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Combate à homofobia
Autores:
Alison Dimi
Lia Cireli
Lorena Silva
Luana Nunes
Nícolas Novaes
Sara Lopes
São Paulo
2018
1 – Apresentação
O objetivo do nosso tema (O combate à homofobia) é, além de diminuir a
zero o número de casos de homofobia nas escolas, introduzir nos alunos a
conscientização a respeito de assuntos como sexualidade, homossexualidade,
identidade de gênero, homofobia, etc., para criar nos alunos a ideia de que todos,
independentemente da etnia, religião ou opção sexual merecem respeito e
compreensão. Para tal projeto, escolhemos os alunos do 9º ao 3º ano das
escolas públicas e particulares como público alvo. Isso porque consideramos
essa população mais vulnerável quando o assunto é homofobia, conflitos
oriundos da sexualidade, problemas com aceitação e males como depressão,
ansiedade, ideação suicida, etc. O trabalho será dividido em quatro etapas, são
elas: I – Palestra direcionada aos alunos e ao(a) diretor(a) sobre educação
sexual; II – Atuação e introdução do psicólogo educacional na escola; III –
Instrução dos funcionários da escola sobre o tema referido (capacitação para
lidarem com conflitos como a homofobia, aceitação, etc.) e IV – Trabalhar o
relacionamento família/escola, aluno/escola e aluno/família.
2 – Fundamentação teórica
A homossexualidade é um tema que divide opiniões e pode ser
considerado um tabu na sociedade. Somente no século XIX houve uma divisão
entre heterossexualidade e homossexualidade, porém em uma cultura em que a
heteronormatividade é predominante, muitos jovens podem entrar em conflito
ao ter que se posicionar sobre sua orientação sexual. Serão discutidas questões
como a homossexualidade na religião, nas diferentes culturas, nas escolas, na
comunidade, na família, entre outros (dando enfoque ao adolescente como
principal objeto de estudo no meio de tudo isso).
Segundo Rondini, Filho e Toledo (2017), a identidade sexual é
estabelecida por questões culturais, sociais, históricas e políticas. Porém, nem
todas as orientações sexuais são aceitas, principalmente quando o
heterocentrismo é uma ideia difundida extensivamente e reconhece a
heterossexualidade como predominante. Algumas ideologias, dogmas, crenças
e certos discursos são capazes de gerar a homofobia, como a dominação
masculina e o machismo, que contribuem com a ideia de superioridade do
homem. Assim, se um homem não se comporta exatamente como é esperado,
inclusive na orientação sexual, acaba sendo igualado a mulher. A confirmação
disso é que muitos jovens já internalizam ideias negativas e traços de
intolerância sobre a homossexualidade. Mesmo que não sejam extremos, algum
grau de homofobia, lesbofobia e transfobia é encontrado, seja relacionado ao
convívio social, estigmas ou até mesmo homofobia interiorizada. Os autores
apontam que uma melhor orientação pode ajudar no combate da homofobia e
na aceitação da homossexualidade, mas a falta de políticas públicas em
educação e ações programáticas voltadas para esse tema são escassas,
deixando os jovens formarem suas concepções somente com base em discursos
religiosos e biologizantes. Portanto, fica claro que a educação tem a capacidade
de mudar ou pelo menos expandir as opiniões sobre a homossexualidade e de
desconstruir alguns valores que estão atados a sociedade e prejudicam alguns
dos seus membros.
Assim também, conforme pesquisas realizadas por Nardi e Quartiero
(2012), foi possível notar que a inclusão dos adolescentes que possuem opções
sexuais diferentes dos que fazem parte do padrão é desafiador. É importante
haver apoio oficial do ministério da educação e outras entidades para maiores
estratégias que farão os indivíduos aceitarem os que possuem identidades
sexuais diferentes da sua. Um aspecto importante para maior acompanhamento
do indivíduo seria conhecer o contexto de vida e ter um acompanhamento
individual. É exposto que os professores precisam de estruturas financeiras,
acolhimento, tempo, orientação e preparo para lidar com este assunto na escola.
Foi exposto que para dar continuidade a inclusão de homossexuais é preciso
continuar com as reuniões grupais, refletindo sobre estratégias para lidar com o
aluno que possui uma identidade sexual diferente da padronizada, porém a
necessidade maior é a de um apoio oficial para lidar com este assunto de forma
mais profissional e profunda nas escolas públicas.
Em outras palavras, de acordo com Natarelli et al (2015), a homofobia
implica diretamente na saúde do adolescente homossexual, este que por sua
vez pertence à um grupo de alta vulnerabilidade. Ao abordar através de
entrevistas semiestruturadas conceitos como violência física, verbal, psicológica
e sexual, todas essas disseminadas através da homofobia, os autores
contribuem diretamente, por meio do artigo, para a conscientização à respeito
da importância que tem a questão discriminação de gênero, haja vista que
mesmo após anos de lutas e ativismo pela causa LGBT, a prática da homofobia
continua presente e constante, seja na escola, na comunidade ou mesmo na
família. Através da conscientização dos danos que a homofobia traz à saúde do
adolescente homossexual, se espera que tal pratica diminua até que aos poucos
desapareça, diminuindo também os índices de ideação suicida, transtornos
alimentares, depressão e autoflagelação. A principal contribuição dos autores
para com o tema é criar a noção de que comportamentos os quais julgamos
como normais podem ter grande impacto negativo quando se reflete na vida de
um adolescente homossexual.
