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Apostila: Português para Concursos – por Profª Cíntia Barreto
Assunto:
APOSTILA DE PORTUGUÊS
PARA CONCURSOS
Autor:
2
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Apostila: Português para Concursos – por Profª Cíntia Barreto
SUMÁRIO
I. ORTOGRAFIA 6
EXERCÍCIOS 15
PRÁTICA 20
EXERCÍCIOS 20
ORTOEPIA E PROSÓDIA 23
PRÁTICA 27
EXERCÍCIOS 29
V. CRASE 31
OCORRE CRASE: 31
NÃO OCORRE CRASE: 31
CASOS FACULTATIVOS: 32
PRÁTICA 32
EXERCÍCIOS 33
VI. PONTUAÇÃO 37
SINONÍMIA 41
ANTONÍMIA 41
HOMONÍMIA 41
3
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PARONÍMIA 42
PRÁTICA 45
EXERCÍCIOS 46
DERIVAÇÃO 49
COMPOSIÇÃO 50
EXERCÍCIOS 51
SUBSTANTIVO 54
ADJETIVO 57
ARTIGO 59
NUMERAL 60
PRONOME 63
EXERCÍCIOS 65
X. VERBO 68
ESTRUTURA DO VERBO 68
FLEXÕES DO VERBO 68
FORMAS NOMINAIS 70
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 70
FORMAS RIZOTÔNICAS E FORMAS ARRIZOTÔNICAS 72
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO 72
INDICATIVO 73
SUBJUNTIVO 73
ALTERAÇÕES DE UM VERBO SEGUIDO DE PRONOME 74
EXERCÍCIOS 74
ADVÉRBIO 76
PREPOSIÇÃO 77
CONJUNÇÃO 78
INTERJEIÇÃO 79
CONCORDÂNCIA NOMINAL 80
PRÁTICA 81
CONCORDÂNCIA VERBAL 82
PRÁTICA 83
EXERCÍCIOS 84
PRÁTICA 90
EXERCÍCIOS 91
XIII. SINTAXE 93
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TERMOS DA ORAÇÃO 94
PRÁTICA 102
EXERCÍCIOS 103
COORDENAÇÃO 105
SUBORDINAÇÃO 106
DISSERTAÇÃO 123
NARRAÇÃO 123
DESCRIÇÃO 123
DISSERTAÇÃO 124
TEMAS SUBJETIVOS E OBJETIVOS 124
COESÃO, COERÊNCIA, CLAREZA E CONCISÃO 124
TEXTOS 127
PRÁTICA 132
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I. ORTOGRAFIA
Tiro ao Álvaro
(Adoniran Barbosa)
De tanto levar frechada do teu olhar
Meu peito até parece, sabe o que?
Táubua de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar.
Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais
Que atropelamento de automóver
Mata mais que bala de revórver.
O compositor, propositadamente, utilizou em sua música algumas palavras com erros de ortografia,
porém os escritores e os músicos têm licença-poética que os permite “brincar” com a normas da língua
portuguesa.
Um texto dissertativo exige obediência à gramática normativa.
ATENÇÃO ! ! !
ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ
O emprego do S: é usado em adjetivos pátrios terminados em –ês (-esa) e nos adjetivos com o
sufixo –oso (-osa) indicadores de abundância, estado pleno. Depois de ditongos, em verbos derivados de
palavras que já têm s no radical, em títulos de nobreza e alguns nomes próprios.
cheiroso coisa
formoso maisena
dengoso mausoléu
francês faisão
francesa alisar
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marquesa asa
baronesa fusão
duquesa síntese
poetisa gás
profetisa análise
Para formar o grau diminutivo com esses sufixos, proceda da seguinte forma: se a palavra primitiva
terminar por s ou z, basta acrescentar o sufixo –inho(a); se a palavra primitiva apresentar outra terminação,
acrescente o sufixo –zinho(a).
Primitiva sufixo diminutivo derivada
Pires inho piresinho
lápis inho lapisinho
raiz inha raizinha
juiz inho juizinho
papel zinho papelzinho
pé zinho pezinho
O emprego do Z: é empregado nos sufixos –ez (-eza), formadores de substantivos abstratos a partir
de adjetivos. No sufixo –izar, formador de verbo e nas palavras da mesma família. Porém, palavras como
analisar, avisar e pesquisar não ocorre o sufixo verbal –izar, pois são verbos que derivam de palavras
que já têm s no seu radical.
beleza embelezar
altivez centralizar
aspereza civilizar
surdez canalizar
finalizar valorizar
esvaziar agonizar
vez autorizar
revezar Arborizar
cruz profetizar
cruzeiro deslize
baliza desprezo
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- reduzir
- produzir
Grafam-se com Ç :
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Obs.: após ditongos com som / z /, as palavras são grafadas com s (causa, pausa, coisa,
maisena,etc.)
nos sufixos –AÇA(O), -IÇA(O), -UÇA(O):
→ barcaça
→ ricaço
→ carniça
→ dentuço
Emprega-se X:
ramagem monge
vertigem sugestão
ferrugem tigela
pedágio tangerina
colégio gibi
vestígio giz
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relógio algema
refúgio gengibre
ligeiro gíria
sargento vagem
Emprega-se j:
nas palavras derivadas de primitivas que se escrevem com j:
ajeitar, ajeitado (de jeito); laranjeira ...
em palavras de origem tupi: jibóia, pajé, jenipapo.
nas formas dos verbos terminados em –jar: arranjei, despejaram, despejado, ...
na terminação –aje: traje, laje, ultraje
ETC.
ETC é latino et coetere (significando e outras coisas ou e no mais).
Em geral é considerado facultativo o uso da vírgula antes da abreviatura etc.. Mas, convém distinguir os
casos.
Ex.: Os sintomas da doença são: anemia, transtornos endócrinos, etc.
Sem a vírgula antes do etc., poderia parecer que etc. representa outros transtornos além dos endócrinos.
Com a vírgula, etc. significa outros sintomas.
USO DO HÍFEN
Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a noção da
composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética,
conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido.
Dentro desse princípio, deve-se empregar o hífen nos seguintes casos:
1. Nas palavras compostas em que os elementos, com a sua acentuação própria, não conservam,
considerados isoladamente, a sua significação, mas o conjunto constitui uma unidade semântica: água-
marinha, arco-íris, galinha-d’água, couve-flor, guarda- -pó, pé-de-meia (mealheiro, pecúlio) ,
pára-choque, porta-chapéus, etc. .
2. Nas formas verbais com pronomes enclíticos ou mesoclíticos: ama-lo (amas e lo), amá- -lo (amar e
lo), dê-se-lhe, fá-lo-á, oferecê-la-ia, repô-lo-eis, serenou-se-te, traz-me, vedou-te, etc. .
3. Nos vocábulos formados pelos prefixos que representam formas adjetivas, como anglo, greco, histórico,
ínfero, latino, lusitano, luso, póstero, súpero, etc.: anglo-brasileiro, greco-romano, histórico-
geográfico, ínfero-anterior, latino-americano, lusitano-castelhano, luso-brasileiro, póstero-
palatal, súpero-posterior, etc. .
4. Nos vocábulos formados por sufixos que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim,
quando o exige a pronúncia e quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente:
andá-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu, etc. .
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c) supra, quando se lhe segue palavra encetada por vogal, h, r ou s: supra-auxiliar, supra- -renal, supra-
sensível, etc. .
d) super, hiper, inter, quando seguidos de palavra principiada por h ou r: super-homem, super-
requintado, inter-regional, etc. .
e) ab, ad, sob e sub, quando seguidos de elementos iniciados por r e b: ab-rogar, ad-renal, ob-reptício,
sob-roda, sub-reino, sub-bibliotecário, etc. .
f) pan e mal, quando se lhes segue palavra começada por vogal ou h: pan-asiático, pan-
-helenismo, mal-educado, mal-humorado, etc. .
g) bem, quando a palavra que lhe segue tem vida autônoma na língua ou quando a pronúncia o requer:
bem-ditoso, bem-aventurado, etc. .
h) sem, sota, soto, vice, vizo, ex (com o sentido de cessamento ou estado anterior), etc.: sem-cerimônia,
sota-piloto, soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor, etc. .
i) pós, pré e pró, que têm acento próprio, por causa da evidência dos seus significados e da sua
pronunciação, ao contrário dos seus homógrafos inacentuados, que, por diversificados foneticamente,
se aglutinam com o segundo elemento: pós-meridiano, pré-escolar, pró-britânico; mas pospor,
preanunciar, procônsul, etc. .
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira chama a atenção — entre outras omissões do Vocabulário de
1943 — para a ausência do prefixo com (sob a forma co), com o sentido de ‘a par’ , quando o segundo
elemento possui vida autônoma na língua: co-autor, co-herdeiro, co-proprietário, co-responsável, etc.
(Novo dicionário da língua portuguesa, Nova Fronteira, s. d. , p. XI da 1ª edição). Registramos,
especialmente, este caso, por suscitar ele dúvidas freqüentes.
LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet, 1960.
Nos substantivos próprios (nomes de Carolina, Luciana, Leonardo; Alexandre, o Grande; Paraná; São
pessoas, topônimos, denominações Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlântico; lago Paraná; Igreja
religiosas e políticas, nomes sagrados e Católica Apostólica Romana; Partido dos Trabalhadores; União
ligados a religiões, entidades mitológicas Democrática Nacional; Deus; Cristo; Buda; Zeus; Afrodite;
e astronômicas): Júpiter; Via Láctea; . . .
No início de período, verso ou citação “Amor é um fogo que arde sem se ver;
direta: É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
No começo de versos que não iniciam É dor que desatina sem doer;”
período, usa-se normalmente a letra (Camões)
minúscula, como se observa em:
“De tudo quanto foi meu passo caprichoso,
na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia no meio do caminho.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Com o nome país, quando substitui um Vai ser implantada a reforma da previdência no País. (=Brasil)
nome próprio geográfico evidente: O presidente argentino decretou estado de sítio no País.
(=Argentina)
Nos nomes de períodos históricos, festas Idade Média, Renascimento, Natal, Páscoa, Ressurreição de
religiosas ou datas e fatos políticos Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mães, Independência do Brasil,
importantes: Proclamação da República, . . .
Nos nomes de logradouros públicos Avenida Rio Branco, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio,
(avenidas, ruas, travessas, praças, largos, Praça da República, Viaduto da Liberdade, Ponte Rio-Niterói, . .
viadutos, pontes, jardins . . .) .
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Nos nomes de repartições públicas, Ministério do Trabalho, Academia Brasileira de Letras, Teatro
agremiações culturais ou esportivas, Municipal, Edifício Itália, Editora Melhoramentos, Editora
edifícios e empresas públicas ou Scipione, Editora Ática,
privadas:
Nos títulos de livros, periódicos, Dom Casmurro (de Machado de Assis), Veja, Jornal do Brasil ,
produções artísticas, literárias e O Pensador (de Rodin), , O Noviço (de Martins Penna), A
científicas: Origem das Espécies (de Charles Darwin)
Nos nomes de escolas em geral: Escola Técnica Rezende Rammel, Escola Municipal França,
Colégio Hélio Alonso, Colégio Pedro II, . . .
Nos nomes dos pontos cardeais quando As pessoas do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul, a
indicam regiões: vegetação do Oeste . . .
Obs.: os nomes dos pontos cardeais são ... ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste.
grafados com a inicial minúscula quando
indicam apenas direções ou limites
geográficos:
Nas expressões de tratamento: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa
Excelência, Vossa Senhoria, Magnífico Reitor, Sr. Diretor, . . .
Nos nomes comuns sempre que o Amor, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a
personificados ou individualizados: Formiga, a Capital, a República, a Indústria, o Comércio . . .
Com o nome Papa O Papa visitou o Brasil.
O Papa João Paulo II visitará, novamente, o Brasil.
PRÁTICA
2) Complete com J ou G:
verti____em tan____ente ____or____eta
here____e mon____e conta____em
vi____ência lambu____em ____e____um
____íria ri____eza o____eriza
va____em su____eito ____engiva
____equitibá su____eitar ____eada
pa____é pa____em vi____ia
____ibóia ____irafa me____era
cafa_____este ____ilete ____irar
ma____estade passa____eiro ____esuíta
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EXERCÍCIOS
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7. O ............. que ele usava era um ........... da .............. dos petrodólares ostentados pelos ..................... .
a) traje, previlégio, expansão, xerifes
b) traje, privilégio, expansão, xerifes
c) trage, previlégio, expansão, cherifes
d) trage, previlégio, expanção, xerifes
8. (Sec. Est. de Polícia Civil) Pesquisa é palavra escrita com s; qual dos itens a seguir apresenta erro
ortográfico devido à confusão entre s e z?
a) análise;
b) princeza;
c) empresa;
d) paralisia;
e) catequizar.
9. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) “Se o país ganha jeito ...” Como se vê, a palavra jeito se escreve com
j. Em que item a seguir todas as palavras apresentam grafia correta?
a) gorjeta – pajé – jibóia – vajem
b) ultraje – canjica – monje – viajem
c) majestade – jenipapo – alforje - manjedoura
d) laje – traje – tijela - jia
e) lisonjear – gorjeio – sarjeta - ferrujem
10. (Tribunal de Justiça/RJ) O sufixo –izar do verbo “ritualizar” escreve-se com a letra z, como se vê. Que
item a seguir só tem grafias corretas?
a) analizar – visualizar – capitalizar
b) pesquizar – realizar – universalizar
c) catequizar – deslizar – instrumentalizar
d) paralizar – centralizar – urbanizar
e) catalizar – batizar – animalizar
11. (Tribunal de Alçada Criminal) O verbo nascer é grafado com sc; que palavra abaixo está erradamente
grafada exatamente porque não contém esse encontro na sua forma gráfica?
a) piscina d) indescente
b) descida e) suscitar
c) crescer
12. . (Santa Casa - SP) As silabadas, ou erros de prósódia, são freqüentes no uso da língua. Indique a
alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:
a) Eis aí um prototipo de rúbricas de um homem vaidoso.
b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misantropos.
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de lêvedos.
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.
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Ao dividirmos as sílabas de uma palavra, devemos observar a soletração e devemos utilizar o hífen
( - ) para marcar a separação das sílabas.
Porém, outros fatores também são importantes para a divisão silábica. Observe:
Obs.: encontros consonantais como gn, mn, pn, ps, pt, tm e outros não aparecem em muitos vocábulos.
separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, xc: car-ro, pás-sa-ro, nas-ci-men-to,
des-ço, ex-ce-ção, ex-su-dar ...
Obs.: os encontros vocálicos -ia, ie, -io, -ao, -ua, -uo, quando átonos e finais, podem ser realizados
como ditongos ou hiatos.
Ö co - lé - gio ou co- lé - gi - o
Ö es - tá - tua ou es - tá - tu – a
EXERCÍCIOS
1.(Aeronáutica) Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta correta divisão silábica.
a) "Tal luta interestadual sempre existiu." – in - ter - es - ta - du - al
b) "Vai subalugar a sala a um senhor idoso." – su - ba - lu - gar
c) Sublocou uma casa em Ubatuba a um amigo. – su - blo - cou
d) "Como bom filho do século XIX, superestimava as possibilidades da Ciência." – su - per - es - ti - ma –
va
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3. De acordo com a separação silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está totalmente correto?
a) as-si-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra
b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer
c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia
d) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to
10. (S. M. ADM. – Rio) Na apresentação de uma carta somos obrigados. Muitas vezes, a separar sílabas ao
final da linha: qual das separações silábicas a seguir está correta?
a) trans – a – tlân – ti - co
b) sub – li -nhar
c) pra - ia
d) as – sem - bléia
e) p – si – co – lo – gi - a
11. (Tribunal de Alçada Criminal/RJ) A alternativa que não apresenta a separação silábica da palavra,
corretamente, é:
a) subs – cre – ver
b) sub – li – mi - nar
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c) sub – li – nhar
d) sub – al – ter – no
e) sub – sí – dio
12. (Sec. Estadual de Polícia Civil) Que palavra a seguir tem sua separação silábica incorretamente
indicada?
a) ex –pec – ta –ti -va
b) pró –pri – os
c) de –vas -sa
d) dis – to -rções
e) in –ter – rup -ção
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Na língua portuguesa, quase todas as palavras apresentam uma sílaba tônica, ou seja, uma sílaba
que é pronunciada com mais força, com mais tom. Em alguns casos, a mudança de posição da sílaba tônica
implica em mudança de significado.
