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Ebós para todos os fins

POR VALÉRIA D’OGUMEXUBARÁXOROQUÊ

Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada pessoa
só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por
Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre
ebós. CUIDADO E ATENÇÃO.

Ebó de Exú para abrir caminhos e tirar toda


negatividade
4 Padês, Oti, Omi, Epo, Wewim, enrolados em folhas de làrá pupa.
7 akasas com epô.
7 punhados de duburu.
7Ovos.
7 bolas de farinha de mandioca de mesa.

7 pregos.
7 Velas brancas.
1 Garrafa de Oti.
Morim preto e vermelho
Alguidar número 1 ou 2.
Passar todos os ingredientes no corpo e ir colocando no aguidar.
Por último os morim, fazer uma trouxa com os morim e despachar em boca
de mata ou encruzilhada de Exu.
Abrir o morim arrumar o alguidar, derramar o oti em forma de círculo e
colocar o restante junto do aguidar, e acender as 7 velas ao redor.
Pedir para que Exù, quebre tudo o que tiver de ruim, e para que ele abra os
caminhos.

EBÓ PARA ABERTURA DE CAMINHO OFERECIDO A OGUN


½ kg de cada tipo de miúdo de boi;
1 inhame bem grande;
1 alguidar grande;

21 palitos.
Cozinhe os miúdos e o inhame (com casca) separadamente. No alguidar,
coloque os miúdos e o inhame, cravejado de palitos em cima.
Leve essa oferenda numa trilha de mata e peça para Ogun abrir seus
caminhos, trazendo fortuna e prosperidade.

PÓ DE EXÚ PARA ABRIR CAMINHO


Raspa de um assentamento de Exú;
Pó de sete búzios triturado;
Pemba preta, cinza e vermelha;
Cinza de fogueira;
Folha de manzá;
Folha de coroa de Cristo;

Areia de praia;
1 cabaça média.
Triturar todos os ingrediente, utilizando um pilão, colocar dentro de
uma cabaça pequena. colocar a cabaça no quintal de sua casa, onde tenha
terra, coloque essa cabaça em cima de três cédulas de dinheiro corrente,
pedindo a Exú que abra os seus caminhos e não permita que você passe por
necessidades. Deixe no tempo durante 7 dias, num lugar onde ninguém
mexa. Ao final desse tempo, coloque um pouco desse pó sobre cada nota
do dinheiro, dobrando-as e colocando-as em sua carteira, soprar este pó, em
frente ao seu comércio ou na frente da empresa que você trabalhe.

BANHO PARA FICAR MAIS ATRAENTE


1 bacia de ágata virgem;
200 g. de sândalo em pó;
3 colheres de açúcar cristal;

1 colher de pau (sem uso);


1 vidro de perfume de alfazema;
1 vidro de 1 litro água de rosas.
Misture todos os ingredientes na bacia, mexendo com a colher de pau no
sentido horário. Deixe descansar durante três dias, mexendo de vez em
quando.
Coloque essa poção num recipiente (de preferência escuro), para utilizá-lo
quando quiser ficar mais atraente, usando uma pequena parte do líquido e
um pouco de água fria. Depois de tomar um banho normal, jogue esse
preparado no corpo inteiro diluido em um balde de agua.

ENCANTAMENTO PARA CURAR SARAMPO


Passe três moedas, de igual valor, no corpo do doente, pedindo a cura para
essa pessoa. Depois disso, vá até um lugar descampado, onde tenha
caminhos ou trilhas, de preferência a trilha de mata, e jogue essas moedas
por cima dos ombros, não olhando para trás até chegar em casa. Peça para
os espiritos da natureza, Oxossi e Ossain retirarem toda as doenças.
Obs.: Não deve jogar as moedas na rua.

BANHO DE ERVAS PARA AFASTAR EGUN

(eguns – espíritos obsessores)


3 ou 4 folhas de mangueira;
1 galho pequeno de arruda;

folha de arueira;
um punhado de abre caminho;
cravos vermelhos;
1 casca de manacá;
1 kg de canjica branca cozida;
1 pote de barro médio.

Prepare esse banho antes das seis horas da manhã.


Macere todas as ervas, colocando-as dentro do pote, juntamente com a água
do cozimento da canjica. Tome esse banho ao ar livre, da cabeça aos pés,
pedindo que os eguns e as más influências vão embora.
A canjica deve ser colocada numa tigela branca (virgem) e oferecida a
Oxalá, para que a paz e as energias positivas venham para essa pessoa.
Fazer os pedidos em voz alta.

MISERICÓRDIA PARA PESSOAS GRAVEMENTE ENFERMAS


OU DESENGANADAS (OXALÁ)

2 tigelas brancas grandes;


2 kg de canjica;

3 velas de sete dias;


1 traje completo da pessoa enferma (camisa, calça, roupas íntimas, meias,
lenço ou boné);
1 lençol branco.
Cozinhe a canjica até amolecer, colocando um pouco de mel e uma pitada
de sal na água. Depois de coada e fria, coloque a canjica nas duas tigelas.
Faça com que o doente use a roupa durante um dia inteiro. Monte, no chão,
uma espécie de boneco, colocando, na ordem, o boné ou lenço, a camisa, a
calça, as roupas íntimas embaixo e as meias (escolha um local onde
ninguém tenha acesso). Coloque uma das canjicas perto do boné (cabeça) e
a outra perto das meias (pés).
Acenda a primeira vela perto da roupa, pedindo a misericórdia de Oxalá
para essa pessoa (pronuncie o nome dela em voz alta). Deixe as roupas e a
canjica descansarem por sete dias (ninguém pode tocar).
Ao final dos sete dias, as canjicas devem ser oferecidas a Oxalá embaixo de
uma árvore frondosa (não pode ser árvore com espinhos ou seringueiras,
que pertencem ao orixá Exú), após as dezoito horas.
As roupas devem ser usadas pelo doente por mais um dia.
As outras duas velas devem ser acesas, uma após a outra, em substituição à
que se apagou. Faça muitos pedidos de misericórdia ao Orixá Oxalá.
Obs.: Qualquer pessoa pode preparar esse ebó.

SIMPATIA DE OSSAIN PARA CURAR ASMA


1 alguidar grande;
1 folha de bananeira;
1 pedaço de fumo de rolo;
mel;
1 vela branca.
Coloque, sobre a folha de bananeira, o fumo e o mel. Deixe tudo aberto
sobre o alguidar. Leve essa oferenda a uma praça bem limpa ou a uma
floresta. Pronuncie três números: sete, quatorze e vinte e um e peça que
Ossain, orixá da cura, tire toda a asma que aflige a pessoa (falar o nome do
doente). De preferência, faça isso numa quinta-feira.
Não esqueça da paga de Exú primeiro.

EBÓ PARA PEDIR FORTUNA A EXÚ


1 alguidar grande;
1 kg de farinha de mandioca crua;
1 bife grande e suculento;

azeite de dendê;
mel;
pimentas dedo de moça;
feijão fradinho;
3 cebolas médias;
1 garrafa de pinga;

1 vela branca;
1 punhado de moedas.
Frite o bife no azeite de dendê, sem passar demais.
Numa das metades do alguidar, coloque a farofa de dendê e, na outra, uma
farofa de mel. Coloque o feijão fradinho em toda a volta do alguidar e, por
cima das farofas, o bife enfeitado com as rodelas de cebolas e as pimentas.
As moedas devem ser colocadas em volta do alguidar.

Leve essa comida embaixo de uma árvore de Exú (seringueira ou arvores


que tenham espinhos), acendendo uma vela ao lado para localizá-la. Abra a
garrafa, fazendo um círculo com a pinga em volta da oferenda.
Peça, em voz alta, a Exú que lhe traga fortuna, prosperidade, fertilidade,
caminhos abertos, etc.

EBÓ PARA OGUM XOROQUÊ


1 alguidar grande;
2 kg de feijão preto;
3 garrafas de cerveja;
1 copo.
1 nós moscada;
1 dandá da costa;
1 punhado de cravos da Índia;

canela em pó;
2 inhames grandes;
toucinho de porco;
azeite de dendê.
Rale ou soque todos os ingredientes, guardando o pó num recipiente
adequado. Esse pó poderá ser soprado dentro de casa ou no seu local de
trabalho, pedindo prosperidade, ou, até mesmo, ser passado em pessoas
pedindo para afastar as más influências.
Cozinhe o feijão preto até amolecer. Numa panela de ferro, frite o toucinho
no dendê e refogue o feijão.
Arrume a comida no alguidar (previamente lavado com água e mel),
enfeitando com sete pedaços de toucinho frito. Coloque os inhames cozidos
(com casca) em cima de tudo.

Leve essa oferenda a um trilho de trem que faça uma linha reta (não
coloque o prato perto de curvas). Quebre as três garrafas de cerveja e peça
para Ogun Xoroquê que melhore sua vida o mais rápido possível. Peça
fortuna, prosperidade, caminhos abertos, etc.
Obs.: Servir a cerveja no copo, fazer o circulo e Quebrar, significa romper
a influência de forças maléficas que atrapalham a vida.

EBÓ PARA GANHAR DINHEIRO


1 quartinha de barro;
7 búzios africanos;
7 moedas brancas (comuns);
7 moedas amarelas;
7 folhas de louro.

Coloque todos os ingredientes dentro da quartinha. Cave um buraco (que


caiba a quartinha) na porta de entrada da casa, do lado de dentro. Peça
fortuna e prosperidade por sete vezes. Enterre a quartinha, com a tampa
fechada, recolocando o piso nesse lugar.
Nesse local não poderá haver trânsito de pessoas ou animais.

BANHO PARA DESCARREGO


1 pote de barro com tampa;
algumas folhas de: levante,

buchinha,
dandá,
cipó grosso (unha de gato),
louro e
alfazema;
colônia.
Sove, muito bem, todas as folhas, deixando descansar por três dias em um
local fresco, dentro de um pote de barro com tampa.
Após esse tempo, leve todos os ingredientes para ferver. Guarde o líquido,
já frio, em uma garrafa. Tome esse banho, da cabeça aos pés, sempre que
estiver ansioso ou nervoso. Esse banho não pode ser quente.
Obs.: No prazo de vinte e quatro horas antes do dia em que for tomar o
banho, não coma carne de porco ou pimenta nem ingira bebidas alcoólicas.

ENCANTAMENTO DE OSSAIN PARA LIVRAR PESSOAS DO


ALCOOLISMO
2 cervejas brancas;
sal.
Esse encantamento deve ser feito dentro da mata, em um local limpo.
Abra as duas garrafas de cerveja e coloque bastante sal dentro delas (quase
todos as oferendas feitas à Ossain levam muito sal). Escreva, num pedaço
de papel, a lápis, três vezes, o nome da pessoa que deve parar de beber.
Faça um círculo no chão com um pedaço de madeira ou pedra. Coloque o
papel, com o nome da pessoa, no centro (você deve ficar do lado de fora do
círculo). Jogue, ao mesmo tempo, as cervejas em cima desse
pedaço de papel. Peça para Ossain livrar, tal pessoa (pronunciar o nome
completo dela em voz alta) do vício do álcool. Quebre as duas garrafa,
deixando tudo dentro do círculo.

PARA UNIR UM CASAL


1 prato de porcelana branca (virgem);
1 vela de sete dias;
2 pêras brancas inteiras;

1 vidro de mel;
1 pedaço de rapadura;
1 fita azul e outra branca.
Escreva a lápis, três vezes, o nome de cada um dos parceiros.
Coloque os papéis escritos no prato, um ao lado do outro. Coloque as pêras
em cima deles. Amarre as pêras com as duas fitas, para que fiquem juntas.
Coloque um pouco de sal e mel em cima de tudo.
Acenda a vela ao lado do prato, pedindo a Oxalá para que essa união seja
perfeita e muito próspera. Deixe em repouso por sete dias.
Todos os dias, às dezoito horas, faça o mesmo pedido. Após os sete dias,
leve essa oferenda embaixo de uma bela árvore (não pode ser árvore de
Exú).

PARA CRIANÇAS ASSUSTADAS


3 pedras pequenas.
Coloque as três pedrinhas numa das mãos da criança, até elas esquentarem
um pouco. Jogue a primeira pedra dizendo: “Que o medo vá embora”. Faça
o mesmo com a segunda: “Que o susto vá embora”. Na última diga: “Que a
vida fique”.
Essas pedras devem ser jogadas num local onde haja terra.

PARA PERDER O MEDO DE ESCURO


7 velas brancas.
A simpatia deverá ser feita durante sete noites consecutivas, num quarto
(ou cômodo) bem escuro.
Acenda a primeira vela e diga, olhando para a chama: “Com esta vela eu
tiro o medo que existe dentro de mim”. Apague a vela e fique no escuro por
alguns instantes.
No segundo dia, você deve fazer a mesma coisa, dizendo: “Com esta luz eu
tiro o medo da escuridão.”
Repetir esse processo até o sexto dia.
No último dia, acenda a vela e pronuncie a seguinte frase: “Dessa luz eu
não preciso mais, pois já não tenho medo.” Apague a vela e fique alguns
minutos no escuro.
Aos poucos o medo vai diminuindo até acabar.

PARA AFASTAR PESSOAS INDESEJÁVEIS


1 tigela branca de louça;
morim branco (tecido);
azeite de oliva;
1 vassoura de bruxa (palha).
Amarre o cabo da vassoura com o pano branco. Escreva o nome da pessoal
indesejável (três vezes, a lápis), colocando dentro da palha.
Encha a tigela branca com água e algumas gotas de azeite de oliva.
Molhe a vassoura nessa água e passe nos batentes de todas as portas da
casa dizendo: “Que fulano de tal (fale o nome completo da pessoa) não
apareça mais nesta casa”. Faça isso durante três dias seguidos.
Passados os três dias, jogue essa vassoura num campo, bem longe de sua
casa.

Obrigação a Maria Padilha para Abertura de


Caminhos
Um padê com Camarão salgado e cebola ralada com azeite-de-dendê.
Rodelas de cebola, rodelas de tomate. Um bife passado no azeite-de-dendê,
cigarros ou cigarrilhas. Treês velas, fósforos, azeitonas pretas, sete rosas
vermelhas. Uma Garrafa de Cidra

Com o se fazer:
Coloque o Padê no alguidar e vá arrumando tudo (enfeitando da melhor
maneira) em cima do padê, acenda as velas na frente do trabalho, estore a
cidra, reze a Oração a Pomba Gira, e faça seus pedidos a Pomba Gira
Maria Padilha ou a uma das Pomba Giras que citei acima.
Fazer o pedido e colocar tudo na encruzilhada.

ORAÇÃO PARA MARIA PADILHA


Salve nossa Rainha da noite, Salve nossa tão gloriosa Maria Padilha.
São 12 horas em ponto e o sino já bateu. Sei que nesta hora, pela força do
vento a poeira vai subir, e com ela também subirá todo o mal que estiver no
meu corpo, no meu caminho e na minha casa. Tudo se afastará da minha
vida. É com a força e Axé de Maria Padilha que meus caminhos, a partir
deste momento em que os ponteiros se separam, estarão livres de todos os
males materiais e espirituais, pois a luz que clareia o caminho de Maria
Padilha também há-de clarear s meus caminhos, para isto estarei sempre de
posse desta oração.

Ebó para tirar queimação e fortalecer oris.


MATERIAL DO EBÓ:

Panela de barro

9 Ovos
9 Cebolas
Dendê
Peneira pequena
Mel
Morim branco
MODO DE FAZER:

Pegue uma panela de barro coloque em sua frente, passe em todo o corpo
9 ovos, e as 9 cebolas, coloque dentro desta panela e cubra com dendê,
em seguida coloque a peneira na boca desta panela e derrame o mel, e peça
as forças da Terra que tire tudo de ruim de sua vida, ebo, feitiços, olho
grande e queimação, e que seus inimigos não possam lhe enxergar. Este
ebo será
feito em local de mato queimado e/ou seco, e que tenha formigueiro perto,

então cubra com o morim branco, e ao chegar em casa tome banho com
sabão da costa e/ou sabão de coco.

Após o Ebó prescrito acima aconselha-se a fazer o seguinte banho


abaixo:

BANHO FORTALECER ORI


(sua cabeça, sua espiritualidade, suas forças, sua proteção, seu anjo da
guarda)

MODO DE FAZER:
Pegue água de coco verde, quine dentro de uma vasilha com folhas de
algodoeiro, elevante, e tome este banho varias vezes sempre ao amanhecer,
antes tome banho com sabão da costa e/ou sabão de coco, após feito isto
tome banho com as ervas, logo a seguir coloque um akasa em sua cabeça e
amarre com um morim branco e fique pôr duas horas, depois leve em um
jardim e coloque em baixo de uma arvore.

Ebó para abertura de caminhos, trazer dinheiro e


prosperidade com a ajuda de OGUM
– 01 inhame do norte assado, 21 moedas correntes, 21 taliscas de mariwô
(folha da palmeira), 01 acaçá branco (bolinho de milho branco misturado
com água, envolto em folha de bananeira ), 01 acaçá vermelho ( igual ao
branco , porém com farinha de milho amarela ), azeite de dendê e mel.

– Assar o inhame na brasa (se for preciso raspar um pouco para tirar o
excesso queimado). Colocar no alguidar. Enterrar os talos de mariwô e
chamando Ogum. Fazer o mesmo com as moedas. Colocar os acaçás (um
em cada ponta do inhame). Regar com um pouco de azeite de dendê e mel,
01 pitada de sal.
– Acender uma vela vermelha e fazer seus pedidos a Ogum.

– Colocar este despacho no muro, ao lado do portão.Se a pessoa morar em


apartamento, colocar dentro de sua casa, atrás da porta de entrada.
– Depois de 07 dias, despachar sob uma árvore bem frondosa.

OFERENDA PARA POMBA GIRA MARIA


PADILHA DA ENCRUZILHADA
Seguir procedimentos básicos para oferendas

MATERIAL:
1 cesta de palha ou vime
7 maçãs vermelhas inteiras regadas com mel
7 rosas vermelhas (abertas e sem espinhos)
7 cigarrilhas
7 pulseiras (douradas de metal)
7 morangos (regados com mel)
7 velas vermelhas

1 batom vermelho
1 vidro de perfume (gostoso, mais não precisa ser caro)
1 garrafa de licor de cacau

PREPARO:
Seguir todos os paços para oferendas, ver a postagem oferenda para Pomba
Gira Sete Saias.

Montar um arranjo com todos os presentes, na cesta.


Entregar em local adequado.

Ebó para Ògún


Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade

1 inhame do norte assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21


taliscas de mariwô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho
branco misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá
vermelho (igual acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite
de dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariwô e chamando por Ògún, Faça o mesmo com
as moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com
um pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. acenda uma vela e faça seus
pedidos a Ògún. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. se você morar em apartamento, coloque dentro de sua
casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés de
uma árvore frondosa.

Presente a Oxun
Para acalmar a pessoa amada

5 batatas inglesas, mel, azeite doce, açúcar mascavo, 2 velas.


Como Preparar: Cozinhe as 5 batatas inglesas sem casca. Deixe esfriarem.
Coloque um pouco de mel, azeite doce e açúcar mascavo em um prato de
louça, vá amassando as batatas com as mãos e misturando tudo. Faça isso
pensando na pessoa amada. Dê um formato de coração à massa. Acenda 2
velas amarelas de 30 cm ao lado. Ofereça a Òsún Àpáàrà.

Oferendas a Ogun
Material: 1 inhame; Azeite de dendê; Mel de abelhas; 1 palma de
dendezeiro (mariwo), pode ser de coqueiro caso não ache o dendezeiro; 1
vela branca.

Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma


do dendezeiro. Depois que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos
em toda o corpo do inhame, escreva o nome da pessoa que se deseja ajudar
em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome, coloque o
mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos . Pede-se o desejado
à Ogum. Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.

Ebó para Èsù Lonan


Abrir Seus Caminhos, para tirar feitiço, olho-grande, inveja.
1 metro de morim vermelho, 1 alguidar médio, 7 velas brancas, 1 bife de
boi cru, 7 moedas atuais, 7 búzios abertos, 1 farofa de dendê, com uma
pitada de sal, 7 limões, 7 acaçás vermelhos, 7 ovos vermelhos, 1 obi.
Como Preparar: Abra o morim em sua frente. Acenda as velas. Passe o
alguidar pelo seu corpo e coloque-o em cima do pano. Passe os
ingredientes no corpo, pela ordem acima. Por último, abra o obi, e leve-o
até a sua boca, fazendo seus pedidos. Deixe-o em cima do ebó. Feche o
morim. Este ebó tem que ser despachado em rua de muito movimento,
onde tenha muitas casas comerciais.

Oferendas a Exú
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho
branco; Fígado, coração e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um
alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farofa com dendê, uma com mel e uma com
água, separadamente. Faça o acaçá branco cozinhando a farinha de milho
em água, deixe a massa bem consistente, depois coloque em um pedaço de
folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de boi em
pedaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de
sal, o camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farofas no alguidar sem
misturar muito, ponha o refogado de miúdos sobre a farofa e coloque o
acaçá no centro. Oferece-se para Exú pedindo o que se quer. Coloque em
uma praça bem movimentada.

Ebó Para Caso de Prisão


Escrever o nome do preso em 21 ovos. Quebrar ao redor da delegacia ou
presídio, chamando por Exu Tiriri e pedindo o que quer.
Fazer um caruru para sete crianças. Limpar as mãos na roupa da pessoa e
despachar na cachoeira.
Se a pessoa ainda não tiver sido presa, limpe as mãos das crianças na roupa
e no corpo da pessoa. Depois, despachar a roupa na cachoeira e dar um
banho de cachoeira na pessoa.

Ebó Para Yansã – Oyá Onirá


Material Necessário:1 Abóbora moranga4 Búzios abertos4 Noz moscada4
Moedas4 Acarajés4 Metros de fitas vermelha / Branca1 Saco de morim
Maneira de Fazer: Fazer um buraco na abóbora, colocar o resto das coisas,
depois de passadas no corpo. Tapar a abóbora, amarrar com fitas. Entregar
a OYÁ ONIRA no alto de um morro, às 18:00 ou 24:00 horas, acender e
pedir tudo de bom.

Ebó Para Resolver Problemas Difíceis


Material Necessário:2 Acaçás Brancos 2 Ovos Brancos 2 Quiabos 2
Moedas 2 Conchas 1 Oberó
Maneira de Fazer: Passa-se tudo no corpo e coloca-se num Oberó, colocar
bastante mel e arriar numa praça e pedir a MEGE ou MEGIOKO que traga
tudo de bom e em dobro. Este Ebó tem que ser feito com 2 pessoas,
acompanhadas de duas crianças.
Nota: Este Ebó só pode ser feito nas terças-feiras.

Ebó Para Deixar de Beber


1. Escrever os pedidos na fronha do travesseiro e depois despachar no mar.
2. Sacudir a pessoa com pipocas e um frango numa cova abandonada do
cemitério, fazer pedidos e deixar tudo aquilo ali.
3. Torrar a maça de vaca e fazer o pó. Esse pó deverá ser colocado na
bebida que a pessoa mais gosta ou comida.
4. Fazer uma infusão de cachaça, camarão pitu e restos das fezes do
beberrão. Quando ele beber fará vômitos. Quando vomitar, junte o vômito
e enterre numa cova abandonada, acendendo uma vela e fazendo pedidos.

Para descobrir um Orixá que não aparece no Jogo


Colocar um Obi com uma moeda corrente dentro de uma folha da costa
(saião) e colocar 3 noites debaixo do travesseiro da pessoa. Retirar e
colocar no meio do jogo de búzios, pedindo à IFÁ e ORUMILA que
apresente o Orixá.

Ebó Para Afastar Egun


Material Necessário:9 Ovos Brancos 9 Ecurus 9 Acaçás Brancos Canjica
Branca Escaldada 9 Velas Brancas Morim Branco
Maneira de Fazer: Passar tudo pelo corpo e pedir à OYÁ EGUNITÁ para
afastar todos os males e Eguns. Em seguida, tomar um banho de Abô e
acender 7 velas para Omolu, fazendo os pedidos.
Depois, passa-se um pombo pelo corpo da pessoa e solta-se. Em seguida, a
pessoa deverá tomar 7 banhos durante 7 dias seguidos, cumprindo preceito.
D’Oshóssi Aroeira Branca Funcho
Oferendas Para Oxalá – Prosperidade

Local: Dentro de Casa


Horário: Diurno
Dia da Semana: Sexta-Feira
Material Necessário:
01 Tijela branca e 16 Acaçás
Modo de Fazer: Colocar na tijela branca 16 acaçás, pedindo a OXALÁ
ajuda e melhoria de vida, colocar em cima do telhado, pedindo que
OXALÁ o ajude e leve-o o alto AXÉ.
Ebó Para Atrair Clientes
Local: Terreiro de Candomblé.
Horário: O que lhe melhor lhe convir.
Dia da Semana: Terça, Quarta ou Quinta-Feira.
Material Necessário:

02 kilos de Milho Vermelho – 07 Moedas – 01 Omolocum – 09 Acarajés e


01 Ajebó.
Modo de Fazer: Colocar dois quilos de milho no fundo de uma panela.
Colocar sete moedas. Sair pela manhã antes do sol nascer, fazer a volta
jogando pela rua, e gritar por OGUN, entrar no,portão, tirar as moedas e
colocar no jogo. Arriar um Omolocum para OXUN e nove acarajés para
YANSAN, após vinte e um dias dar um Ajebó para XANGÔ, dentro de
casa, com nove moedas, colocar no canto do quintal, as moedas colocar no
jogo.

Oferenda a Obaluaiê (Inveja e Olho Gordo)


Local: Terreiro de Candomblé.
Horário: Diurno
Dia da Semana: Sexta-Feira.
Material Necessário:
01 quilo de milho alho 10 orogbôs, 10 moedas correntes e 10 favas de olho
de boi.
Modo de Fazer: Fazer do milho alho, pipoca ( flores do velho ), colocar
dentro de um Oberó ( aguidá ), colocar 10 orogbô, passando um a um pelo
corpo, passar em seguida as 10 moedas, uma uma pelo corpo, em seguida
passar as favas de olho de boi, pelo corpo pedindo tudo o que quiser.
Colocar tudo dentro do Oberó, em cima as pipocas.

Obs: Esta obrigação tem por finalidade segurar sua casa do mal, dos
inimigos e dos invejosos. Afastando-se de sua casa e mais quem estiver
prejudicando ou perturbando seu lar.

Oferenda a Oyá Onirá (Bons Negócios)


Local: Alto de um morro
Horário: Diurno
Dia da Semana: Quarta-Feira.
Material Necessário:

01 abóbora, 04 búzios abertos, 04 nóz moscada, 04 moedas correntes, 04


metros de fita branca, 04 metros de fita vermelha, 01 papel com seu nome e
da pessoa com quem quer realizar o negócio e mel de abelha.
Modo de Fazer: Corta-se a abóbora moranga em cima e, coloca tudo dentro
do saco, colocando em seguida o saco dentro da abóbora, fecha-se a
abóbora e amarra-se com fitas brancas e vermelhas, coloca no alto de um
morro e entrega a Yansán Onirá.

Obs: Entrega-se a Yansán pelos caminhos de Obará.


Ebó Para Limpeza da Casa ( Moradia )
Local: Dentro de Casa
Horário: Qualquer um
Dia da Semana: Segunda-Feira.
Material Necessário:

01 Pombo branco e 01 metro de fita branca.


Modo de Fazer: Cava-se um buraco e coloca-se uma tigela com ovos gôros,
cobrindo-os com prato branco, cobre-se o buraco com uma tampa. Sempre
olhar os ovos, para ver se estouram, remove-los e substituí-los.
Obs: Despachar na encruzilhada. Por dentro do barracão em um canto, uma
tigela com 07 ovos bons e água com sal grosso. Quando fizer sete dias,
despacha-los em uma encruzilhada aberta, fica-se no meio da encruzilhada
e joga-se os ovos para trás de si e sai sem olhar para trás, em seguida,
coloca-se novos ovos no local.

Para Conseguir Um Bom Emprego


Um Galo Para Xangô Airá
Local: Pedreira

Horário: 18:00 horas


Dia da Semana: Quarta-Feira.
Material Necessário:
01 frango branco novo, 12 quiabos, 01 cebola, camarão seco, azeite doce e
06 acaçás brancos.
Modo de Fazer: Sacrificar o frango, tirar as tripas e limpar bem o frango
com os Axés, depois colocar os miúdos dentro da barriga do frango, junto
com os quiabos e a cebola e, bastante camarão. Fazer uns espetos e fechar o
frango com eles. Colocar para cozinhar, depois de cozido, passar azeite
doce até ficar dourado. Oferecer o galo e os acaçás.
Obs: Para que este trabalho saia, é necessário que se leve um fogareiro para
a pedreira e as panelas.

