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Público – relativo ao povo, que é de todos, comum; que serve para todos; povo em geral;
auditório.
Fisco = Latim = fiscu (cesta para dinheiro) – fazenda pública erário; parte da administração
pública encarregada de cobrança dos impostos.
Fiscalidade – designação dada, em geral, ao conjunto dos impostos em vigor num determinado
espaço.
Alfandega = repartição pública onde se os direitos sobre as mercadorias que entram e saem do
Pais.
Produção
Distribuição
Consumo
Relação entre Finanças e Estado – trata-se de uma coisa pública. O estado para realizar a sua
actividade, carece de dinheiro para pagamento de despesas nas áreas, por exemplo: Saúde,
Educação, segurança, justiça… etc – assim aparece finanças públicas.
Finança pública – é a aquisição e utilização de meios financeiros pelas actividades públicas que
incluem o ESTADO, AS AUTARQUIAS e entidades para estaduais.
O Estado, as Autarquias e outras entidades para estaduais tendem afectar bens e esses bens são
para satisfazer as necessidades do povo.
Finança privada – é diferente da finança pública por exemplo: finanças privadas = empresas
privadas) – sobrevive pelo **** da sua produção.
1.2 – Direito Financeiro – é o conjunto de normas jurídicas que regulam a actividade económica
do Estado ou outro ente público com vista à afectação de bens que regulam a obtenção, a
gestação e o dispêndio dos meios financeiros públicos, ou ainda, o ramo do Direito que
disciplina juridicamente a actividade financeira do estado. (Teixeira Ribeiro e José Joaquim -
lições de finanças publicas﴿.
O Direito Financeiro regula, pois, mediante um regime próprio ou parte (porque não é único,
existem outros Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Comum) da actividade
financeira do Estado. Parte porque …
- Aquisição dos meios económicos que assegurem a satisfação das necessidades publicas.
1.4 – Receitas púbicas – são todos os meios económicos obtidos pelo Estado e depois usados
para a satisfação das necessidades públicas .
CONCEITO DE RECEITA
1 – Receitas patrimoniais – que provem do rendimento do património que o Estado dispõe. Aqui
encontramos os preços, quando deriva de comercialização dos bens patrimoniais.
Temos receitas patrimoniais do domínio privado - quando as receitas provem do rendimento dos
particulares. Ex: lucros, rendas, juros, etc.
- Receitas do domínio público – sujeitam ao regime de propriedade pública.
Nestes casos, os entes públicos cobram determinados valores a título de sanções pecuniárias
cominadas para certas condutas ilícitas ou mesmos valores compensatórios por razões de mora.
5 – Emissão de moeda – é também uma forma de receita para fazer faces despesas.
Ex: as próprias taxas que se pagam nas escolas públicas, principalmente nas faculdades;
impostos sobre rendimento de pessoas singulares que os trabalhadores das empresas pagam.
(verdadeiro imposto).
A actividade financeira do estado é uma actividade social, e sendo assim, subordina ao Direito
no sentido de disciplina, essa mesma actividade, bem como reger de regras jurídicas próprias.
Actividade financeira relativa ao património privado dos entes públicos, subordina-se ao Direito
privado. Ex: arrendamento de bens do Estado ou património do Estado – as regras jurídicas ou
Direito é chamado para regular ou disciplinar essa actividade.
O Direito Financeiro, tal como qualquer ramo do Direito, caracteriza-se por ter uma função
própria de que decorrem conteúdo e normativos próprios e regimes específicos, autónomos,
coerentes, axiologia e normativamente unidos, e por ter instituições e vida própria. (Armindo
Monteiro).
Estas características delimitam-no como um ramo de Direito com uma relativa e convencional
autonomia.
A autonomia que é defendida é legislativa didáctica e cientifica, assim, não havendo divida que o
Direito Financeiro cifra-se na existência de Leis próprias e de um sistema próprio de fontes,
constitui em muitas escolas uma disciplina especifica no plano curricular dos estudos.
O direito financeiro aceita normas subsidiárias de tratamento das matérias, desde que não haja
confronto com os princípios próprios deste direito.
