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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Exatas e da Terra


Departamento de Física Teórica e Experimental
Programa de Pós-Graduação em Física
Teoria de Informação Quântica

Entropia de informação e Cosmologia

William Jouse Costa da Silva


1 Introdução
Pesquisas atuais propõem que a dinâmica do Universo tem origem em efeitos quânticos através do
processo de decoerência [2]. Postular uma evolução alto consistente de um uido quântico é complicado
devido a falta de uma teoria quântica de gravidade completa [3, 4]. Até mesmo considerando algumas
possibilidades na literatura, a teoria possuirá erros. Mesmo assim, há um grande interesse em encontrar
assinaturas quânticas na cosmologia observacional. Indícios indiretos de comportamento quântico podem
ser vistos ao restringir a constante cosmológica nos limites de observações cosmológicas. Previsões
teóricas de um estado de vácuo quântico gravitacional são incompatíveis com vínculos observacionais.
Essa incompatibilidade é conhecida como problema da constante cosmológica, que em outras palavras,
não se sabe o porque o valor observado da densidade de energia do vácuo, previsto pelo modelo padrão
(ΛCDM ) é cerca de 120 ordens de grandeza menor que valor o previsto teoricamente por teoria quântica
de campos. Além disso, não se sabe o porque as densidades de matéria e constante cosmológica são
da mesma ordem sabendo que a evolução da constante cosmológica não depende do tempo. Essa
peculiaridade é conhecido como problema da coincidência cósmica [5, 6]. Pesquisas para explicar ou
resolver esses problemas tem feito cosmólogos proporem diversas teorias e modicações, por exemplo
modelos de energia escura (quintessência, energia escura fantasma, energia escura holográca), modelos
de interação entre matéria e energia escura até modicações na Relatividade Geral [7, 8, 9, 10].
Uma possível assinatura de efeitos quânticos em alto redshifts (Universo primordial) proporciona que
a energia escura possa ser vista como um efeito resultante de algum processo quântico [13]. A existência
de um mecanismo quântico por trás da natureza da constante cosmológica, pode ser de grande interesse
para descrever a natureza da energia escura [14]. Uma abordagem direta seria quantizar as equações
da dinâmica cosmológica, passando do espaço da Relatividade Geral para um tratamento de mini super
espaço. Ou seja, graus de liberdades são reduzidos e a função de onda do universo é determinada
através das condições de contorno, essencialmente relacionadas as quantidades dinâmicas que denem a
história da expansão do universo. Outro exemplo seria estudar efeitos de emaranhamento na cosmologia
primordial [15].
Neste trabalho, basicamente perguntamos se correlações quânticas podem emergir no referencial da
cosmologia. Assumindo que a entropia de informação quântica pode ser fonte de dinâmica do universo
e ser contabilizada no tensor energia-momento, vericamos que os estados emaranhados primordiais
podem contribuir com uma matriz densidade não-nula, cujo vestígio compõe a densidade de energia
liquida impulsionando a expansão em diferentes fases da evolução do universo [16]. A energia escura
pode ser vista, em geral, como um termo obtido a partir de um efeito de informação quântica [17].
Para demonstrar este fato, vamos construir uma entropia de Von Neumann como uma fonte de entropia
cosmológica [18]. A estratégia é tomar a entropia de Von Neumann entre dois estados emaranhados
que correspondentes a duas fases distintas da evolução do universo. Depois é inferida a temperatura
da energia escura e interpretada como uma temperatura de informação quântica, no caso especial de
homogeneidade e isotropia do universo. Em particular, são consideradas classes especícas de modelos
de energia escura, tais como, o termo de densidade escalando como matéria pura, energia escura e a soma
entre eles. Ao aplicá-lo, mostramos que o mecanismo de emaranhamento é aplicável à graus de liberdade
de sistemas macroscópicos, para toda evolução do universo, sob um padrão de decoerência [19]. Este
efeito, no quebra-cabeça da cosmologia, é devido a interação entre qubits com seu ambiente, o próprio
universo [20].

