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AEROPORTOS E FERROVIAS

Prof. Guilherme Neves


Aula 01
Apresentação da disciplina, introdução
AEROPORTOS E FERROVIAS
OBJETIVO:
Proporcionar aos alunos o entendimento do dimensionamento e
desenvolvimento de um aeródromo e de ferrovias, possibilitando o
dimenionamento de infra e superestrutura ferroviária e de pavimentos
aeroportuários.
AEROPORTOS E FERROVIAS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Histórico e evolução das ferrovias;
• Interação veículo-via;
• Elementos da via permanente (trilhos, fixações, dormentes);
• Superestrutura e Infraestrutura ferroviária;
• Critérios de dimensionamento de ferrovias;
• Generalidades sobre o transporte aéreo;
• Características dos aeroportos e aeronaves;
• Principais componentes do avião;
• Composição de Peso e desempenho de cruzeiro;
• Mecânica de locomoção do avião;
• Dimensionamento de pavimentos para aeroportos.
BIBLIOGRAFIA:

• Robert Horonjeff - "Planning and Design of Airports", 3ª ou 4ª edições,


McGraw-Hill;

• Helvécio Lapertosa Brina - "Estradas de Ferro", Vols I e II , Editora da


UFMG
FAQ
• Posso filmar ou gravar o áudio das aulas?
Não, está proibido o uso desses recursos.

• Posso divulgar o material da disciplina, provas e/ou trabalhos publicamente na


internet?
Não, o material fornecido visa ajuda-los no desenvolvimento do aprendizado e
orientação. As ações de divulgação do material, provas e/ou trabalhos são prejudiciais
aos futuros alunos e ao professor.

• Posso utilizar calculadora nas provas?


Sim, desde que não seja o telefone celular.

• Qual a matéria das provas e exercícios de classe?


Sempre toda a matéria lecionada até aquela data.

• A frequência é obrigatória?
Sim, e controlada.
FAQ
• Preciso fazer o trabalho solicitado?
Sim, os trabalho vale como diversificada D2 e têm o intuito de ajuda-los a
aprender. Deixar de fazer o trabalho fará que você perca pontos valiosos, e
que podem fazer falta no final.

• Posso copiar o trabalho do colega ou de algum artigo da internet?


Não, plágio não é permitido

• Posso, no final do semestre, me arrepender e entregar o trabalho


atrasado?
Não, sou justo com aqueles que realizaram os trabalhos na época correta.
Seja responsável com suas próprias decisões. Se decidiu não fazer o trabalho,
assuma a responsabilidade pelo risco de precisar dos pontos perdidos.
FAQ
• Quero assistir o jogo de futebol. Posso assistir durante a aula? O professor pode
liberar mais cedo?
Não e não. Mas fique à vontade para retirar-se da sala. Avise assim: “Prof., estou mais
interessado em curtir a noite do que com meu futuro profissional, estou indo
embora”. Darei a você total liberdade e respeitarei sua prioridade.

• Posso aproveitar o tempo e utilizar o celular para jogar meu joguinho?


Absolutamente não. Respeite o professor e fique a vontade para retirar-se da sala.
Avise à professor assim: “Prof., tenho urgência em salvar os animais no meu Pet
Rescue Saga, estou indo embora”. Darei a você total liberdade e respeitarei sua
prioridade.

• Professor, tenho problema com o ônibus, posso sair mais cedo?


Respeite o professor, não precisa lembrar desde às 19h30 de 5 em 5 min que irá
perder o ônibus. O horário das aulas são das 19h20 às 22h40, sempre que possível a
aula terminará às 22h30 para não prejudicar os alunos que utilizam o transporte
público. Fique a vontade para retirar-se da sala.
Aula 01
Histórico e evolução das ferrovias
Elementos da via permanente (trilhos, fixações,
dormentes)
FERROVIAS

O mundo dispõe de diversos meios de transporte. Os mais


utilizados são o rodoviário, o ferroviário, o aéreo, o fluvial e o
marítimo. A viabilidade de utilização dessas diversas modalidades
depende das características e exigências do material a ser
transportado, distância de transportes e outros fatores.
FERROVIAS

