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Gestão da Empresa Agrícola

ASSUNTOS: Formulação de problemas


Resolução pelo método de Lagrange e interpretação dos multiplicadores
Resolução gráfica

RESOLUÇÃO

PROBLEMA 1:

a) Neste problema o agricultor pretende maximizar o seu rendimento total, estando esta
maximização sujeita às restrições de terra e horas de trabalho existentes ou disponíveis na
exploração. Se definirmos duas variáveis, X1 e X2, representando o número de unidades
da rotação 1 e 2, respectivamente, a função objectivo deste empresário é dada por:

Max Z = 50X1 + 60X2

A restrição de terra diz-nos que o agricultor, fazendo as actividades X1 e X2 na sua


exploração, as quais utilizam cada uma 4 ha, não pode exceder a área que tem
disponível, ou seja:

4X1 + 4X2 ≤ 80

A restrição das horas de trabalho não permite ao agricultor, usando 10 e 30 horas de


trabalho por unidade de rotação, respectivamente, nas rotações 1 e 2, exceder a sua
disponibilidade, que é de 450 horas de trabalho:

10X1 + 30X2 ≤ 450

Por fim, temos as condições de não negatividade. O empresário tem que fazer as
actividades x1 e x2 a um nível positivo ou nulo; estas condições dizem-nos que não é uma
admissível uma solução que preconize fazer qualquer uma das actividades a um nível
negativo.

X1, X2 ≥ 0

A formulação completa do problema é então a seguinte:

Max Z = 50X1 + 60X2


s.a.

4X1 + 4X2 ≤ 80
10X1 + 30X2 ≤ 450
X1, X2 ≥ 0

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b) Para resolver o problema pelo método de Lagrange, vamos construir a chamada


função de Lagrange (ou Lagrangiana), que é uma função modificada da função
objectivo, que inclui a função original e as restrições do problema afectadas por um
multiplicador.

L = 50X1 + 60X2 + β 1(80 - 4X1 - 4X2) + β 2(450 - 10X1 - 30X2)

O símbolo β representa o multiplicador de Lagrange que, como já sabem, representa o


preço sombra das restrições. Se a restrição for totalmente satisfeita (ou seja, se se verificar
com a forma de igualdade), as expressões entre parêntesis anulam-se e L é igual a Z. Se
as restrições não forem totalmente satisfeitas, os multiplicadores de Lagrange tomam um
valor nulo, pelo que, também neste caso a função lagrangiana é igual à função
objectivo original. Estas condições são garantidas pelas condições de primeira ordem da
maximização da função lagrangiana que, em seguida, são apresentadas:

L /δX1 = 50 - 4β
δL β 1 - 10β
β2 = 0 50 - 10β
β 2 = 4β
β 1 β 1 = 12.5 – 2.5β
β2
L /δX2 = 60 - 4β
δL β 1 - 30ββ2 = 0 - - 60-50+10β
β 2- 30β
β2 = 0
L /δβ
δL β 1 = 80 - 4X1 – 4X2 = 0 80– 4X2 = 4X1 X1 = 20 – X2
L /δβ
δL β 2 = 450 - 10X1 – 30X2 = 0 - - 450-200+10X2-30X2
=0

β 1 = 11.25
10 = 20β
β2 β 2 = 0.5
X1 = 7.5
250 = 20X2 X2 = 12.5

O resultado deste problema indica que o empresário maximiza o seu rendimento total se
fizer a actividade X1 ao nível 15/2 e a actividade X2 ao nível 25/2, conseguindo com isso
um rendimento total de [(15/2)*50] + [(25/2)*60] = 1125.

β 1 e β 2 representam o aumento que teria a função objectivo se a disponibilidade do


recurso a que se referem aumentasse de uma unidade. Por exemplo, se o empresário
pudesse utilizar dispor de mais um ha de terra, o seu rendimento total aumentaria em
11.25 u. m., valor que é indicado pelo multiplicador, ou seja, β 1 = 11.25.

Podemos ainda verificar que o uso dos dois recursos dados pelos lados esquerdos das
restrições esgota completamente a sua disponibilidade para o caso da terra e das horas
de trabalho.

4 * (15/2) + 4 * (25/2) = 80
10 * (15/2) + 30 * (25/2) = 450

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Se tal não acontecesse em relação a qualquer das restrições o respectivo multiplicador,


β , seria nulo, interpretando-se economicamente como um recurso considerado não
escasso e logo com económico nulo ou como uma limitação redundante, logo sem
custo económico.

PROBLEMA 2:

a) Neste caso, o objectivo é minimizar o custo da ração, cumprindo os requisitos nutritivos


da alimentação do efectivo, isto é, assegurando que as necessidades alimentares dos
animais, em cada um dos elementos nutritivos, é satisfeita. Assim, definido X1 e X2 como o
número de Kg de concentrado A e concentrado B, respectivamente, a fornecer aos
animais, o objectivo do empresário pode ser modelado por:

Min Z = 5X1 + 10X2

As restrições representam os níveis de nutrientes mínimos diários que devem ser


garantidos. A primeira restrição é, portanto:

50X1 + 20 X2 ≥ 4000

que nos diz que o produto dos níveis de carbohidratos por Kg de alimento pelos Kg
fornecidos tem que ser pelo menos igual às necessidades totais diárias do efectivo em
carbohidratos.

