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Cannabis medicinal e dor crônica

1. Definição e Introdução

2. Epidemiologia (incluir dados brasileiros)

3. Sintomas básicos e Quadro Clínico

4. Tratamentos possíveis

5. Como a Cannabis poderia auxiliar

Definição e introdução
Dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável relacionado a lesões que ameaçam o
organismo. A dor tem um substrato biológico, que confere ao ser vivo uma vantagem evolutiva,
lhe permitindo escapar de ameaças. A dor entretanto, pode ocorrer por um estímulo lesivo
potencial, ou mesmo sem que este estímulo esteja realmente presente.

A diferenciação entre dor aguda e crônica, obviamente diz respeito ao tempo de evolução, porém
o tempo de corte é arbitrário, podendo por exemplo, definir dor crônica como aquela que dura
mais que um mês ou três meses a depender a referência bibliográfica consultada. Para fins de
pesquisa recomenda-se definir dor crônica a partir de seis meses. Em contraste com a dor aguda,
a dor crônica pode ser uma condição complexa que envolve fatores físicos, psicológicos e
emocionais, bem como apresentar diversidade em sua expressão nas diversas culturas.

A dor pode ser classificada como nociceptiva, neuropática ou mista. A dor nociceptiva advém de
estímulos fisiológicos dos receptores de dor e estão relacionados com lesões de tecidos como
pele, músculo e ossos. Já a dor neuropática advém de uma disfunção do sistema nervoso, ou
mais precisamente, uma ativação inadequada das vias de sinalização da dor. Em muitos casos o
paciente pode apresentar tanto dores nociceptivas quanto neuropáticas sendo assim dito uma dor
de caráter misto. Ao contrário da dor nociceptiva a dor neuropática não responde bem aos
analgésicos comuns (dipirona, paracetamol, anti-inflamatórios e opioides fracos).

A dor é um sintoma da maior relevância não só pelo sofrimento que possa infligir como pelos
problemas orgânicos que ela pode sinalizar. É está presente em virtualmente todas as doenças,
sobremaneira naquelas graves e que ameaçam a vida. Embora seja controverso a dor crônica
pode, eventualmente, ser considerada uma entidade nosológica, ou seja uma doença em si.
Epidemiologia e fatores de risco
Inexistem estudos suficientemente robustos para apontar com precisão a prevalência de dor
crônica no Brasil. Estima-se que 30 a 50% dos brasileiros sofrem em algum grau com dor crônica.
Esse número acompanha as estatísticas mundiais que giram em torno de 30% de prevalência.
Dados norte-americanos apontam para uma prevalência de 31% provocando incapacidade laboral
em até 75% destes pacientes.

Fatores de risco classicamente associados são depressão, consumo excessivo de álcool,


tabagismo, obesidade, nível de escolaridade, situação conjugal e sedentarismo. A idade
avançada naturalmente se relaciona com maior prevalência de dor crônica, o mesmo acontece
com o sexo feminino.

Sintomas básicos e Quadro Clínico


O indivíduo a manifestar sintomas como alterações nos padrões de sono, apetite e libido,
irritabilidade, alterações de energia,perda da concentração, dificuldade nas atividades familiares,
profissionais e sociais. Em caso de dor aguda os sintomas tendem a cessar após melhora da dor.
Nos indivíduos com dor crônica, a persistência do quadro doloroso tende a perpetuar e agravar os
sintomas associados.

Como foi dito, normalmente a dor crônica é um sintoma de uma doença de base. Entretanto,
muitas vezes a dor crônica pode ser entendida como uma entidade nosológica. Também são
conhecidas síndromes dolorosas amplamente prevalentes com é o caso da fibromialgia e a dor
miofascial.

Tratamentos possíveis
Uma ampla gama de tratamentos estão disponíveis, entretanto, o grau de evidência científica
disponível para suportar cada um destes tratamentos pode variar bastante. De maneira geral a
dor aguda e episódios de agudização da dor crônica, em caso de dor nociceptiva, são tratados
com analgésicos, antiinflamatórios, opióides fracos, e opióides fortes. Podem ser indicado
cuidados como repouso, imobilização, proteção, compressas. São considerados fármacos
adjuvantes relaxantes musculares e antidepressivos.
Também são possíveis tratamentos não medicamentosos de suma importância. Podemos citar
vários como prática regular de atividades físicas, fisioterapia, terapia cognitivo-comportamental,
terapia com compressas, dentre outros. Inexiste tratamento medicamentoso significativamente
eficaz para fibromialgia, apenas atividade física regular.