2 – DIREITO FISCAL
2.1 – NOÇÃO DO DIREITO FISCAL
Os termos da relação jurídica – fiscal são por um lado o Estado como sujeito activo ou credor do
imposto e, por outro, ou o passivo ou devedor do mesmo imposto.
Relação jurídico-Fiscal
Cidadão – sujeito
Direito tributário – é mais abrangente incluindo as taxas e outras categorias de receitas públicas.
O Direito Fiscal estuda o direito relativo apenas as receitas coactivas, enquanto o Direito
Tributário vai-se tratar de receitas coactivas (imposto), e vai mais além, incluindo as taxas e
outras categorias dos impostos, razão pela qual os dois direitos são sinónimos (usualmente).
Exemplo do Direito aduaneiro; vai mais além até ao contencioso fiscal, aduaneiro (impostos
alfandegários) questões de entrada e saída de mercadorias quase paga ao Estado); as coimas, etc,
portanto, tudo isso trata-se no Direito Tributário.
FASES
Incidência – sobre o qual recai o imposto. Ex: IRPC incide sobre pessoa colectiva; IRPS-* incide
sobre pessoa singular.
Lançamento – registo, quando se determinam as pessoas que vão pagar – refere-se actividade
administrativo ou da administração.
Direito Fiscal é a disciplina jurídica dos impostos, apesar da sua dicotomia, pois, ele é o Direito
Público. Mesmo no uso de critérios: - Critério de interesse – o imposto é emanado pelo Estado
e visa para satisfazer as necessidades colectivas, bem como, critério de posição, o estado actua
com Jus Imperu, portanto, o Direito Fiscal é o Direito Público na medida em que, um dos
sujeitos da relação – Estado esta no plano superior ao lado do outro sujeito que é o cidadão. O
Estado goza de benefício de execução prévia.
Sem esforço de rigor histórico e científico, são quatro períodos da evolução do Direito Fiscal e
cada qual em suas características próprias.
1º Período – até ao renascimento – a exigência dos tributos era resultado da vontade das
necessidades e da força de costume local, que se podia exercer sobre os súbditos (vassalos,
subordinados, dependente).
2º Período – período da época clássica. A contribuição dos cidadãos para a satisfação das
necessidades públicas, era feita através do imposto que era cobrado de acordo com regras
definidas e estruturas.
4º Período – Período contemporâneo – o imposto passa a ser uma arma para os objectivos
financeiros, Políticos, económicos e sociais, e se torna ainda uma alavanca do desenvolvimento
económico-social.
Os Fiscalistas defendem a ideia de autonomia do Direito Fiscal, argumentando que este tende a
organizar-se segundo princípios e regras próprias, como por a natureza das regras de incidência,
liquidação, lançamento e cobrança dos impostos, bem como o relevo especial dos princípios da
legalidade e da igualdade.
Oliveira Salazar diz que, o Direito Fiscal é o Direito autónomo com uma formação própria, com
princípios especiais que dominam o seu desenvolvimento, e não é preciso lançar as mãos dos
princípios estranhos senão quando nesse ramo a parte do Direito os não encontramos provas.
Os juristas moçambicanos apoiam a ideia dos fiscalistas embora, a matéria do Direito Fiscal
esteja em constante modificação e mexe vários ramos do conhecimento, e que precisa sempre
actualização dos juristas.
O Direito Fiscal é um ramo de Direito que para atingir os seus propósitos, incorpora e modifica
na sua passagem princípios e conceitos jurídicos já elaborados.
O que acontece é que o objectivo e os interesses titulados por Direito Fiscal são de superior
interesse público, e através das suas normas se procura fazer uma redistribuição da riqueza nos
moldes em que, teoricamente deve servir a boa justiça social.
Ex: código do imposto fala que rendimento de 1rps remuneração em espécies e rendimento do
trabalho lembre-se – esses conceitos fogem da Lei do trabalho.
Embora autónomo, O Direito Fiscal não é uma disciplina estanque, portanto, na enciclopédia
jurídica se encontra dependente e ligada com outros ramos de Direitos, que são:
DIREITO FISCAL E O DIREITO CONSTITUCIONAL
Ainda que se reconheça autonomia desses dois ramos do Direito, as relações entre si são bem
íntimas.
