Sei sulla pagina 1di 65

I Igreja .

,
.

Luterana REVISTA TEOLóGICA


da Igreja Evangélica Luterana' do Brasil

'.

••

Ano XXIV Pôrto Alegre 1963


CASA PUBLICADORA CONCÓRDIA' S. A.
II
EJA REVISTA TEOLÓGICl~_·
d.a Igreja Evang-éLca Luterana do Brasil
(trinlestral)
.'\utüri7.af1a circular por despacho do n .L P. Proc, 9, 651-4C
f
R,edatoI'c§; Prof~ Dr~ H~ R,üttnlunn Editôrâ: Casa Puhlieado:"u ()oneórdia S.A..
P:;~of~O.. li. Goerl Tira.2"eUl; 350

-,-~n.o XXIV Pôrto Alegre 1963

I N

INTROIRTÇ1A.ü

«A rnorte éa dissolução e Q fin1 de tôdas as dores~'


\rvlorsorrl11ium dolortlill solLrtio et finis est) .. I\festa «sa=
beàoria» de Sêneca se enl.briagaran1 todos os ateus do
passado e do presentea O preceptor de ~Jero, por SLia vezt
se abastecell na fonte dos epicu.reus e de Protágoras que
lhe tranS"\/âsot.l a bebida inebriante: «Por (rUe temeis o
inferno) as tre\TfiSi que são nOlTl€S ocos·?» Estas senten-
ças se tornaranl o «ev"'a:ngel11o» e:ntorpeeente de todos. os
qlle têm razão de temerUD18. outra existência de retri-
buiçào e de eqÜidade, (Cf~ I Co 15.32 _n_ «Cor:narnos e
bebamos1 que 8xnanhã n:118T'rerenlos.),)}
I\Jão S~ dto conta, entretantü; q1Je blasül1arn con-
tra a própria convicção, é;xnorclaçarldoa con.sciência e
procLlrando ignorar de r)eus e
o eonhecinl€ITto natuTaJ
de sua iEscrjta eUl seus corações Isto se e~lidenciét a

pelo fato de outros pensadores pagàos~ rnais prOfttrlClos 0


t~:~et~t:t~,tei~~~i~U~~~
d:d~:I~~~~~l~:
~~~~~~~s ~~[~~~n~~'
de de uma ete:rnidade,P.~i:nda ter1105 numerosos testernlJ-
nl10Sde renegados ql.Ie1 na hora da E1orte: eorifessaranl
a sua estultícÜ:. Cita.mosapeI1EtS o caso do poeta l~ber-
tino Bocage qv_e1 TIa agonlaj ditou aquê}e sonêto célebre
cJue terrr;jna COil1 as pala,vras: «R.asga lnetls versosj crê
na eternidade!»
Il1reliz:G.lente a igreja cristã visível foi invadida pe-
las ondas de sen1elhante irrlpiedade. Na esteira dos sa=
d11ceus (desmascarados por Jes-us) navegou Clrígel1es,
dOlltrinando que o infernO' nada seria~ senão a angústia
da consciência., e o fogo e os tormelÚos nada mais, do
que a tortura da consciência despertada. Leão X orien-
tou a sua rota pela mesma bússola. Na época contem~
194 o Inferno

porânea são legiâo os pregadores de numerosas seitas bénl


que negam, ou integralmente ou em parte, a doutrina es- r. '1:-'~;•. -. -;..,~_
C~l; '':',:~ ::-;
crlturística do inferno. Em conseqüência desapareceu to-
do o temor da condenação e o vocábulo «inferno» passou
para a gÍl'la como expressão de fôrça e de pragu2jamento.
Não pouco contribuiu para o descrédito de que a
doutrina do inferno goza hoje, particularmente nos CÍr- lcl-l ..:..
;..v_'- '--'-
culos culturais mais elevados, a exploração que a lite-
ratura fêz daquele tema. O poeta italiano Dante, para
mencionarmos um dos muitos, compilou uma mescla de
mitolog~a pagã, heresia romana e imaginação. O grão
de fermento da verdade que a Divina Comédia ainda con-
tém, é tão diminuto que não chega a levedar a massa
da ficção; em conseqÜência nâo proporciona alimento sa-
dio, mas provoca uma indigestão que se pode tornar fa-
tal. Talvez êle, como também outros servidores das mu-
sas, nutrissem as melhores intenções; seu engenho, po·
rém, concentrado neste tema, surtiu efeito contra produ-
cénte, É'egundo o julgamento de um cura d'almas impar-
ciaL
•F. Pieper C1?ogm. rIr, 611):. <~Quehá .l:ma conde-
naG3.0 que vem sobre os 110TI1enS,apos essa v~na: em con-
seqüência de seus pecados, .é possível conhecer] de alguD1
modo, pela luz da natureza. Êste conhecimento se en-
contra no domínio da lei, e a lei age, também no homem
!1~.tural, náo ape~,,;s po~ sua, fôrça normativ~,. ma;, taI?-
bem em sua qualwaae Julgaaora e condenator~a, l~or IS-
so ac11amos.entre os gertios a à·nutrina do l1adcs corn os
seus castigos depois desta vida. A Escritura Sagrada
ens~na o fato da cOIldcnaçtlo eternrr tão cinTa e h1clslva-
mente que a meSD1.asom.ente pode ser ne~ada conl H 22-
Je1_ção simultànea da atltorldade da Escritura. l~ Bíblia
p5e a bem-aventtlrança eterna dos crentes e .?1. cGEde
r:açã.o eterna dos incrédtllos lado a lado, de modo ql.le~
coma negaç~io desta, tarnJJérn aquela de,\l€ ser recEsada.»
.l-\Desar de ter sofrido a D1alS violenta
erl1.têd8.s as enl e~:p2ciaI tarnbérrl neste ponto de
SClIS ersinarn.entos1 a Escritr~I'a Sagrada C())'ttiiTUé1., con-
tudo; sendo para nós a Sllpren1ê1 e inconcus2a autorid.a=
de e :norrna da fé c da vida, à cuja obediência sl1bme",
temos pronta e i.ncondici.oralnlente tê·da a nossa razEi.o.
e sentjIYlent.os~ É o alvo proposto, a regra segu5da nes=
ta tese: Jlpresentar a doutrina do inferno tão sôn1entc~
8 luz ~da EscrItura, exclLÜ~do.qL1alq.Ller jn!erferênci~ da
fantasIa h'Llmanaj. senl.pre rertll enl lTIOVaçOese explana-
ções as m.a~~seuriosas.
Ê necessário ainda não perder de vista maIS um pon-
to importante: Tudo o que a Escdtura doutrina, tam-
O· Inferno )95

umerosas seitas
bêm com respeito ao inferno, o ensina para ser crido,
", a doutrina es- embora que a nossa razão não o possa compreender ou
desapareceu to- rln13J? e desagrade aos nossos sentÜnentos. Eisa nossa
inferno» passou norrl1(}, sem,elhante a de Chrlstian Lud'vvÍg S.c11e~dt:.Creio
pragü~jamento. ~~a~le dIz a palavra de Deus, cJuer eu o COYl1preeEdaou
édito de que a qtler r,ào (Ich glallb', v/as Jesu~ \íVort 'versprlcht~
rmente nos cír- icb fuerll' es oeleI' fuehl' es nicht).
ção que a lite-
no Dante, para
uma mescla de PRIMEIRA TESE
nação. O grão
1édia ainda con-
ôvedar a massa
POR Q~JE HA UIo/IiNFL;.RJ.;fO? í.iIJEM Ê RÉTI .DO
INFERNO?
!na alimento sa-
pode tornar fa- Tese; A Escritura ensina qlJe 11euspreparou, por
lidares das mu-
Cristo, uma eterna salvação para todos os homens de-
'u engenho, pa- caídos e a proclama pelo Evangelho. Os que nào a acei-
to contra produ- tam pela fé, permanecem ern seu estado de degradação
d'almas impar- e são condenados às penas do' inferno, por lJnl' ,ato de
justiça, verdade e onipotência divinas:
há uma conde-
a vida, em con- 1. Ao. cúrrupção geral do gênero humano
lecer, de algum
cimento se en- «Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens,
bém no homem para ver se há quem entenda, se há quem busque a
tiva mas tam- Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corrom-
.. '. ~ ..
'ataria. l~or 1S- peram: nào há quem faça o bem, não há nem um se-
J ha(1cs eO~11 os quer», (SI 14.2,3).
,
ritura Sagrada É o resultado desaIentador e incontestável de um
~aaa
,
laTa e E1C2S1va...
eC>D1R 1"2'"
inquérito sumário que o Deus onisciente instaurou con-
I::.. Bíblia tra as criaturas visíveis por excelência que, no principio
>2S e a ecn~de- do tempo, havia criado segundo a sua imagem, em per-
de modo crue. reita justiça e santidade. Por culpa própria os homens
ser »
haviam perdido esta semelhança divina, incorrendo na
pena estabelecida: «Certamente morrerás!», pena essa
que se iniciOl.l COln o seLl afastarúento ·irn.ediato da ár-
neste ponto de vore da vida. Por voto voluntário se haviam decidido
continuct, COI1-
=:V8S'a autorida ...
;-?mfavor de ur:n nÔvo senhor~ ao qtlal passarianl a per-
diêncin subme- tencer .(«Quern co~e~e ,~ecadoj é do ~iabo>~~,I ~Q 3.8)
e de CU]a sorte partICIparIam (<<Ápartar-vos ctenl1m, lTlal-
a nOSf:~arazfio
ditos, para o fogo eterno, preparado para (; diabo e seus
a seguida ne5- 3njos»j IVlt 25,41).
o tão somente
() último versículo prO\la também que originalnlen ..
rterferf2nc1_a da
te o inferno foi instituído como Dena para Satanás. «(me
Ôc-::'s e explana- vive pecarLdo desde o prinCipio».!; (1Jo 3.8), e os espí~
ritos que com êle apostaram. Apoderando-se dos pro-
rnais um pon- genitoresda raçah"umana (cf. Gn3), fê-Ias comparti-
doutrina, tam- lharda sua desgraça, a >êles e a t.odos os seus descen-
196 o Inferno

dentes, como acusa Rm 5.12: «Portanto, assim como


por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pe- !1n~t:
cado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens. porque todos pecaram.»
2. A salvação universal por Cristo
c
Em sua infinita misericórdia, porém, Deus la11çou de
mão de "tIni exped~eI1te ún~,co e inaravil110S0, qLle 111edi- g2nltC'.
tou o seu amor eterno, a fim de recuperar a geração hu-
mana, tra:rsviadae apostatada. Logo após aqueda, re .. n'1esrnc
veloL1ét Adão e Eva o plano da redençào, já elaborado
er11. todos os sellS detal!les 118. eternidade, na primeIra
profecia messiànica: «Forei inimizade. esta te feri-
rá a cabeça ... »). Gn 3.15. Como luna estrêla de espe-
rança brilha no 'firrnam.ento do Antigo Testamento, em
"01''''''a
.l .......:.
..:..:..
"'o "~;+or"'rja~
Ll'L- ...•
lC..:..t..L- d .....
n~'-'"""";~~
~ ~ ~J.1V.i..~:.;.c"?,
a Dro.mç.",,,~ rln 1\Jr,.,~"';ns
_. L _' .l.•.....•.
>--.0Ct \AV ..:\..:..
.•....
0~_.a •..
-., (:OLl ;L
do servo Ue Deus, CUJa mlssao e resur;nda em 1S 49.6: G8.:::'

«POLlCO é o sêres' nletl servo, para restaurares as tribos


de Jacó~ e tornares a trazer' os remanescentes de Israel;
também' te dei como luz para os gentios, para sêres a
lninha salvação até à extrenlidade da terra.»
E qLle os crentes da .i-\ntiga p.Jiança já tlverarrl lIma
110çào e COYl~preensào beBI :nítidas do sentido das profe-
cias messiânicas, nõ-loprova o Último versíctÜo do sal- CUl.=.:--'-:':'

mo com o qtlal in:iciamos esta tese: «Oxalá de Sião vies ...


se já a salvação de Israel! {~uando o Senhor restatlrar
a sorte d0 se-1 p:}vü, e11tão eXl11tará Jacó, e Israel se ale·",
grará.>." (14.7)
«Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou
S€Ll Filho, r:asc5do d.e r:.~iul11er, nascido sob a lei, para res·-
gatar os que esta'Tan1 sob a lei, a fim de qtlê re::ebêsse-
mos a. adoção de fi1110S.;,> (GI 4".4.5) E o FIlho de DetlS
ht::tTla:nado perfez 111tegralmente a Inissã.o pell.osa, rnas . ~. --~- --
tarnbém gloriosa, de que fôra incurnbido1 libertaIldo os
h-on1eIls do cativeiro de Satanás «< .. ,. para qlle, por S1Ja
morte! destruísse aquêle qL:.e tenl o poder da morte; fi
saber, o diabo, eli-:/rasse a todos cfue. ljelo pavor da lTIOr-
te estavam sujeitos à escravidão por téda a vida;~. IIb
2.15), rer!1ovendo a ·culpHJ a ofensa (<<Porqu.e, corno pela
(loroobed'l'ê-n~;ati',
h_.~· '-- _t.....I. v:.t:.
L'm <;:0' hom·er., m'1"co'" "'e -'-'-'-'I,nrn"'1 r.e
u~~ ..I.~.•.•.•. l_,.H
~J.. ~ - • _l..;:) .••::~- ..••l;,..-J ~(A. d~tl 1.1 '-
c~~aores, aSS1111tarnoem por meIO d.a oõecüenCla Ciêll111
só muitos se tornarão justos;>, Rm 5 .19), adquirindo-lhes ---
~
- --,---_.
------
-_._~
..-
.,.- ....----,-
---
..•. --
-
novamente o direito de fi1110S de Deu~se herdeiros da vi=
da eterna (<< ... a. fim de que recebêssemos a adoção de
filhos. " e, sendo filho. também herdeiro Dor Deus».
Gl 4.5,7). Anulou a máldlção «Certamente h10rrerás!»',
como está escrito. «Nosso Salvador Jesus Cristo não só
o Inferno 197

-,to. assim como destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imorta··
..'.mdo, e pelo pe- Edede.» (II Tm 1.10)
?SSOU a todos os
Pela sua obediênc~a ativa e passiva, cumprindo per-
;'c' tarrente a lei de Deus e sacrlficar:do-se a si mesmo
l,J lenho da maldição, reconciliou os homens com I:e',Is
Cristo (lI Co 5.19), de modo que pode agora ammdar: «EIs
(:.;;:-,faço r:ovas têdas as causas!» (Ap 21.5) El-c:1 virtu-
:'11. Deus lançou de da «satisfactio vicaria», oferecida pelo seu F1Jho uni-
:J'30, que lhe di- g2nito, Deus decretou anistia plenária, indulto total pa-
:.1' a geração hu- ra todos os pecadores (<<resgate por todos, I Tm 2.6,
X)S a queda, re- mesmo aOs que posteriormente o recusam II Pe 2.1).
:'0, já elaborado
:12, na primeira 3. A anistia geral proclamada no Evangelho
esta te feri-
estrêla de espe- E para que chegasse ao conhecimento de todos os
Testamento, em interessados e rÜnguém pudesse alC'gar ignorância, man-
-ssa do Messias, dou aÍixar o edital de clemência nas págll:.as das Sagra-
:c'.a em Is 49.6: das Escrituras, proclamar a mer;sag;em do perdão, da li-
'cTares as tribos berdade e da pez no santo evangelho. Cumprindo conl
~entes de Israel; o seu oficio profético, o próprio Jesus iniciou a pregação
5, para sêres a da boa nova ÔD. salvaçã.o, da restauração das relaç5es pri-
-rra.» mitivas entre Deus e os hmnens. R2tornando aos céus,
já tiveram uma incumbiu desta missão os seus discípulos. Os pregado-
,tido das profe- rc:s, como embaixadores de Cristo, percorrem o mundo,
'ersículo do sal- conclamando têd::ls as nações: «Em nome de Cristo, pois,
dá de Sião vies- rogamos, que vos reconcilieis com Deus!» (II Co 5.20)
enhor restaurar É êste o camiinho a seguir, traçado por Deus, para a
e Israel se ale- apropriação dos frutos da redenção de Cristo aos peca."
dores: «Que em seu nome se pregasse arrependimento
)0, Det~s enviou para remissão elos pecados a tôdas as nações.» (Le 24.47)
a lei, para res .. (Incluímos no evangelho os santos sacramentos). Pela
? que re::ebêsse- fé no evangelho, « a palavra da reconciliação», o peca-
) Filho de Deus dor é absolvido em particular e participa das prerroga-
\0 penosa, mas tivas da redenção do Filho de Deus: Remissão dos pe-
). libertando os cados, vida e salvaçã.o. (<<Atua fé te salvou; vai-te em
-'a que, por sua paz!» Lc 7.50)
e1' da morte, a Não perderemos tempo em cogitações sÔbre se Deus
) pavor da mor- não poderia doutra maneira ter efetuado a salvação da
1.a a vida». Hb humanidade. Não se discute do que Deus pode, mas do
,'que, como pela que êle quer. E é esta a sua vontade que revelou na
e tornaram pe- constituição universal da Biblia.
2diência de um «Se bem que não podemos fornecer, no caso de al-
adquirindo-lhes gumas pessoas e de alguns povos, a prova histórica de
lerdelros da vi- que o evangelho do perdão lhes tenha sido anunciado,
as a adoção de basta a asseveração categórica que a Escritura faz tan-
iro por Deus», to da graça universal de Deus como da incredulidade
nte morrerás!», geral dos homens, como testemunho insuspeito de que
; Cristo não só Deus quer transformar a inimizade de todos os homens
198 o Inferno

em amizade para com êle.» (DI'. Dau, Texas S:ynodalbe- armga


rieht, 1907) Assim o juizo final sôbre os ímpios será de
eqÜidade imparcial e inapelável.

4. A bidlvisào (Zv·.'eiteilung) da lmmanid::l:de

É neste ponto que se inicia a segunda tragéd;a de


conseqÜênc;as calamitosas. A grande massa da huma-
nidade recusa o braço ester-dido de De·'.s, rrocura igno- causas F -=-~
criti.Jl';"l
rar ou despreza ostensivamente o convite do evangelho,
rnern 8"_U=
resiste ao Espírito Santo que opera no coração, perma-
necendo assim em seu estado de degradação e incidindo do e\'ar_~>:_~~_
decls8_c·
finalmente na pena preestabelecida: «Renegarão o So-
}_'a ti.e:~'_::.
berano Senhor que os resgatou, trazendo sêbre si mes-
nl;)S repentina destruição», II Pe 2.1.
A graça de Deus é universal (<<Deus nosso Salvador
desejo que todos os homens sejam salvos», I Tm 2.4),
e no evangelho é oferec;da incondicionalmente a todo pe-
cador, sem exceção alguma (<<... não somente pelos nos-
sos, mas ainda pelos do mundo inteiro», I J o 2.2). A
maioria dos regiamente agraciados, porém, em incrivel
idemiL:-=
e irresponsável leviandade, nã.o se vale desta oportunida-
crib8;:
de, para fugir à prisão tirânica. Orgulho, indiferença ou se DGi-
desespêro são três manifestações ou matizes de um fe-
ca1'8.C--=
nômeno único que designamos por i!'cl'edulidade,
late :_:~~_
Apenas uma minoria (<<Não temas, ó pequeno re-
lTlP
banho ... », Lc 12. 32) da grande massa percFda em'(>
IVrt -
re:l~ por outro caminho. São os Que Viel'?ffi de gré'nde
tr1bulaçâo (Ap 7.14), de um estado de perdição igual perte~'.;~=~~ -0:-

COl d.'"ci_
con1 o dos demais (<<Porque não há distirç5~o! pG~,S toclos
P02,<jl-'arJ e carecom da glória de Deus», R~ 3.22), cb.a- lanço:.::
1 . ~ , .. ~ t -1 . l' .•. , tende::::
rnac ,~~ p~lO ~Splr~to~a~ o, e pO: e_e tan1~en1 111)mnlaaOS;
santiIlcados e eon.S€TVê.OOS ra fe verdadeIra. De\.Ten1 to-
do o seu processo de rect~peração excllIsl\lamente à gra,..
ça de Deus (<<F~cIagraça 'soJ_s salvosJ D'ledi.ante a fé; e
isto r~ão \7em devós~ é çlOnl de DelIs; rão de pa-
ra. qu,e ningt~ér(:, se glorie» i Ef 2.8.9), enq1Jé:U.lto' o gros-
so qlle perrnanece, pela incredtÜidade,' no estado deper-
df çi·']~ fr.~lopor cu}r~3. própria (« ... vós não quisestes»~
23. 37) ~

scnt~'~~:;~~ ll~f~:~~
t~~~~ ~~~u~r~;1a,
~Sl~~~~~'l~~a~;?di~:~~~t~,
«Quem núo é por n1in17 é contra rnim». IVIt 12.30, Por
nattlreZ8. todos os 110rrrens sào i:nin~ligós de Deus (<<O
pendor dacarnê é inirniza.de contra DeLls.»1 Rm 8.7) e
debaixo da mesma condenação (<<Érarrns por natureza
filhos da ira, como também os demais». Ef 2.3). A men-
talidade dos crentes, porém, pela fé foi transformada em
o Inferno 199

.exas Synodalbe- amiga de Deus. Jesus diz dos seus discípulos: «Vós sais
ímpios será de D1ClIS an11gos!» (JO 15.14), e de Lázaro elTI partic1,Jlar:
armgo Lázaro dorrrle» (Jo 11.11). Os descrerl-
\liTtt~c1e de sua incredlllidadeJ perlTIar:ecenl crn
wnaniuade ~_:~unpoadversÚrlo e são charnados «Ínlrnlgos da cruz de
l;risto» (FI 3 18) ~
l:da tragédia de Irnporta frisar qlle não 118.uma olltra alternativa;
"cassa da huma- UD1a terce:ir'H pos~ção 01.1 partido~ Tjrna ne1JtreJldade ern
3. rrocura igno- COllsas espirituais é l.Imn1ito~ 11lTI engano fatal. .ti- ]~s-
'e do evangelho, crltura cOLhece apenas dllHS facçces~ Os 11orn2ns aSS"CA-
coração, perma- rnem atitude ou positiva ou negativa diante ào cl1anludo
~~C8,O e jncidh1do elo evangelho~ FTente aCrlsto :não 11á u.rn estado de iD-
~enegarão o So- decisão: a posição é ou a favor aLi contra. CrIsto decla-
a sôbre si mes- ra decis;.vanlente: «Quem não é por mim, é contra nÜrü!',
(Lc 11.23). C:-'lsto é a pedra ele toque, em qllC se <~m.?~-
, nosso Salvador nifestanl os peIlsalnentos secretos de YYluitos corações»
)s», I Tm 2.4), (Le 2.35), quer aceitando-o, quer rejeitando-o.
nente a todo pe- Co:nvém lernbrar ainàa qll€, devido a nossa nliopla,
nente pelos nos- fàcilmente podemos confundir os adeptos de um e de
I Jo 2.2). A outro partido, Em Mc 9.38 ss., os discípulos condena-
ém, em incrível ram um homem que expulsava demêmíos, mas Jesus o
esta oportunida- identifica como discípulo. Doutro lado, os fariseus e es-
). indiferença ou cribas que diante do povo judaico souberam circundar-
tizes de um fe- se por um halo de santidade aparente, viram-se desmas-
iuUdade. carados por Jesus como hipócritas. Impostores dÊste qui-
ó pequeno re- late pertencem ao arraial da oposição (<<Nem todo o qU2
3. perdIda envc- me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus»,
er8n'1 de grrnc1e Mt 7.21). Felizmente «o Senhor conheceu os que lhe
, perdição igual pertencem» (rI Tm 2.19), porque «sondas a mente e o
rção~ toclos coração» (SI 7.9), também os de seus inimigos. Jesus
Rf'1 3.22), cha- lançou aos judeus em rosto: «Sei, entretanto, que não
bém iluminados, tendes em vós o amor de Deus!» (J o 5. 42) - Esta lem-
oira. Devem to- brança é necessária, para que nos acautelemos de profe-
:vafi-'1.ent~:: à gra- rir um juizo precipitado sÔbre êste ou aquêle indivíduo.
ediante a fé; e Outrossim serve de consôlo para os crentes, quando se
ia de obras, pa- vêem mal compreendidos pelo mundo ou pelos próprios
nqual1to o gros·~ irmãos.
; estado de per-
não qtÜS2stes», a. Somente a incredulidade condena

Segundo a Escritura. a incredulidade é em Última


Idaesusgraça, llotOll:
aprc-
análise, o Único pecado que condena (<<Que~ não crer,
Mt 12.30. Por será condenado», IVIc 16.16). Um homicida, adÚltero,
de Deus (<<O ladrão, ete., não se perde necessàriamente em conseqÜên-
18», Rm 8. 7) e cia destas transgressões graves, mas em virtude de re-
)s por natureza cusar terminantemente o gracioso perdão que lhe está
:f 2.3). A men- sendo oferecido pela palavra da reconciliação. A incre-
:'ansformada em dulidade é a causa essencial e próxima da condenação;
200 o Infcrno

as transgressões contra a lei de Deus sá.o apenas a cau-


sa remota, visto que decorren1 da incredlÜidade e se re- T
sumem nela. sus: "
~ "-- _.---
t';:":;·, .. _0 .

Je~,çàc:
Transcrevemos, a respeito, uma exposição clara e tente~
concisa de F. Picper (Dogm. IIr, 616): «Todos os peca~
dos, o pecado original e os pecados atuais, certarnente
"a-~.A {'ar
~
il ena' uai<;: a~ co; (r.::1+ur"a
~; ~;.\....l. ~ • \f'--~,,-,
'l.-.l._,ll.,-Li ••
S,.N
"'.L-iC:,
••..,J.,.
ut' S;c 'me";torio)
A.L ~..:. , ..••11 • .l..::..
." ~'-'.
iSTO e prcc'so sustentar contra tOGaS OS mmmLudores
(Verkleirerer) do p~~cado. 'Jirtualmente (actu), porém~
ap2nas a increduliÓtde condena. Isto é preciso sustentar
contra todos os dirninu.idoresda obra de CrIsto, a saber}
da reconciliaçáo total de todos os hon1ens com Dells· ql.1e
Cr:sto onerou peja «satisractio vicaria». Onde, pois, há
hlCrech.Ilid~1del todos os outros pecados retomam o seu
caráter condenatório. Isto a Escritura ensina nas passa-
gens em que enUmel'ét, ao lado da incredulidade, também
outros pecados como motivo da condenação, como em
Ef 5.6: «Por estas causas (incontinência, impureza, a-
vareza) vem a ira de Deus sôbre os filhos da desobediên-
cia~» Até aqui Pi.eper.
Citemos ainde.. Lutero: «Êste é, pois. como foi dito,
o pecado sê·bre to-dos Os pecados: Se- DeLIs é gracioso e
~rLler te~ perdo~_do. ,toc'y o p~c2~do, e o homem, peja sua
lncredulldade~ dUVIda na veraaae e da graça de Detls: re-
;e~~~rq~~~~1~le2~~i~t~~,~~r
~,~i~~~dOd~S ~~~~re:
a verdade e a obra de I)e~".s~cOD'/ém qt:e nós~ sObPC:~8
~n~~~:~~~
da mais alta ira e indignação divinas, a aceitemos por
amor de Del1s e pela fé :nos conforrrrem:;s comela~ pa,r3
não ca?rmos em 6:~cadD que r:.Üo pode ser pcrd,oacl0,' PO~S,
quanto a outros pecados contra o mandamento e a lei
de D'eus (qtle se referem ao que nós deverJ10s fazer e oJn
que Deus exige de nÓs), estão todos ainda sob o
visto que por tõda a vida não somos isentos dos 111êSll10S,
E se Del18 qu5sesse j1Jle;ar-nos de acôrdo com a nossa. vi-
da e feitos, nunca poderíamos ser salvos. Mas Cll'em náo
crer esta palavra de Cristo, nem aceitar a sua obra, ÊS-
te peca cem mil vêzes mais gravemente, pois res'ste à
graça e a si m.eS1110se defrauda do perdão. ". Se, pois,
não o qu;seres crer, nem aceitar, mas correr qual cabe-
çudo contra a verdade, dizendo: Não desejo a graça!
que mais te poderá valer ou o que ainda queres procu,·
rar, para obteres perdão e te salvares? Pois bem. corre
então, tal qual está correndo, não em nome de Deus e
sim, em nome do diabo repugnante; pois negaste não a-
penas a graça, mas também a lei e apostataste de Deus.»
(Kirchenpostille, Osterpredigt)
o Inferno 201

o apenas a cau-
lulidade e se re-
o
pecado capital de Israel, pelo qual foi enfim defi-
nitivàmente reje-oJado1 erat segu,l1do a' lamentação de Je-
StlS: «JerLlsalém, Jerusalérn ... tll não quiseste!», Fi re-
posição clara e Jeição ,c111ica da palavra de DeLls; a incredLllidade persis-
'cTodos os peca-
tente.
Assirn conl0 aqvêIcs «qt12 perseveralYt até o firn,
cais, certamente
sic, meritorie). rao salvos» (l/it 24.13), taYl1.ténl os QlJ€ pcrSeVCTo.ril 11a
)8 diminuidores h:credt~rc~adc~ sertio cOl1der:ados~ Jesus
(actu), porém, 6.eL1s: «Se í2ão crerdes (rUe eu SOU., 1110rreTcis em
ireciso sustentar 8.24).
Cristo, a saber,
~ COl~l Dells Ciue
Onde, tu :-'.:".r<
i. 'i':J'_"';
retOTI1anl
~~(\nanera
; •... '" to-
lsir.a nas n8.SS2... ..

.t- .....••-~ '" •


:."-""_1·....
'0
.Üidade1 t:-lElbérn
açãoJ corno pr~-:

:. da desobecÜên,
ESTa

. como
L~S é A
1:1.
1.~-.n.c<
.t ~ ,~<::.t,~

)merTt. to. - -::::TH7:::=


--
.ç'a de Ltuios c 111esoferece os tesouros
graJIGC
r>n
e J] r;: e" -,""".'
~-----_., ,,,.-+,::,
. , oõ. ~""1
1....L
'\
j;;

n6s.
Hceite.r~:~:·= tradizcntc>~ (F~Yl1 10. 21'}_
(õ:-l:-T;;,nC';~
'_-'_' ..L~ ~ ":''1...• __'•
.- -.,."
..
... --- ..--
... --- --....
preparadO!» ----------
v •••, .' ~ ~ ••• ~., •

--- - -~---~-
?.mer.rtc
'-.---:-.'I.~' .',-: -: -,--
r2so1v'arn vtr~ t-:r:~:...:uHt.::u~ .Jesus ~"'l'"':;"'l'11'/__:r
(J~.l.l t,,:':';" •• ·jç!;
"'J_~~A.

, .•..-,'-..-- '-'-.:...'~
..:...

a Sl.Ia presenca.
illas. Sataruís. ewrJor-a
i ",
proveita e reSTITGl Que lnê rOl
a «lHJerdade>,-. condicional
concedi(I3.~
....... até
, -.. u fim dos ten:1pos~ ~ ~paI ii~ IileIltira
(~~ornG "' '"'

e da perIlcra, reCtlSa-S9 a enrnprll" as ClaUS1JlaS !1~ rerl-


pOIS dição
-. incondicior:al. conservando ern seücampo'
::J.
centração conslderá,\7el 11Ún.1_ero de p:r_~sionelros
ra:ndo até apossar=se dos já libertados. Jesus deve li-
bertar as aln1as Ul11ft após 1111J.a das prisÔes~ r..Jell'1 de
IOI?ge podemos imagin~r {) sellfiespre~(!irll~n~?} também
\],is fJ2::~ corre e jUstanlentecorn aquelas que nao se aelxanl. Jlb2rtar.
Tnê de Deus e Enq1..lanto perdurara teInpo- presente, o prazo da
negaste 113.0 H- .graça, há possibilidade de passagem de um acalnpamen ...
~aste de Deus.~) to. para outro, Quando Paulo lamenta o procedi1:'1entode
Himeneu e A.Jexandre (lI Tm 1.19,20), «que vieram a
202 o Inferno

naufragar na fé», dá a entender que antes dêste ato pDS-


[míam a fé salvadora. Na parábola do semeador, Jesus
fala dos «qUe crêem apenas por algum tempo, e na hora
da provação se desviam» (Lc 8.13). Tal fato deve ser-
vir de advertênc~a aos crcEtes, a fim de que vigiem e
orem, para que não entrerr1 em tentação (Mt 26.14).

Doutro lado cOEh8cemos o personagem de :Nicode-


mos, titubeante e ir-crédulo, a princíp;o, que entrou, co-
mo admitimos, para o círculo dos discípulos de Jesus. En-
f;m, todos os qt,e se convertem da impiedade, passam do
exército inim,;e;o para as hastes do Salvador. I'·Ja eterni-
dade, em qUe subs;ste a bidivisão da humanidade, tal pas-
"agem não é mais possível, como veremos mais tarde.

o prazo da graça expira com a morte. Q:Jem p2rsis-


tiu, até então, na incredulidade, «morre em seus pecados».
Se na lápide dos crentes podemos pôr as palavras: «Per-
dido e encontrado!», o espitáfio dos incrédulos será: «Duas
vêzes perdido!»

Eis porqu.e Deus roga, insta, com veemência: «Eis


agora o tempo sobrcrnodo oportuno, e's agora odiada
salvação!» (Ir Co 6.2) E a igreja cristã canta: «Jetzt
éEe Gnader:.ze1t~ jctzt stsht der IIlmmel cffcTI, j-etzt l1at
noch j2dermanll die Sellgl~eit zu hoffen~ ~ler diese Zeit
versaeumt lJnà sicl1 21.1 Gott nicht kehrt, der scl1reie über
sich, wenn er zur Hoel1e raehrt.» (L~ed 223)

'"1. Ü caminho largo


_í\. Escritura descreve o carninl1Q para o inferno co-
mo sendo u:m carúLn110 e,'Jp.::tçOSo, euja entrada é llID.ét por..,
ta larga (Mt 7.13). Os lliCrédlJlos 11.ão precisarn ~<:levar
cati'lo todo o penSétlTH?Dto à obediêncIa de C;r.lsto» (lI Co
10.4), I:em «crllcificar a carne com as suas paixões e
COi1Ctipiscênci.as» (Gl 5, 24)~· rerrl «huil1i1l12r-se sob a po-
derosa l11ão de DeLls» (I Pe 5.6), nem «sofrer o .opróbrIo
dE: Cristo» (Hb 11.26), não renunciar ao mundo c seus
prazcrespecamlr.oso3 (cÍ. I Jo 2 ;15~17) Ot1 arcar COIU o
dcsprêzo eescárnso cIo mundo~ <<J>JãopartJl1anl can-
seiras dos rnortais~ nem suo afligidos como os 01Jtros ho-
111e:ns... estão serflPre tranqÜ.ilos. Rllm,entam StlEtS rique-
zas.» (Sl 73.5,12) Eis porqUe são muitos os que er~trmTI
por ela, em contraste com os poucos que acertam com a
porta estreita e o caminho apertado que conduz para a
vida. Em compensação estarão em trabalhos e aflições
na eternidade.
o lufeI'no 20.3

es dês te ato pos- 8. A condenação dos inc:réus é um ato de Justiça,


semeador, Jesus verdade e o:njlY(r~eIE.cla. dIvinas..
cmpo, e na hora
Ü fato deve ser-
:te que vigIem e
(Mt 26.14).
gem de Nicode-
que entrou, co-
os de Jesus. En-
dade, passam do
ldor. Na eterni-
anidade, tal pas- . .'
mais tarde . sua JL1Stlça~
«Julgará o DTlU1do eorn (
I.
li. f-
Ã:s.t
:e. Q:.:rem persis-
TI seus pecados».
palavr::lS: «Per-
~~~t~~~-~~~;i~
do jUí;~~rfÜ;~r"~lS
condcr'ados Drotest2~ln
contra urna injustiça; apcr:as alega:rn
310s será: «Duas
~~?:~~~~" ;~~a~~o s~~:ij~~~~;Cs~i~~~. l:ej~it~~~~ 2~s' qL<8rejei-
tararrla sua palavra.
'eemência: «Eis
agora o dia da Neste ato de condenação não há mais il11ser.lc6rdi.a.
ã canta: «Jctzt «Porque o juizo é sem LT1isericórd'a para com aq.L~~leque
l o[[en, jet?:t hat não llSQU de misericórdia~» Tg 2.13) Com a lnecunacom
Wer diese Zeit qLle rn.ediram, serão tarnbém n1€didos (Le 6'~38)e .llm,1-
der schrcie üoer sericórdla divina cessa diante. dos d.egralls do trono do
223) juiz~ Cada uni; «rec.ebe segundo o bel11 01.1 o mal (lHe ti...
ver feito~'>.,II Co 5.10e Dar-se ...}he--á «em retI'~buição co-
mo também êle retribuiu», Ap 18.6. No juizo, a justiça
de Deus é a causa motriz de tôdas as decisões.
'3 o mterno co- A condenação dos incrédulos é também um ato de
'adél e lUTla por- verdade divina. Deus cumprirá, ao pé da letra, as suas
p:ceCÍs3Lm «levar ameaças. Como é fiel a sua promessa para com os cren-
: Cristo:~, (TI Co tes, tan1oén1 a sua TIlaldição não serve apenas de espan-
suas p"Üxões e talho, mas será e)~ecutaà'a tal quaL «Escreve, p·orque es-
...se soL; a po-
~-?~r tas palavras são fiéis e verdaàeiras ... quanto aos covar-
Jfrer o oprÓbrio dcs1 aos incrédulos, aos abominá.·veis~ aos assassinos, aos
) mundo e seus idÓlatras e a todos os mentirosos, a 'parte que 1hl.:.'8 cabe,
CJU aremo co1'n o será no lago que arde com fogo e enxôfre, a saber, a se-
t'lham das can- gunda morte! (Ap 21)
o os outros 110- E~ firlalmenter a condenação dos h1crédulos é um ato
:arrl suas :riql.le- de Ollipotênciadivinae Não ten1ais os que matam G cor=
os que entram po e não podem matar a alma; temei antes aquêle que
acertam com a
pode fazer perecer no inferno tanto a alma. como o corpo.;~
conduz para a (Mt 10.28) Assim como a conversão e conservação dos
11hos e aflições crentes pela Escritura é atribuída à onipotência de Deus
(d. I Pe 1.5), também a condenação o é.
204 o Inferno