A sociedade se desenvolve de acordo com a evolução do seu sistema de


transporte e as ferrovias fazem parte desse sistema, que depende direto dos
recursos técnicos e financeiros de um país

As ferrovias têm uma função econômica, que se manifesta em todas as épocas


de sua evolução. Elas ampliam a formação urbana, valorizam regiões
atendidas, permitem o deslocamento rápido de grandes massas de produtos e
estimulam o bem estar e progresso para as regiões.
FERROVIAS

Desde o advento da ferrovia, as estradas de ferro justificavam tal nome, pois,


ao utilizarem trilhos de ferro, eram mesmo ferrovias ou vias férreas. Os trilhos
apresentavam o inconveniente do desgaste, encarecendo a conservação das
vias permanentes.

A contribuição de Henry Bessemer em 1856 consistiu-se na fabricação de


trilhos de aço que, praticamente, não se desgastavam. A partir de então, as
estradas de ferro passaram a trafegar sobre trilhos de aço com maior
segurança e conservação.
FERROVIAS

O transporte ferroviário nasceu no século XIX

• O engenheiro inglês Richard Trevithick construiu em 1803 um veículo a vapor similar


a uma locomotiva, que pesava 5 toneladas e atingia 5 km/h.

➢ 1º Locomotiva - 1814 - Inglaterra


• Construída pelo inglês George Stephenson
• Movida a vapor d’água
• A locomotiva era capaz de puxar 30ton. de carga a uma velocidade de 6 km/h
• Inovação tecnológica: rodas unidas por correntes, para que todos os eixos
participassem da tração

➢ 1º Viagem - 27/09/1825 (Inglaterra)


• Linha férrea ligando Stockton a Darlington
• Velocidade próxima dos 25 km/h
FERROVIAS

Este foi o início para muitas inovações que temos hoje.


Esta foi verdadeiramente a surpreendente ideia da época.
A invenção da primeira máquina à vapor
FERROVIAS

Primeiras locomotivas a vapor


FERROVIAS

O transporte ferroviário nasceu no século XIX

➢ Expansão das ferrovias

• Estados Unidos: expansão atingiu níveis espetaculares


• 1840: 4.500 km de trilhos
• 1850: 30.000 km de trilhos
• 1914: mais de 415.000 km de trilhos

• Rússia: construção de vias férreas iniciou-se em 1836


• Importância para a união de territórios
• Característica: linhas com grande extensão (cerca de 10.000 km)

• Índia (1910): 51.000 km


FERROVIAS

O transporte ferroviário nasceu no século XIX

➢ Meados do século XIX: rodas motrizes passaram a ficar atrás da caldeira.

• Uso de rodas de grande diâmetro


• Sensível aumento da velocidade
• Locomotiva a vapor se tornou o meio dominante de tração nas ferrovias, o
que perdurou por mais de um século

➢ Expansão das ferrovias

• Reino Unido (1840): 2000 km de estrada de ferro


• França (1840): 550 km
• Entre 1835 e 1839: ferrovia chegou à Alemanha, à Bélgica e à Itália
FERROVIAS

Entre as duas grandes guerras mundiais, ocorre o desenvolvimento da tração a


diesel, prenunciando-se a substituição da locomotiva a vapor. A expansão do
capitalismo exigia a necessidade de maior velocidade no transporte de cargas e
passageiros. A combinação dessa nova fonte de energia com a aerodinâmica
atendeu a essa exigência.

As primeiras experiências ocorreram na Alemanha (país de origem de Ludwig


Diesel), em 1933, na linha Berlim-Hamburgo, com o trem de passageiros
aerodinâmico, a uma velocidade de 160 km/h.
FERROVIAS
No final do século XIX, ocorreram muitas tentativas para a aplicação da energia
elétrica na tração dos trens. Dentre as bem-sucedidas, temos a de Von
Siemens, na Alemanha.

Nos EUA, a primeira eletrificação aconteceu em 1895, na Baltimore e Ohio


Railroad; autoridades municipais eram pressionadas pela população para que
o incômodo da fumaça fosse eliminado das linhas que atravessavam as
cidades.