EBÓ:
Material Necessário:
10 Velas brancas, 10 acaçás brancos, 10 acarajés, 10 carretéis de linha
branco, 02 metros de morim branco, 01 saco de estopa ( linha ) e 04 metros
de cadarço
Obs: Passar o Ebó no corpo da pessoa e depois despachar no mar.
Ebó Para Impedir Que Uma Pessoa Faça Mal a Outra
Local: Dentro de Casa
Horário: Qualquer Um
Dia da Semana: Segunda-Feira.
Material Necessário:

Nome da pessoa que quer fazer o mal – 01 cebola, 02 pires virgens e 01


garrafa de pinga.
Modo de Fazer: Coloca-se o nome da pessoa dentro do pires, e em cima do
nome coloca-se a cebola, joga-se a pinga em cima e cobre-se com o outro
pires, pedindo para que a pessoa esqueça que você existe.

Ebó Para Resoluções Rápidas


Local: Entrada

Horário: Noturno
Dia da Semana: Segunda-feira
Modo de Fazer: Torrar feijão fradinho no azeite de dendê, colocar em um
alguidar ou em folha de mamona, arriar em estrada de barro.

Ebó Para Tirar Influências Negativas ( Exú )


Local: Casa da Casa
Horário: Qualquer Um
Dia da Semana: Qualquer um, exceto Sexta-feira
Material Necessário:
03 Ovos, 01 cebola e 02 garrafas de água.

Modo de Fazer: Passar tudo no corpo da pessoa e despachar em uma mata


fechada.
Ebó Exú Para Afastar Más Influências ( 1 )
Local: Cemitério
Horário: Meia-Noite
Dia da Semana: Segunda-feira
Material Necessário:

Um galo preto, verduras de todas as qualidades, um pedaço de carne seca,


um pedaço de carne de porco salgada, 07 bolinhos de farinha e água com
carvão, 07 farofas de azeite-de-dendê, 07 farofas de mel de abelha, 07 velas
brancas, 1 metro de morim branco, Duburu, feijão preto cozido, feijão preto
torrado, milho vermelho e galhos de aroeira.
Maneira de Fazer: Passar pelo corpo da pessoa todos os ingredientes acima
descriminados, obedecendo a mesma ordem. Deixar tudo no local que fizer
o Ebó. Levar a pessoa imediatamente para tomar banho de Abô.

Ebó Exú Para Afastar Más Influências ( 2 )


Local: Cemitério

Horário: Meia-noite
Dia da Semana: Segunda-feira
Material Necessário:
Um casal de galinhas brancas. Além de todos os ingredientes acima
mencionados. A maneira de fazer é a mesma do Ebó acima.
Oferendas a Odé
Material: 1 milho verde com casca; Milho vermelho em grãos; Coco; 1
alguidar.
Modo de fazer: Cozinhe o milho vermelho e coloque dentro do alguidar,
desfie a palha do milho verde deixando apenas o milho descoberto e as
palhas desfiadas penduradas, desfiar sem arrancar a palha do milho. Corte o
coco em fatias finas e enfeite sobre o milho cozido, coloque o milho verde
em pé sobre o coco, apontado para cima e com as palhas escondendo os
grãos e o coco que ficarão em baixo. Coloque em cima da casa ou em um
lugar alto pedindo à Oxóssi o que se quer.

Oferendas a Ossain
Material: Batata doce; Cebola; Azeite de dendê; 1 alguidar

Modo de fazer: cozinha-se a batata-doce apenas em água. Depois,


descasca-se e amassa-se feito purê. Aí, mistura-se num refogado de cebola
ralada com azeite de dendê e coloca-se tudo no alguidar. Coloque próximo
a plantas e faça seus pedidos.

Oferendas a Obaluaiê
Material: Milho de pipocas; Areia de praia; 1 alguidar; 1vela branca.
Modo de fazer: Este é o prato mais comum oferecido à Obaluaie ou Omolu.
Coloque a areia de praia em uma panela e deixe esquentar, depois de
quente coloque o milho de pipoca para estourar nesta areia. Quando estiver
estourado, coloque o milho no alguidar e está pronta a oferenda, faça seus
pedidos à esse grande Orixá.
Oferendas a Xangô
Material: 12 quiabos; mel de abelhas; azeite de oliva; água; 1 tigela branca.
Modo de fazer: Corte os quiabos em rodelas finas, coloque na tigela com
água, ponha um pouco de mel e um pouco de azeite por cima e mexa com
as mãos até que se forme uma baba viscosa, enquanto estiver amassando
com as mãos vá pedindo o que se quer à Xangô, Depois coloque em um
lugar alto.

Oferendas a Oxumarê
Material: Feijão fradinho; Milho vermelho em grãos; Cebola; Azeite de
dendê; 1 prato colorido.
Modo de fazer: Cozinha-se o feijão fradinho em água. Separadamente,
cozinha-se o milho vermelho também em água. Depois, juntar o feijão e o
milho, misturar bem e depois colocar num refogado de cebola ralada e
azeite de dendê que deverá estar pronto. Coloque no prato e coloque
próximo as plantas oferecendo a Oxumarê e fazendo seus pedidos.

Oferendas a Yansã
Material: Feijão fradinho; Camarão seco ralado; Cebola ralada; Azeite de
dendê; 1 prato de barro ou louça.
Modo de fazer: Coloque o feijão de molho de um dia para o outro.
Descasque o feijão um a um. Triture o feijão e misture com cebola ralada e
o camarão seco socado, mexa por um tempo até que se obtenha uma massa
firme. Coloque a massa para descansar coberta com um pano e com uma
pedra de carvão dentro. Coloque +/- um litro de dendê em uma panela
funda e deixe esquentar bem, faça bolos da massa de feijão com uma colher
e coloque para fritar. Quando estiverem todos fritos, coloque no prato e
deixe esfriar. Ofereça-os para Yansã. Faça seus pedidos.

Oferendas a Obá
Material: Feijão fradinho; Cebola; Camarão seco socado; Azeite de dendê;
Farinha de mandióca; 1 Alguidar; Flores e velas coloridas.
Modo de fazer: Cozinha-se o feijão fradinho em água. Depois,mistura-se
num refogado de cebolas raladas, camarão seco socado, azeite de dendê e
água. Por cima coloca-se a farinha de mondioca, fazendo um pirão e
coloca-se no alguidar. Deixe esfriar e enfeite com flores por cima do prato.
Coloque nas margens de um rio e acenda as velas coloridas pedindo o que
se quer a Obá. Sendo por muitos divindade interligada ao amor.

Oferendas a Oxun
Material: 5 batatas doces brancas; mel de abelhas; velas amarelas; prato
branco; fitas coloridas.
Modo de fazer: Coloque as batatas para cozinhar em água até que fiquem
bem molinhas. Deixe esfriar e amasse estas batatas com mel pedindo o que
se quer. Tenha muita concentração em amassar, depois de amassado,
coloque no prato e molde um coração com a massa. Depois enfeite com
flores e fitas. Ofereça à Oxum em uma lagoa ou riacho. Esta oferenda é
muito eficaz em casos amorosos.

Oferendas a Logun Edé


Material: Milho vermelho; Feijão fradinho; Azeite de dendê; Cebola;
Camarão seco socado; 1 Alguidar; 1 inhame; ovos cozidos; coco; mel de
abelhas.
Modo de fazer: Cozinha-se o milho vermelho só em água. Separado,
cozinha-se o feijão fradinho, também só em água. Refoga-se o feijão
fradinho com azeite de dendê, cebola ralada e camarão seco socado.
Coloca-se o feijão em uma metade do alguidar e, na outra, o milho
vermelho cozido. Frita-se o inhame e coloca-se por cima em fatias, em
volta, enfeita-se com ovos cozidos em rodelas, fatias de coco e coloca-se
bastante mel de abelhas por cima. Pede-se o que se quer e oferece-se ao
Orixá Logun Edé.

Oferendas a Exú
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho
branco; Figado, coração e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um
alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farófa com dendê, uma com mel e uma com
água, separadamente. Faça o acaça branco cozinhando a farinha de milho
em água, deixe a massa bem consistente, depois coloque em um pedaço de
folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de boi em
padaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de
sal, o camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farófas no alguidar sem
misturar muito, ponha o refogado de miúdos sobre a farófa e coloque o
acaça no centro. Oferece-se para Exú pedindo o que se quer. Coloque em
uma praça bem movimentada.

Para Afastar Egum


Material:
1 metro de morim branco
Roupa velha da própria pessoa

9 velas
9 bolas de arroz
9 acarajés
9 ovos
9 bolas de farinha de mesa
9 Ekurús

Pipoca
Maneira de fazer:
Com a pessoa em cima do morim, e vestida com a roupa velha, passsar
tudo pelo corpo, quebrar as velas. A seguir rasgar a roupa velha e colocar
tudo no morim branco. Amarrar e despachar no rio, mar ou mato (jogar
antes para saber). Depois, preparar um banho de ervas: pára-raio, manacá,
aroeira, erva prata. Colocar no pote e ir tirando. Tomar 3 banhos em 3 dias
seguidos.
Ebó para desfazer choques de Odús
Material:
– Uma muda de roupa velha da pessoa
– Doze punhados de arroz com casca
– Um quilo de balas de coco

– Um quilo de cada legume (variados)


– Doze acaçás brancos
– Dize acaçás vermelhos
– Doze ovos brancos
– Doze ovos vermelhos
– Doze velas brancas
– Doze moedas correntes
– Doze víntens antigos

– Doze punhados de canjica cozida


– Doze punhados de alpiste cozido
– Doze punhados de uado
– Doze acarajés
– Doze abarás
– Doze ekurus para Yansã

– Doze palmos de morim branco


– Doze palmos de morim vermelho
– Doze palmos de morim amarelo
– Doze rosas brancas
– Doze rosas vermelhas
– Doze bolinhos de farinha de mandioca
– Doze cigarros

– Um pombo branco (macho)


– Uma galinha branca
– Doze pratos brancos (para quebrar)
– Três garrafas de cerveja branca
Maneira de fazer:
Passar tudo isto na pessoa com bastante concentração e entregar o Ebó
dividido – metade do Ebó na encruzilhada e a outra metade na mata no
mesmo dia.
Na volta do Ebó, dar um Bori na pessoa.

Ebó para Atrair dinheiro com o Orixá Xangô


Material:
1 vela marrom de sete dias

1 travessa de louça branca – pequena


12 quiabos
Mel de abelha.
1 garrafa de água mineral

Modo de fazer:
Tire a cabeça dos quiabos – reserve

Corte os quiabos em cruz e pique-os bem fininhos.


Faça seus pedidos enquanto for picando.
Faça um ajabó, isto é, vá com as mãos amassando – os com a água e mel de
abelha.
Deixe de misturar e amassar quando estiver bem cremoso, como que
espumando.
Enfeite com as cabeças reservadas.

Coloque na travessa.
Coloque num alto: a travesssa , um copo d´água, e a vela acesa.
Depois de 7 dias, despache este ebó em agua corrente.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – quarta feira – durante o dia.
Ebó para Yemanjá – Para obter um pedido Impossível
8 maçãs

8 moedas
1m de morim branco
8 velas brancas comuns
8 rosas brancas
1 garrafa de champanhe
1 taça branca
1 perfume de boa qualidade

8 vezes o seu pedido escrito num pedaço de papel branco, a lápis.


Modo de fazer
Primeiro
Tire o miolo das maçãs – reserve.
Coloque os pedidos e as moedas dentro de cada maçã.
Regue com mel – volte o miolo.

Segundo
Despache este ebó numa praia.
Enterre as maçãs.
Por cima:
Forre o morim.
Enfeite com as rosas e com o perfume.
Abra a champanhe, encha a taça e coloque a garrafa ao lado.

Acenda as velas.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente, sábado.

Ebó com Tranca Ruas das Almas para abertura de


caminhos
Material necessário:
1 Alguidar
1 Epadê de dendê

mel de abelha
7 moedas
1 garrafa de marafo

7 velas brancas comuns


7 cravos vermelhos – flor
1 charuto
2 caixas de fósforos
300 gramas de gergelim
1 metro de morim vermelho

Modo de fazer:
Misture no epadê o gergelim
coloque o epadê no alguidar
Passe as moedas no corpo, faça seus pedidos e deixe cair no alguidar.
Forre o morim
Coloque o alguidar sobre ele
Acenda o charuto com uma caixa de fosforos

deixe-a aberta junto ao alguidar, e coloque o charuto no alguidar.


Acenda as velas em volta com a outra caixa de fósforos e deixe-a aberta ao
lado.
Regue em volta com o marafo
Enfeite com os cravos.
Peça ao Exú Tranca ruas das Almas e diga assim:

“Assim como você tranca, irá abrir meus caminhos para todas as finalidade
e me libertará de qualquer empecilho.”
Ao chegar em casa, tome banho com ervas frescas, abre cacminho e
mangericão.
Faça este trabalho numa lua cheia, nova ou crescente, na sexta feira à noite,
antes da meia noite.
Ebó para Oxum para entrada de dinheiro
Material necessário
6 ovos crus
6 Moedas
1 folha de mamona branca

mel de abelha
1 metro de morim branco
6 velas amarelas
Modo de fazer:
Despache o ebó numa cachoeira
Forre o morim
Abra a folha de mamona por cima

Separe as gemas dos ovos,jogue as claras fora.


Coloque as gemas sobre as folhas
Passe as moedas pelo corpo e faça seus pedidos e em seguida coloque as
moedas em cima de cada gema.
Regue tudo com mel
Acenda as velas.

Faça este ebó numa lua nova, cheia ou crescente num dia de sábado.
RELAÇÃO DOS EBÓS
A forma de despachar os ebós, anunciando os nomes dos mensageiros dos
recados, fala-se:
OÉ-TURA-WAGBATÈTÈ – VENHA RECEBER DEPRESSA
OGUN – DAGBE -DE WÀ GBA TÈTÈ – CHEGUE PARA RECEBER
WORUN -OFUN -WÀ GBA TÈTÈ – VENHA RECEBER DEPRESSA
OWORUN
SERE – O GBA – TÈTÈ – RECEBA DEPRESSA

OTURÁ -AYKÓ WA GBA TÉTÉ – VENHA RECEBER DEPRESSA


OTURUPON – OKARAN – WA GBA TÈTÈ – VENHA RECEBER
DEPRESSA
OKARAN – OIERU – WA GBA TÈTÈ – VENHA RECEBER
DEPRESSA
” OMO ODUS DE EJIONILÊ ” “OSOGUIA

1. OLAFIN
2. ODOLUÁ
3. KUDIRÉ
4. SAGRIN
5. EBUIM
6. AKANJI
7. YALANTE

8. EKIO
9. SILIN
10. KOKONISSE
11. IRO
12. SAKONAN
13. SOÍA DA

14. MOROSSE
15. GEA
16. DEJANISSÉ
Observações Importantes:
OSOGUIA foi o único Orixá que driblou a morte por isso ele é sempre
chamado em caso de muita aflição.
Os odús vieram primeiro que os Orixás, o n.° 06 (Obara),se não quiser ser
presenteado, o mesmo faz com que a pessoa peca tudo. Todos comem com
ele e ele come com todos. Ao afastar ou tirar qualquer outro odú, também
deve imediatamente lhe agradar para que o que esteja respondendo de
forma negativa faça parir o bom.
Para se agradar o Odù Obara, nunca deve-se fazê-lo para apenas uma só
pessoa, sempre coletivo. O mesmo para ser assentado, nunca deve ser
assentado para uma só pessoa.

EBÓS – ODÚ OSSÁ, ODU EJI ONILE, OBARA E OXÉ, ODU E ODI,
ODU OFUM, ODU IKA, ODU DE OWARIM
EBÓS

ODÚ OSSÁ
2 ovos de pata

2 acaçás
2 bolas de arroz
1 obi arobo ralado
Flores brancas
Serve para amenizar problemas nos seios.
Na beira da praia, esfregue nos seios,os ovos de pata, os acaçás e não
esquecer de acrescentar o obi e o arobo ralado nas bolas de arroz e as flores
brancas.
Quando estiver no mar, fazer o pedido para Yemanjá, pedindo saúde e para
que lhe tire a enfermidade, tenha fé no seu pedido rezando uma prece.

ODU EJI ONILE


8 acaçás

8 ekurus
8 velas
8 bolos de arroz

Milho branco cozido


8 panos de morim branco
8 carretéis de linha branca
Passar tudo no corpo e despachar tudo no mar

BANHO PARA SIMPATIA DA MULHER


Macaçá
Manjericão
Canela em pau
Pó de sândalo
1 maçã bem vermelha

Argentina cortada em cruz


Misturar todos os ingredientes e colocar para ferver por 30 minutos; deixe
esfriar e em seguida tomar um banho da cabeça aos pés. Após o banho usar
um perfume de sândalo ou alfazema.

EBÓ DE OBARA E OXÉ PARA FORTUNA


6 maçãs argentinas
6 pêras
6 cachos de uvas verdes
6 cachos de uvas rosada
6 velas

6 obi
1 porcelana branca
Os melhores dias para fazer este ebó são os dias de quinta-feira.

EBÓ PARA AGRADARÃO ODU E ODI


(Para se obter coisas boas)
1/2 kg de feijão preto

100 g de camarão seco triturado


1 fava de manjericão
1 bacia de pipoca
Velas brancas
1/2 copo de dendê
1 cebola média
Cozinhe o feijão e escorra.Em uma panela refogue a cebola com o dendê,
camarão e manjericão e depois o feijão.
Cobrir com as pipocas já estouradas, oferecer a Abaluae. Esta obrigação é
para pedir paz e saúde e deve ser levada ao mato.

EBO PARA ODU OFUM


10 velas brancas
10 acaçá
10 acarajé
10 bolos de farinha com mel
10 bolos de arroz
10 moedas correntes

10 arobô
10 bolos de canjica
10 ovos

2 metros de murim
Passar tudo no corpo pedindo para este odum levar tudo de ruim. Colocar
tudo no murim, amarrar e deixar debaixo de uma árvore.

BANHO PARA ABRIR CAMINHO


Manjericão de caboclo
Alecrim
Arruda
7 rosas branca

1 obi se for mulher


7 cravos brancos se for homem
21 cravos da índia Fazer
Este banho é para quando a vida estiver atrapalhada ou com perturbações.

EBÓ ODU IKA


1 travessa de louça
1 peixe chamado vermelho
7 farofas diferentes:
· 1 de dendê
· 1 de café
· 1 de azeite doce
· 1 de mel

· 1 de água
· 1 de vinho branco
· 1 de água com açúcar

14 bolas de batata doce


14 bolas de arroz cozido
1 obi abata de 4 gomos
14 moedas atuais
14 velas brancas
Arrumar tudo na travessa, se concentrando e fazendo seus pedidos.

EBÓ ODU DE OWARIM


11 rosas
1 gamela
1 peneira

11 acarajés
1 acaçá
1 punhado de areia de praia
1 pedra de cristal
11 moedas
Folhas de louro

Colocar a gamela no chão e dentro dela areia e em cima os acarajés, o


acaçá, a pedra de cristal, as moedas e enfeitar com as folhas de louro e
rosas. Levar o ebó em um bambuzal e gritar o nome deste odú.

EBÓ DO ODU OBARA


1 abóbora
6 acaçás branco
6 tipos de doces brancos

6 tipos de doces amarelos


12 velas amarelas
mel
12 quiabos
Coloque a abóbora inteira para cozinhar, depois faça uma pequena abertura
na parte de cima da abóbora e tire todas as sementes de dentro e deixe-a
esfriar, pegue os acaçás e as outras coisas, passe no corpo e coloque dentro
da abóbora. Peça prosperidade e caminhos abertos.
Assopre numa encruzilhada mandando as pessoas para longe de sua vida.
Peça á Oxum prosperidade e fartura. Pétalas de Flores Amarelas. Despache
no mato acendendo as velas e fazendo seus pedidos e oferecendo á Yansã.
07 Papéis com os nomes escritos Vá a um cruzeiro de bastante movimento,
e faça um puxado passando pela agência bancária, passando sempre pôr
cruzeiros bem movimentados, entre-se pelo portão sempre fazendo
chuveirinho sobre a casa de frente para os fundos. 07 punhados de mel Na
noite de Lua crescente ou cheia, enterre o vidro junto ao pé de uma árvore
florida, acendendo a vela ao lado. Se preferir, guarde o vidro no fundo do
seu guarda-roupa (onde ninguém a ache) ou mesmo enterre-o na entrada de
sua casa. Modo de Preparo: Nome do casal. Forre um abandeja com a
farofa feita com farinha de mandioca e azeite de dendê. Coloque em cima
da farofa os demais itens e seus pedidos escritos num papel. Entregue no
mato para Ogum. •1 vela vermelha e verde. Tome o banho do pescoço para
baixo, de prefrência antes de dormir. Descarregue a água “suja” num verde.
Repita por 07 segundas-feiras seguidas. Pegue o favo de mel, abra no meio
com uma colher e escreva o nome do casal à lápis em um papel ,dobre e
coloque dentro do favo. Amarre as alianças com as fitas e amarre o favo
também com estas fitas, faça um buraco na maçã com a colher, coloque o
favo dentro, forre toda a maçã com bastante algodão, coloque dentro do
abafador e regue com muito mel, tape o abafador, ascenda a vela ao
lado,após a vela queimar plante esta simpatia em um vaso de folhagem
,sem espinhos. Ferva a canela, o cravo, a noz-moscada , as folhas de
pitangueira,desligue e acrescente as flores de laranjeira e as pétalas
de rosas.Abafe, deixe esfriar. Tome um banho higiênico, depois o banho
atrativo do pescoço para baixo, mentalizando a pessoa que você deseja ter a
seu lado;logo após ,passe o óleo de amêndoas em suas zonas erógenas,
pedindo para que a pessoa amada permaneça sempre em seus braços. Forre
a bandeija com a pipoca, escreva os pedidos referentes à parte profissional
em 7 papéis ,enrole cada papel em um chave e coloque dentro da bandeija
formando um círculo, sendo que a ponta da chave fica voltada para fora,
leve a uma encruzilhada e peça a Bará que abra os seus caminhos para que
consiga um emprego ou uma promoção,etc. Coloque dentro do saquinho: a
chave,as moedas e os grãos de milho, amarre com a fita vermelha e
pendure acima da porta de entrada da sua residência ou comércio,pedindo
proteção ,fartura e bons negócios. 01 saquinho de tecido vermelho Coloque
dentro do saquinho lilás: o papel com os nomes, o alho,o carvão,e a
pipoca,amarre o saquinho com a fita e amarre-o na vassourinha,guarde no
alto e procure nunca mexer ,no próximo ano despache este em um verde e
faça outro.Peça a Saõ Roque muita saúde e proteção para a sua família.
Varra a sua casa ou comércio dos fundos para a frente,mentalizando as
pessoas que você gostaria que se afastassem de você,vá pedindo a São
Roque:”eu não estou tirando a sujeira de dentro da minha casa e sim estas
pessoas que me fazem mal”.Pegue o lixinho e a vassoura e leve a um verde
e despache. 01 vassoura de carqueja ou de palha Você vai precisar de:
Pegue a fita e escreva 07 vezes o nome da criança ou das crianças de sua
família,dos meninos na azul e das meninas na rosa(uma fita para cada
criança),amarre o bico com esta fita e amarre a fita na imagem.Peça a São
Cosme e São Damião muita saúde e proteção para as crianças.deixe esta
imagem sempre próxima as crianças ,no próximo ano refaça a simpatia e
despache as fitas em uma praça. Lave a fronha da criança normalmente
,coloque o mel na água e enxágüe a fronha ,coloque para secar à
sombra.Coloque a fronha no traveseiro,deixe por 07 dias .Pegue as fitas
escreva em cada uma o nome da criança,dê 07 nós e coloque embaixo do
colchão ,deixe também por 07 dias.No oitavo dia pegue as fitas leve em
uma praça e peça para Cosme ,Damião e Doum que velem pelo sono da
criança e sempre a protejam,a fronha você pode usar normalmente depois.
Pegue a gamela ,coloque as bananas descascadas dentro da gamela,
embaixo de cada uma o papel com o seu pedido, leve a um verde de
preferência onde tenha uma pedra grande para você colocar a gamela em
cima, escreva o seu nome em cada uma das velas e depois de colocar a
simpatia sobre a pedra ,ascenda as velas e peça muita proteção e auxílio
quando você estiver prestando à prova. Escreva o nome das pessoas que lhe
prejudicam,coloque embaixo da imagem ,ascenda a vela ao lado e coloque-
a dentro do pires, tomando o cuidado para deixar esta vela acesa em local
seguro, peça a São Miguel que sempre lhe proteja e defenda de seus
inimigos visíveis e invisíveis. Escreva o seu pedido em uma folha de papel
com a caneta vermelha ,enrole o papel com a escrita para dentro,amarre
com as fitas e coloque no centro da gamela,descasque as bananas e
coloque-as sobre o papel,arrume-as para que você possa colocar no centro
as três maçãs,regue com um pouquinho de mel e leve a um verde onde haja
uma pedra ,coloque a gamela sobre a pedra e peça a São Jerônimo que lhe
ajude a vencer este processo. Forre a bandeja com a canjica cozida,coloque
os quindins sobre a canjica ,embaixo de cad quindim coloque o papelzinho
com o seu pedido,leve à beira de uma água corrente e peça a Ns.Sra que lhe
auxilie na solução deste problema,acenda as velas pedindo que seja
iluminado o seu pedido. Coloque dentro da taça as moedas, regue com
bastante mel.Abra o ovo e coloque sobre o mel só a gema ,encha o restante
da taça com água,coloque em um local bem alto e peça muita fatura e
prosperidade.

Para conseguir seus objetivos


Pegue uma tigela de vidro e coloque no fundo um papel com seus objetivos
escritos. Coloque mel por cima. Encha a tigela com água e 08 flores
brancas. Guarde por 08 dias. Despache no verde. Faça todos os seus pedido
á Oxalá.

Para estreitar laços de amizade e melhorar o


relacionamento familiar
Material:
Canjica Amarela cozida;
04 Quindins;
08 Balas de Mel;

Os nomes escritos num papel.


Arrume tudo numa bandeja e despache na praia fazendo seus pedidos á
Oxum.
Azeite de dendê. Na sexta-feira, torre a pimenta, e transforme-a em pó.
Jogue um pouco de pó nas costas da fofoqueira. Lave as folhas uma a uma,
coloque-as numa bacia com água e de frente para a bacia macere as folhas
esfregando uma na outra, pensando positivamente em seu objetivos.
Acrescente 08 gotas de perfume. Tome o banho do pescoço para baixo.
Flores Brancas.

Para atrair Sorte para a sua Residência ou Comércio


1 Taça de Vidro
8 Moedas de qualquer Valor
Mel
1 Ovo Cru
Água
Coloque dentro da taça as moedas, regue com bastante mel. Abra o ovo e
coloque só a gema sobre o mel, encha o restante da taça com água. Coloque
num local bem alto dentro de casa ou no estabelecimento e peça muita
fartura e prosperidade. Ao fim de 3 dias, despache no lixo comum.

Para conseguir um bom emprego


Farofa com dendê;
Ferradura;
7 moedas antigas;
1 cravo vermelho;
1 vela vermelha e verde.
Forre uma bandeja com a farofa (feita com farinha de mandioca e azeite de
dendê). Coloque em cima da farofa os restantes objectos e os seus pedidos
escritos num papel. Entregue numa mata, para Ogum.

Ebó de Oxum para prosperidade


Numa tigela de vidro coloque os ingredientes, obedecendo à seguinte
ordem:
8 Moedas
1 Punhado de Farinha de Milho
Mel
Água até à proximidade da borda da tigela
Perfume
Pétalas de Flores Amarelas
Deixe em sua casa ou no local de trabalho durante 07 dias. Peça a Oxum
prosperidade e fartura. Despache num espaço verde, e reaproveite as
moedas e a tigela de vidro.
Banho de 7 Ervas Contra Inveja e Mau Olhado
Faça um banho morno com as seguintes ervas:
Arruda
Alecrim
Levante
Guiné
Boldo
Folhas de pitangueira
Espada de São Jorge.
Tome o banho do pescoço para baixo, de preferência antes de dormir.
Descarregue a água “suja” num espaço verde. Repita por 07 segundas-
feiras seguidas.

Para afastar pessoas indesejáveis


Torre numa panela velha os seguintes ingredientes:
7 Grãos de Milho
7 Grãos de Feijão
7 Grãos de Amendoim
3 Pimentas
Os nomes das pessoas indesejáveis escritos num papel.
Chame pelas pessoas enquanto mexe na panela. Depois de torrado, triture
até se transformar em pó. Sopre o pó numa encruzilhada, mandando as
pessoas para longe da sua vida.

