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Apostila: Português para Concursos – por Profª Cíntia Barreto

Apostila de Língua Portuguesa

Assunto:

APOSTILA DE PORTUGUÊS
PARA CONCURSOS

Autor:

PROFª CINTIA BARRETO

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SUMÁRIO

I. ORTOGRAFIA 6

SUFIXOS –INHO/ -ZINHO 7


ETC. 10
USO DO HÍFEN 10
USO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS 11
PRÁTICA 12
EXERCÍCIOS 13

II. DIVISÃO SILÁBICA 15

EXERCÍCIOS 15

III. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 18

PRÁTICA 20
EXERCÍCIOS 20
ORTOEPIA E PROSÓDIA 23

IV. CURIOSIDADES GRÁFICA 25

PRÁTICA 27
EXERCÍCIOS 29

V. CRASE 31

OCORRE CRASE: 31
NÃO OCORRE CRASE: 31
CASOS FACULTATIVOS: 32
PRÁTICA 32
EXERCÍCIOS 33

VI. PONTUAÇÃO 37

PRINCIPAIS SITUAÇÕES DO USO DA VÍRGULA 37


PONTO-E-VÍRGULA 38
DOIS-PONTOS 38
PRÁTICA 38
EXERCÍCIOS 38

VII. SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA E PARONÍMIA 41

SINONÍMIA 41
ANTONÍMIA 41
HOMONÍMIA 41

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PARONÍMIA 42
PRÁTICA 45
EXERCÍCIOS 46

VIII. DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO 49

DERIVAÇÃO 49
COMPOSIÇÃO 50
EXERCÍCIOS 51

IX. CLASSES DAS PALAVRAS 53

SUBSTANTIVO 54
ADJETIVO 57
ARTIGO 59
NUMERAL 60
PRONOME 63
EXERCÍCIOS 65

X. VERBO 68

ESTRUTURA DO VERBO 68
FLEXÕES DO VERBO 68
FORMAS NOMINAIS 70
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 70
FORMAS RIZOTÔNICAS E FORMAS ARRIZOTÔNICAS 72
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO 72
INDICATIVO 73
SUBJUNTIVO 73
ALTERAÇÕES DE UM VERBO SEGUIDO DE PRONOME 74
EXERCÍCIOS 74
ADVÉRBIO 76
PREPOSIÇÃO 77
CONJUNÇÃO 78
INTERJEIÇÃO 79

XI. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 80

CONCORDÂNCIA NOMINAL 80
PRÁTICA 81
CONCORDÂNCIA VERBAL 82
PRÁTICA 83
EXERCÍCIOS 84

XII. REGÊNCIA VERBAL 88

PRÁTICA 90
EXERCÍCIOS 91

XIII. SINTAXE 93

CONCEITO DE FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO: 93

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TERMOS DA ORAÇÃO 94
PRÁTICA 102
EXERCÍCIOS 103
COORDENAÇÃO 105
SUBORDINAÇÃO 106

XIV. FIGURAS DE LINGUAGEM 112

I - FIGURAS SONORAS 112


II - FIGURAS DE SINTAXE 113
III - FIGURAS DE PALAVRAS 114
IV - FIGURAS DE PENSAMENTO 115
PRÁTICA 116
VÍCIOS E ANOMALIAS DE LINGUAGEM 116
EXERCÍCIOS 118

XV. DISCURSO DIRETO E INDIRETO 120

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 121


PRÁTICA 122

XVI. TIPOS DE REDAÇÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 123

DISSERTAÇÃO 123
NARRAÇÃO 123
DESCRIÇÃO 123
DISSERTAÇÃO 124
TEMAS SUBJETIVOS E OBJETIVOS 124
COESÃO, COERÊNCIA, CLAREZA E CONCISÃO 124
TEXTOS 127
PRÁTICA 132

XVII. APÊNDICE 134

XVIII. GABARITOS 138

XIX. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 140

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I. ORTOGRAFIA

É a parte da gramática que visa a escrita correta das palavras.


Nós, devemos, pois, obedecer às regras do sistema ortográfico da nossa língua. Fugir a essas regras seria
estar à margem do sistema vigente.

Vejamos, o texto abaixo:

Tiro ao Álvaro
(Adoniran Barbosa)
De tanto levar frechada do teu olhar
Meu peito até parece, sabe o que?
Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar.
Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais
Que atropelamento de automóver
Mata mais que bala de revórver.

O compositor, propositadamente, utilizou em sua música algumas palavras com erros de ortografia,
porém os escritores e os músicos têm licença-poética que os permite “brincar” com a normas da língua
portuguesa.
Um texto dissertativo exige obediência à gramática normativa.

ATENÇÃO ! ! !

Para escrever corretamente, é muito importante acostumar-se a resolver dúvidas de grafia,


consultando gramáticas e dicionários. Ler bastante e com atenção, observando a grafia das palavras.
Escrever várias vezes as palavras de grafia mais difícil.
Não se pode esquecer também de observar as palavras que têm som semelhante, mas escrita e
significados diferentes (parônimos), a fim de evitar confusão ao escrevê-las, além de ficar atento ao
emprego de algumas letras.

O nosso alfabeto é composto de 23 letras:

ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ

As letras k, W e Y também são utilizadas em abreviaturas, em símbolos de uso internacional e em


palavras estrangeiras e nomes próprios.
O emprego do H: por motivos de etimologia, aparece no início de muitas palavras. Nos dígrafos ch, lh, nh
(chave, alho, ninho) e no final de algumas interjeições (Ah!, Oh!).

habitação herança higiene honesto hálito hediondo hélice


hábito herói hipoteca honra hesitar hodierno hífen
hábil hidrogênio homem horizonte hermético hecatombe hoje

O emprego do S: é usado em adjetivos pátrios terminados em –ês (-esa) e nos adjetivos com o
sufixo –oso (-osa) indicadores de abundância, estado pleno. Depois de ditongos, em verbos derivados de
palavras que já têm s no radical, em títulos de nobreza e alguns nomes próprios.

cheiroso coisa
formoso maisena
dengoso mausoléu
francês faisão
francesa alisar

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marquesa asa
baronesa fusão
duquesa síntese
poetisa gás
profetisa análise

SUFIXOS –INHO/ -ZINHO

Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda da seguinte forma: se a palavra primitiva
terminar por s ou z, basta acrescentar o sufixo –inho(a); se a palavra primitiva apresentar outra terminação,
acrescente o sufixo –zinho(a).
Primitiva sufixo diminutivo derivada
Pires inho piresinho
lápis inho lapisinho
raiz inha raizinha
juiz inho juizinho
papel zinho papelzinho
pé zinho pezinho

E nas seguintes correlações:

ND, RG, RT, NT: PEL ou CORR:


compreender → compreensão impelir → impulso, impulsão, impulsivo
ascender → ascensão repelir → repulsão, repulsivo
apreender → apreensão expelir → expulsão
pretender → pretensão concorrer → concurso
suspender → suspensão recorrer → recurso
expandir → expansão, expansivo percorrer → percurso
emergir → emersão
inverter → inversão
sentir → senso
consentir → consentimento

O emprego do Z: é empregado nos sufixos –ez (-eza), formadores de substantivos abstratos a partir
de adjetivos. No sufixo –izar, formador de verbo e nas palavras da mesma família. Porém, palavras como
analisar, avisar e pesquisar não ocorre o sufixo verbal –izar, pois são verbos que derivam de palavras
que já têm s no seu radical.

beleza embelezar
altivez centralizar
aspereza civilizar
surdez canalizar
finalizar valorizar
esvaziar agonizar
vez autorizar
revezar Arborizar
cruz profetizar
cruzeiro deslize
baliza desprezo

‰ Nos verbos terminados em –UZIR:


- aduzir
- conduzir
- produzir
- deduzir

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- reduzir
- produzir

Grafam-se com SS os nomes a que:

‰ correspondem verbos cujos radicais são CED, GRED, PRIM:


conceder → concessão
progredir → progressão
imprimir → impressão
ceder → cessão
agredir → agressão
reprimir → repressão

‰ correspondem radicais de verbos derivados de METER:


cometer → comissão
prometer → promessa
remeter → remessa ou remissão
submeter → submissão

‰ correspondem verbos terminados em TIR:


discutir → discussão
admitir → admissão
permitir → permissão
repercutir → repercussão
demitir → demissão

Grafam-se com Ç :

‰ palavras de origem árabe, africana ou tupi:


→ muçulmano e açúcar (origem árabe)
→ caçamba e caçanje – dialeto crioulo do português falado em Angola – (origem africana)
→ Juçara e paçoca (origem tupi)

‰ palavras derivadas do verbo TER:


conter → contenção
obter → obtenção
deter → detenção
reter → retenção
abster → abstenção

‰ palavras derivadas de outras que possuem T no radical:


exceto → exceção
isento → isenção

‰ nos sufixos –ação e –ção, formadores de verbos:


preparar → preparação construir → construção
nomear → nomeação destruir → destruição
cantar → canção
optar → opção

‰ após ditongos se o som for / s / :


→ feição
→ traição
→ eleição
→ louça

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Obs.: após ditongos com som / z /, as palavras são grafadas com s (causa, pausa, coisa,
maisena,etc.)
‰ nos sufixos –AÇA(O), -IÇA(O), -UÇA(O):
→ barcaça
→ ricaço
→ carniça
→ dentuço

Emprega-se X:

‰ depois de ditongo com som / x /:


→ caixa
→ peixe
→ faixa

‰ palavras de origem indígena ou africana:


→ abacaxi e xavante (origem indígena)
→ orixá e xangô (origem africana)

‰ depois da sílaba inicial –ME:


→ mexerica
→ mexer
→ México
→ mexicano
→ mexilhão
‰ depois da sílaba inicial –EN:
→ enxoval
→ enxada
→ enxaqueca
Obs.: com exceção do verbo encher (e seus derivados): enchimento, enchente, preencher.
Quando o prefixo –en junta-se a um radical iniciado por ch: charco> encharcar > encharcado;
chumaço > enchumaçar; chiqueiro > enchiqueirar.

‰ palavras de línguas modernas:


→ xampu, xerife, xelim (moeda inglesa de prata), xerez (vinho fino e saboroso da Andaluzia)

Grafa-se com CH:

‰ nomes de origem : alemã, inglesa, espanhola, francesa e latina:


→ chope e chucrute (origem alemã)
→ chute e sanduíche (origem inglesa)
→ mochila (origem espanhola)
→ chalé e chapéu (origem francesa)
→ chuva (origem latina)

‰ O emprego do G: é usado em substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem; nas palavras


terminados em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio; nas palavras derivadas de outras que já têm g e
outras palavras, conforme sua origem do latim, do grego e do árabe.

ramagem monge
vertigem sugestão
ferrugem tigela
pedágio tangerina
colégio gibi
vestígio giz

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relógio algema
refúgio gengibre
ligeiro gíria
sargento vagem

Emprega-se j:
‰ nas palavras derivadas de primitivas que se escrevem com j:
ajeitar, ajeitado (de jeito); laranjeira ...
‰ em palavras de origem tupi: jibóia, pajé, jenipapo.
‰ nas formas dos verbos terminados em –jar: arranjei, despejaram, despejado, ...
‰ na terminação –aje: traje, laje, ultraje

ETC.
ETC é latino et coetere (significando e outras coisas ou e no mais).
Em geral é considerado facultativo o uso da vírgula antes da abreviatura etc.. Mas, convém distinguir os
casos.
Ex.: Os sintomas da doença são: anemia, transtornos endócrinos, etc.

Sem a vírgula antes do etc., poderia parecer que etc. representa outros transtornos além dos endócrinos.
Com a vírgula, etc. significa outros sintomas.

USO DO HÍFEN

Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a noção da
composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética,
conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido.
Dentro desse princípio, deve-se empregar o hífen nos seguintes casos:

1. Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuação própria, não conservam,
considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui uma unidade semântica: água-
marinha, arco-íris, galinha-d’água, couve-flor, guarda- -pó, pé-de-meia (mealheiro, pecúlio) ,
pára-choque, porta-chapéus, etc. .

2. Nas formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos: ama-lo (amas e lo), amá- -lo (amar e
lo), dê-se-lhe, fá-lo-á, oferecê-la-ia, repô-lo-eis, serenou-se-te, traz-me, vedou-te, etc. .

3. Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como anglo, greco, histórico,
ínfero, latino, lusitano, luso, póstero, súpero, etc.: anglo-brasileiro, greco-romano, histórico-
geográfico, ínfero-anterior, latino-americano, lusitano-castelhano, luso-brasileiro, póstero-
palatal, súpero-posterior, etc. .

4. Nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim,
quando o exige a pronúncia e quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente:
andá-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu, etc. .

5. Nos vocábulos formados pelos prefixos:


a) auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi e ultra, quando se lhes seguem palavras
começadas por vogal, h, r ou s: auto-educação, contra-almirante, extra-oficial, infra-hepático, intra-
ocular, neo-republicano, proto-revolucionário, pseudo-revelação, semi-selvagem, ultra-sensível,
etc. .
b) ante, anti, arqui e sobre, quando seguidos de palavras iniciadas por h, r ou s: ante-
-histórico, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-saia, etc. .

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c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-auxiliar, supra- -renal, supra-
sensível, etc. .
d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem, super-
requintado, inter-regional, etc. .
e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por r e b: ab-rogar, ad-renal, ob-reptício,
sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecário, etc. .
f) pan e mal, quando se lhes segue palavra começada por vogal ou h: pan-asiático, pan-
-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. .
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autônoma na língua ou quando a pronúncia o requer:
bem-ditoso, bem-aventurado, etc. .
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior), etc.: sem-cerimônia,
sota-piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. .
i) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa da evidência dos seus significados e da sua
pronunciação, ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por diversificados foneticamente,
se aglutinam com o segundo elemento: pós-meridiano, pré-escolar, pró-britânico; mas pospor,
preanunciar, procônsul, etc. .

Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção — entre outras omissões do Vocabulário de
1943 — para a ausência do prefixo com (sob a forma co), com o sentido de ‘a par’ , quando o segundo
elemento possui vida autônoma na língua: co-autor, co-herdeiro, co-proprietário, co-responsável, etc.
(Novo dicionário da língua portuguesa, Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1ª edição). Registramos,
especialmente, este caso, por suscitar ele dúvidas freqüentes.
LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet, 1960.

USO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS

Nos substantivos próprios (nomes de Carolina, Luciana, Leonardo; Alexandre, o Grande; Paraná; São
pessoas, topônimos, denominações Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlântico; lago Paraná; Igreja
religiosas e políticas, nomes sagrados e Católica Apostólica Romana; Partido dos Trabalhadores; União
ligados a religiões, entidades mitológicas Democrática Nacional; Deus; Cristo; Buda; Zeus; Afrodite;
e astronômicas): Júpiter; Via Láctea; . . .

No início de período, verso ou citação “Amor é um fogo que arde sem se ver;
direta: É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
No começo de versos que não iniciam É dor que desatina sem doer;”
período, usa-se normalmente a letra (Camões)
minúscula, como se observa em:
“De tudo quanto foi meu passo caprichoso,
na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia no meio do caminho.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Com o nome país, quando substitui um Vai ser implantada a reforma da previdência no País. (=Brasil)
nome próprio geográfico evidente: O presidente argentino decretou estado de sítio no País.
(=Argentina)

Nos nomes de períodos históricos, festas Idade Média, Renascimento, Natal, Páscoa, Ressurreição de
religiosas ou datas e fatos políticos Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mães, Independência do Brasil,
importantes: Proclamação da República, . . .
Nos nomes de logradouros públicos Avenida Rio Branco, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio,
(avenidas, ruas, travessas, praças, largos, Praça da República, Viaduto da Liberdade, Ponte Rio-Niterói, . .
viadutos, pontes, jardins . . .) .

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Nos nomes de repartições públicas, Ministério do Trabalho, Academia Brasileira de Letras, Teatro
agremiações culturais ou esportivas, Municipal, Edifício Itália, Editora Melhoramentos, Editora
edifícios e empresas públicas ou Scipione, Editora Ática,
privadas:
Nos títulos de livros, periódicos, Dom Casmurro (de Machado de Assis), Veja, Jornal do Brasil ,
produções artísticas, literárias e O Pensador (de Rodin), , O Noviço (de Martins Penna), A
científicas: Origem das Espécies (de Charles Darwin)
Nos nomes de escolas em geral: Escola Técnica Rezende Rammel, Escola Municipal França,
Colégio Hélio Alonso, Colégio Pedro II, . . .
Nos nomes dos pontos cardeais quando As pessoas do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul, a
indicam regiões: vegetação do Oeste . . .

Obs.: os nomes dos pontos cardeais são ... ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste.
grafados com a inicial minúscula quando
indicam apenas direções ou limites
geográficos:
Nas expressões de tratamento: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa
Excelência, Vossa Senhoria, Magnífico Reitor, Sr. Diretor, . . .

Nos nomes comuns sempre que o Amor, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a
personificados ou individualizados: Formiga, a Capital, a República, a Indústria, o Comércio . . .
Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil.
O Papa João Paulo II visitará, novamente, o Brasil.

PRÁTICA

1) Complete com X ou com CH:


afrou____ar bo____e____a bru____a
cai____ote ve____ame ____u____u
eli____ir en____aguar en____ame
en____aqueca en____oval en____urrada
fa____ina fei____e frou____o
gra____a con____a bomba____a
bai____ada be____iga ca____imbo
ca____umba ____a____im ____arco
engra____ar en____ada co____i____o
ori____á ____arope en____ugar

2) Complete com J ou G:
verti____em tan____ente ____or____eta
here____e mon____e conta____em
vi____ência lambu____em ____e____um
____íria ri____eza o____eriza
va____em su____eito ____engiva
____equitibá su____eitar ____eada
pa____é pa____em vi____ia
____ibóia ____irafa me____era
cafa_____este ____ilete ____irar
ma____estade passa____eiro ____esuíta

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3) Complete com SS, S ou Ç:


Compreen ____ ão Irrever ____ ível suce____ão
controvér____ia admi____ível repreen____ão
exten____ão ace____ível mu____ulmano
dobradi____a preten____io____o prome____a
inver____ão defen____ivo rever____ão
emer____ão admi____ão trai____ão
ingre____o conver____ível Assun____ão
ascen____ão preten ____ ão promi____or
opre____ão exce____o permi____ão
afli____ão perver____ão impre____ora

4) Complete com SS, S, C ou X:


má _____ imo apro _____ imar mí _____ il
ofi _____ ina pro _____ imidade a _____ eio
dispen _____ ei disfar _____ e pê _____ ego
con _____ eguir so _____ ego de _____ idir
pa _____ e deflu _____ o ven _____ edor
a _____ íduo in _____ enso trou _____ emos
man _____ inho apro _____ imação per _____ iana
per _____ eber po _____ e sinta _____ e
pa _____ eata per _____ eguir trou _____ eram
fô _____ emos ca _____ ique apre _____ iar

EXERCÍCIOS

1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
b) alteza, empreza, francesa, miudeza
c) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher
d) incenso, abcesso, obsessão, Luis

2. Ambas as palavras estão grafadas incorretamente em:


a) capitalizar, catalisar
b) agonisar, batisar
c) improvisar, anarquizar
d) modernizar, concretizar

3. O item que apresenta uma palavra de grafia EQUIVOCADA é:


a) Pireneus, irrequieto;
b) freada, puleiro;
c) feioso, manteigueira;
d) aleijado, mágoa;
e) campeão, lampião.

4. Preencha os espaços com as palavras grafadas corretamente:


“A ____________ de uma guerra nuclear provoca uma grande ___________ na humanidade e a deixa
________________ quanto ao futuro.”
a) espectativa – tensão – exitante d) expectativa – tenção – hezitante
b) espectativa – tenção – hesitante e) espectativa – tenção – exitante
c) expectativa – tensão – hesitante

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5. (TC) O x foi empregado incorretamente em :


a) enxada, feixe, ameixa
b) enxame, enxugar, lixa
c) xale, bruxa, mexerica
d) xampu, xícara, graxa
e) xaranga, xuxu, xarque

6. Minha ................ está .......................... por culpa não sei de ................. .


a) pesquisa, atrazada, quê
b) pesquiza, atrasada, quê
c) pesquisa, atrazada, que
d) pesquisa, atrasada, quê

7. O ............. que ele usava era um ........... da .............. dos petrodólares ostentados pelos ..................... .
a) traje, previlégio, expansão, xerifes
b) traje, privilégio, expansão, xerifes
c) trage, previlégio, expansão, cherifes
d) trage, previlégio, expanção, xerifes

8. (Sec. Est. de Polícia Civil) Pesquisa é palavra escrita com s; qual dos itens a seguir apresenta erro
ortográfico devido à confusão entre s e z?
a) análise;
b) princeza;
c) empresa;
d) paralisia;
e) catequizar.

9. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) “Se o país ganha jeito ...” Como se vê, a palavra jeito se escreve com
j. Em que item a seguir todas as palavras apresentam grafia correta?
a) gorjeta – pajé – jibóia – vajem
b) ultraje – canjica – monje – viajem
c) majestade – jenipapo – alforje - manjedoura
d) laje – traje – tijela - jia
e) lisonjear – gorjeio – sarjeta - ferrujem

10. (Tribunal de Justiça/RJ) O sufixo –izar do verbo “ritualizar” escreve-se com a letra z, como se vê. Que
item a seguir só tem grafias corretas?
a) analizar – visualizar – capitalizar
b) pesquizar – realizar – universalizar
c) catequizar – deslizar – instrumentalizar
d) paralizar – centralizar – urbanizar
e) catalizar – batizar – animalizar

11. (Tribunal de Alçada Criminal) O verbo nascer é grafado com sc; que palavra abaixo está erradamente
grafada exatamente porque não contém esse encontro na sua forma gráfica?
a) piscina d) indescente
b) descida e) suscitar
c) crescer

12. . (Santa Casa - SP) As silabadas, ou erros de prósódia, são freqüentes no uso da língua. Indique a
alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:
a) Eis aí um prototipo de rúbricas de um homem vaidoso.
b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misantropos.
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de lêvedos.
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.

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II. DIVISÃO SILÁBICA

Ao dividirmos as sílabas de uma palavra, devemos observar a soletração e devemos utilizar o hífen
( - ) para marcar a separação das sílabas.
Porém, outros fatores também são importantes para a divisão silábica. Observe:

‰ não se separam os ditongos e os tritongos: a-zuis, Pa-ra-guai, gló-ria, a–ve-ri-guou, ...


‰ consoante inicial não acompanhada de vogal fica na sílaba que a segue: pneu, psi-có-lo-go, pseu-
dô-ni-mo, ...
‰ não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: chá-ca-ra, a-lho, ni-nho, qua-dro, á-gua.
‰ não se separam os encontros consonantais perfeitos (geralmente, consoante + l ou r):
li-vro, blo-co, su-bli-me, ...

Obs.: encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros não aparecem em muitos vocábulos.

Quando iniciais, são, naturalmente, inseparáveis:


gno – mo psi – co – lo - gia
mne – mô – ni – co pti – a – li - na (fermento da saliva, que transforma o amido em maltose e
dextrina)
pneu (pneu- má – ti – co) tme –se (Tmse é o termo não usado pela N.G.B. ; a denominação usada é
mesóclise)

‰ separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, nas-ci-men-to,
des-ço, ex-ce-ção, ex-su-dar ...

‰ separam-se os demais encontros consonantais: dig-ni-da-de, af-ta, subs-tan-ti-vo, rit-mo,..

‰ separam-se os hiatos: sa-ú-de, sa-í-da, ra-i-nha, ju – iz, co - e – lho, di – a, lu – a,


po-ei-ra, ...

Obs.: os encontros vocálicos -ia, ie, -io, -ao, -ua, -uo, quando átonos e finais, podem ser realizados
como ditongos ou hiatos.
Ö co - lé - gio ou co- lé - gi - o
Ö es - tá - tua ou es - tá - tu – a

‰ separam-se as vogais idênticas: co-or-de-na-dor, Sa-a-ra, a-ben-çô-o, en-jô-o, ni-i-lis-mo

Obs.: atenção aos prefixos:


sub – li – nhar, sub-te-nen-te, mas ... su-bo-fi-ci-al
bis-ne-to, mas ... bi-sa-vô, bi-sa-vó
trans-por-te, trans-fe-rên-cia, mas ... tran-sa-tlân-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca
des-li-gar, mas ... de-ses-pe-rar
dis-tra-ção, mas ... di-sen-té-ri-co
cis-pla-ti-no, mas ... ci-san-di-no
ex-tra-ir, mas ... e-xér-ci-to

EXERCÍCIOS

1.(Aeronáutica) Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta correta divisão silábica.
a) "Tal luta interestadual sempre existiu." – in - ter - es - ta - du - al
b) "Vai subalugar a sala a um senhor idoso." – su - ba - lu - gar
c) Sublocou uma casa em Ubatuba a um amigo. – su - blo - cou
d) "Como bom filho do século XIX, superestimava as possibilidades da Ciência." – su - per - es - ti - ma –
va

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2. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente:


a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver

3. De acordo com a separação silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está totalmente correto?
a) as-si-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra
b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer
c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia
d) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to

4. Assinale a opção em que a divisão de sílaba não está corretamente feita:


a) a-bai-xa-do
b) es-fi-a-pa-da
c) ca-a-tin-ga
d) si-me-tria

5. Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica:


a) flui-do, sa-guão, dig-no
b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no
c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo
d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a

6. Estão corretamente separadas as sílabas de todas as palavras da alternativa:


a) pães, té- cni- co, du-as d) oc- ci- pi- tal, si- tua– ção, a- e- ro- náu- ti- ca
b) tran- sa- tlân- ti- co, ob- so- le- to, sa- guão
c) ra- pto, subs- tân- cia, bis- a- vô

7. Assinale a alternativa em que as sílabas das palavras estão corretamente separadas.


a) rép - til, re – pre – en – são, ba – leia.
b) poe – sia, ne – ces – si – da – de, idé – ias.
c) ma –te – ri – al, po – e – ma, e – po – péi – as
d) ir – re – sis – tí – vel, e – xis – ti – a, con – sci – en – te.

8. (UFRJ) Indique o item em que a separação silábica está correta:


a) impossível: im-po-ssí-vel d) transação: trans-a-ção
b) galinha: ga-lin-há e) cooperar: coo-pe-rar
c) dia: di-a

9. . (Supletivo-SP) Assinalar a alternativa em que todas as palavras estão separadas corretamente:


a) Mas-si-nis-sa, i-gu-al, miú-da
b) Cons-truir, igual, cri-ei
c) Cri-ei, as-pec-to, mi-ú-da
d) Me-da-lhões, pás-sa-ros, es-ta-çõ-es

10. (S. M. ADM. – Rio) Na apresentação de uma carta somos obrigados. Muitas vezes, a separar sílabas ao
final da linha: qual das separações silábicas a seguir está correta?
a) trans – a – tlân – ti - co
b) sub – li -nhar
c) pra - ia
d) as – sem - bléia
e) p – si – co – lo – gi - a

11. (Tribunal de Alçada Criminal/RJ) A alternativa que não apresenta a separação silábica da palavra,
corretamente, é:
a) subs – cre – ver
b) sub – li – mi - nar

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c) sub – li – nhar
d) sub – al – ter – no
e) sub – sí – dio

12. (Sec. Estadual de Polícia Civil) Que palavra a seguir tem sua separação silábica incorretamente
indicada?
a) ex –pec – ta –ti -va
b) pró –pri – os
c) de –vas -sa
d) dis – to -rções
e) in –ter – rup -ção

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III. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Na língua portuguesa, quase todas as palavras apresentam uma sílaba tônica, ou seja, uma sílaba
que é pronunciada com mais força, com mais tom. Em alguns casos, a mudança de posição da sílaba tônica
implica em mudança de significado.
Dependendo da posição da sílaba tônica na palavra, podemos ter três casos:
‰ Oxítonas: quando a última sílaba da palavra é a tônica, porém serão acentuadas somente as
palavras oxítonas terminadas em:
Ö a(s), e(s), o(s): vatapá, café, xilindró
Ö em, ens: armazém, parabéns
Ö êm (terceira pessoa do plural): têm, vêm, detêm, provêm

‰ Paroxítonas: quando a penúltima sílaba da palavra é tônica, no entanto, acentuam-se apenas as


palavras paroxítonas terminadas em:
Ö em ditongo crescente: ânsia, mágoa, tênue...
Ö ã, ão: órgão, órfã
Ö i(s): júri, lápis
Ö on(s): próton, íons
Ö um, uns, us: álbum, álbuns, bônus
Öl, n, r, ps, x: fácil, éden, líder, bíceps, tórax

^ macete: para memorizar as terminações das paroxítonas, podemos usar as palavras e


expressões abaixo:
ROUXINOL / PSIU! NÃO RELAXEIS! / RÃ NUM LIXÃO!
LONA ROXA! (não se aproveitam as vogais)

‰ Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é acentuada. Todas são acentuadas.

Ö árido, lâmpada, xícara, sílaba...

‰ Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:


Ö a(s), e(s), o(s): pá, pé, pó

‰ Acentuam-se os ditongos abertos:


Ö éu, éi, ói: chapéu, fiéis, herói

Ditongos abertos Ditongos fechados


Geléia Geleira
Herói Coisa
Fogaréu Museu

^ Os ditongos fechados ei , oi, eu , NÃO são acentuados!

‰ Hiatos tônicos : acentua-se a segunda vogal tônica do hiato (i ou u), quando forma sílaba sozinha
ou com s.
Ö sa-í, ca-ís-te, ba-ú, ba-la-ús-tre, con-tra-í-la, dis-tri-bu-í-lo, pe-ú-ga, tim-bo-ú-va, etc.

OBS.: não se acentua a segunda vogal tônica do hiato quando formar sílaba com L, M, N, R, Z, ou vier
seguida de NH.

Ö paul (pântano), ruim, ainda, sair, juiz e rainha

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‰ Hiatos êem e ôo(s):


Ö êem: crêem, dêem, lêem, vêem (e derivados)
Ö ôo: abençôo, vôo(s), enjôo

‰ usa-se o trema na letra U dos grupos GUE, GUI, QUE e QUI, quando é pronunciada e átona.
Ex.: agüentar, pingüim, seqüência, tranqüilo, lingüiça, qüinqüênio, sagüi, freqüência

Obs.: em palavras como quilo, guerra, quente e quieto não ocorre trema, porque o u não é pronunciado,
formando dígrafo com as letras g e q.

Se a letra u dos grupos gue, gui, que, qui for pronunciada com bastante intensidade, isto é, se for tônica,
ela receberá acento agudo. Nesse caso, a letra u é uma vogal: averigúe, apazigúe, argúi, argúis, obliqúe.

‰ Acentuação dos verbos TER e VIR: os verbos ter e vir recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do
plural do presente do indicativo.

Ele tem Eles têm


Ele vem Eles vêm

Obs.: os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo ( ´ ) na 3ª pessoa do singular e acento
circunflexo ( ^ ) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.
Assim, os verbos deter, conter, porvir e convir, por exemplo, nas 3ªs pessoas do singular e do plural
do presente do indicativo ficam:

Ele detém Eles detêm


Ele contém Eles contêm
Ele provém Eles provêm
Ele contém Eles contêm

‰ Acentuação dos verbos LER, CRER, VER e DAR: acentua-se a primeira vogal do grupo EE,
quando tônica, bem como de seus derivados.

Ele lê Eles lêem


Ele crê Eles crêem
Ele vê Eles vêem
(Que ) Ele dê (Que) Eles dêem

Obs1.: o verbo dar recebe esse tipo de acentuação somente nas 3ªs pessoas do singular e do plural do
presente do subjuntivo. Já os verbos ler, crer e ver recebem nas 3ªs pessoas do singular e do plural do
presente do indicativo.

Obs2.: não confundir o verbo prover com o verbo provir.


Prover: derivado de ver. Significa ver com antecedência; tomar providências acerca de. Segue, portanto,
as formas de conjugação do verbo ver.
Provir: derivado de vir. Significa proceder, originar-se. Segue, portanto, as formas de conjugação do
verbo vir.

Ex1.: Ela provê a despensa de alimentos. / Elas provêem a despensa de alimentos.

Ex2.: A língua portuguesa provém do latim. / O espanhol, o italiano e o francês também provêm do latim.

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‰ Acento diferencial

côa: verbo coar e substantivo coa: contração


pára: verbo parar (3ª pessoa do presente do ind.) para: preposição
pôr: verbo por: preposição
pôde: verbo poder (pretérito perfeito do ind.) pode: verbo (presente do ind.)
pêlo(s): substantivo pélo: verbo
péla: verbo e substantivo pela: contração
pêra: substantivo / péra: substantivo (pedra – péra-fita) pera: preposição (antiga)
pôlo(s): substantivo (gavião menor de um ano) / polo: contração pólo(s): substantivo
pôla: substantivo (broto de árvore) / póla: substantivo pancadaria pola: contração

PRÁTICA

1. Use o acento diferencial quando for necessário:


a) Ele mal pode esperar pela resposta.
b) Comprei peras maduras.
c) Essa música não para de tocar!
d) Quando o sol se por, poderei sair.
e) Levei meu cachorro para passear à tarde.
f) Ao passar pelos campos, senti a energia da natureza.
g) Os pelos do meu gato estão arrepiados.

