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Legislação
CRIAÇÃO
Aplicada
E
à Micro e Pequenas
DESENVOLVIM
Empresas
ENTODE/ Direito
Empresarial
NOVAS
EMPRESAS
ALEXANDRE
SALGADO
NOME PROFESSOR
SEMESTR
E1
SEMESTRE 5
ADMINISTRAÇÃO 1
UNIVERSIDADE
Núcleo de Educação a Distância
METROPOLITANA DE
Créditos e Copyrights
SANTOS
CDD 658
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ADMINISTRAÇÃO 2
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Núcleo de Educação a Distância
METROPOLITANA DE
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
SANTOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, COMERCIAIS, CONTÁBEIS E
ECONÔMICAS
PLANO DE ENSINO
SEMESTRE: 5º
EMENTA
OBJETIVO GERAL
ADMINISTRAÇÃO 3
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
SANTOS
UNIDADE I - Gênesis e considerações gerais sobre as MPEs - Apresentar o
ambiente em que se inserem as MPEs e suas necessidades, bem como relacionar
os aspectos legais de novas modalidades de micro e pequena empresa.
UNIDADE II - Regras civis e empresariais para o pequeno empresário e o Simples
Nacional - Favorecer a reflexão e a correlação das regras civis, tributárias e
trabalhistas, com as Micro e Pequenas empresas. Entender o Simples Nacional e a
sua base cálculo.
UNIDADE III - Novas legislações aplicáveis as MPEs e o Microcrédito - Proporcionar
aos discentes habilidades de compreender a adesão e o recolhimento do simples
nacional, bem como as atualizações legislativas referentes as MPEs. Estudar o
Microcrédito e suas modalidades.
UNIDADE IV - Sociedades e cooperativas de créditos. O licenciamento ambiental e
as políticas de inovação para as MPEs - Apresentar aos discentes as sociedades e
cooperativas de crédito para o microempreendedor e proporcionar noções gerais
referentes as regras de licença ambiental para a MPEs, bem como as dificuldades
em implementar políticas de inovação disponíveis para as MPEs.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I
Gênese e Considerações Gerais sobre as MPEs. Da Lei Complementar 128/08;
Isonomia e Gestão da Lei Geral. Sobre as pessoas jurídicas não incluídas na Lei
geral e da respectiva abertura de uma MPE. A Participação de uma MPE em
licitação pública; das relações trabalhistas. Sobre o Associativismo e o estímulo ao
crédito e a capitalização. Da inovação.
UNIDADE II
Algumas considerações sobre o antigo e o atual Código Civil. Regras civis e
empresariais sobre o pequeno empresário. Do protesto de títulos da MPE e do
acesso ao Juizado especial de pequenas causas. Tributos abrangidos pela Lei Geral
e o Parcelamento das dívidas tributárias. O simples Nacional ou super simples. Do
limite da receita bruta e dos impostos e contribuições no simples nacional. As MPEs
que não recolhem os impostos e as contribuições no simples Nacional e das
alíquotas e base de cálculo. Da base de cálculo do simples Nacional.
UNIDADE III
Modalidades de empresas que retêm receitas diferenciadas. Sobre o ICMS e o ISS
nas MPEs e a tributação sobre a receita excedente. Sobre o recolhimento do
simples nacional e da forma de adesão ao sistema. Considerações à serem feitas
sobre as novas legislações. Introdução à legislação do Microcrédito. Sobre as
modalidades do Microcrédito (parte I e II). Estudo da Lei 9790/99 (Parte I e II)
ADMINISTRAÇÃO 4
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UNIDADE IV
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Sociedades de crédito ao microempreendedor. Cooperativas de crédito. FAMPE.
PROGER e FUNPROGER. Banco popular do Brasil e depósitos especiais para
Microcrédito. O licenciamento ambiental para as MPEs. Dificuldades de uma política
de inovação para as MPEs.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo; Atlas, 2011. (F)
NIARADI, George. Direito Empresarial. São Paulo: Pearson, 2012. (e-book)
TAIPAI, Giselle M Braga (coordenação). Constituição da República Federal do
Brasil. São Paulo; Revista dos Tribunais, 2003. (F)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BATOCCLIO, Antonio; BIAGIO, Luiz Arnaldo. Plano de Negócios - Estratégia para
Micro e pequenas empresas. 2ª Ed. Barueri: Manole, 2012. (e-book)
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004. (e-book)
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Administração para Empreendedores. São
Paulo: Pearson, 2011. (e-book)
PADOVEZE, Clóvis Luís; MARTINS, Miltes Angelita M. Contabilidade e Gestão
para Micro e pequenas empresas. Curitiba: Intersaberes, 2014. (e-book)
POSTIGLIONE, Marino Luiz. Direito Empresarial. Barueri: Manole, 2006. (e-book)
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas,
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo
ensino/aprendizagem.
AVALIAÇAO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial,
de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
ADMINISTRAÇÃO 5
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Sumário
DE
SANTOS
Aula 01_Gênese e Considerações Gerais sobre as MPEs ......................................... 8
Aula 02_Da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. ...................... 10
Aula 03_Isonomia e Gestão da Lei geral .................................................................. 14
Aula 04_Sobre as pessoas Jurídicas não incluídas na ‘Lei geral’ e da respectiva
abertura de uma MPE ............................................................................................... 22
Aula 05_A participação de uma MPE em licitação pública ....................................... 25
Aula 06_Das relações Trabalhistas........................................................................... 28
Aula 07_Sobre o Associativismo e o Estímulo ao Crédito e à Capitalização ............ 31
Aula 08_Da Inovação ................................................................................................ 36
Aula 09_Algumas considerações sobre o antigo e o novo código civil ..................... 38
Aula 10_Regras Civis e Empresariais sobre o Pequeno Empresário ....................... 41
Aula 11_Do Protesto de Títulos das MPEs e do Acesso ao Juizado Especial das
Pequenas Causas ..................................................................................................... 44
Aula 12_Tributos abrangidos pela Lei Geral e o Parcelamento das dívidas tributárias
.................................................................................................................................. 47
Aula 13_O Simples Nacional ou Supersimples ......................................................... 49
Aula 14_Do Limite de Receita Bruta e dos Impostos e Contribuições no Simples
Nacional .................................................................................................................... 51
Aula 15_As MPEs que não recolhem os impostos e as contribuições na forma do
Simples Nacional e das alíquotas e base de cálculo ................................................ 55
Aula 16_Da base de cálculo do Simples Nacional .................................................... 60
Aula 17_Modalidade de empresas que retêm receitas diferenciadas ....................... 62
Aula 18_Sobre o ICMs e ISS nas MPEs e a tributação sobre a receita excedente .. 66
Aula 19_Sobre o Recolhimento do Simples Nacional e da forma de adesão ao
Sistema ..................................................................................................................... 69
Aula 20_Considerações a serem feitas sobre as novas legislações ......................... 75
Aula 21_Introdução à Legislação do microcrédito..................................................... 84
Aula 22_Sobre as modalidades do Microcrédito - Parte I ......................................... 89
Aula 23_Sobre as modalidades do Microcrédito - Parte II ........................................ 93
Aula 24_Estudo da Lei 9.790, de 23 de março de 1999 - Parte I .............................. 97
Aula 25_Estudo da Lei 9.790, de 23 de março de 1999 - Parte II ........................... 103
Aula 26_Sociedades de Crédito ao Microempreendedor ........................................ 110
Aula 27_Cooperativas de Crédito ........................................................................... 117
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Aula 28_FAMPE...................................................................................................... 123
SANTOS
Aula 29_PROGER - FUNPROGER ........................................................................ 126
Aula 30_Banco Popular do Brasil e Depósitos Especiais para Microcrédito ........... 130
Aula 31_O Licenciamento Ambiental para MPEs.................................................... 133
Aula 32_Dificuldades de uma Política de Inovação para as MPEs ......................... 135
ADMINISTRAÇÃO 7
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Aula 01_Gênese e Considerações Gerais sobre as MPEs
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Antes da análise do atual Estatuto das MPEs devem-se conhecer algumas outras
legislações que vigoraram até então, e que também concederam àquelas empresas
tratamento diferenciado das demais.
Breve histórico:
Durante a vigência desta Lei, alguns dispositivos foram alterados e outros revogados
pelas Leis nº 8.864/94 e 9.317/96 - Lei do Simples -, que vigoraram até a publicação
do atual Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Após 10 (dez) anos, em 28 de março de 1994, foi sancionada a Lei nº 8.864 que,
mesmo não causando impacto pela falta de regulamentação dos seus artigos, pois
esses dependiam de ato do Poder Executivo para regulamentar a plena execução
deles, chegou até a inovar com a elevação da receita bruta anual da microempresa
e surgiu, também, pela primeira vez, a figura da empresa de pequeno porte, de
acordo com o estabelecido na atual Constituição Federal.
Desta forma, a Lei do Simples conviveu pacificamente com as outras leis, pois
dispôs sobre matéria distinta das previstas nas Leis nº 7.256/84 e 8.864/94; isto quer
dizer que, enquanto o ‘Simples’ concedeu benefício na área tributário/fiscal,
dispondo sobre um novo regime tributário das MPEs, as outras leis estabeleceram
outros benefícios não regulados pelo ele, ‘Simples’.
A fim de exemplificar este assunto, cabe lembrar que o Poder Executivo e alguns
órgãos públicos baixaram outras normas que concederam benefícios as MPEs
daquela época, de acordo com o previsto no art. 2º, Inc 1 I e II da Lei nº 8.864/94, e
não pela Lei do Simples. Também, pode-se citar o art. 11 da Medida Provisória nº
1.894, e art. 2º da Lei nº 9.493/97, bem como demais benefícios concedidos pelo
INPI, SVS, CETESB etc.
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e, principalmente, por tratar de assuntos diversos de interesse destas empresas em
um só diploma legal.
SANTOS
Portanto, com o advento do novo “Estatuto”, as MPEs continuam ainda a ser regidas
por leis distintas, uma vez que a Lei do Simples não foi revogada, encontrando-se
em plena vigência, e da qual se falará em aula específica sobre ela.
O novo ‘Estatuto’ passa a prever tratamento favorecido às MPEs nos campos não
abrangidos pela Lei do Simples, o que significa que, enquanto o Estatuto tem por
objetivo facilitar a constituição e o funcionamento da ME e da EPP, de modo a
assegurar o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento
econômico e social, o ‘Simples’ estabelece tratamento diferenciado nos campos dos
impostos e contribuições.
Em 22/12/08 foi publicada no Diário Oficial da União, a Lei Complementar n.º 128,
que altera as regras da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
(Lei Complementar n.º 123/06).
Por outro lado, a inovação trazida pela Lei Complementar n.º 128/08 é a criação do
Microempreendedor Individual e a inclusão de novos setores no Simples Nacional.
A nova legislação trouxe boas inovações em seu texto, sendo algumas delas antigas
reivindicações.
ADMINISTRAÇÃO 9
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Especial que, pela sua natureza, julga causas de baixos valores econômicos, o que
por muito tempo inviabilizou a busca do judiciário por não compensar a contratação
de um advogado. SANTOS
A lei complementar Federal 133/2009, incluiu o setor cultural no Simples Nacional,
ampliando as atividades optantes pelo Simples.
BIBLIOGRAFIA
1 Inc = Inciso
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Complementar nº 128 de 19 de dezembro de 2008, que promove profundas
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modificações na Lei Geral.
Assim, esta ‘Lei Geral’ ou o ‘Novo Estatuto das MPEs’, como é conhecida, e que
será nesta disciplina referenciada como Lei Geral, contempla uma fatia do mercado
econômico que gira em torno de 99,2%1 de todas as empresas deste país,
englobando-se aí 60% do mercado empregador e 20% do PIB Produto Interno
Bruto.
A maior pretensão desta ‘Lei Geral’ se encontra em se fazer uma maior justiça
tributária por meio da simplificação no pagamento de impostos, na diminuição para a
abertura e fechamentos de empresas/negócios, numa maior facilidade ao crédito, no
estímulo às exportações, às cooperações e inovações.
Cabe aqui informar que a grande inovação trazida pela Lei Complementar n.º 128/08
é a criação do Microempreendedor Individual e a inclusão de novos setores no
Simples Nacional.
A luta pela promulgação desta Lei atraiu grande mobilização nacional, sendo a sua
aprovação um marco de conquista para empresários, entidades setoriais, técnicos,
juristas, economistas, lideranças partidárias e outros.
Há também os casos de muitas empresas que, embora admitidas na Lei Geral, não
são contempladas pelo sistema ‘Simples’ em razão das atividades que realizam.
No entanto, pode-se dizer que o novo Estatuto Nacional das Microempresas e das
Empresas e Pequeno Porte é a própria ‘Lei Geral’, que visa, por sua vez, a um
tratamento diferenciado e favorecido a estas empresas junto à União, aos Estados,
aos Municípios e ao Distrito Federal sustentados pelos artigos 146, III, “d”; 170, IX; e
179 da Constituição Federal.
Artigo 170:
Artigo 179:
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Portanto, desprende-se que os principais benefícios, por tudo até então relatado,
deverão gerar:
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Regime unificado de apuração e recolhimento dos impostos e contribuição da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, inclusive com a
simplificação as obrigações fiscais acessórias;
Para finalizar esta aula, leia a afirmação do Sr. José Luis Ricca, diretor-
superintendente do Sebrae - SP, ao defender a aprovação da Nova Lei Geral,
apresentada ao Congresso Nacional em junho de 2006.
O que se verificou é que, com o final do século passado, início deste século, o
mundo do trabalho mudou de eixo. Hoje você tem uma população economicamente
ativa, praticamente desempregada, e essa população cria uma necessidade de se
auto proteger através da geração própria de renda. Com isto, você criou inúmeros
candidatos a empreendedores, de vários níveis e de várias especialidades. Isso
mostra, inclusive, toda uma necessidade de você olhar agora para a questão do
empreendedorismo de uma forma um pouco mais ousada e não deixar a coisa vinda
de uma maneira inercial como antes.