Outras vezes, conceitos com um sentido próprio em direito privado são utilizados pelo direito
fiscal noutro sentido. É o caso privado são utilizados pelo Direito Fiscal noutro sentido.
Ex: quer no Direito Fiscal bem como no Direito Privado usa-se conceito Transmissão ( da
propriedade), de prédio, proprietário, comércio, compra e venda, doação, pessoa colectiva,
sociedade civil, sociedade comercial, etc;
O Direito Fiscal, algumas das vezes, acolhe conceitos do Direito Privado, com sentido técnico
jurídico que às possuem.
O Direito Fiscal é o Direito Financeiro especial, exactamente porque tem princípios próprios e
distintos dos que tem o Direito Financeiro e que determinam a autonomia, já suficientemente
defendida.
A integração da economia numa zona mais vasta do que o território nacional, tem também
incidência no campo fiscal.
Esta circunstância levou ao estabelecimento de relações jurídicas entre os estados, para evitar
que a mesma situação seja tributada em mais de um deles ou em nenhuma.
O governo de Moçambique tem vindo a celebrar com diversos países, convenções, acordos para
evitar esses fenómenos de dupla tributação e evasão fiscal ou fiscal internacional.
Dupla tributação – isto acontece no ponto de vista referente da carga fiscal. Este fenómeno existe
sempre que os impostos de dois ou vários Países se sobrepõem de tal maneira que a pessoa
tributável em mais de um país tenha de supostos uma carga fiscal mais elevada do que aquela a
que estaria sujeito apenas a uma jurisdição fiscal.
Há também dupla tributação quando um mesmo rendimento é tributado em mais de que um pais.
Para evitar a situação de dupla tributação é necessários acordos entre países. Esses acordos
evitam resolvem os conflitos internacionais entre os sistemas jurídicos tributários internos de
cada pais com os de outros países.
O não cumprimento das obrigações fiscais está sujeito a sanções. Em todos os códigos de
impostos existem um capitulo relatório as personalidades no qual se estabelecem as respectivas
punições e as regras de procedimento. Algumas sanções são de carácter pecuniária; outras são de
âmbito criminal com pena de prisão, conforme a reforma fiscal introduzida pela Lei 15/2002 de
Junho.
O direito fiscal prevê um conjunto de normas sancionatórias cuja previsão é a violação de
normas de conduta fiscal e a estatuição de sanções para os prevaricadores, tais como, juro,
coima, multas, ou ate prisão.
O governo prevê a punição com pena de prisão de 2 a 8 anos no caso de reincidência com dolo.
Também são previstos a punição nas situações de simulação em prejuízo de Fazenda Nacional,
Viação, falsificação, ocultação, destruição, descaminho ou inutilização de contabilidade … as
sanções podem ser punitivas, administrativas ou criminais.
2.1 – Função de garantia – no sentido de que só pode ser tributável aquele que tem capacidade
tributaria.
2.1 – Função da solidariedade – na medida em que todos os que tenham capacidade tributaria
deve pagar os impostos, na medida que dispõem dessa mesma capacidade. Ex: os que hoje tem
capacidade tributária, amanha ****** não as ter e os que não tem hoje amanhã os terão.
O sistema fiscal para além de contribuir para a satisfação das necessidades financeiras do Estado
deve ainda atender a justa repartição de rendimento e riqueza e a diminuição da desigualdade
social.
6 – Princípios de dignidade – segundo o qual, a equidade deve estar presente na solução de casos
concretos e nos casos limitados, em qual a lei confere a administração fiscal uma certa margem
de livre apreciação na determinação da matéria colectável.
7 – Princípio da protecção de boa fé – de acordo com este, nos casos depois de certas margens,
deve entender-se que a administração esta vinculada normativamente a agir dentro dos limites de
boa fé e deve ser igualmente, tendo em conta dos contribuintes.
10 – Princípios de indubio pró-fisco – em caso de divida pode-se beneficiar a favor ao fisco. Este
princípio não se aplica no Direito Fiscal moçambicano.
