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1. Introdução
O presente trabalho visa abordar o tema “a teoria Sociocultural de Vygotsky e as suas implicações
para a educação em Moçambique” e enquadra-se num trabalho académico no âmbito da cadeira
de Psicologia de Aprendizagem. Esta teoria sustenta-se sobre uma matriz epistemológica segundo
a qual, para que o indivíduo adquira o conhecimento, é fundamental que ele se insira num
determinado ambiente histórico-cultural que lhe vai permitir aprender e desenvolver as suas
estruturas cognitivas, a partir da sua interacção com o meio social o qual ele integra. Neste
trabalho procurou-se apontar os aspectos que foram identificados como os mais relevantes desta
teoria e o respectivo impacto da teoria para a educação em Moçambique. Em breve historiais de
Vygotsky onde, em poucas palavras, são referidos os seus dados biográficos, destacam-se, em
linhas gerais, a teoria sociocultural, a relação aprendizagem-desenvolvimento, os níveis de
desenvolvimento segundo Vygotsky e a relação linguagem-pensamento, segundo o autor.
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1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Na realização deste trabalho baseia-se em várias pesquisa feitas de diferentes maneiras, neste caso
usamos método de análise bibliográfica, que este consistiu em leituras de várias obras
recomendadas para o efeito de estudo desta cadeira.
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2. Revisão da Literatura
o meio social, relações essas que não dependem individualmente do sujeito, mas que são
determinadas pelas condições histórico-sociais concretas nas quais ele está inserido
(PALANGANE, 2001). Este processo, conforme Vygotsky, está presente desde o início da vida
da criança.
Entretanto, para qualquer situação de aprendizagem há um processo histórico-cultural precedente,
ao mesmo tempo que produz algo inteiramente novo no desenvolvimento cognitivo do indivíduo.
Nesta perspectiva, a inteligência é entendida como a habilidade para aprender e pode ser
alcançada através da interacção entre o sujeito e o meio; o meio social. Daí que Vygotsky nega a
existência da "natureza e essência humanas", pois, segundo ele, “somos primeiro sociais e depois
nos individualizamos” (NEVES & DAMIANI, 2006).
Ora vejamos: a criança moçambicana inicia a pré-primária ou a primeira classe sem noções
básicas nem do alfabeto e nem da aritmética. Chega à escola pela primeira vez e depara-se com
uma realidade completamente diferente da que ela vinha vivendo no seu dia-a-dia. Desta feita, ela
passa a interagir com o professor e com os colegas para aprender. Nessa interacção, a criança
adquire conhecimentos, habilidades, atitudes, valores, hábitos, etc, que vão promover o seu
desenvolvimento cognitivo. Neste processo, o professor tem um papel explícito, agindo
como mediador entre o aluno e o conhecimento, sobre a zona de desenvolvimento próximas da
criança com vista a tornar real o conhecimento potencial que antes se encontrava em forma de
possibilidades.
Embora outras pessoas já tenham escrito bastante e, se calhar, com muita criatividade e
competência sobre este tema, é minha convicção que para uma clara efectivação das práticas
pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem em Moçambique é fundamental que se leve em
consideração as seguintes implicações educacionais da teoria sociocultural de Vygotsky:
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d) O professor deve agir sobre a zona de desenvolvimento poximal com vista a provocar avanços
no aluno, que não ocorreriam espontaneamente, de modo a adiantar e a tornar real o
conhecimento potencial;
f) O professor deve ter em consideração a linguagem a utilizar na sala de aulas, visto ser um
instrumento que permite ao aluno comunicar e verbalizar o seu pensamento.
Estas implicações que acabei de me referir culminam no ensino e na avaliação que são, conforme
Vygotsky, algumas das implicações da zona de desenvolvimento próximas, na medida em que, no
ensino, os alunos são colocados em situações nas quais têm que fazer esforço para
compreenderem a matéria, ao mesmo tempo que são estimulados a usar a linguagem para
organizar os seus pensamentos e a falar para exteriorizara-los (os pensamentos). Nesses
processos, o diálogo, a interacção e a discussão entre os alunos em grupos são elementos
importantíssimos para a aprendizagem. Na avaliação, o professor testa os conhecimentos que a
criança adquiriu durante um período específico de tempo.
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4. Conclusão
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que
não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se actualizando conforme o
tempo passa. O desenvolvimento é pensado como um processo, onde estão presentes a maturação
do organismo, o contacto com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que
permitem a aprendizagem. Ou seja, o desenvolvimento é um processo que se da de dentro para
fora. A partir daí, é possível dizer que entre o desenvolvimento e as possibilidades de
aprendizagem há uma estreita relação, a qual é analisada segundo dois eixos. Por um lado, existe
um desenvolvimento actual da criança, tal como pode ser avaliado por meio de provas
padronizadas ou não, observações, entrevistas etc. por outro lado, existe um desenvolvimento
potencial, que pode ser calculado a partir daquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda de
um adulto num certo momento, e que realizará sozinha mais tarde. Esta capacidade potencial,
mais ou menos actualizável durante uma interacção. Dessa maneira, a aprendizagem se torna um
factor de desenvolvimento.
Tendo em vista que é a aprendizagem quem determina o desenvolvimento, Vygotsky formula o
conceito de zona do desenvolvimento próximas para explicar como há essa influência entre
aprendizagem de desenvolvimento.
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4. Referências Bibliográficas
Castorina, J. A. et al (2003). Piaget-Vygotsky: Novas contribuições para o debate. São Paulo:
Ática, 6ª ed.
Frawley, W. (2000). Vygotsky e a Ciência Cognitiva: Linguagem e integração das mentes social e
computacional. Porto Alegre: Artmed.
http://www.dfi.ccet.ufms.br/prrosa/Pedagogia/Capitulo_5.pdf.
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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................................... 2
1.2. Metodologia............................................................................................................................... 3
2. Revisão da Literatura.................................................................................................................... 4
4. Referências Bibliográficas.......................................................................................................... 11
4. Conclusão ................................................................................................................................... 10