1
2 Construindo Estados Emaranhados na Cosmologia
Vamos descrever uma estratégia para caracterizar estados quânticos cosmológicos nos quais descrevam
efeitos de emaranhamento entre eles. Um procedimento heurístico consiste em escolher um número
mínimo de variáveis capazes de descrever o universo em diferentes fases de sua evolução de acordo
com o princípio cosmológico. Então, considerando o seguinte campo vetorial em termos de parâmetros
cosmológicos

{Θ} = {H(z), q(z), Ωm (z), Ωk (z), T (z), . . .} , (1)


onde os observáveis entre parênteses são conhecidos como parâmetros cosmológicos, isto é, quantidade
que podem ser, em princípio, medidos sem impormos um modelo cosmológico. Eles são o parâmetro de
Hubble H , parâmetro de desaceleração q , a densidade de matéria Ωm e o parâmetro de curvatura Ωk
respectivamente. Nós incluímos a temperatura T para levar em conta a denição de entropia cósmica.
Serão listados a seguir algumas denições que irão dar alicerce ao trabalho.
1. Considerando duas fases distintas da evolução do universo, um estado plausível que envolva um
vetor bidimensional denido sob um dado espaço de Hilbert C é

|φi ≡ |Ωm + iΩk , Ωk + iΩm i , (2)


onde os observáveis são a curvatura espacial (Ωk ) e matéria (Ωm ) em ambas fases.
2. Nós podemos construir, seguindo os requisitos básico da Mecânica Quântica, um vetor não
normalizado e independentemente linear no espaço de Hilbert. Então, adotando a seguinte
construção

|ẽA i = |Ωm + iΩk , iΩm + Ωk i , (3)


|ẽB i = |Ωm − iΩk , −iΩm + Ωk i . (4)

3. Relacionado com o item 2, utilizando o processo de ortogonalização de Gran-Schmidt, obtemos os


seguintes vetores

|eA i = NA |ẽA i, (5)


|eB i = NB (Ω2m + Ω2k )|ẽB i + NB 2iΩm Ωk |ẽA i, (6)
onde as constantes de normalização são NA = √2(Ω21 +Ω2 ) e NB = √2(Ω2 +Ω21)(Ω2 −Ω2 )2 .
m k m k k m

4. Para todas as fases (inação, reaquecimento, recombinação, domínio da energia escura) existiria
um espaço de Hilbert diferente, que é construído garantindo a validade do princípio cosmológico.
Para explicar a dinâmica, assumiremos que, como o universo atravessa uma fase de transição, a
interação para toda fase é modelada por o emaranhamento entre estados quânticos. Portanto,
emaranhamento substitui os efeitos decorrentes de transição de fase no cenário da cosmologia
padrão.
5. Portanto, nós inferimos um sistema multiparticionado. Para motivar um processo de
emaranhamento, em particular, precisamos considerar pelo menos duas fases, que nos levam a
um espaço de Hilbert da forma: C2 × C2 , cujo a base ortonormal é dada por

|eA eA i12 , |eA eB i12 , |eB eA i12 , |eB eB i12 , (7)

onde 1 e 2 indica as duas fases escolhidas.

2
O estado cósmico é univocamente atribuído a um certo tempo da evolução cosmológica conforme
se dene a dependência funcional entre as variáveis associadas ao estado. Se a evolução cósmica é
devida a correlação entre os estados com vínculos compatíveis com observações atuais, logo percebemos
que qualquer estado quântico grosseiro é modelado por meio do vetor (1). A principal consequência
de assumir um vetor dessa forma é que as propriedades termodinâmicas correspondentes emergem da
entropia de informação. Esse procedimento não necessita, a priori de um processo de quantização da
gravidade, exige-se, em vez disso, que o universo seja caracterizado por uma descrição quântica ao nível
de cosmologia primordial.
A correlação emaranhada é denominada em seguida de ansatz para o estado emaranhado, onde os
dois estágios são construídos em termos da seguinte função de onda

|Ψi = α|eA eB i12 + β|eB eA i12 , , (8)


em que α, β ∈ C com |α| + |β| = 1.
2 2

Então, a partir desses pressupostos vamos descrever uma termodinâmica quântica cosmológica. Isso
signica obter relações entre a entropia de Von Neumann e as densidades cosmológicas em vista da
evolução da energia escura decorrente da fase primordial.

