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UNIVERSIDADE FUMEC

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA – FEA


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO /CIVIL

Flávio Zauli Braga


Francisco Lira Torres
Javier Etrusco Curilem Mardones
Vinícius Carvalho Abissamara
Vinicius Rodrigues Neiva

AVALIAÇÃO PRELIMINAR QUANTO A SUSCETIBILIDADE DE


MOVIMENTAÇÃO DE MASSA ENTRE O KM 7 AO KM 8 DA MG/356 - SERRA
DO CURRAL/MG

ANDERSON A. GERVÁSIO SILVA

Belo Horizonte,
Outubro/2017

1
Flávio Zauli Braga
Francisco Lira Torres
Javier Etrusco Curilem Mardones
Vinícius Carvalho Abissamara
Vinicius Rodrigues Neiva

AVALIAÇÃO PRELIMINAR QUANTO A SUSCETIBILIDADE DE


MOVIMENTAÇÃO DE MASSA ENTRE O KM 7 AO KM 8 DA MG/356 - SERRA
DO CURRAL/MG

Trabalho Acadêmico apresentado á


Faculdade Engenharia e Arquitetura da
Universidade Fumec, como requisito para a
conclusão do curso de Engenharia de
Produção Civil/Produção.

Orientador: Me. Anderson A. Gervásio Silva

Belo Horizonte

2017

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Flávio Zauli Braga
Francisco Lira Torres
Javier Etrusco Curilem Mardones
Vinícius Carvalho Abissamara
Vinicius Rodrigues Neiva

Trabalho Final de Curso –TFC, apresentado à Faculdade de Engenharia e


Arquitetura da Universidade Fumec, como requisito para a conclusão do curso de
Engenharia de Produção/ Civil, 2º semestre de 2017.

Banca Examinadora

ANDERSON A. GERVÁSIO SILVA

JORGE LUIZ MARTINS FERREIRA

ANTÔNIO LÚCIO DO NASCIMENTO PASSOS

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RESUMO

Este trabalho propõe uma análise de risco quanto a suscetibilidade de


movimentações de massa entre o KM 7 ao KM 8 da MG/365, na região da Serra
do Curral/MG.
Para a realização deste, foi realizado um estudo bibliográfico sobre as condições
geológicas e geotécnicas do local, tipos de movimentações de massa e métodos
para análises de estabilidade. Posteriormente, foram utilizados mapas
topográficos, relatórios sondagens e softwares de cálculos de análises de
estabilidade a fim de determinar as seções transversais mais críticas da região,
permitindo, dessa maneira, sugestionar possíveis soluções técnica para a
estabilização da região.

Palavras-chave: Trabalho acadêmico. Estudo bibliográfico. Solução técnica.

4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 – Tipo de geologia............................................................ 16


Quadro 02 – Tipo de métodos de Investigação.................................. 19
Figura 01 – Ilustração da ocorrência de rastejo................................ 24
Foto 01 – Rastejo........................................................................... 24
Figura 02 – Escorregamentos planares translacionais..................... 25
Foto 02 – Escorregamentos planares............................................ 26
Figura 03 – Escorregamentos circulares.......................................... 26
Foto 03 – Escorregamento circular ocorrido em La Conchita,
Califórnia/EUA................................................................ 27
Figura 04 – Ilustração do escorregamento em cunha....................... 28
Foto 04 – Escorregamento tipo cunha em Montgomery................. 28
Figura 05 – Queda de blocos............................................................. 29
Figura 06 – Tombamento................................................................... 30
Figura 07 – Desplacamento rochoso................................................. 30
Figura 08 – Corridas de massa no Morro de Bumba em Niterói/RJ.. 31
Gráfico 01 – Variação de Ko............................................................... 34
Figura 09 – Empuxo ativo.................................................................. 36
Figura 10 – Empuxo ativo x Empuxo passivo.................................... 36
Quadro 03 – Métodos utilizados para cálculos de estabilidade........... 37
Figura 11 – Forças que atuam em uma fatia pelo Método Fellenius.. 38
Figura 12 – Fatia Método Bishop Simplificado.................................... 40
Figura 13 – Método de Janbu Simplificado.......................................... 41
Figura 14 – Forças aplicadas a uma fatia de solo............................... 42
Figura 15 – Determinação gráfica do fator de segurança pelo
método Spencer................................................................ 43
Quadro 04 – Vantagens da utilização de muros de gabiões para
contenção de encostas..................................................... 44
Figura 16– Muro de gabião................................................................. 45
Figura 17 – Muro de solo cimento........................................................ 46

5
Figura 18 – Muro de pneu.................................................................... 47
Figura 19 – Muro à flexão..................................................................... 48
Figura 20 – Muro contraforte................................................................ 49
Figura 21 – Muro atirantado.................................................................. 50
Figura 22 – Jet grouting........................................................................ 51
Figura 23 – Solo grampeado................................................................. 52
Figura 24 – Solo reforçado.................................................................... 53
Figura 25 – Geossintéticos.................................................................... 54
Figura 26 – Biomanta vegetal............................................................... 54
Figura 27 – Levantamento topográfico.................................................. 62
Quadro 05 – Compacidade e consistência............................................... 63
Figura 28 – Boletim de sondagem folha 1.............................................. 64
Figura 29 – Boletim de sondagem folha 2.............................................. 65
Figura 30 – Boletim de sondagem folha 3.............................................. 66
Figura 31 – Secção do perfil 3 com Fs abaixo da norma de segurança 68
Figura 32 – Secção com o pior fator de segurança, perfil 14................. 69
Figura 33 – Solo grampeado.................................................................. 70
Figura 34 - Biomanta vegetal.................................................................. 71

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Correlações empíricas para estimativa de ko...................... 35


Tabela 02 – Parâmetros de Resistência do Solo..................................... 63

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LISTA DE SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

b – comprimento base da lamela


c’ – coesão efetiva do solo;
FEA – Faculdade de Engenharia e Arquitetura
Fs – fator de segurança quanto ao cisalhamento do solo
Fumec – Fundação Mineira de Educação e Cultura

H – altura da fatia
ℎ – altura da lamela
IES – Instituição de Ensino Superior

n – porosidade
NBR – Norma Brasileira Registrada
OCR – over consolidation ratio
SPT - Sondagem à percussão com torque
PMT – Ensaio pressiométrico
PP1mc – Supergrupo Minas Caraça
PP1mcb – Supergrupo Minas Caraça Batatal
PP1mcm – Supergrupo Minas Caraça Moeda
PP1mic – Supergrupo Minas Itabira Cauê
PP1mig - Supergrupo Minas Itabira Gandarela
PP1mpb – Supergrupo Minas Piracicaba Barreiro
PP1mpc - Supergrupo Minas Piracicaba Cercadinho
PP1mpf - Supergrupo Minas Piracicaba fecho do funil
PP1mpt - Supergrupo Minas Piracicaba toboões
PP2ms – Supergrupo Minas Sabará
TFC – Trabalho Final de Curso
α – inclinação do talude
𝑙 – comprimento da corda AB da base de uma lamela

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𝛾 – peso específico do solo
𝜇 – poropressão media na base da fatia;

𝐸𝑜 – empuxo no repouso

𝐾𝑜 – coeficiente empuxo no repouso;


𝑁𝑖 – força normal (“efetiva”) atuante na base da lamela
𝑤𝑖 𝑜𝑢 𝑃 – peso total da lamela
𝑥𝑖 – força atuante na face direita da lamela

𝜎ℎ ′ – tensão principal horizontal efetiva;

𝜎𝑣 ′ – tensão principal vertical efetiva;


∅" – ângulo de atrito efetivo do solo

∅′ – ângulo de atrito efetivo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 13

1.1 Justificativa ............................................................................................... 13

1.2 Objetivo .................................................................................................... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 15

