Sei sulla pagina 1di 19

Na filosofia moral , a ética deontológica ou a deontologia (do grego δένν , deon , "obrigação,

dever" [1] ) é a posição ética normativa que julga a moral de uma ação baseada em regras. [ citação
necessária ]

A deontologia é o estudo daquilo que é uma "obrigação ou dever", e conseqüente julgamento moral
sobre o ator sobre se ele ou ela cumpriu Na filosofia e religião, afirma Bocheński, há uma distinção
importante entre a autoridade deontica e epistêmica . ] Um exemplo típico de autoridade epistêmica,
explica Anna Brożek , é "a relação de um professor com seus alunos, um exemplo típico de autoridade
deontica é a relação entre um empregador e seu empregado". [7]Um professor tem autoridade
epistêmica ao fazer frases declarativas que o aluno presume é um conhecimento confiável e
apropriado, mas não sente nenhuma obrigação de aceitar ou obedecer; em contrapartida, um
empregador tem autoridade deontica no ato de emitir um pedido que o empregado é obrigado a
aceitar e obedecer independentemente da sua confiabilidade ou adequação

Kantianismo

Immanuel Kant

Artigo principal: ética kantiana


A teoria da ética de Immanuel Kant é considerada deontológica por várias razões diferentes. Em
primeiro lugar, Kant argumenta que, para agir do jeito moralmente correto, as pessoas devem agir
do dever ( deon ) Em segundo lugar, Kant argumentou que não foram as consequências de ações
que as tornem corretas ou erradas, mas os motivos da pessoa que realiza a ação.
O argumento de Kant de que agir de maneira moralmente correta deve-se agir de maneira
puramente começada com um argumento de que o bem mais elevado deve ser bom em si e bom
sem qualificação. Algo é "bom em si" quando é intrinsecamente bom e "bom sem qualificação",
quando a adição dessa coisa nunca torna uma situação eticamente pior. Kant então argumenta que
aquelas coisas que normalmente são consideradas boas,
como inteligência , perseverança e prazer, não conseguem ser intrinsecamente bom ou bom sem
qualificação. O prazer, por exemplo, parece não ser bom sem qualificação, porque quando as
pessoas se importam em ver alguém sofrer, isso parece tornar a situação eticamente pior. Ele
conclui que há apenas uma coisa que é verdadeiramente boa:
Nada no mundo - de fato, nada além do mundo - pode ser concebido, o que poderia ser chamado
de bom sem qualificação, exceto uma boa vontade

Absoluto moral
Alguns deontologistas são absolutistas morais , acreditando que certas ações são absolutamente
corretas ou erradas, independentemente das intenções do agente moral ou das consequências
resultantes. Emmanuel Kant , por exemplo, argumentou que a única coisa absolutamente boa é
uma boa vontade e, portanto, o único fator determinante de se uma ação é moralmente correta é a
vontade ou a motivação da pessoa fazendo isso. Se eles estão agindo com uma máxima ruim, por
exemplo, "vou mentir", então sua ação é errada, mesmo que algumas boas conseqüências
aconteçam.
Teoria do comando divino
Embora nem todos os deontólogos sejam religiosos, alguns acreditam na "teoria do comando
divino", que é realmente um conjunto de teorias relacionadas que, essencialmente, afirmam que
uma ação é correta se Deus decretou que é correto. [13] De acordo com Ralph Cudworth , um filósofo
inglês, William de Ockham , René Descartes e calvinistas do século XVIII aceitaram várias versões
desta teoria moral, pois todos sustentavam que as obrigações morais surgiam dos mandamentos de
Deus. [A Teoria do Comando Divino é uma forma de deontologia porque, segundo ela, a correção
de qualquer ação depende da ação que está sendo realizada porque é um dever, não por causa de
quaisquer conseqüências boas decorrentes dessa ação. Se Deus ordena que as pessoas não
trabalhem no sábado , as pessoas agem corretamente se não trabalham no sábado, porque Deus
ordenou que não o façam . Se eles não trabalham no sábado, porque eles são preguiçosos, então
sua ação não está realmente falando "certo", mesmo que a ação física real seja igual. Se Deus
ordena não cobiçar os bens de um vizinho, esta teoria afirma que seria imoral fazê-lo, mesmo que a
cobiça ofereça o resultado benéfico de um impulso para ter sucesso ou fazer bem.
Uma coisa que distingue claramente o deontologismo kantiano da deontologia do comando divino é
que o kantianismo sustenta que o homem, como um ser racional, torna a lei moral universal,
enquanto o comando divino sustenta que Deus torna a lei moral universal.

