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RESUMO LINGUAGEM ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO, FARACO, Carlos Alberto.

José Izaias Dalcol Junior.

A linguagem verbal é uma característica básica da espécie humana, as linguagens de outros


animais não se aproximam nem remotamente da mesma. O ser humano tem a capacidade
de substituir a imediação da experiência pela mediação dos signos. Embora a linguagem
verbal nos seja profundamente familiar, não conseguimos penetrar filosófica e cientificamente
em seus mistérios, já que boa parte de seu funcionamento é inteiramente não consciente. As
crianças passam de não falantes a falantes, através de um processo que ocorre de modo
espontâneo: não é preciso ensinar a língua da comunidade a ela, basta que esteja em contato
com seus falantes. A criança entende as enunciações na língua de sua comunidade muito
antes de começar efetivamente a falar, não domina a língua apenas por imitação, há em seu
cérebro uma atividade cognitiva que opera sobre os dados que recebe do exterior. Quanto a
origem da linguagem verbal. Temos a hipótese de que a linguagem teve um desenvolvimento
vagaroso e foi crescendo em complexidade ao longo de milênios. Outra seria, que a linguagem
como conhecemos surgiu junto com a espécie e está relacionada a uma mutação radical dos
hominídeos mais antigos. No século XIX multiplicaram-se “soluções” inverossímeis. Todas
propunham uma origem muito simples e, por nunca considerarem a sua alta complexidade
intrínseca, nada diziam sobre como se deu o grande salto do muito simples para o altamente
complexo. Para se ter uma ideia da complexidade de uma língua, basta lembrar que qualquer
língua é uma realidade estrutural infinita. O número de sons é finito, o número de palavras é
finito, o número de regras também é finito. Apesar disso, o número de enunciados possíveis
numa língua é infinito, a língua nos permite fazer uso infinito de meios finitos. Embora as
línguas sejam muito diferentes entre si, elas não diferem em seu grau de complexidade, as
línguas são muito diferentes entre si, mas a linguagem verbal é uma só. Por outro lado, se
olharmos pelo viés de cada indivíduo, observamos que sua expressão linguística tem uma
clara dimensão singular. Uma língua é um universo infinito e em contínuo movimento. Ela não
é uma realidade estática, que possa ser congelada num dicionário e numa gramática. Ela não
uma mera coleção de sons, palavras e enunciados. Ela é, uma realidade aberta em contínuo
movimento, tem de ser assim para dar forma a miríade de eventos que ocorrem
continuamente no interior da sociedade que a fala. Uma língua é sempre uma realidade plural,
um conjunto de incontáveis variedades, inúmeros dialetos geográficos e sociais,
variadíssimos estilos, incontáveis registros aliados as mais diversas atividades humanas.
Apesar de não haver variedade sem organização interna, muitas vezes, por pura ignorância
ou preconceito social, há quem ache que algumas variedades não têm gramática, são
erradas, são deformações da verdadeira língua. O cerne do problema está na estrutura social
profundamente marcada pela desigualdade. Língua não é só diversidade. Há também
situações que favorecem certas tendências e processos unificadores. Os meios de
comunicação tornam algumas variedades amplamente audíveis, isso as projeta em meio a
diversidade e lhes dá uma certa força unificadora. Ao mesmo tempo, contudo, essas
variedades podem também acirrar a diversidade. A expressão escrita da linguagem verbal,
tende a favorecer as forças mais unificadoras. Apesar das limitações e das exigências estritas
que caracterizam o meio escrito, este tem sobre o meio oral a vantagem da permanência.
Essa propriedade de permanência do meio escrito é responsável pela importância que ele
adquiriu na história humana. Isso, de certa forma, continua acontecendo, embora o
desenvolvimento da comunicação mediada por computador tenha trazido a possibilidade da
sincronia. Estamos vivendo, um tempo pleno de novas experiências interacionais e de
consequentes mudanças na expressão verbal, seja na oralidade, seja na escrita.

UEPG – Lic. Letras Português/Inglês – 1º NA – 2018.

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