GANHAR UMA BOLADA NO JOGO


– Uma bola azul e uma de borracha.
– Fazer três buracos no centro de cada uma e encher de moedas
atuais, notas de 2 Reais (o máximo possível), azougue, dois ímãs de aço,
um perfume “cabeça feita” , várias flores como amor perfeito,
violeta, três rosas amarelas e duas vermelhas,
balas de chocolate, balas de coco.
– Escrever na bola azul o que já tem em mente.
– Oferecer às entidades “ invencíveis ” do mar, pedindo que precisa vencer
e receber aquela bolada.
– Juntar as bolas à dois cadeados abertos,
uma champanhe, uma cerveja, uma pinga (todas abertas).
– Despachar no mar.

GANHAR DINHEIRO
– 01 despertador novo.
– Lavar com perfume “ cabeça feita ” e pó de amizade.
– 01 espelho de aumento sobre um papel celofane e, numa
caixa pequena quadrada. Também colocar uma fava oriental, e o
despertador.
– Dentro de uma vasilha um perfume alfazema, uma moeda de ouro
pequena, óleo de gambá, pó produtivo (feito com guiné), sândalo,
01 pemba azul.
– Tudo deve ser colocado dentro de uma vasilha grande e
oferecer às entidades do mar.
– Despachar no mar.

GANHAR NO JOGO
– 01 saquinho franzido com boca larga.
– 01 raiz de mil homens.
– 01 estrela do mar os pedidos e uma moeda branca.
– Amarrar o saquinho com uma fita verde e despachar em uma nascente.
– Rodoquisona dourada e desodorante verde em bastão (quando o
mar estiver em maré de espuma branca, oferecer, despachar e pedir
a abertura de caminhos às entidades do mar).

GANHAR EM JOGO DE AZAR


– 01 pano verde escuro.
– 01 quadro de xadrez com 03 dados e 03 damas.
– 01 litro de whisky, 01 garrafa de champanhe, 02 maços de cigarros.
– Dentro de um vidro de boca larga colocar 03 ímãs de aço, pó atrativo,
01 olho de boto, 01 olho de lobo, sândalo em pó,
várias flores amarelas naturais, perfume alfazema, ouro em pó, prata e
cobre (01 de cada), pó de ferro.
– Ao lado deixar 03 cervejas brancas, 01 perfume musk.
– Oferecer e pedir às entidades que tenha poder e sorte
no jogo, despachando em um gramado ( em uma quinta feira entre 14 e
15 hs ou 21 e 22 hs ).

A JUDA DOS CABOCLOS QUE ATUAM NAS AREIAS DE RIOS


OU MAR :
– 01 prato de polvilho, outro de óleo, 12 copos de água para
ferver, temperar bem. Ao ferver despejar em cima o polvilho.
– Em uma bacia amassar bem. Se ficar duro adicionar 01 ovo.
Fritar 07 bolinhos que deverão ser colocados em 01 bandeja com uma
folha de papel almaço, contendo os pedidos escritos à lápis. Nesta
folha passar manteiga.
– Despachar na areia (de rio ou mar), oferecendo aos caboclos que
ali atuam, juntamente com 03 guaranás e 01 cerveja, todos abertos.
Fazer os pedidos, pedir licença e sair.

A UDA DE OGUM :
– 01 inhame, azeite de dendê, mel de abelhas, 01 palma
de dendezeiro (mariwô) ou de coqueiro, se não achar o mariwô, 01 vela
branca.
– Assar o inhame. Retirar os talos das folhas da palma
do dendezeiro. Depois de esfriado o inhame, enfiar os talos em todo
ele, escrever o nome da pessoa que precisa de ajuda em um prato branco.
Colocar o inhame em pé sobre o nome da pessoa, colocar mel e um pouco
de azeite de dendê sobre o inhame e os talos. Oferecer e pedir à Ogum o
que deseja. Colocar próximo ao portão da pessoa necessitada. Deverá
ficar por 07 dias, após este período ser despachado sob uma árvore
frondosa.

TIRAR FEITIÇO, OLHO GRANDE E INVEJA (EXU LONAN):


– 01 metro de morim vermelho, 01 alguidar médio, 07 velas brancas,
01 bife de boi cru, 07 moedas atuais, 07 búzios abertos, 01 farofa
de dendê com uma pitada de sal, 07 limões, 07 acaçás vermelhos,
07 ovos vermelhos, 01 obi.
– Abrir o morim, acender as velas, passar o alguidar pelo
seu corpo e colocar em cima do pano. Passar os igredientes no corpo pela
ordem já descrita. Por último, abrir o obi, leva-lo até a
boca (fazendo os pedidos). Deixar o obi em cima do ebó. Fechar o morim.
– Despachar em uma rua de muito movimento, onde tenha muito comércio.

AJUDA DE EXU:
– Farinha, azeite de dendê, mel de abelha, farinha de milho branco,
fígado, coração e bofe de boi, cebola, camarão seco socado e 01 alguidar.
– Fazer uma farofa com dendê, uma com mel e uma com
água(separadamente). Fazer o acaçá branco cozinhando a farinha
de milho em água, deixar a massa bem consistente. Depois
colocar um pedaço de folha de bananeira e enrolar. Deixar esfriar.
Cortar os miúdos de boi em pedaços pequenos e colocar para refogar com
dendê, cebola, um pouco de sal, o camarão e rodelas de cebola.
– Colocar as farofas no alguidar sem misturar muito. Adicionar sobre
as farofas o refogado de miúdos. Colocar o acaçá no centro.
– Oferecer e pedir para Exu o que se quer.
– Despachar em uma praça bem movimentada.

A JUDA DE IANSÃ – OYÁ ONIRÁ:


– 01 abóbora moranga, 04 búzios abertos, 04 nóz moscadas,
04 moedas, 04 acarajés, 04 m de fita vermelha e branca, 01 saco de morim.
– Passar os igredientes pelo corpo.
– Fazer um buraco na moranga e colocar os igredientes.
– Tampar a bóbora, amarrar com as fitas.
– Oferecer e pedir à OYÁ ONIRÁ no alto de um morro,
às 18 ou 24 hs, acendendo à uma vela vermelha.

Observe os ingredientes para este Ebó de prosperidade:

 1 bacia de ágate média.


 Meio kilo de canjica
 16 maças verdes
 16 acaça brancos sem casca
 16 ramos de trigo
 1 coco verde
 16 velas brancas acessas em volta

Modo de fazer o ebó, agrado de Prosperidade e sorte:


Coloque a cajica na bacia, no meio coloque o côco, as maçãs e os acaças
em volta, os ramos de trigo arrumar em volta. Oferecer nos pes de Oxalá ou
em um 1 lugar alto acender as velas ao redor.

Importante: Quando for preparar uma “Comida de Santo”, deverá fazê-lo


vestida (o) de branco ou roupa clara, e deixar sempre uma vela branca
acesa ao lado do Fogão.

Escolha um local que possa ficar deitado ou até mesmo ajoelhado de frente
para a oferenda; comida de santo; que deverá já estar previamente
preparada, colocar no chão na sua frente, acender uma vela branca de 7
dias, ou do seu orixá, colocar sua cabeça de frente, na mesma altura da
oferenda de modo que o alto da sua cabeça, sua moleira astral, fique
próxima da oferenda, dizendo o seguinte Orô/reza.

a ki corodun, mabosun, maborun


a ko fenin, xeras je xeras, ociló, ocidó
ekoman, ora (dizer o nome do seu orixá) euê
Quando terminar esta reza, converse normalmente com seu orixá/anjo de
guarda, fazendo seus pedidos. Após 3 dias, esta oferenda deverá
ser “despachada”.
Obs: Antes das Leis Ambientais, estas oferendas eram “despachadas” em
água corrente, normalmente rios ou cachoeiras, porém como passou a ser
crime, esta é a nova forma de fazê-lo, colaborando assim com a natureza,
que é o próprio orixá.
Oferendas

Padê para Exú


Ingredientes:
– 01 pcte. de farinha de milho amarela
– 01 vidro de azeite de dendê
– 01 cebola grande
– 01 bife
– 03 charutos
– 01 caixas de fósforo
– 01 garrafa de aguardente
– 07 pimentas vermelhas
Modo de preparo: Em um alguidar coloque a farinha de milho e um pouco
de dendê, com as mãos faça uma farofa bem fofa sempre mentalizando seu
pedido. Corte a cebola em rodelas e refogue ligeiramente no dendê, faça o
mesmo com o bife. Cubra o padê com as rodelas de cebola e no centro
coloque o bife, enfeite com as sete pimentas. Ofereça a Exú o padê não
esquecendo dos charutos e da aguardente.

Feijão para Ogum


Ingredientes:
– 500g. de feijão cavalo
– 01 cebola
– 01 vidro de dendê
– 07 camarões grandes
Modo de preparo: Cozinhe o feijão e tempere-o com cebola refogada no
dendê, coloque em um alguidar e enfeite com os camarões fritos no dendê.
Faça seus pedidos e ofereça a Ogum.

Amalá para Xangô


Ingredientes:
– 500gr. de quiabo
– 01 rabada cortada em doze pedaços
– 01 cebola
– 01 vidro de azeite de dendê
– 250g. de fubá branco
Modo de preparo: Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela
separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o
restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida .Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma
gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no
amalá de cabeça para baixo.

Frutas para Oxossi


Modo de preparo: Em um alguidar ou cesta coloque 7 tipos de frutas bem
bonitas (exceto abacaxi, mimosa, limão) enfeite com folhas de goiaba e
côco cortado em tirinhas.

Omolokum para Logunedé


Ingredientes:
– 500g. de feijão fradinho
– 500g. de milho
– 01 cebola
– 4 ovos
– azeite de oliva
Modo de Preparo: Coloque o feijão fradinho para cozinhar com cebola e
azeite de oliva. Em outra panela cozinhe o milho. Depois do feijão fradinho
cozido amasse-o bem até formar uma pasta. Em uma travessa coloque o
omolokum (massa do feijão fradinho) de maneira que ocupe a metade da
travessa e na outra metade coloque o milho cozido, regue com oliva e
enfeite o omolokum com os quatro ovos cortados em quatro, e o milho
enfeite com côco cortado em tirinhas.

Abacate para Ossaim


Ingredientes:
– 01 abacate
– 500g. de amendoim
– 250g. de açúcar
– fumo em corda
– 7 folhas de louro

Modo de preparo: Corte o abacate no meio e tire a semente, coloque as


duas parte numa travessa com a polpa virada para cima. Numa panela
misture o amendoim e o açúcar e mexa até derreter o açúcar, derrame essa
mistura sobre o abacate. Enfeite com pedaços de fumo em corda e as 7
folhas de louro.

Serpente de Oxumarê
Ingredientes:
– 500g. de batata doce
– dendê
– Feijão fradinho
Modo de preparo: Depois de cozinhar a batata doce descasque regue com
dendê e amasse-a até formar uma massa homogênea. Em um alguidar
molde duas serpentes em forma de círculo,
sendo que a cauda de uma encontre-se com a cabeça da outra. Com o feijão
fradinho forme os olhos e enfeite o restante do corpo com alguns grãos de
feijão fradinho (a seu critério), regue com dendê e ofereça ao orixá.

Omolokum para Oxum


Ingredientes:
– 500g. de feijão fradinho
– 01 cebola
– azeite de oliva
– 8 ovos
Modo de preparo: Cozinhe o feijão fradinho com cebola e azeite de oliva,
depois de cozido amasse-o bem até formar uma pasta. Coloque um
recipiente de louça enfeite com os 8 ovos cozidos cortados em quatro e
regue com bastante oliva.

Acarajés para Oyá/Iansã


Ingredientes:
– 500g. de feijão fradinho
– 500g. de cebola
– 01 litro de azeite de dendê

Modo de preparo: Num processador (pode ser num pilão) triture o feijão
fradinho, deixe de molho por meia hora e após descasque os feijões
coloque o feijão no processador e vá adicionando a cebola cortada em
pedaços. Bata até formar uma massa firme. Despeje numa tigela e bata a
massa com uma colher de pau até formar bolhas, coloque sal a gosto.
Numa frigideira coloque o dendê e deixe esquentar bem, com a colher vá
formando os bolinhos e fritando até dourar. Coloque-os num alguidar.

Moranga para Obá


Ingredientes:
– 01 moranga
– 500g. de camarão limpo
– um maço de língua de vaca
– 01 cebola
– dendê
Modo de preparo: Cozinhe a moranga inteira. Depois de cozida abra um
circulo em cima da moranga, tire a tampa e as sementes. Corte a língua de
vaca em tiras (como se corta couve), refogue com cebola, dendê e os
camarões, coloque o refogado dentro da moranga e ofereça a Obá.

Farofa para Tempo/Iroko


Ingredientes:
– 500g. de farinha de mandioca torrada
– 01 vidro de mel
– 01 pepino
Modo de preparo: Coloque a farinha de mandioca num alguidar, vá
colocando o mel e com as mãos faça uma farofa , corte o pepino em três
partes no sentido longitudinal, coloque as fatias do pepino sobre a farofa de
maneira que eles fique em pé, regue com mel.

Feijoada para Omolú


Ingredientes:
– 500g. de feijão preto
Ingredientes para feijoada
– dendê
– 01 cebola
– côco
Modo de preparo: Prepare uma feijoada normal, porém tempere-a com
cebola e dendê, coloque a feijoada num alguidar e enfeite com côco cortado
em tirinhas.

Pipoca para Obaluaiye


Ingredientes:
– 300g. de milho pipoca
– 01 bisteca de porco
– dendê
– côco
– areia de praia/na falta areia fina de construção peneirada.
Modo de preparo: Em uma panela ou pipoqueira, aqueça bem a areia da
praia, coloque o milho pipoca e estoure normalmente, Coloque num
alguidar. Frite a bisteca no dendê e coloque sobre a pipoca, enfeite com
côco cortado em tirinhas.

Manjar para Yemanjá


Ingredientes:
– 250g. de creme de arroz
– 01 pescada inteira
– azeite de oliva
Modo de preparo: Faça um mingau com o creme de arroz e água e uma
pitada de sal. Limpe a pescada e asse-a na oliva. Coloque o mingau numa
travessa de louça deixe esfriar e coloque a pescada assada sobre o manjar,
regue com oliva.

Ebô para Nanã


Ingredientes:
– 500g. de quirerinha branca
– 01 côco
– azeite de oliva

Modo de preparo: Cozinhe a quirerinha com bastante água para que ela
fique meio “papa”, tempere com oliva, coloque em uma tigela de louça,
descasque , rale o côco com ele cubra a quirerinha.

Ebô para Oxalá


Ingredientes:
– 500g. de canjica branca
– 01 cacho de uva itália (uva branca)
– Azeite de oliva.
Modo de preparo: Cozinhe a canjica, coloque numa tigela branca, tempere
com oliva mel e um pouco de açúcar, enfeite com o cacho de uva.

OXALÁ

AMALÁ
14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça
branca e flores brancas.

LOCAL DA ENTREGA
Um lugar muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de
uma entrega para Iemanjá, na praia.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO


Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro,
Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S. João, Alecrim do Mato,
Hortelã, Alevante, Erva de Oxalá (Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de
Bambu.

OGUM

AMALÁ
14 velas branca e vermelha ou 7 brancas e 7 vermelhas, cerveja branca
servida em coité, 7 charutos, peixe de escama e de água doce, ou camarão
seco, amendoins e frutas, de preferência, dentre elas, uma manga (melhor a
espada).

LOCAL DA ENTREGA
Uma bonita campina.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO


Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de
Romã, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas
de Jurubeba.

IEMANJÁ

AMALÁ
7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, rosas brancas ou
outro tipo de flor branca.

LOCAL DA ENTREGA
Na praia.
ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Pata de Vaca, Folhas de Lágrima de N. Senhora, Erva Quaresma, Trevo e
chapéu de couro, Alfazema.

OXÓSSI

AMALÁ
7 velas verdes e 7 brancas, Cerveja branca servida em coité, 7 charutos,
peixe com escama de água doce ou umamoganga bem assada com milho
dentro coberto com mel.

LOCAL DA ENTREGA
Na entrada da mata.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO


Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de fava
de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de
Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de
Palmito, Folhas de Abacateiro.

XANGÔ

AMALÁ
7 velas marrons e 7 velas brancas, 7 charutos, cerveja preta servida em
coité, camarão, quiabo.

LOCAL DA ENTREGA
Na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita.
ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO
Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de
Mangueira, Erva de Xangô, Alevante, Quebra-Pedra.

IANSÃ

AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em
espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela

LOCAL DA ENTREGA
Uma pedra ao lado do rio.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO


Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho,
Açucena, Folhas de Rosa Branca , Erva de Santa Bárbara.

OXUM

AMALÁ
7 velas brancas e 7 amarelo claro, Flores Amarelas, água mineral canjica
amarela, fitas amarelo claro e branca.

LOCAL DA ENTREGA
Ao lado de uma cascata/cachoeira.

ERVAS PARA BANHO DE DESCARREGO


Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica,Trevo Azedo ou Grande,
Chuva de Ouro, Manjericão, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calêndula,
Alfazema.
PRETO VELHO

AMALÁ
7 ou 14 velas branca e preta, tutu de feijão, feijão fradinho, doces naturais
como cocada, rapadura. Bebida: cerveja preta ou marafo. Fruta: banana
prata também conhecida como banana maçã. Flores brancas. Um
cachimbo, fumo e cigarro de palha.

EXÚ

AMALÁ
7 velas vermelhas e sete pretas; Comida: farofa de milho, com bastante
pimenta e alho, coberto com azeite de dendê; o recipiente pode ser, no caso
dos exus, um alguidar de barro; bebida: marafo; 7 charutos; se quiser flores
vermelhas.
Para as pombas-gira o procedimento é o mesmo, exceto que ao invés do
charuto deve ser entregue cigarros acompanhado de uma caixa de fósforos
entreaberta e a bebida seria vinho tinto.

LOCAL DA ENTREGA
No caso dos exus os lugares dentro da cidade seria nas encruzilhadas,
portão do cemitério ou dentro do cemitério (o cemitério chama-se calunga
pequena), para os exus da encruzilhada, do cemitério e das almas.
Entretanto no caso dos exus, recomendamos que a entrega seja feita dentro
de um mato ou em sua entrada, de preferência em baixo de dois galhos de
árvores que se cruzem.

POMBA GIRA
Farofa
Vinho branco ou rose
Cigarro com a carteira aberta e alguns puxados para fora
1 Caixa Fosforo
Velas vermelhas
Flores – rosas de qualquer cor

DONA MARIA PADILHA

AMALÁ
7 maças vermelhas, 21 morangos, 7 Ameixas Vermelhas, 7 Bombons, 7
Velas Brancas, Cigarro, Anis e Flores

CRIANÇA

AMALÁ
7 ou 14 velas brancas, rosas ou azuis. Balas, pirulitos que podem ser do
formato de chupeta e doces de qualquer tipo.
A bebida deve ser um refrigerante de preferência guaraná.

LOCAL DA ENTREGA
Um jardim ou um campo onde tenha flores.

BOIADEIRO

AMALÁ
7 velas amarelas. Comida dentro de uma gamela: arroz integral, virado de
feijão preto, batata assada, rapadura, cocada, arroz mineiro, arroz tropeiro,
podendo ser usada uma moganga, flores do campo, cigarros ou cigarrilhas.
Bebida: marafo ou batida de coco.

CIGANOS

AMALÁ
3 ou 7 velas de cera incolor, frutas como maçã, pêssego, uva
principalmente, dentro de uma gamela, arroz integral e batatas assadas
pequenas e descascadas, coberto com canela e mel tudo arranjado com
flores. Bebida para o cigano vinho tinto, e para a cigana vinho branco. Para
o cigano cigarro ou cigarrilha, e para cigana cigarros.

MARINHEIRO

AMALÁ
Para a linha dos marinheiros nós preparamos uma entrega com arroz
branco, peixe de água salgada, às vezes batata com mel, pedaços de coco,
cigarro, marafo e como flores o cravo. Pode ser usado no lugar do alguidar
de barro a gamela, folhas de bananeira ou aquela casca do coqueiro.

LOCAL DA ENTREGA
Na beira da praia

EBÓ PARA OBTER BOAS OPORTUNIDADES E SER NOTADO


NO TRABALHO OU NOS NEGÓCIOS

12 folhas de Iroko
01 Amalá completo (12 bolas de inhame, 12 akasás, 12 abarás, 12 bicos de
papagaio,12 moedas, 12 orobos, 12 acarajés, 12 cocadas brancas, 12
quiabos inteiros, 12 pedaços de peito bovino, 12 pedaços de rabada, 12
folhas da fortuna.
01 quartinha com agua
03 velas de 12 horas
01 gamela redonda
01 tijela com ajebó (cortado em rodelas e cozido rapidamente com agua e
banha de ori)
Acender 12 pedras de carvão bem grandes, rodar todos os comodos com o
carvão aceso, coloca-lo então no lugar onde será arriado o amalá, e por em
cima das brasas muito incenso importado, daqueles usados pelos padres em
missa.
Trazer então o amalá, cantando louvando e pedidndo tudo o que se precisa,
peça a Xango para elevar a sua vida, tirar empecilhos e inimigos ocultos e
declarados.
os orobos serão todos alafiados enquanto se pede as coisas a Xango, esse
amalá é entregue a Oba Aganjú.
As folhas de iroko serão postas embaixo da gamela, fazendo um circulo
com as pontas para fora.
Os outros ingredientes todos serão postos em cima do amalá.
As moedas não serão despachadas, e sim guardadas no Xango da pessoa,
ou em um pote onde se tenha favas de olho de boi e imã com uma figa.
As velas serão acesas a casa 12 horas, completando assim 36 horas o amalá
arriado dentro de casa, após esse tempo a pessoa retira as folhas de Iroko
quina e toma banho da cabeça aos pés, e leva o amalá para uma pedreira.
EBÓ PARA EXÚ ALAKETU TRAZER PARCEIRO DE VOLTA
1 cabaça, 1 miolo de boi, 1 ekodidé, 1 moeda, 1 pimenta dedo de moça,
meio litro de dendê.
Abrir a cabaça, por o nome da pessoa que se quer dentro, por o miolo por
cima, enfincar o ekodidé no miolo, por a moeda por cima do miolo junto
com a pimenta dedo de moça e despejar todo o dendê por cima, subir em
uma arvore bem alta e por a cabaça na copa desta árvore, faça os pedidos
ainda lá no alto, dizendo a alaketu que “assim como ele vigia sua cidade do
alto, assim ele vigie a sua pessoa amada também, e a traga de volta para
você.”
EBÓ PARA AMARRAR UM HOMEM A QUEM SE QUER.
07 bananas d’água, palha da costa, cominho, azougue.
Abrir cada banana ao comprido com casca e tudo, por o nome da pessoa
que se quer junto ao seu dentro desta banana a comprido, fechar as bananas
e amarra-las com a palha da costa.
Por em um prato de barro, cobrir com o azougue, salpicar cominho por
cima, entregar numa barreira que tenha barro bem vermelho a oxeturá, com
uma vela cinza acesa.

EBÓ DE OYÁ FUNAN PARA REACENDER AMOR QUE SE


ESFRIOU
9 carvões em brasa grandes, 9 acarajés, 9 abarás, 9 moedas de cobre, 9
orobos, 1 amalá bem quente.
por cima deste amalá por 18 vezes o nome do casal bem juntos, por cima
dos nomes os acarajés e os abarás, enfinque as moedas nos acarajés e os
orobos nos abarás, entregue aos pés de xangô pedindo a oyá que em nome
da pessoa que ela mais amou (xango) que aquela pessoa que está fria no
amor reacenda como no inicio o amor.
EBÓ PARA TRAZER BONS VENTOS DENTRO DE SEU ILÊ
1 quartinha de barro;
1 leque de palha;
3 cabaças pequenas cortadas ao meio (igual a um copo);
água de poço ou de mina;
azeite de dendê;
terra de bambuzal.
Num canto da porta de entrada da sua casa (do lado de dentro), coloque a
quartinha sem nada dentro. Ao lado, ponha as três cabaças cortadas. A
primeira, preenchida com a água de poço; a outra, com azeite de dendê; e a
última, com terra. Com o leque, bata três vezes na boca da quartinha (que
deve estar destampada), pronunciando seu nome três vezes. Neste
momento, você deve abanar todo o ambiente com o leque, pedindo para
que oyá traga bons ventos para seu lar; que a casa seja sempre positiva; que
as pessoas mal intencionadas e espíritos desencarnados sejam afastados; e
que todos os que ali habitam tenham prosperidade, fertilidade, harmonia,
etc.
Depois disso, coloque a terra, a água e o dendê dentro da quartinha,
tampando-a.
Deixe essa quartinha, com as três cabaças, no mesmo local, para proteger
sua casa.

Ebó de Osalá para tirar Ajé

10 fitas Brancas com 1m


4 m de Morim branco
1 preá branca
1 obi funfun
1 vela branca
Ervas: poejo, cana do brejo, funcho, macaça, folha de goiaba
Modo de Fazer:
Dentro do mato, enrolar a pessoa toda no morim branco, jogar as fitas
bancas por cima de seus ombros, sendo 5 de um lado e 5 de outro. Esfregar
o obi na pessoa e abri-lo, sacrifique-o tirando o bruto, jogue-o na terra
dizendo para ONILE que segure ali todo o ajé, todo o mal , toda a feitiçaria
que se encontrava naquela pessoa. Esfregue a preá das cabeças aos pés,
solte-a pedindo a Baba de Osalá que dê vida longa e caminhos abertos para
essa pessoa. Passe a vela apagada e jogue longe dentro do mato dizendo “
Estou apagando a força do inimigo, apagando a feitiçaria e apagando Iku.”.
Retire as fitas e balance-as ao vento e ponha esticada numa árvore,
desenrole a pessoa do morim e balance o morim ao vento, deixe-o
esticando em uma árvore e dê as costas. Retornando para o Ilê. Chegando
na roça tomar banho cozido com as ervas acima citadas misturadas com
efum africano. Tomar um chá de funcho adocicado.
Comida a Sorte
Uma galinha branca
Um peixe vermelho ou sioba
Camarão grando fresco
Vinho Branco
Vinho tinto
Vinho moscatel
3 colobos de louça com mel / dendê / água
3 colobôs de louça com efum / osun / wají
7 pratos de louça
7 talhas de flores diferentes
Sacrifica-se a galinha para o Ogum do portão, corta-se em 6 partes
tempera-se com cebola camarão e azeite doce e distribui cada parte em um
prato, o peixe também é preparado com os mesmos temperos, assado na
folha de bananeira ocupará o 7°prato. Chegando na praia, estende-se uma
toalha branca e arruma-se a mesa como se fosse um banquete e oferece-se a
sorte do Yawo. Chama-se Ajè Xaluga, neste momento de um banho no
Yawo com a seguinte mistura: Sementes de girassol, arroz com casca,
açúcar cristal e fava de imburana tudo em grande quantidade.
Obs: Nos colobôs de dendê, mel e água servir um pouco de vinho branco,
vinho tinto e vinho moscatel.
Presente as Águas
Uma talha Grande
Colobôs com comidas de todos os orixás
Brinquedos de crianças
Espelhos
Pentes
Sabonetes
Vinho branco
Perfumes
Doces
Fitas de várias cores
Flores
2 galinhas brancas que são sacrificadas na água na hora da entrega do
presente.
Estando a talha pronta, coloca-se a mesma na cabeça da yawo, que deverá
ficar de joelhos para recebe-la, e assim, a Yawo toda trajada de branco sai
com a talha da cabeça. Antes de sair canta-se 3 cantigas para o orixá do
yawo ao chegar na beira da praia, canta-se cantigas de Yemanja, Oxum e
Nana. Por se tratarem de orixás Odo. Depois então faz-se a entrega do
presente. Em seguida a entrega do presente, dá-se de comer a Sorte, tanto o
presente as Águas como a comida a Sorte deve ser realizada num sábado ou
quarta-feira de lua crescente ou lua Cheia.

EBÓ TÓYA KÓSÌ REMOVER DOENÇAS, PRAGAS,


FEITIÇARIAS, BAKU E EGUN
Material:
1 Vara de bambu que deverá ser partida, ao comprido, em 4, pega-se 1
parte destes 4 e confecciona-se na ponta deste uma espécie de ponta de
flecha, lembre-se embora partida em 4 esta vara continuará com seu
comprimento que normalmente chega a 2metros, as vezes até 3.
Pinta-se 1 alguidar número 05 e 1 quartinha com tampa sem alça de Efun,
Ossun e Wají.
1 Galinha D‘Angola
1 Ekuru
1 Acaçá
1 Acarajé
1 Aberém
1 Bola de Canjica
1 Bola de Feijão Preto
1 Bola de Arroz
1 Ovo
1 Bola de Farinha
Tudo isso em Tamanho exagerado,
E 1 Bacia de Pipocas.
1 Estoura Balão (Fogos)
Modo de Fazer:
Levar o Filho de Santo no mato, no pé de uma Árvore Frondosa. Entregar
na mão direita dele a Galinha D’Angola que será segura pelas Patas. Na
mão Esquerda a Vara de Bambu, o Alguidar pintado nos Pés da Árvore e
Junto a Quartinha sem nada dentro apenas tampada, e pede-se ao Filho de
Santo para mentalizar tudo que deseja que saia da Vida dele e do Corpo. E
vai se passando todas as comidas começando pelas comidas escuras e
terminando com as Pipocas. Ao terminar de passar todas as comidas, o
Filho de Santo encosta a Lança de Bambu rente ao Tronco da Árvore, na
mão esquerda então, ficará a quartinha. Tira-se a Tampa, pede-se ao Iyawo
fale com a boca dentro da quartinha pedindo para sair tudo de ruim da vida
dele,tampa-se a Quartinha e manda-se o Iyawo atira-la ao chão para que se
quebre. O próprio Iyawo faz um Sarayê com a Galinha em seu Corpo e a
Joga bem longe com toda a Força. Neste mometo, dá-se na mão do Filho de
Santo o Estoura Balão que será apontado para bem longe botando para
correr então todas as mazelas que estavam na vida daquela pessoa. Durante
todo o processo deste ebó, canta-se para Omolu.