Deontologia contemporânea
O "Princípio do Permissível Perigo" de Frances Kamm é um esforço para derivar uma restrição
deontológica que é coerente com nossos julgamentos de casos considerados, dependendo também
fortemente do imperativo categórico de Kant . [15] O Princípio afirma que alguém pode prejudicar
para salvar mais se e somente se o dano é um efeito ou um aspecto do próprio bem maior. Este
princípio destina-se a abordar o que Kamm considera serem os julgamentos de casos considerados
por maioria, muitas das quais envolvendo intuições deontológicas. Por exemplo, Kamm argumenta
que acreditamos que seria inadmissível matar uma pessoa para colher seus órgãos para salvar a
vida de outros cinco. Ainda,e pessoas imobilizadas em uma trilha lateral onde
uma pessoa inocente e imobilizada será morta. Kamm acredita que o Princípio do Permissível Harm
explica a diferença moral entre estes e outros casos, e mais importante expressa uma restrição que
nos diz exatamente quando não podemos agir para trazer bons fins - como no caso de recolha de
órgãos. Em 2007, Kamm publicou um livro que apresenta uma nova teoria que incorpora aspectos
de seu "Princípio do Permissível de Perigo", a "Doutrina da Pureza Produtiva". [16] Como o "Princípio
do Perigo Permissível", a "Doutrina da Pureza Produtiva"
Tentativas foram feitas para conciliar a deontologia com a ética baseada em virtude
e consequencialismo . O livro de Iain King em 2008 Como fazer boas decisões e estar certo O
tempo todo usa quase-realismo e uma forma modificada de utilitarismo para desenvolver princípios
deontológicos que sejam compatíveis com a ética com base em virtudes e consequências. [17] O rei
desenvolve uma hierarquia de princípios para vincular sua meta-ética, mais inclinada ao
consequencialismo, com as conclusões deontológicas que ele apresenta em seu livro

Ética - Definição, Doutrinas e Ética Cristã Medieval

Concepção Ética

Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas,


é o conjunto de valores ou princípios morais que definem o que é certo e o que é errado
para uma pessoa, grupo ou organização. Ser ético, nada mais é do que agir direito, de
acordo com os valores morais de uma sociedade, proceder bem, sem prejudicar os
outros. Ética é como os seres humanos deveriam agir. Podemos citar também, incluídos
na ética, a ética profissional, ética religiosa, ética naturalística, código de ética...

Doutrina Ética para Sócrates, Platão e Aristóteles

Os três (Sócrates, Aristóteles e Platão) diziam que o homem pode atingir sua felicidade
dentro da sociedade e que teria isso somente na pólis, sendo que aqueles que não eram
cidadãos, como por exemplo, os escravos, não tinham como atingi-la.

Sócrates

• Existia o bem (que é a felicidade) e o bom(o meio pelo qual se atinge a felicidade)
onde o homem só poderia chegar a ser feliz através da sociedade;

• Sua ética era baseada na razão;


• Assim como os Sofistas, acreditava que o conhecimento poderia ser transmitido;

• O saber fundamental é o saber a respeito do homem (“conhece-te a ti mesmo”)

Platão

— Discípulo de Sócrates;

— Para Platão existiam dois mundos, esse em que vivemos e o mundo das idéias;

— Os escravos eram desprovidos de virtudes morais e de direitos cívicos;

— Somente através da sociedade (Estado) o homem poderia chegar ao mundo das


idéias;

— Através do uso da razão, o homem poderia chegar a libertar o seu espírito para que
esse pudesse atingir a felicidade no mundo das idéias.

Aristóteles

— Discípulo de Platão;

— Dizia que só existia um mundo, o que vivemos;

Ética Cristã Medieval

Nesse período a escravidão cedeu lugar ao regime de servidão, a sociedade se


organizava num sistema de dependências e de vassalagem, havia uma grande
fragmentação política e econômica, pela grande quantidade de feudos e a religião
garantia uma unidade social.

A Igreja exerce plenamente um poder espiritual e monopoliza toda a vida


intelectual, logo a moral efetiva e a ética estão impregnadas de um conteúdo religioso.
Virtude, Amizade e Liberdade

Virtudes éticas, como o amor, fraternidade, fidelidade à amizade, respeito à liberdade do


outro se entrelaçam e permeiam as demais, uma coexistindo na outra. Quando temos
essas virtudes sendo praticadas no âmbito educacional, podemos considerar aí um
ambiente saudável e harmônico, onde a formação do indivíduo será considerada em sua
integralidade.

Atualmente, podemos notar o declínio do uso da Ética em nosso dia-a-dia, sendo que
esta deveria ser uma atitude não obrigatória, mas que natural e que mostra e define
realmente as pessoas que somos. Podemos dizer que a Ética está em estado terminal
de vida, o que é uma verdadeira catástrofe em nossa sociedade.
Creio que em pouco tempo, haverá uma revolução social onde, aqueles que possuem
Ética e Valores morais, irão destacar-se perante o resto da sociedade, tendo como
resultado uma verdadeira "valorização dos valores"

Norteando nossa visão, a Ética Medieval, apresenta-sealicerçada totalmente nos


princípios cristãos, impõem asociedade um dogma, no qual seus princípios supremos
moraisque, por virem de Deus, tem para si um caráter imperativoabsoluto e
incondicionado. Tentando regular o comportamentodos homens dentro desta sociedade.

