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dever" [1] ) é a posição ética normativa que julga a moral de uma ação baseada em regras. [ citação
necessária ]
A deontologia é o estudo daquilo que é uma "obrigação ou dever", e conseqüente julgamento moral
sobre o ator sobre se ele ou ela cumpriu Na filosofia e religião, afirma Bocheński, há uma distinção
importante entre a autoridade deontica e epistêmica . ] Um exemplo típico de autoridade epistêmica,
explica Anna Brożek , é "a relação de um professor com seus alunos, um exemplo típico de autoridade
deontica é a relação entre um empregador e seu empregado". [7]Um professor tem autoridade
epistêmica ao fazer frases declarativas que o aluno presume é um conhecimento confiável e
apropriado, mas não sente nenhuma obrigação de aceitar ou obedecer; em contrapartida, um
empregador tem autoridade deontica no ato de emitir um pedido que o empregado é obrigado a
aceitar e obedecer independentemente da sua confiabilidade ou adequação
Kantianismo
Immanuel Kant
Absoluto moral
Alguns deontologistas são absolutistas morais , acreditando que certas ações são absolutamente
corretas ou erradas, independentemente das intenções do agente moral ou das consequências
resultantes. Emmanuel Kant , por exemplo, argumentou que a única coisa absolutamente boa é
uma boa vontade e, portanto, o único fator determinante de se uma ação é moralmente correta é a
vontade ou a motivação da pessoa fazendo isso. Se eles estão agindo com uma máxima ruim, por
exemplo, "vou mentir", então sua ação é errada, mesmo que algumas boas conseqüências
aconteçam.
Teoria do comando divino
Embora nem todos os deontólogos sejam religiosos, alguns acreditam na "teoria do comando
divino", que é realmente um conjunto de teorias relacionadas que, essencialmente, afirmam que
uma ação é correta se Deus decretou que é correto. [13] De acordo com Ralph Cudworth , um filósofo
inglês, William de Ockham , René Descartes e calvinistas do século XVIII aceitaram várias versões
desta teoria moral, pois todos sustentavam que as obrigações morais surgiam dos mandamentos de
Deus. [A Teoria do Comando Divino é uma forma de deontologia porque, segundo ela, a correção
de qualquer ação depende da ação que está sendo realizada porque é um dever, não por causa de
quaisquer conseqüências boas decorrentes dessa ação. Se Deus ordena que as pessoas não
trabalhem no sábado , as pessoas agem corretamente se não trabalham no sábado, porque Deus
ordenou que não o façam . Se eles não trabalham no sábado, porque eles são preguiçosos, então
sua ação não está realmente falando "certo", mesmo que a ação física real seja igual. Se Deus
ordena não cobiçar os bens de um vizinho, esta teoria afirma que seria imoral fazê-lo, mesmo que a
cobiça ofereça o resultado benéfico de um impulso para ter sucesso ou fazer bem.
Uma coisa que distingue claramente o deontologismo kantiano da deontologia do comando divino é
que o kantianismo sustenta que o homem, como um ser racional, torna a lei moral universal,
enquanto o comando divino sustenta que Deus torna a lei moral universal.
Deontologia contemporânea
O "Princípio do Permissível Perigo" de Frances Kamm é um esforço para derivar uma restrição
deontológica que é coerente com nossos julgamentos de casos considerados, dependendo também
fortemente do imperativo categórico de Kant . [15] O Princípio afirma que alguém pode prejudicar
para salvar mais se e somente se o dano é um efeito ou um aspecto do próprio bem maior. Este
princípio destina-se a abordar o que Kamm considera serem os julgamentos de casos considerados
por maioria, muitas das quais envolvendo intuições deontológicas. Por exemplo, Kamm argumenta
que acreditamos que seria inadmissível matar uma pessoa para colher seus órgãos para salvar a
vida de outros cinco. Ainda,e pessoas imobilizadas em uma trilha lateral onde
uma pessoa inocente e imobilizada será morta. Kamm acredita que o Princípio do Permissível Harm
explica a diferença moral entre estes e outros casos, e mais importante expressa uma restrição que
nos diz exatamente quando não podemos agir para trazer bons fins - como no caso de recolha de
órgãos. Em 2007, Kamm publicou um livro que apresenta uma nova teoria que incorpora aspectos
de seu "Princípio do Permissível de Perigo", a "Doutrina da Pureza Produtiva". [16] Como o "Princípio
do Perigo Permissível", a "Doutrina da Pureza Produtiva"
Tentativas foram feitas para conciliar a deontologia com a ética baseada em virtude
e consequencialismo . O livro de Iain King em 2008 Como fazer boas decisões e estar certo O
tempo todo usa quase-realismo e uma forma modificada de utilitarismo para desenvolver princípios
deontológicos que sejam compatíveis com a ética com base em virtudes e consequências. [17] O rei
desenvolve uma hierarquia de princípios para vincular sua meta-ética, mais inclinada ao
consequencialismo, com as conclusões deontológicas que ele apresenta em seu livro
Concepção Ética
Os três (Sócrates, Aristóteles e Platão) diziam que o homem pode atingir sua felicidade
dentro da sociedade e que teria isso somente na pólis, sendo que aqueles que não eram
cidadãos, como por exemplo, os escravos, não tinham como atingi-la.
