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ATUALIZAÇÃO DO CADERNO DE ELEITORAL – MARÇO 2017

ESCLARECIMENTOS

Olá! Você está recebendo a primeira atualização do Caderno Sistematizado de Direito


Constitucional, do ano de 2017.

As atualizações são uma cortesia, por isso são enviadas de forma separada, indicando
exatamente os pontos que foram alterados e/ou inseridos em seu caderno. Não enviamos o
caderno integral.

Destacamos, a fim de que não haja dúvidas futuras, que estamos reformulando a estrutura
de todos os nossos cadernos (ex.: nova disposição de itens, novo design), mas tudo que for
inserido de conteúdo será enviado em nossas atualizações.

Estamos juntos!

Bons estudos!!

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PÁGINA 10.

ITEM 1. DIREITOS ELEITORAIS X DIREITOS POLÍTICOS

Incluímos o seguinte parágrafo (antes do item 2):

Importante destacar que a cassação de direitos políticos é vedada pela CF, mas se admite
a perda ou suspensão dos direitos políticos, nos casos de: perda da naturalização, incapacidade
civil absoluta, condenação criminal por sentença transitada em julgado, recusa de cumprir
obrigação a todos imposta e improbidade administrativa (mais detalhes no item privação dos
direitos políticos).

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PÁGINA 22

Item 1. Princípio da anualidade, dentro do subitem 1.1. Conceito e Fundamentos, incluímos o


seguinte parágrafo:

Destaca-se que, de acordo com o STF, o referido princípio também será aplicado às
emendas constitucionais que, por ventura, venham a alterar o processo eleitoral, bem como às
mudanças de jurisprudência consolidadas do TSE, que venha afetar a justa expectativa do
processo eleitoral.

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PÁGINA 27 ATÉ PÁGINA 38

Reformulamos e incluímos mais informações, deixando os itens mais organizados e,


consequentemente, mais didáticos. Por isso, recomendamos a substituição integral pelo disposto
abaixo:

2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL

2.1. Juiz Eleitoral (JE)

A organização dos juízes e das juntas eleitorais está na legislação infraconstitucional. Juiz
eleitoral: art. 32 do CE, juntas eleitorais: art. 36 do CE e art. 64 da Lei das Eleições (Lei
9.504/97).

CE Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz
de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal
que goze das prerrogativas do Art. 95 da Constituição.
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal Regional
designara aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral.

É um Juiz de direito membro da magistratura estadual que cumula função eleitoral. É


designado pelo TRE para exercer a função eleitoral, por 02 anos e que poderá ser reconduzido
por mais 02 anos. Se for Juiz de comarca de vara única que também seja zona eleitoral, enquanto
for Juiz da comarca de vara única também será Juiz eleitoral, cumulando sua função com a de
Juiz eleitoral.

O Juiz substituto que acabou de ingressar na carreira, ainda não vitalício, pode cumular
função eleitoral? O TSE entendeu que sim. Assim, o juiz de direito substituto pode exercer as
funções de juiz eleitoral, mesmo antes de adquirir a vitaliciedade, por força do art. 22, §2º da
Loman. A Lei Complementar 35 continua em vigor na parte em que não haja incompatibilidade
com a CF, como sucede com o art. 22, §2º. Assim, podem atuar como juízes eleitorais os
magistrados que, em virtude de não haver decorrido o prazo previsto no art. 35, I, da CF, não
gozam de vitaliciedade.

Há um acréscimo ao subsídio, que não está vinculado ao teto constitucional, tendo


natureza indenizatória.

Quando houver mais de um Juiz apto a exercer função eleitoral, tendo várias zonas
eleitorais naquele Município, haverá um sistema de rodízio que segue a regra da antiguidade
decrescente para os magistrados poderem exercer a função eleitoral.

Destaque para o art. 33 do CE, a indicação é sempre pelo biênio.

Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça,
o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania
eleitoral pelo prazo de dois anos.

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§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o
membro de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu
cônjuge e parente consanguíneo ou afim até o segundo grau.
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será substituído na
forma prevista pela lei de organização judiciária local.

2.2. Junta Eleitoral (JTE)

A justa eleitoral tem uma montagem toda peculiar prevista na legislação.

CE Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será


o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.

A justa eleitoral se compõe pelo Juiz Eleitoral + 02 ou 04 cidadãos = 03 ou 05 membros. É


um órgão colegiado.

