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As 'aves incendiárias' que usam o

fogo para facilitar a caça


 10 janeiro 2018
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Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionPesquisadores apontam que aves alastram


incêndios para capturar suas presas com mais facilidade

A Austrália é o lar de inúmeras espécies perigosas: de crocodilos a cobras, de aranhas a águas-


vivas venenosas.

Três animais aparentemente inofensivos foram acrescentados à lista, de acordo com um novo estudo
baseado em diversas observações.

São três espécies de aves de rapina, descritas pelos pesquisadores como "incendiárias".
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Segundo Bob Gosford, ornitologista do Central Land Council (um dos conselhos comunitários que
se organizam por região no país, neste caso no Território do Norte) e coautor da pesquisa, as aves
são o milhafre-preto (Milvus migrans), o milhafre-assobiador (Haliastur sphenurus) e o falcão-
marrom (Falco berigora), que ampliam deliberadamente os incêndios florestais para forçar os
animais que moram na floresta a fugir das chamas e, assim, caçá-los com mais facilidade.

Para fazer isso, as aves pegam um galho em chamas com o bico ou com as garras e o deixam cair em
uma área ainda não atingida pelo fogo.
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Além disso, dizem os pesquisadores, as aves podem ter aprendido a controlar e a usar o fogo a seu
favor antes mesmo dos humanos.

O estudo foi publicado na revista científica Journal of Ethnobiology.

Forte evidência
A crença de que essas aves têm a capacidade de espalhar as chamas vem de longa data - e inclusive
celebrada em antigas danças cerimoniais nas culturas aborígenes do país.

Image captionCom seu bico ou garras, o falcão-marrom carrega galho em chamas e o deixa em cair
área da floresta ainda não atingida pelo fogo para facilitar sua caça
No entanto, quando Gosford publicou o resultado de suas observações iniciais em 2016, muitos
especialistas em comportamento de aves reagiram com ceticismo.

Agora, com 20 novos depoimentos, Gosford conseguiu convencer os cientistas que chegaram a
questionar as evidências.
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Um desses depoimentos é de Dick Eussen, fotojornalista, ex-bombeiro e coautor do estudo, que


observou esse comportamento ao tentar apagar um incêndio no Território do Norte, nos anos 1980.

Um dos episódios mais recentes ocorreu em março de 2017, na mesma região, mas os milhafres não
alcançaram seu objetivo.

Aves antes dos humanos


Ainda não está claro o quão comum é esse comportamento, mas, de acordo com as evidências, essas
aves só recorrem a essa metodologia de caça se o incêndio atingiu seu limite de expansão e ameaça
se apagar.

Para saber a frequência e se esta técnica é exclusiva dessas espécies, tanto na Austrália como no
resto do mundo, os pesquisadores planejam fazer experimentos em condições controladas.
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionPesquisadores planejam fazer experimentos em
condições controladas para verificar se apenas essas espécies de aves podem ampliar incêndios

Outro ângulo interessante que surge das observações é que é bem possível que as aves de rapina
tenham aprendido a controlar incêndios antes de nós.

A evidência confirmada mais antiga do uso do fogo por humanos é de 400 mil anos atrás.

No entanto, aves de rapina estiveram no planeta milhões de anos antes, então elas podem ter
descoberto antes dos humanos, disse Alex Kacelnik, o especialista em inteligência de pássaros da
Universidade de Oxford, no Reino Unido, à revista New Scientist.

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