EBÓ ESÚ PARA TRAZER DE VOLTA PESSOA SEQUESTRADA


OU PRESA

Material:
1 gaiola sem uso;
3 passarinhos;
3 kilos de Canjica cozida
3 cabacinhas cortadas;
mel;
azeite de dendê;
pinga;
1 peça de roupa da pessoa.
Modo de fazer:
Trate dos passarinhos em sua casa, por pelo menos 3 dias.
Faça essa oferenda na mata, num local onde tenha terra. Antes de entrar na
mata, você deve oferecer a Exú as três cabaças (uma com mel, a outra com
dendê e a última com pinga). Fale em voz alta, dizendo o que veio fazer, e
peça agô, a Exú, para entrar na mata.
Feito isso, limpe o local onde você vai fazer a oferenda. Faça um círculo no
chão para colocar a gaiola com os passarinhos. Coloque em cima da gaiola
a peça de roupa da pessoa. Solte o primeiro passarinho, pedindo para Exú
encontrar fulano de tal (pronunciar o nome completo). Solte o segundo
pássaro, pedindo que a pessoa seja libertada. Quando soltar o último
pássaro, peça que a pessoa venha a salvo até sua casa (fale em voz alta o
endereço).
Quebre a gaiola totalmente e cubra com bastante ebô , deixando-a no local.
Assim que a pessoa retornar, ela deve usar a peça de roupa que você
utilizou na oferenda.
Obs.: Em agradecimento pelo regresso do ente querido, deve ser copado
um Cabrito calçado para Exú.
EBÓ PARA TER ÊXITO E MOVIMENTO EM CASA COMERCIAL
E ILE ASÉ
MATERIAL
21 obi
21 orogbo
01 litro de gim
01 garraga de azeite de dendê
Ewe Ireke (folha de cana de açúcar)
Ewe Epa (folha de amendoim)
Ero Osun (solanaceae)
Epo Odu (erva moura)
Ogede Omini (bananeira)
Iyo (sal)

MODO DE FAZER:
Soque num pilão todas as folhas misturando-as aos outros materiais. Em
seguida, abra uma fenda no meio da casa comercial e enterre esta massa,
enrolada em um pano branco. Cubra a fenda.
Esta oferenda deve ser direcionada a Esu, guardião dos templos, casas
cidades e pessoas, e intermediário entre os homems e os deuses.

EBÓ PARA ATRAIR FORÇAS DAS DIVINDADES AFRICANAS


PARA ILÈ ASÉ
MATERIAL
Uma vasilha branca
9 moedas (se for homem)
7 moedas (se for mulher)
20 gotas de azeite de dendê
Sal grosso
Gim
MODO DE FAZER:
Na vasilha coloque água e as moedas. Acrescente sal grosso, gim e o azeite
de dendê.
Deixe e vasilha no pé de Esu se o tiver assentado, caso contrário, coloque
na sala e deixe de uma dia para o outro.
Faça o pedido à Iyá mí entregando esta oferenda em troca de prosperidade
para você e seus filhos de santo.
Faça seu pedido saudando a Elá:
Elá Boru!
Elá Boye!!
Elá Bosise!!!

ÈBÓ PARA ARRUMAR EMPREGO

MATERIAL
2 Inhame Da costa
Dendê
1 Obi roxo
2 Pratos
Danda da costa em pó
14 Folhas de fortuna
2 Favas de Èsú
1 Alguidar
7 Ovos
Bastante moedas
MODO DE FAZER:
Os dois inhames da costa devem ser bem cozidos, e sua água é para tomar
um banho ao fim desta obrigação. Então pegue os dois pratos e coloque um
do lado do outro, amasse cada inhame em cada prato, com suas próprias
mãos e junte ao inhame, um pouco de dendê, os 2 obi roxo ralados, danda
da costa em pó, folhas da fortuna 7 em cada prato triture bem, as 2 favas de
Èsú raladas uma em cada prato, então após o banho, ou seja no outro dia de
manhã em jejum, passe esta massa em todos os dois pés, entre os dedos
enfim passe bem, coloque uma meia, e fique com este ebo nos pés no
mínimo por 4 horas, fazendo seus pedidos a Èsú caminhos de emprego
rapidamente, passado este período, retire tudo e coloque dentro do alguidar,
cubra com bastante dendê e quebre dentro 7 ovos, leve e coloque em uma
estrada de grande movimento e que você não veja seu final, jogue por cima
de tudo bastante moedas, novamente peça a Èsú dinheiro, e caminhos de
emprego.
ÈBÓ PARA TIRAR QUEIMAÇÃO

MATERIAL
Panela de barro
9 Ovos
9 Cebolas
Dendê
Peneira pequena
Mel
Morim branco
MODO DE FAZER:
Pegue uma panela de barro coloque em sua frente, passe em todo o corpo 9
ovos, e as 9 cebolas, coloque dentro desta panela e cubra com dendê, em
seguida coloque a peneira na boca desta panela e derrame o mel, e peça as
forças da Terra que tire tudo de ruim de sua vida, ebo, feitiços, olho grande
e queimação, e que seus inimigos não possam lhe enxergar. Este ebo será
feito em local de mato queimado e/ou seco, e que tenha formigueiro perto,
então cubra com o morim branco, e ao chegar em casa tome banho com
sabão da costa e/ou sabão de coco.
Após o Ebó prescrito acima aconselha-se a fazer o seguinte banho abaixo

BANHO FORTALECER ORI

MODO DE FAZER:
Pegue água de coco verde, quine dentro de uma vasilha com folhas de
algodoeiro, elevante, e tome este banho varias vezes sempre ao amanhecer,
antes tome banho com sabão da costa e/ou sabão de coco, após feito isto
tome banho com as ervas, logo a seguir coloque um akasa em sua cabeça e
amarre com um morim branco e fique pôr duas horas, depois leve em um
jardim e coloque em baixo de uma arvore.

Apêlo as Almas Ciganas que morreram queimadas para obtêr


Riquezas

Panela de cobre velha


1 Punhado de Cinzas de fogueira
Pétalas de 21 rosas brancas
Essência de Nardo
Benjoim importado
Turíbio
1 Vela na altura da pessoa na cor branca
Em uma praça pública bem ao centro desta depositar a panela de cobre e
preenche-la com as cinzas, acenda a vela, e o turíbio, ponha o benjoim para
queimar no turíbio, e vai se fazendo pedidos.
Comece a espalhar as pétalas sobre as cinzas, e por cima desta a essencia
de Nardo, clamando nesta hora pelas Almas Ciganas que foram perseguidas
e queimadas pela inquisição, pedindo sorte, saúde e prosperidade !
Durante todo o tempo bater palmas …

Restituição da Riqueza e Atração do Dinheiro


1 Bacia com água do Mar
1 Bacia com água de Mel
1 Bacia com leite de Cabra
1 Bacia com açucar Cristal
21 Favas de Jucá
21 Moedas de cobre correntes
1 Corrente de aço
1 Vidro de água de laranjeira
1 Vidro de água de sandalo
Modo de Fazer:
Embaixo de uma árvore sêca acender um fogareiro, pôr a corrente para
esquentar, quando já estiver bem vermelha a corrente pelo fogo, joga-la na
agua do mar que se encontra na bacia, tomar banho da cabeça aos pés com
a água do mar, pedindo-se para livrar-se de todas as pragas e malefícios
que impede a pessoa de Vencer na vida !
Procure uma árvore frondosa e antiga, acenda 2 velas dos 7 nós uma de
cada lado da árvore, e comece a banhar-se com o leite de cabra, com a agua
de mel misturada com flor de laranjeira, sandalo, moedas, favas de juca, da
cabeça aos pés.
Em seguida jogue todo o açucar cristal para o alto na copa frondosa da
árvore, pedindo por emprego, sorte na vida e brilhantismo profissional.
OBS: A Corrente que se encontrava na agua do mar, será enterrada aos pés
da arvore seca após o banho de agua do mar.

Defumações e Banhos
Defumação para descarregar casa ou comércio:
Misturar mirra, incenso, bejoim, aniz estrelado, breu, alecrim e alfazema e
colocar num defumador aceso com carvão. Defumar do fundo da casa para
a frente; no final, despachar num verde e deitar um copo de água por cima.

Defumação para abrir caminhos:

Misturar num recipiente três colheres de açúcar, três colheres de café em


pó, três colheres de canela moída e sete folhas de louro seco. Defumar a
casa da frente para o fundo fazendo os seus pedidos. Aconselho a fazer a
defumação para descarregar à noite e no dia seguinte, pela manhã, ao
nascer do sol, fazer esta defumação para chamar dinheiro, freguesia e tudo
que é bom.

Banho para descarregar o corpo:


Colher pela manhã: levante, manjericão, alecrim, guaco, malva cheirosa,
espada de são Jorge, espada de santa Catarina, orô, oito folhas de ameixa,
um punhado de folhas de pitangueira, gervão, sete ramos de arruda, guiné,
oito folhas de boldo e folhas de alfazema. Colocar numa panela grande e
deixar a ferver por catorze minutos. Apague o lume e deixe arrefecer até
ficar em boa temperatura para fazer o banho. Ponha o líquido sem as folhas
num balde, entre na banheira ou no duche, colocando-se de pé dentro de
uma bacia, vá despejando o conteúdo do balde por cima do corpo com uma
caneca, faça os pedidos para os bons guias retirarem todos os males do
vosso caminho etc. Peça a alguém para deitar a água do banho que ficou na
bacia num verde ou em água corrente.
Nota: Este mesmo preparado pode ser utilizado para lavar a casa (do
fundos para a frente) para descarregar. Neste caso, em vez de ferver, as
ervas também podem ser maceradas, piladas, com água, o efeito é melhor
ainda. Também encontrará estas ervas em bons mercados ou ervanárias,
caso você não tenha como colhê-las você mesmo.

Banho para atrair bons fluidos:

Misture dinheiro em penca, folhas de dólar, folhas de malva cheirosa,


folhas de laranjeira, folhas de elefante, folhas de manjericão, folhas de
fortuna, macere estas ervas com água e coe, misture um pouco de água
quente para que a água fique numa boa temperatura para o banho. Coloque
num balde entre na banheira ou no duche, colocando-se de pé dentro de
uma bacia, vá despejando o conteúdo do balde por cima do corpo com uma
caneca (nunca deite nenhum tipo de banho na cabeça). No final, despeje o
conteúdo da bacia no seu quintal. Se quiser lavar a casa com este preparado
deve lavar da frente para o fundo e despeje o resto no fundo do quintal.
Nota: Como é um banho para atrair bons fluidos não deve ser despachado
do lado de fora do pátio ou da porta de casa, caso você more num
apartamento, sugiro que deixe um vaso grande com plantas verdes numa
área onde possa despejar estes banhos.

Mais Alguns Trabalhos


Xangô Aganjú Para passar em concursos e provas:
01 gamela de madeira
06 bananas catarinas
01 vela vermelha
01 vela branca
01 vela marrom
-mel
-pedidos escritos 6 vezes
Pegue a gamela, coloque as bananas descascadas dentro da gamela, em
baixo de cada uma o papel com o seu pedido, leve a um verde de
preferência onde tenha uma pedra grande para você colocar a gamela em
cima, escreva o seu nome em cada uma das velas e depois de colocar a
simpatia sobre a pedra ,ascenda as velas e peça muita protecção e auxílio
quando você estiver prestando à prova.
Para Xangô Agodô – Justiça
01 gamela de madeira
12 bananas catarinas
03 maçãs (vermelhas)
-fita branca
-fita vermelha
-mel
-pedido escrito em uma folha de papel com caneta vermelha
-1 vela de 7 dias branca e vermelha
Escreva o seu pedido em uma folha de papel com a caneta vermelha ,enrole
o papel com a escrita para dentro, amarre com as fitas e coloque no centro
da gamela, descasque as bananas e coloque-as sobre o papel, arrume-as
para que você possa colocar no centro as três maçãs, regue com um
pouquinho de mel e leve a um verde onde haja uma pedra, coloque a
gamela sobre a pedra e peça a Xangô que lhe ajude a vencer este processo.
Mais Ebós e Oferendas
Os Ebós são oferendas feitas para Orixás, Odús e outras divindades para
diversas finalidades, sejam elas feitas para apaziguar algum problema,
sejam feitas em forma de agradecimento de alguma graça atingida, por
alcançar algum objectivo ou simplesmente como forma de agradar às
divindades que se cultuam. O princípio do Candomblé baseia-se no Ebó,
nas oferendas propiciatórias obtendo a redistribuição do Axé e mantendo o
seu equilíbrio vital.
Abaixo seguem alguns Ebós que o poderão ajudar em algumas situações da
sua vida, no entanto, sempre que possível, é preferível recorrer a alguém
que tenha fundamento no Candomblé para os realizar de forma correta.
Ebó para Ògún
Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade
1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de
mariô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco
misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá vermelho
(igual a acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite de
dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariô e chamando por Ogum, Faça o mesmo com as
moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com um
pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. Acenda uma vela e faça os seus
pedidos a Ogum. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. Se você morar num apartamento, coloque dentro da
sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés
de uma árvore frondosa.
Presente para Oxum.

Para acalmar a pessoa amada


5 batatas inglesas, mel, azeite doce, açúcar mascavo, 2 velas.
Como Preparar: Cozinhe as 5 batatas inglesas sem casca. Deixe esfriarem.
Coloque um pouco de mel, azeite doce e açúcar mascavo em um prato de
louça, vá amassando as batatas com as mãos e misturando tudo. Faça isso
pensando na pessoa amada. Dê um formato de coração à massa. Acenda 2
velas amarelas de 30 cm ao lado. Ofereça a Oxum Aparà.

Ebó para Exú Lonan


Abrir Seus Caminhos, para tirar feitiço, olho-grande, inveja
1 metro de pano vermelho, 1 alguidar médio, 7 velas brancas, 1 bife de boi
cru, 7 moedas actuais, 7 búzios abertos, 1 farofa de dendê, com uma pitada
de sal, 7 limões, 7 acaçás vermelhos, 7 ovos vermelhos, 1 obi.
Como Preparar: Abra o pano em sua frente. Acenda as velas. Passe o
alguidar pelo seu corpo e coloque-o em cima do pano. Passe os
ingredientes no corpo, pela ordem acima. Por último, abra o obi, e leve-o
até a sua boca, fazendo seus pedidos. Deixe-o em cima do Ebó. Feche o
pano. Este Ebó tem que ser despachado numa rua de muito movimento,
onde tenha muitas casas comerciais.

Oferenda a Exú
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelhas; Farinha de milho
branco; Fígado, coração e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um
alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farofa com dendê, uma com mel e uma com
água, separadamente. Faça o acaçá branco cozinhando a farinha de milho
em água, deixe a massa bem consistente, depois coloque em um pedaço de
folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de boi em
pedaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de
sal, o camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farofas no alguidar sem
misturar muito, ponha o refogado de miúdos sobre a farofa e coloque o
acaçá no centro. Oferece-se para Exú pedindo o que se quer. Coloque numa
praça bem movimentada.

Ebó Para Iansã – Oyá Onirá


Material Necessário:1 Abóbora moranga, 4 Búzios abertos, 4 Noz
moscada, 4 Moedas, 4 Acarajés, 4 Metros de fitas vermelha / Branca, 1
Saco de pano.
Modo de Fazer: Fazer um buraco na abóbora, colocar o resto das coisas,
depois de passadas no corpo. Tapar a abóbora, amarrar com fitas. Entregar
a OYÁ ONIRA no alto de um morro, às 18:00 ou 24:00 horas, acender e
pedir tudo de bom.

Ebó Para Resolver Problemas Difíceis


Material Necessário:2 Acaçás Brancos, 2 Ovos Brancos, 2 Quiabos, 2
Moedas, 2 Conchas, 1 Oberó
Maneira de Fazer: Passa-se tudo no corpo e coloca-se num Oberó, colocar
bastante mel e arriar numa praça e pedir a MEGE ou MEGIOKO que traga
tudo de bom e
em dobro. Este Ebó tem que ser feito com 2 pessoas, acompanhadas de
duas crianças.
Nota: Este Ebó só pode ser feito nas terças-feiras.
Ebó de União
Amarrações
Este é um dos temas mais polémicos de que podemos falar, não só no
enquadramento do Candomblé, como de qualquer prática religiosa que
utilize rituais de magia. Cabe em primeiro lugar salientar que a magia,
como tudo na vida, tem o seu lado bom e o seu lado mau, ou se preferir-
mos, o seu lado positivo e o seu lado negativo, e cabe a cada um de nós
escolher a utilização que lhe queremos dar.
Está na natureza humana a constante luta por conseguir tudo aquilo que
pretende, desde os objectivos mais elevados, até àqueles que nem vale a
pena descrever… de tão ignóbeis que podem ser. E uma vez mais, aqui,
também é a nossa escolha que prevalece. Somos nós que escolhemos as
nossas metas e os nossos objectivos, e por isso, cabe-nos a nós também
escolher os meios. E se não é tão questionável que os fins justifiquem os
meios, devemos de facto preocupar-nos com os meios que escolhemos para
atingir os nossos fins, porquanto, pelo caminho, estão quase sempre em
jogo pessoas… e até vidas!
Particularmente no Candomblé, e porque esta página a ele é dedicada, a
prática de rituais de magia é uma constante, mas, vamos então analisar
como ela é utilizada e como deveria ser utilizada.
Os Ebós, as Oferendas e as Simpatias, são algumas das formas de magia
que utilizamos, mas estes, todos eles sem excepção, foram criados
originalmente com o intuito de corrigir alguma situação errada na vida de
uma pessoa e para tal pode-se recorrer ao auxílio de diversas entidades; em
primeira linha aos Orixás e depois, a outras entidades, que pelo seu estado
evolutivo e pelas suas características, se assemelham mais a nós, humanos
– aqui enquadram-se os Exús pagãos, as Pombagiras e os Caboclos – e
estão de facto num plano mais próximo de nós.
Qualquer destas entidades pode ser uma mais valia na vida de uma pessoa,
pois o seu auxílio chega sempre, e se devidamente tratados são nossos
aliados preciosos.
Mas a magia, como já referi, também tem as duas faces da moeda, e a
quem a pratica, é necessário, diria mesmo essencial, conhecer os dois lados,
tornando-se mais uma vez necessário escolher o lado que se vai utilizar, e
esse lado deve ser sempre o lado positivo e construtivo.
Poderíamos aqui, a título de exemplo, encarar como um veneno, que pode
ser utilizado e para o qual é necessário conhecer o antídoto: é do próprio
veneno da cobra que se criam os antídotos que são utilizados para curar
quem é picado por ela – na magia, grosso modo, também temos que
conhecer tanto o veneno como o antídoto, porque para se tratar ou curar
alguém que tenha sido atingido pela magia negativa, é necessário saber
contrapor com a magia positiva.
Obviamente, não vou aqui explicar – nem o poderia fazer – os detalhes
desse conhecimento, o importante é que fique claro que quem mexe com
um lado tem que conhecer o outro. Embora não pertencente ao Candomblé,
m dos magos mais conhecidos de sempre – São Cipriano – começou por ser
um dos melhores magos que já se conheceram a manejar a chamada Magia
Branca, mas de igual modo, mais tarde na sua vida, virou, e tornou-se um
dos mais temidos e eficientes magos da Magia Negra. Também para ele
isto só foi possível porque tinha conhecimento verdadeiro e profundo de
como os dois lados funcionam.
Portanto, assim como se pode Amarrar, também se pode sem dúvida
Desamarrar, mas isto só é possível a quem tenha verdadeiros e
fundamentados conhecimentos.
Convenhamos no entanto que não são muitos aqueles que estão
verdadeiramente capacitados para isto, portanto, quando pensar em fazer ou
solicitar uma Amarração, pense, não duas, não três vezes, mas muitas vezes
naquilo que está a pedir, ou vai fazer, pois você jamais terá a garantia de
que o seu pedido possa ser atendido devido a um conjunto de factores que
podem estar envolvidos e que você certamente desconhecerá.
Ao fazer uma Amarração, você não só estará a pedir algo para si, como
estará a mexer com a vida de outra pessoa, e de alguma forma forçando-a a
agir de uma maneira que ela muito provavelmente não quer, não de forma
voluntária e consciente. Quando isso acontece, muita coisa se altera, e por
vezes os resultados não são nada satisfatórios e são até perniciosos para a
vida das pessoas envolvidas.
Imagine uma situação em que você quer muito ficar com uma outra pessoa
e faz uma Amarração para conseguir o seu intento. Imagine agora que uma
segunda pessoa está interessada nessa mesma pessoa para quem você fez a
Amarração e resolve também, para conseguir o seu intento, fazer também
uma Amarração. Como é que fica essa pessoa que está pelo meio? E você,
vai conseguir o seu intento? Ou é a outra pessoa que vai conseguir?
Este tipo de situação não é inédito, é até cada vez mais comum, dado que
são cada vez em maior número as pessoas que recorrem a este tipo de
magia (embora a maioria jamais vá admitir que o fez!), e garanto que daqui
não sai nada de bom para nenhuma das partes envolvidas, só confusão e
mais confusão e muita dor. Cria-se assim um ciclo vicioso, e nenhuma das
partes vai sair a contento.
Ainda que posteriormente seja feita a magia para Desamarrar, entretanto, já
muita coisa aconteceu que não tem retorno e já nada voltará a ser como era
antes, ainda que a Desamarração seja um sucesso.
Amarração mexe com o destino da pessoa, e nós simplesmente não temos o
direito de impor a nossa vontade na vida e no destino dos outros.
Esta forma de utilizar a magia não é de todo uma forma positiva. Está na
hora de todos perceber-mos isto e agir-mos em conformidade.
Gostaria, de uma vez por todas, que os verdadeiros adeptos e/ou praticantes
do Candomblé, independentemente do posto que ocupem, se negassem
determinadamente a aceitar este tipo de trabalhos que constantemente nos
pedem, ou sequer de pensar neles como uma solução para as nossas vidas,
porque não é de facto uma solução; mais que não seja, pelas consequências
kármicas que lhes são inerentes e que o nosso lado espiritual jamais deve
esquecer – chama-se Lei do Retorno!
Há sempre uma forma difrente de ajudar as pessoas… pelo lado positivo!
Axé!

Pequenos Trabalhos
Hoje deixo aqui mais alguns trabalhos que lhe poderão ajudar a melhorar
alguns aspectos da sua vida.
Para afastar pessoas invejosas e indesejáveis:
Você vai precisar de:
01 vassoura de carqueja ou de palha
Varra a sua casa ou comércio dos fundos para a frente, mentalizando as
pessoas que você gostaria que se afastassem de você, vá pedindo a São
Roque:”eu não estou tirando a sujeira de dentro da minha casa e sim estas
pessoas que me fazem mal”. Pegue o lixo e a vassoura, leve a um verde e
despache.
Para Afastar Doenças:
01 vassourinha de palha
07 dentes de alho
01 pedra de carvão
01 saquinho de tecido lilás
01 fita lilás
01 punhado de pipoca (em grão)
01 papel com os nomes de todos da família Coloque dentro do saquinho
lilás: o papel com os nomes ,o alho, o carvão, e a pipoca, amarre o
saquinho com a fita e amarre-o na vassourinha, guarde no alto e procure
nunca mexer ,no próximo ano despache este em um verde e faça outro.
Peça a Ossaim muita saúde e protecção para a sua família.
Proteção da casa:
01 fita vermelha
01 chave
07 moedas
07 grãos de milho
01 saquinho de tecido vermelho
Coloque dentro do saquinho: a chave, as moedas e os grãos de milho,
amarre com a fita vermelha e pendure por cima da porta de entrada da sua
residência ou comércio, pedindo protecção, fartura e bons negócios.
Abertura profissional:
01 bandeja papelão
pipoca estalada (sem sal e sem açúcar)
07 papéis com os pedidos escritos
07 velas vermelhas
07 chaves
Forre a bandeja com a pipoca, escreva os pedidos referentes à parte
profissional em 7 papéis, enrole cada papel em uma chave e coloque dentro
da bandeja formando um círculo, sendo que a ponta da chave fica voltada
para fora, leve a uma encruzilhada e peça a Exú Bará que abra os seus
caminhos para que consiga um emprego ou uma promoção, etc.
Acabar com briga em casa.
Materiais necessários:
1 Pombo branco;
1 Metro de fita branca;
1 Imã;
Azogue;
7 Moedas correntes;
Mel;
Água mineral;
1 Obi
Uma tesourinha.
Maneira de fazer:
Amarrar a fita no pé do pombo, passar, simbòlicamente na casa e solta-lo,
afastado do portão.
Após 7 dias, colocar atrás da porta, que é mais usada, uma quartinha de
barro e dentro dela 1 imã, azogue, 7 moedas correntes, lavadas, mel, água
mineral e uma tesourinha aberta. Pegar um OBI, abri-lo com a unha, tirar o
broto com os dentes, jogar o OBI até que dê ÀLÁFIÀ.

Para acalmar filhos

Materiais necessários:
Uma canjica;
12 quiabos;
Algodão;
Água mineral;
Mel;
Açucar cristal;
Duas velas.
Maneira de fazer:
Acender a vela e num papél liso escrever, a lápis, seu nome por cima do
nome da criança.
Cozinhe a canjica, escorra, e coloque, por cima, o papel com os nomes,
pedindo…, por cima do papél coloque ,também, um Ajabó com os nomes
escritos 8 vezes, cobrindo tudo com algodão, deixando no alto, com uma
vela acesa, pedindo a XÀNGÓ para acalmar a cabeça de …, o anjo da
guarda de … parar de perturbar, etc… .
” Maneira de fazer o AJABÓ: 12 quiabos cortados em cruz, bem pequenas,
água mineral, mel e açucar cristal. Bater bem, com a mão direita, pedindo a
XÀNGÓ

Saúde Pronta Recuperação


Materiais necessários:
Uma tigela branca;
Açúcar cristal;
Milho de canjica;
Algodão;
Uma vela de 7 dias
Maneira de fazer:
Cozinhar uma canjica com açúcar cristal. Escrever, a lápis, 8 vezes o nome
da pessoa doente, colocar na tigela e cobrindo com a canjica( fria ). Em
seguida cobrir a canjica com algodão, acendendo ao lado a vela, pedindo a
ÒÒSÀÀLÀ saúde e pronta recuperação.

Salvar uma vida

Materiais necessários:
Um pedaço de pano branco, virgem;
Uma vela;
Uma moeda,lavada;
1 quiabo;
1 ôvo branco.
Procedimento:
Com o pedaço de pano fazer uma trouxinha, colocando dentro a vela, a
moeda o quiabo e o ôvo. Em seguida, passar a trouxinha na pessoa da
cabeça para os pés, de uma só vez, não pode retornar. Colocar a trouxinha
na porta de uma igreja cujo santo seja masculino. Ao chegar em casa, tomar
um banho com água de flor de laranjeira.

Pessoa sair da vida sem brigas ou confusão

Materiais necessários:
Uma vela de 7 dias;
1 miolo de boi;
Uma tigela;
Mel;
Água-de-flor de laranjeira;
Vinho brando doce.
Acender a vela e lavar o miolo de boi para tirar todo o sangue, colocar na
tigela o nome da pessoa, escrito 9 vezes, a lápis, e o miolo por cima.
Colocar por cima mel, água-de-flor de laranjeira e o vinho branco.
Passados sete dias, retirar o papél com o nome, desmanchá – lo, bem,
embaixo de uma bica e , despachar o miolo num mato limpo.