A composição da junta eleitoral dá-se da seguinte forma:

1º Ocorre a indicação dos nomes

2º Dez dias antes da nomeação, publicam-se os nomes

3º O MP eleitoral e os partidos políticos possuem o prazo de três dias para impugnar

4º Sessenta dias, antes das eleições, o presidente do TRE, com a aprovação de seus
membros, irá realizar a nomeação.

No Brasil, a junta eleitoral tem o funcionamento apenas nas eleições (no dia das eleições e
durante as apurações).

CE Art. 36 § 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60


(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional,
pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.

CE Art. 36 § 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das


pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição
fundamentada, impugnar as indicações.

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O órgão diplomador das eleições municipais de Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Juiz
de Paz é a junta Eleitoral (CE, art. 36). Se houver várias juntas eleitorais, a diplomação será feita
pela Junta do Juiz mais antigo.

Estão vedados de atuar nas juntas eleitorais:

a) Candidato ou parente até 2º grau

b) Membros de partidos políticos, deste que seus nomes tenham sido publicados

c) Policiais

d) Ocupantes de cargo de confiança do executivo

e) Servidores da justiça eleitoral

f) Menores de 18 anos

g) Parentes, em qualquer grau, ou servidores da mesma repartição pública ou empresa


privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral

§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou


auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo
grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e
cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no
desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

L9504/97 Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer grau ou


de servidores da mesma repartição pública ou empresa privada na mesma
Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.

Em regra, o Presidente da Junta, sempre um juiz de direito, poderá nomear escrutinadores


ou auxiliares. Havendo mais de 10 urnas para apurar, a nomeação passava a ser obrigatória.
Trinta dias, antes da eleição, as nomeações deveriam ser comunicadas ao TRE.

2.3. Tribunal Regional Eleitoral (TRE)

Haverá um Tribunal Regional Eleitoral em cada Estado e um no Distrito Federal. Assim,


não se pode ter Estado sem TRE e nem Estado com mais de um TRE.

CF/88 - Art. 120: organização do TRE.

CF/88 - Art. 120: haverá um TRE na capital de cada Estado.

CF Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada


Estado e no Distrito Federal.

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§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
(02)
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de
Justiça; (02)
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do
Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal,
escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
(01)
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre
seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça. (02 = 05 no total)
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente- dentre os desembargadores.

2.3.1. Composição

De acordo com o CE, o TRE não pode ser menos do que sete e mais do que nove
membros. Contudo, parte da doutrina entende que esta previsão não foi recepcionada, sendo que
o número de sete não pode ser ampliado.

Obs.: Cespe cobra o entendimento de apenas sete; FCC já cobrou o número de sete a
nove membros, nos termos do CE.

Atualmente, todos os TER’s possuem sete membros, sendo:

- 02 Juízes, dentre desembargadores do TJ.

- 02 Juízes, dentre juízes de Direito escolhidos pelo TJ.

Obs.: normalmente, o TJ escolhe pela experiência dos juízes. Esses juízes podem até ficar
licenciados de suas funções comuns durante o período eleitoral.

- 01 Desembargador Federal designado pelo TRF ou 01 Juiz Federal designado pelo TRF
(se não for sede de TRF).

- 02 Advogados nomeados pelo Presidente República, indicados pelo TJ. O TJ faz duas
listas com 03 nomes que são encaminhadas ao TRE e este encaminha ao TSE que aprova as
listas e encaminha ao Presidente da República.

Atenção! A escolha dos advogados segue o seguinte procedimento:

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1º O TJ faz duas listas tríplices;

2º Encaminha-se a lista ao TSE, vedada a participação de magistrados aposentados e de


membros do MP aposentados;

3º Publicação da lista pelo TSE;

4º O MPE (pois se trata de matéria de ordem pública) ou partidos políticos podem


impugnar a lista publicada;

Obs.: O TSE entende que a interpretação teleológica do Código Eleitoral conduz à


legitimidade abrangente para a impugnação à lista tríplice, incluindo ai o cidadão, o Ministério
Público, os parlamentares ou os integrantes do executivo (nunca foi cobrado em prova).

5º Decisão do TSE

6º Encaminha-se ao Presidente da República para nomeação.

Dos 07 membros do TRE, a justiça Estadual tem o poder de escolher 06 membros e 01 só


é escolhido pela Justiça Federal. Obs.: não há representante do MP.

