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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA ELÉTRICA

TEMA: REDES DE DIFRAÇÃO ( INTERFERÊNCIA CONSTRUTIVA E


DESTRUTIVA; ORDENS DE UMA REDE DE DIFRAÇÃO; DIFRAÇÃO DE RAIOS
X POR CRISTAIS; LEI DE BRAGG; HOLOGRAFIA)

Lucas Farias Maciel Rodrigues (201120168)

ILHÉUS-BA

16 DE OUTUBRO DE 2013
Resumo

Utilizando conceitos básicos de interferência e difração foi possível entender os


sistemas de difração por raio X em cristais e também as características da holografia.
Tais conceitos, além de proporcionar um entendimento sobre termos ópticos e ondas,
permitem a produção de redes de difração de excelente qualidade que podem ser
utilizados em experimentos de física.
Abstract

Using basic concepts of interference and diffraction, it was possible not only to
understand the diffraction systems by X-ray in crystals, but also the characteristics
exposed about holography. Such concepts, besides providing a learning about optical
terms and waves, allow one to produce diffraction gratings with excellent quality which
can be used in experiences of physics.
Introdução

Neste trabalho, serão apresentados tópicos pertinentes a interferência de ondas e


difração. Apesar da semelhança entre os fenômenos, tem-se, entretanto, que a difração
necessita de um obstáculo enquanto a interferência é nada mais que a interação entre
dois ou mais fenômenos ondulatórios. Outrossim, uma vez que entendidos conceitos de
interferência, serão abordados tópicos de difração de raio X sobre partículas cristalinas e
as leis que regem esses temas, tal como a Lei de Bragg. Por fim, um outro instrumento
de grande aplicação que é a holografia, na construção de hologramas- que também
dispõem dos conceitos de interferência.
Objetivo

O cerne desse trabalho é analisar padrões de interferência e difração da luz que são
conceitos básicos para o entendimento de difração de raio X em cristais. Além disso,
objetiva-se entender teorias e aplicações de holografia, representando modelos reais e
úteis em atividade.
1) Interferência

O fenômeno da interferência indica a superposição de duas ou mais ondas na mesma


região do espaço. Quando isso ocorre, a onda resultante em qualquer ponto - em um
dado instante- é determinada pelo princípio da superposição, e essa onda resultante é
dependente da diferença de fase entre as ondas (defasagem). A depender de como os
picos (e vales) das ondas são agrupados, as ondas podem ser adicionadas, ou elas
podem ser parcialmente ou completamente canceladas.

O princípio da superposição diz que quando duas ou mais ondas se juntam, o resultado
delas é a soma de cada onda individual. Apesar das ondas interferirem entre si quando
se encontram, em seguida elas continuam seu trajeto como se nunca tivessem se
encontrado. Em outras palavras, quando as ondas se distanciam do ponto onde se
encontraram, suas formas e trajetória ficam a mesma que eram antes de se encontrarem.

1.1- Interferência Construtiva

A interferência é chamada construtiva quando duas ondas possuem a mesma fase, ou


seja, a diferença de fase entre elas é igual a zero. Neste caso, uma onda soma-se a outra,
e o resultado é uma única onda cuja amplitude é a soma das duas amplitudes. Isso quer
dizer que as suas oscilações em um determinado ponto estão na mesma direção. A
Figura 1 mostra duas ondas sofrendo interferência construtiva e logo em seguida, cada
onda mantêm seu percurso como se nada tivesse acontecido.

Figura 1: duas ondas em interferência construtiva.


1.2- Interferência Destrutiva

Interferência destrutiva ocorre quando ondas se juntam de forma que elas se cancelem.
Quando duas ondas interferem destrutivamente, elas devem possuir a mesma amplitude
em direções opostas. No caso de mais de duas ondas interferindo, a situação fica mais
complexa; a rede resultante é feita de forma que todas as ondas se combinem para
produzir uma amplitude zero. A Figura 2 mostra duas ondas interferindo
destrutivamente. Após o ponto de encontro, ela seguem seus caminhos como se nunca
tivessem se encontrado.

