Ageu

Análise
A profecia de Ageu, que pertence ao período pós-exílico,
Esboço
CHAMADA AO EXAME, 1 .1 -6
consiste de um pós-exílico apelo aos governantes e ao povo
Chamada Geral ao Povo, 1 .3 -6
para que reiniciem a reconstrução do templo, depois de dezes­
DEO ARAçAO UC |'HZO DIUNCj 1 7 1!
seis anos de interrupção e adiamento. O profeta desmascara Conclamação à Edificação, 1.7,8
violentamente o falso ponto de vista, mas prevalecente, de que Explicação das Dificuldades Econômicas,
a obra de Deus é secundária e deve esperar até que sejam so­ 1.9-11
lucionados os problemas econômicos. Ele mostra antes que es­ r em ; a o d o p o v o , i i . * - is
tes problemas são um julgamento contra a negligência sobre a Movimento de Obediência, 1.12
obra de Deus, encoraja-os em face de tremendas comparações, O Trabalho Tem Início, 1.14,15
MFN íACitW DE FNCOKA|4MrN IO.
e promete a melhoria das circunstâncias materiais, agora que
a vontade e a obra de Deus estavam sendo efetuadas. Ageu
Chamada de Abertura aos Governantes,
conclui sua mensagem confirmando a escolha divina do gov­
ernador Zorobabel, e indicando a sua significação messiânica. Detração Humana, 2.1 - 3
A Presença Divina, 2.4,5
A Glória da Nova Casa, 2 .6 -9
Autor PROMESSA D t BENÇÃO. 2 10 19
A profecia foi cuidadosamente datada (520 a.C.) e sem dú­ Uma Comparação Ritual, 2 .10-14
vida foi obra de Ageu, conforme o livro é conhecido, e que é Solução para os Problemas Econômicos,
mencionado em associação com Zacarias em Esdras 5.1 e 6.14. 2 .15-19
A CONFIRMAÇÃO DE ZOROBABEL,
Além da participação que teve na reediftcação do templo, nada
7 20- 23
sabemos sobre sua vida ou caráter. Seu estilo direto e franco Abalando as Nações, 2.20-22
é admiravelmente apropriado para sua missão prática de re­ O Líder Prometido, 2.23
preensão e encorajamento.

Ageu exorta o povo a reedificar o templo i.i 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em
°Ed 4.24-5.2;
N o segundo ano do rei Dario, no sexto casas apaineladas, enquanto esta casa perma­

I
6.14
mês, no primeiro dia do mês, veio a pala­ nece em ruínas?c
vra do S e n h o r , por intermédio do profeta 5 Ora, pois, assim diz o Senhor dos
t.3 t»Ed 5.1
Ageu0, a Zorobabel, filho de Salatiel, gover­ Exércitos: Considerai o vosso passado .d
nador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, 6 Tendes semeado muito e recolhido
o sumo sacerdote, dizendo: 1.4 c2Sm 7.2 pouco; comeis, mas não chega para fartar-
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos: vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; ves­
Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o 1.5 4Lm 3.40 tis-vos, mas ninguém se aquece; e o que
tempo em que a Casa do Senhor deve ser recebe salário, recebe-o para pô-lo num sa-
edificada. quitel furado.e
1.6 eDt 28.38;
3 Veio, pois, a palavra do Senhor , por
Mq 6.14-15; 7 Assim diz o Senhor dos Exércitos:
intermédio do profeta Ageu, dizendo :b 2c 8.10 Considerai o vosso passado.

1.1 -1 1 A primeira mensagem de Ageu a Israel.
1.1 Dano. O rei aqui referido é Dario Histaspes, e o ano é o
de 520 a.C. Ageu. Nada de definido é conhecido de sua histó­
ria pessoal. Ele é mencionado em Esdras 5.1 e 6.14. Ele é o
primeiro dos profetas a ministrar depois do Exílio. Veio a pala­
vra do Senhor. Esta expressão, usada várias vezes no livro,
indica que jeová era a fonte direta destes anúncios e Ageu
somente o instrumento.
