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Pancreatite Aguda:

Etiologia, Apresentação
Clínica e Tratamento
Marco Antonio C. Guimarães-Filho
Maria Cristina A. Maya
Paulo Roberto F. Leal
Andre de S. Melgaço

Resumo esforço vem sendo empregado no estudo da sua


fisiopatologia e em seu tratamento.
A pancreatite aguda é uma inflamação Atualmente, a pancreatite aguda é a segunda
pancreática que pode determinar síndrome
causa de internação dentre as doenças do trato
de resposta inflamatória sistêmica acarretan-
gastrintestinal, sendo superada apenas pela
do significativa morbidade e mortalidade em
colelitíase/colecistite nos EUA. Como sua in-
20% dos pacientes. Colelitíase e etilismo são as
cidência vem aumentando nas últimas décadas
causas mais frequentes. Na maioria dos casos,
e a mortalidade das apresentações mais graves
as apresentações são brandas e tratadas com
permaneceu inalterada neste mesmo período,
suporte clínico. Já os casos graves necessitam de
o desenvolvimento de novas terapêuticas para
cuidado especializado e intervenção cirúrgica.
O emprego de antibioticoterapia profilática e a pancreatite aguda deve ser prioridade na pes-
o uso da CPRE, nos casos de etiologia biliar, quisa biomédica.
ainda continuam controversos.. No presente artigo, serão revisados a etio-
logia, apresentação clínica, o diagnóstico e o
PALAVRAS-CHAVE: Pancreatite aguda; tratamento da pancreatite aguda.
Colelitíase; Tratamento.
Definição
Introdução
Uma reunião de consenso realizada em
No final do século XIV e início do século
Atlanta, em 19923, padronizou a nomenclatura e
XX, diversos pesquisadores, como Rugero
as definições utilizadas no estudo da pancreatite
Oddi e Claude Bernard descreveram detalhes
aguda, que foi definida como um processo infla-
da anatomia biliopancreática e sua fisiologia.
Estes estudos culminaram com os trabalhos matório agudo do pâncreas com envolvimento
publicados por Reginald H. Fitz1 e H. Chiari2, variável de outros tecidos regionais ou sistemas
que inauguram o estudo da pancreatite aguda orgânicos. A pancreatite deve sempre ser con-
e suas complicações. Desde então, considerável siderada aguda, salvo prova em contrário for-

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necida por tomografia computadorizada (TC), Colelitíase
ressonância magnética (RM) ou colangiopan-
É a causa mais comum de pancreatite agu-
creatografia endoscópica retrógrada (CPRE).
da4. De 3 a 7% dos pacientes com litíase biliar
A pancreatite aguda grave é definida como desenvolvem quadro de pancreatite aguda.
quadro de pancreatite aguda acompanhada de Este risco é pouco maior em pacientes do sexo
disfunção orgânica importante e/ou presença masculino e nos casos de cálculos pequenos,
de complicações locais (necrose, abscesso ou menores que 5mm5.
pseudocisto). Podem também ser utilizados Há mais de um século, Eugene Opie sugeriu
como critérios de pancreatite aguda grave a que a pancreatite seria causada pela impactação
presença de mais de dois critérios de Ransom ou de cálculos biliares na ampola de Vater6. Duas
ainda escore APACHE II maior que 8 (Quad.1). teorias foram desenvolvidas: a obstrução da
papila, pela presença do cálculo ou pelo edema
Etiologia secundário ao trauma de sua passagem pela pa-
pila, levaria ao refluxo de bile para do ducto pan-
A identificação do fator etiológico respon-
creático principal através de um “canal comum”,
sável pela pancreatite aguda é capital no seu
denominada Opie 1; ou ocorreria obstrução dos
tratamento já que este pode determinar o trata-
ductos pancreáticos diretamente pelo cálculo,
mento e sua eliminação pode levar à resolução
sem refluxo biliar, conhecida como Opie 2.
do quadro ou prevenção de um novo episódio.
Estudos experimentais em modelos animais
Em torno de 75% dos casos são causados
mostraram que a infusão de sais biliares nos
por colelitíase ou abuso de álcool. O percentual ductos pancreáticos leva ao desenvolvimento
exato de casos de origem biliar ou causados pelo de pancreatite aguda, corroborando os achados
álcool depende da população estudada. Outros de Opie. Acredita-se que a captação destes sais
10% não têm seu fator etiológico bem definido pelas células acinares pancreáticas leve ao au-
e são considerados idiopáticos. mento do cálcio citoplasmático que, por sua vez,
Os principais fatores etiológicos estão resu- age em vários alvos intracelulares, tais como as
midos no Quadro 2. mitocôndrias, cujo resultado é necrose celular7.
Quadro 1. Critérios de Atlanta para diag- Quadro 2. Principais fatores etiológicos da
nóstico de pancreatite aguda grave. pancreatite aguda.
Falência Orgânica Definidas
Choque: pressão sistólica < 90mmHg Colelitíase
Insuficiência pulmonar: pO2 < 60 mmHg Etilismo
Insuficiência renal: creatinina sérica > 2mg/dl Hipertrilgiceridemia
Hemorragia digestiva: > 500 ml / 24h Pós-CPRE
Complicações Locais Drogas
Necrose Autoimune
Abscesso Hereditária
Pseudocisto Trauma
Fatores Prognósticos Desfavoráveis Infecções

