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Perfil de uma igreja


em mudança
Gênesis e a coluna
geológica
Esperando pelo sexo
HIV/AIDS:
O que você deve saber
Os adventistas e a
Volume 15
Número
dignidade humana
Minha jornada de fé
1


• •



• Conteúdo
Representantes Regionais Artigos
DIVISÃO ÁFRICA OCIDENTAL
@ 22 Boite Postale 1764,
Abidjan 22, Cote d’Ivoire 5 Perfil de uma igreja em mudança
u Japheth L. Agboka
japhethlagboka@compuserve.com Planejamento com oração, fidelidade a Deus e liderança altruísta,
DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO NORTE
@ Koyang IIsan, P.O. Box 43, contribuem para o avanço da causa de nossa progressiva e mutável
783 Janghang-Dong, Ilsan-Gu, Koyang City,
Kyonggi-do 411-600, República da Coréia Igreja mundial.
u Dong Hee Shin
nsdyouth@kornet.net — Lowell C. Cooper
DIVISÃO ÁSIA-PACÍFICO SUL
@ P.O. Box 040, Silang, 9 Gênesis e a coluna geológica
Cavite, 4118 Filipinas
u Oliver Koh O que a coluna geológica diz sobre a verdade da Criação?
okoh@ssd.org
DIVISÃO CENTRO-L’ESTE AFRICANA — Ariel A. Roth
@ P.O. Box 14756, Nairobi, Kenya
u Hudson E. Kibuuka 13 Esperando pelo sexo
100076.3560@compuserve.com
DIVISÃO DO SUL DO PACÍFICO O sexo antes do matrimônio pode parecer divertido, mas seu real
@ Locked Bag 2014, Wahroonga,
N.S.W. 2076, Austrália desfrute está em aguardar até o casamento. Eis alguns princípios
u Gilbert Cangy
Gilbert_Cangy@SDASPD.adventist.org.au preciosos.
u Nemani Tausere
Ckingston@adventist.org.au — Nancy L. Van Pelt
DIVISÃO EURO-AFRICANA
@ P.O. Box 219, 3000 Bern 32, Suíça 16 HIV/AIDS: O que você deve saber
u Roberto Badenas
74617.1776@compuserve.com Velhos valores éticos são ainda o melhor caminho a seguir.
DIVISÃO EURO-ASIÁTICA
@ Krasnoyarskaya Street 3, Golianovo, — Allan Handysides
107589 Moscow, Federação Russa
u Heriberto Muller
hcmuller@esd-rda.ru
DIVISÃO INTERAMERICANA Editorial 29 Continuity and Change
@ P.O. Box 140760, 3 Entre o concebível e o inconcebível in Adventist Teaching (Pöhler)
Miami, FL 33114-0760, EUA — John Fowler — Aecio E. Cairus
u Carlos Archbold
30 Seeker After Light (Edwards
74617.3457@compuserve.com Ponto de vista
u Bernardo Rodríguez and Land)
Bernardo@interamerica.org 19 Os adventistas — Joan Francis
e a dignidade humana
DIVISÃO NORTE-AMERICANA
— John Graz 31 They Had a World to Win (Chilson)
@ 12501 Old Columbia Pike, — Alberto R. Timm
Silver Spring, MD 20904-6600, EUA
u Gerald Kowalski Perfis
Primeira pessoa
74617.3555@compuserve.com 22 Mary Grace Gellekanao
u Richard Stenbakken — Kimberly Luste Maran 32 Da evolução à criação:
74532.1614@compuserve.com minha jornada de fé
24 Ben Carson — Walter Veith
DIVISÃO SUL-AFRICANA E OCEANO ÍNDICO — Jonathan Gallager
@ H.G. 100, Highlands, Harare, Zimbábue
u Tommy Nkungula Logos Em ação
tnkungula@esanet.zw 34 Partilhando Cristo no campus
DIVISÃO SUL-AMERICANA
26 Eis o que Jesus fez por mim! — Ernesto Douglas Venn
@ Caixa Postal 02-2600, — Wolfgang Stammler
70279-970 Brasilia, DF, Brasil
35 Universidade Kenyatta
u Roberto de Azevedo e José M. B. Silva Livros — Dan M’Masi
Violeta@dsa.org.br 28 Nueva Era (Detrés)
— Merling Alomía
Encarte Intercâmbio
DIVISÃO SUL-ASIÁTICA
@ P.O. Box 2, HCF Hosur, 28 La posmodernidad (Pereyra
Tamil Nadu 635110, Índia
u Justus Devadas and Espinosa)
sudedn@vsnl.com — Miguel Ángel Núñez
DIVISÃO TRANS-EUROPÉIA
@ 119 St. Peter’s Street, St. Albans,
Herts., AL1 3EY Inglaterra
u Paul Tompkins
74617.1257@compuserve.com
u Orville Woolford
71307.1432@compuserve.com

2 Diálogo 15:1 2003


Editorial
Entre o concebível Esta revista internacional de fé, pensamento
e ação, é publicada três vezes por ano em
quatro edições paralelas (espanhol, francês,

e o inconcebível inglês e português) sob o patrocínio da


Comissão de Apoio a Universitários e
Profissionais Adventistas (CAUPA),
organismo da Associação Geral dos
Adventistas do Sétimo Dia:

F
rancis Schaeffer, provavelmente um dos maiores pensadores evangélicos de 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring,
nosso tempo, apresentou duas palavras que definem o dilema humano na to- MD 20904-6600; EUA.
mada de decisões: concebível e inconcebível.
VOLUME 15, NÚMERO 1.
A tese de Schaeffer afirma que esse dilema se repete freqüentemente na história, Copyright © 2003 pela CAUPA.
e que cada geração se confronta com a questão de distinguir entre variáveis e inva- Todos os direitos reservados.
riáveis, o temporário e o eterno, o subjetivo e o objetivo, o relativo e o normativo.
DIÁLOGO afirma as crenças fundamentais
Schaeffer assim descreve o fenômeno: “Há um ‘concebível’ e um ‘inconcebível’ da Igreja Adventista do Sétimo Dia e apóia
em cada era. Uma era está bem certa intelectual e emocionalmente sobre o que é sua missão. Os pontos de vista publicados
aceitável. Contudo, outra decide que essas ‘certezas’ são inaceitáveis e estabelece na revista, entretanto, representam o
pensamento independente dos autores.
um novo conjunto de valores. Na base humanística, as pessoas avançam de uma
geração a outra, e com o passar dos anos o moralmente inaceitável se torna aceitá- Equipe Editorial
vel”.* Editor-chefe: Humberto M. Rasi
Editor: John M. Fowler
A que áreas da vida se aplicam as categorias do “concebível” e do “inconcebí- Editores-Associados: Alfredo García-Marenko,
vel”? Assemelham-se, porventura, à tese-antítese-síntese de Hegel, dando origem a Richard Stenbakken
uma nova proposição ad infinitum? Haveria áreas na vida em que o concebível e o Gerente Editorial: Julieta Rasi
Consultores: James Cress, George Reid
inconcebível sempre se manteriam assim, sem se mesclarem? Haveria áreas em Editor de Texto: Beverly Rumble
que o concebível poderia tornar-se inconcebível e vice-versa? Secretária Editorial: Esther Rodriguez
Os cristãos, particularmente, não devem achar difícil defrontar tais questões, Edições Internacionais: Julieta Rasi
Revisores de manuscritos:
uma vez que percebam que a cosmovisão bíblica permite cenários mutáveis e imu- Corinne Hauchecorne (Francês)
táveis na vida. Quando diante de questões morais definidas pelos Dez Mandamen- César Luís Pagani (Português)
tos, por exemplo, não pode haver variação. O sábado sempre será o sábado, um Julieta Rasi (Espanhol)
assassinato sempre será uma interferência naquilo que Deus ordenou que existisse, Correspondência Editorial
o adultério será sempre uma violação de uma fronteira divina demarcada entre o Diálogo
aceitável e o inaceitável entre os dois sexos. Transgressões ou desvios dessas nor- 12501 Old Columbia Pike
Silver Spring, MD 20904-6600; EUA.
mas divinas de comportamento humano jamais podem tornar-se aceitáveis. Sobre Telefone: (301) 680-5060
sua imutabilidade firma-se a qualidade permanente da ordem criada. Em questões Fax: (301) 622-9627
morais e espirituais não pode haver movimentação de um lado para outro. A esta- E-mail: 74617.464@compuserve.com ou
rasij@gc.adventist.org
bilidade requer uma norma absoluta.
Por outro lado, há áreas na vida em que o outrora concebível não o é mais hoje, Comissão (CAUPA)
e o que seria inconcebível não mais se apresenta de tal maneira — pelo menos para Presidente: Léo Ranzolin
Vice-Presidentes: C. Garland Dulan, Baraka
a maioria dos seres humanos. Áreas que migraram do aceitável para o inaceitável G. Muganda, Richard Stenbakken
incluem escravidão, colonialismo, opressão de mulheres, exploração de mão-de- Secretário: Humberto M. Rasi
Membros: John M. Fowler, Jonathan
obra infantil, etc. A mudança do inaceitável para o aceitável abrange toda uma Gallagher, Alfredo García-Marenko,
gama de temas sociais, tais como o conceito de igualdade e oportunidade para Clifford Goldstein, Bettina Krause,
pessoas de todas as etnias e o direito das mulheres de tentarem realizar o que tive- Kathleen Kuntaraf, Vernon B. Parmenter,
Gerhard Pfandl, Virginia L. Smith, Gary
rem em mente. Nessa mobilidade social, rejeitar o inaceitável e buscar o aceitável, B. Swanson
firma o progresso da humanidade.
Desse modo, conquanto as questões morais sejam regidas por princípios imutá- CORRESPONDÊNCIA SOBRE CIRCULAÇÃO:
Deve ser dirigida ao Representante Regional
veis, com o passar do tempo o comportamento social e cultural tende a mudar. da CAUPA na região em que reside o leitor.
Mas o que deve dar margem a preocupações para o cristão é o modo vagaroso e Os nomes e endereços destes
sutil com que o outrora inconcebível se torna concebível, com freqüente justifica- representantes encontram-se na p. 2.
ção do processo mediante apelos perspicazes — crescimento econômico, “idéias ASSINATURAS: US$13.00 por ano
bíblicas”, justiça social, etc.— que podem parecer corretos em tese, mas equivoca- (três números, via aérea).
dos em sua aplicação. Assim, acabamos fazendo a coisa errada e justificando tal Ver cupom na p. 8 para detalhes.
procedimento sob pretexto de princípios elevados. Portanto, testemunhamos a ex-
ploração econômica e a ganância mascaradas pela escusa do crescimento e desen- Diálogo tem recebido corres-
volvimento; o homossexualismo justificado por apelos de opiniões bíblicas acerca pondência de leitores em 117
países ao redor do mundo.
Continua na página 4.

Diálogo 15:1 2003 3


Editorial
Continuação da página 3. Diretrizes para os Logos — Uma nova abordagem de passa-
gens ou temas bíblicos, que ofereça perspec-
colaboradores tivas e animação para uma vida de fé nos
de amor sem discriminação e de afeto dias atuais.
ao rejeitado, e a moderna servidão pro- A revista Diálogo Universtário é publicada Vida universitária — Idéias práticas para
movida como meio de implementar a três vezes por ano em quatro edições (inglês, o estudante universitário, capelão ou profes-
justiça social. espanhol, francês e português), e dirigida a sor, que busquem integrar fé, educação, so-
Para os cristãos, a definição do con- adventistas do sétimo dia envolvidos com ciabilização e evangelismo na vida acadêmi-
cebível e do inconcebível não deve re- educação secundária e superior, como pro- ca.
presentar um grande problema. A linha fessores, estudantes, profissionais e capelães Reportagens de atividades — Novas so-
de distinção traçada pela inspiração das de campi de todo o mundo. bre atividades regionais desenvolvidas por
páginas bíblicas diz onde devemos nos Os editores estão interessados em artigos, estudantes, capelães e professores adventis-
situar. Enquanto ali permanecermos es- entrevistas e reportagens bem redigidos e tas.
taremos em posição elevada. consistentes com os objetivos de nossa publi- Livros — Análises de livros interessantes
—John M. Fowler cação: 1) sustentar uma fé viva e inteligente; escritos por ou sobre adventistas do sétimo
2) aprofundar o compromisso com Cristo, dia, publicados em inglês, francês, português
com a Bíblia e com a missão adventista glo- e espanhol. Aceitam-se sugestões.
* C. Everett Koop e Francis Schaeffer. bal; 3)elaborar uma abordagem bíblica de Pontos de vista — Abordagem pessoal
Whatever Happened to the Human Race?, assuntos contemporâneos, e 4) apresentar de assunto controverso ou delicado que seja
rev. ed. (Wheaton, IL: Crossway Books, idéias e modelos de serviço cristão e evange- digno de apreciação cristã.
1983), p. 2. lismo. Fórum aberto — Consultas feitas por lei-
A Diálogo usualmente pauta artigos, en- tores sobre temas de interesse geral, acom-
trevistas e reportagens para autores específi- panhados de respostas dadas por especialis-
cos visando à sua publicação. Sua editoria tas.
solicita aos articulistas que: a) examinem pre- Para sua informação — Reportagens so-
viamente os assuntos de nossa revista; b) bre eventos, atividades ou declarações inte-
considerem cuidadosamente essas diretrizes, ressantes para profissionais e estudantes ad-
e c) apresentem um resumo e sua experiên- ventistas.
cia pessoal antes de desenvolver o artigo pro- Primeira Pessoa — Histórias sobre expe-
posto. Trabalhos não solicitados serão arqui- riências de indivíduos escritas por estudan-
vados. tes ou profissionais adventistas, que sejam
Artigos — Artigos bem pesquisados e es- inspiradoras e estimulantes a seus colegas.
timulantes que focalizem, a partir de uma
perspectiva bíblica, temas contemporâneos Escreva para: Editores da Diálogo: 12501
referentes a artes, ciências humanas,religião Old Columbia Pike; Silver Spring, Maryland
ou ciências em geral. 20904; U.S.A.
Perfis — Entrevistas com homens e mu- Telefone 301-680-5060.
lheres adventistas bem-sucedidos em suas Fax: 301-622-9627.
profissões ou carreiras, e que sejam também E-mail: 74617.464@compuserve.com
cristãos ativos. Sugestões são bem-vindas. ou rasij@gc.adventist.org

Escrevam-nos!
Apreciamos seus comentários, reações e
Pontius’ Puddle © Joel Kauffman
perguntas, mas limitem suas cartas a 200 “Bem-aventurados Droga! Como pode
palavras. Escrevam para Dialogue Letters: “Amai vossos os misericor- a Bíblia ser um
12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, inimigos…” diosos… Vencei o manual tão ruim
MD 20904-6600, EUA. Podem também mal com o bem…” para a vingança?
usar o fax: (301) 622-9627 ou o e-mail:
Flip
102555.2215@compuserve.com. As cartas
Flip
selecionadas para publicação poderão ser
Flip
resumidas por necessidade de clareza ou
espaço.

4 Diálogo 15:1 2003


Perfil de uma igreja
em mudança
Lowell C. Cooper Você não pode atravessar duas vezes o O número de membros da Igreja Ad-
mesmo rio, pois outras águas estão conti- ventista do Sétimo Dia está aumentan-
nuamente fluindo. do à razão de 2.600 novos membros di-
—Heráclito (540 a 480 a.C). ariamente. A acelerada taxa de cresci-
mento dos anos recentes demonstrou

C ostuma-se dizer que mudança é


a única coisa constante. Ela tem
lugar em todas as organizações.
Algumas mudanças acontecem rapida-
mente e logo se tornam visíveis, enquan-
que 25% do número total de membros
da Igreja, em âmbito mundial, ingressa-
ram há menos de cinco anos. Em algu-
mas regiões do mundo que têm experi-
mentado as maiores taxas de cresci-
Planejamento com oração, to outras ocorrem com lentidão ao longo mento, mais de 40% dos membros in-
do tempo e freqüentemente não são no- gressaram há menos de cinco anos. Isso
tadas. Os membros de uma organização significa que uma parte significativa do
fidelidade a Deus e liderança podem dar origem a mudanças, mas tam- número total de membros ainda está
bém são atingidos por alterações sobre as em fase de orientação com relação à
quais possuem pouco ou nenhum con- história, aos valores, ao estilo de vida e
altruísta, contribuem para o trole. Esse é o caso da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Este artigo trata de algumas Figura 1
mudanças que ocorreram nos últimos 50 Distribuição dos membros em 1960
avanço da causa de nossa a 70 anos, e aponta três modificações es- Total de 1.245.125 membros
pecíficas que os membros da igreja pode-
Pacífico Sul 4%
rão sofrer nos anos vindouros.
América do
progressiva e mutável Igreja Crescimento do número de mem- Norte 27% África 20%
bros e demografia
As figuras 1 e 2 permitem a compara-
mundial. ção do número total de membros da
Igreja Adventista do Sétimo Dia e sua Ásia 13%
distribuição geográfica, nos anos de Europa 16%
1960 a 2001. Durante esse período, o
número de membros aumentou em Américas do Sul e Central 20%
1.000%. Uma transformação igualmen-
te grande foi observada na distribuição Figura 2
geográfica dos membros. Em 1960, 43% Distribuição dos membros em 2001
Total de 12.312.920 membros.
dos membros localizavam-se na Améri-
ca do Norte e Europa. No final de 2001, América do Norte 8% Pacífico Sul 3%
essa proporção foi reduzida a 11%, o que Europa 3%
não significa diminuição do número de África 34%
membros na América do Norte e Europa. Américas
Com efeito, as taxas de crescimento nes- do Sul e
ses continentes foram menores do que as Central
observadas em outras partes do mundo. 33%
Hoje, mais de um terço do total de
membros da Igreja localiza-se no conti-
nente africano, e outro terço na Améri-
Ásia 19%
ca do Sul.
Diálogo 15:1 2003 5
Figura 3 tanto, em termos do dízimo mundial tempo, a mudança na maneira de os
Percentagem da população com total, a Divisão Norte-Americana, ape- membros darem no decorrer dos últi-
menos de 15 anos em 2010 sar da sua reduzida proporção de mem- mos decênios apresenta enormes desa-
bros em comparação com o ano de fios para a manutenção do trabalho tra-
E.U.A. 22 1960, ainda provê bem mais da metade dicional da Igreja. É relativamente mais
do total dos dízimos. Os dois gráficos fácil encontrar doadores para projetos
Etiópia 60
indicam a concentração da base de re- de evangelismo com grande visibilida-
Mali 62
cursos. Oito por cento dos membros, de e bem-sucedidos, do que obter apoio
Congo 63 provendo 60% do dízimo total (2001), sistemático para o preparo de pastores e
Iêmen 65 corresponde a uma concentração maior lideranças locais nas igrejas, necessários
Uganda 66 do que 27% de membros provendo para servir os membros recém-batiza-
76% dos dízimos (1980). dos. A infra-estrutura exigível para ali-
0 20 40 60 80 100
A figura 6 revela que tem havido mentar a vida espiritual dos novos
uma grande mudança na maneira me- crentes, como por exemplo: edifícios da
diante a qual os membros mantêm a igreja, guias de estudos bíblicos, progra-
Igreja. Em 1930, as ofertas missionárias mas educacionais, material de treina-
aos processos organizacionais da Igreja da Escola Sabatina equivaliam a 65% mento, etc., depende muito das ofertas
Adventista do Sétimo Dia. dos dízimos. Em 2001, essa percenta- da Escola Sabatina para as missões. A
Embora não exista um quadro defi- gem atingiu somente 5%. Não se pode continuar a mesma tendência histórica
nitivo com relação à distribuição etária concluir, apenas por esse gráfico, que os dessas ofertas, provavelmente haverá
dos adventistas do sétimo dia, algumas membros estão dando menos, pois as uma crescente limitação na capacidade
informações sugerem que, nas áreas ge- quantias em moeda atual aumentaram. da Igreja de cuidar adequadamente do
ográficas em que o número de mem- Na realidade, os membros estão dando seu crescimento.
bros da Igreja tem crescido mais rapida- de maneira diferente. O rápido aumen-
mente, existe um número maior de to de entidades criadas com finalidades Membros com formação escolar
membros mais jovens. Um levantamen- específicas (por exemplo, ADRA, Rádio adventista do sétimo dia
to recente (2002) feito pelo jornal USA Adventista Mundial e outros serviços de Em 1950, para cada 100 membros,
Today, projetou para o ano 2010 a dis- mídia) e dos ministérios independen- havia 26 alunos nas escolas adventistas
tribuição demográfica por faixa etária tes, apresenta aos membros uma ampla do sétimo dia, a maioria dos quais pro-
nos E.U.A., em comparação com cinco gama de oportunidades para apoiar a cedia de famílias da Igreja. Em 2000,
países da África. (Ver figura 3). missão da Igreja. embora o número total de alunos nas
As doações dos membros a entidades escolas adventistas tenha ultrapassado
Distribuição de recursos com finalidades específicas e a ministé- a marca de um milhão, essa proporção
e tipos de apoio rios independentes não estão refletidas diminuiu para menos de 10 alunos para
As figuras 4 e 5 apresentam uma nos relatórios financeiros da Igreja, pois cada 100 membros. Estima-se que, tal-
comparação da distribuição dos recur- esses fundos não passam pelos canais vez, cinco entre dez deles sejam prove-
sos em função da origem dos membros. normais, mas são geralmente enviados nientes de famílias adventistas do séti-
Esses gráficos não refletem a fidelidade diretamente às respectivas organizações. mo dia. A figura 7 mostra a mudança da
comparada na mordomia. Essa infor- As entidades com finalidades especí- relação entre o número de membros da
mação poderia ser apresentada com se- ficas e os ministérios independentes Igreja e as matrículas nas escolas adven-
gurança somente dentro do contexto têm produzido um grande impacto na tistas do sétimo dia. Deve-se ter cautela
das economias e moedas locais. Entre- atividade global da Igreja. Ao mesmo quanto à expectativa de uma correlação
direta entre o número de membros da
Igreja e os matriculados nas escolas ad-
ventistas do sétimo dia. Entretanto, é im-
Figura 4 Figura 5 portante reconhecer que existe um per-
Percentagens do dízimo em 1960 Percentagens do dízimo em 2001 centual decrescente de membros adven-
tistas do sétimo dia matriculados nos pro-
gramas educacionais denominacionais.
Exceto América Exceto América
do Norte 24% do Norte 40% Estudantes formados em escolas ad-
ventistas do sétimo dia (ou que cursa-
ram nelas parte significativa de seus es-
tudos) têm constituído a fonte princi-
América América
do Norte 76% do Norte 60% pal de candidatos de onde a Igreja ob-
tém seus obreiros e líderes. Esses obrei-
ros geralmente são bem fundamentados
6 Diálogo 15:1 2003
em seu entendimento da estrutura e fun- Uma pequena cidade de 100 habi- lugares de difícil acesso em várias regi-
cionamento da Igreja, e estão familiariza- tantes representando os membros da ões do mundo, nalguns dos quais a pre-
dos e comprometidos com seus ensina- Igreja Adventista do Sétimo Dia, teria sença adventista do sétimo dia é míni-
mentos, valores e estilo de vida. Isso não igual diversidade mas em proporção ma, existe um apreciável número de
implica que pessoas que não tenham tido distinta. (Ver figura 2). O evangelho membros em todos os continentes.
educação adventista do sétimo dia sejam tem-se difundido por diferentes cultu- Uma ampla rede de instituições educa-
obreiros ou líderes de nível inferior. Sim- ras, principalmente através de traba- cionais foi estabelecida, as posições de
plesmente eles necessitam de um tempo lhos missionários transculturais. Por- liderança nas igrejas estão, na maior
maior para se orientar visando à confor- tanto, quando o evangelho se enraíza parte, em mãos de pessoas naturais dos
midade com a vida organizacional e prá- em uma dada cultura, ele se exprime de próprios países e os recursos locais são
ticas da Igreja. Uma fonte relativamente forma específica correspondente ao am- crescentes. Os antigos campos missio-
menor de líderes potenciais que tiveram biente local. Isso era de se esperar mas, nários hoje não só recebem como envi-
educação adventista do sétimo dia, pas- na realidade, muitas questões podem am obreiros interdivisionais.
sará a ter importância crescente à medi- surgir relativas a práticas culturais que No ano 2000 houve 169 novas indi-
da que a Igreja procura atender às ne- estejam ou não em harmonia com o cações para o serviço interdivisão/intra-
cessidades de liderança de um célere e evangelho. divisão. Mais 339 obreiros retornaram ao
crescente número de membros. serviço interdivisão/intradivisão após
De todos os lugares, suas férias. Somente uma das 12 divi-
Diversidade crescente para todo o mundo sões da Igreja não enviou obreiros no
e consciência cultural Ao longo dos anos têm havido alte- ano 2000. Todas as divisões recebiam
A Igreja Adventista do Sétimo Dia rações na conscientização do que cons- obreiros de suas congêneres.
está presente em 203 dos 228 países do titui “campo missionário”. Os missio- Tem havido também um crescente
mundo e leva avante o seu ministério nários, agora denominados obreiros in- envolvimento de membros voluntários
em idiomas numerosos e distintos. As terdivisionais, foram, no princípio, en- em projetos internacionais. Durante o
reuniões internacionais da Igreja, espe- viados pela América do Norte e Europa, ano 2000, mais de 1500 voluntários
cialmente as sessões da Associação Ge- as chamadas divisões-mães, para os deixaram seus países de origem para
ral, apresentam um mosaico de cultu- mais distantes recantos do globo. Os servir em outras regiões do mundo. So-
ras, línguas, costumes e vestimentas. Se campos missionários eram entendidos mente duas divisões não enviaram vo-
a população mundial atual estivesse re- como qualquer lugar distante relativa- luntários. Paralelamente, vários minis-
presentada em uma pequena cidade de mente desconhecido, e comparativa- térios independentes auto-sustentáveis
100 habitantes, proporcionalmente ali mente menos desenvolvido em termos ofereceram oportunidades internacio-
estariam: econômicos. Os que retornavam a seu nais para o serviço de voluntários.
61 pessoas da Ásia país de origem, após um período de ser-
13 pessoas da África viço missionário, contavam histórias Os membros da Igreja
12 pessoas da Europa sobre culturas estranhas, dificuldades podem produzir mudanças
8 pessoas da América do Sul e Cen- econômicas e sistemas de comunicação No meio de mudanças em nível ma-
tral incipientes. cro, sobre as quais os membros da Igreja
5 pessoas da América do Norte Isso também mudou. Embora ainda Adventista do Sétimo Dia têm tido pou-
1 pessoa da Oceania prevaleçam disparidades econômicas e co ou nenhum controle, eles podem

Figura 6 Figura 7
Ofertas para as missões como per- Crescimento do número de membros e matrículas nas
centagem do dízimo mundial escolas adventistas do sétimo dia.

