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Voando com o vento

23 julho 2012 // Artigos

A pressão atmosférica e as variações de temperatura causam dois tipos de movimento no ar:


correntes verticais (ascendente e descendente) e fluxo horizontal, este conhecido por
“vento”. Ventos transportam umidade e, consequentemente, contribuem para o
desenvolvimento de muitos fenômenos atmosféricos. Muitos fatores influenciam a direção e a
intensidade do vento, desta forma estude a micrometeorologia da região que deseja voar,
verifique os ventos predominantes e como se comportam.

Voar com vento forte é uma situação bem desconfortável que demanda bastante
conhecimento e cuidado do piloto, pergunte-se se a condição que se apresenta está dentro
dos padrões de segurança e se realmente é necessário e seguro realizar o voo.
O vento altera de forma significativa a organização e a deriva das térmicas, quanto maior a
intensidade do vento maior será o deslocamento horizontal das térmicas.

Isso exige do piloto um novo padrão de enroscada que lhe permita manter-se dentro da
térmica.

Nessa situação procure ficar o menor tempo possível com o vento de cauda, faça curvas de
forma mais rápida para evitar ultrapassar a térmica, a tendência natural nesse tipo de
situação é ultrapassá-la, ou seja, deixá-la para trás. Quando estiver no contravento tenha
paciência e aguarde até a sua vela reduzir a taxa de subida ou o vário indicar que já passou
pelo centro do termal, nesse momento se ao fazer a curva para o centro da térmica, perceber
que está novamente subindo na taxa máxima a curva deverá ser feita de forma lenta e
gradual, até atingir o vento de cauda e o ciclo estará completo.

Tenha em mente que, quanto maior a potência da térmica menos suscetível ao vento ela
será, ou seja, terá uma deriva menor. Passei por determinadas situações em que mesmo com
vento forte a térmica derivava muito pouco, isso pode ocorrer até a base da nuvem ou até
determinada altura onde a térmica tenha perdido parte de sua potência e a partir dai é
arrastada pelo vento. No segundo exemplo o piloto deverá estar bem concentrado e com toda
a térmica bem definida mentalmente, desta forma terá condições de reagir a esse fenômeno.

Os ventos são formados por uma combinação de vários fatores e quanto mais
compreendermos sobre a sua formação mais conscientes da condição estaremos, desta forma
listei alguns ventos que são apresentados a seguir.

Ventos alísios
Na configuração global da circulação atmosférica, a zona equatorial é uma região de
convergência dos ventos de nordeste, do hemisfério norte, e de sudeste, do hemisfério sul.
São ventos de natureza fraca, porém conduzem grande quantidade de umidade do oceano
para o continente, ao longo da circunferência equatorial. Conseqüentemente, grande
quantidade de precipitação ocorrem nessas áreas, durante os meses mais quentes do ano.

O grande cinturão equatorial de nuvens que envolve a Amazônia, conhecido por “Zona de
Convergência Intertropical ” é, como se sabe, resultante da ação dos ventos alísios.

Brisas do mar e da terra


Freqüentemente se observam em dias quentes, os ventos que sopram, cruzando a linha do
litoral. Durante o dia, a partir das 10:00 horas, aproximadamente, o vento sopra do mar para
a terra e, em sentido contrário, durante a noite. Em geral, esses ventos ocorrem em uma
camada atmosférica pouco profunda, próximo à superfície. Em condições de topografia
favorável, tais brisas podem associar-se a outros mecanismos de circulação, resultando em
modificações substanciais do tempo.

Pela manhã, a diferença de temperatura entre a terra e o mar é pequena, resultando num
fluxo praticamente nulo. À medida que o calor se intensifica, as pressões sobre o solo
começam a diminuir. Em conseqüência, a força do gradiente de pressão determina o
escoamento das partículas de ar no sentido mar/continente. Por continuidade, fecha-se numa
célula de circulação, caracterizando um escoamento contrário, no sentido continente/mar,
em níveis pouco acima.

À tarde, quando a terra se resfria e desaparece o contraste térmico, a brisa cessa. À noite,
em razão da maior taxa de resfriamento continental em relação ao oceano, inicia-se a
formação de um novo contraste de temperatura, agora permanecendo o mar mais aquecido
que o continente. O mecanismo inverte-se, ocorrendo a formação de uma nova célula de
circulação, em sentido oposto ao da primeira, em que o vento soprará do continente para o
mar nos níveis inferiores e, ao contrário, nos superiores. Dependendo dos recortes da costa e
da topografia, a brisa continental poderá ser mais ou menos intensa, ou mesmo
imperceptível. Os jangadeiros aproveitam a brisa terrestre para se lançarem ao mar pela
madrugada.

Ventos de montanha e de vale


Durante as horas de incidência dos raios solares, as encostas de uma montanha e o ar em
contato com elas se aquecem mais rapidamente que o ar localizado nas camadas mais
afastadas da superfície. Esse aquecimento maior estabelece uma circulação análoga à brisa
do mar. O ar desloca-se encosta acima, durante o dia e encosta abaixo, à noite. Caso o
terreno possua configuração tal que existam vales convergentes, o ar poderá canalizar-se,
resultando em ventos de vale, mais fortes que os de montanha. Como no caso das brisas do
mar/continente, os ventos de montanha/vale estão sobrepostos ao regime geral dos ventos.
Em dias de calmaria, os ventos de montanha e de vale podem-se manifestar pela presença de
nuvens que se formam sobre as montanhas, durante o dia e se dissolvem à noite.

Vento ciclostrófico
É formado pela combinação das forças de gradiente e centrífuga. Trata-se de um escoamento
atmosférico curvo, em escala horizontal pequena, como nos tornados e redemoinhos, ou
mesmo em grande escala, porém muito veloz, como nos furacões, característicos das
latitudes tropicais, onde o efeito de Coriolis é desprezível. Os ventos são muito velozes,
aumentando o efeito centrífugo. É importante observar que a rotação preferencial dos
tornados e furacões, no HN, é anti-horária e, no HS, horária. Isso mostra que, embora Coriolis
seja desprezível durante a fase madura do fenômeno, sua atuação, no início do processo, é
relevante. No entanto, nos pequenos turbilhões que ocorrem na atmosfera, que é o nosso
caso, não se percebe rotação preferencial dominante e, como tais, podem girar em qualquer
sentido, independentemente do hemisfério. Claro está que, nesses fenômenos, Coriolis não
desempenha qualquer papel.

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