Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1. INTRODUÇÃO
Toda a base legal do Ministério da Educação, assim como todo compêndio didático-
pedagógico utilizado na fundamentação das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas na formação
do ensino médio, especialmente no ensino de sociologia, evidencia a falta de clareza pedagógica
na utilização de ferramentas didáticas que ofereçam efetividade na operacionalização dos
conhecimentos de sociologia, focados particularmente no desenvolvimento das capacidade e
habilidades do estudante para estabelecer diálogos entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de
diversas nacionalidades, saberes e culturas distintas.
O ensino das Ciências Humanas e Sociais deve ter como objeto principal o
desenvolvimento da compreensão de identidade, de sociedade, de cultura e de cidadania. Não
somente a partir da sociologia, mas a partir dos conhecimentos de História, Geografia,
Sociologia, Antropologia, Psicologia, Direito, entre outros. O ensino de sociologia, na
1
Mestrando em Sociologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, matriculado na disciplina: Tópicos
em Metodologia de Ensino, com o Docente Ednaldo Ferreira Torres
2
Em um dos incisos do art. 35 da LDB, que não sofreu qualquer alteração desde sua
criação, estabelece que uma das finalidades do ensino médio é o aprimoramento do educando
como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual
e do pensamento crítico. Embora as alterações ocorridas pela Medida Provisória nº 746, de 2016,
tenha retirado a obrigatoriedade da sociologia, assim como outras disciplinas humanas e sociais,
a Lei nº 13.415/17 retornou essa obrigatoriedade, porém trouxe pouca clareza em relação aos
objetivos do ensino de sociologia no ensino médio. Essa objetividade da sociologia e da filosofia
no ensino médio ficou aberta a interpretações diversas, posto que a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico não seria exclusividade da
sociologia ou da filosofia. Consideramos, portanto, que essas alterações na LDB foi um passo
atrás na definição da disciplina sociologia como instrumento formador de cidadania e
consciência crítica.
educação básica, especialmente a sociologia como área de instrumentalização para a reflexão dos
fenômenos da realidade social dos alunos. Os autores da OCEM lembram que nem sempre a
Sociologia teve um caráter crítico e transformador, porém instrumentalizada como um discurso
conservador, integrador e até cívico.
Fica evidente que Orientações Curriculares para o Ensino Médio atribuem à sociologia
o papel de compreender ou explicar os fenômenos sociais, porém isso somente será possível na
medida em que estes fenômenos possam ser concebidos como objeto da Sociologia, a partir do
“processo de estranhamento”, quando são postos em questão para análise e problematizarão.
Outra questão levantada pelas OCEM desrespeito à forma de compreender os fenômenos a partir
do processo de estranhamento realizado sobre acontecimentos que dentro do senso comum não
necessariamente precisem ser explicados, numa perspectiva mais aprofundada.
Por outro lado, o estranhamento é composto pelo “afetamento”, pela admiração e pelo
espanto, e, finalmente pelo assombro sobre o fenômeno em observação, o que não poderia ser o
5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enquanto disciplina, a meu ver, a sociologia tem outro papel fundamental na abertura
das cortinas que embream as problemáticas da realidade social, percebidas ou não percebidas
pelo estudante do ensino médio. Nesta perspectiva, há que se buscarem procedimentos ou
ferramentas didáticas capazes de elucidar os fenômenos sociais, sobretudo a partir da reflexão
sociológica dos alunos, porém norteada e estimulada pelo professor, dentro do lastramento da
concepção pedagógica de conceitos e teorias da sociologia, ainda que manejada de ciência para a
disciplina de formação da educação básica.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6