70% 15,000,000
60% número de membros da Igreja
12,000,000
50% alunos nas escolas ASD
40% 9,000,000
30% 6,000,000
20%
3,000,000
10%
0% 0
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 1950 1960 1970 1980 1990 2000

Diálogo 15:1 2003 7


Figure 8 expressão em atitudes, comportamento var à desconsideração de outro. Os ad-
Strategic Issues for the Church e relacionamento. É a partir da dinâmi- ventistas do sétimo dia vêem a si mes-
ca da igreja local que os membros, indi- mos como encarregados da proclama-
• Church life vidualmente, causam impacto na co- ção e explanação de uma mensagem
• Church unity munidade. Cada membro pode dar global, relativamente ao reino de Deus
• Church growth uma contribuição deliberada e positiva para o fim dos tempos. As tendências à
para a qualidade de vida da congrega- fragmentação e à preocupação com as-
ção local e em sua área de ministério. suntos de interesse local ou imediato
A liderança de cada igreja deveria são inerentes à vida de uma organiza-
examinar questões tais como: Como os ção com rápido crescimento em seu nú-
produzir mudanças intencionais. Mu- cultos da igreja promovem o crescimen- mero de membros. Pode haver uma per-
danças positivas resultam da ação deli- to espiritual de seus membros? Que me- da correspondente de consciência e
berada relativamente a objetivos com- didas devem ser tomadas para alimen- sensibilidade com respeito à identidade
preendidos de maneira ampla. Três as- tar os novos membros? Os membros es- coletiva da família mundial. Somente a
suntos estratégicos têm sido identifica- tão sendo levados a uma mais profunda estrutura da Igreja é insuficiente para
dos e chamado à atenção dos membros compreensão das Escrituras? Estão eles manter a unidade global. É a mensagem
em escala mundial. Independentemen- sendo preparados em todas as áreas do e a missão que conservam a Igreja uni-
te da nacionalidade, língua, ou de tem- discipulado? A atmosfera de compa- da.
po de filiação à Igreja, cada membro nheirismo na igreja está levando ao de- 3. Foco na missão inacabada. A comis-
pode produzir um impacto positivo nas senvolvimento de um crescente núme- são evangélica constitui a tarefa central
seguintes áreas específicas: ro de membros? da Igreja. A vida vivida em Deus torna-
1. Qualidade de vida da igreja local. A 2. Enriquecimento da unidade da igreja se um testemunho vivo ao mundo, com
essência do adventismo do sétimo dia é em todo o mundo. Tanto a congregação propósitos de expansão do Seu reino.
vista com maior transparência na vida local quanto a família mundial são ex- Os adventistas do sétimo dia devem
da família adventista em nível congre- pressões da Igreja Adventista do Sétimo sempre ser desafiados pela consciência
gacional. É aí que os ensinamentos e o Dia. As necessidades e interesses de um de uma tarefa inacabada. Nossa visão
estilo de vida da Igreja encontram sua extremo desse espectro não devem le- coletiva deve estar focalizada na apre-
sentação de um testemunho adventista
do sétimo dia em prol do evangelho,
Subscreva Diálogo em cada comunidade sobre a Terra. A
Igreja não pode permitir-se ficar satis-

D
epois de um longo e árduo trabalho, você finalmente tem seu diploma
na mão. Ótimo! E agora que está neste vasto mundo, você se esforça feita com suas realizações do passado,
para continuar sendo um cristão dedicado, num aprendizado que dura nem consumir todas as suas energias na
a vida toda. Não é fácil! Mantenha-se em contato com as atividades e os melho- manutenção de sua infra-estrutura atu-
res pensadores adventistas ao redor do globo. Participe da Diálogo! al.
Novos horizontes, novas oportuni-
Assinatura anual (3 números): US$13,00; Números anteriores: US$4,00 cada. dades para testemunhar, novas manei-
Gostaria de me inscrever para Diálogo em: ras de proclamação, novos locais para o
❏ Inglês ❏ Francês ❏ Português ❏ Espanhol. estabelecimento de comunidades de
Números: ❏ Comece minha inscrição com o próximo número. crentes -– essas são as realidades que
❏ Gostaria de receber os seguintes números anteriores: impulsionam a vida daqueles que ser-
Vol.____ No___ vem como seguidores de Jesus Cristo.
Pagamento: ❏ Estou incluindo um cheque internacional ou ordem bancária. Os adventistas do sétimo dia não de-
❏ O número de meu cartão de crédito ❏ MASTERCARD ou ❏ VISA vem se retirar do mundo, mas infiltrar-
é _______________________________________ se nele. Cada membro tem seu valor.
Válido até (data) _____________ Cada membro é necessário. Cada mem-
Por favor use letra de forma. bro pode fazer a diferença nos assuntos
Nome: _____________________________________________________________ estratégicos para a glória de Deus.

Endereço: _____________________________________________________________ Lowell C. Cooper é vice-presidente da


_____________________________________________________________ Associação Geral da Igreja Adventista do
Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland,
Envie para: Dialogue Subscriptions, Linda Torske; 12501 Old Columbia Pike; E.U.A., e-mail:
Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. Fax: 301-622-9627. 74617.2166@compuserve.com
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8 Diálogo 15:1 2003


Gênesis
e a coluna geológica
Ariel A. Roth

P or que e como foram extintos os


terríveis dinossauros? Muitas idéi-
as têm sido aventadas. Certo artigo
científico traz uma lista de 40 possíveis
razões, abrangendo desde sua falta de
que a vida se originou espontaneamen-
te há bilhões de anos, e então evoluiu
rumo a formas cada vez mais avançadas
até culminar na formação dos seres hu-
manos. O modelo criacionista, como
inteligência até alterações no valor da exposto na Bíblia, propõe que Deus
constante gravitacional.1 Considerações criou formas básicas de vida, incluindo
mais recentes sugerem a possibilidade o homem, há alguns milênios. Devido à
de um imenso asteróide, contendo o iniqüidade humana, essa ordem criati-
elemento químico irídio, ter atingido a va original foi destruída pelo dilúvio
O que a coluna geológica diz Terra, causando uma gigantesca catás- universal. A interpretação da disposição
trofe que destruiu os dinossauros e mui- dos fósseis naquilo que denominamos
tas outras formas de vida. Essa interes- coluna geológica, tem muito a revelar so-
sobre a verdade da Criação? sante idéia é especialmente popular nos bre cada um desses dois modelos.4 E,
meios de comunicação e entre os geofí- mais importante ainda, esses modelos
sicos, embora grupos significativos de podem afetar profundamente nossa
outros cientistas — especialmente os cosmovisão. Estamos aqui somente
paleontologistas (que estudam os fós- como resultado de um processo evoluti-
seis) — pensem que outros fatores, vo prolongado, mecanicista, sem desíg-
como o calor ou os vulcões, tenham nio, ou fomos criados à imagem de
causado a extinção dos dinossauros.2 Deus, com propósito, responsabilidade
Os cientistas que crêem na Bíblia e esperança de futura vida eterna, como
como a Palavra de Deus interpretam a indicado na Bíblia? Muitos têm debati-
história da vida na Terra de forma dife- do essas questões e outros tantos ainda
rente, vendo no dilúvio universal des- continuam a discuti-las.
crito no livro de Gênesis (capítulos 6 a
8) o terrível acontecimento que teria Coluna geológica –
destruído os dinossauros e ocasionado a o que vem ela a ser?
formação das principais camadas sedi- A coluna geológica completa não é
mentares fossilíferas da crosta terrestre. algo que possa ser encontrado nas ca-
Essa maneira de ver não é aceita atual- madas de rocha que formam a crosta
mente nos círculos científicos, embora, terrestre. Ela é mais parecida com um
no passado, o fosse. A variedade de idéi- mapa, uma representação da ordem ge-
as sobre a extinção dos dinossauros ad- ral das camadas sedimentares na super-
moesta-nos a sermos cautelosos na in- fície da Terra. As camadas inferiores, que
terpretação de um passado não-obser- deveriam ter sido depositadas primeiro,
vável em nossos dias.3 situam-se na base da coluna, e as mais re-
centes estão postadas em seu topo, como
Uma questão crítica as encontramos na natureza. Ao olhar-
Ciência ou Bíblia – qual das duas ex- mos para locais que sofreram intensa ero-
põe a verdade? As diferenças entre o são como o Grand Canyon, nos Estados
modelo evolutivo científico e o modelo Unidos (Figura 1), vemos uma parte sig-
criacionista bíblico são gritantes e difi- nificativa da coluna geológica repre-
cilmente poderiam ser maiores. E isso sentada por camadas que, nesse lugar,
não apenas sobre a extinção dos dinos- são excepcionalmente espessas. Pode-se
sauros. O modelo evolucionista propõe também representar a coluna geológica
Diálogo 15:1 2003 9
grande variedade de organismos de por- A coluna geológica e a evolução
te bem maior. Tipos muito singulares e A coluna geológica constitui-se num
mais raros de organismos maiores (fau- dos argumentos mais fortes utilizados
na ediacara) são encontrados imediata- em favor da evolução. Acredita-se que
mente abaixo do fanerozóico. formas de vida simples tenham evoluí-
do há cerca de 3,5 bilhões de anos e, de
Quão confiável é a coluna geológica? fato, são encontradas evidências dessas
Quando você olha para o Grand formas simples nas camadas inferiores
Canyon (Figura 1), geralmente não se do pré-cambriano (figura 2). Mais aci-
Figura 1 – Vista do Grand Canyon do rio dá conta do fato de que ali não estão ma, na parte inferior do paleozóico,
Colorado. O pré-cambriano está exposto presentes importantes partes da coluna encontram-se animais marinhos mais
nas camadas imediatamente abaixo da geológica completa. Embora o período complexos, como as esponjas. Ainda
ponta da seta preta, à esquerda; a explo- cambriano esteja representado (cama- mais acima, no paleozóico superior e no
são cambriana e o fanerozóico, nas cama- das logo acima da seta, à esquerda, na mesozóico, encontram-se animais e plan-
das imediatamente acima. Figura 1), os períodos ordoviciano e si- tas terrestres mais avançados, como as sa-
luriano estão ausentes. Além do mais, mambaias arborescentes e os dinossau-
como um corte feito num bolo de vári- as eras mesozóica e cenozóica (ver figu- ros. Na parte superior do cenozóico, en-
as camadas. Essa fatia representa as di- ra 2 para terminologia) também não es- contram-se os organismos mais desen-
versas divisões na ordem em que foram tão presentes, pois consistem em cama- volvidos, como por exemplo, elefantes
dispostas no bolo. De maneira seme- das que estariam acima da encosta do e plantas com flor. Em geral, organis-
lhante, se cortássemos uma fatia verti- Canyon. Como a coluna geológica mos mais simples são também encon-
cal das encostas do Grand Canyon, terí- completa é montada a partir de seqüên- trados nas camadas superiores, mas or-
amos a coluna geológica local formada cias existentes em diferentes locais, e ganismos mais evolvidos não são en-
pelas diversas camadas sedimentares. como partes dela
Como é habitual no estudo da natu- freqüentemente
reza, o quadro real é complicado. Fre- não estão presentes
Cenozóico

qüentemente, em muitos locais, estão no mesmo local, Baleia


ausentes algumas camadas da coluna que confiança po- Estrela-do-mar Mamute Gramíneas Homem Uintatherium
geológica. Em lugar algum é possível demos depositar
encontrar uma coluna geológica com- na precisão de sua
Mesozóico

Amonita Estrela-do-
Réptil voador mar
pleta e somente em poucas localidades montagem? E exis- Magnólia Tiranossauro
estão bem representadas as principais tem ainda alguns

Primeiros animais e plantas terrestres


divisões da coluna geológica completa. locais em que as
Fanerozóico

Plessiossauro
Arqueópterix
Essa coluna é algo ideal que representa partes normalmen- Mamífero morganucontídeo Moluscos
bivalves Gingko
todas as camadas sedimentares da cros- te situadas na base
ta terrestre na ordem esperada. Ela foi da coluna geológi-
sendo construída pacientemente, à me- ca completa, en- Libélula Dimetrodonte
dida que os paleontologistas compara- contram-se acima
Paleozóico

Glossópteris
vam entre si as seqüências de fósseis das do seu topo. Expli- Junco gigante Peixe ostracoderma Crinóide
colunas geológicas locais. Observa-se ca-se que essas são Escorpião Milípede Ictiostega Samambaia
que algumas espécies de fósseis como áreas de perturba- arborescente

os trilobites, artrópodes marinhos se- ção nas quais as ca- estrela-do-mar


Cambriano

melhantes a caranguejos, situavam-se madas inferiores Vertebrado


Braquiópode Caracol Trilobita Verme Esponja
abaixo dos dinossauros, e esses abaixo foram transporta- pisciforme

dos elefantes. Uma amostra de alguns das para cima das


Explosão do cambriano

Formas de ediacara
organismos característicos encontrados camadas mais re- Acritas
Pré-Cambriano

nas principais partes da coluna geológi- centes. A despeito


Algas
ca completa está ilustrada na Figura 2. dessas debilidades, Bactérias
A coluna apresenta uma impressionan- na maioria das re-
te diferença entre sua parte inferior cor- giões do mundo a
respondente ao pré-cambriano — onde coluna geológica Algas
os fósseis são muito raros e de tamanho geralmente se en-
essencialmente microscópico — e a par- contra na ordem
te superior correspondente ao fanero- “correta” e se mos-
zóico — onde os fósseis são comparati- tra notavelmente Figura 2 – Principais divisões de coluna geológica e exemplos
vamente abundantes e representam confiável. de alguns organismos representativos.

10 Diálogo 15:1 2003


contrados nas camadas inferiores. A pré-diluvianos à
aparência de que existe algum “avanço” medida que iam
ao se subir na coluna geológica é consi- sendo erodidos pe-
Ceno
derada como representação da evolução las ondas. As águas Mes zóico
ozóico
ao longo de éons de tempo, à medida provocariam ero-
M
que as camadas foram sendo gradativa- são e transportari- Paleozóico ar Interior
mente depositadas, aprisionando orga- am sedimentos e or- Pré-
Cam Pânta
nismos que se tornaram fossilizados. ganismos, primeira- bria
no
nos

mente das áreas de


A coluna geológica e o menor altitude, de- Figura 3 – For m Mar A
as berto
modelo bíblico das origens positando-os em Proposta de distribuição nas simples
roch
a de v
O “avanço” da vida observado ao se regiões mais bai- de organismos anteriormente s inf id
erio a
res
ascender na coluna geológica tem sido xas ainda (bacias ao dilúvio de Gênesis. A Teoria do
explicado de várias maneiras consisten- s e d i m e n t a r e s ) . Zoneamento Ecológico sugere que a destruição gradativa desses
tes com o modelo bíblico de uma cria- Gradualmente, en- ambientes pelas águas crescentes do Dilúvio teria produzido a
ção recente. O dilúvio bíblico universal tão, as áreas cada seqüência fóssil que encontramos hoje na coluna geológica.
é crucial para essas explicações, como vez mais elevadas
evento causador da deposição da maior seriam erodidas e depositadas ordena- de homens fósseis encontram-se so-
parte das camadas do fanerozóico. As damente em grandes bacias sedimenta- mente próximos ao próprio topo da co-
explicações incluem: (1) durante o Di- res, nas quais se formaria uma coluna luna geológica. As explicações incluem:
lúvio, os animais de maior porte e mais geológica local. O processo teria sido su- (1) antes do dilúvio, os seres humanos e
desenvolvidos puderam fugir para ní- ficientemente calmo para que as camadas os mamíferos habitavam somente regi-
veis mais elevados. Isso pode explicar depositadas não fossem significativamen- ões mais altas e mais frias. (2) Durante o
algumas seqüências de avançamento te perturbadas e permanecessem ordena- dilúvio, seres humanos inteligentes fu-
que constatamos em animais fósseis, das como hoje as vemos (figura 1). giram para as regiões mais altas, onde
mas é muito improvável que possa ex- as probabilidades de soterramento e
plicar toda a coluna geológica. Por ou- Algumas questões preservação em sedimentos eram bem
tro lado, seria de esperar que organis- Embora, em geral, a distribuição dos menores. (3) Poderiam não ter existido
mos excepcionais, como as baleias, pu- organismos no mundo hoje concorde tantos seres humanos antes do dilúvio,
dessem escapar. (2) Algumas experiênci- com a distribuição geral na coluna geo- sendo portanto bem menor a probabili-
as mostram que as carcaças de formas lógica (ver abaixo), isso não acontece dade de descobri-los hoje. O registro bí-
“mais avançadas”, como mamíferos e com relação a importantes detalhes que blico indica taxas de crescimento popu-
pássaros, flutuam durante semanas, en- são considerados como as mais sérias lacional bem menores antes do dilúvio.
quanto as de animais “menos avança- objeções à Teoria do Zoneamento Eco- Noé teve somente três filhos em 600
dos”, como répteis, flutuam durante lógico. Por exemplo, na coluna geológi- anos (Gênesis 5-7).
período menor, e as de anfíbios mais ca completa encontram-se mamíferos e
simples, somente durante dias.5 Esses plantas com flores principalmente nas A coluna geológica apóia o modelo
períodos de tempo harmonizam-se com camadas superiores (Figura 2). Isso de- bíblico
os eventos que ocorreram no Dilúvio, e veria ter ocorrido nos ambientes terres- A presença de organismos microscó-
isso pode ser um significativo fator con- tres de grande altitude anteriormente picos fósseis simples ao longo de todo o
tribuinte. (3) A explicação mais abran- ao dilúvio, embora encontremos hoje pré-cambriano, adapta-se mais ao mo-
gente é a Teoria do Zoneamento Ecoló- esses organismos até no nível do mar. delo bíblico do que ao arquétipo evolu-
gico,6 modelo que propõe a disposição Para contornar essas e outras objeções, cionista. Esses fósseis proviriam de mi-
dos organismos anteriores ao dilúvio propõe-se que a distribuição ecológica cróbios de vários tipos que foram recen-
(Figura 3) como responsável pela sua dos organismos antediluvianos fosse temente descobertos, bem como de al-
distribuição na coluna geológica. Os or- algo diferente da atual. Seria de esperar gas7 que vivem em rochas profundas.
ganismos que viviam nas regiões de que um dilúvio universal causasse alte- Para o modelo evolucionista, esses fós-
menor altitude do mundo pré-diluvia- rações desse tipo. A distribuição de or- seis microscópicos significam que virtu-
no representam a parte inferior da colu- ganismos antes do dilúvio pode ter sido almente não ocorreu qualquer “evolu-
na geológica, e os que viviam nas regi- mais restrita e ordenada do que atual- ção” durante três bilhões de anos (figu-
ões de maior altitude, o topo da coluna. mente, e provavelmente existiram ma- ra 4), cerca de 5/6 de todo o tempo evo-
O mecanismo sugerido para a Teoria res em diferentes níveis (Figura 3). Ob- lutivo. O pré-cambriano de maneira al-
do Zoneamento Ecológico é o rompi- serve-se a distribuição similar de orga- guma aparenta desenvolvimento evolu-
mento da superfície da Terra e a ascen- nismos nas Figuras 2 e 3. tivo progressivo gradual.
são gradual das águas do dilúvio, segui- Surgem também questões sobre por De súbito, imediatamente acima des-
dos da destruição dos vários ambientes que, até hoje, exemplos convincentes se nível, naquilo que os evolucionistas
Diálogo 15:1 2003 11
Idade em milhões de anos almente impossíveis, necessários para a ausência de fósseis intermediários -– es-
0 Grande variedade produção de formas vivas complexas, pecialmente entre os grandes grupos de
Fanerozóico

de organismos porém, a coluna geológica não permite plantas e animais. E é especificamente


tanto tempo. Os evolucionistas falam aí que seria de esperar o maior número
em somente 5 a 20 milhões de anos deles. Alguns poucos têm sido descri-
para a explosão cambriana!9 Isto é, me- tos, porém onde deveriam existir cente-
500 Explosão
nos de 1% de todo o tempo evolutivo. nas de milhares, como por exemplo,
cambriana da Samuel Bowring, do Instituto de Tecno- logo abaixo da explosão cambriana,
maioria dos logia de Massachusetts, cuja especiali- não há virtualmente nenhum. Pouca
filos dade é datação de rochas, faz o seguinte evidência existe em favor de qualquer
1000 comentário: “E o que eu gosto de per- desenvolvimento evolutivo.
guntar a alguns dos meus amigos biólo-
gos é: Quão rapidamente a evolução O veredicto
pode acontecer, antes que eles se sin- Muitos evolucionistas sentem que a
1500 tam desconfortáveis?”10 A seta preta à vaga progressão das formas de vida, à
esquerda na Figura 1 indica a localiza- medida que se sobe na coluna geológi-
ção da explosão cambriana no Grand ca, constitui uma evidência indiscutível
Canyon. A explosão cambriana harmo- a favor do seu modelo. Entretanto, uma
niza-se muito bem com a Teoria do Zo- observação mais acurada revela, ao con-
2000 Organismos raros neamento Ecológico. Ela representa os trário, problemas graves, especialmente
e muito simples mares mais baixos (Figura 3) anteriores taxas de evolução erráticas, tempo insu-
ao dilúvio, que abrigavam grande varie- ficiente e ausência de fósseis intermedi-
Pré-cambriano

dade de animais marinhos, exatamente ários. No contexto bíblico seria também


2500 como se encontram nos mares atuais. de esperar alguma progressão geral das
Ascendendo na escala geológica, en- formas vivas, pois o dilúvio de Gênesis
contramos tipos de organismos mari- contribuiu para a formação da coluna
nhos (oceânicos) até meados do paleo- geológica. Um dilúvio universal na nos-
3000 zóico. Nesse ponto, começa a aparecer sa Terra hoje também produziria uma
uma grande variedade de organismos coluna geológica com um aumento ge-
terrestres (Figuras 2 e 3), incluindo fun- ral de complexidade de baixo para
gos, liquens, juncos (cavalinhas), sa- cima. No nível mais inferior estariam os
Início da vida mambaias, insetos, milípedes, aranhas microrganismos simples que vivem nas
3500 e anfíbios.11 A evolução tem de respon- rochas profundas, em seguida viriam os
der por que tantas espécies diferentes organismos marinhos e acima estariam
de organismos terrestres evoluíram pra- os organismos terrestres continentais
ticamente ao mesmo tempo. Para a Teo- “avançados”. Além disso, se as paisa-
4000 ria do Zoneamento Ecológico, isso re- gens da Terra antes do Dilúvio fossem
Resfriamento presentaria, como esperado, as regiões como as desenhadas na Figura 3 e soter-
da Terra terrestres mais baixas e secas existentes radas gradualmente e em ordem pelo
anteriormente ao Dilúvio. dilúvio, isso produziria a coluna geoló-
Bem acima, na coluna, descobre-se, gica como a vemos hoje. Evidências
4500 Origem da Terra
de acordo com o cenário evolucionista, como a vida microscópica simples nas
que a maior parte das ordens de mamí- rochas profundas, a explosão cambria-
Figura 4 – Escala de tempo evolutiva. A
feros surgiu num intervalo de apenas na e o mesmo nível de surgimento de
explosão cambriana levou apenas cerca
12 milhões de anos, e as ordens vivas de grande número de organismos terres-
de 20 milhões de anos. As idades propos-
aves entre 5 e 10 milhões de anos. Al- tres, apóiam fortemente a Teoria do Zo-
tas não são endossadas pelo autor.
guns evolucionistas caracterizam essas neamento Ecológico e a explicação do
rápidas taxas como sendo “claramente dilúvio bíblico para a coluna geológica.
absurdas”.12 Pensa-se que as espécies fós-
denominam de explosão cambriana, apa- seis duram vários milhões de anos, e os Ariel A. Roth (Ph.D. pela Universidade
recem quase todos os tipos básicos (filo) evolucionistas acreditam que seja neces- de Michigan) foi diretor do Geoscience Rese-
de animais (figuras 2 e 4).8 sário um grande número de gerações de arch Institute, Loma Linda, Califórnia.
Isso se parece mais com criação do cada espécie para que ocorram quaisquer Além de numerosos artigos sobre criação e
que com um processo evolutivo gradu- alterações evolutivas significativas.
al. A evolução precisa de muito tempo Outro problema sério para a evolu-
para acomodar todos os eventos virtu- ção revelado pela coluna geológica, é a Continua na página 18.