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Bibliografia
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MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
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Aula 03_Isonomia e Gestão da Lei geral
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Um dos valores mais prestigiados pelas sociedades ocidentais é a igualdade,
especialmente nesta época de modernidade, por ser a expressão concreta da ideia
de justiça, pois o tratamento discriminatório retrata uma das formas mais odiosas de
arbitrariedade. Desta forma, a igualdade é um dos pilares do ordenamento jurídico
nacional, ao estar encartada nos direitos fundamentais prestigiados na Constituição
Federal, de 1988, mais precisamente no caput do art. 5º, por meio do princípio da
isonomia, que é a sua expressão jurídica. Assim, pode-se afirmar que o Estado, e
como parte dele, a Administração Pública, deve tratar todas as pessoas sujeitas as
suas jurisdições com igualdade: sempre que o Estado pretender praticar ato que
gere benefício a alguém, todos os interessados no referido benefício devem e têm o
direito de ser tratados com igualdade por ele.
No entanto, sabe-se, também, que a isonomia não impõe que todos sejam tratados
com absoluta igualdade, ao contrário, as leis nada mais fazem do que discriminar
situações em detrimentos de outras, classificando grupos e setores, e a questão em
torno da isonomia redunda em precisar quais são estas diferenças toleráveis,
sublinhando-se, aqui, que o fato de o legislador ter estabelecido tratamento
privilegiado às microempresas e às empresas de pequeno porte não implica, por si
só, ofensa ao princípio da isonomia, isto é, ao direito das demais empresas, que não
sejam MEs ou EPPs, de serem tratadas com igualdade, isto porque não há
igualdade absoluta.
A própria Constituição Federal prescreve, no inc. IX do seu art. 170, que se deve
instituir "tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob
as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País", ou seja, obriga o
legislador a criar lei para favorecer as empresas de pequeno porte, partindo do
pressuposto de que elas são diferentes das demais empresas e, portanto, merecem
tratamento privilegiado. Trocando-se em miúdos, o legislador, ao privilegiar as
microempresas e as empresas de pequeno porte, não ofende, por si só, a isonomia,
o direito das demais empresas e pessoas à igualdade. O legislador, ao contrário,
atende ao princípio da isonomia, portanto ele privilegia quem a própria Constituição
Federal estabeleceu, que merece ser privilegiado.
ADMINISTRAÇÃO 14
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sua importância socioeconômica, o setor ainda encontra sérios obstáculos ao seu
crescimento, sustentabilidade e competitividade.
SANTOS
O advento da “Lei Geral” veio unificar os impostos federais, estaduais e municipais
para essas empresas e, na maioria dos casos, reduzirá a carga tributária. E, isso
não é tudo, também facilita a formalização de empresas, acesso a crédito, à
tecnologia, a um consórcio especial e muito mais.
Foi instituído, por sua vez, pelo Decreto nº 6.174 de 1 o agosto de 2007, e de
acordo com o Regimento Interno instituído pela Portaria nº 226 de 27 de
novembro de 2007 e alterado pelo Decreto 8001/2013.
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promover discussões com o objetivo de encaminhar à SMPE/PR propostas
que visam garantir o tratamento favorecido e diferenciado a ser dispensados
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ás microempresas e empresas de pequeno porte.
Desta forma, a Microempresa (ME) se define como uma pessoa jurídica que aufere
– em cada ano-calendário – a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.
Já Empresa de Pequeno Porte (EPP) se revela como a pessoa jurídica que fatura –
em cada ano calendário – a receita bruta superior a R$ 360.000,00, ou ainda, igual
ou inferior a R$ 3.600.000,00.
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I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
e SANTOS
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta
mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais).
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento
jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput
deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso
II do caput deste artigo;
ADMINISTRAÇÃO 17
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V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global
SANTOS
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
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ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput
deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de
SANTOS
microempresa.
ADMINISTRAÇÃO 19
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adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou
serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora
SANTOS
ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei
Complementar, desde que as receitas de exportação também não
excedam os referidos limites de receita bruta anual. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
Entende-se por receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações
de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos concedidos.
ADMINISTRAÇÃO 20
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Bibliografia
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CLÈVE, Clémerson Merlin. Direito Constitucional Brasileiro. 1ª.ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2014.
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Aula 04_Sobre as pessoas Jurídicas não incluídas na ‘Lei geral’ e da
SANTOS
respectiva abertura de uma MPE
De acordo com o artigo 3°, parágrafo 4º, da Lei Geral, não poderão se beneficiar do
tratamento jurídico diferenciado para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica que:
I – de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de
pessoa jurídica com sede no exterior;
III – de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como
empresário ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento
jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde
que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II
do caput deste artigo;
IV – cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento)
do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite
de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V – cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII – que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII – que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e
de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora
ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de
capitalização ou de previdência complementar;
IX – resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma
de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um
dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
X – constituída sob a forma de sociedade por ações.
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o
contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e
habitualidade.
Observações:
ADMINISTRAÇÃO 22
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procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade
do processo, da perspectiva do usuário.
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O processo de registro do Microempreendedor Individual deverá ter trâmite especial
e simplificado, preferencialmente eletrônico, opcional ao empreendedor na forma a
ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios.
ADMINISTRAÇÃO 23
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Vale aqui recapitular sobre as Espécies e Naturezas Jurídicas das Empresas.
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A constituição de uma empresa depende de uma série de providências, bem como
da inscrição em vários órgãos públicos, podendo ser adotadas as seguintes
espécies jurídicas:
É a forma pela qual que o Titular responde pelo próprio negócio. Não há sócios. O
nome da empresa é o nome do empresário, por extenso ou abreviado. Nesta
modalidade de constituição, a responsabilidade da Pessoa física é ilimitada, pois
responde com seus bens pessoais pelos atos da Pessoa Jurídica.
Sociedade
a) Sociedades Civis;
b) Sociedades Comerciais (Mercantis).
As sociedades civis são constituídas para praticarem atividades de prestação
de serviços, com ou sem fins lucrativos.
As sociedades comerciais são empresas constituídas para exercer atividades
mercantis, ou seja, atividades agropecuárias, industriais ou comerciais.
Atenção: mesmo que a sociedade tenha natureza civil, quando constituída sob a
forma de sociedade anônima assume caráter mercantil, para efeitos legais.
BIBLIOGRAFIA
Lei Geral. Disponível em <http://app.pr.sebrae.com.br/leigeralnacional/Home.do>
Acesso em 15 de agosto de 2015.
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004
ADMINISTRAÇÃO 24
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Aula 05_A participação de uma MPE em licitação pública
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A “Lei Geral”, em seu capítulo V, define procedimentos diferenciados para as micros
e pequenas empresas nas licitações públicas, como a prevalência dessas
sociedades enquanto critério de desempate em relação a outras empresas, além da
possibilidade de realização de processo licitatório destinado, exclusivamente, à
participação de microempresas e empresas de pequeno porte.
Cabe ressaltar que Licitação é o procedimento Administrativo mediante o qual a
Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu
interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada
de atos vinculantes para a Administração Pública e para os licitantes. Portanto, a
Licitação é o antecedente necessário do contrato Administrativo, conforme dispõe o
artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal.
Hoje a matéria é regulada pela Lei nº 8666/93, que estabelece normas gerais sobre
Licitações e Contratos Administrativos pertinentes a obras, compras, alienações e
locações no âmbito dos poderes da União, Estados, Distritos Federais e Municípios.
Os principais benefícios permitidos às MPEs, em processos licitatórios devem
observar os termos da Lei nº8666/93.
A Lei Complementar prescreve normas que afetam as licitações públicas nos seus
artigos 42 a 49, a saber, da seguinte forma:
Os artigos 42 e 43 enunciam normas sobre a comprovação da regularidade
fiscal por parte das microempresas e das empresas de pequeno porte;
Os artigos 44 e 45 estatuem em favor delas "direito de preferência";
O artigo 46 autoriza a essas empresas emitir cédula de crédito
microempresarial1, na forma de regulamento a ser expedido pelo Poder
Executivo;
ADMINISTRAÇÃO 25
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São procedimentos de desempate: a ME ou EPP melhor classificada poderá
apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora, caso em que
SANTOS
lhe será adjudicado2 o objeto licitado; já no caso da ME ou a EPP não poder ser
contratada serão convocadas as demais para o exercício do mesmo direito, na
ordem classificatória, desde que se encontrem no critério de empate; em caso de
equivalência dos valores apresentados por MPEs, será realizado sorteio entre elas
para que se identifique aquela que primeiro apresentará melhor oferta, e no caso de
pregão, a MPE melhor classificada será convocada para apresentar nova proposta,
no prazo máximo de cinco minutos após o encerramento dos lances.
São condições para adoção dos procedimentos licitatórios especiais: deve haver, no
mínimo, três fornecedores competitivos enquadrados como ME ou EPP, sediados
nas proximidades e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
de convocação; o tratamento favorecido para as MPEs deverá ser vantajoso para a
administração pública, e não representar prejuízo à contratação; os procedimentos
não serão admitidos se a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos da Lei nº
8.666/93, excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos I e II do art. 24 da
mesma Lei, nas quais a compra deverá ser feita preferencialmente de
microempresas e empresas de pequeno porte, aplicando-se o disposto no inciso I do
art. 48
ADMINISTRAÇÃO 26
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O Fórum Permanente da MPE tem importante função na viabilização e agilização de
incentivos como esses.
SANTOS
Acesso ao mercado Externo
BIBLIOGRAFIA
______
1 Título de crédito que poderá ser emitido pelas micro e pequenas empresas titulares de direitos
creditórios decorrentes de empenhos do Poder Público liquidados por órgãos e entidades dos
entes federados, não pagos em até 30 dias contados da data de liquidação, aumentando, assim, sua
possibilidade de capitalização.
2 De adjudicação: ato judicial ou administrativo que dá a alguém a posse de determinados bens.
ADMINISTRAÇÃO 27
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Aula 06_Das relações Trabalhistas
SANTOS
Encontra-se regulamentada no Capítulo VI Da Simplificação das Relações de
Trabalho e respectivos artigos.
Assim, esta “Lei Geral” também reduz a formalidade nas relações de trabalho,
dispensando as MEs e EPPs de determinados procedimentos.
Conforme dispõe o artigo 50 da Lei Geral, a saber:
Art. 50. As microempresas e as empresas de pequeno porte serão
estimuladas pelo poder público e pelos Serviços Sociais Autônomos
a formar consórcios para acesso a serviços especializados em
segurança e medicina do trabalho.
No que diz respeito ao acesso à Justiça, esta nova ‘Lei’ facultará a essas empresas
de representarem junto à Justiça do Trabalho por terceiros que não possuam vínculo
trabalhista ou societário, permitindo, mais, que essas empresas ingressem com
ações perante o Juizado Especial.
Assim, nas questões trabalhistas, a ‘Lei Geral’ reproduz os benefícios já
anteriormente conquistados, e também traz inovações importantes. Os benefícios
que foram mantidos dispensam as MPEs:
1. Da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;
2. Da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de
registro;
3. De empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais
de Aprendizagem;
4. Da posse do livro intitulado Inspeção do Trabalho;
5. De comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias
coletivas.
Deve-se ressaltar que fazer proposições de mudanças à legislação trabalhista não é
tarefa fácil, uma vez que envolve direitos conquistados a duras penas pelos
trabalhadores e, por isso, estas proposições enfrentam fortes resistências por parte
das organizações representativas: nossa sociedade apresenta grande desigualdade
social e a perda de direitos trabalhistas importantes pode agravar ainda mais esse
quadro. Isto equivale dizer que se trata de assunto polêmico e qualquer mudança
deve necessariamente passar por uma grande discussão nacional envolvendo
empregadores, governo, sindicatos, entidades de classe, e outros.
ADMINISTRAÇÃO 28
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IV – apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação
Anual de Informações Sociais – RAIS e do Cadastro Geral de Empregados
SANTOS
e Desempregados – CAGED.
O art. 50, da ‘Lei Geral’, prevê que o poder público e os serviços sociais autônomos
deverão estimular as MPEs a formarem consórcios para sua maior facilidade ao
acesso dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho. Sabe-se
que as MPEs possuem enormes dificuldades em atender às Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, que exigem a contratação de serviços
especializados nessa área e, desta forma, a constituição de consórcios de MPEs,
para a contratação desses serviços, possibilitará a redução dos custos de
contratação de empresas especializadas, bem como uma maior eficiência no
acompanhamento das exigências relacionadas à segurança e à medicina do
trabalho.
Neste momento, deve-se lembrar que as empresas que não cumprem Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho põem em risco a saúde e a segurança
do trabalhador, e ficam sujeitas a multas, à interdição do estabelecimento e,
conforme o caso, ao pagamento de altas indenizações às vítimas.
ADMINISTRAÇÃO 29
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Sobre negociação coletiva
SANTOS
Houve uma pequena flexibilização na legislação trabalhista no que se refere à
possibilidade das empresas negociarem com o sindicato dos trabalhadores
a duração e o valor da hora, relacionadas com o tempo despendido pelo empregado
até o local de trabalho e retorno: isso, quando se tratar de local de difícil acesso ou
não servido por transporte público - as chamadas horas "in itineri"1, que são
consideradas pela lei como horas trabalhadas.
Desta forma, o fiscal deverá observar o critério da dupla visita antes de autuar o
empresário, uma vez que a autuação se dará de imediato somente se o fiscal
constatar falta de registro de empregado ou fraude, resistência ou embaraço à
fiscalização. Isto significa que a fiscalização deverá orientar o empresário,
concedendo-lhe prazo razoável para sanar as irregularidades.
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia
1 Considera-se horas in itineri o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e o seu
retorno, utilizando-se de transporte público, em razão de trabalhar em local de difícil acesso.
ADMINISTRAÇÃO 30
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Aula 07_Sobre o Associativismo e o Estímulo ao Crédito e à Capitalização
SANTOS
Previstos nos Capítulos VIII e IX, e seus respectivos artigos na ‘Lei Geral’. Ver
Cartilha Informativa de Produtos Bancários para MPEs – Anexo 1.