Igualmente, na visão de Rivera (2012, apud ROJAS, 2018) a prática da
homossexualidade geralmente é considerada como uma distorção do biológico
natural. Este é um dos discursos para justificar o conceito da homofobia,
destacando a heterossexualidade como sendo uma conduta superior. Em
contraposição, o autor Noriega (2016, apud ROJAS, 2018) defende a ideia de
que quando assumimos uma visão integral das diferenças sociais, nossas
possibilidades de compreensão e análises se ampliam. Toda cultura é formada
por fenótipos, assim como formas de pensar e de se expressar que são distintas.
Dessa forma cada sujeito tem seu jeito de ver o mundo e o direito de proferir
suas ideologias pessoais. Através da compreensão deste fato é possível
credibilizar os dilemas que apresentam o reconhecimento e a diversidade sexual
e afetiva. Toda cultura possui suas divergências de pensamentos e condutas,
mesmo os grupos considerados mais autênticos e harmoniosos como o conceito
discutido dos indígenas.
Do mesmo modo, afirmam Soliva e Júnior (2014) que a família é um grupo
de indivíduos em contínuo convívio uns com os outros. Os autores destacam que
as famílias que possuem um filho homossexual podem sofrer vários conflitos
baseados na revelação da homossexualidade do filho. No momento da
divulgação, a maioria dos pais e familiares age com comportamentos negativos
relacionados a atos de violência física e psicológica, essas violências podem
gerar problemas de saúde, isolamento social, dificuldades escolares, danos
emocionais, etc. Estas experiências frustrantes que os homossexuais vivenciam
não são superadas por muitos deles. Esse comportamento de violência é
utilizado pelos pais na esperança de resgatarem seus filhos da
homossexualidade, e não romper com os planos que eles mesmos planejaram
para o filho. Os autores enfatizam que parte da sociedade associa
homossexualidade a uma safadeza, putaria e opção de escolha do sujeito
homossexual. No grupo familiar os irmãos do homossexual são incumbidos pela
preservação do respeito e harmonia do conjunto familiar. Os autores abordam
que segundo a bíblia a homossexualidade é pecado, sendo assim muitas
famílias buscam a igreja como um ponto de refúgio para suas emoções, e para
tentar “recuperar” seus filhos da homossexualidade.
Silva (2008) acresce que a adolescência é uma fase de difíceis decisões
que tendem a ser muitas vezes inaceitáveis por certos grupos, inclusive os
religiosos, estes por sua vez tema central da reflexão que o autor traz. A
homossexualidade na religião abrange grandes fatores de discriminação, onde
a escolha da orientação sexual tende a não ser compreendida na maioria dos
casos. Os adolescentes e jovens que foram entrevistados na pesquisa realizada
afirmaram temer a discriminação que é imposta nas religiões e que o preconceito
é de fato o pior caminho dentro de seus ciclos religiosos, porém em alguns
grupos religiosos não há reprovação da opção sexual tomada pelo adolescente,
sendo mais agradável a participação dele nesses meios. O autor trouxe uma
ideia ampla de como a juventude vê a homossexualidade dentro da religião, o
que pensam sobre os homossexuais, como isso interfere de fato em suas
crenças religiosas, abordando os aspectos como o preconceito de grupo, a
exclusão de programações espirituais e a falta de comunicação. Sendo assim,
essas atitudes acabam trazendo receio aos adolescentes que temem se
fortalecer em suas crenças religiosas.
Sendo assim, conclui-se que a discriminação de gênero está presente em
todos os âmbitos sociais que existem, sejam eles: escola, trabalho, comunidade,
religião, entre outros. São várias as formas de discriminação e violência que são
acometidas à eles: física, verbal, mental, sexual, etc. A maior intervenção à ser
feita é o simples entendimento de que todos os indivíduos nascem e morrem
livres para se identificar como quiserem, sem que sofram coerções. A
importância de criar tal se conscientização se faz evidente quando é apontado o
mal que a discriminação causa, afetando diretamente a saúde adolescente
homossexual. Quanto mais conscientes todos se tornarem a despeito do
respeito e da aceitação, mais vidas serão salvas.
3 – Atividades de intervenção
Parâmetros de Avaliação:
Com a intervenção esperamos que aconteçam nos pais as seguintes mudanças
a respeito da homossexualidade e a relação com o filho(a):
Compreensão dos pais a respeito da homossexualidade.
Desconstruir preconceitos.
Conscientizar que homossexualidade não é uma doença e sim uma opção
sexual.
Trabalhar a aceitação dos pais com os filhos.