12 Diálogo 15:1 2003


Esperando pelo sexo

Nancy L. Van Pelt

Q uerida Nancy:
Eu e meu namorado estamos com-
prometidos há quase um ano. Te-
mos ambos 23 anos e gostamos
muito um do outro. Planejamos nos casar
deterá (ver meu artigo anterior sobre os
passos para a união de um casal, em Di-
álogo, vol. 13, nº. 2). Tenha sempre pre-
sente o número da etapa na união de
um casal, o qual é seu ponto de parada
quando terminarmos a faculdade. Para ser antes do casamento. Esse deve ser um
bem honesta com você, temos tido sexo vá- número/etapa sobre o qual você teria
rias vezes. Nunca pensei que fosse tão lon- orgulho de discutir com seus pais, um
ge antes de me casar com ele. Mas estamos amigo de confiança ou seu pastor.
tão apaixonados. Não desejo fazer isso, As mulheres jovens reconhecem que
O sexo antes do matrimônio mas sinto-me presa. Por favor, me ajude! quando permitem beijos íntimos e
abraços, quando permitem a um ho-
Querida Nancy: mem tocar e acariciar seus seios, ele
pode parecer divertido, mas seu Tenho lido seus artigos na Diálogo e presume que ela deseja avançar mais.
realmente os aprecio. Você tem explicado Quando ela consente em que o namo-
os pontos onde devemos nos deter no pro- rado vá até esse ponto, ele toma isso
real desfrute está em aguardar cesso de união de um casal; mas como po- como sinal de que pode ir mais adiante.
dem namorados que de fato se amam evi- Por isso é mais sábio e seguro deter-se
tar ir longe demais, cedo demais? Isso é o nas etapas 6 ou 7. Mas, mesmo um ca-
até o casamento. Eis alguns que preciso saber. sal com compromisso formal nunca
deve ir até a etapa 9. As linhas de deten-
É possível aos jovens possuidores de ção além da etapa 7 tornam-se muito
um real impulso sexual e que estão bas- escorregadias, pouco nítidas e tudo
princípios preciosos. tante enamorados, vivendo numa soci- acontece muito rapidamente, porque
edade moderna impregnada de sexo, todos os propulsores sexuais estão em
pressionar os freios da atração física? operação. Permanecer no lado seguro
Em sua maioria os jovens nunca estabe- da etapa 7 pode salvar incontáveis ca-
lecem limites sobre sua conduta, especi- sais de muitas situações aflitivas.
almente no que tange à conduta sexual. Babe Ruth, o legendário jogador
Declarações do tipo “eu nunca de fato americano de beisebol, jogava certa vez
pensei sobre isso” são usadas comu- perante espectadores hostis. Em meio
mente. As atitudes de “seguir com a às vaias e gritos ele apontou o seu bas-
maré” criam oportunidades para o de- tão exatamente sobre os torcedores no
senvolvimento de situações sexuais. ponto em que pretendia mandar a pró-
Uma das coisas mais inteligentes que xima bola. Dali ele lançou-a exatamen-
você pode fazer para exercer domínio e te no ponto que havia indicado e partiu
abstinência, é pensar a respeito de seus para sua corrida às bases. Quando você
padrões e desenvolver critérios de inti- for estabelecer regras pessoais de con-
midade física baseados na Palavra de duta, pense em Babe Ruth. Reflita cui-
Deus e em valores pessoais. Tome tem- dadosamente sobre o assunto e estabe-
po para um auto-inventário bem refleti- leça seus padrões, planejando como
do e decida que limites porá em seu mantê-los. Desenvolva um plano espe-
comportamento para conquistar as me- cífico para seguir, de modo a continuar
tas futuras. Decida em que ponto, nos num relacionamento de amor saudável
passos de união entre ambos, você se e crescente sem o comprometimento de

Diálogo 15:1 2003 13


princípios. avião ou um salto de pára-quedas. 3. Tenha alguém a quem prestar
Ainda que todos os demais lhe di- contas.
gam que não pode fazê-lo, seus padrões 2. Tenha um plano claro em casos Escolher uma pessoa responsável é
nunca podem ser demasiado elevados. de emergência. um poderoso auxílio para impedir jogos
Quanto mais claramente eles forem de- Desenvolva um plano de ação caso sexuais. Uma pessoa assim é alguém
finidos, mais provavelmente você irá venha a vivenciar um “encontro ínti- junto a quem será responsável por sua
segui-los. Apenas continue pensando mo”. Você estabeleceu seus padrões e conduta. Um amigo de confiança, o
sobre a posição em que o bastão foi está tentando viver segundo eles, mas pastor, um conselheiro ou professor são
apontado. em algum momento poderá estar com boas escolhas.
Alguns podem questionar se a absti- alguém que tente forçá-lo(a) a ultrapas- Uma jovem ia todo mês visitar seu
nência total até o casamento é realística sar tais limites. Como reagirá? O que namorado que estudava numa faculda-
ou mesmo possível na sociedade hodi- fará? Ou dirá? Alguns planos antecipa- de localizada a 750 quilômetros de dis-
erna sexodirigida. Seria possível aos jo- dos poderão poupar muitas dificulda- tância. Uma vez que ele morava num
vens que estão tão enamorados praticar des posteriores. apartamento fora do campus e o casal
abstinência? Eu não só creio ser possí- Consideremos isso em três estágios: planejava casar-se, dormiam na mesma
vel, mas numa época de difundida Se for apenas uma ligeira ameaça a cama mas tentavam evitar relações ínti-
transmissão de doenças sexuais (DST e seus padrões, você poderá dizer “não” mas. Suas tentativas foram infrutíferas
AIDS) isso é imperativo. Eis algumos de modo indiscutível. Comece contan- até que escolheram alguém diante do
passos a seguir: do uma longa história envolvida em qual seriam responsáveis. A moça en-
dramatismo. Fale a respeito de Cristo. controu outro lugar para ficar quando
1. Deixe claros os seus valores. Levante-se, mude de atividade e diga: vinha para visitas.
Fale com seu/sua namorado(a) sobre “Estou com fome. Vamos ver se come- Um casal que realmente deseja man-
os seus padrões. Isso não significa que mos algo”. Conte uma piada: “Você ter os padrões que estabeleceu prestará
você comece dizendo: “Olá, eu sou sabe por que os filhos de Israel vaguea- um relatório semanal em pessoa a seu
Cristina e não vou para a cama com ram pelo deserto por 40 anos? É porque responsável. Fitando essa pessoa nos
ninguém...” Uma jovem pode ser tanto mesmo naquela época os homens se re- olhos, o casal deve apresentar um relato
direta quanto ter tato, fazendo conheci- cusavam a parar para pedir informa- completo de seu tempo, atividades e
dos da outra pessoa os seus limites. Os ção.” Quando não houver nenhuma conduta. Isso funciona muito bem! Eu
que são sinceros com seus companhei- ameaça séria a seus padrões, qualquer o recomendo!
ros geralmente obtêm reação positiva. uma dessas idéias pode dar conta da si-
Um modo fácil de suscitar a questão tuação. 4. Planeje cuidadosamente.
é falar sobre os padrões que acabou de Uma ameaça média já é um pouco Planeje os seus encontros cuidadosa-
estabelecer para si. “Creio ser justo ex- mais séria. Uma simples negativa não mente e com antecipação. Antes de sair,
por-lhe os valores que escolhi para a funcionou. Você precisará valer-se de saiba onde está indo, quem estará pre-
minha vida. Desejo desenvolver relaci- um “não” mais firme falando de seus sente, que atividades estarão disponí-
onamento de namoro que não inclua o sentimentos: “Sinto-me sob ameaça veis, como chegará lá e a que hora vol-
sexo até o casamento. Espero que res- quando você me pressiona desse jeito, tará para casa. Se quem convidou não
peite esses valores e se alie comigo em porque não está revelando respeito por puder fornecer essas informações, ou
observá-los”. meus sentimentos”. Ou: “Qual é a fun- hesita quando você lhe pergunta a res-
Agir tão claramente quanto à sua po- ção do “não” que você não entende?” peito, cuidado!
lítica de não-comprometimento sexual Talvez precise sair para estar na compa- O namoro devia incluir uma varieda-
com alguém que talvez nem teve uma nhia de outras pessoas. As mulheres jo- de de ações interessantes. O tempo gas-
aproximação de intimidade com você, vens precisam ter consigo um telefone to em participar dessas atividades deve
pode criar uma situação um tanto tensa celular e dinheiro para chamadas tele- em muito superar o tempo passado em
no início do relacionamento. Mas uma fônicas e, possivelmente, para um táxi. simples entretenimento. Planeje uma
vez que tudo esteja em aberto, você vai Caso se sinta sob séria ameaça ou te- variedade de atividades divertidas pelas
ver que isso elimina a tensão e a incer- mor, confie em seus instintos. Escape quais fique conhecendo as coisas de
teza. Com essas definições, ambos po- da melhor maneira que puder. Valha-se que o namorado(a) gosta e não gosta,
dem relaxar e se conhecer mutuamente de todo recurso necessário para a eva- sua personalidade global, valores, me-
como amigos. são. Grite. Lute. Dê um tapa e corra. tas e crenças.
A comunicação aberta entre namora- Mas não espere até que uma ameaça Nos estágios iniciais de um relacio-
dos com respeito a seus ideais e valores real ocorra. Desenvolva um plano de namento, os namoros em grupo são
sexuais é uma excelente maneira de ação antes disso acontecer. Pense nisso melhores. Conquanto dois de vocês es-
prevenir situações de excitação. Não é como um exercício de prevenção de in- tejam juntos, há menos tensão. Isso lhe
justo convidar alguém para o aeroporto cêndio. O tempo de escape é antes de permite observar como o namorado(a)
sem dizer se é para uma viagem de estarem as chamas lambendo seus pés. interage com outros, bem como o seu
14 Diálogo 15:1 2003
senso de humor. Em grupo você pode de velas para dois com música românti- sexuais de outros jogadores. Contudo,
avaliar alguém mais rapidamente do ca e nada mais para fazer. Entreter o decidiu permanecer sexualmente puro
que em 10 encontros a sós. Entre ami- sexo oposto deve sempre incluir outra até o casamento, seguir os padrões divi-
gos, a pessoa estará mais à vontade e pessoa ou um grupo de pessoas, apenas nos e não os costumes seculares. Isso
será mais genuína. Isso elimina o “mas- para estar do lado seguro. Evite ambien- tem sido verbalizado a seus companhei-
caramento”. O namoro em grupo dá tes que sejam sexualmente tentadores, ros de time. Ele também lhes tem fala-
margem ao crescimento da amizade e mas também filmes, TV e vídeos que do sobre sua posição quanto a sexo an-
torna mais fácil manter padrões morais encorajem desejos e fantasias pecami- tes do casamento, e que crê que Deus
e impedir muitos “encontros íntimos” nosas. reservou o sexo para o casamento. Nem
perigosos. Alguns acham que podem viajar jun- todos os seus companheiros concordam
tos e compartilhar um quarto de motel com sua postura, mas o respeitam por
5. Escolha com cuidado com quem ou ir acampar e estar sob a mesma ten- tomá-la e permanecer firme nela. A. C.
sair. da. Tal tipo de jogo é tolice. Ninguém orgulha-se de ser virgem. “Tenho que
Seus relacionamentos deveriam ser pode brincar com o fogo sexual sem fi- me respeitar antes de respeitar outros”,
com aqueles que têm aproximadamen- car queimado. Deus quer que fujamos diz ele. Prossiga assim, A. C.!
te a sua idade, que revelem interesses, da “aparência do mal” (I Tessalonicen- Se você decidiu praticar a abstinên-
valores e ideais semelhantes. Suas me- ses 5:22). Não devemos flertar com a cia a partir de hoje, precisa primeiro
lhores companhias provavelmente vi- tentação. melhorar seus sentimentos de valor.
rão do círculo de amigos que já estabe- Uma vez que estejam definidos os Quando se vê verdadeiramente como
leceu, aqueles sobre os quais sabe algo. seus limites, apegue-se a eles. Não im- um valorizado filho de Deus por quem
Evite encontros às cegas com alguém porta quão mágica seja a ocasião, o am- Cristo morreu, sentir-se-á mais capaz de
que não conhece e com quem nunca se biente e a música, lembre-se de seus pa- tomar decisões difíceis que beneficiarão
encontrou, a menos que tenha sido ar- drões escolhidos. o seu futuro, em vez de enfraquecê-lo.
ranjado por um amigo de confiança. Isso não só o(a) ajudará a traduzir a Uma parte importante de seu com-
E nunca se relacione assim com pes- tentação em comportamento racional, promisso de abstinência é contar com o
soas casadas, que têm divórcio penden- mas também lhe permitirá manter in- poder divino. Peça ajuda ao Pai celestial
te (são ainda casados), que estejam be- tacto um artigo muito precioso: sua para permanecer puro. Se você e a pes-
bendo ou se achem bêbadas, que usem auto-estima. Ter sentimentos positivos soa com quem namora discutirem e
drogas e sejam gente que não reúna a seu próprio respeito é o fator mais orarem a respeito de seu comprometi-
condições de estar com você aberta- importante para se evitar envolvimento mento com a abstinência, isso produzi-
mente. sexual antes do casamento. Se viver à rá um elo de consciência entre vocês
altura de seus valores, outros terão um que poderá servir como uma barreira
6. Evite estimular situações. alto conceito a seu respeito, e os confli- contra a tentação. Discuta o seu relacio-
Evite situações potenciais que esti- tos íntimos não lhe despedaçarão inte- namento em termos de “Nós três —
mulem o apetite sexual. Fico constante- riormente. Reagirá às opiniões dos ou- Deus, você e eu”.
mente surpresa com os ousados e calcu- tros sobre você com integridade e auto- Não ter sexo fora do casamento é
lados riscos a seus padrões morais que confiança. Sua aparência, habilidades abstinência. E é 100% garantido que
os jovens correm, sem levar em conta ou aceitação não lhe preocuparão, dei- funciona. Você não terá problemas de
os resultados finais. Exemplos disso in- xando você mais livre para amar, estu- contrair doenças sexualmente transmis-
cluem casais que passam horas na praia dar, trabalhar e divertir-se. síveis (DST), gravidez ou sofrer uma sé-
apertando-se sobre cobertor, acarician- A. C. Green, um dos maiores jogado- rie de outros males. Pode preferir a abs-
do-se; casais dormindo juntos sem ter res americanos de basquete, diz que tinência em qualquer ocasião, mesmo
sexo; os que se deitam apenas desejan- como um atleta profissional ele é cons- quando tenha tido atividade sexual an-
do “segurar” um ao outro; e os que se tantemente assediado por mulheres que tes.
acariciam até atingir o orgasmo, mesmo desejam encontrá-lo e passar tempo Abstinência? Ela funciona! E traz
sem avançarem além disso. Tudo isso com ele. Desde que ele chega numa ci- compensação com altos dividendos!
constitui grande risco! Ninguém pode dade até que sai, as jovens o perseguem.
continuar a correr tais riscos e vencer as Os atletas profissionais freqüentemente Nancy L. Van Pelt é uma profissional da
possibilidades de complicações. têm uma imagem exagerada e encon- área de vida familiar e apresentadora de se-
Adultos solteiros solitários devem es- tram mulheres dispostas por toda parte, minários. Escreveu mais de 20 livros e mui-
tabelecer estritas diretrizes com respeito diz ele — em aeroportos, saguão de ho- tos artigos sobre relacionamentos. Para
a seu comportamento, quando entre- téis, restaurantes e ginásios esportivos mais material sobre este tópico ver seu livro
tendo alguém do sexo oposto. Períodos — todas tentando obter sua atenção. Smart Love—A field guide for single
de carícias e sussurros diante do fogo de A. C. não é cego. Ele reconhece esses adults (Fleming H. Revell, 1997).
uma lareira podem conduzir à intimi- tipos quando os vê. Ademais, ouve con- E-mail: nancy@heartnhome.com
dade sexual, tanto quanto jantares à luz versas de vestiário sobre as conquistas
Diálogo 15:1 2003 15
HIV/AIDS:
O que você deve saber
O
Allan Handysides médico parecia ligeiramente dando-nos assim maiores referenciais
apologético ao telefone. “Gosta- sobre essa infecção. Desde então, iden-
ria de saber se você aceitaria a tificou-se o vírus RNA (ácido oxirribo-
indicação de uma paciente grávida para nucléico). São chamados retrovírus e re-
acompanhamento e cuidados durante a querem uma transcrição retroativa no
gravidez e parto?” Como obstetra, gra- núcleo da célula. A partícula virótica
videzes e partos eram o meu cotidiano. carrega em sua própria estrutura a enzi-
“Sim, eu a aceito”, respondi. Meu cole- ma demandada nesse processo. Uma
ga volveu-se e esclareceu: “Pois bem, vez inscrita no DNA de seu hospedeiro,
antes de você se decidir definitivamen- o núcleo inicia o processo de reprodu-
Velhos valores éticos são ainda te, gostaria que soubesse que ela é HIV ção longos segmentos de RNA coman-
positiva.” “Sem problemas”, respondi. dando o aparelho celular do hospedei-
Ele deixou escapar um suspiro de alívio. ro. As partículas reais do vírus são “pin-
o melhor caminho a seguir. “Eu achava que você iria aceitar, mas çadas” por uma enzima chamada prote-
ela tentou dois outros médicos e eles ase, e as novas células tornam-se, a par-
lhe sugeriram que fosse a um hospital tir daí, suscetíveis de colonização. As
do centro, especializado em HIV/AIDS, células sob risco são as que transportam
porém ela não estava disposta a inter- em sua superfície uma partícula especi-
nar-se numa clínica.” al chamada CD4. Essa proteína age
A paciente parecia ser a própria ex- como uma “fechadura” na qual se ajus-
pressão de saúde. Tinha apenas 29 anos ta a “chave” viral, abrindo a célula para
de idade. Era recém-imigrada do Cana- o ingresso da partícula virótica; esse ci-
dá e estava acompanhada por seu mari- clo é repetitivo. Infelizmente para suas
do. Ele havia buscado “conforto” sexual vítimas, as células CD4 são linfócitos
com prostitutas e foi infectado pelo que desempenham um papel estratégi-
HIV. Acabou transmitindo-o à esposa co no sistema imunológico. Com o
quando ela retornou para casa, meses tempo, a produção de partículas viróti-
depois. Agora ambos, bem como o feto, cas se esvazia e subjuga as células inva-
estavam correndo graves riscos. didas, resultando em falha do sistema
Mas que doença é essa? O HIV (Vírus imunológico. Todos os tipos de infec-
de Imunodeficiência Humana) e a AIDS ção passam a ameaçar a vítima. Cânce-
(Síndrome de Imunodeficiência Adqui- res incomuns amiúde infectam pessoas
rida) são infecções virais causadas por já contaminadas pelo HIV e logo come-
um vírus tão frágil que demanda trans- çam seu ataque letal, assim como a tu-
ferência inoculativa direta. O vírus berculose fez há gerações.
morre se privado de umidade ou expos- O processo da deficiência imunoló-
to à luz do sol, mas é rapidamente gica, em geral, leva anos para se revelar,
transmissível através de fluídos corpo- embora em pessoas já debilitadas por
rais mediante relações sexuais, produ- doenças ou desnutrição essas infecções
tos sangüíneos ou agulhas contamina- possam causar morte ao cabo de sema-
das compartilhadas. nas ou meses.
O CDC Bulletin, edição de 5 de junho O curso clínico da AIDS começa com
de 1981 (editado pelos Centros de Con- dores e sofrimentos amenos; às vezes
trole de Doenças dos EUA), relatou cin- uma brotoeja temporária, nódulos lin-
co casos de pneumonia pneumocística fáticos entumescidos e uma sensação de
em jovens homossexuais masculinos, mal-estar que o médico pode diagnosti-
16 Diálogo 15:1 2003
car como “gripe” ou “infecção”, mas camentos é problema sério, e os efeitos tos políticos fazem essa assertiva, espe-
que, de fato, se apresenta persistente, colaterais são comuns. Mesmo conside- cialmente nos países que temem en-
ao contrário do que ocorre no processo rando esses pontos negativos, a expec- frentar o problema. O peso da evidên-
gripal. tativa de vida aumenta para os que são cia de que o vírus é o causador da AIDS
Inicialmente, a contagem viral no submetidos a tratamento pronto. Po- é esmagador. Crer doutro modo é negar
sangue aumenta rapidamente. Há que- rém, a terapia do HIV/AIDS não cura a as pesquisas mais avançadas jamais fei-
da dos linfócitos CD4, mas, após três a doença. Se os infectados pararem de to- tas sobre qualquer enfermidade.
seis semanas, o cômputo viral declina, mar os remédios que suprimem a repro- 6. O HIV/AIDS foi criado em laborató-
os linfócitos CD4 se recuperam um pou- dução viral, o sistema imunológico vol- rio como parte da guerra bacteriológica.
co e tem início um tipo de “guerra fria”. ta a ser ameaçado pelo vírus. Teorias conspirativas abundam por
O indivíduo infectado agora parece 2. Somente os homossexuais contraem toda parte e sobre quase todo o tipo de
bem e assim se sente. Sem um teste es- HIV/AIDS. Outra falsidade. Embora seja tópico. Como em muitos outros casos,
pecífico ele não pode ser distinguido de verdade que o relacionamento sexual tal idéia carece de respaldo factual. A
alguém saudável. O vírus tem predile- entre homens produza maior risco de maior parte da evidência sugere que o
ção por certos locais: linfócitos, órgãos contaminação, o vírus é transmissível vírus procede do chipanzé, e as primei-
genitais e cérebro. Isso assegura sua também via relacionamento heterosse- ras evidências sorológicas remontam a
transmissão e inacessibilidade à erradi- xual. O vírus aproveita-se de fissuras na 1959, a partir de uma amostra de san-
cação por meios terapêuticos comuns. pele e das superfícies das mucosas, de gue colhida no Congo. Isso sugere a ori-
modo que indivíduos que praticam gem africana da doença e também ex-
Testes empregados sexo com outros homens têm maior plica as chocantes estatísticas desse
na detecção do HIV probabilidade de contágio. Contudo, continente, onde a síndrome se tem
Os testes mais comuns são aqueles nos relacionamentos heterossexuais, as manifestado há mais onde a enfermida-
que identificam um anticorpo para o mulheres são cerca de oito vezes mais de se tem manifestado há mais tempo
HIV. Os anticorpos geralmente levam vulneráveis à infecção por contato se- que em qualquer outra parte do mun-
três a seis semanas para serem produzi- xual com homens infectados, em com- do.
dos em número significativo; assim, os paração com homens que tenham tido 7. O HIV/AIDS pode propagar-se pelo
testes realizados nesse intervalo podem relações sexuais com mulheres soropo- beijo. Essa teoria tem sido estudada cui-
resultar “negativos”, mesmo em presen- sitivas. A razão dessa condição é que as dadosamente, porque o vírus chegou a
ça da infecção. Ocasionalmente, pode mulheres têm uma superfície genital ser isolado na saliva; contudo, não há
haver produção tardia de anticorpos — mais extensa e recebem maior carga de casos confirmados de contágios desse
às vezes por poucos meses ou mais. partículas virais durante um relaciona- tipo. Mesmo que isso seja possível, cer-
Conquanto um teste positivo seja bem mento sem proteção. tamente não é um meio comprovado
convincente, um negativo não é total- 3. Países inteiros serão devastados pelo de transmissão.
mente conclusivo. HIV/AIDS. Até aqui as populações não 8. É perigoso conviver com um indiví-
Felizmente, casos duvidosos podem sofreram diminuição por causa da duo soropositivo. Não há absolutamente
ser elucidados por testes mais onerosos AIDS, mesmo na África onde o proble- risco de transmissão por tocar, abraçar
e mais precisos, que mensuram partícu- ma é grave. Isso se dá porque o índice ou comer compartilhando pratos, pane-
las virais reais (chamadas cópias) em de natalidade é mais alto que o de mor- las e talheres, ou banhar-se em instala-
cada unidade sanguínea. talidade. Algumas populações africanas ções usadas por um paciente. Nenhum
duplicam seu número a cada 20 anos. risco há também em dormir numa
Falsas noções sobre o HIV/AIDS Tal taxa de crescimento cessou, mas o cama utilizada por alguém infectado.
Quais são algumas das falsas noções so- declínio ainda não chegou a causar re- Os cristãos, especialmente, deviam evi-
bre a verdadeira natureza do HIV/AIDS? dução da população global. Talvez mais tar estigmatizar pessoas com HIV/AIDS.
1. HIV/AIDS não é tratável. Isso é fal- perturbadoras sejam as mudanças na 9. A Síndrome da Imunodeficiência Ad-
so. Embora a doença seja incurável, os expectativa de vida — menos 20 anos quirida pode ser curada tendo-se relações
resultados dos tratamentos com medi- em algumas populações, deixando com uma virgem. Essa falsa concepção
camentos disponíveis são animadores. como resultado um vasto número de prevalece em alguns países, especial-
As contagens virais diminuem e cresce crianças órfãs. Tais alterações demográ- mente na África do Sul, onde meninas
o cômputo das células brancas (CD4). ficas têm implicações sociológicas pro- de até 2 anos de idade têm sido estupra-
Os pacientes que fazem uso de medica- fundas a serem ainda entendidas e en- das por homens ignorantes que tentam
mentos próprios têm sua qualidade de frentadas. se livrar do vírus. Essa é uma atitude cri-
vida melhorada, e sobrevivem mais 4. O HIV/AIDS pode ser transmitido por minosa e equivocada e que, além de
tempo do que os que não recebem tra- mosquitos. Falso. Essa afirmação não traumatizar severamente as crianças,
tamento. Mas os medicamentos para tem evidência científica comprobató- pode transmitir-lhes a doença.
tratamento da AIDS são extremamente ria. 10. HIV/AIDS não é meu problema. É
caros. Ademais, a resistência aos medi- 5. O vírus HIV não causa a AIDS. Cer- sim, sem dúvida. Muitas famílias terão
Diálogo 15:1 2003 17
membros afetados mais cedo ou mais
tarde com a doença. Mesmo se tal não
sexual desprotegido.
Muitos jovens crêem que o sexo oral
Genesis
fosse o caso, o número de pessoas em pode impedir que contraiam doenças Continuação da página 12.
necessidade aumentará dramaticamen- sexualmente transmissíveis e o HIV/
te. Os custos de assistência médica au- AIDS. Tal não é o caso, já que os fluídos ciência, escreveu o livro Origins: Linking
mentarão, a produtividade econômica e de alguém infectado estão carregados Science and Scripture (Hagerstown, Ma;
o consumo declinarão, a dependência de vírus. Compartilhar agulhas com Review and Herald Publ. Assn, 1998), tra-
de vastos segmentos da população cres- usuários de drogas é também extrema- duzido para o português com o título Ori-
cerá. Quem pensa que esse problema mente perigoso, pois pode resultar em gens – Relacionando a Bíblia com a Ciên-
não lhe diz respeito, vive uma ilusão e contaminação, além de outros perigos cia, obra publicada pela Casa Publicadora
carece de amor e empatia cristãos. inerentes ao uso de drogas. Brasileira em 2002.
11. Como posso me assegurar de não De igual modo, as tatuagens e perfu-
ser vítima da doença? A melhor defesa rações corporais também trazem risco, Notas e Referências
contra o HIV/AIDS é levar uma vida visto que os instrumentos usados po- 1. G. L. Jepsen, “Riddles of the Terrible Lizards”,
cristã pura e casta. A transmissão sexual dem estar contaminados. American Scientist 52 (1964):227-246.
2. A. Hallam, Great Geological Controversies, 2a. ed.
desse vírus não ocorre quando ambos Em alguns países os suprimentos (Oxford: Oxford University Press, 1989), pp.
os parceiros estão livres da doença. Isso sangüíneos são agora extremamente se- 185-215; E. Dobb, “What Wiped Out the
significa que um casal que, ao tempo de guros, enquanto que em outros receber Dinosaurs?” Discover 23 (2002) 6:35-43.
seu casamento, está livre da enfermida- sangue ou derivados pode acarretar séri- 3. Para outras considerações sobre cautela, ver R.
A. Kerr, “Reversals Reveal Pitfalls in Spotting
de, não tem de se preocupar se forem fiéis os riscos. A sofisticação do sistema de
Ancient and E. T. Life”, Science 296 (2002):
a seus votos matrimoniais. Jovens que se testes sangüíneos é importante. 1384-1385; A. A. Roth, “False Fossils”. Origins
envolvem em sexo pré-matrimonial pen- Estatísticas realizadas na América do 23 (1996):110-124
sam que estão isentos de risco, mas as es- Norte indicam presença e incidência 4. Alguns pontos de vista como criação
tatísticas revelam que quanto mais cedo crescentes de HIV/AIDS na população progressiva e evolução teísta, são
intermediários entre criação e evolução. Para
começam a ter relações sexuais, mais par- feminina. Isso não é bom augúrio para uma avaliação, ver Roth, Origens –
ceiros sexuais terão. Admissáo franca não o futuro, pois a infecção feminina está Relacionando a Bíblia com a Ciência. Casa
é certamente a regra e até os testes não intimamente ligada à transmissão hete- Publicadora Brasileira, 2002, pp. 328-342.
são 100 por cento seguros. rossexual. Interesse considerável está 5. Para alguns detalhes, ver idem, p. 162.
6. H. W. Clark, The New Diluvialism (Angwin,
focalizado na criação de uma vacina
Calif.: Science Publications, 1946), pp. 37-93:
A “velha” moralidade é ainda para essa doença. Embora os testes em Roth, Origens – Relacionando a Bíblia com a
o melhor caminho animais estejam agora em curso, a mai- Ciência, pp. 155-170.
A decisão de permanecer virgem até oria dos especialistas crê que uma vaci- 7. A presença de algas em rochas profundas é
o casamento devia ser comunicada ao na humana está ainda muitos anos à inesperada. Para uma discussão mais
aprofundada, ver Roth, “Life in Deep Rocks
namorado ou namorada, e o relaciona- frente. Isso significa que uma enfermi- and the Deep Fossil Record”. Origins 19
mento deveria ser conscienciosamente dade moderna tornou a “velha” morali- (1992):93-104; J. L. Sinclair e W. C. Ghlorse.
mantido livre de situações tentadoras e dade relevante e poupadora de vidas. “Distribution of Aerobic Bacteria. Protozoa,
ambientes permissivos. Drogas e álcool Parece que o aconselhamento a jovens Algae, and Fungi in Deep Subsurface
Sediments”. Geomicrobiology Journal 7
são poderosos agentes para reduzir as de ambos os sexos para se manterem
(1989):15-31.
inibições, e muitos casos de infecção puros é tão pertinente hoje quanto 8. J. W. Valentine, “Why no New Phyla after the
com HIV/AIDS procederam de compor- sempre o foi. Cambrian? Genome and Ecospace Hypotheses
tamento irresponsável a partir do uso Ah, sim, a paciente grávida? Bem, Revisited”. Palaios 10 (1995):190-194; R. D. K.
de drogas e de álcool. tratamos dela e seu bebê não foi infec- Thomas. R. M. Shearman e G. W. Stewart.
“Evolutionary Exploitation of Design Option
Casais que se antecipam ao matrimô- tado. Tanto ela quanto o marido estão by the Firs Animals With Hard Skeletons”,
nio fariam bem em submeter-se a testes sob tratamento e passam bem. Eu a en- Science 288 (2000):1239-1242.
antes de se unir. As camisinhas são fre- contrei no ano passado e ela me pare- 9. S. A. Bowring, J. P. Grotzinger, C. E. Isachsen,
qüentemente recomendadas para a pre- ceu com boa saúde. O bebê tem agora 7 A. H. Knoll, S. M. Plechaty e P. Kolosov,
“Calibrating Rates of Early Cambrian
venção da transmissão do HIV/AIDS. anos de idade.
Evolution”, Science 261 (1993):1293-1298; C.
As estatísticas certificam uma redu- Zimer. “Fossils Give Glimpse of Old Mother
ção de 85 por cento no contágio quan- Allan Handysides (M.B., CH.B, Edim- Lamprey”, Science 286 (1999):1064-1065.
do as camisinhas são utilizadas. E, por burgo; M.D., Loma Linda University) é di- 10. Citado por M. Nash, “When Life Exploded”.
certo, qualquer êxito é melhor do que Time 146 (1995)23:66-74.
retor dos Ministérios de Saúde da Associa-
11. Para uma ilustração mais completa ver Roth,
nenhum. Apesar disso, em muitos ca- ção Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Origens – Relacionando a Bíblia com a Ciência.
sos, as camisinhas não são usadas de em Silver Spring, Maryland. Seu e-mail: Figura 10.1, p. 158.
modo consistente e apropriado, mesmo rowleys@gc.adventist.org 12. S. M. Stanley, The New Evolutionary Timetable:
quando os jovens estão bem informa- Fossils, Genes and the Origin of Species. (New
York: Basic Books, 1981), p. 93.
dos quanto aos perigos do intercurso
18 Diálogo 15:1 2003
Ponto de vista
Os adventistas e a
John Graz dignidade humana
Valor e dignidade humanos acham-se no cerne do sistema
de crenças e valores adventistas, e são os propulsores de
sua missão global.