A expressão associativismo1, muita usada nesta nova economia globalizada,
designa, por um lado, a prática social da criação e gestão das associações, como as
organizações providas de autonomia e de órgãos de gestão democrática:
assembléia geral, direção, conselho fiscal e, por outro lado, a apologia ou defesa
dessa prática de associação, enquanto processo não lucrativo de livre organização
de pessoas, como sócias, para a obtenção de finalidades comuns.
O associativismo, enquanto forma de organização social, caracteriza-se pelo seu
caráter, normalmente, de voluntariado, pela reunião de dois ou mais indivíduos,
sendo usado como instrumento da satisfação das necessidades individuais
humanas, nas suas mais diversas manifestações.
Sendo o aumento de competitividade e a inserção das MPEs em novos mercados
internos e externos uma realidade na economia nacional, a Lei Geral instituiu o
consórcio simples. O objetivo é permitir que as MPEs realizem negócios de compra
e venda, de bens e serviços, para os mercados nacional e internacional, por meio de
ganhos de escala, redução de custos, gestão estratégica, maior capacitação, acesso
a crédito e a novas tecnologias.
O Consórcio Simples é uma pessoa jurídica de Direito Privado, composta de
microempresas e empresas de pequeno porte, podendo ter a participação de
empresas não optantes pelo Simples Nacional e de uma entidade de apoio,
representação empresarial ou cooperativa. Este Consócio
CAPÍTULO VIII
DO ASSOCIATIVISMO
Seção Única
ADMINISTRAÇÃO 31
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o
SANTOS
1o Não poderão integrar a sociedade de que trata o caput deste
artigo pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional.
o
2o A sociedade de propósito específico de que trata este artigo:
ADMINISTRAÇÃO 32
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o 3o A aquisição de bens destinados à exportação pela sociedade de
SANTOS
propósito específico não gera direito a créditos relativos a impostos ou
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.
o 4o A microempresa ou a empresa de pequeno porte não poderá
participar simultaneamente de mais de uma sociedade de propósito
específico de que trata este artigo.
o 5o A sociedade de propósito específico de que trata este artigo não
poderá:
o 6o A inobservância do disposto no § 4o deste artigo acarretará a
responsabilidade solidária das microempresas ou empresas de
pequeno porte sócias da sociedade de propósito específico de que
trata este artigo na hipótese em que seus titulares, sócios ou
administradores conhecessem ou devessem conhecer tal
inobservância.
o 7o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo até 31 de
dezembro de 2008.
ADMINISTRAÇÃO 33
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Com relação ao estímulo ao crédito e à capitalização, a ‘Lei Geral’
estabelece uma série de ações relativas a eles, como o discriminado a
seguir: SANTOS
1. O Poder Executivo proporá, sempre que necessário, medidas que estimulem
o acesso ao crédito pelas MPEs;
2. Os bancos comerciais públicos e a Caixa Econômica Federal manterão linhas
de crédito específicas para as MPEs;
3. As instituições referidas no item anterior devem se articular com as entidades
representativas das MPEs, no sentido de proporcionar e desenvolver
programas de treinamento gerencial e tecnológico;
4. Para fins de apoio à exportação, foram utilizados os conceitos de
microempresa e empresa de pequeno porte, segundo as regras adotadas
pelo MERCOSUL. Estes parâmetros foram previstos no documento aprovado
pelo Grupo Mercado Comum do MERCOSUL, através da Resolução nº 59/98,
tendo sido adotados critérios quantitativo e qualitativo, conforme segue:
Critério quantitativo:
INDÚSTRIA
ADMINISTRAÇÃO 34
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Critério qualitativo:
SANTOS
As MPEs não deverão estar controladas por outra empresa, ou, ainda, pertencer a
um grupo econômico que em seu conjunto supere os valores estabelecidos. Outro
aspecto interessante que o Projeto de Lei previa, mas que foi vetado pelo Presidente
da República quando sancionou o Estatuto, era o que alterava a lei das cooperativas
permitindo a organização de ME e EPP na formação de cooperativas para fins de
desenvolvimento de suas atividades, inclusive cooperativas de crédito.
BIBLIOGRAFIA
_____
1 Disponível em: www.wikipedia.org.br, pesquisado em15/ fev/2008.
2 São cooperativas de crédito sem restrição de associados. A abertura desse tipo de cooperativa não
é mais permitida pelo Banco Central. Atualmente, existem 13 cooperativas LUZZATTI em atividade
no Brasil (1,1% do total).
ADMINISTRAÇÃO 35
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Aula 08_Da Inovação
SANTOS
Prevista no Capítulo X e seus parágrafos na ‘Lei Geral’. Ver Cartilha para o
Desenvolvimento Tecnológico e Inovação das MPEs – Anexo 1.
Antes de entrar no mérito da legislação, deve-
se esclarecer alguns conceitos, como:
Inovação1
Processo relacionado com o acréscimo permanente de novos elementos aos
produtos ou serviços existentes. Não se trata de um processo de invenção ou
criação de novos produtos, mas sim de introdução de melhorias em produtos
existentes com vista a obter vantagem competitiva. Para Thomas Edison, a inovação
é 1% de inspiração e 99% de esforço. Na língua inglesa, os pesquisadores do
Dicionário Oxford encontraram como definições para essa palavra, em 1597, “fazer
mudanças em algo estabelecido”; mais tarde, “introduzir novidade”; e, em 1818,
“tornar algo novo” e “renovar”. A importância da citação de 1597 é demonstrar que,
ao contrário do que muitos imaginam, inovação não é uma noção exclusiva da
modernidade. “Fazer mudanças em algo estabelecido” é um conceito social
poderoso, e os relatos históricos se caracterizam não pela permanência dos
modelos e práticas institucionais, mas pela sua mudança.
Agência de fomento 2
As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financiamento de
capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham
sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado
e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode
constituir uma agência. Tais entidades têm status de instituição financeira, mas não
podem captar recursos junto ao público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva
no Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante
ou de depositária e nem ter participação societária em outras instituições financeiras.
De sua denominação social deve constar a expressão "Agência de Fomento"
acrescida da indicação da Unidade da Federação Controladora. É vedada a sua
transformação em qualquer outro tipo de instituição integrante do Sistema Financeiro
Nacional. As agências de fomento devem constituir e manter, permanentemente,
fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, a ser
integralmente aplicado em títulos públicos federais. (Resolução CMN 2.828, de
2001- no Anexo 1).
Incubadoras 3
ADMINISTRAÇÃO 36
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aprimoramento de produtos e serviços, tornando-se catalisadoras do processo de
criação de novos empreendimentos.
SANTOS
A incubação de empresas é um processo dinâmico de desenvolvimento de
negócios; auxilia novas empresas a sobreviver e crescer durante os seus primeiros
anos de existência, período em que se observa o maior número de fechamento e
falências de novos negócios, tornando-se assim um importante instrumento do
desenvolvimento tecnológico e crescimento econômico de uma região. O objetivo
principal de uma incubadora é produzir empresas técnicas e administrativamente
preparadas para enfrentar o mercado. O período de permanência de uma empresa
na incubadora pode variar de 1 a 3 anos, durante os quais os empreendedores são
treinados e capacitados para compreender o seu mercado, administrar suas
empresas e gerar as ações necessárias a sobrevivência de seus negócios.
Após os relatos acima, pode-se dizer que os entes públicos, as entidades públicas e
as instituições de apoio manterão programas específicos para as MPEs, inclusive
quando se revestirem de incubadoras.
As pessoas jurídicas mencionadas terão por meta a aplicação de, no mínimo, 20%
dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade nas
MPEs. O Ministério da Fazenda poderá reduzir a zero a alíquota do IPI, da Cofins e
do PIS incidentes na aquisição de equipamentos e máquinas adquiridos por MPEs
que atuem no setor de inovação tecnológica.(mais informações consultar artigo 65 à
67 da Lei)
BIBLIOGRAFIA
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Aula 09_Algumas considerações sobre o antigo e o novo código civil
SANTOS
O novo Código Civil iniciou sua vigência em 11 de janeiro de 2003, por meio da Lei
nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e com a sua publicação fez-se necessário
informar as novas normas em vigor a todos aqueles que pretendiam abrir uma nova
empresa, como os que já a possuíam.
Assim, de acordo com o artigo 2031, da Lei nº 10.405/2002, as associações, as
sociedades e fundações constituídas na forma das leis anteriores teriam prazo de
um ano para se adaptarem às disposições deste novo Código, a partir de sua
vigência; igual prazo foi concedido aos empresários.
No entanto, no dia 30 de janeiro de 2004 foi aprovada a Lei nº 10.838, publicada no
D.O.U., em 02 de fevereiro de 2004, que concedeu prorrogação do prazo de
aprovação às novas regras do Código Civil.
Também, com a entrada deste Novo Código Civil brasileiro, deixou de existir a
clássica divisão existente entre atividades mercantis (indústria ou comércio) e
atividades civis (as chamadas prestadoras de serviços) para efeito de registro,
falência e concordata. Para melhor compreensão do assunto, faz-se necessário uma
rápida abordagem sobre este sistema que vigorou por mais de um século na
legislação brasileira.
Os códigos revogados, Código Comercial de 1850 e Código Civil de 1916, que
regulavam o direito das empresas mercantis e civis no Brasil até 11 de janeiro de
2003, adotavam como critério de divisão das empresas as atividades exercidas por
elas, isto é, dispunham que a sociedade constituída com o objetivo social de
prestação de serviços, no caso a sociedade civil, tinha o seu contrato social
registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, exceção feita às
Sociedades Anônimas e outros casos específicos previstos em lei. Para uma
sociedade mercantil constituída com o objetivo de exercer atividades de indústria
e/ou comércio ela tinha o seu contrato social registrado nas Juntas Comerciais dos
Estados, incluindo-se aí todas as Sociedades Anônimas e raras exceções previstas
em lei, como na área de serviços; e tratamento semelhante era conferido às firmas
individuais e aos autônomos.
Portanto, com o avento do novo Código Civil, ocorre que estas divisões não fazem
mais parte de nossa realidade porque o nosso sistema jurídico passou a adotar uma
nova divisão que não se apoia mais na atividade desenvolvida pela empresa, isto é,
na indústria, no comércio ou serviços, mas sim no aspecto organizacional e
econômico de sua atividade, fundamentando-se na teoria empresarial.
ADMINISTRAÇÃO 38
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um ou mais sócios, em algum segmento profissional, enquadrar-se-á como
EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO, conforme a situação; no caso de preferir se reunir
SANTOS
com uma ou mais pessoas para explorarem alguma atividade, deverão então
constituir uma sociedade que poderá ser uma SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou
SOCIEDADE SIMPLES.
EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO e
De acordo com o novo Código Civil, em seu artigo 981 e parágrafo único, as
sociedades se definem da seguinte forma: contrato de sociedades entre pessoas
que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício
de atividade econômica em um ou mais negócios determinados, e a partilha, entre
si, dos respectivos resultados obtidos. Isto significa que sempre que duas pessoas,
ou mais, se reunirem com o objetivo de organizarem um negócio para explorarem
uma atividade qualquer e partilharem seus resultados, estarão constituindo uma
sociedade, que por sua vez poderá ser Empresária ou Simples, conforme o caso.
Cabe aqui uma melhor elucidação sobre o que vem a ser sociedade empresária ou
simples.
Sociedade empresária
Sociedade simples
ADMINISTRAÇÃO 39
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É aquela formada por pessoas que exercem profissão intelectual de natureza
científica, literária ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores,
SANTOS
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Desta forma, a sociedade simples é a reunião de duas ou mais pessoas que, caso
atuem individualmente, serão consideradas autônomas, que reciprocamente se
obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica
e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade
própria de empresário.
Exemplos:
Dois médicos se unem e constituem um consultório para, juntos, explorarem
atividade intelectual relacionada aos seus conhecimentos científicos na área
médica.
Dois arquitetos se unem e constituem um escritório para, juntos, explorarem
atividade intelectual relacionada aos seus conhecimentos artísticos na área
da arquitetura.
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 40
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Aula 10_Regras Civis e Empresariais sobre o Pequeno Empresário
SANTOS
Vale aqui mencionar a Lei Maior - Constituição Federal - que conceitua Empresa
como a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou
de serviços, tendo em vista a obtenção de lucros; e Empresário como a pessoa
jurídica (sociedade empresária), ou física (empresário individual) que explora uma
empresa.
ADMINISTRAÇÃO 41
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Os principais tipos jurídicos que existem no Brasil são a sociedade limitada e
a firma individual (que com o NCC - Novo Código Civil - passa a ser
SANTOS
empresário individual). Segundo o Departamento Nacional de Registro do
Comércio (DNRC) que foi substituído pelo DREI (Departamento de Registro
Empresarial e Integração), das empresas constituídas em 2002, 52% eram
Sociedades e 48% eram do tipo Individual. A expectativa é que essa
porcentagem não tenha alteração significativa com as mudanças do NCC.
Pode-se estabelecer um quadro com as mudanças ocorridas pelo NCC, como o que
segue:
No que tange à ‘Lei Geral’, em seu artigo 68, considera-se pequeno empresário,
para efeito de aplicação do disposto nos artigos 970 e 1.179, do NCC, e aqui já
vistos, o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta
‘Lei Geral’ das Micro e Pequenas Empresas que aufira receita bruta anual de até R$
60.000,00 (sessenta mil reais).
ADMINISTRAÇÃO 42
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Nesta mesma ‘Lei Geral’, de acordo com o seu artigo 70 e seguintes, as
microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização de
SANTOS
reuniões e assembléias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as
quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número inteiro
superior à metade do capital social; não se aplica isso caso haja disposição
contratual em contrário, caso ocorra hipótese de justa causa que obrigue a exclusão
de sócio, ou ainda, um ou mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa
em virtude de atos de inegável gravidade.
BIBLIOGRAFIA
1 Boletim do Sebrae-SP sobre as Micro e Pequenas Empresas, nº4/2004, disponível no site: www.sebraesp.com.br, pesquisado em fev/2008.