1.2 Esta era a desculpa do povo para não edificar o templo.
1.3-11 A censura de jeová.
1.4 A pergunta direta do Senhor anula suas desculpas esfar­
rapadas. Eles possuíam lindas e luxuosas casas, mas não cons­
truíram a casa do Senhor. Há algum paralelo hoje?
1.5 Considerai o vosso passado. Um constante desafio de
Ageu. • N. Hom. Coisas a considerar: 1) Seus caminhos er­
rados, 1.5,7; 2) Seu julgamento inevitável, Dt 32.29; 3) Seu
Salvador crucificado, Hb 12.3; 4) Seu serviço fiel, 1 Sm 12.24.
1.6 Em virtude da falta dos judeus ao deixar de reconstruir o
seu templo, Deus reteve Suas bênçãos. Todos estes fracassos,
ademais, são castigos de Deus pela falta de obediência do
povo. Se O colocarmos em primeiro lugar, poderemos estar
certos de que Ele irá suprir todas as nossas necessidades
(cf Mt 6.33).
1.7-11 Outra vez os judeus são exortados a considerar seus
caminhos e a construir a casa de Deus. Ele declara que se
agradará dela e será glorificado. Por causa da negligência de­
les para com o Senhor e Sua casa, o Senhor não derramaria
AGEU 1.8
8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai
a casa; dela me agradarei e serei glorificado,
diz o Senhor .
9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser
pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para
casa, eu com um assopro o dissipei. Por
quê? — diz o Senhor dos Exércitos; por
causa da minha casa, que permanece em ruí­
nas, ao passo que cada um de vós corre por
causa de sua própria ca sa/
10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu
orvalho, e a terra, os seus frutos. 9
11 Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os
montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o
azeite e sobre o que a terra produz, como
também sobre os homens, sobre os animais e
sobre todo trabalho das m ã o s/
O povo atende ao S enhor
12 Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e
Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote,
e todo o resto do povo atenderam à voz do
2 .3 'Ed 3.12
Senhor , seu Deus, e às palavras do profeta
Ageu, as quais o Senhor , seu Deus, o tinha
mandado dizer; e o povo temeu diante do
Senhor .'
13 Então, Ageu, o enviado do Senhor ,
falou ao povo, segundo a mensagem do
Senhor , dizendo; Eu sou convosco, diz o 2.5 9ÊX 33.14
Senhor ./
14 O Senhor despertou o espírito de Zo­
robabel, filho de Salatiel, governador de Judá, 2.6 OHb 12.26
e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o
sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo
o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho 2.7 pGn 49.10
1304
1.9 'Ag 2.16-17 na Casa do S enhor dos Exércitos, seu
Deus,*
15 ao vigésimo quarto dia do sexto mês.
1.10 9Lv 26.19;
1Rs 8.35 A glória do segundo templo
No segundo ano do rei Dario, no sétimo
1.11 61Rs 17.1;
2 mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio
a palavra do Senhor por intermédio do pro­
2Rs 8.1
feta Ageu, dizendo:
2 Fala, agora, a Zorobabel, filho de Sala­
tiel, governador de Judá, e a Josué, filho de
1.12 <Ed 5.2
Jozadaque, o sumo sacerdote, e ao resto do
povo, dizendo:
3 Quem dentre vós', que tenha sobrevi­
1.13 jMt 28.20 vido, contemplou esta casa na sua primeira
glória? E c o m o a vedes agora? Não é ela
como nada aos vossos olhos?
1.14 4 Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o
‘ 2 0 36.22;
Ag 2.21
Senhor , e sê forte, Josué, filho de Jozadaque,
o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra,
sê forte, diz o Senhor , e trabalhai, porque eu
sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos;"1
5 segundo a palavra da aliança que fiz
convosco, quando saístes do Egito, o meu Es­
pírito habita" no meio de vós; não temais.