Dependendo da posição da sílaba tônica na palavra, podemos ter três casos:
Oxítonas: quando a última sílaba da palavra é a tônica, porém serão acentuadas somente as
palavras oxítonas terminadas em:
Ö a(s), e(s), o(s): vatapá, café, xilindró
Ö em, ens: armazém, parabéns
Ö êm (terceira pessoa do plural): têm, vêm, detêm, provêm
Hiatos tônicos : acentua-se a segunda vogal tônica do hiato (i ou u), quando forma sílaba sozinha
ou com s.
Ö sa-í, ca-ís-te, ba-ú, ba-la-ús-tre, con-tra-í-la, dis-tri-bu-í-lo, pe-ú-ga, tim-bo-ú-va, etc.
OBS.: não se acentua a segunda vogal tônica do hiato quando formar sílaba com L, M, N, R, Z, ou vier
seguida de NH.
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usa-se o trema na letra U dos grupos GUE, GUI, QUE e QUI, quando é pronunciada e átona.
Ex.: agüentar, pingüim, seqüência, tranqüilo, lingüiça, qüinqüênio, sagüi, freqüência
Obs.: em palavras como quilo, guerra, quente e quieto não ocorre trema, porque o u não é pronunciado,
formando dígrafo com as letras g e q.
Se a letra u dos grupos gue, gui, que, qui for pronunciada com bastante intensidade, isto é, se for tônica,
ela receberá acento agudo. Nesse caso, a letra u é uma vogal: averigúe, apazigúe, argúi, argúis, obliqúe.
Acentuação dos verbos TER e VIR: os verbos ter e vir recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do
plural do presente do indicativo.
Obs.: os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo ( ´ ) na 3ª pessoa do singular e acento
circunflexo ( ^ ) na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.
Assim, os verbos deter, conter, porvir e convir, por exemplo, nas 3ªs pessoas do singular e do plural
do presente do indicativo ficam:
Acentuação dos verbos LER, CRER, VER e DAR: acentua-se a primeira vogal do grupo EE,
quando tônica, bem como de seus derivados.
Obs1.: o verbo dar recebe esse tipo de acentuação somente nas 3ªs pessoas do singular e do plural do
presente do subjuntivo. Já os verbos ler, crer e ver recebem nas 3ªs pessoas do singular e do plural do
presente do indicativo.
Ex2.: A língua portuguesa provém do latim. / O espanhol, o italiano e o francês também provêm do latim.
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Acento diferencial
PRÁTICA
EXERCÍCIOS
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5. (Santa Casa- SP) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem, respectivamente:
a) Paroxítona terminada em s e proparoxítona.
b) Oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo.
c) Proparoxítona e paroxítona terminada em s.
d) Monossílabo tônico e oxítona terminada em o seguido de s.
e) Proparoxítona e proparoxítona.
6. (U.F. Viçosa -MG) Assinale o vocábulo que perde o acento gráfico no plural:
a) próton c) fóssil e) caráter
b) móvel d) cônsul
8. (F.C. CHAGAS) Por favor, __________ com esse __________ pois precisamos de _____________.
a) para, ruído, tranqüilidade
b) para, ruido, tranquilidade
c) para, ruído, tranquilidade
d) pára, ruido, tranqüilidade
e) pára, ruído, tranqüilidade
10. Estas revistas que eles ............... , .................. artigos curtos e manchetes que todos ................ .
a) leem – tem – vêem
b) lêm – têem – vêm
c) lêem – têm – vêem
d) lêem – têm – vêm
12. (T. JUST. –RJ) Qual a justificativa do uso do acento gráfico na forma verbal “afastá-las”?
a) marcar a queda da letra r antes do pronome pessoal oblíquo;
b) por ser uma palavra oxítona terminada em a;
c) por ser proparoxítona;
d) acento diferencial entre o infinitivo e o presente do indicativo;
e) indicar a mudança de uma sílaba átona para tônica.
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14. (CÂM. MUN. – Rio) “ . . . têm um papel a desempenhar aí.” A forma verbal têm aparece acentuada
graficamente com acento circunflexo pela mesma razão de uma das palavras a seguir. Qual?
a) pôde
b) lêem
c) contém
d) vê
e) vêm
15. (ALERJ) A alternativa em que uma das palavras abaixo se acentua por regra diferente das demais é a
seguinte:
a) “já”, mês, trás
b) “porém”, deténs, convém
c) “espontânea”, vários, cárie
d) “substituídos”, reúnem, íamos
e) “espírito”, pudéssemos, farmacêutico
18. (TJ/RJ) “Aquela que nasce da injustiça e da iniqüidade social ...” (l.5)
Por que a palavra “iniqüidade” leva trema?
a) porque o u é tônico;
b) porque ui é um hiato;
c) porque antes de i o u sempre leva trema;
d) porque o u é pronunciado e átono;
e) porque faz parte de um dígrafo.
20. (U.E. Ponta Grossa- PR) As palavras seguintes apresentam-se sem o acento gráfico, seja ele
necessário ou não. Aponte a alternativa em que todas sejam paroxítonas:
a) textil - condor - mister - zenite - crisantemo
b) luzidio - latex - inaudito - primata - libido
c) exodo - fagocito - bramane - obus - refem
d) novel - sutil - inclito - improbo - interim
e) tulipa - refrega - filantropo - especime - noctivago
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ORTOEPIA E PROSÓDIA
Ortoepia
Ortoepia é a parte da fonética que se ocupa da pronúncia correta das palavras. Uma boa pronúncia
não deve suprimir, alterar ou acrescentar fonemas.
Por exemplo:
Pronúncia Pronúncia
Correta Errada
Trouxe (truxe)
Lagarto (largato)
Rouba (róba)
Mesmo (memo)
Mulher (mulhé)
Estouro (estoro)
Pousa (posa)
Mal (mar)
Frear (freiar)
Advogado (adevogado)
Pneu (peneu)
Adivinhar (advinhar)
Tóxico (cs) (tóxico) (ch)
Mendigo (mendingo)
Frustrado (frustado)
Superstição (supertição)
Empecilho (impecilho)
Intitular (entitular)
Quisestes (quisesteis)
Nós (nóis)
Vós (vóis)
Prosódia
Prosódia é a parte da fonética que se ocupa da acentuação tônica das palavras.
Por exemplo:
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1. Mal/Mau
a) Mau: é um adjetivo, portanto, refere-se a um substantivo.
(antônimo de bom)
Ex.1: Felipe é um mau jogador.
2. Mas/Mais
3. Onde/Aonde
a) Onde: emprega-se com os verbos que não dão idéia de movimento.
Ex.: Onde estão os cadernos?
b) Aonde: emprega-se com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a para onde.
Ex.: Aonde você vai?
4. Há/A
a) Há: emprega-se quando indica tempo passado, ou quando tem o sentido de existir.
Ex.1: Há dias não nos vemos.
Ð
passado
b) A: preposição, emprega-se quando indica tempo futuro ou quando indica medida, distância.
Ex.1: Viajaremos daqui a duas semanas.
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Ð
futuro
Ex.: O colégio fica a dois quilômetros daqui.
Ð
distância
5. Sob/Sobre
a) Sob: preposição, significa debaixo de.
Ex.: Você está sob os meus cuidados.
b) Porque (junto e sem acento): quando se tratar de uma conjunção explicativa ou causal. Geralmente
equivale a pois.
Ex.: Ela não foi à aula porque estava doente.
c) Porquê (junto e com acento): quando se tratar de um substantivo. Assim, virá sempre precedido de
artigo ou outra palavra determinante.
Ex.: Não sabemos o porquê da confusão.
d) Por quê (separado com acento): a palavra que em final de frase deve sempre ser acentuada.
Ex.1: Você gosta de quê?
Ex.2: Você chorou por quê?
7. Senão/Se não
a) Senão: equivale a caso contrário.
Ex.: Devemos estudar bastante, senão não conseguiremos passar.
8. Agente/A gente
a) Agente: o que pratica a ação; pessoa que trabalha em agências de viagens, turismo etc.
Ex.: O agente de viagens era muito simpático.
9. Traz/Trás
a) Traz: verbo trazer. Conduzir; acompanhar; apresentar; guiar etc.
Ex.: Ela traz consigo um quilo de batatas.
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11. Este/Esse
a) Este: indica o que está perto da pessoa que fala; indica tempo presente em relação à pessoa que fala.
Ex1.: Este livro é meu, Joana!
Ex2.: Este momento é muito importante para mim hoje.
b) Esse: indica o que está perto da pessoa a quem se fala; indica o tempo passado ou futuro com relação à
época em que se coloca a pessoa que fala.
Ex1.: Esse livro é seu, Joana?
Ex2.: Durante muito tempo, estudei Português. Esse momento foi muito importante para mim.
PRÁTICA
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EXERCÍCIOS
1. (Aeronáutica)
1ª . Essa pessoa foi __________ interpretada.
2ª. Ele sofre de um __________ terrível.
3ª. Com _________ humor nada se resolve.
4ª. Que __________ há em satirizar os políticos.
É correto afirmar que:
a) todas as colunas são com o vocábulo mal.
b) todas as colunas são com o vocábulo mau.
c) somente a 3ª com o vocábulo mau.
d) somente a 1ª e a 4ª com o vocábulo mau.
3.(Aeronáutica) Complete os espaços dos períodos abaixo, verificando a grafia correta das palavras. A
seguir, assinale a alternativa que as apresenta na seqüência.
I- Como você quer que eu o ajude se suas opiniões vêm ___________ às minhas.
II- "...era meu parente ___________, interrogou-nos de cara amarrada e mandou-nos embora."
III- "Aludia às conversas que tiveram ambos os velhos ___________ da infância dos filhos."
IV- Não perguntes a razão de meus ciúmes, pois sabes que as paixões não têm um ___________.
a) de encontro a – afim – a cerca – por quê
b) de encontro a – a fim – acerca – porquê
c) ao encontro de – afim – a cerca – por quê
d) de encontro a – afim – acerca – porquê
5. (Aeronáutica) Complete os espaços com "onde" ou "aonde", segundo a norma culta, e assinale a opção
correta.
"______ ele estava durante esse tempo eu não sei. Só me lembro a rua ______ ele morava. Você sabe
______ fica a casa dele, rua Olavo Bilac, ______ eu costumava ir todas as tardes."
a) Onde – onde – onde – aonde
b) Onde – aonde – onde – onde
c) Aonde – aonde – onde – onde
d) Aonde – onde – onde – aonde
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9.
1 - Eu era marinheiro de primeira viagem e ----------------- sabia a dificuldade de arranjar condução em
determinadas horas.
2 - Com um ----------------- pressentimento, aproxima-se do amigo e toca-lhe o ombro.
3 - Naquela madrugada, ------------------ o sol começava a raiar, lá se iam eles para a lavoura.
4 - Não te irrites se te pagarem ---------------------- um benefício, antes cair das nuvens que de um terceiro
andar.
A seqüência que preenche corretamente as lacunas nas frases acima é:
a) mau, mau, mal, mal
b) mal, mal, mal, mal
c) mau, mau, mau, mau
d) mal, mau, mal, mal
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V. CRASE
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se, a crase, graficamente pelo acento
grave ( ` ).
De maneira geral, ocorre crase quando um verbo exige a preposição a e há uma palavra feminina
determinada pelo artigo a ou as.
OCORRE CRASE:
a) Nas locuções femininas (adverbiais, prepositivas e conjuntivas): à noite, à tarde, à vontade, às claras,
às escondidas, à toa, às vezes, à procura, à esquerda, à direita, à moda de (mesmo que a expressão
moda de fique subentendida).
b) Diante de nomes de lugar: (Venho de –não tem crase, mas venho da – tem crase)
Vou à Bahia. (Venho da Bahia)
Vou a Ipanema. (Venho de Ipanema)
Vou à bela praia de Ipanema. (Venho da bela praia de Ipanema)
c) Com os pronomes demonstrativos, aquele(s), aquela(s) e aquilo, quando houver um verbo que, por
regência verbal, venha acompanhado da preposição a .
Aspiro àquela vaga na empresa.
Prefiro isto àquilo.
b) Nas expressões formadas por palavras repetidas: cara a cara, frente a frente, uma a uma, gota a gota
...
Fiquei cara a cara com o Presidente.
Contei uma a uma as moedas que caíram.
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c) Antes de pronomes de tratamento, exceto em: senhora, senhorita, madame e dona (este último
pronome quando estiver antecedido de adjetivo)
Devo meu sucesso a você.
Refiro-me à senhora ao seu lado.
Na reunião, fizeram referência a Vossa Excelência.
Refiro-me à simpática Dona Lindaura.
d) Antes de verbo.
A criança pôs-se a chorar.
CASOS FACULTATIVOS:
PRÁTICA
A) Preencha as lacunas com a, à, as, às, ao, aos, aquela, àquela, aquelas, àquelas, aquele, àquele,
aqueles, àqueles:
1. Fui ____ casa e voltei logo.
2. Eles chegaram ____ uma hora.
3. Chegaram ____ tempo de transmitir ____ ordens.
4. Fui ____ Mato Grosso do Sul e não ____ Minas Gerais.
5. Uns foram ____ pé, outros ____ cavalo.
6. Vera, vamos __________ praça.
7. Fernanda estudou ____ beça.
8. Ele se refere ____________ filme de ontem.
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EXERCÍCIOS
1. (FIOCRUZ) “O objetivo é saber quais são os fatores biológicos e comportamentais que predispõem à
infecção – informou Schechter.”
Nesse trecho, usou-se com propriedade o sinal indicador da crase. A frase abaixo em que esse sinal não foi
bem utilizado é:
a) A Fundação Instituto Oswaldo Cruz dará apoio à pesquisa sobre a incidência do HIV.
b) Os voluntários necessários serão escolhidos à critério das instituições envolvidas no projeto.
c) Os voluntários também deverão responder às perguntas de um questionário sobre seu comportamento
sexual.
d) À semelhança do que ocorre em outros países, o Brasil ainda não tem infra-estrutura para testes em
larga escala.
e) O voluntário deverá informar às pessoas responsáveis pela pesquisa todas as reações surgidas em
decorrência do tratamento.
2. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) “... cidadelas à margem do tecido urbano ...” (l.29)
Que regra a seguir justifica o emprego do acento grave indicativo da crase na frase destacada?
a) o termo antecedente exige, por sua regência, a preposição e o termo conseqüente admite o artigo a;
b) nas locuções adverbiais formadas com palavras femininas;
c) nas locuções prepositivas formadas com palavras femininas;
d) nas locuções conjuntivas formadas com palavras femininas;
e) nas combinações da preposição com o pronome demonstrativo.
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2. (Tribunal de Alçada Criminal) É sabido que o fenômeno da crase vem indicado na escrita na escrita pelo
sinal grave ( ` ), cuja presença sobre o a / as é facultativa em certos casos, como no seguinte exemplo:
a) “[...] recursos ambientais necessários a seu bem-estar.”
b) “[...] imprescindíveis à preservação [...]”
c) “[...] é vedada a remoção dos grupos indígenas [...]”
d) “[...] São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente,
e) “[...] necessárias a sua reprodução física [...]”
5. (Aeronáutica) Há uma opção onde o uso da crase foi usado corretamente. Assinale-a.
a) À partir de hoje às contas serão pagas a vista.
b) A jovem foi à São Paulo fazer compras.
c) O homem voltou à cavalo.
d) Ela chegou às pressas e foi dando as senhas.
8.(CÂM.DEP.) _____ beira do leito, assistiu _____ amiga, hora _____ hora, minuto _____ minuto, sempre
____ espera de um milagre.
a) À – à – à – a – à
b) Á – a – a – a – à
c) À – a – a – a – à
d) À – a – à – à – à
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10. (TRT-ES) Assinale a opção que preenche corretamente, quando ao emprego do sinal indicativo de
crase, o texto a seguir.
_____ dimensão da aventura acrescentamos ______ tecnologia do nosso século, mas falta _____ muitos
de nós o gosto por inventar; falta ____________ que inventa ______ ideologia do futuro.
a) À –a – a – àquele - a
b) A – à – a – àquele - à
c) À – a – à – àquele - a
d) A – a – à – àquele - a
e) À – a – à – aquele - à
13. “Dei o livro ....... ela. Chegaremos logo ......... Brasília. Não vá ....... cozinha”.
a) a, a, à c) à, a, à
b) a, à, à d) à, à, à
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“Deixo os meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada
aos pobres”.
Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.
A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou deste modo:
“Deixo os meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate. Nada aos pobres”.
O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles, mais sabido,
tomando outra cópia, pontuou-a assim:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do
alfaiate? Nada. Aos pobres”.
(Autor desconhecido)
Como você pode observar, dependendo dos sinais de pontuação utilizados, o texto é capaz de
admitir quatro interpretações diferentes. A leitura do texto mostra, portanto, o valor da pontuação.
Para que nossa mensagem seja clara, correta e possa ser entendida por todos, tal qual a
imaginamos, precisamos empregar, corretamente, os sinais de pontuação.
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VI. PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar reconstituir
determinados recursos utilizados na língua falada. Estes sinais destinam-se a marcar pausa, melodia e
entonação.
Podem ser classificados em dois grupos:
A vírgula é o sinal que indica uma pausa breve, sem marcar o fim do enunciado. É empregada para
separar termos da oração (gl.) ou para separar orações de um período(gl.).
De um modo geral, pode-se afirmar que:
1. Não se usa vírgula na ordem direta (sujeito, verbos, complementos ou adjuntos) dos termos da frase.
9 O aluno estudou a lição em casa.
Ð Ð Ð Ð
sujeito verbo complemento adjunto adverbial
verbal de lugar
(objeto direto)
2. Na ordem inversa, normalmente não se usa vírgula.
9 Em casa, o aluno estudou a lição.
3. Na ordem direta, haverá vírgulas quando uma expressão de valor explicativo ou adverbial ficar
intercalada, separando o sujeito do verbo ou este de seus complementos.
9 Pedro, aluno do último período, leu o livro.
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PONTO-E-VÍRGULA
Pausa maior que a vírgula, usado para separar estruturas mais complexas, especialmente se já com
elementos virgulados.
DOIS-PONTOS
PRÁTICA
EXERCÍCIOS
1. (Tribunal de Contas/ES) Qual a justificativa do uso de vírgulas no segmento “pela sua ajuda aos doentes,
aos velhos, aos solitários ...” ?
a) por serem apostos;
b) por serem termos intercalados;
c) por indicarem uma enumeração;
d) por serem da mesma classe gramatical, a dos adjetivos;
e) por representarem a ordem inversa dos termos na frase.
2. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao
lado.” Que outra formulação dessa frase apresenta erro de pontuação?
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.
b) Uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado, no Rio de Janeiro.
c) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.
d) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.
e) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.
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b) o advérbio “definitivamente” deveria vir obrigatoriamente entre vírgulas já que se trata de um adjunto
adverbial deslocado;
c) o uso de vírgula após “miséria” se deve ao fato de esse termo ser seguido de um aposto explicativo;
d) o uso da única vírgula presente no texto tem caráter optativo;
e) não ocorre a vírgula após “expôs” porque jamais pode haver vírgula entre o verbo e seu
complemento.
4. (Procuradoria Geral de Justiça/ RJ) Abaixo há uma série de regras para o uso de vírgulas. Assinale o
item em que os números das regras justificam o emprego das vírgulas no seguinte texto: “Depois de
suportar, na seqüência, Figueiredo, Sarney, Collor e Itamar, o brasileiro passou a duvidar até da
existência de Deus.”
1) para separar os termos da mesma função;
2) para isolar o vocativo ou o aposto;
3) para assinalar a inversão de adjuntos adverbiais;
4) para marcar a supressão do verbo;
5) para isolar palavras e expressões explicativas;
6) para isolar as orações reduzidas.
a) 1 / 3
b) 3 / 5
c) 5 / 6
d) 2 / 4
e) 1 / 6
5. (Tribunal de Justiça/RJ) “No campo da educação, o brasileiro caiu na real. O que justifica a utilização da
vírgula nesse período é:
a) a linguagem figurada do primeiro termo;
b) a inversão de termos da frase;
c) a separação de orações ;
d) a repetição de termos;
e) o vocativo.
6. (Corregedoria Geral/RJ) “Nas gavetas da cômoda, as camisetas de cima, as mais usadas, são
estampadas com os personagens de Walt Disney.” O que justifica o emprego de vírgulas antes e depois
do termo destacado é que:
a) esse termo está deslocado em relação à ordem direta dos termos da frase;
b) é necessário destacar o sujeito em frases longas;
c) se trata de um adjunto adverbial que não se refere a um termo próximo;
d) todo aposto explicativo aparece entre vírgulas;
e) a necessidade de enfatizar o significado do termo.
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10. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado”. Que outra formulação
dessa frase apresenta erro de pontuação?
a) Uma senhora, no Rio de Janeiro, dirigia seu automóvel com o filho ao lado.
b) Uma senhora dirigia seu automóvel, no Rio de Janeiro, com o filho ao lado.
c) No Rio de Janeiro, uma senhora, com o filho ao lado, dirigia seu automóvel.
d) Uma senhora, dirigia seu automóvel no Rio de Janeiro , com o filho ao filho.
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SINONÍMIA
ANTONÍMIA
HOMONÍMIA
Quando uma palavra assume mais de um significado. É a condição de duas ou mais palavras com
significado diferente possuírem som e grafia semelhantes.
As palavras Homônimas podem ser : homógrafas, homófonas e perfeitas.
• Homônimas homófonas: são palavras com a mesma pronúncia, mas grafia diferente.
Ex1.: Gosto de ir a última sessão de cinema. (intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembléia)
Ele fez a cessão de seus direitos autorais à editora Nascimento. (ato de ceder, ato dar)
Gosto de ler a seção de esportes. (significa parte de um todo, segmento, subdivisão)
Ex2.: Aquela viagem foi muito especial para nós. (substantivo)
É importante que eles viajem ainda hoje. (verbo)
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PARONÍMIA
Quando duas ou mais palavras tem significados diferentes, mas se parecem na grafia e no som.
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.............................................................................................................................................................
Alusão- referência vaga e indireta. Menção.
Ilusão- engano dos sentidos ou da mente. Sonho, devaneio.
............................................................................................................................................................
Atuar- exercer atividade, ou estar em atividade. Exercer influência.
Autuar- lavrar um auto contra alguém; formar processo contra.
............................................................................................................................................................
Bebedor- aquele que bebe.
Bebedouro- local onde se bebe.
............................................................................................................................................................
Blindar- revestir (navio) de chapas de aço, como proteção.
Brindar- beber à saúde de: brindaram a aniversariante.
.............................................................................................................................................................
Bocal- abertura de um vaso, frasco, candeeiro.
Bucal- relativo à boca.
.............................................................................................................................................................
Cavaleiro- homem que monta a cavalo; aquele que sabe cavalgar.
Cavalheiro- homem nobre, distinto, de educação esmerada.
.............................................................................................................................................................
Comprido- longo, extenso, dilatado.
Cumprido- que foi executado; realizado: dever cumprido
.............................................................................................................................................................
Comprimento- longo, extenso, dilatado.
Cumprimento- extensão de um objeto; extensão de uma linha etc; saudação.
.............................................................................................................................................................
Descrição- ato de descrever, narrar; contar, minuciosamente.
Discrição- qualidade do que é discreto; sensatez.
.............................................................................................................................................................
Destinto- que se destingiu; sem cor.
Distinto- que não se confunde com o outro; diferente, separado.
.............................................................................................................................................................
Destratar- maltratar com palavras; insultar.
Distratar- desfazer, anular, rescindir (um pacto ou contrato).
.............................................................................................................................................................
Discente- estudante, discípulo.
Docente- professor, instrutor.
.............................................................................................................................................................
Emergir- erguer-se acima da água; manifestar-se; sair de onde estava.
Imergir- mergulhar, fazer penetrar, engolfar-se.
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.............................................................................................................................................................
Eminente- elevado, alto, superior, sublime.
Iminente- sobranceiro; que ameaça cair, ou suceder a qualquer momento.
.............................................................................................................................................................
Flagrante- manifesto, evidente; aquele em cuja prática é surpreendido.
Fragrante- que exala cheiro forte e agradável; odorífero.
.............................................................................................................................................................
Fluir- correr em estado líquido; derivar; proceder, nascer.
Fruir- desfrutar, possuir, gozar.
.............................................................................................................................................................
Fluvial- que diz respeito a rio. Próprio dos rios.
Pluvial- relativo à chuva.
.............................................................................................................................................................
Fusível- que se pode fundir; fio de fusibilidade calibrada, para proteger instalações.
Fuzil- espingarda; carabina.
.............................................................................................................................................................
Infligir- aplicar pena, castigo, repreensão.
Infringir- transgredir, violar (a lei); deixar de cumprir, desobedecer.
.............................................................................................................................................................
Mandado- ato de mandar; ordem escrita.
Mandato- o tempo em que um político exerce durante seu cargo; procuração.
.............................................................................................................................................................
Mistificar- abusar da credulidade de; enganar, iludir.
Mitificar- converter em mito.
.............................................................................................................................................................
Posar- tomar posição para ser fotografado.
Pousar- colocar, pôr; recolher-se em pousada.
.............................................................................................................................................................
Precedente- que precede, anterior, antecedente.
Procedente- que procede, proveniente, originário, concludente.
.............................................................................................................................................................
Pregresso- decorrido anteriormente; que aconteceu primeiro.
Progresso- ato ou efeito de progredir. Desenvolvimento.
.............................................................................................................................................................
Sorrir- rir levemente, com ligeira contração dos músculos faciais.
Rir- manifestar o riso. Achar graça.
.............................................................................................................................................................
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Tráfego- fluxo das mercadorias transportadas por aerovias, ferrovias, hidrovias ou rodovias; comunicação.
Tráfico- negócio indecoroso: tráfico de drogas.
.............................................................................................................................................................
Vedado- que tem tapume; proibido; defeso; murado.
Vetado- que foi proibido; que foi vetado.
.............................................................................................................................................................
Vultoso- que faz vulto, volumoso, grande.
Vultuoso- que tem rosto grande; congestão na face.
PRÁTICA
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EXERCÍCIOS
3. (TJ/RJ) “O fato, que antigamente poderia passar despercebido...” . O vocábulo “despercebido” é algumas
vezes confundido com seu parônimo “desapercebido”. Em que item a seguir os vocábulos destacados são
somente variantes de forma gráfica, sem qualquer diferença de significação?
a) deferir/diferir
b) amoral/imoral
c) eminente/iminente
d) flecha/frecha
e) vultoso/vultuoso
4. (UFRJ) Indique o item em que o antônimo da palavra destacada está erradamente dado.
a) Foi embora e não voltou mais - menos
b) ...encontrou o portão aberto - fechado
c) ... o marido respondeu - perguntou
d) ... a mulher dava mingau - recebia
e) ... a mulher ficou contente - triste
5. (Técnico de Finanças) “È nula toda lei que o povo diretamente não ratificar...” . Ratificar e retificar são
parônimos; em que item a seguir a frase apresenta erro de seleção vocabular, exatamente pela
confusão entre parônimos?
a) Segundo os deputados, os perigos eram iminentes.
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6. (Sec. Estadual de Polícia Civil) “ ... a violência se torne corriqueira ...” Qual das palavras a seguir é
sinônimo adequado da palavra destacada na frase acima?
a) intensa;
b) grave;
c) comum;
d) excepcional;
e) imoral.
7. (Tribunal de Justiça/RJ) “... para inibir a violência urbana ...”; o significado do verbo destacado
corresponde a:
a) reduzir
b) impedir
c) solucionar
d) incentivar
e) incrementar
8. (Tribunal de Justiça/RJ) “Sem buzinas, sem panelaços e, mesmo, sem palavras de ordem”. Qual seria o
vocábulo a seguir de significado equivalente a “mesmo” na frase acima?
a) realmente
b) na verdade
c) inclusive
d) de fato
e) assim
9. (Tribunal de Justiça/RJ) Indique o item em que o antônimo da palavra ou expressão em destaque está
corretamente apontado.
a) “duradouro sucesso” - efêmero
b) “fama em ascendência” - excelsa
c) “elegante região” - carente
d) “sala lotada” - desabitada
e) “marcar a priori” – sine die
10. (Procuradoria Geral da Justiça/RJ) A palavra tráfico, presente no texto não deve ser confundida com
tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de
paronímia?
a) estrato/extrato
b) flagrante/fragrante
c) eminente/iminente
d) inflação/infração
e) cavaleiro/cavalheiro
11. (TRE/95) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em:
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem.
(descriminar)
c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir)
d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso)
e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi _________ o cofre ali mesmo, na escada. (arriar)
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12. (TTN) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada foi empregada erroneamente:
a) O Diretor-Geral retificou a portaria 601 que fora publicada com incorreções.
b) Este fiscal vai trabalhar na seção de tributação.
c) O superintendente da receita federal deferiu aquele nosso pedido.
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.
e) Este assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.
14. (TER) O sentido das palavras não está corretamente indicado nos parênteses em:
a) distratar (maltratar com palavras) / destratar (rescindir pacto ou contrato)
b) deferimento (aprovação) / diferimento (adiamento)
c) comprido (extenso em sentido longitudinal) / cumprido (realizado)
d) descente (que desce; vazante) / decente (adequado; apropriado)
e) tacha (pequeno prego de cabeça larga e chata) / taxa (tributo, imposto)
15. (TJ) Os sentidos dos parônimos estão corretamente indicados nos parênteses em:
a) comprimento (saudação) / cumprimento (extensão)
b) eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
c) imergir (vir à tona) / emergir (afundar)
d) cavaleiro (homem cortês) / cavalheiro (que cavalga)
e) descriminar (distinguir) / discriminar (inocentar)
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DERIVAÇÃO
O processo de derivação está sempre ligado a dois conceitos: palavra primitiva (aquela que serve
de base) e palavra derivada (aquela que se forma a partir de uma palavra primitiva).
Parassintética – quando acrescentamos ao mesmo tempo um prefixo e um sufixo. Ex.: esquentar, esfriar,
amadurecer . . .
Obs.: “Para que haja parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo tenham-se agregado
simultaneamente ao radical. Em infelizmente não há parassíntese, uma vez que o prefixo e
o sufixo não se agregaram ao mesmo tempo ao radical ⎯ observe que existe a palavra
infeliz e a palavra felizmente. Por outro lado, em entristecer ocorreu parassíntese, uma vez
que prefixo e sufixo agregam-se ao mesmo tempo ao radical ⎯ observe que não existe a
palavra entriste, nem a palavra tristecer.”
O filólogo Mário Barreto, em sua obra De gramática e de linguagem, sugere o seguinte critério:
“. . . se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas, se o nome denota algum
objeto ou substância, se verificará o contrário. Portanto, os substantivos briga, grito e ataque, por exemplo, são
formas derivadas, pois denotam respectivamente as ações de brigar, gritar e atacar. Já as formas planta, âncora,
alfinete, pincel, escudo são formas primitivas que dão origem aos verbos plantar, ancorar, escovar, alfinetar e
escudar.”
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Imprópria – é um caso especial de derivação: ocorre uma mudança na função que a palavra exerce num
determinado contexto; isso acontece quando a palavra muda de classe gramatical.
Ex.: Não irei ao teatro. / O não é uma palavra difícil de se ouvir. *
* No primeiro exemplo, não é advérbio de negação. Enquanto que a classe gramatical ,do não do segundo
exemplo, é um substantivo, na medida em que a palavra está ao lado de um artigo que a classifica como tal.
COMPOSIÇÃO
A composição ocorre sempre que uma palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. Há
dois tipos de composição:
Justaposição – quando as palavras que formam o composto mantêm sua forma inalterada.
Ex.: quinta-feira, passatempo, amor-perfeito, girassol (gira+sol), . . .
Aglutinação – quando pelo menos uma das palavras que formam o composto apresenta alteração em sua
forma.
• Aguardente (água+ardente)
• Vinagre (vinho+acre)
• Planalto (plano+alto)
• Fidalgo (filho+de+algo)
• Embora (em+boa+hora)
Onomatopéia - consiste na imitação de sons produzidos pelas vozes dos animais, ruídos da natureza,
objetos ou sons produzidos pelos próprios homens. Vejamos os exemplos:
• tique-taque (barulho do relógio)
• toc-toc (barulho na porta)
• pingue-ponge, zás, zunzum. O verbo miar surgiu da tentativa do homem em simular o som emitido
pelo gato. Assim como: latir, grunhir, mugir, ...