ADMINISTRAÇÃO 43
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Aula 11_Do Protesto de Títulos das MPEs e do Acesso ao Juizado Especial das
Pequenas Causas
SANTOS
O protesto de títulos das MPEs está submetido na seção IV da Lei Geral, em seu
artigo 73 e incisos, onde prevê a redução nos emolumentos de protesto das MPEs
ao suprimir taxas, custas e contribuições destinadas ao Estado, entidades públicas
ou privadas, exceto as despesas de intimação.
Deve-se anotar, também, que os itens “a” e “b” a seguir, e que constavam no
anterior Estatuto das MPEs, foram mantidos pela Lei Geral:
a) O cartório não poderá exigir cheque administrativo para pagamento do título,
mas, feito o pagamento por meio de cheque, a quitação será condicionada à efetiva
liquidação do mesmo.
b) O cancelamento do protesto, fundado no pagamento do título, será feito
independentemente de declaração de anuência do credor, salvo na impossibilidade
de apresentação do original protestado.
Para uso desses benefícios, o devedor deverá provar sua qualidade de ME ou EPP
perante o Cartório de Protesto, mediante documento expedido pela Junta Comercial
ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso. Se o pagamento do
título ocorrer com cheque sem provisão de fundos, serão suspensos por um ano
todos os benefícios previstos.
Por fim, são vedadas cláusulas contratuais relativas à limitação da emissão ou
circulação de títulos de crédito ou direitos creditórios originados de operações de
compra e venda de produtos e serviços por MPEs.
Este dispositivo é auto-aplicável, devendo o Fórum Permanente da MPE
acompanhar a aplicação prática dessas normas.
Com relação ao acesso ao Juizado Especial, a regulamentação se encontra nesta
mesma Lei Geral, Capítulo XII, Seção I e seu parágrafo 74, onde:
Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de
que trata esta Lei Complementar o disposto no § 1o do art. 8o da
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I do caput do
art. 6o da Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim
como as pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como
proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os
cessionários de direito de pessoas jurídicas.
ADMINISTRAÇÃO 44
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A partir de 20 até 40 salários mínimos, as MPEs devem ser representadas por
advogado, lembrando que os processos nos Juizados Especiais tramitam com maior
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celeridade do que na justiça comum.
Assim, com a Lei Geral, em seu artigo 74, estenderam-se esses direitos às
empresas de pequeno porte (EPPs). Portanto, daí por diante, não só as
microempresas, mas também as empresas de pequeno porte poderão propor ação
perante o Juizado Especial. Em relação aos juizados especiais federais, fica mantida
a possibilidade tanto das MEs quanto das EPPs ajuizarem ações.
Na conciliação, as partes nomeiam uma terceira pessoa que atuará com o objetivo
de conciliá-las para que cheguem a um acordo e, para isso, deve fazer sugestões
para compor os interesses das partes da melhor maneira possível.
Por sua vez, a arbitragem funciona como uma espécie de tribunal, cujo árbitro
possui autonomia na condução para solução do litígio. O acordo ou a decisão
proferida por meio desses institutos será homologado em juízo e vincula as partes
ao seu cumprimento.
ADMINISTRAÇÃO 45
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Estes institutos de conciliação, mediação e de arbitragem reduzirão de forma
significativa os custos e os prazos dos litígios.
BIBLIOGRAFIA
SANTOS
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
ADMINISTRAÇÃO 46
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Aula 12_Tributos abrangidos pela Lei Geral e o Parcelamento das dívidas
tributárias
SANTOS
O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições - Simples
Nacional (a ser estudado com detalhes em aulas posteriores), devidos pelas MEs e
EPPs implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação,
somente dos seguintes impostos e contribuições: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS,
Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica (20%), ICMS e
ISS, de acordo com o artigo 13 da Lei Geral.
Já este mesmo artigo 13, em seu parágrafo 3 o, estabelece que as MEs e EPPs que
optaram pelo Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais
contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as entidades
privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical,
de que trata o artigo 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço
social autônomo (Sistema S).
A nova sistemática da Lei Complementar nº 123/06 ou Lei Geral também não exclui
a incidência dos seguintes impostos ou contribuições: IOF, Imposto de Importação,
Imposto sobre a Exportação, ITR, Imposto de Renda Retido na Fonte e o auferido
com ganho de capital e rendimentos financeiros, CPMF (quando em vigor), FGTS,
Contribuição para o INSS relativa ao trabalhador e ao empresário, PIS, COFINS e
IPI sobre a importação, conforme o previsto no artigo 13, §1º.
No caso do ICMS, estão excluídas, de acordo com o artigo 13, parágrafo 1 o. XIV: as
operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; tributação
concentrada em uma única etapa e sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto com encerramento da tributação, envolvendo; a entrada de
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados,
bem como energia elétrica, cigarros e outros produtos derivados do fumo; bebidas;
óleos e azeites; entre outros produtos apresentados na letra “a”, §1º do art. 13,
incluídos pela LC 147/2014.
Vale consignar as demais situações dispostas entre as letras “b” à “g”, envolvendo o
ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro; operação de aquisição ou
manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal; a
operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; as operações com
mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem
como do valor relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, entre
outras situações.
Quanto ao ISS, também previsto neste mesmo artigo, estão excluídos: os serviços
sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte e a importação de serviços.
ADMINISTRAÇÃO 47
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Imposto de Renda, sobre a receita bruta mensal, salvo na hipótese de a pessoa
jurídica manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior a este limite.
SANTOS
As MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional estão sujeitas à retenção na fonte
de imposto de renda e das contribuições instituídas pela União, pois o dispositivo
que previa a isenção foi vetado pelo Poder Executivo.
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 48
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Aula 13_O Simples Nacional ou Supersimples
SANTOS
No Capítulo I desta Lei nº 9.317, de 05/12/1996, encontram-se as disposições
preliminares, e em seu artigo 1o pode-se ler1:
Art. 1º Esta Lei regula, em conformidade com o disposto no art. 179
da Constituição, o tratamento diferenciado, simplificado e
favorecido, aplicável às microempresas e as empresas de pequeno
porte, relativo aos impostos e às contribuições que menciona.
O Simples Nacional é o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,
instituído pela Lei Geral – Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. A
sua concepção originou-se da necessidade de unificar, dentro do possível, a
complexa legislação tributária atualmente aplicável às MPEs nos âmbitos federal, do
Distrito Federal e dos estados e municípios.
Desta forma, o sistema Simples Nacional ou Supersimples, como também é
conhecido, pretende substituir todas essas legislações; com isso a Lei Geral visa
facilitar a vida dos empresários, sócios e administradores das MPEs, bem como o
trabalho dos contabilistas e advogados que assessoram essas empresas. Portanto,
todos são obrigados a conhecer as legislações que envolvem as MPEs, seja em
razão do local em que estejam estabelecidas, seja pelas negociações
intermunicipais e interestaduais que acabam por envolver diferentes normas.
Em âmbito federal, as MPEs convivem com a Lei do Simples, Lei nº 9.317/96, acima
referenciada, que concede benefícios tributários às MPEs, e com o Estatuto das
MEs e EPPs, Lei Complementar nº 123/06 que prevê vantagens nas áreas
trabalhista, previdenciária, creditícia, mercadológica, dentre outras.
Os estados que se recusaram a aderir ao Simples Federal, incluindo o ICMS à
mesma sistemática de recolhimento dos impostos e contribuições
federais, acabaram por fazer suas próprias leis de incentivo às MPEs e, como
resultado, estas MPEs passaram a conviver com várias normas diferentes, o que se
pode ver em algumas dessas legislações estaduais que preveem regime tributário
diferenciado e favorecido às MPEs, notadamente em relação ao ICMS:
Alagoas Lei nº 6.271 De 03 de outubro de 2001.
Bahia Lei nº 7.357 De 04 de novembro de 1998.
Ceará Lei nº 13.298 De 02 de abril de 2003.
Minas Gerais Lei 15.219 De 07 de julho de 2004.
Paraná Lei nº 8.084 De 05 de junho de 1985.
Pernambuco Lei nº 11.515 De 29 de dezembro de 1997.
Rio Grande do Sul Lei nº 7.999 De 07 de junho de 1985.
Rio de Janeiro Lei nº 3.342 De 29 de dezembro de 1999.
Santa Catarina Lei nº 11.398 De 08 de maio de 2000.
São Paulo Lei nº 10.086 De 19 de novembro de 1998.
ADMINISTRAÇÃO 49
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recolham mensalmente o Imposto Sobre Serviços ISS , juntamente com os tributos
federais, por meio do Documento de Arrecadação Unificado Simples DARF Simples.
SANTOS
Deve-se esclarecer que o Simples Nacional da Lei Geral ficou mais complexo se
compararmos ao Simples da Lei nº 9.317/96, e a justificativa a ser feita é que a
sistemática adotada pelo Simples Nacional foi a forma encontrada para se
estabelecer justiça tributária não só às MPEs, como também aos estados e
municípios, conforme participação desses no Produto Interno Bruto PIB.
Uma eventual opção pelo Supersimples deve ser sempre precedida de simulações e
de comparações com a carga tributária atual.
BIBLIOGRAFIA
______
1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9317.htm . Revogada pela lei complementar 123/2006
ADMINISTRAÇÃO 50
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Aula 14_Do Limite de Receita Bruta e dos Impostos e Contribuições no
Simples Nacional
SANTOS
O Simples Nacional adota os mesmos parâmetros de limite de receita bruta anual
que as MPEs, ou de acordo com a Lei Geral, que são:
Microempresa (ME): receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil;
Empresa de Pequeno Porte (EPP): receita bruta superior a R$ 360 mil e igual
ou inferior a R$ 3,6 milhões.
A Lei Complementar nº128/08, no artigo 3º, acrescenta o artigo 18-A que
contempla a figura do Microemprendedor Individual (MEI).
Para fins da Lei Complementar nº128/08, Microemprendedor Individual (MEI)
é o empresário que tenha auferido receita bruta, no ano calendário anterior,
de até R$ 60 mil, optante pelo simples nacional.
As MPEs que ultrapassarem os limites a que se referem os de receita bruta estarão
automaticamente impedidas de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples
Nacional, no ano-calendário subsequente em que houver ocorrido o excesso.
ADMINISTRAÇÃO 51
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§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a incidência dos seguintes
impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em
SANTOS
relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas
jurídicas:
ADMINISTRAÇÃO 52
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animais domésticos; veículos automotivos e automotores, suas peças, componentes
e acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de borracha; medicamentos
SANTOS
e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou veterinário; cosméticos;
produtos de perfumaria e de higiene pessoal; papéis; plásticos; canetas e malas;
cimentos; cal e argamassas; produtos cerâmicos; vidros; obras de metal e plástico
para construção; telhas e caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos,
eletroeletrônicos e eletrodomésticos; fios; cabos e outros condutores;
transformadores elétricos e reatores; disjuntores; interruptores e tomadas;
isoladores; para-raios e lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado;
centrifugadores de uso doméstico; aparelhos e instrumentos de pesagem de uso
doméstico; extintores; aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de cortar o
cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com motor elétrico incorporado;
aquecedores elétricos de água para uso doméstico e termômetros; ferramentas;
álcool etílico; sabões em pó e líquidos para roupas; detergentes; alvejantes; de
recolhimento do imposto com encerramento de tributação ; esponjas;palhas de
aço e amaciantes de roupas; venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas
operações sujeitas ao regime de substituição tributária pelas operações anteriores; e
nas prestações de serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária e de
antecipação
ADMINISTRAÇÃO 53
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b) na importação de serviços;
SANTOS
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores.
Assim, as MPEs que optarem pelo Simples Nacional também estão dispensadas dos
seguintes pagamentos:
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 54
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Aula 15_As MPEs que não recolhem os impostos e as contribuições na forma
SANTOS
do Simples Nacional e das alíquotas e base de cálculo
1 – alcoólicas;
ADMINISTRAÇÃO 55
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3 – revogado;
SANTOS
4 – cervejas sem álcool;
A base de cálculo do tributo é o valor sobre o qual o contribuinte aplica uma alíquota,
e encontra o valor do tributo devido, e tanto a base de cálculo como as alíquotas
devem estar previstas em lei.
Receita
bruta em 12
meses (R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Até
120.000,00
4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De
120.000,00 a
240.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
ADMINISTRAÇÃO 56
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De
METROPOLITANA DE
2.280.000,01
a
2.400.000,00
SANTOS
11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
Receita
bruta em 12
meses (R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Até
180.000,00
4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De
3.420.000,01
a 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
3.600.000,00
Vale lembrar, que com a Lei 147/14 a empresa poderá auferir receita bruta
anual de até R$ 7,2 milhões, sendo:
ADMINISTRAÇÃO 57
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de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional em
seus respectivos territórios, da seguinte forma:
SANTOS
I - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1%
(um por cento) poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das
faixas de receita bruta anual até 35% (trinta e cinco por cento), ou até 50%
(cinquenta por cento), ou até 70% (setenta por cento) do limite previsto no inciso II
do caput do artigo 3º;
III - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja igual ou
superior a 5% (cinco por cento) ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita
bruta anual.
Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei Complementar pelos Estados
importará adoção do mesmo limite de receita bruta anual para efeito de recolhimento
na forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como para o do ISS devido
no Distrito Federal.
ADMINISTRAÇÃO 58
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§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na hipótese de o Estado ou de o
Distrito Federal adotarem, compulsoriamente ou por opção, a aplicação de faixa de
SANTOS
receita bruta superior à que vinha sendo utilizada no ano-calendário em que ocorreu
o excesso da receita bruta.
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 59
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Aula 16_Da base de cálculo do Simples Nacional
SANTOS
Como já vimos na aula anterior, a tabela da Lei do Simples e do Simples Nacional
apresentam alíquotas diferentes, porque os dois sistemas contemplam os mesmos
tributos federais.
Portanto, seguem as regras de pesquisa referente as tabela sobre Simples Nacional,
sendo que as mesmas encontram-se na Lei Geral 123/06 em seu anexos. Senão
vejamos:
A solução encontrada, para as questões acima, está na Lei Geral, parágrafo 20, do
artigo 18, onde:
ADMINISTRAÇÃO 60
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BIBLIOGRAFIA
SANTOS
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
_____
ADMINISTRAÇÃO 61
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Aula 17_Modalidade de empresas que retêm receitas diferenciadas
SANTOS
Esta aula descreve a modalidade de empresas que retêm receitas diferenciadas e
os incentivos às exportações e substituição tributária.
