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SETOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Alunos:
Uilian Lucas de Souza 980305-1
Miguel B. C. Rasia 980283-5
CENTRAIS DIESEL
Curitiba 2003
Sumário
Introdução ............................................................................................................................................ 3
Usina Termelétrica a Diesel ................................................................................................................. 4
Termelétricas a Diesel no Brasil ........................................................................................................... 6
O Rumo das Centrais Termelétricas no Brasil ...................................................................................... 6
Impactos Ambientais ............................................................................................................................ 7
Grupo Gerador Diesel .......................................................................................................................... 8
Classificações existentes para os MCI. ................................................................................................. 9
Classificações das centrais termelétricas............................................................................................. 14
Partes componentes das centrais a diesel ............................................................................................ 14
Conclusão .......................................................................................................................................... 16
Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 17
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Introdução
Este trabalho tem por objetivo abordar o uso do combustível óleo diesel como fonte alternativa
na produção de energia elétrica. No Brasil, muitas centrais termelétricas foram substituídas ou mesmo
desativadas com o avanço da rede de hidrelétricas que predominaram a forma de produção de energia
elétrica no país. Porém, nos últimos anos, com a crise de fornecimento energético, as alternativas de
obtenção de eletricidade começaram a ganhar espaço e as termelétricas aparecem como uma boa opção
para o mercado brasileiro.
O óleo diesel, por ser um combustível caro, tem mais emprego em grupos geradores, que são
pequenas centrais particulares. Nesses últimos anos, a procura pelos grupos geradores aumentou de
forma significativa. No Brasil, existem diversos fabricantes, como a Kohlbach e a WEG.
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Usina Termelétrica a Diesel
Uma usina termelétrica é definida como sendo o conjunto de obras e equipamentos cuja
finalidade é produzir energia elétrica através da combustão do óleo diesel. Esse processo é efetuado em
três etapas.
A primeira etapa consiste na queima do combustível em uma caldeira, transformando água em
vapor. Na segunda etapa, o vapor em alta pressão movimenta uma turbina, que por sua vez movimenta
o eixo de um gerador elétrico. Na terceira etapa, o vapor é condensado, transferindo o resíduo de sua
energia térmica para um circuito independente de refrigeração, retornando a água à caldeira,
completando o ciclo.
A passagem do vapor que movimenta a turbina faz com que o eixo do gerador, que está
acoplado mecanicamente à turbina, gire também transformando energia mecânica em energia elétrica.
Através de cabos ou barras condutoras, a energia é levada dos terminais do gerador até o
transformador elevador, que eleva a tensão para níveis adequados de transmissão.
Nos centros de consumo, os transformadores abaixadores adequam os valores de tensão para um
nível próprio para o consumo.
As usinas termelétricas são preferidas no mundo todo, pela sua versatilidade. São de construção
simples e rápida, podem ser instaladas junto aos centros de consumo dispensando Linhas de
Transmissão de longo percurso.
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Nos países de primeiro mundo, cerca de 70% da energia elétrica é produzida em usinas desse
tipo, enquanto que no Brasil esse índice é menos que 3%. O custo de produção do kilowatt é maior que
o de uma usina hidrelétrica, porém bem menor que o de uma usina nuclear.
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Termelétricas a Diesel no Brasil
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E também não há como recolher imposto em tão curto espaço de tempo para resolver o
problema de falta de planejamento. A melhor solução para manter o país livre dos possíveis efeitos de
variações climáticas, normais ou anormais, é certamente diversificar as fontes de energia utilizadas.
Aparentemente o governo Fernando Henrique Cardoso foi notificado deste fato e, ainda no final
de seu mandato, passou a investir na construção de uma série de centrais termoelétricas espalhadas pelo
Brasil. Só nos resta esperar que a tendência se mantenha na gestão do presidente Luís Inácio da Silva.
Impactos Ambientais
O fator mais relevante no problemas ambientais decorrentes do uso da energia é o emprego de
combustíveis fósseis na produção de eletricidade, no setor de transporte e na industria.