2.1 Fases Primordiais da Evolução Cósmica

A estratégia para corresponder um emaranhamento com a termodinâmica do universo primordial


consiste em comparar potenciais termodinâmicos com entropias quânticas. Para isso, vamos levar em
consideração o espaço de Hilbert N-dimensional e o associaremos a uma certa probabilidade de que ocorra
um evento k dada por Pk = N1 para todo k. Exigimos que um observável particular é associado a Pk
e Pk 6= 0 para estados emaranhados. Deste modo, considerando um estado emaranhado não-local com
Pk 6= 0, associamos qualquer probabilidade para as quantidades cosmológicas de interesse, por exemplo,
distribuição de galáxias, estruturas cósmicas. Por esses motivos, critério de seleção, isto é, técnica
que quantica o quanto um dado estado quântico cosmológico é realmente não-puro, então é essencial
caracterizar uma matriz densidade cosmológica.
Focando nossa atenção em duas fases distintas, que são descritas por um conjunto de quantidades
observáveis, vamos associar dois estados quânticos. Estes estados dependem de um número nito de
quantidades cosmológicas que descrevem a dinâmica do universo mesmo em um regime clássico. Ou seja,
procura-se denir o conjunto de parâmetros que permitem uma descrição clássica ou quântica de todo
universo em um único paradigma.
Então, sobre a hipótese de um universo homogêneo e isotrópico, a suposição mais simples é considerar
que o universo seja formado por matéria bariônica, matéria escura fria e curvatura. Considerando a
métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker

ds2 = dt2 − a(t)2 dr2 + r2 sin2 θdφ2 + r2 dθ2 , (9)




assumindo que o universo é composto por uidos perfeitos com equação de estado denido como
Pi = wi ρi . Considerando a lei da conservação da energia dada pela contração ∇α Tαβ = 0, obtemos
 
dρ 1+ω
=3 ρ, (10)
dz 1+z
onde ω é a constante que representa os diferentes uidos e z é o . As equações de Friedman são
redshift

8πG
H2 = ρ, (11)
3
4πG
Ḣ + H 2 = − (ρ + 3P ) ,
3
que caracterizam a dinâmica do universo em todas as fases do universo. Para cada uido temos uma
temperatura associada em função do parâmetro ω ou como função do redshift z . Corresponder a descrição
quântica dada pela equação (8), com a descrição clássica relacionada com as equações (11), é assumir
que a matriz densidade é uma fonte de energia para ρ. Isto pode ser obtido assumindo que os autovalores

3
dos operadores densidades são observados hoje. Usaremos essa ideia para obter uma expressão para P ,
ω e ρ no caso em que a energia escura é derivada de efeitos quânticos.
A ideia é a seguinte, supondo que a entropia de Von Neumann é uma medida adequada para
emaranhamento e contribui para toda entropia do universo, vamos assumir que os autovalores do operador
densidade entrem na equação (11). Assumir a entropia de Von Neumann como fonte de densidade para
as equações de Friedman não é uma imposição. É possível demonstrar, de fato, que sobre a hipótese
de distribuição de probabilidade binomial, recuperamos a entropia de Von Neumann como uma fonte de
entropia.

3 Quântica da Temperatura Escura


Nosso foco é sobre as consequências da termodinâmica relacionada a equação (8). Deniremos o
conceito de temperatura e discutiremos o papel da entropia de Von Neumann na evolução cósmica.
Estamos interessados na microfísica da energia escura que é desconhecida, provavelmente, devido ao
fato que uma teoria quântica de gravidade alto consistente é atualmente desconhecida. Munido de uma
teoria quântica de gravidade é possível uma descrição completa da evolução efetiva da energia escura,
descrevendo as razões para uma contribuição tão grande da constante cosmológica se comparada com as
observações atuais (problema da constante cosmológica)
Uma descrição baseada em decoerência pode ajudar nessa perspectiva. Decoerência permite que
características clássicas emerjam quando alguns graus de liberdade interagem com o sistema quântico
pelo fenômeno de emaranhamento, isto é, alguns graus de liberdade emaranham com o ambiente.
Considerando que diferentes fases da evolução do universo proporcionam alguns graus de liberdade
que estão interagindo com o ambiente, que é o próprio universo. Em outras palavras, espera-se que
a as propriedades físicas macroscópicas possam emergir a partir deste processo, no caso, propriedades
termodinâmicas.
Partindo da primeira e segunda leis da termodinâmica, temos que
T dS = dU + P dV, (12)
considerando a densidade de energia interna ρ = U
V camos com
T dS = d(ρV ) + P dV − V dP + V dP, (13)