Um juiz secular tem o poder muito limitado pelas alívio (Lc'


barreiras das contingências desta vida. Um criminoso po- 14.11: II
de subtrair-se à execução da sua sentença pela fuga ou (Le lG. ::>'
pela intercessão de amigos poderosos ou ainda pelo sui-
cídio. De Deus, porém, ninguém foge, nem no tempo pre-
sente, nem na eternidade.
SEGUNDA TE SE.
QUE Ê O li"JFERNO?

Tese: O inferno é um lago de fogo, uma prlsao per- Issc-,


pétua, um estado de tormentos e dores, em que todos Kyrie ele
os que morreram na incredulidade, sOIl'erão incUvizível e L.I::;;":'
~_.-
eternamente, no corpo e na alma.
1. As expressões da. Escritura
Há ensinamentos, para os quais encontramos ape-
nas reduzido número de passagens nas Escrituras Sa~
gradas, Tal, porém, não sucede com a doutrir:.a da con-
denação eterna que se acha exposta e fundamentada em
numerosos versÍCulos. E êstes não são obscuros. antes
meridlanamente claros. Façamos uma ráp~da colh2ita das
principais expressões com que a Bíblia pinta o inferno
e seus horrores.
Os condenados estarão privados de todas as como-
d~dades q-·c tiveram r:esta terra (SI 40.17,18,20); n5.o ~~.
,-, "
verão a vida eterna, mas permanecerão sob a ira ar- .•...•
--~-------
dente de Deus (Jo 3.36; Dt 32.22), sob a sua vltlgan-
ça (Ir Ts 1.8, cf. também Hb 10.31: «HorrívcI co~:sa é
cair nas mãos do Deus vIvo»), e maldição (Gl 3.10), sem
perdão (Mt 12. ;32), ignorados (Lc 13.25), abandonados,
lmnidos da face do Senhor (lI Ts 1.9), esquecIdos (Os
LI. 6), rejeitados e lançados fora (rv1t 25.41, ido 8.12),
entregues a Satanás (I Tm 1.20). Sim, Deus zomba dê-
les (Pv 1.26).
F. Pieper (Dogm. IIr, (13) escreve: «o homem e
feito para Deus. isto é, para uma existência em comu-
nhão com Deus: Como, po:'s, a vida em comunháo com
Deus é para o homem a mais alta alegr~a e delícia, as-
sim ao banimento da face de Deus está ligado o maIor
tormento de corpo ceIe alma.»
Sofrerão castigo eterno (Mt 25.46), tormentos de
dia e de noite pelos séculos dos séculos (Ap ~O.10), por
um bicho que nunca morre e um fogo que nunca se a-
paga (Is 66.24; Me 9.44; Lc 16.23,24), nu.m lago de ~ -~ --.- ----
fOgo e de enxôfre (Ap 20.10), sem interí'upção e sem
o Inferno 205

o limitado pelas alívio (Le 16.25), sem fim (Mt 25.41,46; 1s 66,24; Ap
Jm criminoso po- 14.11; id. 20. 10), num cárcere do qual não há evasão
lça pela fuga ou (Le 16.26; Mt 5.26; SI 49.8), em penalidade de eterna
l ainda pelo sui- cle3truição (lI Ts 1.9 - ólethron; ruína, perda, Verder-
m no tempo pre- D2n, N'ederlage, não aniquilamento), em algerr,as eter-
nas (Jd 6; IVIt 22.13), em tribulação e angústia (Rm
2 .9), desespêro (Ap 6.16), sem esperança (I Ts 4.13),
SE. em negrldão das trevas JII Pe 2.17, Jd 13; Mt 8.12),
em pranto e ranger de dentes (Mt 8.12), em inveja im-
potente (SI 112.10), em vergonha e horror eternos (Dn
12.2), um horror para têda a carne (Is 66.24).
uma prisão per- Isso é o inferno! Kyrie eleison! Christe eleison!
;, em que todos Kyrie eleison!
:rão indlvizível e Que do tOI'luentodo inferl1o' participa tanto o corpo
com a' alma, decorre da passagem já citada. « ... temei
antes aqu.êle que pode fazer perecer no inferno a aln1a
ura como o corpo>~', 1V1t 10. 28~ As express5es acirrla ern.IIY:8-
radas, traduzem ora tormentos do corpo, ora da alma,
1contramos ape- de acêrdo com as percepções de que um ou outra é sus-
; Escrituras Sa- ceptível.
ioutrina da con-
mdamentada em Z. O lug;ar do hlfenw - O fogo
obscuros, antes
pldacolheita das «ReC0111enda-se n1uito desistir de qLlalquer localiza-
pinta o inferno ção física ou geográfica do inferno>\ (Pleper). Por isso
os teÓlogos luterano se rererenl a Llm ((pou. inferni sive
tôdas as cama- demnatorurn~'~ O advérbio grego ""PQu» significa algu,-
l.17,18,:?O) ; não I'es~ erl1 cruG.lcr_~er lugar, I\. irnaginação sen1pre fértil do
) sob a ira ar- 110mel'TI fez as suposições 111f118 diversas e curIosas.
b a sua vJngan- BellarrrÜn. (catÓlico) e L, :t-Iarms (lllterano) opinam qLl€
[-Iorrívcl cx:sa é está localizado no centro da. terI'a~ (JiJtros o situarn Cl11
) (Gl 3.10), sem qualqlJer 01Jtro ponto do tE11verso; Ol.ltros ainda fora do
í), abandonados, mesmo.
esque~'dos (Os Quando a Escritura se refere ao infernoJ geraln1en~
5.41, ido 8.12), te elnprcga os têrtnos «enl bai~~o:.> (para o Céll «errl ci..,
Deus zomba dê- n~ta»), «desC'e.r~;.(corriQ r10 caso de Coré~ Datan e "?)..bi-
rarn) / (-:cova;:~ 30.3;3); «abisill.Ol; (p-,,-p ~j.l;2). Cor.tl t2.:s
': «O homem é cxpI"essões locais a EseritLlra vem em socorro da no~sa
ência em COm1..I- facLlIdade 1i1111tadlssinlade percepçào; venl adeqllar ...se à
comunhão com Eossa con1preer.são.
::a e delícia, as- Eis porque tranSD1ithnos uma recorne:ndação muito
ligado o maior útil àos velhos padresJ vazada por S~ Crisóstomü na. fra-
se: ;']j([ ee zeefo ()'YYt8'TL lJO'U .. éstili) o.Zle 1)008 pltygoolYte-rL))
), tormentos de (Não nos preOCtlpenl0scoillO «onde» do inferno, rnas co-
(Ap ~0.10), por mo lhe possamos fugir).
=lue nunca se a- Controvérsia idêntica ira vou-se em tôrno do fogo.
), num lago de Sustentam alguns tratar-se de um fogo material, outros
errupção e sem defendem a sua imaterialidade; ainda outros são mais
206 o Inferno
4.
reservados em seu julgamento. A maioria, porém, pen-
de para uma concepção imateriaJ. Assim Quenstedt: «Pe-
lo fogo designa-se figuradamente (metaphorice) a dor
extrema!» (Cit. Pleper, Dogm. lII, 614). Também r-este
sentido aconselham: «Melhor fi estar preocupado com
o modo de escapar, por um arrependimento verdadeiro,
ao fogo eterno, do que contender de modo ocioso sôbre
a natureza do fogo.»
3. Graus de condenação
A Escritura ensina, em bom número de rmssagens,
que há graus de condenação. Em Mt 11.20-24, Jesus sen-
tencia a respeito de Corazim, Betsaida e Cafarnaüm, (;Om-
parar.:do estas cidades com Tiro, 8idên;a e Sodoma, que
haverá menos rigor em juizo para estas últimas do que
para as primeiras. Castigo mais rigoroso haverá para os
que desprezaram o evangelho que abundantemente lhes
foi anunciado.
LeLDs em Lc 12.47: «Aquêle servo, porém, que
conheceu a vontade de seu senhor e não se apronto;1, nem
fêz conforme a sua vontade, será punido com muitos açoi-
tes. Aquêle, porém, que não soube a vontade de seu se-
nhor e fêz causas dignas de reprovação, levará poucos
açoites.» Se já a ignorância não desculpa, com muito
mais severldàde será vlngada a omissão consciente.
JeSus ameaça os farisel~s e escribas que m2r:t'am e
enganavam pelo nome de Deus, não deixando entrar no
reino dos céus os que estão entrando e tornando os se',"s
prosélitos filhos do inferr.:o duas vêzcs mais do ql.1eêles:
"Por isso sofrereis juizo multo mais severo!» (Mt 23.14)
Assim como aquêles que ensinaram a muitos a justiça,
terão um grau de glórIa mais excelente na bem-aventu=
(~ 12 3 ' . 1 ' - 4-' ,-
rança \lJ~,~ ;')'. a01..~1::ro
2QO o~ q~le p~:r d01..1LNlaS
_,:Tr?-
ncas ou ViGa lmpm sao respOESilvels pela condenaçao ae
ontT'OS Sl}Dortarão um nêsQ maior de condenac5.o. Creio
qje- fo'i ê~te o motivo do pedido insistente que' o homem
rico formulou a Abraão no sentido de que enviasse Lá-
zaTO aos seus irmàos, já que a razão não poderia ter s1-
0.0 o amor.
Finalmente citamos ainda Rm 2.6: «Retribuirá a
cada um segundo o seu procedimento.»
«O volume do castigo será dosado de acôrdo com a
gravidade do pecado e a grandeza da graça desprezada?;
(Eckhardt) - «Aquêle a quem muito foi dado, muito
lhe será exigido; e aquêle a quem muito se confia, mui-
to mais lhe pedirão.» (Lc 12.48)
o Inferno 207

Jria, porém, pen- 4. Quando os incrédulos entram para o inferno


Quenstedt: «Pe-
aphorice) a dor Não há problema de argumentação para o fato de
TamJ:;ém reste q:'Ie os condenados partirão para o seu lugar designado,
preocupa.do com ;medlatamente após a ressurreição do (Ütimo dia e o jui-
lento verdadeiro, zo final. «E irão êstcs para o castIgo eterno», Mt 25.46,
odo ocioso sôbre é a conseqü:"ncia da sentença e ordem condenatórias: «A-
partai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno:» Em
estreita conexão e sucessão com a ressurreição e o jul-
gam:::mto derradeiro está também o testemunho de Ap
20.15: «E, se alguém não foi achado inscrito no livro
to de p8_ssD.gel1s, da vida êsse foi lançado para dentro do lago de fogo.»
20-24, Jesus sen- Podemos citar também Dn 12.2 e J o 5.29. Lenlbramos,
Cafarna-cül1, com- entretanto, que a seqüÊncia é lógjca e nào temporal 7 des-
e Sodoma, que de que Q. ter.npo não lllais existe.
Últimas do que
) haverá para os pl~obl~rna real se, estatll~, .qtlando indagar:os da
U'l1"1~
ldantemente lhes permanellCléi Ci8.saln1as gele meGe.la entre- a nl0rle e a
ressurrelçào. Quanto aos crentes, a EscrItura náo de~xa
:vo, porém, que dúvida quanto à verdade, de qllea sua alma segue; logo
;e aprontou, nem após o d'2se:nlace,para a vida eterna (FI 1 ,23; Ap 14.13;
com muitos açoi- Lc 23.43; 11 Co 5 .lj2;8). Com respeito aos incrédtllos;
ntade de seu se- notamos a maior reserva entre os teólogos lutel'anos, Ple-
J, levará poucos per, depois de confessar que as passagens comprovantes
llpa, com muito da Escritura são muito escassas, cita apenas I Pe 3.19,20:
consclente. «No qUê.! tarnbélTI roi e pregoll ·aos espíritos em prisão.~)
As almas, os espíritos dos .lDcrédl1!0s sào n ~~ rn~_
que mcnt:am e
xandocntrar no servados em prisão (phylakée, a mesma palavra que
:ornardo Os sens em Mt 5.25 é empregaua na signincaçao Le llherllJ).
mis do qve êles: Desde que admitimos que o banimento da face de Deus,
sem qualquer esperança, é a essência dos tormentos in-
'o!» (1\1t 23.14)
fernais, temos nesta passagem a prova de que a conde-
tmitos a justiça,
na bem-aventu- nação con-.eça realmente com a partida desta existência.
~ doutrInas errô- Voltaremos, nos tópicos 6 e 7, ao assunto.
1. cor:dcDr:..ção de
rc1enaçB.o; Creio 5. O Purgatório
:e que o homem
uc envIasse Lá- Uma consideração sÔbre o purgatório, produto da igre-
) poderia ter si- ja romana, foge propriamente ao escopo do presente tra-
balho. Isto porque, segundo a doutrina papal, o purga-
tório está localizado no caminho para o céu, e não no
«Retribuirá a do inferno, visto que têdas as almas (que morreram no
«estado da graça», mas não de todo absolvidas) neces-
e acôrdo com a sitam ainda de uma purificação, devendo satisfazer com
iça desprezada » penas temporais o que ficaram devendo por seus pecados.
foi dado, muito Quando, tempo mais, tempo menos, obtiveram, nesta es-
se confia, mui- tufa, o graLl adequado de terrtpel~aturaj recebenl alta p.
passam para a companhia dos bem-aventurados.
208 o Inferno

o impuJso primário que íêz erltrar na órbita esta he- provis6rl3..


/L c:-.~r1~
resia, éJ semdllvlda; a illcl:rlaç~,o natLlral do 110melTI de •..........• _" .....
--"-.•...•.

cruerer ganhar a vida. ~~terna rnec1::.arltepróprlos esforços.


Q"}er-nos parecer, eontllclo? qllero dcscl1v()lv_~.mento pro""
gr22SivQ e r.a de 2.:~:7l11.elhante- ene;ell110J
estão en1 j~g:) rnotl\/osrner:os Dobl'êS. lJ.SS2D12H1u-SC rnais
aUUla ne,gociata rcndosdi pelas dOl1tr1nas da
rniEsa e das tndulgêllC~_2.S: O..C H.~croe

de l:JcLlpletação dos cofres


nÔo possl.~ía onde reslirar a cabe;~a.
J-~ doutrIna do é t'l~l atentado c~~~_tL,~t t-i Em têd~:.~
pc~rfeiç2~o
e· a slll'iclêncla redentora de Cristo, res lÓgie~) p:c __
tringindo G, carIl aIlulz;.ndo-H. lHrnbém é urn falsea- bérr'l";:-,

:cnento tào flagrante~ po~s carece de todo e qLlalq~J.er fuy>- d~..ver::;.s_~~


dflll1el1tobíbIlco. desc~:rcl~:~ __.,_
Invocararn os rOill2DOS p[lS~ageIls da ,Escritura, co- lizadc: ~
mo l\/lt 5 ~5 (<<T'\Tão szÜrá3 d2Lli,enqll~nto
o não p3.g21~es o
últln10 eentavo~?) e I Co 3.13-15 «,<Se a obra de alguérn. lidarn
se q~~:e·~mar,sofrerB- :~je dar:.o: mas êsse mesrno será sal...
vo, todavia, como 'c atrCivés do fOGo»). Arg1J1TIe11tam nho\:
C0111 II
IVlc 42-4(3, passagens de um lIvro apó- 1.
crifo.
Par2 encc:rral'lTi,OS a (JL~estão, transcrevemos urD pa-
I'~::~gi";-afoda Concord:a C.;;lclopedia,extrafdo do tóp~_co Ptlr- pratica
G~ltQry: «O Católleo dcp~dd:s e .(A~rnüldad- 5.10,
rl-te frar_camerrLe: ----DuvidnlTIOS se a rCscr.:.ttlra cGlJ.térl1
LIma referênc;a explícita e direta ao p:~~rgatórlo,- A Di...
bra 11ão COD.l122C "'-3:1 pllrCQtér~o G r:. (:o~_-.trira Yl~~Ocr'~'s-
0(1-

Il~_GQ::"'\:r:'~~i

teólogDs
! :.~,

r"t-'1--:-::,"'ê~
'-.••O.j ••• '_"-
f-:::n_
._~ ••_•• '- •••.•••••••

lcvc111cnte altcI'adG e carn o


112da
e
na escrituristicâc'
universal
co:rrl ti aIXJx:cTití:: falta deoporturn08Cie pz<ca OtFI.n" () C·\7nJl'~ re. n'~-~::,=
D.
'- f~ ....
_~:.'.;~'-
ge1l1o, os teólogos r(10deTJ~GS pGstulê~l'an1 o tÔ~~1T!O·~~lla- :"'-'-':'.':'';'-'-'-._~-

c1es», no T"-;Jôvo rrestaEJ;2ntOt dC\/8 tlIll ln= no~


terrnedlárlo entre céu e ir:fernoo I>Jêle os genTios, apÓs
a morte, te:riau1 ainda a oportur:idac1ede eor:tversão que
lh2s falecia no aquém. No ~b.~.T. todos os homens. cren-
tes e incrédulos, teriam sido gu~rdados nesta hal)itação
o Inferno 209

'8- órbita esta he- provisória, até a vinda de Cristo. Por ocasião da sua
aJ do 110Dlem de ,~.-..r<n-ida ""l~nferYio} (êste·s 'n<""\~ 0 lU!:lrlr'l.r ;-evoia li
c<1: [)
~'<'~<'T~«< ., _ v-v
Á._ .1Á ,~, ':. "~'A:<."'j, \. 00.l.úu,:, l lÁ H-
::róprlos esforços. OS crentes da anIIga alIança de sua longa espe-
t_).2T-~,~:QQ
i-vJlv:~:r(lento oro", cond:uzido consigo para océ"u~ 1\1esmo os cren-
T::~ e c:~:::-
~lhante engenlloj do l-.J~Tti terian1que passar pelo b.ades,
:r-':~ SCT'(;111
~~s2nlciha-semais dos resíd.uos de cL~lpa_ 1\[0 hJ_,d~s tU?iveria dois
l~~sdOlxtr Inas da ccxl1.partln1clTtosi separados por urn abisrno. O dos creu-,
de ll~cro e tes isento de 'alq:'H;r sofrimento e o dos Í!11fÚOS C0!11
anllcaefio tortlJraS~
reDrodlIzir.
, , r:Oill iJTCVeS
entado cor:tr.a a erI1 tédas as a rabiscada 110 Dainel teo-
-'a de Cristo, res- lógico p210s C'I'LiSlaS entre si "t-n"':"·V".
I e'.~.:..:. .:.-

,:Srrl é um falsea- bérn» e aSI11_otivaçêes


COl?=
e qualq,-ler fur;- d·.\Tersas (ap:toxirnaçào . ;-
Cluto
-;;

.... CIVl-
-,:
,. ""I A ~

Gescc~nacnCl(3. paTa eon1 o 111CreCH.1tO

a ,Escrit"L1ra, co- lizado) .


) não pagares o Temos 8.rgun1entos em. l1ÚJl'1e:ro suficieIlte qtle l:nv~3.-
obra de alguém liclarn o acl""iado dos «praepostere misericord0s Qnetares»)
mesmo será sal~ (êEsinadores excessivarl1ente D.1.isericordiosos, S. Agosti-
I Argur:~entam nho) :
e um llvro apó- 1. A Escritura enlUl1era apellas dois lu.gares; nUJ1-
ca uma sé.r~e de trÊs (Nlt 7.í3;14; 8.11,12; 18.9).
L~evemos uni pa- 2. A Escritura testifica que aqLlilo que o 110rnenl
o do tóp'co Pur- pratica nesta vida, é decisivo para a eternidade (11 Co
'8 e lirnold ad- 5.10).
::~er_~tura co:n.térr1 3. A Escritura não conhece uma conversão po:~t
atórlo. -- A Bl- mortem (CI. Hb 9.27; P\l 11. 7; Ec 11.3).
.triI~a 1150 cr'~-s- 4. No momento en1 qtl€ o homenl crê êlnCristo,
tem perdão integral de todos os seus pecados e não ne-
Platão c c~e0:).- cessita de uma purificação extra (I Jo 1 .7; Rm 8,1,33,34).
Em apoio do primeiro ponto, façamos um rápido
exame da terminologia em foco, familiarizando-nos com
algumas expressões do texto original.
Sheol) o têrmo corrente do A. T. (traduzido pela
Septuaginta por hades], significando, segundo alguns,
«o insadáveh, segundo outros «profundidade» ou «bai-
xa», pode ser traduzido, observando-se o contexto, por 1.
irfen:o, 2. sepulcro, 3. profundezas, 4. desgraça, e 5. es-
tado de morte. É verdade que designa. muitas vêzes, o
sepulcro, a morte ou o estado de morté, comum a todos
os homens (coIrio em Gn 37.35). l'.Juncaf porém1 suge-
re, neste caso, a idéia de um IU2'ar de purificacão. - Mas
é também a expressào própria 'para câracterizar o infer-
.. , no, eni, contraste con1 o Céll dos bem-Et"venturados (Dt
..:> gentIOS, apos 32 .22; 1s 30, 33; SI 49. 15; etc.) , Os judeus tiveram
- d ' ,. ~ .,.
cOIlversâo (rUe noçao o sneol-lmerno,. como~IU?a:r: aos con.?ena.dos, co-
s homens, cren- mo podemos provar pelas rercrcnClaS que Jesus faz ao
nesta habitação mesmo. Na exegese segue-se a regra que o contexto de-
210 o Inferno

ve determinar o sentido exato e os teólogos luteranos Dêste Y:"}é-

enumeram ca. 27 passagens, em que sheol deve ser tra- pretação


duzido por inferno, lugar dos condenados. te e o l1aÔ2::
Dos têrm8s do N. T., anotaremos apenas dois (ou- c o hades
tros sáo táTtaTO) abismo e lago de fogo) : (3. m.ort2 ,,~
Geena) designação para o vale de Hinom, ao sul do l1ades,
Jerusal§m, célebre pelo horrendo culto a Moloque, pos- lançados ]-ê
teriormente receptá2ulo das carcassas dos animais e dos
cadáveres dos malfeitores. Para consumir com estas imun-
dicies, mant1r:ha-se ali um fogo constantemente aceso.
Jesus usou esta figura, muito conhecida aos judet's, pa- Coce
ra simbolizar com geena o inferno. Não há controvérsia têrno cl:':: -:~
quanto à tradução de geena-inferno (Quanto a outros
aspectos, voltaremos ao assunto, na terceira tese).
Hades, palavra oriunda da mitologia grega, onde de- çao d.e ~=::~=--~---

signava o reino invisível dos mortos, é um têrmo bastante afere =-~.:"'f


controvert:do. Sofreu as mesmas traduçêes (ou interpre- devenno _
taçõ2s) de sheol. Se fizermos a concessão de nun2a tra- ções.
duzi·lo por «inferno», e sim, sempre na sua acepção pro-
fana (reino invisível dos mortos). faremos, contudo, a
observação esclarecedora que hades' sempre é usado, quan-
do referência é felta à morte ou estado de morte dos ím- rnente
pIos, Kittel advoga esta posição: «Hades, o reino dos Qual ,,--
mortos, onde, porém, estão exclusivamente as almas dos di\~~c:":'
ímp'os.» - Recorrendo então a Lc 16.23 (<<nohades,
estando em torm3r:tos, levantou os olhos, , . »), podemos
deduzir que é um estado de morte, ligado a torturas.
Conclu:ndo, afirI'1amos que a tradução hades-infemo é
correta. -- Lenski abona esta exegese: «Hades é. fora
de têda a questão, o oposto do céu, e deve significar in-
"lerno.»
I'~ão há, em todo o caso, fundamento bíblico para
uma interpretação de hades como lugar intermcd\árlo
de purificação. O pobre Ltzaro não se encontrava :r:o
hades e s:m, no selo de i\.braã~o, Considerar o seio de
Abraão como um compartimento de hades (v'sto que
Abraáo também ali se encontrava), é um press'_:posto
que carece de provas da Escritura. Pelo contrário, as
caracterÍsticas doarl1b~_cr:te atual de Lázaro são as da
berr:~aventLlrança definitiva (levado pelos anjos, conso-
lado, paz sem interrupção).
Quando muito, o hndes é um hJ.gar «intermediário>"
entre a presente vida dos ímpios e a sua condenação de-
finitiva. Assim um comer.tarlsta explica hades como sen-
do o «inferno temporalmente limitado» (die zeitlich be-
grenzte Hoelle, die Vorverdammnis) e geena o «lugar
de castigo do fim dos tempos» (der endzeitliche Strarort}
que toma o lugar do hades.
o Inferno 211

~ólogos luteranos Dêste ponto de vista, nenhuma dificuldade de inter-


eol deve ser tra- pretação oferecem as passagens de Ap 20.13,14: «A mor-
os. te e o hades entregaram os mortos» ... «Então a morte
apenas dois (ou- c o hades foram lançados para dentro do lago de fogo»
I: (3. morte temporal que atinge também os crentes, e o
{inom, ao sul do hades, aquilo que de condenação já antes houve, serão
a Moloque, pos- lançados no lago de fogo, a conseqüência derradeira).
os animais e dos
, com estas imun- 7. Lucas 16.19-31
mtemente aceso.
aos judeus, pa- Como já frisamos, travou-se polêmica acirrada em
I há controvérsia têm o dêste relato de Jesus; especialmente foi explora-
~uanto a outros do para fundan1entar a«teol~ia dô flades» da t2ologla mo-
rceira tese). derna, da qllal tratamos no tópico _6~ Devido à restri-
grega, onde de- ção de tempo e de espaço, infelizmente não podernos aqui
n têrmo bastante o"Eerec:er 1111:1estudo eX2"ético-critico do trecho errl foco;
:es (ou interpre- devemos contentar-nos 'Com algunlas e breves considera-
io de nun~a tra- ções.
sua acepção pro- ~4.. crítica não conseguiu pôr em dllvida a autentici-
mos, contudo, a dade da históI'ia~ transrI1itida por S~ Lllcas~ Tentou; en-
re é usado, quan- tretanto, dar-lhe foros de simples parábola, em que so-
le morte dos Ím- lnente o tertÍlH11 comparationis tem fôrça argLlmentativa.
les, o reino dos Qual seja êste têrmo de comparação, é o problema que
1te as almas dos dividiu as op:niões.
.23 (<<nohades,
s ... » ), POd2illOS
8chlatter opina que «Jesus nos contou a parábola
;ado a tort11ras. apenas com a finalidade de nos ensinar, quando provo-
hades-inferno é camos a nOSsa morte pela r.ossa rinueza.» Puluit Com-
«Eades é. fora mentary admite três aplicações: «1. Que existe uma vi-
:ve significar in- da pessoal e consciente após a morte. Se isso não fôsse
verdade, Jesus teria partido de uma falsidade. 2. Que
nesta vida futura a identidade do indivíduo subsiste. Tô-
1to bíblico para
tI' interl"'eà\árlo das as referências o implicam. C homem rico levantou
~i (nconLava., ro os olhos. Viu a Lázaro. Clamou: Pai Abraão! Lembrou
üerar o 8210 G.e a casa de seu pai e seus irmãos. O «eu» que era, é o
ldes (v'sto que «el1» essencial para sempre. 3. Qi.1C no outro ffillndo, o
um press~'posto hades intermediário ('?? 7), há uma separação entre os
maus e os bons.»
10 contrário, as
.za1'o são as da Llrtero escreve: «Não é necessário discutir se é luna
iS anjos, canso- h'~tór'a ou uma parábola. Pois como Cristo cita as duas
pessoas e diz qual foi a vida de ambas e qual a senten-
«intermediário» ça
. -
q'UA apo'-' ~ mort<> "'0; n~ fa"";rl~
_ , _ - ~ .d .•.•....•.... , ~ 1.
Ah~
~l.O~t..-;.;.~o.. ,s"';U1.e e~es, Cl.'CH.I,OS
~1 ".~.,..,...

condenação de- com razao \Ollll~ que aconteceu nesta maneIra.»