EXERCÍCIOS

1. Qual erro de acentuação?


a) Grajaú d) látex
b) Café e) bambú
c) Cipó

2. (Tribunal de Alçada Criminal) A palavra países leva acento porque:


a) é proparoxítona;
b) é paroxítona com hiato;
c) o i é tônico como segunda vogal de hiato;
d) apresenta ditongo aberto;
e) é proparoxítona terminada em –s.

3. Assinale a alternativa em que nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente:


a) órgão, seres, preto
b) governo, odio, juri
c) polen, garoa, cairdes
d) gratuito, atras, amendoim
e) melancia, tatu, cores

4. (FGV-SP) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases:


1. Cada qual faz como melhor lhe .............. .
2. O que ............. estes frascos?
3. Neste momento os teóricos ................. os conceitos.
4. Eles .............. a casa do necessário.
a) convém - contêm - revêem - provêem
b) convém - contém - revêem - provém
c) convém - contém - revêm - provém
d) convêm - contém - revêem - provêem
e) convêm - contêm - revêem - provêem

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5. (Santa Casa- SP) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem, respectivamente:
a) Paroxítona terminada em s e proparoxítona.
b) Oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo.
c) Proparoxítona e paroxítona terminada em s.
d) Monossílabo tônico e oxítona terminada em o seguido de s.
e) Proparoxítona e proparoxítona.

6. (U.F. Viçosa -MG) Assinale o vocábulo que perde o acento gráfico no plural:
a) próton c) fóssil e) caráter
b) móvel d) cônsul

7. (ITA-SP) Dadas as palavras:


1) apóiam
2) baínha
3) abençoo
constatamos que está (estão) corretamente grafadas (s):
a) apenas a palavra nº. 1. d) todas as palavras.
b) Apenas a palavra nº. 2. e) N.D.A.
c) Apenas a palavra nº. 3.

8. (F.C. CHAGAS) Por favor, __________ com esse __________ pois precisamos de _____________.
a) para, ruído, tranqüilidade
b) para, ruido, tranquilidade
c) para, ruído, tranquilidade
d) pára, ruido, tranqüilidade
e) pára, ruído, tranqüilidade

9. (TALCRIM) O vocábulo conseqüentemente apresenta trema porque:


a) a letra U é um sinal diacrítico;
b) a letra U não é pronunciada;
c) a letra U é uma semivogal;
d) a letra U é átona e pronunciada;
e) a letra U é tônica e pronunciada.

10. Estas revistas que eles ............... , .................. artigos curtos e manchetes que todos ................ .
a) leem – tem – vêem
b) lêm – têem – vêm
c) lêem – têm – vêem
d) lêem – têm – vêm

11. Eles .............. em tudo quanto ................. .


a) crêem – lêem
b) crem – lem
c) crêm – lêm
d) crêem - lêm

12. (T. JUST. –RJ) Qual a justificativa do uso do acento gráfico na forma verbal “afastá-las”?
a) marcar a queda da letra r antes do pronome pessoal oblíquo;
b) por ser uma palavra oxítona terminada em a;
c) por ser proparoxítona;
d) acento diferencial entre o infinitivo e o presente do indicativo;
e) indicar a mudança de uma sílaba átona para tônica.

13. (Supletivo-MG) Não são paroxítonas as palavras:


a) salada - varanda - tarde d) amanhã - última - perdão
b) leite - escada - senhora e) verdade - presença - janela
c) violetas - brigas - mesa

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14. (CÂM. MUN. – Rio) “ . . . têm um papel a desempenhar aí.” A forma verbal têm aparece acentuada
graficamente com acento circunflexo pela mesma razão de uma das palavras a seguir. Qual?
a) pôde
b) lêem
c) contém
d) vê
e) vêm

15. (ALERJ) A alternativa em que uma das palavras abaixo se acentua por regra diferente das demais é a
seguinte:
a) “já”, mês, trás
b) “porém”, deténs, convém
c) “espontânea”, vários, cárie
d) “substituídos”, reúnem, íamos
e) “espírito”, pudéssemos, farmacêutico

16. (UFRJ) Aí é uma palavra que leva acento ortográfico porque:


a) é a palavra oxítona terminada em vogal
b) é monossílabo tônico terminado em vogal
c) é a palavra com ditongo aberto
d) possui vogal i tônica, em hiato
e) é a palavra paroxítona terminada em vogal
17. (TJ/RJ) Em que item a seguir os vocábulos não têm sua acentuação gráfica justificada pela mesma
regra?
a) silêncio - escritórios
b) próxima – trânsito
c) pôr - é
d) fácil - impossível
e) vários - pátio

18. (TJ/RJ) “Aquela que nasce da injustiça e da iniqüidade social ...” (l.5)
Por que a palavra “iniqüidade” leva trema?
a) porque o u é tônico;
b) porque ui é um hiato;
c) porque antes de i o u sempre leva trema;
d) porque o u é pronunciado e átono;
e) porque faz parte de um dígrafo.

19. (TJ/RJ) A forma verbal há leva acento ortográfico porque:


a) é um monossílabo átono;
b) é forma verbal
c) é a palavra sem valor semântico
d) é monossílabo tônico terminado em a.
e) a vogal a tem o timbre aberto.

20. (U.E. Ponta Grossa- PR) As palavras seguintes apresentam-se sem o acento gráfico, seja ele
necessário ou não. Aponte a alternativa em que todas sejam paroxítonas:
a) textil - condor - mister - zenite - crisantemo
b) luzidio - latex - inaudito - primata - libido
c) exodo - fagocito - bramane - obus - refem
d) novel - sutil - inclito - improbo - interim
e) tulipa - refrega - filantropo - especime - noctivago

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ORTOEPIA E PROSÓDIA

Ortoepia
Ortoepia é a parte da fonética que se ocupa da pronúncia correta das palavras. Uma boa pronúncia
não deve suprimir, alterar ou acrescentar fonemas.

Por exemplo:

Pronúncia Pronúncia
Correta Errada

Trouxe (truxe)
Lagarto (largato)
Rouba (róba)
Mesmo (memo)
Mulher (mulhé)
Estouro (estoro)
Pousa (posa)
Mal (mar)
Frear (freiar)
Advogado (adevogado)
Pneu (peneu)
Adivinhar (advinhar)
Tóxico (cs) (tóxico) (ch)
Mendigo (mendingo)
Frustrado (frustado)
Superstição (supertição)
Empecilho (impecilho)
Intitular (entitular)
Quisestes (quisesteis)
Nós (nóis)
Vós (vóis)

Prosódia
Prosódia é a parte da fonética que se ocupa da acentuação tônica das palavras.
Por exemplo:

Palavras Oxítonas Nobel, novel, mister, sutil, recém, ureter, condor,


ruim, hangar, obus, cateter.

Palavras Paroxítonas Rubrica, tulipa, têxtil, ibero, avaro, filantropo,


gratuito, fortuito, erudito, pudico, boêmia,
boemia, látex, libido, maquinaria,
misantropo(aquele que se afasta da sociedade),
luzidio, ciclope (gigante com um só olho na
testa), Normandia, quiromancia, ônix,
caracteres.

Palavras Proparoxítonas Crisântemo, Niágara, zênite, espécime,


arquétipo, anátema, protótipo, aeródromo,
catástrofe, antítese, alcoólatra, antídoto,
cérebro, ínterim, álibi, ômega, ágape, âmago,
etíope, íngreme, plêide.

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Palavras Com Dupla Prosódia


Acrobata ou acróbata
Alopata ou alópata
Autópsia ou autopsia
Hieroglifo ou hieróglifo
xérox ou xerox
oceania ou Oceânia
ortoepia ou ortoépia
projétil ou projetil
réptil ou reptil
sóror ou soror
zangão ou zângão

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IV. CURIOSIDADES GRÁFICAS

1. Mal/Mau
a) Mau: é um adjetivo, portanto, refere-se a um substantivo.
(antônimo de bom)
Ex.1: Felipe é um mau jogador.

b) Mal: pode ser:


a) advérbio de modo (antônimo de bem)
Ex.: Comportou-se mal.

b) conjunção temporal (equivale a assim que)


Ex.: Mal cheguei, ele saiu.

c) substantivo (quando precedido de artigo ou de outro determinante).


Ex.: Ela sofre de um mal incurável.
Ð
artigo indefinido

2. Mas/Mais

a) Mas: é uma conjunção adversativa. Equivale a porém, contudo, todavia, entretanto.


Ex.: Ele jogou mal, mas seu time conseguiu o título.

b) Mais: é pronome ou advérbio de intensidade.


Ex.1: Ela leu mais livros este semestre que no anterior.
Ð
pronome indefinido

Ex.2: Ela era a aluna mais estudiosa da sala.


Ð
advérbio de intensidade

3. Onde/Aonde
a) Onde: emprega-se com os verbos que não dão idéia de movimento.
Ex.: Onde estão os cadernos?

b) Aonde: emprega-se com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a para onde.
Ex.: Aonde você vai?

4. Há/A
a) Há: emprega-se quando indica tempo passado, ou quando tem o sentido de existir.
Ex.1: Há dias não nos vemos.
Ð
passado

Ex.2: Há muitos brinquedos pelo chão.


Ð
existem

b) A: preposição, emprega-se quando indica tempo futuro ou quando indica medida, distância.
Ex.1: Viajaremos daqui a duas semanas.

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Ð
futuro
Ex.: O colégio fica a dois quilômetros daqui.
Ð
distância

5. Sob/Sobre
a) Sob: preposição, significa debaixo de.
Ex.: Você está sob os meus cuidados.

b) Sobre: preposição, significa em cima ou para cima; a respeito.


Ex.: Eles falavam sobre futebol.

6. Por que/Porque/Porquê/Por quê


a) Por que (separado e sem acento):
a) No início de frases interrogativas e quando depois dele vier escrita ou subentendida a palavra razão.
Ex.1: Por que você não foi à aula ontem?
Ex.2: Não sabemos por que ela não ficou aqui.
b) Quando equivale a pelo qual e flexões.
Ex.: Aquele é o caminho por que ele passa sempre.

b) Porque (junto e sem acento): quando se tratar de uma conjunção explicativa ou causal. Geralmente
equivale a pois.
Ex.: Ela não foi à aula porque estava doente.

c) Porquê (junto e com acento): quando se tratar de um substantivo. Assim, virá sempre precedido de
artigo ou outra palavra determinante.
Ex.: Não sabemos o porquê da confusão.

d) Por quê (separado com acento): a palavra que em final de frase deve sempre ser acentuada.
Ex.1: Você gosta de quê?
Ex.2: Você chorou por quê?

7. Senão/Se não
a) Senão: equivale a caso contrário.
Ex.: Devemos estudar bastante, senão não conseguiremos passar.

b) Se não: equivale a se por acaso não. Dá idéia de condição.


Ex.: Sairemos à noite, se não chover.

8. Agente/A gente
a) Agente: o que pratica a ação; pessoa que trabalha em agências de viagens, turismo etc.
Ex.: O agente de viagens era muito simpático.

b) A gente: equivale a nós; forma mais popular.


Ex.: Nada de ruim acontecerá com a gente.

9. Traz/Trás
a) Traz: verbo trazer. Conduzir; acompanhar; apresentar; guiar etc.
Ex.: Ela traz consigo um quilo de batatas.

b) Trás: preposição e advérbio. Atrás; após.


Ex.: Deixem isso para trás.

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10. Acerca de/A cerca de/Há cerca de


a) Acerca de: sobre, a respeito de.
Ex.: Li notícias acerca de mudanças na segurança pública.

b) Há cerca de: existe aproximadamente; indica tempo decorrido e aproximado.


Ex1.: Há cerca de quatro mil pessoas inscritas no concurso.
Ex2.: Pedro saiu daqui há cerca de duas horas.

c) A cerca de: aproximadamente.


Ex.: O professor se dirigiu a cerca de cem pessoas.

11. Este/Esse
a) Este: indica o que está perto da pessoa que fala; indica tempo presente em relação à pessoa que fala.
Ex1.: Este livro é meu, Joana!
Ex2.: Este momento é muito importante para mim hoje.

b) Esse: indica o que está perto da pessoa a quem se fala; indica o tempo passado ou futuro com relação à
época em que se coloca a pessoa que fala.
Ex1.: Esse livro é seu, Joana?
Ex2.: Durante muito tempo, estudei Português. Esse momento foi muito importante para mim.

12. Ao encontro de/De encontro a


a) Ao encontro de: a favor de.
Ex.: Suas reivindicações vieram ao encontro de nossos interesses.

b) De encontro a: exprime oposição, choque.


Ex.: Mário veio de encontro aos meus anseios.

13. A fim de/Afim


a) A fim de: expressa idéia de finalidade. Na linguagem popular, usa-se a fim de para indicar vontade.
Ex1.: Estudarei bastante, a fim de passar no concurso.
Ex2.: Ela não estava a fim de ir à festa.

b) Afim: adjetivo que expressa idéia de afinidade, de semelhança.


Ex.: João e Beatriz têm interesses afins.

PRÁTICA

1. Use “mal” ou “mau”.


a) Antes só do que _______ acompanhado.
b) Vestido________ feito.
c) Não leves a ________ o que ela disse.
d) Homem ________ humorado.
e) Um _______ colega procede _______ e é _______ amigo.

2. Complete com “mais” ou “mas” .


a) Ontem fui ao cinema, ________ não gostei do filme.
b) Você é aquele que ________ faz bagunça.
c) Choveu muito, _______ mesmo assim nós fomos ao passeio.
d) Quem estuda tem ________ chances de passar na prova.
e) Não acredito ________ em políticos.

3 . Complete com “onde” e “aonde”.


a) ____________ você foi?
b) ____________ você estudou?

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c) ___________ estão as camisetas?


d) ___________ fica a Av. das Américas?
e) ___________ você foi tão tarde?
f) _____________ você vai com tanta pressa?
g) _____________ está aquele jornal que eu estava lendo?
h) O jornal está ____________ você deixou.
i) _____________ você está nos levando?
j) Não sei _____________ te encontrar.

4. Preencha as lacunas com “a” ou “há”.


a) Não nos encontramos _______ dez anos.
b) De hoje _______ quinze dias, muita coisa poderá mudar.
c) Este produto é famoso ________ mais de um século.
d) Daqui ________ poucos anos a situação pode melhorar.
e) Ele saiu _______ dez minutos.
f) Ele voltará daqui ______ vinte minutos
g) Somos amplamente favoráveis ______ introdução de revistas em quadrinhos no ensino de Português.
h) Chegaremos daqui _______ pouco.
i) O parque fica _______ cem metros da praia.
j) _________ anos que não chove no sertão.

5 . Use sobre ou sob.


a) Não gostei da crítica ______ o livro.
b) Conversavam ______ a luz clara do luar.
c) Ele está _______ cuidados médicos.
d) Jesus caminhou ______ as águas.
e) Vamos discutir _______ o assunto.

6 . Preencha as lacunas, utilizando, corretamente, os "porquês".


a) Desconheço as razões ____________ ele foi demitido.
b) ____________ teriam saído rapidamente?
c) Patrícia saiu sem dizer _______________.
d) Ele não sabe o _________________ de sua atitude.
e) Você chegou atrasado _________________?
f) Eu não fui à reunião ________________ estava com muita dor de cabeça.
g) Chegará o dia _______________ vocês tanto esperaram.
k) ________________ as provas são sempre aos domingos?
l) Agora percebo o _______________ de tanta alegria.
m) A visita a Paquetá foi rápida, __________________ ?

7. Preencha as lacunas com senão ou se não .


a) Devemos entregar o trabalho no prazo, _____________ o contrato será cancelado.
b) ________________ chover amanhã, poderemos ir à praia.
c) A festa será amanhã à noite, _______________ ocorrer nenhum imprevisto.
d) Acho melhor estudar, _____________ não vou passar na prova.
e) Irei à sua festa _____________ for viajar.

8. Complete utilizando trás ou traz .


a) Ela sempre _________ perfumes da Europa.
b) Na competição, o azarão ficou para __________.
c) Pedro __________ consigo as marcas da felicidade.
d) Menino, olhe para _________.
e) Carolina __________ um brilho no olhar.

9. Complete utilizando, adequadamente, acerca de , a cerca de ou há cerca de.


a) O jogador de futebol voltou da Europa __________________ um ano.
b) _____________ trinta pessoas na sala de aula.
c) Os críticos falavam _____________ Carandiru - o filme – em um bar no Leblon.
d) Percebemos que _________________ cinqüenta pessoas na praça

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e) Gustavo ficou ______________ de cem metros.

10. Complete com este(s) ou esse(s):


a) ________ ano tem sido mais feliz.
b) “Bons tempos, Manuel, _________ que já lá vão!”
c) _________ livro que está comigo é meu.
d) ________ lápis que está aí contigo é seu?
e) No ano passado, eu realizei vários projetos, por isso _________ ano foi muito bom para mim.

EXERCÍCIOS

1. (Aeronáutica)
1ª . Essa pessoa foi __________ interpretada.
2ª. Ele sofre de um __________ terrível.
3ª. Com _________ humor nada se resolve.
4ª. Que __________ há em satirizar os políticos.
É correto afirmar que:
a) todas as colunas são com o vocábulo mal.
b) todas as colunas são com o vocábulo mau.
c) somente a 3ª com o vocábulo mau.
d) somente a 1ª e a 4ª com o vocábulo mau.

1. (FUVEST-SP) Assinale a frase gramaticalmente correta.


a) Não sei por que discutimos.
b) Ele não veio por que estava doente.
c) Mas porque não veio ontem?
d) Não respondi porquê não sabia.
e) Eis o porque da minha viagem.

3.(Aeronáutica) Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a grafia correta das palavras. A
seguir, assinale a alternativa que as apresenta na seqüência.
I- Como você quer que eu o ajude se suas opiniões vêm ___________ às minhas.
II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara amarrada e mandou-nos embora."
III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos ___________ da infância dos filhos."
IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as paixões não têm um ___________.
a) de encontro a – afim – a cerca – por quê
b) de encontro a – a fim – acerca – porquê
c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê
d) de encontro a – afim – acerca – porquê

4. (Aeronáutica) Somente é correto empregar a palavra aonde em:


a) Irás ___________ amanhã? c) Você sabe _________ ficaram as bagagens?
b) _________ você deve estudar? d) __________ deverão dormir os hóspedes?

5. (Aeronáutica) Complete os espaços com "onde" ou "aonde", segundo a norma culta, e assinale a opção
correta.
"______ ele estava durante esse tempo eu não sei. Só me lembro a rua ______ ele morava. Você sabe
______ fica a casa dele, rua Olavo Bilac, ______ eu costumava ir todas as tardes."
a) Onde – onde – onde – aonde
b) Onde – aonde – onde – onde
c) Aonde – aonde – onde – onde
d) Aonde – onde – onde – aonde

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6. Complete as lacunas, usando adequadamente mas, mais, mal, mau:


“Pedro e João .............. entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã
caçula escolhera um .............. momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; ............ seus dois
irmãos deixaram os pais .............. sossegados quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia”.
a) mau, mal, mais, mas
b) mal, mau, mas , mais
c) mal, mal, mais, mais
d) mau, mau, mas, mais

7. Eis a razão .................. te chamei. Diga-me .................. está com medo.


a) porque, porque
b) porque, por que
c) por que, por que
d) porquê, por que
e) por que, por quê

8. A ................. solene do Centro Cívico Escolar realizou-se na ................. térrea do estabelecimento.


Discutiu-se a ............... máquinas para o Curso de Datilografia.
a) seção, seção, cessão c) sessão, seção, cessão
b) sessão, seção, seção d) cessão, seção, sessão

9.
1 - Eu era marinheiro de primeira viagem e ----------------- sabia a dificuldade de arranjar condução em
determinadas horas.
2 - Com um ----------------- pressentimento, aproxima-se do amigo e toca-lhe o ombro.
3 - Naquela madrugada, ------------------ o sol começava a raiar, lá se iam eles para a lavoura.
4 - Não te irrites se te pagarem ---------------------- um benefício, antes cair das nuvens que de um terceiro
andar.
A seqüência que preenche corretamente as lacunas nas frases acima é:
a) mau, mau, mal, mal
b) mal, mal, mal, mal
c) mau, mau, mau, mau
d) mal, mau, mal, mal

10. Assinale a alternativa que as palavras mal/mau foram aplicadas incorretamente.


a) Os torcedores são mal educados.
b) O mau filho a casa torna.
c) A verba foi mal empregada.
d) O mal cheiro desta rua é constante.
e) O mau aluno não gosta de estudar.

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V. CRASE

A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se, a crase, graficamente pelo acento
grave ( ` ).
De maneira geral, ocorre crase quando um verbo exige a preposição a e há uma palavra feminina
determinada pelo artigo a ou as.

ƒ Fui à Universidade pela manhã.


Ð
a (preposição) + a (artigo)

OCORRE CRASE:

a) Nas locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas): à noite, à tarde, à vontade, às claras,
às escondidas, à toa, às vezes, à procura, à esquerda, à direita, à moda de (mesmo que a expressão
moda de fique subentendida).

ƒ O show começa às oito horas da noite.


ƒ Eles estão rindo à toa.
ƒ Fez um gol à Ronaldinho. (à moda de)
ƒ Estou à procura de um emprego melhor.
ƒ Os jovens namoram às escondidas.

b) Diante de nomes de lugar: (Venho de –não tem crase, mas venho da – tem crase)
ƒ Vou à Bahia. (Venho da Bahia)
ƒ Vou a Ipanema. (Venho de Ipanema)
ƒ Vou à bela praia de Ipanema. (Venho da bela praia de Ipanema)

c) Com os pronomes demonstrativos, aquele(s), aquela(s) e aquilo, quando houver um verbo que, por
regência verbal, venha acompanhado da preposição a .
ƒ Aspiro àquela vaga na empresa.
ƒ Prefiro isto àquilo.

d) Com o pronome demonstrativo A.


ƒ Refere-se à que chegou neste momento.

e) Diante de pronome possessivo substantivo.


ƒ Dirigiu-se àquela casa e não à sua.

NÃO OCORRE CRASE:

a) Antes de palavras masculinas.


ƒ Compramos roupas a prazo.
ƒ Graças a Deus.
ƒ Ele gosta de andar a cavalo.
ƒ Fogão a gás.
ƒ Pediu um bife a cavalo.
ƒ Eles foram a pé.

b) Nas expressões formadas por palavras repetidas: cara a cara, frente a frente, uma a uma, gota a gota
...
ƒ Fiquei cara a cara com o Presidente.
ƒ Contei uma a uma as moedas que caíram.

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c) Antes de pronomes de tratamento, exceto em: senhora, senhorita, madame e dona (este último
pronome quando estiver antecedido de adjetivo)
ƒ Devo meu sucesso a você.
ƒ Refiro-me à senhora ao seu lado.
ƒ Na reunião, fizeram referência a Vossa Excelência.
ƒ Refiro-me à simpática Dona Lindaura.

d) Antes de verbo.
ƒ A criança pôs-se a chorar.

e) Quando o a está antes de palavras no plural.


ƒ Refiro-me a pessoas de bom senso.

f) Com as palavras casa e terra quando não estiverem especificadas.


ƒ Irei a casa agora. / Mas: Iremos à casa nova.
ƒ Os marinheiros foram a terra. / Mas: Os marinheiros foram à terra natal.

g) Com a expressão a vista, significando o oposto de a prazo.


ƒ Comprou o computador a vista.
ƒ Terra à vista!
Obs.: alguns autores admitem o acento, mesmo significando o oposto de a prazo. É questão polêmica.

h) Com a palavra distância, quando não está especificada.


ƒ Cursos a distância. / Mas: Ele estava à distância de cem metros.

i) Locuções adverbiais de instrumento.


ƒ Escreveu a carta a máquina.
ƒ Pintou a sala a tinta.

CASOS FACULTATIVOS:

a) Com os pronomes adjetivos possessivos no singular.


ƒ Refiro-me a sua amiga. OU Refiro-me à sua amiga.

b) Antes de nome de mulher.


ƒ Contarei o ocorrido a Marcela. OU Contarei o ocorrido à Marcela.

c) Depois da preposição ATÉ.


ƒ Iremos até a varanda. OU Iremos até à varanda.

PRÁTICA

A) Preencha as lacunas com a, à, as, às, ao, aos, aquela, àquela, aquelas, àquelas, aquele, àquele,
aqueles, àqueles:
1. Fui ____ casa e voltei logo.
2. Eles chegaram ____ uma hora.
3. Chegaram ____ tempo de transmitir ____ ordens.
4. Fui ____ Mato Grosso do Sul e não ____ Minas Gerais.
5. Uns foram ____ pé, outros ____ cavalo.
6. Vera, vamos __________ praça.
7. Fernanda estudou ____ beça.
8. Ele se refere ____________ filme de ontem.

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9. Todos obedecem _____________ leis justas.


10. Nosso carro dobrou ____ direita e depois ____ esquerda.
11. Gosto de macarrão ____ bolonhesa.
12. Ficamos cara ____ cara com o ladrão.
13. Não expliquei ____ você o ocorrido?
14. Isabela foi ____ Paris.
15. ____ tarde, fomos ____ escola e fizemos ____ reunião.
16. “A matéria _____ que me refiro não é aquela ____ que Vossa Excelência se referiu
concernente ____ critério das esferas superiores.”
17. “____ beira do leito, assistiu ____ amiga, hora ____ hora, minuto ____ minuto, sempre ____ espera de
um milagre.”
18. “Em cismar, sozinho, ____ noite,
Mais prazer encontro eu lá.” (Gonçalves Dias)
19. “...fica sempre um pouco de tudo.
____ vezes um botão. ____ vezes um rato.” (Carlos Drummond de Andrade)
20. Preparou arroz ____ grega.
21. “ ____ pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto,/ Que meu lar é um botequim.” (Noel Rosa)
22. Ele estava disposto ____ colaborar.
23. “Uma viagem fala ____ imaginação, ____ memória, ____ esperança — as três irmãs graças de nosso
ser moral.” (Sir Richard Francis Burton)
24. Assistiu _________ filme de terror ontem?

EXERCÍCIOS

1. (FIOCRUZ) “O objetivo é saber quais são os fatores biológicos e comportamentais que predispõem à
infecção – informou Schechter.”

Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da crase. A frase abaixo em que esse sinal não foi
bem utilizado é:
a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à pesquisa sobre a incidência do HIV.
b) Os voluntários necessários serão escolhidos à critério das instituições envolvidas no projeto.
c) Os voluntários também deverão responder às perguntas de um questionário sobre seu comportamento
sexual.
d) À semelhança do que ocorre em outros países, o Brasil ainda não tem infra-estrutura para testes em
larga escala.
e) O voluntário deverá informar às pessoas responsáveis pela pesquisa todas as reações surgidas em
decorrência do tratamento.

2. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) “... cidadelas à margem do tecido urbano ...” (l.29)
Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase na frase destacada?
a) o termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente admite o artigo a;
b) nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas;
c) nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas;
d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas;
e) nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.

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2. (Tribunal de Alçada Criminal) É sabido que o fenômeno da crase vem indicado na escrita na escrita pelo
sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em certos casos, como no seguinte exemplo:
a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.”
b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]”
c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]”
d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente,
e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]”

4. Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços:


“ Fui ................ lugar, contíguo .................... casa de meu amigo”.
“Prefiro isto ....................”
a) àquele, à, àquilo
b) aquele, à, aquilo
c) àquele, a, aquilo
d) aquele, a, àquilo

5. (Aeronáutica) Há uma opção onde o uso da crase foi usado corretamente. Assinale-a.
a) À partir de hoje às contas serão pagas a vista.
b) A jovem foi à São Paulo fazer compras.
c) O homem voltou à cavalo.
d) Ela chegou às pressas e foi dando as senhas.

6. Indique a alternativa correta:


a) Preferia brincar do que trabalhar.
b) Preferia mais brincar a trabalhar.
c) Preferia brincar à trabalhar.
d) Preferia brincar a trabalhar.

7. Assinale a alternativa que completa esta frase:


“Diga .... essa menina que estou ...... fazer o exercício ....... risca”.
a) a, a, à c) a, à, a
b) à, a, à d) a, à, à

8.(CÂM.DEP.) _____ beira do leito, assistiu _____ amiga, hora _____ hora, minuto _____ minuto, sempre
____ espera de um milagre.
a) À – à – à – a – à
b) Á – a – a – a – à
c) À – a – a – a – à
d) À – a – à – à – à

9. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta.


“Comunicamos ____ V.Sª. que encaminhamos ______ petição anexa _____ Divisão de Fiscalização que
está apta ______ prestar ______ informações solicitadas.”
a) à, a, à, a, às
b) a, a, à, a, as
c) a, à, a, à, as
d) à, à, a, à, às
e) à, a, à, à, as

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10. (TRT-ES) Assinale a opção que preenche corretamente, quando ao emprego do sinal indicativo de
crase, o texto a seguir.
_____ dimensão da aventura acrescentamos ______ tecnologia do nosso século, mas falta _____ muitos
de nós o gosto por inventar; falta ____________ que inventa ______ ideologia do futuro.

a) À –a – a – àquele - a
b) A – à – a – àquele - à
c) À – a – à – àquele - a
d) A – a – à – àquele - a
e) À – a – à – aquele - à

11. Assinale a alternativa que completa a frase:


“Trouxe ....... mensagem ....... Vossa Senhoria e aguardo ........ resposta ...... fim de levar ....... pessoa que
me enviou”.
a) a, a, à, a, a c) a, a, a, a, à
b) a, à, a, à, a d) à, à, à, à, a

12. Assinale o exemplo de crase facultativa.


a) Encaminhou-se à secretaria. c) Foram levados à força.
b) Estão indo até à porta. d) Alfredo perdoou à irmã.

13. “Dei o livro ....... ela. Chegaremos logo ......... Brasília. Não vá ....... cozinha”.
a) a, a, à c) à, a, à
b) a, à, à d) à, à, à

14. Só não há erro de crase em:


a) Obedeçam as leis. c) Eles voltariam à uma.
b) Quero tudo as claras. d) O homem caminhava as cegas.

15. Assinale o emprego facultativo da crase.


a) Estiveste à espera do mensageiro.
b) Antônio declarou-se à Carolina.
c) Ninguém irá à Penha.
d) Sejamos úteis à sociedade.

“A pontuação e o entendimento do texto – O enunciado não se constrói com um amontoado de


palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e
semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios. Proferidas as
palavras e orações sem tais aspectos melódicos e rítmicos, o enunciado estaria prejudicado na sua função
comunicativa. Os sinais de pontuação, que já vêm sendo empregados desde muito tempo, procuram garantir
no texto escrito esta solidariedade sintática e semântica. Por isso, uma pontuação errônea produz efeitos tão
desastrosos à comunicação quanto o desconhecimento dessa solidariedade a que nos referimos.
Várias situações incômodas já foram criadas pelo mau emprego dos sinais de pontuação. Notem-se
as diferenças entre as seguintes ordens de comando:
Não podem atirar!
Não, podem atirar!”
Evanildo Bechara

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Leia atentamente o texto abaixo:

Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:

“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada
aos pobres”.

Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem deixava ele a riqueza?

Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.

A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou deste modo:

“Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.

Surgiu o alfaiate que, pedindo a cópia do original, fez estas pontuações:

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.

O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles, mais sabido,
tomando outra cópia, pontuou-a assim:

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate? Nada. Aos pobres”.
(Autor desconhecido)

Como você pode observar, dependendo dos sinais de pontuação utilizados, o texto é capaz de
admitir quatro interpretações diferentes. A leitura do texto mostra, portanto, o valor da pontuação.
Para que nossa mensagem seja clara, correta e possa ser entendida por todos, tal qual a
imaginamos, precisamos empregar, corretamente, os sinais de pontuação.

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VI. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar reconstituir
determinados recursos utilizados na língua falada. Estes sinais destinam-se a marcar pausa, melodia e
entonação.
Podem ser classificados em dois grupos:

ƒ para marcar pausas: a vírgula ( , ) / o ponto


( . ) / o ponto –e- vírgula ( ; ) .

ƒ para marcar melodia e entonação: os dois-pontos ( : ) / o ponto-de-interrogação ( ? ) / o ponto-de-


exclamação ( ! ) / as reticências
(. . . ) / as aspas ( “ ” ) / os parênteses ( ( ) ) /os colchetes ( [ ] ) / o travessão ( ⎯ ).

4 Daremos atenção especial ao emprego da vírgula.

A vírgula é o sinal que indica uma pausa breve, sem marcar o fim do enunciado. É empregada para
separar termos da oração (gl.) ou para separar orações de um período(gl.).
De um modo geral, pode-se afirmar que:

1. Não se usa vírgula na ordem direta (sujeito, verbos, complementos ou adjuntos) dos termos da frase.
9 O aluno estudou a lição em casa.
Ð Ð Ð Ð
sujeito verbo complemento adjunto adverbial
verbal de lugar
(objeto direto)
2. Na ordem inversa, normalmente não se usa vírgula.
9 Em casa, o aluno estudou a lição.

