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FIBRILAÇÃO ATRIAL:

1) Definição:
É uma arritmia supraventricular em que ocorre uma completa desorganização na atividade
elétrica atrial, fazendo com que os átrios percam sua capacidade de contração não gerando
sístole atrial (onda P). Essa desorganização elétrica é tamanha que inibe o nó sinusal enquanto
a FA persistir. É caracterizada por irregularidade do intervalo R-R, ausência de onda P e tremor
na linha de base.
A FA é a arritmia sustentada mais frequente na prática clínica, e sua prevalência na população
geral foi estimada entre 0,5 e 1%. A razão homem-mulher observada na FA é de
aproximadamente 1.2:1.

2) Classificação:
- Permanente (40 a 50%): nos casos em que as tentativas de reversão ao ritmo sinusal não
serão mais instituídas.
- Paroxística: revertida espontaneamente ou com intervenção médica em até 7 dias de seu
início.
- Persistente: Episódios com duração superior a 7 dias.

- Alta resposta ventricular: >100 bpm


- Baixa resposta ventricular: <50 bpm
- Resposta ventricular normal: 50-100 bpm

3) Fatores de risco: Hipertensão, diabetes, doença valvar, infarto do miocárdio e insuficiência


cardíaca + apneia obstrutiva do sono, obesidade, doença renal crônica e síndrome metabólica
(novos fatores).

4) Complicações: Acidente Vascular Cerebral (AVC), isquêmico ou hemorrágico, e mortalidade.


Alterações cognitivas, IC e implicações socioeconômicas.

5) Fenômenos tromboembólicos: A FA é a principal fonte emboligênica de origem cardíaca de


que se tem conhecimento, representando cerca de 45% dos casos. As causas da formação de
trombos são multifatoriais e estão relacionadas com a tríade de Virchow que inclui: (1) estase
sanguínea atrial; (2) lesão endotelial; (3) aumento da trombogenicidade sanguínea, própria
dessa arritmia.

6) FC= Por se tratar de uma arritmia, os intervalos R-R são irregulares, devemos então contar 6
segundos no ECG (30 quadradinhos), e multiplicar o número de QRS por 10.

7) Clínica: Sinais e sintomas de instabilidade hemodinâmica: hipotensão arterial (PAS < 90), dor
torácica típica (angina), desconforto respiratório (EAP), alterações do nível de consciência
(agitação psicomotora, torpor, síncope e coma). + palpitações arrítmicas, lipotimia.
8) Anticoagulação:

- CHADS2 ≥ 2 (risco elevado) -> Indicar a anticoagulação;


- CHA2DS2-VASC = 1 -> O risco é considerado baixo (1,3% ao ano), e a anticoagulação é
opcional e fica na dependência do risco de sangramento e opção do paciente.
- CHA2DS2-VASC = 0 -> não necessitam anticoagulação, pois o risco de complicação
trombótica, neste caso, é muito baixo.

O escore de risco para hemorragia mais empregado na atualidade é o HAS-BLED, cuja


pontuação > 3 indica maior risco de hemorragia pelo ACO. Deve-se destacar, contudo, que
esse escore não contraindica o uso de ACO, mas orienta quanto à necessidade de cuidados
especiais para tornar o tratamento mais seguro.

- Pacientes com FA não valvar com indicação de terapia antitrombótica podem utilizar a Varfarina ou
algum novo ACO.
- Pacientes com FA não valvar com indicação de terapia antitrombótica e contraindicação ao uso de ACO
podem receber a associação AAS e Clopidogrel.

9- Diagnóstico diferencial:
10- Tratamento:

- Instável -> cardioversão elétrica sincronizada


- Estável -> controle de frequência, avaliação da necessidade do uso de anticoagulantes, pesquisa
por causas reversíveis. Decidir entre controle de frequência cardíaca ou controle de ritmo.
- Pacientes com > 48 horas tem maior risco de trombolização se cardiovertidos, a não ser que o
ecocardiograma transesofágico descarte trombo atrial ou se o paciente estiver em anticoagulação
por 3 semanas ou mais. Até a realização do ECO ou do período de 3 semanas com anticoagulação,
deve-se controlar a frequência cardíaca para o controle dos sintomas.
- Deve-se manter a anticoagulação até 4 semanas após a cardioversão, independente do risco de
cardioembolia. Decidir sobre a manutenção da anticoagulação pelo CHA2DS2-VASc.
- Pacientes com FA permanente podem ter um aumento da FC devido a causas secundárias
(infecção, anemia, falta de medicação, etc), deve-se controlar a FC até a correção das causas de
descompensação da FA.
DOSES:

- Heparina não fracionada: dose de ataque 60-70 U/kg (máximo de 4000), dose de manutenção (mantem
TTPa entre 1,5 e 2). -> Colher TTPa de 6/6 horas para ajustar a dose.
- Enoxaparina: 1 mg/kg, subcutânea, 12/12h (evitar se ClearenceCr < 30ml/min, <40kg ou >120 kg).
- se ≥75 anos = 75% da dose.
- se Clearence de Creatinina <30 = 1 mg/kg 1x/dia.
- se ≥ 75 anos E Clearence de Cr < 30 = 0,75 mg/kg/dia.
- Beta-bloqueador: Esmolol (0,5 mg/kg EV) -> correr em 2 minutos, pode repetir em 5 minutos.
-Contraindicado se doença pulmonar ou IC com baixa fração de ejeção. Droga de escolha se
Hipertireoidismo.
- Amiodarona: dose de ataque (150 mg IV em 10 minutos) – segundo o livro de Emergências Clínicas
Dose de manutenção: 1mg/min nas primeiras 6 horas, seguido de 0,5 mg/min nas
próximas 18 horas. Obs: diluir em SG 5%, pois no SF 0,9% a droga precipita.
- contraindicado se hipertireoidismo (baixa chance de reverter).
- Propafenona: Dose de ataque: 600 mg (2cp de 300 mg cada)
Dose de manutenção: 450 a 900 mg (divididos em 8/8h = 1,5 a 3 cp/dia).
-Diltiazen (bloq. Canal de cálcio): 0,25 mg/kg EV em bolus por 2 minutos, seguido de 5-15 mg/h.
- Contraindicado se Insuficiência Cardíaca, hipotensão arterial ou bradiarrítimicos.

OBS: se for realizar cardioversão elétrica sincronizada, deve-se sedar o paciente antes:
- Propofol: 0,5 mg/kg + Fentanil 0,5 ml.
- Sequência da cardioversão: (segundo Emergências Clínicas): 120J -> 200J -> 200J.

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