“Promovendo a liberdade religiosa, a vida à Nossa imagem” (Gênesis 1:26),2 esta- de divina e se tornaram merecedores de
familiar, a educação, a saúde e a ajuda va compartilhando com os seres huma- morte. Mas Deus preferiu enfrentar o
mútua, e atendendo às necessidades hu- nos algo de Sua singularidade. O ser hu- pecado de uma forma diferente. Rebel-
manas, os adventistas do sétimo dia afir- mano não é mera criatura. Seu lugar na des como fossem, Adão, Eva e seus des-
mam a dignidade da pessoa humana cria- criação é absolutamente singular. Foi- cendentes eram ainda Sua criação, e
da à imagem de Deus”.1 – Trecho extraí- lhe atribuído o domínio “sobre os pei- Deus preferiu enfrentar a rebelião com
do da declaração feita pela Associação xes do mar, sobre as aves dos céus, so- redenção, a morte com vida, o ódio
Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, bre os animais domésticos, sobre toda a com amor. “Porque Deus amou ao
no dia 17 de novembro de 1998, por terra e sobre todos os répteis que raste- mundo de tal maneira que deu o Seu
ocasião do 50o aniversário da Declara- jam pela terra”. Foilhe concedida a fa- Filho unigênito, para que todo o que
ção Universal dos Direitos Humanos. culdade de pensar, escolher, ser criativo nEle crê não pereça, mas tenha a vida
e desfrutar parceria com Deus por meio eterna” (João 3:16). Embora sejamos

P
or que, como igreja, cremos na de comunhão e mordomia. pecadores e a despeito de quão longe
dignidade de todo ser humano e Todas as demais criaturas são tam- tenhamos ido, ainda somos a preciosa
a proclamamos ao mundo? Por que bém “seres viventes”, mas os seres hu- propriedade de Deus. Ele nos dotou de
o direito de cada homem e mulher à manos devem refletir a imagem de certa dignidade. Não obstante seja fir-
igualdade, saúde, liberdade, oportuni- Deus e ser cumpridores da Sua vontade. me propósito de Satanás destruir essa
dades pessoais e vocacionais, expressão Adão recebeu uma missão: gerenciar o dignidade mediante o pecado e seus vá-
e culto, independentemente de raça, re- planeta Terra. A diferença entre o con- rios meios enganosos, Deus, mediante
ligião, nacionalidade, idioma, cor ou ceito bíblico e as antigas tradições ou a Seu Filho Jesus, revelou quão valiosos
tribo, é tão fundamental à visão e mis- teoria da evolução é imensa. Não somos somos à Sua vista. Tanto assim que Je-
são da igreja? A resposta é simples. Nos- o produto acidental de um longo e si- sus morreu na cruz por nossos pecados.
sa missão em prol da dignidade huma- nuoso processo evolucionário, nem a Por isso, a cruz se torna a afirmação per-
na não deriva de política, educação, so- ação arbitrária de uma divindade luná- durável de que todo ser humano é uma
ciologia ou psicologia. Ele está enraiza- tica. Somos fruto do amor de Deus e pessoa de imenso valor e dignidade. De
do no compromisso de fé que temos parte de Seu desígnio universal. Somos fato, Jesus de tal modo Se identificou
com nosso Deus Criador. chamados a ser os principais protago- com a humanidade, que aquilo que fa-
Assim sendo, quando falamos em nistas de um extraordinário destino. Por- zemos a uma pessoa equivale a tê-lo fei-
dignidade humana, temos de começar tanto, quando lidamos com seres huma- to ao próprio Cristo. “Em verdade vos
com o relacionamento Deus-homem e nos, estamos lidando com o seu Criador. afirmo que sempre que o fizestes a um
isso envolve profundas implicações teo- É esse parentesco divino que fundamenta destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o
lógicas e relacionais. Tal consideração o conceito adventista de dignidade hu- fizestes” (Mateus 25:40). Portanto, toda
leva em conta a realidade da Criação, a mana. vez que alguém sofre abuso, tortura ou
cruz, o Espírito Santo, a lei moral e o dis- humilhação, Cristo é atingido. A criatura
cipulado. A cruz e a dignidade humana de Deus, motivo da redenção provida por
O segundo fator que reforça a âncora Cristo, nunca deve ser tratada como um
Criação e dignidade humana teológica da dignidade humana, como objeto comum a ser manipulado, mas
O conceito adventista de dignidade defendido pelos adventistas, é que Deus como uma jóia insubstituível.
humana teve sua origem na própria não abandonou a raça humana à morte
mente de Deus, quando Ele, em Sua in- e destruição, mesmo após ter ela se re- A dignidade humana e o templo do
finita sabedoria, tornou a humanidade belado contra a Sua vontade. Quando Espírito Santo
a coroa de Seu processo criativo. Quan- Adão e Eva pecaram no Jardim do Éden, Se os atos criativos e redentores de
do o Criador disse: “Façamos o homem revoltaram-se contra a manifesta vonta- Deus propiciam o fundamento para o
Diálogo 15:1 2003 19
nosso conceito de dignidade humana, nosso relacionamento uns com os ou- uma rotina formal. É mais do que belas
essa concepção é ainda elevada a maio- tros como seres humanos. Conquanto frases, comoventes orações, hinos ins-
res alturas pela proclamação bíblica de Deus permaneça como o supremo pon- piradores ou reuniões movimentadas
que somos o templo do Espírito Santo. to de referência e definidor de nossa ati- num templo elegante e confortável.
“Não sabeis que sois santuário de Deus, tude para com outros, é nas especifica- Não se trata de um catálogo de doutri-
e que o Espírito de Deus habita em vós? ções da segunda parte da lei moral que nas, a despeito de quão importantes
Se alguém destruir o santuário de Deus, temos as relações humanas codificadas. elas sejam. É vida real! Como declara
Deus o destruirá; porque o santuário de Você acha que alguém, tendo sua bús- Tiago: “A religião pura e sem mácula
Deus, que sois vós, é sagrado” (I Corín- sola moral calibrada pelos Dez Manda- para com o nosso Deus e Pai, é esta: vi-
tios 3:16 e 17). E novamente: “Acaso mentos, possa mentir, matar ou mani- sitar os órfãos e as viúvas nas suas tribu-
não sabeis que o vosso corpo é santuá- festar desprezo e desrespeito para com lações, e a si mesmo guardar-se inconta-
rio do Espírito Santo que está em vós, o seu próximo? Esse relacionamento con- minado do mundo” (Tiago 1:27). Em
qual tendes da parte de Deus, e que não ceitual entre a lei moral e a dignidade outras palavras, não pode haver verda-
sois de vós mesmos? Porque fostes com- humana foi ampliado ainda mais por deira experiência religiosa sem respeito
prados por preço” (6:19 e 20). Jesus no Sermão da Montanha. Um pela dignidade humana.
Declarar que somos o templo de exemplo basta: Jesus definiu o assassi- Isso explica por que os adventistas,
Deus e que nosso corpo é o lugar de ha- nato não simplesmente como o ato de desde o início de sua história, têm-se
bitação do Espírito Santo, é atribuir a tirar a vida de alguém, mas até ofato de comprometido em defender o valor de
mais elevada dignidade possível ao ser desprezar e chamar um semelhante de todo ser humano. Desde o princípio foi
humano. Mesmo um descrente não ou- louco (ver Mateus 5:21 e 22). Daí a ên- adotada uma firme posição contra toda
saria pensar em cometer sacrilégio con- fase adventista sobre a lei moral e a in- forma de injustiça social. Ellen White
tra um local de adoração. Como, pois, corporação do amor puro e ilimitado escreveu: “A escravidão, o sistema de
podemos insultar nossos semelhantes, para o qual ela aponta, constituir-se o castas, os preconceitos raciais, a opres-
seres criados à imagem de Deus e tem- firme e inabalável fundamento de nos- são dos pobres, a negligência dos des-
plos em potencial do Espírito Santo? sa defesa da dignidade e dos direitos venturados — isso tudo é estabelecido
Ninguém é demasiado insignificante, humanos. como anticristão e uma séria ameaça ao
pobre e indigno para ser tratado com bem-estar da humanidade, e como ma-
desrespeito. E isso não é tudo. Nossa Dignidade humana: les apontados por Cristo que a Sua igre-
doutrina de dignidade humana chega Implicações no discipulado ja tem o dever de vencer”.3
ao ponto de requerer que tratemos nos- Para os adventistas do sétimo dia, a E também: “O Senhor requer que re-
sa mente e nosso corpo com o maior dignidade humana não deve aparecer conheçamos os direitos de todos os ho-
cuidado, e que não permitamos estejam como algo distante e inatingível. Isolar mens. Os direitos sociais dos homens, e
eles sujeitos a abuso ou maus-tratos de as crenças da prática tem sido uma con- seus direitos como cristãos, devem ser
qualquer espécie. Assim, o apelo adven- tínua tentação em nossa vida religiosa, tomados em consideração. Todos têm
tista em prol da dignidade humana pro- e isso não se mostra mais real do que na de ser tratados fina e delicadamente,
cede da nossa atitude com relação a nós arena das relações humanas. Quando como filhos e filhas de Deus”.4
mesmos, para envolver toda a humani- Deus nos ordena amá-Lo com todo o Como resultado, nossa igreja desen-
dade em escala global. nosso ser e aos nossos semelhantes volveu um ministério de restauração e
como a nós mesmos, está apelando a respeito pela dignidade humana. Medi-
A dignidade humana e um retorno à meta da vida como plane- ante um sistema global de igrejas, esco-
os mandamentos de Deus jada originalmente por Ele. O centro da las, hospitais, serviços comunitários e a
Os Dez Mandamentos podem ser vida é o relacionamento bom e apropri- Agência Adventista de Desenvolvimen-
chamados de a primeira declaração de ado, tanto com Deus quanto com os se- to e Recursos Assistenciais (ADRA), os
direitos humanos. A violação de um de- res humanos. O profeta Isaías declara adventistas difundem a mensagem de
les afeta diretamente a qualidade de quão inseparáveis são: “Porventura não preocupação e cuidado para com toda a
vida, paz e dignidade humanas. Jesus é também este o jejum que escolhi, que humanidade em 203 dentre 208 países
sumariou os Dez Mandamentos em soltes as ligaduras da impiedade, desfa- reconhecidos pelas Nações Unidas. En-
poucas palavras: “Amarás o Senhor teu ças as ataduras da servidão, deixes livres tre as igrejas cristãs, assumimos um pa-
Deus de todo o teu coração, de toda a os oprimidos e despedaces todo jugo? pel de liderança na promoção da liber-
tua alma, e de todo o teu entendimen- Porventura não é também que repartas dade religiosa para todos. Através da
to... Amarás o teu próximo como a ti o teu pão com o faminto, e recolhas em pena e da voz, de missão e ministério,
mesmo” (Mateus 22:37). Os primeiros casa os pobres desabrigados, e se vires o não somente suscitamos mais tentamos
quatro mandamentos tratam da nossa nu, o cubras, e não te escondas do teu oferecer uma resposta significativa a
aliança com Deus, que é a origem de semelhante?” (Isaías 58:6 e 7.) perguntas como: De que forma esta-
nossos direitos. Os últimos seis definem A religião, portanto, é mais do que mos defendendo e promovendo os di-

20 Diálogo 15:1 2003


reitos humanos? Que deve ser feito venha para reinar”.8 cretário Geral da Associação Internacional
quanto às várias formas de discrimina- Essa visão dos pioneiros, de que o de Liberdade Religiosa. Seu e-mail:
ção em diferentes países? Como nos re- cristão deve ir além da metodologia tra- 74532.240@compuserve.com
lacionamos com políticas que tratam de dicional de assistência social, até os
guerra e terror? Que dizer de sistemas e problemas da dignidade e valor huma- Notas e referências:
estruturas políticas que podem afetar a nos, refletiu-se na resolução da Associa- 1. Declarações de Igreja, 1a. ed. (Tatuí, SP:
vida das pessoas, gerar fome, refugiados ção Geral de 1865: “Resolvido que, a Casa Publicadora Brasileira, 2003), p. 59.
2. Todas as referências bíblicas deste artigo
e campos de concentração? Como de- nosso ver, o ato de votar quando exerci- foram extraídas da Versão Almeida revista
vemos reagir à tragédia humana da do em benefício da justiça, humanida- e atualizada no Brasil.
AIDS? Que dizer da exploração do tra- de e direito, é em si mesmo correto e 3. Ellen G. White, Life Sketches of Ellen G.
balho infantil, da escravidão e da con- pode às vezes ser altamente apropriado; White (Mountain View, Calif.: Pacific Press
Publ. Assn., 1943), p. 473.
dição da mulher? mas a admissão de tais crimes como in-
4. __________, Obreiros Evangélicos (Tatuí, SP:
Não pretendemos ter todas as respos- temperança, insurreição e escravidão, Casa Publicadora Brasileira, 1993), p. 123.
tas ou soluções eficazes para todos os consideramos como altamente conde- 5. Zdravko Plantak, The Silent Church (Nova
problemas. Mas levantar tais indaga- náveis à vista do Céu”.9 York: St. Martin’s Press, Inc., 1998), p. 48.
ções e agir em cooperação com outras Essa resolução apelava à promoção e 6. Ellen White, Testemunhos Para a Igreja
(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,
agências na promoção dos valores hu- defesa da dignidade humana mediante 2000), vol. 1, p. 358.
manos são, por si só, tarefas necessárias. “o ato de votar” para mudar a lei. Con- 7. Ver Douglas Morgan, Adventists and the
Não podemos de forma alguma dar-nos tudo, os pioneiros estabeleceram um li- American Republic (Knoxville: The
ao luxo de permanecer em silencio no mite: “Mas devemos reprovar qualquer University of Tennessee Press, 2001), p.
31.
que se refere à violação do ser humano. participação no espírito de disputa par-
8. Tiago White, citado por Morgan, p. 34.
tidária”.10 9. “Report on the Third Annual Session of
Margem alguma para o silêncio the General Conference”, p. 197; citado
Em 1988, Zdravko Plantak publicou A dignidade humana: por Morgan, pp. 36 e 37.
um livro corajoso sobre nossa igreja e Um valor central 10. Ibidem.
os direitos humanos. O título por si só é Assim, para os adventistas, a digni-
eloqüente: The Silent Church [A Igreja dade humana é um valor essencial. Não
Silenciosa]. Ele escreveu: “Os adventis- devemos apoiar de modo algum uma
tas precisam começar a envolver-se (no política ou atitude que negue a dignida-
mundo) porque o seu Deus Se interessa de de qualquer segmento da humanida-
nisso e deseja que eles cuidem uns dos de. Como igreja, devemos ser prudentes
outros. Identificar-se com Jesus signifi- e sábios ao falarmos oficialmente, mas
ca identificar-se com pobres, oprimidos ser uma igreja silenciosa sobre questões
e aqueles a quem têm sido negados os vitais é envergonhar-se de Jesus, nosso
direitos e liberdades básicos. Não é sufi- Salvador e de Deus, nosso Criador.
ciente cuidar da pessoa e deixar de pre- Como membros da igreja, não devemos
ocupar-se com as leis que afetam a vida tomar parte em nenhum empreendi-
dela na sociedade”.5 mento que transforme alguém feito à Emprego e
Os pioneiros adventistas entendiam imagem de Deus em uma coisa ou obje-
isso perfeitamente. Ellen White pode to. A questão não tem a ver somente Oportunidades
não ter promovido uma melhoria das
condições dos escravos, mas condenou
com coerência, mas também com teste-
munho. Nunca devemos nos esquecer
para Voluntários
a escravidão em termos bem vigorosos: de que somos embaixadores do reino de Se você é adventista do sétimo dia
“A instituição da escravatura... permite Deus na Terra, e arautos de uma nova com habilidades profissionais, pode infor-
[o homem] exercer sobre seu semelhan- criação que restaura e estabelece para mar seus dados pessoais ou verificar opor-
te um poder que Deus nunca lhe confe- sempre a dignidade humana. Só então, tunidades de emprego e de serviço volun-
riu, e que pertence somente ao Se- “romperá a tua luz como a alva, a tua tário nos seguintes websites:
nhor”.6 Ela prosseguiu condenando a cura brotará sem detença, a tua justiça • Adventist Development and Relief
política escravagista como “um insulto irá adiante de ti, e a glória do Senhor Agency (ADRA): www.adra.org
a Jeová”.7 será a tua retaguarda” (Isaías 58:8). • Adventist Volunteer Center:
Tiago White escreveu que o cristão http://volunteers.gc.adventist.org
“tem realmente tanto interesse neste John Graz (Ph.D. pela Universidade Sor- • General Conference Secretariat:
velho mundo quanto qualquer outro bonne de Paris) é diretor de Relações Públi- http://www.adventist.org/gc/
homem. Aqui ele deve permanecer e fa- cas e Liberdade Religiosa da Associação secreatariat/employment.htm
zer sua parte até que o Príncipe da Paz Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e Se-

Diálogo 15:1 2003 21


Perfil
Mary Grace Gellekanao
Diálogo com uma pianista concertista muito especial

A legre expectativa pairava no ar.