FILOSOFIA COMTENPORÂNEA
A filosofia contemporânea fundamenta-se em alguns conceitos que foram elaborados no
século 19. Um desses conceitos é o conceito de história, que foi formulado pelo filósofo
Hegel. A filosofia de Hegel relaciona-se com as ideias de totalidade e de processo.
Passamos a entender o homem como um ser histórico, assim como a sociedade.
ÉTICA MODERNA
A ética moderna passa a ser racionalista, pois ela precisou-se adequar a filosofia
moderna, fundamentando -se na razão humana. De acordo com Kant a razão é universal
e não individual.
FILOSOFIA MODERNA
Iniciou-se com a teoria de DESCARTES, que o homem é um ser racional por natureza,
chegando ao conhecimento racional.
ÉTICA CONTEMPORÂNEA
Ética contemporânea, se adapta a filosofia contemporânea, onde fala de moral apartir de
uma razão
Integrantes:
MATHEUS E.
ANA C.
MONALISA
GUILHERMY
ÉTICA
Definição: No ponto de vista da filosofia, ética é uma ciência que estuda os valores e
princípios morais de uma sociedade e seus grupos.

ética grega é fundamentada no seguinte princípio, os melhores, mais fortes, mais


inteligentes comandam, enquanto os mais fracos obedecem. Tal sociedade é
escravocrata, aristocrata, A desigualdade é sua maior característica.
Os Estoicos defendiam a harmonia do cosmo, não acreditavam em um deus
pessoal, e não defendiam a continuidade pós morte, defendiam a dissolução da
personalidade no cosmo após a morte.
A filosofia Grega,(na idade média), perdeu espaço para o cristianismo que
realizou uma profunda quebra de paradigma na metafísica, na moral
obscurecendo completamente a filosofia Grega, prevalecendo até o século XVII,
com o surgimento do iluminismo. Assim, o cristianismo alterou o processo
racional, especulativo para o processo devocional colocando o foco maior na fé,
alterou também a ética, a moral, pois, passou a defender a igualdade entre os
homens, mesmo sabendo da desigualdade dos atributos naturais, ou seja, cada
pessoa receber de forma diferenciada seus dons, mas os dons naturais, atributos
são neutros. O importante agora é o uso que se faz destes atributos Portanto,
como consequência desta quebra paradigmática surgiram novos
valores: Compaixão, amor ao próximo, solidariedade, fé, caridade, etc.
Importante, tais, valores não existiam no mundo Grego, logo o cristianismo
transformou as práticas humanas .
Ademais, estas mudanças permitiram maior humanização da sociedade,
haja vista, que nos dias atuais é inconcebível o regime escravocrata, a supremacia
do mais forte, porque, a ética cristã transformou radicalmente os costumes da
sociedade . Contudo, Nietzsche combateu acirradamente o cristianismo,
denominado, “de uma estratégia do fraco para dominar o forte , niilismo”. Mas,
independente da fé, independente da verdade ou não dos dogmas, o cristianismo
humanizou a sociedade, defendeu a igualdade, a liberdade ,solidariedade, amor ao
próximo, respeito aos fracos, necessitados. Portanto o cristianismo melhorou a
sociedade humana, apesar da inquisição, apesar das cruzadas

A Ética, que é a ciência da moral, buscou orientar a conduta do homem como um ser
integrante de um Estado, de um Cosmo e de um grupo social-religioso. A importância da
ética filosófica numa pesquisa científica concerne a uma trajetória do pensar e do agir do
homem em todos os tempos.
O mundo antigo, isto é, o período pré-socrático continha imagens de homens bons, que
agiam de certa forma “corretamente”, mas de onde surgiam as essências de suas ações
ou de onde provinham as virtudes praticadas antes do termo, conceito ‘ética’ ser
construído, elaborado?
O presente trabalho visa analisar, compreender e explicar a relação da construção da
ética socrático-platônica. Neste momento da história, antes de Sócrates e de Platão, não
havia estruturas sólidas que compunham um agir rígido para toda sociedade/polis, pois,
a Ética sempre procurou orientar e encontrar soluções para os problemas básicos das
relações entre os homens. Nesta perspectiva observaremos o contexto histórico do saber
ético que foi o primeiro meio donde surgem os questionamentos sobre as condutas da
sociedade, ou melhor, da polis.
Sócrates em seu contexto aplica seu método de uma razão argumentativa e esgotativa
para trazer a humanidade o conhecimento de si mesmo, tentando elevar no homem o
bem que ele possui dentro de si e assim, praticar uma conduta que aja dentro do coletivo.
Sócrates racionaliza a Ética e preconiza uma concepção do bem e do mal e da areté (da
virtude). A ética socrático-platônica se iniciou através de uma metodologia dialógica pela
qual Sócrates, a personagem principal dos diálogos platônicos.
Platão, reconhecidamente continuador da ética socrática, tem como idéia diretriz de seu
pensamento ético, a ordem (kosmos). A ordenação é dada por sua teoria das idéias; o
mundo perfeito e imutável das idéias tem efetividade enquanto um modelo (paradigma)
que serve como referência, como medida do mundo mutável e imperfeito.
Desta maneira, a construção da ética socrático-platônica traz para todos os tempos, até
hoje a visualização de fazer o bem e evitar o mal pra felicidade.
2 A ÉTICA SOCRÁTICO-PLATÔNICA