1ade3 como sen- Esta posicã.o defende também P. E. Kretzmann. no
(die zeitlich be- Popular Commentary: «Nã.o é essencial para a lição 'des-
geena o «lugar ta hIstória se é uma parábola ou o relato de um aconte-
itliche 8trafort) cimento real; contudo a maneira de apresentação apon-
ta para a coueção da última suposiçáo.»
212 o Inferno

o Expositors Greek Testament opina: «Esta histó-


ria é dificilmente uma parábola, no sentido de a mesma
ilustrar, por um incidente da vida natural, uma verdade
na esfera espiritual. Tanto a história como a moral per-
tf,:ncem à mesma esfera.»
E quanto ao têrmo hades, o mesmo comentário a-
firma: «Mas hades aqui parece ser o inferno, o lugar de
tormento, e naturalmente Lázaro não está aqui, mas no
p:lraíso.»
Com os exegetas citados perfila-se também Lenski.
E o grande exército de pregadores da igreja crist:\ da
igreja luterana (Lutero, Chem.nitz, Gerhardt, Resshusius, -..~..-. -•.
..-.•-.l:;_-~_" -
etc.) e particularmente da nossa igreja (Walther, Stoeck-
hardt, R. Pieper, Schmidt, ctc. leia-se RomB. Magazin
e o número respeitável de livros de sermões) expuseram,
ano após ano, desta maneira, o evangelho do primeiro
domingo da Trindade. Ê verdade que o «argumento de
autoridade» foi classificado pelos escolásticos como o
«pior» dos argumentos. Num caso como êsse, porém, em
que o número de testemunhas é t8.0 considerável e en- .•.. , ".- ..
1.."':';;:"':"':'-

tre os mesmos se contam peritos em exegese, questões t:::./-:1:-:;·c;:-;c:,;.:.

Iíngilisticas e lógica, o argumento é de bastante pêso.


Acresce que Jesus expôs o exemplo não apenas para o
entendimento dos doutos, mas para o homem comum,
cuja compreensão vai encontrar na história do homem
rico e do pobre Lázaro exatamente os ensinamentos que
passamos a enumerar:
1. Depois desta vida há apenas dois lugares: céu
e inferno.
2. No céu estão os crentes em paz abso111ta.
3. No inferno estão os incrédulos em tormentos.
4 . Com a morte os homens partem imediatamente
para os seus lugares des:gr:ados.
5. A identidade das pessoas subsiste na eternidade.
6. Não há possibilldade de mudança na eternidade.
7. Os condenados não terão alívio em seus tormen-
tos.
8. As almas dos que partiram desta vida, não vol- os
tam à terra (contra o espiritismo) ..
Se bom que alguns teólogos recorrem a êste evan-
gelho para provar a eternidade das penas do inferno, cre-
mos contudo, ser isto possível somente mediante dedu-
ções; o evangelho não faz referências diretas à duração
dos tormentos. O acontecimento ainda teve lugar antes
do juizo final (o presente mundo ainda existe os irmãos
do rico ainda vivem). Mas temos outras p~ssagens, e
em número suficiente, para evidenciar a tese.
o Infe1:'l1o

ia: «Esta histó- TESE


ido de a mesma - ,
. " .
aI, uma verdade Tese: penas do InTerno sao ae Ciuraçao eterna
mo a moral per- (~~em

o comentário a-
'erno, o lugar de
:tá aqui, mas no
cons:;'~~~:' e~;~::
v~sc~~r~~~~ó~~'~d~~i~l~~f,j~CJ;~ri~i~~l1~~~~:~~~
também Lenski. às eternjsta~ e duas olltras que apoDtaranl solttçõss. dife-
igreja cr!stã, da rentes para o destino dosl111pios na etcrnidade~ p.. ]lnlVer-
,n1t, Hesshusius, salista e a extinelonista" clt.Ias (lltirnas ta:rnbérn pro-
Walther, Stoeck- Cllran1 fundan1.entar as SllélS teses conl passagens das Es-
RamiL Magazin crituras Sagradas, dando aos versiculos que tratam da
.ões) expuseram, condenação eterna,Í11terpretação diferente. l~'ão há pos-
lho do primeiro sibilidade de conciliação elltre as três posições; assl1mida
«argumento de .uma, exCltlern-se as duas outras~
lásticos como o a) O éter'n·ismo. Charnarnos de tradiciol1al esta cor-
êsse, porém, em rente, porque a grande maioria dos padres da igreja an-
nsiderável e en- tiga a teologia da igreia católica romana. Lutero e os
xegese, questões teól~gos da igreja luter'ana e também as' seitas protes-
: bastante pêso. tantes mais conservativas, defendem a duração eterna
) apenas para o das penas .do inferno e as descrev€ri"1 COlTIO tOI"iYlento-s in-
homem comum, dizíveise intermináveis no corpo e na alma.
,ória do homem
nsinamentos que A igreja cristã confessa no Credo Atanasiano: «E
quando vier (Cristo), todos os homens hão de ressusci-
tar com os seus corpos e dar contas de seus próprios fei-
)is lugares: céu tos. E aquêles que Íizeram o bem irão para a vida eter-
na, mas aquêles que fizeram o mal, para o fogo eterno.»
[; absohta. O artigo 17 da Confissão de Augsburgo: «Ensina-
em tormentos. mos, do mesmo modo, que nosso Senhor Jesus Cristo tor-
1 imediatamente nará a vir para o juizo, no dia derradeiro, e ressuscitará
a todos os mortos, dará aos fiéis e eleitos vida e alegria
e na eternidade. eternas, condenando os impios e os demônios ao inferno
a na eternidade. <: às penas eternas On die Hoelle und ewige Strafe ver-
~m seus tormen- dammen). - Condenamos, por isso, os anabatistas que
ensinam não existirem tormentos e penas eternas para
a vida, não vol- os demôHios e para os homens condenados» (dass die Teufel
:10) . und verdammten Menschen nicht ewige Pein und Qual
m a êste evan- haben werden; - homines ac diabolos condemnabit, ut
do inÍerno, cre- sine- fine crucientur)_
mediante dedu- Devemos adiantar, entretanto, que nas grandes cor-
retas à duração porações luterc:.nas dos nossos dias (com excecão da Con-
c

eve lugar antes ferência Sinodal) esta posição está muito ei=1fraquecida,
xlste, os irmãos tolerando~se abertamente opiniões contrárias às confis-
:ts passagens, e sões, como bem se pode demonstrar pela recente contro-
tese. vérsia na igreja luterana da Noruega, em que a própria
214 o Inferno

migos de L-';?--" :§
faculdade de teologia, no parecer emitido, assume uma da geen·a. D
atitude comprometedora. talidade ds.• ~.=-
VoItaremos, logo mais, ao eternismo, para fazer a
fundamentação e a defesa escriturístlca da tese . .ot2Imen't;?
b) O universalil'J'rno. Esta corrente doutrinária é tão em em
antiga como o cristianismo do N. T. Ensina que Deus de Cristo,
destruirá por fim todo o pecado e salvará a geração hu- uma
mana inteira. A doutrina de uma punição sem fim é in-
compatível com a vontade de Deus que quer salvar to- razão
dos os homens. O castigo é, em verdade, a conseqüência l1umero:~.?::
inevitável do pecado. O período dêste também 118.0 ex- rads.s ,_,-,,=-

pim com esta vida; mesmo após a morte, os ímpios es- interpT:.~T_~:~~~_
tarão sujeitos ao processo disciplinar. Quando, p::m3ill,
i gU.3,rct2:. :=.

o pecador cessar de pecar e se tornar obediente, os pe- eI2min-'~:-'~


cados lhe serão perdoados. Finalmente Deus cumprirá
a apokatasta.s'is) a restauração final de todos os pecado- n1101'.
res, inclusive Satanás, para a harmonia integral de tôda de 8~=:.:.·:_,:-

a criação. Eco,,:.
O universalismo conta entre os seus adeptos com pa-
dres de grande p:'ojeção, na igreja antiga, como Clemente
de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nissa e Teodoro de
Mopsuéstia. Na idade média, João Scotus Erígena e, no
século passado, Schleiermacher e Ritschl, eram seus de-
fensores mais notórios. Mesmo a igreja luterana da a-
tualidade alberga em seu seio, partidários (e nem sem-
pre camuÍlados) da apokatasta.si.s.
Infelizmente (ou felizmente) não podemos dedicar
mais espaço e tempo a esta facção, cujo. tese também nun-
'ea teve uma aceitação de grande monta na igreja cris-
tã. Çuanào os lU1iversalistas invocam p3.ss::lgens que tra-
tam da graça universal de Deus, esquecem-se (ou não
sclbem disccrnir entre lei e evangelho) de outras que a-
pontam a justiça e o juizo do mesmo Deus. Outras "pro-
vu.s" são verSíCl.Ilos desvinculados de sellcontexto e, 11CS-
-, t' d' -"1.L '
s~ caso, se poe _em ~o~ ra lçao I.tl!granL~com ~.p3.ssagens
cnras qw:: anuto.m toGa e qualquer ulllversalIsmo. De
forma alguma °
mesmo se enquadra na analogia da fé.
(Em 1780 fundou-se, nos EE. UU., uma corporação
eclesiástica, hoje dividida em diversas seitas, cujos adep-
~~2 dCYlomino.Ill de 1J.n.iversaHst:J.sj pois confessam co-
mo doutrina característica a heresia de Oríge:nes. São,
além disso, unitários c deslizaram, em muitos outros pon-
tos, da sã verdade. Contam presentemente com cêrca de
62000 membros).
c) O extincionismo. Defende esta corrente a aniili-
ção dos ímpios, isto é, a destruição final' e total dos con-
denados, após uma punição mais ou menos longa. Os ini-
o Inferno 215

:10, assume uma migos de Deus serão consumidos, aniquilados, pelo fogo
da geena) o lago de fogo. Recusa-se o dogma da imor-
o, para fazer a talid9.de da alma (imortalidade por natureza). Sàmente
da tese. cs crentes reaàquirem a imortalidade original, perdida
otoJmente pelo pecado de Adão. 03 ímpios, que não crê~
.outrinária é tão em em Cristo, r..ão receb2m êste dom, fruto da vitória
:nsina que Deus de Cristo, tornando-se présa da segunda morte, que é
á a gernção hu- uma extinção sumária.
.0 sem fim é in- Confessamos que há algo de sedutor, para a nossa
quer s2lv8.r to- razão e sentimento, nesta teoria. Adlnitirnosainc1a que
a comeqüência numerosas passagens da Escritura, Cíuando não compa-
o.mbém não ex- rad8-s com outras mais explicitas~ dão margen1 a Uú"1a
e, os implas es- Íl1terpretaçã() extincionista. Ex. Si 145.20·- O Sellho.l'
Quando, p::m?m, ~TUardaa todos os que o amam, porém os ímpios serão
bediente, os pe~ elelni119.dos. SI 37.10 - JVlais un1. pouco de terrlpO e já
Deus cumprirá não existirá o ímpio. 18 1. 28 ,~~' Os qlle deixarem 0, Se=
odos os pecado- n1101\ pereceráo. 1'111 4. 1. - .. serão como o restólho ...
integral de tôda de sorte que não Ines dei)~ar'ánenl raiz l1ernrarY10~ ~
E c011cordamos ainda que h.á, entre os extincionistas~ 81-
adeptos com pa- mas sinceras que prOCtlram buscar a verdade, CJU311do
como Clemente esq,urrdrinham desesperadan1ente as Escrituras, en1 bus-
sa e Teodoro de ca de apoio para a sua tese.
s Erígena e, no Crernos; c:Jntu.do~ que o Drimeiro irnpulso "para se~
, eram seus de- melhante tent&tÍva foi dado D~ela sua razão e- s~l1timel1-
luteram. da a- to qLle se escandalizarnn1 no a~le denomil~anl àe e~;ce3s'i:vo
)s (e nem sem- rigo1' ou "ação in~omDatível -com
.•. '- a graca~ e o amor de
Deus". Eis porque examinaremos antes ràpidamente as
odcmos dedicrtT objeções racionais e sentiment2is cor{[ra_,,:; lJ2i1:lS ecc- ..
se também nun- nas.." para
, ,~ então
- nos•... podermo"
~ - - u' rlpdicar
~ ~'--~ ., f"'On1
.....•...•..•..•...
".....
~-1''''''11f"'6nv
--"-_~Lt, d-e
nJ. igrej o. crls- ânimo e fria objetividade, ao estudo das passagens mais
significativas.
;S:1gens que tra-
:em-se (ou não
e outrap que a- 2. As objeções racionais e sentimentais
s~ Outras "pro-'
contexto e~ 11es- Se bemqllenumero-sas objeções foram levantadas;;
com passagens em: todos os ternpos, contra a' doutrina da condenaçáo errl
versalislC10. De geral, as investidas (le maior pêso visavam lllli ponto que
analogia da fé. p3-recia o mais vulnerável: ~4..eterl1idade, a dl1raçáo e-
Jffia corporação ter-na, sem firn) elas pen,as. A razão' (em cun1plicidade con1
tas, cujos adep- os se-nt1.melltos) DlostrOlI-se habilíssin1a e fecunda €ú'1 in-
; confessam co- ventarargurnentos paraplllverizar êste redl..lto da dou"-
trina escatológica-em estudo.
Orígenes. São,
itos outros pan- Pieper: (DDgm. III~ 612) HQue através dos SéCll-
e com cêrca de Ias nUl11erosas objeções têm sido· leV3.11tadasco:ntra a e-
ternidade das penas do inferno, é explicável, porque a
irrente a aniili- idéia 'de urn. tormento sem fim de sêres dotados de razão
2 total dos con-· e de consciência, é tão horrorosa que excede tôda a com-
;; longa. Os ini- preensão. Baseiam-se, todavia, estas objeções num falso
216 o Inferno

princípio, a saber, na suposição de que seria justo e ra-


zoável medir a essência e a ação de Deus pelos nossos sarl0S q1)~
pensamentos e considerações hun1allas."
São ale;umas das objeções racionais e sentimentais: t'"!
1.:':'

a) "É ín~omp:ltível COIl1 amiJericórdia~ o amor e


a graça de Deus tortllrar aSSllEiS criatllras COIU penSts
seUl fim. n - Pergl1ntamos: Onde então permanece a
S1).8. justiça'? Como Pieper frisa, no trecho citado, não
é JL:ito tajcJ.r D. D:eLls pela moeda inflacionária da razão
htllilCillfL Ten11éU"J.I0S ai11da condena
er:"l lTIente que DeLls
~,p2nJ.S QqLlêlcsQu~c rectlsar::lrn obstinadamentê a sua mi-
sericórdia~ amor e graça) alnH~ul_do-ns para a sua pes-
~;Of;..• uy'ós 11ão quiscstes!" E Deu.s não obriga. niçãQ,
b) HÉ i:njusto vingar faltas temporais con1 castigo Cre:;-,c.- .
c:'tcr:n,CL" - I-iti dlJ8.S Sllposições falsas, nesta objeção"
Uma vez julga que o pecado é apenas uma contravenção
12ve, de sàmenos importância e gravidade (d. 10000 ta-
lentos!), e Dor outro omite o fato de que o homem, co-
al1ecel1do as conseqüências de seus atos ma'LlS, conjllroll~
êle próprio, a sucedesgraça. ~ Quanto mais augusta uma
n2SSOu.tanto mQior é a orensa nratieada contra a mes-
I.:..ct" p'o~
Lm> . 1. an~10g1'~
Ia.! ct, n~
..ia J;-l'''+1''1a
"eL~u1~-1'
\.-~a, u;m
.:'" . ~e~-u-
1..,...>l· ~ . ,; cnnric_
IV .L ••..•. U'A"'UL.

n:.:.d. o à re·clusão pCrpétl.l3. 01.1 à morte por um crime que


durou apenas poucos segundos (homicidio, ete.).
c) "Deus ameaçou C01'11 as penas eternas apenas para
intimidar os homens." Que disparate! E mais uma per~
g-i.mb: Quem garante então que as suas promessas são
fiéis?
d) "O castigo de Deus é um meio de correçáo." -
Vo-:..Lal"r..mo~
.. li _C.l..l.;:")
a L.i2n",a
o.,-.t (),1.-;.o.;: ~~"'"". ''Pcd-r, .~/:"_,...~~~
~~"'ç.
VOJL.G:;LO ~il11'/c:I;.:,:-~1"')t.,u,no p.iu2:.... 1li~l~
iA
LU-
pICO, porque tcrn::ou-se IUl1G2111enta ...J.8. COl11 a Escrrrura. sua
Por' ora apenas diremos (rUe, se verd.::tdeira aafirrnaç5.o;
necessàriamente seguir-se-á a conelusão 16giea: O que reçao
a 1111sericórdia de L.t2l1Sllão alcanç:..~:.,a S·llél ira finalrnente lac~o
consegue, isto é, corrige o que nã.o se pode defen"der~
e) "A dOlltrina da cOYldenação eteTDJ. náo se adapta
mais ao nosso século, mJ)dernoJ era de progresso da ciên",
cio. e da civilizaçáo." - A propaganda desenfreada da
guerra, os rílassacrcsbárb?:.ros e as onressõ2s tLrà:rúcas
de povos il1teiros~ a e3pol~ação frallduh;rrta edesmesura-
da dos pobres por parte dos ricos gU118.11Cio3()Sj a degene-
rescência dos costumes e dam.oral, as· crescentes 011das
1 '1' ., d .
ü~\. ~lelnquencla, ele., nao recomell-~am mUlto o nosso
A. <- -

seCUI0~
3. As Sedes Doctl"mae

Focalizemos agora algumas passagens, nas quais a


eternidade das penas do inferno é ensinada clara e in-
o Inferno 211

seria justo e ra- sofismàveImente, e respondamos às objeções dos adver-


eus pelos nossos $ários que b3.seiam os seus argllmentos ntlma interpre-
lcU:~ÜO incorreta.
e sentimentais: liJ'TtSttS :2.5.41,46 - f'Jlpartai-vos de rninl! malditos,
órdia, o amor e ~;.r.:::
o fogo eterno, preparado para o diabo e seus an ...
curas com pen3.s E ir2\-oêstes 1}3ra o castigo eternoj Dorérn 03
ão permanece a justos para ti viàa etern=-l~n
22ho citado, não ACUSOl.l-Sea Llltero de uma. traduçào tendencios8. d~:.
ionária da razão p'=Üa\/ras lcÔlasis (Pein). p.~no\tTa revisão brasileira subs-
le Deus conden:l tituiu "torrnento"por f6castigo;:. O n1êsr;lO oco: CLi erfl
1.

mente a sua mi- traclLlçõ2s d2 o1Jtraslíngl1as como na de r~ing Janles~ Os


para a sua pes- dicionários dão como prirIleiro sentido de !-cóZcaris: pu.-
obriga. nição, castigo; en1 segtrndo lllgar: torrrrentor tortL1ra.
'ais com castigo Cre:YI02, contudo, qlle qualquer castigo está ligado a trrua
nesta objeção. sensação de dor~ E que o castigo eterno está. ligado a
ma contravenção tOI"lnentos, .s.s.bemos de OLl'tras nassagc11s e QU8.h]lJ€r ex-
le (cf. 10000 ta- tincionista. não o ne~,,:rá _(nega' apepas_ a et~;.'nid~{~l~
dês-
.le o homem, co- tes-). Por ISSO o sentIdo cio texto nao e fundéUTtenta.nnen-
maus, conjurou, te afetado peio "abrandamento" dos tradutores moder-
tais augusta uma nos.
a contra a mes- Os universalistas tentaram fazer uma distinção en-
lm réu é conde~ tre punição vingativa e castigo corretivo, insistindo na
)1' um crime que aceitação desta última interpretação, visto que na juris-
ia, etc.). prudência secular qualquer castigo está sendo aplicado
mas apenas
~ . para como meio de correçã.ó do delinqÜente. Essa afirmação
:..mms uma per- é, porém, um a priori insustentável Mesmo na justiça
s promessas são terrena, qualquer castigo é sempre, em primeira instân-
cia, a vingança do delito cometido. Se o réu é condena-
de correção.~'- do à morte, p. ex., como se há de corrigi-Ia? E seé con-
no próximo tó- denado a x anos de prisão ou de trabalhos forçados, a
::nn a Escritur3 .. sua contravenção é considerada mais leve, mas a pena
ira a afirlna.ção~ aplicada é a punição pela transgressão. A idéia de cor-
lÓgica: O qtl2 reção aliou-se ao têrmo castigo, especialmente na legis-
Laira finalrYlente lação moderna. Já que o indivíduo não é exterminado,
ode' dercl1àer. procura-se, ao mesmo tempo, corrigi-Ia, para devolver à
ia 11ão se adapta sociedade um cidadão útil.
"ogresso da ciên- Mas o argumento universalista é descartado Dor ou-
desenfreada da tras passagens que falam numa vingança que· 6eus to-
L~essõ2stirânicas mará nos seus inimigos. (Cf. no próprio texto: "Apar~
lta e desmesura- tai-vos, malditos ... "). Além disso, como já frisamos an~
~iosos: a degene~ teriormente, tôda a tese dos sustentadores da apokatás-
rrescentes ondas tas!s é táo frágil que nunca mereceu uma atenção e a-
muito o nosso ceitação generalizada na cristandade. Passemos, por is-
so. adiante.
Acorrem os extincionistas, procurando pôr o têrmo
"eterno" (a'ioônlos) fora de corübate. Insistem em que
ns, nas quais a a palavra mencionada significa também duração de tem-
lado. clara e in- po (limitado), um longo tempo, uma era, e finalmente,
218 o Inferno

um tempo ilimitado, eterno. Concordamos que na própria


Escritura existe o têrmo nesta (primeira) acepção. Sus- por
tentam, contudo, os comentadores da Bíblia que, quando
aioônios se refere a incidentes que ocorrem nesta vida,
no tempo presente, é lícito traduzi-Ia desta maneira.
Quando, porém, designa acontecimentos fora e acim3. des-
ta vida, a tradução obrigatória é eterno, sem fim. Acres-
ce que nas passagens em estudo o adjetivo eterno ocorre da ete7'C
duas vêzes (tot<::.1; três), em paralela: Castigo eterno sênc-i?c c
- vida eterna. Se lip1itarmos a extensão do adjetivo
numa expressão (castigo eterno), também o devemos res- prlm21:-~_
mê8r.n.2~
tringir na locução paralela (vida eterna) e traduzir "vi-
.fim~ll3:~
da de um tempo longo, mas limitado". Ora, o eternista
mais ferrenho rejeitará esta restrição, no segundo caso,
como absurda e contradizente.
Citamos Ellicotts Commentary (VI, 157): "A orien-
tação da passagem sóbre a natureza e a duração da pu-
nição futura é por demais importante que se possa ig-
norá-Ia ... Tudo quanto o texto contribui para a ques-
tão, deve ser pesado inteir3. e eqüitativamente. Se sus-
tentamos que "vida eterna" não tem fim, devemos sus-
tentar também o "sem fim" (endless) do fogo eterno."
O "Pulpit Commentary" assim se expressa; "Toman-
do o sentido literal das palavras do nosso Senhor e a com-
preensão ~ue os seus ~~vintes l.igava:n às mesmas, de-
vemos aceitar que a VlCJ.ade ressuscItado e o. segunda.
morte são igualmente sem fim (everlasting)." Numa
àeterminada alt1...lra lisa a expressão "existência- penal" &

"Tudo o que podemos dizer aqui é que miséria infinita e


feliCidade infinita sã.o postas dÜmte de nós e que Deus
11:)3Ll0strou p8.r3.isso os dois têrmos (ends), sem reser-
va ou modificação possível, a fim de nos sacudir, para
fugirmos de um e ganharmos o outro."
O extincionista Uriah Smith recorre a outra "solu-
ção" para atenuar o risor de aioônios. O castigo seria
éterno em suas conseqÜências. Aplicado uma vez pela
extinç5.o dos ímpios, o efeito, isto é, a destruição total,
é eterno.

_ ~i.ca, poré~, devendo a prova se a sua interpolaçã?


e 12g'ltlma ou nD.O~ Ao rnenos O seu argumento '·E:w. JIb
6.2, Paulo fala de lun jtlÍzo eterno, e êsse certamente
nào é um juizo que sempre passa avante, mas um jui-
zo que passou uma vez sôbre todos os homens (At 17.31) ;
é irrevogável nas suas decisões e eterno nos seus efei-
tos" j digo, êste sell argllmento não eOD'vence, porque o
juizo aqui citado, é a própria condenação eterna, e não
apenas a decisão juridica, tomada uma só veZ.
o Inferno 219

que na própria Reflitamos ainda: Se é lícito traduzir Mt 25.41,46


I acepção. Sus- por "fogo ou castigo de conseqüências eternas", o mes-
lia que, quando mo direito nos assiste em fazer tr:idução idêntica da ex-
:em nesta vida, pressão paralela "vida de conseqüências eternas". Mas
desta maneira. que sentido dar-nos-á esta locução? A própria vida não
'1'0. e acima des- é eterna, sem fim? Quais são as suas conseqüências que
em fim. Acres- apenas seriam eternas? Com que base se quer fazer uma
o eterno ocorre distinção entre a "vida" e suas conseqÜências? - A vi-
Castigo eterno da eterna é eterna, sem fim, na sua natureza, na sua es-
;ão do adjetivo sência e acidentes, é um viver· eterno. Esta é a tradução
o devemos res- primeira e lógica, a acepção natural. E segue, com a
e traduzir "vi- mesma naturalidade, a tradução: Castigo eterno, sem
)1'0., o eternista fim, um eterno castigar.
) segundo caso, Voltam à carga os extincionistas, afirmando que de-
ve haver perfeita oposição entre os têrmos "vida" e "mor-
57): "A orien- te", ambüs eternos.. Castigo eterno é sinônimo de con-,
duração da pu- denação, peràição, morte eternas (embora não constem
nas Escrituras as expressões Hpenas eternasne Htormen-
Je se possa ig- tos eternos", temos contudo "fogo eterno", Jd 7, e "pe-
Üpara a ques~ rlaliàade de eterna' destrujçào n, II Ts 1. 9.). Ora~ dizem~
mente. Se sus-
l, devemos sus-
se vida eterna é um eterno existir, então morte eterna
é llm eterno llão existir.
J fogo eterno."
Assinalemos que "morte" nunca tem o sentido de
~essa: "Toman- aniilação ou extinção da existência. A mOTte natural.
;enhor e a com~ (terreno. ou física) é uma separaçào de corpo e alma, o
,s mesmas, de- não destruição dêstes dois prÍllcipios. A 1';lorte e8JJfr·it'1[uZ
o e a segunda
;ting)." Numa é a seJ?r:ração do pecador. d~ s,eup~us .. O ímpio, ou. m?r-
to espIritual contmua eXIstmao IlSIcament:;, SU[\ ;:]:lsten..
.stência penal". cio. ôntíca subsiste, apesar de estar, pelo pecado, sepa-
lséria infin.ita e rado de seu Deus. Por que, perguntamos, a morte eterna
.ós e que Deus deve necessàriamente significar o aniquilamento total da
ds); ser:n reser- identidade e da substância dos ímpios'? A Escritura en-
:; sacudir, para sina que a morte eterna é uma senaracão definitiva e
eterna de Deus. Nesta separação, l;este' abandono, con-
a outta "solu- siste a essência dos tormentos infemais (Cf. a exclama-
) castigo seria ção de angústia de Jesus na cruz: "Deus meu, Deus meu,
uma vez pela por que me desamparaste?").
estruição total, Assim como os crentes são conservados, pela graça
e misericórdia de Deus, vivos por tôda a eternidade, as-'
ua interpolação sim os ímpios serão conservados, pela justiça e juizo do
nento "Em Hb mesmo Deus, em vida (existência pessoal e consciente)
sse certamente para todo o sempre.
~; mas um juí- Kittel diz sob "apoóleIa), (perdicão), nas nassagens
:ns (At 17.31); em que é sinônimo de ((tl~ân,a-to8)~lto à~t!;teTo8)J(~_ s'eg'unda
nos seus efei-
ence, porque o
~l~;l._.
mo'·"-e)· "Urr:. s:mp
. Ies apagar-se, u,a
" <:xIStenCIaral'n·
.•.
- ..
aqt:u nao se e.'i.pJ:essa,mas um eSEaGOde morte que nun-
b'em
, eterna, e não ca termina, prenhe de tormentos (eiD nicht endender,
ó vez. qualvoIler Todeszustand)".
220 o Inferno

E sob O verbo "apollysthaiJ> (perder-se, verloren sein) :


"Em contraste com sóozesthai (ser salvo), é uma frus-
tração (Scheitern) definitiva, não simplesmente o apa-
gar-se da existência física."
Citamos ainda Pieper (Dogm. r, 643): "A morte e-
tern9. não é o aniquilamento ou o ceSS::lrda existência,
mas a existência eterna no tormento, de corpo e alma"
(e cita Mt 25.46 e I Ts 1.9).
Finalmente, para explorar todos os subsídios que o
texto nos fornece, ressaltamos o "fogo eterno, prep7Tado
]J'Xta o diabo e seus anjos;'. Os ímpios partidparão da
mesma sorte dos demônios da qual afirma S. Judas (6)
que Deus os "tem guardado sob trevas, em algemas eter-
nas". Pieper (Logm. I, 616): "Quem nega o castigo e-
terno dos anjos maus, e dos homens, pebs mesmos sedu-
zidos finaliter, deve, em conseqüência, negar também a
bem-aventurança eterna e com ela tôda a religião cristã.
Quem comete pecado, é do diabo e, se não se converter,
para sempre.
Apocalipse 14.10,11 - Também êsse beberá do vi-
nho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cá-
lice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxôfre,
diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A
fumaçJ, do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos,
e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os
adoradores da bêsta e da sua imagem ... "
Pretendem os extincionistas livrar-se dêste texto com
o argumento de que o mesmo se refere 2pen3.S é' UDa
classe de ímpios, isto é, aos adoradores da bêsta. Smith:
"Nenhum texto é assaz conclusivo, çmmdo fala de uma 1'a
chsse sàmente, ou de um número limito.do de ímpios." piLe:;'
Em parêntesis: Admite-se então que esta classe sofre-
rá penas eternas?
É claro que o texto fala dos adoradores da bêsta e
seu castigo. Não exclui, porém, de modo algum, os ou-
tros .. Poderíamos argumentar com a mesma razão: De-
monstra-se aqui, numa certa classe de ímpios, aquilo que
a totalidade sofrerá,
Recorremos à pc:ralela, no capítulo 20, 'veTS. 10: "O
diabo, o sedutor dêles, foi lançado para dentro do lago do
fog:) e en:;:::ôfre,o:nde l2:.mb'2ffi se encontrs111 J1ão só a
têsta como o falso profeta; e serão atormentados de dia
e de noH'" Dolos S6;"1)10" dOS sé."L'ln<:" E 01lP estn s"'~á a
sorte 'de tod;s os i;;;pi;s:' con;l~i -;'versícill; 15:ct ~'E,se
alg-uém nã.o foi achado inscrito no livro da vida, êsse foi'
lançado para dentro do lago de fogo."
Já dissemos o necessário sôbre o têrmo «aióonios;'
(eterno). Temos o mesmo reforçado, em ambas as pas-
o Inferno 221

" verlorert sein) : sagens, pelos dois substantivos uaioonas aióonoon» (eter-
o), é uma frus- nidade das eternidades). Para determinar exatamente
esmente o apa- o sentido dos têrmos, deve-se, de preferência, recorrer
:<~ mc]mo autor, a fim de averiguar em que acepção os
): "A morte e- '-~i1prega. Ora, no capo 1, verso 6 do mesmo livro, S. João
r da existência, ~·:,.::temunhade Jesus Cristo que lhe pertencem a glÓria
, corpo e alma" e (; dominio «eis tàus aioonas toon aióonoon» (para a
eternidade das eternidades). E quem tenc:ionaria fazer
subsídios que o uma restrição para esta expressão, interpretando-a como
:erno, prep2raão um tempo limitado? Citamos o DI'. Dau (Texas 19C7, 34) :
participarão da "Com vigor o Espírito Santo aCl}mulou aqui as expres-
1a S. Judas (6) sões. As "eras das eras" nada podem significar, senão
m algemas eter- o tempo sem tempo, a eternidade sem fim."
?ga o castigo e- Nesta eternidade das eternidades os ímpios não se-
)s mesmos sedu- lão castigados, no sentido de consumidos pelo lago de
legar também a fogo, mas sim atormentados. O texto original emprega
1 religião cristã. aqui o verbo «bazmiízoo» que deve ser traduzido por tor-
ão se converter, turar, atormentar. E isto se dará sem anápausis (des-
canso, pausa). Se a visão fala em dia e noite, isto se tor-
e beberá do vi- na necessário para a nossa compreensão, pois não pode-
mistura, do cá- mos nem imaginar o que seja a eternidade.
fogo e enxôfre,
do Cordeiro. A Que extremo sofrimento!
lIas dos séculos, Preserva-me o meu coração,
1em Ó meu Jesus, desta aflição.
" de noite, os Verteste em meu provento
dêste texto com Teu sangue, e agora nã,o me vás
, ap21ns 2. UI:l.,,)
Privar do eterno gôzo e paz. (333,11)
a bêsta. Smith: Isaías 66. 24 - "Porque o seu verme nunca morre-
do fala de uma rá, nem o seu fogo se apagará; e êles serão um horror
2.do de ímpios." para tôda a carne."
;ta classe 80fre- Evidentemente Jesus citou esta pasagem, quando,
em Mc 9.44,46 e 48 três vêzes adverte: "Onde não lhes
ores da bêsta e morre o verme, nem o fogo se apaga." (Alguns manus-
D algum, os ou- critos trazem a passagem uma só vez) Jesus aqui ca-
;ma razÜo: De- racteriza a geena) o inferno, o fogo inextinguivel.
pios, aquilo que Declarou-se que estas passagens apenas explicariam
que o fogo do castigo continuaria ardendo e que o ver-
0, verso 10: "O me prosseguiria roendo incessantemente, após a extinção
~ntro do lago do dos ímpios, mas que êstes não suportariam tormentos
trs.m não só a sem fim, inflingidos pelo fogo e pelo verme.
'Dentados de dia Tomando fogo e verme na sua acepção material que
que esta será a consome com a matéria dos condenados, segue que o fo-
:Ülo 15: "E, se go se apaga e o verme morre, logo que a matéria que
Ia vida, êsse foi' lhes deu alimento, acabar. Tomando fogo e verme na
sua acepção imaterial, deduzimos que são os agentes dos
~rmo «aióonios)' tormentos, sim os próprios tormentos. E neste caso po-
lambas as pas- der-se-ia traduzir corretamente: O seu tormento nunca
222 o Inferno

mento hOIT2r:<>=- -=-

terminará, nem a sua tortura findará." "Não está es- em Cristo


crito: O fogo em si, o verme em si, mas sim, seu fogo, seu ::;cqüências
verme estará incessantemente em atividade. Os condena- G.1ãos do
dos são inseparàvelmente ligados com êste fogo e ver- (13.1' os
me. Por que o fogo ainda deveria arder e o vei'me ainda beira do
roeL se não houver mais condenados? Se os objetos do VDJlgelhe.
castigo forem extintos, o castigo deve cessar, sim todo tor, e assl::=
o lugar de castigo se torna superfluo. (Dr. Dau, Texas
Justac.-nê::'=':>"
Synodalbericht 1907, 35).
Já que examinamos três passagens mais detidamen- hostilid2ce
10 declinl=
te, pretendemos ainda citar apenas outras que pela teo-
logia eternista foram advogadas como provas das penas tado de fe -=-

eternas. til' com l =-===


Daniel 12.2 - "Muitos dos que dormem no' pó da lundadc;
terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros pa- brios de
ra vergonha e horror eterno." (Citada por Jesus em
Jo 5.29).
João. 3.36 - "Por isso quem crê no Filho, tem a
vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o
Filho, não verá a vida, mas sôbre êle permanece a ira
de Deus.
II Tessalonicenses 1.7-9 - " ... quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em
~hama de fo;:;o, tomando vingança contra os que não
conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao e- ção na_
vangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Êstes sofrerão habili,:s;_
pem.lidade de eterna destruição, banidos da face do Se- chama=.;:
nhor e da glória do seu poder." vem-se_
p2.ra "'-:~~
..-