3. Na ordem direta, haverá vírgulas quando uma expressão de valor explicativo ou adverbial ficar
intercalada, separando o sujeito do verbo ou este de seus complementos.
9 Pedro, aluno do último período, leu o livro.

PRINCIPAIS SITUAÇÕES DO USO DA VÍRGULA


Separar aposto Ana C. , poetisa da década de 80, deixou muita
saudade.
Separar vocativo Rapaz, estude um pouco mais.
Separar orações coordenadas, exceto aquelas Paulo pesquisou bastante, mas não encontrou o que
começadas por e. queria./ Paulo pesquisou bastante e encontrou o que
queria.
Separar orações começadas por e, quando estas Paulo pesquisou, e Caio escreveu o livro.
têm sujeito diferente.
Intercalar expressões explicativas ou correlativas. Você, ou melhor, todos do curso estarão capacitados
a redigir textos comerciais agora.
Separar orações subordinadas adverbiais Quando você procurar emprego, terá mais um
deslocadas. atributo no seu currículo.
Separar termos de mesmo valor usados numa Ele era honesto, simpático, sincero, inteligente.
coordenação assindética (sem conectivos).
Separar nomes de lugares (topônimos) na indicação Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2000.
de datas.
Separar conjunções adversativas e conclusivas Saiu tarde; chegou, pois, atrasado.
deslocadas.
Separar orações subordinadas adjetivas explicativas. Roberto, que estuda aqui, superou nossas
expectativas.
Indicar supressão de verbo. João irá à discoteca; José, ao teatro.

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PONTO-E-VÍRGULA

Pausa maior que a vírgula, usado para separar estruturas mais complexas, especialmente se já com
elementos virgulados.

ƒ São questões difíceis; merecem, pois, toda a nossa atenção.


ƒ “Nada é a fama; a ação é tudo.” (Goethe)

DOIS-PONTOS

Inicia uma enumeração, uma explicação lógica.

ƒ Desejo uma coisa: que você seja muito feliz.

PRÁTICA

1. Pontuar convenientemente o aposto dos seguintes exemplos: (Evanildo Bechara)

a) Nós representantes desta classe pedimos a vossa atenção.


b) Disse-me duas palavras amargas ruim e traidor.
c) Camões o grande poeta português cantou as glórias lusitanas.
d) O médico atendeu bem aos clientes salvação daquelas pobres criaturas.
e) Deram-nos dois convites a saber um para o baile de máscaras e o outro para o desfile na avenida.
f) Pedro II imperador do Brasil cativou muitos corações graças à sua bondade.
g) Havia na bolsa excelentes frutas por exemplo pêssego maçã morango e pêra.
h) Um dos grandes livros de Machado de Assis Memorial de Aires revela-nos muito da vida do grande
autor brasileiro.
i) Em 15 de novembro dia consagrado à nossa república sempre há numerosos festejos.
j) O filho esperança dos pais deve honrá-lo e estimá-los.

EXERCÍCIOS

1. (Tribunal de Contas/ES) Qual a justificativa do uso de vírgulas no segmento “pela sua ajuda aos doentes,
aos velhos, aos solitários ...” ?
a) por serem apostos;
b) por serem termos intercalados;
c) por indicarem uma enumeração;
d) por serem da mesma classe gramatical, a dos adjetivos;
e) por representarem a ordem inversa dos termos na frase.

2. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao
lado.” Que outra formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.
b) Uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado, no Rio de Janeiro.
c) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.
d) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.
e) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.

3. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) “O escândalo do orçamento expôs, definitivamente, a indústria da


miséria, seus exploradores ― a classe política ― e os vícios do modelo centralista da administração
pública.” Assinale o comentário correto sobre o uso dos sinais de pontuação na frase acima.
a) o emprego de travessões em lugar das vírgulas, para destacar o aposto, foi utilizado a fim de ser
dada mais clareza à frase;

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b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se trata de um adjunto
adverbial deslocado;
c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um aposto explicativo;
d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo;
e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo e seu
complemento.

4. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) Abaixo há uma série de regras para o uso de vírgulas. Assinale o
item em que os números das regras justificam o emprego das vírgulas no seguinte texto: “Depois de
suportar, na seqüência, Figueiredo, Sarney, Collor e Itamar, o brasileiro passou a duvidar até da
existência de Deus.”
1) para separar os termos da mesma função;
2) para isolar o vocativo ou o aposto;
3) para assinalar a inversão de adjuntos adverbiais;
4) para marcar a supressão do verbo;
5) para isolar palavras e expressões explicativas;
6) para isolar as orações reduzidas.

a) 1 / 3
b) 3 / 5
c) 5 / 6
d) 2 / 4
e) 1 / 6

5. (Tribunal de Justiça/RJ) “No campo da educação, o brasileiro caiu na real. O que justifica a utilização da
vírgula nesse período é:
a) a linguagem figurada do primeiro termo;
b) a inversão de termos da frase;
c) a separação de orações ;
d) a repetição de termos;
e) o vocativo.

6. (Corregedoria Geral/RJ) “Nas gavetas da cômoda, as camisetas de cima, as mais usadas, são
estampadas com os personagens de Walt Disney.” O que justifica o emprego de vírgulas antes e depois
do termo destacado é que:
a) esse termo está deslocado em relação à ordem direta dos termos da frase;
b) é necessário destacar o sujeito em frases longas;
c) se trata de um adjunto adverbial que não se refere a um termo próximo;
d) todo aposto explicativo aparece entre vírgulas;
e) a necessidade de enfatizar o significado do termo.

7. Está errada a pontuação em:


a) Recolheu as provas, saindo a seguir.
b) Se permitirem, voltarei.
c) Carla prima, de Lurdes, está aí.
d) Rio de Janeiro, 8 de junho de 1984.

8. Está certa a pontuação da frase:


a) Quê! Você não entendeu!?
b) Como você está Cristóvão?
c) Perguntou-lhe animado, como vai você?
d) Olhe bem Paulo, o que temos aqui!

9. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:


a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.
b) Em fila, os candidatos aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.
d) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.

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10. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado”. Que outra formulação
dessa frase apresenta erro de pontuação?
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.
b) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.
c) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.
d) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro , com o filho ao filho.

11. Marque o período cuja pontuação está correta:


a) De que vale o homem conquistar: o mundo se perde a alma.
b) A peroba, que é madeira muito resistente está sendo exportada.
c) Temei, ó litigante desgraçado, mais do que os processos, os advogados.
d) Kennedy foi como todos sabem, o único Presidente católico dos E.U. A.

12. Assinale o erro de pontuação:


a) Íamos, muitas vezes, ao circo. c) Apesar da chuva, fomos visitar o tio.
b) Os garotos, admirados, riam muito. d) Eu, realmente preciso chegar lá.

13. (Aeronáutica) Qual o período que apresenta a pontuação correta?


a) Quando ela chegará? Perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.
b) Quando ela chegará, perguntou ele, ao moço, quando o viu entrar na sala.
c) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.
d) Quando ela chegará? Perguntou ele ao moço, quando o viu entrar na sala.

14. (Aeronáutica) Há obrigatoriedade do uso de vírgulas na alternativa.


a) O auxiliar que você esperava chegou há meia hora.
b) “. . . ele chega tão diferente do seu jeito de sempre chegar”.
c) Encontramos no interior da casa um velho relógio funcionando.
d) Havia subidas íngremes e muitos buracos no caminho para a cachoeira.

15. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:


a) Se houver tempo cuidaremos de tudo.
b) Se, houver tempo, cuidaremos de tudo.
c) Se houver tempo, cuidaremos de tudo.
d) Se, houver tempo, cuidaremos, de tudo.

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VII. SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA E PARONÍMIA

SINONÍMIA

É a característica de determinadas palavras assumirem, num determinado contexto, significação


semelhante. Emprego de sinônimos.
Ex.: apelido – alcunha; longo – comprido; bônus – prêmio; branco – alvo.

ANTONÍMIA

Palavras com sentido oposto. Emprego de antônimos.


Ex.: rico – pobre; alto – baixo; gordo – magro; claro – escuro.

HOMONÍMIA

Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou mais palavras com
significado diferente possuírem som e grafia semelhantes.
As palavras Homônimas podem ser : homógrafas, homófonas e perfeitas.

• Homônimas homógrafas: são palavras iguais na grafia e som diferente.

Ex1.: O acordo está feito. (substantivo) [som fechado]


Às vezes, acordo com muito sono. (verbo) [som aberto]

Ex2 .: O começo da festa é sempre mais calma. (substantivo) [som fechado]


Quando começo a dançar, todos se animam a dançar também. (verbo) [som aberto]

• Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia diferente.
Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembléia)
Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato dar)
Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão)
Ex2.: Aquela viagem foi muito especial para nós. (substantivo)
É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo)

• Homônimas perfeitas: são palavras com grafia igual e som igual.


Ex.: O homem são pode e deve trabalhar bastante. (adjetivo = sadio)
São cinco horas agora. (verbo ser)

Vejamos agora mais alguns homônimos:

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Assento – objeto ou lugar em que a gente se senta.


Acento – sinal diacrítico indicativo do acento ou para marcar a pronúncia das palavras.
...................................................................................................................................................
Caçar – perseguir (animais silvestres) para os apanhar ou matar, procurar.
Cassar – anular, tornar sem efeito: cassar uma licença.
...................................................................................................................................................
Cela – pequeno quarto de dormir; cubículo; quarto de preso.
Sela – assento acolchoado de cavalgadura.
...................................................................................................................................................
Censo – recenseamento de uma população; rendimento coletável.
Senso - ato de raciocinar; faculdade de julgar.
...................................................................................................................................................
Chá – planta arbústea, também chamada de chá-da-índia.
Xá – título do soberano da Pérsia, hoje Irã.
....................................................................................................................................................
Incipiente – que começa; que está no princípio, principiante.
Insipiente – ignorante, insensato, néscio; não sapiente.

PARONÍMIA

Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na grafia e no som.

Vejamos algumas destas palavras:

Absolver- declarar inocente; perdoar pecados a; isentar.


Absorver- embeber, sorver; aspirar, engolir; compreender, assimilar.
...........................................................................................................................................................
Acedente- que ou quem acede.
Acidente- acontecimento casual, fortuito, imprevisto; desastre.
Incidente- que incide, ocorre, sobrevém.
............................................................................................................................................................
Acender- pôr fogo, fazer arder; queimar, incendiar.
Ascender- subir de categoria ou postos; elevar-se.
.............................................................................................................................................................
Adereço- objeto de adorno; ornamento, enfeite.
Endereço- indicação de nome e residência em sobrescrito; direção.
............................................................................................................................................................
Adição- soma, acréscimo.
Edição- ato ou efeito de editar. Publicação de obra literária.

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.............................................................................................................................................................
Alusão- referência vaga e indireta. Menção.
Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio.
............................................................................................................................................................
Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência.
Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra.
............................................................................................................................................................
Bebedor- aquele que bebe.
Bebedouro- local onde se bebe.
............................................................................................................................................................
Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção.
Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante.
.............................................................................................................................................................
Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro.
Bucal- relativo à boca.
.............................................................................................................................................................
Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar.
Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada.
.............................................................................................................................................................
Comprido- longo, extenso, dilatado.
Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido
.............................................................................................................................................................
Comprimento- longo, extenso, dilatado.
Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação.
.............................................................................................................................................................
Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente.
Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez.
.............................................................................................................................................................
Destinto- que se destingiu; sem cor.
Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, separado.
.............................................................................................................................................................
Destratar- maltratar com palavras; insultar.
Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato).
.............................................................................................................................................................
Discente- estudante, discípulo.
Docente- professor, instrutor.
.............................................................................................................................................................
Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava.
Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se.

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.............................................................................................................................................................
Eminente- elevado, alto, superior, sublime.
Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a qualquer momento.
.............................................................................................................................................................
Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é surpreendido.
Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero.
.............................................................................................................................................................
Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer.
Fruir- desfrutar, possuir, gozar.
.............................................................................................................................................................
Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios.
Pluvial- relativo à chuva.
.............................................................................................................................................................
Fusível- que se pode fundir; fio de fusibilidade calibrada, para proteger instalações.
Fuzil- espingarda; carabina.
.............................................................................................................................................................
Infligir- aplicar pena, castigo, repreensão.
Infringir- transgredir, violar (a lei); deixar de cumprir, desobedecer.
.............................................................................................................................................................
Mandado- ato de mandar; ordem escrita.
Mandato- o tempo em que um político exerce durante seu cargo; procuração.
.............................................................................................................................................................
Mistificar- abusar da credulidade de; enganar, iludir.
Mitificar- converter em mito.
.............................................................................................................................................................
Posar- tomar posição para ser fotografado.
Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada.
.............................................................................................................................................................
Precedente- que precede, anterior, antecedente.
Procedente- que procede, proveniente, originário, concludente.
.............................................................................................................................................................
Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu primeiro.
Progresso- ato ou efeito de progredir. Desenvolvimento.
.............................................................................................................................................................
Sorrir- rir levemente, com ligeira contração dos músculos faciais.
Rir- manifestar o riso. Achar graça.
.............................................................................................................................................................

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Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por aerovias, ferrovias, hidrovias ou rodovias; comunicação.
Tráfico- negócio indecoroso: tráfico de drogas.
.............................................................................................................................................................
Vedado- que tem tapume; proibido; defeso; murado.
Vetado- que foi proibido; que foi vetado.
.............................................................................................................................................................
Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande.
Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face.

PRÁTICA

1- Complete com a palavra adequada:

a) O ladrão foi pego em ___________________________. (flagrante/fragrante)

b) O chefe gosta de _________________________ seus funcionários.


(comprimentar/cumprimentar)

c) A professora pediu que fizesse uma _____________________ da minha sala de aula.


(descrição/discrição)

d) A rosa tem uma gostosa ___________________. (flagrância/fragrância)

e) É proibido _______________ cigarro em ambientes fechados. (ascender/acender)

f) Sabia que poderia contar com sua _____________________. (descrição/discrição)

g) Quero que eles ___________________ no final do ano. (viagem/viajem)

h) Aquela __________________ foi um sonho. (viagem/viajem)

i) Seu projeto está _________________ até a segunda ordem. (vedado/vetado)

j) O juiz irá __________________ o réu. (absorver/absolver)

l) A ______________________ é um mal para a sociedade. (insipiência/incipiência)

m) O advogado ___________________ leu todo o processo. (iminente/eminente)

n) O perigo era ___________________ ao entrar naquela casa antiga. (iminente/eminente)

o) Meu professor _____________________ seu erro. (ratificou/retificou)

p) A reunião foi ______________________ . (ratificada/retificada)

q) ______________ de preso é muito desagradável. (cela/sela)

r) Antes de montar, deve-se colocar a _________________ em seu cavalo. (cela/sela)

s) Vamos _________________ seu aniversário. (blindar/brindar)

t) Os artistas precisam ______________ seus carros por medida de segurança.


(blindar/brindar)

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u) Henrique foi assistir a última ___________________ do filme. (cessão/sessão/seção)

v) Gosto da _________________ de suspense. (cessão/sessão/seção)

x) Minha tia fez a _________________ de seu bens. (cessão/sessão/seção)

z) A cozinheira _______________ os alimentos, (cozia/cosia) enquanto a costureira ______________ as


roupas. (cozia/cosia)

2. Complete as lacunas com as palavras adequadas.


a) Há quantos anos não é feito o ________________ no Brasil? (senso/censo)
b) Eles se ____________________ , assim que chegaram. (comprimentaram/cumprimentaram)
c) _________________ em seus pensamentos, afasta-o da realidade. (devagar/divagar)
d) O juiz _________________ leu, calmamente, o processo. (iminente/eminente)
e) Com bom _____________ obteremos bons resultados. (censo/senso)

EXERCÍCIOS

1. (FAETEC) Os parônimos docente e discente significam respectivamente:


a) que aprende e que ensina
b) que ensina e que aprende
c) que desce e que sobe
d) que cria e que é criado
e) que descreve e que é descrito

2. (Corregedoria Geral) A palavra diáspora significa:


a) abandono
b) dispersão
c) ilegalidade
d) proteção
e) mortalidade

3. (TJ/RJ) “O fato, que antigamente poderia passar despercebido...” . O vocábulo “despercebido” é algumas
vezes confundido com seu parônimo “desapercebido”. Em que item a seguir os vocábulos destacados são
somente variantes de forma gráfica, sem qualquer diferença de significação?
a) deferir/diferir
b) amoral/imoral
c) eminente/iminente
d) flecha/frecha
e) vultoso/vultuoso

4. (UFRJ) Indique o item em que o antônimo da palavra destacada está erradamente dado.
a) Foi embora e não voltou mais - menos
b) ...encontrou o portão aberto - fechado
c) ... o marido respondeu - perguntou
d) ... a mulher dava mingau - recebia
e) ... a mulher ficou contente - triste

5. (Técnico de Finanças) “È nula toda lei que o povo diretamente não ratificar...” . Ratificar e retificar são
parônimos; em que item a seguir a frase apresenta erro de seleção vocabular, exatamente pela
confusão entre parônimos?
a) Segundo os deputados, os perigos eram iminentes.

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b) As leis pretendem combater a descriminação racial.


c) Pretendiam que o Governo fizesse a cessão do terreno.
d) Os deputados pretendem dilatar o prazo dos mandatos.
e) As leis não regulamentavam os comprimentos dos cômodos.

6. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “ ... a violência se torne corriqueira ...” Qual das palavras a seguir é
sinônimo adequado da palavra destacada na frase acima?
a) intensa;
b) grave;
c) comum;
d) excepcional;
e) imoral.

7. (Tribunal de Justiça/RJ) “... para inibir a violência urbana ...”; o significado do verbo destacado
corresponde a:
a) reduzir
b) impedir
c) solucionar
d) incentivar
e) incrementar

8. (Tribunal de Justiça/RJ) “Sem buzinas, sem panelaços e, mesmo, sem palavras de ordem”. Qual seria o
vocábulo a seguir de significado equivalente a “mesmo” na frase acima?
a) realmente
b) na verdade
c) inclusive
d) de fato
e) assim

9. (Tribunal de Justiça/RJ) Indique o item em que o antônimo da palavra ou expressão em destaque está
corretamente apontado.
a) “duradouro sucesso” - efêmero
b) “fama em ascendência” - excelsa
c) “elegante região” - carente
d) “sala lotada” - desabitada
e) “marcar a priori” – sine die

10. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) A palavra tráfico, presente no texto não deve ser confundida com
tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de
paronímia?
a) estrato/extrato
b) flagrante/fragrante
c) eminente/iminente
d) inflação/infração
e) cavaleiro/cavalheiro

11. (TRE/95) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em:
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem.
(descriminar)
c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir)
d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso)
e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi _________ o cofre ali mesmo, na escada. (arriar)

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12. (TTN) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi empregada erroneamente:
a) O Diretor-Geral retificou a portaria 601 que fora publicada com incorreções.
b) Este fiscal vai trabalhar na seção de tributação.
c) O superintendente da receita federal deferiu aquele nosso pedido.
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.
e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.

13. (TRT) Assinale a alternativa incorreta:


a) O governo cassou os direitos políticos daquele cidadão.
b) Houve um roubo vultuoso naquele banco.
c) Nosso advogado vai impetrar mandado de segurança.
d) Os alunos se portaram com muita discrição na visita que fizemos ao museu.
e) Uma fragrante rosa despontou.

14. (TER) O sentido das palavras não está corretamente indicado nos parênteses em:
a) distratar (maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou contrato)
b) deferimento (aprovação) / diferimento (adiamento)
c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido (realizado)
d) descente (que desce; vazante) / decente (adequado; apropriado)
e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa (tributo, imposto)

15. (TJ) Os sentidos dos parônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:
a) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)
b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
c) imergir (vir à tona) / emergir (afundar)
d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga)
e) descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)

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VIII. DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO

Na língua portuguesa, há dois processos de formação de palavras: derivação e composição.

DERIVAÇÃO

O processo de derivação está sempre ligado a dois conceitos: palavra primitiva (aquela que serve
de base) e palavra derivada (aquela que se forma a partir de uma palavra primitiva).

Os tipos de derivação são:

Prefixal - quando acrescentamos um prefixo à palavra primitiva.


Ex.: desamor, infeliz, rever, preconceito . . .

Sufixal – quando acrescentamos um sufixo à palavra primitiva.


Ex.: amoroso, felizmente, menininho, gostoso . . .

Prefixal e sufixal - quando acrescentamos ao mesmo tempo um prefixo e um sufixo.


Ex.: ilegalmente, infelizmente . . .

Parassintética – quando acrescentamos ao mesmo tempo um prefixo e um sufixo. Ex.: esquentar, esfriar,
amadurecer . . .

Obs.: “Para que haja parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo tenham-se agregado
simultaneamente ao radical. Em infelizmente não há parassíntese, uma vez que o prefixo e
o sufixo não se agregaram ao mesmo tempo ao radical ⎯ observe que existe a palavra
infeliz e a palavra felizmente. Por outro lado, em entristecer ocorreu parassíntese, uma vez
que prefixo e sufixo agregam-se ao mesmo tempo ao radical ⎯ observe que não existe a
palavra entriste, nem a palavra tristecer.”

Regressiva – ocorre da redução de elementos já existentes na palavra primitiva.


• Sarampão ⎯ sarampo
• barracão ⎯ barraco
A derivação regressiva é importante na formação de substantivos derivados de verbos. (substantivos
deverbais)

Primitiva (verbo) Derivada (substantivo)


pescar pesca
combater combate
resgatar resgate
caçar caça
destacar destaque

O filólogo Mário Barreto, em sua obra De gramática e de linguagem, sugere o seguinte critério:
“. . . se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas, se o nome denota algum
objeto ou substância, se verificará o contrário. Portanto, os substantivos briga, grito e ataque, por exemplo, são
formas derivadas, pois denotam respectivamente as ações de brigar, gritar e atacar. Já as formas planta, âncora,
alfinete, pincel, escudo são formas primitivas que dão origem aos verbos plantar, ancorar, escovar, alfinetar e
escudar.”

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Imprópria – é um caso especial de derivação: ocorre uma mudança na função que a palavra exerce num
determinado contexto; isso acontece quando a palavra muda de classe gramatical.
Ex.: Não irei ao teatro. / O não é uma palavra difícil de se ouvir. *

* No primeiro exemplo, não é advérbio de negação. Enquanto que a classe gramatical ,do não do segundo
exemplo, é um substantivo, na medida em que a palavra está ao lado de um artigo que a classifica como tal.

COMPOSIÇÃO

A composição ocorre sempre que uma palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. Há
dois tipos de composição:

Justaposição – quando as palavras que formam o composto mantêm sua forma inalterada.
Ex.: quinta-feira, passatempo, amor-perfeito, girassol (gira+sol), . . .

Aglutinação – quando pelo menos uma das palavras que formam o composto apresenta alteração em sua
forma.
• Aguardente (água+ardente)
• Vinagre (vinho+acre)
• Planalto (plano+alto)
• Fidalgo (filho+de+algo)
• Embora (em+boa+hora)

Vejamos agora outros processos de formação de palavras:

Onomatopéia - consiste na imitação de sons produzidos pelas vozes dos animais, ruídos da natureza,
objetos ou sons produzidos pelos próprios homens. Vejamos os exemplos:
• tique-taque (barulho do relógio)
• toc-toc (barulho na porta)
• pingue-ponge, zás, zunzum. O verbo miar surgiu da tentativa do homem em simular o som emitido
pelo gato. Assim como: latir, grunhir, mugir, ...

Obs.: reduplicação ou redobro: consiste na reduplicação de elementos, geralmente, com fins


onomatopaicos, ou seja, muitas onomatopéias são formadas por reduplicação.
Ex.: reco-reco, zunzum, corre-corre, papai (afetivo), tique-taque, pingue-pongue, fonfom, ...

Hibridismo – processo de formação de palavras em que entram elementos de línguas diferentes.


• Automóvel (grego + latim)
• Bígamo (latim +grego)
• Alcalóide (árabe + grego)
• Caiporismo (tupi + árabe)
• Alcoômetro (árabe + grego)
• Burocracia (francês + grego)
• Sambódromo (dialeto africano + grego)

Abreviação vocabular – consiste na redução de uma palavra, como o uso de moto(motocicleta) e não
deve ser confundida com abreviatura, uma vez que esta última consiste na representação de uma palavra
por determinadas letras, como ocorre em obs. (abreviatura de observação).
Os exemplos mais comuns de abreviação vocabular são:
• Cine (forma reduzida de cinematográfico)
• Foto (fotografia)
• Quilo (quilograma)
• Rebu (rebuliço)
• Micro (microcomputador)
• Pneu (pneumático)
• Moto (motocicleta)

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Siglas – são formadas , em geral, com as iniciais das palavras que formam o nome de instituições,
sociedades, organizações, partidos políticos, associações, etc.
Ex: PT (Partido do trabalhador), SP (Cidade de São Paulo), Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São
Paulo), AIDS (acquired immunodeficiency syndrome – síndrome da deficiência imunológica adquirida).

Neologismo - é a denominação dada à palavra recém-criada ou mesmo a uma palavra que adquire um
novo significado.
Vejamos um caso: do inglês surf temos a forma aportuguesada surfe. Acrescentando uma vogal temática
de primeira conjugação ao radical surf- , temos o tema surfa-. Mais a desinência do infinitivo temos surfar.
Ainda com o radical surf- mais o sufixo –ista temos surfista (aquele que pratica o esporte).

Atenção!!!

Estrutura das Palavras

Vogais e Consoantes de ligação: servem para evitar dissonância. Ex.: cafeteira, calorimetria, correlação,
gasômetro, girassol, papelzinho, sonoplastia, etc.

EXERCÍCIOS

1. Marque o processo de formação de indiretamente:


a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
c) derivação parassintética
d) derivação prefixal e sufixal
e) derivação imprópria

2. Em “. . . um dos meninos estendia firmemente dois dedos da mão direita ( o fura-bolos e o pai-de-todos )
para que outro menino, com os mesmos dedos, desferisse neles uma pancada com toda força . . .” os
vocábulos sublinhados são formados por:
a) derivação prefixal
b) derivação parassintética
c) derivação sufixal
d) composição por aglutinação
e) composição por justaposição

3. Assinale a opção que indica o processo de formação do verbo acostumar:


a) derivação parassintética;
b) derivação prefixal;
c) composição;
d) derivação sufixal;
e) derivação regressiva

3. (FUEL- PR) A palavra resgate é formada por derivação.


a) prefixal
b) sufixal
c) regressiva
d) parassintética
e) imprópria

4. (CESGRANRIO-RJ) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape.


a) zunzum
b) reco-reco
c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) vivvido

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6. Marque a resposta que classifica corretamente as palavras abaixo quanto a sua formação:
visitante – quebradas – animalidade – indefinida – conhecimento
a) derivadas
b) antônimas
c) compostas
d) sinônimas
e) primitivas

7. Quanto à formação de palavras, aponte o exemplo que não corresponde à afirmação.


a) infeliz: derivação prefixal
b) inutilmente: derivação prefixal e sufixal
c) couve-flor: composição por justaposição
d) planalto: composição por aglutinação
e) semideus: composição por aglutinação

8. A palavra canto é formada por derivação:


a) prefixal
b) sufixal
c) regressiva
d) parassintética
e) imprópria

9. Nas palavras: girassol, embora, Sambódromo e super-homem temos, respectivamente, os seguintes


processos de formação de palavras:
a) justaposição, aglutinação, hibridismo, justaposição
b) justaposição, aglutinação, hibridismo, prefixação
c) aglutinação, aglutinação, aglutinação, prefixação
d) aglutinação, justaposição, hibridismo, prefixação
e) justaposição, aglutinação, prefixação, sufixação

10. (FUVEST-SP) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso temos, respectivamente, os seguintes
processos de formação de palavras.
a) parassíntese, hibridismo, prefixação
b) aglutinação, justaposição, sufixação
c) sufixação, aglutinação, justaposição
d) justaposição, prefixação, parassíntese
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo

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IX. CLASSES DAS PALAVRAS

São dez classes de palavras:


substantivo verbo
artigo advérbio
adjetivo preposição
numeral conjunção
pronome interjeição

Ö Substantivo: nomeia seres, coisas e idéias; o substantivo concreto nomeia seres e objetos; o
substantivo abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se em gênero(masculino/feminino),
número(singular/plural) e grau(mudanças na terminação para indicar tamanho, intensidade ou estado
emotivo).
Ex.: O relógio é antigo.
Ex.: A bondade é necessária.

Ö Artigo: precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo, determina-o ou


generaliza-o. Flexiona-se o gênero e o número.
Ex.: O estudante chegou.
Ex.: Um velho poeta sorriu para mim.

Ö Adjetivo: modifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou modo de ser. Flexiona-se em


gênero, número e grau.
Ex.: Eu sou feliz.
Ex.: Ela é sincera.

Ö Numeral: indica a quantidade, a ordem, a fração ou a multiplicação dos seres. Flexiona-se o gênero e o
número.
Ex.: Ele foi o primeiro colocado.
Ex.: A metade da turma tirou dez.

Ö Pronome: substitui ou acompanha o substantivo, nomeando seres, coisas ou idéias, ou


modificando-os. Flexiona-se o gênero, o número e a pessoa.
Ex.: Eu sou muito estudioso.
Ex.: Você foi o melhor do grupo.

Ö Verbo: indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza, apresenta sempre um aspecto dinâmico.
Flexiona-se a pessoa, o número, o tempo, o modo e a voz.
Ex.: Eles passaram no concurso.
Ex.: Todos estudavam bastante.

Ö Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma circunstância. Flexiona-se o
grau(apenas alguns).
Ex.: Eles moram muito perto do curso.
Ex.: Hoje é dia de ler um bom livro.

Ö Preposição: liga termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles.
Ex.: Viajou de avião.
Ex.: Façam o dever em casa.

ÖConjunção: liga orações ou termos semelhantes, de mesma função.


Ex.: Você quer sorvete de laranja ou abacaxi?
Ex.: Vou ao teatro, mas não vou ao cinema.

Ö Interjeição: exprime emoções ou sentimentos.


Ex.: Puxa! Quase acertei a questão.
Ex.: Ufa! Até que enfim passei na prova.

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SUBSTANTIVO

É a palavra que dá nome aos seres em geral.

Formação dos Substantivos:


O substantivo pode ser:

a) primitivo: não provém de nenhuma outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra...

b) derivado: provém de outra palavra da língua portuguesa: floricultura, pedreiro...

c) simples: é formado por um único radical: planta, casa...

d) composto: é formado por mais de um radical: couve-flor, pé-de-moleque...

O substantivo classifica-se em:

a) comum: designa os seres de uma espécie, sempre de forma genérica: carro,


aliança...

b) próprio: designa um ser específico, único. São grafados sempre com iniciais
maiúsculas: Carlos, Brasil...

c) concreto: designa os seres com existência própria - real ou imaginária : fada,


relógio...

d) abstrato: designa qualidades ou estados; não têm existência própria,


dependem de um ser para manifestar-se: beleza, coragem...
Estes substantivos geralmente são derivados de verbos ou adjetivos:
belo - beleza / viajar - viagem

Substantivos Coletivos
Designam, mesmo no singular, um conjunto de seres da mesma espécie.

acervo: de obras artísticas enxoval: de roupas


alcatéia: de lobos feixe: de lenha, de capim, de luz
arquipélago: de ilhas frota: de navios, de veículos
assembléia: de pessoas, de galeria: de objetos de arte
parlamentares
atlas: de mapas girândola: de fogos de artifício
banda: de músicos horda: de bandidos, de invasores
bando: de pessoas, de animais junta: de bois, de médicos , de examinadores
batalhão: de soldados malta: de malfeitores, de desordeiros
buquê: de flores manada: de animais de grande porte
cacho: de frutas matilha: de cães de caça
cáfila: de camelos molho: de chaves
caravana: de viajantes, de peregrinos multidão: de pessoas
cardume: de peixes nuvem: de insetos
colméia: de abelhas orquestra: de músicos
constelação: de estrelas quadrilha: de ladrões
cordilheira: de montanhas rebanho: de gado em geral
corja: de vadios, de ladrões réstia: de cebolas, de alhos
coro: de cantores tropa: de soldados, de pessoas, de animais
elenco: de artistas turma: de estudantes, de trabalhadores
enxame: de abelhas vara: de porcos

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Flexão de gênero
Os substantivos podem ser do gênero masculino ou feminino. Classificam-se em biformes e
uniformes.

a) Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.


Ö aluno/aluna Ö genro/nora
Ö homem/mulher Ö cavalo/égua
Ö pai/mãe Ö menino/menina

b) Uniformes: apresentam uma única forma tanto para o masculino quanto para o feminino.

Os uniformes podem ser de três tipos:

a) Sobrecomuns : apresentam um só gênero para designar o masculino e o feminino.