Resolver esse problema eliminando a causa evidentemente é uma tarefa muito difícil, pois os
combustíveis fósseis respondem por mais de 90% do consumo atual de energia mundial. Entretanto não
parece impossível, dadas as alternativas de fontes renováveis disponíveis hoje.
Usar gás natural nas termeletricas é interessante, pois, em comparação com os combustíveis
fosseis, emite metade do CO2 por kWh e praticamente não emite óxidos de enxofre e nitrogênio.
Há ainda a energia solar, que pode ser utilizada como fonte quente nas termeletricas ou ser
diretamente convertida em elétrica, nas células fotovoltaicas.
As desigualdades entre os países, no entanto, determinam diferenças não só no volume de
energia consumido como também na forma de obtê-las: as melhores soluções para a matriz energética
dos países desenvolvidos, quando aplicadas ao contexto de países em desenvolvimento, nem sempre
serão ótimas.
A questão energética influencia diretamente o desenvolvimento e o meio ambiente. Não
podemos privilegiar o primeiro provocando drásticos impactos no segundo, É nisso que se fundamenta
o conceito de desenvolvimento sustentável, que defende não só a qualidade de vida atual, mas também
a herança a ser deixada para as gerações futuras, propondo a proteção e a manutenção dos sistemas
naturais.
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Grupo Gerador Diesel
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Os grupos geradores utilizam motores de combustão interna ( MCI ) que operam no ciclo
Diesel. O motor aspira o ar, que após ser comprimido no interior dos cilindros, recebe o combustível
sob pressão superior àquela em que o ar se encontra. A combustão ocorre por auto-ignição quando o
combustível entra em contato com o ar aquecido pela pressão elevada. O combustível é injetado ao
final da compressão do ar.
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Funcionamento de um motor de quatro tempos
Os principais componentes dos MCI diesel são o conjunto cilindro-pistão e o conjunto biela-
manivela, juntamente com as válvulas.
O conjunto biela-manivela é o dispositivo no qual o movimento linear de sobe-e-desce do
pistão é transformado em movimento de rotação. As válvulas são os órgãos mecânicos que permitem a
passagem unidirecional da mistura ou do ar para dentro do cilindro, ou dos gases de combustão para
fora. O conjunto cilindro-pistão é composto pelo pistão que é o êmbolo móvel destinado a comprimir a
mistura e pelo cilindro, que é o espaço onde ocorre a combustão, e, transformar a energia de pressão
dos gases de combustão em trabalho mecânico e fazer a exaustão deles após a expansão.
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MCI diesel da Cooper-Bessemer, LSV12GD, HP 2610, 327 RPM e painel de
comando (esq e em cima). Central Mitsubishi (dir. e em baixo)
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- Water-to-air: esse sistema é aplicado em geradores de pequena capacidade. O ar entra pelo
radiador e circula pelo grupo gerador, resfriando o sistema.
A principal função do sistema de entrada e saída de ar para combustão destes sistemas é
entregar ar limpo para a combustão no motor e dispor a saída do ar com o mínimo de perda de
performance no sistema.
O sistema de entrada de ar consiste de um duto ou tubo apropriadamente montado, um
silenciador, um filtro de ar e conexões flexíveis necessárias. Esse arranjo reduz o barulho provocado
pelo seu funcionamento e protege as partes vitais do gerador contra impurezas do ar.
O sistema de exaustão consiste de um silenciador e os tubos necessários para levar o gás até a
até a atmosfera, com as junções, isolação e suportes. Em geradores de cogeração, ele também fornece a
utilização da energia calorífica para aquecimento de caldeira. Essa caldeira produz vapor em paralelo
com o sistema de resfriamento de vapor. O silenciador atenua o ruído produzido na exaustão do gás.
Os sistema de armazenagem de combustível pode ser na forma de tanques com capacidade
mínima para 30 dias para centrais das classes C e B. Em geradores de operação contínua, cada gerador
possui o seu próprio tanque. O tanque fornece 4 horas de funcionamento em plena capacidade. Ele
pode ser enchido por controles automáticos de nível e bombas de transferência. Os reservatórios dos
geradores da Classe B são enchidos manualmente.