Note-se que o lado direito da restrição é a necessidade total diária de energia para o
efectivo, ou seja, 20 cabeças vezes 200 gramas por cabeça, o que dá 4000 gramas de
carbohidratos.

As restrições relativas aos restantes nutrientes formulam-se exactamente da mesma


maneira, pelo que as equações que lhes dizem respeito são:

30X1 + 30 X2 ≥ 4200
10X1 + 50 X2 ≥ 3000

Finalmente, devemos incluir a condição de não negatividade, que nos diz que de cada
alimento só podemos comprar uma quantidade positiva ou nula. Temos, portanto,

X1, X2 ≥ 0

O problema formula-se então do seguinte modo:

Min Z = 5X1 + 10X2

50X1 + 20 X2 ≥ 4000
30X1 + 30 X2 ≥ 4200

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10X1 + 50 X2 ≥ 3000
X1, X2 ≥ 0

b) Resolução gráfica

Para resolver o problema graficamente devemos, em primeiro lugar, definir a “região


admissível”, isto é, o conjunto de pontos que satisfazem, simultaneamente, todas as
equações. Para o fazer, vamos considerar as diversas equações que formalizam as
restrições:

A primeira é 50X1 + 20X2 ≥ 4000. Se definirmos X1 em função de X2, temos X1 ≥ 80 –0.4X2

Quando X1 = 0, temos na igualdade:

80 –0.4X2 = 0 => X2 = 200

Quando X2 = 0, temos na igualdade:

X1 = 80

Ou seja, definimos uma recta que intercepta o eixo X2 no ponto X2 = 1/32 e o eixo
X1 no ponto X1 = 1/80, as ordenada e abcissa na origem, respectivamente.

Se fizermos o mesmo para as outras restrições vamos obter mais duas rectas, que
interceptam os eixos nos seguintes pontos:

- para a segunda restrição, o eixo X2 no ponto X2 = 140 e o eixo X1 no ponto X1 =


140.
- para a terceira restrição, o eixo X2 no ponto X2 = 60 e o eixo X1 no ponto X1 = 300.

Temos assim o seguinte gráfico:

X2 250

200

150

100

50

0
0 50 100 150 200 250 300 350
X1

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A restrição de não negatividade limita-nos ao primeiro quadrante e as restrições de maior


ou igual indicam-nos que a recta que representa a igualdade representa os valores
mínimos que as mesmas podem assumir, pelo que a zona sombreada constitui o conjunto
de soluções que satisfazem simultaneamente as restrições do problema.

A função objectivo pode também ser definida por uma recta no plano X1X2. Assim,
resolvendo-a em função de X1, vem que

Z = 5X1 + 10X2  X1 = Z/5 – 2X2,

Ou seja, para cada valor de Z, temos uma recta com declive -2, variando apenas a
abcissa na origem.

Por exemplo, se Z = 500, X1 = 100 – 2X2. Para representar esta recta, procederíamos da
mesma maneira que nas das restrições, achando as intersecções com os eixos. Se Z =
1000, X1 = 200 – 2X2. Podemos representar graficamente a função objectivo para este
dois valores arbitrários de Z. Menores valores de Z correspondem a representações
gráficas das funções objectivo mais próximas da origem, com menor abcissa e ordenada
na origem e o mesmo declive.

X2 120
Z = 1000
100

80 Z = 500
60

40

20

0
0 50 100 150 200 250
X1

Se sobrepusermos a representação gráfica das restrições e da função objectivo, e


deslocarmos a recta de Z, aproximando-a da origem, ou seja, diminuindo o valor de Z,
encontramos um ponto, o mais próximo possível da origem, em que Z ainda toca a
região admissível. Este ponto é o mínimo valor de Z admissível, ou seja, o menor valor da
função objectivo que satisfaz as restrições do problema.

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X2 250

200

150
X1*, X2* (100,40)
100

50

0
0 50 100 150 200 250 300 350
X1

Como se pode verificar pelo gráfico esse ponto indica o valor óptimo de X1 e de X2. Se a
representação gráfica não for suficientemente clara para indicar esses valores, eles
podem ser matematicamente encontrados, resolvendo um sistema que represente as
restrições que se intersectam no ponto sugerido pela representação gráfica, como
solução óptima do problema. No nosso caso, as restrições são a 2ª e a 3ª, pelo que:

30X1 + 30 X2 = 4200 => X1* = 100


10X1 + 50 X2 = 3000 => X2* = 40

Finalmente, a ração que cumpre as restrições e tem o menor custo, incorpora 100 Kg do
concentrado A e 40 Kg do concentrado B e custa 900 u.m.

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