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ETNOGRAFIA NO PROCESSO DE ENSINO DE ARTES

Ana Júlia Toledo1


Eloiza Mara de Paula Rossoni2

Resumo: O presente trabalho é um relato de experiência do desdobramento da pesquisa de


mestrado em arte, onde a etnografia é o elemento de registro descritivo das atividades
pedagógicas na aula de arte, desenvolvidas com alunos da rede pública de ensino na cidade de
Juiz de Fora (Minas Gerais) e Vitória (Espirito Santo). Na busca de novas metodologias como
forma de reorganizar formas de ensino e aprendizagem para que possamos desenvolver
atividades que intercruze a realidade do aluno. Buscou-se trazer para sala de aula atividades
normativas que incluam a percepção e sensibilização do aluno a partir de suas vivências
artísticas e culturais. A atividade etnográfica nos possibilitou usar diversos métodos e formas
de coleta de dados como a diário de itinerância e a tecnologia. O trabalho etnográfico
desenvolvidos com nossos alunos propiciou também desenvolver a percepção, sensibilização
e consciência dos caminhos e lugares que perpassamos no cotidiano. O que esses ambientes
por nós visitados, nos fala, nos faz sentir, como interagimos com as pessoas e a natureza. Os
autores que irão nos dar suporte teórico são os autores Bondia ( ), Barbosa ( ), Barbier ( )

Palavras-chave: Patrimônio. Educação. Etnografia.


Introdução:
A prática pedágogica das aulas de artes nos propicia observar as mais diversas formas
de expressividade artística dos alunos, bem como sua interação no processo de ensino
aprendizagem, mas devido as questões de rotina escolar, pouco se oportuniza aos alunos
vivências artísticas e culturais, que o propicie dialogar com seu ambiente cotidiano e
estimular a sua interação e olhar com esse espaço físico e social. As atividades pedagógicas
desenvolvidas com os alunos na escola da rede pública de Vitória (ES) e em Juiz de Fora
(MG), teve como norteador a etnografia como forma de exploração e entendimento do
ambiente das comunidades desses alunos. O que possibilita que posteriormente possam

1 julaitoledo@gmail.com Mestranda no PPG Prof Artes Universidade Federal de Minas Gerais


(UFMG).
2 eloizaarte@gmail.com. Mestranda no PPG Prof Artes Universidade Federal de Minas Gerais

(UFMG).
vivenciar o cotidiano das comunidades ressignificando relacionadas a cultura local . A escola
normalmente não proporciona ao aluno vivências em espaços fora do ambiente escolar, a
metodologia praticada geralmente contempla atividades relacionadas à escrita. A esse
respeito Barbosa (2005, p. 89) se refere como:
A natureza da escola, de maneira geral e como a conhecemos e vivenciamos,
não privilegia um modelo de aprendizagem por relação direta com a
realidade. O conhecimento do mundo que se faz por mediação da escola é
necessariamente filtrado pela ferramenta verbal – de preferência em sua forma
escrita.

A etnografia possibilita a relação direta com o ambiente social permitindo o individuo


conhecer as particularidades e modo de vida, hábitos e costumes da localidade, entendendo as
relações e os diálogos que se estabelecem entre espaço físico e espaço social (AUGE, 2014).
Pois a cultura de uma localidade, de um povo não é um conjunto de coisas, artefatos e
costumes estanques, como algo acabado. É algo vivo que afeta o indivíduo e é afetado pelas
decorrências a ele, simultânea e continuamente.
O presente artigo parte de duas experiências com pesquisa etnográfica com alunos do
ensino fundamental de escola publicas em comunidades distintas de dois estados brasileiros:
Minas Gerais e Espirito Santo. Tendo por diretriz o trabalho de pesquisa etnográfica no
ensino de artes como forma de aproximar a escola e a cultura das comunidades, num trânsito
dialógico, objetivando trazer reconhecimento e favorecer o sentimento de pertença além da
valorização de bens imateriais dessas culturas.