4 – Justificação das Ações Propostas
A homofobia muitas vezes não tem seu devido reconhecimento dentro do
ambiente escolar, pois pode ser considerada como mais um caso de bullying e
violência ou ser ignorada por todos, já que é mais fácil ignorar essa realidade.
Com base nas entrevistas realizadas com duas psicólogas e uma coordenadora
que atuam em escolas, foi possível concluir que casos de homofobia não são
notados, uma vez que não existem propostas de intervenção, de acordo com
elas, ainda que assumam a presença de alunos homossexuais. Na primeira parte
do trabalho, um(a) psicólogo(a) dará uma palestra sobre a educação sexual,
ensinando aos alunos sobre sexualidade, os perigos da homofobia, aceitação e
inclusão, visando criar nos alunos a conscientização da necessidade do respeito
mútuo e harmonia. Já na segunda parte, um(a) psicólogo(a) ou orientador(a)
educacional será acrescentado à equipe de funcionários da escola, e estará
responsável por intervir nos casos como homofobia, alunos que não conseguem
aceitar a própria sexualidade ou mesmo têm dúvidas sobre isso, famílias que
têm dificuldade em aceitar a sexualidade do filho, etc. Partindo para a terceira
parte, o(a) diretor(a) fará também um ‘treinamento’ que visa capacitar todos os
funcionários à poderem intervir de maneira imediata nos casos de homofobia
(salientando que não farão o mesmo trabalho do psicólogo ou orientador
educacional, mas somente darão os primeiros auxílios, advertências, etc.) e,
além disso, conscientizá-los também sobre a sexualidade, respeito ao próximo
e afins. Na quarta e última parte, a escola buscará a aproximação da família,
para que esta, por sua vez, esteja ciente de todos os projetos que a escola
proporciona e desenvolve, visando criar vínculos, sanar quaisquer dúvidas e, se
e sempre quando possível, intervir nos problemas da relação família/aluno,
ensinando, assim como à todos, a importância de aceitar e entender a
sexualidade da maneira como ela é, a fim de evitar e prevenir qualquer tipo de
preconceito e violência.
5 – Referências Bibliográficas
BAUTISTA ROJAS, ENRIQUE. Reflexiones acerca de la diversidade sexual
entre jóvenes indígenas em Mexico. Revista de Estudios Sociales.2018. Vol 63.
Pág.100-109
De FREITAS, Katarina Nascimento; DOS SANTOS, Mônica Valéria Araújo; DE
AMORIM, Betânia Maria Oliveira, Homofobia no espaço escolar-Possibilidade de
mediação e intervenção da psicologia
Autor, título. Disponível em: <website visitado>. Acesso em: coloque a data de
acesso: dia, mês e ano.
Brasil Escola, Homossexualidade. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/homossexualidade.htm. Acesso em
19/04/2018
Gestão escolar, Como combater a homofobia na escola. Disponível em:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1816/assim-se-faz-uma-escola-
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Último segundo – iG, Psicólogos aprovam vídeos contra homofobia nas escolas.
Disponível em:
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/psicologos-aprovam-videos-contra-
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VEJA, Por que considerar a homossexualidade um distúrbio é errado. Disponível
em:
https://veja.abril.com.br/saude/por-que-considerar-a-homossexualidade-um-
disturbio-e-errado/. Acesso em: 19/04/2018
Vila Mulher, ACEITANDO A ORIENTAÇÃO SEXUAL DOS FILHOS. Disponível
em:
http://vilamulher.uol.com.br/familia/filhos/aceitando-a-orientacao-sexual-
dosfilhos-28061.html. Acesso em: 19/04/2018
Vila Mulher, HOMOFOBIA ENTRE OS ADOLESCENTES PREJUDICA O
RENDIMENTO ESCOLAR. Disponível em:
http://vilamulher.uol.com.br/familia/filhos/homofobia-entre-os-adolescentes-
prejudica-o-rendimento-escolar-15532.html. Acesso em: 19/04/2018
Info Escola, O que é Sexualidade. Disponível em:
https://www.infoescola.com/sexualidade/o-que-e-sexualidade/. Acesso em:
19/04/2018
Minha Vida, Como os pais podem lidar com a notícia da homossexualidade do
filho. Disponível em:
http://www.minhavida.com.br/familia/materias/16726-como-os-pais-podem-
lidar-com-a-noticia-da-homossexualidade-do-filho. Acesso em: 19/04/2018
Psicologia MSN, Homossexualidade para a neurociência. Disponível em:
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https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ha-21-anos-homossexualismo-
deixou-de-ser-considerado-doenca-pela-
oms,0bb88c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em:
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Viés, A homossexualidade não é uma doença. A HOMOFOBIA, SIM!. Disponível
em:
https://www.ufrgs.br/vies/vies/a-homossexualidade-nao-e-uma-doenca-a-
homofobia-sim/. Acesso em: 19/04/2018
6 – Anexos
Anexo 1 – Slide Combate à homofobia
Anexo 2 – Cartilha para os funcionários sobre homofobia
Anexo 3 – Comunicado aos pais sobre reunião
Anexo 4 – Slide Compreendendo a homossexualidade