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CIGARRO ELETRÔNICO FAZ MAL? Conheça os Riscos e Benefícios https://www.printfriendly.

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CIGARRO ELETRÔNICO FAZ MAL? Conheça os Riscos e


Benefícios
mdsaude.com/2016/06/cigarro-eletronico.html

O cigarro eletrônico, também chamado de e-cigarro, é um dispositivo movido à bateria, que simula


a experiência de um cigarro comum, supostamente com menos riscos à saúde por conter apenas
vapores de nicotina, sem o alcatrão e as centenas de outras substâncias nocivas do cigarro. Porém,
conforme explicaremos, ter menos risco não significa estar isento de riscos.

Os cigarros eletrônicos têm ganhado popularidade nos últimos anos, principalmente entre a
população mais jovem e os fumantes que desejam uma forma menos nociva de consumir a
nicotina. Mesmo no Brasil, onde o e-cigarro tem a sua comercialização proibida*, o produto tem
gerado muita curiosidade e angariado adeptos, que adquirem o dispositivo através da Internet ou
em viagens a países que permitem a sua venda, tais como Estados Unidos, França, Itália ou
Portugal.

* No Brasil, a lei não permite a produção e a comercialização dos cigarros eletrônicos, mas o seu
uso não é considerado crime.

Neste artigo vamos fornecer uma visão geral sobre o cigarro eletrônico, incluindo informações
sobre os diferentes tipos de dispositivos, efeitos adversos para a saúde, uso como tratamento para
parar de fumar e o seu impacto sobre a saúde pública.

Se você procura informações sobre os malefícios do cigarro comum, não deixe de ler também os
seguintes artigos:

DOENÇAS DO CIGARRO – Como Parar de Fumar


VOCÊ SABIA QUE CIGARROS SÃO RADIOATIVOS?

O que é um cigarro eletrônico


Os cigarros eletrônicos entraram no mercado em 2003, na China. Em 2006, eles chegaram aos
Estados Unidos e à Europa. Na maioria dos países, os e-cigarros entram no mercado como
produtos comuns, sem regulamentação do governo. Somente nos últimos anos, com a
popularização do produto, é que os órgãos estatais de controle de vários países passaram a prestar
mais atenção ao cigarro eletrônico.
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Inicialmente, os cigarros eletrônicos eram produzido por pequenas empresas, mas já há alguns
anos, de olho no rápido crescimento desses produtos, as grandes empresas de tabaco adquiriram e
passaram a desenvolver também essa forma de cigarro.
Os cigarros eletrônicos consistem em:

Um reservatório que contém um líquido, geralmente rico em nicotina.


Um atomizador, que é o dispositivo responsável por aquecer o líquido e gerar o vapor.
Um sensor que ativa o atomizador toda vez que o usuário faz uma inalação (alguns
funcionam através de um botão).
Uma bateria.
Um recarregador de bateria.

O utilizador ativa o atomizador através da inalação ou ao apertar um botão, dependendo das


características do dispositivo. O atomizador aquece o líquido no reservatório e cria uma fumaça
de vapor, que se parece, mas não é igual à fumaça dos cigarros comuns. O cigarro eletrônico,
portanto,  simula a experiência de fumar um cigarro convencional, mas sem combustão e sem a
inalação de todas as substâncias tóxicas presentes no tabaco.

Os primeiros e-cigarros foram concebidos de forma a terem um design muito parecido com os


cigarros convencionais, tanto em formato quanto em tamanho. Existiam até versões descartáveis,
que não podiam ser recarregadas. O paciente fumava e jogava fora o e-cigarro quando o seu
conteúdo acabava.

Com o passar dos anos, a tecnologia por trás dos cigarros eletrônico evoluiu. Atualmente, a maioria
dos e-cigarros tem uma aparência mais parecida com a de uma grande caneta. Eles possuem
baterias de longa duração, que podem ser recarregadas, reservatórios de líquido que podem ser
reabastecidos, reguladores para controlar a quantidade de vapor e a temperatura do atomizador,
luz LED e uma grande variedade de opções em relação a cores e aparência do e-cigarro, como
pode ser visto na imagem mais abaixo.

