Sei sulla pagina 1di 7

www.cers.com.

br 1
1. Requisitos do princípio da insignificância:
a. Mínima ofensividade da conduta do agente
b. Ausência de periculosidade social da ação
c. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
d. Inexpressividade da lesão jurídica causada.

2. Situação econômica da vítima

“A verificação da lesividade mínima da conduta apta a torna-la atípica, deve levar em consideração a importância
do objeto material subtraído, a condição econômica do sujeito passivo, assim como as circunstâncias e o resultado
do crime, a fim de se determinar, subjetivamente, se houve ou não relevante lesão ao bem jurídico tutelado” (STJ,
REsp 1224795, Quinta Turma).

O STF não reconheceu como insignificante o furto de “disco de ouro”, tendo em vista que o prêmio artístico, apesar
de não ser de ouro, era dotado de valor inestimável para a vítima (valor sentimental). Nessa hipótese, o STF levou
em conta o valor da coisa subtraída para a vítima, a qual recebera o prêmio após muito esforço para se destacar no
meio artístico (HC 107615/MG)

3. O princípio da insignificância e o réu reincidente, portador de maus antecedentes ou criminoso habitual.

Cuidado! O Plenário do STF, ao analisar o tema, afirmou que não é possível fixar uma regra geral (uma tese) sobre
o assunto. A decisão sobre a incidência ou não do princípio da insignificância deve ser feita caso a caso (STF.
Plenário.HC 123108/MG, HC 123533/SP e HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 3/8/2015 (Info
793)

Atenção! Contudo, observa-se que, na maioria dos casos, o STF e o STJ negam a aplicação do princípio da insig-
nificância caso o réu seja reincidente ou já responda a outros inquéritos ou ações penais.

Princípio da insignificância:

Casuísticas

a) Posse de droga para consumo pessoal


b) Tráfico ilícito de drogas
c) Crimes do Estatuto do Desarmamento

www.cers.com.br 2
 HC 133.984, STF - 17/05/16: pingente como munição.
 HC 132.876 – STF - 16/05/2017: uma munição no interior da residência.

HABEAS CORPUS. PENAL. ART. 16 DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI 10.826/2003). PORTE ILEGAL
DE MUNIÇÃO DE USO RESTRITO. AUSÊNCIA DE OFENSIVIDADE DA CONDUTA AO BEM JURÍDICO TUTE-
LADO. ATIPICIDADE DOS FATOS. ORDEM CONCEDIDA.
I – Paciente que guardava no interior de sua residência uma munição de uso restrito, calibre 9mm.
II - Conduta formalmente típica, nos termos do art. 16 da Lei 10.826/2003.
III – Inexistência de potencialidade lesiva da munição apreendida, desacompanhada de arma de fogo. Atipicidade
material dos fatos.
IV – Ordem concedida para determinar o trancamento da ação penal.

Cuidado! Essas decisões não alteram o entendimento do próprio STF, de que os crimes do Estatuto do Desarma-
mento são de perigo abstrato.

d) Crimes cometidos em situação de violência doméstica

Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados
contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

e) Crimes contra a Administração Pública


 STF, HC 104.286/SP:
 STJ AgRg no AREsp 487715:

f) Crimes ambientais

Obs. Tanto o STF quanto o STJ, dependendo do caso concreto, têm aplicado o princípio da insignificância em
relação aos delitos ambientais (Info 816 - 01.03.2016 - 2ª Turma do STF - Inq. 3788/DF, Rel. Min. Carmem Lúcia)

g) Atos infracionais

Princípio da ofensividade ou da lesividade

Conceito: Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado.

Classificação do crime

Dano: ocorre a efetiva lesão ao bem jurídico.

Perigo: o legislador se contenta com o risco de lesão ao bem jurídico.

 Perigo abstrato: a lei presume de forma absoluta que a conduta é perigosa. Não precisa comprovar o perigo.
Praticou a conduta, ocorreu o crime.

 Perigo concreto: para ocorrer o crime, tem que demonstrar no caso concreto que a conduta foi perigosa.

Atenção! Parcela da doutrina defende que os crimes de perigo abstrato são inconstitucionais, por violarem o princí-
pio da ofensividade ou da lesividade.

Fundamento: presumir prévia e abstratamente o perigo significa, em última análise, que o perigo não existe.