T dS = d[(ρ + P )V ] − V dP (14)
da diferencial exata da entropia e das relações de Maxwell, tiramos que
 
ρ+P
dP = dT , (15)
T

substituindo em (14), obtemos


 
1 dT (ρ + P )V
dS = d[(ρ + P )V ] − (ρ + P )V 2 = d +C , (16)
T T T

Então a entropia termodinâmica


ρ+P
S≡ . (17)
T
Precisamos relacionar a entropia termodinâmica com uma descrição quântica. Podemos assumir o
processo de decoerência supondo que o universo está localizado no estado denido em um dos mínimos de
um potencial efetivo. Por exemplo, em um desses mínimos o universo pode começar a fase de aceleração
atual. Em particular, durante a evolução de tal estado, a equação de estado persiste em car negativa,
entretanto o seu sinal pode mudar com o tempo. Isto acontece porque existe uma dada probabilidade
que o evolução universo caia em uma superposição de estados localizados, que correspondem ao estado
fundamental.

4
3.1 Entropia de Von Neumann na Fase Primordial

Vamos relacionar a entropia termodinâmica com a entropia quântica. Para obter a forma da
entropia de informação quântica, vamos assumir que a estrutura cosmológica, em uma dada fase, tem
probabilidade P1 dada por
P2 = 1 − P 1 , (18a)
P1 = ρ n , (18b)
onde ρn é a densidade normalizada dos microestados associados ao sistema em análise, isto é, o conjunto
de autovalores do operador densidade. Sob esse esquema, a probabilidade da não formação de dada
galáxia pode ser relacionado com P2 . Se assumimos que a contribuição de informação I para a formação
de estrutura deve ser positivo denido uma possível relação com a entropia é I ∝ exp S onde S é a
entropia de informação que é diferente de S . Então considerando a distribuição binomial
 
N N
P (X) = ρ (1 − ρn )N −X , (19)
X n

com N = 2 e X = 1 e o ansatz S ∝ P(X) obtemos

S = ln ρn ln(1 − ρn ) . (20)
Se a densidade de microestados é sucientemente pequena, camos com
S ∝ −ρn ln ρn . (21)
Essa denição de entropia é geral e pode-se reverter a aproximação, imaginando que a entropia de Von
Neumann é bem adaptada da equação (21). Portanto, se assumimos que a densidade de entropia dada
pela equação (17), é inteiramente devida a entropia de informação, pode-se concluir que
S ∝ exp I = S . (22)
Neste cenário, a entropia cósmica é obtida de contribuições quânticas sem considerar qualquer
decoerência. Agora,Pvamos assumir que a densidade de energia que entra nas equações de Friedman
(11) é dado por ρ ≡ n ρn .

3.2 Da informação à Entropia Quântica

Uma extensão imediata do que nós escrevemos em termos de probabilidade é baseado na introdução
da matriz densidade reduzida ρ̂. Um estado misto é descrito por
Trρ̂2 6= Trρ̂ , (23)
dessa forma, podemos denir a matriz densidade reduzida da m-partícula da seguinte maneira
ρm ≡ σ|iiTr{a? ρ a†? }hj|. (24)
n o
em que a? ≡ {ai1 , ai2 , ..., aim }, a†? ≡ a†i1 , a†i2 , ..., a†im , |ii ≡ |i1 , i2 , ..., im i e hj| ≡ hj1 , j2 , ..., jm |, com
(m!)2 .
Uma propriedade importante é que matriz densidade reduzida transforma-se da seguinte
1
σ ≡
maneira ρ = U (Λ)ρU † (Λ). Isso signica que a matriz densidade é invariante sob transformação de
0

Lorentz. Em outras palavras, levando em consideração uma transformação de Lorentz Λ, todos os


operadores quânticos e em particular operadores de aniquilação e criação, transformam-se de acordo com
a transformação de Lorentz. Além disso,
U(Λ)|0i = |0i , (25)
onde a última condição leva ao estado de vácuo invariante de Lorentz e permite determinar todos os
estados atuando como operadores de criação e aniquilação nele. Isto é válido se e somente se o vácuo se
transformar de forma unitária através das relações: |Ψi0 = U(Λ)|Ψi, hΨ|0 = hΨ|U † (Λ).