Abreviação vocabular – consiste na redução de uma palavra, como o uso de moto(motocicleta) e não
deve ser confundida com abreviatura, uma vez que esta última consiste na representação de uma palavra
por determinadas letras, como ocorre em obs. (abreviatura de observação).
Os exemplos mais comuns de abreviação vocabular são:
• Cine (forma reduzida de cinematográfico)
• Foto (fotografia)
• Quilo (quilograma)
• Rebu (rebuliço)
• Micro (microcomputador)
• Pneu (pneumático)
• Moto (motocicleta)
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Siglas – são formadas , em geral, com as iniciais das palavras que formam o nome de instituições,
sociedades, organizações, partidos políticos, associações, etc.
Ex: PT (Partido do trabalhador), SP (Cidade de São Paulo), Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São
Paulo), AIDS (acquired immunodeficiency syndrome – síndrome da deficiência imunológica adquirida).
Neologismo - é a denominação dada à palavra recém-criada ou mesmo a uma palavra que adquire um
novo significado.
Vejamos um caso: do inglês surf temos a forma aportuguesada surfe. Acrescentando uma vogal temática
de primeira conjugação ao radical surf- , temos o tema surfa-. Mais a desinência do infinitivo temos surfar.
Ainda com o radical surf- mais o sufixo –ista temos surfista (aquele que pratica o esporte).
Atenção!!!
Vogais e Consoantes de ligação: servem para evitar dissonância. Ex.: cafeteira, calorimetria, correlação,
gasômetro, girassol, papelzinho, sonoplastia, etc.
EXERCÍCIOS
2. Em “. . . um dos meninos estendia firmemente dois dedos da mão direita ( o fura-bolos e o pai-de-todos )
para que outro menino, com os mesmos dedos, desferisse neles uma pancada com toda força . . .” os
vocábulos sublinhados são formados por:
a) derivação prefixal
b) derivação parassintética
c) derivação sufixal
d) composição por aglutinação
e) composição por justaposição
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6. Marque a resposta que classifica corretamente as palavras abaixo quanto a sua formação:
visitante – quebradas – animalidade – indefinida – conhecimento
a) derivadas
b) antônimas
c) compostas
d) sinônimas
e) primitivas
10. (FUVEST-SP) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso temos, respectivamente, os seguintes
processos de formação de palavras.
a) parassíntese, hibridismo, prefixação
b) aglutinação, justaposição, sufixação
c) sufixação, aglutinação, justaposição
d) justaposição, prefixação, parassíntese
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo
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Ö Substantivo: nomeia seres, coisas e idéias; o substantivo concreto nomeia seres e objetos; o
substantivo abstrato nomeia ações, estados e qualidades. Flexiona-se em gênero(masculino/feminino),
número(singular/plural) e grau(mudanças na terminação para indicar tamanho, intensidade ou estado
emotivo).
Ex.: O relógio é antigo.
Ex.: A bondade é necessária.
Ö Numeral: indica a quantidade, a ordem, a fração ou a multiplicação dos seres. Flexiona-se o gênero e o
número.
Ex.: Ele foi o primeiro colocado.
Ex.: A metade da turma tirou dez.
Ö Verbo: indica uma ação, estado ou fenômeno da natureza, apresenta sempre um aspecto dinâmico.
Flexiona-se a pessoa, o número, o tempo, o modo e a voz.
Ex.: Eles passaram no concurso.
Ex.: Todos estudavam bastante.
Ö Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma circunstância. Flexiona-se o
grau(apenas alguns).
Ex.: Eles moram muito perto do curso.
Ex.: Hoje é dia de ler um bom livro.
Ö Preposição: liga termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles.
Ex.: Viajou de avião.
Ex.: Façam o dever em casa.
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SUBSTANTIVO
a) primitivo: não provém de nenhuma outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra...
b) próprio: designa um ser específico, único. São grafados sempre com iniciais
maiúsculas: Carlos, Brasil...
Substantivos Coletivos
Designam, mesmo no singular, um conjunto de seres da mesma espécie.
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Flexão de gênero
Os substantivos podem ser do gênero masculino ou feminino. Classificam-se em biformes e
uniformes.
b) Uniformes: apresentam uma única forma tanto para o masculino quanto para o feminino.
b) Comuns de dois gêneros: não se flexionam para indicar o gênero. A indicação de gênero se faz por de
modificadores(artigo, pronome, adjetivo, numeral).
Ö o agente/a agente
Ö o mártir/ a mártir
Ö o herege/ a herege
c) Epicenos: são nomes de animais que apresentam uma só forma para os dois gêneros. Ö jacaré, girafa,
tatu, mosca, cobra, onça, peixe...
Gênero Vacilante
Gênero masculino:
→ ágape/antílope/clã/diabete(s)
→ gengibre/contralto/soprano
Gênero feminino:
→ aluvião/sentinela/abusão/áspide
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g) Substantivos terminados em -zinho: passam-se para o plural a terminação do substantivo primitivo (sem
o s ) e a do sufixo.
^ papelzinho/ papéis + zinhos = papeizinhos
^ florzinha/ flores + zinhas = florezinhas
a) formados por palavras repetidas (ou muito semelhantes): só o segundo elemento varia.
Ö tico-tico/ tico-ticos
Ö teco-teco/ teco-tecos
Öpingue-pongue/ pingue-pongues
c) compostos formados de grão, grã e bel seguidos de substantivos: só varia o segundo elemento.
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Ö grão-duque/ grão-duques
Ö bel-prazer/ bel-prazeres
e) substantivos compostos formados por duas palavras variáveis: os dois elementos vão para o plural.
Ö água-marinha/ águas-marinhas
Ö segunda-feira/ segundas-feiras
Ö amor-perfeito/ amores-perfeitos
f) o segundo termo é um substantivo que funciona como determinante: só o primeiro vai para o plural.
Ö salário-família/ salários-família
Ö banana-prata/ bananas-prata
Ö caneta-tinteiro/ canetas-tinteiro
ADJETIVO
Locução Adjetiva
É a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio) com valor de adjetivo.
Adjetivos pátrios
Referem-se a países, continentes, cidades, regiões, exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser.
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B) Adjetivos biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra forma para o feminino.
→ aluno estudioso → aluna estudiosa
→ professor simpático → professora simpática
2. Número
A) Adjetivos simples
→ homem honesto → homens honestos
→ pessoa feliz → pessoas felizes
B) Adjetivos compostos
Ö guarda-chuva guarda-chuvas
Ö guarda-costa guarda-costas
Ö guarda-noturno guardas-noturnos
OBS.: quando o adjetivo composto for formado por verbo, este não varia e somente o substantivo irá para o
plural, por outro lado, quando for formado por um substantivo, este irá para o plural, assim como o adjetivo.
3. Grau
2. Superioridade
→ João é mais alto que Maria.
3. Inferioridade
→ João é menos alto que Maria.
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Veja, agora, alguns adjetivos que formam o comparativo de superioridade pelo processo sintético.
B) Superlativo
1. Absoluto
→ A prova foi muito fácil. (absoluto analítico)
→ A prova foi facílima. (absoluto sintético)
2. Relativo
→ A prova de português foi a mais fácil de todas. (relativo de superioridade)
→ A prova de português foi a menos fácil de todas. (relativo de inferioridade)
ARTIGO
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NUMERAL
É palavra que indica uma quantidade de seres ou a posição que um ser ocupa numa série.
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Algarismos Romanos
É convenção que, para indicar títulos de nobreza, papas, séculos, capítulos, entre outros, usam-se
os algarismos romanos.
Quando usamos numerais para indicar nomes de reis, papas, soberanos em geral, séculos,
capítulos, entre outros, empregamos os numerais ordinais até décimo e os numerais cardinais para os
acima de dez.
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Vejamos:
Ordinais Cardinais
2. Número
Os cardinais milhão, bilhão etc. flexionam-se em número.
Ö um milhão Ö dois milhões
Ö um bilhão Ö dois bilhões
3. Grau
A maioria das gramáticas não registram a flexão de grau dos numerais, porém a expressividade da
linguagem coloquial, da linguagem do dia-a-dia, flexiona os numerais em grau.
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PRONOME
Pronomes Pessoais
Obs.: os pronomes de tratamento é um caso especial de pronome pessoal. Indica, geralmente, a segunda
parte do discurso — com quem se fala.
Pronomes de Tratamento
Pronomes possessivos: são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando idéia de
posse.
Ö Minha vida é maravilhosa!
Pronomes Possessivos
Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição de um ser em relação às pessoas
do discurso, situando-o no espaço ou no tempo.
Pronomes Demonstrativos
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Pronomes relativos:
são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-o numa outra
oração.
Ö Não conhecemos os autores. Os autores morreram.
Ö Não conhecemos os autores que morreram.
Obs.: o pronome relativo que retoma o termo antecedente (os autores), projetando-o na oração seguinte.
Pronomes Relativos
Variáveis Invariáveis
o qual, os quais, a qual, as quais que
cujo, cujos, cuja, cujas quem
quanto, quantos, quantas onde
Pronomes indefinidos
Referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado. Alguns são invariáveis,
outros apresentam flexão de gênero e número.
Pronomes Indefinidos
Variáveis Invariáveis
algum, alguns, alguma, algumas, alguém, ninguém,
nenhum, nenhuma, nenhumas, nada, tudo, cada, outrem, algo
todo, todos, toda, todas,
outro, outros, outra, outras,
muito, muitos, muita, muitas,
pouco, poucos, pouca, poucas,
certo, certos, certa, certas,
vário, vários, vária, várias,
tanto, tantos, tanta, tantas,
quanto, quantos, quanta, quantas,
qualquer, quaisquer,
um, uns, uma, umas,
Pronomes Interrogativos
Variáveis Invariáveis
qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas como, onde, quem, que
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EXERCÍCIOS
1. O numeral ordinal de 80 é:
a) octagésimo
b) octogésimo
c) octingentésimo
d) octogentésimo
e) octagentésimo
2. Assinale a alternativa que completa convenientemente a lacuna da frase: Maria José foi a (284ª.) .............
colocada.
a) duzentésima octagésima quarta
b) ducentésima ostagésima quarta
c) dois centésima octagésima quarta
d) ducentésima octogésima quarta
e) ducentézima octogésima quarta
a) c – d – a – e - b
b) c – e – a – d - b
c) e – c – a – d - b
d) e – d – a – b - c
7. Das alternativas abaixo, só há uma em que o substantivo foi classificado erradamente, quanto à flexão de
gênero.
a) o imigrante / sobrecomum
b) a criança / sobrecomum
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8. “-- Foi o copo que eu quebrei?” / “Já disse que vou pensar, Geneci.” As palavras sublinhadas são
respectivamente:
a) pronome relativo e conjunção integrante
b) pronome relativo e pronome relativo
c) conjunção integrante e pronome relativo
d) conjunção adverbial e pronome relativo
e) pronome relativo e conjunção adverbial
13. Em que item a seguir o elemento destacado não exerce função adjetiva?
a) “Era uma vez um homem que tinha uma Galinha”
b) “Subitamente, em dia inesperado, . . .”
c) “. . . a Galinha pôs um ovo de ouro.”
d) “Outro ovo de ouro!”
e) “O homem mal podia dormir.”
15. (UFRJ) A mulher todos os dias dava farelo à galinha. Que palavra abaixo substitui adequadamente o
termo destacado?
a) habitualmente
b) diariamente
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c) freqüentemente
d) vespertinamente
e) matinalmente
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X. VERBO
É a palavra variável que indica um fato situado num determinado tempo, exprimindo ação, estado,
fenômeno ou mudança de estado.
ESTRUTURA DO VERBO
1. Radical
É a parte do verbo que serve como base do significado. É obtida retratando-se as terminações -ar, -
er, -ir do infinitivo.
Infinitivo Radical Terminação
cantar cant- -ar
bater bat- -er
partir part- -ir
2. Vogal temática
É a vogal que se agrega ao radical, preparando-o para receber as desinências. Como nem sempre
é possível juntar a desinência ao radical, usam-se as vogais a, e, i como elemento de ligação.
A vogal temática indica a que conjugação pertence o verbo.
Ö 1ª conjugação - vogal temática -a: cantar
Ö 2ª conjugação - vogal temática -e: bater
Ö 3ª conjugação - vogal temática -i: partir
Obs.: o verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª conjugação, pois sua forma arcaica(antiga em latim) era
poere.
3. Desinências
são elementos que se acrescentam ao radical (ou ao tema: radical acrescido de vogal temática) para indicar
as categorias gramaticais de tempo e modo (desinência modo-temporal) e pessoa e número (desinência
número-pessoal).
FLEXÕES DO VERBO
1. Pessoa
São três as pessoas do verbo:
Ö 1ª pessoa: a que fala.
eu (singular): Eu estudo português.
nós (plural): Nós estudamos português.
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2. Número
O verbo apresenta-se no singular e no plural, concordando com o sujeito da oração.
Ö João estuda muito.
Ð Ð
sujeito verbo
3. Tempo
O verbo indica um processo localizado no tempo; precisamos, no entanto, reconhecer três situações
básicas:
a) Presente: o processo está ocorrendo no momento da fala.
Ö Aprecio música.
Obs.: o presente é único. Já o pretérito e o futuro apresentam subdivisões. O pretérito pode ser perfeito,
imperfeito e mais-que-perfeito. O futuro pode ser do presente e do pretérito.
4. Modo
Revela o fato tomado como certo, preciso, seja ele
Indicativo passado, presente ou futuro. Ö O aluno estuda português.
Subjuntivo Revela o fato tomado como incerto, duvidoso. Ö Se ele pudesse, iria.
Exprime uma atitude de mando, de ordem ou solicitação.
Imperativo Ö Faça os exercícios.
5. Voz
A voz indica a relação estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Podem ocorrer três situações:
a) voz ativa: o sujeito é o agente, ou seja, aquele que executa a ação expressa pelo verbo.
Ö O boi comeu o capim.
Ð Ð
sujeito verbo
na voz ativa
b) voz passiva: o sujeito é paciente, ou seja, o receptor da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz
passiva.
A voz passiva analítica é formada por verbo auxiliar + particípio.
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Ð Ð
sujeito sujeito
FORMAS NOMINAIS
Existem três formas verbais que não indicam flexão de tempo e modo, perdendo, dessa forma, as
características essenciais do verbo. Como desempenham funções próprias dos nomes (substantivo, adjetivo
e advérbio), são denominadas formas nominais.
São elas:
Indica a ação propriamente dita, sem substituí- Ö É necessário estudar para passar no
Infinitivo la no tempo; desempenhando função concurso.
semelhante à do substantivo.
a) Regular: quando segue o modelo da conjugação. Para saber se um verbo é regular ou não, basta
conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se ele for regular nesses dois
tempos, será regular nas demais formas.
b) Irregular: quando se afasta do modelo da conjugação. Para se saber se um verbo é irregular, deve-se
conjugá-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo. Se houver qualquer
irregularidade, ela se manifestará em um desses dois tempos.
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O radical altera-se para peç -, na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, daí a irregularidade do
verbo.
e) Anômalo: na sua conjugação verificam-se vários radicais. Vejamos os verbos ser e ir.
f) Defectivo: quando não apresenta certas formas. Exemplos: verbo falir e verbo abolir.
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Na linguagem atual, os verbos pagar, gastar e ganhar são usados apenas no particípio irregular, com
qualquer auxiliar.
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
b) Imperativo negativo: o imperativo negativo é derivado do presente do subjuntivo. suas formas são
idênticas a ele, bastando acrescentar o advérbio de negação e excluir a 1ª pessoa do singular.
Acompanhe o exemplo:
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ATENÇÃO!!!
O verbo SER foge, na segunda pessoa (tu e vós) a essa regra no imperativo afirmativo.
INDICATIVO
Pretérito imperfeito Exprime um fato anterior ao momento Ö Ela via muitas estrelas no céu.
em que se fala, mas não o toma como
concluído. Ö Ela falava sobre as estrelas para ele.
Futuro do pretérito Exprime um fato futuro tomado em Ö Ela disse-me que iria contemplar mais
relação a um fato passado. um pouco as estrelas.