3 ou mais critérios de Ranson Hipercalcemia

APACHE II > 8 Pós-operatório

Modificado de: Bradley EL 3rd. A clinically based classifi- Controversas


cation system for acute pancreatitis. Summary of the Inter- Disfunção do esfíncter de Oddi
national Symposium on Acute Pancreatitis. Atlanta (GA);
Pancreas divisum
September 11 through 13, 1992. Arch Surg. 1993;128:586.

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Álcool séricos de amilase ou lipase11.

O uso crônico de álcool é uma das princi- Drogas


pais causas de pancreatite aguda e, certamente,
O uso de diversas drogas foi relacionado
a causa mais comum de sua forma crônica. A
com o desenvolvimento de pancreatite aguda.
fisiopatologia da pancreatite de etiologia alco-
Foram postulados diversos mecanismos de ação,
ólica ainda não é bem conhecida e acredita-se
que podem, inclusive, ocorrer simultaneamente
que seja multifatorial. Vários mecanismos foram
(Quad.3). De uma forma geral, o quadro clínico
propostos, tais como espasmo do esfíncter de
tende a ser brando, evoluindo com resolução
Oddi, obstrução de dúctulos pancreáticos pela
total após a suspensão do fármaco.
precipitação de proteínas no ducto pancreático
com formação de plugues, ativação de zimogê- Autoimune
nios pancreáticos e resposta secretiva exagerada A pancreatite autoimune tem apresentação
pancreática à colecistoquinina (CCK)8. clínica característica. O quadro é subagudo e os
Como apenas 5 a 10% dos alcoolistas são achados clínicos apresentam mais semelhança
acometidos pela pancreatite aguda, a presença com os encontrados na pancreatite crônica,
de fatores genéticos e ambientais é fortemente tais como dor abdominal de leve a moderada e
suspeitada. O tabagismo, mutações nos genes elevação discreta da amilase e lipase.
CFTR (cystic fibrosis transmembrane con- Os exames de imagem mostram aumento
ductance regulator) e SPINK1 (serine protease localizado do pâncreas, geralmente em sua por-
inhibitor kazal type 1) e sexo masculino foram ção cefálica com estenose ou irregularidades no
identificados como fatores de risco para o desen- ducto pancreático. Por conta destes achados, a
volvimento de pancreatite aguda em alcoolistas9. pancreatite autoimune pode ser confundida com
Hipertrigliceridemia tumores pancreáticos. São achados caracterís-
ticos da pancreatite autoimune a elevação dos
Responde por 2% dos casos. Deve ser
níveis séricos de IgG4, presença de infiltrado
suspeitada quando o nível sérico encontra-se
linfoplasmocítico e elevados níveis de IgG4 no
acima de 1000mg/dl. Como ocorre rápida que-
tecido pancreático12.
da do nível sérico ainda nos primeiros dias de
O tratamento é feito com corticosteroides,
evolução, a dosagem de triglicerídeos deve ser
com rápida melhora clínica e normalização dos
solicitada para os pacientes com quadro clíni-
achados tomográficos.
co compatível com pancreatite aguda que não
apresentem outra causa óbvia10. Quadro 3. Drogas implicadas como causa
de pancreatite aguda e seus mecanismos.
Normalmente, as elevações da amilase e
Reação de Hipersensibilidade
lipase são pouco acentuadas e a evolução clí-
nica é semelhante aos casos de etiologia biliar. 5-ASA/Sulfasalazina
Azatioprina
O tratamento da dislipidemia previne novos
6-mercaptopurina
episódios de pancreatite aguda.
Metronidazol
Pós-CPRE Tetraciclina

