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‫בית ספר של קבלה‬

(Escola de Qabalá)

‫(מורה‬professor): ‫( נחמיה בן ישראל‬Nechemiah ben Yisrael )

Tema: O Mal
A origem do mal, será lembrado, está na primeira separação entre o
Mundo Beriático e Azilut. Aqui o que é o criado deixa a presença do Divino, e
assim começa a imperfeição. Essa imperfeição aumenta à medida que a
Criação se distancia da Luz do Perfeito. Uma consequência posterior dessa
separação é o mal ganhar mais terreno à medida que cada Mundo inferior vem
a existir, enquanto um número maior de leis maiores e um número maior de
complexidades restringem os habitantes. Assim, em Asiyyah, as criaturas estão
intimamente ligadas, e qualquer pequena violação das numerosas regras pode
ser dolorosa e até mesmo fatal. À primeira vista, essa situação parece injusta,
mas deve ser compreendido que quanto mais uma criatura estiver distante da
Luz direta de Ein-Sof, menos consciente estará das leis fundamentais e, assim
sendo, sua ignorância deve ser contida a fim de impedir que cause demasiado
dano a si mesmo, ou a outros. Basicamente, há dois tipos diferentes de mal:
um é cósmico e serve à necessária função mecânica da eliminação de desejos
e doença; o outro é consciente e é observado como um fenômeno cuja
finalidade é testar, ou um exercício de obstinação.

O mal começa com a Criação. Suas raízes se encontram na primeira


divisão do Imutável e Eterno. O Mal é a força e a forma impelidas pelo
movimento da Criação, mas sem uma direção determinada especificamente-
como as células do câncer. A razão disso é que o mal está, em geral,
associado aos dois pilares externos, os aspectos funcionais da operação
cósmica destituídos da direção consciente do pilar do meio. Entregues a si
mesmas, a Força e a Forma continuarão a se expandir e a contrair AD
INFINITUM, como unidades separadas ou em um padrão oscilante que
demolirá lentamente o Universo em pedaços, se não o fizerem explodir pela
fissão ou ruir em absoluta compressão. Nosso Universo atual está em relativo
equilíbrio, mas, como foi dito anteriormente, ainda há remanescentes dos
Universos anteriores, a metafísica à esquerda e à direita do atual Universo.
Esses remanescentes ainda contêm um considerável MOMENTUM de energia
e substância, mas estes têm pouca ou nenhuma finalidade organizada, porque
seus pilares centrais estão ausentes. Assim, essas hordas cósmicas atuam
mecanicamente, agregando sua caótica Força e Forma a qualquer Força e
Forma organizada por ventura dentro do seu alcance. Isso ocorre porque
buscam, tal como todas as outras coisas criadas, melhorar e também serem
atraídas à perfeição, qual mariposas a uma vela. Em um sistema evolutivo bem
estruturado, contudo, não há território óbvio para elas, e, assim, em sua
procura desordenada de realização, tentam penetrar, quebrar ou esvaziar de
Força e Forma o Universo atual, a fim de obterem acesso a ele ou construírem
a sua própria Escada de Evolução. O motivo do mal é, ironicamente, muitas
vezes bom, embora seus métodos estejam fora da lei pela própria
desordem.