1. Contação de historias e resgate de memorias:

Esse breve relato de experiência decorre de algumas etapas desenvolvidas no trabalho


com um grupo de educandos da escola pública do Povoado de Caeté, localizado na zona rural
de Juiz de Fora (MG), durante o processo da pesquisa de Mestrado Profissional em Artes:
Jogos Sensoriais e Contação de Historias com Adolescentes. Os alunos têm de 11 a 15 anos,
fazem parte das turmas anos finais do ensino fundamental e participam da Oficina de
Contadores de Historias, no contra turno.
A pesquisa visa refletir sobre a propriedade da memoria sensorial que cotidianamente
gravada no corpo, é fonte potencial para a criação estética, além de ser indissociável da
construção de conhecimentos pelos seres humanos em contato com outro e com o mundo. A
premissa para todas as atividades desenvolvidas com os discentes foi buscar atividades para
uma educação estésica como propõe Duarte (2000) para um solo fértil onde as experiências
estéticas possam crescer e frutificar. Bem como buscar uma relação dialógica na construção
de conhecimentos e propiciar maior autonomia aos alunos.
O Povoado de Caeté é subdistrito de Sarandira, e apesar da proximidade com centro
urbano, ainda guarda determinadas características de zona rural, ou seja: fazendas no entorno,
alunos que vêm do Distrito de Sarandira e arredores num veículo escolar cedido pela
Prefeitura e ainda há muitos alunos que trabalham no cultivo agrícola ou na pecuária. Talvez,
justamente por essa proximidade com a cidade, muito de seus costumes, histórias, universo
religioso e fazeres estão sendo esquecidos e abandonados. Apesar da baixa qualidade do sinal
de internet, muitos têm seus celulares e passam grande parte do tempo envolvidos nesse
aparelho. Ainda assim, os meios de comunicação mais importantes e influentes na
comunidade são a tv e o rádio.
A conversa desses adolescentes é permeada por um rico manancial de referências nas
suas crendices, causos , histórias familiares e de assombração : “minha avó conta que naquele
tempo na Rua dos Coqueiros “ , ou “ na Curva do Desengano tem um cavaleiro negro que
aparece toda quaresma“. Falas assim foram motivadoras de propor pesquisa junto aos pais e
familiares e pessoas da comunidade.
Como forma de sensibilização dos sentidos e levar os alunos a se aterem a detalhes da
comunidade que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano, iniciei com experiência
baseada na proposta dos caminhos de Ilo Krugli para Teatro Ventoforte, descrito por Marcia
Pompeo Nogueira (2002, 2008). Essa proposta inspirou o mapeamento dos caminhos e das
experiências perceptivas dos alunos. Inicialmente, propus a turma que no caminho percorrido
de volta para casa prestassem atenção nas sensações dos caminhos. Quais os lugares mais
iluminados, mais escuros, os cheiros, tipos de relevos, os barulhos, os movimentos de pessoas
ou animais. Na aula seguinte, após os primeiros exercícios de caminhada pelo espaço, pedi
que se deitassem no chão. Uma musica ambiente para auxiliar no relaxamento. De olhos
fechados, os alunos deveriam imaginar-se acordando em casa e fazendo o que normalmente
fazem antes de ir pra escola. Depois deveriam fazer o percurso de casa para a escola, e a
medida que fossem lembrando deveria executar os movimentos trazendo para o corpo a
memória sensorial desses caminhos.
Após essa vivência, sentamos em circulo, em volta de um tecido lona crua com fotos
da escola no meio. Os alunos deveriam posicionar-se em torno e desenhar cada um o caminho
feito todos os dias de casa para escola, evidenciando as sensações percebidas. Como Nogueira
aponta: “[...] Esta sensibilização sensorial que antecede os desenhos permite um
aprofundamento dos trabalhos. De um lado se aciona a memória, de outro a imaginação “(
2008, p. 123).
A partir dos caminhos desenhados por cada aluno tivemos o mapa de quase todo o
povoado. Analisamos o conjunto: alguns erraram o sentido de sua casa, outros discutiam
sobre as direções, os lugares onde os caminhos se encontravam, as residências de cada um e
os desafios de cada caminho. Aos poucos grande parte das particularidades da comunidade ia
sendo retratada.
Objetivando uma construção em conjunto cada aluno recebeu um diário de bordo, ou
diário itinerante como denomina Barbier (2002). Mistura de relato de experiências, com diário
intimo em que os alunos anotam sentimentos, impressões, experiências e reflexões após as
aulas. Esses diários também foram utilizados para a pesquisa de campo junto aos familiares
sobre antigas historias das famílias, ou de assombração, causos, anedotas locais, personagens.
Nas aulas que se seguiram todos tiveram oportunidade de ler as historias coletadas para o
grupo.
Voltamos ao mapa dos caminhos e tentamos localizar nos trajetos desenhados cada
historia trazida. Em que local aparece tal figura ou acontece tal historia? A partir dessa
localização os alunos ilustraram as historias no mapa. Denominamos: Mapa das sensações dos
caminhos e das historias desses caminhos , era o mapa sensorial e etnográfico da comunidade
segundo as pesquisas e experienciais perceptivas da turma.
Concluída essa etapa, foram votadas as historias que serviam para serem contadas e
três delas foram escolhidas. Uma delas é sobre uma propriedade que há algum tempo era um
hotel fazenda na comunidade. Trabalhamos o texto junto para poder contar. Transcrevo-o
aqui:
“O povo conta que à meia-noite no Hotel Fazenda tudo para.
O relógio para.
As aguas da cachoeira param.
Os cachorros param de latir.
As corujas param de piar.
As pessoas param.
Os carros param.
Tudo para.
E fica no mais completo silêncio!”

