observação por prazo não superior a 60 (sessenta) Art. 34 - Na ocasião do ingresso no Sistema
dias, realizado pelo Centro de Triagem e Observação Penitenciário, o preso se submeterá a revista pessoal
Criminológica, e complementados pela Comissão e de seus pertences, devendo, logo após, ser
Técnica de Classificação da unidade recebedora; submetido à higienização corpórea e substituição de
II- Segunda Fase - desenvolvimento do processo da seu vestuário pelo uniforme padrão adotado.
execução da pena compreendendo as várias
técnicas promocionais e de evolução sócio Art. 35 – No ingresso, o preso terá aberto, em seu
educativas. nome, um prontuário, devidamente numerado em
ordem seriada, onde serão anotados, dentre outros,
Parágrafo único – A Secretaria da Justiça e seus dados de identificação e qualificação, de forma
Cidadania elaborará Protocolo de Procedimentos completa, dia e hora da chegada, situação de saúde
Operacionais de Segurança Penitenciária, física e mental, aptidão profissional e alcunhas.
abrangendo, entre outras atividades e técnicas, uso §1º - No prontuário ficarão arquivados todos os
de algemas; recebimento de presos; padrão de documentos relativos ao preso, inclusive certidão
vistorias e de revista pessoal; manuseio de atualizada de antecedentes criminais do juízo local,
equipamentos de segurança; controle de acesso de bem como do seu domicílio de origem;
pessoas, veículos e materiais; emprego de armas §2º - A fotografia do preso será parte integrante do
letais e não letais; uso progressivo e proporcional da prontuário.
força, observando-se procedimentos específicos nos §3º - Após a abertura do prontuário, o preso receberá
estabelecimentos prisionais femininos. instruções a serem cumpridas, sobre as normas do
estabelecimento, sendo cientificado dos direitos e
deveres prescritos no presente Regimento, e da II - por interesse técnico-administrativo da
possibilidade de acesso ao mesmo sempre que administração penitenciária;
desejar. III - a requerimento do interessado;
§4º - Em todas as dependências e acomodações das IV - por determinação do Secretário da justiça e
unidades prisionais deverão afixar-se os direitos e Cidadania, mediante Relatório de Inteligência
deveres dos presos, permanecendo o presente Prisional
regimento acessível a todos sempre que desejarem
consultar. §1º - A Comissão de Avaliação de Transferências e
§5º - Os analfabetos serão instruídos oralmente. Gestão de Vagas – CATVA será formada por equipe
multidisciplinar e administrará o ingresso, reingresso
Art. 36 - Os pertences trazidos com o preso cuja e a transferência de presos nas unidades do sistema
posse não for permitida serão inventariados e penitenciário estadual, indicando a unidade para
colocados em depósito apropriado no Setor da onde o interno será encaminhado, devendo ser
Gerência Administrativa da Unidade Prisional, presidida pelo Coordenador Adjunto da COSIPE, que
mediante contra recibo, sendo entregues executará, privativamente, as atribuições previstas
posteriormente aos seus familiares, ou a pessoa por no inciso II do Art.16 do Decreto nº 27.385 de
ele indicada. 02.03.2004.
§1º - Os objetos de valor e joias serão recolhidos ao §2º - A Comissão de Avaliação de Transferências e
Setor de Pecúlio, bem como importâncias em Gestão de Vagas – CATVA será o órgão competente
dinheiro serão depositadas em conta corrente do para a liberação de vagas para presos provisórios e
pecúlio disponível, com preenchimento dos condenados em presídios, casas de privação
respectivos recibos. provisórias de liberdade, penitenciárias, Casa do
Albergado, Hospital de Custódia e Manicômio
Art. 37 - O preso será submetido a exames clínicos Judiciário do Estado do Ceará, vinculados a
pelo Serviço de Saúde, devendo ser examinado por Comarca de Fortaleza, obedecendo aos
médico, que fornecerá atestado sobre as condições procedimentos contidos em Portaria específica,
físicas apresentadas quando de sua chegada, e observando as avaliações realizadas pelo Centro de
relacionará a necessidade de ingestão de Triagem e Observação Criminológica.
medicamentos eventualmente trazidos pelo preso, §3º - Nos estabelecimentos prisionais não
sob prescrição médica, bem como de dieta alcançados pelas atribuições da Comissão de
diferenciada. Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas -
CATVA, a regulamentação permanecerá
Art. 38 - Quando da impossibilidade de cumprir todas determinada pelo presente Regimento.
as exigências enumeradas nos dispositivos
anteriores, na data da inclusão, as mesmas poderão SEÇÃO I
ocorrer nos três dias úteis subsequentes. Por Ordem Judicial

Art. 39 - O preso que adentrar pela primeira vez na Art. 43 - A transferência provisória ou definitiva do
Unidade cumprirá um período inicial considerado de preso de uma unidade prisional para outra, por
adaptação e observação, nunca superior a 60 ordem judicial, dar-se-á nas seguintes circunstâncias:
(sessenta) dias, durante o qual será observado seu I - por sentença de progressão ou regressão de
comportamento no Centro de Triagem e Observação regime;
Criminológica e posteriormente, pela Comissão II - para apresentação judicial dentro e fora da
Técnica de Classificação da unidade recebedora. Comarca;
III - para tratamento psiquiátrico, desde que haja
Art. 40 - Nos (10) dez primeiros dias do estágio de indicação médica;
adaptação o preso não poderá receber visitas de IV - em qualquer circunstância, mais adequada ao
familiares e amigos, podendo somente receber seu cumprimento da sentença, em outro Estado da
advogado ou Defensor Público. Federação, a juízo da autoridade judiciária
Art. 41 - Durante o período de adaptação o preso competente.
será classificado quanto ao grau de periculosidade,
comportamento e antecedentes. SEÇÃO II
Por interesse técnico-administrativo da
CAPÍTULO II administração penitenciária
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 44 – O preso será transferido por interesse
Art. 42 - A transferência do preso de uma unidade técnico-administrativo da administração penitenciária
prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes nas seguintes circunstâncias:
condições:
I - por ordem judicial;
I - por solicitação do diretor da unidade, conforme IV- manifestação do diretor da unidade prisional,
indicação da Comissão Técnica de Classificação e sobre a conveniência ou não da transferência.
demais áreas de avaliação;
II - no caso de doença, que exija tratamento Art. 47 - Quando ocorrer transferência temporária de
hospitalar do preso, quando a unidade prisional não presos entre as unidades prisionais deverá haver
dispuser de infraestrutura adequada, devendo a acompanhamento de informações referentes à
solicitação ser feita pela autoridade médica, ratificada disciplina, saúde, execução da pena e visitas dos
pelo diretor da unidade; mesmos, a fim de orientar procedimento na unidade
III - por interesse da Administração, com vistas à de destino.
preservação da segurança e disciplina. §1º - No caso de remoção definitiva, além das
IV - para preservação da segurança pessoal do providências do caput deste artigo, o preso deverá
interno; ser acompanhado de seu prontuário e pertences
V - a preservação de condições pessoais favoráveis pessoais.
à individualização da execução penal;
VI - a preservação de laços afetivos entre o Seção IV
condenado e seus parentes; Por determinação do Secretário da justiça e
VII - para o exercício de atividades educacionais e/ou Cidadania, mediante Relatório de Inteligência
laborativas. Prisional

§1º - Compete à Coordenadoria do Sistema Penal, Art. 48 – A - Emergencialmente, a transferência se


nas unidades não alcançados pelas atribuições da dará por determinação do Secretário da justiça e
Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão Cidadania, através da COINT ou COSIPE.
de Vagas, em caráter excepcional, e devidamente Parágrafo único – No prazo de 72 (setenta e duas)
justificada, determinar a transferência do preso, de horas haverá formalização da transferência
uma a outra unidade prisional. emergencial à Comissão de Avaliação de
§2º - A transferência de preso condenado ou Transferências e Gestão de Vagas - CATVA, em
provisório será, no prazo improrrogável de 24 (vinte e relação aos estabelecimentos prisionais submetidos
quatro) horas, comunicada, respectivamente, ao à sua atuação.
juízo das execuções penais ou ao juízo responsável
pelo processo. CAPÍTULO III
DA SAÍDA
SEÇÃO III
A Requerimento do Interessado Art. 49 - A saída do preso da Unidade Prisional dar-
se-á, nos seguintes casos:
Art. 45 – Fora das hipóteses que dependam de I - pelo término do cumprimento da pena,
decisão judicial, o preso, seus familiares ou seu devidamente reconhecido por sentença do Juízo das
procurador poderão requerer sua transferência, ao Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios;
diretor do estabelecimento respectivo, para unidade II - em virtude de algum beneficio legal que lhe tenha
prisional do mesmo regime quando: sido concedido, sempre por ordem escrita da
I - conveniente, por ser na região de residência ou Autoridade Judiciária competente.
domicílio da família, devidamente comprovado; III - para atendimento de requisições administrativas
II - necessária à adoção de Medida Preventiva de ou policiais, mediante escolta e autorização escrita
Segurança Pessoal, e a unidade prisional não do Juiz das Execuções Criminais e Corregedor dos
dispuser de recurso para administrá-la. Presídios;
IV - para atendimento de requisições judiciais,
Parágrafo único – O diretor do estabelecimento mediante escolta;
ouvirá a manifestação da Chefia de Segurança e V - em caráter excepcional, mediante autorização da
Disciplina e do Serviço Social, devendo ser anexada Direção do Estabelecimento Prisional, nos casos e
Certidão Carcerária contendo a data de entrada do na forma estabelecidos nos artigos 120 e 121 da Lei
preso, o tempo de recolhimento e o seu de Execuções Penais.
comportamento carcerário, e encaminhará à CATVA Os condenados que cumprem pena em regime
para deliberação. fechado ou semi-aberto e os presos provisórios
poderão obter permissão para sair do
Art. 46 – O pedido conterá: estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer
I - petição assinada pelo requerente ou termo de um dos seguintes fatos: Falecimento ou doença
declaração, onde justifique os motivos da pretensão; grave do cônjuge, companheira, ascendente,
II- qualificação e extrato da situação processual do descendente ou irmão, necessidade de tratamento
sentenciado; médico. A permissão de saída será concedida pelo
III- informações detalhadas das condições de saúde, diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.
trabalho, instrução e conduta prisional; A permanência do preso fora do estabelecimento
terá a duração necessária à finalidade da saída. menos uma vez por semana, sem prejuízo das
(LEP – Do art. 120 e art.121) atividades educacionais e laborativas da Unidade;
VI - contato com o mundo exterior e acesso aos
Parágrafo único – Nas saídas previstas nos incisos I meios de comunicação social, por meio de:
e II, será disponibilizado ao preso: a) correspondência escrita com familiares e outras
I - A entrevista de desligamento realizada pessoas, podendo ser suspenso ou restringido tal
preferencialmente por psicólogo ou assistente social, direito por ato motivado do Diretor da Unidade, no
quando receberá aconselhamento e orientação, além caso de cometimento de falta grave;
do encaminhamento para a Coordenadoria de b) leitura de livros, jornais, revistas e demais
Inclusão Social do Preso e do Egresso – CISPE, periódicos, desde que não contenham incitamento à
rede sócio assistencial, de saúde e de educação; subversão da ordem ou preconceito de religião, raça
II - orientação, preferencialmente pelo Defensor ou classe social e não comprometam a moral e os
Público lotado na unidade, sobre as condições bons costumes;
jurídicas às quais ficará submetido; c) programação da Rádio Livre;
III - vestimentas e condições de transporte para o d) acesso coletivo a programa de televisão;
retorno à sua residência de forma digna, desde que e) acesso a sessões cinematográficas, teatrais,
localizada no Estado do Ceará ou, em situações artísticas e socioculturais, de acordo com a
excepcionais, a critério da Secretaria da Justiça e programação da Unidade respectiva.
Cidadania. VII - acomodação em celas ou alojamentos coletivos
ou individuais, dentro das exigências legais, havendo
TÍTULO VI trocas de roupas de uso pessoal, de cama, banho e
DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS BENS, material de higiene, fornecidos pela Unidade
REGALIAS E RECOMPENSAS Prisional ou outros setores devidamente autorizados;
CAPÍTULO I VIII - solicitar à Diretoria mudança de cela ou
DOS DIREITOS pavilhão, que poderá ser autorizada após avaliação
dos motivos e da capacidade estrutural da Unidade;
Art. 50 - São direitos comuns aos presos, além dos já IX - peticionar à Direção do Estabelecimento e
previstos pela Constituição Federal, Pactos demais autoridades;
Internacionais, Legislação Penal e Processual X - receber visitas do cônjuge, da companheira, de
Brasileira, Lei de Execuções Penais e demais Leis, parentes e amigos em dias determinados, podendo
os seguintes: ser suspenso ou restringido tal direito por ato
I - preservação da individualidade, observando-se: motivado do Diretor da Unidade, no caso de
a) chamamento nominal; cometimento de falta grave;
b) uso de número somente para qualificação em XI - proteção contra qualquer forma de
documento da administração penal. sensacionalismo;
II - atendimento pela Diretoria do Estabelecimento XII - receber atestado anual de pena a cumprir;
e/ou demais funcionários; XIII - assistência jurídica integral desde sua inserção
III - prática religiosa; no Sistema Penitenciário, prestada por advogado
IV- tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico, constituído ou pela Defensoria Pública;
psicológico e odontológico gratuito, com os recursos XIV - entrevista reservada com seu advogado
humanos e materiais postos a sua disposição pela constituído ou Defensor Público, no parlatório,
Unidade onde se acha recolhido, sendo-lhes individualmente, nos dias úteis e no horário de
garantidos: expediente da Unidade.
a) obtenção de assistência médica pela rede XV - à presa, em caso de gravidez, são asseguradas:
Municipal, Estadual e Federal, quando esgotados ou a) assistência pré-natal;
inexistentes os recursos institucionais, de acordo b) alimentação apropriada desde a confirmação da
com a disponibilidade dessas redes; gravidez até o fim da amamentação;
b) a faculdade de contratar, através de familiares ou c) internação, com direito a parto em hospital
dependentes, profissionais médicos e odontológicos adequado, por meio de escolta;
de confiança pessoal, a fim de orientar e d) condições para que possa permanecer com seu
acompanhar o tratamento que se faça necessário, filho pelo período mínimo de 120 dias após o
observadas as normas legais e regulamentares nascimento, prorrogável por igual período, em local
vigentes; adequado, mesmo que haja restrição de
V - frequência às atividades desportivas, de lazer e amamentação;
culturais condicionadas à programação da Unidade, e) condições para que possa permanecer com seu
dentro das condições de segurança e disciplina, filho pelo período mínimo de 180 dias após o
obedecendo-se os a seguinte regra: nascimento, prorrogável por igual período, após
a) a prática de esportes deverá ser realizada em avaliação médica e de assistente social, em local
local adequado, pelo período de 02:00 horas, pelo adequado, quando estiver amamentando;
XVI - reabilitação das faltas disciplinares;
XVII - Em caso de falecimento, doenças, acidentes a) saúde;
graves ou transferência do preso para outro b) assistência jurídica;
estabelecimento, o Diretor comunicará c) psicológica;
imediatamente ao cônjuge ou, se for o caso, a d) serviço social;
parente próximo ou a pessoa previamente indicada; e) diretoria;
XVIII - O preso será informado, imediatamente, do f) serviços administrativos em geral;
falecimento ou de doença grave do cônjuge, g) atividades escolares, desportivas, religiosas, de
companheira, ascendente, descendente ou irmão, trabalho e de lazer;
podendo ser permitida a visita a estes, sob custódia; h) assistência religiosa;
XIX - Em caso de deslocamento do preso, por
qualquer motivo, deve-se evitar sua exposição ao XIV - devolver ao setor competente, quando de sua
público, assim como resguardá-lo de insultos e da saída ou da eventual transferência, os objetos
curiosidade geral. fornecidos pela unidade e destinados ao uso próprio;
XX - igualdade de tratamento, exceto quanto à XV - abster-se de desviar, para uso próprio ou de
individualização da pena. terceiros, materiais dos diversos setores da Unidade
Prisional;
§1º - Os direitos previstos neste Regimento não XVI - abster-se de negociar objetos de sua
excluem outros decorrentes dos princípios por ele propriedade, de terceiros ou do patrimônio do
adotados. Estado;
§2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o preso XVII - abster-se da confecção e posse indevida de
deverá permanecer em recinto separado dos demais, instrumentos capazes de ofender a integridade física
aplicando-se, no que couber, as normas destinadas de outrem, bem como daqueles que possam
aos presos provisórios. contribuir para ameaçar, ou obstruir a segurança das
pessoas e da Unidade Prisional;
CAPÍTULO II XVIII - abster-se de uso e consumo de bebida
DOS DEVERES DOS PRESOS alcoólica ou de substância que possa causar
embriaguez ou dependência física, psíquica ou
Art. 51 - São deveres dos presos, além dos previstos química;
na legislação pátria: XIX - abster-se de transitar ou permanecer em locais
I - respeito às autoridades constituídas, funcionários não autorizados pela Direção da Unidade.
e companheiros presos; XX - abster-se de dificultar ou impedir a vigilância;
II - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da XXI - abster-se de quaisquer práticas que possam
sentença; causar transtornos aos demais presos, bem como
III - informar-se das normas a serem observadas na prejudicar o controle de segurança, a organização e
Unidade Prisional, respeitando-as; a disciplina;
IV - acatar as determinações legais solicitadas por XXII - acatar a ordem de contagem da população
qualquer funcionário no desempenho de suas carcerária, respondendo ao sinal convencionado da
funções; autoridade competente para o controle da segurança
V - manter comportamento adequado em todo o e disciplina;
decurso da execução da pena, progressiva ou não; XXIII - abster-se de utilizar quaisquer objetos, para
VI - submeter-se à sanção disciplinar imposta; fins de decoração ou proteção de vigias, portas,
VII - Conduta oposta aos movimentos individuais e janelas e paredes, que possam prejudicar o controle
coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou a da vigilância;
disciplina; XXIV - abster-se de utilizar sua cela como cozinha;
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que XXV - submeter-se à requisição das autoridades
lhe forem destinados direta ou indiretamente; judiciais, policiais e administrativas;
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos XXVI - submeter-se à requisição dos profissionais de
materiais a que der causa, de forma culposa ou qualquer área técnica para exames ou entrevistas;
dolosa; XXVII - submeter-se às condições estabelecidas para
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela, uso de aparelho de rádio e/ou aparelho de TV;
alojamento, corredores e sanitários; XXVIII - submeter-se às condições de uso da
XI - submeter-se às normas contidas neste biblioteca do estabelecimento, caso haja, e de livros
Regimento Geral, referentes às visitas, orientando-as de sua propriedade;
nesse sentido; XXIX - submeter-se às condições estabelecidas para
XII - submeter-se às normas, contidas neste as práticas desportivas e de lazer;
Regimento Geral, que disciplinam a concessão de XXX - submeter-se às condições impostas para
saídas externas previstas em lei: quaisquer modalidades de transferências e remoção
XIII - submeter-se às normas contidas neste de ordem judicial, técnico-administrativa e a seu
Regimento Geral, que disciplinam o atendimento nas requerimento;
áreas de:
XXXI - submeter-se aos controles de segurança diretor da unidade prisional, devendo constar do
impostos pelos Agentes Penitenciários ou outros prontuário do condenado.
agentes públicos incumbidos de efetuar a escolta
externa. SEÇÃO II
DAS REGALIAS
CAPÍTULO III
DOS BENS E VALORES PESSOAIS Art. 57 - Constituem regalias, concedidas aos presos
em geral, dentro da Unidade Prisional:
Art. 52 - A entrada de bens de qualquer natureza I - visitas íntimas;
obedecerá aos seguintes critérios: II - assistir coletivamente sessões de cinema, teatro,
I - em se tratando daqueles permitidos, os mesmos shows e outras atividades socioculturais, fora do
deverão ser revistados e devidamente registrados horário normal em épocas especiais;
em documento específico: III - assistir coletivamente sessões de jogos
a) a entrada de bens perecíveis, em espécie e esportivos em épocas especiais, fora do horário
manufaturados, terá sua quantidade devidamente normal;
regulada; IV - participar de atividades coletivas, além da escola
b) os bens não perecíveis serão analisados pela e trabalho, em horário pré-estabelecido de acordo
unidade prisional quanto à sua necessidade, com a Unidade do Sistema e Direção;
conveniência e quantidade; V - participar em exposições de trabalho, pintura e
outros, que digam respeito às suas atividades;
II - Em se tratando de bens de consumo e VI - visitas extraordinárias devidamente autorizadas
patrimoniais trazidos por presos acompanhados ou pela direção se comprovada sua necessidade e
não de funcionário, quando das saídas externas relevância
autorizadas, serão analisados. No caso de não se
comprovar a origem será lavrado comunicado do Art. 58 - Poderão ser acrescidas outras regalias de
evento, sem prejuízo de outras medidas cabíveis; forma progressiva, acompanhando as diversas fases
III - Quando do ingresso de bens e valores através e regimes de cumprimento da pena;
de familiares e afins, serão depositados no setor
competente, mediante inventário e contra recibo: Art. 59 - O preso no regime semiaberto poderá ter
a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão outras regalias, a critério da direção da unidade
devolvidos no momento em que o preso seja visando sua reintegração social;
libertado;
b) no caso de transferência do preso, os valores e Art. 60 - As regalias poderão ser suspensas ou
bens serão encaminhados à unidade de destino. restringidas, por cometimento de falta disciplinar de
qualquer natureza ou por ato motivado da direção da
Art. 53 - Em caso de falecimento do preso, os valores Unidade Prisional.
e bens a este pertencentes, devidamente
inventariados, serão entregues aos familiares, TÍTULO VII
atendidas as disposições legais pertinentes DA DISCIPLINA E DAS FALTAS DISCIPLINARES
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO IV Art. 61 - No aspecto administrativo-disciplinar, este


DAS RECOMPENSAS E REGALIAS Regimento aplica se aos presos de ambos os sexos
SEÇÃO I recolhidos na mesma ou em Unidades Prisionais
DAS RECOMPENSAS diversas.

Art. 54 - As recompensas têm em vista o bom Art. 62 - Todos os presos da Unidade Prisional serão
comportamento reconhecido em favor do preso cientificados das normas disciplinares, no momento
sentenciado ou do preso provisório, de sua de seu ingresso na mesma.
colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao
trabalho. Art. 63 - As normas deste Regimento serão aplicadas
aos presos, quer dentro do estabelecimento prisional
Art. 55 - São recompensas: e sua extensão, quer quando estiverem em trânsito
I - o elogio; ou em execução de serviço externo.
II - a concessão de regalias.
Capítulo II
Art. 56 - Será considerado para efeito de elogio a DA DISCIPLINA
prática de ato de excepcional relevância humanitária
ou do interesse do bem comum, por portaria do
Art. 64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da
firmeza, sem constrangimento, sem impor maiores pena aplicada;
restrições que as necessárias para manter a II - recolhimento em cela individual;
segurança e a boa organização da vida em comum, III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os
visando o retorno satisfatório do preso a sociedade. filhos menores de quatorze anos, com duração de
Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a duas horas;
fraternidade e a civilidade são requisitos importantes IV - o preso terá direito à saída da cela por duas
para o aprimoramento físico, mental e espiritual na horas diárias para banho de sol.
busca da construção de um futuro melhor para o
preso. §1º - O regime disciplinar diferenciado também
Art. 65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das poderá abrigar presos provisórios ou condenados
seguintes penalidades: que apresentem alto risco para a ordem e a
I - advertência verbal; segurança do Presídio ou da sociedade.
II - repreensão; §2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar
III - suspensão ou restrição de regalias; diferenciado o preso provisório ou condenado sob o
IV - suspensão ou restrição de direitos, observadas qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
as condições previstas no incisos XIII e XIV do artigo participação, a qualquer título, em organizações
50 do presente regimento; criminosas, quadrilha ou bando.
V - isolamento em local adequado; §3º - A inclusão de preso no regime disciplinar
VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado, diferenciado deverá ser requerida, apos deliberação
mediante decisão fundamentada do juízo da comissão disciplinar, por meio de parecer
competente. circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juízo
competente, sendo imprescindível a decisão
§1º - Advertência verbal é a punição de caráter fundamentada da autoridade judiciária para a
educativo, aplicado às infrações de natureza leve, e imposição de tal sanção.
se couber as de natureza média;
§2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma Art. 69 - A suspensão e restrição de regalias poderão
escrita, revestida de maior rigor no aspecto ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, na
educativo, aplicável em casos de infração de prática de faltas de qualquer natureza.
natureza média, bem como os reincidentes de
natureza leve. Art. 70 - Pune-se a tentativa com a sanção
correspondente à falta consumada.
Art. 66 - Às faltas leves e médias, poderão ser
aplicadas as sanções previstas nos incisos I, II, III do Capítulo III
artigo anterior. DAS FALTAS DISCIPLINARES
I - advertência verbal, II – repreensão e III -
suspensão ou restrição de regalias. Art. 71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza
classificam se em:
Art. 67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções I - leves;
previstas nos incisos IV e V do artigo 65 deste II - médias;
Regimento Geral, não podendo qualquer delas III - graves.
exceder a 30 (trinta) dias. As faltas disciplinares classificam-se em leves,
médias e graves. (LEP - Art. 49.)
§1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juízo
da Execução. Parágrafo único - O disposto neste capítulo aplica-se,
§2º - A autoridade administrativa poderá decretar o no que couber, ao preso provisório.
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo
de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina e da SEÇÃO I
averiguação do fato. DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA
§3º - O tempo de isolamento preventivo será LEVE
computado no período de cumprimento da sanção
disciplinar. Art. 72 - Considera-se falta disciplinar de natureza
leve:
Art. 68 - Aplica-se o Regime Disciplinar Diferenciado, I - manusear equipamento de trabalho sem
na hipótese de falta grave consistente na prática de autorização ou sem conhecimento do encarregado,
crime doloso que ocasione subversão da ordem ou mesmo a pretexto de reparos ou limpeza;
disciplina interna, e tem as seguintes características: II - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, autorização;
sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta III - desatenção em sala de aula ou no trabalho;
IV - permutar, penhorar ou dar em garantia objetos Estabelecimento Penal no caso de saídas
de sua propriedade a outro preso sem prévia temporárias autorizadas;
comunicação da direção da unidade respectiva; VI - envolver, indevidamente, o nome de outrem para
V - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de se esquivar de responsabilidade;
forma diversa para a qual recebeu; VII - portar-se de modo indisciplinado ou
VI - executar, sem autorização, o trabalho de outrem; inconveniente quando das revistas e conferências
VII - responder por outrem às chamadas nominais;
regulamentares; VIII - promover ou concorrer para a discórdia e
VIII - ter posse de papéis, documentos, objetos ou desarmonia entre os internados, ou cultivar
valores não cedidos e não autorizados pela Unidade inimizades entre os mesmos;
Prisional; IX - portar-se de modo inconveniente, provocando
IX - descuidar da higiene pessoal; outros internos através de brincadeiras de cunho
X - estar indevidamente trajado; pernicioso ou sarcástico;
XI - proceder de forma grosseira ou discutir com X - apresentar, sem fundamento ou em termos
outro preso; desrespeitosos, representação ou petição;
XII - usar material de serviço para finalidade diversa XI - recriminar ou desconsiderar ato legal de agente
da qual foi prevista; da administração da unidade respectiva;
XIII - deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas XII - deixar de realizar a faxina do xadrez,
do curso em que esteja matriculado; alojamento, banheiro ou corredores, cuja atribuição
XIV - sujar pisos, paredes ou danificar objetos que lhe esteja a cargo, ou fazê-lo com desídia;
devam ser conservados; XIII - transitar pelos corredores dos alojamentos ou
XV - portar ou manter na cela ou alojamento, material das celas despido ou em trajes sumários;
de jogos não permitidos; XIV - deixar de fazer uso do uniforme sem
XVI - remeter correspondência, sem registro regular autorização;
pelo setor competente; XV - fazer qualquer tipo de adaptação nas
XVII - desobedecer aos horários regulamentares; instalações elétricas ou hidráulicas da Unidade, sem
XVIII - descumprir as prescrições médicas; a devida autorização;
XIX - lavar ou secar roupa em locais não permitidos; XVI - concorrer para que não seja dado cumprimento
XX - fazer refeições em local e horário não a qualquer ordem legal, tarefa ou serviço, bem como,
permitidos; concorrer para que seja retardada a sua execução;
XXI - conversar através de janelas, guichê da cela ou XVII - interferir na administração ou execução de
de setor de trabalho ou em local não apropriado; qualquer tarefa sem estar para isto autorizado;
XXII - mostrar displicência no cumprimento do sinal XVIII - simular doença para esquivar-se do
convencional de recolhimento ou formação; cumprimento de qualquer dever ou ordem legal
XXIII - fumar em local ou horário não permitido. recebida;
XXIV - proferir palavras de baixo calão ou faltar com XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir
preceitos de educação; bebidas alcoólicas ou qualquer outra substância que
XXV - dirigir-se, referir-se ou responder a qualquer cause efeitos similares aos do álcool, ou mesmo
pessoa de modo desrespeitoso; ingerir tais substâncias, ou concorrer,
XXVI - tocar instrumentos musicais fora dos locais e inequivocamente, para que outrem o faça;
horários permitidos pela autoridade competente XX - introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a
devida autorização da Direção da Unidade;
SEÇÃO II XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa,
DAS FALTAS DE NATUREZA MÉDIA vantagem ilícita pecuniária ou em espécie;
XXII - praticar atos de comércio de qualquer
Art. 73 - Considera-se falta disciplinar de natureza natureza, sem a devida autorização, com outros
média: internos, funcionários ou civis;
I - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos ou XXIII - manusear equipamento ou material de
causando embaraços à administração; trabalho sem autorização ou sem conhecimento da
II - provocar direta ou indiretamente alarmes administração, mesmo a pretexto de reparos ou
injustificados; limpeza;
III - deixar, sem justo motivo, de responder às XXIV - apropriar-se ou apossar-se, sem autorização,
revistas ou reuniões em horários pré-estabelecidos, de material alheio;
ou aquelas para as quais ocasionalmente for XXV - destruir dolosamente, extraviar, desviar ou
determinado; ocultar objetos sob sua responsabilidade, fornecidos
IV - atrasar-se o interno do regime aberto e pela administração;
semiaberto, para o pernoite; XXVI - fabricar qualquer objeto ou equipamento sem
V - atrasar-se, sem justo motivo, o interno do regime a devida autorização, ou concorrer para que outrem
semiaberto quando do seu retomo ao incorra na mesma conduta;
XXVII - utilizar material, próprio ou do Estado, para V - descumprir, no regime aberto, as condições
finalidade diversa para a qual foi prevista, causando impostas;
ou não prejuízos ao erário; VI - desobedecer ao servidor ou desrespeitar a
XXVIII - portar, confeccionar, receber, ter qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
indevidamente, em qualquer lugar do VII - não executar o trabalho, as tarefas ou as ordens
Estabelecimento Penal, objetos passíveis de recebidas;
utilização em fuga; VIII - descumprir, injustificadamente, o condenado à
XXIX - permanecer o interno, em dias de visitação, pena restritiva de direitos, a restrição imposta, ou
na área destinada à circulação de pessoas, sem que retardar o cumprimento;
para isto esteja autorizado ou acompanhado de seus IX - introduzir, receber, vender, fornecer, ainda que
visitantes, exceto para responder à chamada nominal gratuitamente, fazer uso, ter em depósito,
ou efetuar suas refeições; transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar
XXX - permitir o interno que seus visitantes, sem telefone celular ou aparelho de comunicação com o
autorização de autoridade competente, ingressem meio exterior, seus componentes ou acessórios;
nos alojamentos ou celas ou acessem local não
permitido; SEÇÃO IV
XXXI - comportar-se, quando em companhia de sua DAS ATENUANTES E DAS AGRAVANTES
esposa, companheira ou diante de outros visitantes,
de forma desrespeitosa; Art. 75 - São circunstâncias atenuantes na aplicação
XXXII - tomar parte em jogos proibidos ou em aposta das penalidades disciplinares:
ilícitas; I - primariedade em falta disciplinar;
XXXIII - permanecer em alojamento diferente do seu, II - natureza e circunstância do fato;
sem a devida autorização da Administração ou o III - bons antecedentes prisionais;
consentimento de integrante do local; IV - imputabilidade relativa atestada por autoridade
XXXIV - transitar indevidamente por locais não médica competente;
permitidos ou em desacordo com o respectivo V - confessar, espontaneamente a autoria da falta
estágio em que se encontra; ignorada ou imputada a outrem;
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com VI - ressarcimento dos danos materiais.
internos em regime de isolamento celular ou entregar
aos mesmos quaisquer objetos sem autorização da Art. 76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação
administração; das referidas penalidades:
XXXVI - promover barulho no interior do alojamento, I - reincidência em falta disciplinar;
celas ou seus corredores, durante o repouso noturno, II - prática de falta disciplinar durante o prazo de
ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo de forma a reabilitação de conduta por sanção anterior;
perturbar a ordem reinante;
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar a SEÇÃO V
ordem ou a disciplina, caso não chegue a constituir DAS MEDIDAS CAUTELARES
crime;
XXXVIII - dificultar a vigilância ou prejudicar o serviço Art. 77 - O diretor da Unidade Prisional poderá
da guarda em qualquer dependência da Unidade; determinar, por ato motivado, como medida cautelar,
XXXIX - praticar autolesão com finalidade de obter o isolamento do preso, por período não superior a 10
regalias; (dez) dias, quando:
XL - praticar fato previsto como crime culposo ou I - pesem contra o preso informações, devidamente
contravenção, independentemente da ação penal; comprovadas, de que estaria preste a cometer
XLI - usar de ardil para auferir benefícios, induzindo a infração disciplinar de natureza grave;
erro qualquer pessoa; II - pesem contra o preso, informações devidamente
XLII - favorecer a prostituição ou a promiscuidade de comprovadas, de que estaria ameaçada sua
parentes e demais visitantes. integridade física;
III - a requerimento do preso, que expressará a
SEÇÃO III necessidade de ser submetido a isolamento cautelar,
DAS FALTAS DE NATUREZA GRAVE como medida de segurança pessoal.

