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BIBLIOTECA DE CIENCIAS SOCIAIS SOCIOLOGIA € ANTROPOLOGIA HARRY BRAVERMAN © ~ TRABALHO CAPITAL MONOPOLISTA A Degradacao do Trabalho no Século XX Tradugao de Nathanael C. Caixeiro Terceira edigao EDMTORA, 4 cvsnasara Haurruago vo TRapanttapor 125 conseqtigncia, surgitam, dentro dos departamentos do ile de relagdes trabalhistas, nas organizagdes de apoio ex- las como as de relagées industriais, departamentos, rios de Sociologia e outras instituigdes académicas e para nicas, um complexo de disciplinas académicas e praticas, des- 10 estudo di abalhe CAPITULO 6 liversas escolas e das correntes do movimento da geréncia ci geral pela organizagio do trabalho, mas ‘ondigées sob as quais o trabalhador pode ser induzido melhor no esquema de trabalho organizado pela .* Os processos abrangentes da sociedade cag A HABITUACAO DO TRABALHADOR AO MODO CAPITALISTA DE PRODUCAO A transformacdo da humanidade de trabalho”, em “fator de produga pital, € um processo hhante para as viti ‘Ses & produgio, ¢ hostilidade ostensiva 4 administracio, Tal se apresenta 8 maioria dos socidlogos e fisiélogos interessa- a0 estudo do trabalho e dos trabalhadores, 0 problema no € 0 * A geréncia do pessoal, conquanto tids como aqua parte da estcutura , © modo capitalista de producao dindo a novas éreas de ctiadas pelo avango tecnolégico € 0 emprego do captial a novas indlistrias. Est§, ainda, sendo continuamente requintado e apetfei. goado, de modo que sua presiso sobre os trabalhadores & inces. sante. Ao mesmo tempo, a habituago dos trabalhadores ao modo capitalista de producio deve ser renovada a cada geragio, tanto nais que as geragies surgidas cob o ca fo sto formadas dentro da matriz da vida de trabalho, rgadas no trabalho vindas de fora, por assim dizer, apés um prolongado perfodo de adolescéncia durante a qual sio mantidas na reserva, A ns de ajustar 0 trabalhador ao trabalho em sua forma. cai superar @ resisténcia natural intensificada pela. tecnolog ¢ alternante, relagées sociais antagonicas ea sucessio de geragoes, ‘aumentat 3 no termina com a “organizasdo cientifica do trabalho”, mas se dade’ oferecida pela constante: mudange toma um aspecta permanente da sociedade capitalista 126 ‘Trapato & Caprrar, Monoporssta da dogradlagdo de homens ¢ mulheres, mas as nadas pelas reagées, conscientes e inconscientes, Nao ¢, pois, de modo algum fortuito que a maior parte dos cien- tistas sociais ortodoxos aceite firmemente, de fato desesperada. mente, a norma de que sua tarefa no ¢ 0” estudo das condigoes Hivas do trabalho, mas apenas os fenémenos subjetivos que ensejam: os graus de “satisfagio” ¢ “insatisfagéo” postos em evidéncia por seus questionécios. © ‘mais antigo esforgo sistemético nese sentido ocorreu no setor da icologia indus Seus infcios pocem ser recuados ada na Alemanha, no século passado, tituigdo, Hugo Miinsterberg veio para os Estados Unidos onde, em Harvard, esteve em condigées de observar o desenvolvimento da geréncia moderna em suas formas mais vigorosas e amplas, e se 1a ambigfo sua cons sétodos da escola de Leipzig dt ica. Sua Psicologia e Eficién- ia Industrial (publicada na Aleman inglesa no ano Mas quais sio os fins do comércio e da indstria? Miinster- berg deixa a resposta a outros: “As psicotéenicas econdmicas podem setvir a certos fins do comércio e da inddstria, mas se esses fins so os melhores ndo é questio de que se encatregue ” desse fardo, de estabelecer os parimetzos de suas inv controlam 0 “comércio e a indistria”, quando € sugerido que talvez p que sio também parte do “com tomado em consideragio. Um a resses sociais suscitalhe horror, jo crasso e vulgar aos inte- le © rejeita duramente: Hastruacio po TrapaLstapon 127 a de tabalhadores, mas com os daqucles ue rolam, pode agora enfrentar sem reservas os efeitos didrios balh sobre 0 trabalhador: “...0 ica demonstrou claramente que tantes so precisamente aqucl fcas, sem em primeiro lugar Nesta definisio temos 0: objetivos — embora raremente tio francamente expostos — das subseqilentes escolas de investigacio psicol6giea, fisiolégica e social do trabalhador e do trabalho, De modo ger, chs téa promo um mova, J abuhadores ios pal éacia: habituagZo as condigées do emprego oferecido na firma Slaves dhacrpest misietety apnea, bap, Essas_escolas € teorias témse sucedido proliferacio de enfoques e teorias, proliferacdo que depée muito mais quanto a0 seu fracasso, ‘A voga da Psicologia industrial nos Estados Unidos mente em grande parte devida aos empenhos de Walter Dill Scott, psicélogo