Esta história era contada por todos e a cada frase uma badalada, num suposto relógio,
na verdade um toque no triângulo, instrumento escolhido pelos alunos para a sonoplastia da
historia. Essa contação de historias foi resultado das muitas conversas, observações,
experiências, e pesquisa como retalhos que viemos costurando pelo fio dialógico que nos
conduziu, na busca pela interação dos alunos e a cultura da comunidade. Processo que
funcionou como uma polifonia no intuito de trazer sentimento de pertença e afirmação e no
fortalecimento da identidade dos próprios sujeitos dentro da localidade.
Entendendo a educação patrimonial também como o resgate da oralidade de uma
comunidade, contida na memoria do homem simples, que cotidianamente é calado pelas
mídias de consumo e historicamente ignorado por séculos. Buscamos a beleza contida nas
das historias da coletividade, a busca pela cidadania e resgate de auto-estima de alunos e
comunidade e valorizando as narrativas orais como fontes para a construção do conhecimento.

2. FAZENDO A CULTURA PELAS MÃOS, ENCANTANDO GERAÇÕES.

A cultura do Espírito é composta por patrimônios materiais e imateriais, mas a ênfase do


trabalho desenvolvido com os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio “Maria Ortiz”,
foram as Paneleiras de Goiabeiras, trata-se um grupo de mulheres que herdaram da tribo
indígena Tupi Guarani, o ofício de moldar panelas de barro, onde é feito um prato típico local,
a Moqueca Capixaba. As Paneleiras mantem viva uma tradição que se perpetua a mais de 400
anos, a confecção da panela de barro, mesmo com as mudanças urbanas ocorridas no bairro
Goiabeiras, na capital do Espírito Santo, Vitória, utilizam as ferramentas e materiais
rudimentares (pedra do rio, vassourinha de açoite, casca de tanino, madeira para fogueira,
graveto e o barro) é o mesmo processo da modelagem a queima. As etapas da confecção da
panela de barro, consiste em: retirada do barro no Vale do Mulembá, no bairro Joana Darc em
Vitória (ES), pisagem do barro, modelagem da panela, primeira secagem, lixamento da peça
com pedra do rio, queima em fogueira a céu aberto e tingimento com a casca de tanino.
Tanino é uma casca de uma arvore que fica imersa na água por três dias, e depois quando a
panela ainda está em brasa é feito o açoite que dá uma das principais características da panela
de barro a cor escura. Possibilitar aos alunos vivenciar essa cultura, é enriquecedor para a
compreensão do aluno de como é a dinâmica de uma prática cultural que se perpetua de
geração em geração, e nos faz refletir a importância de novas metodologias de ensino, Buoro
(2003, p.33) aborda essa temática pontuando que:
Nos percursos de transformação do conhecimento do educador e na etapa das
vivências em sala de aula, é preciso disponibilizar modelos variados para a
experimentação, pois só com um repertório elaborado com base em
experimentações e vivências será possível avaliar de fato as diferentes
metodologias e então criar ou escolher aquela que responda aos parâmetros da
realidade.