Art. 74 - Comete falta disciplinar de natureza grave o Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo
preso que: estabelecido no caput deste artigo poderá, a pedido
I - incitar ou participar de movimento para subverter a da direção da unidade respectiva, ser prorrogado por
ordem ou a disciplina; igual período pela autoridade judiciária competente.
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de TÍTULO VIII
ofender a integridade física de outrem; DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO
IV - provocar acidente de trabalho; E DA REABILITAÇÃO
Capítulo I registrado na ata respectiva, que será assinada por
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR E DA todos os presentes.
SANÇÃO DISCIPLINAR
Art. 85 - Caso seja o detento considerado culpado
Art. 78 - Cometida a infração, o preso será conduzido pela transgressão disciplinar a ele imputada, adotará
ao setor de disciplina, para o registro da ocorrência, o Conselho Disciplinar uma das seguintes medidas:
que conterá nome e matrícula dos servidores que I - Tratando-se de faltas de natureza leve ou média,
dela tiveram conhecimento, os dados capazes de remeterá os autos respectivos ao Diretor do
identificar as pessoas ou coisas envolvidas, local e Estabelecimento que aplicará a sanção
hora da mesma, rol de testemunhas, a descrição correspondente, no prazo de 02 (dois) dias;
clara, concisa e precisa do fato, bem como as II - Tratando-se de falta grave a aplicação de sanção
alegações do faltoso, quando presente, ao ser será de competência do Conselho Disciplinar, por ato
interpelado pelo(s) signatário(s) das razões da de seu presidente, no mesmo prazo acima citado.
transgressão, sem tecer comentários ou opiniões
pessoais, e outras circunstâncias. Art. 86 - Em sendo o preso julgado inocente das
§1º - A ocorrência será comunicada imediatamente imputações que lhe foram feitas, serão os autos
ao diretor da unidade prisional, para que, no prazo de respectivos encaminhados ao Diretor do
03 (três) dias, contados da constatação ou Estabelecimento, a fim de que seja por este
conhecimento do fato, seja iniciado o procedimento determinado seu imediato arquivamento.
disciplinar.
Art. 79 - O conselho disciplinar realizará as Art. 87 - Concluído o julgamento respectivo será
diligencias indispensáveis a precisa elucidação do dada ciência ao preso envolvido e ao seu defensor.
fato, inclusive solicitação de perícia técnica, quando
necessário, para formar seus elementos de Art. 88 - O preso poderá solicitar pessoalmente, ou
convicção. através de seu patrono, reconsideração do ato
punitivo, no prazo de 08 (oito) dias úteis, contados a
Art. 80 - Será propiciado ao detento submetido a partir da data em que a decisão lhe haja sido
julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo comunicada, nas seguintes hipóteses:
direito de defesa, seja por Defensor Público ou por I - quando não tiver sido unânime a decisão do
Advogado constituído ou nomeado para o ato. Conselho Disciplinar;
(Alterado pela portaria Nº 225/2015 de 06/04/2015) II - quando a decisão do Conselho Disciplinar tiver
§1º - Caso não possua advogado constituído ou não sido manifestamente contrária às provas existentes
saiba declinar os dados necessários para a intimação nos autos respectivos;
do mesmo, na data da audiência de instrução e III - quando a sanção aplicada estiver em desacordo
julgamento, o faltoso será assistido pelo Defensor com a Lei.
Publico lotado na Unidade Prisional respectiva.
§2º - Caso não haja Defensor Público lotado na Parágrafo único - o pedido será dirigido à autoridade
Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado que aplicar a sanção disciplinar.
para o ato o Defensor Público lotado na Vara de
Execuções Criminais com jurisdição sobre a referida Art. 89 - O pedido de reconsideração, uma vez
Unidade. apreciado pela autoridade competente, deverá ser
despachado no prazo de 08 (oito) dias de seu
Art. 81 - Ao preso será dado conhecimento prévio da recebimento, dele não cabendo recurso
acusação. administrativo.

Art. 82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo Art. 90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o
ato, primeiramente o ofendido e testemunhas, se Diretor da unidade prisional determinará as seguintes
houverem, e por último o preso, de tudo lavrando-se providências:
o termo respectivo. I - ciência ao preso envolvido e ao seu defensor;
II - registro em ficha disciplinar;
Art. 83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato III - encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz
contínuo, será facultado à Defesa, manifestação oral, das Execuções e Corregedor dos Presídios e ao
que será tomada por termo, pelo tempo de 15 Conselho Penitenciário do Estado do Ceará;
(quinze) minutos. IV - comunicação à autoridade policial competente,
quando o fato constituir ilícito penal;
Art. 84 - Finda a instrução, passa-se imediatamente V - arquivamento em prontuário penitenciário.
ao julgamento acerca da culpabilidade ou inocência
do faltoso, bem como acerca da natureza da falta Art. 91 - Durante todo o período de cumprimento de
disciplinar a ele imputada, o que deverá ser sua pena, o preso poderá pedir a revisão da punição
sofrida, desde que comprove o surgimento de fato
novo, não apreciado por ocasião do anterior Art. 97 - O preso em regime fechado terá os
julgamento. seguintes prazos para reabilitação da conduta, a
partir do cumprimento da sanção disciplinar:
Art. 92 - A execução da sanção disciplinar será I- De 01 (um) mês para as faltas de natureza leve;
suspensa quando desaconselhada pela unidade de II- De 03 (três) meses para falta de natureza média;
saúde do Estabelecimento Prisional. III- De 06 (seis) meses para falta de natureza grave.
Parágrafo único - Uma vez cessada a causa que
motivou a suspensão, a execução será iniciada ou Art. 98 - O preso em regime semiaberto terá os
terá prosseguimento. seguintes prazos para reabilitação da conduta, a
partir da data do cumprimento da sanção disciplinar:
Capítulo II I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza leve;
DA CLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA E DA II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza média;
REABILITAÇÃO
Parágrafo único - a infração disciplinar de natureza
Art. 93 - A classificação do preso far-se-á pela grave implicará na proposta, feita pelo diretor da
Comissão Técnica de Classificação, consoante o unidade ao juízo competente, de regressão do
rendimento apurado através do cumprimento da regime.
pena e mérito prisional.
Art. 99 - O preso em regime aberto terá os prazos
Art. 94 - A conduta disciplinar do preso em regime para reabilitação da conduta, de acordo com o
fechado classificar-se-á em: previsto no artigo anterior.
I - excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um)
ano não tiver sido cometida infração disciplinar de Art. 100 - O cometimento da falta disciplinar de
natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na qualquer natureza, durante o período de reabilitação
prática de infração disciplinar de natureza leve; acarretará a imediata anulação do tempo de
II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, reabilitação até então cumprido.
não tiver cometido infração disciplinar de natureza Parágrafo único - Com a prática de nova falta
grave ou média; disciplinar, exigir-se- á novo tempo para reabilitação
III - regular, quando for cometida infração disciplinar que deverá ser somado ao tempo estabelecido para
de natureza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou falta anterior.
grave, nos últimos 03 (três) meses;
IV - má, quando for cometida infração disciplinar de TÍTULO IX
natureza grave ou reincidida falta de natureza média, DA ASSISTÊNCIA AO PRESO
durante o período de reabilitação. Capítulo I
DA ASSISTÊNCIA
Art. 95 - O preso em regime semiaberto terá a sua
conduta disciplinar classificada em: Art. 101 - É dever do Estado dar ao preso assistência
I - excelente, quando não tiver cometido infração material, à saúde, jurídica, educacional, social e
disciplinar de natureza grave ou média, ou não tiver religiosa, objetivando prevenir o crime e recuperar o
reincidido na prática de infração disciplinar de preso, para que possa retornar ao convívio social
natureza leve, pelo prazo de 06 (seis) meses; satisfatoriamente.
II - boa, quando não tiver cometido infração
disciplinar de natureza grave ou média pelo prazo de SEÇÃO I
03 (três) meses; DA ASSISTÊNCIA MATERIAL
III - regular, quando cometer infração disciplinar de
natureza média ou reincidir na prática de infração Art. 102 - A assistência material consistirá no
disciplinar de natureza leve, nos últimos 30 (trinta) fornecimento de alimentação suficiente, balanceada,
dias; vestuário e instalações higiênicas. Parágrafo Único -
IV - má, quando cometer infração de natureza grave A Coordenadoria do Sistema Penal destinará, em
ou reincidir em infração de natureza média, durante o cada uma de suas unidades prisionais, instalações e
período de reabilitação. serviços adequados à sua natureza e finalidade, para
o atendimento da sua população de internos.
Art. 96 - No caso do preso ser oriundo de outra
Unidade Prisional, poderá ser levada em SEÇÃO II
consideração para a classificação de seu DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
comportamento a conduta mantida pelo mesmo no
estabelecimento de origem. Art. 103 - A assistência à saúde será de caráter
preventivo e curativo, compreendendo o atendimento
médico, odontológico, psicológico, farmacêutico e
assistência social, obedecidas as diretrizes
estipuladas no Plano Estadual de Saúde no Sistema
Penitenciário e pelas Portarias Interministeriais do Art. 110 - Aos presos que declarem não possuir
Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. advogado constituído, será prestada assistência
§1º - É facultado ao preso contratar profissional jurídica por meio de Defensor Público do Estado,
médico e odontológico de sua confiança e às suas lotado na unidade respectiva, em Núcleo
expensas, que prestará o atendimento em data e Especializado da Defensoria Pública ou no Juízo das
hora a serem marcadas pela Unidade de Saúde do Execuções Criminais sob cuja jurisdição esta se
Estabelecimento Prisional. encontre.

Art. 104 - Havendo necessidade de encaminhamento Art. 111 - Ao Defensor Público responsável pela
do preso ao Sistema de Saúde Pública, a Unidade respectiva, compete:
autorização será expedida pelo Diretor do I - manter o preso informado de sua situação jurídico
Estabelecimento, ou seu representante legal, penal;
comunicando-se de imediato ao Juízo da Execução II - requerer e acompanhar os benefícios penais
Penal. incidentes na execução, aos quais seu assistido fizer
jus;
Art. 105 - Todas as Unidades Prisionais com mais de III - manter contato com o Juízo das Execuções,
100 (cem) presos deverão obedecer à padronização Tribunais, Conselho Penitenciário e Direção do
física, técnica e equipe profissional estabelecida para Estabelecimento, no sentido de velar pela situação
atendimento de saúde nos termos do Plano Estadual do preso;
de Saúde no Sistema Penitenciário. IV - providenciar o recebimento de qualquer benefício
§1º - Nas demais Unidades, não sendo possível extrapenal a que o preso tiver direito;
obedecer à mencionada padronização, as ações e V- providenciar para que os prazos prisionais não
serviços de saúde serão realizadas por profissionais sejam ultrapassados, requerendo o que for de direito.
da Secretaria de Saúde do Município onde se achem VI - Organizar e manter estatísticas de atendimento
localizadas, garantindo-se no interior da Unidade dos presos sob seu patrocínio;
uma estrutura mínima para tal atendimento, contando VII - Requerer, junto aos demais órgãos da estrutura
com a presença permanente de um profissional de organizacional da Unidade Penitenciária, qualquer
saúde. ação ou benefício necessário ao bem estar dos
§2º - Será assegurado acompanhamento médico presos sob seu patrocínio, bem como de seus
especial à mulher, principalmente no pré-natal e no familiares;
pós-parto, extensivo ao recém-nascido. VIII - Patrocinar a defesa dos presos assistidos pela
Defensoria Pública perante o Conselho Disciplinar;
Art. 106 - O preso terá asseguradas as medidas de IX – Promover a ação civil pública e todas as
higiene e conservação da saúde, durante todo o espécies de ações capazes de propiciar a adequada
tempo de seu recolhimento, bem como constantes tutela dos direitos difusos, coletivos ou individuais
palestras de esclarecimentos e prevenção. homogêneos dos presos.
X – Difundir, no ambiente prisional, a educação e
Art. 107 - Caberá à Chefia da Unidade de Saúde da conscientização dos direitos humanos, da cidadania
Instituição Prisional respectiva comunicar a (o) e do ordenamento jurídico.
Diretor(a) sobre casos de moléstias contagiosas, XI - Realizar outras atividades dentro de sua área de
promovendo as medidas necessárias para evitar a competência.
disseminação e contágio, propondo as vacinações
dos internos e dos funcionários quando julgar SEÇÃO IV
necessário. DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 108 - Caberá ao Conselho da Comunidade local
acompanhar o cumprimento do Plano Estadual de Art. 112 - A assistência educacional compreenderá a
Saúde no Sistema Penitenciário. instrução escolar, englobando o ensino fundamental
e médio, bem como a formação profissional do
SEÇÃO III preso.
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA Parágrafo Único - A Sejus poderá firmar termo de
cooperação com entidade pública ou particular para
Art. 109 - Aos presos é assegurada assistência a promoção de educação superior aos internos.
jurídica integral desde sua inserção no Sistema
Prisional, prestada por advogado constituído ou pela Art. 113 - Quando do ingresso a Unidade Prisional,
Defensoria Pública Estadual; será feita a pesquisa referente à formação escolar,
Parágrafo único - Em todos os estabelecimentos na fase de triagem.
penais, haverá local apropriado destinado ao Art. 114 - O ensino fundamental e médio será
atendimento pelo Defensor Público. obrigatório, integrando-se no sistema escolar público,
a ser ministrado pela Secretaria de Educação do §2º - Durante o cumprimento de sanção disciplinar,
Estado. poderão ser retirados os livros pertencentes à
biblioteca, que se encontrarem na posse do infrator.
Parágrafo Único - Somente serão dispensados do §3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades,
ensino fundamental, os presos que preencherem os o preso deverá devolver os livros sob seu poder.
seguintes requisitos:
I - apresentação do Certificado de Conclusão de SEÇÃO V
ensino fundamental, médio ou superior; DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
II - incapacidade devidamente comprovada e
atestada por responsável. Art. 121 - A assistência social tem por finalidade o
amparo ao preso e à sua família, visando prepará-lo
Art. 115 - As atividades educacionais podem ser para o retorno à liberdade, e será exercida por
objeto de ação integrada e conveniada com outras profissional habilitado.
entidades públicas, mistas e particulares, que se Parágrafo único - É facultado o auxílio de entidades
disponham a instalar escolas, oficinas públicas ou privadas nas tarefas de atendimento
profissionalizantes na Unidade Prisional com social.
aprovação do Projeto pela Coordenadoria do Art. 122 - Incumbe ao serviço de Assistência Social,
Sistema Penal. entre outras atribuições:
I - Fornecer o diagnóstico Social do interno;
Art. 116 - O ensino educacional será feito por II - Prestar Assistência Social ao interno e à sua
profissionais da educação utilizando serviço de família;
monitores aptos e treinados, com materiais III - Prestar assistência ao interno em caso de
oferecidos pelo Poder Público. hospitalização ou transferência da Unidade por
motivo de saúde;
Art. 117 - Os presos que tiverem frequência e IV - Entrar em contato com a família do interno para
aprovação de acordo com as normas estabelecidas realização de entrevistas ou para esclarecimento;
pelo art.126 e §§da Lei de Execução Penal, terão V - Promover, quando necessário, o registro civil do
direito à remição de pena, após análise e avaliação interno e de seus filhos, expedição de documento de
pelo juízo da execução penal competente. identidade e carteira profissional;
VI - Proceder aos encaminhamentos à rede de
Art. 118 - O ensino profissionalizante poderá ser assistência social, de saúde e educação;
ministrado em nível de iniciação ou de VII - Integrar a equipe de Saúde nos termos do Plano
aperfeiçoamento técnico, atendendo-se as Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário;
características da população urbana e rural, segundo VIII – Facilitar o acesso da comunicação entre preso,
aptidões individuais e demanda do mercado. instituição e família;
IX – Fomentar debates e ações que reafirmem a real
Art. 119 - A Unidade prisional disporá de uma função social da pena entre os servidores do sistema
biblioteca para uso geral dos presos, que será penal;
provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos, X – Buscar junto às redes sociais de apoio,
jornais, revistas e outros periódicos e o acesso ao benefícios que possam resgatar a cidadania dos
preso dar-se-á: presos e presas, egressos e familiares;
I - para uso na própria biblioteca; e XI – Integrar a Comissão Técnica de Classificação;
II - para uso na própria cela, mediante autorização da XII - Realizar outras atividades dentro de sua área de
direção da unidade. competência.

§1º - A SEJUS deverá desenvolver juntamente com a SEÇÃO VI


Secretaria de Educação do Estado projeto de DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
remição de pena pela leitura, como forma de
estimular e valorizar a participação dos internos em Art. 123 - A assistência religiosa, respeitada a
atividades educacionais e culturais, colaborando para liberdade constitucional de culto, a legislação vigente
a sua reinserção social. e com as cautelas cabíveis, será prestada ao preso,
sendo-lhe assegurada a participação nos eventos
Art. 120 - Os livros deverão ser cadastrados, organizados na Unidade, bem como a posse de
utilizando-se fichas para consultas no local e nas livros de instrução religiosa.
retiradas para leitura em cela. Parágrafo Único – À pessoa presa será assegurado
§1º - Qualquer dano ou desvio deverá ser ressarcido o direito à expressão de sua consciência, filosofia ou
pelo seu causador e devidamente punido na forma prática de sua religião de forma individual ou coletiva,
deste Regimento Geral. devendo ser respeitada a sua vontade de
participação, ou abstenção de participação de
atividades de cunho religioso.
Art. 124 - É assegurado a todas as religiões SEÇÃO VII
professadas no interior da Unidade Prisional, através DA ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA
de seus diversos representantes, direito a realização
de cultos em dia e hora pré-determinados pela Art. 128 - A assistência psicológica será prestada por
Direção, desde que não coloquem em risco a vida e profissionais habilitados, por intermédio de
a integridade dos participantes, vedado o programas envolvendo o reeducando, a Instituição e
proselitismo religioso e qualquer forma de familiares, nos processos de ressocialização e
discriminação ou estigmatização. reintegração social.
§1º - Caso o estabelecimento prisional não tenha §1º - Incumbe ao serviço de Assistência Psicológica,
local adequado para a prática religiosa, as atividades entre outras atribuições:
deverão se realizar no pátio, nas galerias ou nas I – realizar atendimentos iniciais por meio da
celas, em horários específicos. entrevista de anamnese;
§2º - Para atuar no estabelecimento prisional o líder II – realizar, periodicamente, acolhimento de internos
ou grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito, recém-chegados, em caráter interdisciplinar;
e deverá ser cadastrado na Coordenadoria do III – identificar demandas de acompanhamento
Sistema Penal, que normatizará o procedimento de psicológico;
cadastro e fornecerá a respectiva carteira de acesso, IV – acompanhar internos em condições de crises
válida em todas as unidades prisionais, condicionada depressivas e outros transtornos mentais;
a prévio agendamento e respeitando as normas de V – contribuir com as ações de promoção da saúde
segurança prisional. mental, notadamente com a assistência aos
dependentes químicos, participando para a
Art.125 - Nenhum religioso poderá iniciar seu proposição e a execução de atividades voltadas à
trabalho sem antes ser advertido e instruído dos redução de danos e agravos à saúde.
problemas prisionais e devidamente cientificado de VI – desenvolver atividades de grupos focais,
que deverá desenvolvê-lo em harmonia com as trabalhando temas pertinentes ao contexto prisional,
normas do estabelecimento. com viés multidisciplinar;
§1º - A suspensão do ingresso de representantes VII – proceder aos encaminhamentos à rede de
religiosos só poderá acontecer por determinação da assistência social, de saúde e educação;
Direção do estabelecimento ou outra autoridade VIII – participar da articulação de parcerias para a
superior, por motivos justificados e registrada por realização de atividades de promoção da saúde
escrito, dando-se ciência aos interessados com mental, prevenção da dependência química,
antecedência razoável. orientação e assistência aos familiares de presos e
§2º - Após procedida a suspensão do ingresso de egressos.
representantes religiosos, a decisão sobre a IX – destinar, nas unidades femininas, atenção
extensão a outras unidades prisionais ficará a critério especial às internas gestantes, em estado puerperal
da Coordenadoria do Sistema Penal. e às crianças da creche, principalmente no período
de separação entre mãe e filho, assim como
Art.126 - Na realização de eventos internos dever-se- contribuir para o fortalecimento dos vínculos da
á dar preferência às atividades ecumênicas. família que irá abrigar a criança.
§2º – Os exames criminológicos e demais perícias
Parágrafo único - Além dos cultos coletivos, a técnicas não poderão ser realizados pelos psicólogos
assistência religiosa poderá ser oferecida que realizam a assistência aos presos.
individualmente a quem a solicitar, em horário e local
previamente agendados e autorizados pela Direção TÍTULO X
do estabelecimento, sendo garantida a privacidade DO CONTATO EXTERNO
durante o atendimento religioso pessoal, sem Capítulo I
prejuízo da observância das normas de segurança DA CORRESPONDÊNCIA ESCRITA
prisional.
Art. 129 - A correspondência escrita entre o preso,
Art. 127 - De modo algum serão permitidos cultos ou seus familiares e afins será feita pelas vias
atividades religiosas que possam causar transtornos regulamentares.
aos demais internos e servidores penitenciários, ou
que venham perturbar as manifestações religiosas de Art.130 - É livre a correspondência, condicionada a
outras denominações. sua expedição e recepção, às normas de segurança
Parágrafo único - A assistência religiosa não será e disciplina da unidade prisional.
instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais
ou para estabelecer qualquer tipo de regalia, Art.131 - Os materiais recebidos por via postal
benefício ou privilégio, e será garantida mesmo à deverão ser vistoriados em local apropriado, na
pessoa presa submetida à sanção disciplinar. presença do preso, observadas as normas de
segurança e disciplina da unidade prisional.
Parágrafo Único - Ao Diretor Adjunto da Unidade §8º - É proibida qualquer espécie de conserto de
caberá a vistoria mencionada neste artigo. aparelho de rádio nas dependências internas do
estabelecimento, salvo em local determinado e com
Capítulo II a devida autorização.
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Art. 135 - O acesso à televisão pelo preso, qualquer
Art. 132 - O preso terá acesso à leitura de jornais, que seja o regime de cumprimento de pena, ocorrerá
revistas, periódicos e outros meios de comunicação sob duas modalidades:
adquiridos às expensas próprias ou por visitas, I - 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da
desde que submetidos previamente a apreciação da unidade prisional;
direção da unidade prisional, que avaliará a sua II - 01 (um) aparelho de uso particular em cada cela
contribuição ao processo educacional e ou alojamento, mediante prévia autorização por
ressocializador, bem como a não infringência às escrito da direção da unidade, comprovada a
normas de segurança. propriedade do mesmo por documento idôneo.