Que substâncias existem no líquido do e-cigarro?


Ao contrário dos cigarros convencionais, que queimam tabaco pra gerar fumo, os cigarros
eletrônicos vaporizam um líquido, que alguns chamam de e-líquido. Esse e-líquido é comprado à
parte em pequenos frascos (chamados de refills), já havendo no mercado mais de 7000 variações
de sabores.

A maior parte dos líquidos à venda são compostos por nicotina (existem também e-líquidos sem
nicotina), propilenoglicol (glicerol) e aromas. Porém, uma grande variedade de outras
substâncias já foram identificadas, tais como estanho, chumbo, níquel, crômio, nitrosaminas e
compostos fenólicos, alguns destes com potencial carcinogênico, conforme veremos mais à frente
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quando formos discutir os malefícios dos e-cigarros.

O teor de nicotina contido no


e-líquido costuma variar de zero até
36 mg/mL. As concentrações mais
comuns são as de 6 mg/mL, 12
mg/mL, 18 mg/mL ou 24 mg/mL.

Porém, estudos têm mostrado que o


teor de nicotina atestado pelos
fabricantes nem sempre é confiável,
sendo frequentemente maior do
que aquele indicado nos rótulos. Há
inclusive e-líquidos que dizem ser
livres de nicotina, mas que ao serem
analisados, apresentavam nicotina
no seu conteúdo.

Diversas opções de cigarro eletrônico

Malefícios para a saúde


Se por um lado parece ser verdade que o cigarro eletrônico é menos prejudicial que os cigarros
convencionais, também é verdade que eles não são de forma alguma produtos isentos de riscos à
saúde.

Por ser um produto relativamente novo e que passou a receber atenção dos órgãos
governamentais somente recentemente, não há ainda grandes estudos científicos sobre as
consequências do uso prolongado do e-cigarro. Apesar de teoricamente ser mais seguro que o
cigarro comum, não há evidencias científicas que confirmem essa suposta maior segurança. Esse é
o motivo pelo qual países como Brasil, Áustria, Argentina, Canadá e Colômbia não permitem a sua
comercialização. Outros, como Austrália, Dinamarca, Bélgica e Austrália só permitem a venda de
cigarros eletrônicos sem nicotina.

Mas as preocupações com o cigarro eletrônico não estão apenas relacionadas à falta de estudos a


longo prazo. Algumas das substâncias presentes no e-líquido são sabidamente nocivas.

Nicotina
A nicotina, por exemplo, é uma substância, que além de altamente viciante, também causa danos à
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saúde. Pessoas que fumam cigarros eletrônicos conseguem inalar quantidades de nicotina muito
parecidas com aquelas inaladas nos cigarros comuns.

A nicotina está relacionada, entre outros efeitos, a um aumento do risco de eventos


cardiovasculares, a atraso no desenvolvimento fetal, maior risco de aborto espontâneo, maior risco
de parto prematuro e a alterações no desenvolvimento cerebral de jovens e adolescentes.

O consumo agudo de doses elevadas de nicotina tem potencial de intoxicação, provocando


sintomas que vão desde náuseas e vômitos até convulsões e depressão respiratória, nos casos mais
graves. Isto é particularmente verdadeiro em crianças, cujo limiar para intoxicação por nicotina é
bem mais baixo que nos adultos. Já há casos, inclusive, de crianças que morreram por
envenenamento após usarem os e-cigarros dos pais. Só para se ter uma ideia do risco, a dose de
nicotina considerada potencialmente fatal para uma criança é de 10 mg. Um refill comum de 5
mL de e-líquido na concentração de 18 mg/dL possui 90 mg de nicotina, 9 vezes mais que a dose
potencialmente fatal.

Como muitos cigarros eletrônicos são ativados pela inalação, é muito fácil para uma criança,
querendo imitar os pais, conseguir fumar um cigarro eletrônico. Esse é um dos motivos pelo qual
alguns países estão exigindo que os e-cigarros venham com algum tipo de lacre de segurança
contra o uso acidental por parte das crianças.

Substâncias carcinogênicas
Como já referido anteriormente, várias das substâncias carcinogênicas do cigarro convencional
podem ser encontradas em algumas marcas de e-cigarro.