A primeira vez que os alunos foram conhecer as Paneleiras, percebemos que os alunos não
significaram aquela visita como algo importante ´que faz parte da cultura local, bem como
elemento da construção da identidade capixaba, desta forma os alunos tiveram a concepção
das Paneleiras como “um grupo de mulheres que fazem panela de barro” e se preocuparam
em tirar muitas selfies. Foi quando despertou a reflexão de qual a metodologia atribuiria para
os alunos o entendimento dessas mulheres como ícone da cultura local. Pensando na
etnografia como um processo em que a presença do pesquisador e sua interação, ou só
observação em um grupo social, é um método de coleta de dados e entendimento de como
aquela comunidade se organiza, poderia trazer uma nova concepção e ressignifcar essas aulas
de campo com uma atividade pedagógica que propiciasse aos alunos uma aproximação e
interação com essa comunidade. Uma vez que a atividade em ambiente não formal de ensino
é algo novo para os alunos, permitiria descobertas sobre essa comunidade, Gil (2008, p. 52)
nos fala que o estudo de campo:
Procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente
realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do que
ocorrem naquela realidade.

É indiscutível que as mudanças sociais com adventos das novas mídias digitais, fazem parte
do cotidiano do nosso ambiente escolar, e se torna um desafio para o professor, buscar uma
linguagem que dialogue com essa geração “tecnológica”, sendo assim essa prática educativa,
nas aulas de arte, teve uma abordagem que propiciou os alunos a experimentar e vivenciar os
caminhos e trajetos percorridos no cotidiano: quais as memórias carregam desses espaços;
quais as cores, as formas, as texturas, as paisagens, as pessoas que circuntam esse
cotidiano carregam historias, que historias são essas?

Sendo assim o registro fotográfico foi utilizado para trazer essas questões do espaço cotidiano
desses alunos, após os registros os alunos expuseram suas fotos e em seus relatos perceberam
que existia uma paisagem de manguezal exuberante; que se contrapunha com o lixo jogado a
céu aberto pelos moradores; que a caixa dágua da escola era um destaque (uma torre imensa
pintada de vermelho e amarelo que se destacava a longa distancia); perceberam que a
paisagem vista do alto do morro e vista da escola (na parte baixa) tem nuances diferentes, que
o balançar da árvores fazia um barulho de sininhos para alguns e de filme de terror para
outros. Os barcos do atracadouro do outro lado da rua da escola, tem inscrito nome de pessoas
que eles perguntaram e descobriram que se tratava de pessoas das família dos pescadores
(filhos, esposas, netos ou pais). Desbravar um espaço tão “familiar” foi despertar um olhar
repleto de significação, foi compreender que o nosso cotidiano nos conta quem somos ao que
pertencemos, desta forma o que era corriqueiro se transforma em novidades repleta de vida,
cores, formas e sons. A experiência de explorar o espaço físico dos alunos possibilitou aos
mesmos ter um maior entendimento dos lugares e não lugares de Augé, aquele lugar de
pertencimento de origem que nos faz sentir em casa, que nos é acolhedor.