Ö o cônjuge
Ö o algoz
Ö a testemunha
Ö a vítima
Ö o carrasco
Ö a criatura

b) Comuns de dois gêneros: não se flexionam para indicar o gênero. A indicação de gênero se faz por de
modificadores(artigo, pronome, adjetivo, numeral).
Ö o agente/a agente
Ö o mártir/ a mártir
Ö o herege/ a herege

c) Epicenos: são nomes de animais que apresentam uma só forma para os dois gêneros. Ö jacaré, girafa,
tatu, mosca, cobra, onça, peixe...

Ö Obs.: grama é do gênero masculino, assim como - um miligrama, o quilograma.

Gênero Vacilante
Gênero masculino:
→ ágape/antílope/clã/diabete(s)
→ gengibre/contralto/soprano

Gênero feminino:
→ aluvião/sentinela/abusão/áspide

Formação do plural dos substantivos simples

a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo: acrescenta-se s.


^ a lâmpada - as lâmpadas
^ o relógio - os relógios

b) Substantivos terminados em -ão: fazem o plural em -ãos, -ães e -ões.

-ãos -ães -ões


mãos alemães canções
órgãos capelães botões
bênçãos pães estações
cristãos tabeliães grilhões
cidadãos capitães frações

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Obs.: alguns admitem mais de um plural. Atenção aos exemplos abaixo:

corrimão – corrimões ou corrimãos


anão – anões ou anãos
vulcão – vulcões ou vulcãos
verão – verões ou verãos
charlatão – charlatões ou charlatães
guardião – guardiões ou guardiães
cirurgião – cirurgiões ou cirurgiães
refrão – refrãos ou refrães
aldeão – aldeões, aldeãos ou aldeães
ancião – anciões, anciãos ou anciães
ermitão – ermitões, ermitãos ou ermitães

c) Substantivos terminados em S, quando paroxítonos, e em X: ficam invariáveis.


^ o lápis - os lápis ^ o ônibus - os ônibus ^ o tórax – os tórax ^ o climax – os climax
^ o pires - os pires ^ o atlas - os atlas ^ o xerox – os xerox

d) Acrescenta-se ES após S em sílaba tônica e depois de Z , R ou N.


^ freguês – fregueses ^ cruz – cruzes ^ éter – éteres ^ burguês – burgueses
^ açúcar – açúcares ^ vez – vezes ^ abdômen – abdômenes * (ou abdomens)

e) Palavras terminadas em AL, OL, UL trocam o L por IS.


^ farol – faróis ^ animal – animais ^ paul – pauis

f) Substitui-se o L por S, quando oxítonos e por EIS, quando paroxítonos:


^ cantil – cantis ^ fóssil – fósseis ^ canil – canis ^ fácil - fáceis

g) Substantivos terminados em -zinho: passam-se para o plural a terminação do substantivo primitivo (sem
o s ) e a do sufixo.
^ papelzinho/ papéis + zinhos = papeizinhos
^ florzinha/ flores + zinhas = florezinhas

Formação do plural dos substantivos compostos


1. Substantivos compostos grafados sem hífen: formam o plural como se fossem substantivos simples.
Ö a aguardente / as aguardentes
Ö a televisão/ as televisões

2. Substantivos compostos grafados com hífen:

a) formados por palavras repetidas (ou muito semelhantes): só o segundo elemento varia.
Ö tico-tico/ tico-ticos
Ö teco-teco/ teco-tecos
Öpingue-pongue/ pingue-pongues

b) formados por elementos unidos por preposição: só o primeiro elemento varia.


Ö pé-de-moleque/ pés-de-moleque
Ö pão-de-ló/ pães-de-ló
Ö mula-sem-cabeça/ mulas-sem-cabeça

c) compostos formados de grão, grã e bel seguidos de substantivos: só varia o segundo elemento.

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Ö grão-duque/ grão-duques
Ö bel-prazer/ bel-prazeres

d) substantivos formados por verbos ou palavras invariáveis + palavras variáveis: só o segundo


elemento vai para o plural.
Ö guarda-chuva/ guarda-chuvas
Ö beija-flor/ beija-flores
Ö vice-diretor/ vice-diretores

e) substantivos compostos formados por duas palavras variáveis: os dois elementos vão para o plural.
Ö água-marinha/ águas-marinhas
Ö segunda-feira/ segundas-feiras
Ö amor-perfeito/ amores-perfeitos

f) o segundo termo é um substantivo que funciona como determinante: só o primeiro vai para o plural.
Ö salário-família/ salários-família
Ö banana-prata/ bananas-prata
Ö caneta-tinteiro/ canetas-tinteiro

ADJETIVO

É a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo, indicando-lhe


qualidade, estado, modo de ser ou aspecto.
→ homem gentil
→ mulher honesta
→ pessoa doente
→ noite chuvosa

Locução Adjetiva
É a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio) com valor de adjetivo.

exercício de abdômen: exercício abdominal


armamento de guerra: armamento bélico
problemas da cidade: problemas urbanos

Veja outros exemplos:

Ö de abelha: apícola Ö de cobre: cúprico


Ö de águia: aquilino Ö de coração: cardíaco
Ö de bispo: episcopal Ö de crânio: craniano
Ö de boca: bucal ou oral Ö de criança: infantil
Ö de boi: bovino Ö de dedo: digital
Ö de cabeça: capital Ö de dinheiro: pecuniário
Ö de cabelo: capilar Ö de estômago: estomacal ou gástrico
Ö de cabra: caprino Ö de ouro: áureo
Ö de campo: rural Ö de aluno: discente
Ö de cavalo: eqüino ou hípico Ö de professor: docente
Ö de chuva: pluvial ou chuvoso Ö de rio: fluvial

Adjetivos pátrios
Referem-se a países, continentes, cidades, regiões, exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser.

Veja alguns deles:

Ö Acre: acreano Ö Brasília: brasiliense


Ö Alagoas: alagoano Ö Distrito Federal: candango ou brasiliense

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Ö Amapá: amapaense Ö Cuiabá: cuiabano


Ö Amazonas: amazonense ÖEspírito Santo: espírito-santense
Ö Angola: angolano ou capixaba
Ö Brasil: brasileiro Ö Etiópia: etíope
Ö Ceará: cearense Ö São Paulo: paulista(estado)
paulistano(cidade)

Flexão dos adjetivos


1. Gênero

A) Adjetivos uniformes: apresentam uma única forma para os dois gêneros.


→ homem feliz → mulher feliz
→ homem inteligente → mulher inteligente

B) Adjetivos biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra forma para o feminino.
→ aluno estudioso → aluna estudiosa
→ professor simpático → professora simpática

2. Número

A) Adjetivos simples
→ homem honesto → homens honestos
→ pessoa feliz → pessoas felizes

B) Adjetivos compostos

Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável.


→ saia amarelo-ouro
→ camisa verde-limão

Ö Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis.

Ö guarda-chuva guarda-chuvas
Ö guarda-costa guarda-costas
Ö guarda-noturno guardas-noturnos

OBS.: quando o adjetivo composto for formado por verbo, este não varia e somente o substantivo irá para o
plural, por outro lado, quando for formado por um substantivo, este irá para o plural, assim como o adjetivo.

3. Grau

O adjetivo apresenta-se em dois graus:


A) Comparativo: quando a qualidade que ele expressa está em comparação com a de outros seres.
O comparativo pode ser:
1. Igualdade
→ João é tão alto quanto Maria.

2. Superioridade
→ João é mais alto que Maria.

3. Inferioridade
→ João é menos alto que Maria.

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Veja, agora, alguns adjetivos que formam o comparativo de superioridade pelo processo sintético.

Adjetivo analítico sintético


bom mais bom melhor
mau mais mau pior
grande mais grande maior
pequeno mais pequeno menor

B) Superlativo

1. Absoluto
→ A prova foi muito fácil. (absoluto analítico)
→ A prova foi facílima. (absoluto sintético)

2. Relativo
→ A prova de português foi a mais fácil de todas. (relativo de superioridade)
→ A prova de português foi a menos fácil de todas. (relativo de inferioridade)

ARTIGO

É a palavra variável em gênero e número que se antepõe a um substantivo a fim de determiná-lo.


Ö o amigo, a árvore, um livro, uma amizade

Classificação dos Artigos


Artigo definido determina o substantivo de modo preciso. Ö O aluno resolveu as questões.
Pode ser singular (o, a) ou plural (os, as). Ö As alunas resolveram o exercício.
Artigo indefinido determina o substantivo de modo vago, Ö Um aluno resolveu uma questão.
impreciso. Pode ser singular (um, uma) ou Ö Uns alunos resolveram umas questões.
plural (uns, umas).

Propriedades dos artigos


Æ A anteposição do artigo pode substantivar qualquer palavra.

Veja dois exemplos de substantivação:


O dois é um número par. A americana estava na praia.
Ð Ð Ð Ð
artigo substantivo artigo substantivo

Æ O artigo evidencia o gênero e o número do substantivo.


o dó (masculino singular)
a menina (feminino singular)
os biscoitos (masculino plural)
umas laranjas (feminino plural)

Æ O artigo pode aparecer unido a preposições.


Elas estavam na (em + a) sala.
Os rapazes foram à (a + a) praia.
Guarda as cartas numa (em + uma) caixa.
Preciso do (de + o) seu carinho.

Æ O artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade aproximada.


Compareceram uns quarenta alunos.

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NUMERAL

É palavra que indica uma quantidade de seres ou a posição que um ser ocupa numa série.

Classificação dos numerais


a) Cardinais: indicam uma quantidade determinada.
Ö um, dois, três, quatro, cinco...

b) Ordinais: indicam ordem ou posição ocupada numa determinada série.


Ö primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto...

c) Multiplicativos: indicam multiplicação.


Ö dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...

d) Fracionários: indicam divisão, fração.


Ö meio, metade, terço, quarto, quinto...

Alguns numerais indicam um conjunto numericamente exato de pessoas ou coisas,


desempenhando o mesmo papel dos substantivos coletivos. São, por isso mesmo, chamados numerais
coletivos.
par (conjunto de dois)
dezena (conjunto de dez)
dúzia (normalmente usado para indicar o conjunto de dez anos)
centenário (conjunto de cem anos)

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Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


Um primeiro ___ ___
Dois segundo Dobro, duplo, dúplice meio, metade
Três terceiro Triplo, tríplice terço
Quatro quarto Quádruplo quarto
Cinco quinto Quíntuplo quinto
Seis sexto Sêxtuplo sexto
Sete sétimo Séptuplo sétimo
Oito oitavo Óctuplo oitavo
Nove nono Nônuplo nono
Dez décimo Décuplo décimo
Onze décimo primeiro, undécimo Undécuplo onze avos
Doze décimo segundo, duodécimo Duodécuplo doze avos
Treze décimo terceiro __ treze avos
Catorze, quatorze décimo quarto __ catorze avos
Quinze décimo quinto __ quinze avos
Dezesseis décimo sexto __ dezesseis avos
Dezessete décimo sétimo __ dezessete avos
Dezoito décimo oitavo __ dezoito avos
Dezenove décimo nono __ dezenove avos
Vinte vigésimo __ vinte avos
Trinta trigésimo __ trinta avos
Quarenta quadragésimo __ quarenta avos
Cinqüenta qüinquagésimo __ cinqüenta avos
Sessenta sexagésimo __ sessenta avos
Setenta septuagésimo __ setenta avos
Oitenta octogésimo __ oitenta avos
Noventa nonagésimo __ noventa avos
Cem centésimo Cêntuplo centésimo
Duzentos ducentésimo __ ducentésimo
Trezentos trecentésimo __ trecentésimo
Quatrocentos quadringentésimo __ quadringentésimo
Quinhentos qüingentésimo __ qüingentésimo
Seiscentos sexcentésimo, seiscentésimo __ sexcentésimo
Setecentos septingentésimo __ septingentésimo
Oitocentos octingentésimo __ octingentésimo
Novecentos nongentésimo, noningentésimo __ nongentésimo
Mil milésimo __ milésimo
Milhão milionésimo __ milionésimo
Bilhão bilionésimo __ bilionésimo

Obs.: o zero, apesar de não constar do quadro acima, é um numeral cardinal.

Algarismos Romanos
É convenção que, para indicar títulos de nobreza, papas, séculos, capítulos, entre outros, usam-se
os algarismos romanos.

Vocês devem conhecer as seguintes correspondências:

I=1 V=5 X = 10 L= 50 D = 500 M = 1000

Quando usamos numerais para indicar nomes de reis, papas, soberanos em geral, séculos,
capítulos, entre outros, empregamos os numerais ordinais até décimo e os numerais cardinais para os
acima de dez.

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Vejamos:
Ordinais Cardinais

século VIII (oitavo) século XX (vinte)


Luís VI (sexto) Luís XV (quinze)
capítulo X (décimo) capítulo XVIII (dezoito)
papa João Paulo II (segundo) papa Leão XIII (treze)

Obs.: se o numeral anteceder o substantivo, usa-se o ordinal: o vigésimo quarto capítulo.

Flexão dos numerais


1. Gênero
Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos flexionam-se em gênero:

Ö Um aluno e duas alunas foram sorteados.


Ö Uma aluna e dois alunos foram sorteados.
Ö Contamos na fazenda quinhentas cabeças de boi.

Ambos, substituindo o cardinal dois, flexiona-se em gênero, concordando com o substantivo.


Ö Ambos os alunos tiraram dez no teste.
Ö Ambas as alunas tiraram dez no teste.

Os numerais ordinais variam em gênero.


Ö primeiro primeira
Ö quinto quinta

Os numerais multiplicativos acompanhando os substantivos variam em gênero, concordando com o


substantivo.
Ö Pedro tomou um sorvete duplo.
Ö Ela tomou uma limonada dupla.

O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere.


Ö Comprou meio quilo de feijão.
Ö Comprou meia dúzia de ovos.

2. Número
Os cardinais milhão, bilhão etc. flexionam-se em número.
Ö um milhão Ö dois milhões
Ö um bilhão Ö dois bilhões

Os ordinais variam em número e em gênero:


Ö o primeiro Ö os primeiros / Ö a sexta Ö as sextas

Quando acompanham substantivos, os multiplicativos flexionam-se em número, concordando com o


substantivo.
Ö Ela tomou um milk-shake duplo.
Ö Ela tomou dois milk-shake duplos.

Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.


Ö um quarto Ö dois quartos
Ö um quinto Ö três quintos

3. Grau
A maioria das gramáticas não registram a flexão de grau dos numerais, porém a expressividade da
linguagem coloquial, da linguagem do dia-a-dia, flexiona os numerais em grau.

Ö O campeonato da segundona vai começar!


Ö Me empresta dezinho?

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PRONOME

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, apontando-o como pessoa do discurso. O


pronome é substantivo, quando substitui o substantivo e é adjetivo, quando acompanha o substantivo.

Ö Ela gosta de dançar. (ela = pronome substantivo)


Ö Sua prima gosta de dançar também. (sua = pronome adjetivo)

Classificação dos pronomes


Pronomes pessoais: são aqueles que representam as pessoas do discurso.

Pronomes Pessoais

Número Pessoa Pronomes Retos Pronomes oblíquos


singular primeira eu me, mim, comigo
segunda tu te, ti, contigo
terceira ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
plural primeira nós nos, conosco
segunda vós vos, convosco
terceira eles, elas os, as, lhes, se, si consigo

Obs.: os pronomes de tratamento é um caso especial de pronome pessoal. Indica, geralmente, a segunda
parte do discurso — com quem se fala.

Pronomes de Tratamento

Pronome de tratamento Abreviatura Referência


Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Eminência V. Em.ª cardeais
Vossa Excelência V. Ex.ª altas autoridades em geral
Vossa Magnificência V. Mag.ª reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores
Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes em geral
Vossa Santidade V. S. papas
Vossa Senhoria V. S.ª funcionários graduados

São também pronomes de tratamento: senhor, senhora, você e Dona.

Pronomes possessivos: são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando idéia de
posse.
Ö Minha vida é maravilhosa!
Pronomes Possessivos

Número Pessoa Pronome Possessivo


singular 1ª meu, minha, meus, minhas
2ª teu, tua, teus, tuas
3ª seu, sua, seus, suas
plural 1ª nosso, nossa, nossos, nossas
2ª vosso, vossa, vossos, vossas
3ª seu, sua, seus, suas

Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição de um ser em relação às pessoas
do discurso, situando-o no espaço ou no tempo.

Pronomes Demonstrativos

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Situação no Espaço Situação no Tempo Pronomes Variáveis Pronomes Invariáveis


proximidade da pessoa presente este, esta, estes, estas isto
que fala
proximidade da pessoa passado ou futuro esse, essa, esses, essas isso
com quem se fala próximos
proximidade da pessoa de passado remoto aquele, aquela, aquilo, aquilo
quem se fala aqueles, aquelas

Pronomes relativos:
são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-o numa outra
oração.
Ö Não conhecemos os autores. Os autores morreram.
Ö Não conhecemos os autores que morreram.

Obs.: o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os autores), projetando-o na oração seguinte.

Pronomes Relativos

Variáveis Invariáveis
o qual, os quais, a qual, as quais que
cujo, cujos, cuja, cujas quem
quanto, quantos, quantas onde

Pronomes indefinidos
Referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado. Alguns são invariáveis,
outros apresentam flexão de gênero e número.

Pronomes Indefinidos

Variáveis Invariáveis
algum, alguns, alguma, algumas, alguém, ninguém,
nenhum, nenhuma, nenhumas, nada, tudo, cada, outrem, algo
todo, todos, toda, todas,
outro, outros, outra, outras,
muito, muitos, muita, muitas,
pouco, poucos, pouca, poucas,
certo, certos, certa, certas,
vário, vários, vária, várias,
tanto, tantos, tanta, tantas,
quanto, quantos, quanta, quantas,
qualquer, quaisquer,
um, uns, uma, umas,

Pronomes interrogativos: é aquele usado para formular interrogações (perguntas).

Pronomes Interrogativos

Variáveis Invariáveis
qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas como, onde, quem, que

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EXERCÍCIOS

1. O numeral ordinal de 80 é:
a) octagésimo
b) octogésimo
c) octingentésimo
d) octogentésimo
e) octagentésimo

2. Assinale a alternativa que completa convenientemente a lacuna da frase: Maria José foi a (284ª.) .............
colocada.
a) duzentésima octagésima quarta
b) ducentésima ostagésima quarta
c) dois centésima octagésima quarta
d) ducentésima octogésima quarta
e) ducentézima octogésima quarta

3. (FMU-SP) Triplo e tríplice são numerais:


a) ordinal o primeiro e multiplicativo o segundo
b) ambos ordinais
c) ambos cardinais
d) ambos multiplicativos
e) multiplicativo o primeiro e ordinal o segundo

4. Aponte a alternativa em que há erro no emprego do numeral:


a) Papa João XXIII ⎯ Papa João vigésimo terceiro
b) Capítulo II ⎯ Capítulo segundo
c) Capítulo XII ⎯ Capítulo doze
d) Henrique VIII ⎯ Henrique oitavo
e) Luís XIV ⎯ Luís quatorze

5. (CS-SP) Associe o sentido ao respectivo numeral coletivo:


a) período de seis anos ( ) dístico
b) período de cinco anos ( ) decúria
c) estrofe de dois versos ( ) sexênio
d) período de cem anos ( ) centúria
e) agrupamento de dez coisas ( ) lustro

a) c – d – a – e - b
b) c – e – a – d - b
c) e – c – a – d - b
d) e – d – a – b - c

6. Qual das opções abaixo o plural está errado?


a) Navios luso-brasileiros / consultórios médico-cirúrgicos.
b) Rapazes surdo-mudos / guarda-civis.
c) Guarda-chuvas / guardas-noturnos.
d) Pães-de-ló / pasteizinhos
e) Girassóis / passatempos

7. Das alternativas abaixo, só há uma em que o substantivo foi classificado erradamente, quanto à flexão de
gênero.
a) o imigrante / sobrecomum
b) a criança / sobrecomum

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c) onça macho – onça fêmea / epiceno


d) o artista / comum-de-dois
e) o jornalista / comum-de-dois

8. “-- Foi o copo que eu quebrei?” / “Já disse que vou pensar, Geneci.” As palavras sublinhadas são
respectivamente:
a) pronome relativo e conjunção integrante
b) pronome relativo e pronome relativo
c) conjunção integrante e pronome relativo
d) conjunção adverbial e pronome relativo
e) pronome relativo e conjunção adverbial

9. “Que as poucos se gasta, e que, gasta de tanto se acostumar, se perde de si mesma.”


As classes gramaticais das palavras sublinhadas são, respectivamente:
a) substantivo – advérbio;
b) pronome – verbo;
c) verbo – adjetivo;
d) substantivo – adjetivo;
e) adjetivo – verbo.

10. (FAETEC) O plural está correto em:


a) verde-mar / verde-mares;
b) barzinho / barzinhos;
c) guardião / guardiãos;
d) balãozinho / balõezinhos;
e) degrau / degrais.

11. (UFRJ) Qual o plural de pão-de-ló?


a) pães-de-ló
b) pãos-de-ló
c) pão-de-lós
d) pães-de-lós
e) pãos-de-lós

12. (UFRJ) Indique o item em que a palavra destacada é um adjetivo.


a) E se ele não botar mais ovos de ouro?
b)Pra que esse luxo com a galinha?
c) Era uma galinha como as outras.
d) É, mas esta é diferente!
e) Galinha como é farelo!

13. Em que item a seguir o elemento destacado não exerce função adjetiva?
a) “Era uma vez um homem que tinha uma Galinha”
b) “Subitamente, em dia inesperado, . . .”
c) “. . . a Galinha pôs um ovo de ouro.”
d) “Outro ovo de ouro!”
e) “O homem mal podia dormir.”

14. Há pronome indefinido em todas as frases, exceto:


a) Um certo rapaz deixou esse embrulho.
b) Qualquer aluno pode passar de ano, desde que estude...
c) Certas pessoas não gostam de jiló.
d) Certa vez eu passeava no bosque e vi uma linda borboletas.
e) Ela falou uma coisa muito certa.

15. (UFRJ) A mulher todos os dias dava farelo à galinha. Que palavra abaixo substitui adequadamente o
termo destacado?
a) habitualmente
b) diariamente

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c) freqüentemente
d) vespertinamente
e) matinalmente

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X. VERBO

É a palavra variável que indica um fato situado num determinado tempo, exprimindo ação, estado,
fenômeno ou mudança de estado.

Ö Eles jogavam bola. (ação)


Ö A menina estava nervosa. (estado)
Ö O doente ficará curado. (mudança de estado)
Ö Choveu muito este ano. (fenômeno)

ESTRUTURA DO VERBO

1. Radical
É a parte do verbo que serve como base do significado. É obtida retratando-se as terminações -ar, -
er, -ir do infinitivo.
Infinitivo Radical Terminação
cantar cant- -ar
bater bat- -er
partir part- -ir

2. Vogal temática
É a vogal que se agrega ao radical, preparando-o para receber as desinências. Como nem sempre
é possível juntar a desinência ao radical, usam-se as vogais a, e, i como elemento de ligação.
A vogal temática indica a que conjugação pertence o verbo.
Ö 1ª conjugação - vogal temática -a: cantar
Ö 2ª conjugação - vogal temática -e: bater
Ö 3ª conjugação - vogal temática -i: partir

Obs.: o verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª conjugação, pois sua forma arcaica(antiga em latim) era
poere.

3. Desinências
são elementos que se acrescentam ao radical (ou ao tema: radical acrescido de vogal temática) para indicar
as categorias gramaticais de tempo e modo (desinência modo-temporal) e pessoa e número (desinência
número-pessoal).

Radical Vogal Temática DMT DNP


cant- -a -va -
cant- -á -va -mos
cant- -á -sse -mos

FLEXÕES DO VERBO

1. Pessoa
São três as pessoas do verbo:
Ö 1ª pessoa: a que fala.
eu (singular): Eu estudo português.
nós (plural): Nós estudamos português.

Ö 2ª pessoa: com quem se fala.


tu (singular): Tu estudas português.
vós (plural): Vós estudais português.

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Ö 3ª pessoa: de quem ou do que se fala.


ele (singular): Ele estuda português.
eles (plural): Nós estudamos português.

2. Número
O verbo apresenta-se no singular e no plural, concordando com o sujeito da oração.
Ö João estuda muito.
Ð Ð
sujeito verbo

Ö João e Pedro estudam português.


Ð Ð
sujeito verbo

3. Tempo
O verbo indica um processo localizado no tempo; precisamos, no entanto, reconhecer três situações
básicas:
a) Presente: o processo está ocorrendo no momento da fala.
Ö Aprecio música.

b) Pretérito: o processo já ocorreu.


Ö Apreciei música.

c) Futuro: o processo ainda vai ocorrer.


Ö Apreciarei música.

Obs.: o presente é único. Já o pretérito e o futuro apresentam subdivisões. O pretérito pode ser perfeito,
imperfeito e mais-que-perfeito. O futuro pode ser do presente e do pretérito.

4. Modo
Revela o fato tomado como certo, preciso, seja ele
Indicativo passado, presente ou futuro. Ö O aluno estuda português.
Subjuntivo Revela o fato tomado como incerto, duvidoso. Ö Se ele pudesse, iria.
Exprime uma atitude de mando, de ordem ou solicitação.
Imperativo Ö Faça os exercícios.

5. Voz
A voz indica a relação estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Podem ocorrer três situações:

a) voz ativa: o sujeito é o agente, ou seja, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.
Ö O boi comeu o capim.
Ð Ð
sujeito verbo
na voz ativa

b) voz passiva: o sujeito é paciente, ou seja, o receptor da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz
passiva.
‰ A voz passiva analítica é formada por verbo auxiliar + particípio.

Ö O capim foi comido pelo boi.


Ð Ð Ð
sujeito verbo verbo
auxiliar principal

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‰ A voz passiva sintética é formada pelo verbo na 3ª pessoa + a partícula apassivadora se .


Ö Come-se capim. (Capim é comido- voz passiva analítica)

Ð Ð
sujeito sujeito

FORMAS NOMINAIS

Existem três formas verbais que não indicam flexão de tempo e modo, perdendo, dessa forma, as
características essenciais do verbo. Como desempenham funções próprias dos nomes (substantivo, adjetivo
e advérbio), são denominadas formas nominais.

São elas:
Indica a ação propriamente dita, sem substituí- Ö É necessário estudar para passar no
Infinitivo la no tempo; desempenhando função concurso.
semelhante à do substantivo.

Indica uma ação já acabada, desempenhando Ö Estudada a matéria, passaremos no


função semelhante à do adjetivo. Flexiona-se concurso.
Particípio em gênero e número, concordando com o Ö Estudado o exercício, passaremos no
substantivo a que se refere. concurso.

Indica um processo verbal em curso, Ö Estudando todos os dias, passaremos no


Gerúndio desempenhando função semelhante à do concurso.
adjetivo e advérbio. Não apresenta flexão.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

a) Regular: quando segue o modelo da conjugação. Para saber se um verbo é regular ou não, basta
conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se ele for regular nesses dois
tempos, será regular nas demais formas.

Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo


cant – o cant – ei
cant – as cant – aste
cant – a cant – ou
cant – amos cant – amos
cant – ais cant – astes
cant – am cant – aram

Na conjugação do verbo cantar, o radical permaneceu o mesmo em todas as formas.

b) Irregular: quando se afasta do modelo da conjugação. Para se saber se um verbo é irregular, deve-se
conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se houver qualquer
irregularidade, ela se manifestará em um desses dois tempos.

Presente do indicativo Pretérito perfeito do indicativo


peç – o ped – i
ped – es ped – iste
ped – e ped – iu
ped – imos ped – imos
ped – is ped –istes
ped - em ped -iram

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O radical altera-se para peç -, na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, daí a irregularidade do
verbo.

Há casos em que a irregularidade do verbo se apresenta não no radical, mas nas


desinências. Verifique a conjugação do verbo estar:
estou, estás, está, estamos, estais, estão

e) Anômalo: na sua conjugação verificam-se vários radicais. Vejamos os verbos ser e ir.

Presente do indicativo Futuro do indicativo


sou vou serei irei
és vais serás irás
é vai será irá
somos vamos seremos iremos
sois ides sereis ireis
são vão serão irão

f) Defectivo: quando não apresenta certas formas. Exemplos: verbo falir e verbo abolir.

Pessoa Presente do indicativo Presente do indicativo


falir abolir
eu Ø Ø
tu Ø aboles
ele Ø abole
nós falimos abolimos
vós falis abolis
eles Ø abolem

Consideram-se defectivos os verbos impessoais, como chover, ventar,


anoitecer etc.
g) Abundantes: quando possuem duas ou mais formas de idêntico valor. A abundância do verbo ocorre
com maior freqüência no particípio de alguns verbos, que, além da forma regular (desinência –do),
apresentam outra forma, denominada irregular ou abundante.

Infinitivo Particípio regular Particípio irregular


aceitar aceitado aceito
acender acendido aceso
benzer benzido bento
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso
enxugar enxugado enxuto
prender prendido preso

Quando o verbo apresenta duplo particípio, deve-se usar a forma


regular com os auxiliares ter e haver e a forma irregular com os
auxiliares ser e estar.

Tinham aceitado o pedido. O pedido foi aceito.


Haviam aceitado o pedido. O pedido estava aceito.

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Alguns verbos apresentam apenas o particípio irregular.


Infinitivo Particípio Irregular
dizer dito
fazer feito
escrever escrito
abrir aberto

Na linguagem atual, os verbos pagar, gastar e ganhar são usados apenas no particípio irregular, com
qualquer auxiliar.

Ele havia pago a conta. Ele havia ganho muitos prêmios.


Tinham gasto todo o dinheiro.

f) Auxiliar: quando se junta a um outro verbo, denominado principal, ampliando-lhe a significação. O


conjunto verbo auxiliar + verbo principal recebe o nome de locução verbal.
Ex.: Amanhã poderá chover.

FORMAS RIZOTÔNICAS E FORMAS ARRIZOTÔNICAS

Formas rizotônicas: são aquelas em que o acento tônico recai no radical.

Ex.: and – o, and – as

Formas arrizotônicas: são aquelas em que o acento tônico recai na terminação.

Ex.: and – amos, and – emos

FORMAÇÃO DO IMPERATIVO

→ O modo imperativo exprime uma atitude de mando, de ordem ou solicitação.

a) Imperativo afirmativo: forma-se o imperativo afirmativo da seguinte forma:


‰ As segundas pessoas (tu e vós) derivam das formas do presente do indicativo, retirando-se delas
a terminação -s.
‰ As demais pessoas são idênticas às do presente do subjuntivo.

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo


canto ---------- cante
cantas canta tu cantes
canta cante você cante
cantamos cantemos nós cantemos
cantais cantai vós canteis
cantam cantem cantem

b) Imperativo negativo: o imperativo negativo é derivado do presente do subjuntivo. suas formas são
idênticas a ele, bastando acrescentar o advérbio de negação e excluir a 1ª pessoa do singular.
Acompanhe o exemplo:

Presente do subjuntivo Imperativo negativo


cante --------------
cantes Não cantes tu
cante Não cante você
cantemos Não cantemos nós
canteis Não canteis vós
cantem Não cantem vocês

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ATENÇÃO!!!

O verbo SER foge, na segunda pessoa (tu e vós) a essa regra no imperativo afirmativo.

Presente do subjuntivo Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo


seja -------------- --------------
sejas sê (tu) não sejas (tu)
seja seja (você) não seja (você)
sejamos sejamos (nós) sejamos (nós)
sejais sede (vós) sejais (vós)
sejam sejam (vocês) sejam (vocês)

INDICATIVO

Presente Exprime um fato que ocorre no momento


em que se fala. Ö Vejo muitas estrelas no céu.

Pretérito perfeito Exprime um fato já concluído


anteriormente ao momento em que se Ö Vi muitas estrelas no céu ontem.
fala.

Pretérito imperfeito Exprime um fato anterior ao momento Ö Ela via muitas estrelas no céu.
em que se fala, mas não o toma como
concluído. Ö Ela falava sobre as estrelas para ele.

Pretérito Indica um fato passado que já foi


mais-que-perfeito concluído, em relação a outro fato Ö Quando ela mostrou uma estrela, ele
também passado. já a conhecera.

Futuro do presente Exprime um fato posterior ao momento


que se fala, tido como certo. Ö As aulas começarão amanhã.

Futuro do pretérito Exprime um fato futuro tomado em Ö Ela disse-me que iria contemplar mais
relação a um fato passado. um pouco as estrelas.

SUBJUNTIVO

Ö É preciso que eles fiquem. (presente)


Presente É empregado em orações subordinadas Ö Desejo que todos passem. (futuro)
para expressar fatos presentes ou
futuros.

Ö Se agora eu tivesse coragem, falaria


Indica uma ação passada, presente ou tudo a você. (presente)
Pretérito imperfeito futura em relação ao verbo da oração Ö Ainda que quisesse, não conseguiria
principal. mentir. (passado)
Ö Gostaria que você fosse à festa
comigo. (futuro)

Futuro É empregado em orações subordinadas Ö Se eu puder, acordarei mais cedo.


para indicar eventualidade no futuro.