SUBJUNTIVO
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O verbo, quando seguido de um pronome oblíquo átono, pode sofrer algumas alterações de ordem
fonética.
Quando o verbo termina em -r, -s ou -z e é seguido dos pronomes oblíquos o, a, os, as, ocorre o
seguinte: desaparece a última letra do verbo (-r, -s, -z) e o pronome assume as formas lo, la, los,
las.
Ö comprar + os = comprá-los
Ö vender + o = vendê-lo
Ö temos + a = temo-la
Ö fez + o = fê-lo
Ö fiz + o = fi-lo
Quando o verbo termina em -m ou ditongo nasal e é seguido de o, a, os, as; o verbo permanece,
inalterado, mas o pronome assume as formas no, na, nos, nas.
Ö amaram + o = amaram-no
Ö beberam + a = beberam-na
Ö dispõe + os = dispõe-nos
Ö fizeram + as = fizeram-na
EXERCÍCIOS
1. (F. Objetivo – SP) Dos verbos abaixo, assinale o único que não apresenta duplo particípio:
a) abrir
b) imprimir
c) eleger
d) morrer
e) enxugar
2. (PUC) - A crise no emprego da língua materna insere-se no contexto mais amplo das circunstâncias
culturais em que ................... as civilizações modernas. Numa época em que se ................... todas as
restrições e em que se ................... a todas as normas estabelecidas, não há, seguramente, maior zelo pela
linguagem.
a) vivem - cancelaram - desobedece
b) vive - cancelaram - desobedece
c) vive - cancelou - desobedece
d) vive - cancelaram - desobedecem
e) vivem - cancelaram - desobedecem
3.A maneira como se ................... os assuntos não ................... os alunos, que disso se ................... .
a) expõe - atraem - queixa
b) expõem - atrai - queixam
c) expõem - atraem - queixam
d) expõem - atrai - queixa
e) expõe - atraem - queixam
4. (PUC) Convém que se levantem os problemas, que se reflita sobre os assuntos e não se tomem
medidas apressadas.
Substituindo-se os verbos sublinhados respectivamente por "falar", "avaliar" e "pensar", obtém-se a
construção correta
a)Convém que se fale dos problemas, que se avaliem os assuntos e não se pense em medidas apressadas.
b)Convém que se falem dos problemas, que se avaliem os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.
c)Convém que se fale dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pense em medidas apressadas.
d)Convém que se falem dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.
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e) Convém que se fale dos problemas, que se avalie os assuntos e não se pensem em medidas
apressadas.
8. Ali onde se ............... aquelas cruzes ................. cenas de selvageria, durante os combates.
a) vêem - assistiu-se a
b) vêem - assistiram-se a
c) vê - assistiram-se a
d) vê - assistiu-se
e) vê - assistiu-se a
9. (UFRGS) - Não ................... dúvidas de que ................... de razão as críticas que se ................... ao
projeto.
a) resta - carecem - fez
b) resta - carece - fizeram
c) resta - carece - fez
d) restam - carecem - fizeram
e) restam - carecem - fez
10. ..................., em todos os cantos da cidade, que ................... havendo irregularidades nas eleições que
se ................... no município.
a) Afirma-se - estão - organizaram
b) Afirma-se - estão - organizou
c) Afirma-se - está - organizaram
d) Afirmam-se - está - organizou
e) Afirmam-se - estão - organizou
11. (PUC) - Urge que se ................... todas as recomendações, pois já ................... meses que se
................... os mesmos erros.
a) façam - fazem - cometem
b) façam - faz - comete
c) faça - fazem - comete
d) façam - faz - cometem
e) faça - faz - comete
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ADVÉRBIO
É uma palavra que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio, exprimindo
diversas circunstâncias.
Advérbios interrogativos
b) Lugar: onde?
c) Modo: como?
d) Tempo: quando?
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Palavras Denotativas1
Certas palavras, por vezes enquadradas impropriamente entre os advérbios, passaram a ter, com a
Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificação à parte, mas sem nome especial.
c) Designação: eis.
Ö — Eu cá tenho mais medo do sol que dos leões. (Castro Soromenho, C, 204.)
PREPOSIÇÃO
É a palavra que liga duas palavras ou expressões dando relações ou circunstâncias.
Locução Prepositiva
Conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição.
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combinação contração
ao (a + o) do (de + o)
aos (a + os) dum (de + um)
aonde (a + onde) pela (per + a)
CONJUNÇÃO
É uma palavra invariável que liga duas orações.
a) aditivas - e, nem
locuções - mas também, mas ainda, não só... como, tanto... quanto
c) alternativas - ou
locuções - ou... ou, ora... ora, quer... quer, umas vezes... outras vezes, seja... seja
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A classificação das conjunções deve ser feita a partir de seu efetivo emprego nas frases da língua. Por isso,
as relações que apresentamos não devem ser memorizadas: você deve consultá-las quando for necessário.
O estudo efetivo do valor dessas conjunções só será possível quando observarmos atentamente sua
atuação.
INTERJEIÇÃO
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, sentimentos.
alegria: ah!, oh!, oba!
advertência: cuidado!, atenção!
alívio: ufa!, arre!
afugentamento: passa!, fora!
animação: eia!, vamos!, avante!, coragem!
aplauso: bis!, bravo!
chamamento: ó!, ô!, olá!, psit!
desejo: oxalá!, tomara!
dor: ai!, ui! oh!
espanto: oh!, chi!, ué!, puxa! uai!
impaciência: hum!, hem!
invocação: ô!, olá!, alô! salve!
silêncio: psiu! silêncio!
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
9 O adjetivo concorda em gênero e número com Ex.: As meninas estudiosas são gêmeas.
o substantivo.
9 O adjetivo posposto a dois ou mais Ex1.: As alunas e os alunos estudiosos passarão no
substantivos de gênero e número diferentes ou concurso.
vai para o masculino plural ou concorda com o Ex2.: Os alunos e as alunas estudiosas passarão no
substantivo mais próximo. concurso. (Neste caso, somente as alunas são
estudiosas)
9 O adjetivo, anteposto a dois ou mais Ex.: As estudiosas Carolina e Camila são da mesma
substantivos, concorda, geralmente, com o mais classe.
próximo.
9 O predicativo concorda em gênero e número Ex.: As meninas são muito estudiosas.
com o sujeito.
9 Quando o sujeito for um pronome de Ex1.: Vossa Excelência está preocupado. (homem)
tratamento, o predicativo concorda com o sexo Ex2.: Vossa Excelência está preocupada.(mulher)
da pessoa a quem nos dirigimos.
9 As expressões, é bom, é necessário, é Ex1.: É proibido entrada de estranhos.
proibido, não variam. Porém, se o sujeito vier Ex2.: É proibida a entrada de estranhos.
antecedido de artigo ou palavra equivalente, a
concordância será obrigatória.
9 Quando as palavras são adjetivas devem Ex1.: As fotos seguem anexas.
concordar com o nome a que se referem . Ex2.: Os documentos vão inclusos.
Seguem esta regra as seguintes palavras: Ex3.: Ela mesma fez o poema.
anexo, incluso, mesmo , próprio, obrigado,
Ex4.: Elas próprias fizeram o exercício.
agradecido, grato, apenso, quite, leso.
Ex5.: Ela disse: obrigada.
Ex6.: Eles estavam agradecidos pelo jantar.
Ex7.: As alunas ficaram gratas a professora.
Obs.: a expressão em anexo fica invariável.
Ex8.: Os documentos estão apensos aos autos.
Ex9.: Os alunos estão quites com a tesouraria.
Ex10.: Aquelas pessoas cometeram crime de lesa-
soberania.
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PRÁTICA
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CONCORDÂNCIA VERBAL
É a parte da gramática que apresenta a concordância do verbo com seu sujeito ou predicativo.
Principais casos de concordância verbal
9 O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Ex.: Ele precisa de auxílio.
9 O verbo vai para a 3ª pessoa do plural caso o sujeito Ex.: Luís e Yolanda passaram na prova.
seja composto e anteposto ao verbo.
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9 O verbo ser concorda com o predicativo, se o sujeito Ex1.: Quem são os rapazes do curso?
está representado pelos pronomes interrogativos quem Ex2.: Que são as alegrias do trabalho?
ou que.
9 Quando o sujeito for o pronome tudo, o verbo ser Ex.: Na vida, nem tudo são flores.
concorda com o predicativo. O mesmo ocorre com os (Embora seja admissível a outra forma: Tudo é
9 Quando o sujeito é o pronome relativo que , o verbo Ex1.: Fui eu que escrevi a proposta.
concorda com o termo antecedente do pronome relativo. Ex2.: Foste tu que escreveste proposta.
Por outro lado, quando o sujeito é o pronome relativo Ex .: Fui eu quem escreveu proposta.
3
quem, o verbo deve ficar, geralmente, na 3ª pessoa do
(3ª pessoa do singular)
singular, concordando com ele. Porém, são freqüentes
Ex4.: Fui eu quem escrevi proposta.
os casos em que o verbo concorda com o termo
antecedente do pronome relativo quem.
PRÁTICA
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EXERCÍCIOS
2. (Med. Pouso Alegre –MG) A concordância verbal não está correta em:
a) Isso são verdadeiros absurdos.
b) Os Andes ficam na América.
c) Entre nós não haviam segredos.
d) Isso não passa de absurdos comentários.
e) Menos de dois alunos disputam a vaga.
6. Marque a frase que NÃO está corretamente escrita, segundo a norma culta:
a) Poços de Caldas continua linda;
b) Os Estados Unidos decidiu não participar;
c) O ministro é um dos que continua ali;
d) Quem de nós sabia de tudo;
e) Vários de nós participamos da corrida.
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7. (DESU)
1- Depois que a velha morrera, Bibiana se sentira ---------------- desamparada.
2- A virgem caíra --------------- morta aos pés de seu algoz.
3- Depois fez ------------------- volta e, grave e nu, caminhou até o lugar onde estava o estojo do violino.
4- Encontrava a vila ---------------- arruinada.
As lacunas, nas frases acima, devem ser preenchidas, respectivamente, pelas palavras:
a) meio, meia, meia, meia
b) meio, meio, meia, meio
c) meio, meio, meio, meio
d) meia, meia, meio, meio
e) meio, meia, meia, meio
10. Dentre as frases abaixo, há uma errada no que concerne à concordância de “anexo”.
Assinale-a:
a) Segue anexa a certidão.
b) A certidão e o recibo seguem anexos.
c) Anexo vai a certidão e o recibo.
d) Anexo vai o recibo.
12. A frase abaixo cuja concordância deve ser efetuada com apenas uma das formas verbais dos
parênteses é:
a) Um e outro ............. a língua solta. (tem/têm)
b) Já ............. quase oito horas. (era/eram)
c) A maior parte deles já não ................. mais. (trabalha/trabalham)
d) Uma porção de moleques me ............ com admiração. (olhava/olhavam)
15. “Ela .................. não sabia se as declarações deviam ir ou não ............... ao processo”.
a) mesma, ir anexas
b) mesmo, ir anexo
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16. “Ainda .................... furiosa, mas com ............. violência, proferia injúrias .............. para escandalizar os
mais arrojados”.
a) meia, menas, bastantes
b) meia, menos bastante
c) meio, menos, bastantes
d) meio, menos, bastante
23. “A essa altura, não ......... mais ingressos, pois já .......... dias que a casa tem estado com a lotação
esgotada”.
a) deve haver – faz
b) deve haver – fazem
c) deve haverem – faz
d) devem haver - fazem
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ASSISTIR
No sentido de ver, exige complemento com a preposição a.
Ex.: Assistimos a um filme ótimo ontem.
ASPIRAR
No sentido de inspirar, exige complemento sem preposição.
Ex.: Ele aspirou o ar puro da montanha.
CHAMAR
No sentido de convocar, exige complemento sem preposição.
Ex.: O professor chamou os estudantes da turma.
No sentido de dar nome, exige indiferentemente complemento com ou sem a preposição a e o predicativo
com ou sem a preposição de.
Ex1.: Uma aluna chamou José de bobo.
Ex2.: Uma aluna chamou a José de bobo.
Ex3.: Uma aluna chamou José bobo.
Ex4.: Uma aluna chamou a José bobo.
CHEGAR/IR
Os verbos exigem complemento com a preposição a.
Ex.: Chegamos a Ipanema tarde./ Ex.: Iremos a Ipanema à noite.
Obs.: o verbo ir , no sentido de estabelecer residência, demorar; exige a preposição para.
Ex.: Passei no concurso, logo vou para a França fazer o mestrado.
CUSTAR
No sentido de ser difícil, o verbo exige complemento com a preposição a.
Ex.: Custou à aluna aceitar o erro.
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ESQUECER/LEMBRAR
Quando não apresentam pronome oblíquo, exigem complemento sem preposição.
Ex1.: O aluno esqueceu a prova. / Ex2.: O aluno lembrou tudo.
IMPLICAR
O verbo, significando acarretar, pressupor, exige complemento sem preposição.
Ex.: “O processo implica pressupostos filantrópicos.” (Câmara Federal/2002)
INFORMAR
Exige complemento com e sem preposição (Transitivo direto e indireto)
Ex.: Informei a nota ao Gustavo.
Ex.: Informei o Gustavo sobre a nota (ou da nota).
MORAR
O verbo exige a preposição em.
Ex.: Ela mora em São Paulo.
NAMORAR
O verbo exige complemento sem preposição.
Ex.: Pedro namora Beatriz.
PREFERIR
O verbo exige complemento com a preposição a.
Ex.: Prefiro Português a Matemática.
PROCEDER
No sentido de ter fundamento, não exige complemento.
Ex.: Aquelas acusações não procedem.
QUERER
No sentido de desejar, exige complemento sem preposição.
Ex.: Eu quero ser feliz.
SER
O verbo exige, neste caso, complemento sem preposição.
Ex.: Somos cinqüenta pessoas na classe.
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VISAR
No sentido de mirar, exige complemento sem preposição.
Ex.: O atleta visou o alvo.
“Tv em cores “
“comprar à vista” (algo) ≠ “comprar a vista” (comprar a paisagem)
“fechar à chave” ≠ “fechar a chave” (dentro da gaveta)
“marcha à ré”
“Sairei daqui à uma hora.” (às 13h ou à1h da madrugada) ≠ “Sairei daqui a uma
hora.” (dentro de uma hora)
“Usar à força” (algo)
“Ele cheira à bebida.” (exalar odor)
PRÁTICA
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EXERCÍCIOS
5. (CÂM. DEP.) Ele anseia _______ visitá-la porque ________ estima muito e deseja que ela _________
perdoe ________ erros.
a) em – lhe – o - os
b) de – lhe – o - aos
c) para – a – lhe - aos
d) por – a – lhe – os
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XIII. SINTAXE
• Frase: conjunto de palavras que, num determinado contexto, fazem sentido, ou seja, é compreendido
tanto pelo emissor quanto pelo receptor da mensagem.
Ex.: Fogo ! Socorro ! Tudo bem ? Oi !
• Oração : conjunto de palavras que, independentemente de sentido, possuem uma construção verbal
(elíptica ou não) presente.
Ex.1: Ele viajou. (1 oração)
Ex.2: Dormíamos. (1 oração)
Ex.3: Alguns atores cantam e algumas atrizes também. (2 orações - a segunda com verbo elíptico)
• Período: conjunto de uma ou mais orações com presença de pontuação final (ponto, ponto de
interrogação, ponto de exclamação, reticências).
Ex.: Ele estava bem. (período simples - 1 oração)
Ex.: Ele estava bem, já tivera alta , foi para casa. (período composto - 3 orações)
1ª oração 2ª oração 3ª oração
SIMPLES: quando formado por única oração, que recebe o nome de oração absoluta (O período simples,
portanto, possui apenas um verbo).
Ex.: O dólar caiu.
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TERMOS DA
Termos essenciais Termos integrantes Termos acessórios ORAÇÃO
sujeito objeto direto adjunto adnominal
predicado objeto indireto adjunto adverbial
predicativo complemento nominal aposto
agente da passiva vocativo SUJEITO
É o termo sobre o qual se declara algo. O verbo da oração sempre concorda com o sujeito em
pessoa e número.
SIMPLES INDETERMINADO
COMPOSTO INEXISTENTE
DESINENCIAL (ou oculto)
O sujeito pode ser classificado como:
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PREDICADO
Predicado é um dos termos essenciais da oração. Tem por características básicas:
No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao
sujeito da oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal e no
segundo um predicado verbal. Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância,
ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal.
