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23/02/2018

Microbiologia e
Biotecnologia Industrial
FFI 0740

Profa Dra Ilana L. B. C. Camargo


Ciências Físicas e Biomoleculares
IFSC - USP

ilanacamargo@ifsc.usp.br

www.ifsc.usp.br/~ilanacamargo

Microbiologia e
Biotecnologia Industrial
FFI 0740

1 – Descobertas e evolução
2 – Procarioto x Eucarioto
3- Crescimento dos microrganismos
4 – Microbiologia Industrial
5 – Biotecnologia
6- Disciplina

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1. Descobertas e evolução

Microbiologia
1665 - Robert Hooke – Microscópio simples – Células - Início da Teoria Celular

1673 – 1723 – Antoni van Leeuwenhoek


Microrganismos vivos - Cartas para Sociedade Real de Londres – Animáculos

Origem da Matéria morta – Teoria da Geração Espontânea

Larvas de Moscas, insetos – corpos em decomposição (!)


Origem de células vivas preexistentes - Teoria da Biogênese

1861 – Louis Pasteur – microrganismos presentes no ar!! Na matéria não viva:


sólidos, líquidos, ar. Vida microbiana é destruída pelo calor!!

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1929 – Alexander Fleming e a penicilina

Penicillium

Penicillium x Staphylococcus

2001 – Primeiro genoma humano

15 de Fevereiro de 2001 16 de Fevereiro de 2001


International Human Genome Sequencing Consortium et al., 2001 J Craig Venter et al, 2001

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Outubro de 2007 Dezembro de 2007

Wheeler et al. (2008) The complete genome of an


individual by massively parallel DNA sequencing.
Nature 452, 872-876 (17 April 2008)

Watson & Crick – 1953


Estrutura do DNA

“James
Watson -
primeiro
genoma
individual
sequencia
do por
menos de
US$ 1
milhão”

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the cost of sequencing a human-sized genome

https://www.genome.gov/images/content/costpergenome2015_4.jpg

2. Procarioto x Eucarioto

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Origens

Procariotos

1 7

8
3

4 9

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5 6

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Composição da parede celular das bactérias

Curva de crescimento

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Procariotos - bactéria
Plasmídeos – elementos de DNA móveis que não são essenciais
para a vida do microrganismo, mas que traz vantagens

Plasmídeos de 70 kb – grandes
3.5 kb - pequenos

enovelado

Plasmídeos

- Genes de virulência ou de
Conjugação
resistência às drogas,

- Origem de replicação para produzir


cópias que passam para células
filhas na divisão celular ou para
outra célula através da conjugação,

- Integrativos que se inserem no


cromossomo bacteriano ou não

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Resistência aos antimicrobianos

Fungos
Eucariotos Animais
Plantas

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Fungos filamentosos e leveduras

Eucariotos – Núcleo, Ribossomo 80S, mitocôndria

Parede celular complexa: quitina, manana, glucano

Podem ser:

-Filamentosos (hifas) – septadas


- Não-septadas

- Leveduriformes - unicelulares

Fungos Dimórficos

Estruturas

Macroconídios

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Fungos Dimórficos

Blastomyces dermatitidis

Eucariotos

- Possuem mais de um cromossomo.

- Cada cromossomo possui um número característico de genes.

A quantidade de DNA chega a ser 4 a 100 vezes maior que a


quantidade de DNA presente em E. coli, dependendo do
organismo.

• Célula animal tem DNA nuclear e DNA mitocondrial

• Célula vegetal tem DNA nuclear, DNA do cloroplasto e DNA


mitocondrial

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Fluxo da informação genética


em eucariotos e procariotos

Ilana Camargo

Procariotos - bactéria
•Cromossomo contém somente
uma cópia dos genes.

•Poucos genes como os rRNA


estão repetidos várias vezes no
genoma.

•Em geral, quase todos os genes


são precisamente colineares com
a sequência de aminoácidos o
qual ele codifica (há uma exata
equivalência entre a sequência de
nucleotídeos do gene e a
sequência de aminoácidos da
proteína).