No começo do século XX, nos EUA e Europa, centenas de quilômetros de linhas


férreas foram eletrificadas. Com isso, o serviço de passageiros suburbanos
ganhou qualidade, pois frequentes paradas exigiam maior poder de
aceleração.
FERROVIAS
➢ Brasil

1º Estrada de ferro Construída pelo barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza)

• Inaugurada em 30 de abril de 1854


• Percurso: Porto de Mauá (Baía de Guanabara) a Petrópolis: velocidade: 38 km/h

Em 1858 inaugurou-se o primeiro trecho da então Estrada de Ferro D.Pedro II (depois


Central do Brasil) e hoje incorporada à Rede Ferroviária Federal

A Baronesa
FERROVIAS
➢ Brasil
Circulou pela primeira vez em 30 de abril de 1854, com a presença da Comitiva
Imperial quando foi inaugurada a E.F. Petropólis num trecho de 14,5 km entre Mauá e
Fragoso, fundada por Irineu Evangelista de Souza, Visconde e Barão de Mauá. Foi no
ato de inauguração da primeira ferrovia brasileira que o Imperador Dom Pedro II a
batizou de Baroneza, em homenagem à esposa do Barão de Mauá, Dona Maria
Joaquina, e foi nesta oportunidade também, que o Imperador conferiu a Irineu
Evangelista de Sousa o título de Barão de Mauá.

Locomotiva "Baroneza",
exposta no Museu do Trem,
administrado pela Rede
Ferroviária Federal.
FERROVIAS
➢ Brasil
1930: já existiam 30.000 km de linhas
• Apesar da adesão imediata às ferrovias, o Brasil deu preferência mais tarde
ao transporte rodoviário.

• Na década de 1950 foi implantada a indústria automobilística e


multiplicaram-se as estradas de rodagem pelo país.

• Várias tentativas foram feitas para reanimar o trem, terminando com a


privatização das estradas de ferro, na década de 1990.

• O máximo que se conseguiu foi manter em funcionamento as redes de carga.

• Restaram apenas duas linhas regulares de passageiro, mantidas pela Vale do


Rio Doce: a Estrada de Ferro Vitória-Minas (ligando Vitória e Belo Horizonte )
e a estrada de Ferro Carajás (ligando o sul do Pará ao Porto de São Luís) e
umas dez linhas turísticas.
Importância da ferrovia no desenvolvimento de um País

Quais são os elementos de maior importância para o


desenvolvimento de países e regiões?

Devemos necessariamente considerar a importância de se ter


um sistema de transporte eficiente.

O modal ferroviário, em função de suas


características que lhe proporcionam grande
eficiência, consagrou-se como um veículo de
transformação econômica, assumindo um
importante papel estratégico na composição
da matriz de transporte.
Trecho da ferrovia Norte-Sul no
município de Colinas (TO)
Importância da ferrovia no desenvolvimento de um País

As primeiras linhas férreas europeias foram fundamentais para a comercialização de


manufaturas nos mercados consumidores do continente e também para a circulação
de matérias-primas oriundas de países exportadores de commodities.

Posteriormente, nações de desenvolvimento industrial mais tardio como, o Canadá e


os Estados Unidos, assim como economias exportadoras como Argentina, África do Sul
e o Brasil, fizeram (“tentam fazer”) uso de corredores ferroviários como estratégia
para alavancagem econômica.
Importância da ferrovia no desenvolvimento de um País

A América Latina como um todo e o Brasil em especial dependem de transformações


em suas cadeias produtivas e logísticas.

Uma rede de transporte ineficiente reduz o potencial de crescimento econômico,


particularmente devido à dependência de exportação de matérias-primas, produtos
especialmente sensíveis ao valor de frete.

O transporte ferroviário de cargas e


passageiros ganha destaque como um
mecanismo indutor de crescimento e
desenvolvimento econômico.
Importância da ferrovia no desenvolvimento de um País

A percepção das ferrovias como indutoras do crescimento pela redução do


custo de transporte esteve presente em diversos trabalhos realizados no
exterior, sendo dois de maior destaque:

• Fogel (1964) estima que, na ausência da infraestrutura ferroviária, o PIB


dos Estados Unidos teria um valor de 10% a 20% inferior ao apresentado
no final da década de 60.