Desta forma, a Lei Geral optou por um sistema que desse maior justiça tributária às
MPEs e, para tanto, a separação das respectivas receitas nessas empresas foi a
medida encontrada para solucionar esta questão.
Diante disso, o Simples Nacional estabelece que as MPEs devem segregar suas
receitas, isto é, contabilizar separadamente suas receitas, a fim de que cada
atividade seja tributada no justo limite de suas participações, de acordo com o
parágrafo 4º do art. 18 – abaixo transcrito - que dispõe que:
ADMINISTRAÇÃO 62
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I – as receitas decorrentes da revenda de mercadorias;
SANTOS
II – as receitas decorrentes
industrializadas pelo contribuinte;
da venda de mercadorias
ADMINISTRAÇÃO 63
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IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas
realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de
SANTOS
propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar.
Com base nessa legislação, e para efeito de tributação pelo Simples Nacional, as
atividades comerciais, industriais, de locação de bens móveis e de prestação de
serviços terão tabelas próprias, conforme as regras a seguir:
Comércio: Anexo I.
(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12meses) Receita Bruta (em 12
meses)
Anexo IV. Nesse caso, o INSS patronal também deverá ser calculado e
recolhido separadamente nos termos da legislação comum.
Pode-se constatar que várias atividades de serviços que estavam fora do Simples da
Lei nº 9.317/96 foram admitidas no Simples Nacional. No entanto, essas atividades
tiveram tributação mais elevada em comparação àquelas que eram recepcionadas
pela Lei do Simples. Não obstante, na maioria dos casos, o Simples Nacional se
mostra mais vantajoso que a tributação pelo lucro presumido.
Atenção: recomenda-se que cada empresa faça uma simulação para conferir qual o
sistema que apresenta maior economia tributária, sem se esquecer de considerar os
demais incentivos previstos na Lei Geral, já visto neste estudo.
ADMINISTRAÇÃO 64
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BIBLIOGRAFIA
SANTOS
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
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Aula 18_Sobre o ICMs e ISS nas MPEs e a tributação sobre a receita excedente
SANTOS
A Lei Geral ainda possibilita que estados e municípios adotem forma alternativa de
recolhimento fixo mensal do ICMS e do ISS para as microempresas.
De conformidade com o § 18, do artigo 18: s Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, no âmbito das respectivas competências, poderão estabelecer, na forma
definida pelo Comitê Gestor, independentemente da receita bruta recebida no mês
pelo contribuinte, valores fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS
devido por microempresa que aufira receita bruta, no ano-calendário anterior, de até
o limite máximo previsto na segunda faixa de receitas brutas anuais constantes dos
Anexos I a VI, ficando a microempresa sujeita a esses valores durante todo o ano-
calendário, ressalvado o disposto no § 18-A
§ 18-A. A microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita
bruta previsto no § 18 fica impedida de recolher o ICMS ou o ISS pela
sistemática de valor fixo, a partir do mês subsequente à ocorrência do excesso,
sujeitando-se à apuração desses tributos na forma das demais empresas
optantes pelo Simples Nacional.
Contudo, a lei permite essa possibilidade desde que os valores não excedam a 50%
do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de enquadramento prevista na
tabela, respeitados os acréscimos decorrentes do tipo de atividade da empresa.
Conforme dispõe o parágrafo 19 do artigo 18 da referida lei, a saber:
§ 19. Os valores estabelecidos no § 18 deste artigo não poderão
exceder a 50% (cinqüenta por cento) do maior recolhimento
possível do tributo para a faixa de enquadramento prevista na
tabela do caput deste artigo, respeitados os acréscimos
decorrentes do tipo de atividade da empresa estabelecidos no § 5 o
deste artigo.
Em relação ao ICMS e ao ISS, quais operações não são alcançadas pela tributação
simplificada de acordo com a Lei Geral?
ADMINISTRAÇÃO 66
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a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação
concentrada em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de
SANTOS
antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação,
envolvendo combustíveis e lubrificantes; energia elétrica; cigarros e outros
produtos derivados do fumo; bebidas; óleos e azeites vegetais comestíveis;
farinha de trigo e misturas de farinha de trigo; massas alimentícias;
açúcares; produtos lácteos; carnes e suas preparações; preparações à base
de cereais; chocolates; produtos de padaria e da indústria de bolachas e
biscoitos; sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas;
cafés e mates, seus extratos, essências e concentrados; preparações para
molhos e molhos preparados; preparações de produtos vegetais; rações
para animais domésticos; veículos automotivos e automotores, suas peças,
componentes e acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de
borracha; medicamentos e outros produtos farmacêuticos para uso humano
ou veterinário; cosméticos; produtos de perfumaria e de higiene pessoal;
papéis; plásticos; canetas e malas; cimentos; cal e argamassas; produtos
cerâmicos; vidros; obras de metal e plástico para construção; telhas e
caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e
eletrodomésticos; fios; cabos e outros condutores; transformadores elétricos
e reatores; disjuntores; interruptores e tomadas; isoladores; para-raios e
lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado; centrifugadores de
uso doméstico; aparelhos e instrumentos de pesagem de uso doméstico;
extintores; aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de cortar o cabelo
ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com motor elétrico incorporado;
aquecedores elétricos de água para uso doméstico e termômetros;
ferramentas; álcool etílico; sabões em pó e líquidos para roupas;
detergentes; alvejantes; esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas;
venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas operações sujeitas ao
regime de substituição tributária pelas operações anteriores; e nas
prestações de serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária e de
antecipação de recolhimento do imposto com encerramento de tributação;
ADMINISTRAÇÃO 67
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g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de
antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados
SANTOS
e Distrito Federal:
b) na importação de serviços;
Vale, neste momento, lembrar que se considera receita bruta o produto da venda de
bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o
resultado nas operações em conta alheia (operações realizadas pela empresa em
nome de terceiros, ex.: venda em consignação, intermediação de negócios etc.), não
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. (Art. 3º,
§1º. da Lei Geral)
BIBLIOGRAFIA
MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
PADOVEZE, Clóvis Luís; MARTINS, Miltes Angelita M. Contabilidade e Gestão
para Micro e pequenas empresas. Curitiba: Intersaberes, 2014
ADMINISTRAÇÃO 68
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Aula 19_Sobre o Recolhimento do Simples Nacional e da forma de adesão ao
Sistema
SANTOS
A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de ME e
EPP dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo
irretratável para todo o ano-calendário, podendo ocorrer até o último dia útil do mês
de janeiro ou quando do início da atividade da pessoa jurídica, desde que exercida
nos termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor.
Art. 16, Lei Geral1, a saber:
Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada
na condição de microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na
forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, sendo irretratável
para todo o ano-calendário.
§ 1o Para efeito de enquadramento no Simples Nacional, considerar-se-
á microempresa ou empresa de pequeno porte aquela cuja receita bruta
no ano-calendário anterior ao da opção esteja compreendida dentro dos
limites previstos no art. 3o desta Lei Complementar.
1º-A. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de sistema de
comunicação eletrônica, destinado, dentre outras finalidades, a:
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos
administrativos, incluídos os relativos ao indeferimento de opção, à
exclusão do regime e a ações fiscais;
II - encaminhar notificações e intimações; e
III - expedir avisos em geral.
§ 1º-B. O sistema de comunicação eletrônica de que trata o § 1o-A será
regulamentado pelo CGSN, observando-se o seguinte:
I - as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em portal próprio,
dispensando-se a sua publicação no Diário Oficial e o envio por via
postal;
II - a comunicação feita na forma prevista no caput será considerada
pessoal para todos os efeitos legais;
III - a ciência por meio do sistema de que trata o § 1 o-A com utilização
de certificação digital ou de código de acesso possuirá os requisitos de
validade;
IV - considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que o sujeito
passivo efetivar a consulta eletrônica ao teor da comunicação; e
V - na hipótese do inciso IV, nos casos em que a consulta se dê em dia
não útil, a comunicação será considerada como realizada no primeiro
dia útil seguinte.
§ 1º-C. A consulta referida nos incisos IV e V do § 1º-B deverá ser feita
em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data da disponibilização
da comunicação no portal a que se refere o inciso I do § 1º-B, ou em
prazo superior estipulado pelo CGSN, sob pena de ser considerada
automaticamente realizada na data do término desse prazo.
§ 1º-D. Enquanto não editada a regulamentação de que trata o § 1 o-B,
os entes federativos poderão utilizar sistemas de comunicação
eletrônica, com regras próprias, para as finalidades previstas no § 1º-A,
ADMINISTRAÇÃO 69
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podendo a referida regulamentação prever a adoção desses sistemas
como meios complementares de comunicação.
SANTOS
§ 2o A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser realizada no
mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do
primeiro dia do ano-calendário da opção, ressalvado o disposto no § 3 o
deste artigo.
§ 3o A opção produzirá efeitos a partir da data do início de atividade,
desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem
estabelecidos no ato do Comitê Gestor a que se refere o caput deste
artigo.
§ 4o Serão consideradas inscritas no Simples Nacional, em 1 o de julho
de 2007, as microempresas e empresas de pequeno porte regularmente
optantes pelo regime tributário de que trata a Lei no 9.317, de 5 de
dezembro de 1996, salvo as que estiverem impedidas de optar por
alguma vedação imposta por esta Lei Complementar.
§ 5o O Comitê Gestor regulamentará a opção automática prevista no §
4o deste artigo.
§ 6o O indeferimento da opção pelo Simples Nacional será formalizado
mediante ato da Administração Tributária segundo regulamentação do
Comitê Gestor.
Serão consideradas inscritas no Simples Nacional as pessoas já
optantes pelo Simples, e o Comitê Gestor regulamentará a opção
automática (Art. 16, Lei Geral).
Em caso de empresa recém-constituída, a opção produzirá efeitos a
partir da data do início de sua atividade, desde que exercida nos
termos, nos prazos e nas condições a serem estabelecidos no ato do
Comitê Gestor.
Exemplo:
A Papelaria C.A.R.O.L. Ltda, optante pelo Simples Nacional, obteve receita bruta
resultante exclusivamente da revenda de mercadorias não sujeitas à substituição
tributária; esta empresa não possui filial.
Convenções:
PA = Período de apuração;
RBT12 = Receita Bruta dos últimos 12 meses exclusive o mês do Período de
Apuração (PA);
RBA = Receita Bruta Acumulada de janeiro até o mês do PA inclusive.
Dados da empresa:
Receita Bruta de julho = R$ 25.000,00
RBA = R$ 135.000,00
Alíquota dessa faixa = 5,47%
RBT12 = R$ 220.000,00 (Anexo I)
Fluxo de faturamento (valores em milhares de R$):
ADMINISTRAÇÃO 70
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Simples Nacional devido no mês = (R$ 25 mil X 5,47%) = R$ 1.367,50
Não poderá recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a
ME ou EPP
ADMINISTRAÇÃO 71
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a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo,
munições e pólvoras, explosivos e detonantes; (Incluída pela Lei
SANTOS
Complementar nº 128, de 2008)
ADMINISTRAÇÃO 72
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Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta
Lei
SANTOS
I – por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê
Gestor;
III – enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia
útil da primeira quinzena do mês subsequente àquele a que se referir;
ADMINISTRAÇÃO 73
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na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à
tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá
SANTOS
a retenção a que se refere o caput deste parágrafo
Não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a
alíquota do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese
em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do
Município;
valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de
partilha com os municípios, e sobre a receita de prestação de serviços
que sofreu a retenção não haverá incidência de ISS a ser recolhido no
Simples Nacional.
BIBLIOGRAFIA
_____
1 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/LCP/Lcp123.htm
ADMINISTRAÇÃO 74
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Aula 20_Considerações a serem feitas sobre as novas legislações
SANTOS
Considerações a serem feitas sobre a Lei Complementar 123/2006 1 e suas
alterações. Inclusão de nova figura jurídica EIRELI
O Supersimples unifica os impostos federais, estaduais e municipais: ISS, PIS,
Cofins, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e ISS, e no lugar de várias guias de recolhimento,
com várias datas e cálculos diferentes, haverá apenas um pagamento, com data e
cálculo único de quitação. Tudo isso representa menos burocracia, pois haverá
redução da carga tributária.
A grande maioria das MEs e EPPs pagará menos impostos com essa integração,
uma vez que a redução média será de 20% para quem já opta pelo Simples Federal,
podendo chegar a 50% dependendo do estado em que a empresa estiver instalada.
Para aquelas empresas que agora poderão optar pelo Supersimples a redução
poderá chegar a 80%. Entretanto, é bom ressaltar que cada caso deve ser analisado
individualmente.
O capítulo tributário é o coração da Lei Geral, mas não é o único benefício que ela
trará quando os demais capítulos forem regulamentados pelos estados e
municípios.
A desburocratização para micro e pequenas empresas não ficou restrita só aos
impostos, chegou também para a abertura da empresa, pois serão necessários
menos comprovantes e documentos. Ao invés de vários números de identificação,
como inscrição estadual, inscrições municipais, CNPJ, dentre outros, haverá um
único número baseado no CNPJ. A abertura da empresa será efetuada mediante
registro simplificado dos seus atos constitutivos, dispensando as empresas de
inscrição em qualquer outro cadastro. Além disso, todas as exigências para a
abertura da empresa serão consolidadas e disponibilizadas de uma só vez, para que
o empresário saiba o que deve fazer para formalizar seu negócio.
No médio prazo será possível que a empresa tenha funcionamento imediato por
meio da emissão de um Alvará de Funcionamento Provisório. Os órgãos envolvidos
na abertura e no fechamento de empresas, e responsáveis pela emissão de
licenças, alvarás e autorizações de funcionamento somente realizarão vistorias após
o início operacional do estabelecimento, exceto nos casos de risco considerado alto
para empregados e consumidores dessas empresas.