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ALTERAÇÕES DE UM VERBO SEGUIDO DE PRONOME

O verbo, quando seguido de um pronome oblíquo átono, pode sofrer algumas alterações de ordem
fonética.

‰ Quando o verbo termina em -r, -s ou -z e é seguido dos pronomes oblíquos o, a, os, as, ocorre o
seguinte: desaparece a última letra do verbo (-r, -s, -z) e o pronome assume as formas lo, la, los,
las.
Ö comprar + os = comprá-los
Ö vender + o = vendê-lo
Ö temos + a = temo-la
Ö fez + o = fê-lo
Ö fiz + o = fi-lo

‰ Quando o verbo termina em -m ou ditongo nasal e é seguido de o, a, os, as; o verbo permanece,
inalterado, mas o pronome assume as formas no, na, nos, nas.
Ö amaram + o = amaram-no
Ö beberam + a = beberam-na
Ö dispõe + os = dispõe-nos
Ö fizeram + as = fizeram-na

EXERCÍCIOS

1. (F. Objetivo – SP) Dos verbos abaixo, assinale o único que não apresenta duplo particípio:
a) abrir
b) imprimir
c) eleger
d) morrer
e) enxugar

2. (PUC) - A crise no emprego da língua materna insere-se no contexto mais amplo das circunstâncias
culturais em que ................... as civilizações modernas. Numa época em que se ................... todas as
restrições e em que se ................... a todas as normas estabelecidas, não há, seguramente, maior zelo pela
linguagem.
a) vivem - cancelaram - desobedece
b) vive - cancelaram - desobedece
c) vive - cancelou - desobedece
d) vive - cancelaram - desobedecem
e) vivem - cancelaram - desobedecem

3.A maneira como se ................... os assuntos não ................... os alunos, que disso se ................... .
a) expõe - atraem - queixa
b) expõem - atrai - queixam
c) expõem - atraem - queixam
d) expõem - atrai - queixa
e) expõe - atraem - queixam

4. (PUC) Convém que se levantem os problemas, que se reflita sobre os assuntos e não se tomem
medidas apressadas.
Substituindo-se os verbos sublinhados respectivamente por "falar", "avaliar" e "pensar", obtém-se a
construção correta
a)Convém que se fale dos problemas, que se avaliem os assuntos e não se pense em medidas apressadas.
b)Convém que se falem dos problemas, que se avaliem os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.
c)Convém que se fale dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pense em medidas apressadas.
d)Convém que se falem dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.

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e) Convém que se fale dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.

5. Espero que se ................... todos os desempregados e que se ................... todos esses


desentendimentos que não se ................... causar.
a) readmitam - esqueçam - desejavam
b) readmitam - esqueça - desejavam
c) readmita - esqueça - desejava
d) readmitam - esqueçam - desejava
e) readmitam - esqueça - desejava

6. Quando se ..................., meu amigo, todas as possibilidades de conciliação, ..................., em última


instância, os pais do casal. Desta forma, obtemos, muitas vezes, as soluções que se ................... atingir.
a) esgota busca-se pretendiam
b) esgota buscam-se pretendia
c) esgotam buscam-se pretendia
d) esgotam busca-se pretendia
e) esgotam buscam-se pretendiam

7. ...................-se de coisas simples que se ................... facilmente;...................-se, portanto, discussões


paralelas.
a) Trata - resolverá - evite
b) Tratam - resolverá - evitem
c) Tratam - resolverão - evite
d) Tratam - resolverão - evite
e) Trata - resolverão - evitem

8. Ali onde se ............... aquelas cruzes ................. cenas de selvageria, durante os combates.
a) vêem - assistiu-se a
b) vêem - assistiram-se a
c) vê - assistiram-se a
d) vê - assistiu-se
e) vê - assistiu-se a

9. (UFRGS) - Não ................... dúvidas de que ................... de razão as críticas que se ................... ao
projeto.
a) resta - carecem - fez
b) resta - carece - fizeram
c) resta - carece - fez
d) restam - carecem - fizeram
e) restam - carecem - fez

10. ..................., em todos os cantos da cidade, que ................... havendo irregularidades nas eleições que
se ................... no município.
a) Afirma-se - estão - organizaram
b) Afirma-se - estão - organizou
c) Afirma-se - está - organizaram
d) Afirmam-se - está - organizou
e) Afirmam-se - estão - organizou

11. (PUC) - Urge que se ................... todas as recomendações, pois já ................... meses que se
................... os mesmos erros.
a) façam - fazem - cometem
b) façam - faz - comete
c) faça - fazem - comete
d) façam - faz - cometem
e) faça - faz - comete

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ADVÉRBIO
É uma palavra que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio, exprimindo
diversas circunstâncias.

Classificação dos advérbios


Lugar : ele ia atrás no carro, mas não chegou aqui.
Principais: abaixo, acima, fora, onde, aqui, ali, cá, lá, atrás, acolá, longe

Tempo: raramente venho aqui.


Principais: agora ,amanhã, antes, atualmente, depois, hoje, nunca, já, sempre, logo, antigamente, ainda

Modo: vá depressa na sala ao lado.


Principais: bem, depressa, como, devagar, mal

Intensidade: falo pouco e digo bastante.


Principais: bastante, demais, menos, pouco, quão, tão, quase, demasiadamente, excessivamente e a
maioria dos advérbios terminados em -mente

Afirmação: sim, nós iremos ao parque.


Principalmente: sim, certamente, efetivamente, realmente, decerto

Negação: não o tolero absolutamente.


Principais: não, jamais, absolutamente, nunca

Dúvida: talvez faça sol.


Principais: talvez, acaso, porventura, quiçá

Algumas locuções adverbiais:

à direita às pressas às vezes de manhã

a tempo à tarde de repente à esquerda

às avessas à noite à vontade em breve

de vez em quando face a face às claras

Advérbios interrogativos

São empregados em frases interrogativas diretas e indiretas.

a) Causa: por quê?

Ö Por que não apareceu?

b) Lugar: onde?

ÖOnde está o livro

c) Modo: como?

Ö Como tem passado?

d) Tempo: quando?

Ö Quando eles chegarão?

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Palavras Denotativas1

Certas palavras, por vezes enquadradas impropriamente entre os advérbios, passaram a ter, com a
Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificação à parte, mas sem nome especial.

São palavras que denotam, por exemplo:

a) Inclusão: até, inclusive, mesmo, também etc.

Ö Tudo na Vida engana, até a Glória. (A Nobre, D, 114.)

b) Exclusão: apenas, salvo, senão, só, somente etc.

Ö Da família só elas duas subsistiam. (J. Montello, DP, 382.)

c) Designação: eis.

Ö Eis o dia, eis o Sol, o esposo amado! (A de Quental, SC, 4.)

d) Realce: cá, lá, é que, só etc.

Ö — Eu cá tenho mais medo do sol que dos leões. (Castro Soromenho, C, 204.)

e) Retificação: aliás, ou antes, isto é, ou melhor etc.

Ö — Sinto que ele me escapa, ou melhor: que nunca me pertenceu.

(A Abelaira, CF, 226.)

f) Situação: afinal, agora, então, mas etc.

Ö Então conheceu o meu irmão?


1
A denominação Palavras Denotativas foi proposta pelo professor José Oiticica em seu Manual de análise
(léxica e sintática), 6. Ed. Refundida. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1942, p. 50-55. À falta de uma
designação mais precisa e mais generalizada, adotamos provisoriamente esta, embora reconhecendo que
"denotar" é próprio das unidades lexicais em geral.

PREPOSIÇÃO
É a palavra que liga duas palavras ou expressões dando relações ou circunstâncias.

Preposições Essenciais: funcionam somente Preposições Acidentais: quando às vezes exercem a


como preposições. função de preposição.
a - ante - após - até - com - contra - de desde afora - conforme - consoante - durante - exceto - fora -
- em - entre - para - per - perante - por - sem - mediante - menos - não obstante - salvo - segundo -
sob - sobre - trás senão - tirante visto

Locução Prepositiva
Conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição.

abaixo de apesar de embaixo de


acerca de a respeito de em cima de
acima de atrás de em frente a
a despeito de através de em frente de

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adiante de de acordo com em lugar de


a fim de debaixo de em redor de
além de de cima de em torno de
antes de defronte de em vez de
ao lado de dentro de graças a
ao redor de depois de junto a
a par de diante de junto de
para baixo de para cima de para com
perto de por baixo de por causa de
por cima de por detrás de por diante de
por entre por trás de

Emprego das preposições


Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras.

ÖCombinação: junção da preposição com outra palavra sem alteração fonética.


ÖContração: junção da preposição com outra palavra com alteração fonética (redução).

combinação contração
ao (a + o) do (de + o)
aos (a + os) dum (de + um)
aonde (a + onde) pela (per + a)

Preposições e suas relações ou circunstâncias:

a) lugar: amar de longe


b) origem: Paulo veio de Goiás.
c) causa: morreu de pneumonia.
d) assunto: falava de vôlei.
e) meio: viajou de avião.
f) posse: livros de Joana.
g) matéria: boneca de pano.
h) assunto: falávamos de política.
i) companhia: Ele saiu com a namorada.
j) direção: o gato dirigiu-se para a porta.
l) ausência: chegou sem fome.
m) finalidade: estudarei para passar.
n) instrumento: Cortou-se com uma lâmina.
o) modo: Saiu a galope.
p) oposição: os heróis lutam contra o mal.
q) tempo: Saiu durante o jogo.

CONJUNÇÃO
É uma palavra invariável que liga duas orações.

As conjunções podem ser:

a) aditivas - e, nem
locuções - mas também, mas ainda, não só... como, tanto... quanto

b) adversativas - mas, porém, todavia, contudo, entretanto


locuções - no entanto, não obstante

c) alternativas - ou
locuções - ou... ou, ora... ora, quer... quer, umas vezes... outras vezes, seja... seja

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d) conclusivas - logo, portanto, pois (depois de verbo), então, assim


locuções - por isso, por conseguinte, em vista disso
e) explicativas - porque, que, porquanto, pois (antes de verbo)
f) integrantes - que, se
g) causais - porque, que, porquanto
locuções - visto que, já que, uma vez que
h) comparativas -
locuções - que ou do que (após mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual ou como (após tal), como ou
quanto (após tanto, tão), assim como
i) concessivas - embora
locuções - ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que
j) condicionais - se, caso
locuções - contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que, a não ser que, sem que
l) conformativas - conforme, consoante, segundo, como
m) consecutivas - senão, que (após os termos tão, tanto, tamanho)
locuções - sem que
n) temporais - quando, apenas (= quando), enquanto
locuções - logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até que, assim que
o) finais -locuções - para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de maneira que
p) proporcionais -
locuções - à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto maior,
quanto menor, quanto melhor, quanto pior etc.

A classificação das conjunções deve ser feita a partir de seu efetivo emprego nas frases da língua. Por isso,
as relações que apresentamos não devem ser memorizadas: você deve consultá-las quando for necessário.
O estudo efetivo do valor dessas conjunções só será possível quando observarmos atentamente sua
atuação.

INTERJEIÇÃO
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, sentimentos.
alegria: ah!, oh!, oba!
advertência: cuidado!, atenção!
alívio: ufa!, arre!
afugentamento: passa!, fora!
animação: eia!, vamos!, avante!, coragem!
aplauso: bis!, bravo!
chamamento: ó!, ô!, olá!, psit!
desejo: oxalá!, tomara!
dor: ai!, ui! oh!
espanto: oh!, chi!, ué!, puxa! uai!
impaciência: hum!, hem!
invocação: ô!, olá!, alô! salve!
silêncio: psiu! silêncio!

Algumas locuções interjetivas

Ai de mim! Alto lá Bem feito! Ora bolas!


Meu Deus! Muito bem! Pobre de mim! Cruz credo!
Por Deus do céu! Que horror! Valha me Deus! Puxa vida!

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XI. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL

É a concordância em gênero (masculino, feminino) e número (singular, plural) do artigo, do adjetivo,


do pronome adjetivo e do numeral adjetivo com o nome a que se referem.

9 O adjetivo concorda em gênero e número com Ex.: As meninas estudiosas são gêmeas.
o substantivo.
9 O adjetivo posposto a dois ou mais Ex1.: As alunas e os alunos estudiosos passarão no
substantivos de gênero e número diferentes ou concurso.
vai para o masculino plural ou concorda com o Ex2.: Os alunos e as alunas estudiosas passarão no
substantivo mais próximo. concurso. (Neste caso, somente as alunas são
estudiosas)
9 O adjetivo, anteposto a dois ou mais Ex.: As estudiosas Carolina e Camila são da mesma
substantivos, concorda, geralmente, com o mais classe.
próximo.
9 O predicativo concorda em gênero e número Ex.: As meninas são muito estudiosas.
com o sujeito.
9 Quando o sujeito for um pronome de Ex1.: Vossa Excelência está preocupado. (homem)
tratamento, o predicativo concorda com o sexo Ex2.: Vossa Excelência está preocupada.(mulher)
da pessoa a quem nos dirigimos.
9 As expressões, é bom, é necessário, é Ex1.: É proibido entrada de estranhos.
proibido, não variam. Porém, se o sujeito vier Ex2.: É proibida a entrada de estranhos.
antecedido de artigo ou palavra equivalente, a
concordância será obrigatória.
9 Quando as palavras são adjetivas devem Ex1.: As fotos seguem anexas.
concordar com o nome a que se referem . Ex2.: Os documentos vão inclusos.
Seguem esta regra as seguintes palavras: Ex3.: Ela mesma fez o poema.
anexo, incluso, mesmo , próprio, obrigado,
Ex4.: Elas próprias fizeram o exercício.
agradecido, grato, apenso, quite, leso.
Ex5.: Ela disse: obrigada.
Ex6.: Eles estavam agradecidos pelo jantar.
Ex7.: As alunas ficaram gratas a professora.
Obs.: a expressão em anexo fica invariável.
Ex8.: Os documentos estão apensos aos autos.
Ex9.: Os alunos estão quites com a tesouraria.
Ex10.: Aquelas pessoas cometeram crime de lesa-
soberania.

Ex.: As fotos seguem em anexo.


9 São sempre invariáveis, as palavras menos, Ex1.: Havia menos pessoas nesta reunião.
alerta, pseudo (prefixo que significa falso) Ex2.: Os soldados estavam alerta.
Ex3.: Ela era uma pseudodiretora. (falsa diretora)
9 As palavras que podem funcionar como Ex1.: Bastantes pessoas compareceram à festa ontem.
adjetivo ou como advérbio seguem a seguinte (bastante está ao lado de substantivo, sendo assim um
regra: como adjetivo, estarão ligadas a um adjetivo)
substantivo e concordarão normalmente com Ex2.: Os alunos são bastante inteligentes.
ele. Entretanto, como advérbio, estarão ligadas (bastante está ao lado de um adjetivo, sendo assim um
a um verbo, a um adjetivo ou a outro advérbio e advérbio)
ficarão invariáveis.
Ex3.: É meio-dia e meia (hora).
Seguem esta regra as seguintes palavras:
Ex4.: A diretora estava meio preocupada.
bastante, meio, muito, pouco, caro, barato,
longe, só. Ex5.: Muitas alunas compareceram ao evento.

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Ex6.: As alunas estudaram muito.


Obs.: a locução adverbial a sós é invariável. Ex7.: Poucos alunos faltaram.
Ex8.: Eles gastaram pouco.
Ex9.: As blusas eram caras.
Ex10.: As blusas custaram caro.
Ex11.: As sandálias eram baratas.
Ex12.: As sandálias custaram barato.
Ex13.: Nós andamos por longes caminhos.
Ex14.: Aquele lugar é longe.
Ex15.: Eles ficaram sós. (sozinhos)
Ex16.: Nós só queremos a paz na terra. (somente)
Ex.: Nós precisamos ficar a sós.

PRÁTICA

1. Faça a concordância com a palavra entre parênteses:


a) Aqueles fatos eram ________________ para a resolução. (importante)
b) Escolheu _______________ hora e momento para falar. (péssimo)
c) Escolheu _______________ momento e hora para faltar. (péssimo)
d) Escolheu o momento e a hora _____________ . (adequado)
e) Aguardava ocasião e momento ______________. (adequado)
f) Manteiga é ______________. (bom)
g) A manteiga é _____________. (bom)
h) É ______________ entrada de estranhos. (proibido)
i) É _______________ a entrada de estranhos. (proibido)
j) Ela andava ____________ preocupada com o resultado. (meio)
l) As receitas seguem ______________. (anexo)
m) O documento vai _______________. (incluso)
n) Os documentos vão ________________. (incluso)
o) A receita segue em ________________. (anexo)
p) Ela ______________ entregou o requerimento. (mesmo)
q) Nós _______________ fizemos o pedido. (próprio)
r) Muito _______________, respondeu a menina. (obrigado)
s) Muito _______________, responderam as meninas. (obrigado)
t) Eles estavam ___________ com a tesouraria. (quite)
u) Havia _____________ pessoas na reunião. (menos)
v) Os soldados ficaram _____________. (alerta)
x) Havia _______________ razões para ele faltar. (bastante)
z) São pessoas ________________ agradáveis. (bastante)

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CONCORDÂNCIA VERBAL

É a parte da gramática que apresenta a concordância do verbo com seu sujeito ou predicativo.
Principais casos de concordância verbal

9 O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Ex.: Ele precisa de auxílio.
9 O verbo vai para a 3ª pessoa do plural caso o sujeito Ex.: Luís e Yolanda passaram na prova.
seja composto e anteposto ao verbo.

Ex1.: Saíram o menino e a menina cedo da


9 Se o sujeito composto é posposto ao verbo, este irá palestra.
para o plural ou concordará com o substantivo mais Ex2.: Saiu o menino e a menina cedo da
próximo. palestra.
9 O verbo haver, no sentido existir ou referindo-se a Ex1.: Há meses não vejo meus amigos.
tempo, é impessoal, não admite sujeito. O mesmo Ex2.: Havia pessoas interessantes no curso.
ocorre com o verbo fazer referindo-se a tempo. Estes Ex .: Faz vinte minutos que ele saiu daqui.
3
verbos ficam na 3ª pessoa do singular.

9 O verbo ficará no singular ou no plural se o Ex1.: Um bando chegou ao estádio.


sujeito coletivo for especificado com substantivo no
plural. Ex2.: Um bando de torcedores chegou (ou
chegaram) ao estádio.
9 Havendo exclusão na palavra ou, o verbo fica no Ex1.: Flamengo ou Fluminense ganhará o
singular. Se o verbo se referir aos dois sujeitos, irá para campeonato.
o plural. (Somente um time poderá ser campeão,
portanto há idéia de exclusão)
Ex2.: O ônibus ou a barca passam por lá.
(Os dois transportes passam por lá)
9 Quando o sujeito é composto por pessoas diferentes, Ex1.: Eu, tu e ele viajaremos.
o verbo vai para o plural, de acordo com a pessoa mais
importante Ex2.: Tu e ele viajareis. (vós) Ou
(a 1ª pessoa é mais importante que a 2ª e a 2ª pessoa é Ex3.: Tu e ele viajarão. (vocês)
mais importante que a 3ª).
9 Se aparecerem os sujeitos expressos relógio, sino, Ex1.: Deram doze horas no sino da igreja.
etc., o verbo concordará com esses sujeitos. Se não Ex2.: O sino da igreja deu doze horas.
aparecerem sujeitos, o verbo concordará coma palavra
hora ou horas.
9 Se o substantivo é um nome próprio usado com artigo Ex1.: Os Estudos Unidos assinaram o tratado do
plural, o verbo concordará com o artigo.
Atlântico.
Ex2.: O Amazonas fica na região norte do país.
9 Quando aparece nas expressões é muito, é pouco, é Ex1.: Cem metros é pouco.
suficiente, é bastante, que denotam quantidade, Ex2.: Dois reais é pouco.
distância, peso etc., o verbo ser fica sempre no singular.

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Ex3.: Dez quilos é suficiente.

9 O verbo ser concorda com o predicativo, se o sujeito Ex1.: Quem são os rapazes do curso?
está representado pelos pronomes interrogativos quem Ex2.: Que são as alegrias do trabalho?
ou que.
9 Quando o sujeito for o pronome tudo, o verbo ser Ex.: Na vida, nem tudo são flores.
concorda com o predicativo. O mesmo ocorre com os (Embora seja admissível a outra forma: Tudo é

sujeitos isto, isso, aquilo. flores)

9 Quando o sujeito é o pronome relativo que , o verbo Ex1.: Fui eu que escrevi a proposta.
concorda com o termo antecedente do pronome relativo. Ex2.: Foste tu que escreveste proposta.
Por outro lado, quando o sujeito é o pronome relativo Ex .: Fui eu quem escreveu proposta.
3
quem, o verbo deve ficar, geralmente, na 3ª pessoa do
(3ª pessoa do singular)
singular, concordando com ele. Porém, são freqüentes
Ex4.: Fui eu quem escrevi proposta.
os casos em que o verbo concorda com o termo
antecedente do pronome relativo quem.

PRÁTICA

1.Faça a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:

a) ..........................., naquela época, coisas estranhas. (aconteceu/aconteceram)


b) ................... vinte blocos. (falta/faltam)
c) ......................... dez minutos para começar a aula de Português. (falta/faltam)
d) Um bando ...................... . (chegou/chegaram)
e) Um bando de alunos ............................. . (chegou/chegaram)
f) A multidão ........................... . (gritava/gritavam)
g) A multidão de torcedores ................................... . (gritava/gritavam)
h) A maioria .......................... à aula de Biologia. (compareceu/compareceram)
i) A maioria dos estudantes .................................. à aula de Biologia. (compareceu/compareceram)
j) Grande parte ....................... à reunião de pais. (faltou/faltaram)
k) Grande parte dos convidados.............................. à reunião de pais. (faltou/faltaram)
l) Minas Gerais ..................... grandes escritores como Carlos Drummond de Andrade. (revelou/revelaram)
m) As Minas Gerais .......................... grandes escritores como Carlos Drummond de Andrade.
(revelou/revelaram)
n) Os Estados Unidos ............................... os jovens brasileiros. (influencia/influenciam)
o) Os Lusíadas ............................. a viagem de Vasco da Gama. (conta/contam)
p) Campinas .................... bastante. (prosperou/prosperaram)
q) O Amazonas ......................... longe daqui. (fica/ficam)
r) Vossa Majestade ....................... à festa? (compareceu/compareceram)

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s) ...................... –se em pessoas honestas. (confia/confiam)


t) ...................... –se apartamentos na Barra da Tijuca. (vende/vendem)
u) ...................... –se aulas de Grego clássico. (dá/dão)
v) ...................... haver muitas pessoas que choram à toa. (deve/devem)
w) Eu, tu e ele ........................ os exercícios. (fizemos/fizestes)
x) Cem milhões ....................... muito. (é/são)
y) Quinze metros .................... suficiente. (é/são)
z) ...................... existir muitos torcedores no estádio hoje. (deve/devem)

EXERCÍCIOS

1. Assinale a única opção onde há um erro quanto à concordância.


a) Muito obrigada – disse o rapaz.
b) Encontrei meia porta aberta.
c) Andamos meio desligados.
d) Cerveja é bom.
e) A cerveja é boa.

2. (Med. Pouso Alegre –MG) A concordância verbal não está correta em:
a) Isso são verdadeiros absurdos.
b) Os Andes ficam na América.
c) Entre nós não haviam segredos.
d) Isso não passa de absurdos comentários.
e) Menos de dois alunos disputam a vaga.

3. Assinale a alternativa em que a concordância do verbo grifado está errada:


a) Onde você andava? Fazem mais de três horas que a espero.
b) Talvez houvesse soluções melhores do que aquela.
c) Você não acha que basta de provocações?
d) Vão terminar acontecendo coisas desagradáveis
e) Haviam ocorrido vários acidentes naquele local.

4. Assinale a alternativa em que a concordância do verbo grifado está errada


a) Acho que devem bastar duas colheres de açúcar.
b) Há de haver outras saídas.
c) Hão de existir outras saídas.
d) Podem tratar-se de vírus desconhecidos.
e) Deve passar das quatro horas.

5. Assinale a única alternativa que a gramática não admite.


a) Era seis horas e todos já dormiam.
b) Faz dez anos que não te encontro.
c) Na rua, houve grandes confusões.
d) Os soldados estavam alerta.
e) Estavam quites com vocês.

6. Marque a frase que NÃO está corretamente escrita, segundo a norma culta:
a) Poços de Caldas continua linda;
b) Os Estados Unidos decidiu não participar;
c) O ministro é um dos que continua ali;
d) Quem de nós sabia de tudo;
e) Vários de nós participamos da corrida.

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7. (DESU)
1- Depois que a velha morrera, Bibiana se sentira ---------------- desamparada.
2- A virgem caíra --------------- morta aos pés de seu algoz.
3- Depois fez ------------------- volta e, grave e nu, caminhou até o lugar onde estava o estojo do violino.
4- Encontrava a vila ---------------- arruinada.
As lacunas, nas frases acima, devem ser preenchidas, respectivamente, pelas palavras:
a) meio, meia, meia, meia
b) meio, meio, meia, meio
c) meio, meio, meio, meio
d) meia, meia, meio, meio
e) meio, meia, meia, meio

8. (CÂM.DEP.) ............................ mais de três semanas que eles ......................... doentes.


a) Faziam – parecia estarem
b) Fazia – pareciam estar
c) Faziam – parecia estar
d) Fazia – pareciam estarem

9. Assinale a frase que contém erro de concordância:


a) Os jogadores estavam meio cansados.
b) A moça estava toda de preto.
c) Cometeu crime de lesa-patriotismo.
d) Rui conhecia as línguas alemã e italiana.

10. Dentre as frases abaixo, há uma errada no que concerne à concordância de “anexo”.
Assinale-a:
a) Segue anexa a certidão.
b) A certidão e o recibo seguem anexos.
c) Anexo vai a certidão e o recibo.
d) Anexo vai o recibo.

11. Assinale a frase que encerra um erro de concordância nominal:


a) Escolheste má hora e local.
b) Veja como são belas as rosas e os lírios!
c) O pai e a mãe estrangeiros.
d) Elas mesmo fizeram o trabalho.

12. A frase abaixo cuja concordância deve ser efetuada com apenas uma das formas verbais dos
parênteses é:
a) Um e outro ............. a língua solta. (tem/têm)
b) Já ............. quase oito horas. (era/eram)
c) A maior parte deles já não ................. mais. (trabalha/trabalham)
d) Uma porção de moleques me ............ com admiração. (olhava/olhavam)

13. A frase abaixo em que a concordância nominal está correta é:


a) Os documentos seguem anexo.
b) Ela mesmo teve de tomar a decisão.
c) Era nova a informação e o cuidado.
d) O homem usava sapato e roupas azuis-marinhos.

14. Assinale a frase que encerra erro de concordância nominal:


a) Estavam abandonados a casa, o tempo e a vida.
b) Ele chegou com o rosto e as mãos feridas.
c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos.

15. “Ela .................. não sabia se as declarações deviam ir ou não ............... ao processo”.
a) mesma, ir anexas
b) mesmo, ir anexo

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c) mesma irem anexas


d) mesmo, ir anexas

16. “Ainda .................... furiosa, mas com ............. violência, proferia injúrias .............. para escandalizar os
mais arrojados”.
a) meia, menas, bastantes
b) meia, menos bastante
c) meio, menos, bastantes
d) meio, menos, bastante

17. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está errada:


a) Os braços e as mãos trêmulas erguiam-se para o céu.
b) Todos os moviam, cautelosamente, alertas ao perigo.
c) Tinha belos olhos e boca.
d) Todos nós saímos.

18. Assinale a alternativa em que a concordância está correta:


a) A gramática francesa e a língua inglesa é ensinada nesta escola.
b) Os Alpes é a maior cordilheira da Europa.
c) Admiramos as magníficas selvas e rios brasileiros.
d) “b” e “c” estão corretas.

19. Os .................. anunciaram que as relações ........... estavam ................. .


a) alto-falantes – luso-brasileiras – melhor
b) altos-falantes – lusos-brasileiros – melhor
c) altos-falantes – lusas-brasileiras – melhores
d) alto-falantes – luso-brasileiras – melhores

20. Assinale a opção errada quanto à concordância verbal:


a) Em qualquer dos acidentes, entretanto, poderiam ter ocorrido mortes.
b) Hão de haver colegas que não pensam assim.
c) Afastei-me do cargo por motivos que não interessa relatar agora.
d) Razões não hão de faltar para que se justifique esse novo aumento.

21. Assinale a alternativa errada:


a) Passarão um ou outro por esta casa.
b) O céu e a terra passarão.
c) Nem um nem outro problema propostos ofereceu dificuldades aos alunos.
d) Caminhava a mulher e o marido.

22. Está errada a concordância da frase:


a) Aquilo não eram rosas.
b) Os Lusíadas conta a história dos portugueses.
c) Somos nós quem levará a culpa.
d) Existem alterações de última hora.

23. “A essa altura, não ......... mais ingressos, pois já .......... dias que a casa tem estado com a lotação
esgotada”.
a) deve haver – faz
b) deve haver – fazem
c) deve haverem – faz
d) devem haver - fazem

24. Está errada a concordância em:


a) Não será permitida a permanência de estranhos.
b) Todas permaneceram sós.
c) Um e outro funcionário se apresentaram.
d) Cebola é ótima para gripe.

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25. Está correta a concordância em:


a) Mais de um orador se criticou.
b) Fazem quatro anos que não o vejo.
c) Já não se vê ali aquelas flores perfumadas.
d) Glória, dinheiro, poder, tudo passa.

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XII. REGÊNCIA VERBAL

É a interdependência dos termos de uma oração, verificando se um termo pede ou não


complemento.
Muitos verbos se relacionam com outras palavras ora por meio de preposição, ora sem ela.

Vejamos a regência de alguns verbos:

ASSISTIR
No sentido de ver, exige complemento com a preposição a.
Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem.

No sentido de dar assistência, exige , geralmente, complemento sem preposição.


Ex.: O médico assistiu o paciente.

No sentido de pertencer, exige complemento com a preposição a.


Ex.: Esse direito assiste ao trabalhador. (ao = preposição a + artigo o)

No sentido de morar, exige complemento com preposição em.


Ex.: Aquela atriz assiste em Ipanema.

ASPIRAR
No sentido de inspirar, exige complemento sem preposição.
Ex.: Ele aspirou o ar puro da montanha.

No sentido de almejar, exige complemento com a preposição a.


Ex.: Eu aspiro a uma vaga na empresa.

ATENDER (dar atenção)


Ex.: Eles atenderam ao pedido que eles fizeram.
Ex.: Angélica atendeu à solicitação do chefe.

CHAMAR
No sentido de convocar, exige complemento sem preposição.
Ex.: O professor chamou os estudantes da turma.

No sentido de dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição a e o predicativo
com ou sem a preposição de.
Ex1.: Uma aluna chamou José de bobo.
Ex2.: Uma aluna chamou a José de bobo.
Ex3.: Uma aluna chamou José bobo.
Ex4.: Uma aluna chamou a José bobo.

CHEGAR/IR
Os verbos exigem complemento com a preposição a.
Ex.: Chegamos a Ipanema tarde./ Ex.: Iremos a Ipanema à noite.
Obs.: o verbo ir , no sentido de estabelecer residência, demorar; exige a preposição para.
Ex.: Passei no concurso, logo vou para a França fazer o mestrado.

CUSTAR
No sentido de ser difícil, o verbo exige complemento com a preposição a.
Ex.: Custou à aluna aceitar o erro.

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ESQUECER/LEMBRAR
Quando não apresentam pronome oblíquo, exigem complemento sem preposição.
Ex1.: O aluno esqueceu a prova. / Ex2.: O aluno lembrou tudo.

Quando apresentam pronomes oblíquos, exigem complemento com a preposição de.


Ex2.: A aluna se esqueceu da prova. / Ex2.: O aluno se lembrou de tudo.

IMPLICAR
O verbo, significando acarretar, pressupor, exige complemento sem preposição.
Ex.: “O processo implica pressupostos filantrópicos.” (Câmara Federal/2002)

Significando perturbar, é transitivo indireto.


Ex.: Joana implica com a colega de turma sempre.

INFORMAR
Exige complemento com e sem preposição (Transitivo direto e indireto)
Ex.: Informei a nota ao Gustavo.
Ex.: Informei o Gustavo sobre a nota (ou da nota).

MORAR
O verbo exige a preposição em.
Ex.: Ela mora em São Paulo.

NAMORAR
O verbo exige complemento sem preposição.
Ex.: Pedro namora Beatriz.

PREFERIR
O verbo exige complemento com a preposição a.
Ex.: Prefiro Português a Matemática.

PROCEDER
No sentido de ter fundamento, não exige complemento.
Ex.: Aquelas acusações não procedem.

No sentido de originar-se, exige complemento com a preposição de.