Art. 133 – A Rádio Livre, radiadora com estúdio na Art. 136 - O aparelho de uso coletivo deverá ser
Sejus e transmissão para todas as unidades franqueado aos presos, através de programação
prisionais por meio de equipamentos técnicos de institucional previamente divulgada, nos seguintes
caixas de som, será responsável pela transmissão de locais:
programação voltada para os internos, de cunho I - em sala de aula, para fins didáticos e
cultural, educacional, informativo, esportivo, social, socioculturais;
religioso e de entretenimento, operada por II - em ambientes coletivos, em horários
profissional de comunicação, promovendo, ainda, a estabelecidos formalmente, sem prejuízo das
interação entre os internos e seus familiares, bem atividades de trabalho, escola, esportes e outras
como aproximando a comunidade carcerária e a prioridades.
administração penitenciária.
Parágrafo único - O controle do aparelho e da
Art. 134 - O uso do aparelho de rádio difusão poderá programação compete à área de segurança e
ser permitido, mediante autorização por escrito disciplina.
expedida pela Direção da Unidade Prisional,
observadas as peculiaridades de cada Art. 137 - Não se permitirá mais de um aparelho de
estabelecimento e comprovada a propriedade do televisão em cada cela, independente da quantidade
mesmo por documento idôneo, nos locais onde não de presos.
houver transmissão da rádio livre.
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu Art. 138 - O uso dos meios de comunicação
aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus permitidos por este Regimento Geral poderá ser
visitantes. suspenso ou restringido por ato devidamente
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno, a motivado, ficando seu restabelecimento a critério da
critério da unidade prisional, que deverá atentar para direção da unidade.
a facilitação de sua revista.
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro Capítulo III
próprio, a cargo da Direção da Unidade, devendo DAS VISITAS
constar desse registro todos os dados que
possibilitem sua perfeita identificação e controle. Art. 139 - As visitas ao preso se classificam sob duas
§4º - O aparelho de rádio não identificado será categorias: as comuns e as conjugais (chamadas
apreendido pelos agentes da área de segurança e visitas íntimas).
disciplina, que procederá às averiguações de sua
origem, sem prejuízo da sanção disciplinar. SEÇÃO I
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em sua DAS VISITAS COMUNS
própria cela em volume compatível com a
tranquilidade dos demais presos, permitido o uso de Art. 140 - Os (as) presos (as) poderão receber visitas
fone de ouvido. de cônjuges, companheiras (os) ou parentes, em
§6º - A Administração não se responsabilizará pelo dias determinados, desde que registrado no rol de
mau uso, extravio ou desaparecimento do aparelho, visitas do Estabelecimento Prisional e devidamente
nem por danos causados pelo usuário ou por outro autorizadas pela direção, e se darão na forma
preso. especificada na Portaria Nº692/2013 da Sejus, ou
§7º - Caso haja necessidade de conserto do outra portaria que venha a substituí-la, expedida pelo
aparelho, o mesmo será feito com recurso próprio do mesmo órgão.
preso ou de seus visitantes. Parágrafo único – O cadastramento no rol de visitas
será lavrado no prazo de até 10 (dez) dias da
apresentação dos documentos elencados na referida devendo coincidir com o dia destinado às visitas
portaria, devendo as hipóteses de indeferimento íntimas.
serem devidamente motivadas. §1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou
da Direção da Unidade Prisional, poderá ser
Art. 141 - As visitas serão limitadas ao número de 02 suspensa ou reduzida a visita em caso de risco
(dois) visitantes por dia de visita, a fim de iminente à segurança e disciplina.
proporcionar adequadas condições de revista, §2º - Em caso excepcional, a administração poderá
preservando as condições de segurança na Unidade autorizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo
Prisional. Quanto à visitação de filhos e netos de sua duração.
menores de idade, no dia destinado a essas visitas, §3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou
não há limite de quantidade. enfermaria e impossibilitado de se locomover, ou em
§1º - Os cadastros de visita deverão ser tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no
preferencialmente biométricos, sendo renovados a próprio local, a critério da autoridade médica.
cada 02 (dois) anos e acompanharão o preso em
caso de mudança de unidade. Art. 146 - Antes e depois das visitas os presos
§2º - Em não havendo cônjuge, companheira (o), poderão ser submetidos à revista.
ascendentes e descendentes de primeiro ou segundo §1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de
grau e colaterais de primeiro grau ou parentes adentrarem na unidade.
habilitados para a visita, poderá o(a) preso(a) §2º - A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou
cadastrar até 02 (dois) amigos (as). manual) será realizada com respeito à dignidade
humana, sendo vedada qualquer forma de
Art. 142 - A entrada de menores nas unidades desnudamento, tratamento desumano ou
prisionais só será permitida aos filhos e netos do(a) degradante.
preso(a), acompanhados pelo responsável legal e, §3º - A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso
na falta deste, por aquele que for designado para sua de equipamentos eletrônicos detectores de metais,
guarda e responsabilidade, pela autoridade judicial bodyscanners, aparelhos de raio-X ou similares, ou
competente, devendo apresentar carteira de ainda manualmente, preservando-se a integridade
identidade ou certidão de nascimento. física, psicológica e moral da pessoa revistada.
§1º - A entrada do (a) companheiro(a) menor de §4º - Onde houver bodyscanners obrigatoriamente
idade se dará mediante autorização do juízo das este será o meio utilizado para a revista eletrônica.
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, §5º - Considera-se revista manual toda inspeção
quando deverá ser apresentada certidão de realizada mediante contato físico da mão do agente
nascimento do(s) filho(s). público competente sobre a roupa da pessoa
revistada, sendo vedados o desnudamento total ou
Art. 143 - Não será permitida a visita à pessoa que: parcial, o toque nas partes íntimas, o uso de
I - não esteja autorizado pela direção; espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a
II - não apresente documento de identificação; introdução de quaisquer objetos nas cavidades
III - apresentar sintomas de embriagues ou conduta corporais da pessoa revistada.
alterada que levem a presunção de consumo de §6º - A retirada de calçados, casacos, jaquetas e
drogas e/ou entorpecentes; similares, bem como de acessórios, não caracteriza
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; desnudamento.
V - chegar na Unidade Prisional no dia e hora, não §7º - A revista manual será realizada por servidor
estabelecido para visita; habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa
VI - do sexo masculino que estiver trajando bermuda, revistada.
calção e/ou camiseta sem mangas; §8º - A revista pessoal em crianças ou adolescentes
VII - do sexo feminino que estiverem trajando deve garantir o respeito ao princípio da proteção
minissaias, mini blusas, roupas excessivamente integral da criança e do adolescente, sendo vedada
curtas, decotadas e transparentes; sua realização sem a presença e o acompanhamento
de um responsável legal.
Art. 144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de §9º - A realização de revista manual ocorrerá nas
comunicação escrita, deverão ser entregues aos seguintes hipóteses:
plantonistas da revista ou ao chefe de equipe que I – o estado de saúde impeça que a pessoa a ser
fará o encaminhamento ao preso. revistada se submeta a determinados equipamentos
de revista eletrônica, mediante comprovação de
Art. 145 - As visitas comuns deverão ocorrer laudo médico expedido em até sessenta dias antes
preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domingos da visita, exceto quando atestar enfermidade
das 08:00 horas às 16:00 horas, encerrando se o permanente;
acesso ao interior da Unidade Prisional às 14:00 II – quando não existir equipamento eletrônico ou
horas, em período não superior a 08 (oito) horas, não este não estiver funcionando;
III – após a realização da revista eletrônica, subsistir recuperação do cadastro, por decisão da Direção da
fundada suspeita de porte ou posse de objetos, Unidade, ouvidos os Setores de Segurança e
produtos ou substâncias, cuja entrada seja proibida. Disciplina e de Serviço Social, a partir de 6 (seis)
meses após a prática do ato.
Art. 147 - Os valores e objetos considerados
inadequados, encontrados em poder do visitante, Art. 153 - O preso que cometer falta disciplinar média
serão guardados em local apropriado e restituídos ao ou grave poderá ter restringido ou suspenso o direito
término da visita. a visita por até 30 (trinta) dias.
Parágrafo Único - Caso a posse constitua delito
penal deverão ser tomadas às providências legais SEÇÃO II
cabíveis. DA VISITA ÍNTIMA

Art. 148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes Art. 154 - A visita íntima constitui um direito e tem por
físicos, terão prioridade nos procedimentos adotados finalidade fortalecer as relações afetivas e familiares,
para a realização da visita. devendo ser requerida pelo preso interessado ao
Diretor da Unidade.
Art. 149 - O visitante que estiver com maquiagem, Parágrafo Único - A orientação sexual dos internos e
peruca e outros complementos que possam dificultar dos visitantes deverá ser respeitada, não devendo
a sua identificação ou revista, poderá ser impedido haver qualquer tipo de discriminação.
de ter acesso à unidade prisional, como medida de
segurança. Art. 155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou
restringida pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta
Art. 150 - Roupas íntimas, agasalhos e material disciplinar média ou grave cometida pelo
higiênico não fornecidos pelo Sistema Prisional, bem reeducando, bem como por atos do(a)
como, bens de consumo, perecíveis ou não, companheiro(a) que causar problemas de ordem
permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias moral ou de risco para a segurança ou disciplina.
regulamentares de visita, serão entregues no setor
da revista, para que seja realizado um minucioso Art. 156 - Os serviços de Saúde e de Assistência
exame na presença do portador, após o que será Social do Sistema Penitenciário deverão planejar um
permitida a entrada no estabelecimento. programa preventivo para a população prisional, nos
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá aspectos sanitário e social, respectivamente, sendo
formular anualmente relação dos bens de consumo, assegurada a distribuição gratuita de preservativos
perecíveis ou não, que poderão ser admitidos no ao preso, quando da realização da visita íntima.
interior das unidades, da qual se dará ampla Parágrafo único - O serviço de Saúde e a Comissão
publicidade; Técnica de Classificação de cada unidade prisional
§2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades desenvolverão os programas propostos.
prisionais levando qualquer pertence que não seja Art. 157 - Ao preso será facultado receber para visita
autorizado pela administração, devendo ser vedados íntima cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa
apenas aqueles que atentem contra a segurança e designada pelo mesmo, comprovadas as seguintes
disciplina do estabelecimento. condições:
I - se cônjuge, comprovar-se-á com a competente
Art. 151 - As visitas comuns serão realizadas em Certidão de Casamento;
local próprio, em condições dignas e que possibilitem II - se companheiro(a), comprovar-se-á com o
a vigilância pelo corpo de segurança. Registro de Nascimento dos filhos em nome de
Parágrafo único – As unidades prisionais disporão de ambos ou declaração de união estável assinada por
espaços lúdicos para acolher filhos e netos de presos duas testemunhas, com firma reconhecida;
(as) por ocasião das visitas. III - nos demais casos, mediante declaração
expressa do(a) preso(a), com a apresentação dos
Art. 152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu documentos exigidos para as visitas comuns, e
ingresso suspenso pelo prazo de até 60 (sessenta) avaliação do Serviço Social.
dias, por decisão motivada da direção da unidade,
quando: §1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor
I - da visita resulte qualquer fato danoso à segurança de 18 (dezoito) anos, quando:
e disciplina da unidade, que envolva o visitante ou o a) legalmente casados;
preso; b) nos demais casos, mediante autorização do juízo
II - houver aplicação de sanção disciplinar das execuções, salvo se já possuírem prole em
suspendendo o direito a receber visita; comum, quando deverá ser apresentada certidão de
Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá nascimento do(s) filho(s);
seu cadastro cancelado se praticar qualquer ato c) houver prova de emancipação civil do(a) visitante.
tipificado como crime doloso, sendo possível a
§2º - Somente será autorizado o registro de um(a) Art. 164 - Conforme o disposto no artigo 126 da Lei
visitante, ficando vedadas as substituições, salvo se de Execução Penal, o detento poderá remir parte do
ocorrer separação ou divórcio, no decurso do tempo de condenação, à razão de um dia de pena
cumprimento de pena, obedecido o prazo mínimo de por três trabalhados.
6 (seis) meses, com investigação do Serviço Social e §1º - Também se considera, para efeitos de remição,
decisão da Direção da Unidade Prisional. a frequência regular aos cursos de Ensino
Fundamental, Médio e Profissionalizante, bem como
Art.158 - Comprovadas as relações previstas nos a produção intelectual e produção de artesanato.
artigos anteriores, para a concessão de visita íntima, §2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a qual
deverão ainda as partes: registrará os dias trabalhados, devendo ser assinada
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista diariamente pelo preso(a) e rubricada no final do mês
de saúde, através de exames laboratoriais tanto para pela autoridade administrativa competente.
o(a) preso(a) como para o(a) companheiro(a); §3º - A contagem do tempo de remição se dará na
b) Submeter-se aos exames periódicos, a critério das forma do art.126 da Lei de Execução Penal.
respectivas unidades. §4º - Para fins de cumulação dos casos de remição,
as horas diárias de trabalho e de estudo serão
Art. 159 - A periodicidade da visita exclusivamente definidas de forma a se compatibilizarem.
íntima será mensal, obedecidos os critérios §5º - O preso impossibilitado, por acidente, de
estabelecidos neste Regimento Geral. prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição.
Art. 160 - O controle da visita íntima, relativamente §6º - O condenado que cumpre pena em regime
às condições de acesso, trânsito interno e segurança aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
do(a) preso(a) e de seu cônjuge ou companheiro(a), condicional poderão remir, pela frequência a curso
compete aos integrantes da área de segurança e de ensino regular ou de educação profissional, parte
disciplina. do tempo de execução da pena ou do período de
prova.
Art. 161 - A visita deverá submeter-se às normas de §7º - O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses
segurança do estabelecimento. de prisão cautelar.

TÍTULO XI Art. 165 - O Setor de Segurança e Disciplina


DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO informará à Unidade de Produção e comercialização
sobre eventuais impedimentos da atividade do
Art. 162 - A unidade prisional manterá o trabalho do trabalho do preso trabalhador e seus motivos.
reeducando como dever social e condição de Parágrafo Único - No caso de saída do preso da
dignidade humana, com finalidade educativa, unidade prisional será comunicada imediatamente
produtiva e reintegradora. para a Unidade de Produção e Comercialização para
Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e aos as providências cabíveis.
métodos de trabalho as precauções relativas à
segurança e à higiene. Capítulo I
DO TRABALHO INTERNO
Art. 163 - As modalidades de trabalho classificam-se
em interno e externo. Art. 166 - O trabalho interno será desenvolvido
§1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório, através de qualquer atividade regulamentada, que
respeitadas as aptidões e a capacidade do preso, tenha por objetivo o aprendizado, a formação de
observando-se: hábitos sadios de trabalho, o espírito de cooperação
a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em e a socialização do preso.
consideração a habilitação, a condição pessoal e as
necessidades futuras do interno. Art. 167 - Considera-se trabalho interno aquele
b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação realizado nos limites do estabelecimento, destinado a
adequada à sua idade. atender às necessidades peculiares da unidade.
c) Os doentes ou portadores de necessidades Art. 168 - Será atribuído horário especial de trabalho
especiais, declarados tais pelo órgão competente, aos internos designados para os serviços de
terão ocupação compatível com seu estado físico e conservação, subsistência e manutenção da
mental. Unidade.

§2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a Art. 169 - Compete à unidade prisional propiciar
06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com condições de aprendizado aos presos sem
descanso aos domingos e feriados, salvo exceções experiência profissional na área solicitada.
legais.
Art. 170 - Para a prestação do trabalho interno, dar- Art. 177 - Quanto aos valores do trabalho do preso,
se-á sempre preferência aos presos que tenham seu pecúlio e deduções previdenciárias, observar-se-
índice superior de aproveitamento e maior tempo de á o disposto na Portaria 217/2014 da Sejus.
cumprimento de pena.
Art. 178 - Toda importância em dinheiro que for
Capítulo II apreendida indevidamente com o reeducando e cuja
DO TRABALHO EXTERNO procedência não for esclarecida reverterá ao Estado,
por processo administrativo em que se obedeça ao
Art. 171 - O trabalho externo, executado fora dos devido processo legal.
limites do estabelecimento, será admissível aos Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem
presos em regime fechado, quando obedecidas às legítimas, a importância será depositada no pecúlio
condições legais, e aos presos em cumprimento de reserva do reeducando, sem prejuízo das sanções
pena em regime semiaberto e aberto. disciplinares previstas.

Art. 172 - O cometimento de falta disciplinar de Art. 179 - Na ocorrência do falecimento do


natureza grave implicará na revogação imediata da reeducando, o saldo será entregue a familiares,
autorização de trabalho externo, sem prejuízo da atendidas as disposições pertinentes.
sanção disciplinar correspondente, apurada através
de procedimento disciplinar. TÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 173 - O preso em cumprimento de pena em
regime semiaberto poderá obter autorização para Art. 180 - O abuso de poder exercido contra o interno
desenvolver trabalho externo, junto às empresas será punido administrativamente, sem prejuízo da
públicas ou privadas, observadas as seguintes apuração da responsabilidade penal e civil.
condições:
I - Submeter-se à observação criminológica realizada Art. 181 - Cada unidade prisional adotará, atendendo
no período de 30 (trinta) dias de sua inclusão, sem suas peculiaridades, horário próprio para tranca e
qualquer impedimento; destranca das celas.
II - Manter comportamento disciplinado, seja na
unidade prisional, seja na empresa a qual presta Art. 182 - A cada mês do ano civil os Administradores
serviços; das unidades prisionais, após consulta às equipes
III - Cumprir horário, em jornada estabelecida no técnicas das unidades, elaborarão relatório
respectivo contrato de trabalho; circunstanciado das atividades e funcionamento da
IV - Retornar à unidade prisional quando de eventual respectiva unidade, encaminhando-o ao
dispensa portando documento hábil do empregador; Coordenador do Sistema Penal do Estado, para as
V - Ter justificado ao empregador, mediante providências que entender cabíveis.
documento hábil, a falta por motivo de saúde;
VI- Cumprir rigorosamente o horário da jornada de Art. 183 - Os funcionários da Unidade Prisional
trabalho estabelecidos pela unidade prisional e cuidarão para que sejam observados e respeitados
empresa. os direitos e deveres dos detentos respondendo, nos
termos da legislação própria, pelos resultados
Art. 174 - A unidade prisional deverá manter o adversos a que derem causa, por ação ou omissão.
controle e fiscalização através de instrumentos §1º - No exercício de suas funções, os funcionários
próprios, junto à empresa e ao reeducando, para que não deverão compactuar com os presos nem praticar
o mesmo possa cumprir as exigências do artigo atos que possam atentar contra a segurança, ordem
anterior. ou disciplina, mantendo diálogo com os detentos
dentro dos limites funcionais;
Capítulo III §2º - Os agentes prisionais levarão ao conhecimento
DO PECÚLIO da autoridade competente as reivindicações dos
presos objetivando uma solução adequada, bem
Art. 175 - O trabalho do(a) preso(a) será como as ações ou omissões dos mesmos, que
remunerado, obedecendo critérios de produtividade, possam comprometer a boa ordem na Unidade
não podendo ser inferior a 3/4 três quartos) do Prisional.
salário mínimo. Art. 184 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a direção
do Estabelecimento comunicará imediatamente ao
Art. 176 - O produto da remuneração será depositado Juiz da Execução, a Coordenadoria do Sistema
em conta bancária, em Banco Oficial ou Privado, Prisional e também solicitará a presença da Polícia
conveniado com o Estado. Judiciária.
Parágrafo Único - Falecendo o interno, os valores e de 1984, alterado pela Lei Federal n° 12.433, de 29
bens devidamente inventariados, serão entregues de junho de 2011, concomitantemente com a Súmula
aos familiares. 341 do STJ, com o art. 3° da Resolução n° 02, do
Conselho Nacional de Educação, com o art. 3°,
Art.185 - Em caso de danos ao Estabelecimento a inciso IV da Resolução n° 03, do Conselho Nacional
Diretoria oferecerá a Coordenadoria do Sistema de Política Criminal e Penitenciária e com a
Penitenciário relatório circunstanciado objetivando Recomendação n° 44, de 26 de novembro de 2013,
avaliar os prejuízos e elucidar as irregularidades, do Conselho Nacional de Justiça, o qual associa a
encaminhando os resultados a quem de direito. oferta da educação às ações complementares de
Parágrafo Único - Cabe ao reeducando ressarcir o fomento à leitura, atendendo a pressupostos de
Estado pelos danos causados, ao patrimônio físico e ordem objetiva e outros de ordem subjetiva.
material da Unidade Prisional. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se
também nas hipóteses de prisão cautelar.
Art. 186 - Os casos omissos poderão ser resolvidos
pelo diretor da Unidade, em conjunto com a Art. 3° O Projeto Remição pela Leitura tem como
Coordenadoria do Sistema Penitenciário, com o objetivo oportunizar aos presos custodiados
conhecimento da Secretária da Justiça e Cidadania, alfabetizados o direito ao conhecimento, à educação,
observadas as respectivas competências. à cultura e ao desenvolvimento de capacidade
crítica, por meio da leitura e da produção de
Art. 187 - A revisão do Regimento Geral dos relatórios de leitura e resenhas.
Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará
será realizada a cada 4 (quatro) anos, contados a Art. 4° O Projeto Remição pela Leitura consiste em
partir de sua publicação, por Comissão Especial a oportunizar ao preso custodiado alfabetizado remir
ser designada pelo(a) Secretário(a) da Justiça e parte do tempo de execução da pena pela leitura
Cidadania, composta preferencialmente de forma mensal de uma obra literária, clássica, científica ou
paritária por membros das instituições com atuação filosófica, dentre outras, previamente selecionadas
direta no sistema prisional. pela Comissão de Remição pela Leitura e pela
Parágrafo único – Sem prejuízo da citada revisão, elaboração de relatório de leitura ou resenha nos
serão promovidos encontros anuais de servidores e termos desta Lei.
gestores para discussão, proposição e avaliação das Parágrafo único. O Projeto Remição pela Leitura
políticas públicas para o sistema penitenciário. poderá ser integrado a outros projetos de natureza
A revisão do Regimento Geral dos Estabelecimentos semelhante que venham a ser executados nos
Prisionais do Estado do Ceará será realizada a cada Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará.
4 (quatro) anos. (LEP – Art.33 e art.34)
Art. 5° Todos os presos custodiados alfabetizados do
Art. 188 - Este Regimento entrará em vigor na data Sistema Penal do Estado do Ceará, inclusive nas
de sua publicação, revogadas as disposições em hipóteses de prisão cautelar, poderão participar das
contrário. ações do Projeto Remição pela Leitura.
Art. 6° A Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS,
e a Secretaria da Educação do Estado do Ceará –
Lei Estadual nº 15.718/14 - (DOE 06.01.15) SEDUC, serão responsáveis pela coordenação das
INSTITUI O PROJETO DE REMISSÃO PELA ações do Projeto Remição pela Leitura dentro da
LEITURA NO ÂMBITO DOS ESTABELECIMENTOS esfera de suas atribuições.
PRISIONAIS DO CEARÁ. Parágrafo único. A Secretaria de Justiça e Cidadania
do Estado Ceará poderá celebrar termos de
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. cooperação, convênios ou instrumentos congêneres
com outras instituições para consecução dos
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e objetivos da presente Lei.
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 7° A Secretaria da Justiça e Cidadania – SEJUS,
Art. 1° Fica instituído o Projeto Remição pela Leitura será responsável por proporcionar espaços físicos
nos Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará, adequados às atividades educacionais, por integrar
como meio de viabilizar a remição da pena por as práticas educativas às rotinas dos
estudo, prevista na Lei Federal n° 12.433, de 29 de Estabelecimentos Penais e por difundir informações
junho de 2011. incentivando a participação dos presos custodiados
alfabetizados nas ações do Projeto Remição pela
Art. 2° O Projeto Remição pela Leitura visa à Leitura, em todos os Estabelecimentos Penais do
possibilidade de remição da pena do custodiado em Estado do Ceará.
regime fechado e semiaberto, em conformidade com
o disposto no art. 126 da Lei n° 7.210, de 11 de julho
Art. 8° A remição pela leitura será assegurada de Art. 16. Os integrantes da Comissão de Remição
forma paritária com a remição concedida ao trabalho, pela Leitura serão cientificados dos termos do art.
e cumulativa quando envolver a realização paralela 130 da Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984, acerca
das duas atividades, se compatíveis. da possibilidade de constituição de crime por atestar
com falsidade um pedido de remição de pena,
Art. 9° A participação do preso custodiado mediante assinatura de termo de ciência.
alfabetizado no Projeto Remição pela Leitura será Art. 17. A Comissão da Remição pela Leitura será
voluntária, mediante inscrição no setor da responsável por:
administração do respectivo Estabelecimento Penal. I - relacionar as obras literárias que compõem as
ações da Remição pela Leitura;
Art. 10. O preso custodiado alfabetizado integrante II - atualizar periodicamente os títulos das obras
das ações do Projeto Remição pela Leitura realizará literárias do acervo das ações da Remição pela
a leitura de uma obra literária e elaborará um Leitura;
relatório de leitura ou uma resenha, o que permitirá III - orientar os presos custodiados alfabetizados
remir quatro (quatro) dias de sua pena e ao final de sobre como elaborar relatórios de leitura e resenhas;
até 12 (doze) obras lidas e avaliadas, terá a IV - realizar a orientação de escritas e reescritas de
possibilidade de remir 48 (quarenta e oito) dias, no textos para a elaboração dos relatórios de leitura e
prazo de 12 (doze) meses de acordo com a das resenhas;
capacidade gerencial da Unidade. V - indicar um representante para fiscalizar a
elaboração do relatório de leitura ou resenha nos
Art. 11. Para fins de remição da pena, o preso termos do art.12 desta Lei.
custodiado alfabetizado poderá escolher por mês,
somente uma obra literária dentre os títulos Parágrafo único. Outras responsabilidades da
selecionados para leitura e terá o prazo de 21 (vinte Comissão poderão ser regulamentadas por meio de
e um) a 30 (trinta) dias para, apresentar ao final portaria conjunta.
desse período o relatório de leitura ou resenha.
Art. 18. A Secretaria da Educação do Estado do
Art. 12. O relatório de leitura ou a resenha deverá ser Ceará – SEDUC, por meio dos seus profissionais,
elaborado individualmente, de forma presencial, em avaliará os relatórios de leitura e as resenhas.
local adequado, providenciado pela Direção do
Estabelecimento Penal, na presença de no mínimo Art. 19. Toda equipe de operadores de execução
01 (um) representante indicado pela Comissão de penal será responsável por zelar pela execução e
Remição da Pena pela Leitura. bom andamento das ações do Projeto Remição pela
§ 1º O relatório de leitura será elaborado Leitura, nos respectivos Estabelecimentos Penais.
pelos custodiados alfabetizados de Ensino
Fundamental ou equivalente. Art. 20. A Secretaria da Justiça e Cidadania do
§2º A resenha será elaborada pelos custodiados Estado do Ceará - SEJUS poderá promover
alfabetizados de Ensino Médio, Superior e Pós- exposições, rodas de leitura, concursos de redação e
Superior. literários dentre outras atividades de enriquecimento
cultural, envolvendo os integrantes das ações do
Art. 13. Será utilizada a nota de 0,0 (zero) a 10,0 Projeto Remição pela Leitura.
(dez), sendo considerado aprovado o relatório de
leitura ou a resenha que atingir a nota igual ou Art. 21. O atestado para fins de remição será
superior a 6,0 (seis), conforme Sistema de Avaliação expedido pela Secretaria da Educação do Estado do
adotado pela Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, e encaminhará para a Direção da
Ceará – SEDUC. Unidade para arquivamento no prontuário do
custodiado.
Art. 14. O acervo bibliográfico indicado pela
Comissão de Remição da Pena pela Leitura, o qual Art. 22. Os relatórios de leitura e resenhas
subsidiará as ações de Remição da Pena pela permanecerão arquivados na Secretaria da
Leitura, será disponibilizado aos Estabelecimentos Educação do Estado do Ceará – SEDUC.
penais.
Art. 23. A remição da pena pela leitura será
Art. 15. A Secretaria da Justiça e Cidadania e a declarada pelo juiz competente para a execução da
Secretaria da Educação disciplinarão por meio de pena.
portaria conjunta os integrantes da Comissão de
Remição pela Leitura, entre membros de seus Art. 24. A Secretaria da Justiça e Cidadania do
quadros funcionais. Estado do Ceará – SEJUS regulamentará por meio
de Portaria o estabelecido nesta Lei.
Art. 25. Esta Lei entra em vigor na data de sua e à corrupção dos servidores abrangidos por esta Lei
publicação. Complementar.