Para chamar clientes

Materiais necessários :
Três galhos de alecrim;
Pó de sândalo;
Uma bacia de plástico;
Um litro de água benta;
Meio quilo de arroz.
Maneira de fazer :
Despejar a água benta dentro de uma bacia e em seguida o arroz. Com as
mãos lave o arroz de maneira que a água fique com a cor branca. Com um
o escorredor de arroz, separe a água em um outro recipiente. Adicione a
água do arroz o pó de sândalo.
Proceda da seguinte maneira: Salpique dentro do seu local de comércio a
água preparada, da porta para dentro e em todos os cantos. Feche o local de
comércio e, no outro dia, ao abri-lo, com galhos de Alecrim, varra o arroz
da porta para dentro e para o centro,rezando: ” Meu Santo Antônio
caminhante ,que caminha o mundo inteiro, traga para o meu comércio
gente que tenha muito dinheiro”.
Em seguida recolha o arroz e coloque na bacia anteriormente usada,
levando para uma praça bem movimentada, lá deixando.

Trazer fartura, dinheiro, sorte, etc…

Materiais necessários:
1 Alguidar nº 5;
1 Par de mãos abertas, de cera;
7 Moedas;
1 Imã;
Arroz com casca;
Farinha de kibe;
Semente de girasol.
Maneira de fazer:
Dentro do alguidar colocar o par de mãos voltadas para cima; na mão
direita colocar as 7 moedas, na esquerda o imã e em volta o arroz com
casca, a farinha de kibe e as sementes de girasol. Oferecer a ODÉ e OYÁ
para … .
Trocar uma vez por ano na lua crescente ou cheia.

Para afastar doenças


Material:
01 vassourinha de palha
07 dentes de alho
01 pedra de carvão
01 saquinho de tecido lilás
01 fita lilás
01punhado de pipoca (em grão)
-papel com os nomes de todos da família
Coloque dentro do saquinho lilás: o papel com os nomes ,o alho, o carvão,
e a pipoca, amarre o saquinho com a fita e amarre-o na vassourinha, guarde
no alto e procure nunca mexer ,no próximo ano despache este em um verde
e faça outro. Peça a Ossaim muita saúde e protecção para a sua família.
Ebó de saúde para Etaogundá
Material:
– Um quilo de fígado
– Um quilo de peito
– Um miolo fresco
– Um coração
– Um rim
– Um pedaço de garganta

– Um pedaço de bucho
– Vinte e um acaças
– Um quilo de milho vermelho torrado
– sete velas brancas comuns
Entregar, depois de passar no corpo da pessoa. Este Ebó é colocado na
porta do cemitério. Depois dar três banhos na pessoa de canjica e fazer
descarrêgo de polvora. Depois dar comida a Jagum e a Terra.

Ebó para Oxalá – Para cura de doente


1/2 kg de milho de canjica
1 tijela branca
1 Obí branco
Banha de Ori
1 vela branca
Mel de abelha
Modo de fazer
Cozinhe a canjica – ainda quente, coloque a banha de ori – até que se
dissolva.
Passe o obi pelo corpo do enfêrmo – parta-o no meio e coloque-o na tijela.
Regue tudo com mel.
Acenda a vela com um copo de água e reze pedindo a Oxalá a cura do
enfêrmo.

A tijela, despachar no mesmo dia – embaixo de um altar de uma igreja.


Se o enfêrmo fôr mulher – despache numa igreja de uma santa.
Se o enfêrmo fôr um homem – despache numa igreja de um santo.
Faça este ebó numa lua nova – sexta feira – durante o dia.

Ebó para Nanã – para Saúde

1 peixe bagre branco


Azeite de Oliva
3 ovas de peixe
mel de abelha

1 m de morim branco
1 prato de barro
1/2 kg de farinha de mandioca crua
7 velas brancas comuns

Modo de fazer
Com as ovas e a farinha faça um pirão bem cremoso; espere esfriar.
Abra o bagre, tire as tripas e frite no azeite de oliva – não deixe quebrar –
espere esfriar.
Coloque o pirão dentro do prato e o peixe por cima.

Regue tudo com mel.


Despache este ebó numa casa velha abandonada.
Forre o morim
Coloque o prato.
Acenda as velas em volta.
Faça este ebó numa lua cheia – sábado – durante o dia.

Ebó para Nanã – Para problemas nas pernas


Azeite de Oliva

1/2 kg de feijão prêto


1 oberó
1 pombo branco
mel de abelha
4 acaças brancos
1/2 kg de milho de pipoca

7 velas brancas comuns


1 m de morim branco
7 flores – copo de leite
Perna de cêra – a que estiver com problema: esquerda ou direita, ou ambas.

Modo de fazer
Cozinhe o feijão; espere esfriar.
Estoure a pipoca no azeite de oliva.

Coloque dentro do oberó o feijão.


Passe as pipocas na perna(as) da pessoa – coloque sobre as pipocas.
Despache em campo aberto.

Forre o morim.
Coloque o oberó.
Coloque a perna de cera por cima
Regue com mel.
Faça numa lua minguante – segunda feira – durante o dia

Ebó para Obaluaiê – Para afastar Doenças


1 prato de barro
1/2 kg de farinha de mandioca crua

Mel de abelha
6 bananas da terra
Azeite de Dendê
6 velas brancas
1 m de morim branco

Modo de fazer
Prepare um epadê de mel
Coloque dentro do prato
Frite as bananas no azeite de dendê – espere esfriar – coloque sobre o
epadê enfeitando.
Despache este ebó em um campo aberto.
Forre o morim.
Acenda as velas em volta

Pedir para Obaluaiê afastar todas as doenças.


Faça numa lua nova – segunda feira – durante o dia
Ebó para Obaluaiê – Para Cura de Enfermidade
Costurar um saquinho de morim branco

1/2 kg de milho de pipoca


1 bife de carne de porco cru
mel de abelha
6 moedas
6 velas brancas
1 litro de água mineral sem gás
Azeite de oliva

Modo de fazer
Estoure o milho no azeite e separe as pipocas mais abertas
Passe as pipocas na enfermidade – coloque dentro do saquinho
Passe o bife na enfermidade – coloque dentrodo saquinho
Regue tudo com mel – feche o saquinho com uma fita do mesmo tecido
Despache este ebó no pé de uma árvore seca ou que esteja morrendo.

Regue em volta a água – acenda as velas.


Pedir para Obaluaiê: “Assim como esta árvore seca, que seque tambem a
minha, ou a enfermidade de fulano”.
Faça numa lua minguante – segunda feira – durante o dia

Para a criança que dorme mal com os Ibeiji


Material:
1 fronha do travesseiro com que a criança dorme
70cm de fita azul
70cm de fita rosa
70cm de fita branca
1 colher de sopa de mel
Lave a fronha da criança normalmente, coloque o mel na água e enxague a
fronha, ponha a secar à sombra. Coloque a fronha no travesseiro e deixe
por 7 dias. Pegue as fitas e escreva em cada uma o nome da criança, dê 7
nós e coloque debaixo do colchão, deixe também por 7 dias. Ao oitavo dia
pegue as fitas, leve a uma praça e peça a Ibeji (Cosme e Damião) que
velem pelo sono da criança e que sempre a protejam. A fronha você pode
usar normalmente depois.

Neutralizar pessoas “fofoqueiras”

Escreva o nome da (o) “fofoqueira (o)” num papel, enrole-o e coloque


dentro de uma malagueta.
Numa quarta-feira, deixe a pimenta fora de casa (ao relento, mas onde
ninguém veja).
Na sexta-feira, torre a pimenta, e transforme-a em pó. Jogue um pouco
desse pó nas costas da fofoqueira.

Banho para Iemanjá ajudar a conquistar as coisas que


deseja
Material:
Água morna
Folhas de Pata de Vaca
Folhas de Tapete de Oxalá (Boldo)
Mel
Flores Brancas
Lave as folhas uma a uma, coloque-as numa bacia com água, e de frente
para a bacia macere as folhas esfregando uma na outra, pensando
positivamente nos seus objectivos. Acrescente 8 gotas de perfume. Tome o
banho do pescoço para baixo.

Ebó para Ossâim – Para obter um pedido Impossível


11 ovos

1 oberó
Azeite de oliva
Azeite de dendê

1 m de morim branco
6 velas brancas
6 moedas

Modo de fazer
Cozinhe os ovos; espere esfriar, não descasque.
Coloque os ovos dentro do oberó, batendo a ponta, afim de que fiquem em
pé.
Regue com azeite de oliva e azeite de dendê.
Passe as moedas pelo corpo, fazendo seus pedidos e coloque – as dentro
do oberó.
Despache este ebó numa mata fechada; antes de entrar na mata, peça
licença para Ossâim.
Forre o morim.

Coloque o oberó.
Acenda as velas em volta.
Faça este ebó numa lua cheia, nova ou crescente – quarta feira – durante o
dia.

Para Afastar forças Negativas


Pegar três ovos chocos e passar pelo corpo, do pescoço para baixo, depois
ir jogando, um a um, contra o chão, sem olhar para trás.
Isto é feito andando ou parado. Fazer as sete chamadas de Odí. Em outros
casos, substituir os ovos por três quiabos.
7 chamadas de Odí ao passar os ovos:
Odí nkanka
Odí lele
Odí Òsá

Odí Sakeke
Odí Komon
Odí Komoje
Odí nkaka òjé

Para Afastar um inimigo que esteja incomodando


Pegar quatro ovos chocos, em cada um deles escrever o nome da pessoa ou
pessoas, e colocar numa vasilha de barro. Passar por três encruzilhadas, e
em cada uma delas apanhar um pouco de terra e jogar em cima dos ovos na
vasilha. Ir pedindo o que deseja.
Na terceira encruzilhada colocar a vasilha no chão, pôr alcool e acender.
Ficar de longe vendo. Quando os ovos começarem a estourar, ir dizendo:
“A feitiçaria que puseram em mim, que não me atinja”.
Depois acender uma vela para as almas.

Ebó pra limpeza de loja


Espalhar pelo chão arroz comum, arroz de casca, semente de girassol,
feijão fradinho, milho, canjica. Varrer a loja com tudo, fazendo depois uma
trouxa com morim branco e deixando num local onde se movimenta muito
dinheiro.

Obrigação para Yemanjá no mar


Canjica cozida numa tijela branca
8 ovos cozidos
16 moedas
1 espelho
1 rosa branca ( tirar espinhos)

1 metro de fita rosa, branca e amarela


1 vidro aberto de perfume
Na sétima onda, oferecer tudo para Yemanjá Ogunté.

Trabalho de Ossá para proteger a Porteira


Alguidar – 1
Ovos – 9

Fava de Ataré – 9
Dendê – 1 litro
Pedacinhos de carvão – 9
Modo de fazer
Colocar tudo dentro do alguidar, Colocar do lado esquerdo da porteira,
(lado de quem entra), atrás ou do lado da porta.

Mudar sempre que os ovos se quebrarem ou os carvões afundarem.

Sacudimento
Um maço de couve manteiga
bolas de farinha com agua – 4
bolas de farinha com dendê – 7
bolas de farinha com agua e cinzas – 9
velas brancas finas – 9
acaçás – 9

moedas – 4
coxim de polvora – 4

Ekurú – 7
Farofá de dendê – um prato
Farofa de mel – um prato
Farofa de agua – um prato
sardinhas cruas – 9
Ovos – 4

Bifes de carne – 7
Prato com 7 legumes diferentes – um prato cheio ( batata doce, batata
inglesa, xuxu, cenoura,beterraba,etc..)
Cachaça – 1
Feijão Prêto ferventado – 1 prato
Feijão branco ferventado – 1 prato
Feijão fradinho ferventado – 1 prato

Feijão fradinho torrado – 1 prato


Milho de Galinha torrado – 1 prato
Frango macho – 1
Frango fêmea – 1
Pó de café – 1 prato
Alpiste – 1 prato

Semente de girassol – 1 prato


Um casal de bonecos ( macho e fêmea)
Um lençol onde tiver dormido sozinho duas noites
Uma roupa que vai rasgar que tiver dormido duas noites
Bater por último folhas – Peregum, São Gonçalinho, Erva de Santa Luzia
Despachar numa encruzilhada, lagoa ou cemitério

Banho para afastamento de Exú, pomba gira e Egum, após sacudimento:


Alfavaca, abre caminho, para- raio ou acocô, espada de Iansã, espada de
são Jorge (tomar durante 9 dias)
Este ebó é pra ser feito por um diretor de culto, Pai ou Mãe no santo.

Ebó com Xangô para receber um dinheiro atrasado


Material:
1 gamela
o retrato ou nome todo da pessoa

1/2 kg de quiabo
300 gramas de camarão sêco
Azeite de oliva
1 m de morim branco
12 pedaços de carne de boi gorda
1 dúzia de palmas brancas

12 velas brancas
2 mãos de cera (esquerda e direita), abertas
12 moedas
cebola ralada
Modo de fazer
Prepare o amalá
Frite os pedaços de carne no azeite

Coloque o retrato ou nome dentro da gamela.


Ainda quente – coloque o amalá por cima – enfeite com pedaços de carne.
Coloque as mãos de cera – na posição correta – por cima.

Passe as moedas pelo corpo – faça seus pedidos – coloque-as sobre as


mãos.
Enfeite com 12 quiabos inteiros
Regue tudo com mel.
Despache este ebó numa pedreira.
Forre o morim

Enfeite com as palmas.


Acenda as velas em volta.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – numa quarta feira durante o dia

Ebó para Xangô para abrir Caminhos

Material:

1 kg de quiabo
Cebola ralada
300 gramas de camarão seco
Azeite de oliva
8 velas brancas
1 m de morim branco

1 duzia de palmas brancas


2 folhas de amona branca
12 pedaços de carde de boi gorda
8 moedas
mel de abelha
1 alguidar
Modo de fazer:
Lave e seque os quiabos num pano branco.

Separe 12 quiabos- o restante corte em cruz e pique bem fininho,


Faça um amalá com os quiabos picados, camarão, cebola e deixe esfriar o
azeite.
Frite os pedaços de carne no azeite – até ficar morena; deixe esfriar.
Coloque as folhas dentro do alguidar – por cima o amalá – e enfeite com os
pedaços de carne com os 12 quiabos inteiros.

Regue tudo com mel.


Despache este ebó numa pedreira.

Ebó de Exu para abrir caminhos

Material:
Cangica

Sete caixas de fósforo


Sete velas
Uma garrafa de cachaça
Sete charutos
Farofa de Dendê
Farofa de agua

Maneira de fazer:
Após passar tudo no corpo da pessoa e pôr em cima da cabeça o morim
branco, preto e vermelho, rasga-se e passa-se uma ave branca tambem no
corpo do cliente. Quebram-se as asas e as patas e coloca tudo na
encruzilhada de Exu, sem acender as velas e os charutos.

Ebó para atrair a sorte com Yemanjá

Material:
1 balaio de palha
1/2 kg de canjica branca
Frutas de todas as qualidades

1 m de fita de todas as cores – menos preta e roxa


6 espelhos
1 perfume de boa qualidade
1 garrafa de sidra
1 pente branco
6 velas brancas

Mel de abelha
1 dúzia de velas brancas
Modo de fazer:
Cozinhe a canjica e espere esfriar.
Ponha dentro do balaio.
Passe todos os outros elementos pela sidra e arrume dentro do balaio.
Regue tudo com mel.

Procure fazer todos os seus pedidos, ponha sentimento e emoção nisto tudo.
Despache tudo no mar, procurando um lugar fundo, antes do amanhecer.
Faça numa lua crescente e procure fazer no dia de sábado

Ebó para Oxum para prosperidade


Material:
1 folha de mamona branca
1/2 kg de cangica branca
1 pombo branco

6 moedas
1 duzia de rosas amarelas
mel de abelha

1 m de morim branco
1 oberó.

Modo de fazer:
Cozinhe a canjica – espere esfriar.
Coloque a folha de mamona dentro do oberó e coloque a canjica sôbre ela.
Passe as moedas pelo corpo, coloque-as sobre a canjica.

Regue tudo com mel.


Despache este ebó numa cachoeira.
Forre o morim.
Coloque o oberó.
Acenda as velas em volta.
Faça seus pedidos, com o pombo na mão, passe-o pelo corpo e solte-o.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – sábado.

Ebó para Oxum para abertura de caminhos


Material:
Azeite de oliva
300 gramas de camarão seco
1 oberó

1 folha de mamona branca


1/2 kg de feijão fradinho
4 maçãs
6 moedas
1 m de morim branco

6 velas amarelas
1 m de fita nas seguintes cores: branca, rosa, amarela, verde e azul.
Cebola ralada.

Modo de fazer:
Faça um Omolocum com o feijão, o camarão, o azeite de oliva e a cebola;
espere esfriar.

Coloque a folha de mamona dentro do oberó e sobre ela o omolocum.


Passe as maçãs pelo corpo, faça seus pedidos e coloque-as sobre o feijão,
enfeitando.
Passe as moedas pelo corpo, faça seus pedidos e jogue-as sobre o oberó.
Despache este ebó numa cachoeira.
Forre o morim.
Coloque o oberó

Acenda as velas em volta.


Faça numa lua cheia, nova ou crescente – sábado.

Ebó para Oxossi para entrar dinheiro no comércio


Material:
1 abóbora moranga

6 moedas
1 prato branco
Açucar cristal
1 panela de barro com tampa
1 cebola grande
1 garrafa de vinho tinto

1 quartinha de barro sem alça


1 m de morim branco
6 velas brancas comuns

Modo de fazer
Cortas a moranga em seis pedaços.
Passe os pedaços de moranga pelo corpo. Faça seus pedidos e coloque-os
dentro do prato.
Passe as moedas pelo corpo, faça seus pedidos e coloque-as sobre os
pedaços de moranga.
Regue tudo com o açúcar cristal.
Coloque o prato atrás da porta de entrada.
Depois de três dias, despache este ebó na porta de um banco que tenha
bastante movimento.

Forre o morim.
Coloque o prato.
Acenda as velas ao lado.

Ebó para Oxossi para obter dinheiro


Material:

6 ovos
Azeite de dendê
Azeite de Oliva
1 prato de barro
6 velas
1 m de morim branco
6 moedas

Modo de fazer
Cozinhe os ovos – espere esfriar.
Passe os ovos pelo corpo, fazendo seus pedidos e coloque-os dentro do
prato.
Passe as moedas pelo corpo e coloque-as dentro do prato.
Regue com azeite de dendê e azeite de oliva.

Despache este ebó numa mata aberta.


Forre o morim.
Coloque o prato por cima.
Acenda as velas em volta.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – quinta feira – durante o dia.
Peça licença a Oxossi antes de entrar na mata.

Ebó com Ossãim para realizar bons negócios


Material:
1 oberó grande
Um pedaço de fumo de rolo
1 garrafa de vinho branco
mel de abelhas

6 maçãs
6 pêras
1/2 kg de uva itália
6 velas brancas comuns
1 m de morim branco
6 moedas

Modo de fazer
Passe as frutas pelo corpo, fazendo seus pedidos, e coloque-as dentro do
oberó.
Passe as moedas pelo corpo, fazendo seus pedidos, e coloque-as sobre as
frutas.
Enfeite com o fumo de rolo desfiado.

Regue com mel e vinho branco.


Despache este ebó numa mata aberta – peça licença a Ossãim antes de
entrar.
Forre o morim.
Acenda as velas em volta.
Faça numa lua cheia, nova ou crescente – quarta feira – durante o dia.

Ebó com Ossâim para conseguir emprego

Material:
1/2 kg de milho de galinha
1 oberó
3 cachimbos de barro

Fumo de rolo
1 coité
Mel de abelha
1/2 kg de amendoim
6 velas brancas
1 m de morim branco
6 moedas

Modo de fazer
Cozinhe o milho e o amendoim até ficarem macios, espere esfriar.

Coloque dentro do oberó


Coloque o fumo dentro dos cachimbos
Passe as moedas pelo corpo e coloque-as sobre o milho e o amendoim.
Regue com mel.
Despache este ebó na estrada de uma mata.
Forre o morim.

Coloque no oberó os cachimbos e o coité cheio de mel.


Acenda as velas em volta.
Faça nua lua cheia, nova ou crescente – sábado – durante o dia.

Ebó com Ogum para progresso em seus caminhos

Material:

1 oberó
7 velas brancas comuns
1/2 kg de feijão fradinho
Folhas de aroeira

Modo de fazer
Lavar o oberó e coloque as folhas de aroeira.

Torre o feijão fradinho – espere esfriar – coloque dentro do oberó


Despache este ebó numa estrada de subida, com as velas acesas em volta.
Peça a Ogum: “Assim como és o dono da estrada, que meus caminhos
sejam sempre de vitórias, como tuas batalhas.”
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – terça feira.

Ebó com Ogum para progresso dentro de casa

Material:
1/2 kg de milho de galinha

1 copo de cristal
folhas de louro
6 moedas
1 m de morim branco
1 oberó
6 velas brancas comuns

1 garrafa de vinho branco


1 vela de sete dias

Modo de fazer
Cozinhe até ficar macio o milho – espere esfriar
Coloque no centro do oberó o copo com o vinho – ao redor o milho.
Enfeite com folhas de louro e as moedas.
Procure um lugar dentro de casa.

Forre o morim
Acenda a vela de sete dias.
Faça seus pedidos.
Passado sete dias, despache tudo embaixo de uma árvore frondosa.
Acenda as velas em volta.
Faça o ebó, numa lua cheia, nova ou crescente – Sexta feira.

Ebó com Ogum para conseguir emprego

Material:
1 Oberó
1 Inhame (acará)
21 Palitos de dendezeiro
7 moedas

7 velas brancas comuns


Azeite de dendê

Modo de fazer
Assar o inhame na brasa – espere esfriar
Depois de assado – coloque dentro do oberó
Espete com os palitos – enfeitando o inhame

Passar as moedas pelo corpo – fazer seus pedidos com elas ainda na mão –
coloque dentro do oberó
Desoacge este ebó numa estrada de subida com as velas acesas em volta.
Regue tudo com azeite de dendê.
Faça numa lua crescente – terça feira – durante o dia

Ebó com Egum para abrir caminhos

Material:
1/2 kg de bofe
1/2 kg de fígado
1 oberó
7 velas brancas comuns

7 moedas
Mel de abelha

Modo de fazer
Pique o bofe e o fígado, separadamente.
Depois de picados, passe-os pelo corpo.
Coloque dentro do Oberó.
Passe as moedas pelo corpo – Coloque dentro do oberó
Regue tudo com mel.

Despache este ebó numa estrada de subida.


Forre o morim
Coloque o oberó
Acenda as velas ao lado.
Peça para Ogum – ” Assim como és forte, que me livres das demandas, das
forças negativas e abras meus caminhos para sempre.”

Faça numa lua cheia – Terça feira – durante o dia.

Ebó com Xangô para tirar de casa influencias negativas

Material:
1 alguidar grande
1 abóbora moranga

12 quiabos
12 laranjas
12 peras
1 metro de morim branco
1 vela de 7 dias
12 moedas

Mel de abelha
12 velas brancas comuns
1 copo d´agua
Modo de fazer
Coloque a abóbora dentro do alguidar.
Enfeite com as frutas; entre cada laranja e outra coloque um quiabo.
Passe as moedas pelo corpo, faça seus pedidos e coloque-as dentro do
alguidar.
Regue tudo com mel.

Procure um lugar algo – forre o morim e coloque o alguidar, a vela de 7


dias acesa, com o copo d´agua.
Levante este ebó depois de 12 dias – caso alguma fruta for apodrecendo –
retire e guarde para ser despachado.
Despache este ebó numa pedreira com as doze velas acesas.
Faça numa lua nova, cheia ou crescente, numa quarta feira durante o dia.

Ebó de Egum ( limpeza do corpo)

Ebó de Egum é uma cerimônia de limpeza que se faz no corpo da pessoa


para afastar a alma de outra que lhe acompanha.
Material
Açucar

Abobora
Arroz
Batata
Café
Canjica
Feijão Fradinho

Feijão Preto
Nabo
Pipoca (Doburú)
Sal
Vagem
Um Alguidar
Um maço de velas

Um metro de morim branco


Uma roupa velha da pessoa

Modo de fazer:
Passar tudo por cima da roupa do corpo da pessoa e, logo após rasgá-la, por
tudo no alguidar, amarrar e por na encruzilhada, rio ou mar. Onde o jogo de
búzios determinar.
Dar banho de Agio e afasta egum na pessoa e depois banho de vence tudo
com ervas dos Orixás. Por fim um banho de perfume alfazema

Para a pessoa vencer seus inimigos

Material:
01 imagem de São Miguel Arcanjo
01 vela de 07 dias branca e vermelha
01 pires

Escreva o nome das pessoas que lhe prejudicam, coloque em baixo da


imagem, ascenda a vela ao lado e coloque-a dentro do pires, tomando o
cuidado para deixar esta vela acesa em local seguro, peça a São Miguel que
sempre lhe proteja e defenda de seus inimigos visíveis e invisíveis.

ABRIR CAMINHOS
–1 GALINHA.

-1 CORRENTE DE FERRO DO TAMANHO DA PESSOA.


-1 VELA AZUL.
-1 VELA VERDE.
· Sacrifica-se uma galinha sobre uma corrente de ferro do tamanho da
pessoa a ser favorecida.Acenda do lado do animal uma vela azul e do lado
da corrente uma vela verde.Após três horas despachar a franga em uma
linha férrea oferecendo a IEMANJÁ e despachar a corrente no mar
oferecendo a OGUM.

ABRIR CAMINHOS
-FARINHA DE MANDIOCA.
-MEL.
-21 FOLHAS DE AROEIRA.
-7 MOEDAS ANTIGAS.

-7 MOEDAS NOVAS.
Fazer uma farofa fria com farinha de mandioca e mel , manipulando com as
mãos.Colocar a farofa num alguidar. Rodear a oferenda com 21 folhas de
aroeira , fazer o pedido e acrescentar 7 moedas antigas e 7 moedas novas .
Arriar no igbá de OGUM.

AFASTAR ALGUÉM
– 1 OVO DE PATO,MACHO.
· 1 PRATO BRANCO.
· 1 VELA PRETA.
· 1 PAPEL DE SEDA VERMELHO.
· 1 VELA ROXA.
-Pega-se um ovo de pato,macho de casca branca.
-Coloca-se o ovo dentro de um prato,também branco,sem quebra-lo.

-Fazer as conjurações.
-Utilizar um instrumento com ponta fina,de maneira que possa fazer um
pequeno furo no ovo sem quebrar a casca.
-Introduzir um sinal da pessoa.
-Fechar o furo com cera da vela preta.
-Envolver em papel de seda vermelho.

-Enterrar em um cemitério ,numa cova que tenha terra fofa.


-Em cima do ovo acender uma vela preta e depois a roxa.

AGRADECIMENTO
-7 VELAS AMARELAS.
-3 VELAS PRETAS.
-1 GARRAFA DE CACHAÇA
-1 PEDAÇO DE CARNE CRUA.

-1 MORIM VERMELHO.
-Ir até uma encruzilhada aberta antes das 07 horas.
Fazer as conjurações.Forrar o chão com o morim e colocar o pedaço de
carne. Acender primeiro as velas pretas e após as amarelas.
Derramar um pouco de cachaça no chão e deixar o restante
na garrafa.Fazer as conjurações para Xorokê.

AMALÁ FORTE DE XOROKÊ


-7 QUIABOS
-1 GILÓ.
-1 K FARINHA DE MANDIOCA.
-1 VIDRO DE DENDÊ.
-7 PIMENTA MALAGUETA FRESCA.
-7 PUNHAIS DE AÇO,CABO PRETO.

-1 ALGUIDAR DE BARRO.
-7 VELAS AMARELAS.
-Cortar cada quiabo 6 vezes,de forma que fique 7 pedaços,ou melhor 49.
-Corta-se o giló em 3 fatias de maneira que não se separem.
-Fazer uma farofa com a farinha de mandioca,dendê e pimenta picada,que
fique bem soltinha.

-Colocar um punhado de farofa no fundo do alguidar,suficiente para forrar


o fundo.
-Fazer as conjurações.
-Com a mão esquerda coloque os 49 pedaços de quiabo ao redor.
-Coloque o giló no centro.
-Em seguida cubra tudo com a farofa,deixando apenas o giló aparecendo.
-Coloque os sete punhais ao redor do prato,de maneira que fiquem todos
com as lâminas apoiando no alguidar em direção ao centro.
-Acender uma vela por dia ,durante sete dias.
-Despachar em uma encruzilhada aberta.

CONJURAÇÕES AO SR XOROKÊ
1ª CONJURAÇÃO: Sr. Xorokê , rei do ouro,senhor das nobrezas e das
farturas , invoco-te por parte do maioral todo poderoso , para que , neste
exato momento , coloque teus sete emissários ZITECHIS, GEZADOS,
MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS, em
meu favor,para solucionar o quero e preciso,no prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias,pois para isto fostes criado.
2ª CONJURAÇÃO: Sr.Xorokê,assim como o bode berra,o fogo estala e a
fumaça sobe,eu… quero que meus desejos sejam agora a mim
dirigidos,como a luz do sol,clareia a terra,tu com as sete forças do
espaço,ZITECHIS, GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS,
PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS ,irás dirigir a mim tudo aquilo que
eu quero e preciso neste momento,dentro do curto prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias , pois para isto fostes criado.
3ªCONJURAÇÃO : Sr.Xorokê,tu que tens o grande poder de aliviar-me
de todas as minhas necessidades materiais,neste exato momento te
suplico e ordeno: fáras com que tuas sete falanges do espaço ZITECHIS,
GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS,
ZALIÊROS,venham em meu socorro no curto espaço de tempo de sete
minutos,sete horas ou sete dias, pois para isto fostes criado.
CORAGEM, PAZ, GUERRA
-INHAME.
-BATATA DOCE.