2.4 Zc 8.9
6 Pois assim diz o Senhor dos Exércitos:
Ainda uma vez°, dentro em pouco, farei aba­
lar o céu, a terra, o mar e a terra seca;
7 farei abalar todas as nações, e as coisas
preciosas de todas as nações virão, e encherei
de glória esta casa, diz o Senhor dos Exér­
citos. p
8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o
Senhor dos Exércitos.
9 A glória desta última casa será maior do

Suas bênçãos. Ele estava desejoso de perdoar e abençoar. Ele
reteve as bênçãos materiais por se terem esquecido dele.
1.12.13 A reação à mensagem de Deus. Os israelitas humi-
lharam-se e tomaram-se obedientes ao Senhor.
1.13 A segurança da presença do Senhor. Ele nunca nos
pede para fazermos o seu trabalho sozinhos ou só pelas nos­
sas forças (Cf Êx 3.12; 23.14; |z 6.16; Jr 1.8; Mt 28.20). A se­
gunda mensagem: inspiração para a obra (13 -1 5 ).
1.14,15 Supõe-se que as três semanas intermediárias foram
gastas em ajuntar a madeira na região alta como foi ordenado
no v 8 e que então foi iniciado o trabalho na casa do Senhor.
2 .1 -9 A terceira mensagem. Pouco mais de um mês mais
tarde, uma boa parte do trabalho tinha sido feita no templo
onde o profeta entregava sua terceira mensagem.
2.3 De acordo com Esdras 3.12, muitos cabeças de famílias já
idosos, que haviam visto o templo de Salomão antes de sua
destruição pelos babilônios, derramaram lágrimas quando o
alicerce tão pequeno foi lançado para o novo templo.
2.4,5 Eles estavam desanimados, mas o Senhor os desafiou:
"sê forte", "trabalhai", "não temais". Deus busca a fidelidade;
não requer tanto o nosso sucesso (1 Co 4.2; 15.58).
2 .6 -9 Este trecho trata de uma grande profecia acerca do
futuro.
2.7 Ainda que haja divergência de opinião sobre este versí­
culo, o verbo virão, no plural (apoiado nos melhores textos
originais), indica que coisas preciosas referem-se ao tesouro
que os gentios virão trazer à casa do Senhor. Dificilmente
referir-se-ia à vinda do Messias (cf a frase "o Desejado de
todas as nações", na EREC). O cumprimento desta profecia
se deu literalmente na reconstrução de Herodes, o Grande,
quando tomou este edifício insignificante numa das maravi­
lhas do mundo da antigüidade (cf |o 2.19,20).
2.8 M inha.. . ouro. Todas as riquezas do mundo estão sob
o controle do Senhor. Um dia prestaremos contas da nossa
mordomia sobre todas as coisas emprestadas para nós pelo
Criador.
2.9 Neste lugar, darei a paz. O significado final e completo
desta promessa só se realizou por meio de jesus Cristo que
 1305
que a da primeira, diz o S e n h o r dos Exérci­ 2.9 <?SI 85.8-9;
Jo 1.14
tos; e, neste lugar, darei a paz, diz o S e n h o r
dos Exércitos. <t
Repreendida a infidelidade do povo
10 Ao vigésimo quarto dia do mês nono,
no segundo ano de Dario, veio a palavra do
S e n h o r por intermédio do profeta Ageu,
dizendo:
11 Assim diz o Senhor dos Exércitos:
Pergunta, agora, aos sacerdotes a respeito
da lei:r
12 Se alguém leva carne santa na orla de
sua veste, e ela vier a tocar no pão, ou no
cozinhado, ou no vinho, ou no azeite, ou em
qualquer outro mantimento, ficará isto santifi­
cado? Responderam os sacerdotes: Não.
13 Então, perguntou Ageu: Se alguém que
se tinha tomado impuro pelo contato com um
corpo mortos tocar nalguma destas coisas,
ficará ela imunda? Responderam os sacerdo­
tes: Ficará imunda.