Art. 26. Revogam-se as disposições em contrário. Art.3º São atribuições institucionais da Controladoria
Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Cid Ferreira Gomes Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará:
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ I - exercer as funções de orientação, controle,
acompanhamento, investigação, auditoria,
processamento e punição disciplinares das
CONTEÚDO EXTRA atividades desenvolvidas pelos servidores
integrantes do grupo de atividade de polícia
LEI COMPLEMENTAR Nº 098, DE 13 DE JUNHO judiciária, policiais militares, bombeiros militares e
DE 2011(Alterada pela Lei Complementar nº 104, agentes penitenciários, sem prejuízo das atribuições
de 06 de Dezembro de 2011. Publicada no Diário institucionais destes órgãos, previstas em lei;
Oficial do Estado nº 239, Fortaleza, 16 de II - aplicar e acompanhar o cumprimento de punições
Dezembro de 2011.) disciplinares;
Dispõe sobre a criação da Controladoria Geral de III - realizar correições, inspeções, vistorias e
Disciplina dos órgãos de Segurança Pública e auditorias administrativas, visando à verificação da
Sistema Penitenciário, Acrescenta dispositivo à regularidade e eficácia dos serviços, e a proposição
Lei nº 13.875, de 7 de Fevereiro de 2007 e dá de medidas, bem como a sugestão de providências
outras providências. necessárias ao seu aprimoramento;
IV - instaurar, proceder e acompanhar, de ofício ou
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço por determinação do Governador do Estado, os
saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu processos administrativos disciplinares, civis ou
sanciono a seguinte Lei Complementar: militares para apuração de responsabilidades;
V - requisitar a instauração e acompanhar as
Art.1º Fica criada, no âmbito da Administração Direta sindicâncias para a apuração de fatos ou
do Poder Executivo Estadual, a Controladoria Geral transgressões disciplinares praticadas por servidores
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e integrantes do grupo de atividade de polícia
Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, com judiciária, policiais militares, bombeiros militares,
autonomia administrativa e financeira, com a servidores da Perícia Forense, e agentes
competência para realizar, requisitar e avocar penitenciários;
sindicâncias e processos administrativos para apurar VI - avocar quaisquer processos administrativos
a responsabilidade disciplinar dos servidores disciplinares, sindicâncias civis e militares, para
integrantes do grupo de atividade de polícia serem apurados e processados pela Controladoria
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e Geral de Disciplina;
agentes penitenciários, visando o incremento da VII - requisitar diretamente aos órgãos da Secretaria
transparência da gestão governamental, o combate à de Segurança Pública e de Defesa Social e da
corrupção e ao abuso no exercício da atividade Secretaria de Justiça e Cidadania toda e qualquer
policial ou de segurança penitenciaria, buscando informação ou documentação necessária ao
uma maior eficiência dos serviços policiais e de desempenho de suas atividades de orientação,
segurança penitenciária, prestados à sociedade. controle, acompanhamento, investigação, auditoria,
processamento e punição disciplinares;
Parágrafo único. A Controladoria Geral de Disciplina VIII - criar grupos de trabalho ou comissões, de
poderá avocar qualquer processo administrativo caráter transitório, para atuar em projetos e
disciplinar ou sindicância, ainda em andamento, programas específicos, podendo contar com a
passando a conduzi-los a partir da fase em que se participação de outros órgãos e entidades da
encontram. Administração Pública Estadual, Federal e Municipal;
(Nova redação dada pelo art. 1º da Lei
Art.2º Os trabalhos da Controladoria Geral de Complementar nº 104/11).
Disciplina serão executados por meio de atividades IX - acessar diretamente quaisquer bancos de dados
preventivas, educativas, de auditorias funcionais dos integrantes da Secretaria da
administrativas, inspeções in loco, correições, Segurança Pública e Defesa Social e da Secretaria
sindicâncias, processos administrativos disciplinares de Justiça e Cidadania;
civis e militares em que deverá ser assegurado o X - encaminhar à Procuradoria Geral de Justiça do
direito de ampla defesa, visando sempre à melhoria e Estado cópia dos procedimentos e/ou processos cuja
o aperfeiçoamento da disciplina, a regularidade e conduta apurada, também constitua ou apresente
eficácia dos serviços prestados à população, o indícios de ilícitos penais e/ou improbidade
respeito ao cidadão, às normas e regulamentos, aos administrativa, e a Procuradoria Geral do Estado
direitos humanos, ao combate a desvios de condutas
todos que recomendem medida judicial e/ou I - o controle, o acompanhamento, a investigação, a
ressarcimento ao erário; auditoria, o processamento e a punição disciplinar
XI - receber sugestões, reclamações, representações das atividades desenvolvidas pelos policiais civis,
e denúncias, em desfavor dos servidores integrantes policiais militares, bombeiros militares e agentes
do grupo de atividade de polícia judiciária, policiais penitenciários;
militares, bombeiros militares, servidores da Perícia II - dirigir, definir, planejar, controlar, orientar e
Forense, e agentes penitenciários, com vistas ao estabelecer as políticas, as diretrizes e as normas de
esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos organização interna, bem como as atividades
seus autores; desenvolvidas pelo Órgão;
XII - ter acesso a qualquer banco de dados de III - assessorar o Governador do Estado nos
caráter público no âmbito do Poder Executivo do assuntos de sua competência, elaborando pareceres
Estado, bem como aos locais que guardem e estudos ou propondo normas, medidas e diretrizes,
pertinência com suas atribuições; inclusive medidas de caráter
XIII - manter contato constante com os vários órgãos administrativo/disciplinar;
do Estado, estimulando-os a atuar em permanente IV - fixar a interpretação dos atos normativos
sintonia com as atribuições da Controladoria Geral disciplinares de sua competência, editando
de Disciplina e apoiar os órgãos de controle externo recomendações a serem uniformemente seguidas
no exercício de suas missões institucionais, inclusive pelos Órgãos e entidades subordinados à Secretaria
firmando convênios e parcerias; da Segurança Pública e Defesa Social e à Secretaria
XIV - participar e colaborar com a Academia Estadual de Justiça e Cidadania;
de Segurança Pública – AESP, na elaboração de V - unificar a jurisprudência administrativa/disciplinar
planos de capacitação, bem como na promoção de de sua competência, garantindo a correta aplicação
cursos de formação, aperfeiçoamento e das leis, prevenindo e dirimindo as eventuais
especialização relacionados com as atividades controvérsias entre os órgãos subordinados à
desenvolvidas pelo Órgão; Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e à
XV - auxiliar os órgãos estaduais nas atividades de Secretaria de Justiça e Cidadania;
investigação social dos candidatos aprovados em VI - editar enunciados de súmula
concurso público para provimento de cargos; administrativa/disciplinar de sua competência,
XVI - expedir recomendações e provimentos de resultantes de jurisprudência iterativa dos Tribunais e
caráter correicional. das manifestações da Procuradoria Geral do Estado;
VII - dispor sobre o Regimento Interno da
§1º Para cumprimento de suas atribuições, a Controladoria Geral de Disciplina, a ser aprovado por
Controladoria Geral de Disciplina poderá requisitar, Decreto do Chefe do Poder Executivo;
no âmbito do Poder Executivo, documentos públicos VIII - processar as sindicâncias e processos
necessários à elucidação e/ou constatação de fatos administrativos disciplinares civis e militares
objeto de apuração ou investigação, sendo avocados pela Controladoria Geral de Disciplina e
assinalados prazos não inferiores a 5 (cinco) dias aplicar quaisquer penalidades, salvo as de demissão;
para a prestação de informações, requisição de IX - ratificar ou anular decisões de sindicâncias e de
documentos públicos e realização de diligências. processos administrativos disciplinares de sua
§2º O descumprimento do disposto no parágrafo competência, ressalvadas as proferidas pelo
anterior ensejará a apuração da responsabilidade do Governador do Estado;
infrator e, em sendo o caso de improbidade X - convocar quaisquer servidores públicos estaduais
administrativa, comunicação ao Ministério Público. para prestarem informações e esclarecimentos, no
§3º Quando se tratar de documentos de caráter exercício de sua competência, configurando infração
sigiloso, reservado ou confidencial, será anunciado disciplinar o não comparecimento;
com estas classificações, devendo ser rigorosamente XI - requisitar servidores dos órgãos estaduais, para
observadas às normas legais, sob pena de o desempenho das atividades da Controladoria Geral
responsabilidade de quem os violar. de Disciplina sendo-lhes assegurados todos os
direitos e vantagens a que fazem jus no órgão ou
Art.4º Fica criado o Cargo de Controlador Geral de entidade de origem, inclusive a promoção;
Disciplina, de provimento em comissão, equiparado a XII - representar pela instauração de inquérito policial
Secretário de Estado, de livre nomeação e civil ou militar visando à apuração de ilícitos,
exoneração pelo Governador do Estado, escolhido acompanhando a documentação que dispuser;
dentre profissionais bacharéis em Direito, de conduta XIII - expedir provimentos correcionais ou de cunho
ilibada, sem vínculo funcional com os órgãos que recomendatórios;
compõem a Secretaria da Segurança Pública e XIV - integrar o Conselho de Segurança Pública
Defesa Social e a Secretaria de Justiça e Cidadania. previsto na Constituição do Estado do Ceará;
XV - instaurar o Conselho de Disciplina e o Conselho
Art.5º São atribuições do Controlador Geral de de Justificação, de acordo com o art.77 da Lei
Disciplina: nº13.407, de 21 de novembro de 2003;
XVI - editar e praticar os atos normativos inerentes
às suas atribuições, bem como exercer outras §1º Os relatórios finais dos processos administrativos
atribuições correlatas ou que lhe venham a ser disciplinares serão decididos pelo Controlador-Geral
atribuídas, ou as delegadas pelo Governador do de Disciplina, antes do envio para publicação ou, se
Estado, além das atribuições previstas nos arts. 82 e for o caso, do envio ao Governador do Estado, para
84 da Lei nº13.875, de 7 de fevereiro de 2007. decisão que seja de competência legal; podendo
XVII – constituir comissões formadas por um militar e este determinar quaisquer outras providências que
um servidor civil estável para apurarem, em sede de se fizerem necessárias à regularidade do processo e
sindicância, fatos que envolvam, nas mesmas decisão.
circunstâncias, servidores civis e militares estaduais; §2º Nos processos administrativos disciplinares em
(Nova redação dada pelo art. 2º da Lei que a pena seja a de demissão, após decididos pelo
Complementar nº 104/11). Controlador-Geral de Disciplina e, antes do envio ao
XVIII – delegar a apuração de transgressões Governador do Estado, deverá ser encaminhado
disciplinares. (Nova redação dada pelo art. 2º da Lei para a Procuradoria Geral do Estado, com o fito de
Complementar nº 104/11). atestar a regularidade do procedimento. (Nova
redação dada pelo art. 3º da Lei Complementar nº
Art.6º Fica criado o Cargo de Controlador Geral 104/11).
Adjunto de Disciplina, de provimento em comissão,
de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Art.12. Fica autorizada a criação, por ato do
Estado, escolhido dentre Bacharéis em Direito, de Controlador-Geral de Disciplina, de Conselhos
reputação ilibada, sendo o substituto do Controlador Militares Permanentes de Justificação, compostos,
Geral em suas ausências e impedimentos, com cada um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e
atribuições previstas na forma dos arts.83 e 84 da Lei Bombeiros Militares Estaduais, ou das Forças
13.875, de 7 de fevereiro de 2007. Armadas, dos quais, um Oficial Superior, recaindo
sobre o mais antigo a presidência da comissão outro
Art.7º Fica criado o Cargo de Secretário Executivo de atuará como interrogante e o último como relator e
Disciplina, de provimento em comissão, de livre escrivão. (Nova redação dada pelo art. 4º da Lei
nomeação e exoneração pelo Governador do Estado. Complementar nº 104/11).
Os Conselhos Militares Permanentes de Justificação,
Art.8º A estrutura organizacional da Controladoria dirigido a apuração dos desvios de conduta dos
Geral de Disciplina será definida em Decreto do oficiais são compostos, cada um, por 03 (três)
Chefe do Poder Executivo. oficiais, militares e/ou bombeiros militares estaduais,
ou das Forças armadas, dos quais um deverá ser
Art.9º O Controlador Geral de Disciplina, atendendo oficial superior, recaindo sobre o mais antigo a
solicitação do Controlador Geral Adjunto e/ou dos presidência.
Coordenadores de Disciplina, poderá, em caráter Art.13. Fica autorizada a criação, por ato do
especial, designar integrantes das Comissões Controlador Geral de Disciplina, de Conselhos
Permanentes Civil ou Militar, para comporem Militares Permanente de Disciplina, compostos, cada
Comissão de Processos Administrativos, Conselhos um, por 3 (três) Oficiais, sejam Militares e Bombeiros
de Disciplina e/ou Justificação. Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos
quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre o
Art.10. O Controlador Geral de Disciplina poderá mais antigo a presidência da Comissão, outro atuará
solicitar ao Governador do Estado a cessão de como interrogante e o último como relator e escrivão.
Oficiais das Forças Armadas, Oficiais de outras
Polícias Militares Estaduais, Procuradores de Estado, Parágrafo único. Quando a apuração dos fatos
Membros da Carreira da Advocacia Geral da União, praticados por policiais militares e bombeiros
Delegados da Polícia Federal ou outros Servidores militares estaduais revelar conexão, sobretudo
Estaduais, Municipais e Federais, para comporem envolvendo praças estáveis e não estáveis, a
Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, competência para apuração será do Conselho de
Conselhos de Disciplina e/ou Justificação. Disciplina previsto no caput deste artigo.

Art.11. Ficam criadas Comissões Civis Permanentes Art.14. Fica criada, no âmbito da Controladoria Geral
de Processos Disciplinares, compostas por 3 (três) de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
membros, que serão indicados mediante ato do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará o Grupo
Controlador Geral de Disciplina, ou a quem por Tático de Atividade Correicional – GTAC, com as
delegação couber, dentre Delegados de Polícia ou seguintes competências:
Servidores Públicos Estáveis, sendo: I - realizar atividades de fiscalização operacional,
I - um presidente; bem como outras necessárias investigações;
II - um secretário;
III - um membro.
II - realizar correições preventivas e repressivas, por agentes penitenciários que estejam submetidos à
meio de inspeções em instalações, viaturas e sindicância ou processo administrativo disciplinar,
unidades; por prática de ato incompatível com a função pública,
III - apurar condutas atribuídas a servidores civis, no caso de clamor público ou quando necessário á
militares e bombeiros militares estaduais de que trata garantia da ordem pública, à instrução regular da
esta Lei Complementar, inclusive, a observância dos sindicância ou do processo administrativo disciplinar
aspectos relativos à jornada de trabalho, área de e à viabilização da correta aplicação de sanção
atuação, apresentação pessoal, postura e disciplinar.
compostura, bem como a legalidade de suas ações; §1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é
IV - observar a utilização regular e adequada de bens ato discricionário, atendendo à sugestão
e equipamentos, especialmente de proteção a fundamentada do Secretário da Segurança Pública e
defesa, armamento e munição; Defesa Social e do Secretário de Justiça e
V - exercer outras atribuições que lhe forem Cidadania, do Controlador Geral Adjunto, dos
delegadas pelo Controlador Geral. Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e dos
Presidentes de Comissão.
Art.15. Os policiais civis, militares e bombeiros §2º O afastamento das funções implicará na
militares estaduais e outros servidores que suspensão do pagamento das vantagens financeiras
desempenhem suas atividades na Controladora de natureza eventual, e das prerrogativas funcionais
Geral de Disciplina, inclusive os presidentes, dos servidores integrantes do grupo de atividade de
membros e secretários das Comissões Civis polícia judiciária, policiais militares, bombeiros
Permanentes e dos Conselhos de Disciplina e de militares e agentes penitenciários, podendo perdurar
Justificação, terão seu desempenho e produtividade a suspensão por até 120 (cento e vinte) dias,
avaliados mensalmente e consolidado anualmente, prorrogável uma única vez, por igual período.
com base nos seguintes critérios sem prejuízo de §3º Os servidores dos Órgãos vinculados à
outros estabelecidos em regulamento: Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e
I - assiduidade, urbanidade, pontualidade e os agentes penitenciários afastados de suas funções,
produtividade; ficarão à disposição da unidade de Recursos
II - correção formal e jurídica dos processos Humanos a que estiverem vinculados, que deverá
administrativos e sindicâncias; reter a identificação funcional, distintivo, arma,
III - cumprimento dos prazos processuais algema ou qualquer outro instrumento funcional que
administrativos; esteja em posse do servidor, e remeter à
IV - cumprimento dos planos de metas e das tarefas Controladoria Geral de Disciplina cópia do ato de
determinadas pelo Controlador Geral. retenção, por meio digital, e relatório de sua
frequência.
Art.16. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao §4º Os processos administrativos disciplinares em
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretario da que haja suspensão tramitarão em regime de
Segurança Pública e Defesa Social e aos prioridade nas respectivas Comissões e Conselhos.
Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de §5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão
Bombeiros Militar, respectivamente, a informação do do processo administrativo, os servidores
oficial ou da praça a ser submetido a Conselho de mencionados nos parágrafos anteriores retornarão
Justificação e de Disciplina, acompanhada da às atividades meramente administrativas, com
documentação necessária. restrição ao uso e porte de arma, até decisão do
mérito disciplinar, devendo o referido setor
Art.17. Cabe ao Controlador Geral de Disciplina, ao competente remeter à Controladoria Geral de
Secretário da Justiça e Cidadania, ao Secretário da Disciplina relatório de frequência e sumário de
Segurança Pública e Defesa Social e quando for o atividades por estes desenvolvidas, por meio digital.
caso, ao Delegado Geral da Polícia Civil, ao Perito §6º O período de afastamento das funções será
Geral da Perícia Forense do Estado do Ceará e ao computado, para todos os efeitos legais, como de
Diretor da Academia Estadual de Segurança Pública, efetivo exercício, salvo para fins de promoção, seja
respectivamente, a informação do servidor a ser por merecimento ou por antiguidade.
submetido a sindicância ou a processo administrativo §7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao
disciplinar, acompanhada da documentação servidor, cessarão, após a publicação, as restrições
necessária. impostas, sendo o tempo de suspensão computado
retroativamente para fim de promoção por
Art.18. Compete ao Governador do Estado e ao merecimento e antiguidade.
Controlador Geral, sem prejuízo das demais §8º A autoridade que determinar a instauração ou
autoridades legalmente competentes, afastar presidir processo administrativo disciplinar, bem
preventivamente das funções os servidores como as Comissões e Conselhos, poderão, a
integrantes do grupo de atividade de polícia qualquer tempo, propor, de forma fundamentada, ao
judiciária, policiais militares, bombeiros militares e
Controlador Geral a aplicação de afastamento II – exerçam atividades em escalas de serviços em
preventivo ou cessação de seus efeitos. revezamento, e os que na mesma condição estejam
sujeitos a permanentes acionamentos de urgência.
§2º As gratificações de que trata este artigo serão
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS concedidas por ato do Controlador-Geral de
Disciplina, não sendo essas acumuláveis entre si.
Art.19. Os policiais civis e os militares e os (Nova redação dada pelo art. 6º da Lei
bombeiros militares estaduais requisitados para Complementar nº 104/11).
servir na Controladoria Geral de Disciplina serão
considerados, para todos os efeitos, como no Art.22. Ficam criados 46 (quarenta e seis) Cargos de
exercício regular de suas funções de natureza Direção e Assessoramento Superior, sendo 7 (sete)
policial civil, policial militar ou bombeiro militar. símbolo DNS-2, 23 (vinte e três) símbolo DNS-3, 13
(treze) símbolo DAS-1, 1 (um) símbolo DAS-2 e 2
Art.20. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a (dois) símbolo DAS-3.
instituir o Conselho de Disciplina e Correição dos Parágrafo único. Os Cargos a que se refere o caput
Órgãos de Segurança Pública e Sistema deste artigo serão consolidados por Decreto no
Penitenciário do Estado do Ceará, cuja composição e quadro de Cargos de Direção e Assessoramento
atribuições constarão de Decreto do Chefe do Poder Superior da Administração Direta e Indireta.
Executivo.
Parágrafo único. Será assegurado aos Membros Art.23. Fica autorizada a instituição de estágio
integrantes do Conselho previsto no caput deste acadêmico no âmbito da Controladoria Geral de
artigo, o pagamento de verba indenizatória, por Disciplina para estudantes do curso de graduação
presença em sessão, equivalente a R$2.000,00 (dois em Direito, Administração, Gestão Pública,
mil reais), ficando o pagamento limitado ao máximo Sociologia, Psicologia, Informática, dentre outros,
de 2 (duas) sessões mensais. conforme decreto regulamentador.

Art.21. Fica instituída a Gratificação por Atividade Art.24. Fica criada a Delegacia de Assuntos Internos,
Disciplinar e Correição - GADC, não cumulativa, vinculada administrativamente à Superintendência da
devida pelo exercício: Polícia Civil e, funcionalmente à Controladoria Geral
I - das atribuições de Presidente e Membro de de Disciplina, cujas competências serão definidas em
Comissões Permanentes ou Especiais de Processos Decreto.
Administrativos Disciplinares Civis e de Conselhos Parágrafo único. Os integrantes do Grupo
Militares, no valor de RS 2.000,00 (dois mil reais); Ocupacional Atividade Polícia Judiciária, lotados e
II - das atribuições de Presidentes de Sindicância, no em exercício na Delegacia de Assuntos Internos,
valor de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais); prevista no caput deste artigo, gozarão de todas as
III – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor prerrogativas e atribuições previstas em Lei.
de R$2.000,00 (dois mil reais) para oficiais,
delegados e peritos; Art.25. A Controladoria Geral de Disciplina, na forma
IV – das atividades desenvolvidas no GTAC, no valor do art.8º desta Lei, poderá constituir de acordo com a
de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) para as necessidade de cobertura e expansão, unidades
praças, policiais civis e servidores civis; avançadas, temporárias ou permanentes, para
V – das atividades desenvolvidas na Coordenação atender demandas ordinárias ou excepcionais, sem
de Inteligência, no valor de R$1.200,00 (um mil e prejuízo das ações de fiscalização e correições
duzentos reais) para as praças, policiais civis e disciplinares realizadas por meio do GTAC.
servidores civis;
Art.26. Fica extinta a Corregedoria Geral dos Órgãos
§1º As gratificações previstas nos itens III e IV do de Segurança Pública e Defesa Social, integrante da
caput deste artigo serão concedidas exclusivamente estrutura organizacional da Secretaria de Segurança
aos servidores lotados e em exercício no Grupo Pública e Defesa da Cidadania, prevista no art.5º,
Tático de Atividades Correicionais e na incisos e parágrafos, da Lei nº12.691, de 16 de maio
Coordenadoria de Inteligência da Controladoria Geral de 1997.
de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e §1º A Corregedoria Geral dos Órgãos de Segurança
Sistema Penitenciário, que exerçam atividades Pública e Defesa Social somente será desativada
típicas de inteligência ou contribuam diretamente após a entrega e transferência de todos os feitos, em
para a atividade-fim e preencham os seguintes tramitação e os já arquivados, para a Controladoria
requisitos: Geral de Disciplina.
I – exerçam atividades que necessitem estar de §2º Os Conselhos de Justificação, de Disciplina e
sobreaviso, em razão da necessidade do exercício Processos Administrativos Disciplinares em trâmite
permanente de atividades especializadas; nas corporações militares, na Secretaria da Justiça e
Cidadania – SEJUS, e na Procuradoria Geral do
Estado deverão continuar até sua conclusão, poderá, determinar diligências ou outras providências
oportunidade em que, juntamente com os já necessárias a adequada instrução, sem possibilidade
arquivados nos últimos 5 (cinco) anos, deverão ser de recurso, poderá ainda, motivadamente, agravar a
enviados para a Controladoria Geral de Disciplina penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor
para as providencias que couber, salvo os avocados de responsabilidade.
pela Controladoria Geral de Disciplina. (Nova §6º Verificada a ocorrência de vício insanável, o
redação dada pelo art. 7º da Lei Complementar nº Controlador-Geral de Disciplina ou o Governador
104/11). declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará,
no mesmo ato, a constituição de outra comissão para
§3º Fica autorizada a transferência para a instauração do novo processo. (Nova redação dada
Controladoria Geral de Disciplina, dos bens pelo art. 9º da Lei Complementar nº 104/11).
patrimoniais, móveis, equipamentos, instalações,
arquivos, projetos, documentos e serviços existentes Art.29. A competência atribuída à Procuradoria
na Corregedoria Geral, integrante da estrutura Geral do Estado, de acordo com o art.28. da Lei
organizacional da Secretaria de Segurança Pública e Complementar nº58, de 31 de março de 2006, não se
Defesa Social. aplica aos servidores públicos submetidos
disciplinarmente à competência da Corregedoria
Art.27. Os servidores estaduais designados para Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
servirem na Controladoria Geral de Disciplina Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará.
deverão ter, no mínimo, os seguintes requisitos:
I - ser, preferencialmente, Bacharel em Direito, em Art.30. Caberá recurso no prazo de 10 (dez) dias,
Administração ou Gestão Pública; dirigido ao Conselho de Disciplina e Correição, das
II - se militar ou policial civil, possuir, decisões proferidas pelo Controlador-Geral de
preferencialmente, no mínimo 3 (três) anos de Disciplina decorrentes das apurações realizadas nas
serviço operacional prestado na respectiva Sindicâncias, pelos Conselhos de Justificação,
Instituição; Conselhos de Disciplina e pelas Comissões de
III - não estar respondendo a qualquer processo Processos Administrativos Disciplinares.
administrativo disciplinar, Conselho de Justificação Parágrafo único. Das decisões definitivas tomadas
ou de Disciplina; no âmbito da Controladoria Geral de Disciplina,
IV - possuir conduta ilibada; somente poderá discordar o Governador do Estado.
V - não estar denunciado ou respondendo a qualquer (Nova redação dada pelo art. 10 da Lei
processo criminal; Complementar nº 104/11).
VI - não haver sido punido, nos últimos 6 (seis) anos,
com pena de custódia disciplinar ou suspensão Art.31. Fica acrescido à Lei nº13.875, de 7 de
superior a 30 (trinta) dias. fevereiro de 2007, o item 5. do inciso I do art.6º, da
seguinte forma:
Art.28. As Comissões, Conselhos e os Processos “Art.6º...I -...5. Controladoria Geral de Disciplina dos
Administrativos Disciplinares seguirão o rito Órgãos de Segurança Pública e Sistema
estabelecido nas respectivas leis. As Comissões, Penitenciário.” (NR).
Conselhos, sindicâncias e os Processos
Administrativos Disciplinares seguirão o rito Art.32. Esta Lei entra em vigor na data de sua
estabelecido nas respectivas leis. (Nova redação publicação.
dada pelo art. 8º da Lei Complementar nº 104/11). Art.33. Revogam-se as disposições em contrário.