A pancreatite aguda é a complicação mais Metabólito tóxico

comum da CPRE, ocorrendo em 5% dos pa- Pentamidina

cientes submetidos ao exame. Como é frequente Ácido Valproico

a elevação assintomática da amilase após a DDI

CPRE, só deve ser considerado como caso de Hipergliceridemia


Tiazidicos
pancreatite na presença de dor abdominal típica
Tamoxifeno
e elevação de, pelo menos, três vezes dos níveis

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Hereditária e Genética derrame pleural, comumente à esquerda, que
pode acompanhar os casos de maior gravidade.
A pancreatite hereditária tem caráter
A presença de equimose em flanco esquerdo (si-
autossômico dominante com penetrância va-
nal de Gray-Turner) ou na região periumbilical
riável e, na maioria dos casos, é decorrente de
(sinal de Cullen) são indicativos de hemorragia
mutações do gene PRSS1 (protease, serina1)13.
retroperitoneal que pode ocorrer em casos de
Essas mutações levam à conversão prematura
pancreatite grave.
do tripsinogênio e autodigestão pancreática, que
se manifestam clinicamente através de quadros Exames Laboratoriais
recidivantes de pancreatite aguda na infância
Os principais achados laboratoriais são
que evoluem para pancreatite crônica. A idade
leucocitose e hiperglicemia moderada como
mediana de início dos sintomas é 10 anos. Há
resultado da resposta inflamatória sistêmica.
risco aumentado de desenvolvimento de câncer
Há também elevação discreta das transami-
pancreático, principalmente se associado a ou-
nases. Caso haja elevação significativa de ALT
tros fatores de risco como tabagismo e etilismo.
(acima de 150 UI/l), a etiologia biliar deve ser
Outros genes implicados na pancreatite
fortemente suspeitada15.
aguda são o SPINK1 e gene da fibrose cística
Os principais exames laboratoriais no
(CFTR)14.
diagnóstico da pancreatite são as dosagens de
amilase e lipase séricas.
Apresentação Clínica A hiperamilasemia é o marcador clássico da
O principal sintoma é dor abdominal, pre- pancreatite. Apresenta alta sensibilidade, mas é
sente em mais de 95% dos pacientes. Geralmente pouco específica, já que em diversas situações
é aguda, de instalação súbita, sem pródromos, – tais como insuficiência renal, parotidite, após
localizada na porção superior do abdome, com a realização de CPRE, perfuração esofágica
irradiação dorsal e de intensidade moderada a e gravidez – pode haver aumento de amilase
forte, apresentando piora com a alimentação sem a presença de pancreatite. Normalmente,
ou uso de álcool. Nos casos de etiologia biliar, a a hiperamilasemia é discreta não ultrapassando
dor tende a ser mais localizada no hipocôndrio três vezes o valor normal. Mesmo nos pacientes
direito e pode ter início mais gradual, já que se com pancreatite aguda, a dosagem de amilase
confunde com a cólica biliar. pode estar normal em alguns casos particulares:
A dor é acompanhada, em 90% dos casos, de diagnóstico tardio, já que os níveis de amilase
náuseas e vômitos, que podem ser incoercíveis. tendem a se normalizar após alguns dias de
Os achados do exame físico são proporcio- evolução; hipertrigliceridemia; e surtos de agu-
nais à gravidade do quadro de pancreatite. O dização de pancreatite crônica em decorrência
exame abdominal mostra dor em hipocôndrio de insuficiência do parênquima pancreático
direito e/ou epigástrio com defesa muscular, cronicamente inflamado.
mas raramente com descompressão dolorosa. A dosagem da lipase sérica é considerada o
Pode haver distensão abdominal e diminuição exame laboratorial primário para o diagnóstico
da peristalse em decorrência do íleo adinâmico de pancreatite, já que apresenta alta sensibi-
determinado pelo processo inflamatório pan- lidade e especificidade e se mantém elevado
creático. Taquicardia e hipotensão variáveis por vários dias, superando assim a dosagem de
são decorrentes da hipovolemia secundária ao amilase como exame diagnóstico.
sequestro de líquido.
Alguns achados são específicos de algumas
Exames Radiológicos
complicações da pancreatite aguda. Alterações A tomografia computadorizada helicoidal
da ausculta pulmonar podem ser indicativas do é o exame central na avaliação da pancreatite