ADMINISTRAÇÃO 75
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grandes. Espera-se que R$ 34 bilhões sejam vendidos pelas pequenas empresas
para os governos dos municípios, dos estados e da União.
SANTOS
Neste momento é importante ressaltar que a Lei Complementar 123/2006 sofreu
modificações em razão da Lei Complementar 128/2008, que estudaremos a seguir:
Em 22/12/08 foi publicado no Diário Oficial da União a Lei Complementar n.º 128,
que altera as regras da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
(Lei Complementar n.º 123/06), tratada em nosso material como Lei Geral.
Já em 2014, entrou em vigor a Lei Complementar 147/2014, a lei mais do que dobrou
o número de empresas que aderiram ao Simples – regime tributário simplificado e
menos oneroso. A Secretaria da MPE informou que 502.692 empresas solicitaram a
inclusão em 2015, ou seja, 125% a mais do que no ano anterior.
ADMINISTRAÇÃO 76
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Veremos à seguir as principais alterações da Lei 147/14:
NOVAS ATIVIDADESSANTOS
Poderá optar pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2015 a ME ou EPP que
exerça as seguintes atividades:
ADMINISTRAÇÃO 77
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- Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia
e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite
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- Serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação
- Arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia,
testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e
agronomia
- Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e
serviços de terceiros
- Perícia, leilão e avaliação
FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO 78
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São tributadas com base no Anexo I as receitas auferidas nos demais casos
(comercialização de produtos em prateleira).
SANTOS
NOVA HIPÓTESE DE VEDAÇÃO À OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL
Não terá direito à opção pelo Simples Nacional e estará sujeita à exclusão do regime
o MEI, ME ou EPP cujo(s) titular(es) ou sócio(s) guarde(m), cumulativamente, com o
contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade.
Em outras palavras: membro de empresa optante pelo Simples Nacional não pode
ser, na realidade, empregado de quem a contrata.
O valor fixo deixará de ser aplicado se, durante o ano calendário, a ME ultrapassar o
limite de R$ 360 mil de receita bruta.
O ente federado que tenha valor fixo em vigência terá que efetuar a revisão até
31/12/2014.
ADMINISTRAÇÃO 79
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A LC 147/2014 previu a regulamentação por parte do Comitê Gestor do Simples
Nacional e a disponibilização, no Portal do Simples Nacional, de aplicativos para
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emissão de documentos fiscais e demais obrigações acessórias relativas ao regime.
Qualquer nova obrigação acessória relativa ao Simples Nacional terá que constar de
Resolução do CGSN.
A partir de 2015, o limite extra para que a EPP tenha incentivos para exportar
passará a abranger mercadorias e serviços.
Dessa forma, a empresa poderá auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões,
sendo R$ 3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões em exportação de
mercadorias e serviços.
Empresário individual : O Código Civil (arts. 968 e 1.033) também foi alterado pela
LC 128 (art. 10), para dispor que, caso venha a admitir sócios, o empresário
individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a
transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária,
observadas as regras estabelecidas. (arts. 968, § 3º c/c 1.033, parágrafo único do
Código Civil).
ADMINISTRAÇÃO 80
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Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
ADMINISTRAÇÃO 81
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registro da sociedade para empresário individual, observado, no que couber, o
disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela lei Complementar nº
128, de 2008) SANTOS
INSS - CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e Contribuinte individual:
No âmbito previdenciário foram alteradas: a Lei nº 8.212/1991, no tocante à
contribuição previdenciária do contribuinte individual referente ao período de
atividade remunerada alcançada pela decadência, e a Lei nº 8.213/1991, em relação
à inserção de dados e a consulta (INSS e segurado) no CNIS (arts. 8º e 9º da LC
128/08).
Registro de empresas: A lei cria o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, para tratar do
processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas.
ADMINISTRAÇÃO 82
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Por fim, é importante citar a nova figura jurídica, ou seja a EIRELI, que nasceu em
julho de 2011, por meio da lei 12.441, que alterou o Código Civil, possibilitando a
SANTOS
inclusão na formalidade de um novo tipo de empresa individual. Agora, o
empreendedor que optar por, individualmente, exercer uma atividade empresarial
poderá escolher entre duas hipóteses: Empresário Individual ou Empresa Individual
de Responsabilidade Limitada – EIRELI. Essa nova modalidade empresarial
dispensa o empreendedor de possuir um sócio e preserva o patrimônio pessoal dele,
já que atribui à sociedade as obrigações por ela assumidas, o que está de acordo
com o que já era previsto na legislação para uma sociedade limitada com mais
sócios.
Com a criação desse novo tipo, o empreendedor que optar por, sozinho, exercer a
atividade empresária poderá escolher entre duas subespécies:
1) Empresário Individual
BIBLIOGRAFIA
_____
1 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/LCP/Lcp123.htm
ADMINISTRAÇÃO 83
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Aula 21_Introdução à Legislação do microcrédito
SANTOS
Introdução à Legislação de microcrédito e a Lei nº 11.110 de 25 de abril de 2005.
Conforme dispõe o artigo 1º, a saber: “Fica instituído, no âmbito do Ministério do
Trabalho e Emprego, o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado -
PNMPO, com o objetivo de incentivar a geração de trabalho e renda entre os
microempreendedores populares.”
Antes de entrar no mérito da legislação de microcrédito é preciso que se informe o
que vem a ser microcrédito e as demais terminologias a ele relacionadas.
O que são Microfinanças, Microcrédito e Crédito Tradicional? 2
As microfinança3 representam um segmento do setor financeiro voltado
para um público cujas necessidades não são propriamente atendidas pelas insti
tuições tradicionais;
O conceito de microfinanças está relacionado à oferta de serviços
financeiros para população de baixa renda, geralmente excluídas
do sistema financeiro tradicional. O microcrédito é parte integrante
do conceito de microfinanças e tem sido uma importante ferramenta
de inclusão social em diversos países. Entretanto, no Brasil, estima-
se que somente cerca de 2% da demanda potencial é atendida com
o atual volume de operações de microcrédito.
O microcrédito é a concessão de crédito produtivo a microempreendedores e
indivíduos, sendo que o acesso a fontes regulares inexiste ou é restrito.
O microcrédito visa à sustentabilidade, prioriza operações de pequena monta. Nele,
o crédito é ferramenta de política social e enfatiza o desenvolvimento de rede de
apoio mútuo entre empreendedores e os juros refletem os custos operacionais.
Apresenta, ainda, a confiança como ativo social e garantia.
ADMINISTRAÇÃO 84
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Microcrédito para criação novos negócios: empréstimo para pessoas
empreendedoras que possuem boas ideias, viáveis e que precisam de
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recursos para montar o negócio.
ADMINISTRAÇÃO 85
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ADMINISTRAÇÃO 86
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estes o aval solidário, onde donos de negócios são mutuamente responsáveis por
reembolsar empréstimos, substituem efetivamente as garantias convencionais. A
SANTOS
reputação individual na comunidade é mais importante do que a colateral.
-
Trabalhar com atividades econômicas existentes, não importa o quanto sã
o pequenas ou trabalhar com as que estão começando, de acordo com a
comunidade que se está trabalhando: iniciar por grandes empreendimentos
raramente leva ao sucesso e requer grandes investimentos por meses e às vezes
anos.
- Cobrar uma maior taxa de atração do que o mercado: pela perspectiva das
pessoas que pegam empréstimos, o crédito rápido é mais importante do que uma
taxa baixa de atração. Pela perspectiva de quem empresta, atração tem que cobrir
os custos da transação e os custos da operação do projeto.
-
Aceitar os clientes, com seus trabalhos de amizade e com suas relaçõe
s dentro da comunidade, terá um papel principal na promoção do projeto: os
clientes formam seus próprios grupos e dão uns aos outros conselhos e assistência,
reduzindo os custos do programa sensivelmente. Ao mesmo tempo, esta interação
intensa serve para desenvolver um comprometimento entre os clientes, para o
projeto e para eles mesmos.
ADMINISTRAÇÃO 87
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uma parte significante dos pobres rurais e urbanos de uma determinada área
geográfica.
SANTOS
- Trabalhar em horário compatível com as necessidades dos clientes pobres: o
horário em que o setor bancário formal funciona é incompatível com o horário dos
trabalhadores pobres.
BIBLIOGRAFIA
______
2 Texto parafraseado com base na fonte: UNDP, MicroStart - a Guide for Planning, Starting and Managing a
Microfinance Programme - Tradução Karen Siqueira. Disponível em:
http://www.geranegocio.com.br/html/geral/p17-micro.htm, acessado em fev/2008.
3 http://www.microepequenasempresas.com.br/fgv-cria-centro-de-estudos-de-microfinancas/ em 16/03/2009
ADMINISTRAÇÃO 88
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Aula 22_Sobre as modalidades do Microcrédito - Parte I
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Objetivos da Política de Microcrédito e Microfinanças
ADMINISTRAÇÃO 89
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novos empréstimos. Este mecanismo de incentivo à produção não é o “pagamento
de uma dívida social”, é uma política dirigida, focada, que incentiva as famílias
SANTOS
agricultoras e estimula o sentido de responsabilidade. As famílias agricultoras que
contratam financiamentos do Pronaf têm uma das menores taxas de inadimplência
entre todos os sistemas de crédito brasileiros.
Alcance do público de mais baixa renda com cerca de 60% das operações
alcançando os grupos de mais baixa renda;
Programa com subsídios da União, tanto para equalizar taxas de juros quanto
cobrir parte dos custos bancários;
ADMINISTRAÇÃO 90
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Criação do Banco Popular do Brasil para atuar com microfinanças;
SANTOS
Ampliação da atuação da CEF em microfinanças;
Redução e/ou eliminação de taxas e tributos nas microfinanças (taxa para uso
do Sisbacen etc.);
ADMINISTRAÇÃO 91
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Taxa de juros de até 2% ao mês;
SANTOS
Limite de R$ 600,00 para o crédito de uso livre - Limite de R$ 1,5 mil para
créditos destinados a microempreendedores;
TAC de até 2% para 4 ou mais meses – crédito de uso livre e de até 4% para
crédito para microempreendedores;
BIBLIOGRAFIA
____
ADMINISTRAÇÃO 92
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Aula 23_Sobre as modalidades do Microcrédito - Parte II
SANTOS
Ações específicas para Cooperativas de Crédito – 1
Permissão para a constituição de cooperativas de micro e pequenos
empresários (12/2002) e de Livre Adesão (cooperativas abertas);
Permissão para os bancos cooperativos captarem poupança rural através de
cooperativas de crédito rural e de Livre Adesão;
• Autorização para o BNDES atuar como repassador de recursos de custeio
do PRONAF para seus agentes credenciados, incluindo Centrais e Bancos
cooperativos;
Permissão para que funcionários públicos possam participar de cooperativas
e associações (Lei 11.094/05).
Ações específicas para Cooperativas de Crédito – 2
Isenção da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre atos
cooperativos para as sociedades cooperativas (Lei 10.865/04);
Criação de uma linha de crédito para financiamento de cotas-parte para
cooperativas de crédito rural de pequeno porte (até R$ 1 milhão de Capital
Social);
• Estímulo para realização de Depósitos Interbancários Rurais especiais para
o PRONAF – safra 04/05, facilitando o repasse de Bancos para Cooperativas
de crédito;
Retirado das Cooperativas de Crédito de livre adesão e de
microempreendedores a obrigatoriedade de aplicação de 2% de seus
depósitos à vista em operações de Microcrédito.
Em 2008, a Resolução nº 3.531 possibilita aos bancos cooperativos a
contratação de qualquer cooperativa de crédito como correspondente, para
fins de captação de poupança rural.
1
Fonte: Ministério da Fazenda. Disponível em:
<http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/Microcredito_Microfinanças_do_Gov_
Lula_01-09-05.pdf> Acessado em: mar/2008.
ADMINISTRAÇÃO 93
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educativa sobre o planejamento do negócio, para definição das necessidades
de crédito e de gestão voltadas para o desenvolvimento do empreendimento;
SANTOS
O contato com o tomador final dos recursos deve ser mantido durante o
período do contrato, para acompanhamento e orientação, visando ao seu
melhor aproveitamento e aplicação, bem como ao crescimento e
sustentabilidade da atividade econômica;
O valor e as condições do crédito devem ser definidos após a avaliação da
atividade e da capacidade de endividamento do tomador final dos recursos,
em estreita interlocução com este.
• Limites de crédito: até R$ 5.000,00 por empreendedor, sendo permitido até 20%
dos contratos com valores de até R$ 10.000,00.
Agências de Fomento;
ADMINISTRAÇÃO 94
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Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado – 5
SANTOS
• As instituições financeiras atuarão no PNMPO por intermédio das
instituições de microcrédito produtivo orientado, por meio de repasse de
recursos, mandato ou aquisição de operações de crédito que se
enquadrarem nos critérios exigidos pelo PNMPO;
ADMINISTRAÇÃO 95
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Permissão para a realização de operações de crédito deste programa sem a
exigência de garantias reais, as quais podem ser substituídas por formas
SANTOS
alternativas e adequadas de garantias.
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 96
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Aula 24_Estudo da Lei 9.790, de 23 de março de 1999 - Parte I
SANTOS
Temática: Estudo da Lei 13.019, de 31 de julho de 2014 1 – “Marco Regulatório
das Organizações da Sociedade Civil” - Parte I
A Lei federal n. 13.019, criou dois novos modelos de parceria entre o Estado e as
entidades do terceiro setor: o ‘Termo de Colaboração’ e o ‘Termo de Fomento’.
