MANIFESTO DA ARTE EM REALIDADE AUMENTADA
Tudo que é visível deve crescer além de si mesmo e estender-se no Reino do Invisível.
Tron, 1982
A realidade aumentada (RA) cria realidades espaciais de coexistência, em que tudo é possível
– em qualquer lugar!
O futuro da RA não possui fronteiras entre o real e o virtual. No futuro da RA nos tornamos
mídia. Libertando o virtual de uma tela estagnada, transformamos dados em espaço físico, em
tempo-real.
O vidro de segurança do display é abalado e o físico e o virtual são unidos em um novo entre-
espaço. Esse espaço é onde escolhemos criar.
Estamos derrubando as portas misteriosas do impossível! Tempo e espaço morreram ontem.
Já vivemos no absoluto, porque já criamos a eterna e onipresente presença geolocativa.
No século 21, telas não são mais fronteiras. Câmeras não são mais lembranças. Com RA, o
virtual aumenta e realça o real, configurando o mundo material em diálogo com espaço e
tempo.
Na era do coletivo virtual instantâneo, ativistas de RA agravam e aliviam a tensão superficial e
a pressão osmótica entre o chamado virtual conectado e o chamado real físico.
Agora hordas de criativos de RA em rede implantam meios virtuais virais para sobrepor, e
então sobrecarregar, sistemas sociais fechados alojados em hierarquias físicas. Criam
provocações subliminais, estéticas e políticas em RA, acionando perturbações técnicas em uma
subestratosfera de experiências online e offline.
Estando firmemente no real, expandimos a influência do Virtual, integrando-o e mapeando-o
no mundo à nossa volta. Objetos, subprodutos banais, imagens fantasma e eventos radicais
coexistirão em nossas residências e em nossos espaços públicos.
Com RA instalamos, revisamos, permeamos, simulamos, expomos, decoramos, deciframos,
infestamos e desmascaramos instituições públicas, identidades e objetos anteriormente nas
mãos da elite propagadora de políticas públicas e artísticas, no chamado real físico.
O telefone celular e futuros dispositivos de visualização são testemunhas materiais de objetos
dimensionais efêmeros, eventos pós-esculturais e arquiteturas inventivas. Invadimos a
Realidade com nosso espírito virtual viral.
RA não é um plano marcial de deslocamento vanguardista, é um movimento de acesso aditivo
que atua como camada, se relaciona e se funde. Engloba todas as modalidades. Contra o
espetáculo, a cultura da realidade aumentada introduz participação total.
Realidade aumentada é uma nova forma de arte, mas é anti-arte. É primitiva, o que amplifica
sua potência viral. É a pintura ruim desafiando a pintura boa. Revela-se nos lugares errados.
Toma o palco sem permissão. É arte conceitual relacional que se auto-atualiza.
RA é arte anti-gravidade, está escondida e precisa ser encontrada. É instável e inconstante. É
ser e se tornar, real e imaterial. Está ali e pode ser encontrada – se você procurá-la.
Endossado pelos membros fundadores do grupo cyber ativista manifest.AR, em 25 Janeiro
2011: Tamiko Thiel, Will Pappenheimer, Mark Skwarek, Sander Veenhof, Christopher
Manzione, John Craig Freeman, e Geoffrey Alan Rhodes.
MANIFESTO DA ARTE EM REALIDADE AUMENTADA
Tudo que é visível deve crescer além de si mesmo e estender-se no Reino do Invisível.
Tron, 1982
A realidade aumentada (RA) cria realidades espaciais de coexistência, em que tudo é possível
– em qualquer lugar!
O futuro da RA não possui fronteiras entre o real e o virtual. No futuro da RA nos tornamos
mídia. Libertando o virtual de uma tela estagnada, transformamos dados em espaço físico, em
tempo-real.
O vidro de segurança do display é abalado e o físico e o virtual são unidos em um novo entre-
espaço. Esse espaço é onde escolhemos criar.
Estamos derrubando as portas misteriosas do impossível! Tempo e espaço morreram ontem.
Já vivemos no absoluto, porque já criamos a eterna e onipresente presença geolocativa.
No século 21, telas não são mais fronteiras. Câmeras não são mais lembranças. Com RA, o
virtual aumenta e realça o real, configurando o mundo material em diálogo com espaço e
tempo.
Na era do coletivo virtual instantâneo, ativistas de RA agravam e aliviam a tensão superficial e
a pressão osmótica entre o chamado virtual conectado e o chamado real físico.
Agora hordas de criativos de RA em rede implantam meios virtuais virais para sobrepor, e
então sobrecarregar, sistemas sociais fechados alojados em hierarquias físicas. Criam
provocações subliminais, estéticas e políticas em RA, acionando perturbações técnicas em uma
subestratosfera de experiências online e offline.
Estando firmemente no real, expandimos a influência do Virtual, integrando-o e mapeando-o
no mundo à nossa volta. Objetos, subprodutos banais, imagens fantasma e eventos radicais
coexistirão em nossas residências e em nossos espaços públicos.
Com RA instalamos, revisamos, permeamos, simulamos, expomos, decoramos, deciframos,
infestamos e desmascaramos instituições públicas, identidades e objetos anteriormente nas
mãos da elite propagadora de políticas públicas e artísticas, no chamado real físico.
O telefone celular e futuros dispositivos de visualização são testemunhas materiais de objetos
dimensionais efêmeros, eventos pós-esculturais e arquiteturas inventivas. Invadimos a
Realidade com nosso espírito virtual viral.
RA não é um plano marcial de deslocamento vanguardista, é um movimento de acesso aditivo
que atua como camada, se relaciona e se funde. Engloba todas as modalidades. Contra o
espetáculo, a cultura da realidade aumentada introduz participação total.
Realidade aumentada é uma nova forma de arte, mas é anti-arte. É primitiva, o que amplifica
sua potência viral. É a pintura ruim desafiando a pintura boa. Revela-se nos lugares errados.
Toma o palco sem permissão. É arte conceitual relacional que se auto-atualiza.
RA é arte anti-gravidade, está escondida e precisa ser encontrada. É instável e inconstante. É
ser e se tornar, real e imaterial. Está ali e pode ser encontrada – se você procurá-la.
Endossado pelos membros fundadores do grupo cyber ativista manifest.AR, em 25 Janeiro
2011: Tamiko Thiel, Will Pappenheimer, Mark Skwarek, Sander Veenhof, Christopher
Manzione, John Craig Freeman, e Geoffrey Alan Rhodes.