11 – Princípios um dúbio pró contribuinte – segundo o qual em caso de duvida deve beneficiar
ao contribuinte.
Importa, porem, que se domine a conceito de fonte uma vez que o seu sentido não é único.
A expressão “fonte de direito”, numa acepção técnico - jurídico formal, refere-se aos modos de
formação e revelação das regras jurídicas, ou seja, as formas do seu aparecimento e
manifestação.
a) A Lei – norma jurídica criada e importa por uma autoridade com poder para o fazer
(poder legislativo), Lei no sentido restrito.
b) Costume – norma jurídica resultante da prática repetida e habitual de uma conduta
encarada como obrigatória.
c) A Jurisprudência – orientações que, em matéria de determinação e aplicação da lei,
decorrem da actividade práctica da aplicação do direito pelos órgãos da sociedade para tal
encarregados (os tribunais)
d) A Doutrina – actividade de estudo teórico ou dogmática do direito.
Costume
Doutrina
É sagrado em Direito e também aplica-se em Direito Fiscal, que uma norma de posição
hierárquica superior prevalece sobre as de nível inferior, em caso de incompatibilidade.
4.5 – Regulamento
6 – INTERPRETAÇÃO DA LEI
a) “in dúbio contra fiscum” – principio de que o interprete, quando não lograsse alcançar o
sentido exacto das normas, deveria, na divida, optar pela solução que fosse favorável ao
contribuinte ( na duvida contra o fisco) – este principio é afastado devido o principio da
igualdade que constitui uma garantia do contribuinte.
b) “in dúbio pró fisco” ( na duvida deve decidir-se a favor do fisco) – baseia-se na ideia de
que os interesses colectivos de obtenção de receitas para a satisfação das necessidades
publicas se deviam sobrepor aos interesses individuais. Este principio não reúne
consenso, porque prejudica o Cidadão.
c) Interpretação literal – as normas fiscais devem interpretar-se de acordo com o sentido
estrito das palavras da lei, não sendo permitida a interpretação extensiva e analógica
porque a Direito fiscal não tem uma estrutura lógica interna forte e consequentemente
pode-se prejudicar o cidadão contribuinte.
d) Interpretação funcional – o sentido exacto e alcance da norma fiscal só se aprende se se
estiver presente os diversos aspectos do fenómeno Tributário: o Politico, o económico e o
jurídico e o técnico.
Deve ter uma cautela no uso deste critério, para não cair na situação não previsto no espírito da
lei.
Deve ser uma posição assente a de que o Direito Fiscal não pode ser limitativa das liberdades. A
interpretação da Lei Fiscal é fundado ou tem fundamento nas preocupações da ordem pragmática
contra facilitação a fuga ao fisco e defendendo a defesa dos contribuintes.
Ex: as normas de incidência, liquidação, cobrança e contencioso (quando respeitem garantias dos
contribuintes são dominadas pelo principio da legalidade.
a) Indubio contra fiscum – em caso de dúvida a norma fiscal deve ser interpretado no
sentido que beneficie o contribuinte. O mesmo dizer contra o fisco. Ex: artigo 1 do artigo
do imposto sobre o rendimento. No sentido de que “todos os cidadãos são obrigados a
contribuir para os encargos públicos, conforme os seus haveres” -+ princípios tributário
basilar, bem como é da justiça social.
b) Indubio profisco – havendo divida na interpretação da norma, deve ser adoptado
entendimento mais favoráveis ao fisco. O poder não se exerce arbitrariamente, nem
violentamente, em benéfico de única pessoa ou grupo social. Portanto, o imposto é mais
consentido, através de votos dos deputados, tomarem em consideração o interesse igual
do Estado e pelo fisco.
6.1 – Autentica ou legislativa – quando feita pelo próprio legislador, através de normas de nível
hierárquico igual ou superior ao da norma interpretada. Tem sempre um valor vinculativo.
A interpretação autêntica é aquela que é feita por fonte não hierarquicamente inferior a fonte
interpretada. A interpretação autêntica não é necessariamente feita por lei interpretativa.