2.1 Geologia e geotecnia ............................................................................... 15

2.1.1 Geologia teórica ou geral ......................................................................... 16

2.1.2 Geologia aplicada .................................................................................... 17

2.1.3 Geologia da área em estudo .................................................................... 19

2.1.4 Geologia aplicada a Engenharia .............................................................. 22

2.2 Movimentos de massa ............................................................................. 23

2.2.1 Tipos de movimentos de massa ............................................................... 23

2.2.1.1 Planares ................................................................................................... 25

2.2.1.2 Circulares ................................................................................................. 26

2.3 Metodos de análises de estabilidade ....................................................... 32

2.3.1 Definição de empuxo de terra ................................................................. 32

2.3.2 Empuxo no repouso ................................................................................. 32

2.3.3 Empuxo ativo x empuxo passivo .............................................................. 35

2.3.3.1 Empuxo ativo ........................................................................................... 35

2.3.3.2 Empuxo passivo ....................................................................................... 35

2.3.4 Métodos de análise de estabilidade de taludes ........................................ 37

2.3.5 Método de Fellenius ................................................................................. 38

2.3.6 Bishop simplificado................................................................................... 39

2.3.7 Janbu simplificado .................................................................................... 40

2.3.7 Método de Spencer .................................................................................. 41

10
2.4 Tipos de contenção .................................................................................. 43

2.4.1 Muros de gravidade.................................................................................. 43

2.4.2 Muro de gabiões ...................................................................................... 44

2.4.3 Muro de solos cimentos ........................................................................... 45

2.4.4 Muro de solo-pneu ................................................................................... 46

2.4.5 Muros à flexão .......................................................................................... 47

2.4.6 Muros de contrafortes .............................................................................. 48

2.4.7 Cortina atirantada ..................................................................................... 49

2.4.8 Reforço do terreno ................................................................................... 50

2.4.9 Jet grouting .............................................................................................. 50

2.4.10 Solos grampeados ................................................................................... 51

2.4.11 Solo reforçado .......................................................................................... 52

2.4.12 Geossintéticos .......................................................................................... 53

2.4.13 Biomanta .................................................................................................. 54

2.5 Drenos horizontais profundos (DHP’S) .................................................... 55

2.6 Softwares para avaliação de estabilidade ................................................ 56

2.6.1 SLOPE/W ................................................................................................. 56

2.6.2 GawacWin ................................................................................................ 56

2.6.3 MACS.T.A.R.S ......................................................................................... 57

2.6.4 Geo5 ....................................................................................................... 57

2.6.5 Slide 7.0 ................................................................................................... 57

3 MATERIAIS E METÓDOS ....................................................................... 59

3.1 Sondagem SPT ....................................................................................... 59

3.2 Autocad .................................................................................................... 59

4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 61

11
4.1 Análise planialtimétrica;............................................................................ 61

4.2 Análise dos dados de investigações geotécnicas adquiridas ................... 63

4.3 Desenvolvimento das seções transversais e cálculos.............................. 67

4.3.1 Análise das seções críticas ...................................................................... 67

4.3.2 Análise de possíveis movimentações de massa ...................................... 69

5 ALTERNATIVAS PROPOSTAS ............................................................... 70

5.1 Solo grampeado ....................................................................................... 70

5.2 Biomanta .................................................................................................. 71

6 CONSIDERAÇOES FINAIS ..................................................................... 72

7 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 73

8 APÊNDICES ............................................................................................ 78

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1. INTRODUÇÃO

Regiões com topografia de alta declividade, naturalmente são áreas vulneráveis


quanto a possíveis movimentações de massa, uma vez que os maciços terrosos
ou rochosos estão sujeitos as intempéries, assim como sob ação da elevação do
grau de saturação e atuação de forças de percolação de águas superficiais e
subterrâneas. A região em estudo, trata-se de uma encosta, serra, de declividade
elevada e com históricos de movimentações de massa localizada em função das
características e propriedades geológicas/geotécnicas. Portanto, análises
preliminares quanto as condições de estabilidade, se fazem necessário para
promover dados para desenvolvimento de soluções quando de futuras
construções na região em estudo.
O presente trabalho propõe uma análise de risco quanto a suscetibilidade de
movimentações de massa, e em um trecho específico apresentando possíveis
sistemas aplicáveis à estabilização de encostas. A realização do trabalho, de
cunho acadêmico, se dará a partir de um vasto estudo bibliográfico sobre as
condições geológicas e geotécnicas do local, bem como sobre os tipos de
movimentações de massa e métodos para análises de estabilidade.
Posteriormente, envolverá a utilização mapas topográficos e relatórios de
sondagens para gerar as seções transversais com as características dos
substratos ensaiados e finalmente a aplicação de softwares de cálculos de
análises de estabilidades de encostas, os quais utilizam métodos consagrados no
meio geotécnico

1.1. Justificativa

A investigação de um solo ou rocha deve ser realizada antes de qualquer cálculo


estrutural, podendo evitar gastos excessivos de fundações e garantir que futuros
danos tais como desabamentos e deslizamentos não venham a acontecer ou não
sejam impactantes a população. A encosta em estudo localizada próximo a
MG/356 entre o KM7 e KM8 na região Serra do Curral/MG se encontra em um

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vetor de expansão de Belo Horizonte, onde podem surgir novos
empreendimentos, as unidades geológicas envolvidas nesta região influenciam
diretamente em suas propriedades geomecânicas, ou seja, os fenômenos de
movimentação de massa fazem parte da dinâmica natural de formação da
encosta, sendo assim se faz necessário realizar análise de estabilidade da região
abordada, visando mitigação de danos às futuras construções.

1.2. Objetivo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a estabilidade dos cortes


transversais das seções mais críticas definidas através do levantamento
planialtimétrico e boletins sondagens adquiridos referente à encosta localizada
próxima a MG/356 entre o KM7 e KM8 na região Serra do Curral/MG e a partir
desta análise identificar os pontos de ocorrência de movimentações em massa.
Após identificação destes pontos e de acordo com a estrutura geológica do maciço
abordado no trabalho propomos intervenções necessárias para a estabilização
caso sejam realizados novos empreendimentos nesta região.
É de extrema importância demonstrar que o estudo de estabilidade de encostas
previamente a execução de obras próximas a estes tipos de formação geológica, é
essencial, evitando gastos e danos futuros.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Geologia e Geotecnia

O termo geologia refere-se ao grego: Geo – Terra; Logos – Estudo.


A Geologia surgiu devido à busca do entendimento da formação e evolução da
Terra, é a ciência que estuda as características do interior e da superfície da
crosta terrestre, abrangendo disposição das rochas e solos, composição
(estrutura), história e agentes ocasionadores de sua formação e constante
transformação. A escala de um estudo geológico é bem diversificada, levando em
consideração que as conclusões de um trabalho podem ser baseadas em dados
gerados de ensaios laboratoriais e através de estudos in loco, uma vez que este
envolve grandes dimensões de escala e de tempo.
A geologia está coligada a ciências básicas e exatas (biologia, física, química e
matemática), que atuando com ferramentas e procedimentos específicos, nos
permite obter dados qualitativos e quantitativos de um solo ou rocha. Para início
de um estudo geológico é importante sabermos alguns conceitos definidos na
NBR 6502, como definição do solo, o qual se trata de “material proveniente da
decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou
não conter matéria orgânica” e rocha: “material sólido, consolidado e constituído
por um ou mais minerais, com características físicas e mecânicas específicas para
cada tipo”.
A classificação geológica tem como processos, análise morfológica, verificação
dos aspectos ambientais do local e coleta de dados táctil-visual, onde podemos
identificar aspectos como textura, cor e plasticidade. Para análise do
comportamento mecânico do maciço, se faz necessário a realização de ensaios
ou investigações que permitem conhecer as propriedades geomecânicas, a área
que trata este tipo de estudo é denominado de Geotécnia.
Pela amplitude da geologia e sua interação com outras áreas das ciências, fez-se
necessário sua divisão, visando facilitar o entendimento e ter um foco maior no
estudo da área

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Quadro 01 - Tipos de Geologia
GEOLOGIA
Mineralogia
Petrografia
Teórica ou Geologia Física Sedimentologia
Geral Estrutural
Geomorfologia
Paleontologia
Geologia Histórica
Estratigrafia
Exploração de áreas ricas em
Economia
recursos naturais.
Aplicada Construções/soluções tipo
Engenharia barragens, fundações, túneis,
estradas.
Fonte: os autores (2017).

2.1.1. Geologia Teórica ou Geral

Física: materiais constituintes da crosta terrestre, estruturas e formas.

 Mineralogia: estudo das formas físicas e composições e propriedades químicas


dos minerais.