-BATATA INGLESA.
-GENGIBRE.
-FAVA DE ARIDAN
-AMENDOIM TORRADO.
-CAMARÃO SECO.
-CEBOLA RALADA.

-AZEITE DOCÊ.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-UMA QUARTINHA DE BARRO VERMELHA.
-CACHAÇA.
-NOVE OVOS DE CASCA BRANCA COZIDOS.
-COUVE.

-CHICÓREA.
-FAZER AS CONJURAÇÕES.
-Cortar tudo,em pequenos pedaços,menos a couve e a chicórea que será
usado para enfeitar o alguidar.
-Os ovos descascados serão colocados por cima,enfeitando enquanto as
folhas serviram para forrar o prato.
-Atenção:Se for com a finalidade de obter coragem e paz,será despachado
na beira de um rio,ao pé de uma árvore,deitando azeite doce .
Se o objetivo for guerrear ,este ebó deverá ser colocado em uma linha de
trem ou em uma campina e derrame dendê.
Mas em qualquer um dos casos não esqueça de colocar a quartinha ao lado
com cachaça.

DEFESA PESSOAL
-MELÃO.
Para resolver problema com auxilio de OGUM deve-se pegar um melão e
dividir em sete pedaços , e oferecer a OGUM,a água que escorrer dele a
pessoa deve passar no corpo .

DESFAZER MANDIGAS E FEITIÇOS


-7 PEDAÇOS DE CARNE BOVINA CRUA.
-3 VELAS AMARELAS.

-7 OVOS CASCA BRANCA.


-1 GARRAFA DE VIDRO DE CACHAÇA.

-1 PORÇÃO DE ENXOFRE EM PÓ.


-1 MORIM VERMELHO.
-Em uma noite de lua cheia,vá a uma encruzilhada aberta e entregue ao Sr
XOROKÊ este ebó da maneira a seguir:
-Faça as conjurações.
-Coloque o morim no chão em forma triangular.

-Coloque os sete pedaços de carne crua disposta sobre o pano.


-Com a mão esquerda quebre um ovo para cada pedaço de carne.
-Pulverize o pó de enxofre sobre os ovos e as carnes.
-Acenda as velas na volta.
-Após sete dias retorne na mesma encruza,faça as conjurações e acenda
uma vela branca.-

DINHEIRO
-1 PEIXE DE ÁGUA DOCE.
-1 GALO VERMELHO NOVO.
-1 GALO VERMELHO COM AMARELO.
Para melhorar financeiramente oferece-se o peixe á OXUM nas águas de
um rio.Sacrifica-se um galo para o BARÁ e outro para OGUM .-

EBÓ FORTE
· 1 ALGUIDAR.
· MEL.
· FARINHA DE MANDIOCA.
· 1 ESPIGA DE MILHO.
· FOLHAS DE GUINÉ.
· 5 VELAS AMARELAS.
· Coloque em um prato de barro , ou alguidar, um pouco de mel com
farinha de mandioca,em seguida coloque uma espiga de milho verde sem as
palhas,vá virando a espiga até ficar toda coberta como se fosse a
milaneza,depois cubra-a com folhas de guiné bem verdes , aguarde durante
sete horas e depois leve a uma praia ou beira de um rio.

EFÓ
– Lingua-de-vaca-

– Cebola seca-
– Pimenta malagueta seca-
– Camarões seco –
– Sal –
– Azeite-de-dendê –
Corta-se a erva conhecida por ” língua de vaca ” ou mostarda, pondo ao
fogo para ferver com pouca água , feito isto escoa-se e coloca-se de novo
na mesma vasilha com cebola , pimenta malagueta seca , camarões secos e
sal . Botar azeite-de-dendê depois de tudo ralado.

ENERGIA
-FEIJÃO FRADINHO.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-FARINHA DE MANDIOCA.

-CEBOLA SECA.
-PIMENTA-DO-REINO.
Assa-se o feijão fradinho, após deita-se dendê misturando bem .Em um
alguidar colocar farofa de farinha de mandioca com dendê ,cebolinha e
pimenta-do-reino Colocar o feijão e enfeitar com rodelas de cebola .

ERAN
-FÍGADO DE BOI.

-CORAÇÃO DE BOI.
-RIN DE BOI.
-BOFE DE BOI.

-CEBOLA SECA.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
Cortam – se miúdos de boi bem picadinho .Refogar uma cebola ralada em
azeite-de-dendê.
Depois de cozidos serão colocados em alguidar vitrificado .

GUERRA ESPIRITUAL
-12 TAINHAS.
Para vencer uma guerra deve-se oferecer 7 tainhas para EXU e 5 para
OGUM –

IMPOTÊNCIA
-CRAVO DO IGBÁ DE OGUN.
-PALHA DA COSTA.
-1 GALO BRANCO.

Pega-se um cravo do igba de OGUM ,amarra-se com palha da costa ao


pênis da pessoa e sacrifica -se um galo sobre o conjunto , deixando o
sangue cair em cima do igba de OGUM.

INHAMES ASSADOS
-3 INHAMES.
-1 ALGUIDAR.

-21 PALITOS .
-MEL.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
Assar três inhames com casca no forno ou na grelha com fogo de lenha.
Deixe-os esfriar dentro de um alguidar.Levar a uma estrada aberta onde
haja estrada de ferro .Enfiar vinte e um palito ,ou seja ,7-7-7 nos inhames,
rezando e fazendo seus pedidos de guerra , ao terminar ,deitar dendê e após
mel por cima do ebó .
INHAME DE OGUM AVAGÃ
· 1 INHAME +- 21 CM DE COMPRIMENTO.
· 1 TRAVESSA DE BARRO CUMPRIDA.
· 21 PALITOS DE LARANJEIRA OU MARIWO.
· AZEITE-DE-DENDÊ.
· 7 MOEDAS ANTIGAS.
· 5 VELA VERMELHA.

· 1 VELA BRANCA.
· 1 VELA AMARELA.
· Assar o inhame descascado e colocar numa travessa de barro e espetar
21 palitos de laranjeiras ou de maríwo.Regar com azeite-de-dendê quando
estiver servindo na frente do seu igbá .Passar 7 moedas no corpo , fazendo
o pedido e rezando seu axé,no final colocar 7 moedass enfeitando o prato e
acender 5 velas vermelhas 1 branca e outra amarela.

IPETE
-INHAME,AIPIM,MANDIOCA,ETC.,..-
-AZEITE-DE-DENDÊ-
-CAMARÃO SECO-
-CEBOLA SECA-
-PIMENTA MALAGUETA-

-LORO-
-VELA VERMELHA-
Inhame descascado e cozido,cortado em fatias,em seguida amasse e misture
no azeite-de-dendê com camarão ralado , cebola ,
pimenta malagueta.Faça um purê consistente com todos os
ingredientes juntos.Fazer bolinhos .
Colocar em número de 7 -l4 – ou 21 bolinhos em um alguidar e despachar
na mata ,regando com dendê .
LIVRAR – SE DE ALGUÉM
-7 OVOS DE CASCA BRANCA,MACHOS.
-1 ALGUIDAR.
-1 GALO VERNELHO.
Para livrar-se de pessoa que obstruem um objetivo , escrever o nome da
pessoa ou situação em 7 ovos casca branca.Colocar os ovos dentro de um
alguidar.Sacrificar um galo vermelho no igbá de OGUM.Após coloca-se no
alguidar por cima dos ovos e despacha-se numa linha férrea para que o
trem passe por cima.

MANUTENÇÃO
-7 Velas amarelas.
-1 Prato branco.
-Fazer as conjurações a Ogun XOROKÊ ,relatar tudo que você deseje que
permaneça como está,em seguida acenda no prato as sete velas amarelas.

-Deixar queimar até o fim.


-Despachar numa quinta-feira em encruzilhada aberta.

OBEGUIRI
-6 tiras de costela de rês preferencialmente da janela,por ser mais macia.
-3 cebolas.
-3 cabeças de alho.

-Salsa.
-Coentro,pimenta do reino e sal a gosto.
-6 Quiabos.
-Um quilo e duzentas gramas de camarão seco.
-Azeite de dendê.
Corte a cebola em pedaços não muito pequenos, cebola machucada, alho,
salsa, coentro , pimenta do reino e sal.Tudo refogado com a carne . Quiabos
cortado em rodelas finas e camarões secos.
Põe-se bastante azeite-de-dendê ,nesta comida.

A carne pode ser substituida por 9 bagres dependendo a finalidade.

OLHO GROSSO
–ALHO ROXO.
-1 COPO VIRGEM BRANCO.
-1 GARRAFA DE CACHAÇA.
-3 VELAS AMARELA .

-1 VELA PRETA.
-1 VELA BRANCA.
Fazer as conjurações.
· Em uma primeira terça-feira do mês, coloque um dente de alho roxo
dentro de um copo e coloque em seguida cachaça.
· Pegue o copo com a mão esquerda e vá até uma encruzilhada aberta e
diga o seguinte:

· “Sr XOROKÊ ,que todos os olhos grandes,invejas e infortúnios sejam


afastados de mim e de meus familiares(dizer os nomes),pois,como o que tu
queres e eu vou te dar,em troca do que eu quero,agora,”
· Acenda as velas deixe o restante da cachaça na garrafa ,vire as costa e
vá embora sem olhar para trás.-

PRECE A OGUM
OGUM ,meu pai
poderoso guardião das leis
chamá-lo de pai é honra ,
esperança , é vida
vós sois meu aliado no combate
às minhas inferioridades.
Mensageiros de OXALÁ – filho de OLORUM
senhor vos sois o domador dos

sentimentos espúrios
depurai com sua espada e lança
minha consciência e inconsciência,
baixa de caráter.
OGUM irmão , amigo e companheiro
continuai em sua ronda em perseguição

aos defeitos que nos assaltam a cada instante


OGUM glorioso orixá , reinai com sua falange
situando por piedade o bom caminho para o nosso coração
consciência e espírito.

PRECE DE OGUM
Para vós que nós matamos
matamos no caminho

para vós que nós matamos


matamos no caminho
senhor que nos abençõa
senhor para quem matamos
OGUM senhor do irê
para quem sacrificamos

no caminho Senhor que nos abençoe.

QUEBRANTO E INVEJA
Tu és ferro , eu sou aço
eu te prendo e embaraço.
Tu és fraco , eu sou forte
eu te venço e te amasso.

Tu és de espírito pobre
eu sou de espírito rico
nada e ninguém comigo pode.
Pelas armas de são Jorge
se o mocho vier não me leva
pois ando com as armas de

São JORGE.

REVERTER UMA SITUAÇÃO


-UM GALO PARA BARÁ.
-UM GALO PARA OGUN.
-UMA FRANGA PRETA NOVA PARA URUMILAIA.
-TRÊS GANCHOS DE FERRO.
-TERRA DE 4 CAMINHOS .

-BASTANTE MOEDAS .
-SOBRA DE COMIDA .-
Sacrificar o galo no horário de 12 horas,primeiro para BARÁ.Deixar seu
sangue correr por cima do seu igbá.
Depois matar para OGUN,deixando o sangue correr sobre o seu Igbá.
Por último sacrfica-se para OXALÁ de URUMILAIA sangrando por cima
dos três ganchos.
Colocar os iales correspondentes a cada entidade,nos seus igbás.
As partes restantes dos animais devem ser colocadas limpas e crus em um
alguidar .
Sobre eles os ganchos.
Colocar o resto de comidas previamente separadas sobre os restos dos
animais do sacrifício e do gancho.
Cobrir tudo com as areias do caminho.

Despachar tudo ás 18 horas em uma campina.


É aconselhado fazer este axé na sexta-feira.

SALADA MISTA ENERGIA


-2 XÍCARAS DE GRÃOS DE SOJA
-2 XÍCARAS DE GRÃO DE BICO
-2 TOMATES GRAÚDOS PICADOS

-1 CEBOLA MÉDIA PICADA E SEM ÁCIDO


-1 PIMENTÃO VERMELHO PICADO-
1 PIMENTÃO AMARELO PICADO
-2 CENOURAS MÉDIA RALADAS
-1 XÍCARA DE UVAS EM PASAS HIDRATADA
-1 BANANA PRATA PICADA
-1 UMA MAÇA PICADA

-1UMA PERA PICADA


-A ZEITE DE OLIVA
-TEMPERO VERDE PICADO
-UMA PITADA DE PIMENTA DO REINO
-UMA PITADA DE COMINHO
-Cozinhe os grãos até ficarem macios.

-Deixe escorrer e lave com água fria.


-Misture tudo e após coloque azeite de oliva ,sal e tempero a vontade.

URGÊNCIA
Quando você se sentir em prejuízo por causa de elementos que criam
situações constrangedora,prejuízos financeiros, atritos,brigas ou
intrigas,etc…,acenda uma vela branca para OGUN,peça licença para ele
para que possa seu subordinado direto TRANCA-RUAS trabalhar para
você.Isto feito acenda uma vela preta para exu TRANCA-RUAS,ele quem
vai tomar conta de seu problema. Coloque ao lado das velas um copo com
água fresca,que deverá ser colocada no lado de fora de sua residência após
a leitura da oração a seguir,feita com fé,devoção e muita confiança de que
sua causa é justa e foge de seu controle, restando somente a intervenção das
entidades espirituais.

…Glória a DEUS nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Santo Expedito,vós que pelos vossos méritos alcançastes a ben-aventurança
eterna,ouvi a minha prece.Intercedei junto a Nosso Senhor Jesus
Cristo,para que sejam aplainados os caminhos deste vosso humilde
devoto.Senhor meu Jesus Cristo,que derramastes o Vosso Santo Sangue na
cruz pela salvação dos pecadores,dignai-vos atender a intercessão do vosso
grande Santo Expedito.Sede atento,senhor as palavras de Santo
Expedito,em favor deste vosso humilde filho,sede propício,senhor,aos
rogos do vosso glorioso Santo Expedito,senhor meu Jesus Cristo,ouve
complacente as palavras de Santo Expedito.
Valoroso e puro servidor do altíssimo Santo Expedito,considerai que sendo
este vosso devoto um pecador,não perdeu contudo sua fé nem na
misericórdia de DEUS nem nos vossos méritos perante Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Assim contrito e arrependido dos meu pecados,venho suplicante rogar a
vossa intercessão em meu favor,obtendo da misericórdia e da justiça divina
, a graça de ser atendido em minha prece [fazer o pedido].
Santo Expedito, fiel ao senhor,rogai por mim.
Santo Expedito,pelo vosso martírio,rogai por mim.
Santo Expedito,pela vossa morte,rogai por mim.

Santo Expedito,glorioso martir,rogai por mim.


Santo Expedito,valente militar,rogai por mim.
Santo Expedito,socorro dos doentes,rogai por mim.
Santo Expedito,amparo dos viajantes,rogai por mim.
Santo Expedito,patrono dos aflitos,dos que se acham em dificuldades,dos
que confiam em vossos méritos,amparai-me,protegei-me
Santo Expedito,vós que jamais negastes o vosso socorro e a vossa proteção
aos que vos imploram com fé e humildade,sede atento aos meus rogos e
pelo sangue que Nosso Senhor Jesus Cristo derramou,pela salvação dos
pecadores,dignai-vpos atender à prece que humildemente vos dirijo.
ASSIM SEJA.
fontes: alexdeag
Pai jorge

José luciano D’ xangô.

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Alguns conceitos sobre Pombas-Girasdomingo, out 23 2011


Ebós & oferendas and Orixás Ogum Exu Xorokê 20:01

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Alguns conceitos sobre Pombas-Giras

Alguns conceitos sobre Pombas-Giras

por Ogum Exu Bará Xoroquê, quarta, 6 de julho de 2011 às 20:39


Pombas-GirasPomba gira é vista como um Exú feminino, um
mensageiro entre este mundo e o mundo espiritual, um espírito,( que nas
religiões Abraamicas do deserto seria certamente visto como um anjo), de
forte e vincada personalidade.Pomba gira é um espírito feminino também
de luxúria, sendo que todos os prazeres e coisas deste mundo lhe são
agradáveis .Tem aparência de “Diaba” vermelha, nua e sensual. Ela
costuma ser invocada para trabalhos de magia sexual, amarração, separar
ou unir casais, etc.
Afirma-se na teologia Umbanda e Kimbanda que Pomba-Gira, ( o conceito
que serve para distinguir toda uma linhagem de espíritos femininos ),
constitui na verdade uma enorme legião subdividida em ramos distintos:
Existem pombas giras ligadas ás encruzilhadas, ( Pomba Gira das 7
encruzilhadas), bem como pombas giras ligadas a locais ermos, ( Pomba
Gira Maria Mulambo ), como pombas giras relacionadas com ciganas, (
pomba gira Cigana), como pombas giras afectas aos cemitérios, ( pomba
gira Calunga). No decorrer de um processo espiritual milhares de pessoas
já afirmaram ter visto os seus desejos concretizados através deste tipo de
entidade, ao passo que outras viram todo o tipo de alterações milagrosas
suceder na sua vida.
As oferendas realizadas a pomba gira, são: charutos, bebidas fortes,
cigarros de boa qualidade, flores vermelhas, espelhos, jóias bonitas e
brilhantes, licores, bijutarias, perfumes e tudo aquilo que um espírito
feminino adora.

Os locais de oferenda, variam consoante a natureza da pomba gira em


questão …As Pombas-Giras têm um nome cabalístico: KLÉPOTH.
E cada uma atende por um nome diferente: rainha das 7 catacumbas, Maria
Padilha…

Maria Padilha é uma das principais entidades da Umbanda e do


Candomblé, da linha da esquerda, sendo também conhecida por Dona
Maria Padilha, e considerada a Rainha das Pombas-Giras. É a Rainha do
Reino da Lira, Rainha das Marias.
É a mulher de Exu Rei das 7 Liras, ou Exu Lúcifer, como é conhecido nas
Kimbandas .
Ela é vista como o espírito de uma mulher muito bonita e sedutora, que em
vida teria sido uma fina prostituta ou cortesã influente.

As suas oferendas são : cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número


ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis.
Os seus trabalhos são geralmente despachados em encruzilhadas em “T”.
Os sacrifícios a oferecer-lhe : galinha vermelha, cabra, pata preta.

A saudação a Exú: Laroyê , Exu ! (“Salve, Exu !”)

Maria Padilha , tem vários nomes:

– Maria Padilha Rainha dos 7 Cruzeiros da Kalunga ;


– Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;

– Maria Padilha Rainha dos Infernos;


– Maria Padilha Rainha das Almas;
– Maria Padilha das Portas do Cabaré;
– Maria Padilha Rainha das 7 facas;
– Maria Padilha Rainha da Figueira…

O maior segredo para pedir e obter o que pedir para Maria Padilha, está na
fé nela e no respeito por ela.
EROS E TANATOS, MAGIA E POMBAS GIRAS
Na obra Em Além do Princípio do Prazer, Sigmund Freud, discute os
antagonismos presentes em todos os seres, como uma disputa constante de
forças decididamente opostas; para a vida e para a morte; para o
crescimento e para a destruição.
Freud encontrou na Mitologia a representação para essas forças opostas,
através dos mitos de Eros e Tanatos.
Para Freud, Eros (pulsão de vida) e Tanatos (pulsão de morte) , são as
forças que organizam o desenvolvimento humano e da civilização, através
de sua constante dialética.
CONCEITO DE DESEJO NA PSICANÁLISE
Para a psicanálise, desejo designa, ao mesmo tempo, a propensão, o anseio,
a necessidade, a cobiça ou o apetite, isto é, qualquer forma de movimento
em direção a um objeto cuja atração espiritual ou sexual é sentida pela alma
e pelo corpo (ROUDINESCO; PLON, 1998)

OS MITOS
Os mitos são anteriores à Filosofia, (o saber mítico ofereceu respostas,
quando o saber lógico ainda não havia estruturado-se ). Foram a forma de
encontrar respostas à todas as inquietantes indagações que fervilhavam nas
mentes humanas sedentas de explicações para tudo o que tinham
consciência de existência, dentro e fora do ser.
EROS
Deus do amor equivalente ao romano Cupido. Na mitologia mais antiga era
representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho de Caos,
e a encarnação da harmonia e do poder criativo no universo.
Posteriormente foi considerado um belo e apaixonado jovem, acompanhado
por Poto, o Hímero (o Desejo). A mitologia posterior fez dele o
companheiro permanente de sua mãe, Afrodite, deusa do amor.
TÂNATOS
O deus da morte da mitologia grega nascido antes da criação da
humanidade por Prometeu, que servia à Hades trazendo-lhe súditos, e em
geral é mostrado como um espírito alado e é irmão gêmeo de Hipnos, o
deus do sono.
Na mitologia grega, Eros, o deus grego do amor, e Tânatos, a
personificação da morte opõem-se. Esses dois mitos foram discutidos por
vários filósofos ao longo da história da Filosofia para explicar o
antagonismo: morte e desejo.

A FILOSOFIA
Mas essa ideia de movimento e alteração de forças opostas em constante
disputa, está presente nas obras de muitos filósofos.
O pré-socrático Empédocles, afirmava: para que o mundo produza a sua
diversidade, os quatro elementos (terra, fogo, água e ar) unem-se e
separam-se, devido a duas forças cósmicas opostas:
o amor e o ódio.
O amor que une e o ódio que separa.
Entre essas duas forças, amor e ódio, para Empédocles, não existe
hierarquia; ambas se alteram sucessivamente e tudo se faz e se refaz, a
partir da ação dessas forças em movimentos cíclicos.
Para o filósofo Arthur Schopenhauer a vontade (desejo) constituí a
essência mais pura e constante no homem. É o princípio elementar, natural
e primário que está aquém e além da razão. A vontade é o que possibilita o
viver com plenitude. A vontade em Schopenhauer é o triunfo da vida sobre
a morte, através, principalmente do instinto da atração sexual, do instinto
de reprodução está na constituição do ser, independente de sua intenção e
escolha racional. Ela é a própria natureza, manifestando sua força sobre o
querer individual.
Mas essa vontade, como fonte permanente de estímulos, não pode ser
satisfeita de modo pleno. Então esse ciclo é fonte de sofrimento, que para
ser resolvido implica no aniquilamento da vontade, na renúncia do querer.
O que de certa forma, encontramos no budismo.

O DESEJO ESTIMULADO PELAS POMBAS GIRAS


Após um entendimento maior sobre os conceitos de desejo, como vontade,
fica mais fácil compreender uma das funções mais importantes presentes
na magia das Pombas Giras, a estimulação de Eros (PULSÃO DE
VIDA) em nós e o afastamento ou transmutação de Tânatos (PULSÃO DE
MORTE).
Esse estímulo à vida não pode ser confundido com pura estimulação erótica
( mesmo tomando emprestado o mito de EROS) e aumento de apetite
sexual.
É o estímulo à superação de dificuldades; à luta pela conquista dos
objetivos;
A escolha do auto amor; a renovação das energias; o seguir em frente; o
estar aberto aos novos relacionamentos; a aceitação das limitações com
lucidez, mas sem conformismo derrotista; o crescimento intelectual; o
aprimoramento espiritual; o fortalecimento do caráter; a afirmação do “EU
SOU, TU ÉS, NÓS SOMOS”, a perspicácia da ação, a sabedoria da “não
ação”, a exploração das possibilidades…
Quando aceitei realizar um trabalho público, escrevendo sobre Pombas
Giras, sofri toda sorte de preconceitos, de familiares, amigos, inimigos e
inclusive de espíritas e umbandistas. Por incrível que pareça, encontrei
apoio em dois amigos padres, do tempo em que cursava filosofia e em
alguns amigos psicanalistas. E também gostaria de agradecer aos
evangélicos que me escrevem, expondo suas ideias de modo muito
carinhoso e respeitoso.
E agradeço sobretudo o interese e amizade de meus leitores e seguidores.
São para eles que escrevemos; para os médiuns iniciantes; para os mediuns
que por algum motivo não frequentam templos umbandistas e trabalham
sozinhos em suas casas; para os consulentes que são enganados; para os
desesperados pelas paixões não correspondidas e apelam à kiumbas para
trazerem seu amor de volta, achando que estão pedindo e sendo atendidos
por Pombas Giras.
Sem sombra de dúvida, o meio umbandista foi o que mais causou-me
decepções. A maioria não assume, mais acha que POMBAS GIRAS SÃO
ESPÍRITOS EM EVOLUÇÃO e não devem ser mentoras espirituais. Os
mentores devem ser PRETOS VELHOS, quando muito CABOCLOS ou
outros ESPÍRITOS MAIS ILUMINADOS com nomes futuristas.
Pois bem, trabalho e incorporo Erês, Caboclos, Caboclos mirins, Caboclo
da Pantera, Pretos Velhos, Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Mestres do
Oriente… amo a todos eles.
Mas aceitei com orgulho e convicção trabalhar com e por Pombas Giras.
Pois todos os espíritos citados acima também estão em evolução.
Todos nós estamos em evolução, todo o planeta está em evolução.
E por que seria “meu” Preto Velho ou Caboclo quem teriam que falar
sobre o universo das Pombas Giras?
QUEM É A POMBA GIRA DO CABARÉ?
Definitivamente, não existem Pombas Giras mais “abusadas”(no melhor
sentido) que as do Cabaré.
“Juraram me matar na porta do cabaré… Mas eu ando dia e noite…Você
não mata porque não quer”

Não importa a falange à qual pertençam, Mulambos, Padilhas, Rainhas, etc.


A ousadia e a irreverência fazem parte da apresentação e atuação dessas
Guardiãs.
Pomba Gira do Cabaré não é uma falange e sim um campo de atuação,
como Encruzilhada ou Cemitério.
Têm uma função importantíssima e na maioria das vezes muito
equivocada. Fazem a segurança de encarnados que necessitam e merecem
proteção, desviam encarnados violentos e encaminham desencarnados que
frequentam bordéis, bares, boates, casas de jogos, casas de shows, etc.
São sempre muito solicitadas por mulheres e homens nos pedidos de
amarração amorosa; por profissionais do sexo para aumento de carisma e
capacidade de sedução; por interessados em seduzir para tirar vantagens
financeiras, etc.

Mas sua verdadeira função é a de ajudar seu protegido (médium ativo ou


não|) a encontrar uma vida com sentido e dignidade. Algo bastante difícil.
Na maioria das vezes essas guardiãs têm que lidar com a dor e a
degradação com total falta de esperança e perspectiva de seus protegidos.
Quase todos sucumbem às provações que têm de enfrentar.
Justamente por isso, são guardiãs com as gargalhadas mais sonoras que
conheço, pois sabem que cada raro momento de trégua e alegria deve ser
valorizado e intensamente vivido.
Por favor, não achem que cada médium de uma Pomba Gira do Cabaré, é
profissional do sexo ou frequentador de ambientes mais pesados.
Ao contrário, os médiuns que trabalham com a entidade em Terreiros, nada
têm de promíscuo em suas vidas, caso tivessem, não poderiam estar dando
consultas e aconselhando consulentes.

Usam o vermelho bem vivo, gostam de cigarrilhas e piteiras, usam vários


tipos de bebidas e em suas oferendas acrescentem bombons de licor.
Também costumam usar chapéus e mais adornos femininos, dançam com
mais frequência, gostam de animação e estimulam a alegria. Raramente
usam capas, preferem roupas mais femininas e gostam de rosas no cabelo.
As vezes fico imaginando como seria uma gira inteira só com Pombas
Giras do Cabaré… com certeza, uma festa muito animada, com muitas e
sonoras gargalhadas.
Se tivéssemos que escolher apenas uma Pomba Gira para representar todas
as Guardiãs, seria a Pomba Gira do Cabaré. Ela é o modelo mais próximo
do imaginário popular do que é ser Pomba Gira.
Salve Maria Molambo do Cabaré!
Salve todas as Pombas Giras do Cabaré!
OFERENDA PARA POMBA GIRA GUADIÃ MARIA MULAMBO DAS
SETE FIGUEIRAS
ELEMENTOS

7 FIGOS (REGADOS COM MELADO DE CANA)

7 FOLHAS DE COMIGO NINGUÉM PODE

7 FOLHAS DE GUINÉ

7 FOLHAS DE LOURO

7 INCENSOS DE MIRRA (PROCURE INCENSOS INDIANOS


LEGÍTIMOS, EM LOJAS ESPECIALIZADAS.