Exemplos:
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PREDICATIVO
É o termo que atribui ao sujeito ou objeto uma qualidade, estado característica etc. Pode ser:
Do sujeito: é o elemento do predicado que se refere ao sujeito, mediante um verbo (de ligação ou não), com
a função de informar algo a respeito do sujeito.
Ex1.: Frederico é estudioso.
predicativo do sujeito
OBJETO DIRETO
Do ponto de vista da sintaxe, objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto,
por isso, é complemento verbal, na grande maioria dos casos, não preposicionado. Do ponto de vista da
semântica, o objeto direto é:
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O objeto direto pode ser formado por um substantivo, pronome substantivo, ou mesmo qualquer palavra
substantivada. Além disso, o objeto direto pode ser constituído por uma oração inteira que complemente o
verbo transitivo direto da oração dita principal. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração subordinada
substantiva objetiva direta.
Exemplos:
Os pronomes oblíquos átonos (me, te, o, a, se, etc.) funcionam sintaticamente como objetos diretos. Isso
implica dizer que somente podem figurar nessa função de objeto e não na função de sujeito, por exemplo.
Porém algumas vezes os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, etc.) ou pronome oblíquo tônico (mim, ti, ele,
etc.) são chamados a constituir o núcleo dos objetos diretos. Nesse caso, o uso da preposição se torna
obrigatório e, por conseqüência, tem-se um objeto direto especial: objeto direto preposicionado.
Ele comeu do pão.
v.t.d. o. d. preposicionado
OBJETO INDIRETO
Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o objeto
indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal.
O objeto indireto pode ser formado por substantivo, ou pronome substantivo, ou numeral, ou ainda,
uma oração substantiva objetiva indireta. Em qualquer um desses casos, o traço mais importante e
característico do objeto indireto é a presença da preposição.
Exemplo:
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O objeto indireto pode ser representado por um pronome. Como o núcleo do objeto é sempre um
nome, é possível substituí-lo por um pronome. Nesse caso, um pronome oblíquo, já que se trata de uma
posição de complemento verbal e não de sujeito da oração. O único pronome que representa o objeto
indireto é o pronome oblíquo átono lhe(s) – pronome de terceira pessoa. Os pronomes indicativos das
demais pessoas verbais são sempre acompanhados de preposição.
Exemplos:
¾ Ela contava a seu pai como fora o seu dia na escola.
o.i.
¾ Ela lhe contava como fora o seu dia na escola.
o.i.
COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo da oração que completa a significação de um nome ( adjetivo, advérbio ou substantivo
abstrato), por intermédio de uma preposição.
· adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em
princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão. Ex.: Ela se dizia carioca da gema.
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Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo
relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções
adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal.
Exemplos:
AGENTE DA PASSIVA
É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser
que praticou a ação verbal (sofre a ação).
(o barulho: sujeito)
(toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto)
Ex2.: Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. (oração na voz passiva)
sujeito paciente agente da passiva
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Exemplos:
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática. Os
adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação
do verbo.
O adjunto pode ser:
ADJUNTO ADVERBIAL
É a palavra ou expressão que acompanha um verbo, um adjetivo ou um advérbio modificando a
natureza das informações que esses elementos transmitem. Por esse seu caráter, o adjunto adverbial é tido
como um modificador. Pelo fato de não ser um elemento essencial ao enunciado, insere-se no rol dos
termos acessórios da oração.
A modificação que os adjuntos adverbiais conferem aos elementos aos quais se liga na sentença é
de duas naturezas: a primeira, de modificação circunstancial, e a segunda, de intensidade.
Exemplos:
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adjunto adverbial
(demais: intensifica o segmento verbal "aumentaram")
(natureza do adjunto adverbial: intensificador)
APOSTO
É o termo da oração que se associa a outro termo para especificá-lo ou explicá-lo. O aposto tem
caráter nominal, ou seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios. Seu emprego é tido
como acessório na oração porque o enunciado sobrevive sem a informação veiculada através do aposto.
Exemplos:
Ex1.: Meu nome, Clara , estava definitivamente fora da lista dos aprovados.
aposto
Ex2.: Nas festas de Santo Antônio, santo casamenteiro, as pessoas faziam promessas.
aposto
Na língua portuguesa o aposto costuma vir acompanhado de uma pausa expressada através da
vírgula ou do sinal de dois pontos. No entanto, o uso da pontuação para marcar a posição do aposto na
sentença não é obrigatório. Trata-se de uma elegância textual, para a qual a utilização, especialmente das
vírgulas, torna o aposto mais destacado.
Exemplos:
Ex1.: Ninguém sabia informar sobre a prova: data, horário e local.
aposto
¾ (aposto introduzido pelos dois pontos)
É comum notarmos certa confusão entre aposto e adjunto adnominal, já que o aposto pode ser
introduzido por meio da preposição de. Deve-se ter claro, no entanto, que o aposto tem sempre o
substantivo como seu núcleo, ao passo que o adjunto adnominal pode ser representado por um adjetivo.
Uma maneira prática de identificar um ou outro termo da oração é transformar o segmento num adjetivo. Se
a operação tiver sucesso, tratar-se-á de um adjunto adnominal.
Exemplos:
¾ (de fora > externo = adjunto adnominal) / As paredes externas estão sendo pintadas agora.
Uma oração inteira também pode exercer a função de aposto. Nesse caso ela recebe o nome de
oração subordinada substantiva apositiva:
Ex1.: “Uma coisa é certa: que eu não queria Elisabeth.” (Rubem Fonseca)
oração subordina substantiva subjetiva
VOCATIVO
É a palavra ou conjunto de palavras, de caráter nominal, que empregamos para expressar uma
invocação ou chamado.
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O vocativo é um elemento que, embora colocado pelos gramáticos dentre os termos da oração,
isola-se dela. Isto é, o vocativo não se integra sintaticamente aos termos essenciais da oração (sujeito e
predicado) e pode, sozinho, constituir-se uma frase. Essa propriedade advém do fato de que o vocativo
insere, na oração, o interlocutor discursivo, ou seja, aquele a quem o falante se dirige na situação
comunicativa.
Exemplos:
PRÁTICA
3. Dê a função sintática dos termos abaixo (sujeito, obj. direto, obj. indireto, compl. nominal, agente da
passiva):
a) O povo necessitava de alimentos.
b) O povo tinha necessidade de alimentos.
c) Venderam bicicletas.
d) Vendem-se bicicletas.
e) A terra era povoada de selvagens.
f) Tenho confiança em você.
g) Ocorreram fatos estranhos.
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EXERCÍCIOS
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8. Deixei-o sair.
a) objeto direto d) sujeito
b) adjunto adnominal e) predicativo
c) aposto
10. Marque a única opção cujos termos assinalados NÃO possuem a mesma classe gramatical:
a) Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá;
b) Logo se acostuma a não olhar para fora;
c) (...) Para ter com que pagar nas filas em que se cobra;
d) Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana;
e) (...) A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
11. Assinale a única alternativa que, respectivamente, classifica corretamente os termos sublinhados.
14. Em qual das opções a função sintática do termo sublinhado é um objeto indireto.
a) Agiu contrariamente ao réu.
b) Há necessidade de muito dinheiro.
c) Ele estudou para a prova.
d) Precisa-se de bons operários.
e) Ela bebeu do vinho.
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16. Em qual das opções o pronome relativo funciona como adjunto adverbial?
a) O jornal que você comprou saiu pela manhã.
b) O senador a que me refiro foi presidente.
c) O homem cuja a identidade desconheço saiu cedo.
d) O homem ao qual enviaste a carta chegou.
e) Na cidade onde moro não há violência.
17. (Corregedoria Geral/RJ) “Como os dados se referem a um único país e apenas às adoções legais...”; o
segmento destacado dá idéia de:
a) causa
b) comparação
c) conformidade
d) condição
e) concessão
18. (Corregedoria Geral/RJ) Em “... convivência com desenhos populares...” . O termo destacado exerce a
função sintática de:
a) adjunto adnominal
b) adjunto adverbial
c) agente da passiva
d) complemento nominal
e) objeto direto
19. (Tribunal de Justiça/RJ) Qual a função sintática do termo destacado na frase a seguir: “Esperava todas
as manhãs pelo ovo de ouro”
a) agente da passiva
b) objeto direto
c) objeto indireto
d) adjunto adverbial
e) complemento nominal
20. (Procuradoria Geral de Justiça/RJ) Indique o item em que a classificação sintática está incorreta.
a) “... enfrentar duas situações específicas: a agressão externa ou a desordem interna.” - aposto
b) “Para combater a desordem, são demais” - predicativo
c) “A sociedade mantém as Forças Armadas inoperantes no caso.” – adj. adn.
d) “Devem as Forças Armadas intervir no processo...” - sujeito
e) “... nenhuma autoridade local sentiu-se ultrajada pela presença das Forças Armadas...” – predicativo
COORDENAÇÃO
É o relacionamento de termos da mesma função sintática dentro da oração, ou de orações com
funções equivalentes (sintaticamente, e não semanticamente) dentro de um período.
Coordenadas assindéticas: são aquelas cujo conectivo não vem expresso; em seu lugar, aparece vírgula,
ponto-e-vírgula ou dois pontos.
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Conjunções: e, nem
locuções - mas também, mas ainda, não só... como, tanto... quanto
SUBORDINAÇÃO
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• Restritivas
• Explicativas
• EXPLICATIVAS: não estão restringindo a significação do nome, mas acrescentando uma característica
que é própria do elemento a que se referem.
Ex1.: “O avião comercial mais veloz do mundo é o Concorde, que atinge duas vezes as velocidade do som”.
or. sub. adjetiva explicativa
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Ex2.: “O garçom, que já não era o mesmo antigamente, atendeu-os com indiferença.”
or. sub. adjetiva explicativa (Fernando Pessoa)
• CAUSAIS: exprimem uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, isto é, aquilo que
determina ou provoca um acontecimento.
Ex.: Já que você quer pagar-me, aceito.
or. sub. adverbial causal
principais conjunções causais: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como(quando
equivale a porque)
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• CONDICIONAIS: exprimem circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe
ou se aceita para que determinado evento se realize.
Ex.: Se és justo, és um homem de bem.
or. sub. adverbial condicional
se, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que, a não ser que, sem que
para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de maneira que
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto maior, quanto
menor, quanto melhor, quanto pior
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or. sub. adverbial temporal
quando, apenas (= quando), enquanto, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até
que, assim que
A grande diferença entre as orações causais e as orações explicativas está em que as causais
indicam a causa de um efeito exposto na oração principal, enquanto que as explicativas não
exprimem uma relação de causa e efeito.
OBS.:
Orações reduzidas
9 Tomada a capital, estaria ganha a guerra.” (or. subord. adverbial temporal reduzida de particípio]
Orações Justapostas
São orações subordinadas que aparecem sem conectivo, mas com o verbo em outra forma que não
nominal.
Ex2: Não fora meu amigo, nada teria sabido do assunto. (adverbial condicional justaposta)
Orações intercaladas
Não mantêm nenhuma relação sintática no período.
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9 Naquela noite - como havia estrelas ! - decidimos nosso futuro.” (oração intercalada)
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I - FIGURAS SONORAS
Ex.: (A, O)
"Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral."
(Caetano Veloso)
(E, O)
" O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu."
(Fernando Pessoa
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II - FIGURAS DE SINTAXE
1) Elipse: é a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida. Pode haver elipse
de:
Ex.: Alguns estudam, outros não. (por: alguns estudam, outros não estudam).
3) Hipérbato: alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período.
Ex.: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.
8) Anacoluto: termo solto na frase. Normalmente, inicia-se uma determinada construção sintática e depois
se opta por outra.
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Ex.: Minha vida tudo não passa de alguns anos sem importância.
10) Silepse: é a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
c) de pessoa:
Ex.: Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também
participa do processo verbal)
1) Metáfora: é o emprego de palavras fora do seu sentido normal, por efeito de analogia.
3) Metonímia: é a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum
relacionamento.
Ex.: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro, neste caso)
Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa - barbearia)
Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite)
Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe - culpado)
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4) Perífrase (ou Antonomásia): é a substituição de um nome por outro ou por uma expressão que
facilmente o identifique.
5) Sinestesia: consiste em associar, num só ato de percepção, dois sentidos ou mais (os cinco sentidos:
olfato, visão, audição, gustação e tato)
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da tua voz deliciava ...
Na dolência velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava.
IV - FIGURAS DE PENSAMENTO
4) Ironia: utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Ex.: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça
perfeitamente."
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PRÁTICA
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“Também já se empregou o termo barbarismo para referir-se aos erros cometidos pelos
estrangeiros ao adaptar ao seu idioma palavras ou expressões de outras línguas.”
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∗ roast-beef / rosbife
∗ club / clube
∗ basket-ball / basquetebol
∗ ballet / balé
∗ abat- jour / abajur
∗ background / conhecimento
“Quando o vocábulo estrangeiro revela-se muito útil ou necessário, tende a adaptar-se à pronúncia
e grafia do português. É o que chamamos de “aportuguesamento”.
4. Cacófato: “é a palavra inconveniente, descabida, ridícula ou obscena que resulta da união de duas
outras ou de partes de outras palavras vizinhas.”
5. Ambigüidade ou anfibologia: “ocorre quando uma mensagem tem mais de um sentido. A anfibologia
geralmente resulta da disposição inadequada das palavras na frase.”
EXERCÍCIOS
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3. (C. BOMB. –RJ) Na oração: Nas horas de inspiração, gosto de cantar Elis Regina, encontramos a
seguinte figura de linguagem:
a) eufemismo d) metonímia
b) catacrese e) prosopopéia
c) metáfora
6. (F.Oswaldo Cruz-SP) “Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.” Temos aqui uma figura de
linguagem, típica do Barroco:
a) antítese
b) pleonasmo
c) elipse
d) hipérbole
7. (UM-SP) “que salta morros na distância iluminada”. A figura de linguagem destacada no verso é:
a) onomatopéia d) prosopopéia
b) metáfora e) eufemismo
c) metonímia
8. (UM-SP) Aponte a figura : “Naquela terrível luta, muitos adormecem para sempre”.
a) antítese c) prosopopéia
b) eufemismo d) pleonasmo
c) anacoluto
10. (UNESP) Emprega-se o termo “solecismo” para indicar o uso errado da concordância, regência ou
colocação. Aponte a única alternativa em que não ocorre tal erro:
a) Faz cinco anos completos que não visito o Rio.
b) Devem haver explicações satisfatórias para este fato.
c) Haviam vários objetos espalhados sobre a mesa.
d) Se lhe amas, deves declarar-te depressa.
e) Fazem já vinte minutos que começaste a prova.
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^ “... um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer,
afirmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar, responder e sinônimos, que podem introduzi-lo, arrematá-lo,
ou nele se inserir.” (Celso Cunha)
Discurso indireto: consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala
das personagens:
“Era raro ele se mostrar claramente mais sério. Lóri reconhecia que ele tinha concentração, intensidade,
delicadeza e discrição, embora tudo fosse quase sempre encapado por um tom leve para não mostrar
emoção”. (Clarice Lispector)
^ “Como, na passagem ao discurso indireto, todas as formas de discurso direto de primeira ou de segunda
pessoa se apresentam em terceira pessoa, dá-se em geral um esvaecimento das realidades concretas de
tempo e lugar a que as pessoas e coisas referidas estariam vinculadas.” (Celso Cunha)
^ “No plano formal, verifica-se que, introduzidas também por um verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar,
confessar, responder, etc.), as falas das personagens aparecem, no entanto, numa oração subordinada
substantiva, em geral desenvolvida:
João Garcia garantiu que sim, que voltava. (V. Nemésio, MTC, 11)”
(Celso Cunha)
Discurso indireto livre: ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao
fluxo normal da narração:
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram sem chapéu, de pijama,
por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como
poderia andar um homem àquela hora, sem fazer nada, de cabeça no tempo, um branco de pés no
chão como eles? Só sendo doido mesmo.” (José Lins do Rego)
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^ “Ao contrário do que acontece no discurso indireto; o indireto livre conserva as interrogações, as
exclamações, as palavras e as frases do personagem na for por que teriam sido realmente proferidas.”