2.1 PRINCÍPIOS HISTÓRIOCOS DOS MOLDES PARA A ELABORAÇÃO DA ÉTICA

Na história da humanidade, a reflexão filosófica sobre a ética sempre esteve presente


em todas as sociedades e culturas. Ainda que não se concentrasse em um corpo
organizado de princípios teóricos racionais, os valores morais já prescreviam a
identidade de um ethos na história.

A Ética se origina, pois, do saber ético. Ela não é, em suma, senão o próprio saber ético
de determinada tradição cultural que, numa conjuntura específica de crise do ethos,
recebe uma nova expressão tida como capaz de conferir-lhe uma nova e mais eficaz
força de persuasão, no momento em que suas expressões tradicionais, a religião e a
sabedoria de vida, perdiam pouco a pouco a credibilidade. (LIMA VAZ, 2008, p.57).

Essa forma do saber ético, como um saber tradicional encontrado nas primeiras
civilizações, prescreveu as categorias fundamentais da ética filosófica.
A Ética, que é a ciência da moral, buscou orientar a conduta do homem como um ser
integrante de um Estado, de um Cosmo e de um grupo social-religioso. Essa ciência
estendeu sua reflexão axiológica ao se direcionar às ciências particulares e técnicas que
hoje, no século XXI, ampliou o quadro de discussões para a legitimação das normas
morais, a fim de conceder um melhor convívio nos grupos sociais e planetário.
A característica mais original da práxis humana reside, sem dúvida, no fato de que o
homem não opera senão a partir do prévio conhecimento do objeto de seu operar. Esse
conhecimento não é uma simples representação como pode ocorrer na fantasia animal,
mas é um processo de assimilação ativa do real que torna possível uma atitude crítica
ou judicativa do cognoscente em face do objeto conhecido. (LIMA VAZ, 2008, p.45).

A importância da ética filosófica numa pesquisa científica concerne a uma trajetória do


pensar e do agir do homem em todos os tempos. Ela expressa não somente os anseios
e problemas oriundos de cada época, mas expressa a organização política, social e
religiosa de uma cultura e nação. O “comportamento moral é próprio do homem como
ser histórico, social e prático, isto é, como um ser que transforma conscientemente o
mundo que o rodeia” (LIMA VAZ, 2008, p.58). Com isso, o estudo da ética, fundamentado
na filosofia, proporciona o conhecimento holístico do ser humano, como ser de ação,
racional e social.
A Ética filosófica sempre procurou orientar e encontrar soluções para os problemas
básicos das relações entre os homens. Desde a Grécia Antiga à Contemporaneidade, a
Ética foi discutida, elaborada e referenciada por muitos filósofos.

[...] o pensamento ético [...] encontrou nos últimos tempos da filosofia pré-socrática
poderosas expressões sobretudo nas obras de Heráclito e Demócrito, e alcançou uma
avançada instrumentação lógica na crítica dos Sofistas à moral tradicional, cuja influência
foi decisiva na gênese do pensamento ético socrático-platônico. (LIMA VAZ, 2008, p.93).

Assim, separar, no desenvolvimento do corpo doutrinal da ética, o que é


verdadeiramente de Platão e o que é realmente de Sócrates, convoca-nos a uma busca
árdua, pois, podemos enumerar alguns pontos aos ensinamentos éticos socráticos,
recordando que Sócrates nada escreveu, devido a isso, a influência platônica é vasta,
mas isso não caracteriza que não podemos falar de ética socrática.

2.2 O CONCEITO ÉTICA DE SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES


Com a decadência dos Estados gregos, a reflexão da ética filosófica toma novas
direções: de uma moral da pólis para uma moral do universo. Assim, o estoicismo
(representado por Sêneca e Epitelo) e o epicurismo (por Epícuro e Tito) tomam a
natureza (a física) como referência para a moral.
Para o estoicismo, Deus é a “razão final” do Cosmo. Nada acontece que não esteja
determinado por ele. E é para ele que todo indivíduo é destinado. Portanto, “o bem
supremo é viver de acordo com a natureza, ou seja, de acordo com a razão”.
Os epicuristas acreditam que o átomo é o grande ordenador de tudo quanto existe. O
homem é protagonista de sua vida, pois não há determinações divinas em suas ações.
Por isso, o “bem viver” se resume na procura do prazer espiritual.
Sócrates racionaliza a Ética e preconiza uma concepção do bem e do mal e da areté (da
virtude). Pois, os socráticos menores deixaram fragmentos, mas são marcas de
Sócrates, e nenhum deles propôs um sistema ético maior/melhor do que o socrático-
platônico.
Entretanto, Aristóteles, reconhece em Sócrates a consolidação de princípios éticos para
o mundo, que antes, possuía conceitos desfigurados neste assunto (moral/ética). “Numa
perspectiva de história das idéias éticas devemos, sem dúvida, dar primazia ao Sócrates
platônico, pois foi este que Aristóteles reconheceu como iniciador da Ética [...]” (LIMA
VAZ, 2008, p.94).
Em Platão, a Ética ganha fôlego na política a partir de uma concepção metafísica e da
sua doutrina da alma.
A idéia diretriz do pensamento ético de Platão, na qual se entrecruzam a significação
ética e a significação metafísica, é a idéia de ordem (taxis). É ela que permite a
unificação, sob a égide [escudo] da teoria das Idéias, da Ética, da Política e da
Cosmologia, assegurando a justa medida da arete ao indivíduo e à cidade e guiando o
Demiurgo na construção de um kosmos harmonioso. (LIMA VAZ, 2008, p.98).