1 ROSA VERMELHA

1 LICOR DE ABSINTO (COMPARE PREÇOS, VARIAM


BASTANTE, ENCONTRA-SE ALGUNS MAIS BARATOS EM
SUPERMERCADOS)

2 VELAS VERMELHAS

2 VELAS VERDES

3 VELAS BRANCAS
1 CESTA DE PALHA OU VIME, OU UMA GAMELA DE MADEIRA
ONDE CAIBAM OS ELEMENTOS.
LAVE A CESTA, ENXUGUE E FORRE COM AS FOLHAS DE
COMIGO NINGUÉM PODE, EM SEGUIDA ARRUME AS FOLHAS
DE GUINÉ E POR CIMA AS FOLHAS DE LOURO. APÓS FORRAR
A CESTA COM AS FOLHAS, ARRUME OS 7 FIGOS E COLOQUE
A ROSA NO CENTRO. REGUE COM MELADO DE CANA
APENAS OS FIGOS, A ROSA NÃO DEVE SER REGADA COM O
MELADO DE CANA.
ABRA O LICOR, DERRAME UM POUCO SOBRE OS FIGOS E
DEIXE O RESTO NA GARRAFA ABERTA.

ABRA A ÁGUA MINERAL, NÃO PRECISA DERRAMAR, APENAS


DEIXE EM UM COPO VIRGEM OU NA PRÓPRIA GARRAFA, SE
FOR DE VIDRO.
NO CHÃO AO REDOR DA CESTA, CIRCUNDE AS 7 VELAS,
ALTERNANDO AS CORES. EM SEGUIDA ACENDA OS 7
INCENSOS.
LOCAL DE ENTREGA: BOSQUES, MATAS, CAMPINAS, SE
POSSÍVEL, AOS PÉS DE UMA BELA ÁRVORE.

HORÁRIO DA ENTREGA: PREFERENCIALMENTE ATÉ AS 21


HORAS.

PEDIDOS: FORTALECIMENTO, SAÚDE, RENOVAÇÃO, AMOR,


SABEDORIA.

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO


DA LIRA
ELEMENTOS:

1 GARRAFA DE VINHO SUAVE

1 VIDRO DE PERFUME PARA POMBA GIRA

3 CIGARRILHAS
3 CACHOS DE UVAS REGADAS COM MEL (DE PREFERÊNCIA
TRES QUALIDADES DIFERENTES)

1 ROSA VERMELHA

3 VELAS VERMELHAS

1 CESTA PARA AS FRUTAS

FOLHA DE PAPEL DE SEDA PARA FORRAR O CHÃO

FOLHAS DE PARREIRA, ROSEIRA OU LARANJEIRA PARA


FORRAR A CESTA.

LAVE E ENXUGUE A CESTA, FORRE COM AS FOLHAS


VERDES, ARRUME OS CACHOS DE UVAS, REGUE COM O MEL,
COLOQUE AS MOEDAS, UMA A UMA MENTALIZANDO O QUE
DESEJA, COLOQUE A ROSA NO CENTRO DA CESTA ( A
MESMA DEVE ESTAR SEM ESPINHOS E O CABO DEVE SER
UM POUCO CORTADO, DE MODO À CABER NA CESTA.

ABRA A GARRAFA DE VINHO E COLOQUE EM UMA TAÇA, O


RESTANTE DEIXE DENTRO DA GARRAFA, AO LADO DA
CESTA.

ACENDA AS CIGARRILHAS FORA DO PAPEL DE SEDA.

ACENDA AS VELAS, FORMANDO UM TRIÂNGULO COM A


PONTA PARA CIMA.

RECOLHA TODO MATERIAL, COMO SACOLAS ETC.

BORRIFE A OFERENDA COM O PERFUME E AINDA


BORRIFANDO O CAMINHO, SAIA SEM DAR AS COSTAS PARA
A OFERENDA, MAIS OU MENOS SETE PAÇOS, AFIRME O QUE
DESEJA, E LEVE O PERFUME CONSIGO, GUARDE-O PARA
UMA PRÓXIMA OFERENDA.

ASSIM QUE SEU PEDIDO REALIZAR-SE, REPITA A OFERENDA


E DEIXE LÁ O PERFUME.

LOCAL DE ENTREGA: ENCRUZILHADAS EM FORMA DE T DE


CHÃO BATIDO, LONGE DA CIDADE, PRAÇAS OU JARDINS.
HORÁRIO: ATÉ AS 21:00H
PEDIDOS: AMOR, ALEGRIA DE VIVER, AUTO ESTIMA.
VER TODOS OS PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVEM MA
OFERENDA.
************************************************************
**********
OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO
DAS ROSAS
ELEMENTOS:
ROSAS VERMELHAS ABERTAS ( 7,14 OU 21 ROSAS) SEM OS
ESPINHOS
7 CIGARROS LONGOS ACESOS AO LADO DA OFERENDA, NUM
CINZEIRO DE BARRRO OU PRATO DE BARRO
1 CAIXA DE FÓSFOROS, QUE DEVE FICAR ABERTA AO LADO
DA OFERENDA
3 VELAS VERMELHAS
3 FOLHAS DE MAMONA
1 GARRAFA DE LICOR DE CACAU

FORRE O CHÃO COM AS 7 FOLHAS DE MAMONA, FORMANDO


UM CÍRCULO, EM CIMA DE CADA FOLHA, COLOQUE UMA
ROSA, COM AS PÉTALAS PARA A PARTE DE DENTRO E OS
CABOS PARA A PARTE DE FORA DO CÍRCULO. ABRA O
LICOR E REGUE UM POUQUINHO, CADA FOLHA DE
MAMONA, E DEIXE A GARRAFA NO CENTRO DO CÍRCULO.
ACENDA AS 3 VELAS NO CENTRO DO CÍRCULO, PODEM SER
ACESAS EM CIMA DE UM PRATINHO DE BARRO E DEVEM
FICAR BEM FIRMES, EM VOLTA DESSAS VELAS, ACENDA OS
7 CIGARROS, COM AS BRASAS PARA FORA E OS FILTROS
PARA A PARTE DE DENTRO, ONDE ESTÃO AS VELAS.
LOCAL DE ENTREGA: PRAÇAS OU JARDINS,
PREFERENCIALMENTE TERREIROS.
HORÁRIO: ATÉ AS 21:00 HORAS

PEDIDOS: SUCESSO NA CARREIRA, PROMOÇÕES, VIAGENS,


AMOR

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO


DOS 7 PUNHAIS
ELEMENTOS:

7 PONTEIRAS (COMPRAR CASA DE UMBANDA)

7 VELAS VERMELHAS

7 FITAS VERMELHAS DE 1 METRO CADA

7 CIGARROS LONGOS ACESOS, E O RESTANTE APAGADO

7 PERAS

7 FOLHAS DE MAMONA (3 DENTRO DO ALGUIDAR, E 4 PARA


FORRAR O CHÃO)

7 ROSAS ( 3 CORTADAS DENTRO DO ALGUIDAR E 4 FORA, 1


EM CIMA DE CADA FOLHA DE MAMONA QUE FORRA O
CHÃO)

1 CAMPARI (SIRVA UMA TAÇA E DEIXE O RESTANTE NA


GARRAFA ABERTA)

1 TAÇA NOVA (PREVIAMENTE LAVADA)

1 ALGUIDAR (GRANDE O SUFICIENTE) PREVIAMENTE


LAVADO
MONTANDO A OFERENDA:

FORRE O ALGUIDAR COM AS 3 FOLHAS DE MAMONA, COM


OS CABOS PARA FORA

NO ALGUIDAR ARRUME AS SETE PERAS E REGUE COM UM


POUCO DE MEL

COLOQUE AS SETE PONTEIRAS DENTRO DO ALGUIDAR, EM


FORMA DE CÍRCULO COM 3 PONTAS PARA DENTRO E TRES
PONTAS PARA FORA.

COLOQUE 3 ROSAS NO ALGUIDAR, SEM ESPINHOS E


REGADAS COM UM POUCO DE ÁGUA, CORTE OS CABOS NA
ALTURA DA LAPELA, PARA QUE CAIBAM NO ALGUIDAR (os
cabos que foram cortados, devem ficar, ao lado da oferenda, fora das
folhas de mamona que forram o chão)

ARRIANDO A OFERENDA:

FORRE O CHÃO COM AS 4 FOLHAS DE MAMONA RESTANTES,


COLOQUE O ALGUIDAR NO CENTRO.

DISPONHA AS SETE FITAS AO LADO DE CADA PONTEIRA,


INICIANDO DENTRO DO ALGUIDAR E SAINDO PARA FORA.

COLOQUE AS 4 ROSAS, COM OS CABOS E SEM ESPINHOS, EM


CADA FOLHA DE MAMONA DO CHÃO ( AS PÉTALAS DEVEM
FICAR PARA DENTRO DAS FOLHAS DE MAMONA E OS CABOS
PARA FORA
ACENDA OS 7 CIGARROS, EM FORMA DE CÍRCULO, COM AS
BRASA PARA FORA DAS FOLHAS DE MAMONA, O RESTANTE
DO MAÇO DEVE FICAR ABERTO, DENTRO DAS FOLHAS DE
MAMONA QUE ESTÃO FORRANDO O CHÃO.

ABRA O CAMPARI E SIRVA UMA TAÇA, DEIXE O RESTANTE


NA GARRAFA ABERTA.

POR ÚLTIMO ACENDAS AS STE VELAS, EM TORNO DA


OFERENDA, FOLHA DAS FOLGAS DE MAMONA QUE FORRAM
O CHÃO.

PEDIDOS: PROTEÇÃO CONTRA INIMIGOS, PROTEÇÃO


CONTRA DEMANDAS.

LOCAL DA ENTREGA: SOMENTE TERREIROS

HORÁRIO: ATÉ AS 21:00H

OFERENDA PARA A POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA


MULAMBO DOS SETE VÉUS

ELEMENTOS:

7 VELAS VERMELHAS

7 INCENSOS DE ROSAS BRANCAS

1 PERFUME PARA POMBA GIRA

7 CIGARRILHAS

7 PÊSSEGOS INTEIROS E LAVADOS


PÉTALAS DE 2 ROSAS OU QUALQUER FLOR, PREVIAMENTE
LAVADAS.

2 TAÇAS NOVAS

1 GARRAFA DE ARAK (LOJAS ÁRABES)

AÇÚCAR CRISTAL

1 GARRAFA DE ÁGUA MINERAL SEM GÁS

1 CESTA DE PALHA OU VIME FORRADA COM PÉTALAS DE


QUALQUER FLOR OU ROSA (PODEM SER FLORES DE
JARDIM)

LAVE A CESTA, ENXUGUE E FORRE COM AS PÉTALAS DE


FLORES

ARRUME OS PÊSSEGOS E POLVILHE-OS COM AÇUCAR


CRISTAL.

FORRE O CHÃO COM AS FOLHAS DE PAPEL DE SEDA,


COLOQUE A CESTA NO MEIO.

ABRA O ARAK E SIRVA UMA TAÇA, DEIXANDO O RESTO NA


GARRAFA ABERTA AO LADO DA CESTA.

ABRA A ÁGUA E SIRVA 1 TAÇA, DEIXANDO O RESTO NA


GARRA ABERTA AO LADO.

ACENDA AS CIGARRILHAS, FORA DO PAPEL DE SEDA, PODE


COLOCÁ-LAS NUM CINZEIRO DE BARRO.
ACENDA AS SETE VELAS, PODEM FICAR TODAS NUM PRATO
RASO OU POTE DE BARRO.

ACENDA OS INCENSOS, QUE TAMBÉM PODEM FICAR NUM


POTINHO DE BARRO COM AREIA NO FUNDO, PARA
SEGURAR.

BORRIFE TODA A OFERENDA COM O PERFUME, PODE


DEIXÁ-LO NA OFERENDA OU PODE LEVÁ-LO CONSIGO, E
SEMPRE QUE PRECISAR DE FORÇA, USE UM POUQUINHO EM
SEU AMBIENTE DOMÉSTICO OU DE TRABALHO.

COLOCANDO INCENSOS, VELAS E CIGARROS EM POTES E


CINZEIROS DE BARRO, EVITAM-SE ACIDENTES.

LOCAL DE ENTREGA: CAMPINAS, JARDINS, PRAÇAS, MATAS,


TERREIROS.

HORÁRIO: ATÉ AS 21:OOH

PEDIDOS: AMOR, REVELAÇÕES, ORIENTAÇÃO PARA


ESCOLHAS, PRROSPERIDADE PARA QUEM TRABALHA NAS
ÁREAS ESOTÉRICAS E ALTERNATIVAS.

FAÇA SEU PEDIDO E SAIA SEM DAR AS COSTAS PARA A


OFERENDA, UNS SETE PAÇOS, PEÇA LICENÇA E VÁ EMBORA.

CASO NÃO ENCONTRE ARAK, PODE SUBSTITUIR POR LICOR


DE TÂMARAS, ANIS OU UVA.

NÃO ENTREGUE A OFERENDA NA LUA MINGUANTE

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Zé Pilintra, Exus, Pombas – Giras & Santo Antônio de Pemba

Orixás Ogum Exu Xorokê

Zé Pilintra, Exus, Pombas – Giras & Santo Antônio de Pemba

POR VALÉRIA D’ OGUM

QUALIDADES DE EXU:

Exú Akesan: acompanha Oxumaré,Oxosse. Etc.


Exú Jelu ou Ijelu: acompanha Osolufun.Porem não é djuntó.
Exú Ína: responsável pela cerimónia do Ipade regulamentando o ritual.
Exú OnanÒnan: acompanha Oxun, Oyá , Ogun, responsável pela porteira
do Ketu.
Exú Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa. Fundamento com
Oxum.
Exú Lálú: acompanha Odé, Ogun, Oxalá, etc
Exú Igbárábò: acompanha Yemanjá, Xangô, etc
Exú Tìrírí: acompanha Ogun.
Exú Fokí ou Bàra Tòkí: acompanha Oyá e vários orixás
Exú:Lajìkí ou Bára Lajìkí: acompanha Ogun, Oyá e as porteiras.
Exú Sìjídì: acompanha Omolú, Nanã, etc
Exú Langìrí: acompanha Osogiyan Porem não é djuntó.
Exú Álè: acompanha Omolú
Exú Àlákètú: acompanha Oxóssi
Exú Òrò: acompanha Odé, Logun
Exú Tòpá/Eruè: acompanha Ossayin
Exú Aríjídì: acompanha Oxun
Exú Asanà: acompanha Oxun
Exú L’Okè: acompanha Obá
Exú Ijedé: acompanha Logun
Exú Jinà: acompanha Oxumarè
Exú Íjenà: acompanha Ewá
Exú Jeresú: acompanha Obaluaiye
Exú Irokô; acompanha Iroko
Exú Odará: acompanha Oxalá, Odé, encaminha o carrego do Ebó
PRECE A ZÉ PILINTRA

” Salve Deus, Pai Criador de todo o Universo, Salve Oxalá, força


divina do amor, exemplo vivo de abnegação e carinho. Bendito seja o
Senhor do Bonfim. Bendita seja a Imaculada Conceição. Salve Zé
Pilintra, mensageiro de luz, guia e protetor de todos aqueles que em
nome de Jesus praticam a caridade. Dai-nos Zé Pilintra, o sentimento
suave que se chama misericórdia. Dai-nos o bom conselho. Dai-nos a
proteção quando pederdes. Dai-nos o apoio, a instrução espiritual de
que necessitamos para darmos aos nossos inimigos o amor e a
misericórdia, que lhe devemos por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para que todos os homens sejam felizes na terra e possam viver sem
amarguras, sem lágrimas e sem ódios.
Tomai-nos, Zé Pilintra, sob a vossa proteção; desviai de nós os espíritos
atrasados e obsessores, enviados pelos nossos inimigos encarnados e
desencarnados e pelo poder das trevas. Iluminai nosso espírito, nossa
alma, nossa alma, nossa inteligência e o coração, abrasando-nos nas
chamas do vosso amor por nosso Pai Oxalá. Valei-me, Zé Pilintra,
nesta necessidade, concendendo-me a raça de vosso auxílio junto a
Nosso Senhor Jesus Cristo, em favor deste pedido que faço agora (faz-
se o pedido).

E que Deus, nosso Senhor, em sua infinta misericórdia vos cubra de


bênçãos e aumente a vossa luz e vossa força, para que mais possas
espalhar sobre a Terra a caridade e o amor de Nosso Senhor Jesus
Cristo”.

ORAÇÃO SENHOR ZÉ PILINTRA


Senhor Zé Pilintra, mensageiro de luz da nossa

Santa Umbanda e de seus Orixás. Permitido por Deus,


fazes parte daqueles que têm por missão proteger e
defender as criações divinas e suas vibrações.
Permiti, Senhor Zé Pilintra, que com vossos
conhecimentos, possa eu ter meus caminhos abertos,
meu corpo fechado e meu espírito defendido de todas
as más vibrações.

Conto com vossa proteção e ajuda, afim de não


cair nas tentações e armadilhas do mundo terreno.
CREIO NA SAGRADA UMBANDA
CREIO NOS PODERES DE DEUS
CREIO NA MAGIA DOS EXUS
SARAVÁ UMBANDA

SARAVÁ ESTRADA
SARAVÁ SENHOR ZÉ PILINTRA
EXU DE LEI QUE ME GUARDA

O MAR DE ROSA NÃO É UMA ROSA E SIM UM DESTINO MAIOR


.É SENTIR UMA ROSA CHEIROSA,BELA E GOSTOSA,MAS SIM SE
UNIR RAZÃO E ESPINHO QUE AS PESSOAS AS VEZES NÃO DÃO
VALOR A UMA GRANDE MULHER.

O PECADO NÃO É A RAZÃO PARA SE MATAR E FERIR E NÃO


PARA MACHUCAR PORQUE A DESILUSÃO DA VIDA NÃO É
AQUILO QUE SE PASSA NA MENTE E SIM A VONTADE DE
VIVER.

QUANDO PENSO NO PRAZER PENSO NA FELICIDADE EM TER


EM SENTIR O AMOR REAL ,PORQUE NÃO É SÓ SEXO,ASSIM
DESEJO O PRAZER A RAZÃO DE VIVER UM GRANDE AMOR.
A HISTÓRIA DE ZÉ PELINTRA

ZÉ PELINTRA NASCEU EM ALAGOAS EM 09 DE NOVEMBRO


DE 1852,SENDO MORTO COM UMA PUNHALADA NAS COSTAS
EM 1885,POR NÃO TER ACEITADO A MORTE RESOLVEU VIRAR
EXU.
NA UMBANDA ZÉ PELINTRA É INCORPORADO NA LINHA
DA ESQUERDA.MAS EM CERTOS CASOS PODE VIR NA LINHA
DE PRETO VELHO.
ENQUANTO NO CATIMBÓ ELE É VISTO COMO UM ESPÍRITO
ERRANTE,ESPÍRITO DESENCARNADO,LÍDER DE UMA
FALANGE DE MALANDROS.
ZÉ PELINTRA CHEGOU BRAVO SENHOR.PARA QUEM LHE
CHAMOU BRAVO SENHOR…
Exu
Exu é como guardião e protetor.
EXU PARA JORGE AMADO
Não sou preto, branco ou vermelho
Tenho as cores e formas que quiser.
Não sou diabo nem santo, sou exu!
mando e desmando,
traço e risco
faço e desfaço.
estou e não vou
tiro e não dou.
sou exu.
Passo e cruzo
Traço, misturo e arrasto o pé
Sou reboliço e alegria
Rodo, tiro e boto,
Jogo e faço fé.
Sou nuvem, vento e poeira
Quando quero, homem e mulher
Sou das praias, e da maré.
ocupo todos os cantos.
sou menino, avô, maluco até
posso ser joão, Maria ou José
Sou o ponto do cruzamento.
durmo acordado e ronco falando
corro, grito e pulo
faço filho assobiando
sou argamassa
De sonho carne e areia.
sou a gente sem bandeira,
o espeto, meu bastão.
o assento? O vento!..
sou do mundo,nem do campo
nem da cidade,
não tenho idade.
Recebo e respondo pelas pontas,
Pelos chifres da nação
Sou exu.
sou agito, vida, ação
sou os cornos da lua nova
a barriga da rua cheia!…
Quer mais? Não dou,
Não tô mais aqui!

Exu (origem africana) é o símbolo da fecundação e desenvolvimento.


Carinhosamente tratado como “Compadre”, amigo íntimo sempre
presente para defender seu protegido.
Não se pode de forma alguma relacionar os espíritos obsessores aos
Exus, que realmente existem e viveram encarnados na Terra.
Não se pode de forma alguma confundir os Exus com o “Diabo”, ser
criado por outra religião.
Eles são orientados por Guias (Caboclos e Pretos Velhos). Trabalham
como intermediários entre os Orixás e os homens em missão do bem
para a humanidade. Formam numerosas Falanges, todas lideradas por
grandes Chefes agindo no nosso mundo.
São criaturas como nós, já tendo encarnado e desencarnado na Terra
por muitas vezes. Muitos até exerceram aqui no mundo os mais altos
postos e posições, por seu saber e inteligência, onde cometeram
grandes males, provocaram guerras, mas hoje, no espaço, esses
sofredores orientados, buscam se regenerar.
Por suas condições, os Exus são usados, digamos assim, pelos Orixás e
pelos Guias, para levar a justiça onde for preciso; dai atuarem também
no terreno do mal, no sentido exceto da palavra, pois é a justiça do alto
em ação, funcionando contra os perversos, os injustos, os desonestos,
enfim.
Quando são bem recebidos, amados e respeitados, pelas suas vibrações
poderosas, eles realizam trabalhos maravilhosos de curas, dão
conselhos edificantes, praticam enfim o bem, semeando o eterno amor.
São sublimes as suas realizações e sua atuação dentro da Umbanda
prestando caridade é uma constante.
O clima que eles criam, de puras e sadias vibrações, beneficiam a todos
os presentes, proporcionando-lhes alegria e contentamento. Devido à
cobiça ou à ignorância de muita gente que os conhece mal, consideram
eles maus, interesseiros, vingativos
As pessoas que andam certas na vida não devem temê-los, porque eles
nada têm a ver com elas, só com os maus intencionados, os corruptos,
os perversos, os interesseiros. Outras pessoas, como retorno dos males
que mandaram-nos praticar em troca de presentes ou agrados, sofrem
a lei do retorno.
Tal como nós, também um dia penetrarão na senda do amor, onde
milhares deles já se encontram marchando rumo à perfeição, pois
como tudo na natureza, na criação divina, também estão sujeitos à
eterna lei da evolução, que conduz à felicidade eterna e verdadeira.
Exu é quem orienta os trabalhos práticos, abrindo as cerimônias como
um guardião, sentinela e protetor de um Centro. Os trabalhos dos
Compadres, suas provas assombrosas de força e poder, suas curas
maravilhosas nas enfermidades dadas por incuráveis, nos mostra sua
beleza de intenções.
Toda pessoa tem seu Exu particular, responsável pela força necessária
ao seu desenvolvimento.
O vermelho e o negro são as suas cores representativas. O negro
representa todo o culto em potência, sem diferenciação, sendo o
primeiro elemento que dinamiza o culto e permite que ele se manifeste.
Por coincidência ou não, no espectro visível do olho humano, vermelho
é a vibração de menor frequência, abaixo do nível da qual tudo é
negro, ausência de luz.
Sendo o senhor dos limites, inclusive no horário, seu momento mais
próprio não poderia ser outro senão a fronteira entre os dias, isto é, a
meia-noite.
Existem Exus na terra, no fogo, na água e no ar, bem como nas
combinações desses elementos e nos estados de transição entre eles,
incluindo os cemitérios. Têm a encruzilhada em “X” como seu local de
força, por ser dominador de todos os caminhos.
Os Exus não possuem somente os nomes comumente conhecidos como
Exu Marabô, Tiriri, Mangueira, etc. Têm seus nomes esotéricos ou
cabalísticos: “Exu Tranca-Ruas”, cujo nome esotérico, Senhor
TARKEMACHE, que viveu neste mundo encarnado no Castelo de
Cordevillee, sendo doutor e príncipe da Corte Francesa, na época de
Richelieu; “Exu Tata Caveira”, cujo nome esotérico, senhor
PROCULO, foi químico; “Exu Meia-Noite”, cujo nome esotérico,
senhor HAEL, era um homem muito rico e belo, viveu em Apuaruma,
terra onde hoje só existem vestígios e destroços, localizada na Serra do
Congogi. Os Exus também podem possuir um terceiro nome, além do
esotérico e do nome vulgarmente conhecido, isto é, o nome entre eles
exus. Este nome é de conhecimento somente daqueles que são ligados
estreitamente a eles e que ganharam sua confiança.
Exu abre as cerimônias do terreiro em dias de festa e de outras
obrigações, é porteiro das matas, dando início para a colheita das
ervas; dá conselhos, servindo de intermediário dos Orixás, aos homens;
é controlador dos Eguns, inclusive determinando suas reencarnações e
interlocutor nos jogos de búzios.
Nos Terreiros, Exu tem sua casa próximo à entrada dos mesmos,
denominada “Ailê Okutá” ou “Ilêxus”.
O “Padê” que se oferece a Exu no início dos trabalhos, quando se diz
que está “despachando Exu”, na realidade significa que estamos
pedindo a Exu para botar para fora da casa os maus espíritos,
permanecendo o Exu da Casa em seu devido lugar, ou seja, na porteira
do Terreiro.
Os Exus normalmente aceitam qualquer comida, como bife cru ou
cozido no azeite de dendê, com ou sem cebolas em rodelas, farofa
d’água, de mel, de dendê, de fubá de milho, etc. Gostam de bebidas tais
como Cachaça (marafo), Whisky, Vodka, sendo a primeira mais
comum a eles. Apreciam charutos como também cigarros de palha,
sendo machos, e cigarros comuns, quando fêmeas (pombagiras) .
Os Exus, assim como apreciam as comidas e as bebidas, também
apreciam a indumentária, quando incorporados em seus “burros”
(médiuns).
Através do tempo, o Exu poderá atingir graus de evolução espiritual
enormes, de tal forma que poderão passar a integrar as falanges dos
Caboclos e dos Pretos Velhos, praticando somente o bem, pelo simples
prazer de praticá-los, porém não mais como Exus, mas sim como
Caboclos e Pretos Velhos.
PombaGiras
Os Exus femininos (Pombagiras) mais conhecidos entre nós são :
Maria Padilha, Maria Mulambo, Rainha das Sete Encruzilhadas,
Pombagira das Almas, Pombagira da Praia e as Ciganas (Maria Rosa,
Rosa Vermelha, Sulamita, etc.).
A “Pombagira”, a chamada mulher de 7 exus, tem o seu nome
esotérico KLEPOTH, que significa “a maldade em figura de mulher”.
Entretanto, o significado desta palavra não espelha a realidade, pois
são criaturas idênticas aos Exus machos, com o mesmo objetivo e
missão.
A “Pombagira Maria Padilha”, cujo nome esotérico de Exu-fêmea é
KLEPOTH, foi rainha dos mouros e amante do rei Felipe II.
As rosas são flores de preferência das Pomba – giras e indicam a
magia, nem sempre precisam ser vermelhas.

Santo Antônio de Pemba


Entre Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pemba há muita
diferença.
Como o número de escravos era superior ao dos fidalgos, erigiu-se em
cada fazenda uma capela com o Santo da devoção dos Senhores ou
Sinhás das fazendas, onde um Sacerdote da Igreja Católica fazia seus
ofícios religiosos.
Quando os escravos adotaram Santo Antônio de Lisboa por Santo
Antônio de Pemba como Exu, fizeram-no por diversos motivos. O
primeiros porque tinham que acompanhar o credo católico; o segundo
para ludibriar a boa fé dos senhores das fazendas, pois proibiam que
os mesmos professassem o seu culto africano; e o terceiro porque
faziam suas festas com fogo, como fogueiras, etc., e o dono do fogo é
Exu.
O dia de Santo Antônio de Pemba é 13 de junho, razão pela qual a
Umbanda comemora nesta data o dia de Exu.
Na Umbanda atual, onde os chefes de terreiros são mais esclarecidos,
com mais cultura e seus filhos também, não se admitem mais os tabus a
respeito de Exus e Pombagiras, tais como :

 Colocar cortina para cobrir o Gongá em dias de Sessão de Exu;


 Considerar os médiuns que trabalham com Exus ou Pombagiras
como perigosos, como assim era de crer naquela época remota;
 Não permitir que os médiuns do terreiro trabalhem como Exus e
Pombagiras, como alguns chefes de terreiros daquela época então
procediam;
 Pensar que Exu ou Pombagira são entidades negativas;
 Considerar ainda nos dias de hoje que OMULU seja Exu e não
Orixá;
 Exigir que Exus ou Pombagiras incorporem de costas para o Gongá;
 Pensar que somente na grande hora (meia-noite) seriam horas que
Exu ou Pombagira poderiam incorporar;
 Pensar que um médium após trabalhar com Exu ou Pombagira terá
de ser descarregado por um Caboclo ou Preto Velho;
 Pensar que Exu e Pombagira só trabalham falando “palavrões” e
bebendo. Isto é a má orientação dada pelo chefe do terreiro que não
respeita a entidade e nem se faz respeitar.