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Transcrição e tradução em bactérias

3´ 5´

Procariotos

http://www.cbs.dtu.dk/staff/dave/roanoke/fig1348a.jpg
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/M/Miller_Hamkalo.html

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Eucariotos

Capeamento

Poliadenilação

Splicing e splicing alternativo em eucariotos

Splicing alternativo:

Importante mecanismo para


produção de diferentes formas de
uma proteína (isoformas)

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Diferenças Procariotos x Eucariotos

Características Procariotos Eucariotos


Molécula de DNA
Complexo de DNA e
Estrutura nuclear circular sem
proteínas básicas
proteínas
Aglomerado denso de
DNA do citoplasma,
Localização da Núcleo cercado por
sem membrana
estrutura nuclear membrana nuclear
nuclear ou núcleo
equivalente
Nucleóide e Nuclear e
DNA
plasmídeos mitocondrial
Sem mitocondria, e
Mitocôndria e retículo
Citoplasma sem retículo
endoplasmático
endoplasmático
Ribossomo 70S 80S
Geralmente paredes Presente somente em
rígidas com camadas fungos: glucana,
Parede celular
de mureína (exceção: manana, chitina,
Mycoplasma) chitosana e celulose
Na maioria dos casos
Assexual, por fissão sexual,
Reprodução
binária possivelmente
assexual

3. Crescimento dos
microrganismos

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Condições físicas para o cultivo dos microrganismos

1. Temperatura;
2. pH;
3. Pressão osmótica;
4. Atmosfera gasosa.

Cultivo bem sucedido depende de uma combinação de


nutrientes apropriados e de uma condição física apropriada.

Condições físicas para o cultivo dos microrganismos

Fatores que influenciam a atividade enzimática:

1.Temperatura; A altas temperaturas, as enzimas sofrem desnaturação e


perdem suas propriedades catalíticas; A baixas temperaturas, a taxa de
reação diminui
2. pH; pH no qual a atividade enzimática é máxima é conhecido como pH ótimo.
3. Concentração do substrato; Dentro de limites, a atividade enzimática
aumenta com o aumento da concentração do substrato.

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Condições físicas para o cultivo dos microrganismos:

1. Temperatura
Todos os processos de crescimento são dependentes de reações
químicas que são afetadas pela temperatura.

Os microrganismos podem crescer em uma faixa de


temperatura muito grande. Esta variação pode maior para
alguns microrganismos do que para outros.
Ex.: Bacillus subtilis – 8 a 53ºC – variação de 45ºC!
Neisseria gonorrhoeae – 30 a 40ºC – variação de 10ºC!

Temperatura

temperatura ótima

1 e 2 - Encontrados no oceano ou regiões polares;


3- Patogênicos – temperatura corpórea;
4 e 5 - Encontrados em áreas vulcânicas, mistura de fertilizantes e
em nascentes quentes.
(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Condições físicas para o cultivo dos microrganismos:

2. pH

Melhor crescimento dentro de variações pequenas de pH sempre


perto da neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5.

Isto explica como picles e queijos não deterioram, pois


contém muitos ácidos produzidos durante a fermentação
bacteriana.

Bactérias acidófilas – tolerantes altos graus de acidez.

A alcalinidade também inibe o crescimento microbiano.

Condições físicas para o cultivo dos microrganismos:

3. Pressão osmótica
A água traz nutrientes para os microrganismos;

Cerca de 80 a 90% do conteúdo celular dos microrganismos é água;

Solução de  [sal] (hipertônica) – passagem da água de dentro


para fora da célula: plasmólise ou diminuição (encolhimento) da
membrana plasmática da célula.

Inibição do crescimento no momento em que a membrana


plasmática se separa da parede celular.
Preservação de alimentos!!!

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http://www.fathom.com/course/21701753/21701753-psa.jpg

Condições físicas para o cultivo dos microrganismos:

4. Atmosfera
Gases atmosféricos apropriados para que as bactérias sejam
cultivado com sucesso.

O oxigênio e o dióxido de carbono - gases principais que afetam


o crescimento dos microrganismos:

CO2 é utilizado por todas as células para certas reações químicas

O2 é requerido por uns e para outros é tóxico.