Assim como Platão, Aristóteles fala do homem político, social, condenado a viver na
pólis. Para Aristóteles, o homem deve cultivar a “justa medida”, que é o compêndio das
virtudes éticas, pela qual são administrados os impulsos e as paixões. A justa medida
“se traduz em um habitus e, portanto, constitui a personalidade moral do indivíduo.
Aristóteles teoriza deste modo a máxima dos gregos: ‘Nada em demasia’”. (LIMA VAZ,
2008, p.111).

Para Aristóteles, enquanto a política tem como finalidade o bem coletivo a ética tem por
finalidade o bem pessoal. A Ética é uma ciência muito pouco exata, uma vez que se
ocupa de assuntos passíveis de modificação. A ética se dá na relação com o outro. Para
determinar o bem que caracteriza a atividade própria dos humanos. (LIMA VAZ, 2008,
p.115).

A razão deve dirigir e regular todos os atos humanos. E nisso consiste essencialmente
a vida virtuosa. E, para ele, o fim último de uma vida virtuosa é ser feliz. Portanto, a
felicidade tem que ser o correto desempenho do que lhes é próprio: o uso correto da
razão.

3 A ÉTICA SOCRÁTICA

Numa perspectiva histórica das idéias éticas devemos dar precedência ao Sócrates da
visão platônica, pois foi este Sócrates que Aristóteles distinguiu como pai da Ética.
O pressuposto básico da Ética de Sócrates – “que basta saber o que é bondade para
que se seja bom” (LIMA VAZ, 2008, p.96) - pode parecer ingênuo no mundo de hoje, no
qual já está profundamente gravado na nossa mente que só algum grau de repressão é
capaz de evitar que o homem seja mau. Na sua época era uma noção perfeitamente
coerente com o pensamento – ainda que não com a prática – da sociedade grega.
Antes dele não teria havido uma reflexão organizada sobre a ética e o "homem moral" a
não ser o relativismo dos sofistas, neste sentido é inegável que ele é o "Pai da Ética.
A ética socrático-platônica se iniciou através de uma metodologia dialógica pela qual
Sócrates, a personagem principal dos diálogos platônicos, investiga os demais
personagens sobre os temas: 'homem interior' (psychê), 'verdadeira sabedoria'
(sophrosyne) e 'virtude' (arete).
O cuidado do homem interior exige, antes de mais nada, o conhecimento de si mesmo,
ou seja, o exercício de uma razão voltada para as 'coisas humanas'. Com objetivo de
fazer um reconhecimento de si mesmo para desfazer a falsa imagem de si mesmo e
evidenciar a própria ignorância sobre 'como devemos levar a vida', diz Sócrates:
'conheça-te a ti mesmo'. Reconhecer a própria ignorância torna-se uma "douta
ignorância", esta é a verdadeira sabedoria, a partir dela pode-se conhecer a verdadeira
virtude. (LIMA VAZ, 2008, p.96-97).

Sócrates ao interpelar os cidadãos de Atenas, procurava mostrar-lhes que o verdadeiro


valor do homem reside no único bem inatingível pela inconstância da fortuna, a incerteza
do futuro, a precariedade do sucesso, as vicissitudes da vida: o bem da alma.
O grande mérito de Sócrates é enfrentar de forma virulenta a hipocrisia da sociedade
ateniense cuja resposta aos sofistas era apenas a reafirmação insincera dos velhos
valores.
Sócrates defende a identidade entre os interesses individuais e os comunitários como
único caminho para a felicidade, o que implica na valorização da bondade, da moderação
dos apetites, na busca do conhecimento.

[...] os três temas fundamentais do ensino ético de Sócrates [...] se entrelaçam na


doutrina que a historiografia usual consagrou como sendo a marca distintiva da ética
socrática: a doutrina da virtude-ciência. Recebida por Platão e criticada por Aristóteles,
ela passou a caracterizar o chamado intelectualismo moral de Sócrates, conhecido por
suas conseqüências aparentemente paradoxais: (LIMA VAZ, 2008, p.96).