 Petrografia: estudo da origem e ocorrência das rochas (arranjo dos grânulos


minerais, estado de alteração).

 Sedimentologia: estudo dos depósitos sedimentares, identificação de como


eram os ambientes passados para entender o atual.

 Estrutural: análise dos elementos estruturais da rocha e os gerados devido à


esforções.

 Geomorfologia: estuda a forma como são geradas as deformações da crosta


terrestre e as progressões da mesma, identificando os principais agentes
causadores e determinando uma classificação.

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Histórica: história e evolução de formações e fenômenos acontecidos na Terra,
apresentando uma estimativa cronológica da geologia de um determinado
local.

 Paleontologia: estudo da vida pré-histórica através de fósseis, materiais


orgânicos e outros vestígios descobertos nas rochas. Tais evidências
passadas permitem uma análise da evolução do local de acordo com o tempo
geológico.

 Estratigrafia: estudo da sequência das camadas e suas interações de uma


rocha e correlação com os processos evolutivos da Terra.

2.1.2. Geologia Aplicada

 Economia: estudo interdisciplinar que envolve aplicação de princípios


geológicos para detecção de áreas com amplas formações de recursos
naturais como minerais, gás, petróleo e hídricos e ainda para planejamento de
uma execução de fundação.

 Engenharia: estudo geológico de uma determinada região onde será


executada obra civil (implantação de barragem, fundação, túnel, ponte,
estradas, contenções, drenagem, etc.).

A geotecnia é a área tratante de projetos de engenharia que para sua


execução, dependem da amostragem de solos ou rochas, objetivando
identificar dados referentes às propriedades mecânicas do mesmo, tais dados
são obtidos através de ensaios laboratoriais ou in loco. A eficiência desta
investigação geotécnica procede de um planejamento das etapas de
sondagem, de acordo com o objetivo do projeto, tais etapas são sequenciadas
da seguinte forma: estudo de sondagem preliminar, análise de projeto ou
complementar e análise para fase de execução.

O estudo preliminar consiste em obter características básicas do solo,


coletadas através de sondagens à percussão ou mistas, dependendo da
rigidez do local onde será feita a perfuração. Na análise de projeto o objetivo é

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caracterizar o maciço de acordo com suas propriedades mecânicas e
compatibilizar essas características com o tipo de projeto (fundação,
contenção, estabilização de encostas, estradas, etc.), são executadas mais
sondagens, de acordo com requisitos estabelecidos na norma NBR 6484 e
outras instruções normativas, nesta etapa podem ser utilizados tipos mais
específicos de sondagem. Na etapa de execução, o foco é adequar o projeto
aos pontos críticos levantados pelo projetista, com base nos dados levantados
na etapa anterior, levantamentos plani-altimétricos e planta de situação.

As amostragens geotécnicas são dividas em deformadas, sendo que são


utilizadas para verificação tátil-visual, ensaios de caracterização e
compactação e indeformadas, que são utilizadas para determinar
características físicas, permeabilidade, compressibilidade e resistência,
conforme NBR 9604.

Os métodos investigativos variam de acordo com os tipos de maciços a serem


amostrados e tipos de dados necessários para projeto. São divididos conforme
quadro (02) abaixo, onde na ultima coluna são citadas ferramentas utilizadas:

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Quadro 02 - Tipos de Métodos de Investigação

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO

Sondagem a trado e poços Trados manuais ou mecânicos

Diretos
Sondagem Mista Sonda Rotativa

Ensaio SPT Amostrador bipartido

Ensaio de Palheta Palheta em forma de cruz

Ensaio Pressiométrico Sonda cilíndrica, pressiômetro PBPMT


Semi Diretos
Ensaio Dilatométrico Equipamento hidráulico e lâminas metálicas

Ensaio CPT e CPTU Equipamento hidráulico e ponteira cônica

Indiretos Geofísica Equipamento que registra ondas da superfície

Fonte: os autores (2017).


2.1.3. Geologia da Área em Estudo

A serra do Curral está situada nos municípios de Belo Horizonte e Nova Lima,
representando hoje uma das linhas de expansão da capital, sendo assim é
importante que estudos referentes a análises de estabilidade de encostas dessa
região sejam realizados, objetivando que as futuras ocupações ocorram de
maneira planejada, evitando a probabilidade de sinistros. A estrutura geológica da
Serra do Curral possui característica uniforme, sequenciada de rochas
estratificadas, que conforme NBR 6502 significa “Rocha em que seus
componentes se dispõem em estratos ou camadas, devido à diferença de textura,
cor, resistência, composição, etc. sendo uma característica das rochas
sedimentares. ” Está localizada ao norte do Quadrilátero Ferrífero, fazendo parte
do Supergrupo minas que compõe a sequência metassedimentar.

Conforme mapa geológico de Belo Horizonte, o Supergrupo Minas é composto da


seguinte forma:

19
Grupo Sabará:

 PP2ms: Indiviso – Clorita xisto, clorita-sericita xisto, filito, grauvaca,


quartzito, estaurolita-granada xisto. Quartzito (qt). Quartzito chertoso (qtc).
Clorita xisto (c). Quartzito, filito e grauvaca parcialmente granitizados (g).

Grupo Piracicaba:

 PP1mpb: Formação Barreiro – Filito e filito grafitoso.

 PP1mpt: Formação Toboões – Quartzito de granulação muito fina.

 PP1mpf: Formação Fecho do Funil – Xisto e filito dolomístico.

 PP1mpc: Formação Cercadinho – Filito, filito grafitoso, quartzito, quartzito,


ferruginoso; conglomerado (cg) e grit basais. Lentes de dolomito (dm).
Quartzito ferruginoso (qtf).

Grupo Itabira:

 PP1mig: Formação Gandarela – Dolomito calcário magnesiano; itabirito


dolomítico, com filito e quartzito. Corpos de hematita (h).

 PP1mic: Formação Cauê – Itabirito, itabirito dolomítico, dolomito; itabirito


ocre na parte superior da formação. Lentes de hematita compacta e
pulverulenta (h).

Grupo Caraça:

 PP1mc: Indiviso – Quartzito intercalado com filito mxistoso; conglomerado


(cg) basal, local. Camada de quartzito (qt).

 PP1mcb: Formação Batatal – Xisto e filito cinza e marrom.

 PP1mcm: Formação Moeda – Quartzito com intercalações de filito e


conglomerado.

Segue abaixo descrição das siglas referentes à composição do solo da região


estudada, de acordo com Mapa Geológico de Belo Horizonte:

Grupo Sabará:

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 PP2ms: Indiviso – Clorita xisto, clorita-sericita xisto, filito, grauvaca,
quartzito, estaurolita-granada xisto. Quartzito (qt). Quartzito chertoso (qtc).
Clorita xisto (c). Quartzito, filito e grauvaca parcialmente granitizados (g).

Grupo Piracicaba:

 PP1mpb: Formação Barreiro – Filito e filito grafitoso.

 PP1mpt: Formação Toboões – Quartzito de granulação muito fina.

 PP1mpf: Formação Fecho do Funil – Xisto e filito dolomístico.

 PP1mpc: Formação Cercadinho – Filito, filito grafitoso, quartzito, quartzito,


ferruginoso; conglomerado (cg) e grit basais. Lentes de dolomito (dm).
Quartzito ferruginoso (qtf).

Grupo Itabira:

 PP1mig: Formação Gandarela – Dolomito calcário magnesiano; itabirito


dolomítico, com filito e quartzito. Corpos de hematita (h).

 PP1mic: Formação Cauê – Itabirito, itabirito dolomítico, dolomito; itabirito


ocre na parte superior da formação. Lentes de hematita compacta e
pulverulenta (h).

Grupo Caraça:

 PP1mc: Indiviso – Quartzito intercalado com filito mxistoso; conglomerado


(cg) basal, local. Camada de quartzito (qt).

 PP1mcb: Formação Batatal – Xisto e filito cinza e marrom.

 PP1mcm: Formação Moeda – Quartzito com intercalações de filito e


conglomerado.