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aguda. Sua realização está indicada nos casos de 43% a 90% e valor preditivo negativo em
de apresentações graves e nas pancreatites leves torno de 90%17. Como principais desvantagens
que não apresentam melhora após vários dias de temos a necessidade de avaliação por 48 horas
tratamento clínico, já que permite a confirmação e a relativa baixa sensibilidade e especificidade.
do diagnóstico, diagnóstico de complicações Seu principal valor é na exclusão da presença
como necrose pancreática ou coleções e avalia- de pancreatite grave, graças ao seu alto valor
ção prognóstica (ver adiante). preditivo negativo.
Os principais achados tomográficos são A escala de APACHE II é um escore clínico
aumento do órgão, borramento da gordura amplamente utilizado na avaliação de gravidade
peripancreática. O uso de contraste venoso em pacientes críticos. Inclui uma extensa lista
permite a identificação de áreas hipocaptantes de parâmetros fisiológicos e laboratoriais, idade,
no parênquima pancreático que são sugestivas status neurológico e presença de comorbidades.
de necrose. Valores acima de 8 são muito sugestivos de do-
Outros exames complementares que podem ença grave. A reavaliação do escore diariamente
ser empregados são a colangiorressonância, in- pode ser utilizada como parâmetro de resposta
dicada na avaliação dos casos em que há icterícia ao tratamento clínico18. A principal desvanta-
associada ou suspeita de coledocolitíase não gem do APACHE II é sua complexidade e pouca
demonstrada por outros exames ou a ultrasso- praticidade.
nografia endoscópica que pode ser empregada Como a definição de pancreatite aguda
nos pacientes com contraindicação à realização grave prevê a presença de disfunção orgânica,
de colangiorresonância e naqueles em que a escores utilizados na avaliação de falência orgâ-
ressonância não foi conclusiva. nica também podem ser utilizados no acompa-
nhamento do tratamento, tais como o Sequential
Avaliação da gravidade Organ Failure Assesment Score (SOFA) e o
A determinação da gravidade da pancreatite Multiple Organ Disfunction Score (MODS).
no momento do seu diagnóstico é fundamental Como a presença de necrose pancreática é
no seu tratamento, já que permite a identificação um dos fatores prognósticos mais importantes
precoce das complicações, a triagem de pacien- na pancreatite aguda grave e a TC é considerada
tes para tratamento em Terapia Intensiva e baliza como padrão ouro no seu diagnóstico, o uso da
decisões terapêuticas. TC de abdome como indicador da gravidade da
Como as dosagens de amilase e lipase pancreatite foi estudado por Balthazar. Inicial-
séricas têm baixa correlação com a gravidade Tabela 1. Critérios de Ransom para Pan-
da doença e a avaliação de clínica tem baixa creatite Aguda.

sensibilidade na identificação das apresentações Na admissão


graves, diversas outras formas de avaliação mais Idade > 55 anos
objetivas foram desenvolvidas, podendo ser di- Leucometria > 16.000 /ml
vididas em escores clínico-laboratoriais, exames Glicose > 200 mg/dl

laboratoriais e exames radiológicos. LDH > 350 UI/l

Os critérios de Ranson (Tab.1) foram o TGO > 250 U/dl

primeiro escore largamente utilizado na pan- Primeiras 48h

creatite aguda. Inicialmente desenvolvido para Queda do hematócrito > 10%

avaliação da pancreatite alcoólica, foi modifi- Aumento da BUN > 5 mg/dl


Cálcio sérico < 8 mg/dl
cado posteriormente para o uso também nos
PaO2 < 60 mmHg
casos de etiologia biliar. A presença de mais
Déficit de base > 4 mEq/l
de dois critérios define o caso como grave com
Sequestro líquido estimado: 6.000 ml
sensibilidade de 40% a 88%, especificidade