5
3.3 Entropia de Von Neumann e sua consequência para a cosmologia

A partir das considerações acima, a entropia de Von Neumann talvez seja considerada como uma
consequência natural da informação transmitida pela matriz de densidade. Seguiremos estes passos para
adaptar a entropia de Von Neumann no referencial da cosmologia primordial. Adotando a seguinte ideia:
se existe um estado quântico cosmológico sob a hipótese de ser um estado não-puro, então isso mostra
que a entropia pode ser dada por
N
S ≡ −Tr(ρ̂ ln ρ̂) = − (26)
X
ρn ln ρn .
n=1

Aqui, ρn são autovalores, com a condição de normalização Trρ̂ = 1. A matriz densidade é comumente
associada a estados físicos, de modo que deveria ser Hermitiano, com propriedade
ρ $ V [diag(ρn )]V † , (27)
onde os autovalores ρn ≡ ρ1 , ..., ρN são invariantes sob transformações unitárias. A mesma propriedade
é observada pela transformação de Lorentz. Nesse caso, exigimos que
ρ̂0 = U(Λ)ρU † (Λ) = U(Λ)V [diag(ρn )][U(Λ)V ]† , (28)
que preserva os autovalores, provando a propriedade acima de que a entropia de Von Neumann se mostra
ser um invariante de Lorentz e dessa forma pode ser usado na cosmologia. Bem como ρ̂, mesmo a entropia
de Von Neumann de cada matriz densidade reduzida, isto é, Sr ≡ −Tr(ρR ln ρR ), com R ∈ [1; N], satisfaz
a invariância de Lorentz. Dessa forma, o universo pode ser parametrizado por meio de ρ̂. O plano
está em assumir um conjunto de medidas invariantes de Lorentz (separadas) para fases arbitrariamente
escolhidas de sua evolução.
Portanto, parametrizado pela entropia de Von Neumann, assumindo que S = S , temos a partir da
denição de entropia termodinâmica dada pela equação (17) a seguinte relação para a temperatura
P +ρ
T =− , (29)
ρ ln ρ
em que a soma de autovalores dá origem a ρ. Aqui T é a temperatura escura, que pode ser escrita em
termos do redshift
(1 + z) dρ
T =− , (30)
3ρ ln ρ dz
ou alternativamente, considerando a = (1 + z)−1 , obtemos
h i 13
d ln ln ρ
T = . (31)
d ln a
Medidas de radiação cósmica de fundo (CMB) permitem vincular a temperatura do universo. Esse
resultado entra na temperatura líquida também, da forma de temperatura escura, isto é, associada as
impressões quânticas nas fases iniciais.
O forma funcional da temperatura escura T em termos do redshift z não é conhecido a priori. Podemos
supor uma expansão polinomial de T , em particular, assumindo que T ∝ an , temos
ρ = ρC exp(f3 (a)) , (32a)
ρC = (1 − ρ0 )f3 (1) , (32b)
onde
σ an
 
fσ (a) ≡ exp . (33)
n

6
Figura 1: Evolução da função ρ(z); os valores qualitativos são ρC = 102 ; 25; 106 para n = 1
2; 1; 1
3
vermelho, pontilhado azul e linha cheia.

Vamos nos focar na expansão de primeira ordem que é


ρ(1) ≈ (1 − ρ0 )(1 − 3f2 (1)z) , (34a)
log f (1)
T (0) ≈
3
,

(34b)
log(1 − ρ0 )

onde usamos a ≡ (1 + z)−1 e consideramos que ρ, em a = 1, é forçado a ser ρ(a = 1) = 1 − ρ0 . Isso é


