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Jung no Espirito Santo – Site de Fabrício Moraes

Psicologia da Religião–uma Leitura Clínica


e Junguiana

Este texto foi escrito como base para a Palestra Realizada na Semana
Acadêmica da UNES – Faculdade do Espirito Santo, Cachoeiro de
Itapemirim, ES. em 27 outubro 20111

Acredito que para muitos falar em “Psicologia da Religião” soa como uma
novidade, mesmo para os alunos em períodos finais de graduação em
psicologia. Quando falamos em psicologia da religião, a principio nos
remetemos a concepção de estudo da religião a partir da psicologia. Esta
concepção, nos anos 60, foi substituída por uma concepção que visava uma
perspectiva de “psicologia e religião”, isto é, priorizando o dialogo com a
religião. Assim, falar em “psicologia da religião” implica não só no estudo, mas,
no dialogo com a religião.

Apesar deste tema ser relativamente desconhecido (e estranho a grade


curricular das faculdades), mas, a “psicologia da religião” não é “nova”, pois, os
estudos de psicologia direcionados ao fenômeno religioso começam no final do
século XIX, a primeira obra destinada ao estudar a Religião a partir da
Psicologia foi publicada por Edwin Starbuck, em 1899, com o titulo “A
psicologia da Religião – um estudo empírico do desenvolvimento da
experiência religiosa”, mas, a obra que efetivamente marcou o nascimento da
Psicologia Religião, foi a do professor de Starbuck, William James, que em
1902 publicou “As variedades da Experiência Religiosa”. A aplicação da
psicologia no estudo do fenômeno religioso nasce com a própria psicologia, e
vários importantes teóricos como Jung, Freud, Piaget, Fromm, Erikson, Maslow
dentre outros dedicaram inúmeras páginas para falar acerca desse fenômeno.































































1

Publicado
em
30
de
outubro
de
2011,
no
antigo
blog
“Jung
no
Espírito
Santo”.
A
atual

versão
foi
revista
e
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Apesar da Psicologia da Religião possuir um rico histórico e ter sido objeto de


preocupação de vários dos ícones da psicologia, no Brasil, a psicologia da
religião não se constitui uma área autônoma, pois, está dividida entre estudos
da psicologia social, psicologia clínica e da ciências da religião.

Não devemos perder de vista que, ao falarmos de estudar a “religião”, não


estamos reduzindo a mesma a um fenômeno psicológico. Na verdade
devemos ter clareza que quando nos referimos a religião estamos falando de
um fenômeno complexo, que comporta várias perspectivas de compreensão,
desde o estudo próprio da religião, a teologia, história da religião, antropologia
da religião, sociologia da religião, filosofia da religião. Nenhuma perspectiva
possui a “verdade” acerca da religião, todas se esforçam para, na medida do
possível, serem o mais fiéis na compreensão do fenômeno religioso. Devemos
assim, especificar mais o que entendemos por religião, isto é, o que seria a
religião segundo uma concepção psicológica? Segundo Velasco,

A religião é um fato humano complexo e específico: um


conjunto de sistemas de crenças, de praticas, de símbolos,
de estruturas sociais por meio dos quais o homem, nas
diferentes épocas e culturas, vive uma relação com um
mundo específico: o mundo do sagrado. Esse fato
caracteriza-se por sua complexidade – nele põem em jogo
todos níveis da consciência humana- e pela intervenção de
uma intenção específica de referência a uma realidade
superior, invisível, transcendente, misteriosa, da qual se fez
depender o sentido ultimo da vida. (VELASCO apud ÁVILA,
2007. p. 14).