21
2.1.4. Geologia aplicada a Engenharia

O desenvolvimento da geotecnia se deve em grande parte ao crescimento


desenfreado de áreas urbanas, o que tornou o espaço para ocupação mais
escasso, ocorrendo a necessidade de construção de edifícios mais altos e obras
de infraestrutura mais complexas, tendo em vista tais desafios para a engenharia,
se fez necessário sua interação com a geologia, que é realizada através da
geotecnia. O estudo geotécnico é realizado através de profissionais
especializados na área da mecânica dos solos , e permite obter cálculos mais
precisos relacionados ao comportamento mecânico e determinação de parâmetros
para análise de estabilidades. Sendo assim, o estudo geotécnico beneficia a
engenharia, permitindo a utilização do terreno natural e suas propriedades a favor
de seu projeto, tornando o mesmo mais seguro e econômico.

 Atividades de superfície

 Extração de materiais para construções

 Cortes para construção de estradas e mineração

 Captação de água subterrânea

 Fundações

 Túneis

 Barragens de terra e aterros

 Atividades de profundidade

 Escavações de túneis

 Escavações de minas

 Escavações de hidroelétricas

 Atividades especiais

 Engenharia de petróleo

22
 Engenharia Geotécnica

 Engenharia do meio Ambiente

2.2. Movimentos em Massa

Movimento em massa é nome dado para movimentos de superfícies que


provocam alteração do relevo.
São definidos como qualquer deslocamento de rochas ou sedimentos, em
superfícies inclinadas, estando relacionados principalmente, com a ação da
gravidade geralmente potencializados pela agua.

2.2.1. Tipos de movimentos de massa

Os movimentos em massa podem ser classificados em dois grupos. O primeiro


grupo está relacionado aos movimentos devidos à ação da gravidade que podem
ser classificados segundo AUGUSTO FILHO (1992), da seguinte forma:

 Rastejo ou Fluência (“creep”);


Velocidade muito baixa, medida em centímetros por ano, os movimentos
são constantes, sazonais ou intermitentes e a movimentação ocorre em
função de vários planos de deslocamento interno, geometria indefinida.
Dar para notar muitas vezes por encurvamento de cercas, postes e árvores.

23
Figura 01– Ilustração da ocorrência de rastejo

Fonte: Adaptado de Bloom. (1988). Apud Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998; organizada por Fábio
Reis [201-?].

Foto 01 – Rastejo

Fonte: PROIN/CAPES e UNESP/IGCE. (1999). Fábio Reis [201-?].

24
 Escorregamentos (slides);
Velocidade média e alta, pode ser medida por metros por hora, ou metros
por segundo. Poucos planos de deslocamento externo e geometria e
materiais variáveis.
No caso dos escorregamentos temos 3 planos de ruptura que são definidos
da seguinte maneira:

2.2.1.1. Planares

Lugares propícios para acontecer são em maciços rochosos, em função


da xistosidade, faturamento e foliciação. São comuns nas encostas brasileiras.

Figura 02 – Escorregamentos planares translacionais

Modificada de Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis;[201-?].

25
Foto 02 – Escorregamentos Planares

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis [201-?].

2.2.1.2. Circulares

Movimento de tipo rotacional imaginado um eixo, tornando comum


vários deslizamentos combinados.
Figura 03 – Escorregamentos Circulares

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis [201-?].

26
Foto 03 – Escorregamento circular ocorrido em La Conchita,
California/EUA.

Fonte: Universidade Estadual Paulista.(UNESP) [201-?].

Escorregamento em cunha acontece em estruturas planares de maciços rochosos.


Que se desloca em forma de um prisma.

27
Figura 04 – Ilustração do Escorregamento em Cunha

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis [201-?].

Foto 04 - Escorregamento tipo cunha em Montgomery

Fonte : Universidade Estadual Paulista(UNESP)[201-?].

28
 Quedas (“falls”);
Sem plano de deslocamento, o movimento acontece tipo queda livre
velocidade muito alta medida em metros por segundo, material rochoso e
geometria variável.

Figura 05– Queda de blocos

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis [201-?].

29
Figura 06 – Tombamento

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis [201-?].

Figura 07 – Desplacamento Rochoso

Fonte: Infanti Jr. & Fornasari Filho, 1998, organizada por Fabio Reis[201-?].

30
 Corridas (“flows”);
Muitas superfícies de deslocamento internas e externas, movimento
semelhante de um liquido viscoso, velocidade media e alta, extenso raio de
alcance, mesmo em áreas planas.

Figura 08– Corridas de massa no Morro de Bumba em Niterói/RJ

Fonte: Ivan Gonçalves Henaut,(2011)

O segundo grupo é classificado conforme origem da água, que é o principal


agente dos movimentos causados pelas erosões. As erosões podem ser causadas
por águas pluviais, fluviais e marítimas.

O Brasil é considerado muito suscetível aos movimentos de massa devido às


condições climáticas marcadas por verões de chuvas intensas em regiões de

31
grandes maciços montanhosos (i). Nos centros urbanos os movimentos de massa
têm tomado proporções catastróficas (ii).

2.3. Métodos de análises de estabilidade

2.3.1. Definição de empuxo de terra

Empuxo de terra são ações horizontais que um maciço de solo produz sobre as
obras com ele em contato. A determinação do valor do empuxo de terra é
fundamental para a análise e o projeto de obras como muros de arrimo, cortinas
de estacas-prancha, construção de subsolos, encontro de pontes, etc. O valor do
empuxo de terra, assim como a distribuição de tensões ao longo do elemento de
contenção, depende da interação solo-elemento estrutural durante todas as fases
da obra. O empuxo atuando sobre o elemento estrutural provoca deslocamentos
horizontais que, por sua vez, alteram o valor e a distribuição do empuxo, ao longo
das fases construtivas da obra.

2.3.2. Empuxo no Repouso

O empuxo do repouso é definido pelas tensões horizontais (σh’), sendo calculadas


para sua condição em repouso, quando a estrutura não se desloca. A relação de
tensões horizontais e tensões verticais (σv’) σh’/σv’ é chamada de coeficiente de
empuxo em repouso 𝐾𝑜 . Esse coeficiente pode ser estimado para diferentes tipos
de solos por exemplo:
 Para argilas normalmente adensadas temos:
𝐾0 = 0,95 − 𝑠𝑒𝑛∅′ (01)

 Para areias temos:


𝐾0 = 1,0 − 𝑠𝑒𝑛∅’ (02)

32
O empuxo total, de acordo com a formula (03) é a metade do produto do
coeficiente de empuxo no repouso (ko), da altura da fatia e do peso específico do
solo.
1
𝐸0 = 2 (𝛾 ∗ 𝐻 2 ∗ 𝐾0 ) (03)

onde: 𝜎ℎ ′ = tensão principal horizontal efetiva;

𝜎𝑣 ′= tensão principal vertical efetiva;

𝐾𝑜 = coeficiente empuxo no repouso;

𝐸𝑜 = empuxo no repouso

𝛾 = peso específico do solo

∅′= ângulo de atrito efetivo

H = altura da fatia

O valor de Ko é determinado de acordo como os parâmetros geotécnicos do solo,


como : ângulo de atrito, índice de vazios, razão de pré – adensamento, etc. A
determinação do coeficiente de empuxo no repouso é feita a partir de ensaios de
laboratórios, ensaios de campo , teoria da elasticidade ou correlações empíricas.

As principais técnicas de ensaios são:

l) Ensaio de controle de tensões, mede–se as deformações axiais e volumétrica e


alterando as tensões. Alternativamente pode – se medir as deformações
horizontais da amostra através da instrumentação e, consequentemente, corrigir
as tensões.
ll) ensaios de campo (pressiometro, ensaio de fratura hidráulica)
lll) instrumentação de campo (células de pressão)

Ensaios triaxiais (mantendo-se as tensões horizontais igual a 0), realizados por


Bishop, em areias uniformes (n = 40%) mostraram que :

33
l) ko constante no 1º carregamento  em solos normalmente adensados ko é
constante
ll) no descarregamento ko é variável podendo atingir valores superiores a 1 
em solos pre-adensados não há como estimar ko  se OCR varia ao logo do
perfil Ko também varia.
Gráfico 01 – Variação de Ko

Fonte: os autores [2017].

