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Voar com vento forte é uma situação bem desconfortável que demanda bastante
conhecimento e cuidado do piloto, pergunte-se se a condição que se apresenta está dentro
dos padrões de segurança e se realmente é necessário e seguro realizar o voo.
O vento altera de forma significativa a organização e a deriva das térmicas, quanto maior a
intensidade do vento maior será o deslocamento horizontal das térmicas.
Isso exige do piloto um novo padrão de enroscada que lhe permita manter-se dentro da
térmica.
Nessa situação procure ficar o menor tempo possível com o vento de cauda, faça curvas de
forma mais rápida para evitar ultrapassar a térmica, a tendência natural nesse tipo de
situação é ultrapassá-la, ou seja, deixá-la para trás. Quando estiver no contravento tenha
paciência e aguarde até a sua vela reduzir a taxa de subida ou o vário indicar que já passou
pelo centro do termal, nesse momento se ao fazer a curva para o centro da térmica, perceber
que está novamente subindo na taxa máxima a curva deverá ser feita de forma lenta e
gradual, até atingir o vento de cauda e o ciclo estará completo.
Tenha em mente que, quanto maior a potência da térmica menos suscetível ao vento ela
será, ou seja, terá uma deriva menor. Passei por determinadas situações em que mesmo com
vento forte a térmica derivava muito pouco, isso pode ocorrer até a base da nuvem ou até
determinada altura onde a térmica tenha perdido parte de sua potência e a partir dai é
arrastada pelo vento. No segundo exemplo o piloto deverá estar bem concentrado e com toda
a térmica bem definida mentalmente, desta forma terá condições de reagir a esse fenômeno.
Os ventos são formados por uma combinação de vários fatores e quanto mais
compreendermos sobre a sua formação mais conscientes da condição estaremos, desta forma
listei alguns ventos que são apresentados a seguir.
Ventos alísios
Na configuração global da circulação atmosférica, a zona equatorial é uma região de
convergência dos ventos de nordeste, do hemisfério norte, e de sudeste, do hemisfério sul.
São ventos de natureza fraca, porém conduzem grande quantidade de umidade do oceano
para o continente, ao longo da circunferência equatorial. Conseqüentemente, grande
quantidade de precipitação ocorrem nessas áreas, durante os meses mais quentes do ano.
O grande cinturão equatorial de nuvens que envolve a Amazônia, conhecido por “Zona de
Convergência Intertropical ” é, como se sabe, resultante da ação dos ventos alísios.
Pela manhã, a diferença de temperatura entre a terra e o mar é pequena, resultando num
fluxo praticamente nulo. À medida que o calor se intensifica, as pressões sobre o solo
começam a diminuir. Em conseqüência, a força do gradiente de pressão determina o
escoamento das partículas de ar no sentido mar/continente. Por continuidade, fecha-se numa
célula de circulação, caracterizando um escoamento contrário, no sentido continente/mar,
em níveis pouco acima.
À tarde, quando a terra se resfria e desaparece o contraste térmico, a brisa cessa. À noite,
em razão da maior taxa de resfriamento continental em relação ao oceano, inicia-se a
formação de um novo contraste de temperatura, agora permanecendo o mar mais aquecido
que o continente. O mecanismo inverte-se, ocorrendo a formação de uma nova célula de
circulação, em sentido oposto ao da primeira, em que o vento soprará do continente para o
mar nos níveis inferiores e, ao contrário, nos superiores. Dependendo dos recortes da costa e
da topografia, a brisa continental poderá ser mais ou menos intensa, ou mesmo
imperceptível. Os jangadeiros aproveitam a brisa terrestre para se lançarem ao mar pela
madrugada.
Vento ciclostrófico
É formado pela combinação das forças de gradiente e centrífuga. Trata-se de um escoamento
atmosférico curvo, em escala horizontal pequena, como nos tornados e redemoinhos, ou
mesmo em grande escala, porém muito veloz, como nos furacões, característicos das
latitudes tropicais, onde o efeito de Coriolis é desprezível. Os ventos são muito velozes,
aumentando o efeito centrífugo. É importante observar que a rotação preferencial dos
tornados e furacões, no HN, é anti-horária e, no HS, horária. Isso mostra que, embora Coriolis
seja desprezível durante a fase madura do fenômeno, sua atuação, no início do processo, é
relevante. No entanto, nos pequenos turbilhões que ocorrem na atmosfera, que é o nosso
caso, não se percebe rotação preferencial dominante e, como tais, podem girar em qualquer
sentido, independentemente do hemisfério. Claro está que, nesses fenômenos, Coriolis não
desempenha qualquer papel.