Sócrates ainda acentua alguns pontos que precisam ser trabalhados para a vivencia
desta ética, ou seja, uma melhor concepção do que é o homem interior, isto é, a alma.

O tema do homem interior ou da “alma” (psyche) no sentido especificamente socrático,


e que assinala uma profunda revolução no curso do pensamento antropológico grego,
constitui o motivo dominante da interpelação dirigida por Sócrates aos cidadãos de
Atenas, tendo em vista mostrar-lhes que o verdadeiro valor do homem reside no único
bem inatingível pela inconstância da fortuna, a incerteza do futuro, a precariedade do
sucesso, as vicissitudes da vida:o bem da alma. [...] No tema da psyche socrática, vemos
lançando assim o pressuposto antropológico que acompanhará doravante, na variedade
das mais diversas concepções do homem, a história da Ética. (LIMA VAZ, 2008, p.95-
96).

Ainda, diz:

Ora, o cuidado do homem interior exige, antes de mais nada, o conhecimento de si


mesmo, ou seja, o exercício da razão voltada prioritariamente para o próprio homem e
para as coisas humanas [...] Sem essa catarse preliminar, destinada a desfazer a falsa
imagem que cada um constrói de si mesmo ou a evidenciar a própria ignorância a
respeito do que mais importa para a vida que é saber como devemos viver, a busca da
definição da virtude não poderia ter lugar. [...] O reconhecimento da ignorância sobre si
mesmo torna-se uma “douta ignorância”, a sabedoria verdadeira, e é essa sabedoria que
constitui, paradoxalmente, o primeiro momento da ciência socrática e torna possível o
aprendizado da verdadeira arete. (LIMA VAZ, 2008, p.95-97).

Assim, Sócrates ao estabelecer a necessidade do uso da razão para prática da virtude,


inaugura a história da Ética como ciência do ethos, e essa será a marca indelével da sua
origem socrática.

[...] o homem sábio é necessariamente bom, e o homem malvado é necessariamente


ignorante, o sábio nunca faz o mal voluntariamente e somente o homem virtuoso é
verdadeiramente feliz. [...] Aristóteles criticou justamente a pura e simples identificação
da virtude com o saber. (LIMA VAZ, 2008, p.96-97).

Os sofistas responderam a esta questão considerando que a Ética era mera convenção
social, Sócrates os refuta, afirmando que a aparente dissociação se dá justamente
porque os homens não sabem o que realmente é a bondade. Esta noção perdida em
meio à vaidade e a hipocrisia dominante a cegueira do homem, que ao invés de lutar por
objetivos reais confunde-se na névoa das convenções sociais. Já se sente aqui o
embrião da noção que Platão consolidará e generalizará na sua Alegoria da Caverna.
Assim ao mesmo tempo Sócrates busca uma volta às velhas tradições da Cidadania,
mas para isto precisa voltar-se contra estas próprias tradições. Ele aceita os princípios
gerais definidos por aquelas tradições, mas apenas como um conceito, uma categoria a
ser investigada pela mente humana, rejeitando tanto a forma pela qual estes valores são
apreendidos como o conteúdo usualmente atribuído a eles.
Assim ele ao mesmo tempo se contrapõe aos sofistas e aos tradicionalistas, aos
primeiros por negarem uma realidade objetiva e universal aos valores éticos, aos
segundos por não serem capazes de compreender a essência destes valores.
O problema ético, para Sócrates, é sobretudo, uma questão de definição de termos.

4 A ÉTICA PLATÔNICA

Platão, reconhecidamente continuador da ética socrática, tem como idéia diretriz de seu
pensamento ético, a ordem (kosmos). A ordenação é dada por sua teoria das idéias; o
mundo perfeito e imutável das idéias tem efetividade enquanto um modelo (paradigma)
que serve como referência, como medida do mundo mutável e imperfeito.

Platão [...] não dedicou nenhum de seus diálogos à Ética como tal, [...] mas [...] todo o
pensamento platônico, desde os imensos horizontes que abrange, retorna sempre à
questão socrática, reproposta solenemente a Trasímaco no diálogo que a tradição
colocou como prólogo da República: investigar no logos como devemos viver. (LIMA
VAZ, 2008, p.97-98).

A idéia da ordem exprime essencialmente uma proporção (analogia) que une elementos
e seres diversos no mais belo dos laços e será, portanto, uma relação analógica que
Platão irá estabelecer entre as partes da alma e suas virtudes, entre a alma e a cidade
e entre a alma e o mundo.
Esta é a proporção: as virtudes da alma estão para a alma assim como a cidade bem
ordenada está para o mundo (enquanto cosmos). Esta analogia para Platão serve como
um 'argumento lógico' que prova sua teoria.

A idéia diretriz do pensamento ético de Platão, na qual se entrecruzam a significação


ética e a significação metafísica, é a idéia de ordem (taxis). É ela que permite a
unificação, sob a égide [escudo] da teoria das Idéias, da Ética, da Política e da
Cosmologia, assegurando a justa medida da arete ao indivíduo e à cidade e guiando o
Demiurgo na construção de um kosmos harmonioso. (LIMA VAZ, 2008, p.98).

