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Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
FICHA 08
SINALIZAÇÃO EM GSM
( PARTE 2 )
4º Ano – 2018
a) Receber informação de sistema do PLMN (no BCCH), por exemplo, as opções da célula;
Só as células que proporcionam uma transmissão com um desempenho mínimo, podem ser
escolhidas pelo móvel. Esta escolha tem como objectivo maximizar a qualidade da transmissão,
e minimizar o risco de perca de chamada. Desta forma as especificações definem dois critérios
para este efeito: o critério rádio, e o critério de reselecção.
C1 := ( A - Max(B,0))
Onde:
Este critério é utilizado da seguinte forma. Quando se procuram células, sejam elas células vizinhas
em modo de serviço normal, ou PLMN´s, só as células com C1 positivo são tidas em conta.
Quando tem que ser feita uma escolha entre células, a célula com o melhor C1 é escolhida entre as
equivalentes para outros critérios. Como consequência C1 determina dois parâmetros:
O limite de cobertura para cada célula medido isoladamente, tendo em conta que a área
exterior onde C1 é positivo não existe célula para as estações móveis.
A figura 2.1 mostra um exemplo de duas células com os seus limites C1=0 e a linha de iguais C1´s.
Porque a potência máxima de transmissão da estação móvel intervém no cálculo de C1, os limites
são diferentes para diferentes classes de móveis.
Existem outros limites de células determinados pela selecção da célula para handover. É da
responsabilidade do operador escolher os parâmetros de forma a obter um compromisso correcto
entre as fronteiras das células, tráfego e qualidade de transmissão para as diferentes classes de
estações móveis assim como uma consistência entre os parâmetros e algoritmos de handover.
d) A atenuação de percurso entre o móvel e a estação base deverá estar abaixo do limite
imposto pelo operador.
Neste método o móvel não tem qualquer conhecimento à priori acerca dos canais rádio associados
às portadoras BCCH das células. Por isso mesmo, terá de efectuar uma procura, percorrendo os
canais rádio por ordem decrescente de intensidade de sinal, de forma a identificar as portadoras
BCCH. Apenas deverá ser tentado o acesso numa célula de baixa prioridade caso não seja possível
encontrar uma de alta prioridade.
Aqui, o móvel dispõe de uma lista de portadoras BCCH utilizadas no PLMN. Esta lista pode ter sido
obtida a partir de anteriores selecções de células. As portadoras aqui guardadas deverão ser
procuradas por ordem decrescente de intensidade de sinal.
Se, depois de ter efectuado um varrimento a um determinado número de canais RF com a maior
intensidade de sinal recebido (30 no GSM 900 e 40 no DCS 1800) o móvel não encontrar uma célula
apropriada do operador seleccionado, o móvel poderá terminar a procura para aquele PLMN. Caso
o móvel não encontre nenhuma célula apropriada, tentará acampar numa célula qualquer, ficando
assim num estado de “Serviço Limitado”.
3. Critério de Reselecção
De forma a optimizar a reselecção da célula, existem parâmetros adicionais que poderão ser
difundidos no BCCH de cada célula. O processo de reselecção de célula utilizará um parâmetro
definido como C2, que é definido como:
Se T < PENALTY_TIME
C2 = C1 + CELL_RESELECT_OFFSET - TEMPORARY_OFFSET
Senão
C2 = C1 + CELL_RESELECT_OFFSET
Em que o parâmetro CELL_RESELECT_OFFSET é uma histerese que tem por objectivo evitar
um efeito de ping-pong entre duas células vizinhas. A célula com o maior valor de C2 é seleccionada.
a) O parâmetro que traduz o critério rádio C1 indica que a atenuação no percurso é demasiado
elevada, ou seja, C1<0;
d) Existe uma célula melhor, em termos do critério C2, na mesma área de localização. Ou existe
uma célula “muito” melhor noutra área de localização.
Note que na condição iv) entra a questão do “muito”. Se o móvel se move na fronteira entre LA
adjacentes, poderá originar repetidamente alterações de área de localização, o que se traduzirá numa
significativa carga em termos de sinalização. Para prevenir isto, é definido um parâmetro conhecido
como CELL_RESELECT_HYSTERESIS que deverá ser utilizado em conjunto com o parâmetro
C2. Isto significará que para escolhermos uma célula de LA diferente, o critério C2 dessa célula terá
de estar pelo menos CELL_RESELECT_HYSTERESIS acima do actual.
Na HPLMN, se o acesso é localmente evitado por nível de assinatura em vez de propagação rádio,
ou seja, existir escassez de recursos (canais de rádio) para a estação móvel, a selecção da célula é a
mesma que no modo de serviço normal. Por outro lado, a estação móvel selecciona a célula aceitável
com o melhor C1 independentemente do PLMN ou da área de localização das células. O móvel
procura continuamente em todo o espectro novas células de forma a encontrar um PLMN aceitável
4. Actualização de Localização
A informação da localização é guardada em dois locais diferentes na infra-estrutura, o HLR e o
MSC/VLR visitado. De facto a mesma informação é conhecida em três lugares diferentes do
sistema, a estação móvel é o terceiro local. Esta informação pode mudar, e vários procedimentos são
necessários para manter a consistência entre as três entidades. Na Figura 6.8 poderemos observar os
diferentes tipos de actualização de localização.