Obs. A doutrina amplamente dominante e também a jurisprudência admitem os crimes de perigo abstrato. Trata-se
de uma técnica que deve ser utilizada pelo legislador para proteger de forma eficiente bens jurídicos.

Questão: Como saber se o crime é de perigo concreto ou de perigo abstrato?

www.cers.com.br 3
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade
de outrem:

Princípio da exteriorização ou da materialização do fato

Questão: Nosso direito penal é um direito penal do fato ou um direito penal do autor?

Código Penal

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Obs. O nosso ordenamento penal, de forma legítima, adotou o Direito Penal do fato, mas considera circunstâncias
relacionadas ao autor quando da análise da pena.

Princípio da legalidade

Origem:

Fundamentos constitucionais:
- art. 5º, inc. II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
- art. 5º, inc. XXXIX: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.

Fundamento legal:
- art. 1º, CP: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

Princípio da legalidade: reserva legal + anterioridade


 Não há crime sem LEI, não há pena sem LEI:
 Não há crime sem lei ANTERIOR, não há pena sem PRÉVIA cominação legal:

Desdobramentos do princípio da legalidade

1. Reserva legal: Não há crime ou pena sem LEI

Abrange contravenção penal?

Abrange medida de segurança?

Atenção! O princípio da reserva legal impede sejam criadas infrações penais por meio de:
a) Medida provisória: art. 62, § 1º, CF
b) Decreto:
c) Lei Delegada:
d) Resoluções: (CNJ, CNMP, TSE etc.).

2. Anterioridade: Não há crime ou pena sem lei ANTERIOR

3. Não há crime ou pena sem lei ESCRITA

Obs. O costume auxilia na interpretação das leis. O costume interpretativo é chamado de costume “secundum le-
gem”.

Aprofundando o tema: O costume pode revogar uma infração penal? Ex. jogo do bicho, pirataria, etc.

Atenção! Somente a lei pode revogar outra lei. Não existe costume abolicionista (STF e STJ)

www.cers.com.br 4
Súmula 502, STJ

Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, CP, a conduta
de expor à venda CDs e DVDs piratas.

Princípio da insignificância x Adequação social

Adequação social: apesar de uma conduta se ajustar a um tipo penal, não será considerada materialmente típica
se for socialmente adequada ou reconhecida.

4. Não há crime ou pena sem lei ESTRITA.

5. Não há crime ou pena sem LEI CERTA

Lei 4.898/65 (Abuso de autoridade)


Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença.

6. A lei penal deve ser NECESSÁRIA

Questão: Se somente a lei pode criar crime, quem pode editar essa lei penal?

Art. 22, CF. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

Exceção: art. 22, parágrafo único.


Obs. Lei Complementar da União poderá autorizar os estados a produzirem leis penais, mas apenas para questões
específicas, ou seja, de interesse daquele estado.

Tema: Norma penal em branco

Conceito: é a lei penal incompleta.


 Regra: o legislador descreve a conduta, mas algum dado precisa ser complementado por outra norma.

1. Própria, em sentido estrito ou heterogênea:

Lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas)

Art. 1º. (...)


Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar
dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Execu-
tivo da União.

www.cers.com.br 5
2. Imprópria, em sentido amplo ou homogênea:

Atenção! esse complemento pode ser uma lei penal ou extrapenal.


 Lei penal + lei penal:
 Lei penal + lei extrapenal:

Em resumo:
1. NPB própria, em sentido estrito ou heterogênea:
2. NPB imprópria, em sentido amplo ou homogênea:
a. Homóloga ou homovitelina:
b. Heteróloga ou heterovitelina:

Aprofundando o tema: Por que o legislador faz uso dessa técnica legislativa?

Questão: A norma penal em branco heterogênea viola o princípio da legalidade, na medida em que seu
complemento não advém de uma lei?

1C – Sim, pois impossibilita a discussão amadurecida da sociedade a respeito do complemento. É a posição de


Zaffaroni, Rogério Greco, Paulo Queiroz e Nilo Batista.

2C - O legislador criou o tipo com todos os seus requisitos básicos, discutindo no Congresso (no Parlamento). A
remissão ao Executivo é absolutamente excepcional e necessária por razões de técnica legislativa. O Executivo
limita-se a esclarecer um dos requisitos do tipo.

www.cers.com.br 6
www.cers.com.br 7

Potrebbero piacerti anche