Art.28-A. O Controlador-Geral de Disciplina após o


recebimento do processo proferirá a sua decisão. DECRETO Estadual nº 31.198/13 - INSTITUI O
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA
da sua competência, o processo será encaminhado ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL, E DÁ
ao Governador do Estado. OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso
competente para a imposição da pena mais grave. da atribuição que lhe confere o art. 88, inciso IV, da
§3º Reconhecida pela comissão a inocência do Constituição Estadual, CONSIDERANDO o Decreto
servidor, o Controlador-Geral de Disciplina nº 29.887, de 31 de agosto de 2009, que institui o
determinará o seu arquivamento, salvo se Sistema de Ética e Transparência do Poder
flagrantemente contrária às provas dos autos. Executivo Estadual e dá outras providências, e
§4º O julgamento acatará o relatório da comissão, CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar as
salvo quando contrário às provas dos autos. regras de conduta dos agentes públicos civis no
§5º Quando o relatório da comissão contrariar as âmbito da Administração Pública Estadual,
provas dos autos, o Controlador Geral de Disciplina DECRETA:
XII – Compromisso – comprometer-se com a missão
TÍTULO I e com os resultados organizacionais.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º É vedado às pessoas abrangidas por este
CAPÍTULO I Código auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS ou financeira, salvo nesse último caso a
DA CONDUTA ÉTICA contraprestação mensal, em razão do exercício de
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nos
Art. 1º Fica instituído o Código de Ética e Conduta da Órgãos e Entidades do Poder Executivo Estadual,
Administração Publica Estadual, na forma disposta devendo eventuais ocorrências serem apuradas e
neste Decreto, cujas normas aplicam-se aos agentes punidas nos termos da legislação disciplinar, se
públicos civis e às seguintes autoridades da também configurar ilícito administrativo.
Administração Pública Estadual:
I - Secretários de Estado, Secretários Adjuntos, Art. 4º Considera-se conduta ética a reflexão acerca
Secretários Executivos e quaisquer ocupantes de da ação humana e de seus valores universais, não
cargos equiparados a esses, segundo a legislação se confundindo com as normas disciplinares
vigente; impostas pelo ordenamento jurídico.
II - Superintendente da Polícia Civil, Delegado
Superintendente Adjunto da Polícia Civil, Perito Geral
do Estado, Perito Geral Adjunto do Estado e TÍTULO II
quaisquer ocupantes de cargos equiparados a esses, DA CONDUTA ÉTICA DAS AUTORIDADES
segundo a legislação vigente; ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL
III - Dirigentes de Autarquias, inclusive as especiais, CAPÍTULO I
fundações mantidas pelo Poder Público, empresas DAS NORMAS ÉTICAS FUNDAMENTAIS
públicas e sociedades de economia mista. Parágrafo
Único. Está também sujeito ao Código de Ética e Art. 5º As normas fundamentais de conduta ética das
Conduta da Administração Pública Estadual todo Autoridades da Administração Estadual visam,
aquele que exerça atividade, ainda que especialmente, às seguintes finalidades:
transitoriamente e sem remuneração, por nomeação, I – possibilitar à sociedade aferir a lisura do processo
designação, contratação ou qualquer outra forma de decisório governamental; II – contribuir para o
investidura ou vínculo em órgão ou entidade da aperfeiçoamento dos padrões éticos da
Administração Pública Direta e Indireta do Estado. Administração Pública Estadual, a partir do exemplo
dado pelas autoridades de nível hierárquico superior;
Art. 2º A conduta ética dos agentes públicos III – preservar a imagem e a reputação do
submetidos a este Decreto reger-se-á, administrador público cuja conduta esteja de acordo
especialmente, pelos seguintes princípios: com as normas éticas estabelecidas neste Código;
I – boa-fé - agir em conformidade com o direito, com IV – estabelecer regras básicas sobre conflitos de
lealdade, ciente de conduta correta; interesses públicos e privados e limitações às
II – honestidade – agir com franqueza, realizando atividades profissionais posteriores ao exercício de
suas atividades sem uso de mentiras ou fraudes; cargo público;
III – fidelidade ao interesse público – realizar ações V – reduzir a possibilidade de conflito entre o
com o intuito de promover o bem público, em interesse privado e o dever funcional das autoridades
respeito ao cidadão; públicas da Administração Pública Estadual;
IV – impessoalidade – atuar com senso de justiça, VI – criar mecanismo de consulta destinado a
sem perseguição ou proteção de pessoas, grupos ou possibilitar o prévio e pronto esclarecimento de
setores; dúvidas quanto à conduta ética do administrador.
V – moralidade – evidenciar perante o público retidão
e compostura, em respeito aos costumes sociais; Art. 6º No exercício de suas funções, as pessoas
VI – dignidade e decoro no exercício de suas funções abrangidas por este código deverão pautar-se pelos
– manifestar decência em suas ações, preservando a padrões da ética, sobretudo no que diz respeito à
honra e o direito de todos; integridade, à moralidade, à clareza de posições e ao
VII – lealdade às instituições – defender interesse da decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança
instituição a qual se vincula; do público em geral. Parágrafo único. Os padrões
VIII – cortesia – manifestar bons tratos a outros; éticos de que trata este artigo são exigidos no
IX – transparência – dar a conhecer a atuação de exercício e na relação entre suas atividades públicas
forma acessível ao cidadão; X – eficiência – exercer e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de
atividades da melhor maneira possível, zelando pelo interesses.
patrimônio público;
XI – presteza e tempestividade – realizar atividades CAPÍTULO II
com agilidade; DOS CONFLITOS DE INTERESSES
Art. 7º Configura conflito de interesse e conduta publicamente sobre matéria que não seja afeta a sua
aética o investimento em bens cujo valor ou cotação área de competência.
possa ser afetado por decisão ou política
governamental a respeito da qual a autoridade Art. 14. É vedado à autoridade pública, referida no
pública tenha informações privilegiadas, em razão do Art. 1º, opinar publicamente a respeito:
cargo ou função. I - da honorabilidade e do desempenho funcional de
outra autoridade pública; e II - do mérito de questão
Art. 8º Configura conflito de interesse e conduta que lhe será submetida, para decisão individual ou
aética aceitar custeio de despesas por particulares em órgão e entidade colegiados, sem prejuízo do
de forma a permitir configuração de situação que disposto no Art. 13.
venha influenciar nas decisões administrativas.
TÍTULO III
Art. 9º No relacionamento com outros Órgãos e DA CONDUTA ÉTICA DOS AGENTES PÚBLICOS
Entidades da Administração Pública, a autoridade CAPÍTULO I
pública deverá esclarecer a existência de eventual DOS DIREITOS E GARANTIAS DO AGENTE
conflito de interesses, bem como comunicar qualquer PÚBLICO
circunstância ou fato impeditivo de sua participação
em decisão coletiva ou em órgão e entidade Art. 15. Como resultantes da conduta ética que deve
colegiados. imperar no ambiente de trabalho e em suas relações
interpessoais, são direitos do agente público:
Art. 10. As propostas de trabalho ou de negócio I - liberdade de manifestação, observado o respeito à
futuro no setor privado, bem como qualquer imagem da instituição e dos demais agentes
negociação que envolva conflito de interesses, públicos;
deverão ser imediatamente informadas pela II - manifestação sobre fatos que possam prejudicar
autoridade pública à Comissão de Ética Pública - seu desempenho ou sua reputação;
CEP, independentemente da sua aceitação ou III - representação contra atos ilegais ou imorais;
rejeição. IV - sigilo da informação de ordem não funcional;
V - atuação em defesa de interesse ou direito
Art. 11. As autoridades regidas por este Código de legítimo;
Ética, ao assumir cargo, emprego ou função pública, VI - ter ciência do teor da acusação e vista dos autos,
deverão firmar termo de compromisso de que, ao quando estiver sendo apurada eventual conduta
deixar o cargo, nos 6 meses seguintes, não poderão: aética.
I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física Art. 16. Ao autor de representação ou denúncia, que
ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de tenha se identificado quando do seu oferecimento, é
classe, em processo ou negócio do qual tenha assegurado o direito de obter cópia da decisão da
participado, em razão do cargo, nos seis meses Comissão de Ética e, às suas expensas, cópia dos
anteriores ao término do exercício de função pública; autos, resguardados os documentos sob sigilo legal,
II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, e manter preservada em sigilo a sua identidade
inclusive sindicato ou associação de classe, valendo- durante e após a tramitação do processo.
se de informações não divulgadas publicamente a
respeito de programas ou políticas do Órgão ou da CAPÍTULO II
Entidade da Administração Pública Estadual a que DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES AO AGENTE
esteve vinculado ou com que tenha tido PÚBLICO
relacionamento direto e relevante. Seção I
Art. 12. A autoridade pública, ou aquele que tenha Dos Deveres Éticos Fundamentais do Agente
sido, poderá consultar previamente a CEP a respeito Público
de ato específico ou situação concreta, nos termos
do Art. 7º, Inciso I, do Decreto nº 29.887, de 31 de Art. 17. São deveres éticos do agente público:
agosto de 2009, que instituiu o Sistema de Ética e I – agir com lealdade e boa-fé;
Transparência do Poder Executivo Estadual. II – ser justo e honesto no desempenho de suas
funções e em suas relações com demais agentes
públicos, superiores hierárquicos e com os usuários
CAPÍTULO III do serviço público;
DO RELACIONAMENTO ENTRE AS III – atender prontamente às questões que lhe forem
AUTORIDADES PÚBLICAS encaminhadas;
IV – aperfeiçoar o processo de comunicação e o
Art. 13. Eventuais divergências, oriundas do contato com o público;
exercício do cargo, entre as autoridades públicas V – praticar a cortesia e a urbanidade nas relações
referidas no Art. 1º, devem ser resolvidas na área do serviço público e respeitar a capacidade e as
administrativa, não lhes cabendo manifestar-se limitações individuais dos usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou I - advertência ética, aplicável às autoridades e
distinção de raça, sexo, orientação sexual, agentes públicos no exercício do cargo, que deverá
nacionalidade, cor, idade, religião, preferência ser considerada quando da progressão ou promoção
política, posição social e quaisquer outras formas de desses, caso o infrator ocupe cargo em quadro de
discriminação; carreira no serviço público estadual;
VI – respeitar a hierarquia administrativa; II - censura ética, aplicável às autoridades e agentes
VII – Não ceder às pressões que visem a obter públicos que já tiverem deixado o cargo. Parágrafo
quaisquer favores, benesses ou vantagens Único. As sanções éticas previstas neste artigo serão
indevidas; aplicadas pela Comissão de Ética Pública - CEP e
VIII – comunicar imediatamente a seus superiores pelas Comissões Setoriais de Ética Publica - CSEPs,
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse que poderão formalizar Termo de Ajustamento de
público. Conduta, para os casos não previstos no Estatuto
Seção II dos servidores públicos civis, encaminhar sugestão
Das Vedações ao Agente Público de exoneração do cargo em comissão à autoridade
hierarquicamente superior ou rescindir contrato,
Art. 18. É vedado (PROIBIDO) ao Agente Público: quando aplicável.
I – utilizar-se de cargo, emprego ou função, de
facilidades, amizades, posição e influências, para Art. 20. Os preceitos relacionados neste Código não
obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem substituem os deveres, proibições e sanções
em qualquer órgão público; constantes dos Estatutos dos Funcionários Públicos
II – imputar a outrem fato desabonador da moral e da Civis do Estado do Ceará.
ética que sabe não ser verdade;
III – ser conivente com erro ou infração a este Código Art. 21. As infrações às normas deste Código,
de Ética e Conduta da Administração Estadual; quando cometidas por terceirizados, poderão
IV – usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o acarretar na substituição destes pela empresa
exercício regular de direito por qualquer pessoa; prestadora de serviços.
V – permitir que interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público ou com colegas; TÍTULO V
VI – Faltar com a verdade com qualquer pessoa que DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
necessite do atendimento em serviços públicos;
VII – dar o seu concurso a qualquer instituição que Art. 22. Os códigos de ética profissional existentes
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade em Órgãos e Entidades específicos mantêm a
da pessoa humana; vigência no que não conflitem com o presente
VIII – exercer atividade profissional antiética ou ligar Decreto.
o seu nome a empreendimentos que atentem contra
a moral pública. Art. 23. A Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado
do Ceará deverá divulgar as normas contidas neste
TÍTULO IV decreto, de modo a que tenham amplo conhecimento
DAS SANÇÕES ÉTICAS no ambiente de trabalho de todos os
Órgãos e Entidades Estaduais.
Art. 19. A violação das normas estipuladas neste Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua
Código acarretará as seguintes sanções éticas, sem publicação.
prejuízo das demais sanções administrativas, civis e
criminais aplicadas pelo poder competente em
procedimento próprio, observado o disposto no Art.
26 do Decreto Estadual nº 29.887, de 31 de agosto
de 2009:
Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO


ESTADO DO CEARÁ, aos 30 dias do mês de abril de
2013.

Cid Ferreira Gomes GOVERNADOR DO ESTADO


DO CEARÁ
João Alves de Melo
CONTROLADOR E OUVIDOR GERAL DO ESTADO
PREPARATÓRIO AGENTE DE ELITE
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS & DIREITO PENAL/AGEPEN-CE 2017 PROF. DANTAS

QUESTÕES COM GABARITO 240/2010, o detento poderá remir parte do tempo


de condenação, à razão de:
1. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente
Penitenciário/2011) Nos termos da Portaria a) um dia de pena por três trabalhados.
240/2010, relativa ao Regimento Geral dos b) dois dias de pena por quatro trabalhados.
Estabelecimentos Prisionais, compete ao Chefe c) três dias de pena por um trabalhado.
de Segurança e Disciplina, dentre outras d) quatro dias de pena por dois trabalhados.
atribuições:
5. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente
a) adotar medidas necessárias à preservação Penitenciário/2011)No que concerne ao
dos Direitos e Garantias Individuais dos presos. Regimento Geral dos Estabelecimentos
b) propor as conversões e as regressões, bem Prisionais, nos termos do art. 13, Parágrafo
como as progressões de regime dos presos. Único da Portaria 240/2010, o prédio destinado à
c) presidir a Comissão Técnica de Classificação. Casa do Albergado deverá situar‑se em:
d) orientar os presos quanto aos seus direitos,
deveres e normas de conduta a serem a) centro urbano, separado dos demais
observados, quando de sua chegada à Unidade. estabelecimentos, e caracterizar‑se‑á pela
ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
2. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente b) zona rural, separado dos demais
Penitenciário/2011) Nos termos do art. 8º, § 1º estabelecimentos, e caracterizar‑se‑á pela
da Lei Nº 14.582, de 21 de dezembro de 2009, o ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
adicional por trabalho noturno é devido ao c) centro urbano, separado dos demais
servidor cujo trabalho seja executado no período estabelecimentos, e caracterizar‑se‑á pela
compreendido entre:
presença discreta de obstáculos físicos contra a
fuga.
a) 21 (vinte e uma) horas de um dia às 5 (cinco)
d) zona rural, separado dos demais
horas do dia seguinte.
b) 22 (vinte e duas) horas de um dia às 5 (cinco) estabelecimentos, e caracterizar‑se‑á pela
horas do dia seguinte. presença discreta de obstáculos físicos contra a
c) 23 (vinte e três) horas de um dia às 6 (seis) fuga.
horas do dia seguinte.
d) 24 (vinte e quatro) horas de um dia às 6 (seis) 6. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente
horas do dia seguinte. Penitenciário/2011) De acordo com o
estabelecido no art. 182 da Lei Estadual nº 9.926
de 14 de maio de 1974 que dispõe sobre
3. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente direitos, deveres e regime disciplinar dos
Penitenciário/2011) Nos termos do Regimento Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará,
Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado contado a partir da data de ocorrência do ilícito,
do Ceará, não compete ao Diretor da Unidade o número de anos para prescrição do direito ao
Prisional: exercício do poder disciplinar é:

a) dirigir, coordenar e orientar os trabalhos a) dois.


técnicos, administrativos, operacionais, laborais, b) três.
educativos, religiosos, esportivos e culturais da c) quatro.
Unidade respectiva. d) cinco.
b) adotar medidas necessárias à preservação
dos Direitos e Garantias Individuais dos presos. 7. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente
c) visitar os presos nas dependências do Penitenciário/2011) De acordo com a Portaria
Estabelecimento, anotar suas reclamações e 240/2010, no que concerne ao Conselho
pedidos, procurando solucioná‑los de modo Disciplinar, analise as afirmações a seguir:
I – O Conselho Disciplinar é um órgão colegiado
adequado, no âmbito de sua competência ou
formado pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de
encaminhá‑los ao órgão competente,
Segurança e Disciplina, por um Assistente
observando as normas de segurança. Social, um Psicólogo e por um agente
d) analisar e deferir os pedidos de progressão de penitenciário de notória experiência.
regime dos presos que tenham tal direito. II – É da competência do Conselho Disciplinar
conhecer, analisar, processar e julgar as faltas
4. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente disciplinares cometidas pelos internos, aplicando
Penitenciário/2011) Conforme art. 164, Portaria a sanção disciplinar adequada à falta cometida,
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assegurados o contraditório e a ampla defesa 10. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente


por Defensor Público ou Advogado constituído Penitenciário/2011) Nos termos do art. 152,
pelo interno. inciso II da Lei Estadual nº 9.926, de 14 de maio
III – Supervisionar os serviços de copa e de de 1974, o funcionário será aposentado
cozinha faz parte da competência do Conselho compulsoriamente aos:
Disciplinar.
IV – É atribuição do Conselho Disciplinar exercer a) sessenta anos de idade.
a vigilância em conjunto com os agentes b) sessenta e cinco anos de idade.
penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo c) setenta anos de idade.
cumprir as normas e regulamentos do d) setenta e cinco anos de idade.
estabelecimento penal.
11. Entende-se por regime Jurídico do
Está correto o que se afirma em: Funcionário Civil, como sendo um conjunto de
a) I, III e IV apenas. normas e princípios, estabelecidos pelo Estatuto
b) III e IV apenas. Estadual do Ceará e legislação complementar,
c) I e II apenas. reguladores das relações entre o Estado e o
d) I, II, III e IV. ocupante de cargo público.

8. Conforme disposição do art. 173, inciso da Lei 12. Aplica-se o regime jurídico de que trata o
Estadual nº 9.926, de 14 de maio de 1974, o estatuto a todos os servidores do poder
número de meses de vencimento ou provento Legislativo Estadual.
concedido como auxílio funeral à família do
funcionário falecido, mesmo que aposentado, 13. Levando em conta os conceitos do Estatuto
corresponde a: defina cargo público:

a) um. a) é o lugar inserido no Sistema Administrativo


b) dois. Civil do Estado, caracterizando-se, cada um, por
c) três. determinado conjunto de atribuições e
d) seis. responsabilidades de natureza temporária.

9. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente b) é o lugar inserido no Sistema Administrativo


Penitenciário/2011) Considere as afirmações a Civil do Estado, caracterizando-se, cada um, por
seguir, tomando por base a Lei Estadual nº determinado conjunto de atribuições e
9.926, de 14 de maio de 1974 e, em seguida, responsabilidades de natureza permanente.
assinale com V a afirmação verdadeira e com F, c) é o lugar inserido no Sistema Administrativo
a falsa: Civil do Estado, caracterizando-se, cada um, por
determinado regime celetista de atribuições, de
( ) Será considerado de efetivo exercício o natureza temporária.
afastamento por até oito dias, em virtude de d) O conjunto de empregos que, inserido no
casamento. Sistema Administrativo Civil do Estado, se
( ) O período de férias não gozadas será subordina à legislação trabalhista é regido pelo
contado em dobro, para efeitos de estatuto.
disponibilidade e aposentadoria.
( ) O funcionário nomeado em virtude de 14. De acordo com a natureza dos cargos, o seu
concurso público somente adquire estabilidade provimento pode ser em caráter efetivo ou em
depois de decorridos quatro anos de efetivo comissão.
exercício.
( ) A nomeação é o fato que completa a 15. A escolha dos ocupantes de cargos em
investidura em cargo público. comissão poderá recair, ou não, em funcionário
( ) Assiduidade, urbanidade e discrição do Estado, na forma do regulamento, sendo que
configuram o dever geral do funcionário. os cargos em comissão serão providos, por livre
nomeação da autoridade competente, dentre
Está correta, de cima para baixo, a sequência: pessoas que possuam aptidão profissional e
a) V, V, F, F, V. reúnam as condições necessárias à sua
b) F, F, V, V, F. investidura, conforme se dispuser em
c) F, V, V, F, V. regulamento.
d) V, F, F, V, F.
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16. A realização dos concursos para provimento Corretas:


dos cargos da Administração Direta do Poder a) I e II
Executivo competirá ao Órgão Central do b) II e III
Sistema logístico. c) I e III
d) Todos os itens.
17. A nomeação será feita: em caráter vitalício,
nos casos expressamente previstos na 23. Como condição para aquisição da
Constituição; em caráter efetivo, quando se tratar estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de nomeação para cargo da classe inicial ou de desempenho por comissão instituída para
singular de determinada categoria funcional e em essa finalidade. A avaliação será realizada:
comissão, quando se tratar de cargo que assim extraordinariamente ou ordinariamente.
deve ser provido.
24. O estágio probatório corresponderá a uma
18. Será exonerado quando, por ato ou omissão complementação do concurso público a que se
do nomeado, a posse não se verificar no prazo submeteu o servidor, devendo ser
para esse fim estabelecido. obrigatoriamente acompanhado e
supervisionado pelo Chefe Imediato.
19. O que completa a investidura em cargo
público é a Posse. 25. As faltas disciplinares cometidas pelo
20. No ato da nomeação será apresentada servidor após o decurso do estágio probatório e
declaração, pelo funcionário empossado, dos antes da conclusão da avaliação especial de
bens e valores que constituem o seu patrimônio, desempenho serão apuradas por meio de
nos termos da regulamentação própria. avaliação de desempenho.

21. Poderá haver posse por procuração: 26. O exercício funcional terá início no prazo de
trinta dias, contados da data da publicação
a) quando se tratar de funcionário presente no oficial do ato, no caso de reintegração ou da
País ou no Estado. posse, nos demais casos.

b) sempre a juízo da autoridade competente. 27. Para os efeitos deste Estatuto, entende-se
por lotação a quantidade de cargos, por grupo,
c) Em qualquer caso. categoria funcional e classe, fixada em
regulamento como necessária ao
d) quando se tratar de funcionário ausente do desenvolvimento das atividades das unidades e
País ou do Estado, ou, ainda, em casos entidades do Sistema Administrativo Civil do
especiais, a juízo da autoridade competente. Estado.

28. Atendidos o interesse público e a


22. Julgue os itens com relação à posse e conveniência administrativa, a remoção é o
estágio probatório. deslocamento do funcionário de uma para outra
unidade ou entidade do Sistema Administrativo,
I - Ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias da processada sempre de ofício.
publicação do ato de provimento no órgão oficial.
29. O funcionário estadual cujo cônjuge, também
II - A requerimento do funcionário ou de seu servidor público, for designado ex offício para ter
representante legal, a autoridade competente exercício em outro ponto do território estadual ou
para dar posse poderá prorrogar o prazo nacional ou for detentor de mandato eletivo, tem
previsto, até o máximo de 60 (sessenta) dias direito a ser removido ou posto à disposição da
contados do seu término. unidade de serviço estadual que houver no lugar
de domicílio do cônjuge ou em que funcionar o
III - Estágio probatório é o triênio de efetivo órgão sede do mandato eletivo, com todos os
exercício no cargo de provimento efetivo ou em direitos e vantagens do cargo.
comissão, contado do início do exercício
funcional, durante o qual é observado o 30. A remoção por permuta será processada a
atendimento dos requisitos necessários à pedido escrito de ambos os interessados e de
confirmação do servidor nomeado em virtude de acordo com as demais disposições deste
concurso público. Capítulo.
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31. Haverá substituição nos casos de desde que, no ato de provimento, seja
impedimento legal ou afastamento de titular de mencionada esta circunstância.
cargo em comissão. A substituição será apenas
automática. d) Ocorre na hipótese do não atendimento do
prazo para início de exercício, e na hipótese do
32. Pelo tempo da substituição remunerada, o não cumprimento dos requisitos do estágio, nos
substituto perceberá o vencimento e a termos do estatuto.
gratificação de representação do cargo, podendo
receber a percepção cumulativa de vencimento, 40. Tempo de serviço, para os efeitos deste
gratificações e vantagens. Estatuto, compreende o período de efetivo
exercício das atribuições de cargo ou emprego
33. Ascensão funcional é a elevação do público.
funcionário de um cargo para outro de maiores
responsabilidades e atribuições mais complexas, 41. Sobre afastamentos e não prejuízo ao tempo
ou que exijam maior tempo de preparação de serviço, marque o item incorreto:
profissional, de nível de vencimento mais
elevado, ou de atribuições mais compatíveis com a) casamento, até oito dias;
as suas aptidões.
b) luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge
34. A promoção é a elevação do funcionário à ou companheiro, parentes, consanguíneos ou
classe imediatamente superior àquela em que se afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
encontra dentro da mesma série de classes na e pais adotivos.
categoria funcional a que pertencer.
c) luto, até dois dias, por falecimento de tio e
35. Decorre de decisão administrativa ou judicial, cunhado.
a reintegração é o reingresso do funcionário no
serviço administrativo, com ressarcimento dos d) decorrente de período de trânsito, de viagem
vencimentos relativos ao cargo. do funcionário que mudar de sede, contado da
data do desligamento e até o máximo de 30 dias.
36. Aproveitamento é o retorno ao exercício do
cargo do funcionário aposentado. e) prisão do funcionário, absolvido por sentença
transitada em julgado.
37. Será tornado sem efeito o aproveitamento e
cassada a disponibilidade do funcionário, se 42. Estabilidade é o direito que adquire o
este, cientificado, expressamente, do ato de funcionário efetivo de não ser exonerado ou
aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, demitido, senão em virtude de sentença judicial
mesmo em caso de doença comprovada em ou inquérito administrativo, não sendo
inspeção médica. assegurada a ampla defesa.

38. Reversão é o reingresso no Sistema 43. O funcionário perderá o cargo vitalício


Administrativo do servidor em disponibilidade. somente em virtude de sentença judicial.

39. Com relação à exoneração, marque o item 44. A disponibilidade é o afastamento de


INCORRETO: exercício de funcionário estável em virtude da
extinção do cargo, ou da decretação de sua
a) Pode ocorrer a pedido do funcionário. desnecessidade.

b) Pode ocorre de ofício, quando se tratar de


cargo em comissão. 45. Sobre as férias:

c) Ocorre a pedido quando se tratar de posse em a) O funcionário gozará trinta dias consecutivos,
outro cargo ou emprego da União, do Estado, do ou não, de férias por ano, de acordo com sua
Município, do Distrito Federal, dos Territórios, de necessidade.
Autarquia, de Empresas Públicas ou de
Sociedade de Economia Mista, ressalvados os b) O funcionário poderá gozar, por ano, mais de
casos de substituição, cargo de Governo ou de dois períodos de férias.
direção, cargo em comissão e acumulação legal
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c) O funcionário terá direito a férias após cada proporcionais, ressalvado o direito de opção pela
ano de exercício no Sistema Administrativo. retribuição financeira do serviço militar.

d) É permitido levar à conta de férias qualquer 55. Para acompanhar o cônjuge, também
falta ao serviço. servidor público, o funcionário terá direito a
licença sem vencimento quando, de ofício, o
46. A licença não dependente de inspeção cônjuge for mandado servir em outro ponto do
médica, mas terá a duração que for indicada no Estado, do Território Nacional, ou no Exterior.
respectivo laudo. Findo esse prazo, o paciente
será submetido então a inspeção, devendo o 56. Poderá ser autorizado o afastamento, até
laudo concluir pela volta do funcionário ao quatro horas diárias, ao funcionário que
exercício, pela prorrogação da licença ou, se for frequente curso regular de 1º e 2º graus ou de
o caso, pela aposentadoria. ensino superior. Sendo que a autorização poderá
dispor que a redução do horário dar-se-á por
47. A licença poderá ser determinada ou prorrogação do início ou antecipação do término
prorrogada, de ofício ou a pedido. do expediente, diário, conforme considerar mais
conveniente ao estudante e aos interesses da
48. Verificada a cura clínica, o funcionário repartição.
licenciado voltará ao exercício, ainda quando
deva continuar o tratamento, desde que 57. O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
comprovada por inspeção médica capacidade do Estado do Ceará − Lei no 9.826, de 14 de
para a atividade funcional. maio de 1974 − em sua redação vigente,
prescreve que:
49. O funcionário deve abster-se-á de qualquer
atividade remunerada durante a licença, sob A. a posse em cargo público é ato
pena de interrupção imediata da mesma licença, personalíssimo, não se admitindo a posse por
com perda total dos vencimentos, até que procuração.
reassuma o exercício. B. somente após o término do estágio
probatório dar-se- á a avaliação especial de
50. Serão proporcionais os vencimentos do desempenho do servidor público, resultando na
funcionário licenciado para tratamento de saúde. sua confirmação ou exoneração.
C. preso preventivamente, pronunciado por
51. O servidor poderá ser licenciado por motivo crime comum ou denunciado por crime
de doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do inafiançável, em processo em que não haja
qual não esteja separado e de companheiro(a), pronúncia, o servidor será afastado do exercício
desde que prove ser indispensável a sua de seu cargo até trânsito em julgado da decisão
assistência pessoal, mesmo que esta possa ser do juízo criminal.
prestada simultaneamente com exercício D. acesso é a elevação do funcionário à
funcional. classe imediatamente superior àquela em que se
encontra dentro da mesma série de classes na
52. Para a licença a gestante, a prorrogação de categoria funcional a que pertencer.
prazo será assegurada à servidora estadual E. em caso de afastamento para o trato de
mediante requerimento efetivado até o final do interesses particulares e caso deseje o cômputo
primeiro mês após o parto, e concedida do tempo para fins de aposentadoria, o servidor
imediatamente após a fruição da licença- deverá recolher mensalmente ao regime próprio
maternidade. de previdência dos servidores públicos
contribuição no valor de 11% (onze por cento) de
53. É vedado durante a prorrogação da licença- sua última remuneração.
maternidade tratada neste artigo o exercício de
qualquer atividade remunerada Pela servidora 58. Após três anos de efetivo exercício e mesmo
beneficiária, e a criança não poderá ser mantida antes da declaração de aquisição de estabilidade
em creches ou organização similar, sob pena da no cargo de provimento efetivo, o servidor
perda do direito do benefício e consequente poderá obter autorização de afastamento para
apuração da responsabilidade funcional. tratar de interesses particulares, por um período
não superior a quatro anos e sem percepção de
54. O funcionário que for convocado para o remuneração.
serviço militar será licenciado com vencimentos
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59. Vencimento é a retribuição correspondente


ao padrão, nível ou símbolo do cargo a que
esteja vinculado o funcionário, em razão do
efetivo exercício de função pública.

60. Será concedida ajuda de custo ao


funcionário que for designado, de ofício, para ter
exercício em nova sede, mesmo fora do Estado,
que destina-se à indenização das despesas de
viagem e de nova instalação do funcionário,
onde excederá três meses de vencimentos.

GABARITO:

1.d 2.b 3.d 4.a 5.a 6.d 7.c 8.a 9.a 10.c 11.C 12.E 13.c 14.C 15.C

16.E 17.C 18.E 19.C 20.E 21.d 22.a 23.C 24.C 25.E 26.C 27.C 28.E 29.C 30.C

31.E 32.E 33.C 34.C 35.C 36.E 37.C 38.C 39.c 40.E 41.d 42.C 43.C 44.E 45.c

46.E 47.C 48.C 49.C 50.E 51.E 52.C 53.C 54.E 55.C 56.E 57.c 58.E 59.C 60. E

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS trabalho seja executado no período


COMENTÁRIOS PROF: DANTAS compreendido entre
PROVA 1 (q 41-50) AGEPEN CE UECE 2011 A) 21 (vinte e uma) horas de um dia às 5 (cinco)
horas do dia seguinte.
41. Nos termos da Portaria 240/2010, relativa ao B) 22 (vinte e duas) horas de um dia às 5 (cinco)
Regimento Geral dos Estabelecimentos horas do dia seguinte.
Prisionais, compete ao Chefe de Segurança e C) 23 (vinte e três) horas de um dia às 6 (seis)
Disciplina, dentre outras atribuições, horas do dia seguinte.
D) 24 (vinte e quatro) horas de um dia às 6 (seis)
A) adotar medidas necessárias à preservação horas do dia seguinte.
dos Direitos e Garantias Individuais dos presos.
B) propor as conversões e as regressões, bem Comentários: LETRA B, 22 (vinte e duas)
como as progressões de regime dos presos. horas de um dia às 5 (cinco) horas do dia
C) presidir a Comissão Técnica de Classificação. seguinte, conforme o Art. 8º § 1º da Lei Nº
D) orientar os presos quanto aos seus direitos, 14.582, de 21 de dezembro de 2009.
deveres e normas de conduta a serem
observados, quando de sua chegada à Unidade. 43. Nos termos do Regimento Geral dos
Estabelecimentos Prisionais do Estado do
Comentários: LETRA D, conforme Art.23, I da Ceará, NÃO compete ao Diretor da Unidade
Portaria 240/2010. Prisional.