• Morisugi e Hayashiyama (1997), verificou-se também uma forte


contribuição da provisão da infraestrutura ferroviária para o crescimento
do PIB do Japão no período de 1875 até 1940.
Sistema Ferroviário Brasileiro
Sistema Ferroviário Brasileiro

Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar


pessoas e mercadorias.

As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e


em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes,
carvão, derivados de petróleo, etc.
Sistema Ferroviário Brasileiro
Características do transporte ferroviário de carga no Brasil:
• Grande capacidade de carga;
• Adequado para grandes distâncias;
• Elevada eficiência energética;
• Alto custo de implantação;
• Baixo custo de transporte;
• Baixo custo de manutenção;
• Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário, visto que
ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos.
• Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;
• Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;
• Baixa integração entre os estados;
• Pouco poluente.
Sistema Ferroviário Brasileiro

As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são designadas


pelo símbolo “EF” ou “AF”, indicativo de estrada de ferro ou de acesso
ferroviário, respectivamente.

O símbolo “EF” é acompanhado por um número de 3 (três) algarismos, com os


seguintes significados:

I - o primeiro algarismo indica a categoria da ferrovia, sendo:


a) 1 (um) para as longitudinais;
b) 2 (dois) para as transversais;
c) 3 (três) para as diagonais;
d) 4 (quatro) para as ligações;

II - os outros 2 (dois) algarismos indicam a posição da ferrovia relativamente à


Brasília e aos pontos cardeais, segundo sistemática definida pelo órgão
competente.
Sistema Ferroviário Brasileiro

O símbolo “AF” é seguido pelo número da ferrovia ao qual está ligado o acesso
e complementado por uma letra maiúscula, sequencial, indicativa dos
diferentes acessos ligados à mesma ferrovia.

As ferrovias integrantes do Subsistema Ferroviário Federal são classificadas,


de acordo com a sua orientação geográfica, nas seguintes categorias:

I - Ferrovias Longitudinais: as que se orientam na direção Norte-Sul;


II - Ferrovias Transversais: as que se orientam na direção Leste-Oeste;
III - Ferrovias Diagonais: as que se orientam nas direções Nordeste - Sudoeste
e Noroeste-Sudeste;
IV - Ferrovias de Ligação: as que, orientadas em qualquer direção e não
enquadradas nas categorias discriminadas nos itens I a III, ligam entre si
ferrovias ou pontos importantes do País, ou se constituem em ramais
coletores regionais;
V - Acessos Ferroviários: segmentos de pequena extensão responsáveis pela
conexão de pontos de origem ou destino de cargas e passageiros a ferrovias.
Sistema Ferroviário Brasileiro

O Sistema Ferroviário Tocantinense:


Sistema Ferroviário Brasileiro

CONSTRUÇÃO FERROVIA FERRONORTE

Ferrovia começou a ser construída em 2006 e era pra ser entregue em 2010.
Projeto prevê 1.753 quilômetros de ferrovia, beneficiando 81 municípios.
Sistema Ferroviário Brasileiro

Detalhes da construção de uma ferrovia


Sistema Ferroviário Brasileiro

As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais:

➢ Vias de transporte público de veículos leves sobre trilhos

Movido por energia elétrica (sistema aéreo de fios) Velocidade de


operação entre 65 a 90km/h

Embora os materiais utilizados para


construir essas vias sejam os mesmo para
outros sistemas ferroviários. As
características geométricas possuem
diferenças sutis.