Figura 2: duas ondas em interferência destrutiva.

2) Difração

Quando uma onda encontra uma barreira com uma pequena abertura, a onda curva e se
espalha para fora. Essa dobra da onda é chamada de difração. Isto é, difração é um
fenômeno pelo qual uma onda é distorcida por um obstáculo. Esse desvio da onda é
proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso de uma fenda com largura inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares,
independente da forma geométrica das ondas incidentes.

Em outras palavras, a difração é uma interferência entre várias ondas. Neste trabalho,
será apresentado a difração de Raios X por cristais, que é causada por diferenças de fase
entre as ondas causadas por diferenças nos caminhos que elas percorrem. Apesar delas
começarem em fase, por algumas razões, umas ondas se atrasam das outras, surgindo
uma defasagem entre elas.

2.1- Redes de Difração

Rede de difração é um conjunto que contém um grande número de fendas paralelas,


todas com a mesma largura a e com a mesma distância d entre os centros de duas fendas
consecutivas. Essas redes, utilizam-se da propriedade de difração da luz para obter o
espectro de luz emitido por um determinado material. As fendas, também chamadas de
ranhuras, podem chegar a milhares por milímetro. Um feixe de luz que incide nessa rede
é difratado e os raios provenientes das diversas fendas interferem formando uma figura
de intensidade variável. A Figura 3 apresenta um esquema de rede de difração no qual
feixes de luz incidem em uma rede e ela difrata os raios de forma que o ângulo de
difração é representado por θ e o ângulo de incidência é representado por Ψ. Além
disso, d é a distancia entre os centros de duas fendas, como citado anteriormente.

Figura 3: rede de difração

Quando feixes de luz de diversos comprimentos de onda incide sobre uma rede de
difração, os diferentes comprimentos de onda produzem máximos e mínimos de
difração em ângulos diferentes. Isso ocorre sempre que a diferença do caminho ótico
entre os raios incidentes em duas fendas, distantes d entre si, for igual a um número
inteiro m, onde m= 0,1,2,... . A esse número m é chamado de ordem de uma rede de
difração. Para a ordem igual a zero (m=0), o ângulo de incidência é o mesmo para
todos os comprimentos de onda. O conjunto de máximos de uma determinada ordem
para todos os comprimentos de onda, constitui o espectro. Dessa maneira, temos
espectros de primeira, segunda, terceira e n ordens.

Para fins de análise, os átomos podem ser imaginados como estando dispostos em
planos com um espaçamento d. Os máximos de difração (que resultam e uma
interferência construtiva) ocorrem nos ângulos θ de incidência da onda, medidos em
relação aos planos atômicos.

2.2- Difração de Raios X por cristais

Os raios X são ondas eletromagnéticas com comprimento de onda da ordem de


10−10 𝑚. Comparando-se com o comprimento de onda no centro do espectro visível, é
550. 10−7 𝑚. Uma rede de difração comum não pode ser usada para separar raios x de
diferentes comprimentos de onda, pois d não é de dimensão comparável com λ. O ideal
seria usar uma rede de difração com 𝑑 ≈ 𝜆, mas como os comprimentos de onda dos
raios X são da mesma ordem que os diâmetros atômicos, é tecnicamente impossível
construir uma rede cujas ranhuras tenham um espaçamento dessa ordem.

No entanto, substancias cristalinas com arranjos regulares de átomos, podem se


comportar como uma rede de difração natural para os raios X. E observa-se que quando
um feixe de raio X penetra uma rede cristalina, os raios X são espalhados (desviados)
em todas as direções pelos átomos da substancia.