Essas duas modalidades de parceira foram criadas para substituir os convênios, que
passarão a ser usados apenas em parcerias celebradas entre duas ou mais
entidades públicas. Com a entrada em vigência da nova lei, passam a existir no
Brasil as seguintes modalidades de parceria entre a Administração Pública e o
terceiro setor:
• Contratos de Gestão, celebrados com entidades qualificadas como
Organizações Sociais, nos termos da Lei federal n. 9.637/98;
• Termos de Parceria, celebrados com entidades qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei
federal n. 9.790/99;
• Termos de Colaboração e Termos Fomento, celebrados com
organizações da sociedade civil em geral, nos termos da nova Lei n. 13.019/14
Como todas as inovações legislativas, a Lei n. 13.019/14 traz uma série de desafios
à comunidade jurídica. Afinal de contas, leva-se algum tempo até que se
estabeleçam consensos acerca da interpretação dos textos legais e de sua correta
aplicação a casos concretos. Ainda que esse processo interpretativo esteja em seu
início, é possível assinalar algumas das principais mudanças que passam a ter
vigência a partir de 27 de julho de 2015, quando entra em vigor a nova lei.
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP
A antiga Lei Federal n.º 9.790/99 criou a qualificação para pessoas jurídicas de
direito privado sem fins lucrativos. Esse título público, conferido pelo governo
federal, pode ser obtido por associações civis e fundações de direito privado
mediante preenchimento de requisitos e adoção de procedimentos estabelecidos em
lei2.
A lei buscou reconhecer o caráter público de um conjunto de organizações da
sociedade civil até então não reconhecidas pelo Estado.
A lei nº 9790/99 em seu artigo 1º define quais pessoas jurídicas podem se qualificar
como OSCIPs3.
ADMINISTRAÇÃO 97
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Assim, as ONGs com a adoção da Lei 9790, passaram a ser chamadas de OSCIPs
que, por sua vez, são entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público;
SANTOS
e o interesse social que despertam merece ser, eventualmente, financiado pelo
Estado ou por entidades privadas, para que suportem iniciativas sem retorno
econômico.
Aos Termos de Parceria celebrados com entidades qualificadas como OSCIP, que
seguem disciplinados pela Lei n. 9.790/99 e que sofrerão aplicação apenas parcial
da Lei n. 13.019/14 (a extensão dessa aplicação parcial deve ser definida no
Decreto que regulamentar a lei em cada ente da Administração Pública).
ADMINISTRAÇÃO 98
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MODALIDADES DE PARCERIA PREVISTAS
SANTOS
Termo de Colaboração e o Termo de Fomento. A disciplina jurídica de cada um
deles é idêntica, sendo que ambos têm por escopo a transferência voluntária de
recursos para a execução de planos de trabalho em regime de cooperação com
organizações da sociedade civil. A única diferença entre ambos é que no Termo de
Colaboração a iniciativa da parceria é da Administração Pública, enquanto no Termo
de Fomento a proposta da parceria é da entidade do terceiro setor.
ADMINISTRAÇÃO 99
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práticas, propor e apoiar ações voltadas ao fortalecimento das relações de
colaboração e fomento.
SANTOS
PLANEJAMENTO E TRANSPARÊNCIA DO PODER PÚBLICO
ADMINISTRAÇÃO 100
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Atuação em rede: Possibilidade de atuação em rede, por duas ou mais
entidades, sendo uma delas responsável pela parceria, devendo todas terem
SANTOS
mais de 5 anos de constituição, mais de 3 anos atuando em rede e
comprovada capacidade técnico-operacional para a execução do objeto.
Movimentação Financeira: Os recursos recebidos em decorrência da
parceria serão depositados e geridos em conta bancária específica de
instituição financeira pública indicada pela Poder Público, podendo ser
aplicados em cadernetas de poupança, em fundo de aplicação financeira de
curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida
pública. Todos os rendimentos serão obrigatoriamente aplicados no objeto da
parceria. Todas as movimentações de recursos deverão ser efetuadas
eletronicamente, mediante depósito em conta bancária de titularidade dos
fornecedores e prestadores de serviços. Excepcionalmente os pagamentos
poderão ser feitos em espécie, observados os limites legais.
Utilização dos Recursos: É proibida a utilização dos recursos da parceria
para pagamentos de despesas a título de taxa de administração, ou cuja
finalidade seja diversa da expressa em plano de trabalho, ou anteriores ou
posteriores à vigência da parceria; para remuneração de servidores públicos;
para pagamento de multas, juros e correção monetária; para publicidade
(exceto estritamente vinculada ao objeto da parceria); e para obras de
ampliação de estrutura física da entidade. Veda-se também a transferência
dos recursos para associações de servidores, clubes, partidos políticos e
entidades similares.
REMUNERAÇÃO DE DIRIGENTES
CUSTOS INDIRETOS
É permitido o pagamento de custos indiretos em até 15% (quinze por cento) do valor
da parceria, desde que previstos no Plano de Trabalho e comprovados. São
considerados custos indiretos, dentre outros: gastos com internet, transporte,
aluguel, telefone, serviços contábeis e assessoria jurídica.
ADMINISTRAÇÃO 101
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SANÇÕES
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SANTOS
Em caso de execução inadequada da parceria, poderão ser aplicadas as
penalidades de advertência, suspensão temporária de participação em
chamamentos públicos e impedimento de celebrar parcerias por até 2 (dois) anos e
declaração de inidoneidade.
RESPONSABILIDADES
A nova Lei alterou a Lei federal n. 8.429/92, criando novas hipóteses expressas de
atos de improbidade. Dentre os atos que causam dano ao erário, passaram a ser
considerados atos de improbidade, dentre outros: ‘frustar, burlar ou dispensar
indevidamente chamamento público, permitir a utilização dos recursos transferidos
via parceria sem a observância das formalidades legais, ser negligente em celebrar,
fiscalizar e analisar as prestações de contas e liberar recursos irregularmente’.
Dentre os atos que atentam contra os princípios da Administração Pública, passou a
ser considerado ato de improbidade: ‘descumprir normas referentes à celebração,
fiscalização e aprovação de contas das parcerias’.
BIBLIOGRAFIA
2http://www.institutogrpcom.org.br/files/editor/files/Cartilha%20do%20Marco%20Regulat%F3rio%20Terceiro
%20Setor%20v.final%20-%20%20Instituto%20Atua%E7%E3o.pdf (acessado em dezembro/2015)
3 Buscou-se com a nova qualificação de OSCIP, por um lado, reduzir os custos operacionais e agilizar os
procedimentos para o reconhecimento institucional e, por outro lado, potencializar a realização de parcerias com
os governos, com base em critérios de eficácia e eficiência, além de mecanismos mais adequados de
responsabilização.
ADMINISTRAÇÃO 102
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Aula 25_Estudo da Lei 9.790, de 23 de março de 1999 - Parte II
SANTOS
Temática: Estudo da Lei 9.790, de 23 de março de 1999 1 – Parte II
Como já foi dito na aula anterior, a OSCIP é uma qualificação decorrente da antiga
lei 9.790 de 23/03/99, e, considerando a exposição feita sobre as ONGs, pode-se
então dizer que OSCIPs são ONGs que obtêm um certificado emitido pelo poder
público federal ao comprovar o cumprimento daqueles pré-requisitos também já
discriminados anteriormente.
As ONGs não existem em nosso ordenamento jurídico, mas constituem um
fenômeno mundial, onde a sociedade civil se organiza de forma espontânea para a
execução de determinado tipo de atividade, cujo cunho ou o caráter devem ser de
interesse público. A forma societária mais utilizada é a da associação civil (em
contrapartida às organizações públicas e às organizações comerciais), regida por
estatutos que têm finalidade não econômica e não lucrativa. Neste caso, as
Fundações também podem vir a ser genericamente reconhecidas como ONGs.
Por fim, juntando-se as peças desse quebra-cabeça temos que ONGs são em geral:
associações civis; sem fins lucrativos; de direito privado; de interesse público.
QUALIFICAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL COMO OSCIP's2
Dentre as mudanças concernentes à alteração na forma de atuação do Estado e de
organização e funcionamento da máquina administrativa, o Governo Federal buscou
obter a parceria junto à iniciativa privada nas ações de cunho social, de modo a
descentralizar atividades de caráter público. É exemplo dessa iniciativa a edição da
antiga Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, a qual prevê a possibilidade de que
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que atendam a
determinados requisitos possam ser qualificadas, junto ao Ministério da Justiça,
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP's - e nessa
condição serem beneficiadas com a transferência de recursos públicos para custeio
das atividades delegadas, levando em consideração a Lei atual 13019/14 em seu
artigo 2º.
ADMINISTRAÇÃO 103
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podem oferecer aos seus doadores pessoas jurídicas o desconto de suas doações
de até 2% (dois por cento) de seu lucro operacional bruto.
SANTOS
O investidor deposita os recursos na conta bancária em nome da entidade (ou
entidades, no caso de mais de uma) e esta lhe entrega uma declaração oficial,
padronizada pela Receita Federal, na qual assume o compromisso de usar os
recursos exclusivamente na realização de seus propósitos, inclusive, com a
designação da pessoa física responsável pelas tarefas. O doador deve guardar o
documento para fins de fiscalização.
ADMINISTRAÇÃO 104
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Roteiro para a obtenção da Qualificação de Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público - OSCIP
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As OSCIPS devem providenciar, o requerimento de qualificação como OSCIP
acompanhado de cópias autenticadas dos documentos abaixo relacionados:
Uma OSCIP pode ser constituída por um número ilimitado de pessoas, porém o
número mínimo indicado seria de dez integrantes – o necessário para preencher os
cargos do Conselho de Administração, Diretoria e Conselho fiscal, exigidos por lei.
Para obter qualificação como OSCIP é necessário ser pessoa jurídica de direito
privado e não ter fins lucrativos. Também é exigido o enquadramento em alguns
objetivos sociais e finalidades já dispostos em lei, tais como os definidos no artigo 5º
da Lei 13019/2014:
ADMINISTRAÇÃO 105
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VIII - a preservação, a conservação e a proteção dos recursos hídricos e do meio
ambiente;
SANTOS
IX - a valorização dos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais;
A partir daqui, a OSCIP está pronta para fazer Termos de Parceria com a Prefeitura
e órgãos dos governos estadual e federal.
Da prestação de contas:
ADMINISTRAÇÃO 106
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- A prestação de contas relativa à execução do termo de colaboração ou de fomento
dar-se-á mediante a análise dos documentos previstos no plano de trabalho e todos
SANTOS
os relatórios descritos no artigo 66 do novo marco regulatório.
A entidade que deseja se qualificar como OSCIP deve fazer uma solicitação formal
ao Ministério da Justiça, na Coordenação de Outorga e Títulos da Secretaria
Nacional de Justiça, via requerimento, anexando ao pedido as cópias autenticadas
em cartório de todos os documentos relacionados
REQUERIMENTO
ADMINISTRAÇÃO 107
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ADMINISTRAÇÃO 108
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-
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Se a entidade for de assistência social, o patrimônio deve ser destinado à
outra ‘OSCIP’ com o mesmo objetivo social e registrado no Conselho Nacional de
Assistência Social. SANTOS
- Se a entidade for uma Fundação, essa obrigatoriedade estatutária não se
aplica, uma vez que o Código Civil estabelece que as mesmas não se dissolvem,
mas são extintas por decisão judicial.
BIBLIOGRAFIA
ADMINISTRAÇÃO 109
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Aula 26_Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
SANTOS
Temática: Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 1
(Lei nº 10.194/01 e Resolução CMN 2.874/01)2
ADMINISTRAÇÃO 110
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A expressão ‘SCM’ deve constar da denominação social das SOCIEDADES DE
CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR, sendo-lhes vedada a adoção da palavra
SANTOS
"BANCO". Essas sociedades devem ter atuação restrita à região definida em seu
estatuto social, sendo proibida a participação societária, direta ou indireta, do setor
público no capital de sociedades de crédito ao microempreendedor; e, também, a
elas é facultada a transformação em ‘SCM’ de organizações que tenham por objeto
exclusivo a atuação no segmento de microcrédito, desde que suas operações ativas
e passivas estejam em conformidade com o disposto nas leis em vigor.
Portanto, essas ‘SCM’ somente podem praticar operações com recursos captados
no País e no exterior, originários de: organismos e instituições nacionais e
internacionais de desenvolvimento; orçamentos estaduais e municipais; fundos
constitucionais; doações; outras fontes, desde que expressamente autorizadas pelo
Banco Central do Brasil3.
• Transferência de controle;
As SCM devem ser constituídas sob a forma de companhia fechada, nos termos da
Lei n.º 6.404, de 15.12.1976, e legislação posterior, ou sob a forma de sociedade
limitada. A expressão "Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de
Pequeno Porte" deve constar de sua denominação social, vedado o emprego da
palavra "banco".
As SCM podem realizar suas operações por conta própria ou mediante contrato de
prestação de serviços, em nome de instituição autorizada a operar com empréstimos
nos termos da legislação e regulamentação em vigor.
ADMINISTRAÇÃO 111
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Às sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno
porte é permitida, exclusivamente, a realização das seguintes operações:
SANTOS
• Concessão de financiamentos e prestação de garantias às microempresas
ou empresas de pequeno porte, bem como a pessoas físicas no desempenho
das atividades relativas ao seu objeto social, definido em lei;
ADMINISTRAÇÃO 112
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As sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte
devem prestar, nos termos estabelecidos na regulamentação em vigor, informações
ao Sistema de Informações de Crédito do Banco Central do Brasil (SCR).
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No caso de transformação, a concessão de autorização está condicionada, ainda, à
prévia adequação da organização já existente às disposições da Resolução no.
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2874, de 26/07/2001, onde se dispõe: a apresentação de relatório aprovado pelos
administradores, acompanhado das demonstrações financeiras do último exercício
social, atestando, inclusive, a qualidade da carteira de crédito; recolhimento ao
Banco Central do Brasil das quantias recebidas na subscrição, e nos aumentos de
capital em espécie das SCM devem ser observadas as disposições da Resolução n.
º 2.027, de 24 de novembro de 1993.
•Liquidação ordinária.
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As SOCIEDADES DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR devem publicar suas
demonstrações financeiras em bases semestrais, estando dispensadas destas
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publicações as sociedades constituídas por quotas de responsabilidade limitada, ou
sociedades anônimas que atendam aos requisitos do art. 294 da Lei n. º 6.404/76.