A) dirigir, coordenar e orientar os trabalhos


42. Nos termos do art. 8º, § 1º da Lei Nº 14.582, técnicos, administrativos, operacionais, laborais,
de 21 de dezembro de 2009, o adicional por educativos, religiosos, esportivos e culturais da
trabalho noturno é devido ao servidor cujo Unidade respectiva.
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B) adotar medidas necessárias à preservação estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela


dos Direitos e Garantias Individuais dos presos. ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
C) visitar os presos nas dependências do
Estabelecimento, anotar suas reclamações e
pedidos, procurando solucioná-los de modo 46. De acordo com o estabelecido no art. 182 da
adequado, no âmbito de sua competência ou Lei Estadual 9.926 de 14 de maio de 1974 que
encaminhá-los ao órgão competente, dispõe sobre direitos, deveres e regime
observando as normas de segurança. disciplinar dos Funcionários Públicos Civis do
D) analisar e deferir os pedidos de progressão Estado do Ceará, contado a partir da data de
de regime dos presos que tenham tal direito. ocorrência do ilícito, o número de anos para
prescrição do direito ao exercício do poder
Comentários: LETRA D, conforme o Art.19 I disciplinar é
ao XI do Regimento Geral, tal competência é A) dois.
da autoridade judiciária o juiz. B) três.
C) quatro.
44. Conforme art. 164, portaria 240/2010, o D) cinco.
detento poderá remir parte do tempo de Comentários: LETRA D, conforme o Art. 182.
condenação, à razão de “O direito ao exercício do poder disciplinar
A) um dia de pena por três trabalhados. prescreve passados cinco anos da data em
B) dois dias de pena por quatro trabalhados. que o ilícito tiver ocorrido”.
C) três dias de pena por um trabalhado.
D) quatro dias de pena por dois trabalhados. 47. De acordo com a portaria 240/2010, no que
concerne ao Conselho Disciplinar, analise as
Comentários: LETRA A, conforme o Art. 164 § afirmações a seguir:
3º da Portaria 240/2010 c/c o Art. 126 § 1º da I. O Conselho Disciplinar é um órgão colegiado
Lei de Execução Penal. 7210/84 formado pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de
Segurança e Disciplina, por um Assistente
45.No que concerne ao Regimento Geral dos Social, um Psicólogo e por um agente
Estabelecimentos Prisionais, nos termos do penitenciário de notória experiência.
art.13, Parágrafo Único da Portaria 240/2010, o II. É da competência do Conselho Disciplinar
prédio destinado à Casa do Albergado deverá conhecer, analisar, processar e julgar as faltas
situar-se em disciplinares cometidas pelos internos, aplicando
A) centro urbano, separado dos demais a sanção disciplinar adequada à falta cometida,
estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela assegurados o contraditório e a ampla defesa
ausência de obstáculos físicos contra a fuga. por Defensor Público ou
B) zona rural, separado dos demais Advogado constituído pelo interno.
estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela III. Supervisionar os serviços de copa e de
ausência de obstáculos físicos contra a fuga. cozinha faz parte da competência do Conselho
C) centro urbano, separado dos demais Disciplinar.
estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela IV. É atribuição do Conselho Disciplinar exercer
presença discreta de obstáculos físicos contra a a vigilância em conjunto com os agentes
fuga. penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo
D) zona rural, separado dos demais cumprir as normas e regulamentos do
estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela estabelecimento penal.
presença discreta de obstáculos físicos contra a Está correto o que se afirma em
fuga. A) I, III e IV apenas.
B) III e IV apenas.
Comentários: LETRA A, conforme, Art.15- A C) I e II apenas.
Casa do Albergado destina-se ao D) I, II, III e IV.
cumprimento da pena privativa de liberdade
em regime aberto e da pena restritiva de Comentários: LETRA C, conforme o Art. 25, I
direitos consistente em limitação de fim de e II Do Regimento Geral dos
semana, acolhendo pessoas do sexo Estabelecimentos Prisionais do Ceará.
masculino e feminino, garantindo-se a
separação adequada com vistas à 48. Conforme disposição do art.173, inciso da
individualização das penas. Lei Estadual 9.926 de 14 de maio de 1974, o
número de meses de vencimento ou provento
§1º - O prédio deverá situar-se em centro concedido como auxílio funeral à família do
urbano, separado dos demais
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funcionário falecido, mesmo que aposentado, Está correta, de cima para baixo, a sequência:
corresponde a A) V, V, F, F, V.
A) um. B) F, F, V, V, F.
B) dois. C) F, V, V, F, V.
C) três. D) V, F, F, V, F.
D) seis.
Comentários: LETRA A.
Comentários: LETRA A, conforme Art.173 da V. Art. 68, II do Estatuto dos Funcionários
Lei 9926/74. - Será concedido auxílio funeral à Públicos Civis do Ceará.
família do funcionário falecido, V.
correspondente a 01 (um) mês de seus F. Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude
vencimentos ou proventos, limitado o de concurso público adquire estabilidade
pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um mil e depois de decorridos dois anos de efetivo
duzentos reais). exercício. (Ver CF/88, art. 41, e ver Lei nº
Parágrafo único - Quando não houver pessoa 13.092, de 08.01.2001).
da família do funcionário no local do F. Art. 19 - Posse é o fato que completa a
falecimento, o auxílio-funeral será pago a investidura em cargo público.
quem promover o enterro, mediante V.
comprovação das despesas.

50. Nos termos do art.152, inciso II da Lei


49. Considere as afirmações a seguir, tomando Estadual 9.926 de 14 de maio de 1974, o
por base a Lei Estadual 9.926 de 14 de maio de funcionário será aposentado compulsoriamente
1974 e, em seguida, assinale com V a afirmação aos
verdadeira e com F, a falsa: A) sessenta anos de idade.
( ) Será considerado de efetivo exercício o B) sessenta e cinco anos de idade.
afastamento por até oito dias, em virtude de C) setenta anos de idade.
casamento. D) setenta e cinco anos de idade.
( ) O período de férias não gozadas será
contado em dobro, para efeitos de Comentários: LETRA C, conforme Art 152,
disponibilidade e aposentadoria. inciso II Da Lei 9926/74.
( ) O funcionário nomeado em virtude de
concurso público somente adquire estabilidade Art. 152. O servidor será aposentado,
depois de decorridos quatro anos de efetivo conforme as regras estabelecidas no art. 40
exercício. da Constituição Federal.
( ) A nomeação é o fato que completa a
investidura em cargo público.
( ) Assiduidade, urbanidade e discrição
configuram o dever geral do funcionário.
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PROGRAMA PROVA NOÇÕES DE DIREITO § 2º - A omissão é penalmente relevante quando


PENAL AGEPEN SEJUS CEARÁ 2011 - UECE o omitente devia e podia agir para evitar o
Direito Penal: resultado. O dever de agir incumbe a quem:
1. Do crime (artigo 13 a 25).
2. Das Penas (artigos 32 a 52). a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção
3. Dos crimes contra a honra (artigos 138 a ou vigilância;
145). b) de outra forma, assumiu a responsabilidade
4. Dos crimes contra a pessoa (artigos 121 a
de impedir o resultado;
154).
c) com seu comportamento anterior, criou o risco
5. Dos crimes contra a liberdade pessoal
(artigos 146 a 150). da ocorrência do resultado.
6. Dos crimes contra o patrimônio (artigos 155 a
180).
7. Dos crimes praticados por funcionário público Art. 14 - Diz-se o crime:
contra a Administração em Geral (artigos 312 Crime consumado
a 327). I - consumado, quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal;
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Crime tentado
TÍTULO II II - tentado, quando, iniciada a execução, não se
DO CRIME consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Comentário: Adotando o critério quantitativo, o
art. 1. º da Lei de Introdução ao Código Penal Pena de tentativa
dispõe: Parágrafo único - Salvo disposição em contrário,
pune-se a tentativa com a pena correspondente
-Crime: infração penal a que a lei comina pena ao crime consumado, diminuída de um a dois
de reclusão ou detenção quer isolada, alternativa terços.
ou cumulativamente à pena de multa;
Desistência voluntária e arrependimento
-Contravenção penal: infração penal a que a lei eficaz
comina, isoladamente, pena de prisão simples Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste
ou multa, ou ambas, alternativa ou de prosseguir na execução ou impede que o
cumulativamente. resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados.
Relação de causalidade
Arrependimento posterior
Art. 13 - O resultado, de que depende a Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou
existência do crime, somente é imputável a grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação restituída a coisa, até o recebimento da denúncia
ou omissão sem a qual o resultado não teria ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
ocorrido. pena será reduzida de um a dois terços.

Superveniência de causa independente Crime impossível


Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por
Comentário: Superveniencia = Fato ou efeito
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
de sobrevir, de acontecer de modo imprevisto
impropriedade do objeto, é impossível consumar-
ou em seguida a outro evento.
§ 1º - A superveniência de causa relativamente se o crime.
independente exclui a imputação quando, por si
só, produziu o resultado; os fatos anteriores, Art. 18 - Diz-se o crime:
entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Crime doloso
Relevância da omissão
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I - doloso, quando o agente quis o resultado ou Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do
assumiu o risco de produzi-lo; tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
Comentário: O crime doloso, também punição por crime culposo, se previsto em lei.
chamado de crime ou dano comissivo ou
intencional, é aquele em que o agente prevê o Descriminantes putativas
resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, § 1º - É isento de pena quem, por erro
leva-a adiante, ocasionando o resultado. plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria
a ação legítima. Não há isenção de pena quando
o erro deriva de culpa e o fato é punível como
Crime culposo crime culposo.
II - culposo, quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, negligência ou Erro determinado por terceiro
imperícia. § 2º - Responde pelo crime o terceiro que
Comentário: Culpa Inconsciente ou Pré- determina o erro.
Consciente: é uma conduta voluntária, sem
intenção de produzir o resultado ilícito, porém, Erro sobre a pessoa
previsível, que poderia ser evitado. A conduta § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o
deve ser resultado de negligência, imperícia ou crime é praticado não isenta de pena. Não se
imprudência. consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
Exemplos: quem o agente queria praticar o crime.

Imprudência: art. 121, § 3º do Código Penal Erro sobre a ilicitude do fato


(CP) - Homicídio culposo. Art. 21 - O desconhecimento da lei é
inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se
A pessoa que dirige em estrada, com sono, inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
resultando em acidente fatal a outrem. diminuí-la de um sexto a um terço.
Negligência: art. 121, § 3º do CP - Homicídio
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se
culposo.
o agente atua ou se omite sem a consciência da
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
A pessoa que esquece filho recém-nascido no
interior do carro, resultando em morte por circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
asfixiamento.
Coação irresistível e obediência
Imperícia: art. 129, § 6º do CP - Lesão corporal hierárquica
culposa. Pessoa iniciante na prática de artes Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação
marciais, durante o treinamento, causa lesão irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
corporal em alguém, ao manejar manifestamente ilegal, de superior hierárquico,
incorretamente arma cortante. só é punível o autor da coação ou da ordem.

Exclusão de ilicitude
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto fato:
como crime, senão quando o pratica
dolosamente. I - em estado de necessidade;

Agravação pelo resultado II - em legítima defesa;


Art. 19 - Pelo resultado que agrava
especialmente a pena, só responde o agente
que o houver causado ao menos culposamente. III - em estrito cumprimento de dever legal ou no
exercício regular de direito.
Erro sobre elementos do tipo Comentário: trata-se de ação praticada
em cumprimento de um dever imposto por
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lei, penal ou extrapenal, mesmo que cause detenção, em regime semiaberto, ou aberto,
lesão à bem jurídico de terceiro. Ex.: a salvo necessidade de transferência a regime
execução de pena de morte feita pelo fechado.
carrasco; a morte do inimigo no campo de
batalha produzida pelo soldado em tempo § 1º - Considera-se:
de Guerra. a) regime fechado a execução da pena em
estabelecimento de segurança máxima ou
média;
b) regime semiaberto a execução da pena em
Excesso punível colônia agrícola, industrial ou estabelecimento
Parágrafo único - O agente, em qualquer das similar;
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso c) regime aberto a execução da pena em casa
doloso ou culposo. de albergado ou estabelecimento adequado.

Estado de necessidade § 2º - As penas privativas de liberdade


Art. 24 - Considera-se em estado de deverão ser executadas em forma progressiva,
necessidade quem pratica o fato para salvar de segundo o mérito do condenado, observados os
perigo atual, que não provocou por sua vontade, seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de
nem podia de outro modo evitar, direito próprio transferência a regime mais rigoroso:
ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se. a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos
deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
§ 1º - Não pode alegar estado de b) o condenado não reincidente, cuja pena seja
necessidade quem tinha o dever legal de superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8
enfrentar o perigo. (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o regime semi-aberto;
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá c) o condenado não reincidente, cuja pena seja
ser reduzida de um a dois terços. igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde
o início, cumpri-la em regime aberto.
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, § 3º - A determinação do regime inicial de
usando moderadamente dos meios necessários, cumprimento da pena far-se-á com observância
repele injusta agressão, atual ou iminente, a dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
direito seu ou de outrem.
§ 4o O condenado por crime contra a
administração pública terá a progressão de
TÍTULO V regime do cumprimento da pena condicionada à
DAS PENAS reparação do dano que causou, ou à devolução
CAPÍTULO I do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais.
DAS ESPÉCIES DE PENA
Regras do regime fechado
Art. 32 - As penas são: Art. 34 - O condenado será submetido, no início
I - privativas de liberdade; do cumprimento da pena, a exame criminológico
II - restritivas de direitos; de classificação para individualização da
III - de multa. execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no
SEÇÃO I período diurno e a isolamento durante o repouso
DAS PENAS PRIVATIVAS DE noturno.
LIBERDADE § 2º - O trabalho será em comum dentro do
estabelecimento, na conformidade das aptidões
Reclusão e detenção ou ocupações anteriores do condenado, desde
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida que compatíveis com a execução da pena.
em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de
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§ 3º - O trabalho externo é admissível, no preso, os critérios para revogação e


regime fechado, em serviços ou obras públicas. transferência dos regimes e estabelecerá as
infrações disciplinares e correspondentes
Regras do regime semiaberto sanções.
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste
Código, caput, ao condenado que inicie o Superveniência de doença mental
cumprimento da pena em regime semiaberto. Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em mental deve ser recolhido a hospital de custódia
comum durante o período diurno, em colônia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro
agrícola, industrial ou estabelecimento similar. estabelecimento adequado.
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem
como a freqüência a cursos supletivos Detração
profissionalizantes, de instrução de segundo Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de
grau ou superior. liberdade e na medida de segurança, o tempo de
prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o
de prisão administrativa e o de internação em
Regras do regime aberto qualquer dos estabelecimentos referidos no
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na artigo anterior.
autodisciplina e senso de responsabilidade do
condenado. SEÇÃO II
§ 1º - O condenado deverá, fora do DAS PENAS RESTRITIVAS DE
estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, DIREITOS
freqüentar curso ou exercer outra atividade
autorizada, permanecendo recolhido durante o
período noturno e nos dias de folga. Penas restritivas de direitos
§ 2º - O condenado será transferido do regime Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
aberto, se praticar fato definido como crime I - prestação pecuniária;
doloso, se frustrar os fins da execução ou se, II - perda de bens e valores;
podendo, não pagar a multa cumulativamente III - limitação de fim de semana.
aplicada. IV - prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas;
V - interdição temporária de direitos;
Regime especial VI - limitação de fim de semana.
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em
estabelecimento próprio, observando-se os Características das penas restritivas de
deveres e direitos inerentes à sua condição direitos
pessoal, bem como, no que couber, o disposto Art. 44. As penas restritivas de direitos são
neste Capítulo. autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando:
Direitos do preso I – aplicada pena privativa de liberdade não
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não superior a quatro anos e o crime não for
atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a cometido com violência ou grave ameaça à
todas as autoridades o respeito à sua integridade pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada,
física e moral. se o crime for culposo;
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
Trabalho do preso III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta
Art. 39 - O trabalho do preso será sempre social e a personalidade do condenado, bem
remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios como os motivos e as circunstâncias indicarem
da Previdência Social. que essa substituição seja suficiente.
§ 1o (VETADO)
Legislação especial § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a
Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria substituição pode ser feita por multa ou por uma
prevista nos arts. 38 e 39 deste Código, bem pena restritiva de direitos; se superior a um ano,
como especificará os deveres e direitos do a pena privativa de liberdade pode ser
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substituída por uma pena restritiva de direitos e


multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o A perda de bens e valores pertencentes aos
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz condenados dar-se-á, ressalvada a legislação
poderá aplicar a substituição, desde que, em especial, em favor do Fundo Penitenciário
face de condenação anterior, a medida seja Nacional, e seu valor terá como teto – o que for
socialmente recomendável e a reincidência não maior – o montante do prejuízo causado ou do
se tenha operado em virtude da prática do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em
mesmo crime. conseqüência da prática do crime.
§ 4o (VETADO)
Comentário: a reincidência ocorre quando o
agente, após ter sido condenado definitivamente Prestação de serviços à comunidade ou a
por outro crime, comete novo delito, desde que entidades públicas
não tenha transcorrido o prazo de cinco anos Art. 46. A prestação de serviços à comunidade
entre a data do cumprimento ou extinção da ou a entidades públicas é aplicável às
pena e a prática da nova infração. condenações superiores a seis meses de
privação da liberdade.
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a
entidades públicas consiste na atribuição de
Conversão da pena restritiva de direitos em tarefas gratuitas ao condenado.
pena privativa de liberdade § 2o A prestação de serviço à comunidade dar-
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em se-á em entidades assistenciais, hospitais,
privativa de liberdade quando ocorrer o escolas, orfanatos e outros estabelecimentos
descumprimento injustificado da restrição congêneres, em programas comunitários ou
imposta. No cálculo da pena privativa de estatais.
liberdade a executar será deduzido o tempo § 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão
cumprido da pena restritiva de direitos, atribuídas conforme as aptidões do condenado,
respeitado o saldo mínimo de trinta dias de devendo ser cumpridas à razão de uma hora de
detenção ou reclusão. tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a
não prejudicar a jornada normal de trabalho.
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de § 4o Se a pena substituída for superior a um ano,
liberdade, por outro crime, o juiz da execução é facultado ao condenado cumprir a pena
penal decidirá sobre a conversão, podendo substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca
deixar de aplicá-la se for possível ao condenado inferior à metade da pena privativa de liberdade
cumprir a pena substitutiva anterior. fixada.

Conversão das penas restritivas de direitos Interdição temporária de direitos


Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no Art. 47 - As penas de interdição temporária de
artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e direitos são:
dos arts. 46, 47 e 48. I - proibição do exercício de cargo, função ou
atividade pública, bem como de mandato eletivo;
Pena de prestação pecuniária II - proibição do exercício de profissão, atividade
§ 1o A prestação pecuniária consiste no ou ofício que dependam de habilitação especial,
pagamento em dinheiro à vítima, a seus de licença ou autorização do poder público;
dependentes ou a entidade pública ou privada III - suspensão de autorização ou de habilitação
com destinação social, de importância fixada para dirigir veículo.
pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo IV – proibição de freqüentar determinados
nem superior a 360 (trezentos e sessenta) lugares.
salários mínimos. O valor pago será deduzido do V - proibição de inscrever-se em concurso,
montante de eventual condenação em ação de avaliação ou exame públicos.
reparação civil, se coincidentes os beneficiários.
Limitação de fim de semana
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste
aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária na obrigação de permanecer, aos sábados e
pode consistir em prestação de outra natureza. domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa
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de albergado ou outro estabelecimento b) aplicada cumulativamente com pena restritiva


adequado. de direitos;
Parágrafo único - Durante a permanência c) concedida a suspensão condicional da pena.
poderão ser ministrados ao condenado cursos e § 2º - O desconto não deve incidir sobre os
palestras ou atribuídas atividades educativas. recursos indispensáveis ao sustento do
condenado e de sua família.
SEÇÃO III
DA PENA DE MULTA Conversão da Multa e revogação
Modo de conversão.
Multa Art. 51 - Transitada em julgado a sentença
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento condenatória, a multa será considerada dívida de
ao fundo penitenciário da quantia fixada na valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação
sentença e calculada em dias-multa. Será, no relativa à dívida ativa da Fazenda Pública,
mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 inclusive no que concerne às causas
(trezentos e sessenta) dias-multa. interruptivas e suspensivas da prescrição.

§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz § 1º - e § 2º - (revogados)


não podendo ser inferior a um trigésimo do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, Suspensão da execução da multa
nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. Art. 52 - É suspensa a execução da pena de
multa, se sobrevém ao condenado doença
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando mental.
da execução, pelos índices de correção
monetária.

Pagamento da multa
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10
(dez) dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e
conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir
que o pagamento se realize em parcelas
mensais.
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se
mediante desconto no vencimento ou salário do
condenado quando:
a) aplicada isoladamente;
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Obs: apresentamos a seguir alguns tópicos relevantes para um maior embasamento do


aluno na disciplina ora estudada:

1. A tipicidade da conduta consiste no nome que se dá ao enquadramento da conduta


concretizada pelo agente na norma penal descrita em abstrato. Isto é, para que haja crime é
necessário que o sujeito realize, no caso concreto, todos os elementos componentes da
descrição típica (definição legal do delito). Não confundir ainda “tipicidade” com “tipo penal”, pois
tipo é uma figura que resulta da imaginação do legislador, enquanto juízo de tipicidade é a
averiguação que se efetua sobre uma conduta para saber se apresenta os caracteres
imaginados pelo legislador. O tipo penal é composto por elementos (é todo componente
essencial do tipo sem o qual este desaparece ou se transforma em outra figura típica) e
circunstâncias (não servindo para compor a essência do crime, mas sim para influir na pena).
Assim, quando você ouvir dizer que determinada causa é excludente da tipicidade, é que por ela
a conduta praticada deixa de possuir os elementos necessários para o enquadramento no tipo
penal. São exemplos mais comuns: erro de tipo inevitável, invencível, escusável; desistência
voluntária e arrependimento eficaz; coação física irresistível; crime impossível e a aplicação do
princípio da insignificância.
2. A ilicitude é a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, consistindo na
prática de uma ação ou omissão ilegal. Isto é, a conduta é contrária ao Direito. A princípio todo
fato típico também é ilícito. Contudo, por vezes, mesmo que uma pessoa cometa uma conduta
típica, há na lei exceções permissivas para sua conduta, de modo que não há ilicitude da ação.
Por exemplo: matar alguém como legítima defesa, a lei considera que a conduta não é ilícita.
Note-se, quando isso ocorre, o fato permanece típico, mas não há crime, excluindo-se a ilicitude,
e sendo ela requisito do crime, fica excluído o próprio delito; em consequência, o sujeito deve ser
absolvido. São causas que excluem a ilicitude do fato: estado de necessidade; legítima defesa;
estrito cumprimento de dever legal; exercício regular de direito.

3. A culpabilidade é a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma


infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como “juízo de censurabilidade” e
“reprovação” exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. “Não se trata de
elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena”. Na culpabilidade afere-se apenas
se o agente deve ou não responder pelo crime cometido. Segundo o Código penal são
elementos da culpabilidade: a imputabilidade; a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade
de conduta diversa. Com isso, caso existam circunstâncias que afastem esses elementos, por
exemplo, a inimputabilidade do menor de 18 anos, o fato deixa de ser culpável. As excludentes
de culpabilidade são: doença mental; menoridade; embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior; erro de proibição; coação moral irresistível e obediência hierárquica.
4. Por fim, a punibilidade dispõe sobre a possibilidade jurídica de o Estado impor a sanção
ao responsável pela infração penal. Assim, praticada a infração penal, nasce a punibilidade.
Contudo, é importante destacar que esta possibilidade do Estado não é eterna, daí porque
existem causas que extinguem a punibilidade, o direito de punir estatal (jus puniendi). São
causas de extinção da punibilidade: morte do agente; anistia, graça ou indulto; abolitio criminis
(lei deixa de considerar fato como criminoso); prescrição, decadência ou perempção; renúncia do
direito de queixa; perdão do ofendido; retratação do agente e perdão judicial. Com isso, podemos
considerar a existência de etapas sucessivas de raciocínio, de maneira que, ao se chegar à
punibilidade, já se constatou ter ocorrido uma infração penal culpável. Assim, verifica-se, em
primeiro lugar, se o fato é típico ou não; em seguida, em caso afirmativo, a sua ilicitude; depois
se passa ao exame da possibilidade de responsabilização do autor, ou seja, se este é culpável e,
só a partir de então, é que se passa a análise da possibilidade de imposição da sanção ao
responsável por sua prática.
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PARTE ESPECIAL II - menosprezo ou discriminação à condição de


TÍTULO I mulher.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
CAPÍTULO I Homicídio culposo
DOS CRIMES CONTRA A VIDA § 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém: Aumento de pena
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada
de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
Caso de diminuição de pena (homicídio inobservância de regra técnica de profissão,
privilegiado) arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por imediato socorro à vítima, não procura diminuir
motivo de relevante valor social ou moral, ou as conseqüências do seu ato, ou foge para
sob o domínio de violenta emoção, logo em evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
seguida a injusta provocação da vítima, o juiz homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido: § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz
I - mediante paga ou promessa de recompensa, poderá deixar de aplicar a pena, se as
ou por outro motivo torpe; conseqüências da infração atingirem o próprio
II - por motivo futil; agente de forma tão grave que a sanção penal
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, se torne desnecessária.
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum; Aumento de pena em caso de milícia, serviço
IV - à traição, de emboscada, ou mediante de segurança ou grupo de extermínio.
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até
torne impossivel a defesa do ofendido; a metade se o crime for praticado por milícia
V - para assegurar a execução, a ocultação, a privada, sob o pretexto de prestação de serviço
impunidade ou vantagem de outro crime: de segurança, ou por grupo de extermínio.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Aumento de pena do feminicídio
Feminicídio § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3
VI - contra a mulher por razões da condição de (um terço) até a metade se o crime for
sexo feminino: praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses
Homicídio contra agentes da Segurança posteriores ao parto;
Pública ou familiares II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos,
VII – contra autoridade ou agente descrito nos maior de 60 (sessenta) anos ou com
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, deficiência;
integrantes do sistema prisional e da Força III - na presença de descendente ou de
Nacional de Segurança Pública, no exercício da ascendente da vítima.
função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio.
até terceiro grau, em razão dessa condição: Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-
se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o
suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão
de sexo feminino quando o crime envolve: corporal de natureza grave.
I - violência doméstica e familiar; Parágrafo único - A pena é duplicada:
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Aumento de pena do crime de induzimento, II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é


instigação ou auxílio a suicídio. precedido de consentimento da gestante ou,
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; quando incapaz, de seu representante legal.
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por
qualquer causa, a capacidade de resistência. CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado Lesão corporal (leve)
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a
logo após: saúde de outrem:
Pena - detenção, de dois a seis anos. Pena - detenção, de três meses a um ano.

Aborto provocado pela gestante ou com seu Lesão corporal de natureza grave
consentimento § 1º Se resulta:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou I - Incapacidade para as ocupações habituais,
consentir que outrem lhe provoque: por mais de trinta dias;
Pena - detenção, de um a três anos. II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido
Aborto provocado por terceiro sem o ou função;
consentimento da gestante IV - aceleração de parto:
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento Pena - reclusão, de um a cinco anos.
da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos. Lesão corporal de natureza gravíssima

Aborto provocado por terceiro com o § 2° Se resulta:


consentimento da gestante I - Incapacidade permanente para o trabalho;
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento II - enfermidade incurável;
da gestante: III perda ou inutilização do membro, sentido ou
Pena - reclusão, de um a quatro anos. função;
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo IV - deformidade permanente;
anterior, se a gestante não é maior de quatorze V - aborto:
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o Pena - reclusão, de dois a oito anos.
consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência. Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias
Forma qualificada evidenciam que o agente não quis o resultado,
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos nem assumiu o risco de produzi-lo:
anteriores são aumentadas de um terço, se, em Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
conseqüência do aborto ou dos meios
empregados para provocá-lo, a gestante sofre Diminuição de pena
lesão corporal de natureza grave; e são § 4° Se o agente comete o crime impelido por
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, motivo de relevante valor social ou moral ou sob
lhe sobrevém a morte. o domínio de violenta emoção, logo em seguida
a injusta provocação da vítima, o juiz pode
Aborto necessário reduzir a pena de um sexto a um terço.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por Substituição da pena
médico:
I - se não há outro meio de salvar a vida da § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode
gestante; ainda substituir a pena de detenção pela de
multa, de duzentos mil réis a dois contos de
Aborto no caso de gravidez resultante de réis:
estupro I - se ocorre qualquer das hipóteses do
parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
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Obs: PERICLITAÇÃO: significa correr perigo


Lesão corporal culposa
§ 6° Se a lesão é culposa: Perigo de contágio venéreo
Pena - detenção, de dois meses a um ano. Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações
sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio
Aumento de pena de moléstia venérea, de que sabe ou deve
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se saber que está contaminado:
ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
do art. 121 deste Código. multa.
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § § 1º - Se é intenção do agente transmitir a
5º do art. 121. moléstia:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Lesão corporal em caso de violência § 2º - Somente se procede mediante
doméstica representação.
§ 9o Se a lesão for praticada contra
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou Perigo de contágio de moléstia grave
companheiro, ou com quem conviva ou tenha Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente outrem moléstia grave de que está
das relações domésticas, de coabitação ou de contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
hospitalidade: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três)
anos. Perigo para a vida ou saúde de outrem
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a
Aumento de pena para circunstâncias perigo direto e iminente:
cumulativas Pena - detenção, de três meses a um ano, se o
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste fato não constitui crime mais grave.
artigo, se as circunstâncias são as indicadas no Parágrafo único. A pena é aumentada de um
§ 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 sexto a um terço se a exposição da vida ou da
(um terço). saúde de outrem a perigo decorre do transporte
de pessoas para a prestação de serviços em
Aumento de pena no caso de lesão em estabelecimentos de qualquer natureza, em
pessoa portadora de deficiência desacordo com as normas legais.
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena
será aumentada de um terço se o crime for Abandono de incapaz
cometido contra pessoa portadora de Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu
deficiência. cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos
Lesão corporal contra agentes da Segurança riscos resultantes do abandono:
Pública ou familiares Pena - detenção, de seis meses a três anos.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade natureza grave:
ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Constituição Federal, integrantes do sistema § 2º - Se resulta a morte:
prisional e da Força Nacional de Segurança Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Pública, no exercício da função ou em Aumento de pena
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, § 3º - As penas cominadas neste artigo
companheiro ou parente consanguíneo até aumentam-se de um terço:
terceiro grau, em razão dessa condição, a pena I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
é aumentada de um a dois terços. II - se o agente é ascendente ou descendente,
cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.
CAPÍTULO III III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA
SAÚDE
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Exposição ou abandono de recém-nascido tratamento ou custódia, quer privando-a de


Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, alimentação ou cuidados indispensáveis, quer
para ocultar desonra própria: sujeitando-a a trabalho excessivo ou
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. inadequado, quer abusando de meios de
correção ou disciplina:
Exposição ou abandono de recém-nascido Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou
tendo como resultado lesão corporal multa.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de
natureza grave: § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de
Pena - detenção, de um a três anos. natureza grave:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Exposição ou abandono de recém-nascido § 2º - Se resulta a morte:
tendo como resultado morte
§ 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Pena - detenção, de dois a seis anos. § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o
crime é praticado contra pessoa menor de 14
(catorze) anos.
Omissão de socorro
Obs: omissão significa negligência,
descuido, descaso, negligência, falha. CAPÍTULO IV
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando DA RIXA
possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança Rixa
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida Obs: rixa significa contenda, discussão,
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente briga, tumulto, desavença, combate, luta.
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar
da autoridade pública: os contendores:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Pena - detenção, de quinze dias a dois meses,
ou multa.
Aumento de pena (em caso de lesão corporal Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão
de natureza grave ou morte) corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato
Parágrafo único - A pena é aumentada de da participação na rixa, a pena de detenção, de
metade, se da omissão resulta lesão corporal de seis meses a dois anos.
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
CAPÍTULO V
Condicionamento de atendimento médico- DOS CRIMES CONTRA A HONRA
hospitalar emergencial
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota Calúnia
promissória ou qualquer garantia, bem como o Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe
preenchimento prévio de formulários falsamente fato definido como crime:
administrativos, como condição para o Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e
atendimento médico-hospitalar emergencial: multa.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo
ano, e multa. falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Aumento de pena
Parágrafo único. A pena é aumentada até o Exceção da verdade
dobro se da negativa de atendimento resulta § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
lesão corporal de natureza grave, e até o triplo I - se, constituindo o fato imputado crime de
se resulta a morte. ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;
Maus-tratos II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de indicadas no nº I do art. 141;
pessoa sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino,
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III - se do crime imputado, embora de ação Exclusão do crime


pública, o ofendido foi absolvido por sentença Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação
irrecorrível. punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da
Difamação causa, pela parte ou por seu procurador;
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato II - a opinião desfavorável da crítica literária,
ofensivo à sua reputação: artística ou científica, salvo quando inequívoca a
Pena - detenção, de três meses a um ano, e intenção de injuriar ou difamar;
multa. III - o conceito desfavorável emitido por
Exceção da verdade funcionário público, em apreciação ou
Parágrafo único - A exceção da verdade informação que preste no cumprimento de dever
somente se admite se o ofendido é funcionário do ofício.
público e a ofensa é relativa ao exercício de Parágrafo único - Nos casos dos nºs. I e III,
suas funções. responde pela injúria ou pela difamação quem
lhe dá publicidade.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo lhe a Retratação
dignidade ou o decoro: Art. 143 - O querelado que, antes da sentença,
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. se retrata cabalmente da calúnia ou da
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: difamação, fica isento de pena.
I - quando o ofendido, de forma reprovável, Parágrafo único. Nos casos em que o
provocou diretamente a injúria; querelado tenha praticado a calúnia ou a
II - no caso de retorsão imediata, que consista difamação utilizando-se de meios de
em outra injúria. comunicação, a retratação dar-se-á, se assim
desejar o ofendido, pelos mesmos meios em
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias que se praticou a ofensa.
de fato, que, por sua natureza ou pelo meio Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases,
empregado, se considerem aviltantes: se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se
Pena - detenção, de três meses a um ano, e julga ofendido pode pedir explicações em juízo.
multa, além da pena correspondente à violência. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do
juiz, não as dá satisfatórias, responde pela
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de ofensa.
elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo
portadora de deficiência: somente se procede mediante queixa, salvo
Pena - reclusão de um a três anos e multa. quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência
resulta lesão corporal.
Disposições comuns Parágrafo único. Procede-se mediante
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo requisição do Ministro da Justiça, no caso do
aumentam-se de um terço, se qualquer dos inciso I do caput do art. 141 deste Código, e
crimes é cometido: mediante representação do ofendido, no caso
I - contra o Presidente da República, ou contra do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso
chefe de governo estrangeiro; do § 3o do art. 140 deste Código.
II - contra funcionário público, em razão de suas
funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio CAPÍTULO VI
que facilite a divulgação da calúnia, da DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
difamação ou da injúria. INDIVIDUAL
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos SEÇÃO I
ou portadora de deficiência, exceto no caso de DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
injúria. PESSOAL
Parágrafo único - Se o crime é cometido
mediante paga ou promessa de recompensa,
aplica-se a pena em dobro.
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Constrangimento ilegal Redução à condição análoga à de


Art. 146 - Constranger alguém, mediante escravo
violência ou grave ameaça, ou depois de lhe Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à
haver reduzido, por qualquer outro meio, a de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
capacidade de resistência, a não fazer o que a forçados ou a jornada exaustiva, quer
lei permite, ou a fazer o que ela não manda: sujeitando-o a condições degradantes de
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou trabalho, quer restringindo, por qualquer meio,
multa. sua locomoção em razão de dívida contraída
com o empregador ou preposto:
Aumento de pena Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa,
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e além da pena correspondente à violência.
em dobro, quando, para a execução do crime, § 1o Nas mesmas penas incorre quem:
se reúnem mais de três pessoas, ou há I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte
emprego de armas. por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se local de trabalho;
as correspondentes à violência. II – mantém vigilância ostensiva no local de
§ 3º - Não se compreendem na disposição trabalho ou se apodera de documentos ou
deste artigo: objetos pessoais do trabalhador, com o fim de
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o retê-lo no local de trabalho.
consentimento do paciente ou de seu § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime
representante legal, se justificada por iminente é cometido:
perigo de vida; I – contra criança ou adolescente;
II - a coação exercida para impedir suicídio. II – por motivo de preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou origem.
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito Tráfico de Pessoas
ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar,
causar-lhe mal injusto e grave: transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. pessoa, mediante grave ameaça, violência,
Parágrafo único - Somente se procede mediante coação, fraude ou abuso, com a finalidade
representação. de:
Sequestro e cárcere privado I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, corpo;
mediante seqüestro ou cárcere privado: II - submetê-la a trabalho em condições
Pena - reclusão, de um a três anos. análogas à de escravo;
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
anos: IV - adoção ilegal; ou
I – se a vítima é ascendente, descendente, V - exploração sexual
cônjuge ou companheiro do agente ou maior de Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
60 (sessenta) anos; multa.
II - se o crime é praticado mediante internação
da vítima em casa de saúde ou hospital; Casos de aumento de pena
III - se a privação da liberdade dura mais de § 1o A pena é aumentada de um terço até a
quinze dias. metade se:
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 I - o crime for cometido por funcionário público
(dezoito) anos; no exercício de suas funções ou a pretexto de
V – se o crime é praticado com fins exercê-las;
libidinosos. II - o crime for cometido contra criança,
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus- adolescente ou pessoa idosa ou com
tratos ou da natureza da detenção, grave deficiência;
sofrimento físico ou moral: III - o agente se prevalecer de relações de
Pena - reclusão, de dois a oito anos. parentesco, domésticas, de coabitação, de
hospitalidade, de dependência econômica, de
autoridade ou de superioridade hierárquica
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inerente ao exercício de emprego, cargo ou SEÇÃO III


função; ou DOS CRIMES CONTRA A
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
do território nacional.
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o Violação de correspondência
agente for primário e não integrar organização Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo
criminosa. de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

SEÇÃO II Sonegação ou destruição de


DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE correspondência
DO DOMICÍLIO § 1º - Na mesma pena incorre:
I - quem se apossa indevidamente de
correspondência alheia, embora não fechada e,
Violação de domicílio no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou
astuciosamente, ou contra a vontade expressa Violação de comunicação telegráfica,
ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou radioelétrica ou telefônica.
em suas dependências: II - quem indevidamente divulga, transmite a
Pena - detenção, de um a três meses, ou outrem ou utiliza abusivamente comunicação
multa. telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
em lugar ermo, ou com o emprego de violência III - quem impede a comunicação ou a
ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: conversação referida no número anterior;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho
além da pena correspondente à violência. radioelétrico, sem observância de disposição
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato legal.
é cometido por funcionário público, fora dos § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há
casos legais, ou com inobservância das dano para outrem.
formalidades estabelecidas em lei, ou com § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso
abuso do poder. de função em serviço postal, telegráfico,
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou radioelétrico ou telefônico:
permanência em casa alheia ou em suas Pena - detenção, de um a três anos.
dependências: § 4º - Somente se procede mediante
I - durante o dia, com observância das representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do
formalidades legais, para efetuar prisão ou outra § 3º.
diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando Correspondência comercial
algum crime está sendo ali praticado ou na Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou
iminência de o ser. empregado de estabelecimento comercial ou
§ 4º - A expressão "casa" compreende: industrial para, no todo ou em parte, desviar,
I - qualquer compartimento habitado; sonegar, subtrair ou suprimir correspondência,
II - aposento ocupado de habitação coletiva; ou revelar a estranho seu conteúdo:
III - compartimento não aberto ao público, onde Pena - detenção, de três meses a dois anos.
alguém exerce profissão ou atividade. Parágrafo único - Somente se procede
§ 5º - Não se compreendem na expressão mediante representação.
"casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra
habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a SEÇÃO IV
restrição do n.º II do parágrafo anterior; DOS CRIMES CONTRA A
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
gênero.
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Divulgação de segredo privadas, segredos comerciais ou industriais,


Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, informações sigilosas, assim definidas em lei,
conteúdo de documento particular ou de ou o controle remoto não autorizado do
correspondência confidencial, de que é dispositivo invadido:
destinatário ou detentor, e cuja divulgação Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
possa produzir dano a outrem: anos, e multa, se a conduta não constitui crime
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. mais grave.
§ 1º Somente se procede mediante
representação. § 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena
de um a dois terços se houver divulgação,
Divulgação de informações sigilosas comercialização ou transmissão a terceiro, a
§ 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações qualquer título, dos dados ou informações
sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, obtidos.
contidas ou não nos sistemas de informações § 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade
ou banco de dados da Administração Pública: se o crime for praticado contra:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e I - Presidente da República, governadores e
multa. prefeitos;
§ 2o Quando resultar prejuízo para a II - Presidente do Supremo Tribunal
Administração Pública, a ação penal será Federal;
incondicionada. III - Presidente da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, de Assembleia Legislativa de
Violação do segredo profissional Estado, da Câmara Legislativa do Distrito
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, Federal ou de Câmara Municipal; ou
segredo, de que tem ciência em razão de IV - dirigente máximo da administração direta e
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja indireta federal, estadual, municipal ou do
revelação possa produzir dano a outrem: Distrito Federal.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou
multa. Ação penal
Parágrafo único - Somente se procede mediante Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A,
representação. somente se procede mediante representação,
salvo se o crime é cometido contra a
Invasão de dispositivo informático administração pública direta ou indireta de
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, qualquer dos Poderes da União, Estados,
conectado ou não à rede de computadores, Distrito Federal ou Municípios ou contra
mediante violação indevida de mecanismo de empresas concessionárias de serviços
segurança e com o fim de obter, adulterar ou públicos.
destruir dados ou informações sem autorização
expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem TÍTULO II
ilícita: DOS CRIMES CONTRA O
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) PATRIMÔNIO
ano, e multa. CAPÍTULO I
DO FURTO
§ 1o Na mesma pena incorre quem produz,
oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo Furto
ou programa de computador com o intuito de Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa
permitir a prática da conduta definida no caput. alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o
terço se da invasão resulta prejuízo crime é praticado durante o repouso noturno.
econômico. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno
valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la
conteúdo de comunicações eletrônicas
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de um a dois terços, ou aplicar somente a pena § 2º - A pena aumenta-se de um terço até


de multa. metade:
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia I - se a violência ou ameaça é exercida com
elétrica ou qualquer outra que tenha valor emprego de arma;
econômico. II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de
Furto qualificado valores e o agente conhece tal circunstância.
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, IV - se a subtração for de veículo automotor que
e multa, se o crime é cometido: venha a ser transportado para outro Estado ou
I - com destruição ou rompimento de obstáculo para o exterior;
à subtração da coisa; V - se o agente mantém a vítima em seu poder,
II - com abuso de confiança, ou mediante restringindo sua liberdade.
fraude, escalada ou destreza; § 3º Se da violência resulta lesão corporal
III - com emprego de chave falsa; grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
IV - mediante concurso de duas ou mais anos, além da multa; se resulta morte, a
pessoas. reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo
da multa.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos,
se a subtração for de veículo automotor que Extorsão
venha a ser transportado para outro Estado ou Art. 158 - Constranger alguém, mediante
para o exterior. violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
(cinco) anos se a subtração for de semovente deixar de fazer alguma coisa:
domesticável de produção, ainda que abatido ou Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
dividido em partes no local da subtração. § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se
Furto de coisa comum a pena de um terço até metade.
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante
sócio, para si ou para outrem, a quem violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
legitimamente a detém, a coisa comum: § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou da liberdade da vítima, e essa condição é
multa. necessária para a obtenção da vantagem
§ 1º - Somente se procede mediante econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a
representação. 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa corporal grave ou morte, aplicam-se as penas
comum fungível, cujo valor não excede a quota previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,
a que tem direito o agente. respectivamente.

CAPÍTULO II Extorsão mediante seqüestro


DO ROUBO E DA EXTORSÃO Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de
Roubo obter, para si ou para outrem, qualquer
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou vantagem, como condição ou preço do
para outrem, mediante grave ameaça ou resgate:
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e
resistência: quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo o crime é cometido por bando ou quadrilha.
depois de subtraída a coisa, emprega violência Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de
assegurar a impunidade do crime ou a detenção natureza grave:
da coisa para si ou para terceiro. Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro
anos.
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§ 3º - Se resulta a morte: Supressão ou alteração de marca em


Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. animais
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente,
concorrente que o denunciar à autoridade, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
facilitando a libertação do sequestrado, terá sua indicativo de propriedade:
pena reduzida de um a dois terços. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e
multa.
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de CAPÍTULO IV
dívida, abusando da situação de alguém, DO DANO
documento que pode dar causa a procedimento Dano
criminal contra a vítima ou contra terceiro: Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

CAPÍTULO III Dano qualificado


DA USURPAÇÃO Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
Obs: Usurpação: ato de tomar à força ou de II - com emprego de substância inflamável ou
forma fraudulenta, apoderar-se, apropriar-se, explosiva, se o fato não constitui crime mais
apossar-se, tomar, extorquir, roubar, furtar, grave;
obter, dispor, pegar, levar, açambarcar, III - contra o patrimônio da União, Estado,
assenhorear-se, senhorear-se. Município, empresa concessionária de serviços
públicos ou sociedade de economia mista;
Alteração de limites IV - por motivo egoístico ou com prejuízo
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, considerável para a vítima:
ou qualquer outro sinal indicativo de linha Pena - detenção, de seis meses a três anos, e
divisória, para apropriar-se, no todo ou em multa, além da pena correspondente à violência.
parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Introdução ou abandono de animais em
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: propriedade alheia
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em
Usurpação de águas propriedade alheia, sem consentimento de
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de quem de direito, desde que o fato resulte
outrem, águas alheias; prejuízo:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses,
Esbulho possessório ou multa.
Esbulho: é o ato pelo qual o possuidor se vê
privado da posse, violenta ou clandestinamente, Dano em coisa de valor artístico,
e ainda por abuso de confiança. Todos aqueles arqueológico ou histórico
que sofrem o esbulho na sua posse, podem ser Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa
restituídos por meio de desforço imediato ou tombada pela autoridade competente em virtude
ação de reintegração de posse. de valor artístico, arqueológico ou histórico:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e
multa.
II - invade, com violência a pessoa ou grave
ameaça, ou mediante concurso de mais de duas Alteração de local especialmente
pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim protegido
de esbulho possessório. Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre competente, o aspecto de local especialmente
também na pena a esta cominada. protegido por lei:
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
emprego de violência, somente se procede multa.
mediante queixa.
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Ação penal § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena


Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do ou aplicar somente a de multa se o agente for
seu parágrafo e do art. 164, somente se primário e de bons antecedentes, desde que:
procede mediante queixa. I – tenha promovido, após o início da ação fiscal
e antes de oferecida a denúncia, o pagamento
CAPÍTULO V da contribuição social previdenciária, inclusive
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA acessórios; ou
II – o valor das contribuições devidas, inclusive
acessórios, seja igual ou inferior àquele
Apropriação indébita estabelecido pela previdência social,
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de administrativamente, como sendo o mínimo
que tem a posse ou a detenção: para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Apropriação de coisa havida por erro, caso
Aumento de pena fortuito ou força da natureza
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia
o agente recebeu a coisa: vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou
I - em depósito necessário; força da natureza:
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou multa.
depositário judicial; Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Apropriação de tesouro
Apropriação indébita previdenciária I - quem acha tesouro em prédio alheio e se
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência apropria, no todo ou em parte, da quota a que
social as contribuições recolhidas dos tem direito o proprietário do prédio;
contribuintes, no prazo e forma legal ou
convencional: Apropriação de coisa achada
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e II - quem acha coisa alheia perdida e dela se
multa. apropria, total ou parcialmente, deixando de
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de
de: entregá-la à autoridade competente, dentro no
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou prazo de quinze dias.
outra importância destinada à previdência social Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo,
que tenha sido descontada de pagamento aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
efetuado a segurados, a terceiros ou
arrecadada do público; CAPÍTULO VI
II – recolher contribuições devidas à previdência DO ESTELIONATO E OUTRAS
social que tenham integrado despesas FRAUDES
contábeis ou custos relativos à venda de
produtos ou à prestação de serviços; Estelionato
III - pagar benefício devido a segurado, quando Art. 171 - Obter, para si ou para outrem,
as respectivas cotas ou valores já tiverem sido vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
reembolsados à empresa pela previdência ou mantendo alguém em erro, mediante artifício,
social. ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa,
Extinção da punibilidade de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno
espontaneamente, declara, confessa e efetua o valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena
pagamento das contribuições, importâncias ou conforme o disposto no art. 155, § 2º.
valores e presta as informações devidas à § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação fiscal. Disposição de coisa alheia como própria
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I - vende, permuta, dá em pagamento, em Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá


locação ou em garantia coisa alheia como aquele que falsificar ou adulterar a escrituração
própria; do Livro de Registro de Duplicatas.

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa Abuso de incapazes


própria Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio,
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em de necessidade, paixão ou inexperiência de
garantia coisa própria inalienável, gravada de menor, ou da alienação ou debilidade mental de
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu outrem, induzindo qualquer deles à prática de
vender a terceiro, mediante pagamento em ato suscetível de produzir efeito jurídico, em
prestações, silenciando sobre qualquer dessas prejuízo próprio ou de terceiro:
circunstâncias; Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

Defraudação de penhor Induzimento à especulação


III - defrauda, mediante alienação não Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio,
consentida pelo credor ou por outro modo, a da inexperiência ou da simplicidade ou
garantia pignoratícia, quando tem a posse do inferioridade mental de outrem, induzindo-o à
objeto empenhado; prática de jogo ou aposta, ou à especulação
com títulos ou mercadorias, sabendo ou
devendo saber que a operação é ruinosa:
Fraude na entrega de coisa Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
IV - defrauda substância, qualidade ou
quantidade de coisa que deve entregar a Fraude no comércio
alguém; Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade
comercial, o adquirente ou consumidor:
Fraude para recebimento de indenização ou I - vendendo, como verdadeira ou perfeita,
valor de seguro mercadoria falsificada ou deteriorada.
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta II - entregando uma mercadoria por outra:
coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou multa.
doença, com o intuito de haver indenização ou § 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a
valor de seguro; qualidade ou o peso de metal ou substituir, no
mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por
Fraude no pagamento por meio de cheque outra de menor valor; vender pedra falsa por
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de verdadeira; vender, como precioso, metal de ou
fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o outra qualidade:
pagamento. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o § 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
crime é cometido em detrimento de entidade de
direito público ou de instituto de economia Outras fraudes
popular, assistência social ou beneficência. Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-
se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte
Estelionato contra idoso sem dispor de recursos para efetuar o
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for pagamento:
cometido contra idoso. Pena - detenção, de quinze dias a dois meses,
ou multa.
Duplicata simulada Parágrafo único - Somente se procede mediante
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de representação, e o juiz pode, conforme as
venda que não corresponda à mercadoria circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao
serviço prestado. Fraudes e abusos na fundação ou
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, administração de sociedade por ações
e multa. Art. 177 - Promover a fundação de sociedade
por ações, fazendo, em prospecto ou em
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comunicação ao público ou à assembléia, Fraude à execução


afirmação falsa sobre a constituição da Art. 179 - Fraudar execução, alienando,
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato desviando, destruindo ou danificando bens, ou
a ela relativo: simulando dívidas:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
se o fato não constitui crime contra a economia multa.
popular. Parágrafo único - Somente se procede
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não mediante queixa.
constitui crime contra a economia popular:
I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade
por ações, que, em prospecto, relatório, CAPÍTULO VII
parecer, balanço ou comunicação ao público ou DA RECEPTAÇÃO
à assembléia, faz afirmação falsa sobre as
condições econômicas da sociedade, ou oculta Receptação
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir
elas relativo; ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, que sabe ser produto de crime, ou influir para
por qualquer artifício, falsa cotação das ações que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
ou de outros títulos da sociedade; oculte:
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
à sociedade ou usa, em proveito próprio ou de
terceiro, dos bens ou haveres sociais, sem Receptação qualificada
prévia autorização da assembléia geral; § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir,
IV - o diretor ou o gerente que compra ou ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
vende, por conta da sociedade, ações por ela remontar, vender, expor à venda, ou de
emitidas, salvo quando a lei o permite; qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de alheio, no exercício de atividade comercial ou
crédito social, aceita em penhor ou em caução industrial, coisa que deve saber ser produto de
ações da própria sociedade; crime:
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de Pena - reclusão, de três a oito anos, e
balanço, em desacordo com este, ou mediante multa.
balanço falso, distribui lucros ou dividendos § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para
fictícios; efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por comércio irregular ou clandestino, inclusive o
interposta pessoa, ou conluiado com acionista, exercício em residência.
consegue a aprovação de conta ou parecer; § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, natureza ou pela desproporção entre o valor e o
V e VII; preço, ou pela condição de quem a oferece,
IX - o representante da sociedade anônima deve presumir-se obtida por meio
estrangeira, autorizada a funcionar no País, que criminoso:
pratica os atos mencionados nos ns. I e II, ou dá Pena - detenção, de um mês a um ano, ou
falsa informação ao Governo. multa, ou ambas as penas.
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis § 4º - A receptação é punível, ainda que
meses a dois anos, e multa, o acionista que, a desconhecido ou isento de pena o autor do
fim de obter vantagem para si ou para outrem, crime de que proveio a coisa.
negocia o voto nas deliberações de assembléia § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é
geral. primário, pode o juiz, tendo em consideração as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na
Emissão irregular de conhecimento de receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º
depósito ou "warrant" do art. 155.
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou § 6º - Tratando-se de bens e instalações do
warrant, em desacordo com disposição legal: patrimônio da União, Estado, Município,
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista, a pena prevista
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no caput deste artigo aplica-se em PECULATO


dobro. Conduta – “Apropriar-se o funcionário público
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
Receptação de animal público ou particular, de que tem a posse em
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, razão do cargo (peculato apropriação), ou
conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, desviá-lo (peculato desvio), em proveito
com a finalidade de produção ou de próprio ou alheio.” (art. 312 do CP).
Peculato-furto – Aplica-se àquele que, mesmo
comercialização, semovente domesticável de
“não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
produção, ainda que abatido ou dividido em subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em
partes, que deve saber ser produto de crime: proveito próprio ou alheio, valendo-se de
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e facilidade que lhe proporciona a qualidade
multa. de funcionário. ” (art. 312, §1º do CP).

. ATENÇÃO! Diferença fundamental entre


TÍTULO XI peculato furto e peculato (desvio ou
DOS CRIMES CONTRA A apropriação) = No peculato-furto o agente não
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA tem a posse da coisa.
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS OBS.: Peculato de uso – Discutido na doutrina
e jurisprudência, mas prevalece que é
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
IMPUNÍVEL.
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
Particular pode praticar peculato? Sim,
GERAL desde que em concurso de pessoas com um
funcionário público (e desde que o particular
Peculato saiba que seu comparsa é funcionário público).
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de Peculato culposo – Quando o agente concorre,
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, de maneira CULPOSA, para o peculato
público ou particular, de que tem a posse em praticado por outra pessoa.
razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito OBS.: Se o agente reparar o dano antes de
próprio ou alheio: proferida a sentença irrecorrível (ou seja,
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. antes do trânsito em julgado), estará extinta a
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário punibilidade.
público, embora não tendo a posse do dinheiro, Caso o agente repare o dano após o trânsito em
julgado, a pena será reduzida pela metade.
valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que
ISSO NÃO SE APLICA ÀS DEMAIS FORMAS
seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, DE PECULATO.
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a Peculato mediante erro de outrem – Conduta
qualidade de funcionário. daquele que se apropria de dinheiro ou qualquer
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu
Peculato culposo por erro de outrem. OBS.: O agente não pode
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente ter criado (dolosamente) a situação de erro
para o crime de outrem: (neste caso, responde por estelionato).
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a
reparação do dano, se precede à sentença Inserção de dados falsos em sistema de
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é informações
posterior, reduz de metade a pena imposta. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário
autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
Peculato mediante erro de outrem ou excluir indevidamente dados corretos nos
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer sistemas informatizados ou bancos de dados da
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu Administração Pública com o fim de obter
por erro de outrem: vantagem indevida para si ou para outrem ou
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. para causar dano:)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Comentários:
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Comentário: núcleo: inserir ou facilitar, o


funcionário autorizado, a inserção de dados
falsos.

Modificação ou alteração não autorizada de


sistema de informações
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário,
sistema de informações ou programa de
informática sem autorização ou solicitação de
autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de
um terço até a metade se da modificação ou
alteração resulta dano para a Administração
Pública ou para o administrado.

Extravio, sonegação ou inutilização de livro


ou documento
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer
documento, de que tem a guarda em razão do
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato
não constitui crime mais grave.
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas


aplicação diversa da estabelecida em lei
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
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Comentário: CORRUPÇÃO ATIVA X varia de dois a 12 anos de prisão


CORRUPÇÃO PASSIVA x CONCUSSÃO x (reclusão), mais multa.
EXTORSÃO
 No crime de concussão, o funcionário
 A forma ativa do crime de corrupção, público não apenas solicita ou recebe a
prevista no artigo 333 do Código Penal, compensação: ele a exige. A diferença é
se dá pelo oferecimento de alguma sutil, mas nessa situação, a audácia do
forma de compensação (dinheiro ou funcionário público é ainda maior, já que
bens) para que o agente público faça ele impõe o recebimento de uma
algo que, dentro de suas funções, não compensação, e não simplesmente a
deveria fazer ou deixe de fazer algo que propõe. A pena para o crime de
deveria fazer. A corrupção ativa é concussão varia de dois a oito anos de
sempre cometida pelo corruptor, que prisão, além de multa.
em geral é um agente privado. Um
exemplo de corrupção ativa é oferecer
dinheiro ao guarda de trânsito para que  Já na extorsão a vítima é
ele não lhe dê uma multa (ou seja, constrangida, mediante violência ou
suborno). Note que o simples ato de grave ameaça, a entregar a indevida
oferecer o suborno ao guarda já vantagem econômica ao agente.
configura o crime de corrupção ativa,
independente de o guarda aceitar ou não (Ex.: Policial que exige dinheiro do motorista,
tal oferta. A pena para o crime de para não aplicar multa = concussão. Ex.:
corrupção ativa é de dois a 12 anos de Policial que exige dinheiro da vítima sob a
prisão, além de multa. ameaça de matar o filho da vítima =
extorsão).
 O Código Penal, em seu artigo 317,
define o crime de corrupção passiva
como o de “solicitar ou receber, para si
ou para outros, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função, ou antes, de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem.” Se a corrupção ativa tem a
ver com o ato de oferecer a
compensação ilícita, então a modalidade
passiva está relacionada com o ato de
receber essa compensação. Esse tipo
de corrupção é cometido pelo agente
público corrompido. Um exemplo para
deixar esse crime bem claro: um juiz que
insinua que você “pague um cafezinho”
para ele, a fim de que ele acelere a
análise de seu processo na justiça. Mas
note que, apesar de chamado de
“passivo”, isso não significa que o
corrompido não tenha algum papel ativo,
por assim dizer, na prática da corrupção.
Afinal, muitas vezes ele solicita a
compensação para que ele deixe de
fazer seu trabalho ou faça algo que não
é condizente com as suas funções. Da
mesma forma como acontece com a
corrupção ativa, o crime de corrupção
passiva já é configurado pelo simples ato
de solicitar ou receber vantagem
indevida, sem que seja necessário que a
pessoa solicitada atenda ao pedido. A
pena para o crime de corrupção passiva
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Excesso de exação próprios não fazer.


§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber Na prevaricação – O agente infringe o dever
funcional (praticando ou deixando de praticar
indevido, ou, quando devido, emprega na
ato) para satisfazer SENTIMENTO OU
cobrança meio vexatória ou gravosa, que a lei INTERESSE PESSOAL.
não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa.
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito IMPORTANTE!!!
próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres
públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
Corrupção passiva e/ou agente público, de cumprir seu dever de
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para vedar ao preso o acesso a aparelho
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora telefônico, de rádio ou similar, que permita a
da função ou antes de assumi-la, mas em razão comunicação com outros presos ou com o
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa ambiente externo:
de tal vantagem: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,
e multa.