Sócrates
• Existia o bem (que é a felicidade) e o bom(o meio pelo qual se atinge a felicidade)
onde o homem só poderia chegar a ser feliz através da sociedade;
Platão
— Discípulo de Sócrates;
— Para Platão existiam dois mundos, esse em que vivemos e o mundo das idéias;
— Através do uso da razão, o homem poderia chegar a libertar o seu espírito para que
esse pudesse atingir a felicidade no mundo das idéias.
Aristóteles
— Discípulo de Platão;
Atualmente, podemos notar o declínio do uso da Ética em nosso dia-a-dia, sendo que
esta deveria ser uma atitude não obrigatória, mas que natural e que mostra e define
realmente as pessoas que somos. Podemos dizer que a Ética está em estado terminal
de vida, o que é uma verdadeira catástrofe em nossa sociedade.
Creio que em pouco tempo, haverá uma revolução social onde, aqueles que possuem
Ética e Valores morais, irão destacar-se perante o resto da sociedade, tendo como
resultado uma verdadeira "valorização dos valores"
FILOSOFIA COMTENPORÂNEA
A filosofia contemporânea fundamenta-se em alguns conceitos que foram elaborados no
século 19. Um desses conceitos é o conceito de história, que foi formulado pelo filósofo
Hegel. A filosofia de Hegel relaciona-se com as ideias de totalidade e de processo.
Passamos a entender o homem como um ser histórico, assim como a sociedade.
ÉTICA MODERNA
A ética moderna passa a ser racionalista, pois ela precisou-se adequar a filosofia
moderna, fundamentando -se na razão humana. De acordo com Kant a razão é universal
e não individual.
FILOSOFIA MODERNA
Iniciou-se com a teoria de DESCARTES, que o homem é um ser racional por natureza,
chegando ao conhecimento racional.
ÉTICA CONTEMPORÂNEA
Ética contemporânea, se adapta a filosofia contemporânea, onde fala de moral apartir de
uma razão
Integrantes:
MATHEUS E.
ANA C.
MONALISA
GUILHERMY
ÉTICA
Definição: No ponto de vista da filosofia, ética é uma ciência que estuda os valores e
princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
A Ética, que é a ciência da moral, buscou orientar a conduta do homem como um ser
integrante de um Estado, de um Cosmo e de um grupo social-religioso. A importância da
ética filosófica numa pesquisa científica concerne a uma trajetória do pensar e do agir do
homem em todos os tempos.
O mundo antigo, isto é, o período pré-socrático continha imagens de homens bons, que
agiam de certa forma “corretamente”, mas de onde surgiam as essências de suas ações
ou de onde provinham as virtudes praticadas antes do termo, conceito ‘ética’ ser
construído, elaborado?
O presente trabalho visa analisar, compreender e explicar a relação da construção da
ética socrático-platônica. Neste momento da história, antes de Sócrates e de Platão, não
havia estruturas sólidas que compunham um agir rígido para toda sociedade/polis, pois,
a Ética sempre procurou orientar e encontrar soluções para os problemas básicos das
relações entre os homens. Nesta perspectiva observaremos o contexto histórico do saber
ético que foi o primeiro meio donde surgem os questionamentos sobre as condutas da
sociedade, ou melhor, da polis.
Sócrates em seu contexto aplica seu método de uma razão argumentativa e esgotativa
para trazer a humanidade o conhecimento de si mesmo, tentando elevar no homem o
bem que ele possui dentro de si e assim, praticar uma conduta que aja dentro do coletivo.