CF/1988 - Art. 119. No TRE, o Presidente será um dos desembargadores e o outro será o
vice-presidente. O Corregedor Regional Eleitoral depende do regimento interno de cada TRE:
pode ser o vice-presidente ou ser escolhido de forma livre dentre os 06 membros ou o Juiz federal
ou desembargador federal.

2.3.2. Julgamento

Em regra, o julgamento será feito por maioria de votos, estando a maioria dos membros
esteja presente.

Há três exceções, em que será necessária a presença de todos os membros, embora o


julgamento continue sendo feito pela maioria de votos, são elas:

a) Cassação de registro de candidatos

b) Anulação geral de eleições

c) Perda de diplomas

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2.4. Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Juiz eleitoral, junta eleitoral  TRE  TSE  STF

O STF está acima do TSE, mas não é considerado órgão da justiça eleitoral, muito embora
tenha decisões e aprecie matéria eleitoral.

CF/1988 - Art. 119: organização do TSE.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete


membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo
Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o
Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o
Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça.

O STF tem um poder direto na organização do TSE.

2.4.1. Membros

É formado por sete membros.

Cinco membros são eleitos (três do STF e dois do STJ) e dois membros nomeados
(advogados).

Vejamos:

a) Três membros eleitos dentre os Ministros do STF (é o próprio STF quem elege), um
será, obrigatoriamente, o presidente e um o vice-presidente.

Haverá a escolha de três suplentes. Assim, três ministros do STF participam


diretamente e três são suplentes.

b) Dois membros dentre os Ministros do STJ (é o próprio STJ quem elege), um será o
corregedor-geral eleitoral.

c) Dois advogados, com no mínimo 10 anos de atividade na carreira. São feitas duas
listas com três nomes (totalizando seis), pelo STF (a OAB não participa). A lista é
encaminhada ao Presidente da República que irá escolher dois para serem nomeados.

Em relação aos advogados, são estão impedidos de advogar, salvo em matéria de


direito eleitoral. Não possuem remuneração de juiz, recebem por sessão.

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Não se aplica o quinto constitucional ao TSE.

2.4.2. Impedimentos:

Não poderão fazer parte do TSE cônjuges e parentes de até quarto grau.

Os advogados que detém cargo em comissão, ou que são donos ou sócios de empresa
que gozem de favores estatais ou que exercerem cargo eletivo.

Obs.: os membros do TSE, que sejam ministros do STF, não estarão impedidos de
participarem do julgamento da questão constitucional no STF. Nesse sentido, a Súmula 72 do
STF.

Súmula 72 STF: No julgamento de questão constitucional, vinculada a


decisão do TSE, não estão impedidos os ministros do STF que ali tenham
funcionado no mesmo processo, ou no processo originário.

2.4.3. Afastamentos:

O membro do TSE deverá afastar-se, desde a escolha em convenção partidária até a


diplomação, caso o cônjuge ou parente até o segundo grau, esteja se candidatando a cargo
eletivo na circunscrição eleitoral.

2.4.4. Julgamento:

Em regra, a sessão de julgamento inicia-se com a presença da maioria dos membros do


TSE.

Contudo, em quatro situações, há a necessidade da presença de todos os membros, mas


o voto continua sendo por maioria, são elas:

a) Discussão acerca da legislação eleitoral, frente à CF;

b) Cassação de registro de partido político;

c) Anulação das eleições gerais

d) Perda de diplomas

ATENÇÃO!! Ainda que se enquadre nas hipóteses acima, há possibilidade de julgamento


com o quórum incompleto, tratando-se de suspeição ou impedimento de ministro titular da
classe de advogado e impossibilidade jurídica de convocação de juiz substituto
(jurisprudência do TSE).

3. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL DA JUSTIÇA ELEITORAL

3.1. Circunscrição Eleitoral

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Circunscrição Eleitoral: é a organização geográfico-federativa correspondente ao ente da
federação ao qual se vincula um determinado processo eleitoral.

Quais as circunscrições eleitorais?

1) Circunscrição Nacional ou Federal: Compreende a União. Eleição para Presidente e


Vice.

2) Circunscrição Estadual: Corresponde ao Estado-Membro ou ao DF. Eleições


gerais/estaduais: Governador, Vice, Senador, Deputados Federais, Estaduais e
Distritais. Competência: TRE.

3) Circunscrição Municipal: Corresponde ao Município. Eleições: Prefeito e Vice,


Vereador e Juiz de Paz. Competência: Juiz eleitoral e junta eleitoral.