QUARTA TESE caçãc:


nidad,::.
Tese: A doutrina do inferno, exclusiva e UnIcamen-
te lei, serve p,ira chamar ao êil'repenuimento os incré- , li" 'c_
daGos
ae
dulos, e para despertar os crentes, na medida em que rent."'c.=~
possuem ainda a velha carne. e ]r;: c.
A doutrina da condenação eterna é de importância
capital e de necessidc.de indispensável. Assim como o
dogma da vida eterna nos revela o amor exclusivo e in-
dizivel de Deus para com os pecalores infortwudos e
constitui o climax e a essência mais doce do evangelho,
doutro lado a realidade da condenação eterna nos faz co-
nhecer a ira flamejante do justo Deus sôbre o pecado, es-
pecialmente sôbre a incredulidade malévola e persistente.
Forma a ponta de lança da lei que fere mortalmente, a
voz de trovão de Sinai que faz e~tremecer O transgressor
até a medula dos ossos para o convencer de que procedi-
Q Inferno 223

"Não está es- mento horrendo é desprezar a graça salvadora de Deus


sim, seu fogo, seu em Cristo Jesus, em leviandade irresponsável, e que con-
ade. Os condena- 8eqüências funestas tal ato acarreta, a saber, faz cair nas
'::.1&OS do Deus vivo, É o brado de alerta que deve acor-
êste fogo e Ver-
e o ve:cme ainda ds.r os ímpios e incréus de seu torpor e os arrancar à
Se os objetos do b::ira do abismo, para que possam ser induzidos, pelo e-
cessar, sim todo vEngelho, a agarrar a mão estendida de Cristo, o Reden-
(DI'. Dau, Texas tor, e assim escapar ao precipício, prestes a tragá-Ios.
Justamente em nosso tempo que se cara.cteriza pela
mais detidamen- hostilidade sempre crescente dos inimigos da igreja e pe-
['as que pela teo- lo declínio acentuado do termômetro que registra o es-
provas das penas tado de fé e de amor dos cristãos, mister se torna insis-
tir com tanto mais ênfase nesta doutrina. É de todo in-
armem no' pó da fundado o temor que a pregação do inferno ofende os
rna, e outros pa- brios de uma pessoa civilizada e afasta os ouvintes da
la por Jesus em igreja. Choca sim, de maneira salutar, os que se arre-
pendem. E aos que se perdem, mesmo o evangelho amo-
no Filho, tem a rável é pedra de tropêço e rocha de escãndalo ("cheiro de
rebelde contra o morte") .
permanece a ira Mesmo os crentes, na medida em que ainda possuem
a velha carne, necessitam dêste choque violento, a fim
lU ando do céu se de agitá-Ias na indolência que se lhes pode tornar fatal.
do seu poder, em O homem de Deus precisa ainda constantemente de en~
ntra os que não sino para a repreensão, para a correção, para a educa-
I obedecem ao e-
ção na justiça, a fim de que seja perfeito e perfeitamente
l. Êstes sofrerão habilitado para tôda a boa obra (II Tm 3.16,17). Às
iS da face do Se-
chamas das paixões que ainda ardem em seu p2ito, de·
vem-se opor às labaredas do inferno. É meio eficiente
para espantar a segurança carnal.
E É também uma intimação terminante, uma convo-
cação insistente para a evange1ização urgente da huma-
lsiva e Ünicamen- nidade que, em sua mar parte, corre ainda de olhos ven-
cimento os incré- dados ao encontro da sua ruína eterna. Devia pôr termo,
medida em que de uma vez para sempre, à passiviç!ade, à inércia pachor-
renta, em que se embalam aquêles que possuem o único
e infalível meio de socorro. O solo devia arder sob os
é de importância seus pés e os impelir a correr, dia e noite, para levar o
Assim como o evangelho da redenção até as extremidades da tena, até
)1' exclusivo e in- que não sobre um só indivíduo que não fôsse prevenido.
'3 infortun~d03 e E os que não podem correr, deviam oferecer dos seus re-
)ce do evangelho, cursos, em medida abundante e, se preciso fôr, a totali-
:terna nos faz co- dade, em benefício desta obra importante de salvamen~
3b1'eo pecado, es- to. E os que não possuem bens materiais, deviam levan-
tar as mãos aos céus e assediar o trono de Deus com as
'ala e persistente. suas súplicas e intercessÕe.s em favor da conversão dos
e mortalmente, a que ainda estão assentados nas trevas e nas sombras da
:er o transgressor morte. O Senhor nos perdoe o nosso fleuma do passado
r de que procedi-
224 o Inferno

e desperte em nós um amor ardente e agressivo para com suscitou de>:.


os nossos semelhantes desditosos. 1'0.." (I-;",
A doutrína das penas eternas realça, finalmente, pe-
lo contraste, tanto mais clara e preciosa a salvação que 1'a
delas temos pela obra redentora de nosso Salvador. Tô- ra, COTE ,=,
das as ponderações sôbre o inferno de nada nos valeriam todos c"
- pelo contrário, precipitar-nas-iam no mais lancinan-
te desespêro -, se não possuissemos o antídoto de eficá- I Onde
o teu
cia absoluta contra a segunda morte. Retorn!?mos ao que
já fris3mos de leve na primeira tese.
,
t

Já no A. T., o Deus de tôda a misericórdia prome-


teu: "Eu os remirei do poder do inferno, e os resgata-
rei da morte: onde estão, ó morte, as tuas pragas? On-
de está, ó inferno, a tua destruição? (Os 13.14).
E 700 anos mais tarde :ceboou pelos céus da Pales-
tina um brado de agonia, grito êsse, diante do qual o as- I. Der
tro-rei ocultou os seus raios: "Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?" É o próprio Filho de Deus, o Die e1'51::::-
herói vaticinado, torcendo-se em suplício inconcebível, samtheit eh:e
em luta titânica com as portas do inferno, experimen- nur aus ih1'2c
tando em seu corpo e alma os horrores das penas eternas. Aus diesem G:,
Sofreu e lutou para destruir o império da morte e arre- Kap. 15 Til
batar as vítimas inditosas ao reino das trevas. BJ.talhou Untel~ ej,,,,c
e obteve retumbante vitória a qual anunciou,· ainda sus- genannten
penso entre céus e terra, no lenho da maldição: "Está Lystra, Ikor-.i --
consumado!" O mais valente sobreveio ao valente, tiran-
do-lhe a armadura e dividindo os despojos (Lc 11,22). geschích tE c h::
- Depois de vivificado, desceu ao inferno, penetrando digung sein~:::
na fortaleza re:::ôndita dos inimigos e levou cativo o cati- 1.
veiro (Ef 4.6). Despojou os principados e as potestades
e publicamente os expôs aos desprêzo (CI 2.15). ~Pe-
h ressurreição do terceiro dia foi confirmado solenemen- besuch der -
te o seu triunfo. Assim podia garantir, mais tarde, às von D2rL;<.:-
sete congregações da Ásia Menor, garantia essa extensiva Antio:::hien
para todos os homens: "Estive morto, mas eis que es- dass der
tüu vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da nach AL;:;=
morte e do inferno." (Ap 1.18). matsbdt.
Pela fé em Jesus Cristo participamos desta magna RÜckreis:?
vitória, já neste tempo, e na eternidade. Aos que nêle deren, D:2Y',

crê2m, Jesus assegura: "Em verdade, em verd:xle, vos gerl~cl-~E-::=_


digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que das:.;sie ir-:;
me enviou, tem a vida eterna, não entra em juizo, mas
passou da morte para a vida." (Jo 5.24), "não verá a
morte" (8.51), "não provará a morte eternamente" (8.52),
"e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eterna-
mente" (11.26). Assim preparados, podemos confiada-
mente "aguardar dos céus o seu Filho, a quem êle res- ge1'n, das;:
Der Apostolat Pauli 225

t'essivo para com suscitou dos mortos, Jesus, que nos livra da ira vindou~
ta." (I Ts 1.10).
, finalmente, pe- E se nos chamar antes daquele dia, tão glorioso pa-
l a salvação que ra os crentes, podemos entoar, em nossa hora derradei-
:0 Salvador. Tô- ra, com o apóstolo Paulo, o canto sublime de triunfo de
ida nos valeriam todos os remidos: "Tragada foi a morte pela vitória.
I mais lancinan-
ntídoto de eficá· I Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, Ó morte,
o teu aguilhão? Graças a Deus que nos dá a vitória por
torn~mos ao que , intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!" (I Co 15.55,57)

2ricórdia prome-
10, e os resgata-
las pragas? On- Der Dpostolal Pauli nach DpU. 15 und Gat. 1 una 2
Os 13.14).
H ans Rottmann
s céus da Pales-
1te do qual o as- I. Der Apostolat Pauli in der geschichtlichen Situation
t, Deus meu, por
'ilha de Deus, o Die ersten beiden Kapitel des Galaterbriefes, die in ihrer Ge-
:io inconcebível, samtheit eine einzige Verteidigung des Apostolats Pauli sind, konnen
~rno, experimen- nur aus ihrer geschichtlichen Situation heraus verstanden werden.
?.8 penas eternas.
ia morte e arre- Aus diesem Grunde besteht die Heranziehung von Apostelgeschichte
revas. B:ltalhou Kap. 15 zu Recht.
ldou, .ainda sus- UnteI' der Voraussetzung, dass aIs LeseI' des Briefes die so-
naldição: "Está genannten "südgalatischen" Gemeinden Antiochien (Pisidien) ,
o valente, tiran- Lystra, Ikonium und Derbe VaI' allem zu sehen sind, 8te11tsich der
Ijos (Lc 11.22). geschichtliche Hintergrund für die Argumentation PauE in Vertei-
'Tno, penetrando digung seines Apostolats etwa folgendermass211 dar:
ou cativo o cati-
e as potesbdes 1. Der geschichtliche Hintergrund
:::1 2.15). - Pe- Den Abschluss der ersten Missionsreise bildete der Wieder-
nado solenemen- besuch der auf diesel' Reise gegründeten Gemeinden SüdgaIatiens
mais tarde, às von Derbe an, deri1 8.ussersten FunlÜ, über Lystra, Ikonium. und
,3 essa extensiva Antiochien in Pisidien, Apg. 14,21b lI. IHém muss sich wundern,
mas eis que es- dass der AposteI l1icht den scheinbar logischeren Weg über Land
110 as chaves da nach Antiochien in Syrien nahm, wohin über Tarsus, seine Hei-

os desta magna l matstndt, eine verha1tnismãssig gute Heerstrassc führte. Aber die
Riickreis2 dllreh die jungcl1 Gen1einden hatte ei11en ganz beson-
Aos que nêle
,m verd:.lcle, vos , deren, man mochte sagen zweifachen, Zweck: Der eine mit seelsor-
gerlichem 2;01 a) "8ie starkten die Junger; b) sic ermahnten sie,
:;rê naquele que class sie im Glauben blieben und c) dass \Vir durch viel Trübsal müssen
3. em juizo, mas in das Reich Gottes gehen", Apg. 14, 22f. Der a,'1dere mit organisa-
1), "não verá a torischem Ziel: "Unà sie ordneten ihnen hin und heI' Ãlteste in
lamente" (8.52), jeder Gemeinde, beteten und fasteten und befahlen sie dem Herrn,
morrerá eterna- an den sie glãubig geworden waren." (14,23)
demos confiada- Aus diesel' Stelle ist für den Apostolat des PauIus k1ar zu foI·
a quem êle res- gern, dass er ihn nicht ansah aIs ein Gemeindeamt, sondern aIs ein
226 Der Apostolat Pauli

direktes Botschafteramt, das zwar, solange. er die Botsehaft seines letzten Endó _
Herrn auszurichten hat, aueh Seelsorge einsehliesst, das aber doeh, tums: cine
auf die einzelnen Gemeinden gesehen, ein vorübergehendes Amt des Judent;:c:-s
isto Das Daueramt für die einzelne Gemeinde - und letzten Endes
Ausrüstung
auch fUr die ganze Kirche - 1st nicht das apostolische, sondem das Pharisãer, 6 "C'-=
bisehofliehe Amt des Presbyters.
Aus diesem Grunde verlliilasst Paulus die Gemeinden in Ga- Forderung
gekommen
latien, Presbyter zu wãhlen, sich zu "organisieren". Wie weit bei lasset nach
dem Verbum "cheirotonéooJ'; das Lukas hier gebraueht, das u1'- Apg. 15,1.
sprüngliehe Moment der Wahl dure h Handaufhebung (cf. die ein-
sehlãgigen Wõrterbüeher!) den 8inn beherrscht, ist wohl schwer zu antiocheni2~Lc'--
entscheiden. v. Campenhausens Ansicht, dass cs sich hier nur um bas und
"Einsetzung" der Presbyte1' seitens der AposteI gehandelt haben
konne, ist Zllm mindesten einseitig (1). Es ist wohl anzunehmen, den ApoSt2L -.-::~
dass für diese Altestenwahl, die e1'ste, die auf paulinisehem lVIissions- er voraus, 0:5.=
feIeI stattgefunden hat, die 'VVahlder Diakone in der Gemeinde zu ein AposteI
JerusaIem (Apg. 6) das Vorbild war, auch \'1enn dort das Verb Aposteln bedc=:":',
"ekZegoo" gebraucht wird (2). Es ist doch sehr wah1'scheinlich und in Unge\Ti2~:1-.cÕ-~.-:.
aus der ganzen 8ituation heraus am besten zu verstehen, dass beide: \viegenden
beizviühr'en
apostolis"Cher Rat und Gemeindewahl Hand in Hand gingen. - Es von Goti - e,-'C-cc
waI' in der feindlichen heidnischen Umwelt gewiss notig, dass eine1'-
richten
seits die PI'esbyter Manner waren, die wegen ihreI' christlichen Er-
kenntnis das Vertrauen der AposteI genossen, andererseits mussten (anébeen !-7-
sie aber auch die Gemeinde hintersich haten. Man h=."
Nachdem.die Gemeinden so ausgerüstet waren, aur eigenen psychoIogi,,".:-I_=
Füssen zu stehen, konnten die ApJstel Abschied von ihnen nehmen, E3 sieht a1>:-
indem sie sie dem Herrn berahlen (paréthento .autow3 toa kYTioo), wusstsein d6
14,23. selne1'
datei niem~L:
2. Antiochien wegen aneL
satz gegen
Wahrend ihres Aurenthaltes in der MutteI'gemeinde der Hei- hei ein2
denmission in Antiochien (Syrien) kam es dann zum ersten wirk-
lich ernsten Konflãkt innerhaIb der jungen KiI'che, und zwar eben
auf der Grundlage dessen, was Paulus und Barnabas wahrend ih1'e1'
ersten Missionsreise praktiziert hatten: die christliche Freiheit von
den Forderungen des jÜdischen Zeremonialgesetzes. Es ,vaI' die
v, Campenhausen; Kirchlicbes Amt und geistliche Volhnaeht in den. er"ste:a
drêi Jahrhunderten. Tübingen, 1953. - Auch Bauer argumentiert hier so.
Er sieht in cheiTotonêsantes ti·/doi.s eine "Auswahl", die die }·.postel für die
Gemeinden trafen ..
. 2) Die Wahl der Altesten schon so früh in der apostolischen Wirksamkeit
PauE ist mir immer ein Beweis für die pauEnisclle Verfasserschaft der
Pastoral1niefe gewesen. Vias der AposteI dem Titus für Kreta zu tun
rat, namlich 7wthistànai 7,;atâ pólin pTebytérotéS (Tit. 1,5), hat er ja früher gehen. -
ln Galatien schon seIber getan. Für eine weitere Herausbildung des eigent- der
lichen Amtsbegriffes ln deu Pastoralbr:iefell.kann also wenigstens von-h.ier Eingriff
aus nicht schlüssig argumentiert \verden. 20,221.
Der Apostolat PauU 227

die Botschaft :seille:>


1iesst, das abe1' doch, letzten Endes fundamentale Frage nach der Existem des Christen-
tums: eine wirkliche ErlosungsI'eligion Zll sein ~ ode1' ein Zweig
'o1'übergehendes Amt
- und 1etzten Endes des Judentums zu werden, bezw. zu bleiben. Es gehort mit zur
AusrÜstung des Paulus, dass ge1'ade er, der früheI' fanatische
stolische, sondem das PharisãeI', es iva1', der die ungeheure 8chwere und Reichweite der
ie Gemeinden in Ga- Forderung jener "etlicher" apo tees Joudaias) die nach Antiochien
ie1'en". Wie weit hei gekommen wa1'en, erkannte: "Wenn ihr euch nicht beschneiden
lasset nach der Weise des Mose, so konnt ihr nicht selig werden",
r gebraucht, das ur· Apg. 15,1.
fhebung (cf. die ein-
lt, ist woh1 schwer zu Es scheint nun, aIs. habe Paulus gez6gert, dem Beschluss der
es skh hier nm um anticchenischen Gemeinde zu folgen, nach dem "Paulus- und Bnrna-
stel gehandeIt haben bas und etliche andere von ihnen hinaufzogen nach J erusalem Zll
st wohl anzunehmen, den Aposteln und Ãltesten um diesel' F1'age willen" Apg. 15,2. 8ah
laulinischem Missions- er voraus, dass man ihm spate1' zu1' Last legen ',-vÜrde,e1'sei nu1'
~ in der Gemeinde zu 2in AposteI zweite1' Klasse, der stãndige Auto1'isation von den Ur-
wenn dort das Verb Aposteln bedÜrfe? 80 mochte ich Gal. 2,2 ve1'standen haben: PauIus,
:11'wahrscheinlich und in Ungewissheit, ob es weise sei eine Entscheidung mit so schwer-
verstehen, dass beide: wiegenden Folgen einfach auf einen Gemeindebesch1uss 11in he1'-
1 Hand gingen. - Es beizuführen, er11ie1t~ siche1' nach ernst1ichem Gebet um Weisung
wiss notig, dass eine1'- von Gott ~ einen kIaren Bescheid, sodass er den Galatern davon be-
ihrer christlichen E1'- richten kann: "Ich zog aber hin auf Grund einer O.ffenba1'ung"
andererseits mussten (anébeen katá apokálypsin) Gal. 2,2.
n. Man hat an diesel' Stelle die Fl'age aufgeworfen, wieweit
t wa1'en, auf eigenen psychologische Bedenken den 'vVeg des AposteIs bestimmt haben.
ed von ihnen nehmen, E3 stehtaber doeh wohl ohne Zweifel rest, dass das Sendungsb2-
oautou.'! toa kYTioo) wusstsein des Paulus auf der Gewissheit des OffelÚarungscharakters
5eine1' Verkündigung und seines Apostolats beruht. Es geht ihm
dabei niemals um seine Person, sondem stets um die Sache. Des-
wegen auch spãter irl I(orinth sei!'l geradezu leidenschaftlicher Ein-
satz gegen das Parteiwesen, weil seine Pe1'son und sei11 Name da-
ttergemeinde der Hei- bei eine Rolle spie1ten. Er ist als AposteI stets .ein Mensch, der in
ann zum ersten wi1'k- der clouleia steht. Darum steht auch neben seinem Amtstitel após-
;:irche, und zwar eben tolos) den er dort gebrnucht, \VO es sich umdie Identifil~atiollseiner
lrnabas wãh1'end ihre1' BJtschaft und um die Autoritãt dessen handelt. was e1' aIs Botschar-
hristliche Freiheit von ter Christi zu sagen hat(l. Ko1'. 1,1; 2. Ko~. 1); Gal. 1,1) sehr
sesetzes. Es war die oft der personliche Titel des doulos Jeesou Christou) der sein inneres
VerhãItnis zu dem ihn Sendenden aUI\veist (Rom. 1,1; Tit. 1,1 et a1.).
te Vollmacht in den ersten
mer argumentiert hier so. So sollte man hier das Warten auf eine direkte Vveisung seines
J", die die Apostei für die 1-Ierrn nicht aIs aus psyehologischen Bedenlcen- entspringend an-
sehen, sondern ais aus dem Sendungsbewusstsein und aus seiner in-
neren volligen Abhãngigl{eit Zll seinem Herrn l-~ommend. [,ler J~po""
lpostolischen \Virksamkeit :-;tel wollte in eine1' 80 entscheidenden Sache, deren Tragweite - e1'
LischeVerfasserschaft der
Titus für Kreta zu tun mehrals seine IVlitarbeiter ü02rschaLlen 1{onnte1 keinerl eigenen vVeg~
TiL 1,5}, hat e1'ja früher gehen. ~ Wir haben ja auch sonst in entscheidenden Augenblicken
Herausbiidung des eigent- der apostolischen vVirksarnkeit Pauli inllner vvieder den direkten
1 also wenigstens vou mel' Eing1'iffgottlicher Weisungen: Gal. 2,2; Apg. 13,2; 16,9; 18,9f;
20,22f.
228 Der Apostolat Pauli

3. Jerusalem - Der Apostolat PauE anerkannt BibIe" (Stml'~ 3._


rigkeiteu ai" jce,,"
..
helSS t , nas:'
'
Auf solche Weise auch innel'lich gel'üstet zog er mit elmgen und auf die --2T_~-~=-
anderen Abgesandten von Antiochien in Syrien nach JerusaIeill. Der
VerlalJf des'sogenanlTten l\postellconzils \V8.re an sieh vielleicht für
the J erus21e=
Ullser T-hema nicht von B2dcutung. ViiI" finden aber doch dari11 the GospcL
einige IVIomelltey die Pall1Lls GaL 2 2l11' \7 erteidigul1g seines Ji-posto= finding a "~:i\
lats heranzieht. comprOmlSIT'5'~
I)'a istzu11achst einn1al in dem B2rieht des Lllkas der Hin"" ist pureI'
was Pau1u,::
\veis daraLlf, dass PaLtlu.s tlnd BJJ:,'nabasbeí il1.rer Bericllterstattullg
ÍasstenlVlein~~:_:c~
besonders die Gegel1"vvartund lvlachterweisung Gottes, in dessen Pauli van d2l' __~
Auit.rag siegeyvirkt tlatterl} staI'k betontel1: "Und sie verkllndigten
15, und wi::-d ~=~~=
(aneengeilC1'i1) wieviel Gott, der mit ihnen war, getan hatte." (15,4).
Ohn,-o
Das scheint Überhaupt der Tenor ibrer Berichte gewesen zu sein
die gr.s.mm3.ti::-c
(vgL 14,27). So sehen ,vir Paulus und Bamabas aIs bevollmachtigte Satze
Gesandte, deren V ollmacht aber in ganz besonderer Weise getragen verschiech:21c::::-,
und bewiesen \vird durch die Tatsache, dass Gott mit ihnen war.
Der Verlauf der Dinge anUisslich des Apostelkonzils scheint Comment2r:-,- -
diesel' SteLc
folgendermassen vor sich gegangen zu sein: V or der Gesamtge-
meinde, einschliesslich der AposteI und ÃItesten (es hat ganz offen- vorliegt, '".'1-::
bar ein Ãltestenkollegium aIs leitendes Gremium neben den Aposteln (Agrippa)
mCIDsarner"
in Jerusalem bestanden), legten Paulus und Barnabas ihren Missions- schon l-llcr-c
bericht von den grossen Taten Gottes ab, Apg. 15,4. Daraufhin, ent- tmn, et (Li_
weder in der Vel'sammlung selbst oder im Anschluss daran, "traten Patllus hL-:~
auf (exanésteesan) etliche von der Pharisaer Sekte, die gIaubig R:chensc-h::::'-
geworden waren", 15,5. Das war der Storungsangriff, um dessent- sation
willen ja die antiochener Gesandten vor allem gekommen waren,
und der sich nun hier in ganz ahnlicher Form wie in Antiochien ATgUlY'en~~? --
wiederholte. Da es sích hier um eine der Zentralfragen der Existenz dass er dé"c,=-
Autol'iéar ~---
der Kirche harldelte, musste gehandeIt werden, schnell, im Namen
Gottes und in mogllchster Einigkeit. Daher wurde, wie Lukas be- Heldel1cl-"1~-:::- -
richtet, eine "Exekutivversarnmlung" einberuren: "Dann kamen die
die AposteI und die 2Ütesten zusammen, über diese Sache sich zu
beraten", 15,6, und Paulus berichtet davon den Galatern spater, eU1
dass er kcW 'idian (unter vier Augen, im besonderen) mit denen,
die das Ansehen hatten (tois dokousin) gesprochen und ihnen anet-
hemeen to eucmgélion. ho keel'Yssoo tois ethnesin (das Evangeliunl,
das ich den Heiden predige habe ich ihnen vol'gelegt), Gal. 2,2.
Es drangt sich nun hier die Frage auf, ob es sich bei diesem
"Vorlegen" seines Evangeliums an die Heiden darum gehandelt ha-
be, dass Paulus seinen Apostolat von den UraposteIn bestatigt ha- in der
beu wollte oder gar für seine eigene Gewissheit diese Bestatigung dere
haben musste. Auf den ersten Blick scheint der eigenartige Nachsatz
war bel
{(rneepoos kenón tl'echoo ee édTarrw;tJJ (auf dass ich nicht etwa ver-
geblich liere oder gelaufen ,;vare) darauf hinzudeuten. So hat ihn Auftl'ag
auch schon Tertullian verstanden (Adv. Raer. 1,20; 4,2; 5,3), zumal trage \-c:- .~-
das oudén prosanéthen.to (mir v,lurde nichts weiter auferlegt), Gal. jetzt klfü',
akrobi;,"tl:"-
2,6, nach diesel' Richtung zu weisen scheint. "The Interpreter's
Der Apostolat Pauli 229

nnt Bible" (Stamm B. Blackwelder) konstruiert hie1' noch mehr Schwie-


rigkeiten aIs der Text schon ohnehin bietet, wenn es dort (zur Stelle)
zog er mit elmgen heisst, dass "jealousy and suspicion" hie1' Pate gestanden hatten
nach J erusalem. Der und auf die "shee1' difficulties" hingewiesen wird, "which Paul and
an sich vielleicht für the J erusalem leaders had in agreeing upon the real meaning of
lden aber doch darin the Gospel. Paul's dilemma seems to have been his difficulty in
digung seines Aposto- finding a way. to get along with certain church officials \vithout
compromising the Gospel". Eine solche Erklarung der Situation
des Lukas der Hin- ist purer Prágmatismus und geht ganz offenbar_ über das hinaus,
11'e1'Berichterstattung was Paulus und Lukas beide be1'ichten; sie fusst auf der vo1'ge-
.ng Gottes, in dessen rassten Meinung eine1' fundamentalen Verschiedenheit der Botsehaft
'Und sie verkündigten PanE von der der Urapostel. Sie verdreht das Gesamtbild von Apg.
~,getan hatte." (15,4). 15, und wird gewiss aueh Gal. 2 nicht gereeht.
chte gewesen zu sein 011ne nun auf die verschiedenen Auslegungen und ohne auf
)aS aIs bevollmãchtigte
clie g1'ammatisehen Schwierigkeiten, die in dem ganzen ((mee poos»
clde1'erWeise getragen Satze liegen, einzugehen (eine gute Zusammenfassung der
Gott mit ihnen war. verschiedenen IvI6glichkeiten gibt Burton im Internatiom! Critical
Apostelkonzils scheint Commentary zur 8te11e), sollte hier positiv gesagt werden, dass an
Vor der Gesamtge- diesel' Stelle wohl eine ahnliche B2deutung des medialen anatíthesthai
en (es hat ganz offen- vorliegt, wie Apg. 25,14, wo es von Festus heisst: "too bOoSilei
1m neben den Aposteln (Agrippa) anétheto ta kata ton PaulonJJ) namlich eine Sache zu ge~
,Inabas ihren Missions- meinsamer B2ratnng vorlegen. Dazu sagt (nach Lightfoot zur 8te11e)
. 15,4. Daraufhin, ent- schon Hierol1ymus: u Inter conferentes aequalitas est; inteT docen-
lschluss daran, "traten te?n et dis:Jentem 1ninor est ilZe) que discit.JJ Ganz gewiss sah skh
.e1' Sekte, die g1ãubig Paulus hier nicht aIs Schüler seinen Meistern gegenüber, denen er
gsangriff, um dessent- Rschenschaft abznlegen hatte, und deren placet e1' zu seiner Autori-
em .gekommen waren, sation gebrauchte. V'i er den 8atz so auffasst, missversteht die ganze
!rm wie in Antiochien .l\rC:Llment~Jtion dcs A4..nostcls inGaL 2; \voer doeh naclT\veisen ,viII:;
:ralfragen der Existenz das;' er denen in J erusaIem anf gIeicher Hõhe und mit gleicher
~n, schneIl, im Namen p~lltoritãt ausgestnttet gegel1übertretel1 konnte.
wurde, wie Lukas be- Der ~~v/ecl~der Berattlng o11n~? Frage; die Stellung der
cufen: "Dann kamen Heidenchristen dern Gesetz gegentlber festzLllegeIL DaZLl b,edurften
;r diese Sache sich zu àie Jerus?l€merl~postel eÍnes,gennllen Berichts liber die Tãtigkeit
den Galatern spãter, der .IIeidenapostel 1)üc1 Ü.t,er ihre Pra;{isin den Gemeindenj die ja
esonderen) mit denen, ein vollstandiges 1\ OVl1ill in der verhãltnismassig l~urzel1 Gesch.icl1-
cochen und ihnen anet- te der ICircl18 \x/ar. Ul1,d da ist es nu~nâ11sserordentlicl1 b2zeicllne:nd,
tesin (das Evangelium, dass der Apostei an dieser StelJe das Prasens;'(lceeTYsso,Q") gebraucht~
1 vorgelegt), Ga1. 2,2. Paultls legteden. Ivlti:nner11 in- Jerusalemdas Evangelium vor; àas
ob es sich bei diesem er predigt, eben auch noch zur Zeit seines Schreibens. Es \var also
n darum gehandelt ha- vor der ZLlsammerlktrnft in Jerusalem nicl1t anders aIs jctzt, D1el1r
raposteln bestatigt ha- ~ls ..eil1. ,Jai1~~
nacll ",der!l. I\:onzil, ei1'1 B..::;'"\~:eis .. d~s~~~ein~ !:..11.dertUlg
;heit diese Bestatigung ln d.er Precilgt gerOTo.ert vviurde, lJ.na d.ass selne Botschaft kel118 an-
~r eigenartige Nachsatz deTê sein llnd werden korlnte~ \~7eil sie il1ü1 SÜ·aufgetragen 1filorden
ass ich nicht etwa Ver- war beiseiner Berufung zurn ... L\postolat. "\\Tie dGUlüls j\nanias den
nzudeuten. So hat ihn Auftrag des Herrn fÜr Paulus vernahm" ... , class er meinen Namen
. 1,20; 4,2; 5,3), zumaI trage vor Heiden ... ", so erkannten die Jerusalem-Apostel aueh
weiter aurerIegt) j Gal. jetzt klar, wie PauIus berichtet "hoti pepisteuma toeu,angéUon tees
nt. "The Interpreter's akTobystiàs») (dass mil' das Evangelium für die Heiden anvertraut
230 Der Apostolat Pauli

worden ist). Das war der eigentliche Grund der Beratung kat' idian: Auf d2
Die Jerusalem-Apostel mussten die Gewissheit erhalten, dass Paulus dige Bezeuz:,~
der bevollmachtigte Botschafter Jesu Christi unter den Heiden war, Gott durch ;::~CÓ'
dass sein Apostolat mit Vollmacht ausgestattet, dem ihl'en in jedel' Ausübunz iE-:,>=
Beziehung gleich wal' und dass, wenn überhaupt ein Unterschied und \Vund2tt_
bestand, dieser sich lediglich auf den Betãtigungstel'eich (und auch Gott den
hier noch cwn1grano salis) bezog. Es ist doch eben ein und dasselbe ausgestatte::
Evangelium, das Paulus und Petrus predigen: «EuangiZionJJ wird sung des -~~:-~=2~.~~~
nur einmal gesetzt und yvi1'dlediglich doppelt bezogen durch die Ge- seemeia.
nitive «tees peritomees :.-.. tees akrobystias») V. 7. und ohne
Der El'folg diesel' Exekutív-Versammlung wal' zunachst ein- Über die seL:o _
mal, dass die Jerusalemer Apostei teen charin teen dothei.san moi des APOSt0L,_=
(die Gnade, die mil' vel'liehen war) erkannten (V. 9). «Charis)) ist Darni", ~--
hieI' ohne Frage zu beziehen auf den Apostolat Pauli. EI' ist sich Situation
bewusst, dass sein Sendungsauftrag Gnade war und isto Die Berufung des paülh-.i;::'~~=
zu seinem Aposto1at e1'fo1gte dia tees charitos autou) GaL 1,15 (cf. meinde
auc11 1. Kor. 3,5; 15,10). \Vie dieses Bewusstsein von dem Charis- in Frage ~~'2~~==
Charaktel' sebes Aposto1ats sein ganzes Denken darÜber bestimmte, bezug auf ",:',
siehe vy~eiter unten zu GaL lj15!
Der zweite Erfolg war, dass diejenígen, die von den judaisie- 4. PaüItL~
renden Irrleh1'ern aIs ((styZ.O'i" (Saulen) angesehen wurden - (Pau- in df'l'
lus lehnt diese Bezeidmung für sie auch durehaus nicht aIs unzu-
treffend ab, sondem wm das Faktum lediglieh eingeschrankt wis-
sen auf die Gnade Gottes, die sie dazu gemacht hat; es aber meht in Jerusd::c
ausdehnen auf eine angeblíche "grossere Autoritãt" ih1'es Apostolats, Apg. í6;?'}
Gal, 2,6) - namlich im besondeI'en Jakocus (3), Kephas und Joha.n- f1'oh." ln,~=-~
nes, ihm und B3.rnabas dexias edoolwn ... konioonias (die rechte
Hand der Gemeinschaft reichten) 1 2,9. Das kann nicht bedeuten,
dass díese Gemeinschaft im Glauben nieht aueh schon voI'he1'bestan-
den haiie, sondem ist ledíglich eine Bestatigung für beide Teile,
dass sie unteI' Gott bestanden hat, besteht und bestehen bleiben
soU. Das íst in dem Hãndedruck versinnbíldlicht, nicht eine vo11e
WiederveI'sohnung, die n6tig gewesen ware naeh einer vorangegan-
genen Entzweiung. denl;:erL -- -=-