14 Então, prosseguiu Ageu: Assim é este
povo, e assim esta nação perante mim, diz o
Senhor ; assim é toda a obra das suas mãos,
e o que ali oferecem: tudo é imundo.'
15 Agora, pois, considerai tudo o que está
acontecendo desde aquele dia. Antes de por­
des pedra sobre pedra no templo do
Senhor ,“
16 antes daquele tempo, alguém vinha a 2.23 8Ct 8.6;
um monte de vinte medidas, e havia somente Ir 22.24
AGEU 2.23
dez; vinha ao lagar para tirar cinqüenta, e
havia somente vinte.1'
17 Eu vos feri com queimaduras, e com
2.11 ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das
rLv 10.10-11;
Ml 2.7 vossas mãos; e não houve, entre vós, quem
voltasse para mim, diz o Senhor . w
2.13
18 Considerai, eu vos rogo, desde este dia
sNm 19.11-22 em diante, desde o vigésimo quarto dia do
mês nono, desde o dia em que se fundou o
2.14 m 1.15 templo do S enhor , considerai nestas
coisas.*
19 Já não há semente no celeiro. Além
2.15 uAg 1.5
disso, a videira, a figueira, a romeira e a oli­
veira não têm dado os seus frutos; mas, desde
2.16'Ag 1.6;
Zc8.10 este dia, vos abençoarei.)'
A promessa do S enhor a Zorobabel
2.17 wDt 28.22;
1Rs 8.37; 20 Veio a palavra do Senhor segunda
Am 4.6,8-11 vez a Ageu, ao vigésimo quarto dia do mês,
dizendo:
2.18 *Zc 8.9 21 Fala a Zorobabel, governador de Judá:
Farei abalar o céu e a terra;*
2.19 Y l t 8.12 22 derribarei o trono dos reinos e destrui­
rei a força dos reinos das nações; destruirei o
carro e os que andam nele; os cavalos e os
2.21 *Ag 1.6-7;
Hb 12.26 seus cavaleiros cairão, um pela espada do
outro.0
2.22 °Dn 2.44;
23 Naquele dia, diz o Senhor dos Exérci­
Zc4.6 tos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Sala-
tiel, servo meu, diz o S enhor , e te farei como
um anel de selar, porque te escolhi, diz o
Senhor dos Exércitos.b

visitou muitas vezes este templo (reconstituído) 500 anos
mais tarde. Este é o tema da grande passagem de Paulo sobre
a paz com Deus, oriunda da morte de Cristo na cruz
(Ef 2.12-22).
2 .1 0 -1 9 A quarta mensagem (10-1 3 ). A pergunta de Ageu
acerca da contaminação e santificação, e a resposta. O pe­
cado e a imundície são contagiosos, mas a santidade purifica.
2.14 A aplicação. Todos os seus trabalhos e oferendas eram
impuros porque eles se achavam nessa condição de impu­
reza. Por isso a adversidade persiste. Com a retificação desta
falta, Deus começaria "desde este dia" a abençoar o Seu
povo (19).
2 .1 5 -1 9 O Senhor desafia-os para prová-los; se eles abando­
narem o mal, Ele será fiel e abençoará o Seu povo.
2 .20 -2 3 A quinta mensagem. A mensagem do Senhor a Zo-
robabel fala sobre a vinda do julgamento e faz a ele promessa
de uma honra especial.
2.21 Zorobabel é o representante da linhagem de Davi e,
portanto, ancestral legítimo de Cristo, na carne (cf Ag 1.1;
Ed 5.1 -5 ; Z c 4 .6-1 0 ; Mt 1.12-13).
2.22 A certeza do julgamento divino (Dn 2.34-35,44,45;
Ap 19.11-21).
2.23 O Senhor colocará Zorobabel num lugar de honra, atra­
vés do Messias, porque o Senhor o havia escolhido para reno­
var o Seu pacto com a linhagem de Davi (2 Sm 7.12).