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CONFLITO
“O conflito pode ser comparado com a evolução da espécie: aqueles que sobrevivem
são os que vão se adaptando ou transformando-se”.
Conflito é o estado psicológico decorrente da situação de oposição de interesses, ideias
ou sentimento, seja no interior do EU ou no exterior com o OUTRO.
O conflito nasce precisamente da necessidade de se fazer uma escolha, uma opção. A
satisfação de um motivo leva automaticamente ao bloqueio e frustração do outro. O conflito
gera uma tensão que envolve pessoas ou grupos. Todo conflito tem um agente frustrante.
Trata-se de um fenômeno subjetivo, muitas vezes inconsciente ou de difícil percepção.
Todo conflito contém um indispensável elemento emocional.
TIPOS DE CONFLITOS
Há dois tipos básicos de conflito – intrapessoal (eu x eu) e interpessoal (eu x outro).
1. CONFLITOS INTRAPESSOAIS
Geralmente se classifica os conflitos de ordem intrapessoal em três tipos básicos:
1º. Aproximação (atração) X aproximação (atração) - o indivíduo se sente motivado
ao mesmo tempo para duas metas positivas que se excluem mutuamente. Em geral este tipo
de conflito se resolve, após determinado período de indecisão. Neste caso a escolha é sempre
mais fácil. A alternativa não escolhida, enfim, poderá repetir-se no futuro. Ex.: o jovem que
precisa optar entre duas carreiras universitárias, igualmente atraentes.
2. CONFLITOS INTERPESSOAIS
O conflito interpessoal é o processo que começa quando uma das partes percebe que a
outra parte a afetou de forma negativa, ou que a irá afetar de igual forma.
Os conflitos que existem entre as pessoas surgem, normalmente, pelos motivos abaixo
descriminados:
Diferenças individuais - As diferenças de atitudes, de faixa etária, de gênero, cultural,
de crenças ou mesmo de experiências concorrem para diferentes percepções das situações,
contribuindo para que o conflito se revele inevitável.
Limitações dos recursos - Qualquer organização, indivíduo ou grupo (família, trabalho,
igreja, etc) tem recursos limitados, sejam eles financeiros, técnicos ou humanos, pelo que é
necessário a partilha justa dos recursos, o que se torna difícil porque existem sempre pessoas
que se consideram mais prejudicadas.
Diferenciação dos papéis - Por vezes, surge a dificuldade de se determinar a cadeia
de autoridade, ou seja, quem dá ordens a quem. Caso a autoridade não seja aceita pelo outro,
surge o conflito. Isto existe na família, no emprego, na Igreja, na vizinhança, etc.
FRUSTRAÇÃO
“Estudar feito um louco e não ser aprovado”... “Casar pensando que teria um tipo de vida
e depois perceber que não é nada disso”... “Cultivar uma amizade e levar um “cano” do
amigo”... Tudo isso, e muito mais, causa/gera a frustração. Dá pra se livrar dessas coisas?
Não, todos sofrem frustrações. Ninguém pode evitar por completo as frustrações uma vez que
nem todas as nossas necessidades e desejos são satisfeitos.
Ela é o estado emocional que acompanha a interrupção de um comportamento
motivado.
A saúde mental depende da forma como enfrentamos as frustrações. Tanto a ausência
de frustrações (superproteção) como o excesso, são desaconselhados.
ANSIEDADE
Ansiedade é um estado psíquico muito semelhante ao medo. Mas, é um medo vago,
sem fundamento lógico, irracional ou desproporcional ao objeto causador. A ansiedade é um
estado afetivo, caracterizado por sentimento de apreensão, inquietude e mal estar difusos. A
ansiedade é um sinal de alarme dirigido ao EU. Serve para advertir a presença de um perigo,
de um impulso ou ideia inadmissível, para que o EU possa responder ou mobilizar suas
defesas.
Segundo Paulo Dalgalarrondo, “a ansiedade é um estado psicossomático, tendo como
componente psíquico um desconforto mental composto de: inquietação interna e apreensão,
acompanhada de sintomas físicos como dispneia (falta de ar), taquicardia, vasoconstrição ou
dilatação, tensão muscular, parestesias (frio, calor, formigamento, pressão, etc.), tremores,
tonturas e sudorese”. Quando esses sintomas são persistentes, ocorre a frustração, uma
condição determinante do estresse.
O medo caracteriza-se por ser uma reação de defesa do organismo diante de um perigo
real, e é a reação do organismo que busca manter sua integridade física ou psíquica.
A ansiedade não é propriamente um fenômeno patológico, mas algo inerente à condição
humana. Até um determinado ponto, a ansiedade é sinal de vitalidade e serve para despertar e
motivar o organismo. Sua função é útil para a sobrevivência, já que põe o organismo de
sobreaviso quando aparece algo ameaçador para a estabilidade e integridade emocional do
sujeito.
ORIGEM DA ANSIEDADE
A ansiedade é o medo da insegurança. Este medo teria suas origens na infância e pode
provir de privações e negligências afetivas. A ansiedade é o medo do isolamento, da solidão,
da morte e da falta de afeto.
A origem da ansiedade pode estar em circunstâncias externas como a enfermidade, a
dor pela morte de alguém. Estados emocionais como o medo, vergonha e ridículo, derivados
da experiência cotidiana, também provocam ansiedade. Conflitos e frustrações pode ser fonte
de ansiedade. Porém as principais causas da ansiedade são os impulsos, tendências ou
desejos que surgem dentro do sujeito e que este considera inadmissível e não pode manejar.
AJUSTAMENTO
Quando alguém pode ser considerado ajustado?
Ajustado é o que se adapta com facilidade aos padrões da sociedade, mas só é feliz,
saudável e criativa à medida em que vive o momento presente. Não gasta suas energias para
lamentar o passado, nem para preocupar-se com o futuro. Mantém em contato com o seu EU
real, totalmente conscientes dos valores, necessidades, sentimentos e compromissos a que se
ajustam.
Pessoas saudáveis estão centradas no presente, são independentes e abertas,
demonstram alguma forma de criatividade intelectual, são intelectualmente flexíveis e são algo
aventureiros e espontâneos e emocionalmente comunicativos. Menos bloqueado, menos crítico
de si mesmo, mais aberto e honesto, mais facilmente expressa seus pensamentos e opiniões
sem medo do ridículo.
A pessoa bem ajustada enfrenta conflitos, mas não é demasiadamente perturbada pelos
mesmos. Enfrenta seus problemas de forma realista; aceita o inevitável; compreende e aceita
suas limitações e as limitações daqueles com quem tem que conviver. É sensível às
necessidades e sentimentos dos outros, não é muito exigente na satisfação de suas próprias
necessidades e é capaz de dar e receber afeição.