Aqui se coloca um ponto fundamental: a religião é um fato humano. Isto é, para


compreender esta afirmação devemos ter clareza que falamos do homem
frente ao sagrado. Assim, “suas motivações, seus desejos, suas experiências,
suas atitudes, etc., expressos em seus comportamentos” (ÁVILA, 2007, p.15).
Devemos frisar que ao falarmos do homem frente ao sagrado englobamos
tanto as atitudes positivas, como o teísmo, quanto as negativas, como o

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ateísmo. Por outro lado, a religião se constitui, “uma busca de sentido em


relação ao sagrado”(PARGAMENT apud ÁVILA, 2007, p.15) Deste modo, a
psicologia da religião não tem por objetivo estudar “Deus” ou o “divino” ou
“qualquer realidade transcendental”, isto está fora do escopo da psicologia.

Caberia mais uma observação, alguns autores preferem


utilizar o termo espiritualidade a religião, pois,
espiritualidade está mais relacionado a aspectos pessoais
e individuais, ao passo que religião é muito amplo,
abrangendo tanto aspectos pessoais quanto
sociais/institucionais. Ainda sobre definições, a
religiosidade pode ser compreendida como “todo
comportamento, atitude, crença, que tenha um caráter
religioso, independente de sua origem (a experiência
pessoal, aprendizagem, tradição etc.) e de toda avaliação
(maturidade, sanidade, profundidade, intensidade, etc.)”
(AVILA, 2007, p. 69).

A psicologia da religião não possui uma unidade no estudo do fenômeno


religioso, dessa forma, existem várias possibilidades de se aborda-la, seja pelo
aspecto individual ou coletivo, seja pelas teorias psicológicas.

Em nosso caso específico, eu compreendo e estudo a religião a partir de duas


referências, a primeira é a psicologia analítica, que é uma das abordagens
clássicas do estudo da psicologia da religião, e a segunda é clínica, uma vez
que sou psicólogo clínico.

Na abordagem junguiana, o estudo da religião ocupa um lugar de destaque,


seja por facilitar a compreensão teórica acerca da teoria dos arquétipos, ou por
sua implicação na prática da clínica. O próprio Jung valorizava bastante a
compreensão da função da religião na vivência do individuo. Basta lembrarmos
que a família do Jung foi uma fonte bem rica da diversidade de manifestações
religiosas. Seu pai, seu avô e sete de seus tios eram pastores da igreja
reformada. Parte de sua família se envolveu no estudo do espiritismo. Em suas


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Memórias, Jung relata que cedo rompeu com a religião institucional, relata
também que via e sentia pena do pai que era angustiado em suas dúvidas
interiores.

Suas experiências pessoais, familiares e profissionais o levaram a um estudo


dedicado do fenômeno religioso. Jung percebeu que as idéias religiosas, em
sua essência, eram similares e se manifestavam de modo semelhante por
diferentes culturas, fato que o levou a considera-las como expressão da psique
coletiva, isto é, do inconsciente coletivo. Desde modo, a religião, para Jung,
possuiria uma função estruturante importante na psique – tanto coletiva, isto é,
dos povos, quanto na psique individual. As narrativas, os símbolos religiosos,
os sistemas de crenças seriam importantes por auxiliar ao ego a suportar a
tensão tanto do inconsciente quanto do mundo exterior. Para Jung todas as
religiões eram igualmente válidas. No âmbito da psicologia, não é relevante
pensar se é verdadeira ou não qualquer concepção apresentada pelo cliente,

Quando a Psicologia se refere, p. ex., a concepção virginal,


só se ocupa da existência de tal idéia, não cuidando de
saber se ela é verdadeira ou falsa, em qualquer sentido. A
idéia é verdadeira, na medida em que existe. (JUNG, 1999,
p.8)

De forma geral, quando observamos os escritos de Jung, notamos que seus


trabalhos ou seus estudos não se concentravam num estudo acadêmico da
religião, mas, sim num estudo direcionado a prática da psicoterapia. Ou seja,
Jung percebia que a relação do individuo com a religião, poderia contribuir para
compreender seu adoecimento psíquico ou ser um meio útil para a resolução
do conflito no qual o individuo se encontrava.