uma escolha arbitrária que permite xar ρ(a = 1) com diferentes valores, correspondendo a magnitudes
impostas pelas observações. Por exemplo, ρ(a = 1) = 1 (contribuição da energia escura e matéria);
ρ0 = 0, ρ(a = 1) = 0.7 (contribuição de energia escura); ρ = 0.3, ρ(a = 1) = 0.3 (contribuição da
matéria); ρ0 = 0.7 e assim por diante. Em ρ0 está a contrapartida do uido escuro quântico e dá
aproximação o papel de uido adicional que compõe o tensor-energia momento.
Sob essa hipótese, os intervalos para n são
n ∈ [−0.255 ; 0[ , (35a)
n ∈ [−0.295 ; 0[ , (35b)
no qual garantem que no, primeiro intervalo, dê origem a energia escura, e no segundo caso, matéria sem
pressão, isso como um subproduto do estado emaranhado.
Um caso particularmente interessante é considerar que a fonte de entropia vem da entropia linear. A
entropia linear ou impureza é denida na teoria de informação quântica. A entropia linear representa o
primeiro protótipo de entropia de emaranhamento e pode ser visto como uma primeira aproximação da
entropia de Von Neumann. É dado por
SL = 1 − Tr(ρ2 ), (36)
onde ρ é a matriz densidade. A entropia linear pode variar entre zero, correspondendo a um estado puro,
e (1 − 1/d) (d é a dimensão da matriz densidade), correspondente a um estado completamente misturado.
Alguns autores denem a entropia linear com uma normalização diferente
N
SL = (1 − µ (ρ)) . (37)
N −1
Aqui, podemos interpretar µ(ρ) como uma função geral da matriz densidade ρ, que pode ser aproximada
em primeiro ordem, ou seja, µ ∼ ρ. A função de entropia correspondente estima correlações quânticas,
dado um conjunto de subsistemas no mesmo sentido da entropia de Von Neumann. Nessa abordagem, a
temperatura energia escura é dada por
a d ln(1 − ρ)
T = , (38)
3N da
ou
(1 + z) d ln(1 − ρ)
T =− , (39)
3N dz

7
onde a constante de reescala é dada por N ≡ NN−1 , que depende dos graus de liberdade do sistema.
Seguindo o procedimento adotado anteriormente e assumindo que N = 4, obtemos
h 4 (1 + z)−n i
ρ = 1 + ρC exp , (40a)
  n
4
ρC = −ρ0 exp − , (40b)
n

como os limites de n dados pela equações (35), que continuam valendo. Mesmo nesse caso, encontramos
que ρ pode ser apenas matéria, energia escura ou dois, ajustando a solução através da constante livre
rho0 .

4 Expansão Adiabática
Na termodinâmica padrão, assumindo um ensemble de partículas, sabemos que o equilíbrio dinâmico
corresponde a máxima entropia do sistema. Na fase primordial da evolução do universo, o equilíbrio
térmico é é atingido. De fato, assumindo que acima de 100GeV , as distribuições de partículas são a
distribuição de Fermi-Dirac e Bose-Einstein dadas por
1
fBE (p) = , (41a)
e(−µ)/T − 1
1
fF D (p) = (−µ)/T . (41b)
e +1
A denição de entropia em termos das distribuições e do potencial químico
T dS = dU + pf V − µdN . (42)
A partir da segunda lei da termodinâmica, o equilíbrio químico é alcançado quando o potencial químico
é equivalente ao potencial químico líquido nal. Nesse caso, através das distribuições de Fermi-Dirac
e Bose-Einstein, dada a massa m e momento p, para partículas não-relativísticas, considerando que a
p2
energia é (p) ∼ m + 2m temos
3
ρ = mn + nT , (43)
2
supondo que (p) ∝ ρ. Em particular, durante as fases primordiais, negligenciando o potencial químico,
temos as denições de pressão, densidade de energia e número de partículas
p2
Z
g
P = 3
d3 pf (p) , (44a)
(2π) 3
Z
g
ρ= d3 pf (p)(p) , (44b)
(2π)3
Z
g
n= d3 pf (p) , (44c)
(2π)3

que são válidos se a hipótese de equilíbrio se mantém. As equações (44) são válidas sob a hipótese de
regime adiabático quando a entropia é forçada a ser constante. Isso signica que dS = 0 ⇔ S = S̄ ,
podemos inverter a expressão da entropia e obter
P = S̄T − ρ , (45)
e, levando em consideração a denição de entropia de Von Neumann S = −ρ ln ρ, camos com
P = S̄ T + (ln ρ)−1 . (46)
 

A equação (46) permitem dois limites importantes


Universo Primordial P ∼ T ,

8
Universo Atual P ∼ 1
ln ρ ,
que correspondem respectivamente a uma pressão que, no nal do tempo, depende essencialmente da
densidade de uma maneira não linear. Como consequência, avaliando a equação do estado ω ≡ P/ρ,
temos:

ω≡− . (47)
ρ ln ρ
Em particular, assumindo S̄ ≡ −ρ ln ρ, obtemos ω = −1 e recuperamos a contribuição da constante
cosmológica.
Essa análise de expansão adiabática, com a entropia de Von Neumann como fonte de entropia
cosmológica sugere que a constante cosmológica existe mesmo ao nível de fases iniciais como uma
consequência do ansatz para o estado emaranhado, embora evolua com o tempo ao longo da evolução do
universo, levando a uma evolução da energia escura em regime de baixo redshift. Em outras palavras, a
constante cosmológica é consequência da evolução adiabática.