3.2. Zona Eleitoral

Em cada circunscrição Estadual, há a organização da justiça eleitoral em zonas eleitorais.


É como se fossem as comarcas. Ficam sob a jurisdição imediata de um Juiz eleitoral. É a
organização local da circunscrição eleitoral geográfica. As zonas eleitorais podem ter o tamanho
de uma comarca, englobar várias comarcas, mas podem ser maiores ou menores.

3.3. Seções Eleitorais

Subdivisões funcionais de uma zona eleitoral, com o objetivo de organizar a coleta de


votos, a qual fica o eleitor vinculado.

4. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL

4.1. Visão Geral

Em regra:

TSE Tem jurisdição originária sobre o processo eleitoral nacional para Presidente e vice-
Presidente da República. A eleição fica a cargo originário do TSE.

O processo eleitoral estadual/regional/federal fica a cargo do TRE: Governador e Vice,


Deputados Estaduais e Distritais, Deputado Federal e Senadores e Suplentes.

Os juízes e as juntas são responsáveis pelo processo eleitoral municipal: Prefeito e Vice,
Vereador e Juiz de Paz (ainda não está devidamente regulamentado).

Destaca-se, contudo, três exceções:

a) Designação de data para eleições, nos casos em que não está prevista em lei (por
exemplo, casos em que a eleição for anulada): competência do TSE, tratando-se de
eleição nacional ou federal.

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b) Designação de data para eleições, nos casos em que não estiver prevista em lei:
competência do TRE, tratando-se de eleição estadual e municipal.

c) Recurso contra a expedição de diploma (RCED): segue a lógica dos recursos. Assim,
tratando-se de eleições municipais, o julgamento será feito pelo TRE; tratando-se de
eleições federais e estaduais, o julgamento será feito pelo TSE; no caso de eleições
nacionais, não caberá recursos, tendo em vista que não há previsão constitucional.

4.2. Competência do TSE e dos TREs

COMPETÊNCIAS ORIGINÁRIAS

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (CE ART. 22, TRIBUNAIS REGEIONAIS ELEITORAIS (CE ART.
I) 29, I)

a) o registro e a cassação de registro de partidos a) o registro e o cancelamento do registro dos


políticos, dos seus diretórios nacionais e de diretórios estaduais e municipais de partidos
candidatos à Presidência e vice-presidência da políticos, bem como de candidatos a Governador,
República; Vice-Governadores, e membro do Congresso
Nacional e das Assembleias Legislativas.

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do


Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes respectivo Estado

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros
ao Procurador Geral e aos funcionários da sua ao Procurador Regional e aos funcionários da sua
Secretaria. Secretaria assim como aos juízes e escrivães
eleitorais

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes
conexos cometidos pelos seus próprios juízes e eleitorais;
pelos juízes dos Tribunais Regionais. Não foi
Em se tratando de crimes eleitorais, será
recepcionada pelo CF.
competente o TRE, para processar e julgar, os
Havendo crime eleitoral cometido por membro do juízes eleitorais, os membros do MPE, os prefeitos e
os deputados estaduais.
TSE, a competência será do STF; cometido por
membro do TRE, a competência será do TSE.

e) o habeas corpus (segue o disposto no artigo) ou e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em


mandado de segurança (segue as observações matéria eleitoral, contra ato de autoridades que
abaixo), em matéria eleitoral, relativos a atos do respondam perante os Tribunais de Justiça por
Presidente da República, dos Ministros de Estado e crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os
dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou,
ainda, o habeas corpus quando houver perigo de se
corpus, quando houver perigo de se consumar a
consumar a violência antes que o juiz competente
violência antes que o juiz competente possa prover
possa prover sobre a impetração;
sobre a impetração.

Obs.: Hoje, o MS, ainda que em matéria eleitoral,


impetrado contra ato do PR, será julgado pelo STF;
contra ato de Ministro será competência do STJ;
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contra ato do TRE, será julgado pelo TSE.

Acerca do MS, o TSE editou as seguintes súmulas:

Súmula 22 TSE: Não cabe mandado de segurança


contra decisão judicial recorrível, salvo situações de
teratologia ou manifestamente ilegais.

Súmula 23 do TSE: Não cabe mandado de


segurança contra decisão judicial transitada em
julgado.