Ex.: Curvas Horizontais muito acentuadas


que chegam a um raio de 25 metros
Sistema Ferroviário Brasileiro

As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais:

➢ Vias de transporte público ferroviário urbano

Movido por motores elétricos sob tensões moderadas velocidade de


operação 130km/h

Localizados em grandes
corredores que transportam
grande número de passageiros.
Sistema Ferroviário Brasileiro

As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais:

➢ Vias de carga e intermunicipais de passageiros

As operações geram a maior parte da receita do setor ferroviário, chegando a


velocidade superiores a 160 km/h

Ligam cidades,
implicando o tráfego
ferroviário de longas
distâncias.
Sistema Ferroviário Brasileiro

As vias férreas são agrupadas nas seguintes Categorias Principais:

➢ Vias de alta velocidade

Trens-balas (velocidade de 145km/h a 480 km/h)

Quando somente trens de


passageiros operam na linha
(rampas mais altas podem ser
permitidas por causa da baixa
carga de eixo)
Sistema Ferroviário Brasileiro

As vias férreas são também agrupadas nas seguintes Categorias Secundárias:

➢ Vias principais
• Formam a rede principal de ferrovias e ligam as principais origens e
destinos do sistema.

➢ Vias secundárias
• Ou ramais, incluem vias que ligam a linha principais a uma estação que
está fora desta e as que ligam a linha principal com os pátios
ferroviários.

➢ Vias de pátio e sem receita


• São aquelas que entram nos pátios ferroviários onde veículos são
classificados e onde a manutenção e reparos dos vagões e dos
motores das locomotivas são realizados.
Função e constituição da linha férrea

Um dos conceitos mais completos de estrada de ferro diz que:

Ferrovia é um sistema de transporte terrestre, autoguiado, em que o veículo


(motores e rebocados) se deslocam com rodas metálicas sobre duas vigas
contínuas longitudinais, também metálicas, denominados de trilhos.

Os apoios transversais dos trilhos são os dormentes, são regularmente


espaçados e repousam geralmente sobre um colchão amortecedor de
material granular denominado de lastro, que por sua vez absorve e transmite
ao solo as pressões correspondentes às cargas suportadas pelo trilho.
Função e constituição da linha férrea

A ferrovia é composta por dois subsistemas básicos:

• O de material rodante ( veículos tratores e rebocados)


• O de via permanente (infraestrutura e a superestrutura ferroviária)
Função e constituição da linha férrea

A infraestrutura ferroviária

É o conjunto de obras que formam a plataforma da estrada e suporta a


superestrutura.

Composta por:

• Terraplenagem (cortes e aterros)

• Sistemas de drenagem

• Obras de arte corrente e especiais

• Túneis
Função e constituição da linha férrea

A Superestrutura Ferroviária:

É o segmento da via permanente que recebe os impactos diretos da carga.

Principais componentes são:

• Trilhos
• Acessórios de fixação
• Aparelhos de mudança de vias
• Dormentes
• Lastro e Sub-lastro

Os quais estão sujeitos às ações de degradação provocadas pela circulação


dos veículos e de por ataques do meio ambiente.
Função e constituição da linha férrea

A Superestrutura Ferroviária:

O dormente é um dos mais importantes elementos da superestrutura.


Depois de dezenas de anos sem qualquer modificação de material, sempre
confeccionado em madeira, hoje pode ser encontrado também em concreto,
aço e, mais recentemente, plástico.

Para cada quilometro de estrada de ferro construída são utilizados


aproximadamente um mil e novecentos dormentes, sendo estes de
madeira, devem ser substituídos em média a cada dez anos.

A malha ferroviária brasileira possui aproximadamente 30.550km de


extensão. A substituição da madeira por outro material significaria um
grande passo para a preservação do meio ambiente.
Função e constituição da linha férrea

A Superestrutura Ferroviária:

Dormentes de madeira podem estar com os dias contados

Com as dificuldades para obter madeira, o


dormente de concreto, aos poucos, conquistou
seu espaço devido a uniformidade e
durabilidade das peças, além de custo mais
baixo.

Dormentes de madeira exigem a derrubada de


um grande número de árvores que absorvem
CO2 – aproximadamente 89 mil m³ de madeira
para cada milhão de dormentes. Se forem
substituídos por uma versão em concreto,
haverá aumento nas emissões de gases do
efeito estufa por causa do combustível
consumido na sua produção.
Função e constituição da linha férrea

A Superestrutura Ferroviária:

Classificação da superestrutura:

• Rígida – quando os dormentes são assentados sobre lajes de concreto ou


quando os trilhos são fixados diretamente sobre uma viga.