Com valor vinculativo nos casos em análise, não obstante possa fazer “escolha”. Esta
interpretação é feita pelos Tribunais num dado processo.
6.3 – Interpretação doutrinária – não tem nenhum valor vinculativo. É uma interpretação feita
pelos juristas ou por qualquer pessoa particular, não necessariamente qualificada. É a mais
estudada.
6.4 – Interpretação literal – é o exame do texto da norma que conduz ao sentido textual que
decorre da análise sintáxica ou gramatical e sempre é usado em sentido técnico tributário e não
comum ou geral do Direito.
6.5 – Interpretação racional ou lógica – como a interpretação não deve cingir-se à letra da lei,
para além do sentido textual consagrado pela análise do elemento literal, o intérprete haverá que
determinar o espírito da lei.
7 – INTEGRAÇÃO DE LACUNAS
Quando a lei não regula directamente a situação em análise, poderá aplicar-se-lhe a disciplina de
casos análogos. Na falta de caso análogo, a situação será resolvida segundo a norma que o
próprio intérprete criaria se houvesse de legislador dentro do espírito do sistema.
7.1 – Pelo recurso a analogia no domínio do imposto a analogia não pode ser aplicado, porque
esta matéria é exclusiva do legislador e não do intérprete, mas para o lançamento, cobrança. etc,
pode-se aplicar a analogia.
É neste sentido que vai a LBST, artigos 5, Nº 6 que determina as normas que fixam a incidência,
as isenções e as taxas não são susceptíveis de interpretação extensiva e analógica.
Resumo: na interpretação da lei fiscal, há que ter presente os princípios jurídicos inerentes à
constituição material do Estado de Direito, os princípios gerais do Direito Fiscal, e que é
proibida a integração analógica, nas normas abrangidas na reserva da lei de Assembleia da
República (artigo 5 nº 5 da lei B.S.T. LBST). Pode dizer-se que as leis fiscais interpretam-se
como quaisquer outras leis, não havendo preconceitos ou princípios pré – ordenados que levam o
labor interpretativo a destruir o princípio da legalidade.
Inicio da lei – quando a lei é publicado BR, artigo 5 nº 1 do CC; vocatio legis – regras do CC.
2.1 – Caducidade – caducam as Leis Fiscais cujo prazo da vigência tenha expirado ou quando
os pressupostos da sua aplicação desapareçam.
2.2 – Revogação – quando um instrumento normativo do valor hierárquico igual ou supeior
afasta o que esta ate então em vigor.
Expressa
Tácita
Revogação Global
Total ou arrogação
Parcial ou derrogação
3 – Suspensão – a eficácia duma lei ou norma não é afectada pela sua suspensão. Apenas
determina a não aplicação por algum tempo. A lei suspensa existe, mas não esta activa.
II
9 - INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DO IMPOSTO.
Imposto – é uma prestação coactiva, pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem
carácter de sanção, a favor do Estado, para realização de fins públicos (Ibraimo ibraimo).
Imposto – é uma prestação coactiva patrimonial, positiva, definitiva, não sinalagmática, sem
carácter de sanção, estabelecida por lei, a favor de uma entidade pública ou conjunções publica,
parar a satisfação das necessidades públicas e redistribuição de riqueza, independente de
qualquer vinculo anterior. (Teodoro Andrade Waty).
9.3.1 Objectivo Fiscal – obtenção de receitas públicas para satisfazer as necessidades financeiras
do estado.
(Ex: tabaco; o jogo, certas bebidas etc; proteger industrias nacionais (estabelecendo Direitos
aduaneiros protectores durante um certo período); incentivar a poupança e o investimento,
através de desagravamentos fiscais.
9.4 – DISTINÇÃO DO IMPOSTO DE OUTRAS FIGURAS A FINS.
Essas figuras afins são por exemplo: Taxas sanções patrimoniais, empréstimo publico forcado,
tributos parafiscais e mais.
A diferente fundamental entre o imposto e a taxa rescinde no facto de imposto ser uma
prestação unilateral, o imposto só pode ser criado por Lei da Assembleia da República.