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mente, foi descrito o primeiro escore, conhecido perfusão tecidual pancreática e tentar evitar o
informalmente como escore de Balthazar. A desenvolvimento de necrose pancreática e pre-
presença de escores D ou E acarretavam em venir a evolução para formas graves. Como não
mortalidade superior a 13%, enquanto os clas- há como antecipar as necessidades de reposição
sificados como A, B ou C apresentavam morta- volêmica, os pacientes devem ser monitorados
lidade mínima. Posteriormente, foi descrito o continuamente para avaliar a efetividade do
CT Severity Index (CTSI), em que a extensão tratamento. Os critérios utilizados são o hema-
da necrose eram somados aos achados iniciais tócrito, débito urinário, frequência cardíaca,
e resultava em um escore numérico (Tab.2)19. azotemia e turgor cutâneo. No caso de pacientes
Valores de CTSI superiores a 5 são considerados com comorbidades como insuficiência renal ou
sugestivos de pancreatite grave, apresentando cardiopatias, pode ser necessária a utilização de
risco 8 vezes maior de morte, 17 vezes maior monitorização invasiva.
de internação prolongada e 10 vezes maior de Também com o objetivo de manter a oxi-
necessidade de necrossectomia, quando compa- genação tecidual, todos os pacientes devem
rados a pacientes com CTSI menor ou igual a 5. ser monitorados através de oximetria de pulso
Como a presença de necrose pode ocorrer objetivando uma saturação arterial de oxigênio
após alguns dias do início do quadro, o CTSI acima de 95%.
pode subestimar a gravidade da pancreatite na A analgesia também é essencial, sendo
apresentação. classicamente utilizados opioides parenterais,
como a morfina e a meperidina, sendo ainda
Alguns marcadores laboratoriais também controversa qual a melhor opção de droga.
podem ser empregados na tentativa de prog- A utilização de descompressão gástrica atra-
nosticar os casos de pancreatite. Destes, o mais vés de cateter nasogástrico, antes parte integral
utilizado é a dosagem de proteína C reativa. Uti- do tratamento inicial da pancreatite aguda, deve
lizando o valor de corte de 150mg/l, apresenta ser reservada aos casos de vômitos incoercíveis
sensibilidade e especificidade de, aproximada- ou distensão abdominal importante secundário
mente, 80% quando dosado após 48h do início ao íleo adinâmico.
do quadro clínico21. A maioria dos pacientes apresenta quadro
Outros marcadores que também podem ser de pancreatite aguda leve que responde satisfa-
utilizados são a procalcitonina sérica, interleu- toriamente ao tratamento clínico, com resolução
cina-6, interleucina-8, fosfolipase A2, peptídio dos sintomas e normalização dos níveis séricos
ativador do tripsinogênio urinário e elastase de amilase e lipase. Nestes pacientes, é reiniciada
leucocitária. a dieta com líquido sem resíduos, e evoluída
progressivamente para evitar dor pós-prandial
Tratamento e recidiva da pancreatite.
A base do tratamento é o suporte clínico e Nos casos de pancreatite de etiologia biliar,
a suspensão da ingesta oral, já que ainda não há estes pacientes devem ser submetidos à colecis-
tratamento específico para a pancreatite. Este tectomia com colangiografia videolaparoscópica
suporte clínico consiste em manutenção da precoce, logo após a normalização da amilase e
perfusão tecidual através de reposição volêmica melhora dos sintomas22.
vigorosa e manutenção da saturação de oxige- A pancreatite aguda grave (PAG) deve ser
nação, analgesia e suporte nutricional. tratada, inicialmente, com medidas gerais de
Pacientes com pancreatite aguda geralmen- suporte já descritas, idealmente em unidade de
te apresentam hipovolemia importante secun- terapia intensiva.
dária ao sequestro de líquido, necessitando de Como a PAG determina um estado catabó-
hidratação volêmica agressiva para melhorar a lico importante e antecipado um longo período