Após essa experiência fomos as Paneleiras de Goiabeiras e desta vez com o proposito de
fazermos um documentário os alunos passaram um período no galpão, participaram da oficina
de confecção das panelas, e obterem material (fotos e depoimentos) para o documentáro.
Entender como o aluno compreendia aquele ambiente, como se relacionavam e qual
percepção tinham, agora com essa atividade de campo. Sendo assim propus aos alunos que
fizessem um documentário sobre a Paneleiras de Goiabeiras. Os alunos fizeram toda a etapa
de um documentário: roteiro, trilha sonora, entrevistador, locação, luz, equipamentos que
seriam utilizados bem como a coleta de dados, aproximadamente dez mulheres estavam no
galpão nesse dia e os alunos escolheram a Nete, que é irmã da presidente da associação das
Paneleiras de Goiabeiras, Berenice, pela mesma ter experiência em ministrar oficina e ter se
disposto a dar entrevista para os alunos. A espontaneidade dos alunos, a proximidade com o
ambiente se deu pela empatia criada com a Paneleira, Nete, bem como pelos conhecimentos
prévios sobre o assunto nas aulas normativas (com vídeos, documentários, slides e textos) que
aguçou muita a curiosidade nos educandos, em saber não apenas sobre o processo de
fabricação das panelas de barro, mas sobre a vida daquelas mulheres que se dedicam a uma
cultura tão importante para nosso Estado. A respeito dessa investigação direta por parte dos
alunos na comunidade das Paneleiras de Goiabeiras, com coletas de informações, registro
fotográfico e filmagens, Gil (2008, p. 52) nos fala que o estudo de campo:

Procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente


realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do que
ocorrem naquela realidade.

As aulas de campo aliadas aos conteúdos estudados no cotidiano escolar ampliaram para o
aluno as possibilidades de formas de se fazer e pensar a Arte. Para Ferraz e Fusari (1999, p.
16), “a arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres
humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ao conhecê-lo”.
Porém não podemos ver a aula de campo como um “portal mágico” que trará à tona toda uma
potencialidade e habilidade, antes “escondida dentro do aluno”. É importante que o educando
tenha conhecimentos prévios sobre o tema para que as vivências possam ser significativas.
Desta forma haja um entendimento sobre a proposta pedagógica. Saccomani (2016, p. 61) a
esse respeito nos fala que:
O indivíduo está incorporando à sua atividade um instrumento cultural que já
existe na sociedade, portanto não se cria nada novo. O acervo da humanidade
existe como memória do gênero humano e, no momento que o indivíduo se
apropria dele, passa também a ser memória individual. O uso desses
instrumentos culturais gera novas possibilidades na atividade do aluno, que
passa a fazer coisas que antes não fazia.

Teremos significativas contribuições sobre as formas que as aulas de Arte podem ampliar,
aguçar e desenvolver as habilidades e os processos criativos dos educandos. Quando
compreendemos aspetos dos processos de criação dos educandos e despertamos a reflexão do
aluno sobre as diferentes formas de se interagir e produzir como em uma comunidade cultural
local.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Aproximar alunos e patrimônio imaterial pode contribuir para resgatar memorias,
costumes, e envolve-los afetivamente com suas raízes, seu chão. O que pode trazer novos
significados para sua formação como sujeito dentro de sua localidade, impelindo-o a um
cotidiano mais atuante. O trabalho etnográfico como mote para o ensino de arte aproxima
comunidade e discente, traz sentimento de pertença, e pode ser um movimento de resistência
em face à crescente homogeneização decorrente das mídias de consumo cujo proposito parece
ser transformar a todos numa massa sem rosto, em subjetividade. Reconhecer-se como sujeito
dentro de um contexto ....

Continua?
Referências:

BARBIER, René. A pesquisa-Ação. Brasília: Liber Livro, 2002, p.132-143.

CAVINATO, Andréia Aparecida. Uma experiência em teatro e educação: a história do


menino navegador e seu indomável Ventoforte. Dissertação (Mestrado em Artes)
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003

COSTA, Marli Lopes. Patrimônio Imaterial Nacional: preservando memórias ou


construindo histórias? Estudos de Psicologia 2008, 13(2), 125-131. Universidade do Estado
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

DUARTE, João Francisco Jr. O SENTIDO DOS SENTIDOS: A EDUCAÇÃO (DO)


SENSÍVEL . Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Estadual de Campinas, 234 p., 2000.

NOGUEIRA, Márcia Pompeo. Teatro em comunidades. In: FLORENTINO, Adilsom;


TELLES, Narciso. Cartografias do Ensino de Teatro: das ideias às práticas. Uberlândia:
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_______________________. Teatro com Meninas e Meninos de Rua: nos Caminhos do
Ventoforte. São Paulo: Perspectiva, 2008.
_______________________. Buscando uma interação teatral poética e dialógica com a
comunidade. In: Urdimento. N. 4, 2002.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução Alain François et. al.
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007

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