Taxa – ser uma prestação bilateral ou sinalagmática, isto é, com uma contraprestação
específica, individual, imediata e directa (prestação de serviço). As taxas resultam de uma
prestação concreta de um serviço público.
Ex: taxa de justiça; propinas, licenças, emolumentos, portagens, taxas camarárias por
ocupação de via publica ou estacionamento.
NB: as vezes algumas taxas são designadas por imposto. Ex: taxa militar e alguns impostos
designado por taxas. Ex: impostos da justiça.
Há vários outros nomes que não exactamente impostos, como por exemplo: preço, tarifa,
requisições, expropriação, confisco etc.
- IRPC
- IRPS
- IVA
- Imposto de consumo de produtos específicos
Impostos directos – são aqueles que incidem sobre a matéria ***** (rendimento ou
património) possuída ou obtida. Ex: IRPC, SISA.
Impostos indirectos – são aqueles que incidem sobre o património ou rendimento utilizado
em consumo ou em transferência de riqueza.
Ex: IVA, IRPS, Imposto sobre o consumo e alguns impostos sobre o rendimento – a
contribuição industrial, contribuição predial.
b) Critérios jurídicos
Imposto indirecto – quando não for possível a determinação dos contribuintes e sem as
respectivas normas. Ex: IVA, imposto de selo, imposto de mais valias.
Impostos principais – quando existe por si, enquanto impostos acessórios – quando a sua
existência, ou a de alguns dos seus elementos dependa da previa existência de outros impostos.
Impostos e obrigação única – incidem sobre os factos ocasionais que não se repetem com
regularidade. Ex: siga – transmissões de prédios ou outros bens a título oneroso não se repete
com frequências.
Impostos periódicos – incidem sobre factos que se renovam com certa permanência,
normalmente um ano. Ex: IRT – impostos sobre o rendimento do trabalho, já que a situação do
proprietário de um prédio ou de trabalhador se presume continua.
- Imposto degressivo – quando baixa a taxa do imposto na medida em que aumenta a matéria
colectável.
III
10 - RELAÇÃO JURÍDICA FISCAL E OBRIGAÇÃO FISCAL
O conceito da relação jurídica fiscal é mais complexo e mais vasto, portanto inclui, para alem da
obrigação fiscal do contribuinte, todas as relações que aquela obrigação central da origem,
directa ou indirecta (declarações de prestar declaração, de não praticar actos, e que obrigam não
só o próprio contribuinte, mas também outras pessoas de algum modo ligadas aos pressupostos
de factos da contribuição.
Obrigação fiscal – é o vínculo que nasce entre o estado e o particular obrigado ao imposto,
verificados que sejam os pressupostos de facto que integram o “tipo” tributário abstracto descrito
na lei.
O vínculo obrigacional é aquele que se desenvolve entre o contribuinte e o fisco e cujo objecto é
a prestação do imposto.
Resumo: pode-se dizer que a relação jurídica fiscal compreende a obrigação do imposto e as
obrigações ou deveres, tributários ou fiscais, acessórios.
Pressuposto da relação jurídica correspondem aquele conjunto de condições de que a lei faz
depender o nascimento da relação jurídica fiscal.
Os pressupostos podem ser classificadas quanto a sua natureza e quanto ao seu âmbito.
- Genéricos – aqueles que são comuns todas as relações de imposto, como personalidade,
capacidade jurídica fiscal (pressupostos, objectivo).
- Específicos – dizem respeito apenas a determinado ou determinados tipos de imposto.
Quanto a estrutura essas obrigações não se deferem no que diz respeito ao regime jurídico é
diferente.
Obrigações Civil – há vontade das partes, a obrigação do imposto é uma obrigação, isto é,
depende exclusivamente da lei ( ex legi):
- O sujeito activo pode dispor do seu crédito, pode renunciar a ele, enquanto a obrigação fiscal é
indisponível e é irrenunciável e tem o seu regime específico de garantias.
A contribuição do imposto deriva da lei, ou da lei que cria o imposto segundo o critério da
justiça social (artigo 100 da CRM)
Qual é o momento?