Pais, avós e demais membros
da família aguardavam do lado de
fora do Centro Médico Riverside, na
■ Grace, quando você começou a interes-
sar-se por música?
Quando tinha cerca de 6 anos. Tor-
nei-me muito interessada em música e
cidade de Bacolod, Filipinas, a notícia desejava tocar um instrumento. Então
que estava prestes a ser divulgada. Fi- minha avó levou-me a sério e fez todo o
nalmente veio o momento em que a garotinha, o primeiro bebê da casa, chegou possível até convencer uma professora
ao mundo chorando muito. O nascimento de uma nova criança por si só traz de piano a aceitar-me. Meu avô estava
alegria. Mas, junto com o contentamento, essa garotinha trouxe grandes preo- mais do que disposto a apoiar-me fi-
cupações a seus pais e avós: ela nasceu com ausência conata de parte de seu an- nanceiramente. Graças à sua confiança
tebraço direito. Os pais a chamaram Mary Grace, como que para refletir a cal- fui capaz de descobrir uma importante
ma resignação e a serena fé da Maria bíblica, e para deixar implícito que aque- parte de mim mesma.
le pequeno pedaço de gente era realmente um presente de Deus a eles, para ser
criada em Seus caminhos segundo a Sua vontade. ■ Você realmente descobriu um potencial
Mary Grace Gellekanao vivia com a família e os avós na mesma casa. Os oculto.
avós dedicaram seu amor à criança em desenvolvimento e não permitiram que Graças a Deus e a meus entes queri-
a deficiência congênita lhe afetasse o futuro. Quando Grace revelou interesse dos. Não demorou muito para que eu
por música e piano, sua avó considerou isso um desafio. Ela procurou um pro- soubesse o que é a música e o que ela
fessor após outro; mas nenhum se dispunha a ensinar-lhe. Como poderia uma requer. Exige muita força de vontade e
garota sem antebraço dominar um teclado? Mas tanto Grace quanto sua avó bastante prática. Dediquei tudo que po-
eram mulheres de fibra. Não eram do tipo que desanima facilmente. Após me- dia a essa arte que tanto amo, e hoje
ses de busca, correndo a cidade de um lado a outro, sua persistência foi recom- sou capaz de tocar peças difíceis. Por in-
pensada. Uma professora concordou em tomar parte no desafio e concordou em crivel que pareça, meu braso direito
lecionar para Grace, que na época era apenas uma criança. toca as partes mais difíceis da peça. Ad-
Hoje, 24 anos depois, Grace domina o piano. Ela pratica pelo menos quatro mito que às vezes dói, especialmente
horas por dia e pode tocar muitas peças difíceis. Ela também toca órgão. Em quando estou tocando uma peça com
1994, Grace, incentivada por sua professora, Sra. Sylvia Javellana, apresentou escalas muito rápidas. Mas digo a mim
um recital solo de órgão. Um ano depois, a instituição “Voluntários para a Rea- mesma que a dor que enfrento ao pres-
bilitação dos Deficientes e Incapacitados” daquele país organizou o primeiro re- sionar cada tecla é o que torna a música
cital solo de piano de Grace. Foi um sucesso, mas apenas o começo. especial, diferente de todas as demais.
Em 1996, Grace começou uma turnê internacional e tem tido uma agenda O som do aplauso das pessoas me deixa
lotada desde então, com estudos universitários e apresentações. Ela se graduou entusiasmada porque sinto que as faço
em maio de 2001 pela Universidade de St. La Salle, da cidade de Bacolod, ob- felizes. Elas apreciam os meus esforços e
tendo o bacharelado em Psicologia. Grace espera utilizar seus talentos musicais isso constitui a recompensa e o remédio
para ajudar outros, especialmente pessoas com habilidades diferenciadas, como suficientes para um antebraço dolorido.
no seu caso, a se aceitarem como criaturas especiais de Deus, de modo que pos-
sam ter propósito na vida e ser produtivas. Atualmente Grace é voluntária no ■ Onde e com que freqüência você se tem
Movimento dos 1.000 Missionários das Filipinas. apresentado?
Com o apoio de minha professora,
decidi realizar um recital solo de órgão
em 1994, e um recital solo de piano no
ano seguinte. A partir daí o programa se
acelerou. O ano mais inesquecível foi
1996. Tive apresentações em muitos lu-
gares. No mês de fevereiro me apresen-

22 Diálogo 15:1 2003


tei em Guam durante o 40o aniversário ■ Como foi sua experiência universitária? mática da música no tratamento de as-
da Clínica Adventista do Sétimo Dia. Minha vida universitária foi para pectos fisiológicos e psicológicos de
Dois meses mais tarde, juntamente com mim o período mais memorável. Come- uma enfermidade ou deficiência. Con-
alguns de meus colegas da escola de cei a relacionar-me com outras pessoas. centra-se na aquisição de habilidades e
música, dei início a uma turnê de reci- Consegui muitos amigos e realmente comportamentos não-musicais, deter-
tais pela Europa. O recital mais memo- passei a aproveitar a vida e partilhar minados por musicistas terapeutas es-
rável teve lugar em Frankfurt, Alema- minha música. Não enfrentei nenhum pecializados, mediante avaliação siste-
nha, no Buerguerhaus de Hausen, para problema com minha fé enquanto cur- mática e planejamento terapêutico.
o Clube da Família de Offenbach. Entre sava a faculdade, embora fosse uma
os convidados que assistiram ao recital universidade católica. Eu não precisava ■ Você enfrentou dificuldades devido às
estava um ex-embaixador das Filipinas assistir às aulas aos sábados e os estu- suas limitações físicas?
na Alemanha, Francisco del Rosario. dantes e professores respeitavam as mi- Há ocasiões em que me sinto um pou-
Posteriormente seguimos em turnê por nhas crenças. co desapontada, especialmente quando
outras partes da Europa, e em nossa via- Houve algumas pessoas especiais em há coisas que desejo fazer mas não consi-
gem de retorno passamos por Bangcok, minha vida, mas há alguém que desejo go por causa das minhas limitações. Por
na Tailândia. mencionar. Essa amiga ajudou-me a ter exemplo, preciso que alguém me ajude
Outros concertos internacionais se- dignidade própria, a preencher os espa- a cortar o bife quando me alimento.
guiram-se enquanto eu me valia das ços vazios em minha vida e a manter- Não posso esquiar, não posso desem-
oportunidades de partilhar meu dom me perto de Deus. Ela me deu coragem brulhar um papel de chocolate como
musical com a audiência, e no processo, para enfrentar a vida e me tem ajudado outras pessoas e digitar me é difícil. Te-
ganhar o amor e apreciação de minha a confiar nas pessoas. Quando eu era nho de utilizar pesados sapatos ortopé-
própria família. mais nova, não podia expressar a nin- dicos e isso é cansativo.
guém o que sentia. Apenas conservava
■ E seus pais? Vindos de uma cultura como tudo dentro de mim. Ansiava ter a sen- ■ Tem alguma palavra de conselho para os
a sua, eles devem ter tido suas próprias difi- sação de pertencer a alguém, de ser nossos leitores?
culdades a vencer durante seus primeiros abraçada. Mas não obtive muito suces- Nunca desanimem, porque Deus está
anos de infância, considerando sua defici- so até conhecer minha amiga especial no controle. Às vezes sinto que estou a
ência física. na faculdade. Como disse, ela tornou ponto de desanimar, mas então oro e
Minha infância foi um tanto com- minha vida muito mais significativa. encontro em Deus a força, o conforto e
plexa porque meus pais enfrentaram Sinto-me muito abençoada porque ela e o amor de que preciso para seguir avan-
tempos difíceis para aceitar o fato de outros cruzaram meu caminho. te. Sou grata a Ele porque sempre está
que sua filha mais velha nasceu com ao meu lado para cuidar de mim. E o
uma deficiência física. Eu tentava com- ■ Grace, apenas por curiosidade, por que grande fato é que Ele também está aí ao
preender a reação deles diante de meu decidiu cursar Psicologia na faculdade e não seu lado. Meu cântico favorito é: “Deus
infortúnio, embora me sentisse real- música? Abrirá um Caminho”. É verdade, Ele
mente afetada com sua frustração. No Eu sempre tive esse sonho — ser uma abrirá um caminho, mesmo que pareça
entanto, ainda sinto que de um modo missionária através da música, de al- não haver caminho. Eu passei por mui-
ou outro sou afortunada por Deus ter- gum modo à minha própria maneira, ta coisa desde a infância. Seria inevitá-
me concedido o dom de tocar piano e fazendo uma diferença na vida das pes- vel que alguns de meus colegas zombas-
órgão, o que compensa minha condi- soas. Acreditava que uma combinação sem de mim e dissessem coisas que po-
ção. de psicologia e música poderia ajudar- diam partir-me o coração. Mas desde
Sinto-me feliz porque Deus tem sido me a ser eficaz em terapia musical. jovem tenho procurado lembrar-me de
tão bom para mim, permitindo que to- Também espero poder inspirar outros que “Deus não cria refugo”, como se
das essas coisas maravilhosas ocorram com deficiências. A deficiência física diz, e é isso que desejo que os jovens
em minha vida. Tocar me tem proporci- não é impedimento para o êxito ou feli- tenham em mente. Todos são especiais
onado tantas alegrias! E embora as coi- cidade. Desejo que as pessoas percebam à Sua vista.
sas nem sempre ocorram do modo isso. Anseio dedicar cada minuto de mi-
como desejamos, devemos sempre lem- nha vida a Deus. Estou certa de que uma Entrevista dada a
brar-nos de que tudo quanto Ele permi- musicista e psicóloga ao mesmo tempo Kimberly Luste Maran.
te que nos sobrevenha tem um propósi- pode ser realmente um grande auxílio
to. Deus emprega mesmo os maiores er- para a realização de meus objetivos. Kimberly Luste Maran é redatora-assis-
ros e o mais profundo ferimento para tente da Adventist Review. Seu e-mail é:
moldar-nos em pessoas de valor e quali- ■ Pode nos relatar algo sobre terapia musi- marank@gc.adventist.org
dade. cal?
A terapia musical é a aplicação siste-

Diálogo 15:1 2003 23


Perfil
Ben Carson
Diálogo com um neurocirurgião pediátrico que, a despeito
de ter passado por uma cirurgia para a retirada de um
câncer, ainda costuma sonhar alto.

A
utor dos livros Ben Carson e Sonhe Alto, o Dr. Benjamin S. Carson é sional? Ouvi que o senhor realiza mais de
diretor da Divisão de Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Johns 400 cirurgias por ano.
Hopkins, em Baltimore, Maryland. Ele também é professor de Estou pensando em reduzir esse nú-
neurocirurgia, cirurgia plástica, oncologia e pediatria. É ainda autor de mais de mero para cerca de 350. Eu gostaria de
90 publicações na área de neurocirurgia. O Dr. Carson recebeu 27 títulos hono- aumentar as oportunidades de realizar
rários de doutorado e inúmeros prêmios cívicos e governamentais. Foi escolhido palestras públicas, das quais gosto mui-
pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, como uma das 89 pessoas fa- to, mas nunca faría exclusivamente
mosas vivas e reconhecido pela CNN como um dos 20 mais destacados médicos isso.
e cientistas. Alguns anos atrás pensei em deixar a
Ele também é um paciente. Em junho do ano passado, o Dr. Carson desco- carreira médica. Ela pode tornar-se in-
briu que era portador de uma forma agressiva de câncer prostático. Ele se sub- crivelmente frustrante, com toda a bu-
meteu à cirurgia oncológica em agosto. Nesta entrevista, o Dr. Carson revela rocracia e cuidados administrativos que
seus pensamentos sobre o impacto que essa experiência produziu nele e em sua produzem limitações financeiras. Disse
fé, e fala como se sente atualmente. a mim mesmo que não valia a pena
Diálogo publicou um perfil sobre o Dr. Carson em 1990, e desde entao o mé- toda essa agitação.
dico foi abençoado com muitas experiências positivas. Sua influência chegou Eis por que tenho trabalhado para
até à Casa Branca e ao Capitólio, mas seu centro de atividades ainda é o Hos- instituir a Fundação Beneficente de Do-
pital Johns Hopkins, onde trabalha numa das mais difíceis áreas da medicina – ações, que tornaria possível praticar a
cirurgia cerebral. Seu sucesso na realização de “milagres” é atestado por muitos, medicina de modo mais acessível. Para
mas em sua calma e modesta maneira, confere todo crédito a Deus. aqueles que não têm seguro ou que têm
O Dr. Carson é muito requisitado como orador motivacional e tem muitas seguro insuficiente e sofrem de doenças
oportunidades de testificar de sua fé em Deus e suas convicções adventistas. complexas, esse fundo permitiria ao
Provindo de um ambiente desprivilegiado em sua infância, o Dr. Carson subiu médico tratar-los sem qualquer preocu-
da condição de “simplório” da classe até sua prestigiosa e atual posição, com o pação sobre sua condição financeira.
“apoio de sua mãe e a graça de Deus”. Nem tudo foi um mar de rosas. Com 14 Quando me animei a estudar medicina,
anos de idade ele se irritava com facilidade e, certa vez, tentou esfaquear um pesquisei a vida de Cristo e Seu ministé-
amigo no estômago. A fivela do cinto do rapaz o salvou de morte certa, partindo rio de cura. Ele não verificava se o do-
a lâmina. ente possuía seguro. Eu gostaria de po-
Esse incidente levou o Dr. Carson a reavaliar completamente sua vida e o der realizar esse sonho.
rumo que ela tomava. Orou para que o Senhor removesse dele ódio e o ajudasse O Programa Carson de Bolsas de Es-
em seu sonho de tornar-se médico. Hoje ele é uma das pessoas mais simpáticas tudos (www.carsonscholars.org) está
e gentis que você possa conhecer e uma garantia da competência divina de sendo extremamente ben-sucedido. Es-
transformar-nos à Sua semelhança. tou empenhado em contribuir para o
Atualmente o Dr. Carson vive em Upperco, Maryland, com sua esposa Candy progresso de jovens estudantes, não
e três filhos adolescentes, Murray, B.J. e Rhoeyce. apenas do ponto de vista acadêmico,
mas também em termos de qualidade
■ Dr. Carson, obrigado por conceder-nos menda procura pelos meus serviços. Eu humana. Cerca de $400.000 dólares já
mais uma entrevista. O que aconteceu em poderia me tornar seletivo, por exem- foram distribuídos em bolsas de estu-
sua vida desde 1990? plo, e apenas tratar de pacientes que dos, e temos mais entrando em várias
Muita coisa. Primeiramente me tor- podem pagar; mas eu nunca fiz isso. filiais locais.
nei muito mais conhecido no mundo Assim, tive de imaginar meios cada vez Estou também mais envolvido com a
todo. Tenho recebido muitas homena- melhores de cuidar das pessoas e tam- área governamental, tendo me familia-
gens e tido muitas oportunidades de bém de encaminhá-las aos melhores es- rizado com os presidentes Bush e Clin-
testemunhar a outros, geralmente em pecialistas da região. ton, e conhecido alguns dos assessores,
níveis elevados. senadores e diputados. Muitos têm in-
Uma das principais coisas é a tre- ■ Que pode dizer sobre seu trabalho profis- sistido que eu ingrese na política, mas
24 Diálogo 15:1 2003
eu só faria isso se Deus me pegasse pelo A cirurgia foi muito bem-sucedida. O está escrito em Provérbios 3:5 e 6:
colarinho e me colocasse lá. Uma vez câncer estava restrito, mas a um milí- “Confie no Senhor de todo o seu cora-
que não creio em precisão política, metro de alastrar-se. Os nódulos eram ção e não se apóie em seu próprio en-
meus pontos de vista não se encaixari- todos negativos e os nervos foram pou- tendimento; reconheça o Senhor em
am bem! pados. E eu vou prosseguir! todos os seus caminhos e Ele endireita-
rá as suas veredas.” (NVI)
■ Como está atualmente sua saúde? Como ■ O que essa experiência representou para
o senhor se sente deixando de ser médico e sua fé? ■ O que o senhor gostaria de dizer aos jo-
tornando-se paciente per algum tempo? Mesmo nos momentos mais escuros, vens, alguns dos quais estão cursando fa-
Penso que sou muito bom paciente quando pensava ter metástase na espi- culdade?
para um médico. Todavia, prefiro ser nha dorsal, minha fé era forte. Como Testemunhe! Não permita que al-
médico e não paciente! As perspectivas eu disse antes, creio que Deus nunca guém defina seu testemunho para você.
são diferentes. Já me considero bastante comete erros. Isso me dá grande confi- Se você é um cristão e ama as pessoas,
sensível mas essa enfermidade me tor- ança. Mesmo que eu morra haverá uma isso se tornará patente. Testemunhar
nou ainda mais sensível às doenças e à razão e Deus fará delá o melhor. Embo- não é necessariamente distribuir folhe-
dor das pessoas. Ela também confirma ra eu não tivesse nada como a experiên- tos ou dar estudos bíblicos. É como tra-
minha apreciação pelos cuidados dis- cia de Jó, pude identificar-me com sua tamos as pessoas e como reagimos às
pensados. Eu sempre disse que as enfer- declaração acerca de Deus: “Ainda que coisas. É como ser bondoso e tratar os
meiras são a infantaria da medicina, e Ele me mate, nEle confiarei.” Até a outros, não proferindo ditos sarcásticos
ao tornar-me um paciente essa aprecia- morte confiarei em Deus e estarei segu- e cruéis, por exemplo. Não se torne o
ção se intensificou. Veja você, eu nem ro de que Ele cuida de tudo. Por outro mesmo tipo de pessoa dogmática que
sempre faço o que me mandan fazer. lado, eu pensava que Deus não me dei- aqueles que discutem com você. Olhan-
searia eu morrer, mesmo que estivesse do para além do debate e respeitando
■ Como o senhor ficou sabendo do câncer e metástases na espinha dorsal. Ele pode- opiniões que são diferentes das suas,
como reagiu? ria resolver o problema e curar-me. você pode ser uma testemunha muito
Eu tinha alguns sintomas e fui fazer Essa experiência aprofundou meu re- mais eficiente.
exames. Depois de tentar antibióticos e lacionamento com Deus. Embora eu
outros tratamentos, mandei fazer uma sempre tenha iniciado e findado o dia ■ Ao falar em público, que mensagem o se-
biópsia. A indicação inicial era de 18% com oração e estudo da Bíblia, agora eu nhor costuma dar?
de probabilidade de câncer prostático. o faço com maior vigor. Tenho pensan- Depende do auditório. Faço uma pa-
Entretanto, no dia seguinte, recebi os do e apreciado o que Deus criou – flo- lestra no hospital uma vez por mês.
resultados dos exames enquanto estava res, árvores, a incrível beleza do canto Falo freqüentemente sobre o conceito
realizando uma cirurgia. A enfermeira dos pássaros pela manhã, as raposas e de que a pessoa que mais tem a ver com
segurou o telefone junto ao meu ouvi- os milharais. Sou muito grato pela fa- o que acontece a você, é você mesmo.
do. Era um câncer de alto risco. Agrade- mília saudável e pelo dom divino da li- Com educadores, destaco a influên-
ci e tentei não pensar sobre isso durante berdade —ir e vir como e quando qui- cia que um professor motivado e bem
a intervenção cirúrgica. ser, fazer o que quiser— essa é uma bên- ajustado pode exercer. Aos grupos civis
A caminho de casa o pensamento ção extraordinária! e políticos, falo sobre liderança e res-
me turbava. Já teria ocorrido metástase? Agora reconheço muito mais o ponsabilidade e os efeitos deletérios da
O câncer era de rápida progressão. Eu quanto Deus nos ama. Tenho meditado burocracia.
tinha algo que poderia matar-me. Não sobre minha vida, recordando-me do Ao falar em círculos acadêmicos, em
era o pensamento da morte que me in- tempo em que eu tinha 8 anos, assenta- universidades, minhas crenças são o
comodava, mas de deixar família, paci- do sobre os desgastados degraus de ma- destaque. Nesse ambiente costumo tra-
entes, equipe, milhares de pessoas que deira de nossa casa em Boston, cercado tar de justiça política integral. Há uma
estavam dependendo de mim. Senti-me de ervas daninhas, sujeira e vidros que- tendência de pensar que qualquer reli-
um traidor e isso me atormentava. Mi- brados, convivendo com os sem-tetos e gião exótica ou oriental é boa, enquan-
nha esposa Candy e eu conversamos a as gangues. Lembro-me da sensação de to que as cristãs tradicionais não o são.
respeito. Não estávamos 100% certos desesperança que sentia. Rapaz, foi um Tolerância, contudo, significa mais do
do que tudo isso significava. Embora longo caminho de lá até aqui! que ter pessoas concordando com você.
houvesse certo temor, Candy mefez E quem me trouxe aqui foi Deus. Você precisa avaliar, ser objetivo e de-
lembrar de que o Senhor cuidaria de Como Ele conduziu aquele meninozi- monstrar sinceridade. Os intelectuais
tudo, pois Ele sempre faz assim. nho desde o cortiço até aqui! Pensei nos freqüentemente falam dos cristãos,
personagens bíblicos e em como Deus mesmo aqueles que são educados,
■ O senhor pode dizer algo sobre os resul- está tão ativo hoje. Ele está disposto a
tados da sua cirurgia? nos ouvir e atuar em nossa vida. Como
Continua na página 31.

Diálogo 15:1 2003 25


Logos
Eis o que Jesus fez por
Wolfgang Stammler mim!
Conte suas bênçãos, uma a uma, e veja o quanto
Deus já fez!

1. “Seja a atitude de vocês a mesma 5. Jesus nasceu no lar de um carpin- tilhou a vida de todos os estrangeiros, imi-
de Cristo Jesus, que embora sendo teiro. O trabalho duro de um operário grantes e asilados.
Deus, não considerou que o ser igual a era sua rotina diária. Desse modo Ele EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
Deus era algo a que devia apegar-Se; compartilhou a vida daqueles que se dedi-
mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser cam a trabalhos simples e práticos. Ele
9. Após muitos anos, Jesus retornou
a Nazaré, uma cidade de má reputação.
servo, tornando-Se semelhante aos ho- honrou aqueles que trabalham fielmente e
Ele compartilhou a vida de todos os refugi-
mens.” (Filipenses 2:6, 7). Ele Se tornou tornou-Se um com eles, não importando
ados que retornam e pessoas reassentadas
semelhante a mim a fim de compartilhar quão humilde possa ser a ocupação.
que mudam para uma terra desconhecida,
minha vida e meu destino. EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
tendo de começar do nada e sob condições
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
6. Os primeiros a ouvir sobre o nas- desfavoráveis.
2. Jesus nasceu num estábulo, não cimento de Jesus não foram os dirigen- EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
num hotel cinco estrelas, nem na sala tes religiosos, os sacerdotes e profetas,
de parto de uma famosa clínica ou num os rabinos respeitados e considerados
10. Quando chegou a ocasião, Jesus
permitiu que João O batizasse no Rio
quarto com uma enfermeira particular, altamente espirituais, mas modestos
Jordão a fim de cumprir a vontade de
obstetras contratados e apartamento pastores que cuidavam de rebanhos à
Seu Pai. Assim Ele Se tornou um com to-
privativo. Ele nasceu num estábulo para noite. Pastores, homens pouco respeita-
dos os pecadores e perdidos que estão dis-
participar da vida dos sem-teto e abando- dos que não tinham participação nas
postos a confessar seus pecados, mudar
nados, que não recebem assistência de nin- atividades religiosas da comunidade.
suas vidas e serem batizados para fazer a
guém. Quando os anjos lhes contaram sobre o
vontade do Pai.
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! nascimento de Jesus, eles temeram.
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
Desse modo Jesus compartilhou a vida
3. Jesus nasceu de uma virgem, re- dos que são excluídos espirituais, aqueles 11. Após isso, Jesus seguiu para o
sultado de um milagre divino. Mas Seus
de quem ninguém espera contribuições na deserto onde foi tentado por Satanás. Ele
inimigos O acusaram de bastardia, de
área religiosa, que vivem à margem da so- fez frente a tentações satânicas. Conse-
ter nascido fora do casamento. Contu-
ciedade realizando trabalhos aos quais guintemente, Ele compartilhou a vida dos
do, Ele tornou a missão de Sua vida
ninguém dá atenção ou gostaria de exercer. que são provados pelas experiências que vi-
compartir da vida de muitos filhos indese-
Ele Se tornou um com os que passam des- venciam e defrontam tentações satânicas. Je-
jados, ilegítimos, nascidos neste mundo.
percebidos pela igreja e com os que inespe- sus foi provado ao máximo. Ele conhece e
Ele participa da vida daqueles que são re-
radamente se encontram com Deus e te- compartilha as batalhas íntimas que enfren-
jeitados, estigmatizados, condenados e
mem. tam todos os que são tentados e testados.
desprezados ou que se desprezam a si pró-
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
prios, porque não nasceram numa família
“normal” ou vieram ao mundo sem o am- 7. Quando Jesus era ainda bebê, 12. Jesus foi rejeitado em Sua cida-
paro de uma estrutura matrimonial. Seus pais fugiram para o Egito com de natal, Nazaré, e levado à beira de um
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! Ele. Jesus estava sob risco de ser mor- penhasco por uma multidão irada que
to. Assim, Ele compartilhou a vida de queria precipitá-Lo de lá. Portanto, Ele
4. Jesus veio à Terra sem quaisquer milhões de refugiados que fogem da vio- compartilhou a vida dos que são rejeitados
posses para compartilhar a vida dos mui-
lência, da guerra, da fome e da persegui- por amigos e familiares por causa de sua fé
tos pobres deste planeta. Assim Ele reve-
ção. Ele Se tornou um refugiado para os e crenças. Ele partilhou a sorte dos que são
lou a todos os despojados que sua po-
refugiados. levados à beira da existência por suas cir-
breza não é sinal de rejeição por Deus.
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! cunstâncias.
Jesus tornou-Se um com os pobres e
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
permaneceu pobre até o fim. 8. Jesus viveu como um estrangeiro
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! e forasteiro no Egito. Assim Ele compar- 13. Por Jesus curar nos dias de sába-
26 Diálogo 15:1 2003
do, os líderes religiosos de Seu tempo 18. Jesus não foi apenas traído por 22. Jesus não permaneceu morto
desejavam matá-Lo. Em vista disso, Je- um de Seus mais íntimos associados, por muito tempo. Como havia predito,
sus compartilhou a vida de todos os que mas também abandonado por todos e Ele ressuscitou dentre os mortos ao ter-
são perseguidos por dirigentes religiosos, negado por pelo menos um de Seus se- ceiro dia. Jesus ressuscitou, a tumba
por sua igreja ou seus representantes, por guidores. Dessa maneira, Jesus comparti- está vazia, a morte não pôde retê-Lo. Ele
fazerem o que Deus lhes ordenou cumprir. lhou a vida dos que são desamparados ou está vivo! E assim Jesus compartilhou a
Ele compartilhou a vida dos que en- mesmo negados por amigos e conhecidos; vida daqueles para quem a morte não é o
frentavam rejeição, exclusão e persegui- filhos abandonados pelos pais, pais e fim da existência. Por confiarem em
ção por causa de sua fidelidade. mães deixados sós em idade avançada Deus e depositarem sua esperança no
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! por seus filhos não lhes darem assistên- que Jesus realizou sobre a cruz, ressusci-
cia; pessoas cujos conhecidos se enver- tarão como se deu com Ele; viverão
14. Jesus libertou pessoas do domí- gonham deles e os deixam porque ter- para sempre porque Ele vive para sem-
nio demoníaco, expulsou espíritos ma-
minam em situações de profunda ne- pre ao lado de Seu Pai. Eles O honrarão
lignos e curou indivíduos aprisionados
cessidade, doença e desamparo; e tam- como Jesus honrou o Pai e O fez Senhor
por Satanás. Muitos insinuaram que Ele
bém aqueles cuja dignidade é desrespei- dos senhores. Todos honrarão o Pai por
não fazia aquilo pelo poder de Deus,
tada. confessarem que Jesus é Senhor.
mas pelo de Satã. Em razão disso, Jesus
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
compartilhou a vida dos acusados de esta-
rem do lado do mal ou de obterem seu po- 19. Jesus foi ridicularizado por ho- Ele tinha condição igual a de Deus,
der das fontes satânicas, ajudando Sata- mens ímpios. Puseram-Lhe vendas nos mas não pensou tanto sobre Si mesmo
nás a tentar os santos. Jesus compartilhou olhos e nEle bateram, perguntando-Lhe de modo a apegar-se às vantagens dessa
a sorte dos que são totalmente incompreen- quem O havia golpeado. Riram-se dEle condição, não importasse, em absoluto,
didos e rejeitados. e o abusaram; amarraram-nO e fizeram o que haveria de vir.
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! dEle objeto de zombaria. Em conseqü- Quando chegou o tempo, Ele pôs de
ência, Jesus compartilhou a vida dos que parte os privilégios da Divindade e assu-
15. Jesus freqüentemente foi mal são ridicularizados, atacados, presos e tor- miu a condição de um escravo, tornan-
compreendido por Seus companheiros
turados sadisticamente por outros. Ele tem do-se homem.
mais próximos. Vez após vez Ele teve de
isso em comum, especialmente com os Tendo-Se tornado humano, perma-
lhes dizer que não entendiam. Portan-
que são vítimas de abuso em nome da neceu humano.
to, Jesus compartilhou a vida dos que são
religião e de Deus. Foi um incrível processo de humi-
incompreendidos e mal interpretados — os
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! lhação.
que oferecem o seu melhor, mas ainda
Ele não reivindicou privilégios espe-
não podem convencer outros e têm de 20. Conquanto inocente, Jesus foi ciais.
suportar o peso da incompreensão. sentenciado à morte. Ele foi condenado
Em vez disso, viveu uma vida abne-
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! à morte sem razão e submetido à mais
gada e obediente e depois padeceu mor-
cruel tortura conhecida na época: a
16. Jesus foi traído e entregue aos morte lenta sobre a cruz, sofrendo do-
te altruísta e obediente, o pior tipo de
inimigos por um beijo de um de Seus morte de então: a crucifixão.
res excruciantes. Nesse sentido, Jesus
discípulos. Ele, então, compartilhou a Por causa dessa obediência, Deus ele-
compartilhou a vida dos que são inocente-
vida dos impiedosamente traídos, vendidos vou-O e O honrou muito acima de
mente condenados à morte, torturados e
por dinheiro, levados por outros e deixados qualquer um ou qualquer coisa que já
penosamente mortos. Jesus compartilhou
à sua sorte com um sorriso por familiares, houve, de modo que todos os seres cria-
sua dor e morte injusta.
amigos, colegas de trabalho e pessoas nas dos no Céu e sobre a Terra, mesmos os
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
quais confiavam. que há muito morreram e estão sepulta-
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM! 21. Enquanto pendia da cruz sob as dos, se inclinarão em adoração perante
mais lancinantes dores, Jesus orou: Jesus Cristo e proclamarão em louvor
17. Jesus foi preso sem jamais ter “Pai, perdoa-lhes!” Jesus compartilhou a que Ele é o Mestre de todos, para a glo-
prejudicado alguém. Ele foi conduzido
vida dos que se recusam a endurecer seus riosa honra de Deus, o Pai.” (Filipenses
como um criminoso, escoltado com espa-
corações com o ódio, o orgulho e a falta de 2:6-11. The Message).
das e porretes. Logo, Jesus compartilhou a
espírito de perdão, a despeito da injustiça e
vida dos que são violentamente presos sob
crueldade. Jesus permaneceu veraz a Si Wolfgang Stammler é preceptor dos estu-
falsas acusações e postos na prisão, ou aque-
mesmo e ainda que em face ao maior dantes da Universidade Friedensau, Alema-
les não se enquadram no sistema político,
sofrimento, foi autêntico. Isso também nha. O seu e-mail é:
por pertencerem à religião “errada” ou con-
Jesus compartilhou com os que permane- wolfgang.stammler@thh-friedensau.de
fessarem a Cristo e fazerem o bem em Seu
cem fiéis às suas convicções, a despeito das
nome. São inocentes, mas tirados do ca-
circunstâncias mais negativas.
minho por causarem perturbação.
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
EIS O QUE JESUS FEZ POR MIM!
Diálogo 15:1 2003 27
Livros
Nueva Era: Los últimos avances que envolvem crianças. Mas o livro não é mera narração; vai
Héctor Detrés (Barcelona: Editorial CLIE, além da apresentação e analisa de modo competente e sob a
1999, 171 pp., brochura) perspectiva bíblica os fenômenos da Nova Era. Assim enfoca-
do, cada capítulo do livro desmascara o verdadeiro autor des-
Revisado por Merling Alomía sas idéias ocultas, que chegam a redefinir a cultura de nossa
época, em apenas duas décadas e pelo menos em 20 áreas
comuns da vida.
Os capítulos 5 e 6 são o cerne do livro. Eles identificam
claramente o espírito-mestre por detrás da popularização das
idéias e erros capitais dos paranormais da Nova Era. O autor
demonstra como esses enganos ocultistas têm penetrado e
influenciado até profissões como a medicina. O pensamento
da Nova Era tem produzido curandeiros que vêm saturando o