Der dritte Erfo1g war dann die offentliche E1'klãrung vor er- deu; d2Ú ='.~'~:-
neut versammelter Gemeinde, wo besonders Petrus (der ja einen chronolc;sj =
ganz ahnlichen Angriff auf seine WiI'ksamkeit SCh011einige Jahre und \ves\\
'lorher haUe abweisen müssen, Apg. 1l,2ff.) nun die geschichtliche
Situation daI'legt und avi die gottliche Vollmacht himveist, mit der
die Botschaft des PauIus und seiner Mitarbeiter getl'agen ",rurde.
Der direkte und sichtbare ErfoIg wird von Lukas dann í5,12 in dem
bezeichnenden Kurzsatz mitgeteilt: "esígeesen de pan to pleethos))
(da schvvieg die ganze Menge still).
,,) Hier ist ohne Frage der Herrnbruder Jakobus gemeint, der wahrscheinlieh wle i12n:: "'__ u

wegeu seiner Sonderstellung iu der Gemeinde und wegen des Arguments der Ki:'ch2 c-· -=--=':'=
der Irrlehrer, die sicl1auf ihn insonderheit berufen zu l1aben scheinen, 2,12, (Sãuleni,
aIs erster genannt v,-ir':\' bauarbeit i~
Der Apostolat PauU 231

r Beratung kat' idian: Auf das Schweigen der Gemeinde konnte dann erneut das freu-
erhalten, dass Paulus d!ge Bezeugen kommen von dem "wie grosse Zeichen und \Vunder
mter den Heiden war, Gott durch sie getan hatte unter den Heiden". Die Begleitung zur
:t, dem ihren in jeder Ausübung ih1'es Apostolats hatte- Gott selber gespielt mit Zeichen
aupt ein Unterschied und Wundern. Die Urgemeinde hatte es ja se1bst erfahren, dass
ngsbereich (und auch Gott den Apostolat in seiner Verkündigung mit exousia (Kraft)
eben ein unddasselbe ausgestattet. Petrus und die AposteI werden o.11envon der Verheis-
: "Eu,angslion» wird sung des Aufersto.ndenen berichtet haben, dass der Verkündigung
bezogen durch die Ge- seemeia ... parakoloutheesan (Zeichen folgen würden), Mark 16,7,
V.7. und ohne Fro.ge wusste die Gemeinde in dem Bericht des Paulus
ng war zunachst ein- über die seine Predigt begleitenden Taten Gottes eine Bestatigung
n teen dotheisan moi, des Apostolo.ts des Paulus zu sehen.
1 (V. 9). "Charis)) ist Damit ware an sich der Apostolat Pauli in der geschichtlichen
1at Pauli. Er ist sich Situo.tion da1'gelegt. Aber der klaren Erkenntnis von der Echtheit
und isto Die Berufung des paulinischen Apostolats seitens der Uro.postel und der Urge-
, autou) Gal. 1,15 (cf. meinde folgten Episoden, die letzten Endes den Apostolat erneut
tsein von dem Charis- in Frage stellten - nicht mit Bezug auf seine Existenz, aber in
en darüber bestimmte, bezug auf seine Anerkennung.
die von den judaisie- 4. Paulus und Petrus - Die Frage nac.h der Frei.heit vom Gesetz
2hen wurden - (Pau- iu der Praxls
'chaus nicht aIs unzu-
ch eingeschrankt wis- Dass keinerlei Zweifel bei den Antiochenern über das Resultat
:ht hat; es aber nicht ín Jerusalem bestand, wird kbr aus dem Kurzbericht des Lukas,
'itãt" ihres Apostolats, Apg. 15 31: "Da sie den (Brief) bsen, w-urden sie des Zuspruchs
3), Kephas und Johan- froh." ln dem Briefe der Jerusalemer Gemeinde lag eben doch ge-
wnioonias (die rechte rade auch die Anerkennung der Richtigkeit der BJtschaft des PauIus
kann nicht bedeuten, in d.er Erl~lãrung, dass PauIus und B::trnabas agé!.peetoi (Geliebte)
h schon vorher bestan- waren und Manner "die ihr Leben eingesetzt haben fÜr den Namen
.gung für beide Teile, unsers Herrn Jesus Christus", Apg. 15,26. Kann einem BotschaÍter
und bestehen bleiben €in schoneres Zel.I~nis gegeben \verden aIs das, dass ersein Leben
dlicht, nicht eine volle eil1gesetzt hat fiir deI1 Herrnj der ihn beauftrag 11at?
ach einer vorangegan- An diesem Zeitpunkt muss ich nun, trotz der mancherlei Be-
denken~ die \1on deI1 verschiedensten Auslegerl1 vorgebracht \ver-
che Erklarung vor er- den, àen Zl1.Sarnl'nenstoss z\vischel1 PetrL1S -llnO Paull.ls in l\ntiochien
Petrus (der ja einen chronologiscl1 ansetzen. \Vas die ganze Situation ·so tragisc11 macht,
~it schon einige Jahre Ul1d\\T€svy'egen PaulLls il1 seinem Berlcht an die. Gemeinden am p.:..nfang
nun die geschichtliche seiner z'\veitel1 IvIissio11sreise, ais er die Beschlüsse des Konzilstiber-
acht himveist, mit der gnb und sie erkl.3.rte, (Apge 16ilff~) dieses erst vor -kurzem dllrch-
ieiter getragen wurde. ge:n1achte. bittere Erlebnis offenbar nichtmitgeteilt hat, ist eben
lkas dann 15,12 in dem die scbier trnglérublicll l;:urze Zeitspa:n:ne, die verflossen vvar z\vlscl1en
n de pan to jJleethos" (ter Freiheitserklarung des Petrus in Jerusalerfl (Apg. 15,7ff.) llnd
seinen1 jam.lTIerliellerl Umfall i11 All,tiocrâen (GaL 2,11if ..) .. Es hãtte
ollne Frage die Gerfleinde11 tief beLlnrLlhigt; \venn sie gesehen llãtten,
emeint, der wahrscheinlich wie hart sich Theorie und Praxis selbst hn Leben der Grossen in
md wegen des Arguments der Kirche stiessen - und 11ie1','lar es der Petrus, ein8r der stylo'i
en zu haben scheinen, 2,12, (Saulen). Eine 801che Mitteilung hãtte für die missionarische Auf-
bo.uarbeit in den Gemeinden Galatiens nur kontraproduzent wirken
232 Der Apostolat Pauli

konnen. Inzwischen het sich nun aber die Situation geandert. M:an der mich se: ~.-
hat erneut, und diesmal inmitten der Gemeinden, für deren Freiheit mache ich
Paulus in Jerusalenl gek8.D1prthatte; "damit die \Vahrheit des Evan- genteil:
gelillffisbei etlch beste11en bliebe" (Galo 2:5) sein:.~n ApostoIat an-
j kame, d2n;-:
gegriffen und ihn gegenLlber delJ."1 der Urapostel (Petrus, .Jol1Gnnes Argument d~~:
L1SV/.) aIs Sektlndãr b·ezeichnet. D'a rnuss el-> danl1 aus der jü:n.gste11 ÜJJer; e8i~,
Geschicnte 1.1nd aus der Praxis be\v"eisen -- nicht 80 sehr die jãn1mer~ hier 2nge.·:li~f
liche S~h\Va2he àes PetrtlS~ denn das \'v;ar~ zu til1iggew'esen -, dass 1'J[lc1'1
Petrus praktisch anerkannt hatte, dass Pauli Apostolat ihrn soviel vorrrerlll'e-n
galt; dass er seine ZUTec11tv~.reislulg aIs berec11tigt, und vvohl begrÜndet llic11t- in 1-,-:,,~-:
ansail.
Das f~rgument PatÜi in der Disl~ussion mit .~PetI'us1~an11 etv!a erneut zu
Íolgende:rmassen parnp11rasiert v/erdel1: '\7-/enll du., der ÔJJ. eill Ju.de und denen
bisl: Petrl1S1 heidniscll: cL h.j nicht nach ttemjÜdischen Zeremonial-
gesetz, lebst -- \'viedp es ja eine Zettlang in rec11ter Íreierttnd eval1-
g"elischer \rV'eisegetan hast, nlit yvelchem Recht 'Vvil1st dll nun die zum AU::Ulc'-
Heiderlchristen z\vingen jÜdisch~ d.h,}:nacll jüdischem ZeI'errtoial~ Hscine H--E(
gesetz, zu leben? In VV"irklichkeitaber forderst (111 das mit dein.em Gefahr tll1Q -
Beispiel 11eraLls. Das aber ist doeh nicht einrúal l1acl1 unserln, der lig", den
Judenchristen, Christentum recht. Denn sieh, wir, die \vir von Ge- "von ihnen
burt Juden sind und nicht, \vie \vir Juden so gern sagen, "Sünder \,7 erl{" ~
aus Heiden", haben doch auch die Erkenntnis von Gott geschenkt
bekommen, dass der Mensch nicht deswegen für gerecht erklart
\vird, weil e1' in Gesetzeswerken Iebte, sondern dass er allein durch ments \'e::;
den Glauben an den Ch1'istus Jesus Ge1'echtigkeit voI' Gott erlangen \vird (:; T:--;'-._

kann. Infolge diesel' Erkenntnis haben doeh auch wir den GIauben
an Jesus Christus angenommen, um aus de.m Glauben an Christum
- und nicht aus Gesetzeswerken heraus - gerecht zu werden. \Nis-
sen wir doeh sehon aus der Schrift, dass "kein Fleisch aus Gesetzes-
werken gerecht wird". - Ich \VelSS schon, man sagt, wenn man so
rede und sage, man konne auch ohne Halten des Gesetzes leben,
dann würde Christus doeh zum Beforderer der 8Ünde. Was für ein
schrecklicher Gedanke! In Wirklichkeit aber liegt die Saehe doeh
gerade umgekehrt. 1st es nieht so, dass ich, wenn ieh einmal et\vas
niedergerissen habe, - so wie du mit deinem Leben hie1' ausser-
ha1b der Zeremonialgesetzes es mit dem Gesetz getan hast - es
dann wieder aufbaue, zum Übertreter dessen werde, was ich vorher
niedergerissen habe? Ieh, Paulus, bin dureh das Gesetz, das Chri-
stum zum Sterben gebracht hat, dem Gesetz gestorben. Ich bin nicht
mehr da fürs Gesetz; es hat infolgedessen keine Herrschaft mehI'
über mich. Denn dadurch, dass ich Christi KI'euzestod im Glauben, seinenl
aIs an meiner Stelle erlitten, annehme, bin ich gewissermassen in .:.l.......!:::

r-t ~-.
und mit Christus dem Gesetz gestorben. Am Li:~bel1bin infolge- auf 0I125;
dessen nicht mehI' ich, - sodass ich noeh unteI' dem Gesetz stehend, galatiscb.t'i
dem Gesetz durch DienstIeistungen veI'pflichtet ware, - sondem nem \Ve~T
Christus 1ebt in mil" und duI'eh ihn ist die Herrschaft des Gesetzes von Ma
überwunden. Wohl "besteht auch weiterhin noeh mein natUrliehes auf dem
Dasein; das aber ist ein Leben im Glauben an den 801m Gottes, steln zu
Der A.postolat PauE 233

Jation geandert. Man der mich 80 geliebt hat, dass er fllr mich 111deDo Tod gingo -Damit
2n, für deren Freiheit mache ich ganz ge\viss nicht die G:n.ade Gottes zunic:hte. 1m Ge-
e Wahrheit des Evan- genteil: \Venn !lamlich jetzt noch dL1I'ch àas (}esetz Gerec11tigk:eit
seincn Apostolat an- kame, d2.11l1vvare Christus ja vergeblich gestorben. - Soweit das
tel (Petrus, JohGnnes Argurnent eles PaLllus dem falschen Verl18JteIl des Petrus gegen ...
8Jl.D aus der jÜ~11gstel1 i.iber; es ist das Glnubensbekenlltnis eles rv1annesj desse:n Apostolat
lt 80 sehr die jammer- tder anges;rifrel-1 \vurde.
:illig gewesen -, dass ~Jach di8sern bitteren Z\vischenfal1, der \vieder einmal 11er...
Apostolat ihm soviel vCT_~erufe:n ,\'vorden v/ar ---- \venn RLIChdiesL.1D..lzl.ll1ac:hst vielleicht
;t und wohl begrÜndet nicht in 11interh5Jtigcr ~'Te1se - dllrc11 'letliehe~ die von Jakobus
k:aE1el1"} G':1.l. 212, entschloss P?Ulu.s sicll~ dieienigen Gemeil1den
TÜt Petrus kann etwa erneut 2L1 b:;suc:hcl1, fEr dereII J~~rsdheit vom Ge8ctz er geT~~irnpft
1 du, der du ein Jude lU1d dene'n er die BesehlÜssevon Jerusalem mitteilel'l ITltlsste. Der
jtldischen Zercmo11Íal= ZtlS2omenstoss, der 2U diespr Zelt 7\vis~:hen P0.1..~hjslJnd B·}rn~bJ.s
chteI' freier und evan- stattfand. br8.cllte EH.1ch s2hrkl::~trdas Sendllngsbev:/llsstseindes Palllus
2ht willst du nun die zum Ausdrtlcl\:, den1 es einI2:..f:h '.vaI"", d.ass~ \~7el1n einer
jÜdischem Zeremoial- Hseine H')nd ali de:n 1-3flug gelegt h.atH 7 er darrn flieherl KPTIn \lor
st du das mit dei nem Gefahr llnd S:=:hvJierigkeiten; darUlTI iieracntete cr es nicht fÜr bil-
nal nach unserm, der Jig", den rv1arkus 2:.u1 die z\veite :I;,lLissionsreise mitztlne:trrnen: der ja
wir, die wir V011 Ge- "von ihnen ge;vichen yvar und l1icht I111.t il1nen gezogen\vr:r Zll deill
i gern sagen, "SÜnder Werk", Apg. 15,38. - Es ist fast \vie eine negative Bestãtigung der
s von Gott geschenkt Richtig1;:eit der EntscheidLu1g dcs ll.postelsi àass 'lan dic:serrl AU,ge:n-
1 für gerecht erklãrt bIic}~anBJ.rnab3.s Erus dem geschiclltlicrlell Bericht des i"-Jc1.H::n_ Testa-
n dass e1' a11ein durch ménts. vel'sch\vindct und Dt1r nocl1 Ilt?1}211·;=.eÍ vo:n PatÜU3 gen9.nnt
:\:eit vor Gott erla..l1gen wird (3 mal irn Gals.terbrief: 2,1,9,13; 1. Ko1'. 9,6; Rol. 4,10).
auch wir den Glauben
Glauben an Christum
,recht zu werden. Wis-
1 Fleisch aus Gesetzes- Die b2\Vegte 2~ lvlissionsreise iÜhrte zLlnãcl1st dLlrch SÜdgalatien
an sagt, wenn man so
n des Gesetzes leben, ~~:i~~s~~~e~O~;y~t~~~~~~~~~t 6~~~~[l~~~~
~~:~:
z:{:~~
é:~~~~~~1r~~;
~r Sünde. Was für ein St8.dte zieherldübergaben sie ihnen dieSatzung; v~7elcI1c vonde11
liegt die Sache doch Aposteln und Ãltesten Zll Jerusalembeschlossen Vlar, dass siesie
venn ich einmal etwas l1aJtel1-so11ten'\Ap:=;. 16/1:. - Es ist !1ier I1icht notigdiese R.eise im
m Leben hier ausser- Eillzel11en zu bescllI'pi.ben) die schliesslicl-l 2una~hst illI'Cl1 r{Ul1CpU111~t
setz getan hast -- es in Korintll fa:nd. I.l.LIf dieser Rcise stand der Bevoll:rnãchtigende mit
werde, \vas ich vorher seinem Geist~ IT1it 'lisionen} Zeiche:n uneI \VLlndernl1intcr den1 Trager
das Gesetz, das Chri- des Apostolats, U11d immer vJleder 111Llsste Paulus fühlen, '\Y:,7ie klar
=storben. Ich bin nicht sicll l\Lutrag und Geleitvl0rt zum ... ~~uftrag ('~Ich \'vilI ihm _zeigen;
~eine IIerrschaft mehr \vieviel. er leiclerl mtlssum meines Namens \villen", Apg< 9}16) aIl
:reuzestod im Glauben, seineln '?lirl~en ais Botschafter erfüllte.
ich gewissermassen in Es \~lar da1111 llier in I<::orl.nth; \VO e-r zun,i:ichst2Jlein \var lJnd
fi Leben bin infolge- alJf Silasllnd TimotllellS \vartete, dass 'lv-allrscheinlich eine Gruppe
::1' dem Gesetz stehend, galatischerCl1risten karn, um ihmzLlberichten~ vv-étsbald nach sei-
ltet \vare, - sondern nen1 V\leggang 'lar et\va 5 1\1011aten geschehen \var: der Einbrucll
:errschaft des Gesetzes von IvIannern in die Gemeinden,die dera AposteI scheinl~ar stets
noch mein natÜrliches auf dem Fusse folgten und die, unter der Behauptung von den Urapo-
an den Sohn Gottes, steln zu kommen, die Botschaft, die Paulus gebracht hatte, für U.D.-
234 Der Apostolat Pauli

vollstãndig, und ihre eigene Botschaft für das wahre Evangelium


erklarten. Es waren das affenbar mehrere (tines) 1,7; d. auch 4,17;
5,12; 6,12). Ob es dieselben Manner waren, die ihm schon vo1'he1'
Schwierigkeiten be1'eitet hatten, ist nicht festzustellen; aber sie
müssen aus derselben Gruppe gewesen sein, weil ihre Forde1'ung
gen~m auf derselben Unie lag wie die der Sto1'er in Antiochien und
in Jerusalem: GesetzeserfüIlung, besonders Beschneidung, muss zum
Gbuben hinzukommen, sonst "konnt ih1' nicht selig werden". Es
handelt sich also um Menschen, die in ih1'er aus dem Judentum he1'- Die _
übergenommenen \~Te1'kgerechtigkeit die tiefe Bedeutung des Er-
losungswerkes Christi entweder nicht e1'kannten oder nicht erkennen die Verteidi.::~-;-
Wahrheit S'2~T_2'::
wollten. Anscheinend naUe Paulus eine Vorahnung von kommenden sind in dercc
Sch\vierigkeiten gehabt und desvvegen gewarnt (ich verstehe das schon vel'17 '~"~
c--
Perfekt proeireekamen; 1,9, in diesem Sínne). Aber e1' hatte doch irgen(~einc'l'" t::_
kaum gl!J.l.1b2n l~onnerl; dass diese Krise 80 schnell her~:::eil(on11TIe11 durch irgend:.=~
würde. Noch sind díe Irrlehrer an der Arbeít (Prasens 1,6; 3,3) es,der die:_=:~;-=
und íh1' El'Iolg ist vorlãufig nocb keín vollstãndige1'. Es SGl} ',-
gegen díe Lt~_
Was sie eigentlich behaupteten, íst aus dem Gegenangriff Pauli er ausgest2} ~~c-
im Gabterbrief etwa wie folgt zu rekonstruieren: Sie führten ihre Irrlehrer:
Irrlehre als~~Evangelium" .ein (1,6) ~ Dass sie jedocl"l, \venn sie auch dlrektel1
nur eín einziges Werk ihrerseits in den Rechtfe1'tigungsvorgang
einpflanzten, nic11t mehr avi dem B::Jden des Evangeliums standen,
sondern auf dem des Gesetzes, sahen sie nicht ein. Sie behaupteten
vielmehr, Pauli Predigt von der Rettung des SÜnders allein aus
Gnac1en um Christi \vil1en sei nicht das ganze Evangelium. Man
müsse sich zusatzlich den Ordnungen des Judentums einfÜgen, um
im Vol1sinn Christ sein zu konnen. Das mosaische Gesetz, unc1zvva1'
nicht nur das Moralgesetz, muss gehalten werden. V01' alIem müssten
die Galate1' sich beschneiden lassen, denn das sei das Zeichen Got- ap0s!oli:;cLe
tes für sein Volk und seine Kirche. Paulus habe diese notvvendige IC~lJl}lj r1~!~U
Forderung den Galatern vorenthalten, obwohl er selbst scheinbar tLlllg
unsicher und in der Praxis inkonsequent sei (1,10; 5,11). Einerseits
wo11eer damit offenbar Menschen gerãllig sein (1,10), andererseits e.r Slcn n-_.:.:..
dur,=:11 C-hl
aber gonne er seinen Horern nicht die Seligl{eitt dié die B'2schneidl.Ing
alI hei P;;;
ja aIs notwendige Voraussetzung habe (4:,16). Wenigstens mÜssten
gebTE(LlCh . :
sie sich vor der \Velt zum Volke Gottes durch das Halten der Kult- \T;7eist
~eiten bekenllerl (4~10)~ DLll'cil diese hinterháltigen l\..nschulàigun- im
ge11 hate11 die lrrlehrer grosse Unru11e in die Gemeil1den 11i11cinge= lar) .
tragen. (1,7; 5,10.12) undPatuus D1USS nlln TI1it ihnen abrechllen. a b·:)dJ~
acts aí the
'vVasuns für unse1' Thema abe1' besonc1ers inte1'essieren rnuss, .hedril1 thl~:~
ist der Allgriff, den die IrrIel1rer auf das \li esell]die Giiltigkeit tlncl
die Autoritat des parl1inischen ,..~postolats ftil1ren~ - \\rohl nie \vie-
der _ auch in solch starkem IVlassenicht im 2. Korinthe1'briefe '(Cill--:: ._.~
hat Paulus seinen Apostolat so intensiv ins Ucht gestellt, \vie im Paulus hier
1. Kapitel des Galaterbriefes. - Jesus Ch ri S"~1.i
Der Apostolat Pauli 235 I
j
lS wahre Evangelium lI. Der Apostolat des Paulus im Konflikt - Gal.· 1~1
6S) 1,7; cf. auch 4,17;
die ihm schon vorher 1. Sein Apostolat ist gottlichen Ursprungs
êstzustellen; aber sie
weil ihre Forderung "Pau,?us) ein AposteZ nicht von Menschen) auch nicht durch
1'er in Antiochien und einen Menschen, sondern durch Jesus Christus und Gott den Vater)
schneidung, muss zum der ihn auterweckt hat 1)Onden Toten ... »
ht selig werden". Es
JS dem Judentum her- Die beiden roten Fãden, die den ganzen Brief durchziehen:
e Bedeutung des Er- die Verteidigung seines ApostoIats und die Behauptung von der
m oder nicht erl<ennen Wahrheit seines Evangeliums von der Gnade Gottes in Christo Jesu,
mung von kommenden sind in dem ersten Abschnitt des Briefes (1,1-5) gewissermassen
mt (ich verstehe das schon verknotet. Paulus, ein Apostei, dessen Autoritãt nicht aus
. Aber er hatte doeh irgendeiner menschlichen Quelle fliesst, und dessen Apostobt nicht
schnell her;:eikommen dU1'ch irgendeinen menschlichen Mittler übertragen wurde, der ist
~it (Prãsens 1,6; 3,3) es, der diesen Brief schreibt.
ãndiger. Es soU von vo1'nherein klar sein, wer es ist, der die Attacke
gegen die Irrlehrer in Galatien reitet, und mit welcher Autoritãt
[em Gegemmgriff Pau1i e1' 2.usgestaltet isto Dahinter steht ganz offenbar der Angriff der
2ren: Sie führten ihre Irrlehrer: Paulus ist nur ein AposteI zweiter Klasse! Er hat keinen
ê jedoch, wenn sie auch direkten Auftrag von dem Herrn Christus; er gehort nicht zu de-
leehtfertigungsvorgang nen, die die Merkmale eines echten Apostels Jesu tragen (Apg. 1,21.
Evangeliums standen, 22), na.mlich B;:~gIeiterJesu von Anfang an und Zeuge seiner Auf-
lt ein. Sie behaupteten erstehung gevlesen zu sein. Paulus ist hochstens apóstolos einer Ge-
les Sünders allein aus meinde, der Gemeinde Antiochien; vielleicht hat er sich gar selber
mze Evangelium. Man dJ.zu gemacht - oder BJ.rnabas war das Instrument seiner Berufung .
.ldentums einfügen, um Ge;;en diese hâretischen Behauptungep steht der Angriff des Paulus:
Üsche Gesetz, und zwar ((PC~~l·?'~),~
f:1JÔstO:os, (yuk cp' (1ntl~roopoo1'? o'ltcle cZ.V (Jntl~roop!]ll,t/)
den. Vor alIem müssten Die erste Prãposition weist ali die Quelle hin, aus der die
lS sei das Zeichen Got- ap'Jstalische Autari~ãt íliesst, <lie zweite 8.uf die Vermittlung, den
habe diese notwendige I{r'n::J, dure h den die Autoritãt gcflossen isto In der ersten B2haup-
oh1 er se1bst scheinbar tung setzt er sich o.b von allen falschen Aposteln, die ihren Auftrag
(1,10; 5,11). Einerseits llb2rh2.l1pt 11Ícll't. von Gott t;el~orn:rQel1 l1D.ben; 111. der z\,:1leiten stellt
én (1,10), andererseits er sicl'1 mit den Z\-:;\'~61fenélllf eine Stufe, die ihren .i\.uftrag direkt
àllr,:11 ChristurJ bel~OlTI1TIen 11attcIL, Die PrtipositioDen Si11d vvrie Llber-
Üt, dié die Beschneidung
alI bei PatlIus· b-edetltungsvolL ((D,iâJ; ist im Neuen Téstan:le11t standig
)). Wenigstens müssten gebrauchtj lun eiD IVlittel, eirl Instrument zu bezeichnen; aapó»)
2h das Ha1ten der Ku1t-
v/eist aufQuelle Ursac11e 11in. Interessant ist aLlc11 der ,\Vechsel
l1l1d
rhaJtigen Anschu1digun- im N"lunerus: (P'lural) - di) anthroopou, (Singu-
02'/ Gn"t}~T001JOOn
lie Gemeinden hineinge- lar). Lightfoot zur Stelle: 'j;Titles anel offices \Vllich ernanate frolll
li mit ihnen abrechnen. abodv aI 111211 ,vil} be conrerred b~l thcdr sil19'le renresentative. The
acts õf the Senate took effect thrc;Llgh the pl;nce7~those of the San-
ders interessieren musS, hedrin through the highpriest. The transition to the singular more-
"e5en, die GÜltigkeit und over, independently of its awn fitness, would suggest itself in anteci-
-Íbren. - Woh1 me ,vie- pation af the cbuse diá Jeesou ChT'Ístou which was to fonaw."
,m 2. Korintherbriefe «alZa diá Jeeso'u Ohristou'·' - Auf welch ein Geschehen weist
s Licht gestellt, wie im PauIus hier hin; wann hat er seinen apostolischen Auftrag durch
Jesus Christus bekommen? - 1. Kor. 9,1 spricht er davon aIs von
236 Der Apostolat Pauli