O eixo da ampla reforma sugerida por Platão para construir a sociedade perfeita é a
substituição da oligarquia que reinava na Atenas Imperial dos mercadores por uma
timocracia, na qual os governantes seriam os melhores dentre os homens de seu tempo
em termos de conhecimento e sabedoria.
Nas implicações da utopia platônica é necessário limitar ao mínimo a propriedade,
extinguir as unidades familiares de forma a garantir que todos se sintam irmãos de fato
porque criados pelo Estado, não por famílias. Ele não se propõe a eliminar os
mercadores e agricultores, mas limitar-lhes a ação e, sobretudo, privar-lhes por completo
do poder político. Não seria imposta a dura disciplina da posse em comum das mulheres,
das dietas e exercícios rigorosos, mas exige-se obediência à lei dura e às ordens dos
Guardiões, a elite dirigente da lei e os governantes que seriam os Filósofos, que
elaborariam as leis.

O modelo aparece como a concretização de determinado momento do lógico. Assim, o


modelo do Guardião é exigido pela lógica da ordem na cidade; e o modelo do Filosofo,
pela necessidade de conhecer o fundamento último da ordem e, portanto, da justiça. [...]
a vida ética não é um dom da natureza [...] mas fruto de um longo [...] processo educativo.
[...] só ao Filósofo pertence conhecer as Idéias e a Idéia suprema do Bem, e [...] a Cidade
justa não é senão a “imitação” da Cidade ideal, toda iluminada pelo sol do Bem [...]. (LIMA
VAZ, 2008, p.103.105).

Sobre estes Guardiões pesa tal grau de regras e responsabilidades que a escolha deixa
de ser um privilégio para tornar-se um sacrifício, exigindo perfeita identidade entre o bem
comum e a satisfação pessoal.
Insatisfeito com os rumos da polis, Platão concebe um sistema de governo no qual a
educação universal – rígida e valorizada – serve tanto como elemento selecionador de
quais elementos entrarão na classe dos Guardiões, como elemento da formação destes
guardiões.
No pensamento de Platão o reencontro da ética e da realidade se dá através de uma
grande reforma social, política e econômica que torne a cidade mais simples, mais
desligada dos valores materiais, mais igualitária. A preservação desta nova cidade só
poderia ser feita se o poder fosse centralizado nesta classe dominante dos guardiões e
o Filósofo que governaria a polis.
O problema do ethos e da práxis, transposto ao plano do logos filosófico e de suas
exigências, mostra-se assim solidário com uma concepção da realidade total é essa
solidariedade entre o Bem e o Ser que permite a Platão propor o primeiro grande modelo
ético da história.

[...] o problema da conciliação entre liberdade e a necessidade [...] subjaz à concepção


da Ética platônica como ciência que deverá integrar a virtude na sua ordem de razões
[...] ninguém é virtuoso sem ser livre e ninguém é virtuoso sem ser sábio. Como o
virtuoso, ou o homem bom e justo, sendo sábio, pode ser livre? (LIMA VAZ, 2008, p.99).

Platão responde que o conhecimento da ordem implica o conhecimento do Bem, do qual


deriva, e o conhecimento das realidades a serem ordenadas.
A ordem irá assegurar assim a unidade das partes na constituição do todo, consistindo,
pois, a ordem em cumprir cada uma das partes o que lhe é próprio e transluzir a presença
o Bem.

Para a execução desse grande desenho, Platão tem diante de si três tarefas teóricas: a)
A primeira de filosofia política [...] uma polis que seja a imagem da polis ideal [...]. b) A
segunda antropológica [...] deve mostrar como se reflete na estrutura da alma individual
a ordem da cidade justa [...]. c) A terceira [...] em dois planos: [...] ontológico [...] acerca
do fundamento último da justiça [...] outro gnosiológico, que deve descrever o caminho
do conhecimento que leva à Idéia do Bem. (LIMA VAZ, 2008, p.101-102).

A resposta está na tradição grega, trazendo consigo a experiência da liberdade como