O conceito de que o mal é inerentemente bom não é estranho ou peculiar à


Kabbalah. Nada existe fora do Todo Absoluto; assim sendo, o mal, em sua
origem, deve ter emanado de Deus. Por quê? Pergunta-se. Os Kabbalistas
explicam de várias maneiras. Alguns dizem que todo o mal advém do pilar à
esquerda, da Forma e Severidade o princípio do Julgamento e do Rigor se
estendendo por toda a Criação. O lado esquerdo, por exemplo, é algumas
vezes chamado de “amargo”, em oposição ao lado “doce” da misericórdia.
Podemos ver uma pequena exposição do conceito no Zohar na parashá Matot:
“... Nós temos aprendido que existe direita, que é CHESSED, e esquerda, que
é o rigor ou julgamento, que são Yisrael e as nações, e também o Gan Éden,
na direita, e o Guehinam, na esquerda. Este mundo está à esquerda, e o
mundo vindouro (olam habá), está à direita. Os “filhos de Yisrael”
correspondem à misericórdia, à direita, e as outras nações ao rigor ou
julgamento, à esquerda. Aprendemos que quando uma mulher tem um gosto
da Misericórdia, isto é, quando ela se casa com um dos homens de Israel, a
misericórdia domina o rigor, e ela se transforma em clemência. Quando uma
mulher tem um gosto do Juízo, Ou seja, quando ela se casa com um
estrangeiro que pertence ao JULGAMENTO,como foi mencionado, o rigor se
unirá ao rigor. Está escrito deles: ‘Os cães são insolentemente gananciosos,
eles nunca têm o suficiente’ (Yeshayah 56:11)” (cap.4 pg.348). Esse conceito
provocou toda uma literatura sobre o impulso maléfico da esquerda e sobre as
presenças demoníacas, mas de fato a Justiça de Deus aplicada com
misericórdia, implementando rigorosamente a severidade nos estágios finais de
uma transgressão para corrigir um desequilíbrio, embora isso nem sempre seja
percebido como misericordioso, a menos quando observado profundamente.
Isso nos leva ao conceito de que há diversos tipos do assim chamado
mal. O mais facilmente observado está no mundo físico e proporciona algum
entendimento acerca dos processos do mal nos planos invisíveis.

Qualquer processo,seja universal ou local ,tem suas leis. Essas


regulamentações controlam o processo e fazem-no funcionar com eficiência.
Por exemplo, o corpo humano é uma máquina orgânica primorosamente
regulada. Qualquer coisa tornando-o demasiado quente ou frio e impedindo o
seu funcionamento é maligna, de acordo com os próprios critérios do corpo.
Do mesmo modo, embora consuma combustível na forma de alimento deve
evacuar a fim de livrar-se dos resíduos e criar espaço para o próximo
carregamento de combustível a ser convertido em energia. A evacuação, seja
ela líquida ou sólida ,pela pele ou pelos esgotos orgânicos é desagradável,
porém necessária, porque sem isso o mecanismo logo o mecanismo é
prejudicado e provoca a morte do corpo. Ora, a própria condição desagradável
da evacuação não é destituída de propósito. Seu cheiro é mau para a criatura
que se desembaraçou dela; mas isso é bom em si, porque a evacuação
contém muitos elementos que danificariam o corpo saudável da criatura, e por
isso os instintos dizem ao corpo para se distanciar tanto quanto possível da
matéria evacuada. Assim, o que aparenta ser desagradável ou mau não só
satisfaz uma finalidade vital de purificar o organismo, mas de fato remove as
então inúteis forma e força da área principal de uma determinada atividade
para outra, onde pode ser de grande utilidade, talvez como fertilizante,
Acontece o mesmo numa escala cósmica.