Hoje vivemos um cenário de crise, para ilustrar nosso estudo é importante ressaltar
a reportagem a seguir:
O estudo foi divulgado nesta terça-feira (16), durante o seminário "A Política e a
Atividade de Microcrédito como Instrumentos de Trabalho e Renda e Inclusão
Produtiva", que ocorreu na Universidade de Brasília (UnB).
“A pesquisa foi dirigida principalmente aos agentes de crédito, mais do que aos
próprios clientes, que muitas vezes não conhecem os instrumentos, nem tem noção
das políticas dirigidas a eles", explica o diretor do DataUnB, José Angelo Belloni. Ele
ressalta que os micro e pequenos empreendedores possuem grande
responsabilidade e consciência no uso dos recursos, honram seus compromissos, e
têm baixa taxa de inadimplência, mas nem sempre buscam apoio para criar um
empreendimento.
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fundamental que o País incentive políticas que priorizem esse setor e permitam a
inclusão e a formalização de todos os trabalhadores.
BIBLIOGRAFIA
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MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
_____
1 Disponível em: http://www.sebrae-sc.com.br/credito/produto.asp?vcdtexto=1374&%5E%5E, pesquisado em
mar/2008.
2 Fonte: Ministério da Fazenda. Disponível em:
<http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/Microcredito_Microfinanças_do_Gov_ Lula_01-09-
05.pdf> pesquisado em mar/2008.
3 http://www.bcb.gov.br/?SFNSOCRED. Acessado em: ma/r2009.
4 http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/06/estudo-diz-que-microcredito-cresceu-no-brasil-entre-
2013-e-2014
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Aula 27_Cooperativas de Crédito
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(Lei nº 5.764/71 de 16 de dezembro de 1971)2
Contudo, é a partir do final do século XIX que surgem, nos centros urbanos, as
primeiras cooperativas de consumo, dentre elas: a Associação Cooperativa dos
Empregados da Cia. Telefônica, em Limeira (1891) e a Cooperativa Militar de
Consumo, no Rio de Janeiro (1894).
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2)
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O objetivo principal é a prestação de serviços;
3) SANTOS
Pode ter um número ilimitado de cooperados;
Deve-se aqui salientar que a cooperativa existe com o intuito de prestar serviços a
seus associados, de tal forma que possibilite o exercício de uma atividade comum
econômica, sem que tenha ela fito de lucro.
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Nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das
quotas-parte, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser
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diretamente proporcional ao movimento financeiro do cooperado, ou ao
quantitativo dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou
transformados, ou ainda, no caso de pessoas jurídicas de direito público nas
cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicação;
Da Denominação Social
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objetos semelhantes ou identificáveis por afinidade ou complementariedade, como é
o caso de arquitetos e engenheiros; médicos e dentistas, entre outros;
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c) cooperativas de crédito rural: constituídas por pessoas que desenvolvam,
atividades agrícolas, pecuárias, extrativas ou de captura e transformação do
pescado, desde que inseridas na área de atuação da cooperativa;
As Cooperativas de Trabalho
I - de produção, quando constituída por sócios que contribuem com trabalho para a
produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de
produção; e
As Cooperativas Sociais
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A Lei 9.867/1999 dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais,
constituídas com a finalidade de inserir as pessoas em desvantagem no mercado
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econômico, por meio do trabalho, fundamentadas no interesse geral da comunidade
em promover a pessoa humana e a integração social dos cidadãos.
As Cooperativas de Crédito
Art. 69. As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e
fornecimento de bens aos consumidores, sujeitam-se às mesmas normas de
incidência dos impostos e contribuições de competência da União, aplicáveis às
demais pessoas jurídicas.
BIBLIOGRAFIA
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CENTA, Sérgio Alexandre; TSURU, Sérgio Kazuo. Crédito no Varejo: para pessoas físicas
e jurídicas. Curitiba: Intersaberes, 2012.
______
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1 Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/cooperativas.htm, acessado em mar/2008.
ADMINISTRAÇÃO 122
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Aula 28_FAMPE
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(Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas - Lei nº 8.029 - de 12 de abril de
1990 e Lei 11.110/05 com as devidas alterações em 2010, 2012 2 2013)2
A falta de garantias reais é uma das maiores dificuldades para o acesso das MPEs
ao crédito, e como alternativa para modificar esse quadro desfavorável ao
fortalecimento dos pequenos negócios, o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas - se dispõe a ser avalista na operação. Para tanto,
criou o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas - FAMPE.
O Fundo de Aval está disponível para download nos bancos credenciados pelo
‘SEBRAE’, relacionados abaixo com os respectivos links sobre o FAMPE3 que
praticam.
Banco do Brasil - BB
Banco Bradesco
Considerações:
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•O aval do SEBRAE não é um seguro de crédito e tampouco uma linha de crédito.
Ele representa a confiança do SEBRAE no empresário em cumprir os seus
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compromissos, já que o nome limpo na praça é o seu maior patrimônio.
a) investimento fixo;
Ficarão por conta dos próprios interessados, que poderão contar com o apoio de
consultores indicados pelo Sebrae, e é muito importante que o projeto demonstre
claramente sua viabilidade técnica, econômica e financeira, de forma que o banco e
o SEBRAE fiquem convencidos de que o financiamento pretendido será pago. A
apresentação do projeto ao banco não implica necessariamente a concessão do
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crédito, ainda que tenha a garantia do FAMPE. O banco, na análise da operação,
levará em conta suas normas internas relativas a cadastro e ao cumprimento das
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instruções operacionais.
Condições e Limites
BIBLIOGRAFIA
3 http://www.uasf.sebrae.com.br/uasfareas/uasfgarantias/uasffampe/index_html/bbadt/download
ADMINISTRAÇÃO 125
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Aula 29_PROGER - FUNPROGER
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Lei nº 9.872, de 23 de novembro de 1999 1
Características do FUNPROGER
Ex.: para obter um financiamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) pelo prazo de 36
meses, com 80% de garantia do FUNPROGER, o mutuário pagará uma comissão
de R$ 2.880,00. (100.000 x 80% x 0,1% x 36).
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O montante apurado pelo cálculo da TCA poderá ser financiado e pago juntamente
com o financiamento pretendido.
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Neste momento, faz-se necessário explicar o que vem a ser “PROGER”, sua
destinação e implementação.
Finalidade
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Os interessados em obter crédito por meio do PROGER devem dirigir-se às
entidades técnicas qualificadas para elaboração do projeto, ou às agências do
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Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e demais agentes financeiros
credenciados pelo BNDES; ou, ainda, poderão procurar para informações e
orientações as Agências/Postos do Trabalhador, pois nesses locais poderão obter
informações detalhadas sobre a elaboração do projeto e as condições de
financiamento.
Limite de financiamento
Itens financiáveis3
- Veículos automotores utilitários e caminhões novos ou usados com até cinco anos
de fabricação, necessário comprovar a utilização nas atividades do empreendimento
financiado;
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BIBLIOGRAFIA
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MARTINELI, Dante Pinheiro; JOYAL, André. Desenvolvimento Local e o Papel
das Pequenas e Médias Empresas. Barueri: Manole, 2004.
______
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Aula 30_Banco Popular do Brasil e Depósitos Especiais para Microcrédito
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Temática: Banco Popular do Brasil e Depósitos Especiais para Micro
crédito1
O Banco Popular do Brasil iniciou suas operações com capital social de R$ 24,5
milhões, valor que, em maio de 2004, foi aumentado para R$ 92 milhões. O primeiro
ponto de atendimento foi inaugurado em 12 de fevereiro de 2004, no Distrito
Federal. A Subsidiária do BB fechou o ano de 2004 com 5.530 pontos em 1.500
municípios do país, incluídas todas as capitais, abrangendo um total de 1 milhão de
clientes. Em 25 de abril de 2005, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva, sancionou a Lei que passou a regular o microcrédito produtivo orientado. Na
ocasião, o Banco Popular do Brasil assinou o primeiro convênio nessa matéria com
a Vivacred, uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), com
atuação no Estado do Rio de Janeiro.
O Banco Popular do Brasil é uma subsidiária integral criada pelo Banco do Brasil
para oferecer serviços à população de menor renda. A empresa atende pessoas que
ganham até três salários mínimos e que não tenham nenhum tipo de conta em
outros bancos. Atuando, preferencialmente, junto aos trabalhadores do setor
informal, residentes em áreas urbanas de todo o País, o Banco proporciona a esses
brasileiros a oportunidade de estarem inseridos no sistema financeiro 2.
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Dentre os produtos e serviços disponibilizados pelo Banco Popular do Brasil estão:
conta corrente simplificada, crédito de R$ 51,00 a R$ 600,00 com juros de 2% ao
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mês, além de pagamentos diversos; um conjunto de itens especialmente
desenvolvido a partir da realidade econômica dos milhões de brasileiros até então
não contemplados pelo setor bancário tradicional.
Os clientes do Banco Popular do Brasil são atendidos por meio de uma rede de
correspondentes localizados próximos à sua residência ou ao local de trabalho. São
estabelecimentos como supermercados, mercearias, farmácias e lojas de material
de construção, dentre outros, nos quais é possível realizar todas as transações
bancárias oferecidas pelo Banco. Para abrir uma conta no Banco Popular do Brasil
não é preciso comprovar renda.
Os clientes do Banco Popular do Brasil são atendidos por meio de uma rede de
correspondentes localizados próximos à sua residência ou ao local de trabalho. São
estabelecimentos como supermercados, mercearias, farmácias e lojas de material
de construção, dentre outros, nos quais é possível realizar todas as transações
bancárias oferecidas pelo Banco.
Para abrir uma conta no Banco Popular do Brasil não é preciso comprovar renda.
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Microcrédito Produtivo
Acessem as Leis!!!
3 http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8900,8920,0,0,1,0.bb?codigonoticia=7972&codigomenu=5412
acessado em 30/03/2009
3 http://www.bb.com.br/portalbb/page56,8900,8907,0,0,1,0.bb?codigoNoticia=7535&codigoMenu=5400acessad
o em 17/12/2015
2 http://www.bb.com.br/portalbb/page27,8900,8909,0,0,1,0.bb?codigoNoticia=7543&codigoMenu=5401
acessado em 17/12/2015
ADMINISTRAÇÃO 132
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Aula 31_O Licenciamento Ambiental para MPEs
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Temática: O Licenciamento ambiental para MPEs1
É importante ressaltar que a definição legal de meio ambiente surgiu com o advento
da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, segundo a qual o meio ambiente é
“um conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
A expressão Meio ambiente não é uma expressão jurídica propriamente dita, mas
sim derivadas de outras ciências, sendo que o Direito Ambiental integra o Sistema
Jurídico Nacional e se apoia na Carta magna. O legislador constituinte de 1988
dedicou especial atenção ao tema reservando um capítulo do texto constitucional
para tratar exclusivamente do Meio Ambiente.
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poluição ambiental contemplado nas licenças foca aspectos relativo ao ar, solo,
águas, ruído e vibração.
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No Estado de São Paulo, após a publicação da Lei 997, em 31 de maio de 1976,
regulamentada pelo Decreto 8.468, de 08 de Setembro de 1976, é obrigatório o
licenciamento ambiental das atividades industriais. Assim, as empresas instaladas, a
partir desta data, que funcionam sem a licença, estão sujeitas às sanções previstas
em lei tais como: advertências, multas, paralisação temporária ou definitiva da
atividade. Com advento da Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998, o funcionamento sem as devidas licenças ambientais, além de estar sujeito
a penalidades administrativas, passou a ser considerado crime.
Por sua vez, a licença ambiental se constitui em uma forma de contrato entre a
empresa e o poder público estadual, e é por meio dela que a empresa conhece seus
direitos e obrigações, tornando-se referência para o relacionamento com o órgão
ambiental e a sociedade. Assim, o atendimento aos termos exigidos na licença
torna-se o principal respaldo da empresa para o equacionamento de eventuais
conflitos, como reclamações da comunidade, fiscalização dos órgãos competentes,
denúncias de concorrentes, dentre outros.
BIBLIOGRAFIA
SIRVINSKAS, Luis Paulo. Legislação de Direito Ambiental. 11ª ed.- São Paulo: Rideel,
2016
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Aula 32_Dificuldades de uma Política de Inovação para as MPEs
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As políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico no Brasil, no caso das
políticas de apoio às MPEs, são horizontais e estão focadas, na maioria dos casos,
em empresas isoladas, buscando suprir deficiências de informação e de crédito
destas empresas. As iniciativas mais recentes de apoio às MPEs vêm se
concentrando na oferta de crédito.
O Criatec1
Missão:
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Objetivos:
SANTOS
Gerar retorno para os empreendedores e investidores;
O Criatec aporta muito mais do que apenas dinheiro. Ele aporta experiência na
geração e gestão profissional de empresas nascentes de base tecnológica. Voltado
para ação próxima do empreendedor nas decisões, atua diretamente na construção
do negócio desde o início e aporta conhecimento gerencial, práticas e ferramentas
bem sucedidas, rede de contatos, visão estratégica formação de equipe. Enfim, o
Criatec pode conferir prestígio ao empreendimento e é um importante parceiro no
desenvolvimento do negócio, hoje temos o Criatec I, II e III.
ADMINISTRAÇÃO 136
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• Poderão ser apoiadas empresas com faturamento líquido de, no máximo, R$ 6
milhões, no ano anterior à capitalização do Programa.
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o mínimo 25% do patrimônio do Fundo deverá ser investido em empresas
com faturamento de até R$ 1,5 milhão.
ADMINISTRAÇÃO 137
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FINEP grande poder de indução de atividades de inovação, essenciais para o
aumento da competitividade do setor empresarial.
SANTOS
É importante ressaltar que a FINEP mantém convênio com entidades congêneres
em outros países, entre eles:
ADMINISTRAÇÃO 138
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Estimular pesquisadores a se associarem a empresas de base tecnológica
em projetos de inovação tecnológica;
SANTOS
Contribuir para a criação e o fortalecimento de uma cultura que valorize a
atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação em ambientes
empresariais, propiciando um aumento no espaço de atuação profissional
para pesquisadores das diversas áreas do conhecimento;
BIBLIOGRAFIA
1 ttp://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/Inovacao/criatec_pag_excluida_dez2013.html
acessado em 17/12/15
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