• Elástica – quando se utiliza lastro para distribuir convenientemente sobre


a plataforma os esforços resultantes das cargas do material rodante,
garantindo a elasticidade e fazendo com que a carga transmitida pelos os
trilhos seja suportada pelos dormentes e pelo lastro.
Função e constituição da linha férrea

Característica da Ferrovia:

Contato Metal-Metal:

A interação veículo-via se dá pelo contato direto das rodas metálicas do trem


com os trilhos, que também são metálicos. Isto provoca um desgaste
considerável dessas partes devido a grande magnitude da carga que solicita as
rodas.

Apesar da pequena resistência ao desgaste, esta alta solicitação faz com que
este tipo de interação veículo-via seja o mais adequado.
Função e constituição da linha férrea

Característica da Ferrovia:

Eixos guiados:

Diferentemente dos outros meios de transporte, o sistema ferroviário não


possui mobilidade quanto à direção do veículo. Seu trajeto é guiado pelos
trilhos.

Seu trajeto é guiado pelos trilhos.


Função e constituição da linha férrea

Característica da Ferrovia:

Bitola:

A distância entre os trilhos é uma característica da via e é denominada bitola.

Uma via, entretanto, pode ter mais de um tipo de bitola, permitindo que seja
utilizada por mais de um tipo de trem.
Função e constituição da linha férrea

Característica da Ferrovia:

Bitola:

Padronizou-se no mundo bitolas de 1.0 m, 1.435 m e 1.6 m.

•Bitola < 1,0 m - Sem expressão econômica


•Bitola = 1,0m - Bitola métrica
•Bitola = 1,435 - Bitola normal
•Bitola = 1,60 m - Bitola larga

A tolerância no tamanho da bitola varia em função do país, da organização


ferroviária e da velocidade da via.
Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Roda solidária ao eixo :

Devido à robustez do trem, as rodas são solidárias ao eixo, não permitindo


movimento relativo.

Como consequência, aparece escorregamento entre as rodas e os trilhos


quando o trem descreve uma trajetória curvilínea.
Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Roda solidária ao eixo :

Além disso, os eixos são montados paralelamente numa estrutura


denominada truque.

➢ A dificuldade de inscrição do truque (com seus eixos paralelos e solidários


às rodas) nos trilhos de uma curva limita os raios mínimos em valores
bastante superiores aos das rodovias.

Sistemas que não exigissem paralelismo entre os eixos a fim de facilitar a


inscrição nos trilhos seriam muito complexos e frágeis devido, mais uma vez, à
robustez do trem.
Função e constituição da linha férrea

Truque Ferroviário
Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Existência de frisos nas rodas :

Os frisos nas rodas mantêm o trem sobre os trilhos,


evitando um deslocamento lateral que provoque
descarrilamento.
Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Conicidades das rodas :

As rodas possuem ainda uma configuração cônica que tem duas funções:

➢ Centraliza o veículo nos trilhos uma vez que, quando o mesmo se desloca
mais para o lado de um trilho, a geometria cônica o faz escorregar pela
gravidade de volta para o centro.

Conicidade da roda alinha o trem entre os trilhos pela ação gravitacional


Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Conicidades das rodas :

As rodas possuem ainda uma configuração cônica que tem duas funções:

➢ Diminui (um pouco) o efeito do escorregamento das rodas nas curvas,


pois o trem se apoiar numa curva no trilho externo e a configuração das
rodas faz com que a externa tenha uma circunferência de contato com o
trilho maior que a interna.
Função e constituição da linha férrea

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL RODANTE :

Eixos:

As cargas são dispostas nas pontas dos eixos, diferentemente dos caminhões.

As rodas nunca estão fora do gabarito da “caixa”. Outro aspecto relativo aos
eixos é o fato do paralelismo dos mesmos no truque.

Rodas dentro do gabarito da caixa e carregamento na ponta dos eixos


Função e constituição da linha férrea

Descarrilamento de trem do Metrô em Itaquera


07/02/2017
Função e constituição da linha férrea

Descarrilamento de trem do Metrô em Itaquera


Aula 02
SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA
Geometria da via

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