Sócrates racionaliza a Ética e preconiza uma concepção do bem e do mal e da areté (da
virtude). A ética socrático-platônica se iniciou através de uma metodologia dialógica pela
qual Sócrates, a personagem principal dos diálogos platônicos.
Platão, reconhecidamente continuador da ética socrática, tem como idéia diretriz de seu
pensamento ético, a ordem (kosmos). A ordenação é dada por sua teoria das idéias; o
mundo perfeito e imutável das idéias tem efetividade enquanto um modelo (paradigma)
que serve como referência, como medida do mundo mutável e imperfeito.
Desta maneira, a construção da ética socrático-platônica traz para todos os tempos, até
hoje a visualização de fazer o bem e evitar o mal pra felicidade.
2 A ÉTICA SOCRÁTICO-PLATÔNICA
A Ética se origina, pois, do saber ético. Ela não é, em suma, senão o próprio saber ético
de determinada tradição cultural que, numa conjuntura específica de crise do ethos,
recebe uma nova expressão tida como capaz de conferir-lhe uma nova e mais eficaz
força de persuasão, no momento em que suas expressões tradicionais, a religião e a
sabedoria de vida, perdiam pouco a pouco a credibilidade. (LIMA VAZ, 2008, p.57).
Essa forma do saber ético, como um saber tradicional encontrado nas primeiras
civilizações, prescreveu as categorias fundamentais da ética filosófica.
A Ética, que é a ciência da moral, buscou orientar a conduta do homem como um ser
integrante de um Estado, de um Cosmo e de um grupo social-religioso. Essa ciência
estendeu sua reflexão axiológica ao se direcionar às ciências particulares e técnicas que
hoje, no século XXI, ampliou o quadro de discussões para a legitimação das normas
morais, a fim de conceder um melhor convívio nos grupos sociais e planetário.
A característica mais original da práxis humana reside, sem dúvida, no fato de que o
homem não opera senão a partir do prévio conhecimento do objeto de seu operar. Esse
conhecimento não é uma simples representação como pode ocorrer na fantasia animal,
mas é um processo de assimilação ativa do real que torna possível uma atitude crítica
ou judicativa do cognoscente em face do objeto conhecido. (LIMA VAZ, 2008, p.45).
[...] o pensamento ético [...] encontrou nos últimos tempos da filosofia pré-socrática
poderosas expressões sobretudo nas obras de Heráclito e Demócrito, e alcançou uma
avançada instrumentação lógica na crítica dos Sofistas à moral tradicional, cuja influência
foi decisiva na gênese do pensamento ético socrático-platônico. (LIMA VAZ, 2008, p.93).
Assim como Platão, Aristóteles fala do homem político, social, condenado a viver na
pólis. Para Aristóteles, o homem deve cultivar a “justa medida”, que é o compêndio das
virtudes éticas, pela qual são administrados os impulsos e as paixões. A justa medida
“se traduz em um habitus e, portanto, constitui a personalidade moral do indivíduo.
Aristóteles teoriza deste modo a máxima dos gregos: ‘Nada em demasia’”. (LIMA VAZ,
2008, p.111).
Para Aristóteles, enquanto a política tem como finalidade o bem coletivo a ética tem por
finalidade o bem pessoal. A Ética é uma ciência muito pouco exata, uma vez que se
ocupa de assuntos passíveis de modificação. A ética se dá na relação com o outro. Para
determinar o bem que caracteriza a atividade própria dos humanos. (LIMA VAZ, 2008,
p.115).
A razão deve dirigir e regular todos os atos humanos. E nisso consiste essencialmente
a vida virtuosa. E, para ele, o fim último de uma vida virtuosa é ser feliz. Portanto, a
felicidade tem que ser o correto desempenho do que lhes é próprio: o uso correto da
razão.
3 A ÉTICA SOCRÁTICA
Numa perspectiva histórica das idéias éticas devemos dar precedência ao Sócrates da
visão platônica, pois foi este Sócrates que Aristóteles distinguiu como pai da Ética.
O pressuposto básico da Ética de Sócrates – “que basta saber o que é bondade para
que se seja bom” (LIMA VAZ, 2008, p.96) - pode parecer ingênuo no mundo de hoje, no
qual já está profundamente gravado na nossa mente que só algum grau de repressão é
capaz de evitar que o homem seja mau. Na sua época era uma noção perfeitamente
coerente com o pensamento – ainda que não com a prática – da sociedade grega.