Ex.: Nossa língua procede do latim vulgar. (preposição de + artigo o)

No sentido de fazer, exige a preposição a.


Ex.: Após as eleições, procedem às apurações. (preposição a + artigo as)

QUERER
No sentido de desejar, exige complemento sem preposição.
Ex.: Eu quero ser feliz.

No sentido de estimar, exige complemento com a preposição a.


Ex.: Quero a meus amigos de classe.

SER
O verbo exige, neste caso, complemento sem preposição.
Ex.: Somos cinqüenta pessoas na classe.

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VISAR
No sentido de mirar, exige complemento sem preposição.
Ex.: O atleta visou o alvo.

No sentido de dar visto, exige complemento sem preposição.


Ex.: O gerente do banco visou o cheque.

Nos sentido de ter em vista, exige complemento com a preposição a.


Ex.: Ela visa a um alto cargo.

“Tv em cores “
“comprar à vista” (algo) ≠ “comprar a vista” (comprar a paisagem)
“fechar à chave” ≠ “fechar a chave” (dentro da gaveta)
“marcha à ré”
“Sairei daqui à uma hora.” (às 13h ou à1h da madrugada) ≠ “Sairei daqui a uma
hora.” (dentro de uma hora)
“Usar à força” (algo)
“Ele cheira à bebida.” (exalar odor)

PRÁTICA

1. Complete as frases abaixo com a opção que preencha corretamente as lacunas.


a) Prefiro Português ______ Matemática. (a – do que )
b) Respondi _____ telegrama _____ amigo. (o - ao / ao – o)
c) O neném queria _____ chupeta. (a – à)
d) O professor quer muito ______ seus alunos. (os – aos)
e) João pagou _____ dívida _____ credor. (a – à / a – ao)
f) O policial visou _______ alvo. (o – ao)
g) O gerente visou _____ cheque. (o – ao)
h) Eles visam ______ bom emprego. (o – ao)
i) Ela aspira _____ ar puro da fazenda. (o – ao)
j) Paula aspira _____ vaga de diretora. (a – à)
k) Kleber vai assistir _______ jogo no estádio. (o – ao)
l) O médico assistia _______ paciente na UTI. (o – ao)
m) O presidente assiste _______ Brasília. (em – na)
n) Esqueceu-se ______ livro. (de – do)
o) Esqueceu _____ livro. (o – do)
p) Ofereci flores _____ jovem. (a – à)
q) Vou _____ praia. (a – à)
r) Vou ________ França estudar. (à – para)
s) Informamos _____ aluno ______ prova. (o – ao / o – da)
t) Jéssica vivia implicando _______ a irmã. ( a – com)

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u) A língua portuguesa procede ______ latim. (de – do)


v) Pedro namora _____ Juliana. (com – sem preposição)
w) Sua atitude implica _________ uma reação imediata. (em – sem preposição)
x) Custou _____ aluno entender ____ exercício. (o – ao / ao – o)
y) Somos ________ trinta na sala de aula. (em – sem preposição)
z) Todos assistiram ________ novela das oito. (a – à)

EXERCÍCIOS

1. Em qual das alternativas abaixo, há um erro de regência?


a) Entre mim e ti tudo acabado.
b) A moça prefere café a chá.
c) Este assunto não lhe assiste.
d) Carlos assistiu ao jogo de futebol.
e) Aquela mulher visa uma vida melhor.

2. Aponte o erro de regência .


a) A secretária visará o passaporte.
b) Todos aspiravam a um cargo melhor.
c) Perdoem aos meus deslizes.
d) Assistia à novela.

3. A alternativa incorreta de acordo com a gramática da língua culta é:


a) Obedeça o regulamento.
b) Aspiro o ar puro da manhã.
c) Prefiro passear a ver televisão.
d) O caçador visou o alvo.

4. Há erro de regência em:


a) Aspiro àquele cargo.
b) Esqueceram de mim.
c) O presidente assiste em Brasília.
e) Preferimos cinema a teatro.

5. (FUVEST/SP) Indique a alternativa correta:


a) Preferia brincar do que trabalhar.
b) Preferia mais brincar a trabalhar.
c) Preferia brincar a trabalhar.
d) Preferia brincar à trabalhar.
e) Preferia mais brincar que trabalhar.

5. (CÂM. DEP.) Ele anseia _______ visitá-la porque ________ estima muito e deseja que ela _________
perdoe ________ erros.
a) em – lhe – o - os
b) de – lhe – o - aos
c) para – a – lhe - aos
d) por – a – lhe – os

6. (UFPR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas.


1) Assistimos à inauguração da piscina.
2) O governo assiste os flagelados.
3) Ele aspirava a uma posição de maior destaque.

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4) Ele aspira o aroma das flores.


5) O aluno obedece aos mestres.

a) lhe, os, a ela, a ele, lhes


b) a ela, os, a ela, o, lhes
c) a ela, os, a, a ele, os
d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes
e) lhe, a eles, a ela, o, lhes

8. (FUVEST/SP) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:


a) Não tenham dúvidas de que ele vencerá.
b) O escravo ama e obedece a seu senhor.
c) prefiro estudar do que trabalhar.
d) O livro que te referes é célebre.
e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no.

9. Assinale a alternativa em que ocorre erro de regência nominal.


a) Minha sala é contígua da sua.
b) Qualquer solução seria preferível àquela.
c) São comerciantes ávidos de lucros, nada mais.
d) Imbuídos de boa fé, conseguiram superar o impasse.

10. Assinale a alternativa cuja seqüência completa CORRETAMENTE as frases abaixo:


A lei ....... se referiu já foi revogada.
O s problemas ...... se lembraram eram muito grandes.
O cargo ........ aspiras é muito importante.
O filme ........ gostou foi premiado.
O jogo .......... assistimos foi movimentado.
a) que, que, que, que, que
b) a que, de que, que, que, a que
c) a que, de que, a que, de que, a que
d) que, de que, que, de que, que

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XIII. SINTAXE

CONCEITO DE FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO:

• Frase: conjunto de palavras que, num determinado contexto, fazem sentido, ou seja, é compreendido
tanto pelo emissor quanto pelo receptor da mensagem.
Ex.: Fogo ! Socorro ! Tudo bem ? Oi !

• Oração : conjunto de palavras que, independentemente de sentido, possuem uma construção verbal
(elíptica ou não) presente.
Ex.1: Ele viajou. (1 oração)
Ex.2: Dormíamos. (1 oração)
Ex.3: Alguns atores cantam e algumas atrizes também. (2 orações - a segunda com verbo elíptico)

• Período: conjunto de uma ou mais orações com presença de pontuação final (ponto, ponto de
interrogação, ponto de exclamação, reticências).
Ex.: Ele estava bem. (período simples - 1 oração)
Ex.: Ele estava bem, já tivera alta , foi para casa. (período composto - 3 orações)
  
1ª oração 2ª oração 3ª oração

O período pode ser :

SIMPLES: quando formado por única oração, que recebe o nome de oração absoluta (O período simples,
portanto, possui apenas um verbo).
Ex.: O dólar caiu.

COMPOSTO: quando formado por mais de uma oração.


Ex.: É necessário / que os alunos compreendam os aspectos gramaticais.

O período composto pode ser por: COORDENAÇÃO ou SUBORDINAÇÃO.

Meu professor de análise sintática era o tipo do


sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
Conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Paulo Leminski

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TERMOS DA
Termos essenciais Termos integrantes Termos acessórios ORAÇÃO
sujeito objeto direto adjunto adnominal
predicado objeto indireto adjunto adverbial
predicativo complemento nominal aposto
agente da passiva vocativo SUJEITO
É o termo sobre o qual se declara algo. O verbo da oração sempre concorda com o sujeito em
pessoa e número.
SIMPLES INDETERMINADO
COMPOSTO INEXISTENTE
DESINENCIAL (ou oculto)
O sujeito pode ser classificado como:

a) simples: aquele que tem um só núcleo.


Ex. A mulher já conquistou um lugar de destaque no mercado de trabalho.
Núcleo: mulher

b) composto: aquele que tem mais de um núcleo.


Ex.: Ricos e pobres deveriam ser iguais perante a lei.
Núcleos: ricos, pobres
c) oculto, elíptico ou desinencial: aquele que não está expresso na oração, mas pode ser facilmente
identificado pela terminação do verbo.
Ex.: “Estamos tão separados!” (Graciliano Ramos)
Sujeito = nós
d) indeterminado: é aquele que não pode ser identificado nem pelo contexto nem pela terminação do
verbo.
O sujeito indeterminado pode ocorrer:
• com verbos na 3ª pessoa do plural, desde que o contexto não permita identificá-lo.
Ex.: “Alteraram toda a programação dos jogos.” (Diário Popular)
• com verbos na 3ª pessoa do singular acompanhados da partícula –se:
Ex.: “Trata-se de uma exposição inovadora.” (Folha de São Paulo)
e) inexistente ou oração sem sujeito: há casos de orações em português que são formadas apenas por
predicados. Por isso, não têm sujeito. Nesse caso, o verbo é considerado impessoal e, em geral, aparece
na terceira pessoa do singular.
A oração sem sujeito ocorre nos seguintes casos:
• com verbos ou expressões que indicam fenômenos meteorológicos:
Ex1.: “Deve chover hoje em todo o Estado.” (Folha de S. Paulo)
Obs.
Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado em sentido figurado, então haverá sujeito. Ex.:
Choveram papéis picados na multidão.

sujeito

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• com o verbo fazer e o verbo haver indicando tempo decorrido:


Ex1.: Faz meses que não o vejo.
Ex2.: Ela não sorria assim há dias.
• com o verbo ser indicando tempo e distância:
Ex1.: Eram seis horas da manhã.
Ex2.: De uma cidade a outra seriam cinqüenta quilômetros.
Quando ocorre a partícula apassivadora se, não é caso de sujeito indeterminado, e sim de sujeito expresso. Para
reconhecer se a partícula se é apassivadora, basta verificar se ocorreram estas duas condições:
1. verbo transitivo direto flexionado na 3ª pessoa (singular ou plural);
2. possibilidade de transformação da oração para a voz passiva analítica.

Ex1.: Quebrou-se a janela. / A janela foi quebrada.


  
verbo sujeito sujeito
transitivo
direto

PREDICADO
Predicado é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas:

· apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito

· apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito

• Ex1.: Carolina conhece os índios da Amazônia.



predicado verbal

• Ex2.: Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João.



predicado verbal

No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao
sujeito da oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal e no
segundo um predicado verbal. Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância,
ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal.
Exemplos:

• Ex.1: Minha empregada é desastrada.



predicado nominal

• Ex2.: A empreiteira demoliu nosso prédio.



predicado verbal

• Ex3.: Os manifestantes desciam a rua desesperados.



predicado verbo-nominal

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PREDICATIVO
É o termo que atribui ao sujeito ou objeto uma qualidade, estado característica etc. Pode ser:
Do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante um verbo (de ligação ou não), com
a função de informar algo a respeito do sujeito.
Ex1.: Frederico é estudioso.

predicativo do sujeito

Ex2.: Amanda estava nervosa.



predicativo do sujeito

Ex3.: Glorinha virou freira.



predicativo do sujeito

2. Do objeto: é o termo do predicado que informa algo a respeito do objeto.


Ex1.: O vilarejo finalmente elegeu Otaviano prefeito.

objeto predicativo do objeto

Ex2.: Os policiais pediam calma absoluta.


 
objeto predicativo do objeto

Ex3.: Todos julgavam-no culpado.


 
objeto predicativo do objeto

OBJETO DIRETO
Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto,
por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado. Do ponto de vista da
semântica, o objeto direto é:

- o resultado da ação verbal, ou


- o ser ao qual se dirige a ação verbal, ou
- o conteúdo da ação verbal.

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O objeto direto pode ser formado por um substantivo, pronome substantivo, ou mesmo qualquer palavra
substantivada. Além disso, o objeto direto pode ser constituído por uma oração inteira que complemente o
verbo transitivo direto da oração dita principal. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração subordinada
substantiva objetiva direta.
Exemplos:

Ex1.: O amor de Mariana transformava a minha vida.


 
verbo objeto direto
transitivo direto

Ex2.: Conserve isto na tua memória: vou partir em breve.


 
verbo objeto direto
transitivo direto

Ex3.: Não prometa mais do que possa cumprir depois.


 
verbo transitivo direto oração subordinada
substantiva objetiva direta

Obs.: verifica-se que o objeto direto preposicionado completa sempre o


sentido de um verbo transitivo direto, enquanto o objeto indireto
completa o sentido de um verbo transitivo indireto.

Ex.: Ela gosta de pão.


 
v .t. i. o. i.

Os pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, se, etc.) funcionam sintaticamente como objetos diretos. Isso
implica dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não na função de sujeito, por exemplo.
Porém algumas vezes os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, etc.) ou pronome oblíquo tônico (mim, ti, ele,
etc.) são chamados a constituir o núcleo dos objetos diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna
obrigatório e, por conseqüência, tem-se um objeto direto especial: objeto direto preposicionado.
Ele comeu do pão.
 
v.t.d. o. d. preposicionado

OBJETO INDIRETO
Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o objeto
indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal.
O objeto indireto pode ser formado por substantivo, ou pronome substantivo, ou numeral, ou ainda,
uma oração substantiva objetiva indireta. Em qualquer um desses casos, o traço mais importante e
característico do objeto indireto é a presença da preposição.

Exemplo:

¾ A cigana pedia dinheiro à moça.


  
v. t. d. i. o. d. o. i.

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O objeto indireto pode ser representado por um pronome. Como o núcleo do objeto é sempre um
nome, é possível substituí-lo por um pronome. Nesse caso, um pronome oblíquo, já que se trata de uma
posição de complemento verbal e não de sujeito da oração. O único pronome que representa o objeto
indireto é o pronome oblíquo átono lhe(s) – pronome de terceira pessoa. Os pronomes indicativos das
demais pessoas verbais são sempre acompanhados de preposição.
Exemplos:
¾ Ela contava a seu pai como fora o seu dia na escola.

o.i.
¾ Ela lhe contava como fora o seu dia na escola.

o.i.

¾ Todos dariam ao padre a palavra final.



o.i.

¾ Todos dar-lhe-iam a palavra final.



o.i.

¾ Responderam a Fátima com delicadeza.



o.i.

¾ Responderam a mim com delicadeza.



o.i.

COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo da oração que completa a significação de um nome ( adjetivo, advérbio ou substantivo
abstrato), por intermédio de uma preposição.

Ex1.: A nossa crença em Deus é grande.


 
substantivo complemento nominal

Ex2.: O piloto estava confiante na vitória.


 
adjetivo complemento nominal

Ex3.: Ele agiu contrariamente aos interesses da empresa.


 
advérbio complemento nominal

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal


É comum confundirem-se duas categorias sintáticas da língua portuguesa. Isso se verifica em
relação ao complemento nominal e adjunto adnominal, já que ambas as categorias seguem um nome e
podem ser acompanhadas de preposição.

É importante lembrar, então, as suas principais funções:

· complemento nominal: complementa o sentido do nome, conferindo-lhe uma significação extensa e


específica. Ex.: Sua rapidez nas respostas é admirável.

· adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em
princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão. Ex.: Ela se dizia carioca da gema.

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Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo
relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções
adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal.

Exemplos:

Ex1.: O menino tinha uma fome de leão.



adjunto adnominal

(fome leonina = adjetivo)

Ex2.: A leitura de jornais é aconselhável a um bom profissional.



complemento nominal

(de jornais: complemento nominal)

AGENTE DA PASSIVA
É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser
que praticou a ação verbal (sofre a ação).

A característica fundamental do agente da passiva é, pois, o fato de somente existir se a


oração estiver na voz passiva. Há três vozes verbais na nossa língua: a voz ativa, na qual a ênfase
recai na ação verbal praticada pelo sujeito; a voz passiva, cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo
sujeito; e a voz reflexiva, em que a ação verbal é praticada e sofrida pelo sujeito. Nota-se, com
isso, que o papel do sujeito em relação à ação verbal está em evidência.
Na voz ativa o sujeito exerce a função de agente da ação e o agente da passiva não existe.
Para completar o sentido do verbo na voz ativa, este verbo conta com outro elemento – o objeto
(direto). Na voz passiva, o sujeito exerce a função de receptor de uma ação praticada pelo agente
da passiva. Por conseqüência, é este mesmo agente da passiva que complementa o sentido do
verbo neste tipo de oração, substituindo o objeto (direto).

Características do agente da passiva:


¾ precedido pelas preposições por ou de.
¾ presença da locução verbal.
¾ verbo auxiliar (ser, estar, ficar etc.) mais particípio.
¾ com verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos.

Ex1.: O barulho acordou toda a vizinhança. (oração na voz ativa)

(o barulho: sujeito)

(acordou: verbo transitivo direto = pede um complemento verbal)

(toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto)

Ex2.: Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. (oração na voz passiva)
 
sujeito paciente agente da passiva

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(foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio)


O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos (aqueles que
pedem um complemento sem preposição). Esse tipo de verbo, em geral, indica uma ação (em oposição aos
verbos que exprimem estado ou processo) que, do ponto de vista do significado, é complementada pelo
auxílio de outro termo que é o seu objeto (em oposição aos verbos que não pedem complemento: os verbos
intransitivos). Como vimos, na voz passiva o complemento do verbo transitivo direto é o agente da passiva;
já na voz ativa esse complemento é o objeto direto. Nas orações com verbos intransitivos, então, não existe
agente da passiva, porque não há como construir sentenças na voz passiva com verbos intransitivos.

Exemplos:

Ex1.: Karina socorreu os feridos.

(verbo transitivo direto na voz ativa)

Ex2.: Os feridos foram socorridos por Karina

(verbo transitivo direto na voz passiva)

Ex3.: Karina gritou. Karina foi gritada. (sentença inaceitável língua)


(verbo intransitivo na voz ativa) (verbo intransitivo na voz passiva)

ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática. Os
adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação
do verbo.
O adjunto pode ser:

¾ artigo: Os cadernos estão sobre a mesa.


¾ adjetivo: Os longos cabelos da moça me impressionaram.
¾ numeral (adjetivo): Chegaram três meninas de Minas Gerais.
¾ pronome adjetivo: Aquelas casas são de meu tio.
¾ locução adjetiva: O homem sem cabelo tinha vergonha.

ADJUNTO ADVERBIAL
É a palavra ou expressão que acompanha um verbo, um adjetivo ou um advérbio modificando a
natureza das informações que esses elementos transmitem. Por esse seu caráter, o adjunto adverbial é tido
como um modificador. Pelo fato de não ser um elemento essencial ao enunciado, insere-se no rol dos
termos acessórios da oração.
A modificação que os adjuntos adverbiais conferem aos elementos aos quais se liga na sentença é
de duas naturezas: a primeira, de modificação circunstancial, e a segunda, de intensidade.

Exemplos:

Ex1.: Os candidatos foram selecionados aleatoriamente.



adjunto adverbial

(aleatoriamente: modifica o segmento verbal "foram selecionados")


(natureza do adjunto adverbial: modificador)

Ex2.: Os preços dos remédios aumentaram demais.




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adjunto adverbial
(demais: intensifica o segmento verbal "aumentaram")
(natureza do adjunto adverbial: intensificador)

APOSTO
É o termo da oração que se associa a outro termo para especificá-lo ou explicá-lo. O aposto tem
caráter nominal, ou seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios. Seu emprego é tido
como acessório na oração porque o enunciado sobrevive sem a informação veiculada através do aposto.

Exemplos:

Ex1.: Meu nome, Clara , estava definitivamente fora da lista dos aprovados.

aposto

Ex2.: Nas festas de Santo Antônio, santo casamenteiro, as pessoas faziam promessas.

aposto

Na língua portuguesa o aposto costuma vir acompanhado de uma pausa expressada através da
vírgula ou do sinal de dois pontos. No entanto, o uso da pontuação para marcar a posição do aposto na
sentença não é obrigatório. Trata-se de uma elegância textual, para a qual a utilização, especialmente das
vírgulas, torna o aposto mais destacado.
Exemplos:
Ex1.: Ninguém sabia informar sobre a prova: data, horário e local.

aposto
¾ (aposto introduzido pelos dois pontos)

É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto adnominal, já que o aposto pode ser
introduzido por meio da preposição de. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem sempre o
substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto adnominal pode ser representado por um adjetivo.
Uma maneira prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar o segmento num adjetivo. Se
a operação tiver sucesso, tratar-se-á de um adjunto adnominal.

Exemplos:

Ex1.: As paredes de fora estão sendo pintadas agora.



adjunto adnominal

¾ (de fora > externo = adjunto adnominal) / As paredes externas estão sendo pintadas agora.

Ex2.: A praça da República foi invadida pelos turistas.



aposto

Uma oração inteira também pode exercer a função de aposto. Nesse caso ela recebe o nome de
oração subordinada substantiva apositiva:

Ex1.: “Uma coisa é certa: que eu não queria Elisabeth.” (Rubem Fonseca)

oração subordina substantiva subjetiva

VOCATIVO
É a palavra ou conjunto de palavras, de caráter nominal, que empregamos para expressar uma
invocação ou chamado.

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O vocativo é um elemento que, embora colocado pelos gramáticos dentre os termos da oração,
isola-se dela. Isto é, o vocativo não se integra sintaticamente aos termos essenciais da oração (sujeito e
predicado) e pode, sozinho, constituir-se uma frase. Essa propriedade advém do fato de que o vocativo
insere, na oração, o interlocutor discursivo, ou seja, aquele a quem o falante se dirige na situação
comunicativa.

Exemplos:

Ex1.: Por Deus, Débora , vamos encerrar essa discussão!



vocativo

Ex2.: Posso me retirar agora, senhor?



vocativo

V. A entonação melódica da língua falada costuma acentuar os vocativos.


Essa forma de expressão é reproduzida, na língua escrita, por meio de
sinais de pontuação. Assim, o vocativo é obrigatoriamente acompanhado
de uma pausa: curta, através do recurso da vírgula; longa, através do
recurso da exclamação ou das reticências. Não há posição definida para o
vocativo na sentença, porém, quando se apresenta no interior da oração,
deve ser colocado entre vírgulas.

PRÁTICA

1. Passe as orações seguintes para a voz passiva e sublinhe o agente da passiva.


a) O exército cercou a cidade.______________________________________________
b) O goleiro desviou a bola.________________________________________________
c) O menino quebrou a vidraça._____________________________________________
d) Eu resolvi os exercícios._________________________________________________
e) O progresso científico está destruindo a fé. __________________________________

2. Nas frases que seguem, aponte o complemento nominal:


a) Tinha grande amor à humanidade.
b) Sempre foi insensível com os amigos.
c) Comportou-se favoravelmente ao adversário.
d) Tínhamos uma grande necessidade de dinheiro.
e) Sempre teve medo da morte.

3. Dê a função sintática dos termos abaixo (sujeito, obj. direto, obj. indireto, compl. nominal, agente da
passiva):
a) O povo necessitava de alimentos.
b) O povo tinha necessidade de alimentos.
c) Venderam bicicletas.
d) Vendem-se bicicletas.
e) A terra era povoada de selvagens.
f) Tenho confiança em você.
g) Ocorreram fatos estranhos.

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h) Deve haver pessoas interessadas na vaga.


i) Ontem esqueci os documentos.
j) Eles tinham confiança em amigos.
k) Creio em dias melhores.
l) A cidade foi cercada pelo exército.
m) O professor aguardava a resolução dos exercícios.
n) Plastificam-se documentos.
o) Todos os exercícios foram resolvidos pelos alunos.
p) Resolver-se-ão os exercícios.
q) Tenho dúvida de suas palavras.
r) Duvido de suas palavras.
s) Plastificaram os documentos.

EXERCÍCIOS

1. O garoto derrubou a mesa.


a) complemento nominal d) sujeito
b) objeto direto e) predicativo
c) agente da passiva

2. O leite será bebido pelo neném.


a) sujeito d) agente da passiva
b) objeto indireto e) adjunto adverbial
c) complemento nominal

3. Tinha confiança no amigo.


a) objeto indireto d) adjunto adverbial
b) predicativo e) complemento nominal
c) agente da passiva

4. Jamais concordei com aquele projeto.


a) objeto direto preposicionado d) agente da passiva
b) complemento nominal e) adjunto adverbial
c) objeto indireto

5. Ela voltou com os primos.


a) adjunto adverbial d) agente da passiva
b) objeto indireto e) aposto
c) predicativo

6. Assinale a oração com predicativo do objeto.


a) Elegeram-no presidente. d) Trabalharemos com entusiasmo.
b) Marília é esforçada. e) Ninguém saiu satisfeito.
c) Nós o admiramos muito.

7. Isto lhe será útil.


a) complemento nominal d) sujeito
b) objeto indireto e) predicativo
c) adjunto adnominal

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8. Deixei-o sair.
a) objeto direto d) sujeito
b) adjunto adnominal e) predicativo
c) aposto

9. Apesar do frio, não pôs o agasalho. Adjunto adnominal de:


a) causa d) concessão
b) condição e) fim
c) instrumento

10. Marque a única opção cujos termos assinalados NÃO possuem a mesma classe gramatical:
a) Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá;
b) Logo se acostuma a não olhar para fora;
c) (...) Para ter com que pagar nas filas em que se cobra;
d) Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana;
e) (...) A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.

11. Assinale a única alternativa que, respectivamente, classifica corretamente os termos sublinhados.

A luz do sol é útil à vida.

a) Complemento nominal – predicativo – adj. adnominal.


b) Núcleo do sujeito – objeto direto – aposto.
c) Adjunto adnominal – predicativo – complemento nominal.
d) Adjunto adverbial – predicativo – adjunto adverbial.
e) Núcleo do sujeito – predicativo – complemento nominal.

12. Assinale a alternativa onde o verbo sublinhado seja intransitivo.


a) Sou muito feliz.
b) Precisa-se de muitos professores.
c) Os policiais saíram para uma supervisão.
d) Quase todos os dias esperamos o trem.
e) Eles assistiram ao filme.

13. Assinale a opção onde a classificação das orações está correta.


a) Desejamos que sejais feliz. (oração subordinada substantiva subjetiva)
b) Nosso desejo é que você seja feliz. (oração subordinada substantiva apositiva)
c) Só irei à praia, se não chover. (oração coordenada sindética explicativa)
d) Ignoramos por que ele não veio. (oração subordinada adverbial consecutiva)
e) O carro que comprei é velho. (oração subordinada adjetiva restritiva)

14. Em qual das opções a função sintática do termo sublinhado é um objeto indireto.
a) Agiu contrariamente ao réu.
b) Há necessidade de muito dinheiro.
c) Ele estudou para a prova.
d) Precisa-se de bons operários.
e) Ela bebeu do vinho.

15. Só há uma opção onde o sujeito não é simples. Assinale-a.


a) Bate outra vez de esperanças o meu coração.
b) Deram três badaladas no relógio da matriz.
c) Ainda se morre de amor.
d) Vendem-se casas.
e) Em todas as opções há sujeito simples.

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16. Em qual das opções o pronome relativo funciona como adjunto adverbial?
a) O jornal que você comprou saiu pela manhã.
b) O senador a que me refiro foi presidente.
c) O homem cuja a identidade desconheço saiu cedo.
d) O homem ao qual enviaste a carta chegou.
e) Na cidade onde moro não há violência.

17. (Corregedoria Geral/RJ) “Como os dados se referem a um único país e apenas às adoções legais...”; o
segmento destacado dá idéia de:
a) causa
b) comparação
c) conformidade
d) condição
e) concessão

18. (Corregedoria Geral/RJ) Em “... convivência com desenhos populares...” . O termo destacado exerce a
função sintática de:
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) agente da passiva
d) complemento nominal
e) objeto direto

19. (Tribunal de Justiça/RJ) Qual a função sintática do termo destacado na frase a seguir: “Esperava todas
as manhãs pelo ovo de ouro”
a) agente da passiva
b) objeto direto
c) objeto indireto
d) adjunto adverbial
e) complemento nominal

20. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) Indique o item em que a classificação sintática está incorreta.
a) “... enfrentar duas situações específicas: a agressão externa ou a desordem interna.” - aposto
b) “Para combater a desordem, são demais” - predicativo
c) “A sociedade mantém as Forças Armadas inoperantes no caso.” – adj. adn.
d) “Devem as Forças Armadas intervir no processo...” - sujeito
e) “... nenhuma autoridade local sentiu-se ultrajada pela presença das Forças Armadas...” – predicativo

COORDENAÇÃO
É o relacionamento de termos da mesma função sintática dentro da oração, ou de orações com
funções equivalentes (sintaticamente, e não semanticamente) dentro de um período.

Coordenadas assindéticas: são aquelas cujo conectivo não vem expresso; em seu lugar, aparece vírgula,
ponto-e-vírgula ou dois pontos.

Ex.1: Olhava, olhava, não entendia nada.


Ex.2: Uma paixão nem sempre é turbulenta: há paixões tranqüilas.

Coordenadas sindéticas: são aquelas em que há conectivo expresso.


As orações coordenadas sindéticas podem ser:
• Aditivas: Fabiano estudava judô e fazia curso de teatro.

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Conjunções: e, nem
locuções - mas também, mas ainda, não só... como, tanto... quanto

• Adversativas: Júlia foi ao cinema, mas não gostou do filme.


Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, entretanto
locuções - no entanto, não obstante

• Alternativas: Faça os exercícios, ou ficará sem entender a matéria.


Conjunções: ou
locuções - ou... ou, ora... ora, quer... quer, umas vezes... outras vezes, seja... seja

• Conclusivas: “Penso, logo existo.”


Conjunções: logo, portanto, pois (depois de verbo), então, assim
locuções - por isso, por conseguinte, em vista disso

• Explicativas: Faltei à aula, pois estava gripado.


Conjunções: porque, que, porquanto, pois (antes de verbo)

SUBORDINAÇÃO

É o relacionamento de termos dependentes e também de orações dependentes dentro de um


período. Na subordinação sempre há um termo subordinante (também chamado de "regente" ou de "oração
principal") e um termo subordinado (também chamado de "regido" ou de "oração dependente"). A oração
subordinada possui uma função sintática com relação à oração principal.

As orações subordinadas dividem-se em:

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


Iniciadas por uma conjunção integrante (ou por pronomes interrogativos - "Perguntei quem havia
chegado" - e advérbios interrogativos - "Não sei quando ele chegou"). Exercem função substantiva, ou seja,
nuclear.
• SUBJETIVAS: exercem a função sintática de sujeito da oração principal.
Quando há oração subordinada substantiva subjetiva, a oração principal :
- apresenta o verbo na terceira pessoa do singular;
- não possui sujeito expresso nela mesma.
Ex.1: Parece que a vida é uma festa. / Conta-se que ele chegará ainda hoje.

or. sub. substantiva subjetiva
• OBJETIVAS DIRETAS: exercem a função sintática de objeto direto da oração principal.
Ex.2: Espero que você vá ao teatro.

or. sub. substantiva objetiva direta
• OBJETIVAS INDIRETAS: exercem a função sintática de objeto indireto da oração principal.
Ex.3: Avisei-o de que a prova seria fácil.

or. sub. substantiva objetiva indireta

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• COMPLETIVAS NOMINAIS: exercem a função sintática de complemento nominal da oração principal.


Ex.4: Tenho certeza de que tudo ficará bem.

or. sub. substantiva completiva nominal

• PREDICATIVAS: exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal.


Ex.5: Nosso desejo era que você chegasse cedo.

or. sub. substantiva predicativa

• APOSITIVAS: exercem a função sintática de aposto da oração principal.


Ex.6: Só sabemos uma coisa: que só o amor vale a pena.

or. sub. substantiva apositiva

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Orações ligadas a um termo de natureza substantiva, e com função de adjuntos adnominais.
Sempre se iniciam por pronome relativo.
As orações subordinadas adjetivas podem ser:

• Restritivas
• Explicativas

• RESTRITIVAS: restringem a significação do nome a que se referem.

Ex1.: O jornal que você achou é velho.



or. sub. adjetiva restritiva

Ex2.: O homem que trabalha vence na vida.



or. sub. adjetiva restritiva

• EXPLICATIVAS: não estão restringindo a significação do nome, mas acrescentando uma característica
que é própria do elemento a que se referem.