Além das expressões Demoníacas da força e da forma em qualquer um dos


lados dos Mundos Inferiores Determinados, há a presença do mal conhecida
como Fossa. (Às vezes, a Fossa é incorretamente chamada de Abismo,que é
um dos nomes de Daat, da palavra tehom no Gênesis, o Abismo sobre o qual
pairava a Ruah Elohim ou Espírito de Deus.) A Fossa é alegoricamente
colocada abaixo do Malkut de Asiyyah. De acordo com a tradição, seu título é
Gehinnom ou Gehenna. O nome tem sua origem em um profundo vale a oeste
de Jerusalém ( Josué 15,8 ) onde aconteciam sacrifícios de crianças antes de
os israelitas se apossarem da terra. Também era a ‘lixeira’ da cidade e para lá
eram levados os corpos dos animais doentes e dos criminosos executados.
Como se pode imaginar, o lugar tornou-se o símbolo da cloaca do mundo e, de
fato, através dos séculos uma imensa mitologia foi elaborada ao redor de sua
imagem por Kabalistas que, na verdade, nunca haviam visto o vale. Gehinom,
eventualmente, tornou-se sinônimo de Inferno, o lugar de tudo o que
necessitasse ser decomposto outra vez em seus elementos básicos. Essa
concepção baseava-se nas mesmas leis aplicadas às evacuações do corpo, as
quais são, em determinado momento, purificadas por um processo secundário,
desintegrando e separando as combinações desagradáveis de orgânico e
inorgânico em seus respectivos estados elementares puros para serem
reciclados. As mesmas leis se aplicam ao submundo do Inferno, à Fossa , onde
configurações corrompidas ou defeituosas de Força, Forma e Consciência, que
não têm mais um lugar adequado no determinado acervo dos Mundos Criados,
são contidas e purificadas para serem usadas outra vez. Nada no Universo é
desperdiçado.

Como se pode imaginar, tal lugar nunca é agradável, porque os seres e


coisas que lá habitam são, inevitavelmente, excessivos ou distorcidos de uma
maneira ou outra. Além disso, a rigidez de sua cristalização deve ser enorme,
pois estão confinados na maior concentração de leis encontradas no Universo,
impedindo-os de serem demasiado perigosos para eles mesmos e para o
Cosmo. Assim, são aprisionados, dizem-nos, em um dos Sete Palácios da
Impureza, enquanto suas impurezas são derretidas, queimadas e explodidas
como metais sob um processo de refinamento Elemental e químico. É de fato,
empregada a simbologia dos planos metálico e mineral para exemplificar as
qualidades do Inferno, com seus métodos algumas vezes lentos, outras
violentos, de extrema pressão, calor, frio e eras geológicas de tempo. Essa é
outra razão pela qual o Inferno está situado “abaixo” do Malkhut da Terra
(‘assiá).

Em Kabbalah, o mal cósmico é chamado de kelipá, que literalmente significa ‘


casca’ ou ‘abrigo’. A origem desse termo é dupla. A primeira origem reside no
conceito de o Universo ser feito como uma série de nozes e cascas. A primeira
semente é a luz de En sof, circundando a primeira casca, a Primeira Coroa. A
segunda casca é a sefirá Hokhmah, cobrindo a primeira sefrirá Keter. Hokhmah
torna-se, então, a Semente de Binah, e assim por diante, cada Sefirah, e
depois Mundo, circundando o de cima, e ele mesmo circundado pelo Mundo
próximo e mais inferior. Após o Malkhut de Asiyyah vem a mais grossa das
cascas, até ser a última propriamente dita, a mais densa casca metálica de
todas, com quase nenhuma Luz do En sof dentro de si. Na verdade, diz-se,
aqui reside apenas um pálido lampejo da Divinidade, e por isso é o lugar mais
distanciado de Deus. Os habitantes desse nível, foi-nos ensinado, estão ali
confinados até o Fim dos Dias, ao fim da grande Shemitah,ou ciclo cósmico.
No Shabat no Jubileu do Mundo, os que estiverem guardados nas profundezas
do Gehinnom são liberados de sua servidão que aprisiona.

O outro significado do termo Kelipá é que qualquer coisa, evento, ou ser


pode torna-se Kelipótico, ou como uma casca, se o seu eixo central for
removido. Se tal situação ocorrer, os planos demoníacos para além dos pilares
esquerdo e direito obtêm um controle e, desse modo, utilizam e alimentam-se
da Força e da Forma sem direção. Um exemplo disso é observado na
desordem mental do maníaco depressivo, onde a pessoa oscila do estado
maníaco ativo da Força à passiva condição deprimida da Forma. Isso
acontece, em geral, quando a direção não está centralizada e a pessoa é
controlada pelos lados funcionais de sua natureza. À luz do imaginário das
Kelipot, a expressão ‘estar possuído por demônios’ não está muito errada.