confronto com o Destino e como liberdade política na polis, já distinguira as três formas
de liberdade em toda tradição ética posterior: a liberdade de arbítrio[1], agir segundo o
simples arbítrio de cada um; a liberdade de escolha[2] acompanhada de uma deliberação
da razão; e a liberdade de autonomia[3] que consiste na perfeita identificação da
liberdade com o Bem.
O saber pragmático dos gregos (herança mitológica), como 'sabedoria', 'virtude', 'lei' e
'justiça', foi re-atualizado por Sócrates como 'ciência da alma'. E para Platão esta ciência
torna-se 'metafísica da ordem'; que significa: a ordem da cidade que se dá no
cumprimento à lei, na implantação da justiça, no agir honesto e solidário, está referida à
perfeição e universalidade das idéias.
Para Platão, uma pessoa que conheça a essência da bondade sabe que só pode ser
feliz se agir corretamente.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o principio, não tínhamos uma idéia do que fosse ética, só a partir de Sócrates
que as idéias são unidas aos termos “morais” não esclarecidos plenamente e são
elaborados os moldes para a conduta do homem: fazer o bem e evitar o mal.
Platão por sua vez, sendo aluno de Sócrates, dá um passo a frente das concepções
éticas de seu mestre, contudo, não determinando nenhuma linha nitidamente sobre ética,
em seu pensamento, nas entrelinhas, dá continuidade ao caminhar ético socrático,
apesar de que, Platão eleva a herança de Sócrates a uma altitude especulativa com a
qual o mestre provavelmente jamais sonhara, através do Mundo das Idéias.
Assim, podemos considerar a concepção essencial da ética de Sócrates – segundo a
qual basta saber o que é a bondade para ser bom – é também a concepção de Platão,
mas com duas diferenças básicas.
Sócrates jamais exprimiu de forma objetiva o que ele entendia como bondade, deu
apenas definições negativas do conceito demonstrando o caráter superficial deste e
outros conceitos em sua época. Platão por sua vez define esta bondade como sendo a
Idéia Geral de bondade. Para descobrir o que era a Bondade seria necessário afastar as
sombras refletidas pelas convenções para chegar à noção em si da bondade.
A segunda diferença é que ao propor sua utopia, Platão esforça-se não para definir este
conceito absoluto de bondade, ao menos para definir como seria uma sociedade na qual
ela poderia prosperar.
O problema ético, para Sócrates, é, sobretudo, uma questão de definição de termos.
Para Platão, uma pessoa que conheça a essência da bondade sabe que só pode ser
feliz se agir corretamente.
Desta maneira, Sócrates, vê na razão argumentativa, isto é, na maiêutica o meio do
homem buscar conhecer a si mesmo e buscar conhecer aquilo que é bom e esta em si
interiormente e assim agir eticamente. Quanto Platão, busca no Demiurgo as vias para
a construção da ética, mas aqui, no mundo físico, os passos são dados pela educação
da polis, que gerará a conduta correta entre o coletivo e particular.

6 REFERÊNCIA

LIMA VAZ, Henrique C. de. Escritos de filosofia IV: introdução à ética filosófica 1. 4. ed.
São Paulo: Loyola, 2008, 483 p.
[1] É uma forma corrupta da cidade democrática, onde cada um faz o que deseja.
[2] Esta inicia o verdadeiro caminho da liberdade, posto diante de cada um assumir
racionalmente suas virtudes.
[3] O sujeito é plenamente livre do poder tirânico do Destino

Ética: Epicurismo e Estoicismo


2 de Março de 2016anaferreira77

Epicurismo: Visa a felicidade do individuo na sua singularidade existencial. Epicuro


considera a vida humana como um desafio que se preocupa com a procura da felicidade,
entendida como prazer, que está vinculada a um certo controlo exercido pela inteligência
que faz uma análise das consequências que o simples aparecimento do desejo pode
acarretar. Assim, o ser humano deve viver para ser feliz, mas a sabedoria deve intervir
analisando as diversas aspirações humanas em ordem a superar tudo quanto ameace o
bem-estar do corpo. Tal é o convite à moderação que, para o epicurismo, o único prazer
totalmente satisfatório é o prazer intelectual, o que pressupõe uma disciplina dos
prazeres e dos desejos, dado que não possuem um valor igual, considerando que não
há prazer onde não exista virtude, sendo a mais importante a sabedoria, que suscita a
autonomia e tranquilidade que possibilitam a plena realização de cada individuo.
Assumem o ideal da ataraxia que se traduz num estado de imperturbabilidade do espírito
acompanhado pela tranquilidade do corpo. A realização do prazer como critério ética
para uma vida feliz leva-o a considerar a amizade mais valiosa que a participação cívica,
porque esta provoca frequentemente sofrimento.

Estoicismo: os estóicos partem da convicção de que o universo está animado e


submetido por uma «razão universal», ao ser humano resta a sabedoria de se assumir
como parte da sua natureza, conformando-se com a sua estrutura, e a sua liberdade
reside na consciência dessa necessidade. Têm uma atitude de aceitação de um
inexorável destino, mas, ao mesmo tempo, procuram uma felicidade interior, não se
deixando perturbar por coisa alguma que possa acontecer dado que tudo deriva de um
princípio universal, que claramente antecipa o que na tradição judaico-cristã se designa
por «Divina Providência», que ordena todos os acontecimentos. P. Assim, será bom de
viver de acordo com a natureza, aceitando a sua condição com um tal domínio de si
mesmo que afasta racionalmente a insatisfação, a tristeza. A experiência desta
serenidade interior é a única liberdade verdadeiramente possível. P. O estoicismo,
acentua a dimensão cosmopolita e personalista da condição humana, na medida em que
introduziu a ideia de dignidade humana e iniciou a construção dos alicerces daquilo que,
mais tarde, se designará «direito natural»

Potrebbero piacerti anche