Ex1.: “O avião comercial mais veloz do mundo é o Concorde, que atinge duas vezes as velocidade do som”.

or. sub. adjetiva explicativa

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Ex2.: “O garçom, que já não era o mesmo antigamente, atendeu-os com indiferença.”

or. sub. adjetiva explicativa (Fernando Pessoa)

Ou seja, as orações adjetivas restritivas são fundamentais ao sentido da frase, enquanto as


explicativas são apenas termos acessórios.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Têm função de adjunto adverbial.
As orações subordinadas adverbiais podem ser:
Causais
Comparativas
Consecutivas
Concessivas
Condicionais
Conformativas
Finais
Proporcionais
Temporais

• CAUSAIS: exprimem uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, isto é, aquilo que
determina ou provoca um acontecimento.
Ex.: Já que você quer pagar-me, aceito.

or. sub. adverbial causal
 principais conjunções causais: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como(quando
equivale a porque)

• COMPARATIVAS: exprimem circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a


fim de se conhecer as semelhanças ou diferenças existentes entre eles.
Ex.: Faça aquele trabalho como se a vida dependesse dele.

or. sub. adverbial comparativa

 que, como (após mais, menos)

• CONSECUTIVAS: exprimem circunstância de conseqüência (resultado ou efeito de uma ação


qualquer).
Ex.: Estou tão cansado que mal consigo ficar em pé.

or. sub. adverbial consecutiva
 que (após os termos tão, tal, tanto)

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• CONCESSIVAS: exprimem circunstância de concessão. Concessão é o ato de conceder, de permitir,


de não negar, de admitir uma idéia contrária.
Ex.: Ainda que viva mil anos não me acostumarei às maldades humanas.

or. sub. adverbial concessiva
 embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que , por menos que

• CONDICIONAIS: exprimem circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe
ou se aceita para que determinado evento se realize.
Ex.: Se és justo, és um homem de bem.

or. sub. adverbial condicional

 se, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que, a não ser que, sem que

• CONFORMATIVAS: exprimem circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de


não-contradição.
Ex.: Cada um colhe conforme semeia.

or. sub. adverbial conformativa
 conforme, consoante, segundo, como

• FINAIS: exprimem circunstância de finalidade. Entende-se por finalidade o objetivo, a destinação de um


fato.
Ex.: Fiz-lhe um sinal que se calasse.

or. sub. adverbial final

 para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de maneira que

• PROPORCIONAIS: exprimem circunstância de proporção. Entenda-se por proporção a relação


existente entre duas coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra.
Ex.: À medida que ela cresce, descobre que a vida é uma luta constante.

or. sub. adverbial proporcional

 à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto maior, quanto
menor, quanto melhor, quanto pior

• TEMPORAIS: exprimem circunstância de tempo.


Ex.: Quando chega o inverno, ficamos mais românticos.

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or. sub. adverbial temporal

 quando, apenas (= quando), enquanto, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até
que, assim que

A grande diferença entre as orações causais e as orações explicativas está em que as causais
indicam a causa de um efeito exposto na oração principal, enquanto que as explicativas não
exprimem uma relação de causa e efeito.

OBS.:

• Todo homem morre porque Deus quer. (causal)

• Todo homem morre porque ninguém é imortal. (explicativa)

• A menina chorou, porque seus olhos estão vermelhos. (explicativa)

• A menina chorou, porque apanhou da mãe. (causal)

Orações reduzidas

São as orações que têm o verbo em uma das formas nominais no

9 Sendo ateus, rezaram. (or. subord. adverbial concessiva reduzida de gerúndio)

9 Tomada a capital, estaria ganha a guerra.” (or. subord. adverbial temporal reduzida de particípio]

9 Nada me deram de comer.” (or. subord. adverbial final reduzida de infinitivo)

Orações Justapostas
São orações subordinadas que aparecem sem conectivo, mas com o verbo em outra forma que não
nominal.

Ex1: Há dias não vejo meus pais.” (adverbial temporal justaposta)

Ex2: Não fora meu amigo, nada teria sabido do assunto. (adverbial condicional justaposta)

Orações intercaladas
Não mantêm nenhuma relação sintática no período.

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9 Naquela noite - como havia estrelas ! - decidimos nosso futuro.” (oração intercalada)

No período "Precisamos, dizia ele, trabalhar", as duas orações são justapostas !

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XIV. FIGURAS DE LINGUAGEM

São desvios das normas gerais de linguagem. E dividem-se em:

Figuras sonoras Figuras de sintaxe Figuras de palavra Figuras de pensamento


Aliteração Elipse Metáfora Antítese
Assonância Zeugma Catacrese Eufemismo
Paranomásia Hipérbato Metonímia Hipérbole
Onomatopéia Anástrofe Perífrase Ironia
Pleonasmo Sinestesia Gradação
Assíndeto Anadiplose Prosopopéia
Polissíndeto
Anacoluto
Anáfora
Silepse

I - FIGURAS SONORAS

1) Aliteração: repetição de sons consonantais (consoantes).


Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do
Simbolismo, assim como a sinestesia.
Ex.: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas."
(fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
2) Assonância: repetição dos mesmos sons vocálicos.

Ex.: (A, O)
"Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral."
(Caetano Veloso)
(E, O)
" O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu."
(Fernando Pessoa

3) Paranomásia: é o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).

Ex.: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias"


(Padre Antonio Vieira)

4) Onomatopéia: criação de uma palavra para imitar um som.

Ex.: A língua do nhem


"Havia uma velhinha
Que andava aborrecida
Pois dava a sua vida
Para falar com alguém.
E estava sempre em casa
A boa velhinha,
Resmungando sozinha:
Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem ..."
(Cecília Meireles)
(Modernismo - 2ª fase/Geração de 30)

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II - FIGURAS DE SINTAXE

1) Elipse: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida. Pode haver elipse
de:

a) substantivo - a catedral, no lugar de: a igreja catedral


b) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, com a
camisa rota, com as calças rasgadas.
c) Conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda.
d) Verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho que queria à filha.

2) Zeugma: omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes.

Ex.: omissão da palavra era

"O meu pai era paulista


Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano."
(Chico Buarque)

Ex.: Alguns estudam, outros não. (por: alguns estudam, outros não estudam).

3) Hipérbato: alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período.

Ex.: Morreu o presidente. ( por: O presidente morreu).

4) Anástrofe: é a anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao termo


regente.

Ex.: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.

5) Pleonasmo: é o emprego de termos desnecessários, cujo objetivo é enfatizar a comunicação.


Ex.: Vi com meus próprios olhos.

"E rir meu riso e derramar meu pranto


Ao seu pesar ou seu contentamento."
(Vinicius de Moraes)

6) Assíndeto: ausência de conectivos de ligação dos elementos da frase ou do período.


Ex.: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."

7) Polissíndeto: repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.


Ex.: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata.

"E sob as ondas ritmadas


e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e o vômito (...)"
(Carlos Drummond de Andrade)

8) Anacoluto: termo solto na frase. Normalmente, inicia-se uma determinada construção sintática e depois
se opta por outra.

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Ex.: Eu parace-me que vou desmaiar.


(o sujeito fica sem predicado)

Ex.: Minha vida tudo não passa de alguns anos sem importância.

Ex.: Quem ama o feio, bonito lhe parece.


(alterou-se as relações normais entre os termos da oração)

9) Anáfora: repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.

Ex.: "Olha a voz que me resta


Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho que falta
Por favor."
(Chico Buarque)

10) Silepse: é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:

a) de gênero (masculino x feminino):


Ex.: São Paulo continua poluída (= a cidade de São Paulo)

b) de número (singular x plural):


Ex.: Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha)

c) de pessoa:
Ex.: Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também
participa do processo verbal)

III - FIGURAS DE PALAVRAS

1) Metáfora: é o emprego de palavras fora do seu sentido normal, por efeito de analogia.

Ex.: A Amazônia é o pulmão do mundo.

Ex.: "Veja bem, nosso caso


É uma porta entreaberta."
(Luís Gonzaga Junior)

2) Catacrese: é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou ignorância do


seu étimo (etimologia).
Ex.: pé de meia
boca de forno
Modernamente, os exemplos acima são considerados como as metáforas viciadas. Perderam valor
estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre seres.

Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha)


"Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado."
O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra.

3) Metonímia: é a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum
relacionamento.

Ex.: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro, neste caso)
Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa - barbearia)
Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite)
Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe - culpado)

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4) Perífrase (ou Antonomásia): é a substituição de um nome por outro ou por uma expressão que
facilmente o identifique.

Ex.: O mestre = Jesus Cristo


A cidade luz = Paris
O rei das selvas = o leão
Escritor Maldito = Lima Barreto (Foi marginalizado - Pré-Modernismo de 1900 a 1920. Marcado pela
bebida, foi internado 2 vezes no Hospício Nacional e faleceu a 1º de novembro de 1922)
"Ah! A literatura ou me mata ou me dá o que eu peço a ela"
(Lima Barreto)

5) Sinestesia: consiste em associar, num só ato de percepção, dois sentidos ou mais (os cinco sentidos:
olfato, visão, audição, gustação e tato)
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da tua voz deliciava ...
Na dolência velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava.

Era um som feito luz, eram volatas


Em lânguida espiral que iluminava
Brancas sonoridades de cascatas ...
Tanta harmonia melancolizava."
(Cruz e Souza)

6) Anadiplose: é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no começo de outro


membro de frase.
Ex.: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente condena os motivos dados."

IV - FIGURAS DE PENSAMENTO

1) Antítese: aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

Ex.: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios"


(Vinicius de Moraes)

2) Eufemismo: consiste em "suavizar" alguma idéia desagradável

Ex.: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou)


Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado)

3) Hipérbole: exagero de uma idéia com finalidade expressiva

Ex.: Estou morrendo de sede (com muita sede)

4) Ironia: utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.

Ex.: O ministro foi sutil como uma jamanta.

5) Gradação: apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

Ex.: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça
perfeitamente."

6) Prosopopéia (ou personificação): é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres


irracionais e inanimados.

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Ex.: "A lua,


Tal qual a dona de um bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel ..."
(Jõao Bosco / Aldir Blanc)

PRÁTICA

1. Relacione as colunas: ( ) "Ah! Cidade maliciosa


de olhos de ressaca
( A ) Metáfora que das índias guardou a vontade de andar nua". (Ferreira Gullar)
( B ) Comparação ( ) Dia de luz , festa de sol
( C ) Catacrese Um barquinho a deslizar no macio azul do mar (O barquinho – Tom Jobim)
( D ) Metonímia (macio = sensação visual)
( E ) Prosopopéia ( ) Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
( F ) Sinestesia ( ) Leio Graciliano Ramos porque ele fala da realidade brasileira. ( obra de
( G ) Antítese Graciliano Ramos)
( H ) Eufemismo ( ) " Tristeza não tem fim.
( I ) Hipérbole felicidade sim ...." (Vinícius de Moraes)
( J ) Ironia ( ) A antiga São Paulo da garoa é hoje uma das campeãs de monóxido de
( L ) Onomatopéia carbono. (há concordância com cidade)
( M ) Aliteração ( ) E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas ninguém parou
( N ) Hipérbato para socorrer o gato acidentado.
( O ) Elipse ( ) À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva,
( P ) Zeugma o nosso carro deslizava entre um e outro.
( Q ) Pleonasmo (omissão da forma verbal estava: estava o sol, estava chuva.)
( R ) Assíndeto ( ) "Bendito o que, na terra, o fogo fez, e o teto." (Olavo Bilac)
( S ) Polissíndeto (Bendito o que fez o fogo e o teto na terra.)
( T ) Anacoluto ( ) "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como que é que
( U ) Repetição poderíamos dormir tranqüilos a nossa eternidade?" (Mário Quitanda)
( V ) Silepse ( ) "O Brasil é novo, é um país pivete". (Abel Silva)
( ) "E há poeta que são artistas
E trabalham nos seus versos
como carpinteiro nas tábuas!..."
(Alberto Caeiro)
( ) Cada vez que você interrompe seu colega, sem pedir licença, percebo
como é bem-educado.
( ) "Será que eu tenho sempre
que te lembrar
todo dia, toda hora
Eu te imploro
Por favor " (Alice, Kid Abelha)
( ) Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro.
(apropriar-se = roubar)
( ) “Será que no meio da mata, a morena inda chocalha.”

VÍCIOS E ANOMALIAS DE LINGUAGEM

Entre os vícios de linguagem cabe menção aos seguintes:

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1. Solecismo: “é o erro de sintaxe (que abrange a concordância, a regência, a colocação pronominal e a


má estruturação dos termos da oração) que a torna incompreensível ou imprecisa, ou a inadequação de
se levar para uma variedade de língua a norma de outra variedade; em geral, da forma coloquial ou
popular para a norma exemplar:”

∗ Eu lhe abracei (por o) com força. / Eu o abracei com força.


∗ A gente vamos à reunião. (por vai) / A gente vai à reunião.
∗ Tu fostes à festa ontem. (por foste) / Tu foste à festa ontem.
∗ Aluga-se casas no Itanhangá. (por alugam-se) / Alugam-se casas no Itanhangá.
∗ Aqui, faz-se vendas à prazo. (por a) / Aqui, faz-se vendas a prazo.
∗ Queremos fazermos tudo certo. (por queremos fazer) / Queremos fazer tudo certo.

2. Barbarismo: “é o erro no emprego de uma palavra, em oposição ao solecismo, que o é em referência


à construção ou combinação de palavra. Inclui o erro de pronúncia (ortoepia), de prosódia, de ortografia,
de flexões, de significado, de palavras inexistentes na língua, de formação irregular de palavras:”

∗ gratuíto por gratuito


∗ rúbrica por rubrica
∗ proesa por proeza
∗ íbero por ibero
∗ interim por ínterim
∗ em baixo por embaixo
∗ pixe por piche
∗ excessão por exceção
∗ magestoso por majestoso
∗ cidadões por cidadãos
∗ quizer por quiser
∗ a telefonema por o telefonema

“Também já se empregou o termo barbarismo para referir-se aos erros cometidos pelos
estrangeiros ao adaptar ao seu idioma palavras ou expressões de outras línguas.”

3. Estrangeirismo: “é o emprego da palavra, expressões e construções alheias ao idioma que a ele


chegam por empréstimos tomados de outra língua. Os estrangeirismos léxicos que entram no idioma por
um processo natural de assimilação de cultura ou de contigüidade geográfica assumem aspecto de
sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da
degradação do país. Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos,
os contatos de povos. Este tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de
patriotite) é antigo e revela reflexos de antigas dissensões (divergência de opiniões) históricas. (. . .)
O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela
desnecessária por se encontrarem no vernáculo palavras e giros equivalentes. A introdução de uma palavra
estrangeira para substituir uma vernácula em geral se explica pela debilidade funcional da palavra
ameaçada de substituição.
Modernamente no mundo globalizado em que vivemos, onde os contactos de nações e de cultura
são propiciados de mil modos, os estrangeirismos interpenetram-se com muita facilidade e rapidez. Para
nós brasileiros os estrangeirismos de maior freqüência são os francesismos ou galicismos (de língua
francesa) , anglicismos (de língua inglesa), espanholismos ou castelhanismos (de língua espanhola),
italianismos (de língua italiana).”

Estrangeirismo / Forma equivalente em português

∗ show / espetáculo, exibição


∗ pedigree / raça, linhagem
∗ chance / oportunidade, ocasião, vez
∗ costume / traje, vestido, terno
∗ e-mail / correio-eletrônico
∗ deletar / apagar

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∗ roast-beef / rosbife
∗ club / clube
∗ basket-ball / basquetebol
∗ ballet / balé
∗ abat- jour / abajur
∗ background / conhecimento

“Quando o vocábulo estrangeiro revela-se muito útil ou necessário, tende a adaptar-se à pronúncia
e grafia do português. É o que chamamos de “aportuguesamento”.

4. Cacófato: “é a palavra inconveniente, descabida, ridícula ou obscena que resulta da união de duas
outras ou de partes de outras palavras vizinhas.”

∗ Ela tinha muito carisma.


∗ O perdedor nunca ganha.
∗ Paguei cinqüenta reais por cada peça.
∗ Você viu a boca dela?
∗ Falei com ele na vez passada.

5. Ambigüidade ou anfibologia: “ocorre quando uma mensagem tem mais de um sentido. A anfibologia
geralmente resulta da disposição inadequada das palavras na frase.”

∗ Encontrei-a preocupada. (Quem estava preocupada?)


∗ Ele disse ao seu colega que seu irmão está muito doente. (O irmão de quem está muito doente?)
∗ O guarda prendeu o ladrão em sua casa. (Na casa de quem: do guarda ou do ladrão?)
∗ Pâmela viu o incêndio da loja de brinquedos. (Pâmela estava na loja e viu o incêndio, ou viu a loja
incendiar-se?)

6. Pleonasmo: “é o emprego de palavras ou expressões de significado semelhante que não acrescentam


nada ao que já foi dito e, por isso, tornam-se inúteis na frase.

∗ Saia daqui para fora.


∗ A moça teve uma hemorragia de sangue.
∗ Ele desceu para baixo.
∗ Suba já para cima, rapaz!
∗ Eu vi com meus próprios olhos.

EXERCÍCIOS

1. (Corregedoria Geral/RJ) As palavras hits e big-bang são exemplos de:


a) neologismos
b) estrangeirismos
c) sinônimos
d) arcaísmos
e) regionalismos

2. (PUC-SP) Nos trechos:


“O pavão é um arco-íris de plumas.”
e
“... de tudo que ele suscita e explende e estremece e delira...”
enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto
b) comparação e repetição
c) metonímia e aliteração
d) hipérbole e anacoluto
e) anáfora e metáfora

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3. (C. BOMB. –RJ) Na oração: Nas horas de inspiração, gosto de cantar Elis Regina, encontramos a
seguinte figura de linguagem:
a) eufemismo d) metonímia
b) catacrese e) prosopopéia
c) metáfora

4. (U.TAUBATÉ-SP) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:


a) sinestesia d) onomatopéia
b) eufemismo e) antonomásia
c) onomatopéia

5. (FMU-SP) Observe a letra destacada nos versos:


“O vento voa
a noite toda se atordoa,”
Na consoante que se repete, você vê:
a) aliteração d) rima
b) assonância e) onomatopéia
c) eco

6. (F.Oswaldo Cruz-SP) “Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.” Temos aqui uma figura de
linguagem, típica do Barroco:
a) antítese
b) pleonasmo
c) elipse
d) hipérbole

7. (UM-SP) “que salta morros na distância iluminada”. A figura de linguagem destacada no verso é:
a) onomatopéia d) prosopopéia
b) metáfora e) eufemismo
c) metonímia

8. (UM-SP) Aponte a figura : “Naquela terrível luta, muitos adormecem para sempre”.
a) antítese c) prosopopéia
b) eufemismo d) pleonasmo
c) anacoluto

9. (F. Oswaldo Cruz-SP) Anacoluto:


a) é o emprego repetido de conjunções coordenativas, especialmente aditivas.
b) é a omissão de um termo facilmente subentendido.
c) é a quebra da estruturação lógica da oração.
d) é a repetição de termo já mencionado ou de idéia já expressa.

10. (UNESP) Emprega-se o termo “solecismo” para indicar o uso errado da concordância, regência ou
colocação. Aponte a única alternativa em que não ocorre tal erro:
a) Faz cinco anos completos que não visito o Rio.
b) Devem haver explicações satisfatórias para este fato.
c) Haviam vários objetos espalhados sobre a mesa.
d) Se lhe amas, deves declarar-te depressa.
e) Fazem já vinte minutos que começaste a prova.

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XV. DISCURSO DIRETO E INDIRETO

Há três maneiras de comunicar a fala dos personagens:


‰ discurso direto
‰ discurso indireto
‰ discurso indireto livre

Discurso direto: é a representação da fala das personagens através do diálogo:


“Ela sussurra:
― Cuidado, é o carro do meu vizinho de andar, ele não pode vê-lo comigo. Esconda-se.
(...)
... enquanto murmura:
― Eu logo o vi no restaurante. Quando levantei da mesa para subir ao primeiro andar, era para você me
olhar.” (François Truffaut)

^ “... um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer,
afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar, responder e sinônimos, que podem introduzi-lo, arrematá-lo,
ou nele se inserir.” (Celso Cunha)

Discurso indireto: consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala
das personagens:
“Era raro ele se mostrar claramente mais sério. Lóri reconhecia que ele tinha concentração, intensidade,
delicadeza e discrição, embora tudo fosse quase sempre encapado por um tom leve para não mostrar
emoção”. (Clarice Lispector)

^ “Como, na passagem ao discurso indireto, todas as formas de discurso direto de primeira ou de segunda
pessoa se apresentam em terceira pessoa, dá-se em geral um esvaecimento das realidades concretas de
tempo e lugar a que as pessoas e coisas referidas estariam vinculadas.” (Celso Cunha)
^ “No plano formal, verifica-se que, introduzidas também por um verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar,
confessar, responder, etc.), as falas das personagens aparecem, no entanto, numa oração subordinada
substantiva, em geral desenvolvida:

João Garcia garantiu que sim, que voltava. (V. Nemésio, MTC, 11)”
(Celso Cunha)

Discurso indireto livre: ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao
fluxo normal da narração:
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram sem chapéu, de pijama,
por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como
poderia andar um homem àquela hora, sem fazer nada, de cabeça no tempo, um branco de pés no
chão como eles? Só sendo doido mesmo.” (José Lins do Rego)

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^ “Ao contrário do que acontece no discurso indireto; o indireto livre conserva as interrogações, as
exclamações, as palavras e as frases do personagem na for por que teriam sido realmente proferidas.”
(Celso Cunha)
^ “ Sua “riqueza expressiva” aumenta quando ele (o discurso indireto livre) se relaciona, dentro do mesmo
parágrafo, com os discursos direto e indireto puro”, pois o emprego conjunto faz que para o enunciado
confluam , “numa soma total”, as características de estilos diferentes entre si.” (Celso Cunha)

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

DENOTAÇÃO
Temos denotação quando a palavra é empregada no seu sentido real, comum. Literal. É usada na
linguagem científica, informativa, sem preocupação literária.
Ex.: Construíram um muro de pedra. (denotação)

(matéria mineral dura e sólida, da natureza das rochas)

CONOTAÇÃO
Temos conotação quando a palavra assume um sentido fora do real. Um sentido figurado, poético.
A conotação é muito usada na linguagem poética.
Vejamos, como no poema de Carlos Drummond de Andrade a palavra pedra assume outro
significado:
No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra


tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca esquecerei desse


acontecimento
na vida de minhas retinas
tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do


caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade

A palavra pedra, no poema, significa obstáculo, portanto possui um sentido poético, conotativo.

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PRÁTICA

1. Diga em que sentido foi empregada a palavra assinalada (denotativo ou conotativo):


a) A flor é perfumada. ____________________________________________________
b) Ele é o cabeça da revolução. _____________________________________________
c) Esta menina é uma flor. _________________________________________________
d) Doía-lhe a cabeça e nem o médico descobria a causa. _________________________
e) A margem esquerda do rio era coberta por densa floresta. ______________________
f) Vivia à margem da sociedade, fugindo de todos. _____________________________
g) Após anos de luta e sacrifícios, agora era tempo de colher os frutos. _____________
h) Os frutos maduraram, podemos colhê-los. __________________________________
i) A doçura de suas palavras me encantam. ___________________________________
j) “Iracema, a virgem dos lábios de mel.” ______________________________________

2. Coloque D para denotação e C para conotação.


( ) O incêndio do prédio começou no porão.
( ) A luz lambe as folhas. (Arnaldo Antunes)
( ) Os gatos lambem o próprio corpo.
( ) Um grito de café fresco surgia na cozinha.(Clarice Lispector)
( ) Ouviu-se um grito apavorante.

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XVI. TIPOS DE REDAÇÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Existem três tipos de redação: descrição, narração e dissertação. É importante que você consiga perceber a
diferença entre eles.

Dissertação Narração Descrição

É o tipo de composição na qual É a modalidade de redação na É o tipo de redação na qual se


expomos idéias gerais, seguidas qual contamos um ou mais fatos apontam as características que
da apresentação de argumentos que ocorreram em determinado compõem um determinado objeto,
que as comprovem. tempo e lugar, envolvendo certos pessoa, ambiente ou paisagem.
personagens.

Vejamos, agora, três exemplos:

DISSERTAÇÃO

A procura por cursos e escolas de boa qualidade tem aumentado a cada dia. Os altos índices de
desemprego, no país, são fatores predominantes para que os pais, mais atentos a essa realidade,
busquem, na educação, minimizar as dificuldades existentes, uma vez que grande parcela dos
desempregados possui apenas o ensino fundamental, muitas vezes, incompleto. (Cintia Barreto)

NARRAÇÃO

" — E gente enferruja?


Raul nem estava conseguindo dormir, de tanto repensar. Mil perguntas na cabeça.
— Será que é bolor? Pode ser... É meio azulado.
Mas não tem um jeito macio feito coisa embolarada.
Parece mais ferrugem.
Estava assim, pensando e pensando, desde a hora do recreio na escola, quando descobriu as
manchas azuis no braço. Primeiro até pensou que fosse tinta. Só que não tinha jeito de tinta."

MACHADO, Ana Maria. Raul da ferrugem azul. Rio de Janeiro: Salamandra;


Brasília: INL, 1979. p.

DESCRIÇÃO

"Passarinho me contou que certa vez havia um reino. E, nesse reino, um rei havia.
Havia também muita coisa bonita, coisa que nem se imagina.
Havia sol e havia mar. Muito sol. Muito mar. Com tudo o que costuma essas belezas acompanhar.
Ilhas, praias, coqueirais, canoas a remo e a vela, redes de pesca de sono, lagoas, conchas, peixes, jardins
de algas, floresta de coral, brisa a soprar.
Às vezes, havia arco-íris. De noite, brilhava o luar."

MACHADO, Ana Maria. Passarinho me contou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1.

“Um texto é um conjunto de idéias organizado e coerente. A melhor forma de testarmos nossa capacidade
de conhecer o funcionamento de uma estrutura textual e reproduzir sua organização é fazendo uma
paráfrase. Paráfrase é um texto feito a partir das idéias de outro texto, mantendo sua essência, mas
utilizando outras palavras. Para fazer uma paráfrase, é preciso entender todas as idéias que o autor do
texto original quis transmitir, em todos os seus detalhes”.

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DISSERTAÇÃO

Dissertar é escrever sobre um determinado assunto, apresentando argumentos que comprovem sua
tese.
A dissertação pode ser subjetiva (os assuntos abordados levam em consideração as emoções da
pessoa que escreve ⎯ cartas argumentativas) e pode ser objetiva (os argumentos apresentados são de
caráter impessoal ⎯ relatórios, textos científicos, ensaios etc.).
Atualmente, a modalidade de redação mais exigida em concursos é, de uma forma geral, a redação
dissertativa (objetiva).
Esse tipo de redação divide-se em: introdução, desenvolvimento e conclusão.

TEMAS SUBJETIVOS E OBJETIVOS

Ao fazer uma prova de redação será apresentado, a você, um tema e, às vezes, mais de um tema
para que seja feita sua dissertação.
Esses temas podem ser subjetivos (temas que tratam de assuntos que dizem respeito a sua
posição pessoal, como, por exemplo, uma carta argumentativa para o presidente de uma empresa ou
instituição de ensino) ou temas objetivos (temas que tratam de assuntos que dizem respeito a todos, temas
sociais, econômicos, políticos etc.). Nos dias atuais, os temas de caráter objetivo são, de uma forma
geral, os mais freqüentes em concursos em todo o país. Por isso, será apresentada uma relação de
possíveis temas objetivos, já que os temas subjetivos dependerão muito mais da sua postura pessoal do
que técnica.
Os temas objetivos exigem, da parte de quem escreve, informação, pesquisa, organização e
elaboração “padronizada” a respeito deles.
Devido à grande instabilidade, econômica, política e social, que o país atravessa, são possíveis os
seguintes temas:

A necessidade de uma polícia mundial. Liberdade de Expressão e Censura.


A americanização da sociedade brasileira. A necessidade de modernização na educação.
A obrigatoriedade do voto. “Toda canção de liberdade vem do cárcere.”
O conflito entre a leitura e a televisão. Brasil, um país emergente?
Informação: uma arma poderosa. A internet e as relações interpessoais.
A violência nos grandes centros urbanos Terceira idade: idade do respeito
A necessidade de paz mundial O amor em tempo de Guerra
Rio de Janeiro: uma cidade sitiada O papel da mulher na sociedade atual

COESÃO, COERÊNCIA, CLAREZA E CONCISÃO

• Coerência- “qualidade ou estado de quem é coerente; conexão, harmonia, acordo, não contraditório.”
(Francisco da Silveira Bueno)

• Coesão – “1. união íntima das partes de um todo. 2. Conexão, nexo.”(Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira)

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A clareza é fundamental em uma redação, uma vez que quem escreve quer ser entendido. Assim, quem
escreve deve evitar as gírias, os jargões, as expressões que gerem ambigüidade e, principalmente, palavras
raras, de difícil acesso, ou seja, palavras que possam dificultar a compreensão do seu texto.
Outro fator importantíssimo, à obtenção da clareza na redação, é a pontuação. Sabemos que não
escrevemos como falamos, por isso mesmo é que se faz mister o emprego exato dos sinais de pontuação.
No texto de Jô Soares, Da difícil arte de redigir um telegrama, no qual uns parentes se reúnem para
comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de sua irmã, há uma
passagem que exemplifica bem a necessidade da vírgula para o correto significado da frase. Vejamos:
“Se possível volte. tua irmã saudosa. passando quase mal. por favor acredite. cuidado coração.
venha logo. saudades surpresa.
(. . .)
Como o telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a
palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros . . .”
É preciso reiterar que , nas redações argumentativas, nos ofícios, nos memorandos, nas
declarações, etc. devem ser usados, corretamente, os sinais de pontuação para evitar idéias ambíguas que
possam gerar confusão ao leitor.
Compreende-se também que, para um texto apresentar clareza é preciso ter correção e concisão.
À correção, cabe a releitura do texto para serem notificados pequenos erros gramaticais que tornam a
clareza mais distante. Cabe à concisão, a uniformidade do texto, evitando a prolixidade e o desperdício de
idéias, através de frases repetitivas e supérfluas.
Não se pode deixar de esclarecer que , para um texto ser coeso e coerente, deve-se difundir
conjunções coordenativas no mesmo , para ligar orações independentes sintaticamente, mas dependentes
semanticamente. A preferência por conjunções coordenativas tem haver com a simplicidade do texto, para
isso prefira frases curtas. Por outro lado, as orações subordinadas são mais usadas em textos acadêmicos,
científicos, isto é, textos técnicos cujos leitores estão aptos a interagir e compreendê-lo.
Dessa forma, percebe-se que para uma redação obter clareza, coesão e coerência é preciso
distribuir harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando-a devidamente, substituir
as palavras ou expressões cuja sucessão de sons prejudique a eufonia (produzam sons desagradáveis) e
fazer uso de conjunções ou expressões conjuntivas para ligar idéias num mesmo período.

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IMPORTÂNCIA DA DISSERTAÇÃO

Sendo que a dissertação está bem mais próxima do texto científico que do texto literário, o
valor de uma dissertação se mede, sobretudo, pelo valor da argumentação exposta no desenvolvimento.
O desenvolvimento equivale à comprovação científica. Em outros termos: é a exposição objetiva dos
argumentos que provam as afirmações feitas na introdução. Uma dissertação cujo desenvolvimento não
apresenta argumentos sólidos, que provem a tese anunciada na introdução, será um texto de pouco (ou
nenhum) valor.
Por isso, na dissertação, não cabem as simples emoções pessoais de quem escreve, não cabem as
afirmações na base do “eu acho”, “eu penso”, “eu sinto”. A linguagem, argumentação científica não têm
um caráter subjetivo, emocional. Têm que ser mais gerais, mais racionais; dirigem-se à compreensão
racional do leitor, e não à sensibilidade. O que interessa são argumentos, a explanação de um raciocínio
lógico.

________________________________Qualidades_____________________________________

Um bom desenvolvimento deve ter como qualidades:

• Organização: “há uma idéia central que orienta toda a redação”; tudo converge para esta idéia.
• Unidade: todas as idéias lançadas no texto se relacionam com a idéia central e são importantes
para comprová-la.
• Ordenação: cada uma das idéias é sucessivamente explanada. (Para isso, importa que você saiba
estruturar bem os parágrafos: não fragmentar uma mesma idéia em vários parágrafos nem colocar
várias idéias em um só parágrafo. É fundamental que você saiba ligar os parágrafos, usando
adequadamente as palavras e expressões de transição entre um parágrafo e outro.)
• Coerência: além de haver uma seqüência lógica das várias idéias (dos vários parágrafos), é preciso
que as idéias lançadas estejam , realmente, adequadas ao objetivo que se pretende provar.
• Progressão: “partir do mais simples, do mais conhecido, para o mais complexo, mais desconhecido,
mais profundo”. Seu leitor deve sentir que sua argumentação vai desenrolando-se naturalmente e
que cada argumento vai, progressivamente, levando-o à conclusão.
• Proporcionalidade: deve haver uma proporção entre a importância da idéia e a extensão de sua
abordagem. Escrever mais sobre uma idéia mais fácil, porém pouco importante para comprovar a
idéia central, é revelar falta de senso crítico ou fugir ao tema proposto.
• Clareza e Concisão: deve-se evitar a “repetição de idéias já expressas”, bem como eliminar-se o
detalhe ou a idéia não importante. Seu leitor, deve sentir, claramente, a importância de cada
argumento explanado.
• Equilíbrio: a atitude de quem disserta é uma atitude racional. Por isso você evitará cair na
discussão emocional, nas reações emocionais face ao tema.