Súmula 34 do TSE: Não compete ao TSE processar


e julgar mandado de segurança contra ato de
membro do Tribunal Regional Eleitoral (a
competência será do próprio TRE).

f) as reclamações relativas a obrigações impostas f) as reclamações relativas a obrigações impostas


por lei aos partidos políticos, quanto à sua por lei aos partidos políticos, quanto a sua
contabilidade e à apuração da origem dos seus contabilidade e à apuração da origem dos seus
recursos. Em relação aos diretórios nacionais. recursos; Em relação aos diretórios estaduais.

Obs.: O diretório municipal presta conta aos juízes


eleitorais.

g) as impugnações à apuração do resultado geral, g) os pedidos de desaforamento dos feitos não


proclamação dos eleitos e expedição de diploma na decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da
eleição de Presidente e Vice-Presidente da sua conclusão para julgamento, formulados por
República. partido candidato Ministério Público ou parte
legitimamente interessada sem prejuízo das
sanções decorrentes do excesso de prazo

h) os pedidos de desaforamento dos feitos não


decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta
dias da conclusão ao relator, formulados por partido,
candidato, Ministério Público ou parte legitimamente
interessada.

i) as reclamações contra os seus próprios juízes


que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão,
não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.
Há decisão monocrática do TSE entendendo que a
EC 45/04 revogou tacitamente, sendo do CNJ a
competência. Contudo, ficar atento para o que a
prova pede, tendo em vista que, na maioria dos
casos, cobra-se a literalidade da lei.

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade,


desde que intentada dentro de cento e vinte dias
de decisão irrecorrível, possibilitando-se o

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exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em
julgado.

Atenção! Só caberá quando houver o TJ perante o


TSE. Assim, havendo o TJ, por exemplo, perante o
TRE, não caberá ação rescisória.

Atenção2: Somente nos casos em que se discutiu a


inelegibilidade caberá ação rescisória.

COMPETÊNCIAS RECURSAIS

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (CE ART. 22, TRIBUNAIS REGEIONAIS ELEITORAIS (CE ART.
II) 29, II)

Julgar os recursos interpostos das decisões dos Julgar os recursos interpostos:


Tribunais Regionais nos termos do Art. 276*
inclusive os que versarem matéria administrativa. a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e
juntas eleitorais.
As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis,
b) das decisões dos juízes eleitorais que
salvo nos casos do Art. 281**.
concederem ou denegarem habeas corpus ou
Obs.: Art. 121, §3º da CF: são irrecorríveis as mandado de segurança.
decisões do TSE, salvo as que contrariarem a CF e
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais
as denegatórias de HC e MS.
Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do Art.
276*.

Obs.: Art. 121, §4º da CF**.

* Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os


casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais
tribunais eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e
estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso, contado da
publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a e b e II, letra b e da
sessão da diplomação no caso do nº II, letra a.
§ 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas
eleições, o prazo para a interposição dos recursos, no caso do nº II, a,
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contar-se-á da sessão em que, feita a apuração das sessões renovadas, for
proclamado o resultado das eleições suplementares.

** Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que


declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as
denegatórias de "habeas corpus" ou mandado de segurança, das quais
caberá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto no
prazo de 3 (três) dias.
§ 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os autos
serão conclusos ao presidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá
despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso.
§ 2º Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao recorrido para que,
dentro de 3 (três) dias, apresente as suas razões.
§ 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal
Federal.

***§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá


recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições
federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos
federais ou estaduais;
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou
mandado de injunção.

COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS

(competência administrativa – não tem o mesmo significado de competência privativa = exclusiva


do direito constitucional)

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (CE ART. 23) TRIBUNAIS REGEIONAIS ELEITORAIS (CE ART.
30)

- Elaborar o seu regimento interno - Elaborar o seu regimento interno;

- Organizar a sua Secretaria e a Corregedoria - Organizar a sua Secretaria e a Corregedoria


Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei,
ou extinção dos cargos administrativos e a fixação e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do
dos respectivos vencimentos, provendo-os na Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos
forma da lei. e a fixação dos respectivos vencimentos;

- Conceder aos seus membros licença e férias - Conceder aos seus membros e aos juízes
assim como afastamento do exercício dos cargos eleitorais licença e férias, assim como afastamento
efetivos (permitir que atue apenas no TSE). do exercício dos cargos efetivos submetendo,
quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal
Superior Eleitoral;

- Aprovar o afastamento do exercício dos cargos


efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais
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Eleitorais.