- Diz que a obrigação do imposto nasce nos momentos da ocorrência do seu facto gerador.
Quando o contribuinte e notificado. → mais preferível.
O estado criou seus aparelhos administrativos que se encontram no Ministério das Finanças
principalmente na Direcção Nacional do Imposto e Auditoria, no sentido de fazer o lançamento,
liquidação e cobrança dos impostos.
b) Sujeito passivo – é o devedor do imposto, é a pessoa que pode ser exigido o cumprimento
da prestação fiscal/tributário.
Há várias figuras que aqui se encontram, como por exemplo: substituir ******* (pagamento do
imposto por substituto); responsabilidade dos verdadeiros, ( ***** fiscal). Ex: 2071 do CC+ 11
do LB e 21 da LB.
d) Facto jurídico
e) Garantia – artigo 17 da LB
IV
PROCESSO ADMINISTRATIVO DO IMPOSTO
Fases da vida do imposto – são vários momentos da vida do imposto, conforme os casos.
INCIDÊNCIA – o imposto nasce quando surge uma norma legal que confere ao Estado a
posição do credor do imposto e ao cidadão a situação de devedor do imposto e tudo compete a
lei.
A incidência é feita pela lei dos actos ou situações sujeitas a imposto e das pessoas sobre as quais
recai o dever de o prestar.
Sempre haverá imposto quando se mostrem reunidos todos os pressupostos de incidência referida
na lei.
Pode acontecer as vezes que estado reunidos os pressupostos da incidência, a própria lei
determine que determinados sujeitos ou certa matéria colectável não seja colectável, por
exemplo: isenção fiscal – artigo 59 da LB – excepções à regras e na isenção pode ser total ou
parcial.
Há dois momentos:
1 – A identificação do contribuinte que se pode fazer com base na declaração do próprio
*que é a forma mais frequentes, por indicação de serviços públicos, etc.
2 – A fixação da matéria colectável, que pode ser feita também com base na declaração
do contribuinte ou por fixação directa pela administração fiscal; por fixação feita por
comissões específicas estabelecidas na lei e as vezes por acordos.
Em regra, a liquidação é feita nos impostos directos pela administração fiscal e nos impostos
indirectos pelos contribuintes.
A liquidação está sujeito a caducidade. Ocorrido o facto gerador do imposto, ela só pode ter
lugar dentro de um prazo de cinco (5) anos. Para o caso do imposto sucessório dentro de um
prazo de vinte anos (20). Esses prazos não são de prescrição, mas a caducidade, como se
acentuou.
OS SITEMAS FISCAIS
Sistema fiscal – é o conjunto coerente de instituições, de regras, de práticas fiscais que fazem
parte do universo social, económico e mesmo psicológico.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FISCAIS
Critérios externos – encontramos a carga fiscal e a natureza dos impostos cobrados. Este critério
é tão inconveniente por falta de poder explicativo.
Assim, o sistema fiscal está condicionado pelos sistemas económicos, pelos regimes económicos
e pelas estruturas económicas.
Sistema económico – é o conjunto concreto de instituições jurídicas e sociais no seio dos quais
se utilizam certos meios técnicos organizados em função de certos objectivos dominantes, tendo
em vista assegurar o equilíbrio económico. Qualquer sistema económico caracteriza-se por três
elementos: espírito, substancia forma e …
Regimes económicos – são conjuntos de princípios de regem actividades económicas, tais como
referentes ao regime dos bens e ao regime das pessoas.
Vamos analisar vários sistemas e subsistemas tributários e as várias económicas dos Países.
Admite a propriedade privada dos meios de produção, a qual pode ser transmitida por herança e
é o mercado que determina o preço dos factores e dos bens da produção.
- Harmonia do IVA
1.3 – Tributação de capital – mais elevado com objectivo de relançar a economia ou promover a
desinflacao.
A propriedade dos meios de produção está nas mãos do Estado. O imposto não tem razão de
existir, pois todas actividades são públicas e os preços fixados pelo poder público.