Aumento de pena Condescendência criminosa


§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em Art. 320 - Deixar o funcionário, por
conseqüência da vantagem ou promessa, o indulgência, de responsabilizar subordinado
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer que cometeu infração no exercício do cargo
ato de ofício ou o pratica infringindo dever ou, quando lhe falte competência, não levar o
funcional. fato ao conhecimento da autoridade
competente:
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou
ou retarda ato de ofício, com infração de dever multa.
funcional, cedendo a pedido ou influência de Comentário:
outrem:  Núcleos deixar o funcionário, por
indulgência, de responsabilizar
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou subordinado que cometeu infração.
multa.  Só quem pode praticar o delito é o
superior hierárquico.
Facilitação de contrabando ou descaminho  Por indulgência (sentimento de pena,
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever misericórdia, clemência)
funcional, a prática de contrabando ou
descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e Advocacia administrativa
multa.
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente,
Prevaricação interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e Pena - detenção, de três meses a um ano, além
multa. da multa.
Comentários: Obs: prevaricar significa não Comentário: ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
cumprir com as sua obrigações, saber o que - Conduta - Patrocinar interesse privado
tem que ser feito, mas por má fé ou interesses perante a administração pública. O agente deve
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se valer das facilidades que a sua condição Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de
de funcionário público lhe proporciona concorrência pública, ou proporcionar a terceiro
o ensejo de devassá-lo:
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e
Violência arbitrária multa.
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de
função ou a pretexto de exercê-la: Obs: devassar= violar o que está selado.
Pena - detenção, de seis meses a três anos,
além da pena correspondente à violência.
Funcionário público
Abandono de função Definição de funcionário público
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos Art. 327 - Considera-se funcionário público,
casos permitidos em lei: para os efeitos penais, quem, embora
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou transitoriamente ou sem remuneração, exerce
multa. cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e Pessoas equiparadas a funcionário público
multa. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido exerce cargo, emprego ou função em entidade
na faixa de fronteira: paraestatal, e quem trabalha para empresa
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. prestadora de serviço contratada ou conveniada
para a execução de atividade típica da
Exercício funcional ilegalmente antecipado Administração Pública.
ou prolongado
Aumento de pena
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública § 2º - A pena será aumentada da terça parte
antes de satisfeitas as exigências legais, ou quando os autores dos crimes previstos neste
continuar a exercê-la, sem autorização, depois Capítulo forem ocupantes de cargos em
de saber oficialmente que foi exonerado, comissão ou de função de direção ou
removido, substituído ou suspenso: assessoramento de órgão da administração
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou direta, sociedade de economia mista, empresa
multa. pública ou fundação instituída pelo poder
público.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em
razão do cargo e que deva permanecer em CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: PARA FINS PENAIS
Funcionário público – Quem exerce cargo,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
emprego ou função pública, ainda que
multa, se o fato não constitui crime mais grave. transitoriamente ou sem remuneração.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre Funcionário público por equiparação - Quem
quem: exerce cargo, emprego ou função em entidade
I – permite ou facilita, mediante atribuição, paraestatal, e quem trabalha para empresa
fornecimento e empréstimo de senha ou prestadora de serviço contratada ou conveniada
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não para a execução de atividade típica da
autorizadas a sistemas de informações ou Administração Pública (ainda que
banco de dados da Administração Pública; transitoriamente ou sem remuneração)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. Causa de aumento de pena – Aplicada
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à àqueles que ocuparem cargos em comissão ou
Administração Pública ou a outrem: função de direção ou assessoramento de órgão
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e da administração direta, sociedade de economia
mista, empresa pública ou fundação instituída
multa.
pelo poder público (aumento de 1/3)
Violação do sigilo de proposta de
concorrência
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QUESTÕES COM GABARITO

01- O indivíduo B, com a finalidade de comemorar a d) constrangimento ilegal.


vitória de seu time de futebol, passou a disparar
“fogos de artifício" de sua residência, que se situa ao 05- Vitória, ex-funcionária da empresa de
lado de um edifício residencial. Ao ser alertado por fornecimento de energia elétrica, vestindo um
um de seus amigos sobre o risco de que as uniforme antigo, foi até a casa de Paula dizendo que
explosões poderiam atingir as residências do edifício estava ali para receber os valores da conta mensal
e que havia algumas janelas abertas, B respondeu de fornecimento de energia elétrica. Acreditando em
que não havia problema porque naquele prédio só Vitória, Paula, pagou os valores a esta, que utilizou o
moravam torcedores do time rival. Um dos dinheiro para comprar alguns vestidos. Entretanto,
dispositivos disparados explodiu dentro de uma das como sempre, as contas dessa empresa eram e
residências desse edifício e feriu uma criança de 5 deveriam ser pagas na rede bancária. Logo, Vitória
anos de idade que ali se encontrava. Com relação à praticou o crime de:
conduta do indivíduo B, é correto afirmar que:
(A) o indivíduo B poderá ser responsabilizado pelo a) furto.
crime de lesão corporal culposa, em virtude de ter b) roubo.
agido com negligência. c) estelionato.
(B) o indivíduo B poderá ser responsabilizado pelo d) apropriação indébita.
crime de lesão corporal culposa, em virtude de ter
agido com imperícia. 06- Constranger alguém com emprego de violência
(C) o indivíduo B poderá ser responsabilizado pelo ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
crime de lesão corporal dolosa. ou mental em razão de discriminação racial ou
(D) o indivíduo B poderá ser responsabilizado pelo religiosa, constitui crime de:
crime de lesão corporal culposa, em virtude de ter
agido com imprudência. a) Lesão corporal grave.
b) Lesão corporal gravíssima.
02. - No calor de uma discussão em juízo, se o c) Tortura.
defensor de uma parte ofender a dignidade da d) Injuria racial.
adversa, e) Constrangimento ilegal.
a) o fato será atípico.
b) comete crime de difamação. 07- Caio pratica atos de execução do crime de
c) comete crime de injúria. homicídio. No entanto, antes de ocorrer a morte,
d) comete crime de injúria real. impede que o resultado se produza. A conduta
descrita configura:
03- Sentença penal condenatória determinou a
aplicação da sanção de pena privativa de liberdade a) tentativa.
ao réu e a decretação do perdimento de bens que, b) desistência voluntária.
nos termos da lei, acabaram por afetar seus c) arrependimento posterior.
familiares, exatamente no montante do patrimônio d) arrependimento eficaz.
transferido pelo réu. Considerando essa situação
hipotética e os princípios constitucionais que regem o 08- Tício, imputável, inicia a execução de um crime.
Direito Penal, assinale a alternativa correta. Antes da consumação, por deliberação própria, deixa
a) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu de prosseguir os atos delituosos. A conduta descrita
e não a seus familiares, que não praticaram crime, caracteriza:
corresponde à aplicação integral do princípio
constitucional da individualização da pena. a) arrependimento posterior.
b) A imposição do perdimento de bens aos familiares b) arrependimento eficaz.
do condenado acabou por não observar o c) desistência voluntária.
princípio constitucional da personalidade ou d) consumação.
responsabilidade pessoal.
c) A extensão dos efeitos da condenação, com a 09- No crime de favorecimento pessoal, dispõe o §2º,
decretação do perdimento de bens, afetando os do art. 348, do Código Penal: "Se quem presta o
familiares do condenado não poderia ocorrer, em auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão
virtude da necessidade de se observar o princípio do criminoso, fica isento de pena". Tal dispositivo é
constitucional da legalidade estrita. causa de:
d) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido
apenas a pessoa do condenado com extensão, a) exclusão de tipicidade.
aos familiares, da obrigação de reparar o dano, b) exclusão de ilicitude.
atende integralmente o que prescreve o princípio c) exclusão de culpabilidade
constitucional da personalidade ou d) exclusão de punibilidade.
responsabilidade pessoal.
10- João subtraiu um telefone celular, avaliado na
04- O agente que imputa a outra pessoa fato quantia de R$ 800,00, pertencente à Maria, para si,
ofensivo à sua reputação comete o seguinte crime: mediante grave ameaça, mantendo-a em seu poder,
restringindo sua liberdade durante 2 horas, a fim de
a) calúnia. garantir o êxito da subtração. João deverá responder
b) difamação. por:
c) injúria.
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a) roubo e sequestro, em concurso formal. alegável tal excludente?
b) sequestro, já que este absorve o roubo. a) Não, tendo em vista que a assertiva é falsa.
c) roubo e sequestro, em concurso material. b) Não.
d) roubo circunstanciado. c) Sim.
d) Sim, mas deverá obter o consentimento dos outros
11- Marcos, querendo matar seu vizinho, faz um condôminos para tal subtração.
disparo em sua direção. No entanto, não chega nem
a lesioná-lo. Marcos: 18 - A calúnia consiste em imputar a alguém,
falsamente, fato
a) responderá por homicídio tentado. a) ofensivo à sua reputação.
b) não responderá por crime nenhum, pois nem b) definido como crime.
chegou a atingir seu vizinho. c) que ofenda à dignidade ou o decoro.
c) responderá por tentativa de lesão corporal. d) que sabe não ter ele cometido.
d) responderá lesão corporal consumada.
19 - João da Silva faz uso de seu revólver legalmente
registrado, disparando duas vezes em avenida com
12- O roubo cometido com emprego de arma de grande movimento de pessoas e automóveis. Neste
brinquedo deve ser punido: caso, responde:
a) como roubo circunstanciado pelo uso de arma de a) por crime cuja conduta é disparar arma de fogo ou
fogo. acionar munição em lugar habitado ou em suas
b) como roubo simples. adjacências, em via pública ou em direção a ela.
c) como roubo em concurso formal com crime de b) exclusivamente pela contravenção de disparo de
porte ilegal de arma. arma de fogo (art. 28, LCP), uma vez que a
d) como furto qualificado pelo uso de violência. contravenção de disparo de arma de fogo (art. 21,
LCP) é atípica.
13- A", com 17 anos de idade, dispara contra a vítima c) pelo crime tipificado no artigo 132 do Código Penal
que vem a morrer mais de um ano depois. "A": (perigo para a vida ou a saúde de outrem).
d) por tentativa de lesões corporais culposas.
a) não responderá por crime algum, pois é menor de
idade.
b) responderá pelo crime de homicídio, de acordo 20 - Aponte a afirmação certa.
com as regras do Estatuto da Criança e do a) Na fixação da pena de multa, o juiz deve atender,
Adolescente. principalmente, à situação econômica do réu.
c) responderá pelo crime de lesões corporais. b) A multa não pode ser aumentada até o triplo, se o
d) responderá pelo crime de homicídio, de acordo juiz considerar que, em virtude da situação
com as regras do Código Penal, tendo em vista que econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no
já completou a maioridade. máximo.
c) A pena privativa de liberdade não superior a 6
14- A", com 17 anos, privou Maria de sua liberdade, meses não pode ser substituída pela de multa.
mediante sequestro, liberando-a após um ano e d) Ao fixar a pena de multa, o juiz deve ter em mente
meio. "A": o crime praticado pelo réu, com vistas a majorá-la ou
não.
a) não responderá por crime algum, pois quando
privou a vítima de sua liberdade era menor de idade. 21 - Assinale a alternativa correta.
b) não responderá por crime algum, pois liberou a a) Entende-se em legítima defesa quem, usando
vítima. moderadamente dos meios necessários, repele
c) responderá pelo delito (art. 148, inciso III, do CP), injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de acordo com as regras do ECA. de outrem.
d) responderá pelo delito (art. 148, inciso III, do CP), b) Entende-se em legítima defesa quem pratica o
de acordo com as regras do CP. fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade nem poderia de outro modo evitar,
15- O crime se diferença da contravenção penal: direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
a) pela natureza entre as infrações penais. c) Entende-se em legítima defesa o cônjuge que,
b) pela espécie de pena imposta. desconfiado da fidelidade do outro, mata-o para
c) pela capacidade psicológica do agente. defender sua honra.
d) pelo requisito subjetivo da infração. d) Entende-se em legítima defesa quem pratica o
crime impelido por razões de ordem moral, religiosa
16 - O Princípio da Legalidade é também ou social.
denominado de
a) Reserva Legal.
b) Common Law. 22 - A Lei nº 9.714, de 25 de novembro de 1998, que
c) Analogia Legal. alterou dispositivos do Código Penal relativos às
d) Liberdade Legal. penas restritivas de direito,
a) somente criou uma nova espécie de penas
17 - De acordo com o Código Penal, não é punível a restritivas de direito - perda de bens e valores -,
subtração de coisa comum fungível, cujo valor não admitindo a substituição da pena privativa de
excede a quota a que tem direito o agente. Assim, liberdade não superior a quatro anos nos crimes
caso o condômino subtraia coisa comum fungível, é cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
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b) criou duas novas espécies de penas restritivas de c) Carlos poderá perdoar Henrique e este não será
direito - prestação pecuniária e perda de bens e processado por crime de furto.
valores -, admitindo a substituição da pena privativa d) a ação penal só poderá ser proposta com a
de liberdade não superior a quatro anos nos crimes representação de Carlos.
cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.
c) somente criou uma nova espécie de penas
restritivas de direito - prestação pecuniária -, 28 - Rogério, amigo íntimo de Rubens, comenta com
admitindo a substituição da pena privativa de este que vai assaltar o Banco "Y" na manhã de
liberdade não superior a quatro anos nos crimes segunda-feira, pedindo que guarde segredo. No dia
cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. do roubo, Rogério é preso e diz à polícia que Rubens
d) criou duas novas espécies de penas restritivas de sabia disto. Portanto, diante desta hipótese, é correto
direitos - prestação pecuniária e perda de bens e afirmar que
valores -, admitindo a substituição da pena privativa a) Rogério responde pelo crime de roubo e Rubens
de liberdade inferior a um ano. terá a pena diminuída de um a dois terços por
participação de menor importância.
23 - Para a configuração do crime culposo, além da b) Rubens é partícipe, eis que tinha ciência do crime
tipicidade, torna-se necessária a prática de conduta a ser praticado por Rogério.
com c) somente Rogério é autor do crime de roubo.
a) observância de dever de cuidado que cause um d) Rogério é autor e Rubens é co-autor.
resultado não desejado e imprevisível.
b) inobservância do dever de cuidado que cause um
resultado não desejado e imprevisível. 29 - Pode ser sujeito ativo de infanticídio
c) inobservância do dever de cuidado que cause um a) qualquer pessoa que cometa crime de homicídio
resultado cujo risco foi assumido pelo agente. contra crianças menores de quatorze anos.
d) inobservância do dever de cuidado que cause um b) apenas os pais de criança com menos de trinta
resultado não desejado, mas previsível. dias.
c) somente a mãe do recém-nascido.
24 - Mediante rompimento de obstáculo que d) os pais da criança recém-nascida.
consistiu na quebra de uma janela, Eustáquio furtou,
do interior de um veículo, um toca-fitas, várias fitas- 30 - Apoderar-se de coisa cuja posse lhe pertença,
cassete e um pneu. A mãe de Eustáquio auxiliou-o a configura:
tornar seguros os produtos da subtração, sem visar a
algum proveito e com a única finalidade de proteger a) apropriação indébita.
o filho. Neste caso, a mãe b) furto.
a) responderá pela participação de menor c) estelionato.
importância em crime de furto qualificado. d) roubo.
b) cometeu o crime de favorecimento pessoal ao
tentar proteger seu filho. 31 - Aos 30 minutos do dia de seu 18º aniversário,
c) responderá por favorecimento real. Crasso comete crime de estupro, na modalidade de
d) não responderá por nenhum crime. violência presumida, ao manter conjunção carnal
com sua namorada menor de 14 anos. Diante desta
25 - As medidas de segurança previstas no Código situação, Crasso
Penal são: a) é considerado imputável perante a lei penal, não
a) internação hospitalar e tratamento ambulatorial. importando a hora de seu nascimento.
b) internação hospitalar, tratamento ambulatorial e b) será considerado inimputável perante a lei penal,
domiciliar. caso tenha nascido em horário posterior ao ocorrido.
c) tratamento hospitalar, ambulatorial, domiciliar e c) não pode ser considerado inimputável perante a lei
penitenciário. penal, eis que houve consenso da vítima.
d) tratamento psiquiátrico e internação hospitalar. d) pode ser considerado imputável perante a lei
penal, desde que os pais de sua namorada assim
26 - João subtrai uma furadeira pertencente a seu desejem.
vizinho José, sem que este saiba disto, com o intuito
de usá-la para pendurar um quadro na sala de sua 32 - O preso pode freqüentar curso de nível
casa, devolvendo-a intacta, minutos depois, no superior?
mesmo lugar. José descobre tal fato. Na hipótese, a) Depende. O preso só pode freqüentar cursos
ocorreu compatíveis com o crime por ele praticado.
a) apropriação indébita – art. 168, caput, do Código b) Não. Em nenhuma hipótese o preso pode
Penal. freqüentar curso de nível superior, por ser
b) furto simples – art. 155, caput, do Código Penal. incompatível com o regime de abstinência de
c) furto de uso, que é fato atípico. liberdade.
d) roubo simples – art. 157, caput, do Código Penal. c) Sim. O preso conserva todos os direitos não
atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a
27 - Henrique furtou a bicicleta de Carlos. Após todas as autoridades o respeito à sua integridade
alguns dias, envergonhado de tal ato, Henrique física e moral.
compra outra bicicleta nova e a restitui a Carlos. d) Não. A freqüência a cursos de nível superior fica
Nesta hipótese, subordinada à plena liberdade do sentenciado.
a) a pena imposta a Henrique deverá se situar no
patamar mínimo, sem qualquer diminuição. 33 - Demócrito reage a fato típico previsto como
b) a pena imposta a Henrique será reduzida de um a roubo qualificado por emprego de arma. Como
dois terços, diante do arrependimento posterior. Demócrito é policial militar, mas estava à paisana,
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dispara um tiro contra o agente delitivo, vindo a que
causar sua morte por atingir o coração. Sabendo a) não responde por nenhum crime.
disto, mas estando perturbado com a ação criminosa, b) responde pela rixa de crimes, tipificada no caput.
descarrega os outros cinco projéteis contra o ladrão. c) é isento de pena.
Demócrito d) responde pela rixa qualificada como os demais
a) não será beneficiado pela legítima defesa, eis que, participantes.
apesar de ser policial militar, não está a serviço.
b) agiu em excludente de criminalidade em virtude da 39 - O funcionário público que exige de um
legítima defesa, não respondendo por seu ato lesivo. indivíduo contribuição social, que sabe indevida,
c) responderá por excesso doloso na legítima defesa. comete crime de
d) não poderia, por ser policial militar, atingir o a) peculato.
coração do ladrão, mas sim outras áreas não vitais b) concussão.
de seu corpo, respondendo por homicídio doloso, c) excesso de exação.
mas beneficiando-se com a diminuição da pena de d) corrupção ativa.
um a dois terços.
40 - Constitui causa de diminuição de pena prevista
34 - O sujeito ativo de um crime poderá beneficiar-se na Parte Geral do Código Penal,
com o instituto do arrependimento posterior, desde a) o crime impossível.
que repare o dano ou restitua a coisa b) o arrependimento posterior.
a) até a da sentença e o crime tenha sido cometido c) a desistência voluntária.
sem violência ou grave ameaça. d) o arrependimento eficaz.
b) até o recebimento da denúncia e o crime tenha
sido cometido sem violência ou grave ameaça.
c) a qualquer tempo, por uma questão de Política
Criminal.
d) até o oferecimento da denúncia e o crime tenha
sido cometido sem violência ou grave ameaça.
35 - A conduta de adolescente descrita como crime
ou contravenção penal é denominada pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente (Lei no 8069/90) como
ato
a) antissocial.
b) irregular.
c) desviante.
d) infracional
36 - De acordo com o art. 15 do Código Penal, o
agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir
na execução ou impede que o resultado se produza,
só responde pelos atos já praticados. Diante disto, é
possível dizer que
a) só há tentativa quando, tendo o agente iniciado a
execução do crime, ele não se consuma por
circunstâncias alheias à sua vontade.
b) a desistência voluntária e o arrependimento
eficaz constituem causas de diminuição de pena.
c) o critério de redução da pena da tentativa no
crime de roubo deve obedecer aos critérios acima
aduzidos.
d) ocorre desistência voluntária quando o criminoso
percebe que o alarme foi detonado e foge.
37 - Anaxágoras, com a intenção de sequestrar o
filho de seu patrão para obter vantagem monetária
como preço do resgate, compra cordas, furta um
carro e arruma o local que serviria como cativeiro.
Dois dias antes de efetivar seu intento, seus planos
são descobertos. Diante destes fatos, Anaxágoras
a) não responderá por qualquer crime.
b) responderá apenas por furto consumado.
c) responderá apenas por tentativas de extorsão
mediante sequestro e tentativa de furto.
d) responderá por furto e extorsão mediante
sequestro consumado.
38 - O crime de rixa tem o tipo qualificado quando
ocorre o resultado morte ou lesão corporal de
natureza grave. Assim, em relação ao participante
que sofreu a lesão corporal grave, pode-se afirmar
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GABARITO
01. C 02. A 03. D 04. B 05. C 06. C 07.
D 08. C 09. D 10. D 11. A 12. B
13. B 14. D 15. B 16. A 17. C 18. B 19.
A 20. A 21. A 22. B 23. D 24. C
25. A 26. C 27. B 28. C 29. C 30. A 31.
A 32. C 33. C 34. B 35. D 36. A
37. B 38. D 39. C 40. B
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PROVA COMENTADA DIREITO PENAL 3- Dentre as hipóteses contidas nas opções a


AGEPEN CE 2011- UECE seguir, assinale a única que NÃO faz parte das
causas de aumento de Pena de 1/6 (um sexto)
1- Quem patrocina, direta ou indiretamente,
a 1/3 (um terço) previstas na Lei N. 9.455/97, no
interesse privado perante a administração
que concerne a Crimes de Tortura.
pública, valendo-se da qualidade de funcionário,
incidirá no tipo penal de
a) Se o crime é cometido mediante o uso de
arma de fogo ou em concurso de mais de duas
a) concussão.
pessoas.

b) prevaricação.
b) Se o crime é cometido por agente
público.
c) condescendência criminosa.
c) Se o crime é cometido contra criança,
d) advocacia administrativa. gestante, portador de deficiência, adolescente
Comentário: Letra D - Advocacia ou maior de sessenta anos.
administrativa
d) Se o crime é cometido mediante
Art. 321 CPB - Patrocinar, direta ou sequestro.
indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade Comentário: Letra A
de funcionário: Pena - detenção, de um a três
Art. 1º § 4º da Lei 9455/97. Aumenta-se a pena
meses, ou multa. Parágrafo único - Se o
de um sexto até um terço:
interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três
meses a um ano, além da multa. I - se o crime é cometido por agente público;
---------------------------------------------------------------- II – se o crime é cometido contra criança,
gestante, portador de deficiência, adolescente
2- Nos termos do art. 42, do Código Penal
ou maior de 60 (sessenta) anos;
Brasileiro, computam-se, na pena privativa de
liberdade e na medida de segurança, o tempo III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
de prisão provisória no Brasil ou no estrangeiro.
----------------------------------------------------------------
Tal determinação legal é denominada
4- Nos termos do Decreto Federal Nº 5.123 de
a) remissão. 01 de julho de 2004, para se adquirir legalmente
uma arma de fogo de uso permitido, dentre
b) detração. outras exigências, é necessário que a idade do
adquirente seja, no mínimo,
c) sursis penal.
a) 18 anos.
d) sursis processual.
b) 21 anos.
Comentário: Letra B Detração
Detração. Art. 42 CPB - Computam-se, na pena c) 25 anos.
privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no d) 30 anos.
Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
Comentário: Letra C
administrativa e o de internação em qualquer
dos estabelecimentos referidos no artigo Art. 12. Estatuto do Desarmamento. Para
anterior. adquirir arma de fogo de uso permitido o
interessado deverá:
----------------------------------------------------------------
I - declarar efetiva necessidade;
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II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos; 6- Conforme preceitua o Parágrafo Único do art.
41 da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal -
III - apresentar original e cópia, ou cópia
LEP), dentre os direitos contidos nas opções
autenticada, de documento de identificação
abaixo, o único que poderá ser suspenso ou
pessoal;
restringido mediante ato motivado do diretor do
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição do estabelecimento penal é o(a)
Certificado de Registro de Arma de Fogo e
periodicamente, a idoneidade e a inexistência a) chamamento nominal.
de inquérito policial ou processo criminal, por
meio de certidões de antecedentes criminais da b) visita do cônjuge, da companheira, de
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que parentes e amigos em dias determinados.
poderão ser fornecidas por meio eletrônico;
V - apresentar documento comprobatório de c) audiência especial com o diretor do
ocupação lícita e de residência certa; estabelecimento.

VI - comprovar, em seu pedido de aquisição do d) entrevista pessoal e reservada com o


Certificado de Registro de Arma de Fogo e advogado.
periodicamente, a capacidade técnica para o
manuseio de arma de fogo; e Comentário: Letra B. Art. 41, X, Parágrafo
único. Lei de Execução Penal. 7210/84
VII - comprovar aptidão psicológica para o
manuseio de arma de fogo, atestada em laudo Art. 41 - Constituem direitos do preso: X - visita
conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da do cônjuge, da companheira, de parentes e
Polícia Federal ou por esta credenciado. amigos em dias determinados.

---------------------------------------------------------------- Parágrafo único. Os direitos previstos nos


incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou
5- De acordo com o Código Penal Brasileiro, restringidos mediante ato motivado do diretor do
considera-se crime hediondo o(a) estabelecimento.

a) extorsão cometida por duas ou mais ----------------------------------------------------------------


pessoas ou com o emprego de arma. 7- Conforme determinação do art. 41 da Lei
11.343/06, o indiciado ou acusado que
b) falsificação, a corrupção, a adulteração colaborar voluntariamente com a investigação
ou a alteração de produtos destinados a fins policial e com o processo criminal na
terapêuticos ou medicinais. identificação dos demais coautores e partícipes
do crime, no caso de condenação, terá pena
c) sequestro e o cárcere privado. reduzida de

d) roubo, quando a violência ou a ameaça é a) 1/6 (um sexto).


exercida com emprego de arma.
b) 1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos).
Comentário: Letra B
Falsificação, a corrupção, a adulteração ou a c) 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços).
alteração de produtos destinados a fins
terapêuticos ou medicinais. d) 1/4 (um quarto) a 1/2 (um meio).
De acordo com a Lei de Crimes Hediondos (Lei
nº 8.072/1990), Art. 1º, VII-B: "falsificação,
corrupção, adulteração ou alteração de produto Comentários: Letra C
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art.
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
273, caput e §1º, §1º-A e §1º-B, com a redação
voluntariamente com a investigação policial e o
dada pela Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998)".
processo criminal na identificação dos demais
---------------------------------------------------------------- co-autores ou partícipes do crime e na
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recuperação total ou parcial do produto do 10- Considere as afirmações a seguir:


crime, no caso de condenação, terá pena
reduzida de um terço a dois terços. I. A conduta de quem traz consigo, para uso
próprio, substância tida como entorpecente é
---------------------------------------------------------------- fato tipificado como crime.
8- Conforme disposição do art. 2º, § 4 da Lei
8.072 /90, o número de dias, prorrogáveis pelo II. Para que se configure o crime de Associação
mesmo período em caso de extrema e para o Tráfico, previsto no art. 35 da Lei
comprovada necessidade, da prisão temporária 11.343/07, é necessária a associação de, no
do indivíduo que comete crime hediondo é mínimo, três pessoas.

a) cinco. III. A Lei 11.343/06, prescrevendo medidas para


prevenção do uso indevido de drogas, instituiu o
SISNAD.
b) dez.
Está correto o que se afirma em
c) quinze.

d) trinta. a) I e II apenas.

Comentário: Letra D b) II e III apenas.


Art. 2º §4º. A prisão temporária, sobre a qual
dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de c) I e III apenas.
1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual d) I, II e III.
período em caso de extrema e comprovada
necessidade. Comentários: Letra C

---------------------------------------------------------------- (CORRETO) I. A conduta de quem traz consigo,


para uso próprio, substância tida como
9- Conforme determina o art. 83, § 2º da Lei
entorpecente é fato tipificado como crime.
7.210/84 (LEP), os estabelecimentos penais
destinados a mulheres serão dotados de (ERRADO, basta 2 pessoas) II. Para que se
berçário, onde as condenadas possam cuidar configure o crime de Associação para o Tráfico,
de seus filhos, inclusive amamentá-los, no previsto no art. 35 da Lei 11.343/07, é
mínimo, até atingirem a idade de: necessária a associação de, no mínimo, três
pessoas.
a) quatro meses.
(CORRETO) III. A Lei 11.343/06, prescrevendo
b) seis meses. medidas para prevenção do uso indevido de
drogas, instituiu o SISNAD.
c) oito meses.

d) um ano.
Comentário: Letra B.
Art. 83. §2. 7210/84. Os estabelecimentos
penais destinados a M serão dotados de
berçário, onde as condenadas possam cuidar
de seus filhos, inclusive amamentá-los, no
mínimo, até 6 meses de idade.
----------------------------------------------------------------
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Meus amigos e minhas amigas, futuro(a)s Agentes Penitenciários, chegamos ao final do nosso humilde
trabalho. Solicitamos a compreensão de todo(a)s caso seja verificado algum erro de digitação/conteúdo, para
que seja feita a comunicação e as devidas correções. Estou muito feliz por tê-lo (a)s como aluno(a)s e espero
reencontrá-lo(a)s brevemente já como Agentes Penitenciários efetivado(a)s. Muito Obrigado pela confiança e
amizade. DEUS NO COMANDO SEMPRE!!!!!!!!

FOCO, FORÇA E FÉ.

Professor Dantas é policial militar, graduado em Direito pela Unifor, pós graduando em direito penal pela mesma instituição,
professor dos Cursos de Formação Profissional da Academia Estadual de Segurança Pública (AESP), professor de diversos
cursos preparatórios para concursos em Fortaleza e no interior do Estado.

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