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[1] O documento discute a linguagem humana, sua complexidade inerente e origem evolutiva ao longo de milênios, e como as crianças adquirem a linguagem de forma espontânea através da exposição aos falantes da sua comunidade. [2] Também aborda a natureza infinita e dinâmica das línguas, e como a escrita tende a favorecer forças de unificação ao conferir permanência aos registros linguísticos. [3] Por fim, reconhece que as línguas são plurais e
[1] O documento discute a linguagem humana, sua complexidade inerente e origem evolutiva ao longo de milênios, e como as crianças adquirem a linguagem de forma espontânea através da exposição aos falantes da sua comunidade. [2] Também aborda a natureza infinita e dinâmica das línguas, e como a escrita tende a favorecer forças de unificação ao conferir permanência aos registros linguísticos. [3] Por fim, reconhece que as línguas são plurais e
[1] O documento discute a linguagem humana, sua complexidade inerente e origem evolutiva ao longo de milênios, e como as crianças adquirem a linguagem de forma espontânea através da exposição aos falantes da sua comunidade. [2] Também aborda a natureza infinita e dinâmica das línguas, e como a escrita tende a favorecer forças de unificação ao conferir permanência aos registros linguísticos. [3] Por fim, reconhece que as línguas são plurais e
RESUMO LINGUAGEM ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO, FARACO, Carlos Alberto.
José Izaias Dalcol Junior.
A linguagem verbal é uma característica básica da espécie humana, as linguagens de outros
animais não se aproximam nem remotamente da mesma. O ser humano tem a capacidade de substituir a imediação da experiência pela mediação dos signos. Embora a linguagem verbal nos seja profundamente familiar, não conseguimos penetrar filosófica e cientificamente em seus mistérios, já que boa parte de seu funcionamento é inteiramente não consciente. As crianças passam de não falantes a falantes, através de um processo que ocorre de modo espontâneo: não é preciso ensinar a língua da comunidade a ela, basta que esteja em contato com seus falantes. A criança entende as enunciações na língua de sua comunidade muito antes de começar efetivamente a falar, não domina a língua apenas por imitação, há em seu cérebro uma atividade cognitiva que opera sobre os dados que recebe do exterior. Quanto a origem da linguagem verbal. Temos a hipótese de que a linguagem teve um desenvolvimento vagaroso e foi crescendo em complexidade ao longo de milênios. Outra seria, que a linguagem como conhecemos surgiu junto com a espécie e está relacionada a uma mutação radical dos hominídeos mais antigos. No século XIX multiplicaram-se “soluções” inverossímeis. Todas propunham uma origem muito simples e, por nunca considerarem a sua alta complexidade intrínseca, nada diziam sobre como se deu o grande salto do muito simples para o altamente complexo. Para se ter uma ideia da complexidade de uma língua, basta lembrar que qualquer língua é uma realidade estrutural infinita. O número de sons é finito, o número de palavras é finito, o número de regras também é finito. Apesar disso, o número de enunciados possíveis numa língua é infinito, a língua nos permite fazer uso infinito de meios finitos. Embora as línguas sejam muito diferentes entre si, elas não diferem em seu grau de complexidade, as línguas são muito diferentes entre si, mas a linguagem verbal é uma só. Por outro lado, se olharmos pelo viés de cada indivíduo, observamos que sua expressão linguística tem uma clara dimensão singular. Uma língua é um universo infinito e em contínuo movimento. Ela não é uma realidade estática, que possa ser congelada num dicionário e numa gramática. Ela não uma mera coleção de sons, palavras e enunciados. Ela é, uma realidade aberta em contínuo movimento, tem de ser assim para dar forma a miríade de eventos que ocorrem continuamente no interior da sociedade que a fala. Uma língua é sempre uma realidade plural, um conjunto de incontáveis variedades, inúmeros dialetos geográficos e sociais, variadíssimos estilos, incontáveis registros aliados as mais diversas atividades humanas. Apesar de não haver variedade sem organização interna, muitas vezes, por pura ignorância ou preconceito social, há quem ache que algumas variedades não têm gramática, são erradas, são deformações da verdadeira língua. O cerne do problema está na estrutura social profundamente marcada pela desigualdade. Língua não é só diversidade. Há também situações que favorecem certas tendências e processos unificadores. Os meios de comunicação tornam algumas variedades amplamente audíveis, isso as projeta em meio a diversidade e lhes dá uma certa força unificadora. Ao mesmo tempo, contudo, essas variedades podem também acirrar a diversidade. A expressão escrita da linguagem verbal, tende a favorecer as forças mais unificadoras. Apesar das limitações e das exigências estritas que caracterizam o meio escrito, este tem sobre o meio oral a vantagem da permanência. Essa propriedade de permanência do meio escrito é responsável pela importância que ele adquiriu na história humana. Isso, de certa forma, continua acontecendo, embora o desenvolvimento da comunicação mediada por computador tenha trazido a possibilidade da sincronia. Estamos vivendo, um tempo pleno de novas experiências interacionais e de consequentes mudanças na expressão verbal, seja na oralidade, seja na escrita.
UEPG – Lic. Letras Português/Inglês – 1º NA – 2018.