O sistema ainda necessita de bombas para receber o combustível caso esse venha por barcos ou
veículos. A maioria dos carros-pipa já possuem essa bomba instalada.
Aproximadamente 8% do aquecimento do combustível consumido pelo gerador é radiado para o
ar externo. É extremamente necessário que esse calor seja removido. O aumento de temperatura na casa
de máquinas não deve ultrapassar os 9oC. Se houver radiador instalado, o ventilador do prórpio
radiador deve ser o suficiente para realizar o resfriamento. Se o gerador for resfriado através de água,
um sistema separado de ventilação é necessário.
A instalação do grupo necessita de uma base de concreto, que se estende abaixo do piso, porém
ela é completamente isolada das paredes do prédio. Caso as vibrações possam afetar a estrutura do
prédio, pode ser usado cascalho para fazer o isolamento.
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Para termos uma idéia de custo da produção de energia elétrica usando o diesel, no Macapá foi
realizado um estudo em 1997 pelo Grupo de Estudos de Produção Térmica e Fontes não Convencionais
(GPT) visando identificar as seguintes soluções para um problema de fornecimento de energia local.
No momento, haviam 16 unidades a diesel para suprir a necessidade de 12,14 MW de potência
instalada.
Foram avaliadas as seguintes opções: uso de energia eólica, energia solar, construção de uma
PCH, biomassa (mandioca) e troca do grupo gerador diesel por um que possa atender a toda a demanda
atual.
O grupo gerador a ser substituído consumia 0,86 l/kWh, totalizando um custo anual de energia
em R$ 576,00 /MWh. Utilizando um gerador com um rendimento maior, em torno de 0,27 l/kWh, o
custo anual da energia foi calculado em R$ 231,00 /MWh. Foi fixado o preço do óleo diesel em R$
0,57/l. Comparando com as outras alternativas existentes para o local, os resultados obtidos foram os
seguintes:
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Um grupo gerador da Montesp de 10kVA custa em torno de R$ 10.000,00, e um de 450kVA
custa perto de R$ 100.000,00. A locação mensal de um grupo gerador de 10kVA aberto custa R$
1.000,00, e um de 400kVA silenciado R$ 16.500,00.
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médios e de mais alta rotação são empregados na propulsão de locomotivas, veículo automotores e de
uma grande variedade de máquinas industriais.
Em termos de geração de energia elétrica raramente se utiliza um MCI que não seja diesel. Em
geral, o rendimento dos motores estacionários de grande porte é semelhante ao das TG (turbinas a gás)
e superior ao das TV (turbinas a vapor). As maiores vantagens no seu uso são a facilidade de obtenção
e manutenção do motor, sua maior eficiência e, no Brasil, o menor custo do combustível relativamente
ao álcool e à gasolina. A utilização mais comum é em pequenas centrais, de até alguns MW, em
hospitais, grandes lojas de departamentos, etc., inclusive em esquemas de cogeração. Nestes casos, a
pequena central diesel serve tanto como central de auto-geração, quanto como central de emergência
(em caso de falta de energia) ou ainda como central de ponta, para evitar a sobretaxação.
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Conclusão
A introdução em larga escala de fontes renováveis de energia, embora desejável, não será fácil
pois os combustíveis fósseis tem baixo preço de mercado, e essa é a preocupação que, infelizmente,
ainda prevalece: quando calculamos o custo das diversas alternativas energéticas, não consideramos o
custo da degradação ambiental resultante de cada uma delas que é exorbitante no caso de combustíveis
fósseis.
Além disso, alguns problemas ambientais devem ser encarados de maneira global, para que se
implantem soluções resultantes de cooperação internacional honesta e eqüitativa, não cabendo às
populações carentes o ônus da manutenção da riqueza alheia.
Repensar a matriz energética é responsabilidade das administrações em todos os países.
Fiscalizar as soluções é tarefa de toda a população, que, para isso necessita de boa informação técnica e
de um pouco de cultura tecnológica.
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Referências Bibliográficas
PELEGRINI, Claudio de Castro; SCOLA, Luis Antônio – Geração Termo-Hidráulica Parte II -
São João del-Rei, março de 2003.
http://www.howstuffworks.com
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