O s mandarins da Nova Era atacam de novo — e pra valer.


O novo milênio com seus temores e incertezas, seu
apego ao materialismo e superficialidade espiritual, propi-
mundo com suas loucas proposições psicomedicinais, cerca
de 140, e aumentando. Gostaríamos que o autor tivesse se
aprofundado na descrição de algumas dessas intromissões
ciou a estrutura e a oportunidade para que os gurus da Nova médicas da Nova Era. Mas, identificá-las e pôr-nos de sobrea-
Era invadissem sutilmente os meios de comunicação, a fim viso sobre os perigos que constituem talvez seja suficiente
de promoverem seus prognósticos falsos de catástrofes e suas como alerta àqueles que podem correr perigo diante dessas
esperanças — falsas, logicamente –- de uma utopia. Como re- falsas terapias.
sultado, a mídia hoje continua a apresentar o fascínio e as O enfoque bíblico do autor expõe as verdadeiras origens
inovações do movimento Nova Era com mais ousadia e liber- dos rituais, crenças e filosofias ocultistas apresentadas como
dade do que durante as derradeiras décadas do último século. inovações da Nova Era, a partir dos antiqüíssimos enganos
Multidões caem vítimas da excitação da Nova Era — avan- satânicos para desviar os santos e confirmar os iludidos. Nis-
çando da simples curiosidade para o fascínio hipnótico e fin- so o autor nos dá um significativo instrumento de alerta
dando em cativeiro. quanto às práticas que se revestem de roupagem espiritual,
Héctor Detrés oferece-nos uma excelente cartilha sobre as para sabermos como diagnosticar a agenda oculta e os sutis
atrações e os avanços da Nova Era, e expõe seus perigos ocul- sofismas da Nova Era, e combater com a armadura da Palavra
tos à verdadeira vida espiritual. Cuidado: Você foi avisado! de Deus o inimigo que sai a campo para esmagar o cristão no
Ele deve saber das coisas. Detrés é psicólogo com mestrado conflito cósmico que se desenrola ao nosso redor (Efésios
na Universidade Estadual de Michigan. É diretor do progra- 6:10-17).
ma de rádio “Diálogo Com a Família” e autor de Television: Its
Effects on Children and Adolescents. Merling Alomía (Th.D., Andrews University) é teólogo e administrador
O livro começa com um relato de leitura fácil e bem fun- educacional na Universidad Peruana Unión. Seu e-mail:
damentada sobre o desenvolvimento da psiquiatria e psicolo- merling@upeu.edu.pe
gia modernas, medicina holística e a presença cada vez mais
constante de Jesus. O autor também explica o Havurah judai-
co e as chamadas experiências de quase-morte, inclusive as La posmodernidad desde la
perspectiva profética
Mario Pereyra e Enrique Espinosa (Libertador
San Martín, Entre Ríos, Argentina: Editorial
Assinatura gratuita para a Bienestar Psicológico, 2000; 222 pp.,
biblioteca da sua faculdade brochura).

ou universidade! Revisado por Miguel Ángel Núñez


Deseja ver Diálogo disponível na biblioteca da sua faculdade ou
universidade, de modo que seus amigos não-adventistas possam ter
acesso à revista? Procure o bibliotecário e sugira que solicite uma
assinatura gratuita, usando papel timbrado da instituição. Cuidare-
mos do resto!
As cartas devem ser endereçadas a: Dialogue Editor-in-Chief;
A profecia bíblica é significativa para o ethos adventista e
geralmente tem por enfoque eventos históricos que ex-
plicam ou validam a profecia. Contudo, seria possível fundir
12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-6600; EUA. teologia e psicologia a fim de melhor entender os eventos es-
catológicos à nossa frente? Tal abordagem da profecia bíblica
pode ajudar-nos a compreender melhor o mundo pós-mo-

28 Diálogo 15:1 2003


derno em que vivemos?
Miguel Ángel Núñez (Ph.D., Universidad Adventista del Plata) é
A tarefa é inovadora e desafiadora e os dois eruditos da
membro do corpo docente em sua alma mater e chefe do Departamento de
Universidad Adventista del Plata, na Argentina, assumiram
Assuntos Espirituais. Ele é autor de 10 livros e números artigos.
o desafio. O Dr. Mario Pereyra, professor de psicologia, e o
Dr. Enrique Espinosa, professor de teologia, reúnem os re-
cursos de suas respectivas disciplinas para produzir uma
análise sociopsicoteológica do pós-modernismo à luz da Continuity and Change in
profecia bíblica. Adventist Teaching: A Case
Na primeira metade do livro, o Dr. Pereyra oferece uma
Study in Doctrinal Development
visão ampla da postura social, ideológica e filosófica do
Rolf J. Pöhler (Frankfurt: Europäischer Verlag
pós-modernismo, examinando os pontos de vista de auto-
der Wissenschaften, 2000; brochura)
res como J. Baudrilliard, G. Lipovestksy, J. F. Lyotard, B.
Sarlo e G. Sartori. A ênfase é descritiva, esboçando as vári-
Revisado por Aecio E. Cairus
as tendências atuais. Ele ressalta as profundas mudanças
psicológicas que têm lugar na vida humana durante esse
estágio da história e apóia sua posição formecendo valio-
sos dados estatísticos.
Algumas seções contêm verdadeiras jóias. A síntese que
Pereyra faz dos elementos mais característicos do pós-mo-
dernismo, tais como o impacto da realidade virtual e da
imagem ao criar um novo tipo de ser humano cujas intera-
N um mundo de rápidas mudanças, muitos acham na reli-
gião um oásis de estabilidade. Bem, eles podem admitir
alguns estilos inovadores de culto de vez em quando. Mas, e
ções diferem totalmente de tudo quanto existiu antes, é uma mudança nas doutrinas da igreja? A maioria dos mem-
verdadeiramente impressionante. Essa tendência tem afe- bros acharia a mera idéia profundamente perturbadora. Con-
tado conceitos como os de “moralidade”, “valores”, “prin- quanto Pöhler propicie uma excelente introdução a seu livro,
cípios”, e “bem e mal”, dando-lhes sentidos marcadamen- seu propósito é talvez mais bem expresso numa nota de roda-
te diferentes. Pereyra afirma que por trás da mudança de pé constante da conclusão: demonstrar “que os adventistas
sentido desses conceitos há um substrato semântico total- não precisam acolher qualquer temor fundamental (ou para-
mente novo em comparação com o emprego lingüístico, nóico) de mudança, sabendo que, em certo número de casos,
filosófico, acadêmico e coloquial tradicionais. as revisões doutrinárias parecem ter sido benéficas à Igreja —
A segunda parte do livro contrasta esse quadro humano mesmo quando envolveram intensas lutas pessoais e prolon-
na era pós-moderna com os postulados da profecia bíblica, gados debates teológicos”.
especialmente com referência à estrutura escatológica do O livro é baseado na dissertação doutoral do autor. Como
Apocalipse. O estudo busca encontrar traços psicológicos tal, sua discussão histórica é muitas vezes acompanhada por
de seres humanos delineados na profecia. Dessa perspecti- considerações metodológicas e outras explanações introdu-
va, os autores comparam o que estudaram em sociologia e tórias que podem desanimar alguns leitores não especialistas.
psicologia com o que encontram nos escritos proféticos da Tais leitores fariam bem em passar por cima dessas seções.
Bíblia. Partindo desse ponto de vista, o livro do Apocalipse Poderiam, por exemplo, começar na página 22, e certamente
e outras passagens escatológicas assumem novo alento ao irão surpreender-se de quão absorvente a discussão se revela.
reconhecermos que Deus previu muitas situações no de- O enfoque do autor pode ser sumariado pela epígrafe da
senvolvimento psicológico dos seres humanos modernos, página 225, citada do político francês Jean Jaurès (errada-
o que alguns podem ver como resultado do mero acaso. Os mente grafado como Juares; 1859-1914): “Tomai do altar do
lampejos teológicos e a análise escatológica do Dr. Espino- passado o fogo, não as cinzas!” Pöhler demonstra que o ad-
sa propiciam um sopro de ar fresco ao entendimento dos ventismo dos primeiros tempos, nascido como um movi-
problemas do pós-modernismo. mento interdenominacional, ecumênico, era de fato bastan-
Em geral, a tese e a metodologia do livro são provocati- te tolerante com a diversidade doutrinária e as rápidas mu-
vas e propiciam boa leitura. A despeito de algumas fraque- danças doutrinais. Isso talvez deixe implícito que os adven-
zas no uso da linguagem, de realces e digressões desneces- tistas atuais, classificados por Pöhler em quatro grupos se-
sários, o livro desbrava um território novo no pensamento gundo sua abertura à mudança (ou falta dela), poderiam to-
teológico, e permite que a teologia bíblica nos informe so- dos ter-se sentido pouco à vontade nesses tempos pioneiros.
bre a condição psicológica dos seres humanos no tempo Os tradicionalistas teriam apreciado o que ouviram ou leram,
do fim. Tais esforços interdisciplinares lançam mais luz mas ao mesmo tempo se sentiriam perturbados com a atmos-
sobre os problemas que confrontam a vida atualmente e as fera de rápidas mudanças; já com os “progressistas” teria sido
soluções que estão disponíveis para tais problemas. A Pala- o contrário.
vra de Deus e suas promessas de um novo dia assumem re- Isso não quer dizer que os pioneiros adventistas estives-
novado significado. sem necessariamente cientes de sua abertura ou mesmo das

Diálogo 15:1 2003 29


mudanças doutrinárias como tais. Num episódio particular- os primeiros 50 anos do adventismo no contexto mais amplo
mente comovente, o autor menciona que Urias Smith suge- da história religiosa americana em vez de no ambiente das
riu, certa feita, que alguém devia ser desligado do rol de controvérsias doutrinárias.
membros por apegar-se a um ponto particular de doutrina Os autores se vasculharam os arquivos da Associação Ge-
que ele próprio havia introduzido no adventismo anos antes, ral, publicações adventistas e uma variedade de outras fontes
mas que a essa altura felizmente fora esquecido (pp. 62-65). tais como cartas, para obter informações desse pioneiro que
A maioria dos historiadores eclesiásticos provavelmente deveria ser lembrado por algo mais do que seu desafeto para
concordará com a reconstrução global de Pöhler da transfor- com a Igreja. O pai de Albion Fox Ballenger foi um ardoroso
mação doutrinária no adventismo, embora não necessaria- observador do sábado, que despendeu dinheiro e tempo no
mente com cada detalhe. Por exemplo, Pöhler declara que crescimento da Igreja Adventista. Isso influenciou o jovem
“nenhuma voz sequer” discordou, antes da década de 1890, Albion que, embora tivesse passado seus primeiros anos tra-
dos pontos de vista antitrinitarianos de Tiago White, José balhando em fazendas no Centro-Oeste, foi capaz de perse-
Bates e outros líderes, “inclusive Ellen White” (p. 37). Contu- verar e receber certificado de professor. Tendo interesse em
do, as declarações de Ellen White a partir de 1869 (ver Teste- questões religiosas, ele dedicou muito tempo estudando a Bí-
munhos Para a Igreja, vol. 2, p. 200 e vol. 4, p. 457ss) sugerem blia. Nesse meiotempo, também desenvolveu seus talentos
que ela sempre manteve a fé trinitariana em que foi batizada como orador e pastor. Seu profundo estudo da Bíblia o levou
como metodista, do mesmo modo que seu marido nunca a questionar e buscar a verdade individual em vez de aceitar
abandonou completamente os pontos de vista antitrinitaria- cegamente as crenças organizacionais.
nos do seu batismo na Conexão Cristã. Mais interessante ain- O livro apresenta um retrato completo de Ballenger e rela-
da, talvez, para os propósitos de Pöhler é que o crescimento e ciona suas muitas atividades desenvolvidas para a Igreja. Isso
desaparecimento das idéias antitrinitarianas no adventismo inclui seu trabalho no Departamento de Liberdade Religiosa,
correspondem de perto a um processo semelhante aconteci- onde se tornou o principal porta-voz da Igreja, percorrendo
do no protestantismo da Nova Inglaterra como um todo (a persistentemente o país em defesa do sábado e suscitando de-
Conexão Cristã finalmente abandonou sua postura antitrini- bates sobre sua observância. Ele também se empenhou nos
tariana e uniu-se à Igreja Unida de Cristo). movimentos de Temperança e Santidade. Seu trabalho nessas
Destemodo, alguns podem concordar ou discordar de cer- causas pôs Ballenger e o adventismo em evidência. Os auto-
tas posições assumidas pelo autor, mas no seu todo o livro é res creditam a Ballenger muito do desenvolvimento do ad-
um tesouro a ser desfrutado tanto por especialistas quanto ventismo na Inglaterra, País de Gales e Escócia, e isso se soma
por não-especialistas. ao acervo de informações sobre o adventismo nos campos
missionários.
Aecio E. Cairus (Ph.D, Andrews University) é professor de Teologia no O livro fornece raros lampejos da mentalidade de outros
Instituto Internacional Adventista de Estudos Avançados, Silang, Filipinas. pioneiros que pareciam mais preocupados com a ortodoxia
Seu e-mail: cairus@aiias.edu doutrinária do que com o próprio crescimento pessoal. Ao
tempo em que Ballenger confrontou a Igreja sobre a doutrina
do santuário, Kellogg estava promovendo o seu entendimen-
Seeker After Light: A. F. to panteísta e a Igreja não tinha a disposição de acolher qual-
Ballenger, Adventism and quer desvio de seus parâmetros estabelecidos.
American Christianity O livro apresenta Ballenger como um homem resoluto,
Calvin W. Edwards e Gary Land (Berrien disposto a sacrificar sua família pela causa da verdade. Ele
Springs, Mich.: Andrews University Press, apresentou seus pontos de vista junto à Associação Geral em
2001; 222 pp.; brochura) 1905 e foi subseqüentemente dispensado de suas responsabi-
lidades denominacionais. Em respeito pela Igreja, ele esperou
Revisado por Joan Francis vários anos antes de publicamente desafiar sua postura. Infe-
lizmente, devido a seus pontos de vista controvertidos, seu
nome foi eliminado da lista de pioneiros denominacionais.
Este livro corrige essa omissão.
A força desse livro está na apresentação de Ballenger sob
uma perspectiva histórica. É uma biografia e, contudo, propi-

G ary Land, professor de história da Universidade Andrews,


e Calvin Edwards, consultor e ex-seminarista, combi-
nam o seu amor pela história e comprometimento com a
cia um quadro contextual dos temas e personalidades envol-
vidas nos anos de desenvolvimento do adventismo, levando-
nos a uma melhor apreciação das dores de parto dos primór-
Igreja para narrar a história de A. F. Ballenger, um esquecido dios da Igreja. O livro aborda as controvérsias em torno da
autor do adventismo pioneiro. Nos anos 80, Edwards iniciou doutrina do santuário, que ainda continuam perturbando a
pesquisa sobre Ballenger, um dos primeiros críticos da doutri- muitos.
na do santuário. O livro é uma tentativa de situar Ballenger e Bem documentado, com extensas notas de rodapé e escri-

30 Diálogo 15:1 2003


to em linguagem não-técnica, o livro é empolgante e adequa- foi assistida e confortada em seus últimos dias pelo próprio
do tanto a profissionais quanto a leigos. Como tal, é uma lei- Dr. Kellogg. Kate Lindsay e Anna Knight carregavam uma
tura essencial para ministros, professores de Bíblia, membros pistola para proteção pessoal enquanto cumpriam seus deve-
de igreja e todos os que se interessam pelas personalidades e res na causa do Senhor.
pioneiros dos primeiros tempos da Igreja. Com seu estilo fascinante, o livro fornece a seus leitores
experiências inspiradoras de pessoas que sacrificaram a pró-
Joan A. Francis atualmente leciona história no Columbia Union pria vida para o Senhor, numa época em que os recursos
College. Ela também serviu como professora de história, coordenadora de eram limitados. Daí o apelo do autor: “Nossa era de vanta-
estudos femininos e preceptora-associada do Atlantic Union College. Seu e- gens deve nos capacitar a concluir a obra que eles iniciaram
mail: JFrancis@cuc.edu com tanto sacrifício.”

Alberto R. Timm (Ph.D., Andrews University) leciona história


They Had a World to Win: denominacional e atua como diretor do Centro de Pesquisa de Ellen G.
Fascinating Glimpses Into the White no Centro Universitário Adventista do Brasil, Campus 2. Seu e-mail:
Lives of Our Adventists Pioneers atimm@unasp.br
Adriel D. Chilson (Hagerstown, Md: Review
and Herald, 2001; 191 pp.; brochura).
Website dos editores; http//
www.reviewandherald.com Ben Carson
Continuação da página 25.
Revisado por Alberto R. Timm
como tendo mente fraca e necessitando suas crenças como
muletas. Mas esses pensadores não podem responder por que
as pessoas amam umas às outras. O esquema evolucionista

A driel Chilson, pastor-evangelista aposentado, casou-se


com Winifred White, bisneta de Ellen White, teve aces-
so a pequenos insights e informações pouco conhecidas so-
não se encaixa na questão. É interessante que quando falo
nos campi das universidades e faculdades, pode parecer que
não sou apreciado, mas, minha recepção tem sido regular-
bre os pioneiros adventistas, coletadas de reuniões familiares. mente entusiástica.
They Had a World to Win propicia “lampejos fascinantes” da
vida de uma dúzia de tais pioneiros, mostrando que eram ■ E sobre o futuro?
homens e mulheres de fé com uma missão específica para o O que Deus tem em reserva para o futuro? Algo muito di-
mundo. ferente daquilo que penso. Estou certo disso! Eu só espero es-
O livro tem 11 capítuk’S tr dando de (1) Guilherme Miller, tar pronto. Ele tem a tendência de preparar as coisas. Eu não
“Arauto de Sua Vinda”; (2) Tiago e Ellen White, “Equipe Nú- sei como, mas Ele sabe. Deus sabe como todas as peças se en-
mero Um”; (3) José Bates, “Promotor do Sábado”; (4) J. N. caixam.
Andrews, “O Homem Mais Hábil”; (5) J. N. Loughborough,
“Pregador Adolescente”; (6) Willie White, “Filho da Profeti- ■ O senhor ainda acredita em sonhar alto, usando o título de um
sa”; (7) Urias Smith, “Sua Poderosa Pena”; (8) J. G. Matteson, de seus livros?
“Gospel Viking”; (9) Kate Lindsay, “A Doutora Ciclista”; (10) Sim, essa é a mensagem: Sonhe alto! Eis o que Deus deseja
J. H. Kellogg, “O Dínamo de Battle Creek”; e (11) Anna Kni- que todos nós façamos.
ght, “Realizando o Que Não Podia Ser Feito”. O autor habil-
mente evita o estilo enciclopédico de verbetes isolados e Entrevista concedida a Jonathan Gallagher
mostra como cada um desses pioneiros desempenhou um
papel importante dentro da estrutura mais ampla do movi- Jonathan Gallagher é o Diretor de Relações com as Nações Uni-
mento adventista. das para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Seu e-mail:
Chilson menciona muitos incidentes interessantes. Tiago gallagherj@gc.adventist.org.
White, mesmo quando em recuperação de seu esgotamento
oriundo de excesso de trabalho, achava difícil deixar de lado
sua pena. Uma vez, nas montanhas do Colorado, Tiago pediu
a seu filho Willie para rapar a gordura disponível da carcaça
de um lobo a fim de poder empregá-la à noite como substitu-
to de vela, a fim de terminar de escrever um panfleto para a
casa publicadora. Willie White ganhou a mão de Mary Kelsey
em disputa com John H. Kellogg e casou-se com ela, mas ela