(Celso Cunha)
^ “ Sua “riqueza expressiva” aumenta quando ele (o discurso indireto livre) se relaciona, dentro do mesmo
parágrafo, com os discursos direto e indireto puro”, pois o emprego conjunto faz que para o enunciado
confluam , “numa soma total”, as características de estilos diferentes entre si.” (Celso Cunha)
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
DENOTAÇÃO
Temos denotação quando a palavra é empregada no seu sentido real, comum. Literal. É usada na
linguagem científica, informativa, sem preocupação literária.
Ex.: Construíram um muro de pedra. (denotação)
(matéria mineral dura e sólida, da natureza das rochas)
CONOTAÇÃO
Temos conotação quando a palavra assume um sentido fora do real. Um sentido figurado, poético.
A conotação é muito usada na linguagem poética.
Vejamos, como no poema de Carlos Drummond de Andrade a palavra pedra assume outro
significado:
No meio do caminho
A palavra pedra, no poema, significa obstáculo, portanto possui um sentido poético, conotativo.
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PRÁTICA
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Existem três tipos de redação: descrição, narração e dissertação. É importante que você consiga perceber a
diferença entre eles.
DISSERTAÇÃO
A procura por cursos e escolas de boa qualidade tem aumentado a cada dia. Os altos índices de
desemprego, no país, são fatores predominantes para que os pais, mais atentos a essa realidade,
busquem, na educação, minimizar as dificuldades existentes, uma vez que grande parcela dos
desempregados possui apenas o ensino fundamental, muitas vezes, incompleto. (Cintia Barreto)
NARRAÇÃO
DESCRIÇÃO
"Passarinho me contou que certa vez havia um reino. E, nesse reino, um rei havia.
Havia também muita coisa bonita, coisa que nem se imagina.
Havia sol e havia mar. Muito sol. Muito mar. Com tudo o que costuma essas belezas acompanhar.
Ilhas, praias, coqueirais, canoas a remo e a vela, redes de pesca de sono, lagoas, conchas, peixes, jardins
de algas, floresta de coral, brisa a soprar.
Às vezes, havia arco-íris. De noite, brilhava o luar."
“Um texto é um conjunto de idéias organizado e coerente. A melhor forma de testarmos nossa capacidade
de conhecer o funcionamento de uma estrutura textual e reproduzir sua organização é fazendo uma
paráfrase. Paráfrase é um texto feito a partir das idéias de outro texto, mantendo sua essência, mas
utilizando outras palavras. Para fazer uma paráfrase, é preciso entender todas as idéias que o autor do
texto original quis transmitir, em todos os seus detalhes”.
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DISSERTAÇÃO
Dissertar é escrever sobre um determinado assunto, apresentando argumentos que comprovem sua
tese.
A dissertação pode ser subjetiva (os assuntos abordados levam em consideração as emoções da
pessoa que escreve ⎯ cartas argumentativas) e pode ser objetiva (os argumentos apresentados são de
caráter impessoal ⎯ relatórios, textos científicos, ensaios etc.).
Atualmente, a modalidade de redação mais exigida em concursos é, de uma forma geral, a redação
dissertativa (objetiva).
Esse tipo de redação divide-se em: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Ao fazer uma prova de redação será apresentado, a você, um tema e, às vezes, mais de um tema
para que seja feita sua dissertação.
Esses temas podem ser subjetivos (temas que tratam de assuntos que dizem respeito a sua
posição pessoal, como, por exemplo, uma carta argumentativa para o presidente de uma empresa ou
instituição de ensino) ou temas objetivos (temas que tratam de assuntos que dizem respeito a todos, temas
sociais, econômicos, políticos etc.). Nos dias atuais, os temas de caráter objetivo são, de uma forma
geral, os mais freqüentes em concursos em todo o país. Por isso, será apresentada uma relação de
possíveis temas objetivos, já que os temas subjetivos dependerão muito mais da sua postura pessoal do
que técnica.
Os temas objetivos exigem, da parte de quem escreve, informação, pesquisa, organização e
elaboração “padronizada” a respeito deles.
Devido à grande instabilidade, econômica, política e social, que o país atravessa, são possíveis os
seguintes temas:
• Coerência- “qualidade ou estado de quem é coerente; conexão, harmonia, acordo, não contraditório.”
(Francisco da Silveira Bueno)
• Coesão – “1. união íntima das partes de um todo. 2. Conexão, nexo.”(Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira)
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A clareza é fundamental em uma redação, uma vez que quem escreve quer ser entendido. Assim, quem
escreve deve evitar as gírias, os jargões, as expressões que gerem ambigüidade e, principalmente, palavras
raras, de difícil acesso, ou seja, palavras que possam dificultar a compreensão do seu texto.
Outro fator importantíssimo, à obtenção da clareza na redação, é a pontuação. Sabemos que não
escrevemos como falamos, por isso mesmo é que se faz mister o emprego exato dos sinais de pontuação.
No texto de Jô Soares, Da difícil arte de redigir um telegrama, no qual uns parentes se reúnem para
comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de sua irmã, há uma
passagem que exemplifica bem a necessidade da vírgula para o correto significado da frase. Vejamos:
“Se possível volte. tua irmã saudosa. passando quase mal. por favor acredite. cuidado coração.
venha logo. saudades surpresa.
(. . .)
Como o telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a
palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros . . .”
É preciso reiterar que , nas redações argumentativas, nos ofícios, nos memorandos, nas
declarações, etc. devem ser usados, corretamente, os sinais de pontuação para evitar idéias ambíguas que
possam gerar confusão ao leitor.
Compreende-se também que, para um texto apresentar clareza é preciso ter correção e concisão.
À correção, cabe a releitura do texto para serem notificados pequenos erros gramaticais que tornam a
clareza mais distante. Cabe à concisão, a uniformidade do texto, evitando a prolixidade e o desperdício de
idéias, através de frases repetitivas e supérfluas.
Não se pode deixar de esclarecer que , para um texto ser coeso e coerente, deve-se difundir
conjunções coordenativas no mesmo , para ligar orações independentes sintaticamente, mas dependentes
semanticamente. A preferência por conjunções coordenativas tem haver com a simplicidade do texto, para
isso prefira frases curtas. Por outro lado, as orações subordinadas são mais usadas em textos acadêmicos,
científicos, isto é, textos técnicos cujos leitores estão aptos a interagir e compreendê-lo.
Dessa forma, percebe-se que para uma redação obter clareza, coesão e coerência é preciso
distribuir harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando-a devidamente, substituir
as palavras ou expressões cuja sucessão de sons prejudique a eufonia (produzam sons desagradáveis) e
fazer uso de conjunções ou expressões conjuntivas para ligar idéias num mesmo período.
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IMPORTÂNCIA DA DISSERTAÇÃO
Sendo que a dissertação está bem mais próxima do texto científico que do texto literário, o
valor de uma dissertação se mede, sobretudo, pelo valor da argumentação exposta no desenvolvimento.
O desenvolvimento equivale à comprovação científica. Em outros termos: é a exposição objetiva dos
argumentos que provam as afirmações feitas na introdução. Uma dissertação cujo desenvolvimento não
apresenta argumentos sólidos, que provem a tese anunciada na introdução, será um texto de pouco (ou
nenhum) valor.
Por isso, na dissertação, não cabem as simples emoções pessoais de quem escreve, não cabem as
afirmações na base do “eu acho”, “eu penso”, “eu sinto”. A linguagem, argumentação científica não têm
um caráter subjetivo, emocional. Têm que ser mais gerais, mais racionais; dirigem-se à compreensão
racional do leitor, e não à sensibilidade. O que interessa são argumentos, a explanação de um raciocínio
lógico.
________________________________Qualidades_____________________________________
• Organização: “há uma idéia central que orienta toda a redação”; tudo converge para esta idéia.
• Unidade: todas as idéias lançadas no texto se relacionam com a idéia central e são importantes
para comprová-la.
• Ordenação: cada uma das idéias é sucessivamente explanada. (Para isso, importa que você saiba
estruturar bem os parágrafos: não fragmentar uma mesma idéia em vários parágrafos nem colocar
várias idéias em um só parágrafo. É fundamental que você saiba ligar os parágrafos, usando
adequadamente as palavras e expressões de transição entre um parágrafo e outro.)
• Coerência: além de haver uma seqüência lógica das várias idéias (dos vários parágrafos), é preciso
que as idéias lançadas estejam , realmente, adequadas ao objetivo que se pretende provar.
• Progressão: “partir do mais simples, do mais conhecido, para o mais complexo, mais desconhecido,
mais profundo”. Seu leitor deve sentir que sua argumentação vai desenrolando-se naturalmente e
que cada argumento vai, progressivamente, levando-o à conclusão.
• Proporcionalidade: deve haver uma proporção entre a importância da idéia e a extensão de sua
abordagem. Escrever mais sobre uma idéia mais fácil, porém pouco importante para comprovar a
idéia central, é revelar falta de senso crítico ou fugir ao tema proposto.
• Clareza e Concisão: deve-se evitar a “repetição de idéias já expressas”, bem como eliminar-se o
detalhe ou a idéia não importante. Seu leitor, deve sentir, claramente, a importância de cada
argumento explanado.
• Equilíbrio: a atitude de quem disserta é uma atitude racional. Por isso você evitará cair na
discussão emocional, nas reações emocionais face ao tema.
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TEXTOS
VELHA HISTÓRIA
Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o
peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado indescritível nas escamas, que o
homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do
coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no
quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote,
que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no
“17”! ⎯ o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com
a outra lendo jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando o peixinho, enquanto este,
silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora
pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho:
“Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te mais tempo ao
carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para
o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!...”
Dito isto, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez
um redemoinho, que depois foi serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado...
(QUINTANA, Mário. Prosa e verso. Porto Alegre, Globo, 1978.)
Questão 1:
No trecho: “Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote, que nem um
cachorrinho”. Podemos concluir que:
a) o homem e o peixinho eram indiferentes;
b) o peixinho servia ao homem;
c) o peixinho era seu melhor amigo;
d) o peixinho era sua razão de viver;
e) o peixinho apenas seguia o homem.
Questão 2:
O “peixinho”, segundo o narrador, era capaz de atos fora do comum para um peixe, EXCETO:
a) acompanhar o dono;
b) ler o jornal;
c) tomar laranjada;
d) ficar silencioso e melancólico;
e) morrer afogado.
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Questão 3:
Quem é a Maria que aparece no texto?
a) parte de um nome (exemplo: José Maria).
b) a narradora da história.
c) o peixinho.
d) alguém a quem o narrador conta a história.
e) não é ninguém importante.
Questão 4:
“...pincelou com iodo a garganta do coitadinho”. Este procedimento do homem denota:
a) medo;
b) tristeza;
c) gentileza;
d) cuidado;
e) melancolia.
Texto 2
(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia – 1ª ed. RJ. Rocco, 1996)
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4. Em “...a não colher fruta do pé...” (8º parágrafo), a palavra sublinhada significa:
a) a parte inferior da perna;
b) cada exemplar de uma planta;
c) a base de uma escultura;
d) a parte inferior da página;
e) a parte da cama oposta à cabeceira
Texto 3
DOR DE DENTE
Em frente de Sousa Costa, a pretinha Marina, imóvel, se agarrava com as duas mãos no banco,
estarrecida, boca aberta, olhos esbugalhados, gozando. Como tinham ido ao Rio pelo noturno, esta era
realmente a primeira vez que enfim Marina viajava de trem, a sua maior aspiração. Automóvel, jamais a
interessara, era canja, não tinha apito. Mesmo pra ir da casinha dela, na chegada de Jundiaí, para vila
Laura, foram buscá-la na Fiat, não tinha apito. E nos seus quatorze anos, Marina guardava aquele desejo
eterno com que, todos os dias de sua já longa vida, espiava os trens, trepada no barranco, os trens
sublimes passando. A casa do pai dela, carapina em Jundiaí, era justo numa curva de apitar, e o apito
nascera dentro dela como a suprema expressão da dignidade dos veículos.
Só uma coisa Marina ainda achava superior ao trem: ter dor de dente. Chegara a rezar a Deus
pedindo que lhe mandasse uma dor de dente, nem que fosse uma dorzinha só, bem pequenina,
porque achava muito lindo a gente andar com um lenço vermelho amarrado na cara. Achava
lindíssimo. No tempo em que morava com a família, chegava a chorar de escondido, porque o Dito
andava sempre de lenço amarrado na cara, maravilhoso, já todo banguela de tanto dente arrancado
com dor. E ele com aquela dentadura branca, alvinha, sem uma dor . . . Chorava.
(ANDRADE, Mário de. Dor de Dente. In RIEDEL, Dirce et alii. Literatura em curso. Rio de Janeiro,
Edições Bloch, 1974, p. 139-140)
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d) na Fiat e à tardinha.
e) no trem e de dia.
2. Considerando que a relação de Marina com o mundo se faz pelo sentir e não pelo saber, os elementos
que ela mais valoriza ligam-se, respectivamente, aos sentidos da:
a) audição e tato.
b) visão e gustação.
c) audição e gustação.
d) gustação e audição.
e) tato e olfato.
3. As formas de diminutivo “pretinha” (linha 1), “casinha” (linha 5), “dorzinha” (linha 11) e “alvinha” (linha
15) conotam respectivamente:
a) ingenuidade, simplicidade, intensidade, intensidade.
b) preconceito, humilhação, quantidade, cor.
c) desprezo, dimensão, insignificância, pureza.
d) tamanho, aconchego, irritação, beleza.
e) simpatia, pobreza, irritação, beleza.
Texto 4
Mario Quintana dizia que livro bom é aquele que gente lê e parece que está pensando. Só
mesmo um poeta para sintetizar com tamanha simplicidade a ligação que se estabelece entre leitor
e texto. Tão profundo, intenso e sutil que parece bruxaria, ato de envolver-se com o livro nos conduz
ao mundo desconhecido que se encontra dentro de nós mesmos.
A leitura é sempre um movimento de reconhecimento. Até mesmo para compreender alguma coisa
inteiramente nova, partimos de um material que já possuímos. Reconhecemos monemas, fonemas,
palavras, idéias, sentimentos, sensações e da mistura de todos os pedaços conhecidos surge alguma coisa
inteiramente nova. O auge desse movimento de reconhecimento é a releitura. Quando somos apresentados
a Brás Cubas, na adolescência, torcemos o nariz para aquela figura esquisita. Na Segunda leitura, ele nos
parece um pulha. Na terceira, uma personalidade contraditória e curiosa. Então, de repente, sofremos um
choque literário e descobrimos: Brás Cubas sou eu!
Brás Cubas sou eu. Madame Bovary sou eu. Emília sou eu. Flicts, Raul da Ferrugem Azul, as fadas
de Sylvia Orthof e de Fernanda Lopes de Almeida, os idiotas sentados no barril de Ruth Rocha, Cinderela,
Ludi, Ana Karenina, e também...
Madame Bovary, Flicts e Emília misturados no mesmo parágrafo? Você torceu o nariz, eu vi. Que
idéia, juntar literatura com historinha para crianças! Afinal de contas, todo mundo sabe que a função da
literatura infantil é transmitir valores morais, apoiar a alfabetização e ensinar alguma coisa às crianças e não
criar mundos onde a alma de qualquer pessoa se amplie e se reconheça.
Vamos, então, voltar ao Mario Quintana e à relação intensa que pode se estabelecer entre livro e
leitor. Embora seja uma atividade solitária, a literatura nos integra ao mundo. Quando leio Flicts ou O
Apanhador no campo de centeio e reconheço ali o sentimento de imaginação que me acompanha,
compreendo que não se trata de um problema meu, mas de uma característica humana que possuo.
Através da leitura, nos reconhecemos parte da humanidade e não seres isolados. Aprendemos a
compreender os outros e nós mesmos.
(...)
1. A partir da referência à personagem Brás Cubas, de Machado de Assis, a autora reforça a idéia de
reconhecimento que a leitura e a releitura propiciam. Com isso, corrigi-se, no leitor, uma:
a) vontade de se parecer com cada personagem de ficção.
b) rebeldia para com os autores brasileiros, de um modo geral.
c) mania infantil de criticar o mundo que nos cerca.
d) tendência a rejeitar a obra literária sem conhecê-la.
e) Inadequação natural de ordem biopsíquica.