da Northwestera University, que se doutorou em Leipzig € veio para 0 novo campo pela via de sua carreira anterior como io, Dutante e -depois da Primeira Guerra Mun Iégicos foram utilizados por algumas das privy companhias (American Tobacco, National Lead, Western Electric, os 128 TrasaLno © Caprrar Monorouista it, Metropolitan Life), ¢ os primeiros servigos de consulta psicol6gica para a industria foram inaugurados no tiruto Carnegie de Tecnologia, em 1915, onde Scott assumi primeira cadeita de Psicologia aplicada numa instituigio académica norte-ameticana. Durante a guetra, as baterias de testes foram amplamente aplicadas nas forcas armadas dos Estados Unidos, também sob a ditegio de Scott, e a popularidade conseguida por ‘esse novo instrumento estimulou sua difusio por toda a depois da guerra. Na Inglaterra e na Alem: foi semelhante, com a Alemanha talvez a frente de todas as demais esse campo. ‘A premissa da Psicologia industri de atitudes, era possfvel determinar com dos trabalhadores a varios empregos, acordo com graus de “inteligéncia”, “hal so a acidentes”, ¢ adaptacéo geral a pela ge- cedo a inocuidade comportamento antag@nica da vida social. Os demorados ¢ ezanstivos experimentos levados a efeito pela Western El sua fabrica do lado oeste de Taylor iniciara suas investigagbes quase meio século sabendo que 0 desempenbo dos trabalhadores tinha pouca relacdo com a “capacidsde” — e de fato mostrava freqiientemente uma telagdo imversa quanto aos gabaritos dos testes, quando esses mediam niveis inferiores e vice-versa — e que os tabalhadores agiam coletivamente para resistir aos padres e exigén de ritmo de trabalho. “A crenga”, disse Mayo, “de que 0 compor- tamento de um individuo no seio da fébrica pode ser previsto antes do emprego com base em testes de lcboratério © verificacio pormenorizada de suas capacidades mecénicas e outras é, sobretudo, senio inteitamente, equivocada.”” ‘A principal conclusio da escola de Mayo era de que as moti- vvagies dos trabalhadores no podiam ser compreendidas numa base puramente individual, ¢ que a chave de seu comportamento reside ros grupos sociais da fabrica. Com isto, 0 estudo da habituacéo dos trabalhadores a seu trabalho transferia-se do plano da Psico- Togia para o da Sociologia, O enfoque das “relagSes humanas”, Haprruagio Do TRABALHADOR 129 imeito de uma série de escolas de comportamento socioligico, wva-se no aconselhamento pessoal € nos estilos de insinuagio de nio intitacio de supervisio “face a face”. Mas essas escolas rduzitam pouco para as geténcias em resultados sdlidos e t Ademais, as origens da idéia de “relasdes humanas” coi 1 a Depressio dos anos 30, e a onda de revolta da classe dora que culminow na sindicai cina apatecia subitamente nfo como um sistema de organizagio wrocrética formal no modelo weberiano, nfo como um sistema de lagdes de grupo informal, como na interpretacio de Mayo e seus ca, de antagonismos it os _méveis do comportam cficaz dele nos enveredaram interpretagdes do trabalhador a0 modo capitalista de pro ladates priticos ¢ ideo- ie2o deve pouco aos esforcos © politica do mundo capitalista, durante © se desse processo de ajustamento, dos conflites © rev. este nfo é o lugar para pretender um sumétio © da primeira linha de montagem numa dos trabalhadores de suas condigde: mento as formas de trabalho projetado 130 ‘TrapaLHo & Caprrat Monopouista Haprruagio Do TRABALHADOR: 131 volta de 1925 foi ctiada ume organizagio que produzia ios haviam sido fabricados num principio da ago do Modelo. T. fo indice de produgfo, neste caso, dependia nce_na organizagao do trabalho, mas do con- Ir que a geréncia conseguiu, de um 6 golpe, sobre o ritmo. da wjem, de modo que podia agora dobrar ¢ {indice ‘as operagdes a serem executadas deviam ol cer € assim ter seus trabalhadores a uma_intensidade extraordindria de io. Tendo conseguido isso, Ford entio. passou a, achetar f eairatura de pagamento como ‘medida adicional de redugio de manipulagio ou bajulagio, mas por condigSes © forges socioeco- Quando ineugurada a Ford Motor Company, em 1903, fabricar automdveis era funglo reservada a profissionais que obtiveram sua formagio nas oficinas de bicicletas e viatutas de Michigan ¢ Ohio, naquela época os centros daquelas ind\istrias. esereve Eli Chinoy, “era no fungdo altamente qualificada. Cada carro cra montedo num lugar por certo niimero de jcos competentes.""