einem Beweis für 8einen Apostolat, dass er "unsern Herrn Jesus redet nicht
gesehen'~ hat~ DaraL1S lTIUSS mal1 \vohl folgern, dass Paulus
C11ristus nicl1t lnit
selbst aIs den Anfang eles Auftrags die ErscheinlJng var n-den Toren lUld der
von I)amasklls sieht; Apg. 9t3ff. -Diesen1Ànfang folgte llatUrlieh 'geflucht'
eil1e \veitere·· Spezifizier-ung seines cigentlichen apostolischen P::..uf~ hanue 1·t es SIe,",
• ,.:J ..
trags. '\l\luren die Z\volfZettgerr eles j·\.ljferstandenell, 50 \VEtr er es Theologie.
spricht una
~~~~l~ISe~L~~~S~;~e~I~~~l:~~~i~:~~C~~~Vis:i;;~;e~~~tV~~;~~igh~~:~t:l~i~ Fluch im
ge\vIsseTInassenals Hltnzeitige Gebi..lrtn (too ektToo'YJ?/]ti)~ 1. Ror .. B2wusstsein
15 g~ Es \var a1so cite ErscheinlJ.l1g des AL1IeT'standenen, die seinen steht,
apostolischenp~uft:tag Zllr \V'irksanlkeit .'.tracl1te~ \1\7en11AnU11iasals allumsp3.nn;:c",":;
lVlittler des AuJtrages d8Z\vischerltrat~ 80 tat er das docheinge:ntlicl1 Behauptung
\vider \\lillen tlndunter ganz personlic11ê-m ll.ftragseines I!errrl; Llüd weise sich d""~"
\venn die Gemeillde zu ~Antiochien Zllr Mittleiin d€s Auftrags< v.n,lI'de1 die vollstar,,::'j;e
daral s en d e t sie Dicnt (O:iJOstellei.trl.J, ,sondern sondert TItlr ab verschieden
(apltorize'rn). und Z\V'HI'auch el~stdann.· aIs SiE derl klaren Auftrag ge - das
ilazl' Vflm .q"'}icrap Gúist hekon'mt· "SO'1de>rtmil' au" B~,"nr.h~S
tA 1. .A...•.,•••...1 0\;... .•..1. "'- ~ .,., ••~ .•..• ..l.._ ~'-_ '-" __ ~ _\...l...1.J.CI.~JQ Diesel' hãrelh-~"'=
und Saull..1szu dem "Verk, dazu i c h sie berufen habe." (Apg. 13,2). zwei BJtsch8~~~~
PauIus hat sich darum auch nÜt Recht nie ais Apostei der Gemeinde estin alll].
zu Antiochien bezeich:netund angese11en,sondern stets aIs H.;..t\.postel
EvangelÜuL ;;c~_
Jesu ChristL nicht von Ivlenschen, auch nicht durch einen lvlenschen". lichkeit ;:;1so
Das hiiIt e~"hier fest gegen alle Behauptungen und Lügen der Irr- ker tragen,
lehrer, sein Apostolat sei ein menschliches.
«kai theO'u patr(8)} - Dass hie1' das apó nicht wiederholt wird, 80
sondem dass ganz offenbar die Verbindung zu (Má besteht, ist wohl EvangeliuE~
klar. Man hiitte dem Apostei hier keine Ungenauigkeit in der Sprache geben für d,"""",
vorwerfen sollen; vie1mehr liegt in der Zuso.mmenfassung der bei- bringen, 2.1" 0::-;: =
den Satzteile eine starke Betonung der Direktheit des Auftrages. seine
Nicht von Gott - und dann lediglich durch Jesus Christus - nein, mit ein.beziel:L
beide sind Quelle und Kanal der Autoritãt des Apostels. Eine hohe1'e Steigerung
Autoritãt aIs Gott, den Vater, Gott, den Sohn, die aIs Übertrãger Monschen
des Auftrages den Heiligen Geist hero.nziehen, gibt es nicht; denn ~ OOCI"'

der VateI' ist eben der, der seinen Sohn von den Toten auienveckt
hat, damit er, Paulus, ein Botschafter des Aurerstandenen würde.
{4}
Mit diesem Eingangs\vort hat Po.ulus ohne Zweifel den gott-
lichen Ursprung seines Apostolats festgestellt.
2. Der ADost~l 1St slc:h der absoluten Rich.tigkeit seiner Eotscnaft
u __
)...e \\~-"....
Ai- r. ·F
"1
Se.:, ..!.-,u ~
..!I-..!L ••

Han" Asmussen hat in seinem Kommentar' zum Galaterbrief


dle Autoritat.sfrage einer Kirche ,an ihre Fahigkeit, IrrIehrem den
Fluch auszusprechen, geknüpft: "Eine Kirche, die nicht fluchen sie
kann, kann auch nicht segnen. Denn sie steht nicht an Gottes Seit.e,
von sich
4) Marcion hat hier', entweder um einen vermeintlichen grammatikalischen
Knoten zu lORen~ oder \veil seine antisenlitische Spürnase eine ·Verbindung 5) Hans
zu dem Gott ISl'aelssah. denSatz kwi· theou, patrós einfach gestri.chen.
Der Apostolat Pauli 237

"unse1'n He1'1'n Jesus redet nicht sein Wort, hat nicht das Zeichen seines Namens, sitzt
1 folgem, dass Paulus nicht mit ihm an einem Tisch. Sie wird Kirche der Moralathleten
~inl.1ng var den Toren und der ha1'mlosen Kaffeetanten. - 1n der Verkündigung muss
lfang folgte natürlicl1 'geflucht' werden, muss ausgelõscht werden! Denn in der Kirche
n apostolischen AlI!- handelt es sich darum, dass Gott Gott b1eibt." (5) Das ist paulinische
:ldenel1jSO \vaI' er es Theologie. Nur eine1', der bei Gott steht und in seinem Auftrag
2e verfolgt hatte, sah spricht und sprechen kann, hat das Recht und die Gewissheit, einen
)3t demÜtig reststellt, Fluch im Namen Gottes auszusprechen. Dieses ungeheuer reste
ektroorn~lt!i), 1. Kor~ Bswusstsein seiner g6ttlichcn Autoritãt, das hinter seiner Botschaft
::;tarldenenj die seinen steht, gibt ihm auch das Recht, den Rahmen seines Fluches so
e. 'vVennAnanias aIs allumspômnend zu machen wie in 1,8.9, - Die Irrlehrer haben die
~ das doc11eingentlic11 Bshauptung aufgestellt, Paulus sei kein rechter AposteI. Das be-
'ag •
selllCS -T
l~errn; '
lH1G weise sich darin, dass e r ein verstümmeltes Evangelium, sie aber
"1 eles .J-t!;..llftrags· \~lL1rd.e, die voIlstãndige Botsehaft gebraeht hnben; ihr Evaü';clium s?i
de1'n sondert nur ab verschieden (héteron) von dem des Paulus, in Wirklichkeit d'is richti-
e den kIaren Auftrag ge - das paulinische Evangelium aber sei ein falsches Evangelium.
ct mil' aus BJrnabas Diesel' hãretischen Behauptung tritt Paulus entgegen: Es gibt keine
n habe." (Apg. 13,2). zwei BJtschaften, dle eine verschieden von der andem, denn ouk
AposteI der Gemeinde estin aUa. Das, was sie héter()';1, euangiZion nennen, ist kein anderes
em stets ais "AposteI Evangelium, weiI es eben kein anderes gibt. Dann ist es in Wirk-
H'ch einen Menschen". lichkeit aIso überhaupt kein Evangelium. Dle Fahne, die die Pillreti-
tl und LÜgen der Irr- ker tragen, ist überhaupt keine Fahne.
nicht wiederholt wird, 80 gewiss ist sich der AposteI der Auftragsgemãssheit seines
l diá besteht, ist wohI Evangeliums, dass e1' bereit ist, sich selbst dem Gericht zu über-
uigkeit in der Sprache geben für den FaU, dass er es einmal wagen sollte, es anders zu
nmenfassung der bei- bringen, alseres -gebrachthat. B2Í dem hee1'ne-is schliesst -e:rnatürlicl1
ktheit des Auftrages. seine lVIitarbeiter nicht aus; wichtig aber 1st, dass er sich seIbst
esus Christus - nein, mit einbeziehí. Das kai ean ist konzessiv und leitet eine 1'heto1'is:::he
Apostels. Eine h6here Steigerung €in: wenn es so '.vãre, dass wir - da wir sündige
i11, die aIs übertrãger Mcnschen sind, bestünde da schliesslich dle Moglichkeit, s1ehe Petrus!
" gibt es nicht; denIl - oder - aber das ist schier unmõglich - ein Engel vom Himmel
den Toten auferweckt andere Botschaft brãchte, aIs die, die wir cueh evana,elisiert haben ...
,uferstandenen würde. - Euangelízetai - das ist dle Tãtigkeit eines BJtschafters, dem
aLtfgetragen\Vllrde bastasa'i. to ÓnO'l11arrtO'U en002Jio'f1 toon ethnoo'}'t
hne Zweifel den g6tt- (mei:nen Namen _zu den Heiden zu tragen), .:.~pg.9,154 Der Name
HJesus" istin sich di e gute B::ltschaft; das eu-u/ngélion; das er
ausgeriehtet hat. We1' diese Botschaft verfãlscht, sei er,· wer er
gkeit seLller Botschaft sei, u'náth.errnaestoo) der seiverflllcht! Del1n \venTI'einerpa,râ (an
derSeite entlang) diesel' Botschaft etvi/as bringt,der verlãlscht sie~
Die Irrlehrer l1atten offenbar behatlptet, sie müsstcn der Botschaft
:ltar zum GaIaterbrief àes Paulus etvvas hinzuiügell (pará)" So-ein f-linzl.uügerl verLãlscht
ligkeit, Irrlehrem den die Botschaft El1tvveder ist sie ganz demll.l.rrtraggen18.ss - oder
he, die nicht fluchen sie ist es gar ilicht mehr_ :C~e Integritat tn der Ausrichtung der
nicht an Gottes Seite, BDtschaft reflel<:tiert auf die Illtegritãt des Botscl1afters selbst~ \Ver
von sich selbst zu1'Botschaft seines Herm hinzufügt, tat meht mehr
jichen gl'ammatíkalischen
Spürnase eine Verbindung 5) Hans Asmussen: Theologisch-kirchliche Erwãgungen zum Galaterbrief.
üatrós einfach gestrichen. 3. AufI., 1936, l'/mnchen, S. 49.
238 Der Apostolat Pauli

das Recht, sie nach seinemHerrn zu benennen, hat daher das Recht, heisst sein
ein apóstolos zu sein, verwirkt. Leben unO.
Der foIgende Vers ist eine Intensivierung diesel' Behauptung genschaft ruit
mit dem Hinweis auf sie, die GaIater: Sie haben seine, des Paulus, lehrer Knech,:::,
BJtschaft angenommen, aIs die Botschaft Jesu Christi ihres Rerrn. es bleiben.
8ie sinO. duI'ch diese Annahme aus der Oekonomie des Verderbens
in die Oekonomie des Lebens vorgedrungen. Wenn jetzt jemand 3.
kommt, der etwas anderes verkündigt aIs das, was sie angenommen
haben, der bringt sie dazu, aus der Oekonomie des Lebens wieder in "Tch tu::, c ~__
~
die des Verderbens zurü::kzufallen. Darum sei er verflucht!. Die kündigt habe,
Annahme der BJtschaft entspricht der BJtsehaft selbst. Die 8egnun- nicht von einC':=-
gen, die die echte B:)tschaft verkündigte, sinO.realisierbar unO.reali- mittels OfferÚ~:-~~-
siert in der Annahme deI'selben. Diese Realitãt ist aber an keine "Gnoo? "0_

verZãlschte Botsehaft geknÜpft. DaheI' die gI'osse Gefahr füI' sie, cleo AposteI ,,",.CC-
die GaIater. seinem Le2elo,-,
Das anáthema estoo kann nur einer aussprechen, der es mit 8)1 et
.. a1.). L
Vollmaeht tun kann. Paulus ist so gewiss, dass e1' aIs apóstolos sondern 'x·:e:'-:-c
auch gleichzeitig der Reprãsentant seines gottlichen Herrn ist, dass (so nehoe
e1' an seiner Stelle steht, dass e1' es sogar zweimal wagen kann unO. Der Ap::;::t:e} 0-

wagt, im Namen seines Herrn zu wiede1'holen, was diesel' Über die ihn in \vei,:C':=:
Pharisãer ausgesprochen hat (Matth. 23,13-39). gelium (;;,= u_

UnO.es ist nicht so, dass e1' das nun etwa im Affekt tãte. "Ich es das isT.
habe es euch schon vo1'heI' gesagt" (proeireekaJywn) ih1' wisst, dass S0 schin:-,
ich eueh gewarnt habe unO.gesagt, dass jeder, der ein anderes Evan- ab: ai '='0
gelium bringe, eo ipso unteI' dem Fluche Gottes stehe, weil Verkün- ArO; b
digen einer nicht aufgetragenen Botschaft im Namen des Herrn für c) ja, 21 u __

diesen Majestãtsbeleidigung sein muss. - 80 hat der AposteI dies llnd ''Vf)n
damnamus nicht in der Hitze des Gefe2hts unO. unbedacht ausge-
sprochen, sondern hat es bei seiner vorhergehenden BotschaÍt klar
genug gesagt, so dass er sich nun darauf berufen kann. J a, ein
Botschafter an Christi Statt spricht mit der Botsehaft, die er im
Namen seines Herrn bringt implicite schon das damnamus aus über
jede verfãlschte Botschaft, eben weil es nur eine einzige Botsehaft v-:-::=, ~-.

des HeI'rn gibt; alles andere ist Biasphemie.


80 gewiss war der AposteI seines apostolisehen Amtes. Was
er an diesel' 8telle dann noch weiter sagt, kann man wohl in foi- vaI":
gender Weise paraphrasieren: "Glaubt ihr nun immer noch, dass elE.
ich ein Leisetreter bin, wie mich meine Gegner beschuldigen, der UrDl'Ü:, --:
'_uch das Evangelium SO, wie ich es georedigt habe, nur cieswegen
'ohne Gesetz' verkündigt hat, weil er eueh zum :Munde reden, euch
gefallen "vollte? Kann man mit einem Fluch über Menschen die os nlCil~
Gunst diesel' IvIenschen eI'kaufen? Stehe ich nicht vielmehr voll entscheidC'~- ~
unO. ganz unO. ohne Rücksicht auf Menschen auf der 8eite meines aIs habe: _
HeI'm? 1hm will ich seinen Auftrag ausführen, ob es Menschen so Urapostel-- -
gefallt oder nicht. - Wenn ich mich damit zufrieden gegeben hãtte, ihnen in dic
einen Kompromiss einzugehen, hãUe ich mil' wahI'haftig. vieIe wircJ., wÜ'd <.;

Kopfschmerzen ersparen k6nnen; aber dann wãre ich auch kein 5tel die ..:-;.~ c_
doulos Chr'istou (Knecht Christi) mehI'. Apostei Jesu Christi sein solehe 8tufec: ..-
Der Apostolat Pauli 239

, hat daheI' das Reeht, heisst sein Kneeht sein, heisst ihm versehrieben sein mit Leib und
Leben und ihm ganz verhaftet. Der Apostolat ist douleio, Dienstei-
ng dieseI' Behauptung genschaft mit allem, was der Begriff in sich sehliesst. Lasst die 1rr-
ben seine, des Paulus, lehrer Knechte der Menschen sein. Ich bin do·ulos Christou und will
J Christi ihres Herrn. es bleiben.
nomie des Verderbens
Wenn jetzt jemand 3. Pauli Predigt ist dlrel•.ter Auftrag Chl'lsti, 1,11 ff.
. was sie angenommen
~des Lebens wieder in "Ieh tue eueh kund, Brüder, das Evangelium, das ich euch ver-
sei er verflucht!. Die kündigt habe, ist nieht nach menschliche1' A1't. Ieh selbst habe es
1ft selbst. Die Segnun- nicht von einem Mensehen empfangen noch gelernt, sondern ver-
realisierbar und reali- mittels Offenbarung Jesu ChristL"
itãt ist aber an keine «Gnoorízoo hyrnin)" ÍÜhrt ln der Regel eine Aussage ein, die
2:rosse Gefahr ÍÜr sie, dem AposteI seh1' bedeutsam ist, und die er besonders aueh von
seinem Lesem vermerkt haben will (ef. 1. Kor. 12,3; 15,1; 2. Kor.
lsspreehen, der es mit 8,1 et aI.). Es ist das kein neuer Gedanke, der hier eingeführt wird,
dass er aIs apóstoLoS sondem weitere Lurehführung der Verteidigum; seines Apostohts
tliehen Herrn ist, dass (so nehme ich das ga.T hier in etwa derselcen Bedeutung wie de).
eimal wagen kann und Der AposteI nimmt den Gedanken von V. 1 wieder auf und bringt
11, was diesel' über die ihn in vleiterer Ausführung nun zu dem Hohepunkt, dass sein Evan-
39) . gelium à.irekter OIfenbarungsauftrag s'eines Herm isto Und weil
a im Affekt t.ate. "Ich es das 1st, dnrmn kann es ganz natÜrlich nicht katá ánthTOopon sebo
c,:arnen) ihr wisst, dass So schi1'mt e1' sein Evangelium gewissermassen no.ch drei Seiten hin
, der ein anderes Evan- ab: 8.) es ist nicht katâ ánthToopon (naeh menschlicher Weise und
tes stehe, weil Verkün- Art); b) e~ haí .es VO? keinem Menschei) empfan~en (p:1Téloban),'
l Namen des Herrn für e) ]a, er hat es mcht emmal gelernt, 80 WIe man bel Menschen lernt
o hat der AposteI dies und von ihnen belehrt wird (edidáchtheen).
und unbedaeht ausge- Sein Evo.ngelium \Vare menschlicher Art gewesen (k'1tá anthTo-
~henden Botsehaft klar opon), W2nn es nach menschlich-logisehen Schlussfolgerungen ge-
beruien kann. J a, ein Sllchthãtte lJnd der~lentsprecllend 8J..lfgeb3.tlt v/orden \V3,I'2; wel1n
r Botschaft, die eI' im
[as damnamus aus über
elne einzige Botschaft
o:~~~~
~~1~nd;~;1~~1;~~h;;lC~~~:::~{i~~~;~t~~:~:[~1~
~~~'Jt~ ~~~~~~~c~~~~~
stolischen Amtes. Was
wenn t!~~s~~:~cl~~~~:~~~~:~
~~~~~~el~e~~~~~~~l~~~~lg
g21itlill kc.nn unmoglich
katá
:~~ti~~f:et~~~~t~T~i~~~
er es ja
ânt!1.;-T'ooporn, 801n, \:-:.rejJ nicI1l
kann man wohl in fOI- VOl1 I11ens-::l1en ernpfange:n hat. I)as gar fiIhrt einen
B2statigLlngssatz
nun immer noch, dass ein, \vobei \vir àie sch'\tvierigere G·egenilbersteHtlng otl,ds-o-ute fiir
?gner besehuldigen, der lIrprünglicl1 h31te11 r:nijssen. Es ist also kein \veder - noch ~ Satz
igt habe, nur cieswegen (O'?)j,I3-0uâ6), yveil hei iien1pfnngenn lIn.d'~belehrt \verden," ja keil1
:um Munde reden, euch Llnbcdingter 1!C::ol1trastvorliegtJ sonderrf eine Steigerlu1g: Ieh har)2
leh über Mensehen die eS111cht er:;.pfan~~en; 2.L1er2.tlcl1nichtgeIeI'nt~ Hier sc11eint rnir eine
ch nicht vielmehr vaI] entscheidende Ab\velll" von hinterll.allige:n i~·.úlgriffe11 vOI'zuliegen,
11 auf der Seite meines ~3.1sI1.ab2 der 1-\.postel \1on Barn:':.o'as - oder gar van Petl""us llndde11
ren, ob es Mensehen so Urapostell1-sein Evangelituu' insorern ernpfangerl,áls sei er hei
~ufrieden gegeben hatte, ih.n~n ir:-die SchuJe. ?eg~11gen. Si~,~b:vellr, ~ie 11ie~_ausgesprb~hen
mir wahrhaftig viele \vlrd, v\7lJ.~dda11n vvelt-erhln geschlc.ptl1ch begrundet, lndem der .l-'.l.po=
m ware ich auch kein stel die "Stufen seiner Entwicklung" darlegt (1,16ff.). Wenn es
posteI J esu Chrísti sein solehe StÚfen in seiner Geschichte gab, dann waren es Gottes Stuien,
240 Der Apostolat Pauli

aber nicht von Menschen angelegte. - Ich finde, dass gerade der
G2fhnke. aIs sei er vielleicht des Petrus Schüler gewcsen, seine
Widerlegung in V. 18 findet: "Danach -- aIs seine 'Formierung'
SChOl1 ein.gu.tes SItieI-\: vorarlgeschrittell V-lar - über drei Jahre~ bedurfte.
l':;:::lm ich n::1crl Jel'lJs:Jemj I(ephns l<ennenztllernenJ und blieb 15 Tage in der tot:-~---
bei ih:rn.·· I(a1111 cin lVlarlrl .in 15 Tagel1 Lernzeit aus dem Todleind
des Evangeliums eÍTI 80 Ü.b·2rzeugter Prediger der H2ilsb~')tsch.aft \ver-
deu) dHS:3 er b1. der L::l~;e ist, lxrrterdel1 14'lu(:11 ZLl stellen êJles; \-vas 4.
dieser Botschaft rÜcht gemass ist? :Ta. rüellr: Er ist Ü.berhEH.lpt.
nic.htmit der p.~bsichtnac11 JerLlsalern gegangen~ 11111. et:\7~7aS Z1,1 lernen1
sondcrn lHfl ZlI 8e11e111 1jTCt ein Intervie\v zu hab2n rnit
Petrus, VOII dern er sel10n soviel gehiJrt hatte, r;,un ·aU.ch person~
lic11' l\:ennenzulerllerL v~;leiter nichts! \\1 rrhrTich,PéH.Üushat sein. E:VCtll-
geli'urn nicl}t '/on IvIenschen empiarlgen;\veder durch "LTberlleferll:ng
110ch dU.T"cl1 SChlJ.ltlllg.

,Allâ,1 im GegerrLeil: clF (J.P()JCGZUp~eOOB J 6eso'U, C:h;risto'g (dtlI'Crl


eine Offenb::~rung .J esu Christi) _ ~lehr 110~h,mochte illan sagen; aIs
teiden lJrapostelnhatte das E'\/angelium, das Palllus Vel'klindigte:
Offe11bartlngscharakter~ Die Z\v61f hatten zu lernen, àrei JatLte -
llncl nach drei Jahren fielell sie jammerlich(iurch~s Exarrlen .. Durch
àie ErscheinLlIlg und die Be\lolImachtigllng durch den Aüferstande- ...
nen; d6 i. el}211. auch dtlfCh Offenbaru.ng, \varen die Z"vôlf definitiv
Zll Aposteln geworden. Paulus hatte anstelle der dreijahrigen Lern-
zeit ein Studium in Kontrasten erlebt. Ihn hatte ei11Lernen auch
nicht weiter gebracht aIs die Z\volf bis Ostern. Desvílegen musste
8ein Apostolat unteI' die Offenbarung gestellt v;erden, damit er sich
selbst seines gotlichen Auftl'ages absoIut gewiss sein konnte. Und
diesen Offenb:nLlngscharakter seiner Verkündigung hat der AposteI
verteidigt, wenn immer sein Apostalat unteI' Angl'iff stand (ganz
besonders noch im 2. Korintherbrief!). T.) .-, .,; ~ :-~.;
., "'. <.' .• --
-"- tJ·_···_";.~._,,- ,-,-;.:.:"

Jeeson Christou ist woh1 der subjektive Genitiv: Jesus ChI'i-


stus selbst war der OffenbareI'. Es ist aus diesem kurzen Satz - auch
nicht aus dem Singular - nicht zu entnehmen, ob diese Offenbarung
eine einmalige war oder ob si€' in mehreren Zügen erfolgte. Ich
mochte armehmen, dass die drei Jahre Arabien (\vahrscheinlich in
der Einsamkeit) vo11erOEfenbaI'ungen ge\;vesen sind. Trotzdem waI'
die erste Offenbarung vor Damaskus eine so radika1e, so tota1e und
umwalzende, dass Lukas Z"weimal hintereinander berichtet, "vobei
das 8uthéo08 (a1sbaId) sicher betont ist, dass Pau1us ba1d nach diesel'
Bekehrungsoffenbarung in den Synagogen von Damaskus ekeeryssen
ton Jeesoun: houtos estin no hyios tou theou (Jesum predigte: die-
sel' 1St der Sohn Gottes!), 9,20 und "symbibáioon hoti hO'idos estin
ho Ch?'istós» (behauptend: diesel' ist der Messias), 9,22. nlcllt
Es kommt ja letzten Enàes I1icht darauf an, wieviel Offen-
barungen PauJ.us haUe (er mochte sich ja keinesv,'egs des Übermasses
---------.---~-
C_-,--,,---:._:;:' __ ~. __ •· __ ~ -. -..;;::

Der Apostolat PauU 241

nde, dass gerade der


1ü1er gewesen, seine
3 seine 'Formierung'
- über drei Jahre,
~nj und blieb 15 Tage
~it CllJS dern Todfeind
r Heilso,}tschaft \ver-
ZLl stellen alIes; \-vas
Er ist iiberl1aupt
UlTI et,\vas zu lerl1211,
~rvieYv ZLl 113.ben rnit t--:-i"t tLlr diese Stellein Seirr2T' B::::handJung ';'-70r1 C7JÓsto-
~te! l1Ul1 allch person- 108 Cien ei:ndl'ticl-::Hc:hen erglcich 'l
Zlurl PropIleteri eremias ge- J
::aulus har sein Et\lnn~ ?;.]-ulus sicll be;..:vus:;t dem Send1.Ingsb2v/tlsstsejo:rl des Je=
dUTc11 tTbeTliefe.rl~ng ,,:~::>:,dllix;s(:;11 bnt; \vird \-vall1 h::nurn zu be\veisen. sein .. Ohne
Z\vischen diese:n teiden B2üuftrag-
-:l8rl}indlHl!~sliDlon
sondern a:uch einleLlcbtcI1d tlud tieÍ
-sou ()hrisi:o'u· fdllrch z:.bcr clab2Í nicht r~l13 der Linie seiner
bchte man sagen, aIs und Z\V2.1" ist die Satzl}2riode SellI' ei:ndrtlGl-:s,..
Vn!i .,~,
.'" -:
2eit zur1.I::k ir1 die E\vigl~eit: '~11.1s es nber
Paulus verkÜndigte, O_Li;;:-

eI'11en, drei Jahre - v/ohl:~efielj Ger :nlieh VOl1 rneincr rVIl.ltter Leito rrusgesondert
ch's Examen. Durch h::-,tJ rnir seinel1_f~oh:n zu o[ienb3re:n~

e11 den Aurerstande- RP'idet-' verl~ü;ldlgen sollte~ da. _H - lIDei


1 die Z\v61f definitiv }l"'{n:~crH~G·2sc:1J1.ctite dieses Apostolats~ Das Íst die
'r dl'eijahl'igen Lel'n-
tte ein Lel'nen auch Es VlZi.ren keinc IvIensc11e:n, die hicr
1. Deswegen musste aLieI1
'erden, damit er sich ': ......
o:-,t..--:_,·~.-,
,.... ,.-'
[-'c·.
.:..:.'- 111ren
;s sein konnte. Und i1-~T:lel~
:rlL~l"
;ung hat der AposteI ohue se-gen zLll~onI1211-o \VO Ge-scI-li-c:ll-
Angl'iff stand (ganz f::..postolat \V8.r

}enitiv: Jesus Chri-


kurzen Satz - auch Lei Gott l10t
)b diese Offenbarung
Zügen erfolgte. lch
1 (wahrscheinlich in
sind. Trotzdem waI'
dikale, 50 total e und
:ler berichtet, wobei ZU ofienbaren) .. Da
ulus bald nach diesel' Jst 18..
)amaskus ekeerY88en lTÚ~Í'c.llte no1.all sDoge:r!~ d:J.~;s pr
.,.
Je5um predigte: di e- --;

a.CSV/22en [n0 "LUla Eelrlêl"'


on hati hautas estin ftlflg hl diesel' stellt~ v;,rcil ~t8.S ja g2T
;ias), 9,22. rÜc11t ZLlrDcbatte stellcn kan11c Zur Debatte ullter Ivlenscb.E11 koo1111en,

E an, wieviel Offen- 6) K. H. Rcngsto~~-f: Al'tikel ·~npóstoI()s··.J inKittels Theologisches y\lorte:rbuch


,vegs des Übermasses zum f-.Jeuen TestmTIcnt; Rã. I~406 fI:.
242 Sermão Radiofônico

nur menschengeschichtliche Tatsachen stehen. Eine solehe menschen- história ue


geschicht1iche Tat Gottes war der grosse Lebensbruch, den die parecem;-
Erscheinung des gekreuzigten Auferstandenen bei ihm hervorrief; cldos. -'- ==
dass Gott dem Feinde des Jesus von Nazareth die Offenb::lrung seines nhã? Muc[2.c.-..::
80hnes schenkte, das machte ihn zum ap6stolos auch vor Menschen, sar, viver e
der nun "alsbald" mit der B::>tschaft auftrat: Diesel' ist der 80hn que será de
Gottes! tra re:no e
Mit diesel' Feststellung hat Paulus seinen Apostolat eigentlich muitos Dl\C:':~=-
jedem menschlichen Urtéil entzogen. Er kann es l13.türlich nicht enquanto ""j::-
hindern, dass er trotzdem noch angriffen wird. Das liegt eben an de sarigLle:
der Schwachheit der Erkenntnis selbst wohlmeinender Menschen, die ffilu1d:al, P?,"-2
auf den Augenschein zu schauen haben. Und darum - nicht um as nações! r:.~~
der Irrlehrer v,;illen; S0l1der11 um der Galater \'-viJ1en, die imn1er l10ch pel! Nunc2 - =
seine Brüder sind - geht e1' mxr seine menschliche Geschichte so Per~~~:r~~.-~--.-
,_~=
intensiv ein, um zu zeigen, dass auch diese klar die Gottlichkeit harmonia e
seines Auftrags und ...4:.postolats lU1d die Vla11rheit Se111er B)tsc11aft causa? O 'T.'c'-
bevv~eist. - Er selbst brallc11t fllr E:,eine Sendtlngsbewllsstsein diesen mental? S,.."-:':.
B2vveis nicht, denn e1' hatte schon an diesel' SteIle sagen konnen, princípios_ ? 3 - :-~- ~=::-"?§
was er im letzten seiner BrieÍe von der Sch\:velle der E\vigl{eit her quitetadas?
bezeugen kann: "Ich habe den g-utel1 Kampf geldimpft· ich .hab·e den O
L::mf vollendet, ich habe Glauben gehalten; hinrort ist mil' bereit die ta. E o
Krone der Gerechtigkeit, we1che mil' der Herr, der gerechte Richter, que já tc'i'
an jenem Tage geben wird, nicht aber mil' a11ein,sondern auch a11en, ouvi a Úrjcé:.
die seine Erscheinung 1iebhaben." digo divi':e<.
1n diesem letzten vVort leuchten noch einmal auf, was er im jurado de D- --~
Galaterbrief und anderswo, wo sein gottlicher Apostolat im Feuer do, o ca'.E?,:::.
steht, immer wieder betont hat: die Niedrigkeit (cloulos) und die discórc1ill c
Herrlichkeit (apóstolos)} die Verantwortung und das Zie1 seines Auf-
trages, der in der Ewigkeit Gottes begann, der ihm aus Gnade in pre ex;st~T:_
der Zeit gevvorden 1St, und den zurÜckzugeben e1' bereit ist, vvenn ção, reli:')
immer sein Herr Em zu sich ruft. da e ql,_n
seu re~EG
.,.,
w":'ll
de todos
SERMÃO RADIOFôNICO jllstiça, ::=~
lágrirna.s_
"PorquE êle (i esus) é a nossa paz». realid:ldc·.
Ei 2.14 r:ós co;;;:"
L. Heimann morrer' ::c---
Meus ouvintes: sa
lavra c.c::: l
A história dos povos é uma longa corrente formada por êles T' __~_..:...._
r-.y -

de inimizade, inveja, ódio e guerra. É o que nos diz a história bí-


'o:lca. É o que nos diz a história geral. É o que nos mostra a ex-
periência diária. - O homem é insaciável, é sangUinolento, é vin-
gativo! O homem é egoísta e não escolhe meios para alcançar o ,t:...;~:_:-:,

seu fim, o seu objetivo: a sobrevivência, a superioridade, o desejo mula de _. __


de conquistar e dominar! - Os seis mil anos de mundo são uma materiali""2=
Sermão Radiofõnico 243

Sine solche menschen- história de sangue, de lutas, de guerra: naçces aparecem e desa-
.ebensbruch, den die parecem; reinos se erguem e caem, Impérios se formam e são ven-
1 bei ihm hervorrief; cIdos, - E o que está sucedendo hoje? Que será no dia de ama-
lie Offenb:lrung seines nhã? Mudará o curso da história? Mudará o homem em seu Den-
s auch vor Menschen, sar, viver e agir? CrIsto, nas páginas da Escritura Sagrada, diz o
Diesel' ist der Sohn que será do mundo: «Se levantará nação contra nação, reino con-
tra re'no e haverá fomes e terremotos». O pretenso milênio, que
.1 Apostolat eigentlich muitos pregam, não existirá nesta terra, A triste verdade é esta:
m es n::J.türlich nicht enquanto existir mundo, haverá discórdia, guerra e derramamento
d. Das liegt eten an de sangue! Todos os tratados e fórmulas para uma completa paz
inender Menschen, die mund;al, para uma perfeIta harmon'a e compreensão entre têdas
l darum - nicht um as nações, não passa de uma ilusão, não paS2a de farrapos de pa-