Observe a Figura 4, que mostra uma visão lateral da reflexão de raios X em dois planos
vizinhos. Os raios 1 e 2 chegam em fase na superfície do cristal. Depois de refletidos,
continuam em fase. Ao contrário dos raios luminosos, os raios X não são refratados
quando entram ou saem do cristal; isto é, não é possível definir um índice de refração.
Figura 4: raios X em um cristal

O segmento 𝐴𝐶 = 𝐵𝐶 = 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃, é dito por relações trigonométricas. E é possível


concluir que a diferença de percurso entre os raios 1 e 2 é 2𝑑. 𝑠𝑒𝑛𝜃 . De fato, essa
diferença é a mesma para qualquer par de planos vizinhos (se esses planos forem
paralelos). A partir dessa relação, obtêm-se como critério para que a intensidade da
difração seja máxima (em outras palavras, a condição para interferência construtiva) , a
seguinte equação:

2𝑑. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝜆 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑚 = 1,2,3, … 𝑳𝒆𝒊 𝒅𝒆 𝑩𝒓𝒂𝒈𝒈 (1)

onde m é o número de ordem de um dos máximos de intensidade. A equação (1)


denomina-se condição de Bragg ou Lei de Bragg em homenagem a William Bragg e
seu filho Lawrence Bragg, dois pioneiros na análise da difração com raios X. O ângulo
θ é chamado ângulo de Bragg.

3) Holografia

A holografia é uma técnica que permite a reconstrução das imagens em três dimensões
utilizando dos fenômenos da interferência. A técnica teve seu grande desenvolvimento
em 1962, após a invenção do laser. A Figura 5 mostra o procedimento básico para fazer
um holograma. Primeiramente, ilumina-se o objeto com luz monocromática e
posiciona-se o filme de modo que ele seja atingido simultaneamente pela luz espalhada
pelo objeto e pela luz proveniente da fonte. Essa luz monocromática, na prática, é um
laser. A interferência entre a luz espalhada e a luz que incide diretamente sobre o objeto
grava sobre o filme uma complexa figura de interferência. De forma sucinta, para
formar a imagem, basta fazer o feixe de luz incidir sobre o filme revelado.
Figura 5: gravando um holograma

A Figura 6 abaixo mostra uma montagem profissional utilizada em laboratório de


pesquisas.

Figura 6: maquina profissonal de holografia


Conclusão

Uma vez apresentado todos os temas pertinentes a interferência e difração de ondas, é


possível perceber que a difração é um fenômeno comum e bastante visualizado nas
manifestações tanto do homem quanto da natureza. Um caso especial da difração de
ondas eletromagnéticas, é a difração de raios X, que como visto, não pode ser realizada
por uma superfície qualquer, e somente por uma substância cristalina –um cristal. Ainda
assim, para que isso aconteça, deve seguir algumas condições impostas pelas Leis de
Bragg.

Outro fenômeno interessante é a holografia que é um processo de gravação e projeção


de imagens, o que permite a reconstrução de uma cena em três dimensões. Isso, propicia
uma visão espacial de um mesmo objeto, podendo ser visto de diferentes ângulos e
percepções.
Referências Bibliográficas

1) Livros
1.1- Young High D., Roger A. Freedman; Física IV- Ótica e Física Moderna;
Pearson Addison Wesley; Edição 12; 84-130; (2009).

1.2- Halliday, Resnick; Fundamentos de Física- Óptica e Física Moderna; LTC;


Edição 9; 72-128; (2012).

1.3- G. R Fowles; Introduction to Modern Optics; Dover Publications, INC


New York; Edição 2; 105-144;

2) Webpages

2.1 Redes de Difração:

http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01044/Exper8.pdf

http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol17a24.pdf

2.2 Difração de raios X em cristais:

http://www.raiosx.ufc.br/site/wp-content/uploads/downloads/2013/01/apostila.pdf

http://www.seara.ufc.br/especiais/fisica/raiosx/raiosx-6.htm

2.3 Holografia:

http://www.ifi.unicamp.br/~dfigueir/holosite/holografia/holografia.htm

http://sites.ifi.unicamp.br/lf22/files/2012/12/holografia.pdf

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