- Propor a criação de Tribunal Regional na sede de


qualquer dos Territórios

- Propor ao Poder Legislativo o aumento do


número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral,
indicando a forma desse aumento

- Fixar as datas para as eleições de Presidente e - Fixar a data das eleições de Governador e Vice-
Vice-Presidente da República, senadores e Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-
deputados federais, quando não o tiverem sido por prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não
lei (uma das exceções vista acima) determinada por disposição constitucional ou legal

- Aprovar a divisão dos Estados em zonas - Dividir a respectiva circunscrição em zonas


eleitorais (menor espaço de atuação da JE, cuja eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a
atuação pertence aos juízes eleitorais) ou a criação criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal
de novas zonas. Superior

- Constituir as juntas eleitorais e designar a


respectiva sede e jurisdição. Cai muito em prova.

- Indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou


seções em que a contagem dos votos deva ser
feita pela mesa receptora

- Expedir as instruções que julgar convenientes à


execução deste Código. Chamada de competência
regulamentar – capacidade que o TSE possui de
editar instruções que irão complementar ou
interpretar a lei eleitoral, permitindo assim a sua fiel
execução.

As instruções são reguladas por meio de


resoluções, as quais possuem força de lei
(obrigatória).

Obs.: art. 105 da Lei 9.504/97 – não se aplica o


princípio da anualidade às instruções.

Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição,


o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter
regulamentar e sem restringir direitos ou
estabelecer sanções distintas das previstas nesta
Lei, poderá expedir todas as instruções
necessárias para sua fiel execução, ouvidos,
previamente, em audiência pública, os delegados
ou representantes dos partidos políticos.

TSE: a competência regulamentar para


disposições da legislação eleitoral é exclusiva do
Tribunal Superior Eleitoral.

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- Fixar a diária do Corregedor Geral, dos
Corregedores Regionais e auxiliares em diligência
fora da sede

- Enviar ao Presidente da República a lista tríplice


organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos
do art. 25.

- Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas - Responder, sobre matéria eleitoral, às consultas
que lhe forem feitas em tese por autoridade com que lhe forem feitas, em tese, por autoridade
jurisdição, federal ou órgão nacional de partido pública ou partido político.
político.

Trata-se da competência consultiva do TSE,


permite que sejam feitas consultas, em tese, sobre
matéria eleitoral, tendo como legitimados os
partidos políticos e autoridades com jurisdição
federal.

As consultas possuem eficácia erga omnes, com


finalidade interpretativa, ou seja, visa esclarecer
determinada norma. Ressalta-se que a consulta
possui mera natureza jurisprudencial, não
possuindo efeito vinculante.

TSE: a resposta dada a consulta em matéria


eleitoral não tem natureza jurisdicional, sendo ato
normativo em tese, sem efeitos concretos e sem
força executiva com referência a situação jurídica
de qualquer pessoa em particular.
- Autorizar a contagem dos votos pelas mesas - Apurar com os resultados parciais enviados pelas
receptoras nos Estados em que essa providência juntas eleitorais (faz a apuração em cada uma das
for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo. zonas), os resultados finais das eleições de
Governador e Vice-Governador de membros do
Congresso Nacional e expedir os respectivos
diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez)
dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia
das atas de seus trabalhos.

Compete ao TRE a apuração das eleições federais


e estaduais.

- Requisitar a força federal necessária ao - Requisitar a força necessária ao cumprimento de


cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a
das decisões dos Tribunais Regionais que o requisição de força federal
solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração; De acordo com o STF, tal dispositivo é
constitucional.

- Organizar e divulgar a Súmula de sua


jurisprudência;

17
- Requisitar funcionários da União e do Distrito - Requisitar funcionários da União e, ainda, no
Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do Distrito Federal e em cada Estado ou Território,
serviço de sua Secretaria. funcionários dos respectivos quadros
administrativos, no caso de acúmulo ocasional de
serviço de suas Secretarias – apenas para zona
eleitoral.

- Autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos


Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes
eleitorais, a requisição de funcionários federais,
estaduais ou municipais para auxiliarem os
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo
ocasional do serviço.

- Publicar um boletim eleitoral

- Tomar quaisquer outras providências que julgar


convenientes à execução da legislação eleitoral

- Aprovar a designação do Ofício de Justiça que


deva responder pela escrivania eleitoral durante o
biênio.