No entanto, há dois fatores que dificultam a determinação do Ko: alteração do


estado inicial de tensões e amolgamento, provocados pela introdução do sistema
de medidas, no qual influencia o comportamento de amostras utilizadas em
ensaios de laboratório. As proposições empíricas mostradas na tabela (01) valem
para os solos sedimentares. Os solos residuais e solos que sofreram
transformações pedológicas posteriores, apresentando tensões horizontais que
dependem das tensões internas da rocha ou do processo de evolução sofrido.
Nestes solos o valor de Ko é muito difícil de ser obtido.

34
Tabela 01 – Correlações empíricas para estimativa de ko

Fonte: Denise M. S. Gerscovich [2010].

2.3.3. Empuxo Ativo x Empuxo Passivo

As interações das estruturas com o solo implica a transmissão de forças


predominantemente verticais. Há inúmeros casos no qual o as estruturas
interagem com o solo através de forças horizontais, denominadas empuxo de terra
no qual se divide em duas categorias.

35
2.3.3.1. Empuxo Ativo
O empuxo ativo é quando uma estrutura é construída para suportar um maciço de
solo, sendo assim as forças que o solo exerce sobre as estruturas são de natureza
ativa. O solo “ empurra” a estrutura , que reage, tendendo a afastar –se do maciço.

Figura 09 – Empuxo Ativo

Fonte: os autores (2017).

2.3.3.2. Empuxo Passivo

O empuxo passivo é quando a estrutura é empurrada contra o solo. A força que a


estrutura exerce sobre o solo é de natureza passiva. Um caso típico deste tipo de
interação solo – estrutura é o de fundações que transmitem ao maciço forças de
elevada componente horizontal.
Figura 10– Empuxo ativo x Empuxo passivo

Fonte : os autores (2017).

36
2.3.4. Métodos de análise de estabilidade de taludes

A análise da estabilidade de um talude é um assunto grande e complexo, pois ao


envolver grandes quantidades de massas, trabalhamos com diferentes tipos de
solos, assim levando a diferentes tipos de tensões, resistências e densidades. Ao
generalizarmos o cálculo desse tipo de problema estamos sujeitos a
acontecimentos desastrosos trazendo um grande perigo.
Para minimizar os riscos, existem métodos que nos ajudam a fazer uma correta
análise. Através de conhecimento teórico buscou-se estudar métodos de
estabilidade de taludes para a elaboração desse trabalho. Vale ressaltar que
existem diferentes métodos para cálculos de estabilidade de taludes e iremos
demostrar os métodos probabilísticos mais utilizados em trabalhos e projetos
geotécnicos.

Quadro 03 – Métodos utilizados para cálculos de estabilidade

Fonte: Tonismar dos Santos (2013),adaptado pelos autores (2017).

As análises consistem em determinar ao longo de qualquer superfície de massa


sujeita à deslizamentos, como: superfície de rotura plana ( taludes infinitos,
instabilizarão por blocos, superfície de rotura circular pelos métodos Fellenius

37
(1936), Bishop (1955) e Spencer (1967), superfície de qualquer tipo ( Janbu (
1954), Morgenstern e Price (1965) e o Rui de Correa (1988) .
Marcados em vermelho na FOTO 01 são os métodos mais utilizados e aplicados.

2.3.5. Método de Fellenius

O método apresentado por Fellenius (1936) admite uma ruptura circular e o fator
de segurança do talude é calculado pelo equilíbrio de momentos, não levando em
consideração às forças tangenciais e normais as paredes das fatias. A figura (10)
apresenta os parâmetros envolvidos na análise

Figura 11 – Forças que atuam em uma fatia pelo Método Fellenius

Fonte: PUC-Rio, [201-?].

Quando o método é aplicado em taludes suaves com poropressões elevadas pode


apresentar erros de até 50%. A figura (10) representa os parâmetros envolvidos
na análise de cálculo demonstrados pela equação abaixo:

38
𝑏 𝑏
∑[𝑐′( )+( 𝑤∗𝑐𝑜𝑠𝛼−𝜇( ))∗𝑡𝑔𝜃′]
𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝐹𝑠 = ∑(𝑤∗𝑠𝑒𝑛𝛼)
(4)

Sendo: Fs: fator de segurança quanto ao cisalhamento do solo


𝑁𝑖 : força normal (“efetiva”) atuante na base da lamela
𝑙: comprimento da corda AB da base de uma lamela
𝑥𝑖 : força atuante na face direita da lamela
𝑤𝑖 𝑜𝑢 𝑃: peso total da lamela
𝜇: poropressão media na base da fatia;
c’: coesão efetiva do solo;
∅": ângulo de atrito efetivo do solo
ℎ: altura da lamela
γ: coeficiente do solo
α: inclinação do talude

Esse procedimento é repetido em diversas posições da superfície ate encontrar o


menor valor critico que corresponde ao fator de segurança que será adotado.

2.3.6. Bishop simplificado

Esse método proposto em 1955 por Bishop é um dos métodos mais utilizados
atualmente para cálculos de fatores estabilidade de taludes, ele considera uma
análise de estabilidade como a de Fellenius considerando apenas as superfícies
circulares e dividindo o escorregamento em fatias. Nos cálculos apresentados pelo
método de Bishop satisfaz o equilíbrio de momentos mais precisamente em
comparação com os métodos ordinários.
Tirando como base a Equação (01), acrescenta-se as forças desconsideradas no
método anterior, ou seja, acrescenta-se a consideração das forças tangenciais
entre as fatias.
Quando a superfície apresenta inclinação acentuada próxima ao pé do talude esse
métodos registra a ocorrência de problemas.

39
Figura 12 – Fatia Método Bishop Simplificado

Fonte: Gomes.R [200-?].

1 [b𝑖 (c′ +γ∗h𝑖 ′∗tg∅′ ]


FS =
∑(w∗senα𝑖 )
∗∑ (5)

tgα∗tg∅′
sendo : mα = cosα[1 + ] (6)
FSi

2.3.7. Janbu simplificado

O método simplificado desenvolvido por Janbu (1954) possui uma grande


vantagem em sua elaboração, esse método pode ser aplicado em superfícies de
escorregamento circulares e não circulares. Da mesma forma que o método do
Bishop, a versão simplificada de Janbu populares é muito popular por ter
facilidade e rapidez em apresentar o fator de segurança, baseada no equilíbrio das
forças. Esse processo é baseado em equações diferenciais onde o equilíbrio de
momentos é considerado apenas em relação ao ponto médio da base das fatias,

40
considerando que as forças cisalhantes entre fatias são nulas obtendo uma força
normal (P) equivalente a encontrada por Bishop, conforme descreve a equação
abaixo:
Figura 13 – Método de Janbu Simplificado

Fonte: JIMENEZ, H. [201-?]

0 𝑓 [𝑐 ′ 𝑏+(𝑊−𝑢𝑏)𝑡𝑔∅′ ]
𝐹𝑆 = ∑ 𝑊𝑡𝑔𝛼 ∑ (7)
𝑐𝑜𝑠𝛼∗𝑚𝛼

𝑚 𝑡𝑔𝛼∗𝑡𝑔∅′ (8)
𝛼=𝑐𝑜𝑠𝛼[1+ ]/𝐹𝑆
𝐹𝑆𝑖

2.3.8. Método Spencer

Esse método desenvolvido por Spencer (1967) foi desenvolvido para rupturas
circulares, mas podem em alguns casos afastados ser utilizados para outros tipos
de rupturas, sendo assim um dos métodos mais completos, visto que atende todas
as equações de equilíbrios de forças e momentos.
Esse método que também é dividido por fatias, afirma que as forças das fatias são
paralelas entre si, ou seja, todas com um mesmo ângulo, sendo assim os valores
do fator de segurança e da inclinação do talude serão adotados até que seja
satisfeito o equilíbrio de forças e momentos. A FOTO 03 ilustra a proposta de
Spencer.

41
Figura 14 – Forças aplicadas a uma fatia de solo

Fonte: Marcos Freitas [2011].