Diálogo 15:1 2003 31


Primeira pessoa
Da evolução à criação:
minha jornada de fé
Walter Veith

S
ua mãe está indo para o inferno, evolucionismo. Entre meus professo- “Você anda com o Senhor. Eu quero
onde será atormentada para sem- res encontravam-se homens brilhan- apenas uma cozinha. Está bem?”
pre e sempre.” tes cujos trabalhos sobre a evolução Ele disse, “OK”, entregando-me um
Era o que eu ouvia vez após vez de de crânios humanos tinham acolhida folheto que enfiei numa gaveta, em se-
meu instrutor católico sobre minha em museus de todo o mundo. Como guida.
mãe, uma crente luterana que estava ateu consumado prossegui estudando Gradualmente várias coisas na Igreja
morrendo de câncer. para obter meu doutorado e começar Católica começaram a me perturbar. Por
Como pode um Deus de amor punir uma carreira como orador titular na que fazem as mesmas rezas e celebram os
uma mãe fiel como a minha? Se existe um Universidade Stellenbosch. Minha mesmos ritos sempre e sempre? O sacerdote
Deus, eu O odeio. Com idade de 10 anos vida girava em torno da evolução. En- tem realmente poder para mudar o pão e o
eu era um ateu convicto. sinava o evolucionismo. Baseava mi- vinho no verdadeiro corpo de Cristo? Ao
Formei-me em zoologia pela Univer- nha pesquisa na evolução. Para mim, estar sentado, certo dia, num dos ban-
sidade de Capetown, onde imperava o Deus não existia. cos do fundo da igreja, observei uma
Durante uma palestra, uma jovem pequena luz vermelha piscando numa
me enfrentou: “O que o senhor diz, Dr. caixa, significando que a hóstia estava
Veith, é mentira. Deus criou o céu e a dentro. Eles têm a Deus trancado nessa
Diálogo grátis terra em seis dias.” Eu explodi em ira,
refutando-a veementemente até que ela
caixa. Eu orei, “Onde estás, Deus? Eu
não Te conheço, mas se realmente exis-
para você! começou a chorar. Os estudantes fica- tes, precisas mostrar-me.”
ram impressionados com minha habili- Apressando-me para casa, apanhei o
Se você é estudante adventista que fre- dade de refutar a Criação. folheto que o carpinteiro havia me
qüenta uma universidade não adventista, a
Minha vida era satisfatória. Uma dado. Em três colunas o impresso mos-
igreja tem um plano que lhe permite rece-
esposa maravilhosa, um belo garoti- trava três versões dos Dez Mandamen-
ber Diálogo gratuitamente enquanto você
for estudante. (Aqueles que não são mais nho e uma carreira de prestígio. Deus tos: a bíblica, a luterana e a católica.
estudantes podem assinar a revista Diálogo era a última coisa em minha mente, Usando um catecismo e uma Bíblia,
utilizando o cupom na p. 8.) Entre em con- até a noite em que meu filho ficou comecei um estudo comparativo. Os
tato com o diretor do departamento de gravemente enfermo. Nada que os mandamentos não se equivaliam. Intri-
educação ou do departamento de jovens médicos faziam produzia diferença. gado, procurei o número do telefone do
da sua união e solicite que seu nome seja Em desespero, volvi-me a Deus como carpinteiro. Esse foi o início de uma
incluído na lista de distribuição da revista última opção. Voltei à Igreja Católica longa série de estudos bíblicos. Minha
para aquele território. Inclua na carta seu para pedir misericórdia a Deus. Meu confusão aumentou quando o carpin-
nome e endereço completos, o nome da
filho foi salvo. Como obrigação, mais teiro começou o tópico do sábado.
universidade que freqüenta, o curso que
do que por qualquer outra razão, co- Como observar um mandamento que diz
está fazendo e o nome da igreja local da
qual você é membro. Você pode também mecei a freqüentar esporadicamente a que o Senhor criou os céus e a terra e o mar
escrever para os nossos representantes nos missa. em seis dias?
endereços fornecidos na p. 2, enviando có- Certa vez perguntei a um sacerdote so- Nessa mesma época minha secretária
pia da sua carta para os diretores departa- bre evolução e criação. Ele disse: “Todo o entregou-me uma pilha de documentos
mentais de sua união, já mencionados aci- mundo sabe que existimos mediante a contra o sábado e os adventistas do séti-
ma. Na América do Norte, você pode utili- evolução.” Magnífico! Posso apegar-me tan- mo dia. Entreguei o material à minha
zar o nosso número de telefone de disca- to à evolução quanto a Deus. esposa. “Examine isso”, eu disse. “Pode
gem gratuita, 1-800-226-5478 ou utilizar o Então, um dia, conheci um carpin- ser que haja uma saída para nós.” En-
fax 301-622-9627, ou E-mail message:
teiro que devia reformar nossa cozinha quanto eu lutava com a Criação, ela lu-
ssicalo@yahoo.com Caso todos esse conta-
e que mais tarde mudaria minha vida tava com o sábado. Ao completar sua
tos deixem de produzir resultado, escreva
para o nosso endereço editorial. por completo. investigação minha esposa declarou:
Numa apresentação casual ele disse, “Isso me convenceu de que o sábado
“Eu ando com o Senhor”. está certo.”
32 Diálogo 15:1 2003
Um documento contra o descanso vida era inútil em termos de credibilida- burocracia, eles precisavam que eu co-
do sétimo dia provou-lhe que a mensa- de científica. Entreguei o pedido de de- meçasse dentro de três dias!
gem do sábado era de fato verdadeira. missão. Tínhamos somente três dias para en-
contrar quem cuidasse da fazenda e nos
O risco de aceitar a Criação A viagem não é suave, mas as pro- mudarmos para a universidade. Nova-
Esse era para mim um grande proble- messas são copiosas. mente, contamos somente com o Se-
ma. Eu não podia santificar um dia que Vendemos nossa casa e compramos nhor. “Senhor, não temos dinheiro para
representasse a semana criativa de seis uma fazenda de produção de trigo e lei- contratar alguém para cuidar da fazen-
dias. Ainda cria que o mundo levara te, usando todo o nosso dinheiro e mais da. Por favor, ajuda-nos a encontrar
pelo menos seis bilhões de anos para um empréstimo bancário. Plantamos uma saída para o nosso problema.”
chegar onde estava. Lutando com meu trigo e a lavoura cresceu tanto que os Quase imediatamente um jovem ca-
dilema, orei: “Deus, se existes e se há fazendeiros do distrito inteiro vinham sal bateu à porta. “Perdemos o emprego
algo de errado com o que creio, revela- olhar. Diziam: “Um homem de univer- numa fazenda porque nos recusamos a
me.” Nossa universidade tinha a maior sidade como você deve saber algo que trabalhar aos sábados. Estamos procu-
biblioteca de base evolucionista do he- ignoramos.” É porque estamos caminhan- rando um lugar onde morar.” Deus ope-
misfério sul. O estudo de um livro em do com o Senhor. Eu imaginava: Agora rou milagre após milagre para suprir
particular deixou-me a pensar. Uma que somos cristãos, tudo sairá bem. Logo nossas necessidades. Até encontramos
edição mais antiga falava sobre o gran- aprendi que ser cristão não garante um lugar onde morar até o final do mês
de problema dos cetáceos ou baleias, uma caminhada tranqüila. sem precisar pagar aluguel.
porque apareceram subitamente no re- A vida seguia muito bem até que um Poucas semanas depois que comecei
gistro fóssil e plenamente formados. grande bando de pássaros voou e, igno- a lecionar, fui convidado a participar de
Contudo, uma edição mais recente di- rando todas as fazendas ao redor, trans- uma excursão sobre ciência bíblica con-
zia que os cetáceos têm uma origem an- formou nosso trigal em seu lar e restau- duzida pelo Dr. Ariel Roth, do Instituto
tiga, evoluindo uns dos outros. rante. Eles comeram e comeram até não de Pesquisa em Geociência de Loma
Examinei modelos evolucionários sobrar nada. Para piorar as coisas, am- Linda, Califórnia. Eu realmente deseja-
semelhantes. Enquanto as edições mais bos os nossos automóveis foram danifi- va ir, para ver mais evidências que con-
antigas admitiam dificuldades não re- cados em acidentes graves. Tudo que eu firmassem minha crença no relato bí-
solvidas, as mais atualizadas nunca ad- tinha eram dívidas maiores do que o blico do Dilúvio e da Criação, mas não
mitiam haver problema. Quanto mais valor da minha fazenda. Na mesma podia obter licença de seis semanas em
livros eu comparava, mais discrepânci- ocasião, a economia da África do Sul meu novo trabalho! Então rebeliões
as achava. Comecei a fazer uma lista afundava. Deus, como o Senhor pode fazer eclodiram por toda parte e meu país vi-
delas, conferindo o significado de ter- isso comigo? Não tenho meios de susten- rou um caos. A universidade foi fecha-
mos hebraicos e gregos, verificando fa- tar-me. Minha credibilidade científica se da por seis semanas. O tempo ajustou-
tos históricos e examinando as profeci- foi. Não posso retornar ao meu antigo tra- se perfeitamente. Integrei-me à excur-
as bíblicas. No fim de tudo, não encon- balho. Estou liquidado! são de geociência e comecei a desenvol-
trei saída! Enumeramos todas as promessas que ver minha própria série de palestras so-
Disse à minha família: “Vamos ob- pudemos encontrar na Bíblia e oramos: bre a Criação.
servar o sábado e começar a freqüentar “Senhor, estas promessas são para nós. Ao término de meu contrato de um
a Igreja Adventista do Sétimo Dia.” Por favor, não nos deixe sem dinheiro ou ano com a universidade, havia várias
Embora observasse o sábado, ainda alimento. Que seja feita a Tua vontade.” vagas permanentes de ensino. Fui con-
continuava ensinando a evolução. No O telefone tocou na manhã seguinte. siderado para uma delas. “Veith é mui-
íntimo eu sabia que tinha de fazer uma Era a universidade. “Temos um profes- to controverso. Ele tem idéias estra-
mudança quando fui solicitado a con- sor que está se afastando por um ano. nhas”, muitos disseram. Contudo, aqui
duzir uma discussão de pós-graduação Você poderia substituí-lo?” estou, chefe do Departamento de Zoo-
sobre evolução. Deveria erguer-me pelo “Sabe que não ensinarei evolução”, logia numa universidade secular. Eu en-
que cria? respondi com firmeza. sino criação. Parece impossível. Mas
Na discussão falei sobre todo o siste- “Apenas apegue-se à ciência. Esta- aconteceu porque Deus me desejava
ma de genes, destacando cada proble- mos em grande necessidade de um aqui. E Ele pode manter-me aqui por
ma e enfaticamente encerrando com a substituto.” tanto tempo quanto desejar. Quando
declaração: “A evolução não é possí- “Ótimo. Quando começo?” essa porta se fechar, Ele encontrará algo
vel!” Houve um momento de silêncio, “Em três meses”. Nesses três meses melhor para mim.
então o mundo desabou. Um colega fi- teríamos provavelmente morrido de
cou vermelho como pimenta e gritou fome. Walter Veith é chefe do Departamento
comigo. Seguiu-se uma reunião onde Vinte minutos depois o telefone to- de Zoologia da Universidade de Western
foi votado que a base para todo o ensi- cou outra vez. Era a universidade. Devi- Cape, África do Sul. Seu website: http://
no devia ser o evolucionismo. Minha do a alguns problemas com comissões e www.amazingdiscoveries.org
Diálogo 15:1 2003 33
Em ação
Partilhando Cristo no campus: ton. Allen Segebartt, primeiro ancião da
Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mos-
Os adventistas do sétimo dia e o cow, mantém uma equipe semanal de
basquetebol na escola primária adventis-
ministério público no campus ta local. Um jogo noturno de voleibol é
coordenado pelo casal Luke e Renaye Ts-
chritter, que freqüentam a WSU. Jayne
Peterson e Doylene Chan promovem gru-
pos de jogos de mesa à noite, fazendo
amizade com os alumos. Através de en-

E vangelismo, recreação e conferências


são apenas algumas das maneiras
pelas quais os estudantes adventistas do
ma universidade, coordena estudos bíbli-
cos semanais às sextas-feiras à noite. Ou-
tros estudantes lideram e participam de
contros recreativos, membros e alumos
adventistas testemunham da alegria do
relacionamento com Cristo.
sétimo dia das universidades públicas pequenos grupos. Reuniões evangelísti- As conferências são outra modalidade
da Associação da Alta Colúmbia estão cas de “colheita” convidam os estudantes eficaz de partilhar Cristo no campus. O
partilhando Cristo em suas comunida- a tomarem uma decisão por Cristo. O Pr. Dr. Doug Clark, do Walla Walla College,
des. A Adventist Christian Fellowship Gordon Pifher apresentou uma série apresentou conferências sobre arqueolo-
[Fraternidade Cristã Adventista], uma or- evangelística aos estudantes da WSU, in- gia bíblica. Sirrel Maldonado, estudante
ganização estudantil reconhecida na Uni- titulada “O Apocalipse Fala de Paz”. O Pr. de pós-graduação da WSU, e Jennifer
versidade de Idaho (UI) e na Universida- Doug Venn dirigiu uma discussão evan- Douglass, estudante de direito da UI, or-
de Estadual de Washington (WSU), com gelística em série nos intervalos do almo- ganizaram conferências sobre liberdade
apoio da associação e das igrejas adventis- ço, tendo por título “A Busca”. O evange- religiosa, que foram apresentadas por
tas do sétimo dia em Moscow, Idaho e lismo de serviço é uma forma tangível de Gregory Hamilton, presidente da Associa-
Pullman, Washington, estão partilhando “revelar o amor de Deus de maneira práti- ção de Liberdade Religiosa do Noroeste.
Cristo em seus respectivos campi. ca”. Essa metodologia inclui o ofereci- Suas palestras, que foram bem recebidas
O evangelismo no campus é realizado mento de artigos de higiene pessoal, gar- pelos estudantes e professores da WSU e
mediante estudos bíblicos, reuniões rafas de água, petiscos e flores. Cristo é UI, tiveram por título “Relações Igreja-Es-
evangelísticas e evangelismo de serviço. visto mediante atos simples de bondade, tado em Crise: O Debate Sobre a Neutrali-
Alina Arnold, estudante de pós-gradua- pregação e estudo bíblico. dade”, e “Liberdade Religiosa versus Li-
ção da UI, oferece estudos bíblicos a seus A recreação é uma forma divertida de berdade da Religião”.
amigos. Tim Cantrell, estudante da mes- partilhar Cristo no campus. Exemplos de Os estudantes adventistas da WSU e
recreação empregados para a interação UI têm-se valido de uma oportunidade
com os estudantes que buscam a fé em única de repartir sua posse mais preciosa
Deus incluem escalar montanhas, prática com seus colegas de estudos. A experiên-
Atenção, de esportes e jogos de mesa à noite. O Pr.
Venn e o jovem Peter Schact organizaram
cia tem sido gratificante.

profissionais uma excursão de escalada de montanhas —Ernesto Douglas Venn, capelão da


na área de Spokane, Estado de Washing- ACF. E-mail: venner@gocougs.swu.edu
adventistas!
Se você possui um título ou diploma pós- TGIF (sigla em in-
secundário em qualquer campo acadêmico glês de Graças a
ou profissional, nós o convidamos a fazer Deus É Sexta-Feira)
parte da Rede de Profissionais Adventistas é nosso grupo de
(RPA). Patrocinado pela Igreja Adventista, estudo bíblico de
esse registro global eletrônico ajuda insti- sextas-feiras para
tuições e agências participantes a localiza- estudantes univer-
rem candidatos para posições no ensino, sitários e jovens
administração, ou pesquisa. Cadastre sua adultos. O Pastor
informação profissional diretamente no we- Clarence Schilt
bsite da RPA: apresentou o estu-
do bíblico na casa
http://apn.adventist.org do Pr. Venn.

Anime outros profissionais adventistas a se


registrarem!

34 Diálogo 15:1 2003


Universidade Kenyatta: união e poucos capelães, já sobrecarrega-
dos com as lides de outros departamen-
tos, os serviços de capelania são míni-

uma vez mais em mos. Durante o dia, os estudantes estão


ocupados e só podem ter as noites e fins
de semana para obter aconselhamento
destaque no Quênia e instrução. Os capelães não estão dis-
poníveis à noite, exceto nos fins de se-
mana. Isso requer eficiência dos cape-
lães residentes nos campi, mas as associ-

F oi uma agradável surpresa. O vice-


reitor da Universidade Kennyatta,
Prof. George Eshiwani, anunciou pela
república, Daniel Arap Moi.
Outra universidade – a Universidade
Moi, no oeste do Quênia, tem agora um
ações e campos não contam com orça-
mentos para esse fim. Nossa meta e ora-
ção é ter um capelão por universidade.
imprensa local a disponibilidade do capelão residente de tempo integral, o Pr. 5. Apostasia. Dos 10.000 estudantes
cargo de capelão para estudantes ad- Albert Sang, cuja responsabilidade se es- da Universidade Kenyatta, 1.000 decla-
ventistas da Universidade Kennyatta. O tende a todos os três campi universitários. ram-se adventistas, mas somente meta-
Dr. Enock Okari Omosa assumiu a vaga de desses são ativos. Alcançar os desvia-
e é agora o líder espiritual de mais de Desafios dos mediante evangelismo de amizade,
400 ativos estudantes e professores ad- A despeito desses progressos os estu- semanas de oração, atividades sociais e
ventistas da Universidade Kenyatta, dantes adventistas ainda enfrentam sé- estudos em grupo são as prioridades
uma instituição diferente. rios desafios, que abrangem desde as- atuais. Mas isso requer tempo, dinheiro
Essa designação aconteceu em 2001 pectos sociais até espirituais. e pessoas dispostas. Tivemos no ano
— a primeira vez que qualquer universi- 1. Pressão de grupo. Saídos recente- passado 19 batismos, seis campanhas de
dade no Quênia (e há cinco universida- mente do ensino médio, muitos estu- evangelismo, novos esforços de trabalho
des públicas com 15 campi nesse país) dantes adventistas acham difícil orien- interno no campus, dois sábados musi-
designa um capelão exclusivo para cui- tar-se na vida dentro do ambiente de cais e dois cultos interconfessionais.
dar de estudantes de uma denominação uma universidade pública, especial- Outra instituição de ensino superior
particular. E, em 23 de março de 2002, a mente em vista das extremas pressões de queniana que tem relatado um vigoro-
Universidade Kenyatta também se tor- colegas em questões de estilo de vida, tais so programa evangelístico é a Universi-
nou a primeira a permitir a organização como fumar, beber, uso de drogas e sexo. dade Agrícola e Tecnológica Jomo
formal de uma igreja no campus. O Pr. Dependem de figuras-modelo da parte de Kenyatta, com 93 batismos nos últimos
Muasya, presidente da União Este-Africa- estudantes veteranos, e a capelania ten- três anos.
na, deu posse ao Dr. Omosa como cape- ta, de algum modo, preencher a lacuna.
lão adventista da Universidade Kenyatta. 2. Pressão financeira. Os estudantes Dan M’masi atua como diretor de mi-
A instituição é também a primeira uni- não só encaram problemas financeiros nistérios em campus da União Este-Africa-
versidade pública no Quênia a reservar para atender às suas obrigações para na no Quênia.
terreno para a construção de um santu- com a universidade, como dificilmente E-mail: eau@users.africaonline.co.ke
ário, no qual estudantes e professores contam com fundos suficientes para
adventistas podem prestar culto a Deus. manter instalações e equipamentos
As comissões executivas da Associação para seus programas espirituais e soci-
Central do Quênia e da União Este-Afri- ais. Um sistema decente de alto-falantes
cana votaram apreciar e aceitar o opor- é sua necessidade mais urgente para le-
tuno oferecimento.
A universidade novamente mereceu
var avante os programas de evangelis-
mo e testemunho.
Procurando
aplausos por sediar a primeira confe- 3. Exames aos sábados. Aulas e exa- respostas para as
rência sobre capelania de campus da mes caem geralmente no sábado, e nem
Divisão Este-Africana. A conferência foi todos os estudantes adventistas estão GRANDES
aberta pelo vice-reitor da universidade.
A universidade tem periodicamente en-
prontos como Daniel e seus três amigos
para permanecerem firmes por seus
QUESTÕES
volvido líderes eclesiásticos em even- princípios. A igreja no Quênia têm da vida?
tos públicos da instituição, tais como a apresentado seus pontos de vista ati-
Sra. Jerusha Muga, uma das secretárias nentes à liberdade de culto e observân- Confira no website
da União Este-Africana, para dirigir um cia sabática à comissão de revisão cons-
devocional no culto de ação de graças titucional, Bibleinfo.com
da universidade, solenidade essa assisti- 4. Serviços de capelania insuficientes.
da por Sua Excelência, o presidente da Com tantos campi universitários na
Diálogo 15:1 2003 35
UNIVERSIDADE LOMA LINDA

Escola de Farmácia
Agora aceitando
estudantes para o ano
escolar 2003

A Universidade Loma Linda tem o prazer de


anunciar que o novo programa de doutorado
em farmácia (PharmD), teve sua aula inaugural em
setembro de 2002. Já estão sendo aceitos estudantes para o ano letivo de 2003. Os candidatos
devem ter completado todos os pré-requisitos de ingresso exigíveis. Terão preferência os já
graduados, com bacharelado em ciências ou outras áreas afins. Inscrições de matrícula para a
turma iniciante em 2003 são bem-vindas. Por favor, visite nosso website www.llu.edu/llu/sps/ para
obter maiores detalhes sobre o programa e o currículo proposto, ou faça contato através dos fones
(909) 558-1300 ou (800) 422-4558; fax (909) 558-4859, ou via e-mail pharmacy@univ.llu.edu. Os
formulários de matrícula podem também ser acessados on-line.

A Universidade Loma Linda habilitou-se à pré-candidatura de reconhecimento, o primeiro dos dois


passos exigíveis no processo de pré-reconhecimento estabelecido pelo American Council on Pharmaceutical
Education (ACPE) [Conselho Americano de Educação Famacêutica], agência nacional para
reconhecimento de Farmácia. De acordo com os procedimentos da ACPE, o programa de doutorado em
farmácia da Escola de Farmácia da Universidade de Loma Linda foi avaliado durante o outono de 2002,
e a concessão de reconhecimento de pré-candidatura pode ser considerada vigente desde o início de 2003.

A Escola de Farmácia também abre possibilidades a cientistas e profissionais de


farmácia interessados em servir em seu corpo docente. Por favor, remeta uma carta à
pharmacy@univ.llu.edu ou: School of Pharmacy; Loma Linda University, West Hall
# 1318; Loma Linda, California 92350; USA, indicando seu interesse e anexe seu
currículo.

www.llu.edu/llu/sps
Intercâmbio
Box 25; Winneba; GANA. E-mail: Marcela Ivon Barraud: 24; solteira;
Amplie Sua quamy3@yahoo.com
Asare Kwaku Amponsah: 28; soltei-
cursando faculdade de Matemática no
Instituto Eduardo Fracchia; interesses:
ro; estudante no Institut of Chartered atividades ao ar livre, ajudar aos outros,
Rede de Accountants; interesses: cantar, fazer no-
vos amigos, viajar; correspondência em
andar de bicicleta e falar do amor de
Deus; correspondência em espanhol. En-
inglês. Endereço: P.O. Box 9; Abesim- dereço: Ciudad Gral. José de San Martín,

Amizades Sunyani, B/A; GANA.