Com o advento da humanidade na Terra, o mal consciente penetrou em


Asiyyah. Antes disso, nenhuma criatura operava fora da lei de suas
necessidades naturais e a situação estava equilibrada. A presença de um ser
semi-angélico na Terra, contudo, trouxe a questão moral do bem e do mal –
uma questão exclusiva do ser humano individual.

O mal consciente é de uma dimensão completamente diferente do mal


funcional ou mecânico. Significa saber o que está sendo feito e qual lei está
sendo violada. Contudo, mais uma vez essa forma de mal não é uma simples
questão preto no branco, como pensa a maioria dos moralistas. Seus agentes
são duas variedades totalmente distintas de tentador. Um é o tentador que
sabe o que está fazendo: tenta a fim de testar a integridade da condição; se,
por exemplo, uma situação ou pessoa é de fato boa ou confiável sob pressão
(e isso é crucial em um plano cósmico). O outro tipo de tentador é o que causa
uma ruptura simplesmente pela própria ruptura e para sua própria satisfação. O
primeiro tentador pode ser de categoria espiritual, angélica ou mesmo
demoníaca, enquanto o segundo é, em geral, de forma humana, embora
entidades menores não humanas possam também tentar destruir tudo.

Dos Elyonim, ou os que habitam acima, talvez o mais famoso tentador seja o
Diabo ou Satã. Está registrado em Yov (Jó) que Satã foi um dos(que vinheram)
“Benei Elohim”, os Filhos de Deus. No seu papel de tentador, foi enviado para
testar a fidelidade de Jó. Está claramente estipulado, contudo, nas instruções
de Satã que o espírito sombrio não tem permissão para tirar a vida de Jó. Isso
significa que Jó, e todos os seres humanos, não podem ter extinguida a sua
parte Divina,não importando quão arruinados ou combalidos estejam os pilares
externos. Jó, como homem, possuía esse direito inato; e nenhum espírito, Anjo
ou Demônio pode tirar o seu contato direto com o seu Criador.

Outro nome associado a Satã é Samael, o Arcanjo Sefirótico da (sefirá)


Gevurah Beriático (do mundo de Beriá). Como o Arcanjo da Morte, Samael é
incorretamente visto como mal, mas como será agora apreciado, a Morte é
uma função cósmica de contração. Sem a Força sendo periodicamente
separada da Forma, não haveria crescimento ou renovação para a consciência
mantida entre elas no pilar central. Com a morte, o corpo usado da consciência
consolida seu ser antes de tornar a encarnar abaixo, ou de ascender um
estágio acima.

De todas as tentações conscientes, talvez a mais bem documentada seja a


que se deu no Jardim do Éden. Aqui tem início uma nova história,
completamente diferente da que estávamos contando até agora. Até então,
esta exposição descreveu a geração dos Mundos, sua interconexão, topografia
geral e habitantes. Até este ponto, tudo está mais ou menos em seu lugar, o
universo manifesto operando bem dentro de seu plano de refletir a imagem de
Deus em todos os níveis da Existência. A humanidade, no seu estado normal
de consciência, vive sob a forma de Adão e Eva no Mundo Yezirático,
enquanto abaixo os espíritos e formas das plantas e dos animais repetem os
ciclos de entrar e sair dos corpos elementares orgânicos que habitam o
universo físico de Asiyyah. Assim, os Mundos Manifesto, Formativo e Criativo
funcionam em harmonia, enquanto os Espíritos responsáveis pelo
funcionamento da existência criada mantêm o equilíbrio geral no progresso
determinado desse Ciclo Cósmico específico. Há, contudo, uma variável, um
fator de risco nesse Universo anterior à Queda, e esse são os dois seres
humanos no Jardim do Éden. Eles, as únicas criaturas feitas à imagem
completa de Elohim, têm a opção da escolha, e isso deve ser testado.
Materiais usados como fulcro: Zohar, A Kabbalistic universe.Obs.: correções e
adendos explicativos feitos pelo autor do material.

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