- Aplicar as penas disciplinares de advertência e de


suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais.

- Cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções


do Tribunal Superior;

- Determinar, em caso de urgência, providências


para a execução da lei na respectiva circunscrição

- Organizar o fichário dos eleitores do Estado

- *Suprimir os mapas parciais de apuração


mandando utilizar apenas os boletins e os mapas
totalizadores, desde que o menor número de
candidatos às eleições proporcionais justifique a
supressão, observadas as seguintes normas: a)
qualquer candidato ou partido poderá requerer ao
Tribunal Regional que suprima a exigência dos
mapas parciais de apuração; b) da decisão do
Tribunal Regional qualquer candidato ou partido
poderá, no prazo de três dias, recorrer para o
Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; c) a
supressão dos mapas parciais de apuração só será
admitida até seis meses antes da data da
eleição; d) os boletins e mapas de apuração serão
impressos pelos Tribunais Regionais, depois de
aprovados pelo Tribunal Superior; e) o Tribunal
Regional ouvira os partidos na elaboração dos
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim

18
de que estes atendam às peculiaridade locais,
encaminhando os modelos que aprovar,
acompanhados das sugestões ou impugnações
formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal
Superior.

*Antes, quando não havia o voto eletrônico,


realizava-se a apuração total de uma urna, com a
expedição do boletim de urna, para, só depois, ir
para a urna seguinte. O boletim de urna era
passado para um mapa parcial. O inciso XIX do art.
30 do CE, traz a hipótese de supressão do mapa
parcial, nos casos especificados.

4.3. Competência dos Juízes Eleitorais e da Junta Eleitoral

COMPETÊNCIAS ORIGINÁRIAS

JUIZ ELEITORAL (CE ART. 35) JUNTA ELEITORAL (CE ART. 40)

I - Cumprir e fazer cumprir as decisões e I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições


determinações do Tribunal Superior e do Regional realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição

II - Processar e julgar os crimes eleitorais e os II - resolver as impugnações e demais incidentes


comuns que lhe forem conexos, ressalvada a verificados durante os trabalhos da contagem e da
competência originária do Tribunal Superior e dos apuração.
Tribunais Regionais; Competência subsidiária.
Obs.: incidentes ocorridos durante a votação são
STJ: A competência será da vara da infância e de competência do juiz eleitoral. A competência
da juventude, ou do juiz que exerce tal função será das juntas eleitorais durante a apuração e
na comarca, para processar e julgar ato contagem.
infracional cometido por menor inimputável,
ainda que a infração seja equiparada a crime
eleitoral.

STJ: compete ao juiz eleitoral julgar os crimes


eleitorais praticados por vereador.
III - decidir habeas corpus e mandado de III - expedir os boletins de apuração mencionados
segurança, em matéria eleitoral, desde que essa no Art. 178;
competência não esteja atribuída privativamente a
instância superior. Competência subsidiária.

IV - Fazer as diligências que julgar necessárias a IV - expedir diploma aos eleitos para cargos
ordem e presteza do serviço eleitoral; municipais.

Obs.: Tratando-se de eleições nacionais, compete


ao TSE; tratando-se de eleições federais e
19
estaduais, compete ao TRE.

Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais


de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas
será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral
mais antigo, à qual as demais enviarão os
documentos da eleição.

V - Tomar conhecimento das reclamações que lhe


forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-
as a termo, e determinando as providências que
cada caso exigir;

VI - Indicar, para aprovação do Tribunal Regional,


a serventia de justiça que deve ter o anexo da
escrivania eleitoral;

VIII - Dirigir os processos eleitorais e determinar a


inscrição e a exclusão de eleitores;

IX- Expedir títulos eleitorais e conceder


transferência de eleitor;

X - Dividir a zona em seções eleitorais (não precisa


de autorização para criar as seções, mas precisa
para fixar o local da seção);

XI - Mandar organizar, em ordem alfabética,


relação dos eleitores de cada seção, para remessa
a mesa receptora, juntamente com a pasta das
folhas individuais de votação;

XII - ordenar o registro e cassação do registro dos


candidatos aos cargos eletivos municiais e
comunicá-los ao Tribunal Regional;

XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das


eleições os locais das seções;

XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição,


em audiência pública anunciada com pelo menos 5
(cinco) dias de antecedência, os membros das
mesas receptoras;

XV - Instruir os membros das mesas receptoras


sobre as suas funções;