Antes dele não teria havido uma reflexão organizada sobre a ética e o "homem moral" a
não ser o relativismo dos sofistas, neste sentido é inegável que ele é o "Pai da Ética.
A ética socrático-platônica se iniciou através de uma metodologia dialógica pela qual
Sócrates, a personagem principal dos diálogos platônicos, investiga os demais
personagens sobre os temas: 'homem interior' (psychê), 'verdadeira sabedoria'
(sophrosyne) e 'virtude' (arete).
O cuidado do homem interior exige, antes de mais nada, o conhecimento de si mesmo,
ou seja, o exercício de uma razão voltada para as 'coisas humanas'. Com objetivo de
fazer um reconhecimento de si mesmo para desfazer a falsa imagem de si mesmo e
evidenciar a própria ignorância sobre 'como devemos levar a vida', diz Sócrates:
'conheça-te a ti mesmo'. Reconhecer a própria ignorância torna-se uma "douta
ignorância", esta é a verdadeira sabedoria, a partir dela pode-se conhecer a verdadeira
virtude. (LIMA VAZ, 2008, p.96-97).
Sócrates ainda acentua alguns pontos que precisam ser trabalhados para a vivencia
desta ética, ou seja, uma melhor concepção do que é o homem interior, isto é, a alma.
Ainda, diz:
Os sofistas responderam a esta questão considerando que a Ética era mera convenção
social, Sócrates os refuta, afirmando que a aparente dissociação se dá justamente
porque os homens não sabem o que realmente é a bondade. Esta noção perdida em
meio à vaidade e a hipocrisia dominante a cegueira do homem, que ao invés de lutar por
objetivos reais confunde-se na névoa das convenções sociais. Já se sente aqui o
embrião da noção que Platão consolidará e generalizará na sua Alegoria da Caverna.
Assim ao mesmo tempo Sócrates busca uma volta às velhas tradições da Cidadania,
mas para isto precisa voltar-se contra estas próprias tradições. Ele aceita os princípios
gerais definidos por aquelas tradições, mas apenas como um conceito, uma categoria a
ser investigada pela mente humana, rejeitando tanto a forma pela qual estes valores são
apreendidos como o conteúdo usualmente atribuído a eles.
Assim ele ao mesmo tempo se contrapõe aos sofistas e aos tradicionalistas, aos
primeiros por negarem uma realidade objetiva e universal aos valores éticos, aos
segundos por não serem capazes de compreender a essência destes valores.
O problema ético, para Sócrates, é sobretudo, uma questão de definição de termos.
4 A ÉTICA PLATÔNICA
Platão, reconhecidamente continuador da ética socrática, tem como idéia diretriz de seu
pensamento ético, a ordem (kosmos). A ordenação é dada por sua teoria das idéias; o
mundo perfeito e imutável das idéias tem efetividade enquanto um modelo (paradigma)
que serve como referência, como medida do mundo mutável e imperfeito.
Platão [...] não dedicou nenhum de seus diálogos à Ética como tal, [...] mas [...] todo o
pensamento platônico, desde os imensos horizontes que abrange, retorna sempre à
questão socrática, reproposta solenemente a Trasímaco no diálogo que a tradição
colocou como prólogo da República: investigar no logos como devemos viver. (LIMA
VAZ, 2008, p.97-98).
A idéia da ordem exprime essencialmente uma proporção (analogia) que une elementos
e seres diversos no mais belo dos laços e será, portanto, uma relação analógica que
Platão irá estabelecer entre as partes da alma e suas virtudes, entre a alma e a cidade
e entre a alma e o mundo.
Esta é a proporção: as virtudes da alma estão para a alma assim como a cidade bem
ordenada está para o mundo (enquanto cosmos). Esta analogia para Platão serve como
um 'argumento lógico' que prova sua teoria.
O eixo da ampla reforma sugerida por Platão para construir a sociedade perfeita é a
substituição da oligarquia que reinava na Atenas Imperial dos mercadores por uma
timocracia, na qual os governantes seriam os melhores dentre os homens de seu tempo
em termos de conhecimento e sabedoria.
Nas implicações da utopia platônica é necessário limitar ao mínimo a propriedade,
extinguir as unidades familiares de forma a garantir que todos se sintam irmãos de fato
porque criados pelo Estado, não por famílias. Ele não se propõe a eliminar os
mercadores e agricultores, mas limitar-lhes a ação e, sobretudo, privar-lhes por completo
do poder político. Não seria imposta a dura disciplina da posse em comum das mulheres,
das dietas e exercícios rigorosos, mas exige-se obediência à lei dura e às ordens dos
Guardiões, a elite dirigente da lei e os governantes que seriam os Filósofos, que
elaborariam as leis.