Hannah Yap Apilan: 27; solteira; for-
mada em Enfermagem; interesses: cozi-
Prov. Chaco; ARGENTINA. E-mail:
ivonmarcela@msn.com
Jorge Romão de Barros: 44; forma-

E
nhar, aventuras e tênis; correspondência do em Contabilidade, interesses: leitura,
studantes universitários e profissio-
em inglês ou tagalo. Endereço: Central filmes e viagem; correspondência em
nais adventistas, leitores de Diálogo,
Oligan; 7100 Dipolog City; FILIPINAS. português, italiano ou espanhol. Endere-
interessados em trocar correspon- Alexandre D. Aquino: 20; solteiro; ço: Rua Dr. Milne Ribeiro, 42 Centro;
dência com colegas em outras partes do cursando faculdade de Teologia no Cen- Conceição de Macabu, RJ; 28740-000
mundo. tro Universitário Adventista, Campus 2; BRASIL.
interesses: esporte, música cristã, com- Wycliffe Masita Basweti: 22; soltei-
Jesús R. Abano: 19; solteiro; cursan- partilhar a fé e aprender sobre outros paí- ro, cursando faculdade de Engenharia
do faculdade de Informática no Instituto ses; correspondência em português, espa- em Tele-comunicação; interesses: pesqui-
Universitário Adventista; interesses: mú- nhol ou inglês. Endereço: Caixa Postal 11; sa científica, basquete, fazer novos ami-
sica (violão, flauta, teclado) e acampar; 13165-970 Engenheiro Coelho, SP; BRA- gos, trocar mensagens espirituais; corres-
correspondência em espanhol. VENE- SIL. E-mail: chandao19@hotmail.com.br pondência em inglês ou suaíle. Endereço:
ZUELA. E-mail: abano@iunav.org Elmie S. Arriesgado: 30; solteira, for- Kenya College of Communications Tech-
Reynaldo P. Abid, Jr.: 25; solteiro; mada em Engenharia Civil, atualmente nology B Mbagathi Campus; P.O. Box
massagista licenciado; interesses: medici- trabalha para o governo; interesses: mú- 69067; Nairobi; QUENIA. E-mail:
na natural, tocar flauta de pã, poesia e sica, cozinhar e trocar postais e selos; baswetim2002@yahoo.com
atividades ao ar livre; correspondência correspondência em inglês. Endereço: Sandra Benalcázar: 20; solteira; cur-
em inglês. Endereço: No. 164 La Paz II, Sto. Niño, Tukaran; 7019 Zamboanga sando faculdade de Engenharia Química;
Kolambog Laposan; Cagayan de Oro; Sur; FILIPINAS. interesses: fazer novos amigos e aprender
9000 FILIPINAS. Golden May Shine Aung: 27; soltei- sobre outras culturas; correspondência
Mathew Oyedele Adebayo: 28; sol- ra; formada em Administração de Empre- em espanhol. EQUADOR. E-mail:
teiro; cursando faculdade de Economia; sas; interesses; escutar música, viajar e re- sandrapatriciab@hotmail.com
interesses: conhecer outras culturas, can- solver problemas; correspondência em Rutzela Cezar Bolido: 23; solteira;
tar, e ouvir música cristã; correspondên- inglês. Endereço: No. 68, Uwisara Road, formada em Contabilidade; interesses:
cia em inglês ou ioruba. Endereço: De- Dagon Township; P.O. Box 11191; Yan- música, passear e trocar selos, correspon-
partment of Economics; University of gon; MIANMAR. dência em inglês, tagalo, ou ilongo. En-
Ado-Ekiti; P.M.B. 5363; Ado-Ekiti; NIGE- Esther C. Baladiang: 54; casada, três dereço: Libas Roxas City; 5800 Capiz; FI-
RIA. E-mail: femi_adebayo@yahoo.com filhos, concluiu mestrado em Pedagogia, LIPINAS.
Bismark Osei Adomako: 24; soltei- trabalha atualmente como diretora de uma Lázaro O. Cervantes: 19; solteiro,
ro; completando seus estudos no S.D.A. escola do curso fundamental; interesses: leitor católico da revista Diálogo e estu-
Training College; interesses: cantar, tro- trocar postais, ler e estudar a natureza; cor- dante de agronomia; interesses: música,
car fotografias, colecionar dinheiro es- respondência em inglês. Endereço: Col. literatura e atividades ao ar livre; corres-
trangeiro e pregar; correspondência em Ruperto Abellon, Sr. Memorial School; pondência em espanhol. Endereço: Calle
inglês. Endereço: 5th Garrison S.D.A. Patnongon 5702 Antique; FILIPINAS. B #229 Entre Martí y Onelio Hernández;
Church; P.O. Box BC 62; Burma Camp, Agnes Balisanga: 23; solteira, cur- 65100 Ciego de Avila; CUBA.
Accra; GANA. sando faculdade de Economia na Univer- Leydi Dalia: 19; solteira; cursando fa-
Patrick Paul Akpan: 28; solteiro; sidade Livre de Kigali; interesses: trocar culdade de Direito na Universidade Juá-
médico, formado pela Universidade de idéias sobre assuntos espirituais, viajar e rez Autônoma de Tabasco; interesses:
Lagos; interesses: ler, compartilhar expe- música religiosa; correspondência em aprender francês e inglês, fazer novos
riências cristãs e viajar; correspondência francês ou inglês. RUANDA. E-mail: amigos e ler sobre desenvolvimento pes-
em inglês. Endereço: Health Care Centre; baliagnes@yahoo.fr soal; correspondência em espanhol. En-
No. 42 Faith Road; P.O. Box 2992; Uyo, Eric Banza: 29; solteiro, cursando fa- dereço: Calle Chicoche, Edif. 4, Depto.
Akwa Ibom State; NIGERIA. culdade de Informática na UKB; interes- 13, Col. Gaviotas Norte; C.P. 86090 Vi-
Frank Amoani-Arthur: 27; solteiro; ses: viajar, música cristã, internet e fazer llahermosa, Tabasco; MEXICO. E-mail:
cursando faculdade de Matemática; inte- novos amigos; correspondência em fran- Leydi661@hotmail.com ou
resses: música, viajar, e ler; correspon- cês, inglês, ou suaíle. REPUBLICA DE- leydil5mx@yahoo.com.mx
dência em inglês, Endereço: Universida- MOCRATICA DO CONGO. E-mail: Isaac Nortey Darko: 22; solteiro; cur-
de de Winneba; Amu Hall, Rm. A-1; P.O. fatubaka2000@yahoo.fr sando faculdade de Informação e Ciênci-

Encarte A
as Políticas na Universidade de Gana; in- Endereço: P.O. Box 5355; Morogoro; tura, culinária e atletismo; correspon-
teresses: leitura e música; correspondên- TANZANIA. dência em inglês. Endereço: Pacific Ad-
cia em inglês. Endereço: Box KF 78; Kofo- Raúl Flórez: 21; solteiro; cursando fa- ventist University; Private Mail Bag; Bo-
ridua, E.R.; GANA. E-mail: culdade de Engenharia Agrônoma na roko, NCD; PAPUA NOVA GUINE. E-
ikedak2003@yahoo.com Universidade de Córdoba; interesses: fa- mail: THabiri@pau.ac.pg
Cleide da Silva Deodato: 27; soltei- zer novos amigos, ler e viajar; correspon- Theophile Hategekimana: 23; sol-
ra; formada em Pedagogia e estudando dência em espanhol. Endereço: Calle 37 teiro; cursando faculdade de Geografia
inglês; interesses: música, leitura e ex- #5-40, B. Juan XXIII; Montería, Córdoba; pela Universidade Nacional de Ruanda;
pandir os horizontes; correspondência COLOMBIA. E-mail: interesses: esportes, música religiosa, e
em português, espanhol ou inglês. Ende- raulinho89@latinmail.com fazer novos amigos; correspondência em
reço: Ave. Manoel Ribas 1035; Centro, Sebastián Alfredo Freytes: 20; sol- francês, quiniaruanda, ou inglês. Endere-
Laranjeiras do Sul, PR; 85301-970 BRA- teiro; cursando faculdade de Microbiolo- ço: BP 82; Butare; RUANDA. E-mail:
SIL. E-mail: advensul@orangenet.com.br gia; interesses: leitura, futebol, colecio- hhatheos@yahoo.fr
Alicia Beatriz Desuque: 26; casada; nar moedas antigas e estudar a Bíblia; Teresa Heredia: 26; trabalha como
cursando faculdade de Inglês na Univer- correspondência em espanhol ou inglês. parteira na Clínica Adventista Good
sidade Nacional de La Pampa; interesses: Endereço: Calle Córdoba 134; 5936 Tío Hope; interesses: natureza, trocar artigos
estudar a Bíblia, esportes e cozinha vege- Pujio, Prov. Córdoba; ARGENTINA. E- sobre saúde, viajar e fazer novos amigos;
tariana; correspondência em espanhol e mail: pichon155@latinmail.com correspondência em espanhol ou inglês.
inglês. ARGENTINA. E-mail: Eric Frimpong: 40; cursando faculda- PERU. E-mail: samter7@hotmail.com
alibe77@hotmail.com de de Religião e Pedagogia; interesses: fu- Allan G. Hines: 22; solteiro, estudan-
Jeremias C. Dias: 35; divorciado; cur- tebol e leitura; correspondência em in- do para ser piloto de avião; interesses: es-
sando faculdade de Engenharia Agro-in- glês ou francês. Endereço: Valley View portes, música cristã, cantar e viajar; cor-
dustrial na Universidade do Estado de University; Community Student B Oyibi; respondência em espanhol ou inglês. En-
Mato Grosso; interesses: legislação do P.O. Box KIA 9358; Accra; GANA. dereço: Colinas del Golf, Calle Westmin-
meio-ambiente, ciclismo, e compartilhar Rachel Imee Gabisay: 25; solteira; der # 55; Panama; PANAMA. E-mail:
a fé; correspondência em português, es- formada em Pedagogia Primária na Leyte allanh31@hotmail.com
panhol, francês ou inglês. Endereço: Av. Normal University; interesses: cantar e Noelia Elizabeth Irias: 18; solteira;
Felinto Muller, No. 42, Maracana; CEP ler; correspondência em inglês. Endere- estudante na Universidade de Nicaragua;
78390-000 Barra do Bugres, MT; BRASIL. ço: c/o Mrs. Violeta A. Gabisay; Brgy. Ca- interesses: esportes, acampar, viajar e tro-
Lena Fonsena Dindal: 21; solteira, laguise, Leyte; 6533 Leyte; FILIPINAS. E- car idéias; correspondência em espanhol
trabalha como enfermeira no Hospital mail: heinzrachel@yahoo.com ou inglês. Endereço: Colegio Cristo Rey 1
Adventista de Penang e cursa enferma- Laura S. González: 21; solteira, estu- 2 al lago; Managua; NICARAGUA. E-
gem; interesses: música cristã, tocar pia- dante de Medicina na Escola de Medicina mail: girlinteresting_2002@hotmail.com
no, colecionar coisas estranhas e conhe- Juan N. Corpas; interesses: atividades ao Manyanzo Kakule: 30; solteiro; cur-
cer outras culturas; correspondência em ar livre, viajar, escrever poesia e compar- sando faculdade de Sociologia; interesses:
inglês. Endereço: Adventist College of tilhar a fé; correspondência em espanhol ler, viajar e atividades na igreja; correspon-
Nursing; 465 Burma Road; 10350 Pe- ou inglês. Endereço: Calle 86 # 34-15, dência em francês ou quissuaíle. REPU-
nang; MALASIA. E-mail: Barrio Patria; Bogotá, DC; COLOMBIA. BLICA DEMOCRATICA DO CONGO.
fonsena@yahoo.co.uk E-mail: laryclick@hotmail.com E-mail: manyuonzokak@hotmail.com
Enoc Dolce: 29; solteiro; cursando fa- Leonardo G. Gorero: 32; casado; Eliete Viero Lima: 27; solteira; dire-
culdade de Engenharia Elétrica na Uni- professor de Matemática; interesses: mú- tora de uma escola adventista; interesses:
versidade Central da Venezuela; interesses: sica cristã, compartilhar a fé e caminha- natureza, compartilhar a fé, fazer amiza-
música cristã e esportes; correspondência das em meio à natureza; correspondência des e trocar idéas; correspondência em
em espanhol, inglês ou francês. VENE- em inglês. Endereço: Polytechnic State português, inglês ou espanhol. Endereço:
ZUELA. E-mail: dolsweet@latinmail.com College of Antigne; 5713 Sibalon; Anti- Av. Manoel Ribas 1035; 85301-970 Cen-
Michelle Duarte: 21; solteira; cursan- gne; FILIPINAS. tro; Laranjeiras do Sul, PR; BRASIL. E-
do faculdade de Psicologia na Universi- Valdisia Pereira Grangeiro: 56;di- mail: advensul@orangenet.com.br
dade Estadual do Piauí; interesses: can- vorciada, três filhos adultos; funcionária Carlos Alejandro Lobos: solteiro,
tar, viajar e contatar estudantes universi- do governo, cursando Administração de cursando faculdade de Engenharia do
tários; correspondência em português ou Empresas; interesses: música cristã, com- Meio-ambiente na Universidade de Playa
espanhol. BRASIL. partilhar a fé, trocar idéias; correspon- Ancha; interesses: música, fazer novos
E-mail: michelleduartes@hotmail.com dência em português, espanhol ou in- amigos, atividades ao ar livre com os des-
ou michelleds@ig.com.br glês. Endereço: Av. Silvio Botelho, 115, bravadores e cuidar da natureza; corres-
Paul Elias: 23; solteiro, formado em Centro; 69301-330 Boa Vista, Roraima; pondência em espanhol, português ou
Pedagogia pelo Marangu Teacher Colle- BRASIL. E-mail: inglês. Endereço: 7 Norte #2063; Talca;
ge; interesses: música religiosa, esportes, valdisiangrangeiro@bol.com.br CHILE. E-mail: andy268@latinmail.com
estudar a Bíblia e trocar cartões postais; Terence Habiri: 19; solteiro; cursan- Luiga Lwanba: 36; casado, tem dois
correspondência em inglês ou quissuaíle. do faculdade de Ciências, interesses: lei- filhos; engenheiro agrônomo, trabalha

Encarte B
38 Diálogo 15:1 2003
como inspetor agrícola; correspondência Mário Gonzaga Medeiros: 21; soltei- e música; correspondência em inglês. En-
em francês. REPUBLICA DEMOCRATICA ro; cursando faculdade de Línguas e Lite- dereço: Cardiff University; Student Hou-
DO CONGO. E-mail: ratura pela Universidade Nilton Lins; in- se, Room 5; 15 Senghennydd Road; Car-
chryso.lwamba@laposte.net teresses: música, poesia e acampar; cor- diff CF24 HAG; REINO UNIDO
Bethlehem Boylers Mahinay: 23; respondência em português, espanhol, Gift Ogbona: 28; solteiro; trabalha
solteira; formada em Comunicação e Jor- inglês ou japonês. Endereço: R. Tito Bi- como enfermeiro psiquiatra; interesses:
nalismo pela Universidade de San Jose, tencourt, 312, Apart. 02; Sao Francisco música cristã, culinária, trabalho huma-
Recoletos, Cebu; interesses: música e via- Manaus, AM; 69067-190 BRASIL. E-mail: nitário e intercâmbio com outros adven-
gem; correspondência em inglês. Endere- pomki@ig.com.br tistas; correspondência em inglês. Ende-
ço: Block 1, Lot 5 B New San Lorenzo- Mohammed Karanja Mwangi: 26; reço: Seventh-day Adventist Church
Ruiz Village; Sitio Oregano, Lawaan 1; solteiro; cursando faculdade de Engenha- Umuobiakwa; P.O. Box 16; Aba, Abia Sta-
Talisan City, 6045 Cebu; FILIPINAS. E- ria Química; correspondência em inglês te; NIGERIA. E-mail: giftuc@yahoo.com
mail: Bethslow@lovemail.com ou suaíle. Endereço: P.O. Box 14902; Geoffrey Uchenna Okoro: 21; soltei-
May Hsu Wai Mang: 23; solteira; for- Nakuru B GPO; 20100 QUENIA. E-mail: ro; estudando Biblioteca e Ciência de In-
mada em Administração de Empresas; in- mknakuru@yahoo.com formática na Universidade da Nigéria
teresses: leitura, pesca e informática; cor- Isaac Ngoba: 24; solteiro; formado Nsukka; interesses: escrever poesias, foto-
respondência em inglês. Endereço: 21 em Teologia, trabalha como capelão em grafia, música clássica e flores; corres-
Min Kyaung Street, Dagon Township; uma escola adventista; interesses: jardi- pondência em inglês. Endereço: P.O. Box
P.O. Box 11191; Yangon; MIANMAR. nagem, informática e canto-coral; cor- 6662; Aba, Abia State; NIGERIA. E-mail:
Simpson Tom Maoga: 31; solteiro; respondência em francês ou inglês. En- houcsic@yahoo.com
formado em Contabilidade e Informáti- dereço: College Adventiste de Bertoua; Akangbe A. Olayinka: 23; solteiro;
ca, atualmente trabalha como contador BP 14; Bertoua; CAMAROES. E-mail: cursando faculdade de Engenharia de In-
em uma indústria; interesses: trocar idéi- ngoba.isaac@caramail.com formática; interesses: viajar, ciclismo, au-
as, ajudar pessoas deficientes e fazer no- Job Leteipa Nkuri: 21; solteiro; cur- tomobilismo e pesquisa; correspondên-
vos amigos; correspondência em inglês sando faculdade de Finanças na Univer- cia em inglês. Endereço: Babcock Univer-
ou kiswahili. Endereço: P.O. Box 30457; sidade de Kenyatta; interesses: esportes, sity; Department of Computer Science
Nairobi; QUENIA. Trelson Mapp: 22; sol- estudo Bíblico e assistir partidas de fute- and Math; P.M.B. 21244; Ikeja, Lagos; NI-
teiro, cursando faculdade de Economia bol; correspondência em inglês, quissuaí- GERIA. E-mail:
na Universidade das Índias Ocidentais; le, ou masai. Endereço: P.O. Box 13; Kil- yinkaakangbe@yahoo.com
interesses: jogar futebol, colecionar selos, gore; QUENIA. E-mail: Riany Pacheco de Oliveira: 24; sol-
cartões telefônicos e moedas, fazer novos leteipa2002@yahoo.com teira; cursando faculdade de Enferma-
amigos. Endereço: Kirby's Ave.; Barrou- Levy C. Nsalamaba: 30; solteiro; ter- gem pela Universidade Nilton Lins; inte-
allied; SAO VICENTE. minando faculdade na ZIBC Trust, Lu- resses: vôlei, música cristã, fazer novos
Von Marcha: 20; solteiro, cursando saka; interesses: escutar música, jogar tê- amigos; correspondência em português,
engenharia de Informática na Universi- nis de mesa e trocar fotografias; corres- espanhol ou inglês. Endereço: Rua Rio
dade das Filipinas; interesses: tocar violi- pondência em inglês. Endereço: P.O. Box Verde No. 225, Bairro Redenção; 69047-
no, participar de atividades para jovens e 410173; Kasama; ZÂMBIA. Sibonokuhle 780; Manaus, AM; BRASIL. E-mail:
acampar; correspondência em inglês. En- Nyama: 20; solteira; estudando para ser rianyp@ig.com.br
dereço: 377-A P. Tuazon, Project 4; Que- professora; interesses: jardinagem e Samson Ombongi: 24; solteiro; natu-
zon City; 1109 FILIPINAS. E-mail: acampar; correspondência em inglês, ral do Quênia, estudante na Universida-
von_bpm@pinoycentral.com Ndebele, Shona, ou Zulu. Endereço: de de Jabalpur; interesses: música cristã e
María de los Angeles Martínez: 24; 33144 Entumbane; P.O. Box Entumbane, aprender coisas novas; correspondência
solteira; cursando faculdade de Admis- Bulawayo; ZIMBÁBUE. em inglês. Endereço: House No.104,
tração de Empresas; interesses: fazer no- Carine Nzaou: 30; solteira; estudante Christian Colony Katanga; Jabalpur;
vos amigos, trocar poesias, participar de de Informática; interesses: música, trocar 482001 INDIA. E-mail:
atividades para jovens e colecionar pos- idéias, viajar e fazer novos amigos; cor- sam_moracha@yahoo.com
tais; correspondência em espanhol: Moc- respondência em francês. SENEGAL. E- Ngaih Thang Pau: 23; solteiro; natu-
tezuma #825, esq. Narciso Mendoza; Cd. mail: lolonazou@hotmail.com ral de Mianmar, formado em Administra-
Isla, Veracruz; 95641 MEXICO. E-mail: Amos Nzayisenga: 25; solteiro, cur- ção de Empresas; interesses: jogar tênis
Angeles728@latinmail.com sando faculdade de Teologia; interesses: de mesa, ler a Bíblia, jogos de computa-
Mauricio Martínez: 22; solteiro; atividades JA, música cristã, estudo Bíbli- dor e música cristã; correspondência em
completou seu estudos em Agronomia; co e natureza; correspondência em fran- inglês. Endereço: RZA 37, Mahindra
interesses: trocar idéias sobre esportes, cês. Endereço: Universite Adventiste Park, Uttamnagar; Nova Délhi; INDIA. E-
escutar boa música e fazer novos amigos; d'Afrique Centrale; B.P. 2461; Kigali. RU- mail: paungaih@rediff.com
correspondência em espanhol ou italia- ANDA. E-mail: anzamos@yahoo.fr Jaime Andrés Pedraza: 34; solteiro;
no. Endereço: Carretera La Fe, Km. 1 2 Daniel Obeng: 34; solteiro; natural dirige o departamento de planejamento
#374; Isabel Rubio, Pinar del Río; 24580 de Gana, atualmente estuda em Wales; e desenvolvimento do Instituto Universi-
CUBA. interesses: atividades para jovens, leitura tário Adventista e cursa mestrado em Ad-

Diálogo 15:1 2003 Encarte39


C
ministração de Empresas; interesses: es- jucaro@correo.unam.mx uma filha; completou doutorado em Fisio-
porte, música cristã, fotografia e vídeo, Marguia del Rosario: 19; solteira; ar- terapia e exerce essa profissão na Bulgá-
conhecer melhor a Jesus; correspondên- tista gráfica; interesses: tocar piano e vio- ria; interesses: trocar idéias com outros
cia em espanhol ou inglês. VENEZUELA. lão, cantar e esportes; correspondência adventistas profissionais; correspondên-
E-mail: pedraza@iunav.org em inglês. Endereço: c/o Dailinda Sanco- cia em búlgaro ou inglês. E-mail:
Luz Mary Pérez: 28; solteira; forma- ver; 1605 1st. Crumb St.; 8002 Digos stoeva@hotmail.com BULGARIA.
da em Administração de Empresas pela City; FILIPINAS. E-mail: Rusday Sunday: 21; solteiro; cursan-
Universidade Adventista de Colombia; guia_guia2002@yahoo.com do faculdade de Ciências; interesses: na-
interesses: basquete, leitura, música e co- Henry Kiboen Ruto: 23; solteiro; tureza, fazer amigos, ajudar as pessoas,
nhecer outras culturas; correspondência concluindo o curso de Tecnologia de La- correspondência em inglês. Endereço:
em espanhol. Endereço: Apartado Aéreo boratório Médico no Quênia Politécnico; Pacific Adventist University; Private Mail
4979; Bogotá, DC; COLOMBIA. E-mail: interesses: ler novelas, esportes, ouvir Bag; Boroko B NCD; PAPUA NOVA GUI-
lperez65@hotmail.com música gospel e trocar fotografias; corres- NE.
Debora Dos Santos Pires: 23; soltei- pondência em inglês. Endereço: P.O. Box Joseph Abbanan Telemke: 25; sol-
ra; estudante universitária de Contabili- 2386; Kigale; QUENIA. E-mail: teiro; professor em uma escola Adventis-
dade; interesses: música, acampar e fazer kipboen@yahoo.com ta; interesses: música cristã, acampar e
novos amigos: correspondência em por- Justice Atta K. Samuel: 25; solteiro; viajar; correspondência em francês ou in-
tuguês, inglês ou espanhol. Endereço: estudando Medicina Homeopática; inte- glês. Endereço: College Adventiste de
Rua Aluisio Lima, No. 1653; Bairro Inin- resses: ajudar aos outros, viajar, esportes Yaounde; B.P. 401; Yaounde, C.A.; CA-
ga; 64049-830 Teresina, PI; BRASIL. E- e colecionar selos; correspondência em MAROES.
mail: deassuncao@uol.com.br inglês. Endereço: Institute of Homeopa-
Ana Rosa Ramón: 60; divorciada; en- thic Studies, Nation Clinic; P.O. Box 236;
fermeira; interesses: amizades, assuntos Konongo, Odumasi; QUENIA. E-mail:
sobre saúde, medicina natural e plantas samuelatta2002@yahoo.com
medicinais; correspondência em espa- Erisvaldo de Jesus Santos: 31; soltei-
nhol. Endereço: Apartado Postal 133; ro; cursando faculdade de Teologia no
Santa Clara 1; Villa Clara; 50100 CUBA. Seminário Latino-americano de Teologia;
E-mail: almicoral@correo.unam.mx interesses: futebol, música religiosa, lei-
James Onsoti Ratemo: 23; solteiro; tura e coleção de cartões telefônicos; cor-
cursando faculdade de Tecnologia de Mí- respondência em português ou espanhol.
dia; interesses: música cristã, escrita cria- Endereço: IAENE; C. Postal 18; Cachoei- Convite
tiva, teatro e esportes; correspondência ra, BA; BRASIL. E-mail:
Se você é universitário ou profissional
em inglês ou suaíle. Endereço: c/o Gos- agapejesus@bol.com.br
adventista e quer ter seu nome incluído
pel Bells Singers, Maseno University; P.O. Roy Roland Secong: solteiro; forma-
aqui, envie-nos a seguinte informação: (1)
Box 333; Maseno; QUENIA. E-mail: do em Administração de Empresas, atual-
Seu nome completo, com o sobrenome em
jamrats2001@yahoo.com mente cursando faculdade de Tecnologia
Ligiana Ribeiro: 24; solteira; forma- de Informática na Universidade de Cebu; letras maíúsculas; (2) sua idade; (3) sexo;
da em Orientação Educacional e atual- interesses: viajar, futebol, tênis e basque- (4) estado civil; (5) estudos correntes ou di-
mente trabalhando nessa área em uma te; correspondência em inglês ou filipi- ploma obtido e especialidade; (6) faculda-
escola adventista; interesses: leitura, mú- no. Endereço: 45-A Clarita Village; Punta de ou universidade que está freqüentando
sica cristã, acampar e artesanato; corres- Princesa, Labangon, Cebu City; 6000 FI- ou da qual graduou-se; (7) três principais
pondência em português, espanhol ou LIPINAS. E-mail: dreqx@yahoo.com passa-tempos ou interesses; (8) idioma(s)
inglês. Endereço: Caixa Postal 65; Altô- Diana Serbezowa: 38; solteira; pro- nos quais quer corresponder; (9) o nome
nia, Paraná; BRASIL. E-mail: fessora em escola de ensino médio; inte- da congregação adventista da qual é mem-
ceph@visaonet.com.br resses: tocar música religiosa, colecionar bro; (10) seu endereço postal; (11) seu e-
Misael Ríos: 19; solteiro, estudando Bíblias em outras línguas, compartilhar a mail, caso o tenha. Por favor, datilografe ou
contabilidade na Universidade Adventis- fé e trocar cartões postais; correspondên- use letra de forma clara. Envie esta informa-
ta da Bolívia; interesses: vôlei, leitura, cia em búlgaro ou inglês. Endereço: 21, ção para Dialogue Interchange; 12501 Old
música e acampar; correspondência em Ivan Alexander Street; Sliven 8800; BUL- Columbia Pike; Silver Spring, MD 20904-
espanhol ou português. BOLIVIA. E-mail: GARIA. 6600, E.U.A. Você pode também usar e-
mishaelito@latinmail.com Odicicléia Alves de Sousa: 23; casa- mail: ssicalo@yahoo.com Poremos na lis-
Juan Carlos Rodríguez: 34; solteiro; da; cursando faculdade de Biologia na ta apenas aqueles que fornecerem os 10
médico; interesses: medicina geal, medi- Universidade Católica de Goiás; interes- items de informação requeridos acima. Dia-
cina natural, nutrição e amizades; corres- ses: basquete, canto, assuntos da área de
logue não assume responsabilidade pela
pondência em espanhol. Endereço: Cal- biologia e conhecer outros países; corres-
exatidão da informação dada ou pelo con-
lejón de la Vocacional # 16, Carretera a pondência em português ou espanhol.
teúdo da correspondência que possa resul-
Camajuani Km 3; El Gigante, Santa Cla- BRASIL. E-mail: silvodici@bol.com.br
tar.
ra; 50300 Villa Clara; CUBA. E-mail: Ralitza Stoeva: 44; divorciada; tem

Encarte
40 D Diálogo 15:1 2003

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