Cada cidadão recebe em espécie, ou em moeda, uma parte do rendimento social liquido
determinada pela autoridade Central; as unidades de produção pertence ao Estado e administrada
pelos funcionários públicos (empregados e operários) e devem entregar receita ao Estado; o
Estado **** as receitas e todas as despesas.
Estes países tem em comum, sob ponto de vista económico, a sua pobreza, e do ponto de
vista social em fonte desigualdade entre pobres e ricos.
Os sistemas fiscais são de fraco rendimento, mal equilibrados, excesso de fiscalidade externa
(receitas procedentes do comercio externo), direito aduaneiro dificentes, impostos sobre as
importações e exportações, frequentes e com serviços desorganizados, taxas fiscais
inadequadas (resultado da colonização) e politica fiscal não adaptada ao desenvolvimento,
falta de quadros experientes na área fiscal, dificuldade de cobrança, e vazão fiscal, etc. a
corrupção as vezes agrava a situação.
a) Equidade vertical – significa que o S.T minimiza a carga sobre os pobres, enquanto que
cobra maiores pagamentos daqueles que tem maior capacidade para pagar.
b) Equidade horizontal – implica que, contribuintes com capacidade similares de
pagamentos são tratados imparcialmente e enfrentam as mesmas obrigações fiscais.
IV
II PARTE
Introdução:
Para estudo do sistema fiscal moçambicano pode ser identificado os seguintes períodos:
a) Período primitivo – termina em 1865
b) Período colonial – termina em 1975
c) Período actual – de 1975
Imposto que eram pagos pelos subsídios aos seus chefes, os mambos ou hosê – vassalagem.
-oligarquia – os povos pagam imposto ao dono da Terra – organização fiscal – os regidos que
colhia os impostos.
O prazeiro (XVI) passa pelo seu território tinha que pagar imposto.
NB – o período primitivo o imposto era em espécie e por escravos e mais tarde passa a
monetário.
Mussoko, imposto de palhota – ganham novos impostos com várias categorias. A situação
geográfica de Moçambique, deu grande vantagem aos portugueses em relação aqueles que
queriam entrar ao interior de Moçambique.
Conselho de marfim
Conselho de escravos
As campanhas de Moçambique
São raros documentos para tal, mas pode-se fazer retrospectiva histórica do sistema tribumatrio
moçambicano a partir da independência nacional.
Era um sistemas tributário ligado ao orçamento do Pais; era um sistema tributário com legislação
fiscal complexa e assente no principio da justiça fiscal e social e tributação pesada.
Conjunto das receitas dos impostos equilibravam o orçamento corrente e incida sobre o
rendimento do trabalho. Está visível no orçamento de 1974-114.937.884.734 // 90
- Papel selado;
- Estambilha;
- Selo de verba;
- Selo essencial.
De acordo com a Lei base, o Sistema tributário de Moçambique classificam-se imposto directo
(IRPC e IRPS); impostos indirectos compostos sobre despesas – IVA (imposto sobre o valor
acrescentado; imposto de consumo de produtos específicos (ICE) e Direito aduaneiro.
- Outro grupo
- Imposto do selo
As sociedades comerciais
As empresas públicas
→ Rendimentos tributáveis:
- Imposto complementar
- Contribuição industrial
Sujeitos passivos
Incidência – pessoas singulares que residem em território moçambicano e não residindo tenha
rendimento em Moçambique; (a obrigação fiscal depende da residência ou não no território
moçambicano); os não residentes são tributáveis aos seus rendimentos → considera-se residente
a partir de 180 dias, e tenha habitação no pais; as pessoas que constituem agregado familiar e
aqui resida um dos cônjuges.
→ Dedução de colecta (natureza da dedução situação pessoal e familiar, dupla tributação ****;
→ Prazo de pagamento.
O imposto sobre veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos, matriculados ou registados
nos serviços competentes no território da Republica de Moçambique, ou independentemente, de
registo ou matriculado, logo que decorrido o prazo 180 dias + seis meses.
Os registos devem ser feitos nos serviços competentes de viação, de aviação civil, ou de marinha
mercante.
Caso esses bens ser furtados, extraviados ou inutilização de título, os proprietários
deverão comunicar as entidades competentes
NB – um código da Entrada.