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Exigências nutricionais

Elementos químicos essenciais:


-Carbono; - Enxofre;
- Nitrogênio; - Fósforo.
- Hidrogênio;
-Oxigênio;

Elementos químicos como nutrientes

Necessários para síntese


Funções normais dos componentes celulares
Compostos Orgânicos - Glicose
Inorgânicos - CO2

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Processo de degradação de substratos


Energia e conversão em energia utilizável

Catabolismo

Processo de utilização de energia


na síntese de constituintes
celulares

Anabolismo

Metabolismo microbiano

Carboidratos

Catabolismo Lipídios

Proteínas

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Catabolismo de Carboidratos - Glicose


Carboidrato padrão
Produz energia e outros substratos utilizáveis.

As bactérias degradam a glicose em etapas distintas para


permitir que a energia seja captada em formas aproveitáveis!

Têm a capacidade de produzir energia a partir da


glicose através dos processos de fermentação ou
respiração anaeróbia (ambos na ausência de
oxigênio) ou respiração aeróbia, por ordem de
eficácia crescente.

(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Os metabólitos são convertidos por uma ou mais


vias num intermediário comum universal:
O Ácido Pirúvico

Carbonos são encaminhados para:


• Produção de energia;
• Síntese de novos carboidratos;
• Aminoácidos;
• Lipídios;
• Ácido nucléico;

(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Metabolismo da Glicose

Ciclo do Ácido Tricarboxílico

Principais funções:

1) Principal mecanismo de produção de ATP


2) Atua como via comum final para a oxidação completa de
aminoácidos, ácidos graxos e carboidratos;
3) Fornece intermediários-chaves (alfa-cetoglutarato,
succinil CoA, oxaloacetato) para a síntese final de
aminoácidos, lipídios, purinas e pirimidinas.

Cadeia de Transporte de elétrons

Respiração aeróbia – O2 é o aceptor final de elétrons

Respiração anaeróbia – substância diferente do O2 é o aceptor


final de elétrons

(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Respiração anaeróbia

Quantidade de ATP gerada varia com o microrganismo e a via;

Rendimento mais baixo que respiração aeróbia:

✓ Grande parte do ciclo de Krebs não funciona sob condições


anaeróbias;

✓ Nem todos os transportadores participam da cadeia de


transporte de elétrons.

Crescimento mais lento!!

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Fermentação

✓ Libera energia de
açúcares ou moléculas
orgânicas;

✓ Não requer oxigênio;

✓ Não requer ciclo de


Krebs ou cadeia
transportadora de
elétrons; Transferência de elétrons

✓ Utiliza molécula
orgânica como aceptor
final de elétrons.
(Tortora, Funke & Case, 2000)

Produtos finais da Fermentação

(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Dois principais processos:

Fermentação do Ácido Lático Oxidação

Streptococcus
Lactobacillus

Fermentação Alcoólica Redução

Algumas bactérias, mas a


fermentação alcoólica mais
conhecida é a da levedura
Saccharomyces

(Tortora, Funke & Case, 2000)

(Tortora, Funke & Case, 2000)

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Utilização da Energia - Biossíntese

Biossíntese de Compostos Nitrogenados

Fixação de nitrogênio - Aminoácidos, Proteínas, Nucleotídeos e


ácidos nucléicos

Biossíntese de Carboidratos

Fixação de CO2 -- Triose, pentose, hexoses, nucleotídeos e


polissacarídeos

Biossíntese de lipídios

Biossíntese de fosfolípides e ácidos graxos de cadeia longa

Conhecendo o metabolismo microbiano para


saber controlar o crescimento dos
microrganismos e aproveitar seus produtos

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Utilização da Energia - Biossíntese

Pelczar Jr. et al., Microbiologia e aplicações, 2 ed., Makron Books, 1996

4. Microbiologia Industrial

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Uso dos microrganismos – Pão e vinho

Microbiologia Industrial

Produtos de valor comercial


(Produtos farmacêuticos = antibióticos)

Microrganismos
larga escala
Importantes transformações químicas
(Produção de cerveja e vinho)

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Processos microbiológicos industriais correspondem à


otimização de reações metabólicas já realizadas
naturalmente por microrganismos.