;illen, die immer noch pel! Nunca haverá uma perfeita paz entre os homens,
chliche Geschichte so Perguntamos: por qt:e? por que não haverá paz, concórdia,
klar die Gottlichkeit harmonia e compreensão mútua entre têdas as nações? Qual a
d.1eit seiner BJtschaft causa? O que é que não está certo? - Será o sistema governa-
ngsbewusstsein diesen mental? Será teimosia ou ignorância dos homens? Serão falsos os
Stelle sagen konnen, princípios, as premissas sêbre as quais as fórmulas de paz estão ar-
elle der Ewigkeit her quitetadas?
;el;:,ampftich habe den O estndista terá uma resposta. O f~lósofo terá outra respos-
'lfort ist mil' bereit die ta. E o povo terá mais uma outra resposta. - Tu, que me ouves,
der gerechte Richter, q~Jejá tens a tua resposta, ou tu que não tens nenhuma, vós todos,
in, sondern auch a11en, ouvi a única e verdadeira resposta, resposta esta extraída do có-
digo divino, do Livro de Deus: o dIabo, prínc~pe infer:r:al, inimigo
>inmal auf, was er im jurado de Deus e dos homens, é o pai da mentira, o autor do peca-
r Apostolat im Feuer do, o causador e fomentador de tõda a inimizade, ódio, ira, inveja,
keit (cloulos) und die dlscórcUa e do derramamento de sangue! E êsse diabo, mau espí-
nd das Ziel seines Auf- rito, o bAl:::ebu. Si1T2;-Es,é 1'ma perso:r:al;dade (l1.1eexiste c que se:"1-
ier ihm aus Gnade ln pre ex'stirá, passcan(~o pelo mur:do, instigando nação contra na-
~n er bereit ist, wenn
~~~~
l~~f~')qi~~Cr6r:i:~~'
t;:~~~;l~I~~~~~ac~;~~~~:~dOl~~~
~~
En.1 \lirtllde c:esta açáo destrlJ:doI'a e negativa de Satanás e
JNICO j~s~\~~~SS~j~tf(~~~e~~~~tc~,
lágriDlétS, llD.l véJle da
~a;~~~~l~.
d~r~Ot~~~o~~raU~~/~~~~~~leP~f~
da J11orte! -
so:r;:'1bra Frente a esta triste
realido..de; perglu1tarnos ag'ora: deVEmos nos desesperar? devemos
L. HeimalID :;~'~~{~~lilSI~t;l:x~st:lr~~l~.~~ :~:e~"~~s
~~~r~~~:l~~l~~t~
~;'~~~~f~? ;~~~
sa tranqüilizar"apnziguar, consolGI' e rediruirl? Náoex"·~ste lIma pa-
lavra qucros pÜS~,8.dar a paz indlvidual; a paz de consciência?
ente formada por êles Ex~ste! (~'.r·açpsa Deps, (':;::~.steurna fórmllla para a paz de
nos diz a história bí- nossa consciência, existe uma pessoa em quem possam.os encontrar
que nos mostra a ex- paz, consêlo, perdão e salvação: Jesus Cristo! Sim, Jesus Crlsto é
sangüinolento, é vin- a nossa paz!
nelos para alcançar o Êste Jesus Cristo, a quem os grandes batalhadores pela fór-
;uperioridade, o desejo mula de uma paz mundial esquecem, êste Cristo que os homens
)5 de mundo são uma materialistas e cientificistas tacham de judeu fanático, que mor-
244 Sermão Raãiofõnico

reu para defer-der a sua própria ideolog;a, êste Cristo que hoje é
considerado escândalo e loucura, êste Cristo há milhares de anos WelUicliEr li
já tôra profetizado como sendo o Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte. o Pai da Eternidade e o Prillcine da Paz! Desde a sua hu-
manação na plenitude dos tempos, é ol'erecida a paz à humanidad~,
como cantaram os anjos: «Glória a Deus nas maiores alturas e
paz na terra entre os homens, a quem êle quer; bem».
Sozialisrr'i',~ -
Milhares e m~lhares de hOiT'{:l1S, como o velho Simeão, :ia en- wegt verwendet c-c---
contraram a paz em Cristo, e puderam exclamar: Agora, Senhor, "sozialistische --
despedes em paz o teu servo, porque os meus olhos já viram a tua
salvação, a qual preparaste difu'1te de todos os povos.
sierung" an ~ i~~
Fremdwort VCl~
Todos os homens podem encontrar a paz e a salvação em Je- Bewegung inn2,+-
sus Cristo, porque ela "foi preparada para todos os povos». Tu zeichnete und
podes encontrar paz para a tua consciência, paz para o teu lar, SC:11agen
ace.ltando Cristo como teLl Salvador! - Aceitando a Jesus; deixa= dem Wort "Scc
I':~s àe tua vida pecamlllosa, deixarás de tell Ü~tdiferent;smo relIgio- Sozialismus
so, e sentirás o gôsto da nova vida de pecados perdoados, desfruta- weL~hedie
rás a trar~qüilidade interna, porqLle «Cristo é a tua paz»_ und zum
zugehõrt hal,
Aüligo, se até agora tens vivido emarnargu.ras, (;111 inimiza- J ahrhunderts<
des, em desesperos, foi porqlle estavas vivendo a tua própria. vida; den sollte-sein E_-
andavas 110 caminho dos pecadores e escarnecedCH>€Sje 115.0 lançaste gen verteilt \.".,=-=-i=:~_
téda a ttlB. ansiedade sêbre aquêle que tern cuidado de ti, que diz: konnte, et'\',-", :,
«~liTIde a Dlim todos os (Jtre estais cansados e sobreca:l'regados, e
eu vos alivi.3-rei» ~ Jesus Cristo! '
leinigen B?si1Z,=, __
versucht m=.n:~·-:-~~:-
Querendo viver ern paz contigo n1esnl0~ qlJ.erendo viver em und zugmlS12~é
harmonia e co.ncórdia com·o teu prÓ){2mO, reconcDia=te primeira- NUn.
mente COYll o teu L1etls e Salvador~ lançar.do todo o tel1 cansaço e dern \vollen .~::
os teus pee!ido.s Jesus Cristo~ Q qLlal entã{) te dirá: Per(:oa;.. es. schadet
dos est~io os Feststellun:-=~~
AI11igot ago::r-a corrlecell a Jesu.s,~ QLlVe ll1als estas belas auf, dmlll ,,--
e consolac~oras promessas SllélS: an,geschr;iT~~··:-
~._
tamel1tlicllc~-:'
- Eu S{)t1 o carninho, a verdade , e .a vIda. e tC:QO aquêle Da StCl1t ri-
que vem fi D.llr:tlj TIllnC8 JarrlétlS o .iéU1Carel aber, die
J>Jãü se turbe o V'osso coração~ credes e:rn.l')eus, crede tanl- aIle Dinc:e
bém ern nljri1~ teilten sie
Deixo-'\lOS a sp.ãter 1m
a minha paz ·vos dOL1~ etl 11ào vo-la (1nH unter H.ln:~·T~
cOrno a dá o rntul.do" }\·Tf1ose turbe o vosso coração5 nerrl se atei110'"
Ã:;ker uni
das Geld c>~
Cristo -é a nossa paz! tl.penas Cristo pocle tra11qi.lilizar a nos- und man.c::_'_
sa consciÊncia, pode perdoar os r:ossos pecados e TiOS conduzir pelo ln
caminh~J da paz, l"tlillO ao lar celestial, or:dereh1alTI paz, l1arl110- bar
nia, COllcórdia e alegria absolutas! radezll eine
Aceitemos a .Jesus como Salvador, porque êle é a nossa paz. dahin, und
AménL kann nu1'
Weltlicher und christlicher Sozialismus 245

te Cristo que hoje é


há milhares de anos WelllichEf und chrisllicher Sozialismus
:0, Conselheiro, Deus
'az! Desde a sua hu- (Eine Rundfunkansprache)
a paz à humanidade,
as maiores alturas e Han.s Lutz Poet.sch, Bremen
~r bem».
Sozialismus - das ist ein Begriff, der seit Jahrzehnten unent-
velho Simeão, já en- wegt venvendet wird. Der moderne Menschdenkt "sozinl", es gibt
mar:· Agora, Senhor, "sozialistische" Politiker, die Gewerkschaften streb2n die "Soziali-
olhos já viram a tua sierung" an - in allen moglichen Arten und Abarten kODmt dieses
s povos. Fremdwort vor. Und schon im vorigen Jahrhundert gab es eine
: e a salvação em Je- Bewegung hmerhalb der Kirche, die sich aIs "christ1ich-sozial" be-
todos os povos». Tu zeichnete und verstand.
paz para o teu lar, SC~1lagenwir einmal das Lexikon auf und lesen nach, was unter
tando a Jesus. deixa- dem Wort "Sozialismus" für eine Erlãuterung 8teht. Da heisst es:
'ndiferent;smo' religio- Sozialismus ist elne "volkswirtschaftliche und politische Richtung,
; perdoados, desfruta- weL~hedie Produktionsmittel dem Besitz der Einzelperson entziehen
a tua paz». und zum Gemeincesitz machen wiU" (Hauck). Wer aufmerksam
zllgehort hat, der erinnert sich an die Vorgãnge zu Beginn unseres
larguras, em inimiza- Jahrhunderts, besonders nach dem ersten Weltkrieg: Dem Besitzen-
o a tua própria vida, den sollte sein Eigentum weggenommen, es soUte auf die Werktãti-
=dores, e náo lançaste gen vertem werden. Wo man diese Ideen mit Gewalt durchführen
!.:idado de ti, que diz: konnte, etvva in Osteuropa, entwickelte sich der Staat zum fast al-
e sobrecarregados, e leinigen Besitzer von B:)den und Industrie. \A!O es nicht geIang,
versucht m3.n doch immer wiedcr, dem Reichen etliches zu nehmen
querendo viver em und zugunsten dei' armeren Bevolkerungsschichten aufzuteilen.
'econcilia-teprimeira~ Nun, wir hr.beu jetzt keine politische Unterrichtsstunde, 80n-
todo o teu cansaço e derll \vollen die BJtschaft des gottlicl1en 'lvortes vernlitteln. AteI'
,tão te dirá: Pere.oa- es schadet nichts; \7enll ,-vir b2i tlilserem heutigen Thema diese
FcststeI1ungcn vorausschicken. Schlagen wir n5,mlich unsere Bibel
LtVe mais estas belas aui, dannstossêT'l v·.7ir l}JJdaui' Stellen, in denen eberllaJlsallnliches
angeschnittel1 \vird~ "\7\lurde 11icht i11 der ersten GeIneinde der neutes-
tamentlichen I{irche av.c11 eil1e AL\.rt von GLltergleic11heit élngestrebt?
·jda. e todo aquêle
a~ ~;?:',te~i:
d~l~~~·~ ~~~~~1:à~~12~V~:1~~~:e~~a~'~~ ft~~~~~;~~l~;li~llj~~
alle Dinge geIneinsam~ Ihre Güter und Babe verkallftell
hi'~~~~
sieünd
em Deus, crede tam-
teilten sie allS llnter alIei naCl1delTI jedermanrl llot v'Iar.;" IJnd \venig
ell náo vo-1a d011
spãter im 4. I(apitel eles gleichen Buc11es lesen wir: "Es \var kei11er
:raçào~ nem se aterno- ~~;~~, i~~~ân'H~~~eI~I~~~~~;a~:ik~~~fi~n ~~~rtr~~~t;~
W~f;i~~~s~i~~~
das Gelddes verkaufte11 Guts und legten es ZLl der AposteI Füssen:
de tranqÜUizar a n05- Ulld rnangab einelTI j2denJ \vas ihn1 l1ot\var." - ~
)s e nos conduzir pelo III der Urcllristenheit \vird·aJ.so der moderne Sozialisrnus sC!1ein-
~ reinam paz, harmo- bar vorweggenommen. Er waI' keine vVeltanschauung, sondern ge~
radem eine Selb3tverstandlichkeit. Wer GüteI' hatte; der gab sie
ue êIe é a nossa paz, dahin, unei wer arm war, wurde mit ihrem Erlos versorgt. lVIan
kann nur f:ragen, waI'um das nicht so geblieben ist, Und mal'),kann
246 Weltlicher und christlicher Sozialismus

nur bedauern~ dass diese christliche Haltung i1"lde11-spaterehZeite11 gegenüber b2SS-~


ver3:::h\Vl111den isto .J 3., rnan ldjrulte endlicl1 àe:nl{:e11, dass der moderrle um den not! 2;:;-,,:-,-.::
SGzialislTIUS im GrLlflde g;enommen eine \vertvolle:re C;2st8.lt:ung christ- 80 1{~Hi2
lichen GedEtnl~englrts das àie Ubcrseh2D oeleI' verge3sen zialismuslJ rL?T
hD.t~ Das r.:.o2I' 1St ein Irr·~tlrn. 'Vli:t \\7011211e3 n.8Jler CTkHiI'2n~ lIDd Denll hier V,'-:.._ ~:_--
lln~ere3 christ- und Gemein-]c-
1iCh,CTl Z1J sp:r-2che:n K()r:n-ni2n ~j.u:t k(:uJ7e11. 1'--71.11.'
T,/íit ihlYl tratin _ der C;C:::.Cll1CI1te: dio eIT~ScllCi(ienje \7!ellclllng mã::htig gei';-'-~-
l.•-~.l'""":,";
j.~(.."L"'':' in dieZeit. urrl die I'i;eJt1~:C:]tll:t2it [J..1S ihI'C1T1 I):.1.l11ç'cl lilU:;stC.
i~ ..,,).~.r.
lL_Llt:.:::;. Ibre Eige11- Viell~i::"l-~
das Slê
'-triO. Eva
in den geIEc'-_
gernei11sch~~ftj u_
GQtt ...
vielleicht erk2;:'~__
Diese El:nfli-"tstertH1E 1X1 ihncn n8.Cll LU1c1 tut c •..
vvas ga:nz é.._;. ~

gerI yvlll seirl eigel1.êl" E-Ierr 1..u'1d oft ge11ug 3e111 êl- hD.ben, Vias d'?~ ~_
gener í:;esetzgebel' l1l1Cl C;ott. sein~ Liaist danrl keirl Flstz lTletÚ.~ fi1.1' hergcben, B2i;:>
clen an.der114 [.Jarum \-vilI der Reicl12 rlGCn \vol1111S!.bender v/erden: lichen Worts :-~'_
\va11rend der I\/Iitt.el1Jse cl3I'8.1jf sinnt, \:vie er dessen B:::sitz 8.11 sich Liebe, 30n3t~ \'..
bringer~ I\:an.n. JeSLlS t/on I'~Jazaret11 da..gegen vlies die JVle:t1s:c]tlE>1l Hllf
.
111llnserer L::.el'
àieeigentliche B2delltu.11g ihres Lc::-ens hi11.
I>Jic:ht serI""
dern irn Hiu1nlel solle11 v/ir LUISSCh,8~tze S3J11rl1eln. Nicl1t das I.)asein
in dieser \7\lelt sollten. \vir hoc11be,\!\7erten, sondern die E\vigkeit bei in unserern.
Gott ffillSS Zielsein Llnd bleib2n. Christus predigte das nicht nurj gleicher Ge1.~~2_-
er lebte es a1..lch varo "Lhld bcsiegelte seirle \Terkt1l1digung rnit dern einst \~liI1:=1
Tode. \~Tir sagel1es 110ch eÍll:mal: Es ist nac11J esu "\'v orten keine Stllrm erntc'r-~
Schande; arm zu sein. V! 0111 aber ist es entsetzlich, arm in Gott zu der MittellG~2
sein. Da hHft dem Reichen nicht se1n Geld, dem Mi:Í-chtigennicht R.2701ution
seine Ge\'/altLlnd dern Be-dü_rftigen nicrlt seine N at. VaI' deI1! Sch6pfer Sb1Il st"·nd.
der vVelt gibt es keine Entschuldigung, Vlenn wir uns se1ner Einla- totale
dung ZLlr E\vigkeitzll eIltziehen suchen. I\fit JeSllS istdas er16sende dem Gut, '.'._
Licht in· lHlsere Finsternis gedru.rlgen; u.nd \vir tun gLlt daran} uns
von ihm treffen und \Varnlen zu lassen. Denn 1n Christus zieht Gott
deu. SchluLssstrich l.1nter lUlsere Sc11uld. Er streicllt sie durch und
ist bereitj uns i11sei:n.e Gen1einschaft allfzllnehmen~ Des Gottessohnes Sie
Sterben RUÍ Golgatha ist die Spitze der Liebe, mit der Gott 8e111en b211 Sic
entarteten Geschopfen nachgeht.
Das '\vaI' de-n erstell Christell il1 J erLlsalem l;çlar ge\'vorden~ Sie
\vurden geraàezu i.U:Jer\vãltigt vaTI der Erkenntrds, \vas. der Sinn des
Lebel1S \virkIicl1 ist. Indem sie auf den G·ekreuzigten vertr:3Jlten, vv~llr-
den sie frei van den Fesseln, mit der diese We1t uns zu binden sucht,
D'urc11 die \vanderbare Ein\\,'irklu1g àes Geistes der Pfil1gsten Vlur-
den sie frei 'lOíl sicl1 selbst, frei von ihrer Eigenliebe tlnd Selbst~ rnLIs.se~:.;:
SlIcht~ 111 v611ig nel.ler v,reise erkal1nten sie Gottes Geoot: '~r...;iebe der:.1 .Je:: __._
deinen ~Jãc11sten aIs dich sell:st!i' NLln seufztel1 sie nicht mehrunter rp1 ':.'(' 2 'r.
~" ..l.)..:-,:o_;, ~

den1 ,ToeI1dieser Order, sonderl1 ben1ühten sich, siefreivlilHg zur


Richtschnur ih1'e3 Lebens zu machen. Sie wollten Gott rIicht im-
ponieren oder sich etwas vaI' ihm verdienen. Sie waren nur darauf
aus, dem Herrn zu darJ{:er~ Und. wie kann die DarJ.kbarkeit Gott
snlUS Weltlicher und christlicher Sozialismus 247

n den spateren Zeiten gegenüber besser abgestattet werden aIs dadurch, dass ich mich
~2nj d2SS der moderne um den notleidendc'll Mitmenschen kümmere?
Lere Gestaltlll1gchrist- 80 l-~arnes zu dem, vvas -nlJ.i1cll€ heutzutage "cl1ristlichen 80-
s2h2n oc1er verge3se11
zialismus" nonnen und was eigentlieh gar kein "Sozialismus" isto
n5hcr crl:.:ltiI'211~ lIDei
Denn hier ,var keiner, der fordertc~ lVlank,onnte dama13 auch C11rist
lln::;ere3 christ- und Gemeindoglied 3ein; ohne 3ein Land und sein I-I2.us zu ver-
k2u~en. Nur; dass ale Liebe zu Gottvater in jencn Christen über-
:-:;CI12i(~en~12\::1erldllng mã::htig gcworden \\'a1' und sich aui diese Weise Ausdruek sehaffen
-'x Et1S ihI'en1 I.}\~ull-Ú~l lTl"Lisst,C.
:~'n11J,tte. Illre Eigen- Vielleicht vor:c:tehen Sie nun; was die Bi:::el meint, wenn sie
eJles sie in del1 gí:;rl~'mCltE I(~:i.pitelll d2T ll.pastelgeschichte VOD. der Güter-
S::lt;;lIl tl:nd Eva
l'det sejn C;ott ... "
gemeinschc;.ft. c~3r ersts:n Gemeinc1e 211 Jerusalem spricht. Und
\lielleicht erkennen Sie 11un aüch, dass der moderl1e Sozialismus
tut es bis ZlUYl 11EUti ...
e~\vas ga11z r~nf2:=:r'~JL~=.t.I-;:ier geht es um Zv"lD-ng: r::~rArme v/iIl
:nd -oft gC11Ug seln ei- 11a.b2n;: \vas der Reiclle hat} tl1:1d der Reiche \-viII es rl1cistcns nÍcllt
1 l,ç:ei:n Pl:=i.tz meh'r, für
hergeb2n. B'2ide sind lrnendlich \veitvon deTI Jlllssagen eles gõtt-
v:)11111J.b?l1der v;terden, liche11 vVorts entferrlt. Beide sinei nicht llb:;rV\7l1nden vonChristi
dessen, B2Sitz EU1 sich
Liebe, sonst \vürden sie g8.nz an die FraF;en herangeheTI, die
:.~J.esdic lVIenschen c,.llf
irl unserer Zeit aufgebrochen sil1d~ 'vVenn viele Kapitalisten im ver-
>Jic:ht &lÚ Erde11: 801]-
gangenen Jahrhundert àie TvIit.t211c,sel1 allsb-euteten: \ven:n sie sc110n
eh1. N"icI1t das Dasei:n
kleine Kinder fÜr einen Hu.ngerlohn zur 1~rbeitz\'v2J1gcn, so mag es
deITl die E\vigkeit bei in unserelTlund einerú n611ercn Sinnegerec11t sein~ \veTIl1 sie mit
"edigte das nicht nur, gleicher Ge\valt l.Hld Br'utalitãt :heimgezahlt .b21{omn'lcn. Sie 11abcJ1
'erkiindigung rrÜt delu elnst \Virld gesat, und il1re lU1d E111):el 111ÜSSen jetzt den
::h J esu Worten keine SttlI'lTI ernten, der Üb2r sie kam oder ·komnlen \vlr(l U11d \venTI
tz1ich, arm in Gott zu der J\littellose sicll zu Gc\valtrnassnoJuTIen B.lIÍ\varr uncl gl-:3.ubte, rt1it
dem Machtigen nicht R::voh.1tiol1 une! "rot2,crll~g sich das arleigrlen ZLl kOIlneIl, \?;lOIlach se~n
\ot. Ver dem Sch6pfer Sin:n str,nd, d:l1111 es slcheT zu den JTolcenJ YVf:lln c~r i:n cHe
wir uns seiner Einla- totale Sklo:v2rei deI" modernerl Dil;::tatL!r gel~iet, odor ,7>:/crnler rnit
Jesus ist das erl6sende den Glrt, vvas er heute hat, nichtorde-nt.lich. '\'virtscn.3.ft.en kann tIne!
ir tun gut d3.ran, uns cs ver'tut oder in S':,lu..llden verl:)Ínl-~t~
in Christus zieht Gott
treicht sie dureh und Doch \vir \V011:11 nicl1t nuf die grossen B:='''N\:'2un~?:'?n SCll~~uen_
D:.:ts Probl:?lTI ist fUr jeden JVlenscIlenvorhanden. \~~r:is;snicht.,
nen. Des Gottessohnes v/as Sie verc.lienen; Ger Sie lJTIS 11cute zu11ore~1. p....
bel" -'-~/ieIL=icht :ha...
?, mit der Gott seinen
b211 Sic sic11 L_1it IhI'21~1 Lohn tind Gel1~1.lt 1111":2 gut cin-
rie!1ten kOllnen,11abell eine nette 'R,cr;crv2 8.l1I derrl Ulld ki3nnen
I~:~:~-.;.:=o
'fi ldar geworden. 8ie "t""'f
sich d~rü ~,:erhinJ.tls 110211 etlictles leisterl. L:l1a - :-.:1:2 ncnllen Slcn _ .., .""":"1 ~ • 'W

tnis, was der 8inn des einen Christerl. Sie h:Jten sicb ..
~ _~- -, ---..
... -,,"." .5--' -'- ••...
'"••.~ "__-'-

=igten vertrauten; wur- Jerusalcm ZUS2111111Cn Ylarel1. L8.ssen Sie sich fra,gen: VIas ist
lt uns zu binden sucht. I11lí211 Jcz)"us CllristtJ.s \"virl';::lich? He-·--:- 21.' 111"Lebell 80 -'-o./o11ig ver,;8.r1dert,
es der Pfingsten wur- cl:J.ss Sie l1Lu·nocb. r.tis Seiller LieLe ebcl1 U11d diese 1.veitergeben
E:igenliebe und Selbst- rniissen? I)r8.ngt Sie Tilr IIerz: o.ndCTen ih1"' Los zu e:rleichterrl~rlach~
Gottes Gebot: "Liebe denl J eStIE; Ihnen die unsD.e:bs.F SL-t:\:~':el~e L~lst Ih~r-erS:2huld 't:/0111C";-2-
n sie nicht mehI' unteI' \;ViSSên gev/ãlzt. hat? Sie V\"iSSêil dCiCh1 "\::;.rJ.evielI'Jot in der vVe1t 1St?
;ich, sie freiwillig zur Ihnen ist doeh bekannt, dass tâglich Eunderte und Aberhunderte
icollten Gott rueht im- fILu1gers sterben,dass gêvI" nicl1t 50 vveit vaTI UllS elltfernt das Elend
8ie waren nur darauf bereits beginnt. \Nas tUl1Sie nun? Lesen 8ie einmal, vias Gott der
die DankbaI'keit Gott Eerrn uns im 1. Johannesbrief schreibt: "Daran haben wir er-
248 Alfabetização, Meio de Evangelizar

kannt die Liebe, dass Jesus sein Leten für uns gelassen hat, und
\vir sollen êt'Llch das Leben. für die BrÜder lassel1~ \Venn aber je- centenas e,
mand diesel" '\7\.!eitGüter har, ll:nd -sie11t seinen Brllder darben; t1l1d de trabaih:::
schliesst sei11 I-Ierz VOl"' ihn1 ZLl, \vie ~)leibt die Liebe Gottes bei lnilhares e
il1m?'1 U11d noch.ein anderes \r...rOT't derngleicl-leri ,Bricf: i'\?ler mos que
seine:n Bruder nicht liEbt;; den er \vie -karrrl er Gott lieben'l também
den e:r :niclrt siellt~?jJ
\~lir Deterl: I-Ierr. der GU dicll Llns 1r! tunida,de. T.:.c:~
."'
Sünderruot l.i"e:el(OrnnlCnden srarl~0 -:

quanto né-:~.
apre:nàe11103
dél-SS \vir dereiTlst nicht aIs está pronto
,L\ tn p. Ti ,
tomóvel, a 'vii;~'
da ciência t.?T":-'

fabetos, trê:;:-q __
é diferente: (.~?:
nham a pág-i~,,,

Frank '--_

o arti~-:'":--:

p:restul:de; servÜ;o
~oclal nas 8.rea,s va Guiné.
cIda.de Clç Pl~epann.1-8:2para o t.ra.ba.lho rnl~3- O interior H
SlOTI$xto e {(li pr:.l'8. as _F'Üipinas 8111:UJ1,.5, par'a tnl;';;;:d.h.sr CDln a IgTcjo. Con ~ua.s das tl'it:
.2'1:'2.s'acÍol1aL ..ü._pós 15 fU:'CS. conver:ce:"'F812 c1.n. r:ecsssidade de UTY1 trabalho de nário lutera;,~,
alfabetiza:~âo intensivo, Carn a ajuda. dos seus estudar:tes1 desenvolveu seu o canibali,sr'::L.:,
famoso c alti.UT)P.Dl>:bern sucedido "rnétodo, ~(lTIvI :m1\.!SIi'.JJl..~7DO iJlrrJ:1.f);:;..
queriam ap?'::::--:.;::.-
S:JS quad:o:'c:s ;~'':: _. ~ -
2'uas e d.~8jetos.; ErIl 1861, a.dmitia-S2 qy_c êle e:::-2 o l"espol1sável pela alfa~ m.éU:a, dia e :;:-
lY.:.ill1Ôes ' de pessoas e seis pess~::2.::'
do SEU lTlétodo. seis dlplom.?.~
betiza,dos t::-l'':::':~ __
CorsiderenlOS a 8.nsiedade de t:rês-quirtos da
,11. se~'::~-
aprender a ler. pl"ontos para aceH.H,r (} E>.rãl:gelho quando 111es H1i1:11stl'arnos dos foranl :",,-
. , ~.'
ensino e lhes dize:rnos CCTl1C:T.ester.ilLll1har, Center..as de 1111SS10ual'.!.OS soas. Dur'ç,: é'
tada êe.se método de ensir:ctl' e eV8.ngf':lizal': alguns por frl:O,S. Agora já reciam. d8r':l'~':"~~
poder ..l'1os falar com autorid2~de. Saberüos COTI1,Oevanf;"elizar B:cquanto rllini5t.ra.- con tecim en t c:
ensino.
11105 [) Há dez anos~ 0 plano rão estava desenvolvido. A.gora. está, ram: <:,ES3':2
Nossa uração é para que tôdas as igrejas cristãs adoteu'l a. alfabetiza~ que qualq"",-
ção eOlno UTt1 TI1eio de e"\lal:gelizar, E 'a. grande oportunidade hodier:r~a para me-srD.C":.'_'. ~

e"vangelizar o ulundo. () Bonho de Joh:n R. Mott, de que (I D1unào 'deveria ser


evangelizado nessa nossa geração. pode vir a ser UY{ia realidade,
A alfabetização é um meio de nos a.proximar do povo. Fiz essa desco- se 1l1E'S'

berta quando vivi entre OSl110UrOS nas Ilhas Filipina.s. Como todos os mao- está se --
metftnos. êles també111 alimer:taValYl se:r:.timentos odiosos contra o Evangelho
de Cristo. Por quinze anos, nenhum dêles vinha às nossas reuniões. Começa- nascenca Q-:J.2~~:-
mos então a lhes ensinar a ler. disso c:hor2r>-:-
l I
I
i
;

zar _____________ A_lf_a_b


__e_tl_·
z_,a_ç_ã_o_,
_M_ieiode Evangelizar 249

ms gelassen hat, und Então ~,urgiu a snrprêsa estrOl:dosa. Ninguém assistia aos cultos. Mas
ssen. Vvenn abeI' je- centenas e, depoisl ruilhal'es vinham aprer:der a ler. Ficanl0S sobrecarregados
l Bruder darben, und de trabalho. ~Jossos quatroce:r:tos professôres voluntários vieram depois com
:Ue Liebe Gottes hei ynilhares e milhares de nomes da.s pessoas que êles a.lfabetizaranl. Descobri.,.-
Brlef: "~V\fer
::-12ichen mos que o povo gosta de el:sh:.ar "11D1 ao outro nas suas casas. Descobrimos
l:~ann. e1" Gott lieben} talubé!n que cada pessoa. a querl1 alfabetízáva:rnos se tornava nossa amiga.
Estamos convictos de que a Igreja C;ristà tem em TIl.àos a 111elhor 0POI'=
hast, lJDS in der tunidade .. nos últimos dois mil anos~para evangelizar 0, iY1undo inteiro. En-
STarE::e lU1... quanto nós, os nlissior.áríos; ap:rendemos o xnétcdo ..:~Un1 er.sina,ndo outro»t
B =-lTl11h2rziglceit iL~-ell~ aprendemos também o mét.odo «Um gaLhar.do outro para Cristo». O mundo
:lden \'/e1'Ô,'2rL 80nc1ern está p:tonto pa.ra 1":08 receber. corrida. da. ciência tornou isto rnssivel. Au.-
p..;..

t.olTIõvel, avião, rádio, TV, cj_nenlR c IllUito..s outras descobertas da técnica e


da ciência têm a,pi~oxÜl1ado os povos uns dos outros. Durante séculos os anal-
fabet.os, três-quil:tos da popula.ção Dl111~cEal; viveram sem espe;::"ar:ça, .L4...gora
é diferente, caso cOll1preendanl0s que esta é g nossa oportunidade. Eh"'s ga ..
nhalTI a página impressa. e nós lhes oferecenl0s Cristo.

o artista PhiI Gray,meu filho Roberto e eu, fizell10s urna visita à No-
sel'vic:-o i30clal nas áreas va Guiné. Os missior:ários alieol1VerteI'flln rnuítas pessoas na parte Jit.orà.nea..
~-se parH, G trabalho Tcti,S- O interior fervilha de canibais~ aos milhares, Prepar2X110S liçõescrn treze lín-
:.;~jh8.r ('.orn a 19rej:--:;J. !~on- guas das tribos do interior. Depois voamos pa.ra urn local (n:..d~Ul"n missio-
sidade de um trabalho de nário luterar:o trabalhou no rneio de UTú grulJo que ha:via quinze H-nos deixou
o canibalismo_
LLluar:tes; desenvol:'veu seu
EI"JSII"JJ\J:.JD() OlJTROJ.). Quar:do atel'rlssamos fomos assediados por quir:ze TTliI pessoas. Todos
?)al'a lihe:.:'ta.r o;;;
i:."lr:E::nte queriam apre::der a ler., irncc1iatarnen'Le. DE'.ntTC: dt=; lllCif:. hOl~a: expussmos TIOS-
101 pa.~_se.seem 311 11no, S:JS qua.d:::'os de liJões e cor.1€C3.T110S a ensinar. Co::tirl18.,mCB 13..ss:111., por urna se-

.
o :r'esDonsável -pela a.lfa- nlar:a, dia e noite, No fim da primeira senl~Ula: tinhUlnos ensinado a trinta
c~p;~eT1deTaDa ler atrEvéR e seis pessoas a ler o pr'ÍlTleiT'o Lv:;.o. :Z-::o dorn.ingo fizelYl0S entrega de trinta e
seis diplornas durante o eLlto na igrE:j8., CC:r.i.10 sernpre se fa.z quan(~o os alfa.-
betizados ternlinam o prirneiro livro.
11. seguir; e:rsinarnos aos trinta seis eorn.o ensirar outros. Depois to-
i?:

quando lhes nllnlstra,Yil0S dos foram para fo:ca c:r:.cie os €,SpelTtVanluma rr::;lltidãJ de dezesseis luil pes-
soas. DuraLte o dia todo os .selvagens se p:ntaranl tão horrlvelrnent.e que pa=
ar tl-ir.:.ta aliOS. l1-gora já, 1'eciam derrlô11ios; dan~~~:n~a.m, gritR'v'"anl e pulavam comern.orar:.do o grande a-
:'e1izar er:quanto rI1inistra.· contecirnento. Os grandes chefes se reuniram em concílio sole!:.e e afirma-
rlvolvido. _A-gora. está, l'arn: «Êsse é o maior evento em nossa história. O Sr. fêz para. nós Inais do
.:;'cãsadotern a alfabetiza- que qualquer out.ro. Assirn já decidinl0s que o Sr. batize' todo mu:r.do, agora.
OT'tunidade hodierna. para mesmo~~'" E cranl dezesseis 111i1!
que o YHundo deveria ser Parece mUlto ·16.000! lvIas sessenta mil vêzes êsse é quase um. milhão
la realidade. de pessoa.s que estão desejosas de tarnbém dizer; ",Batize-nos agora n~.tesn10;>.
do povo. Fiz essa desco- se lhe.s ensinarmos a ler. Êles se aga.rram a essa oport.unidaàe como quem
las. Como todos os mao- está se afogfmdo. E nos revelam sua estima quando os levantamos da mi-
losos contra o Evangelho séria e recebem mesmo a mer-sagem de Cristo. São semelha..l1tes ao cego de
nossas reuniões. Começa- nascença quando Jesus o curou. O mesmo que olhou para os pés de Jesus e
disse chora..rido: «Eu era cego e agora vejo~'.
250 .".lfabetização, Meio de Evangelizar
-
de Cristo, pc~ -
como acontE-<>=~
I'..JoBrasil há ill.a.is de urn nlilhão de crentes alfabetizados no meio de por arnor a