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sem ingesta oral, é fundamental o planejamento após 3 a 4 semanas após o início do quadro
de suporte nutricional adequado. Classicamente, clínico. Deve ser suspeitada nos pacientes com
o suporte nutricional destes pacientes era reali- necrose pancreática que não apresentem me-
zado através de nutrição parenteral total (NPT). lhora clínica após três semanas de tratamento.
No entanto, estudos prospectivos randomizados O diagnóstico é feito através de punção com
demonstraram que pacientes que receberam agulha fina (PAF) guiado por TC.
dieta enteral através de cateter nasojejunal Há inúmeras abordagens descritas para
apresentaram menos complicações infecciosas o tratamento da necrose infectada, desde tra-
e menor mortalidade22. Tais resultados levaram tamento conservador com antibióticos, trata-
à adoção da dieta enteral como primeira opção mento com colocação de drenos percutâneos,
na PAG nas recomendações de diversas Socie- até cirurgia minimamente invasiva através de
dades Médicas. cirurgia endoscópica transgástrica e utilização
Outra área de controvérsia é o uso profi- de nefroscópio rígido. No entanto, o tratamento
lático de antibióticos. Diversos estudos foram padrão ainda é a cirurgia aberta. Há controvér-
desenvolvidos com resultados conflitantes em sias quanto ao momento ideal da intervenção e
relação à eficácia na prevenção da necrose infec- as técnicas operatórias empregadas.
tada. Recentemente dois estudos multicêntricos Estudos publicados nos anos 1990 mostra-
e duplo-cegos foram realizados utilizando profi- ram que o adiamento da intervenção cirúrgica
laxia com ciprofloxacino com metronidazol em levou a quedas expressivas da mortalidade
um estudo e meropenem no outro23, 24. Ambos quando comparadas à cirurgia precoce (27%
não identificaram vantagem no uso profilático versus 65%), o que levou à recomendação que
de antibióticos. No entanto, meta-análise rea- os pacientes com PAG sejam submetidos à
lizada pela Cochrane Collaboration25 mostrou cirurgia apenas após a 3ª/4ª semanas do início
vantagem na utilização de antibióticos, com dos sintomas27.
diminuição da mortalidade, ainda que não Diversas técnicas foram descritas para o
tenha havido diminuição na taxa de necrose tratamento da necrose pancreática. Em todas, o
pancreática infectada. objetivo é o controle do foco infeccioso através
Apesar do tratamento inicial da PAG ser da remoção do tecido necrótico, preservação
conservador, em casos particulares de pancreati- do tecido pancreático normal e drenagem do
te biliar pode ser necessário o emprego precoce exsudato inflamatório e debris.
de tratamento invasivo. Na necrossectomia com tamponamento e
Nos casos de PAG associada à coledocoli- relapatomias programadas, é realizada ressecção
tíase, há controvérsia na indicação precoce de do tecido necrótico, drenagem de exsudato e
CPRE com papilotomia e extração de cálculos. debris e relaparotomias a cada dois dias até que a
Os que defendem seu uso acreditam que possa cavidade seja considerada saneada e, finalmente,
prevenir ou tratar possível colangite ou, ainda, fechada com drenos na loja pancreática.
evitar o desenvolvimento de falência orgânica. Outra técnica utilizada é a necrossectomia
Estas hipóteses foram testadas em diversos es- com lavagem peritoneal. Após a necrossectomia,
tudos que mostraram que a CPRE não levou à são colocados drenos calibrosos na loja pancre-
diminuição da mortalidade, mas apresentaram ática que são utilizados para irrigação contínua.
dados discordantes em relação ao impacto da
CPRE na diminuição da morbidade26.
Conclusão
A principal complicação da PAG é o de- Apesar da maioria dos casos de pancreatite
senvolvimento de infecção nas áreas de necrose aguda ter evolução favorável, todos devem ser
pancreática. Ela ocorre em 10% a 50% dos avaliados através dos escores clínicos disponí-
pacientes com necrose pancreática, geralmente veis para identificação precoce dos pacientes