Objetivo na Microbiologia Industrial:

Superprodução do composto de interesse

Microbiologia Industrial

Início – fermentação de cerveja e vinho

Depois – Síntese de produtos farmacêuticos (Antibióticos)


- Aditivos alimentares (aminoácidos)
- Enzimas
- Compostos químicos (butanol e ácido cítrico)

Processos otimizados a partir de reações metabólicas já


realizadas naturalmente por microrganismos

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5. Biotecnologia

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Uma nova era – Biotecnologia

Métodos de manipulação genética permitiram a geração de


novos produtos microbianos, muitos dos quais não são
produzidos naturalmente por microrganismos

Manipular DNA e inserí-lo em um


microrganismo visando sua
expressão!

Proteínas de mamíferos
Novas vacinas
Hormônios
Enzimas

O que é Biotecnologia??

1 - Aplicação de processos, sistemas ou


organismos biológicos para manufatura e
serviços industriais.
2- O uso integrado de bioquímica,
microbiologia e ciências da engenharia
para adquirir capacidade de aplicações
tecnológicas (industriais) de
microrganismos, cultura de células e
tecidos.

3- Uma tecnologia usando fenômeno


biológico para copiar e produzir vários
tipos de substâncias úteis.

4- Aplicação de princípios científicos e de


engenharia para o processamento de
materiais por agentes biológicos para
produzir bens e serviços.

5- Ciência dos processos de produção baseados na ação de


microrganismos e seus componentes ativos e dos processos de produção
envolvendo o uso de células e tecidos de organismos superiores.

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Principais objetivos do Biotecnologista:

Inovar, desenvolver e otimizar o processo no qual a catálise

bioquímica tem um papel fundamental e insubstituível.

Biotecnologistas precisam trabalhar em cooperação com

experts de outros campos como medicina, nutrição,

indústrias químicas e farmacêuticas, proteção ambiental e

tecnologia de processamento de resíduos

Precisam entender o potencial assim como as limitações de

outras áreas!!

Produto da Biotecnologia pode não ser visto como “novo”

No entanto, o processo de produção pode ter sido alterado!!

Mas por que alterar o processo de algo que eu já consigo

produzir?

Para produzir o mesmo produto, porém:

em menor tempo

em maior quantidade

gastando menos

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O que é Biotecnologia??

Enfim, Biotecnologia, em sua essência implica no uso de


microrganismos, células de animais e plantas ou enzimas
para sintetizar, quebrar ou transformar materiais.

Novos processos biotecnológicos irão, em muitos casos, funcionar a


baixas temperaturas, consumirão menos energia e se basearão
principalmente no uso de substratos mais baratos para a biossíntese

Indústrias dependem da biotecnologia para desenvolvimento de


novos produtos e vantagem competitiva

6. Disciplina

Microbiologia e Biotecnologia
Industrial

-Escolha dos Microrganismos

-Estágios no processo produtivo

-Sistemas de expressão

-Biorreatores

-Processos pós-fermentação

- Visitas técnincas

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Referências

Manual de criopreservação Nunc – ver site da disciplina

Capítulo 3 - Genetics and biotecnology (John Smith Biotechnology)


– ver site da disciplina

Prescott, Harley and Klein. 2002 Microbiology, 5th edition, The McGraw-
Hill (Chapter 42- Biochemistry - Industrial Microbiology And
Biotechnology) – ver site da disciplina

Schmidell W, Lima UA, Aquarone E, Borzani W. Biotecnologia


Industrial: Engenharia Bioquímica. Volume 2. Ed Edgard Blücher
LTDA, São Paulo, 2001. Cap. 2.

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