A dor crônica neuropática é tratada com antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes,


pregabalina, gabapentina e morfina. Nestes casos e mesmo no tratamento da dor nociceptiva
citado anteriormente, o uso de combinação de drogas é desejável pois produz menor efeito
colateral do que doses mais elevadas que são necessárias quando se usa apenas um
medicamento. Isto claro tendo conhecimento dos efeitos colaterais e contra-indicações das
drogas utilizadas.

Como a Cannabis Medicinal poderia auxiliar


O alívio da dor crônica é a condição mais citada por pacientes em uso de Cannabis Medicinal.
Estudos mostram que aproximadamente 90% dos pacientes relatavam dor importante. Há
evidência de que alguns indivíduos estão reduzindo o uso de outras medicações (e.g.: opioides) a
partir do uso da cannabis. O alívio da dor crônica é a condição mais citada por pacientes em uso
de cannabis medicinal, sendo que até 90% relata dor importante (grave). Um documento sobre o
tema foi publicado pela Academia Americana de Ciências, Engenharia e Medicina denominado
“The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids”. O documento da respeitada instituição norte
americana conclui que há evidência substancial que a cannabis e os canabinóides são efetivos no
tratamento da dor crônica em adultos.

Tomando por exemplo a dor pós-operatória temos o seguinte: apesar da introdução de guidelines
esforços educacionais há evidência que a dor pós-operatória ainda é pobremente controlada e
algumas drogas utilizadas apresenta perfil de efeitos colaterais difíceis de tolerar. A Cannabis
Medicinal poderá ser uma esperança. São citados quatro artigos que mostram que a Cannabis
Medicinal pode ter um efeito modesto, ou a depender da forma não causar efeito detectável,e até
mesmo em doses exageradas exacerbar a sensação dolorosa.

Um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, avaliou o efeito da cannabis
medicinal em casos de dor neuropática crônica causada por trauma ou cirurgia, e que eram
refratárias às terapias convencionais. Foi relatado que em comparação com o placebo, a inalação
de 25 mg de cannabis contendo 9,4% Δ9-THC, três vezes por dia, durante cinco dias, foi
associado a uma diminuição modesta, mas estatisticamente significativa, na intensidade diária
média da dor.
Ainda mais relevante é o fato que alguns ensaios clínicos sugerem que a prescrição de
medicações canabinóides (e.g. nabiximols, dronabinol, nabilona) são moderadamente efetivos na
redução de dor neuropática intratável, tanto central quanto periférica, em diversas etiologias,
sendo indivíduos já em tratamento medicamentoso.

O efeito "poupador de opióides" se refere à capacidade de uma medicação adjuvante conferir


analgesia com uma dose menor do opióide, diminuindo assim os efeitos colaterais associados a
essa medicação. Embora existam dados pré-clínicos que apoiam esse efeito para os
canabinóides, isso está menos estabelecido em estudos clínicos já publicados. A sinergia
canabinoide-opióide foi proposta como forma de potencializar os efeitos analgésicos dos opióides,
minimizando a tolerância aos efeitos dos analgésicos opióides e contornando ou atenuando os
efeitos colaterais indesejáveis associados ao uso das medicações. Entretanto, os estudos ainda
são preliminares e mais pesquisa é necessária para esclarecimento do tema.

Referências

1. https://www.canada.ca/en/health-canada/services/drugs-health-products/medical-use-m
arijuana/information-medical-practitioners/information-health-care-professionals-cannabi
s-marihuana-marijuana-cannabinoids.html#chp462
2. http://www.sbed.org.br/materias.php?cd_secao=74
3. http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/23/Dor-Cronica---PCDT-F
ormatado---com-escala-de-dor-LANSS.pdf
4. Kreling, Maria Clara Giorio Dutra, Cruz, Diná de Almeira Lopes Monteiro da, & Pimenta, Cibele Andrucioli de
Mattos. (2006). Prevalência de dor crônica em adultos. ​Revista Brasileira de Enfermagem​, ​59​(4), 509-513.
https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672006000400007
5. Sá, Katia, Baptista, Abrahão Fontes, Matos, Marcos Almeida, & Lessa, Ines. (2009). Prevalência de dor
crônica e fatores associados na população de Salvador, Bahia. ​Revista de Saúde Pública​, ​43​(4), 622-630.
Epub June 19, 2009.​https://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009005000032

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