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com potencial de evolução desfavorável. O Clinical difficulties in the differentiation of
autoimmune pancreatitis and pancreatic
tratamento inicial é conservador, devendo a
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therapy for prophylaxis against infection tion that can determine syndrome of systemic
of pancreatic necrosis in acute pancreatitis. inflammatory response promoting mortality
Cochrane Database Syst Rev. 2006;CD002941. and morbidity in 20% of pacients. Cholelithia-
26. Petrov MS, Van Santvoort HC, Besselink sis and ethylism are the most frequent causes.
MG, Van der Heijden GJ, Van Erpecum KJ, Presentations are normally mild and treated
Gooszen HG. Early endoscopic retrograde
cholangiopancreatography versus conservative with clinical support. Hard cases need special
management in acute biliary pancreatitis care and chirurgical intervention. The use of
without cholangitis: a meta-analysis of prophilatic antibiotical therapy and the use of
randomized trials. Ann Surg. 2008;247:250-57.
CPRE, in cases of biliar etiology, the uses are
27. Uhl W, Warshaw A, Imrie C, Bassi C, McKay still under question.
CJ, Lankisch PG, Carter R, Di Magno E, Banks
PA, Whitcomb DC, Dervenis C, Ulrich CD,
Satake K, Ghaneh P, Hartwig W, Werner J,
KEYWORDS: Acute pancreatitis; Choleli-
McEntee G, Neoptolemos JP, Büchler MW. thiasis; Treatment.
IAP Guidelines for the Surgical Management
of Acute Pancreatitis. Pancreatology. 2002;2:
565-73.

Ano 8, Janeiro / Junho de 2009 69


TITULAÇÃO DOS AUTORES

Editorial Aluno do Programa de Pós-Graduação em Ciências


Médicas da Faculdade de Ciências Médicas/UERJ;
Médico radiologista do Hospital Naval Marcílio
Ivan Mathias Dias (HNMD).
Professor Associado da Faculdade de Ciências
Médicas da UERJ; Érica Barreiros Ribeiro
Chefe da Divisão de Cirurgia Ambulatorial da
Policlínica Piquet Carneiro da UERJ; Médica radiologista do Hospital Naval Marcílio
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Dias (HNMD).
Cirurgiões.
Artigo 2: O Uso da
Artigo 1: Diagnóstico por Laparoscopia no Abdome
imagem no abdome agudo Agudo
Não Traumático
Marcos B. Pitombo
Alexandra Maria Vieira Monteiro
Mestre em Cirurgia Gastroenterológica/UFF;
Mestre e Doutora em Medicina/UFRJ; Doutor em Cirurgia Abdominal/UFRJ.
Professora Adjunta de Radiologia na Graduação Chefe do de Departamento de Cirurgia Geral,
e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Faculdade de Ciências Médicas/UERJ.
Médicas da Faculdade de Ciências Médicas/UERJ.
Maria Cristina A. Maya
Cláudio Márcio Amaral de Oliveira Mestre e Doutora em Cirurgia Abdominal/UFRJ;
Lima Coordenadora da Disciplina de Cirurgia Geral,

8 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ


Faculdade de Ciências Médicas/UERJ. Coordenadora da Disciplina de Cirurgia Geral
da FCM – UERJ. Titular do Colégio Brasileiro de
Marco Antonio C. Guimarães-Filho Cirurgiões.

Médico do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Roberto G. Freitas


Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Professor adjunto de Cirurgia Geral da UERJ.
André de Souza Melgaço Mestre em Cirurgia Geral pela UFF. Livre Docente
pela UERJ.Titular do Colégio Brasileiro de
Mestre em Cirurgia Gastroenterológica/UFF; Cirurgiões.
Doutor em Cirurgia Abdominal/UFRJ;
Vice-diretor da Faculdade de Ciências Médicas/
UERJ. Marcos Bettini Pitombo

Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia


Artigo 3: Apendicite Aguda Geral. Doutor em Cirurgia Geral pela UFRJ. Chefe
do Departamento de Cirurgia Geral da FCM –
Roberto Garcia de Freitas UERJ. Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Professor Associado do Departamento de Cirurgia
Geral da FCM/UERJ; André Ronay
Livre-Docente em Cirurgia Geral/UERJ;
Mestre em Cirurgia Gastroenterológica/UFF; Médico do Hospital Universitário Pedro Ernesto e
Chefe do Serviço de Cirurgia Geral do HUPE/ da Secretaria Municipal de Saúde.
UERJ.
Artigo 5: Pancreatite Aguda:
Marcos Bettini Pitombo
Etiologia, Apresentação
Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia
Geral. Doutor em Cirurgia Geral/UFRJ;
Clínica e Tratamento
Chefe do Departamento de Cirurgia Geral da
FCM/UERJ; Marco Antonio Correa Guimarães-
Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Filho