𝑁 − 𝑊 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛼 + 𝑄 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝛼 − 𝜃) = 0 (9)


𝑇 − 𝑊 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑄 ∗ cos(𝛼 − 𝜃) = 0 (10)
𝑐′ ∗𝑙 (𝑊∗𝑐𝑜𝑠𝛼−𝑢∗𝑙)∗𝑡𝑎𝑛𝜃′
+ −𝑊∗𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑄= 𝐹𝑆 𝐹𝑆
𝑡𝑎𝑛𝜃′ ∗tan(𝛼−𝜃)
(11)
cos(𝛼−𝜃)∗[1+ ]
𝐹𝑆

∑ 𝑄 ∗ 𝑟𝑥𝑐𝑜𝑠(𝛼 − 𝜃) = 0 (12)

Sendo : W,N,T forças que atuam no ponto médio da base da fatia e as forças X e
E atuante nos planos verticais, que limitam uma fatia, são substituídas pela
resultante Q.
A partir das hipóteses citadas na dissertação de Marco Antonio Coelho Freitas
pela Faculdade de Engenharia Universidade do Porto - FEUP o raio da superfície
de deslizamento é constante, a soma vectorial das forças de interação é nula, pois
as forças exteriores do talude estão em equilíbrio e a resultante das forças de
interação são paralelas, tendo em vista que 𝜃𝑖 é a inclinação da resultante Q em
cada fatia, 𝜃𝑖 será sempre constante. Podemos então obter pelo gráfico
representado abaixo o fator de segurança pelo método Spencer

42
Figura 15 – Determinação gráfica do fator de segurança pelo método Spencer

Fonte: Marcos Strauss (1998).

2.4. Tipos de contenção

Contenção é todo elemento ou estrutura que tem como finalidade contrapor-se a


empuxos ou tensões geradas em maciço, no qual o estado inicial de equilíbrio foi
alterado em decorrência de alguma atividade, como perfuração, corte, aterro ou
escavação (Hachich W. et al., 1998). São utilizadas quando não é possível
estabilizar a diferença de nível do terreno utilizando um talude.

2.4.1. Muros de gravidade

Muros de Gravidade são estruturas de contenção que utilizam o peso próprio para
resistir aos empuxos do maciço (Hachich W. et al., 1998). São indicados em
situações de esforços reduzidos, uma vez que quanto maior os esforços, mais
espaço será necessário para a implantação da base.

43
Normalmente, são utilizados para suportar desníveis inferiores a 5 m (pequenos
ou médios) e podem ser construídos com ciclópico, concreto simples, pedras e
argamassa. (Hachich W. et al., 1998)

2.4.2. Muro de Gabiões

Os muros de gabiões (figura 15) são estruturas de contenção construídas através


da sobreposição de gaiolas de malhas de arame galvanizados preenchidas com
pedras que, para serem viáveis, devem possuir um diâmetro mínimo maior do a
abertura das gaiolas (Hachich W. et al., 1998). Comumente, são utilizadas para
contenção de média altura, podem ser utilizados sobre qualquer tipo de solo e ter
parâmetros externos escalonado, plano, vertical ou inclinado (Obras de
Contenção, Manual Técnico. MACAFERRI)

As principais vantagens do uso do Muro de Gabiões são:

São utilizados para a estabilização de taludes, obras hidráulicas e viárias,


preferencialmente em regiões que possuem muito espaço.

O quadro (04) demonstra as principais vantagens da utilização de muros de


gabiões:

Quadro 04 - Vantagens da utilização de muros de gabiões para contenção de


encostas
Característica Explicação
Adaptam-se a esforços não previstos,
Adaptabilidade inclusivo a recalques diferenciais, sem
diminuir sua resistência.
Resistem a todo tipo de esforço,
Resistência
sobretudo tração.
Não causam impactos no meio ambiente,
Integração ao meio ambiente permitindo o rápido reestabelecimento da
paisagem primitiva.
Execução Possuem uma execução rápida.
Drenam as águas de infiltração, um dos
Drenagem
principais fatores de instabilidade.
Fonte: os autores (2017).

44
Figura 16 - Muro de Gabião

Fonte: Conde & Ribeiro (2017)

2.4.3. Muros de solos cimentos

Os muros de solo cimento são feitos através de camadas de sacos (poliésters ou


similares), que são preenchidos, até cerca de dois terços do volume útil do saco,
com um composto de solo-cimento da ordem de 1:10 a 1:15 (volume) e
costurados manualmente.

São indicados para taludes de até 5 metros, possuindo como vantagem a


facilidade na execução e o baixo custo de implantação, uma vez que não exigem
mão de obra especializada e equipamentos específicos.

45
Figura 17 – Muro de Solo Cimento

Fonte: Eng Consultoria (2017).

2.4.4. Muros de solo-pneu

Os muros de pneus (figura 17) são construídos através de camadas horizontais de


pneus, que possuem altura e diâmetro similares, podendo ser amarrados com
corda ou arame e, posteriormente, preenchidos com solo compactado.

Assim como os muros de solo-cimento, são indicados para contenção de taludes


de até 5 metros, uma vez que necessitam de uma base com uma largura,
aproximada, de 40% a 50% da altura do muro.

46
Figura 18 – Muro de Pneu

Fonte: Eng Consultoria (2017).

2.4.5. Muros à flexão


São estruturas com um maior índice de esbeltez e com seção transversal em
forma de “L”, que suporta os empuxos do maciço por flexão, utilizando, para isso,
parte do peso próprio, já que o mesmo se apoia sobre a base do “L”, conforme
(figura 18). São construídos, na maioria das vezes, em concreto armado e tornam-
se caros para alturas acima de 5 a 7 m. (Hachich W. et al., 1998)

47
Figura 19– Muro à flexão

Fonte: SOPE Engenharia (2017).

2.4.6. Muros de Contrafortes

É a contenção (figura 19) que possui os maiores elementos verticais, intitulados


contrafortes ou gigantes, que são espaçados em alguns metros e cuja a finalidade
é suportar os empuxos de flexão por meio do engastamento da fundação. A
estabilidade do muro é conseguida através do peso do maciço, que apoia-se na
sapata corrida ou laje de fundação. (Hachich W. et al., 1998)

Os contrafortes podem ser construídos para o lado externo do parâmetro vertical


ou inseridos no terrapleno arrimado. (Hachich W. et al., 1998)

48
Figura 20 – Muro Contraforte

Fonte: Eng Consultoria (2017).

2.4.7. Cortina Atirantada

Cortina atirantada é uma estrutura de contenção feita de concreto, com espessura


entre 20 e 30 cm, que utiliza tirantes protendidos e chumbadores para contrapor
os empuxos do maciço.

Tirante é um elemento linear composto por objetos resistentes à tração, como


barras e cordoalhas, que possuem a finalidade de ancorar a cortina no maciço,
fornecendo, dessa maneira, estabilidade do terreno. (Hachich W. et al., 1998)

Em decorrência de sua baixa espessura, é indicado para situações onde possui-se


pouco espaço para a execução da contenção, o que é a sua maior vantagem. Por
outro lado, possui alto custo para estrutura acima de 3 m e execução demorada,
sendo indicado somente quando for a única alternativa.

49
Figura 21– Muro Atirantado

Fonte: SOPE Engenharia (2017).

2.4.8. Reforço do terreno


Reforços do terreno são construções em que elementos, com elevada resistência,
são introduzidos no maciço objetivando aumentar a resistência para que possa
suportar as tensões geradas por desnível abrupto. (Hachich W. et al., 1998)

2.4.9. Jet Grouting


Jet grouting (figura 21) é um processo no qual água, ar e calda de cimento, em
uma combinação correta, são injetados a pressões elevadas em um maciço de
baixa propriedade, transformando-o de maciço tratado, resistente e permeável,
podendo ser utilizado para a atividade desejada. (Hachich W. et al., 1998)

50
Figura 22 – Jet grouting

Fonte: The Constructor (2017).

2.4.10. Solos Grampeado

Consiste na estabilização, permanente ou temporária, de taludes e escavações


por meio da introdução de reforços no maciço de terra juntamente de concreto
projetado armado com tela de aço. (Hachich W. et al., 1998)

A técnica de contenção do solo-grampeado (figura 22) pode ser aplicada tanto em


um maciço a ser recortado ou como reforço de taludes já existentes.