1. Mudança de célula dentro da mesma área de localização. O móvel seleccionou uma nova
célula dentro da mesma LA. Neste caso não existe qualquer procedimento de actualização de
localização, pois o registo existente nas bases de dados mantém-se actuais;
3. Cancelamento de registo do IMSI. Existem duas situações que poderão estar na origem deste
procedimento, o utilizador desligou o móvel, ou o móvel desligou-se por falta de bateria.
4. Registo de IMSI. Este procedimento é actuado quando se liga o móvel, ou após uma falha de
cobertura de sinal.
Na figua 4.1 estão representados os vários procedimentos tipicamente envolvidos numa actualização
de localização:
a. O móvel escuta o canal BCCH da melhor célula, e verifica a LAI. Se esta área de
localização é diferente da anterior, então o móvel decide efectuar um pedido de
actualização de localização. Esta decisão pode ser tomada também no caso de ligação
de móvel, ou de actualização periódica;
c. O MSC terá de consultar o VLR para saber se o móvel estava antes registado, e em
caso afirmativo, registar a nova localização. É também pedido ao HLR as chaves de
autenticação para que o móvel seja autenticado;
O procedimento de handover pode ser de diversas espécies, de acordo com os dois principais
critérios. O primeiro critério está relacionado com o mecanismo do avanço temporal, e interfere
apenas com a parte de “entrada” do procedimento do interface rádio entre a estação móvel e a BTS-
new. Podem se distinguir dois casos:
A estação móvel é capaz de calcular o novo avanço temporal (a ser utilizado com a BTS-
new), porque as células, antiga e nova, estão sincronizadas, tendo neste caso o handover
síncrono;
O avanço temporal tem que ser inicializado tanto na estação móvel como na BTS-new
durante o procedimento de handover, sendo este caso chamado de handover assíncrono.
De forma a descrever os diferentes casos, iremos utilizar o sufixo “old” para referir todas as
entidades ao longo do percurso da comunicação antes do handover, e “new” será utilizado para o
percurso após o handover. A BTS-old, BSC-old e MSC-old representam as máquinas encarregadas
da célula antiga, e BTS-new, BSC-new e MSC-new são as máquinas encarregadas da nova célula.
Pode acontecer que a BSC-old=BSC-new, ou MSC-old=MSCnew.
Quer seja síncrono ou assíncrono, seja inter ou intra-MSC, e seja inter ou intra-BSC, a execução do
handover é composta principalmente por duas fases:
Numa primeira fase, a BSC-old realiza uma série de eventos com o objectivo de estabelecer
o futuro percurso rádio. Uma vez que isto esteja feito, esta fase termina com o envio dum
comando de handover para a estação móvel;
Numa segunda fase, a estação móvel acede ao novo canal. Este acesso provoca a comutação
dos percursos na infra-estrutura, e a libertação do antigo percurso.
Uma vez que a decisão de efectuar um handover foi tomada pela BSC-old, isto tem que ser indicado
ao ponto de comutação. Este último tem que então estabelecer os recursos terrestres, se necessário,
até à BSC-new, sinalizar com esta para atribuir um recurso rádio e fornecer a todas máquinas
interferentes no processo toda a informação necessária para o handover e a futura gestão da ligação.
Esta informação inclui:
O modo de transmissão, utilizado para escolher e configurar o percurso rádio duma forma
apropriada, incluindo o novo canal rádio;
A identidade da célula origem, utilizada para determinar se o handover pode ser efectuado
duma forma síncrona ou assíncrona;
2. O BSC envia então a mensagem de handover para o móvel. Esta mensagem contém
informação acerca da frequência e escalonamento temporal do novo canal, assim
como a potência a utilizar inicialmente. Esta informação é enviada no canal de
sinalização associado rápido (FACCH), activado para o efeito.
4. Após detecção dos bursts de acesso, a nova BTS responde, enviando informação
acerca do avanço temporal, pelo no canal FACCH.
6. O BSC está em condições agora de mandar a BTS-old libertar o canal TCH antigo.
Na segunda situação, temos um handover entre células controladas por BSC diferentes, mas
pertencendo ao mesmo MSC. Neste caso já o MSC/VLR terá de ser directamente envolvido no
processo de estabelecimento do novo canal, pois o percurso terrestre do canal de tráfego será
alterado. Isto poderá ser observado na Figura 5.2:
Figura 5.2 - Handover entre células controladas por diferentes BSC’s, mas no mesmo MSC.
1. O BSC que serve no momento o móvel (old) envia uma mensagem de pedido de
handover ao MSC contendo a identidade da célula destino.
2. O MSC sabe qual o BSC que controla a nova célula, e envia-lhe um pedido de
handover.
3. O novo BSC verifica o estado dos canais (poderão estar todos ocupados), e ordena
então à BTS-new que active o canal para que o móvel possa ser recebido.
6. Após detecção dos bursts de acesso, a nova BTS responde, enviando informação
acerca do avanço temporal, pelo no canal FACCH.
8. O MSC informa o BSC que o handover correu bem e que poderá libertar os canais
de tráfego.
O terceiro e último caso trata do handover entre células que pertencem a áreas de serviço de
diferentes MSC’s. Este tipo de handover apenas poderá ser executado dentro do mesmo operador.
É claro que neste caso também os BSC serão diferentes. Vamos então explicar as fases apresentadas
na Figura 5.3:
2. O BSC que serve no momento o móvel (old) envia uma mensagem de pedido de handover
ao MSC-A. Neste mensagem é enviada a identificação da célula destino;
FIM