Testes laboratoriais realizadas em 2009 pelo FDA (o órgão norte-americano equivalente à ANVISA)


identificaram produtos químicos cancerígenos e tóxicos, incluindo ingredientes usados como anti-
congelante, em 20 marcas de e-cigarros, sendo 2 delas entre as líderes de vendas no mercado.

Um estudo de 2014 descobriu que o aerossol produzido a partir dos cigarros eletrônicos com maior
potência do atomizador continha grandes quantidades de formaldeído e acetaldeído, que
são agentes com o potencial de causar câncer.

Outras substâncias perigosas


Os sabores artificiais dos cigarros eletrônicos são também uma fonte de preocupação, não só
porque eles servem para atrair o público mais jovem, mas porque eles próprios podem ser
nocivos. Os fabricantes dos e-cigarros dizem que os aromas artificias são seguros, pois eles são os
mesmos utilizados nos alimentos industrializados. O problema, porém, é que a segurança destes
aromatizantes só foi estudada em relação à ingestão. Não sabemos se a vaporização e a inalação
destes produtos é segura.

Além disso, algumas marcas de cigarro eletrônico utilizam o diacetil, que é um produto químico
com sabor amanteigado, frequentemente presente nas pipocas de microondas, que estão
associados a uma grave e irreversível lesão do pulmão, vulgarmente conhecida como “pulmão da
pipoca” ou “doença da pipoca de microondas”.
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Estudos em animais e em laboratórios sugerem que mesmo os cigarros eletrônicos sem nicotina
podem fazer mal aos pulmões. Esses trabalham mostraram que o vapor inalado irrita as células e
atrapalha o bom funcionamento dos tecidos e cílios do tecido da árvore respiratória.

Cigarro eletrônico como tratamento para parar de fumar


Como o cigarro comum é um dos mais nocivos produtos de livre comercialização já criados, é
natural que, mesmo com todos os problemas, os cigarros eletrônicos ainda consigam ser menos
maléficos à saúde.

Algumas das vantagens dos cigarros eletrônicos em relação ao cigarro tradicional são:

Exposição a menos substâncias químicas tóxicas, ainda que haja substâncias tóxicas no
e-cigarro.
Não deixa os dentes amarelados.
Não provoca mau cheiro.
É menos poluente.
É mais barato.
O fumo passivo parece ser menos tóxico.
Parece haver um menor risco de doenças pulmonares, apesar de haver riscos.

Ainda que existam algumas vantagens, por tudo o que foi exposto até aqui, a imensa maioria dos
médicos e das associações médicas não recomenda o cigarro eletrônico como forma de tratamento
para o tabagismo por conta de 4 problemas:

1- Os cigarros eletrônicos aparentemente não são produtos isentos de toxicidade. Há opções mais
seguras e com maior embasamento científico, como fármacos e chicletes ou adesivos de nicotina.

2- As pessoas que usam o e-cigarro até diminuem o consumo de cigarros tradicionais, mas um
estudo de 2013 mostrou que 77% dos usuários do cigarro eletrônico continuam a fumar cigarros
comuns. Em muitos casos, o consumo de nicotina não é reduzido e o paciente continua tão
viciando quanto antes.

3- Não há conhecimento científico adequado sobre esse produto. Não sabemos se a longo prazo o
cigarro eletrônico é realmente mais seguro que os cigarros convencionais.

4- O estímulo ao uso do cigarro eletrônico pode, após anos de queda consistente, devido às
campanhas anti-tabágicas, provocar um aumento no número de pessoas viciadas em nicotina. A
falsa impressão de segurança pode fazer com que o número de fumantes volte a crescer. Há
estudos que mostram que ex-fumantes, que tinham parado completamente de fumar cigarros
comuns, voltaram a fumar, agora com cigarros eletrônicos.

Do ponto de vista de saúde pública, a popularização do cigarro eletrônico pode significar um passo
atrás no controle do tabagismo. Já há, inclusive, pessoas que querem fumar o e-cigarro em locais
fechados, pois acham que o fumo passivo deste tipo de cigarro é seguro.
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