4.1 Evolução Cósmica Atual da Energia Escura

Sem xar, a priori, o valor de ρ0 , a pressão associada a componente escura é dada por
(1 − ρ0 ) exp(f3 (a) − f3 (1))(f3 (a) + a−n )
P =− . (48)
a−n
Essa expressão garante que o redshift esteja dentro dos limites observacionais e generalize o caso em que
a entropia for tomada constante. A pressão P tende para P ∼ −0.7, no caso de ρ0 = 0.3. Isso signica
que a energia escura pode ser obtida pelo uido quântico como um uido escuro. A forma funcional da
pressão afasta-se levemente do valor constante, levando a um termo constante da energia escura, diferente
de uma constante cosmológica.
A forma correspondente da pressão P evolui pouco e torna-se
P ≈ −ρΛ , (49)
e é válida em uma ampla gama de redshift, compatível com aqueles onde a energia escura domina. Aqui,
assume-se ρΛ ≡ ρ0 − 1. Este resultado é importante, pois a partir desse modelo quântico é possível
recuperar o comportamento da constante cosmológica em uma aproximação semi-clássica efetiva. O
modelo padrão Λ CDM pode, portanto, ser mimetizado por efeitos quânticos devido ao emaranhamento
com um uido de energia escura que, sabemos, tem um sinal negativo na pressão. Em outras palavras,
a constante cosmológica pode ser recuperada através da entropia de informação.

5 Conclusões
Consideramos assinaturas de cosmologia quântica com uma prerrogativa concreta para explicar a
dinâmica cósmica, nessa perspectiva, adotamos a entropia de Von Neumann no contexto da relatividade
geral, assumindo ser uma fonte para a evolução da energia escura. Em particular, supomos que
efeitos escuros se propagam até os dias atuais com inicio em contrapartidas quânticas primordiais.
Consideramos um ansatz para o estado emaranhado assumindo que duas fases da evolução do universo
sejam correlacionadas através de emaranhamento. Fazendo isso, escrevemos a matriz densidade para
um par de funções de onda emaranhadas associadas a duas fases distintas, e assim caracterizamos a
entropia de Von Neumann como a fonte de informação quântica que impulsiona a velocidade cósmica.
Nesse contexto, assumimos que fases primordiais da evolução do universo são descritas em termos de
estados quânticos emaranhados, cujo o efeito líquido é produzir uma fonte termodinâmica descrita por
contribuições de entropia. Em nenhum momento zemos uma análise microscópica para caracterizarmos
a entropia. Ao fazê-lo, construímos uma medida emaranhada em termos de S , mostrando um mecanismo
grosseiro atrás da aceleração do uído de Hubble. Neste cenário, até consideramos a entropia linear como
um caso limite da entropia de Von Neumann para o caso especíco em que é expandido linearmente
em torno do potencial químico. Exigimos que efeitos recentes são comparáveis com aqueles em fases
primordiais, tendo as entropias, contribuído para as densidades líquidas, evolui de certa forma compartível
com as observações. Investigamos a expansão adiabática em tal abordagem, denindo uma temperatura

9
escura que corresponde a entropia de informação com a termodinâmica padrão. Essa temperatura escura
pode ser interpretada como a temperatura devido à informação quântica, associado a constituintes escuros
do universo. Sua temperatura revela-se pequena, levando os efeitos repulsivos gravitacionais da energia
escura. Mostramos que a densidade de entropia pode ser facilmente comparada com uma entropia de
informação, comparando S com dada probabilidade de formar estruturas. Assim, vimos que a constante
cosmológica Λ pode ser obtida no caso mais simples de evolução adiabática. Isso pode ser visto como a
possibilidade de prover a constante cosmológica Λ por meio da densidade de informação, denida como
os graus de liberdade emaranhados relacionado ao estado termodinâmico do universo.

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