Médico do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital


Maria Cristina Araújo Maya Universitário Pedro Ernesto (UERJ).
Médico do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital
Professora Adjunta do Departamento de Cirurgia
Universitário Antônio Pedro (UFF)
Geral;
Membro Titular do Colégio Brasileiro de
Doutora em Cirurgia Geral/UFRJ;
Cirurgiões (CBC).
Coordenadora da Disciplina de Cirurgia Geral da
FCM/UERJ;
Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Maria Cristina Araújo Maya

Professora Adjunta do Departamento de Cirurgia


Paulo Roberto Falcão Leal Geral. Doutora em Cirurgia Geral pela UFRJ.
Coordenadora da Disciplina de Cirurgia Geral
Professor Assistente do Departamento de Cirurgia
Geral da FCM/UERJ; da FCM – UERJ. Titular do Colégio Brasileiro de
Cirurgiões.
Mestre em Cirurgia Gastroenterológica/UFF;
Chefe da UDA de Cirurgia Oncológica do HUPE/
UERJ. Paulo Roberto Falcão Leal

Artigo 4: : Colecistite Aguda Professor Assistente de Cirurgia Geral do Hospital


Universitário Pedro Ernesto – UERJ
– Diagnóstico e Tratamento Mestre em Cirurgia Gastroenterológica pela
Universidade Federal Fluminense
Maria Cristina Araújo Maya
Chefe da Unidade Docente Assistencial de Cirurgia
Professora Adjunta do Departamento de Cirurgia Oncológica HUPE-UERJ
Geral. Doutora em Cirurgia Geral/UFRJ. Médico do Instituto Nacional do Câncer

Ano 8, Janeiro / Junho de 2009 9


André de Souza Melgaço Rita de Cássia Severino Tavares

Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Médicas, Ginecologista com TEGO e título de


Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia vidolaparoscopia pela FEBRASGO
e Membro Titular do Colégio Brasileiro de Pós-graduação em Saúde Pública pela Escola de
Cirurgiões. Saúde Pública “Dr. Jorge David Nasser” / SES-MS

Artigo 6: Isquemia Artigo 8: Urgências em


cirurgia oncológica
Mesentérica
abdominal para o cirurgião
Carlos Eduardo Virgini-Magalhães
geral
Professor Doutor e Coordenador da Disciplina de
Cirurgia Vascular, Membro Titular da Sociedade Paulo Roberto Falcão Leal
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Professor Assistente de Cirurgia Geral do Hospital
Universitário Pedro Ernesto – UERJ
Monica Rochedo Mayall Mestre em Cirurgia Gastroenterológica pela
Universidade Federal Fluminense
Médica Residente de Cirurgia Endovascular do
Chefe da Unidade Docente Assistencial de Cirurgia
HUPE-UERJ.
Oncológica HUPE-UERJ
Médico do Instituto Nacional do Câncer.
Artigo 7: Abdome Agudo
Ginecológico Roberto G. Freitas
Professor adjunto de Cirurgia Geral da UERJ.
Marco Aurelio Pinho de Oliveira
Mestre em Cirurgia Geral pela UFF. Livre Docente
Prof. Adjunto e Chefe da Disciplina de Ginecologia pela UERJ.Titular do Colégio Brasileiro de
da FCM/UERJ Cirurgiões.
Chefe do Ambulatório de Endometriose do
Hospital Universitário Pedro Ernesto Carlos B. Cola
Vice-Presidente da Sobracil-RJ
Vice-Presidente da Comissão de Endoscopia Médico do Departamento de Cirurgia Geral do
Ginecológica da FEBRASGO Hospital Universitário Pedro Ernesto.

Luiz Augusto Henrique Melki Marco A. Correa Guimarães-Filho

Prof. Adjunto da Disciplina de Ginecologia da Médico do Departamento de Cirurgia Geral do


FCM/UERJ Hospital Universitário Pedro Ernesto
Chefe do Setor de Histeroscopia do Hospital
Universitário Pedro Ernesto

10 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ

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