XVI - providenciar para a solução das ocorrências


que se verificarem nas mesas receptoras;

XVII - tomar todas as providências ao seu alcance

20
para evitar os atos viciosos das eleições;

XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo


justificado e aos não alistados, por dispensados do
alistamento, um certificado que os isente das
sanções legais;

XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a


realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos
delegados de partidos credenciados, o número de
eleitores que votarem em cada uma das seções da
zona sob sua jurisdição, bem como o total de
votantes da zona

PÁGINA 84 (FINAL)

Renumeramos o item e reformulamos, a fim de ficar mais didático. Recomendamos a substituição


pelo seguinte:

3.2. Privação dos direitos políticos (perda ou suspensão)

Não se admite no Brasil CASSAÇÃO de direitos políticos. Cassação é a retirada


arbitrária de direitos políticos. A CF só admite a perda e a suspensão dos direitos políticos.

A perda é uma privação definitiva; a suspensão é uma privação temporária.

CF Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja PERDA ou


SUSPENSÃO só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
(PERDA)
II - incapacidade civil absoluta; (SUSPENSÃO)
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos; (SUSPENSÃO)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa,
nos termos do art. 5º, VIII; (Controvérsia: SUSPENSÃO ou PERDA)
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (SUSPENSÃO)

Vejamos:

a) Perda da naturalização

Só pode exercer direitos políticos, no Brasil, quem for cidadão. Só pode ser cidadão aquele
que for nacional (com exceção dos portugueses – veremos adiante). Assim, quando ocorre a
perda da naturalização, consequentemente, perde-se os direitos políticos

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b) Incapacidade civil absoluta

É hipótese de suspensão dos direitos políticos.

Atualmente, absolutamente incapazes são apenas os menores de 16 anos, os demais,


mesmo que não possam manifestar sua vontade, são considerados relativamente incapazes.

Para o Direito Eleitoral, é um problema, tendo em vista que o sufrágio é uma manifestação
de vontade própria, não se admite o voto por procuração. Assim, os relativamente incapazes,
estarão impedidos de exercer seus direitos políticos, numa interpretação lógica sistemática do
ordenamento.

c) Condenação criminal transitada em julgado

É hipótese de suspensão dos direitos políticos.

Destaca-se que não se trata da forma como o condenado irá cumprir o regime de pena
(fechado, semiaberto ou aberto), assim mesmo que o réu esteja solto, havendo condenação com
transito em julgado, os seus direitos políticos estarão suspensos até o integral cumprimento da
pena. Além disso, se o cidadão preso preventivamente terá seus direitos políticos, podendo
exercer o sufrágio.

Há entendimento do TSE de que a absolvição imprópria, em que há aplicação de medida


de segurança, também causa a suspensão dos direitos políticos.

A Súmula 9 do TSE trata do assunto:

Súmula 09 TSE: a suspensão dos direitos políticos decorrente de


condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a
extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação
de danos.

d) Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou sua prestação alternativa

Divergência: Conforme a Lei Eleitoral seria SUSPENSÃO, seguida pela doutrina eleitoral.
No entanto, a grande maioria dos constitucionalistas (Afonso da Silva e Dirley da Cunha Jr.)
entende ser PERDA.

Em provas, é cobrado como perda, apesar do TSE entender tratar-se de suspensão.

Se o sujeito cumprir a obrigação devida, retoma os direitos perdidos.

e) Improbidade administrativa

Uma das consequências do ato ímprobo é a SUSPENSÃO dos direitos políticos.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
22
...
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a SUSPENSÃO
DOS DIREITOS POLÍTICOS, a perda da função pública, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível.

A seguir quadro esquemático acerca do assunto:

DIREITOS
POLÍTICOS

Vedada a Admite-se a perda


cassação ou suspensão

Perda da Incapacidade civil


naturalização absoluta

Recusa de
Condenação
cumprir obrigação
criminal com TJ
a todos imposta

Improbidade
administrativa

Por fim, importante lembrar:

• Cláusula de reciprocidade com Portugal (brasileiros equiparados a portugueses):


Os brasileiros que vivem em Portugal e ganham a equiparação aos portugueses
em relação a exercício de direitos, ficam com seus direitos políticos SUSPENSOS
no Brasil, enquanto nessa condição.

• LC 64/90: Deputado ou Senador declarado incompatível com o decoro parlamentar


tem seus direitos políticos SUSPENSOS por oito anos.

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