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2. O uso de reticências, no 3º parágrafo, serve para marcar ou sugerir uma possível reação do leitor:
a) à seqüência aleatória e infinita de outras personagens de ficção.
b) a uma ironia da autora em relação às personagens grotescas.
c) a uma quebra da seqüência lógica das enumerações do pensamento.
d) a uma identificação da própria autora para com as personagens.
e) Ao imponderável do mundo de fantasia das histórias infantis.
3. A expressão coloquial “torcer o nariz”, duas vezes utilizada no texto, significa todas as opções abaixo,
EXCETO:
a) rejeitar
b) recusar
c) repudiar
d) desprezar
e) desconfiar
4. A afirmação de Quintana, de que se serve a autora para abrir o texto, estabelece uma estreita relação
entre:
a) o real e a fantasia e) a ficção e a realidade
b) o subjetivo e o objetivo
c) a imaginação do autor e a perspicácia do leitor
d) o leitor e o texto
Texto 1
A UM AUSENTE
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem se despedires foste embora
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos da obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
Do que o ato sem continuação, o ato em si,
O ato que não ousamos nem sabemos ousar
Por que depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
De nossa convivência em falas camaradas,
Simples apertar de mãos, nem isso, voz
Modulando sílabas conhecidas e banais
Que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
O não previsto nas leis da amizade e da natureza
Nem nos deixaste sequer o direito de indagar
Porque o fizeste, porque te foste.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Farewell.
Rio de Janeiro, Ed. Record, 1996, p.41-42)
Texto 2
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AUSÊNCIA
2. Comparando, nos dois textos, os sentimentos provocados pela ausência, é falso afirmar que:
a) no primeiro, a ausência é a falta; no segundo, a ausência é presença.
b) no segundo, o poeta consegue superar a saudade.
c) a ausência, no primeiro, é saudade pela impossibilidade da convivência física.
d) no segundo, a ausência estimula o inconformismo e o desconforto do poeta.
e) a ausência, no segundo, é companheirismo permanente na lembrança do poeta.
3. “falas camaradas”, “simples apertar de mãos . . .”, “. . . voz modulando sílabas conhecidas e banais.”
(texto 1/versos 17, 18 e 19)
Com essas palavras, o poeta:
a) caracteriza o relacionamento amigo e confiante, vivenciado entre ele e o ausente.
b) antecipa o rompimento do pacto de amizade com o ausente.
c) admite a sua impotência diante da atitude do amigo.
d) provoca o amigo a explicar a ousadia do grave ato.
e) propõe ao amigo viver sem prazo sem consulta sem provocação.
PRÁTICA
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a) A–A–C–A–A
b) B–A–C–C–A
c) C–A–C–C–A
d) C–A–C–C–B
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
3. (Aeronáutica) Assinale a alternativa que apresenta um argumento coerente com o ponto de vista
apresentado no trecho abaixo.
Quem lê muito pode tornar-se um bom leitor, não necessariamente um escritor competente, pois...
a) a leitura influencia a escrita, o leitor toma contato com novas formas lingüísticas e aperfeiçoa sua
linguagem.
b) o enriquecimento do vocabulário na leitura auxilia bastante a produção textual, desenvolvendo a
habilidade de escrita.
c) ler estimula o descobrimento de novos mundos e a ampliação de conhecimentos, que serão eficazes
subsídios para que o texto escrito apresente bom conteúdo.
d) escrever bem depende também de um interesse real pelas coisas, da consciência de alguns processos
de educação e do exercício de técnicas de elaboração de texto.
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Apostila: Português para Concursos – por Profª Cíntia Barreto
XVII. APÊNDICE
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS: nos textos (cartas, ofícios, relatórios), não se deve das abreviaturas, nem
de símbolos, isto é: só devem ser utilizados símbolos e abreviaturas quando for de todo impossível usar as
palavras por extenso. Assim, por exemplo, em vez de escrever 2 kg, deve escrever : dois quilogramas; em
vez de escrever R$ 10,00, devo escrever: dez reais.
AO INVÉS: invés quer dizer: avesso; ao invés significa ao contrário. EXEMPLO: AO INVÉS DE
APLAUSO, recebeu VAIA. Esta frase está correta, porque o contrário de aplauso é vaia. Em vez de quer
dizer em lugar de: EM VEZ DE CAMINHÃO, recebemos um JIPE. Caminhão é diferente de jipe, mas não é
o contrário de jipe. Logo, não podemos, aqui, empregar ao invés de. Outro exemplo: EM VEZ DE Cacilda,
veio Leda = EM LUGAR DE Cacilda, veio Leda. Cacilda é diferente de Leda, porém não é o contrário dela;
logo, não posso dizer: AO INVÉS DE Cacilda, veio Leda. Só use ao invés de quando tiver de dar noção de
uma coisa oposta a outra; use em vez de para exprimir que uma coisa está em lugar de outra.
A OLHOS VISTOS: expressão correta. Emprega-se em casos como este: a produção cresce A OLHOS
VISTOS.
ASSESSOR, ASSESSORIA: escrevem-se com ss, e não com c. Acesso não tem nada que ver com
assessor.
A TEMPO e HÁ TEMPO: como se vê, na primeira forma há uma preposição (a); na segunda, aparece o
verbo haver. A tempo quer dizer com tempo, em tempo, dentro do tempo estabelecido: Cheguei a
tempo de fazer a prova, isto é: Cheguei COM tempo (EM tempo) de fazer a prova. Há tempo significa faz
tempo: Há tempo que cheguei, isto é: FAZ tempo que cheguei.
ATÉ O, ATÉ AO: ambas estas formas se justificam. Pode, contudo, a eufonia determinar a supressão do
artigo em frases como esta: Foi até ao alto: deve dizer-se: Foi até o alto, para evitar o encontro de quatro
vogais (e, a, o, a) . Também a clareza pode decidir se deve ou não aparecer o artigo, como queria Carlos
Góis: “O fogo queimou ATÉ A casa”, isto é: queimou tudo, inclusive a casa; O fogo queimou ATÉ À casa”, ,
isto é: foi queimado e parou diante da casa.
ATRÁS: atrás, traseiro, atrasado, atrasar, etc. são palavras que se escrevem com s, e não com z . O verbo
TRAZER se escreve com z. O verbo QUERER demanda s, e portanto não admite z: quis, quiseste, quis,
quisemos, quisestes, quiseram.
ATRASO: escreve-se com s, e não com z. Da mesma forma: atrasar, atrasado.
BENEFICÊNCIA: esta é a forma correta, e não beneficiência.
CADÊ: nunca empregue esta forma num trabalho escrito. O certo é: Que é de: QUE É DA candidata? Nas
conversas, justificam-se as formas quéde (= qu’é de). Que de é forma clássica. Em frei Heitor Pinto se
encontra “Que de vós?”
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CUJO: é erro grosseiro empregar cujo no sentido de o qual. Não diga nem escreva: já me deram máquinas,
cuja máquina é esta. O emprego de cujo é assim: Esta é a caneta CUJA bomba está quebrada (DA QUAL a
bomba está quebrada). Este é o candidato CUJA prova foi corrigida (DO QUAL a prova foi corrigida).
CUSTAR: não diga nem escreva: Custei muito a aprender isto. O certo é: Custou-ME muito aprender isto.
DADO: no sentido de considerado, é participo passado, e como tal deve concordar com o substantivo a
que se refere: DADAS as circunstâncias, achamos que se pode . . . DADOS os argumentos, deferimos os
pedido.
DETER, MANTER, PROPOR: diga e escreva: Se ele DETIVER, Se ele MANTIVER, Se ele PROPUSER;
detivemos, mantivemos, propusemos, etc. Conjugue assim:
detive mantive propus
detiveste mantiveste propuseste
deteve manteve propôs
detivemos mantivemos propusemos
detivestes mantivestes propusestes
detiveram mantiveram propuseram
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por meio de outra. Assim, jamais diga: “Vimos, pela presente, comunicar a V.S. ª que foi deferido o
requerimento de 25/05/75.” Diga simplesmente, com muita economia de palavras: “Prezados Srs.: Foi
deferido seu requerimento de 25/5/75.”
Outra expressão absurda, muito do gosto dos redatores bisonhos, é: “por oportuno”. Uma coisa é oportuna,
e então deve ser dita, sem que se declare que ela é oportuna; ou não é oportuna, caso em que não deve
ser dita. De qualquer maneira, não há lugar para esse mostrengo, esse requinte de estupidez que é o “por
oportuno”.
EXPRESSÕES INÓCUAS (II): há outras expressões que também são absurdas quando iniciam o segundo
parágrafo de uma carta: “A respeito”, “A propósito” e “Sobre o assunto”. Se já identifiquei o assunto no
primeiro parágrafo da carta, é evidente que o que disser a partir do segundo parágrafo tem de ser a
propósito, a respeito, e sobre o assunto.
Note, porém, que é legítimo dizer, no primeiro parágrafo duma carta: “Sobre o assunto versado na sua carta
. . .”, ou: “A respeito da matéria ventilada no seu ofício . . .”, “A propósito do que foi dito no seu memorando
de . . .” . Nunca, porém, no segundo parágrafo, quando houver sido exposto o assunto sobre o qual vamos
escrever.
GARAGEM: aportuguesado do francês garage. Quando a grafia duma palavra já tiver sido
aportuguesada, não é mais lícito usar a forma estrangeira. Assim: uísque, e não Whiskey; conhaque,
e não cognac; esnobe, e não snob; vodka; recorde, e não record; borderô, e não bordereau; Nova Iorque, e
não New York..
GENERALA, CAPITOA, OFICIALA: a encarregada da Divisão de Pesquisas do Banco do Brasil referia-se
a si mesma como encarregado. Argumentava ela que o nome do cargo terminava em O, e não podia ser
mudado. Com efeito, alegam os apedeutas que, se determinado cargo foi criado para homens, não pode o
nome dele variar em gênero quando as funções forem exercidas por mulheres. Este é argumento muito
digno dos onagros. Senão vejamos. O cargo de rei foi criado para homens; logo, se houver mulher no trono
será rei, e não rainha; o Rei Vitória da Inglaterra; o Rei Juliana da Holanda; o Rei Catarina o Grande da
Rússia . . . Acho que nem o último dos iletrados aceitaria semelhante despautério. Pois bem: quando Indira
Gândi esteve no Brasil, houve jornais que noticiaram assim: “Chega, hoje, o primeiro ministro Indira Gândi.”
Todavia, não tiveram coragem de publicar: “Chega, hoje, o Rei Elisabete Segundo.” E no entanto a situação
era a mesma: tanto Elisabete quanto Indira ocupavam cargos criados para homens, e não para mulheres.
Ninguém diz: “Minha filha é engenheiro do D. N. E.R. ; minha sobrinha é médico do I. P. A . S. E.” Ninguém,
por mais burro que seja, dirá: “Neusa é secretário do ministro, Marta é datilógrafo do B. N. D. E. , Norma é
enfermeiro do Sousa Aguiar, Elisa é professor do Pedro II.” Todos dirão, em casos como estes: engenheira,
secretária, datilógrafa, enfermeira, professora.
HOMOLOGAR: este verbo significa: aprovar por autoridade judicial ou administrativa, e não: aprovar pela
primeira vez.
HORAS: nunca diga, nem escreva: “Que horas tem?” Isto é um aleijão. Ninguém diz: “TEM oito horas.”
Todos dizem: São oito horas.” A única maneira (corretíssima) de perguntar é: “Que horas SÃO?” Esse
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negócio de dizer que “Oração? Na igreja” é uma estupidez das maiores. “Oração” não é o mesmo que
“horas são”.
IMPLICAR: não diga nem escreva: isto implica EM reconhecimento da dívida, e sim: isto implica
reconhecimento da dívida (sem preposição).
NACIONALIDADE BRASILEIRO: ao preencher um papel de identificação, o homem deve escrever:
nacionalidade: brasileiro, e não brasileira, porque a palavra brasileiro se refere ao homem que assina, e não
à nacionalidade. Compare: profissão: bancário (e não bancária).
ÓCULOS: diga e escreva: meus óculos, uns óculos, os óculos, e não: meu óculos, um óculos, o óculos.
PARECE ESTAREM ou PARECEM ESTAR: ambas estas formas são corretas. Um verbo deve ir para o
plural, o outro fica no singular. O que se não pode é levar ambos para o plural, o outro fica no singular. O
que se não pode é levar ambos para o plural. Tanto se pode dizer As moças PARECEM FICAR nervosas,
como As moças PARECE FICAREM nervosas.
PRESIDIR À SESSÃO: presidir a sessão e presidir à sessão. Ambas estas formas são consideradas
corretas.
SUICIDAR-SE: o verbo suicidar-se é reflexivo: nunca diga, nem escreva: o homem suicidou. O certo é: O
homem suicidou-se. Disse Hitler: “Prefiro SUICIDAR-ME a capitular.” Todos sabem que sui é pronome
latino, que se declina assim: genitivo: sui; dativo: sibi; acusativo: se; ablativo: se. (Como se vê, não há, nem
pode haver, nominativo nem vocativo.) Mas, uma vez formado o verbo, perdeu-se a noção do pronome, e a
palavra ficou sendo um todo. Se prevalecesse a noção do pronome latino, jamais poderia tal verbo ser
usado com a primeira pessoa, como no exemplo acima citado.
TELEFONEMA: um telefonema, o telefonema, e não uma telefonema. Compare: o cinema, o fonema, o
poema, o sistema, o telegrama.
TODO e TODA: quando seguidas dos artigos o, a, estas palavras querem dizer: inteiro, inteira. Exemplos: o
fogo queimou TODA a casa (a casa TODA); O servente retirou TODO O lixo (o lixo TODO). Quando
desacompanhadas dos artigos o, a, todo e toda querem dizer: qualquer, cada. Exemplos: numere todo
processo que entrar (qualquer processo); Inspecione toda casa que achar aberta (cada casa, qualquer
casa). No plural, as palavras todos e todas vêm sempre seguidas dos artigos os, as. Exemplos: foram
aprovados todos OS candidatos; foram corrigidas todas As provas.
VIAGEM e VIAJEM: quando é substantivo, escreve-se com g: A viagem foi boa; quando verbo, escreve-se
com j: quero que elas viajem logo; contanto que eles viajem de avião . . .V. Sª. , V. Sªs . , V. EXª. , V. EXªs . :
são estas as abreviaturas certas, constantes no Vocabulário da Academia. Por ignorância ou por preguiça ,
os redatores escrevem muitas vezes assim: V. Sa. , V. Exa. , etc. São aleijões que devem ser evitados a
todo custo.
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XVIII. GABARITOS
I. Ortografia
01. A 06. D 11. D
02. B 07. B 12. C
03. B 08. B
04. C 09. C
05. E 10. C
V. Crase
01. B 06. A 11. C
02. B 07. C 12. B
03. E 08. B 13. A
04. A 09. B 14. C
05. D 10. A 15. B
VI. Pontuação
01. C 06. D 11. C
02. E 07. C 12. D
03. A 08. A 13. D
04. A 09. D 14. C
05. B 10. D 15. C
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X. Verbos
01. A 06. C
02. A 07. E
03. B 08. A
04. A 09. D
05. D 10. C
XIII. Sintaxe
01. B 06. A 11. C 16. E
02. D 07. A 12. C 17. A
03. E 08. A 13. E 18. D
04. C 09. D 14. D 19. B
05. A 10. B 15. C 20. C
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AQUINO, Renato. Português para concursos. 7. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2000.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro:
FENAME, 1981.
Minidicionário da língua portuguesa. ed. rev. e atual. São Paulo: FTD, 2000.
FARACO & MOURA. Gramática. 11. ed. São Paulo: Ática, 1998.
LIMA, C. H. da Rocha. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Briguiet, 1960.
MAGALHÃES, Diógenes. Redação com base na lingüística (e não na gramática). 4ª ed. Rio de Janeiro:
Edições Coisa Nossa, 1999.
MARTINS, Cloder Rivas & MESQUITA, Roberto Melo. Técnicas de redação & criatividade. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 1985.
TERRA, Ernani. Curso prático de gramática. 2. ed. São Paulo: Scipione , 1996.
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* Coletânea de Provas Comentadas – Língua Portuguesa (desse material foram retiradas algumas
questões objetivas. São questões de provas de concursos públicos realizados pelas bancas examinadoras
da UFRJ e coligadas – NCE, Fundação José do Patrocínio e Fundação José Bonifácio).
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