(Barros, Jayme. Encontros de Redação. p.258/259)

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A interpretação serve para Química!


Responda rápido a uma pergunta: O que há em comum entre os vestibulandos aprovados nos primeiros
lugares? Será que possuem semelhanças? Sim, de fato, o que os identifica é a leitura e a curiosidade pelo
mundo que os cerca. Eles lêem bastante, e lêem de tudo um pouco. As instituições de ensino superior não
querem mais aquele aluno que decora regrinhas. Elas buscam o cidadão que possui leitura e conhecimento
de mundo. Nesse aspecto, as questões, inclusive das provas de exatas, muitas vezes pedem criticidade e
compreensão de enunciados. Quantas vezes você, caro vestibulando, não errou uma questão de Física ou
de Biologia por não entender o que foi pedido. Pois estamos falando de interpretação de textos. A leitura e a
interpretação tornam-se, dessa maneira, exigência de todas as disciplinas. E não pense que essa
capacidade crítica de entender o texto escrito (e até falado) é exclusividade do vestibular. Quando você for
buscar uma vaga no mercado de trabalho, a criticidade, a capacidade de comunicação e de compreensão
do mundo serão atributos importantes nessa concorrência. Lembre-se disso na hora de planejar os estudos
para os próximos vestibulares.

(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98)

TEXTOS

VELHA HISTÓRIA
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o
peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado indescritível nas escamas, que o
homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do
coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no
quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote,
que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no
“17”! ⎯ o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com
a outra lendo jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando o peixinho, enquanto este,
silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora
pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho:
“Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te mais tempo ao
carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para
o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...”
Dito isto, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez
um redemoinho, que depois foi serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado...
(QUINTANA, Mário. Prosa e verso. Porto Alegre, Globo, 1978.)

Questão 1:
No trecho: “Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote, que nem um
cachorrinho”. Podemos concluir que:
a) o homem e o peixinho eram indiferentes;
b) o peixinho servia ao homem;
c) o peixinho era seu melhor amigo;
d) o peixinho era sua razão de viver;
e) o peixinho apenas seguia o homem.

Questão 2:
O “peixinho”, segundo o narrador, era capaz de atos fora do comum para um peixe, EXCETO:
a) acompanhar o dono;
b) ler o jornal;
c) tomar laranjada;
d) ficar silencioso e melancólico;
e) morrer afogado.

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Questão 3:
Quem é a Maria que aparece no texto?
a) parte de um nome (exemplo: José Maria).
b) a narradora da história.
c) o peixinho.
d) alguém a quem o narrador conta a história.
e) não é ninguém importante.

Questão 4:
“...pincelou com iodo a garganta do coitadinho”. Este procedimento do homem denota:
a) medo;
b) tristeza;
c) gentileza;
d) cuidado;
e) melancolia.

Texto 2

EU SEI, MAS NÃO DEVIA


Neste texto comovente, a jornalista e escritora Marina Colasanti descreve a vida real de milhões de
pessoas. Será que essas pessoas têm consciência da vida que levam?

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas
ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora,
logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a
acender mais cedo a luz. E, `a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no
ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos
e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz
(...)
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o
dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que
as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais
dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata de produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro. À luz
artificial de ligeiro tremor. Ao choque que o os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À
contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo
de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a
gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só
os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E
se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem
sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar
feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para
poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia – 1ª ed. RJ. Rocco, 1996)

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1. Assinale a opção que expressa o sentido do trecho sublinhado:


“A gente se acostuma (...) a ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.”(3º
parágrafo)
a) a passagem está com hora marcada;
b) o ônibus está vazio, o que facilita a leitura do jornal;
c) o relógio do narrador parou, atrasando todos os seus compromissos;
d) o relógio da vida moderna não pára nunca;
e) o jornal é de outro passageiro, o que permite a leitura somente no ônibus.

2. Assinale a opção que expressa o que a autora quer dizer com:


“E a pagar mais do que as coisas valem.” (6º parágrafo)
a) o homem não se acostuma a olhar os preços das coisas;
b) o homem deseja ser generoso e por isso paga mais pelas coisas que compra;
c) o homem se acostuma a ser explorado;
d) o homem não concorda com o valor das coisas e por isso paga mais;
e) o homem não se acostuma a guardar dinheiro.

3. Este texto se refere a que tipo de indivíduos?


a) políticos;
b) fanáticos religiosos;
c) ecologistas;
d) habitantes das grandes cidades;
e) moradores do campo

4. Em “...a não colher fruta do pé...” (8º parágrafo), a palavra sublinhada significa:
a) a parte inferior da perna;
b) cada exemplar de uma planta;
c) a base de uma escultura;
d) a parte inferior da página;
e) a parte da cama oposta à cabeceira

Texto 3

DOR DE DENTE
Em frente de Sousa Costa, a pretinha Marina, imóvel, se agarrava com as duas mãos no banco,
estarrecida, boca aberta, olhos esbugalhados, gozando. Como tinham ido ao Rio pelo noturno, esta era
realmente a primeira vez que enfim Marina viajava de trem, a sua maior aspiração. Automóvel, jamais a
interessara, era canja, não tinha apito. Mesmo pra ir da casinha dela, na chegada de Jundiaí, para vila
Laura, foram buscá-la na Fiat, não tinha apito. E nos seus quatorze anos, Marina guardava aquele desejo
eterno com que, todos os dias de sua já longa vida, espiava os trens, trepada no barranco, os trens
sublimes passando. A casa do pai dela, carapina em Jundiaí, era justo numa curva de apitar, e o apito
nascera dentro dela como a suprema expressão da dignidade dos veículos.
Só uma coisa Marina ainda achava superior ao trem: ter dor de dente. Chegara a rezar a Deus
pedindo que lhe mandasse uma dor de dente, nem que fosse uma dorzinha só, bem pequenina,
porque achava muito lindo a gente andar com um lenço vermelho amarrado na cara. Achava
lindíssimo. No tempo em que morava com a família, chegava a chorar de escondido, porque o Dito
andava sempre de lenço amarrado na cara, maravilhoso, já todo banguela de tanto dente arrancado
com dor. E ele com aquela dentadura branca, alvinha, sem uma dor . . . Chorava.
(ANDRADE, Mário de. Dor de Dente. In RIEDEL, Dirce et alii. Literatura em curso. Rio de Janeiro,
Edições Bloch, 1974, p. 139-140)

1. Nos dois primeiros períodos, Marina se encontra:


a) no barranco e à tarde.
b) em casa e à noite.
c) “na curva de apitar” e de manhã.

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d) na Fiat e à tardinha.
e) no trem e de dia.

2. Considerando que a relação de Marina com o mundo se faz pelo sentir e não pelo saber, os elementos
que ela mais valoriza ligam-se, respectivamente, aos sentidos da:
a) audição e tato.
b) visão e gustação.
c) audição e gustação.
d) gustação e audição.
e) tato e olfato.

3. As formas de diminutivo “pretinha” (linha 1), “casinha” (linha 5), “dorzinha” (linha 11) e “alvinha” (linha
15) conotam respectivamente:
a) ingenuidade, simplicidade, intensidade, intensidade.
b) preconceito, humilhação, quantidade, cor.
c) desprezo, dimensão, insignificância, pureza.
d) tamanho, aconchego, irritação, beleza.
e) simpatia, pobreza, irritação, beleza.

Texto 4

BIBLIOTECA QUE NASCE DO COLO


Rosa Amanda Strausz

Mario Quintana dizia que livro bom é aquele que gente lê e parece que está pensando. Só
mesmo um poeta para sintetizar com tamanha simplicidade a ligação que se estabelece entre leitor
e texto. Tão profundo, intenso e sutil que parece bruxaria, ato de envolver-se com o livro nos conduz
ao mundo desconhecido que se encontra dentro de nós mesmos.
A leitura é sempre um movimento de reconhecimento. Até mesmo para compreender alguma coisa
inteiramente nova, partimos de um material que já possuímos. Reconhecemos monemas, fonemas,
palavras, idéias, sentimentos, sensações e da mistura de todos os pedaços conhecidos surge alguma coisa
inteiramente nova. O auge desse movimento de reconhecimento é a releitura. Quando somos apresentados
a Brás Cubas, na adolescência, torcemos o nariz para aquela figura esquisita. Na Segunda leitura, ele nos
parece um pulha. Na terceira, uma personalidade contraditória e curiosa. Então, de repente, sofremos um
choque literário e descobrimos: Brás Cubas sou eu!
Brás Cubas sou eu. Madame Bovary sou eu. Emília sou eu. Flicts, Raul da Ferrugem Azul, as fadas
de Sylvia Orthof e de Fernanda Lopes de Almeida, os idiotas sentados no barril de Ruth Rocha, Cinderela,
Ludi, Ana Karenina, e também...
Madame Bovary, Flicts e Emília misturados no mesmo parágrafo? Você torceu o nariz, eu vi. Que
idéia, juntar literatura com historinha para crianças! Afinal de contas, todo mundo sabe que a função da
literatura infantil é transmitir valores morais, apoiar a alfabetização e ensinar alguma coisa às crianças e não
criar mundos onde a alma de qualquer pessoa se amplie e se reconheça.
Vamos, então, voltar ao Mario Quintana e à relação intensa que pode se estabelecer entre livro e
leitor. Embora seja uma atividade solitária, a literatura nos integra ao mundo. Quando leio Flicts ou O
Apanhador no campo de centeio e reconheço ali o sentimento de imaginação que me acompanha,
compreendo que não se trata de um problema meu, mas de uma característica humana que possuo.
Através da leitura, nos reconhecemos parte da humanidade e não seres isolados. Aprendemos a
compreender os outros e nós mesmos.
(...)

1. A partir da referência à personagem Brás Cubas, de Machado de Assis, a autora reforça a idéia de
reconhecimento que a leitura e a releitura propiciam. Com isso, corrigi-se, no leitor, uma:
a) vontade de se parecer com cada personagem de ficção.
b) rebeldia para com os autores brasileiros, de um modo geral.
c) mania infantil de criticar o mundo que nos cerca.
d) tendência a rejeitar a obra literária sem conhecê-la.
e) Inadequação natural de ordem biopsíquica.

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2. O uso de reticências, no 3º parágrafo, serve para marcar ou sugerir uma possível reação do leitor:
a) à seqüência aleatória e infinita de outras personagens de ficção.
b) a uma ironia da autora em relação às personagens grotescas.
c) a uma quebra da seqüência lógica das enumerações do pensamento.
d) a uma identificação da própria autora para com as personagens.
e) Ao imponderável do mundo de fantasia das histórias infantis.

3. A expressão coloquial “torcer o nariz”, duas vezes utilizada no texto, significa todas as opções abaixo,
EXCETO:
a) rejeitar
b) recusar
c) repudiar
d) desprezar
e) desconfiar

4. A afirmação de Quintana, de que se serve a autora para abrir o texto, estabelece uma estreita relação
entre:
a) o real e a fantasia e) a ficção e a realidade
b) o subjetivo e o objetivo
c) a imaginação do autor e a perspicácia do leitor
d) o leitor e o texto

Leia os textos com atenção e, em seguida, responde às questões.

Texto 1

A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem se despedires foste embora
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos da obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
Do que o ato sem continuação, o ato em si,
O ato que não ousamos nem sabemos ousar
Por que depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
De nossa convivência em falas camaradas,
Simples apertar de mãos, nem isso, voz
Modulando sílabas conhecidas e banais
Que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
O não previsto nas leis da amizade e da natureza
Nem nos deixaste sequer o direito de indagar
Porque o fizeste, porque te foste.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Farewell.
Rio de Janeiro, Ed. Record, 1996, p.41-42)
Texto 2

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AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.


E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
Que rio e danço e invento exclamações alegres,
Porque a ausência, essa ausência assimilada,
Ninguém a rouba mais de mim.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. 2. Ed. Rio de Janeiro, Ed. Record, 1984, p. 25.)

1. O motivo que leva o poeta, no primeiro texto, a acusar o ausente deve-se:


a) ao fato de o amigo ter viajado sem avisar o dia de volta.
b) à rejeição do amigo que partiu em busca de novas amizades.
c) ao modo imprevisível e inexplicável da morte precoce do amigo.
d) à partida repentina do amigo que respeitou as leis da amizade e da natureza.
e) à dor pela morte oportuna do amigo que enlouqueceu.

2. Comparando, nos dois textos, os sentimentos provocados pela ausência, é falso afirmar que:
a) no primeiro, a ausência é a falta; no segundo, a ausência é presença.
b) no segundo, o poeta consegue superar a saudade.
c) a ausência, no primeiro, é saudade pela impossibilidade da convivência física.
d) no segundo, a ausência estimula o inconformismo e o desconforto do poeta.
e) a ausência, no segundo, é companheirismo permanente na lembrança do poeta.

3. “falas camaradas”, “simples apertar de mãos . . .”, “. . . voz modulando sílabas conhecidas e banais.”
(texto 1/versos 17, 18 e 19)
Com essas palavras, o poeta:
a) caracteriza o relacionamento amigo e confiante, vivenciado entre ele e o ausente.
b) antecipa o rompimento do pacto de amizade com o ausente.
c) admite a sua impotência diante da atitude do amigo.
d) provoca o amigo a explicar a ousadia do grave ato.
e) propõe ao amigo viver sem prazo sem consulta sem provocação.

PRÁTICA

1. (Aeronáutica) Marque A para narração B para descrição e C para dissertação:


( ) “Na sala fechada ao sol seco do meio-dia/sobre a ingenuidade da faiança portuguesa/os frutos
cheiram violentamente e a toalha é fria/e alva na mesa ...”
( ) “( . . . ) Mas aí, inesperadamente, o menino perdeu o medo. Espichou-se então pela rede, tudo belo e
formoso, sem dar a mínima pro diabo.
⎯ Você não pode me pegar ⎯ o menino disse ...”
( ) “Em vista do grande número de abortos clandestinos, verificados sobretudo nas camadas de baixa
renda, sua legalização permitiria que as mulheres, ao optarem por ele, fossem convenientemente assistidas
em instituições médicas adequadas.”
( ) “Ao Estado cabe, ao invés de tentar impor o controle da natalidade, criar condições satisfatórias de
vida para as famílias pobres que possuem um grande número de filhos, principalmente em países de
grande extensão territorial e de áreas ainda não ocupadas.”
( ) “O fogo despontou em um dos quartos que, por sorte, ficava na frente do prédio. O porteiro do
restaurante, conhecido da família, avistou-o e imediatamente foi chamar o sr. Marcos. Ele, mais que
depressa, ligou para o Corpo de Bombeiros.”

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a) A–A–C–A–A
b) B–A–C–C–A
c) C–A–C–C–A
d) C–A–C–C–B

2. (Aeronáutica) Observe o poema narrativo abaixo, de Manuel Bandeira.

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Quanto aos elementos da narração, é incorreto afirmar que:


a) o fato ocorreu na imundice do pátio (espaço).
b) o desfecho é surpreendente – o bicho é um ser humano.
c) a palavra ontem indica o momento em que se passou o fato.
d) o foco narrativo é de 3ª pessoa, o narrador observa os fatos de fora e os registra.

3. (Aeronáutica) Assinale a alternativa que apresenta um argumento coerente com o ponto de vista
apresentado no trecho abaixo.

Quem lê muito pode tornar-se um bom leitor, não necessariamente um escritor competente, pois...
a) a leitura influencia a escrita, o leitor toma contato com novas formas lingüísticas e aperfeiçoa sua
linguagem.
b) o enriquecimento do vocabulário na leitura auxilia bastante a produção textual, desenvolvendo a
habilidade de escrita.
c) ler estimula o descobrimento de novos mundos e a ampliação de conhecimentos, que serão eficazes
subsídios para que o texto escrito apresente bom conteúdo.
d) escrever bem depende também de um interesse real pelas coisas, da consciência de alguns processos
de educação e do exercício de técnicas de elaboração de texto.

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XVII. APÊNDICE

De Diógenes Magalhães in Redação com Base na Lingüística (e não na Gramática).(Dúvidas que


ocorrem ao redator, e cuja solução quase nunca se encontra nas gramáticas ou nos dicionários.)
Selecionei algumas, mas não todas, dúvidas que se encontram no livro desse autor acima citado.

ABREVIATURAS E SÍMBOLOS: nos textos (cartas, ofícios, relatórios), não se deve das abreviaturas, nem
de símbolos, isto é: só devem ser utilizados símbolos e abreviaturas quando for de todo impossível usar as
palavras por extenso. Assim, por exemplo, em vez de escrever 2 kg, deve escrever : dois quilogramas; em
vez de escrever R$ 10,00, devo escrever: dez reais.
AO INVÉS: invés quer dizer: avesso; ao invés significa ao contrário. EXEMPLO: AO INVÉS DE
APLAUSO, recebeu VAIA. Esta frase está correta, porque o contrário de aplauso é vaia. Em vez de quer
dizer em lugar de: EM VEZ DE CAMINHÃO, recebemos um JIPE. Caminhão é diferente de jipe, mas não é
o contrário de jipe. Logo, não podemos, aqui, empregar ao invés de. Outro exemplo: EM VEZ DE Cacilda,
veio Leda = EM LUGAR DE Cacilda, veio Leda. Cacilda é diferente de Leda, porém não é o contrário dela;
logo, não posso dizer: AO INVÉS DE Cacilda, veio Leda. Só use ao invés de quando tiver de dar noção de
uma coisa oposta a outra; use em vez de para exprimir que uma coisa está em lugar de outra.
A OLHOS VISTOS: expressão correta. Emprega-se em casos como este: a produção cresce A OLHOS
VISTOS.
ASSESSOR, ASSESSORIA: escrevem-se com ss, e não com c. Acesso não tem nada que ver com
assessor.
A TEMPO e HÁ TEMPO: como se vê, na primeira forma há uma preposição (a); na segunda, aparece o
verbo haver. A tempo quer dizer com tempo, em tempo, dentro do tempo estabelecido: Cheguei a
tempo de fazer a prova, isto é: Cheguei COM tempo (EM tempo) de fazer a prova. Há tempo significa faz
tempo: Há tempo que cheguei, isto é: FAZ tempo que cheguei.
ATÉ O, ATÉ AO: ambas estas formas se justificam. Pode, contudo, a eufonia determinar a supressão do
artigo em frases como esta: Foi até ao alto: deve dizer-se: Foi até o alto, para evitar o encontro de quatro
vogais (e, a, o, a) . Também a clareza pode decidir se deve ou não aparecer o artigo, como queria Carlos
Góis: “O fogo queimou ATÉ A casa”, isto é: queimou tudo, inclusive a casa; O fogo queimou ATÉ À casa”, ,
isto é: foi queimado e parou diante da casa.
ATRÁS: atrás, traseiro, atrasado, atrasar, etc. são palavras que se escrevem com s, e não com z . O verbo
TRAZER se escreve com z. O verbo QUERER demanda s, e portanto não admite z: quis, quiseste, quis,
quisemos, quisestes, quiseram.
ATRASO: escreve-se com s, e não com z. Da mesma forma: atrasar, atrasado.
BENEFICÊNCIA: esta é a forma correta, e não beneficiência.
CADÊ: nunca empregue esta forma num trabalho escrito. O certo é: Que é de: QUE É DA candidata? Nas
conversas, justificam-se as formas quéde (= qu’é de). Que de é forma clássica. Em frei Heitor Pinto se
encontra “Que de vós?”

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CUJO: é erro grosseiro empregar cujo no sentido de o qual. Não diga nem escreva: já me deram máquinas,
cuja máquina é esta. O emprego de cujo é assim: Esta é a caneta CUJA bomba está quebrada (DA QUAL a
bomba está quebrada). Este é o candidato CUJA prova foi corrigida (DO QUAL a prova foi corrigida).
CUSTAR: não diga nem escreva: Custei muito a aprender isto. O certo é: Custou-ME muito aprender isto.
DADO: no sentido de considerado, é participo passado, e como tal deve concordar com o substantivo a
que se refere: DADAS as circunstâncias, achamos que se pode . . . DADOS os argumentos, deferimos os
pedido.
DETER, MANTER, PROPOR: diga e escreva: Se ele DETIVER, Se ele MANTIVER, Se ele PROPUSER;
detivemos, mantivemos, propusemos, etc. Conjugue assim:
detive mantive propus
detiveste mantiveste propuseste
deteve manteve propôs
detivemos mantivemos propusemos
detivestes mantivestes propusestes
detiveram mantiveram propuseram

DISPÊNDIO: prejuízo, dano (figurativamente); gasto.


DIVISÃO DAS PALAVRAS (NO FIM DA LINHA): quando se precisa dividir a palavra, no fim da linha, usa-
se o hífen (e só o hífen) para indicar a partição. É erradíssimo, portanto, usar a sublinha para tal efeito.
EIS QUE: para escrever bonito, alguns burocratas usam essa expressão em frases como: As providências
não foram tomadas, EIS QUE o processo ainda não foi estudado. Não deve ser assim. Use, em lugar dessa
expressão (que não tem amparo na língua popular nem na erudita), as variantes: uma vez que, por isso
que, desde que , porque: Não foram tomadas as providências PORQUE o processo ainda não foi estudado.
EM 25 DE DEZEMBRO: EM 25 de dezembro, ou A 25 de dezembro? Embora as duas formas encontrem
justificativas, a primeira está mais de acordo com a índole do idioma. Com efeito, o normal é perguntar: EM
que dia foi a posse?, e não: A que dia foi a posse? Logo, se quiser ser mais vernáculo, diga e escreva: EM
24 de junho, EM 25 de dezembro, etc.
ENDEREÇAMENTO: ao endereçar, preste atenção ao seguinte: 1) a palavra Rua (ou Avenida, ou
Travessa, ou Beco, etc.) será sempre escrita inicial maiúscula; 2) depois do nome do logradouro, ponha
vírgula. Assim: Rua dos Cataventos, 125; 3) depois do número, outra vírgula e o número do apartamento.
Assim: Rua das Casas, 528, ap. 501. NÃO USE HÍFEN. (A abreviatura de apartamento é: ap.)
ENTREGA EM DOMICÍLIO: entregar não é verbo de movimento; logo, as entregas são EM domicílio, e não
A domicílio. Compare: Corte de cabelo EM domicílio; Aplicação de injeção EM domicílio; Massagens EM
domicílio.
ENTRE MIM E TI: ensina o prof. Ernâni Calbucci: “Deve dizer-se entre mim e ti, e não entre eu e tu.” Da
mesma forma: entre ti e mim (e não entre ti e eu), entre ele e mim (e não entre ele e eu).
EXPRESSÕES INÓCUAS: vemos, de vez em quando, em cartas, ofícios, requerimentos, etc., a expressão
pelo presente (ou pela presente). Esta expressão é redundante, e deve, portanto, ser definitivamente
eliminada. Quando escrevo uma carta, é evidente que tudo quanto nela digo é por meio dela: não pode ser

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por meio de outra. Assim, jamais diga: “Vimos, pela presente, comunicar a V.S. ª que foi deferido o
requerimento de 25/05/75.” Diga simplesmente, com muita economia de palavras: “Prezados Srs.: Foi
deferido seu requerimento de 25/5/75.”
Outra expressão absurda, muito do gosto dos redatores bisonhos, é: “por oportuno”. Uma coisa é oportuna,
e então deve ser dita, sem que se declare que ela é oportuna; ou não é oportuna, caso em que não deve
ser dita. De qualquer maneira, não há lugar para esse mostrengo, esse requinte de estupidez que é o “por
oportuno”.

EXPRESSÕES INÓCUAS (II): há outras expressões que também são absurdas quando iniciam o segundo
parágrafo de uma carta: “A respeito”, “A propósito” e “Sobre o assunto”. Se já identifiquei o assunto no
primeiro parágrafo da carta, é evidente que o que disser a partir do segundo parágrafo tem de ser a
propósito, a respeito, e sobre o assunto.
Note, porém, que é legítimo dizer, no primeiro parágrafo duma carta: “Sobre o assunto versado na sua carta
. . .”, ou: “A respeito da matéria ventilada no seu ofício . . .”, “A propósito do que foi dito no seu memorando
de . . .” . Nunca, porém, no segundo parágrafo, quando houver sido exposto o assunto sobre o qual vamos
escrever.
GARAGEM: aportuguesado do francês garage. Quando a grafia duma palavra já tiver sido
aportuguesada, não é mais lícito usar a forma estrangeira. Assim: uísque, e não Whiskey; conhaque,
e não cognac; esnobe, e não snob; vodka; recorde, e não record; borderô, e não bordereau; Nova Iorque, e
não New York..
GENERALA, CAPITOA, OFICIALA: a encarregada da Divisão de Pesquisas do Banco do Brasil referia-se
a si mesma como encarregado. Argumentava ela que o nome do cargo terminava em O, e não podia ser
mudado. Com efeito, alegam os apedeutas que, se determinado cargo foi criado para homens, não pode o
nome dele variar em gênero quando as funções forem exercidas por mulheres. Este é argumento muito
digno dos onagros. Senão vejamos. O cargo de rei foi criado para homens; logo, se houver mulher no trono
será rei, e não rainha; o Rei Vitória da Inglaterra; o Rei Juliana da Holanda; o Rei Catarina o Grande da
Rússia . . . Acho que nem o último dos iletrados aceitaria semelhante despautério. Pois bem: quando Indira
Gândi esteve no Brasil, houve jornais que noticiaram assim: “Chega, hoje, o primeiro ministro Indira Gândi.”
Todavia, não tiveram coragem de publicar: “Chega, hoje, o Rei Elisabete Segundo.” E no entanto a situação
era a mesma: tanto Elisabete quanto Indira ocupavam cargos criados para homens, e não para mulheres.
Ninguém diz: “Minha filha é engenheiro do D. N. E.R. ; minha sobrinha é médico do I. P. A . S. E.” Ninguém,
por mais burro que seja, dirá: “Neusa é secretário do ministro, Marta é datilógrafo do B. N. D. E. , Norma é
enfermeiro do Sousa Aguiar, Elisa é professor do Pedro II.” Todos dirão, em casos como estes: engenheira,
secretária, datilógrafa, enfermeira, professora.
HOMOLOGAR: este verbo significa: aprovar por autoridade judicial ou administrativa, e não: aprovar pela
primeira vez.
HORAS: nunca diga, nem escreva: “Que horas tem?” Isto é um aleijão. Ninguém diz: “TEM oito horas.”
Todos dizem: São oito horas.” A única maneira (corretíssima) de perguntar é: “Que horas SÃO?” Esse

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negócio de dizer que “Oração? Na igreja” é uma estupidez das maiores. “Oração” não é o mesmo que
“horas são”.
IMPLICAR: não diga nem escreva: isto implica EM reconhecimento da dívida, e sim: isto implica
reconhecimento da dívida (sem preposição).
NACIONALIDADE BRASILEIRO: ao preencher um papel de identificação, o homem deve escrever:
nacionalidade: brasileiro, e não brasileira, porque a palavra brasileiro se refere ao homem que assina, e não
à nacionalidade. Compare: profissão: bancário (e não bancária).
ÓCULOS: diga e escreva: meus óculos, uns óculos, os óculos, e não: meu óculos, um óculos, o óculos.
PARECE ESTAREM ou PARECEM ESTAR: ambas estas formas são corretas. Um verbo deve ir para o
plural, o outro fica no singular. O que se não pode é levar ambos para o plural, o outro fica no singular. O
que se não pode é levar ambos para o plural. Tanto se pode dizer As moças PARECEM FICAR nervosas,
como As moças PARECE FICAREM nervosas.
PRESIDIR À SESSÃO: presidir a sessão e presidir à sessão. Ambas estas formas são consideradas
corretas.
SUICIDAR-SE: o verbo suicidar-se é reflexivo: nunca diga, nem escreva: o homem suicidou. O certo é: O
homem suicidou-se. Disse Hitler: “Prefiro SUICIDAR-ME a capitular.” Todos sabem que sui é pronome
latino, que se declina assim: genitivo: sui; dativo: sibi; acusativo: se; ablativo: se. (Como se vê, não há, nem
pode haver, nominativo nem vocativo.) Mas, uma vez formado o verbo, perdeu-se a noção do pronome, e a
palavra ficou sendo um todo. Se prevalecesse a noção do pronome latino, jamais poderia tal verbo ser
usado com a primeira pessoa, como no exemplo acima citado.
TELEFONEMA: um telefonema, o telefonema, e não uma telefonema. Compare: o cinema, o fonema, o
poema, o sistema, o telegrama.
TODO e TODA: quando seguidas dos artigos o, a, estas palavras querem dizer: inteiro, inteira. Exemplos: o
fogo queimou TODA a casa (a casa TODA); O servente retirou TODO O lixo (o lixo TODO). Quando
desacompanhadas dos artigos o, a, todo e toda querem dizer: qualquer, cada. Exemplos: numere todo
processo que entrar (qualquer processo); Inspecione toda casa que achar aberta (cada casa, qualquer
casa). No plural, as palavras todos e todas vêm sempre seguidas dos artigos os, as. Exemplos: foram
aprovados todos OS candidatos; foram corrigidas todas As provas.
VIAGEM e VIAJEM: quando é substantivo, escreve-se com g: A viagem foi boa; quando verbo, escreve-se
com j: quero que elas viajem logo; contanto que eles viajem de avião . . .V. Sª. , V. Sªs . , V. EXª. , V. EXªs . :
são estas as abreviaturas certas, constantes no Vocabulário da Academia. Por ignorância ou por preguiça ,
os redatores escrevem muitas vezes assim: V. Sa. , V. Exa. , etc. São aleijões que devem ser evitados a
todo custo.

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XVIII. GABARITOS

I. Ortografia
01. A 06. D 11. D
02. B 07. B 12. C
03. B 08. B
04. C 09. C
05. E 10. C

II. Divisão Silábica


01. B 06. B 11. D
02. C 07. C 12. D
03. B 08. C
04. D 09. C
05. C 10. B

III. Acentuação Gráfica


01. E 06. E 11. A 16. D
02. C 07. A 12. B 17. C
03. E 08. E 13. D 18. D
04. A 09. D 14. E 19. D
05. B 10. C 15. B 20. B

IV. Curiosidades Gráficas


01. C 06. B
02. A 07. C
03. D 08. C
04. A 09. D
05. A 10. D

V. Crase
01. B 06. A 11. C
02. B 07. C 12. B
03. E 08. B 13. A
04. A 09. B 14. C
05. D 10. A 15. B

VI. Pontuação
01. C 06. D 11. C
02. E 07. C 12. D
03. A 08. A 13. D
04. A 09. D 14. C
05. B 10. D 15. C

VII. Sinonímia, Antonímia, Homonímia e Paronímia


01. B 06. C 11. C
02. B 07. A 24. E
03. D 08. C 25. B
04. A 09. A 26. A
05. B 10. A 27. B

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VIII. Derivação e Composição


01. D 06. A
02. E 07. E
03. A 08. C
04. C 09. B
05. E 10. A

IX. Classes das Palavras


01. B 06. B 11. A
02. D 07. A 12. D
03. D 08. A 13. E
04. A 09. C 14. E
05. B 10. D 15. B

X. Verbos
01. A 06. C
02. A 07. E
03. B 08. A
04. A 09. D
05. D 10. C

XI. Concordância Verbal e Nominal


01. A 06. B 11. D 16. C 21. A
02. C 07. B 12. B 17. B 22. B
03. A 08. B 13. C 18. C 23. A
04. D 09. C 14. D 19. D 24. D
05. A 10. C 15. A 20. B 25. D

XII. Regência Verbal


01. E 06. D
02. C 07. B
03. A 08. E
04. B 09. A
05. C 10. C

XIII. Sintaxe
01. B 06. A 11. C 16. E
02. D 07. A 12. C 17. A
03. E 08. A 13. E 18. D
04. C 09. D 14. D 19. B
05. A 10. B 15. C 20. C

XIV. Figuras e Vícios de Linguagem


01. B 06. A
02. A 07. D
03. D 08. B
04. A 09. C
05. A 10. A

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XIX. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

AQUINO, Renato. Português para concursos. 7. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2000.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.

BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro:
FENAME, 1981.

Minidicionário da língua portuguesa. ed. rev. e atual. São Paulo: FTD, 2000.

CUNHA, Celso & CINTRA, Cintra. Nova gramática do português contemporâneo.


2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.

FARACO & MOURA. Gramática. 11. ed. São Paulo: Ática, 1998.

LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet, 1960.

MAGALHÃES, Diógenes. Redação com base na lingüística (e não na gramática). 4ª ed. Rio de Janeiro:
Edições Coisa Nossa, 1999.

MARTINS, Cloder Rivas & MESQUITA, Roberto Melo. Técnicas de redação & criatividade. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 1985.

TERRA, Ernani. Curso prático de gramática. 2. ed. São Paulo: Scipione , 1996.

................................................................................................................................................

* Coletânea de Provas Comentadas – Língua Portuguesa (desse material foram retiradas algumas
questões objetivas. São questões de provas de concursos públicos realizados pelas bancas examinadoras
da UFRJ e coligadas – NCE, Fundação José do Patrocínio e Fundação José Bonifácio).

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