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Dosagens Hormonais em Ginecologia e Obstetrícia

© 1993

II – GONADOTROFINA CORIÔNICA (HCG)

A dosagem da gonadotrofina coriônica deve ser estudada em primeiro lugar porquanto,


sendo um hormônio denunciador da presença de tecido trofoblástico, atende ao diagnóstico
diferencial de alguns quadros clínicos, particularmente à primeira consulta, para definir a
área ginecológica ou obstétrica.

A gonadotrofina coriônica é uma glico-proteína, e como tal consiste de duas sub-


unidades proteicas (alfa e beta) unidas a um núcleo glicídico. É sabido que compartilha a
sub-unidade alfa com FSH, LH e TSH, sendo a sub-unidade beta a detentora da
especificidade imunológica. Afim de evitar-se a reação cruzada com LH no método RIA,
foi estabelecida a dosagem da beta-gonadotrofina coriônica. O método Enzima
Imunoensaio Fluorimétrico que utilizamos atualmente emprega dois anti-soros
monoclonais, dosando a molécula inteira com um mínimo de interferência das demais
glico-proteínas hormonais.

A dosagem de HCG cria um problema na definição dos níveis inferiores, inexistente


para hormônios de presença normal obrigatória. Ainda assim, em alguns casos (prolactina,
hormônio tireotrófico) apela-se ao recurso de estender o limite inferior da normalidade até
zero. Isto é, admite-se que na dosagem destes dois hormônios, eventualmente, um adulto
normal possa ter teores não tituláveis. O aceitar-se as taxas obtidas com a observância
estrita do método, sem outras considerações, resultou na descrição de valores tituláveis de
beta-HCG em vários carcinomas além dos coriomas; depois, em mulheres não grávidas; e,
finalmente, mesmo em homens normais.

Existe evidentemente uma dificuldade a ser superada, pois os números mais baixos, na
faixa de menor precisão do método, não podem ser tomados simplesmente como se
apresentam. Antes de alargar exageradamente a possibilidade da presença de HCG,
devemos definir um nível capaz de traduzir em termos clínicos (e não puramente decorrente
de metodologia laboratorial) a existência real de tecido trofoblástico em atividade. Tal
nível, propomos, será de 1.000 miliUI/ml, a partir do qual, na quase totalidade dos casos, há
de fato uma fonte ativa de gonadotrofina coriônica. É óbvio que, para atingir este ponto,
foram ultrapassados níveis tituláveis anteriores, que podemos determinar em alguns casos.
Entretanto, considerando a rapidez da ascenção dos níveis de HCG na gravidez normal, é
preferível a repetição da dosagem sempre que o valor estiver abaixo de 1.000 miliUI/ml.
48 horas são prazo suficiente para que tal valor numérico seja ultrapassado de modo
significativo, colocando-nos ao abrigo de imaginar-se uma secreção de HCG não existente.
Tal prazo pode ser utilizado sem inconvenientes na prática, mesmo para situações de
urgência em que se requeira a definição segura da presença de HCG, como é o caso, mais
comum, da prenhez ectópica.

Valores Normais
Em princípio a presença de HCG pode ser determinada a partir de 10 dias da ovulação,
isto é, antes de instalada a amenorréia ou, medindo-se em tempo de gestação, na 4a semana.
Embora ocasionalmente tenhamos conseguido tal objetivo, por vezes com números
inferiores a 1.000 miliUI/ml, confirmado o diagnóstico em titulações ascencionais
subsequentes, isto não deve ser entendido como sempre possível.

Uma tentativa de balizar os valores mais significativos oferece os números abaixo em


miliUI/ml:

4a semana – 1.000
5a semana – 3.000
6a semana – 6.000
7a semana – 20.000

Da 8a à 10a semana transcorre o “fenômeno apical” de HCG, quando a taxa eleva-se a


50.000 ou mesmo 100.000 miliUI/ml. Depois de 90 dias de amenorréia estabelece-se uma
amplitude entre 5.000 e 15.000 miliUI/ml. Qualquer valor abaixo deste limite é indicativo
de anormalidade. Um segundo pico de HCG, menor, é descrito na 36a semana, de
significado desconhecido. A descida do primeiro pico é correlacionada à elevação da
progesterona placentária, e tal cruzamento traduz a normalidade neste momento crítico após
a 12a semana.

Devido a seu lento metabolismo a gonadotrofina coriônica persiste titulável até cerca de
15 dias após a morte intra-uterina do ovo, ou depois de um parto normal a termo, e esta
particularidade assume grande importância clínica em certos casos de abortamento. Por
vezes uma gravidez irremediavelmente condenada ainda oferece níveis tituláveis de beta-
HCG. Um dado de experiência que podemos sugerir é aceitar o limite inferior de 4.000
miliUI/ml como o mínimo compatível com gestação evolutiva depois da 6a semana.
Abaixo deste limiar há mau prognóstico e a interrupção é a regra, decrescendo as taxas em
determinações seriadas até ao zero.

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