Sobre estes Guardiões pesa tal grau de regras e responsabilidades que a escolha deixa
de ser um privilégio para tornar-se um sacrifício, exigindo perfeita identidade entre o bem
comum e a satisfação pessoal.
Insatisfeito com os rumos da polis, Platão concebe um sistema de governo no qual a
educação universal – rígida e valorizada – serve tanto como elemento selecionador de
quais elementos entrarão na classe dos Guardiões, como elemento da formação destes
guardiões.
No pensamento de Platão o reencontro da ética e da realidade se dá através de uma
grande reforma social, política e econômica que torne a cidade mais simples, mais
desligada dos valores materiais, mais igualitária. A preservação desta nova cidade só
poderia ser feita se o poder fosse centralizado nesta classe dominante dos guardiões e
o Filósofo que governaria a polis.
O problema do ethos e da práxis, transposto ao plano do logos filosófico e de suas
exigências, mostra-se assim solidário com uma concepção da realidade total é essa
solidariedade entre o Bem e o Ser que permite a Platão propor o primeiro grande modelo
ético da história.
Para a execução desse grande desenho, Platão tem diante de si três tarefas teóricas: a)
A primeira de filosofia política [...] uma polis que seja a imagem da polis ideal [...]. b) A
segunda antropológica [...] deve mostrar como se reflete na estrutura da alma individual
a ordem da cidade justa [...]. c) A terceira [...] em dois planos: [...] ontológico [...] acerca
do fundamento último da justiça [...] outro gnosiológico, que deve descrever o caminho
do conhecimento que leva à Idéia do Bem. (LIMA VAZ, 2008, p.101-102).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde o principio, não tínhamos uma idéia do que fosse ética, só a partir de Sócrates
que as idéias são unidas aos termos “morais” não esclarecidos plenamente e são
elaborados os moldes para a conduta do homem: fazer o bem e evitar o mal.
Platão por sua vez, sendo aluno de Sócrates, dá um passo a frente das concepções
éticas de seu mestre, contudo, não determinando nenhuma linha nitidamente sobre ética,
em seu pensamento, nas entrelinhas, dá continuidade ao caminhar ético socrático,
apesar de que, Platão eleva a herança de Sócrates a uma altitude especulativa com a
qual o mestre provavelmente jamais sonhara, através do Mundo das Idéias.
Assim, podemos considerar a concepção essencial da ética de Sócrates – segundo a
qual basta saber o que é a bondade para ser bom – é também a concepção de Platão,
mas com duas diferenças básicas.
Sócrates jamais exprimiu de forma objetiva o que ele entendia como bondade, deu
apenas definições negativas do conceito demonstrando o caráter superficial deste e
outros conceitos em sua época. Platão por sua vez define esta bondade como sendo a
Idéia Geral de bondade. Para descobrir o que era a Bondade seria necessário afastar as
sombras refletidas pelas convenções para chegar à noção em si da bondade.
A segunda diferença é que ao propor sua utopia, Platão esforça-se não para definir este
conceito absoluto de bondade, ao menos para definir como seria uma sociedade na qual
ela poderia prosperar.
O problema ético, para Sócrates, é, sobretudo, uma questão de definição de termos.
Para Platão, uma pessoa que conheça a essência da bondade sabe que só pode ser
feliz se agir corretamente.
Desta maneira, Sócrates, vê na razão argumentativa, isto é, na maiêutica o meio do
homem buscar conhecer a si mesmo e buscar conhecer aquilo que é bom e esta em si
interiormente e assim agir eticamente. Quanto Platão, busca no Demiurgo as vias para
a construção da ética, mas aqui, no mundo físico, os passos são dados pela educação
da polis, que gerará a conduta correta entre o coletivo e particular.
6 REFERÊNCIA
LIMA VAZ, Henrique C. de. Escritos de filosofia IV: introdução à ética filosófica 1. 4. ed.
São Paulo: Loyola, 2008, 483 p.
[1] É uma forma corrupta da cidade democrática, onde cada um faz o que deseja.
[2] Esta inicia o verdadeiro caminho da liberdade, posto diante de cada um assumir
racionalmente suas virtudes.
[3] O sujeito é plenamente livre do poder tirânico do Destino