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© 1993
Existe evidentemente uma dificuldade a ser superada, pois os números mais baixos, na
faixa de menor precisão do método, não podem ser tomados simplesmente como se
apresentam. Antes de alargar exageradamente a possibilidade da presença de HCG,
devemos definir um nível capaz de traduzir em termos clínicos (e não puramente decorrente
de metodologia laboratorial) a existência real de tecido trofoblástico em atividade. Tal
nível, propomos, será de 1.000 miliUI/ml, a partir do qual, na quase totalidade dos casos, há
de fato uma fonte ativa de gonadotrofina coriônica. É óbvio que, para atingir este ponto,
foram ultrapassados níveis tituláveis anteriores, que podemos determinar em alguns casos.
Entretanto, considerando a rapidez da ascenção dos níveis de HCG na gravidez normal, é
preferível a repetição da dosagem sempre que o valor estiver abaixo de 1.000 miliUI/ml.
48 horas são prazo suficiente para que tal valor numérico seja ultrapassado de modo
significativo, colocando-nos ao abrigo de imaginar-se uma secreção de HCG não existente.
Tal prazo pode ser utilizado sem inconvenientes na prática, mesmo para situações de
urgência em que se requeira a definição segura da presença de HCG, como é o caso, mais
comum, da prenhez ectópica.
Valores Normais
Em princípio a presença de HCG pode ser determinada a partir de 10 dias da ovulação,
isto é, antes de instalada a amenorréia ou, medindo-se em tempo de gestação, na 4a semana.
Embora ocasionalmente tenhamos conseguido tal objetivo, por vezes com números
inferiores a 1.000 miliUI/ml, confirmado o diagnóstico em titulações ascencionais
subsequentes, isto não deve ser entendido como sempre possível.
4a semana – 1.000
5a semana – 3.000
6a semana – 6.000
7a semana – 20.000
Devido a seu lento metabolismo a gonadotrofina coriônica persiste titulável até cerca de
15 dias após a morte intra-uterina do ovo, ou depois de um parto normal a termo, e esta
particularidade assume grande importância clínica em certos casos de abortamento. Por
vezes uma gravidez irremediavelmente condenada ainda oferece níveis tituláveis de beta-
HCG. Um dado de experiência que podemos sugerir é aceitar o limite inferior de 4.000
miliUI/ml como o mínimo compatível com gestação evolutiva depois da 6a semana.
Abaixo deste limiar há mau prognóstico e a interrupção é a regra, decrescendo as taxas em
determinações seriadas até ao zero.