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1. Definição e Introdução
4. Tratamentos possíveis
Definição e introdução
Dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável relacionado a lesões que ameaçam o
organismo. A dor tem um substrato biológico, que confere ao ser vivo uma vantagem evolutiva,
lhe permitindo escapar de ameaças. A dor entretanto, pode ocorrer por um estímulo lesivo
potencial, ou mesmo sem que este estímulo esteja realmente presente.
A diferenciação entre dor aguda e crônica, obviamente diz respeito ao tempo de evolução, porém
o tempo de corte é arbitrário, podendo por exemplo, definir dor crônica como aquela que dura
mais que um mês ou três meses a depender a referência bibliográfica consultada. Para fins de
pesquisa recomenda-se definir dor crônica a partir de seis meses. Em contraste com a dor aguda,
a dor crônica pode ser uma condição complexa que envolve fatores físicos, psicológicos e
emocionais, bem como apresentar diversidade em sua expressão nas diversas culturas.
A dor pode ser classificada como nociceptiva, neuropática ou mista. A dor nociceptiva advém de
estímulos fisiológicos dos receptores de dor e estão relacionados com lesões de tecidos como
pele, músculo e ossos. Já a dor neuropática advém de uma disfunção do sistema nervoso, ou
mais precisamente, uma ativação inadequada das vias de sinalização da dor. Em muitos casos o
paciente pode apresentar tanto dores nociceptivas quanto neuropáticas sendo assim dito uma dor
de caráter misto. Ao contrário da dor nociceptiva a dor neuropática não responde bem aos
analgésicos comuns (dipirona, paracetamol, anti-inflamatórios e opioides fracos).
A dor é um sintoma da maior relevância não só pelo sofrimento que possa infligir como pelos
problemas orgânicos que ela pode sinalizar. É está presente em virtualmente todas as doenças,
sobremaneira naquelas graves e que ameaçam a vida. Embora seja controverso a dor crônica
pode, eventualmente, ser considerada uma entidade nosológica, ou seja uma doença em si.
Epidemiologia e fatores de risco
Inexistem estudos suficientemente robustos para apontar com precisão a prevalência de dor
crônica no Brasil. Estima-se que 30 a 50% dos brasileiros sofrem em algum grau com dor crônica.
Esse número acompanha as estatísticas mundiais que giram em torno de 30% de prevalência.
Dados norte-americanos apontam para uma prevalência de 31% provocando incapacidade laboral
em até 75% destes pacientes.
Como foi dito, normalmente a dor crônica é um sintoma de uma doença de base. Entretanto,
muitas vezes a dor crônica pode ser entendida como uma entidade nosológica. Também são
conhecidas síndromes dolorosas amplamente prevalentes com é o caso da fibromialgia e a dor
miofascial.
Tratamentos possíveis
Uma ampla gama de tratamentos estão disponíveis, entretanto, o grau de evidência científica
disponível para suportar cada um destes tratamentos pode variar bastante. De maneira geral a
dor aguda e episódios de agudização da dor crônica, em caso de dor nociceptiva, são tratados
com analgésicos, antiinflamatórios, opióides fracos, e opióides fortes. Podem ser indicado
cuidados como repouso, imobilização, proteção, compressas. São considerados fármacos
adjuvantes relaxantes musculares e antidepressivos.
Também são possíveis tratamentos não medicamentosos de suma importância. Podemos citar
vários como prática regular de atividades físicas, fisioterapia, terapia cognitivo-comportamental,
terapia com compressas, dentre outros. Inexiste tratamento medicamentoso significativamente
eficaz para fibromialgia, apenas atividade física regular.
Tomando por exemplo a dor pós-operatória temos o seguinte: apesar da introdução de guidelines
esforços educacionais há evidência que a dor pós-operatória ainda é pobremente controlada e
algumas drogas utilizadas apresenta perfil de efeitos colaterais difíceis de tolerar. A Cannabis
Medicinal poderá ser uma esperança. São citados quatro artigos que mostram que a Cannabis
Medicinal pode ter um efeito modesto, ou a depender da forma não causar efeito detectável,e até
mesmo em doses exageradas exacerbar a sensação dolorosa.
Um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, avaliou o efeito da cannabis
medicinal em casos de dor neuropática crônica causada por trauma ou cirurgia, e que eram
refratárias às terapias convencionais. Foi relatado que em comparação com o placebo, a inalação
de 25 mg de cannabis contendo 9,4% Δ9-THC, três vezes por dia, durante cinco dias, foi
associado a uma diminuição modesta, mas estatisticamente significativa, na intensidade diária
média da dor.
Ainda mais relevante é o fato que alguns ensaios clínicos sugerem que a prescrição de
medicações canabinóides (e.g. nabiximols, dronabinol, nabilona) são moderadamente efetivos na
redução de dor neuropática intratável, tanto central quanto periférica, em diversas etiologias,
sendo indivíduos já em tratamento medicamentoso.
Referências
1. https://www.canada.ca/en/health-canada/services/drugs-health-products/medical-use-m
arijuana/information-medical-practitioners/information-health-care-professionals-cannabi
s-marihuana-marijuana-cannabinoids.html#chp462
2. http://www.sbed.org.br/materias.php?cd_secao=74
3. http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/23/Dor-Cronica---PCDT-F
ormatado---com-escala-de-dor-LANSS.pdf
4. Kreling, Maria Clara Giorio Dutra, Cruz, Diná de Almeira Lopes Monteiro da, & Pimenta, Cibele Andrucioli de
Mattos. (2006). Prevalência de dor crônica em adultos. Revista Brasileira de Enfermagem, 59(4), 509-513.
https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672006000400007
5. Sá, Katia, Baptista, Abrahão Fontes, Matos, Marcos Almeida, & Lessa, Ines. (2009). Prevalência de dor
crônica e fatores associados na população de Salvador, Bahia. Revista de Saúde Pública, 43(4), 622-630.
Epub June 19, 2009.https://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009005000032