51
Figura 23 – Solo Grampeado

Fonte: SOPE Engenharia. (2017)

2.4.11. Solo reforçado

É um método de reforço que utiliza materiais com elevada resistência a tração


para reduzir as deformações no maciço devido ao peso próprio do solo. (Hachich
W. et al., 1998)

Consiste na introdução de fitas metálicas ligadas a painéis de concreto no maciço


de solo, sendo utilizado, principalmente em aterros. Sua adaptabilidade à vários
tipos de taludes e condições do solo representa uma grande vantagem em relação
aos outros tipos de contenção. (Hachich W. et al., 1998)

52
Figura 24 – Solo Reforçado

Fonte: NTC Brasil (2015)

2.4.12. Geossintéticos

Os geossintéticos são uma nova família de materiais sintéticos empregados na


geotecnia. Os principais geossintéticos são:

 Geotêxteis
 Geomalhas
 Geogrelhas
 Geomembranas
 Geocompostos
 Geocélulas

Podem ter diversas funções: separação, filtração, drenagem, reforço, contenção


de fluidos/gases, ou controle de processos erosivos. Alguns produtos possuem
mais de uma utilidade. (Hachich W. et al., 1998)

A utilização dessa tecnologia permite a simplificação de vários problemas e


sistemas de engenharia, tais como: ganho de estabilidade em taludes, drenagem
de vias e áreas especiais, redução da erosão do solo entre outros.

53
Figura 25 – Geossintéticos

Fonte: Maryana Giribola (2014) http://construcaomercado17geos

2.4.13 Biomanta

Biomanta, é uma tela feita com fibras naturais de coco. É utilizada principalmente
em locais onde é preciso o controle de erosão ou revegetação do talude.

Figura 26 – Biomanta vegetal

Fonte: Projar (2017)

54
1.1. Drenos Horizontais Profundos (DHP´S)

A falta de drenagem em contenções ou em encostas naturais podem gerar danos


em relação à estabilidade de sua estrutura geológica, o aumento do volume de
água que penetra nas rochas ou solos geram consequências como elevação da
pressão interna e assim sobrecarregando o maciço, podendo ocorrer erosões e
deslocamentos. Em muitas ocasiões, as cavas onde penetram a água são
profundas, o que dificulta executar um sistema de drenagem convencional. Para
evitar ou solucionar este problema é aplicado o método de instalação de Drenos
Horizontais Profundos (DHP´S), que tem como função extrair as águas localizadas
em camadas ou fissuras do maciço.

Para que a execução do DHP seja eficiente, são necessários dados referentes à
identificação das litologias e sua formação estrutural, medição do nível do lençol
freático e verificação do fator de segurança referente ao local onde os drenos
serão instalados, visando avaliar os possíveis riscos de ruptura, onde terão
trabalhadores e máquinas. O local deve ser bem analisado geotecnicamente para
que os drenos sejam alocados em locais eficientes, na profundidade correta,
captando uma quantidade de água que alivie a pressão neutra e melhore
condições de estabilidade do maciço, aumentando o coeficiente de segurança a
ser considerado.

A metodologia de instalação tem como parte mais complexa a perfuração do solo,


onde os furos se encontram em posição sub-horizontal, recomendado que o furo
seja 1” superior ao diâmetro do tubo a ser penetrado e mantenha uma inclinação
entre 5° a 15°, afim de facilitar o fluxo gravitacional da água. O diâmetro do tubo é
determinado em função da vazão de escoamento, o dreno instalado possui
material tipo PVC, com perfurações e envolvido em tela tipo geotêxtil, sua
extremidade de saída deve se manter a pelo menos 1 metro do maciço.

55
1.2. Softwares para avaliação de estabilidade

Há disponíveis no mercado uma série de softwares de diferentes companhias que


são capazes de analisar estabilidade de taludes em diferentes situações e com
diferentes metodologias, através da inserção de cortes e dados geotécnicos.

1.2.1. SLOPE/W

O SLOPE/W é desenvolvido pela companhia GEO –SLOPE que possui uma série
de softwares especializados em soluções de engenharia.
Com SLOPE/W, é possível realizar análises simples e complexas, para diversas
formas de taludes em condições de pressão de poros de água, solos com
inúmeras características geotécnicas e sob várias situações sob aplicação de
cargas.
Essa ferramenta é utilizada calcular o fator de segurança da estabilidade de
taludes ou encostas, a partir da inserção de dados geotécnicos encontrados nas
sondagens do solo executadas no local de estudo e das seções obtidas através da
altimetria da área.
O SLOPE/W trabalha, aplicando as seguintes metodologias de análise de
estabilidade de taludes: Morgenstern-Price, Spencer, Bishop simplificado, Janbu
simplificado, e método Ordinário. Todas essas diretrizes são estudadas e
detalhadas na pesquisa.

1.2.2. GawacWin

O GawacWINfoi elaborado pela Maccaferri em conjunto com a GCP Engenharia, e


analisa a estabilidade de taludes utilizando-se muros de arrimo de gabião.
O programa utiliza os métodos de cálculo que se baseiam no Equilíbrio Limite,
como Rankine, Coulomb, Meyerhof, Hansen e Bishop simplificado.
O software primeiramente analisa o problema com uma configuração plana, sendo
necessários nesse estágio somente as dimensões do problema no plano da

56
seção. Uma abordagem tridimensional seria mais exata e precisaria de cálculos
mais complexos e dados mais precisos, além disso, para compensar esse fator o
GawacWin utiliza uma análise mais pessimista.
Enquanto o usuário insere informações no programa, o mesmo vai apresentando a
geometria do talude em estudo, ainda é possível que da mesma forma que no
CAD, o usuário interaja com o desenho, alterando sua geometria.

1.2.3. MACS.T.A.R.S.

O MACTARS 2000 (Maccaferri Stability Analysis of Reinforced Slopes) elaborado


com a intenção de analisar a estabilidade de solos reforçados (taludes com
estruturas que dão estabilidade), ou de solos não reforçados utilizando o Método
do Equilíbrio Limite.

1.2.4. Geo5

O Geo5 na verdade contém vários programas, de fácil compreensão e sem


necessidade de treinamento, que analisam condições de estabilidade de solos,
rochas, barragens, aterros e até estabilidade global de muros de arrimo.
Dentre os programas que compõe o Geo5 há Estabilidade de Taludes, que
permite a análise de estabilidade de taludes circular ou poligonal. Esse programa
ainda coopera e fornece subsídios para os outros que fazem parte do pacote, que
ainda é composto por: Muro de solo eforçado, talude grampeado, estabilidade de
rochas, estaca anti – deslizante e MEF.
O software inclui os seguintes métodos de análise: Bishop, Felinius/Petterson,
Spencer, Morgenstern-Price, Sarma e Jambu.

1.2.5. Slide 7.0

É um dos softwares desenvolvidos pela Rocsience, uma companhia reconhecida


mundialmente, responsável por desenvolver uma série de programas geotécnicos
desde o ano de 1996.

57
Considerado um dos mais completos de análise de estabilidade de encostas do
mercado, abrange todos os tipos de solos, encostas e rochas. Engloba análise de
percolação dos elementos finitos para águas subterrâneas e possui amplos
recursos de análise probabilística, sendo possível atribuir distribuições estatísticas
de quase todos os parâmetros de entrada.
Assim como a maioria dos programas citados anteriormente o Slide também é
baseado nas teorias do Método de Equilíbrio Limite.
Pode ser utilizados em vários campos da engenharia em minerações, barragens,
aterros, escavações.

58
3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para elaboração da análise de estabilidade da encosta em estudo, além da


pesquisa bibliográfica, foram necessários utilização de alguns softwares e dados
de investigações geotécnicas, conforme listado abaixo:
 Boletim de Sondagem Mista SPT/NW
 Auto CAD
 Slope/W

3.1. Sondagem SPT

Para obtenção de dados que caracterizam o solo da região em estudo, foram


coletados relatórios de sondagens através de empresas, onde os mesmos foram
realizados conforme NBR-6484. Tendo em vista que a pesquisa desenvolvida
possui carácter acadêmico e devido à falta de dados para abranger todas as
seções da encosta em estudo, iremos utilizar para base de cálculo, os boletins de
sondagens disponíveis, de acordo com a localização identificada em projeto,
profundidade e situação crítica.

3.2. Autocad

O Autocad (CAD = computer aided design, uso do computador para fazer um


desenho ou projeto) é uma ferramenta utilizada para o desenho de diferentes
produtos em áreas como a indústria automobilística, engenharia, construção civil,
arquitetura e informática.
O Autocad foi criado pela Autodesk em 1982, dessa forma, é considerado um
software bastante estável. Foi um dos primeiros programas desse estilo a rodar
em computadores pessoais.
Um dos recursos bastante utilizados no autocad é o efeito de ver os objetos em 3
dimensões (altura, largura e profundidade) ou efeito 3D como é conhecido.
No presente trabalho, o Autocad foi utilizado para representação planialtimétrica
da região estudada, cortes transversais e demarcação de pontos de sondagens.