O que são as religiões? São sistemas psicoterapêuticos. E


o que fazemos nós, psicoterapeutas? Tentamos curar o
sofrimento da mente humana, do espírito humano, da
psique, assim como as religiões se ocupam dos mesmos
problemas. Assim, Deus é um agente de cura, é um médico


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que cura os doentes e trata dos problemas do espírito; faz


exatamente o que chamamos de psicoterapia. Não estou
fazendo jogo de palavras ao chamar a religião de sistema
psicoterapêutico. É o sistema mais elaborado, por trás do
qual se esconde uma grande verdade prática. (JUNG,
2000a, p. 167-8)

Jung compreendia que todos os sistemas religiosos, ao longo da história


humana buscavam lidar os males da alma. Assim, a religião é compreendida
como um meio eficaz que a desenvolvida pela humanidade para lidar com os
males que afetavam o corpo e a alma. A compreensão saúde pela religiosidade
antiga contemplava o homem inteiro. Não é atoa que em sua origem, nos mais
diversos idiomas, os termos saúde e salvação compartilham o mesma origem

Saúde e salvação são termos co-originários, ou melhor,


nasceram de um mesmo conceito e partilharam por muito
tempo a mesma sorte e um mesmo significado geral, que
acabou cindindo-se bem mais tarde. Trata-se do significado
sânscrito do svastha(= bem-estar, plenitude), que depois
assumiu a forma do nórdico heill e, mais recentemente,
Heil, whole, hall nas línguas anglo-saxônicas, que indicam
“integridade” e “plenitude”. A mesma coisa acontece com o
termo sotería: na língua grega, segundo a qual justamente
Asclépio é considerado sotér: aquele que cura e que é ao
mesmo tempo “salvador”. Na língua latina é emblemático o
significado de salus, termo capaz de incorporar, mesmo em
época recente, tanto o significado de “saúde” como de
“salvação”. É preciso, porém, lembrar que também em
outras línguas acontece a mesma combinação.
(TERRIN,1998 , p154)

Compreender esses aspectos históricos e culturais que aproximam a


psicologia, em especial a clinica, da função psíquica das religiões nos
possibilita compreender a possibilidade de seu uso correlacionado com a

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prática da psicoterapia. Devo esclarecer, que quando falo em “uso


correlacionado” não me refiro a misturar psicologia e religião, mas,
compreender o contexto simbólico do cliente, compreender suas metáforas e
os elementos de suas vivências que são fundamentais para aquele individuo.

Uma das maiores dificuldades no dialogo entre a psicologia e a religião é o


preparo do profissional, isto é, o despreparo. Andreia Coliath produziu uma
interessante dissertação acerca da “Escolha do Terapeuta associada à
denominação religiosa”, nesse trabalho, Coliath, a partir de categorias de Wulff,
faz uma levantamento interessante das atitudes comuns dos psicólogos acerca
da relação com o fenômeno religioso. Ela cita quatro tendências gerais de
posicionamento dos psicólogos

1 – Negação literal: Esta atitude assume que a linguagem


religiosa deve ser entendida de forma literal, porém rejeita
todo o conteúdo nela apresentado. Os psicólogos nesta
posição desconsideram a singularidade das experiências
religiosas, o milagroso, e hipervalorizam os princípios
formais do conhecimento. Os profissionais que adotam esta
atitude tendem a ignorar a religiosidade do sujeito ou
reduzem a religião a um conjunto de afirmações irracionais
a serem extirpadas ou apropriadas pelas ciências para
serem explicadas racionalmente. O paciente nesta posição
encontra-se fechado à linguagem simbólica.