vinte e unl milhões de aI:~alfabetos. Isto É, u!n creLte para. ca.da.. vinte ar:.al- movimento ~l-::::' : _::...~~
fabetos. Ensinarão os crentes o n1.étoda. ',<.:lJmensinando e ga::ha.l1.do outro
para Cristo:;" de casa em c-asa~ na-\rer'ia UTIla revolução. Existem cêrca de duas
mil igrejas COÜ1 iJ.ma Inédia. de cú111 111e}}1bros,cada. Devemos organizar cada
igreja COH10 Hma fôrça de Enslno e Evangciizatã.D~ A técnica que ten1cS se- Como t:
guido :r:esscs Últilnos anos~ deve seraplieada pelas igrejas. Eis o processo: de igrejas?
As Hções são prcparad<:ts e impressas enl qur~r:tida.d8 r..ecessária. As-
U1Yla dessas ':'.:=-_:::'

si.m, uma c8..l'tilha pronta. pC3l'a cada 111cInbro da. igreja.. d0111ingo, o orjen-
J:'-..To
cientemercte
tado:t' cn1 alfabetização vai à igreja . e diz aos n'ler!1bros que cada. um deve al- Essas, por Sê~2 ~- -
fa..betiza1:· urna pessoa e ganhá-Ia para Cristo, na.s casas dos próprios alunos~ completo.
ou outro local. Cada crente anota o nome da pessoa que vai alfabetizar. É
E êE.Se- _--
elaro que (} trabalho deve ser COIT.l. 8_1nC1' e por a.mor. Êsse é (: mét.odo. As agora, pode-se
lições preparada.s são fáceis de ser ensinadas. O professor segue o text.o, re- fica o desafio'
vela seu amo!", ora enquanto ensir:a e ganha para CI"Ísto o seu altlr:o ou alu:r:a.
Recorner:.da-se 8,OS professôres: <2:Enquanto l11.inistra. () ensino faça com Isto "a.:·
que o aluno se sinta alegre, Não o TepreeEd::l, não o desaponte, e ja!nais lhe zendo, Ivras d~"'='
àigaNÃO./> Pessoas adultas não gosta.m de ser eontraàitadas. Não lhe.s faça fazendo. ÊSSf:-
perguntas a que não possaríl respondel'. nem lh8s diga o que já sabem. igrejas poder::"':
Ao fim de cada página aprendida, diga-lhe: «ótimo! Vamos precisar Sel"ia. ideal
de você como professor. Não gostaria de ajudar outros?» Se assim o tratar- erl1 gar..i1ar <. ~
mos, êste será um dos grandes lTlOmentos na vida de tal pessoa. Jamais al- triz na retag~~~_
guém o elogiou assim, tão sêriamente. Uma hora atrás, êle era quase r:in- 1'0 de profef",~
guém. Agora você lhe pede para êle ser também um <:professon; e ê.judar
outros. Tal pedido quebrantará o coração dêle. O aluno se entusiasma por
seu espírito cristão e· por AUa. própria pessoa, pois v·oc.ê ga.nhou-lhe a confian-
ça. Assim cumpriremos o mandamento de Cristo: ·dde por todo o mundo e
pregai o Evangelho.'i>. contraIU.
As lições 82,-,0tão sinlpies que os l'eCéln-analfa.betizados Se convertem
em novos professôres para seus vizinhos. Os membros das igrejas, assim. ba.stante
podem testemunhar de Cristo, tão bem e efetivamente como seminaristas. Hou-
ve casos de estudantes se revelarem crentes, em poucos dias de contacto com
êles. Quando a cartilha. é ensÜ-.a.da, em poucas semanas, os estuda.ntes são
trazidos à igreja para urüa solenidade na. qual receben1. certificados. Talvez
seja esta a primeira vez que alguns dêles entrem nunla igreja evangélica4
Quando se dlrigern à frente para receberem seus certificados. os oficiais da Z11cnto
igreja os l'ecetenl cristã e calorosa.mer ..te. Os recérn-alfabetizados ccn1eçfuil
a estudar a. II!stória de. Jesus, outro livro preparado para a cotltinuaçã.Q do
trabalho. Quando te.rmínanl a História, de Jesus já estão prontos paTa. ler os
próprios Evangelhos.
As igrejas podem. !'cpetir tal carrlpa.:nha três Oll quatro vêzes por ano.
Não há razão pela qual unla igreja. nã.,Qpossa duplica.r o número dos Üuzü- .•..•.
_
seu.s n1.enlbros~ cada ano: Esta é a experiência que ten:1os verificado em mui-
tos lugares. Foi assirn nos dias de Pcntecoste. Visitei um campo nlissioná.-
rio na Índia onde foram batizados cêrca. de .dez mil pessoas por ano em três
anos sucessivos, Ern qualquer pa.rte onde os ho:rnens são ganhos por a.mor
izar Alfabetização, Meio de Evangelizar 251

de Cristo, por meio de alguma forma de serviço cristão, êles vêm em massa,
como aconteceu na Nova Guir.é. Uma Campanha de Alfabetização inspirada
alfabetizados no meio de por amor a Cristo predispõe o povo a aceitar a Cristo, a tal ponto que um
~.te para cada vinte ar:al- movime!1to em massa se pode realizar.
inundo e ga::hando outro
.0. Existem cêrca de duas
Devemos organizar cada
A técnica que temos se- Como é possivel organizar e treinar um milhão de crentes, em milhares
igrejas. Eis o processo: de igrejas? Primeiramer.te, treir:ando os líderes, ministros e leigos em cada
,,"-Ltidade r:ecessária. As- uma dessas igrejas. Pelo menos uma pessoa em cada igreja deve estar efi-
2ja.. No dorningo. o oricn- cientemer:te preparada para ajudar no preparo de outras da. mesma igreja,
"'os que cada um deve al- Essas, por seu turno, prepararão outras, cuidadosamente, para que haja êxito
casas dos próprios alunos. completo.
oa que vai alfabetizar. Ê E êsse programa está dentro das possibilidades do Brasil. rníciando-o
~or. Êsse é o r,nétodo. As agora, pode-se alcançar o máximo de eficiência dentro de cinco anos. Aqui
'ofessor segue (; texto, l'e- fica o desafio: em cada igreja. «unI ensinando outro e o ganhar:.do para Cris-
listo o seu aluno ou alur.a. to~Y.
linistra o ensino faça com Isto não significa que tôda essa gente deva abandonar ° que está fa-
o desaponte, e jamais lhe zendo. Mas deve organizar e dirigir tal campar:ha ao lado do que já estão
,.traditadas. Não 1hes faça fazendo. Êsse programa deve ter prioridade para os próximos cinco anos. As
ciga o que já sabem. igreja.s podenl trar_sformar tal progra.ma. no TIlaior n1étodo de evaIlgelizaçã;j~
'~ótimo! Vamos precisar Seria. ideal que os n1.e1110rOs das igrejas assumissem a. maior respor.sabilidade
;.tros?» Se assim o tratar- eU1 gar.har almas para. Cristo ... ,.l~.••s mulheres da igreja podem ser a fôrça mo-
de tal pessoa. Jamais al- triz :na retaguarda dêsse programa. l'fa 1:íocidade se recrutaria. o m,a.ior núme-
atrás, êle era quase r:in- ro de professôres devido ao seu entusiasmo e vitalidade.
um «professorl/ e ajudar
) aluno se entusiasma por
você ganhou-lhe a confian-
.dde por todo o mundo e Quando os Eetradc:s 8.1:rtEndcI'l1 a lel' desejam devorar os livros que en~
contran1., ÜIes poc1enl 112:' vaga:::osar::ente escTit.:Js siIl1.p~es. Ir.:felizmente qua-
alfabetizados se convertem se téda f':. litel'atura cristã :::lT:duzida· até ago ..ta é bastante àiflcil; pa.ssará
:ombros das igrejas, assim. basta.nte t.e::.11;);:]antes o que estan10S prüc1uz~l1dó. Para
te como seminaristas. Hou- Ieitu:ca (:61e3 devêIn-se pa,la,vras que já sejam ao ...eClmen t o. Sig-
• seu COI;.h'
oucos dias de contacto conl
;emanas, os estudantes são clêles, Prct:iS8.rrlOS 1.01}it.o de U111 grulJo de escritores que f:screvsrn do D:1odo
ocebem certificados. Talvez ma.is siD:1ples pos;:-Cvcl. TelrlOS de p:roduzir vasta quantidade de Illatcl'ial sirn-
m numa igreja. evangélica, pIes .. Útil e i::-=-L(:;.~t'eBsJ),nte para os novosleitor:2s. Pl'eClSalrl êles de nôvo a.li-
certificados, os oficiais da inteIectual.
rn·2T:'t.o

,cém-alfabetizados começam E nâo se Ü~lTl de in.ventaI' COIsa qUEl1tlGD.Üe unensa


'8,do para. a continua.ção do
fi estão pror,tos para ler os nluito PTêCiS8.:r::l,de ...).;;:rrl(1.pc,na.s
seI' Girüplificad~3, ()3 a.;:,;s:_1ntas diz8D.l respei-
to à, saÚde, Guidnc10 cora as crlaJ:ç;as,hig~,eT.e, r:utri:ào c eutras igualr.nente
s ou quatro vêzes por ano. necess8.rios. F'C3S0é1..3 de.sejosa-s e111 ajudrtl~ pCdCI:(j ..~ se:(n xnuito ..ba.1:ho. pro=
tr.<:::
)ssa duplicar o nÚmero dos duzir livretos COrI1 estas infol'ynações. I-Iá h1ear paTa. todos os c:rlstãos que
ce temos verificado enI mui- c1esejanl ajudar' neste grar:de enlpreendin18r:.to.
Visitei um. campo D1.issioná- POdenlO:3 varrer ü analfabetismo COD1todo seu cortejo de males, da. su~
cIil pessoas por ano em três perficie do Bi'a3il, nunl. lapso ele tenlpO si1nplesmente assombroso. E isto po-
mens são ganhos por aDior de ser feito de 1110do tão fácil que surpreenderá. a todos nós,
252 Alfabetização, Meio de Evangelizar --
GIG-.A.NTES E N.iiO PI0-_Th-'rJ1~CS Servos de I::.=.-:;:
os lideres~ di:.:..::.
_- - ~
DeVelTIOS nos la.r:.çar no tl'abalho de ensina.:!:' a ler e a escrever.> COH10 gi- Demo~
gantes e r:ão conlO Cretoque
pigIlll3ns. podsrnos coopeTar COH1 a OI"JU e C0111 do-Ihes l!ova
o Govêrr.:.o BTasiletro, O mundo jl.Ügaprecis8-r sàn1.€nLe de habilic1a::le téc:r;ica, cê, milhões ê~
111EtS de (rue êle nlais precisa. é de caráter e POc1C'T 8n1 .Je.sus C:t'isto. ~"tmbas formos fiéis 2.
as coisas são boas. Porém a mais necessária é poder di'vil:o. E lhes podemos
oferecer anl0os. l~odernos suprir proressúrcs aos analfabetas. Logopoc1eIll0s
ensinar os iletl'ados, podeIl10s oferecer o lüateriaI. PoÔenl0s cria:t· possibilida.-
des novas passando os cOl1hecinlcntos dos técnicos aos nO"\708 leitores. f:J pa-
denlos fazê-Ia da nlelhGr :r.nal'leira, com arno.t' cristáo e H.dotando as novp..s ex-
periênclas.
Ec1uc?...çào sÔzir:ha não pc:de ,SR-lV(i!' o rnundo, sÔTn.ente Cl-isto o pode 1;1.-

ze.r. Dediquerno-rros inteira. e liVl'en1811te a êsse trabalho, fazendo o que Jé-


.. Isto só 'Pode ser feito
SUS orcleTIo·!J lJuando ~::dalTlos de g-raca aQuilo ,-;1;D bis zum 10. -=

gra.ça receben:1os:;:,
sich ZUTI1 Thc2-~.o~
sE:il1~unteI' d:~~.=~
das surpresas, Ciência tenl feito O
moglich fÜl~ ~~é.. _
inlpossi.vel. Os ciel1.tistas T~OS dcra:rl1 COIsas aue possuirllOS. A..tnda
u:r:d hei.ssel1
und in der
2..\ranço da. ciência. pode nos dest:!'uil'todoe., '1\:Ias r::.Ó8. corn '\) llGBSO Deus,
a
aIs vêilligss
podernos tanlbénl opera!' rnilagres~ se for.rnos bastante fortes. Corn. 8· fé de \vas ta.tsachli:.::-~:...
S. Paulo podeDlos, não sUnlê:;,-_te. 8.lfabetizar rI1ilhaTe~., porérn n:lilhõe.s que po"""' vlir dabei gS\-
derâo avançar C0111
a nossa liderança crjstã. A.tl'a·"lés do nosso exemplo êIes lich einschll"ig.
aceitarão a Jesus Cristo lnais cêdo do que pensanlOS 2 COlll.UITla c-rença.. etel'na. Vias in I-iel?:i::-
schen. .1\.ussc-ll"-_:-~
tigO!l FOl'm:;.~.::.-
von der Rcch'.:._
F~lém disto .. todos os analfabetos s?...otarnbénl ertaturas de Deus. Cristo der
nl01Teu por êles, e os procura e os quel". Jes'us espe:::-aapenas que nós os ga- .Dokur!1en to
nhemos para Êle. Éste s2lnpre f(:i o Seu método. Qllando erarn cegos~ Jesus
ihes abriu os olhos. i~ua:r.do se l"eUniaTI1 as D1.ultidões: Jesus Ihespregava o
Evangelho. J:.Jàotemos de fazer o mesmo? Eis o lTlétodo àe Jesus: davél.-lhes
unla bênção material c ents ..o lhes salvava as a.lmas. .t-Teeisan10s pô:r e!n prá-
t.ica o Evangelho que pre.g'arnos. Êles se 'voltarão para. Cristo e pura nós, q1.Uin- Anil
do lhes abrirm,Qs os olhes. Êste é um. lnétodopara. lhes abrÍlTílos os olhos.
Falo em nome dos milhões de a.nalfabetosno B:r.:tsiL Êles precisa.m da,
sua ajuda, Precisam de conhecer o Senhor Jesus Cristo e aceitá-Ia como Sal-
vador". Você e eu somos de i:tnpol'tâneia p8xa a hUnl2.nidade. :r~âo sejamos rnes- Ende nIacL~.
quinhos e reta.rdê:~tál'ios. -4...
vancenlOS com o Programa da AJfabetização. sprachen h.?-
uns vor (e.::. _::::~--
lvlas .... o nosso povo responderá ao apêlo? Tenho falado dêsse plano
em muitos lugares e enl todos êles o pla.no tem sido recebido entusiàstica~
Zeit UTICi
mente. Sei como o povo está ansioso. ansioso por alguma coisa que se possa
fazer, em liame de Cristo, pela humanidade.
Faça a sua parte. Muita gente está ansiosa e pronta para seguir o
seu exenlplo.?recisa da sua liderança. UnI dos melhores sintomas da. hora
é que os cristãos sentem que não estão fazendo bastante. Diante da possível
tragédia prestes a desabar sôbre o mu.l1do, milhões estão ansiosos por Deus.
2:ar Zur Tagung des Lutherischen Weltbundes in Helsinki 253

Servos de Deus, tomados da. verdadeira paixão pelas almas, podem. tornar-se
os líderes, dirigindo multidões para o Caminho da paz.
~:. e a escrever, como gi- Demos~ pois, um passo para a frente e ajudemos os ana.lfa.betos, dan-
~rar com a ONU e cmn do-Ihes nova visão e o Único Salvador. Todos êles no Brasil esperam por vo-
-::e de ·habilidadc técr:ica, cê, rrlÍlhões de analfabetos. Certarller:te ganhare1110s o Brasii para Cristo~ se
~nl JESUS Cristo. Arnbas fOl"nlos fiéis à parte que nos .compete.
cUvir:.o. E lhes podemos Da «REVISTA BIBLIOGRÁFICA>.,
-~lfab8to8, Logo poc1eTt.los
'.:;demos criar possibilida=
'~:snovos leitol"es. E po-
adotando RS~ovas ex-
Zur Tagung des
--,lneIlte Cristo () nade fa"· DieVollversammlur.g des Lu.the:ríschen v"veltbundes, die vorl1 31. Jr ..U
>3.111.0, fazendo o que ..fe- bis zum 10. August 1963 in Helsinki, der Hauptstadt Fim:lar:ds, tagte, hatte
de graça. aquilo que de sich ZUln Therna «Christus heute» gcstellt. Eine ihl'er Hauptaufgaben sollte
sein, lJnter dief'.ern T'nernadie lutherische Lehre von der Rechtfertigur.g ~\:vo-
l"i. Ciência. tern feit.o (} nloglich fuI' die heutige Zeit :r..euzu faSS0Yl. Das·ist· i111'trotz ernster _4..rbelt
:='.n1ais poSStlÍlTIOS. Ainda ur:à heiss0n Ringens Ü:I~eI'ha.lb vonDi,skussionsgruppen; St.udieng€meinschaften
r:s espirjtualmer:te~ pois o und in der Vollvel'sarnmlung selbst nicht gelungen. Diese Tatsache k6nl1te
r_6s, conl o nosso Deus, a.Is voHigr.::s Ve::f3a.gell. der heutigen lutherische.n TheoJogie ar:gesehen \verden;
:te fortes, Com a fé de vv"as tatsachlich auch von rechts und lir:ks so ausgelegt \vurdc. - Vvir, die
porén1 milhões que po- \~lirdabeigevleser:1 sil-~d, fÜ111en, das's der \7;leg; deu die "Vollversamn~tlung schliess-
~s do nosso exelnplo éles 1ich einschlug, der eir:zig gargbare und l'lchtige vv'"ar;nanl1ich dass allos das~
:: COll1 un1a crença eterna. \-vas in I-Ieisit':l·-;j zu diesenl r:rl1en-:8..- êT8xoeite.t 1,verd.en l;;.onnte, riem'r-heologi-
schenAusschuss des Lutherische:n \\ :,:::ltbundes ZLU: Bea:rbeitu:ng llnd endgül~
tigE:n Forn1.uliel'urg Üb::n~geben v·,"urd2. Statt eÜ:es L}OkU111CnÜj zur Lehre
V011 de;:' Rechtfertigung \vl.u'ds dann Hr~4 der Tagung ein «{}rus8wort
~Tiaturas de Deus. Cristo der beschlosscn. VlÜ' l1u:n irú folgenden ais
ra apenas que nós os ga- Dokument.; H.R.
~uando .er~;:jlTI cegos, Jesus
,e.s, Jesus ihes pregava o
étodo de .Jesus: dava~lhes I
Precisal::los pôr ern prá-
3..Cristo e para nós, quan- .1-\.us aller ,,"'!rleltsind ,vir in Helsinki untcr deI' Losung {(Cl1ristus heute;;-
lhes ab:rir'mos os olhos. beisammen ge\vesen. "'V\Tieder haoen \vi:r erfa.h.ren, vvie Ch:ristus un.s über' alle
TI18nSchlichen Tre:nnungslil:ien .hinvveg aIs BrLklcl' UI:ct Schvv~estern luiteinan=
Brasil. 1\':]esprecisam da
der verbi:ràetl V\7ei1 er der Scheidung zVlischen ur:s lVlensehen und G-ott ein
isto e aceitá-Io como Sal-
Ellde lYlacht. In unseren ttiglichen Gottesdiensten, "\lersammlungsn und Ge-
ddade, Não sejamos mes··
sprachen hat sichuns aufs neue das Gehe:".rünts eles Erlosers aufgetan; der
a da ..~lffLbetizaçào.
uns vor c1en leber:.digen Gott stellt, unsere Schuld vorGott auf sich nimmt~
Tenho falado dêsse plano uns neu€sLeberr sche::',kt und d8.durch Ullser ganzes lnenschlíches Dasein fUr
ido recebido entusiàstica- Zeit und Ev:igkeit zurechtbringt*
19uma coisa que se possa 1.1

e pronta para seguir o v\Tir leben in einer Generatiol1, Cile von Heffnungen erfünt und zugleich
,elhores sintomas da hora von Ár:gsten gequaIt isto 1m Zeitalter der Atamkraft, der DÜsenfiugzeuge
:tante. Diante da possível ur:d der Weltraumfahrt scheint der endgültige Sieg über Armut und Hunger,
estão ansiosos por Deus. Kral1kheit und Krieg nahegerückt zu sein. Trotzdem leben die Menschen mehr
254 Zur Tagung des Lutherischen Weltbundes in Helsinki

denn je unteI' Misstrauen, Vorurteil und Rase und vor a11em unteI' der Angst die sc11,:;:-,,:ô ".
vor einem. atomaren, alles vernichte:-.den Krieg. vVo111am scha.rfsten ist der der für \:::õ ô ~~.:.
B...issz\vischen der alten und der jungen Generation; v\!as die JUEgen aIs Zeichen tes gutCl' 0--
der Zukunft begrÜssEn, wird von den Alten mit Misstrauen und Besorgnis
angeseher:, und was ihl~cn wesentlich und wertvoll war, ist in den Augen
der Jungen unwichtig geworden und veraltet.
111
He!'b'~rt \-
Der 1vIensch von heute fragt nicht ITlehr-: v,rie kl'iege ich einen gnaàigen Testaments.
Gott? Er fragt radikaler, elementarer, er fn:gt nach Gott schIechthin: \Vo eire. Karte =-

bist Du, Gott? Er leidet nicht mehr unteI' dem Zor:: Gottes, sor..dern ur:ter ma!~_n, Z\vicl·-?-
(altluth.) Ki"'-~
dem Eindruck von Gottes AbwE.ser:heit, er leidet nicht meh,' unteI' seir.er Auf G' ..- c
Sünde, sonclern unter der Sinnlosigkeit seines Daseir..s, erfragt r:ichtmehr Ruiren gema,,::..:
nacl1 dem gnadigen Gott, sondel'n ob Gott ,virkIích isto AteI' Gottes menschen- werden iu ,j'cõô _
suchende Liebe, die in Jesus Chl'istus des Menschen Verlassenheit, Furcht und Dokumen':",-
Erwanc::'2~:-:
SinnIosigkeit übenvunden hat, ist ununterbrochen wirksam. Theologische in voll":st~~-~:._-,
SchuImeinungen, liturgische und kirchliche Formen sind in bestimmten geschicht- dass Ch;·:.o-
lichen Situatíonen entstanden und haben am Aufstieg und Niedergang der haupte': ',~','
Geschichte teil; der lebendige Gott abeI' steht aIs Herr der Geschichte über sters \'0,"
vorclFisL
ih1'_en. Er ist a.uch heute am ViTerk,um die Menschen in die Gemeinschaft mit Verheiss'~;~.:-
8ich zu zíehen. Das Nein und das Ja, das er in dem Sterben und Auferstehen ist der te -c- c
Jesu Christi zu diesel' WeIt gesprochen hat, gilt noch heute. Jesus ist der ben: _,,_=,
«Gott mit uns», der Gott, der mit uns ist in dieser \VeIt. nicht"
doch cEL:'c __
IV sen:.e u-,:'-:'
zeigen
'Teil 022"
Darum glauben \VÍl' auch, dass Gott uns h e u t e zu Zeugen seiner Gemeinde
Liebe beruft, mitten in diesel' von erschreckenden Moglíchkeiten bedrohten
des Tic,,,:,, __ =
WeIt. Jesus Christus gestern, heute und in Ewigkeit derselbe -- das bedeutet, ~~-'Icer L~-:,}:",::,...
das wir nicht VerwaIter eines Museums kirchlichel' Altertümer sind, sondern die nnY;.-p-rçL::.i:~-hli
dass \vir die Gegenwart Gottes in .Jesus Christus mitten unteI' uns heute be- Ch:dstu.s
zeugen. Das bedeutet nicht, dass wir die Antwort der Vater auf die Frage
der Fl1r:.c1e __
nach dem gnadigen Gott preisgeben wo11en - niemand auf diesel' grossen
Versammlung Iutherischer Kirchen hat das gemeint, aber dass wir diese Ant-
wort in unserer Generation neu geben müssen, damit es dieselbe Antwort E::-.H:.:t

bIeibt. Dannn sind wir zu einer furchtlosen, ehrlíchen Begegnung mit dem Hore:r·;. E--:,.-2..~

m.an~. Z,.--:--:õ,
zeitger:i:issischen Der:ken aufgerufen. \Ver frei, frohlich und ohne Angst Gott Ev. L.•vth.
begegnen kanr:, der kann auch frei. fri:ihiich ur:d ohne Angst der Vlfelt be-
gegnen. \Vir müssen den neuen Strukturen der Gesellschaft aufgeschIossen kirche :--
gegenüberstehen und u.:t:sere organisatorischen FOl'lnen iln l~ichte diesel' :r:euen
lnert»,
Ent\vicklung kritiscl1 über.prüfen. y;7il' 111ÜSSen vor alIem der vielgesta-Itigen Problem,
Not des Menschen mit eirer neuen, vertieften Gesinmmg der Diakonie begegnen,
d. h. im Geist J esu Christí, der des Mel:schen BrudeI' und Diener geworden 1St.
der
v tut
Gesp:dichen S~
geEschen
So nehmen wir den Anruf der vVeIt, in ,der wiI' heute Ieben, ernsthaft auf.
Aus dem Gericht Gottes kann uns niehts retten. wedeI' die beste Leistung noch emotional",

~
in Helsinki Livros 255

allem unteI' der Angst die schônsten Ideologien und Programme. Ur.ser Heil liegt in Christus allein,
:~~am schaxfsten ist der der für uns sein Blut vergossen hat ur.d unserem Leben Sinn gibt, damit Got-
,"8 die Jur,gen aIs Zeichen tes guter gnadiger Wille geschehe wie im Himmel also auch auf Erden.
Iisstrauen und Besorgnis
\Var, ist in den Augen

LIVROS
Herbcl't Vossberg: Dte Funde am Toten Meer im Lichte des Neuen
",dege ich einen gnadigen Testaments. 3. AufL - 38 Seiter. mit 10 Abhildungen (davan 4 fa,'big) und
'11 Gott schlechthin; VIIo eir:e Karte, - Ev. Verlagsanstalt, Berlin, 1963 (Auslieferung Johannes Herr-
Te:-; Gottes, sor:de!'n ur:ter mar:n, ZwicJ.rau). DM 1.80. - Herausgegeben auf Veranlas8ung der Ev. luth.
(altluth,) Kirche.
:::Ücht n1ehr unter se.Ü:er Auf Grur:d der Altertumsfunde. die seit 1947 bei Qumran in Hohlen und
:1':5,er fl'agt nicht mehr Rui~en gcmacht wurdsn ur:d der darüber er\'!achsenen umfangTeichen Literatur
AteI' Gottes menschen- werden in diE'sem schon ausgestatteten Hdt vor allem d1e in den fraglicl1en
'/erlasser:heit, F'urcht und Dokumenten in Erscheirung tretendpn Lehrf'n, irsbesondere die messianischen
Erwartm:gen jer::er rr:ôr:cl1sartigen Sekte, die den Essenern zuzm'e"hnen ist,
wirksal1l. Theologische in volkstümlichel' vVeise dargeJegt und luitisch geprüft, Dabei wird dann klar,
; ln bestimmten geschicht- class Christus und das Neue Testamert nicht, wie hier U1'd da anfanGlich be-
ieg und Niedergang der hauptet wurde, von diesel' Sekte urd ihren Lehren abhangig' oder doch w~ri",-
ster:s verv13ndt sird. dass sich vieJmehr in diesen Dokumenten noch ein Stück
{err der Geschichte über
vorchristlicher Erwarturg widerspie"elt, die oftmals von den alttestamentlichen
, in die Gemeinschaft mit Verheissung weit abg'eschweift isto Charakteristisch fUI' die gam:e Untersuchurg
Sterben und Auferstehen ist der folp-E'nde Schlussabsatz des Hf'ftes, den wir voU und garz unterschrei-
Jch heute. Jesus ist eler ben: «Abschlipssend sagen wir: elie Qumranschrifter kornen un"erem Gl<tuhen
n i c h t s n e h m e n u n d n i c h t s VI e s e n t 1i c h e s g e b e n . Und
'Nelt. cloch dürfen ur:cl vvollen wir urs darüb',r Leuen, dass sie enteler:tÜ v,"",relen. Sie
zeigen m:d bpstatigen uns die Z e i t ver b u n d e n h 8i t Chl'isti eir:erseits,
i i
seire O r i g na 1 t fi t (Ursprünglichkeit) andererseits. 8i8 c1icncll an ihrelTI
'TeU· dazu, das,S wir die Um\velt Jesu1 seires VorHiufers .Joh8.,rrr:e ..3 u:nd s'?ÍreIt
u t e zu Zeugen seineI' Gemeinde in ihr-en ersten Jahrzehr:ten in Einzelheiten 1:och scharfer, reichhalti-
gcr und l('bendife-r srren a~s bJ.;hcr. Es f~nt r:Üthjn auch -- i~ tTP:1kehrung
:v1ôglichkeiten bedrohten des T'itels dieser Schrift - in ge\vissen Grerzen - var.:.dcn Fund2TI i:un r-roten
derselbe das bedeutet, }\/[cer Li_-::ht 2Ff d2.s :f"Teuc Te2tprr::ent, Sie IJ;:i5nnen uns dazll h~IfG:::. dass \vir
Altertümer sind, sondern die un~~:"e:rgleiehUehe und unvergii:n;"iU~he r-Ie~I'I]chke~tdes EvangeHums von Jesus
.tten unteI' uns heute be- Christus n o c h b e s s e r er~'::e~~rcr. a':'s bisnel'.»
Fllr ch:cn kurzen urd leichtverstand1ichen Überbliek über den Inhalt
der vater auf die Frage
der Funde anlToten 1'.,1881"
ernpfehlel1 \vir d~"eseStudie ga,nz l1erzlÍch.
mand aur diesel' grossen H. Rott~la.nn
aber dass wir diese Ant-
mit es dieselbe Antwort E:-n:3t J..:erre: iieI'~~liP11aallS der Pe:rNpektKv~~der 1-1:o1"e1' (I::tervieVl nÜtdenl
HoreT). Eva~g'elische "'v"'6T'lagsar:st2.lt, Bcrlin, 1863 (i\._us1iefel'1.J.l1g Johan.ne.s IleIT-
hen Begegnung mit dem
1;:;hund ohne Angst Gott ~~~.n~u~~v'i~'~~~~~il~ci;~.Seiten1 DI'vI.2. 80, I-Iel'ausgegeben a.uf "'vcl~8.~Llassungder
,111:eAngst der \Velt be- Dozent an dem The:Jlogischen SeIninar derEv. J uth. Frei~
2sellschaft aufgeschlossen der E18 ·Verfasser ·VETschiedene.r 8chriftcn, narnentlich auf
,n im Lichte diesel' neuen d.:=::nlGebiet der Her.r::le::::e-:ltLl{. hel"vor[;'etrcten Íst (<<Die Predigt im NC'uen Test.a-
nlerL~l ·rDas R,8..UT.J'-~701\st&ndr.is 1rn I'J"el:.fTI Tcstnrncnt» u. a.),hat sieh hior e:'nem
allem der vielgestaltigen Problem zuge\'landt, c:as dcrn Thcologel1, vor allerrl dern in. der
::g der Diakonie begegnen, Gel-:'J..ei:r:cl~:al'iJ2it dcnl::en ge;)c:: l1TL1SS, Die hif;r argczeigte
s~cshc:nc1cn Pa,stoI' Zl:i.
und DieneI' geworden isto Studie \vel~tet Gesprache nlit PTedigth3Jl'el'n aus, die nacl1 dem neuesten Stal1d
~eI' p.sych?lcgiDC!len --=:.orsChll1~.g ."vo~cbercitet und .dul"chgefÜl:r~ vvuI'de~. Da.bej
tut slch a.ann ell1€ ln:ilIe vcn l'roDlerD.cr: auf. F-+.be:res \vrra auch ln d_esen
G-espl"Gchen seJ.ost reiches IvIaterial geboten, elas i::.: den p.~r:vl€ndl1ngen der evan-
gelischen Prcdigten unserer Zeit ver\:vertet v\lerden kann ur:d sollte, Die ein...
heute leben, ernsthaft auf. zelnen Themen der Ur:.tersuchung sind: Die Gedachtr:isleistung der florer, ihre
'1' die beste Leistung noch emotionale Ansprechbal'keit und die tiefe Problematik der verschiedenen An-
256 índice

triebe zum Handeln und Befolgen der evangelischen oder auch gesetzlichen
'- Aufforde:,:'ungeH. in der. :pl~edigt.
vVenngleich die Studie 8ich naturgemãss mit Ei'kenntnissen beschaftigt,
die aus der Bdragung kr:erhalb des Milieus ur:d auf Gremd der VerhrUtEisse
in Deutschland,. bezV·l. Europa: ge\vachsen str:d: ist sie doch auch fÜr den
praktischen 'Iheologen l1iel'zulande interessant und hilfreich, indern sie zum
Nachdenken anregt.. H. Rottmaml

I~ D I ri D
1.""1!
1\. T '-- T:"'

o Inferno "., . 193

Der Apostolat PanE nach Apg. 15 und Gal. 1 und 2 225

Sermão Radiofônico ,' . 242

Weltlicher und christlicher SoÚa.lismus , , , .. 245

Alfabetização, Meio de Evangelizar , , . .248

Zur Tagung des Lutherischen vVeltbundes in Helsinki .. '" , 253


Livros 255

*
!
I
I
Vidraçaria Pôrto legrense II
l
EDUARDO PEIJKER I!

I
I!
Vitreaux de Arte I
iI
iI
i
Praça Dom Feliciano n~22 -. Fone: 6938 I
Pôrto Alegre !
I I

Potrebbero piacerti anche