59
Posteriormente os cortes transversais executados no Autocad, foram transferidos
para o SLOPE/W, que cuja informações do programa foram detalhada
anteriormente no referencial teórico para finalmente realizar a análise de
estabilidade de talude.

60
4. DESENVOLVIMENTO

4.1. Análise planialtimétrica


De acordo com levantamento topográfico da encosta em estudo, foram
identificados pontos críticos definidos com base nas diferenças de níveis entre
jusantes e montantes, após identificação destes pontos, foram desenvolvidos
os traçados das seções transversais, gerando seus respectivos cortes e a
partir destes foram identificadas as três piores situações para verificação do
fator de segurança referente à estabilidade.

61
Figura 27 – Levantamento topográfico

Fonte: SB Serviços topográficos,adaptado pelos autores (2017)

62
4.2. Análise dos dados de investigações geotécnicas adquiridas

Os dados fornecidos pelos boletins de sondagens SPT serão correlacionados com


as equações de entrada no software, conforme quadro abaixo.

Tabela 02 – Parâmetros de Resistência do Solo


Solos Argilosos 𝑆𝑃𝑇
𝐶′ =
10𝑘𝑝𝑎
Solos Arenosos Ø = 15 + √20 . 𝑁𝑠𝑝𝑡 (º)
Fonte: Teixeira e Godoi (1996).

Ø – Ângulo de atrito interno efetivo


C – Coesão efetiva
Esses são os parâmetros que definem a resistência de um solo, através deles e
dos dados geotécnicos o programa Slope/W, que foi o selecionado entre os
softwares pesquisados para a realização do trabalho, consegue gerar um fator de
segurança e realizar a análise de estabilidade de encosta do local em estudo.

Quadro 05 – Compacidade e consistência


SOLOS ARENOSOS ( AREIAS E SILTES ARENOSO )

SPT 0a4 5a8 9 a 18 19 a 40 >40


Muito
Pouco Medianamente
COMPACIDADE Fofo Compacto Compact
Compacto compacto
o
𝛄 (t/m3) 1,30 1,50 1,70 1,90 2,00
SOLOS ARGILOSOS ( ARGILAS E SILTES ARGILOSOS )
SPT 0a2 3a5 6 a 10 11 a 19 >19
CONSISTENCIA Muito mole Mole Médio Rijo Duro

𝛄 (t/m3) 1,30 1,50 1,70 1,90 2,00


Fonte: notas de aula. Adaptado pelos autores(2017).

63
As sondagens demonstradas abaixo que foram utilizadas para elaboração da
nossa análise do terreno, constaram apenas solos argilosos.
Figura 28 - Boletim de sondagem folha 1

Fonte: adaptado pelos autores(2017).

64
Figura 29 - Boletim de sondagem folha 2

Fonte: adaptado pelos autores (2017).

65
Figura 30 - Boletim de sondagem folha 3

Fonte: adaptado pelos autores(2017).

66
4.3 Desenvolvimento das seções transversais e cálculos;

4.3.1 Análise das seções críticas;

Com a análise das seções transversais no Slope/w consideradas mais críticas na


região em estudo, segundo o modelo de Bishop. Foram gerados perfis que de
acordo com seu fator de segurança indicarão a necessidade da proposição de
soluções para estabilização da encosta.

Segundo a NBR 11.682/2009, fator de segurança estima, em quanto a resistência


ao cisalhamento do solo ao longo da superfície de ruptura supera os esforços
solicitantes.

De acordo com a NBR 11.682/2009, valor mínimo do fator de segurança utilizado,


pode variar de 1,15 a 1,50, dependendo do tipo de solo, poropressão, entorno do
empreendimento e inclinação da encosta. Na pesquisa foi escolhido o valor de 1,5,
para ter a menor probabilidade possível da ocorrência de escorregamentos.
Caso o fator de segurança calculado seja inferior aos citados pela norma, será
considerada uma região de risco, sendo propostas algumas soluções para atenuar
a probabilidade de escorregamento.

67
Figura 31 – Secção do perfil 3 com Fs abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017)

68
Figura 32 – Secção com o pior fator de segurança, perfil 14

Fonte: os autores (2017)

De acordo com os parâmetros mínimos de fator de segurança os dois perfis acima


sugerem a adoção de sistemas de estabilização, a fim de evitar que haja
escorregamento de massa no local.

4.3.2 Análise de possíveis movimentações de massa

A possível movimentação na região é o rastejo (creep), os movimentos baseiam-


se em movimentos lentos e contínuos da massa de solo na serra, descrevendo
uma deformação plástica sem geometria e superfície de rupturas definidas.
O processo pode ser identificado através de alguns indícios; como encurvamento
de árvores, cercas e faturamento da superfície do solo.

69
5. ALTERNATIVAS PROPOSTAS

Após as análises realizadas nos 15 perfis traçados, concluiu-se que não é viável a
utilização de contenções, como muros de gravidade ou muros de contrafortes,
para a estabilização do terreno, uma vez que as características da região da
região estudada, como desnível, extensão e movimentação de massa, inviabilizam
financeiramente a construção dessas estruturas, sendo necessário, portanto, a
utilização de métodos de estabilização de talude.

Propõe-se, portanto, os seguintes métodos de reforço de terreno para a


estabilização da região:

5.1.1. Solo Grampeado

Utilizando grampos ancorados no maciço, junto de concreto projeto e outros


reforços, o solo grampeado pode ser aplicado em um maciço a ser recortado e em
um talude já existente, sendo, portanto, um alternativa para a estabilização de
patê da encosta da área da região estudada.

Figura 33 – Solo grampeado

Fonte : Froes(2012)

70
5.1.2. Biomanta vegetal

A biomanta é utilizado principalmente para controle de erosão e revegetação de


talude em taludes, sendo utilizado em vários tipos de solo, sendo, portanto, uma
alternativa para estabilização de parte da encosta da Serra do Curral.

Figura 34 – Biomanta vegetal

Fonte: NTC Brasil,(2017)

71
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho final de curso (TFC), cujo estudo abordado foi a análise de
estabilidade de encostas da área da Serra do Curral, nos proporcionou aplicar
conhecimentos adquiridos durante o curso de graduação de engenharia de
produção/civil em situações práticas e com isso proporcionar um entendimento
maior das matérias cursas, principalmente em relação à disciplinas mecânica dos
solos.

Como o estudo ora apresentado requer interdisciplinaridade, foi necessário, para o


seu desenvolvimento, adquirir conhecimentos relacionados à geologia e
geotecnia, o que possibilitou calcular, através do software Slope, a estabilidade de
15 perfis traçados no levantamento planialtimétrico da região estudada. Após
analisar os perfis calculados, concluímos com êxito o objetivo do trabalho: analisar
a estabilidade da encosta localizada na região da Serra do Curral, próxima à BR
356, entre os quilômetros 7 e 8.

72
7. REFERÊNCIAS

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77
8. APÊNDICES

APENDICE A –
Levantamento Planialtimétrico.

78
APENDICE B –
Figura 35 – Secção do perfil 1 com o fator abaixo da norma de segurança,

Fonte: os autores (2017).

Figura 36 – Secção do perfil 2 com o fator acima da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

79
Figura 37 – Secção do perfil 3 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

Figura 38 – Secção do perfil 4 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

80
Figura 39 – Secção do perfil 5 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

81
Figura 40 – Secção do perfil 6 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

Figura 41 – Secção do perfil 7 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

82
Figura 42 – Secção do perfil 8 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

Figura 43 – Secção do perfil 9 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

83
Figura 44 – Secção do perfil 10 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

Figura 45 – Secção do perfil 11 com o fator abaixo da norma de segurança

84
Fonte: os autores (2017).

Figura 46 – Secção do perfil 12 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

85
Figura 47 – Secção do perfil 14 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

Figura 48 – Secção do perfil 15 com o fator abaixo da norma de segurança

Fonte: os autores (2017).

86
APENDICE C –

87

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