2 – Afirmação literal: “ Diz respeito a afirmação literal do


objeto religioso. Os psicólogos nesta posição, aceitam os
conhecimentos das teorias psicológicas, desde que não se
choquem com suas crenças. É a atitude dos
fundamentalistas e dos religiosos ortodoxos. Atitude
frequente desses psicólogos é a de atuar a partir do ponto
de vista de sua religião e da visão de mundo nela contida
valendo-se basicamente de generalizações idealizadas e
de um conjunto de regras de comportamento. Esta forma

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de atendimento choca-se com a proposta do atendimento


clínico que propõe uma aceitação total do paciente.

3 – Interpretação redutiva – Vê a religião como um


fenômeno social ultrapassado e ingênuo, excluindo a
transcendência da linguagem e das práticas religiosas.
Esta atitude assemelha-se muito com a negação literal. Os
psicólogos nesta posição buscam perspectivas científicas
para interpretar, a partir delas, os conteúdos religiosos. O
objetivo implícito nesta atitude é o de transformar ou
eliminar o campo religioso, reduzindo-o a outras áreas.

4 – Interpretação restauradora – É a atitude que considera


a especificidade da experiência religiosa. Os psicólogos
nessa posição examinam as crenças e posicionamentos
pessoais de seus pacientes e buscam compreender e
aproximar-se do fenômeno religioso abrindo-se para
vivências, símbolos, metáforas, que o paciente traz. Esta
atitude implica em humildade epistemológica e clareza
quanto aos próprios pressupostos e adesões religiosas.
(COLIATH, 2007, p. 34)

Quando pensamos essas atitudes, fica claro a necessidade de uma


compreensão mais ampla do significado da religião para o paciente, assim
como a necessidade de conhecer os sistemas religiosos para compreender
nosso paciente a partir de seu contexto simbólico, de sua realidade específica.
Infelizmente, muitos pensam nas religiões simplesmente como um sistema
fechado de regras e ditames morais, perdendo, assim, o potencial que nos é
oferecido pelo universo de símbolos, narrativas ou histórias significativas que
são os aspectos essenciais das religiões. Tendo posse de toda a possibilidade
que a religião nos oferece, podermos ter uma comunicação mais eficaz e
significativa para nosso cliente, mobilizando-o por inteiro.


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Uma outra grande dificuldade e talvez, a maior dificuldade, se encontra na


incapacidade de muitos profissionais em lidar com suas próprias convicções
religiosas, pois, muitos acabam por impô-las consciente ou inconscientemente
ao paciente. Essa limitação faz com que o profissional perca seu caráter
terapêutico, muitas vezes, sendo uma forma deformada de conselheiro
espiritual.

Acredito ser válido, quando pensamos o dialogo da psicologia clinica com a


religião, considerar as palavras de Jung,

(…)o psicoterapeuta está obrigado a um autoconhecimento


e a uma crítica de suas convicções pessoais, filosóficas e
religiosas, tanto quanto um cirurgião está obrigado a uma
perfeita assepsia. O médico deve conhecer sua equação
pessoal para não violentar seu paciente”. (JUNG, 2000b,
p.154)

Essa consideração é importante pois, nos leva a pensar não só a clinica


psicológica, mas, quaisquer relações humanas quem envolvam a religião
devemos considerar que a importância e significado que a minha matriz
religiosa tem para mim, também vai ter para uma outra pessoa, assim respeito
(mais que tolerância) é a única forma se evitar a violência contra o outro.

Referências bibliográficas
ÁVILA,A. Para Conhecer a Psicologia da Religião, São Paulo, Edições
Loyola, 2007
COLIATH , A.A.M. Escolha do Terapeuta Associada a Denominação
Religiosa, 2007,98f. Dissertação de Mestrado –Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, São Paulo. 2007.
JUNG,C.G. Psicologia e Religião, Petrópolis,: Vozes 1999a.
JUNG,C.G. Vida Simbólica Vol. I , Petrópolis,: Vozes 2000a
JUNG. C.G Civilização Em Transição. Petrópolis: Vozes, 2 ed. 2000b .
TERRIN, A.N. O Sagrado Off limits, São Paulo, SP: Edições Loyola, 1998.


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