* Por volta de 1908, guindo Ford langou o Modelo TT, os processes mudaram um pouco, ‘mas as mudangas cram ligeiras compatadas com as que logo viriam. ‘A organizagao do servigo de montagem naguele tempo & descrita assim por Keith Sward: fibrica do foem que as fom o incentive. monstitio. Voltou a0 pagamento, de fazer. Sev paga me 234 rer por dia, axa que i fangio, Nem © prs 908 que fora em 190. di Ford era 0 fdesses anes, 9 wgar do. "pau para toda cbr hhavis agora diversos ‘pum eagro, cada uri eiro na Ford Motor 1e deveriam tornar-se dat por diante de ro crescente de indt e menorizadas e repetidas, e a8 texas de saldrio padroniza- niveis uniformes. A reagio a esta mudanga foi vigorosa, ta Sward: ‘A demanda para 0 Modelo T foi tio grande que © talento especial da engenharia para revisar os métodos dugio da companhia, O elemento chave da nova organizacéo de trabalho era a intermindvel esteira transpottadora, na qual os com- ponentes do carro erum transportados © que, i medida que passava, com paradas periédicas, os homens executavam operagées simples, Esse sistema entrou em funcionamento primeiro em diversas. subs montagens, comecando ao mesmo tempo em que o Modelo T era Tangado, e desenvolvido nos sels anos seguintes, até que culminou em janciro de 1914 com a inaaguragio da primeira est fsemfim para a montagem final na fabrice da Ford en Park. Em trés meses, 0 tempo de montagem do Modelo T havi sido reduzido a um’ déimo do tempo anteriormente necess mento tombim: {oados a0 ‘trabalho. ‘TrapaLuo F Caprrar Monopouista Nesta reagio ra a linha de montagem percebem: os ce torna poss Perceber isso claramente é o fato de que Ford, como pioneiro do novo modo de produsio, estava compe: tindo com modos ant res di izagiio de ho que ainda ‘izavam o restente da industria au las nesse campo. Nesse micracosmos regta de que a classe trabalhadora esta progressivament 0. modo capitalisia de produgio, e 3s formas sucess assume, apenas 4 medida que o modo capitalista de produ quista ¢ destrai todas as demais formas de organizagao do trabalho, € com elas, todas as alternativas para a populaga dora. A medida que F grau os trabalhadores eram ol ‘lo desaperecimento de outras formas de trabalho cftntow fol intensified pel tendencies cla associagéo Trabalhadores Industria undo, entre os ttsbalhodores ea Ford, no vento de 1900 ‘ita com grande Ge, 3.00 délares por ‘operas por Fond Mirios nfo tivesse ica Pord tao acima ‘© pagamento de cinco escreveria Ford em sua manobras de redugo lares por uma joreda de iografi de custos que jamais fizemos.""° ‘Haprrvagio po TRABALITADOR 133 Nesta menobra podese perceber um segundo elemento no ajus- mento dos trabalhadores a fungSes cada vez mais impopulates. ceder saldrios relativamente mais elevados pata uma conside- parcela de trabalhadores, a fim de assegurar a produgao inin- viria a tornar-se, sobt is da Segunda Guerra ‘um aspecto generalizado da politica de trabalho nas em- ‘as. John L. Lewis decidiu-se por esse tipo de acio logo depois guerra: €m compensacio por estimular a mecanizaga0 da indis- a extrativa do carvio e¢ a tedugio do emprego, ele insistia em sida fungio dos mineiros que restassem nas ‘movimento de trabalho organizado nas inddstrias nas décadas seguintes. E am grandemente facilitadas pela estrutura mono; trias em questio, Os trabalhadores que eram sactificados, les que jar mm entrado para as inddstrias manufatu- evido ao encolhimento proporcional daquelas indéstries, wneciam as massas pata novos ramos da indiistria a taxas de dos departamentos de pe no desempenharam papel 1¢20 aparente do ttaba- ador aos novos modes de producio surge da destrui¢io de todos modes de vida, a contundéncia das barganhas selariais que lade dos costameiros niveis de subsist ‘0 emaranhado da rede da vida ca woderna que tora dos os outros meios de vi s. Mas por baixo dessa aparente habituagio continua a dade dos trabalhadores is formas degencradas de trabalho fe sio obrigados, como uma corrente subterrinea que abre inbo para a superficie quando as condigSes de emprego per m, ou quando a tendéncia capitalista a maior intensidade de abalho ultrapassa os limites da capacidade fisica ¢ mental. Re- wase em getagies sucessivas, exprimese no incontido sarcasmo 134 ‘Trapattio © Caprrat Monoporista ¢ repulsa que grandes massas de trabalhadores sentem por sew trabalho, ¢ ver a tona repetidamente como um problema social exigente’ de solugio. II PARTE CIENCIA E MECANIZACAO 3 - Conky 2440-110 - Nitec RJ - Brot Desiga (Lon ine Workee", em for. The Human Shape of Werk: Studies in the Socio (Nova 1968). p53, ‘The Legend of Henry Ford (Nova York ¢ Toronto, idem, 9. 48, 35 Tide. pp. 48-49,

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