PRECE DE EXÚ

Sou EXÚ, Senhor Pai, permite que assim te chame, pois, na realidade
Tu o és, como és o meu Criador.
Formaste-me da Poeira Ástrica, mas como tudo o que provém de Ti,
sou real e eterno.
Permite, Senhor, que eu possa servir-te nas humildes e desprezíveis
tarefas criadas pelos teus humanos filhos.
Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das
trevas, de gênio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras
para exprimir o seu desprezo por mim, no entanto, nem suspeitam que
nada mais sou que o reflexo de si mesmos. Não reclamo, não me
queixo, porque esta é a Tua vontade.
Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da
Terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação.
Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu
semelhante. Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que
são odiados, movido pela covardia e maldade humanas sem contudo
poder negar-me ou recorrer.
Pelo pensamento dos inconscientes sou arrastado à descrença, à
confusão e à ignomínia, pois esta é a condição que Tu me impuseste.
Não reclamo Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos que criaste à
Tua imagem e semelhança serem envolvidos pelo turbilhão de
iniquidades que eles mesmos criam e, eu, por Tua Lei inflexível, delas
tenho de participar.
No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me
sinto grande e feliz quando encontro em algum coração um oásis de
amor e sou solicitado a ajudar na prestação de uma caridade.
Aceito, sem queixumes, Senhor, a Lei que, na Tua infinita sabedoria e
justiça, me impuseste, a de executor das consciências, mas lamento e
sofro mais, porque os homens até hoje não conseguiram compreender-
me.
Peço-Te oh! Pai Infinito, que lhes perdoe.
Peço-Te não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da
minha provação, mas por eles, os Teus humanos filhos.
Perdoa-os, e toma-os bons, porque somente através da bondade do seu
coração poderei sentir a vibração do Teu amor e a graça do Teu
perdão.

ORAÇÃO À EXU
Ó Exu, glorioso mensageiro do céu e da terra,
Protetor das almas encarnadas e desencarnadas

E guardião dos espíritos de luz;


Eu vos invoco humildemente, para que me ajudes

A pregar o amor, a verdade a justiça,


E a fazer a caridade.
Ilumine meu espírito com seu amor infinito
E sua bondade inesgotável, para que eu possa
Hoje e sempre ter a misericórdia da sua proteção,
E através dela concretizar e levar minha fé,

Vencendo toda a adversidade


E a feitiçaria dos homens da terra.
Alupô Exú !
Que Assim seja e Assim será !
Se você está com algum problema espiritual de difícil solução, e precisa
de ajuda urgente, então peça ajuda à Exu, que é a Entidade que está
sempre pronta à ajudar e a solucionar todos os problemas espirituais.

“ A maior caridade que um Umbandista pode fazer é divulgar sua doutrina


para outras pessoas, e realmente praticar os ensinamentos que recebe”

Oriki
Esú
Èsù òta òrìsà. Exú, o inimigo dos orixás.
Osétùrá ni oruko bàbá mò ó. Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado
por seu pai.
Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é, Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é
chamado por sua mãe.
Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin, Exú Òdàrà, o homem forte de ìdólófin,
O lé sónsó sí orí esè elésè Exú, que senta no pé dos outros.
Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì, Que não come e não permite a quem está
comendo que engula o alimento.
A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò, Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua
parte,
A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò, Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua
parte.
Asòntún se òsì láì ní ítijú, Exú, que joga nos dois times sem
constrangimento.
Èsù àpáta sómo olómo lénu, Exú, que faz uma pessoa falar coisas que não
deseja.
O fi okúta dípò iyò. Exú, que usa pedra em vez de sal.
Lóògemo òrun, a nla kálù, Exú, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza
se manifesta em toda parte.
Pàápa-wàrá, a túká máse sà, Exú, apressado, inesperado, que quebra em
fragmentos que não se poderá juntar novamente,
Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se. Exú, não me manipule, manipule outra
pessoa.

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Tranca Ruas, Zé Pilintra, Pombas – Giras & outros Exus

Ebós & oferendas and Orixás Ogum Exu Xorokê

Tranca Ruas das Almas do Cruzeiro

POR VALÉRIA D’ OGUMEXUBARÁXOROQUÊ

Tranca Ruas das Almas


(O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que
ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados,
desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser
amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.Surpreenda-
se com esse Mehi Guardião de Mistérios a serviço da Lei Maior!
O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como
tentam mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo
deturbado significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo
das suas atribuições:
Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e
desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos
blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos e
pena dos libidinosos. Saibam que foi um dos Mehis que velaram a
descida do “ACHE-ME ou MISTÉRIO JESUS CRISTO”.
Assim é TRANCA-RUAS, Mehi por Origem, Natureza e Formação.
Não importa a Religião que tens que guardar, pois nela, dela e para
ela, Mehi, sempre será.

Senhor Tranca-Rua das Almas, senhor do Sétimo Grau de Evolução da


Lei Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas
praticadas por seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos
de fé, livrando-os de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de
todos os seres iluminados; fazei dos pensamentos uma porta fechada
para a inveja, discórdia e egoísmo.

Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser
dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda
e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a
inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro
que nossos próprios atos; Senhor (Pai) Tranca-Ruas das Almas
agradeçemos por tudo que fizeste apren-der nesta vida e em outras que
passamos lado a lado, rogo por vós a proteção, para os irmãos de fé,
para toda a família e porque não para os inimigos Abençõe a guarde
esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra
Umbanda.
Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte
Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!
Saravá, Senhor Exu Guardião Tranca Ruas!

Saravá, Ogum Sete Lanças da Lei e da Vida!


Saravá Pai Ogum!
Saravá Mãe Iemanjá!
Saravá, Regente Oxalá!
Saravá, Umbanda!!!

ORAÇÃO AO EXU TRANCA-RUA DAS ALMAS


Senhor Tranca-Rua das Almas,
senhor do sétimo grau de evolução da lei maior de Ogum,
conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem
luz,
interceda em meu caminho livrando-me de toda a energia que possa
atrapalhar minha evolução;

fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja,


discórdia e egoísmo.
Dos sete caminhos por ti ultrapassados,
foi na rua que passou a ser dono de direito,
abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução

e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja


contra seus semelhantes.
Fazei meu coração mais puro que meus próprios atos;
Fazei de minhas palavras a transparência da humildade;
Fazei do meu corpo aparelho da caridade.
Pois a teu lado demanda comigo não existirá,

estarei coberto por sua capa que protege e abriga seus filhos.
Senhor Tranca-Ruas das Almas agradeço por tudo que me fizeste
aprender nesta vida e em outras que passei ao seu lado,
rogo por vós a proteção para mim,
para meus irmãos de fé,
para minha família e porque não para meus inimigos
Abençoe a guarde esses filhos que um dia entenderam

o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.


Laroiê Exu !

DIA: Segunda-feira.
CORES: Preto (ou seja, a fusão das cores primárias) e vermelho.
SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo erecto.

ELEMENTOS: Terra e fogo.


DOMÍNIOS Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO Laroié!
Exu (Èsù) é a figura mais controversa do panteão africano, o mais humano
dos orixás, senhor do princípio e da transformação. Deus da terra e do
universo; na verdade, Exu é a ordem, aquele que se multiplica e se
transforma na unidade elementar da existência humana. Exu é o ego de
cada ser, o grande companheiro do homem no seu dia-a-dia.
Muitas são as confusões e equívocos relacionados com Exu, o pior deles
associa-o à figura do diabo cristão; pintam-no como um deus voltado para a
maldade, para a perversidade, que se ocuparia em semear a discórdia entre
os seres humanos. Na realidade, Exu contém em si todas as contradições e
conflitos inerentes ao ser humano. Exu não é totalmente bom nem
totalmente mau, assim como o homem: um ser capaz de amar e odiar, unir
e separar, promover a paz e a guerra.
O maniqueísmo, próprio das grandes religiões monoteístas, não se aplica ao
Candomblé, muito menos a Exu. A cultura africana desconhece oposições,
em especial a oposição entre bem e mal; sabe-se aqui que o bem de um
pode perfeitamente ser o mal de outro, portanto, cada um deve dar o melhor
de si para obter tudo de bom na sua vida, sempre cultuando, agradando e
agradecendo a Exu, para que ele seja, no seu quotidiano, a manifestação do
amor, da sorte, da riqueza e da prosperidade.

Exu é o orixá que entende como ninguém o princípio da reciprocidade, e,


se agradado como se deve, saberá retribuir; quando agradecido pela sua
retribuição, torna-se amigo e fiel escudeiro. No entanto, quando esquecido
é o pior dos inimigos e volta-se contra o negligente, tirando-lhe a sorte,
fechando-lhe os caminhos e trazendo catástrofes e dissabores.
Exu é a figura mais importante da cultura iorubá. Sem ele o mundo não
faria sentido, pois só através de Exu é que se chega aos demais orixás e ao
Deus Supremo Olodumaré. Exu fala toda as línguas e permite a
comunicação entre o orum e o aiê, entre os orixás e os homens.
Exu é o dono do mercado, o seu guardião, por isso todo o comerciante e
aqueles que lidam com venda devem agradar a Exu. As vendedoras de
acarajé, por exemplo, oferecem sempre o primeiro bolinho a Exu, atirando-
o à rua, não só para vender bem, mas também par afastar as perturbações,
evitar assaltos etc., ou seja, para que Exu seja de facto um guardião e
proteja o seu negócio.
É importante ressaltar que Exu não tem amigos nem inimigos. Exu protege
sempre aqueles que o agradam e sabem retribuir os seus favores.
Exu foi a primeira forma dotada de existência individual. Não se sabe ao
certo a sua região de origem em África, pois em todos os reinos se presta
culto a Exu. Sabe-se, no entanto, que chegou a ser rei de Kêtu. Exu
renasceu várias vezes e a sua história revela que é filho de Orunmilá ou de
Oxum, dependendo do momento em que renasce.

Características dos filhos de Exu


Os filhos de Exu são alegres, sorridentes, estão sempre de bem com a vida,
são ambiciosos, extrovertidos, espertos, inteligente, atentos. Sabem como
ninguém ser sociáveis e diplomáticos, pois conhecem o valor de uma boa
amizade, fazem questão de manter o maior número possível de amigos.
Rapidamente, os filhos de Exu se tornam pessoas populares, amadas por
uns, odiadas por outros. Extremamente dinâmicos, os filhos deste orixá não
se desanimam nunca, mantêm sempre a certeza de que as coisas, mais cedo
ou mais tarde, acabam por mudar a seu favor.
Pessoas com impressionante facilidade de comunicação, boa lábia, com
charme conseguem tudo o que querem. Irónicas e perigosas, costumam
manter uma vida sexual bastante agitada, sem pudores. São pessoas
extremamente rápidas, que não pensam: fazem.
Os filhos de Exu possuem uma facilidade impressionante para entrar e sair
de confusões, são do tipo que arma a bagunça, sai ileso e ainda se diverte
com as consequências. Esquecem facilmente as ofensas, não guardam
rancor, mas não perdem a oportunidade de se vingar. Gostam da rua, das
festas e das conversas intermináveis, comportamento próprio de um orixá
que é só alegria.

Local de entregas dos presentes: oferendas ou ebós devem ser entreguem


quando tÊm que serem na rua no seguinte aspecto; se o Exu for macho,
deve ser posta numa encruzilha “X” e ser for Exu fêmea, numa
encruzilhada ” T” que alguns também chamam de “Y”.
Nota: Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada
pessoa só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por
Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre ebós.
CUIDADO E ATENÇÃO.

Oferenda para arrumar emprego Sr. Tranca Rua das Almas:

1 alguidar;
Farinha de mandioca crua;
Azeite de dendê;
21 moedas de cobre;
21 velas preto-vermelha;
21 charutos;
Coloque a farinha no alguidar, misture bem com as mãos e o dendê,
coloque as moedas por cima leve tudo para a uma estrada ou encruzilhada
e entregue ao Sr.Tranca Rua das Almas.

Oferenda para Exu Mirim para descomplicar alguma situação:

Pano vermelha e preto;


Velas bicolores vermelho-preta;
Cravos vermelhos;
Charuto, cigarros ou cigarrilhas;
Comida fígado bovino picado e frito no azeite de dendê, farofa com miúdos
de frango etc;
Frutas limão, laranja;
Fita vermelha e preta;
1 brinquedo;
Doces escuros, balas ardidas;
Entregar na encruzilhada de y.
A oferenda é uma restituição de energias que equilibra a pessoa e ativa
várias funções. Quando é oferendado algo a um orixá ou entidade não é
para eles comerem e sim para absorverem os teores energéticos dos
elementos e utilizarem a nosso favor.
Para os exus uma oferenda simples é: 1 garrafa de pinga, charuto, 1 vela
preta ou vermelha e preta entregue na encruzilhada de x.
Os elementos usados nas oferendas podem variar de um exu para o outro.
Por ex. uns querem farofa com miúdos de frango outros com carne bovina
ou bife de fígado, ou carne de porco.
A farofa é feita com dendê, pimentas, cebola, tempere a carne e frite no
dendê depois coloque a farinha e arrume tudo no alguidar enfeitando com
pimentas.
Também podemos entregar algumas frutas para exu que são: manga,
mamão e limão . Quanto mais elementos colocar em sua oferenda mais
portais se abrem para que o exu utilize em nosso favor.
As flores de uma oferenda de exu são os cravos vermelhos alguns exus
preferem velas apenas pretas outros querem preta e vermelha os panos são
preto e vermelho.
Para as pombas giras utilizamos coração de galinha ou peito de galinha. As
frutas para oferenda são: maçã, uvas rosada, morango, caqui , a bebida é
champagne rosada ou licores , rosas vermelhas , cigarros. O pano é
vermelho, pode também colocar uma bijouteria , perfume e algo mais que
seja do seu mistério.
As oferendas de exu mirim são idênticas ao dos exus apenas alguns
elementos diferentes: toalhas preta e vermelha, cravos
Frutas: manga, limão, laranja,pera,mamão,bebidas pode ser refrigerante
escuro, pinga com mel, licores. Comida a farofa igual do exu, e algum
brinquedo.

Oferenda de fim de ano para Exú Capa Preta:

7 velas pretas em círculo;


1 alguidar;
No fundo do alguidar a lápis colocar seus pedidos
Cobrir com farofa e dendê; (colocar bastante dendê até ficar bem dourado)
21 moedas douradas;
21 pimentas bem durinhas; (ele disse que se estiver murcha não serve)
1 garrafa de pinga;
3 charutos;
Entregar na semana do fim do ano na encruzilhada.
Boa sorte!

Oferenda de fim de ano Exu Caveira:

3 ou 7 bifes de porco cru;


3 ou 7 pimentas vermelhas;
3 ou 7 velas pretas;
3 ou 7 cravos vermelhos;
Azeite de dendê;
1 alguidar;
1 garrafa de pinga;
3 ou 7 cigarros;
Colocar os pedidos no fundo do alguidar os bifes em cima
Enfeitar tudo com rodelas de abacaxi, os cravos e as pimentas.
Ao lado da garrafa de pinga colocar um copo com dendê.
Entregar de preferência em uma encruzilhada dentro do cemitério.

Oferenda de fim de ano do Exu Ventania:

1 Pano vermelho e preto;


7 velas pretas;
7 velas amarelas;
Em círculos intercalados
Farofa com dendê;
21 pimentas pequenas;
1 bife;
Cebola cortada em rodelas;
1 limão cortado em cruz (sem separar);
1 garrafa de pinga;
1 charuto;
Dar uma leve refogada no bife com dendê
A cebola também refogar de leve no dendê
Colocar os pedidos no fundo do alguidar a farinha com dendê por cima,
depois o bife e a cebola. Enfeitar com as pimentas.
Entregar no meio da encruzilhada.

OFERENDA PARA EXÚ ODÁRA


PRA QUEM NÃO SABE , EXÚ ODÁRA É O EXÚ QUE
ABRE OS NOSSOS CAMINHOS PROFISSIONAIS. NESTE CASO ,
PRECISANDO DE CONSEGUIR ALGO IMPORTANTE COMO:
DINHEIRO , PROMOÇÃO NO EMPRÊGO ETÇ ETÇ , DEVE – SE
DAR UMA OFERENDA A ESTE GRANDE EXÚ. UMA
OFERENDA BÁSICA PODE SER FÊITA DA SEGUINTE
MANEIRA: FAÇA UMA FAROFA DE FARINHA DE
MANDIOCA MISTURADA COM AZÊITE DE DENDÊ, DE
ACÔRDO QUE DÊ 07 PUNHADOS DA SUA MÃO DIREITA DE
FAROFA . COLOQUE ESTA FARINHA EM UM PRATO OU
TIGELA E, VÁ ACRESCENTANDO O AZÊITE DE DENDÊ ATÉ
FORMAR UMA FAROFA BEM SOLTINHA . NÃO PRECISA IR
AO FÔGO. DEPOIS DE PRONTA ESTA FAROFA, VOCE
COLOCA A VASÍLHA QUE ESTA COM A FAROFA DENTRO
DE UMA BÔLSA QUALQUER, JUNTO COM 03 RETROZES DE
LINHA BRANCA, 07 BALAS DÔCES, 07 MOEDAS
CORRENTES E, 01 FÔLHA DA MAMONA BRANCA . VÁ
PARA UMA ENCRUZILHADA QUE TENHA QUATRO CANTOS
E, CHEGANDO NA ENCRUZA, VOCE PASSA
SIMBOLICAMENTE EM VOLTA DO SEU CORPO A FÔLHA DA
MAMONA E, COLOQUE ESTA FÔLHA DE MAMONA ABERTA
EM SUA FRENTE . VOCE VAI PASSAR AGORA
SIMBOLICAMENTE EM VOLTA DO SEU CORPO, OS 07
PUNHADOS DA FAROFA MÁS, PEGUE SEMPRE COM A SUA
MÃO DIREITA. PASSE ESTES 07 PUNHADOS DE FAROFA,
UM A UM SIMBOLICAMENTE EM VOLTA DO SEU CORPO E,
VAI PONDO NA FÔLHA DA MAMONA. VOCE VAI PEGAR
AGORA OS 03 RETRÓZES DE LINHA BRANCA E, VAI
PASSSAR UM POR UM SIMBOLICAMENTE EM VOLTA DO
SEU CORPO E, VAI DESENROLAR UM POR UM POR
COMPLETO TODOS ELES. DEIXE ESTAS LINHAS
DESENROLADAS PRÓXIMO A FÔLHA DA MAMONA QUE
ESTÁ COM A FAROFA. AGORA VOCE VAI PEGAR AS 07
BALAS DÔCES E, VAI PASSAR UMA POR UMA
SIMBOLICAMENTE EM VOLTA DO SEU CORPO E,
COLOCANDO DENTRO DA FÔLHA DA MAMONA EM CIMA
DA FAROFA . POR ÚLTIMO, VOCE PEGA AS 07 MOEDAS
E, PASSE –AS UMA POR UMA SIMBOLICAMENTE EM VOLTA
DO SEU CORPO E, VAI PASSANDO E COLOCANDO EM
CIMA DA FAROFA QUE ESTÁ DENTRO DA FÔLHA DA
MAMONA. VOCE VAI FAZENDO TUDO ISTO E, PEDINDO
TUDO DE BOM PRA VOÇE AO EXÚ ODÁRÁ. PEÇA ASSIM :
KOBÁ LARÔIÊ EXÚ, EXÚ Ô XUXÚ ANAN, MODUPÉ É
MOJUBÁ. EXÚ ODÁRÁ É MOJUBÁ. ME DÊ CAMINHOS
ABERTOS, PARA QUE EU POSSA SER BEM SUCEDIDO EM
MINHA VIDA PROFISSIONAL . PEÇA TUDO DE BOM SÓ PRA
VOCE. FAÇA ISTO NUMA NÔITE DE SEGUNDA- FÊIRA DAS
LUAS: NOVA , CRESCENTE OU CHÊIA , SEMPRE DEPÔIS DAS
21 HORAS.

Ebó para Èsù Lonan


Abrir Seus Caminhos, para tirar feitiço, olho-grande, inveja.
1 metro de morim vermelho,
1 alguidar médio,

7 velas brancas,
1 bife de boi cru, 7 moedas atuais,

7 búzios abertos,
1 farofa de dendê,
com uma pitada de sal,
7 limões,
7 acaçás vermelhos,
7 ovos vermelhos, 1 obi.

Como Preparar: Abra o morim em sua frente. Acenda as velas. Passe o


alguidar pelo seu corpo e coloque-o em cima do pano. Passe os
ingredientes no corpo, pela ordem acima. Por último, abra o obi, e leve-o
até a sua boca, fazendo seus pedidos. Deixe-o em cima do ebó. Feche o
morim. Este ebó tem que ser despachado em rua de muito movimento,
onde tenha muitas casas comerciais.

EBO DE Exú PARA ABRIR CAMINHOS E TIRAR TODA


NEGATIVIDADE.
4 Pades, Oti, Omi, Epo, Wewim, enrolados em folhas de làrá pupa.
7 acaçás com epô.
7 punhados de duburu.
7Ovos.

7 bolas de farinha de mandioca de mesa.


7 pregos.
7 Velas brancas.
1 Garrafa de Oti.
Morim preto e vermlho
Alguidar numero 1 ou 2.

PÓ DE EXÚ PARA ABRIR CAMINHO.


Raspa de um assentamento de Exú;

Pó de sete búzios triturado;


Pemba preta, cinza e vermelha;
Cinza de fogueira;
Folha de manzá;
Folha de coroa de Cristo;
Areia de praia;

1 cabaça média.
Triturar todos os ingrediente, utilizando um pilão, colocar dentro de
uma cabaça pequena. colocar a cabaça no quintal de sua casa, onde tenha
terra, coloque essa cabaça em cima de três cédulas de dinheiro corrente,
pedindo a Exú que abra os seus caminhos e não permita que você passe por
necessidades. Deixe no tempo durante 7 dias, num lugar onde ninguém
mexa. Ao final desse tempo, coloque um pouco desse pó sobre cada nota
do dinheiro, dobrando-as e colocando-as em sua carteira, soprar este pó, em
frente ao seu comércio ou na frente da empresa que você trabalhe.
Passar todos os ingredientes no corpo e ir colocando no aguidar.
Por último os morim, fazer uma trouxa com os morim e despachar em boca
de mata ou encruzilhada de Exu.
Abrir o morim arrumar o alguidar, derramar o oti em forma de círculo e
colocar o restante junto do alguidar, e acender as 7 velas ao redor.
Pedir para que Exù, quebre tudo o que tiver de ruim, e para que ele abra os
caminhos.

Ebó Exú Para Afastar Más Influências ( 1 )


Local: Cemitério
Horário: Meia-Noite

Dia da Semana: Segunda-feira


Material Necessário:
Um galo preto,

verduras de todas as qualidades,


um pedaço de carne seca,
um pedaço de carne de porco salgada,
07 bolinhos de farinha e água com carvão,
07 farofas de azeite-de-dendê, 07 farofas de mel de abelha,
07 velas brancas,

1 metro de morim branco,


Duburu, feijão preto cozido,
feijão preto torrado,
milho vermelho e galhos de aroeira.
Maneira de Fazer: Passar pelo corpo da pessoa todos os ingredientes acima
descriminados, obedecendo a mesma ordem. Deixar tudo no local que fizer
o Ebó. Levar a pessoa imediatamente para tomar banho de Abô.

Ebó Exú Para Afastar Más Influências ( 2 )


Local: Cemitério
Horário: Meia-noite
Dia da Semana: Segunda-feira

Material Necessário:
Um casal de galinhas brancas. Além de todos os ingredientes acima
mencionados. A maneira de fazer é a mesma do Ebó acima.

OFERENDA DE EXU MANGUEIRA


01 ALGUIDAR MÉDIO,
01 BIFE DE CARNE,
FOLHAS DE UMA MANGUEIRA ESPADA,
FAROFA DE DENDÊ,
01 CACHAÇA,01 PANO ROXO,01 BOTE VELA ROXA,
01 CARTEIRA DE CIGARRO,

01 PACOTE DE FUMO,
03 CHARUTOS,
01 CEBOLA ROXA,PIPOCA,
03 MAÇÃS VERDES,
01 CACHO DE UVAS VERDES,
03 PÊRAS,
03 MANGAS VERDES.

NUMA FRIGIDEIRA DEIXE O DENDÊ ESQUENTAR E PASSE O BIFE


DE UM LADO PARA O OUTRO,DEIXANDO-O CRU,NO OLÉO DO
DENDÊ FAÇA A FAROFA ARRUME NO AGRIDAL A FAROFA O BIFE
E AS RODAS DA CEBOLA.COLOQUE O PANO ROXO NO CHÃO E AS
FOLHAS DA MANGUEIRA EM CIMA COLOQUE O AGRIDAL, AO
REDOR DO AGRIDAL ARRUME AS FRUTAS,EM CADA PONTA DO
PANO COLOQUE AS VELAS A CACHAÇA,O CIGARRO E O PACOTE
DO FUMO,PARA FECHAR FAÇA A PIPOCA E FAÇA UM CIRCULO
PARA FECHAR O TRABALHO.E NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER OS
SEUS PEDIDOS.

AJUDA DE EXU :
– Farinha,

azeite de dendê,
mel de abelha,
farinha de milho branco,

fígado,
coração e bofe de boi,
cebola,
camarão seco socado e
01 alguidar.
– Fazer uma farofa com dendê, uma com mel e uma com água

(separadamente). Fazer o acaçá branco cozinhando a farinha de milho em


água, deixar a massa bem consistente. Depois colocar um pedaço de
folha de bananeira e enrolar. Deixar esfriar. Cortar os miúdos de boi em
pedaços pequenos e colocar para refogar com dendê, cebola, um pouco
de sal, o camarão e rodelas de cebola.
– Colocar as farofas no alguidar sem misturar muito. Adicionar sobre as
farofas o refogado de miúdos. Colocar o acaçá no centro.

– Oferecer e pedir para Exu o que se quer.


– Despachar em uma praça bem movimentada.

EBÓ PARA PEDIR FORTUNA A EXÚ.


1 alguidar grande;
1 kg de farinha de mandioca crua;

1 bife grande e suculento;


azeite de dendê;
mel;
pimentas dedo de moça;
feijão fradinho;
3 cebolas médias;

1 garrafa de pinga;
1 vela branca;
1 punhado de moedas.
Frite o bife no azeite de dendê, sem passar demais.
Numa das metades do alguidar, coloque a farofa de dendê e, na outra, uma
farofa de mel. Coloque o feijão fradinho em toda a volta do alguidar e, por
cima das farofas, o bife enfeitado com as rodelas de cebolas e as pimentas.
As moedas devem ser colocadas em volta do alguidar.
Leve essa comida embaixo de uma árvore de Exú (seringueira ou arvores
que tenham espinhos), acendendo uma vela ao lado para localizá-la. Abra a
garrafa, fazendo um círculo com a pinga em volta da oferenda.
Peça, em voz alta, a Exú que lhe traga fortuna, prosperidade, fertilidade,
caminhos abertos, etc

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO


DAS SETE FIGUEIRAS
ELEMENTOS
7 FIGOS (REGADOS COM MELADO DE CANA)
7 FOLHAS DE COMIGO NINGUÉM PODE
7 FOLHAS DE GUINÉ
7 FOLHAS DE LOURO
7 INCENSOS DE MIRRA (PROCURE INCENSOS INDIANOS
LEGÍTIMOS, EM LOJAS ESPECIALIZADAS.
1 ROSA VERMELHA
1 LICOR DE ABSINTO (COMPARE PREÇOS, VARIAM
BASTANTE, ENCONTRA-SE ALGUNS MAIS BARATOS EM
SUPERMERCADOS)
2 VELAS VERMELHAS
2 VELAS VERDES
3 VELAS BRANCAS
1 CESTA DE PALHA OU VIME, OU UMA GAMELA DE MADEIRA
ONDE CAIBAM OS ELEMENTOS.
LAVE A CESTA, ENXUGUE E FORRE COM AS FOLHAS DE
COMIGO NINGUÉM PODE, EM SEGUIDA ARRUME AS FOLHAS
DE GUINÉ E POR CIMA AS FOLHAS DE LOURO. APÓS FORRAR
A CESTA COM AS FOLHAS, ARRUME OS 7 FIGOS E COLOQUE
A ROSA NO CENTRO. REGUE COM MELADO DE CANA
APENAS OS FIGOS, A ROSA NÃO DEVE SER REGADA COM O
MELADO DE CANA.
ABRA O LICOR, DERRAME UM POUCO SOBRE OS FIGOS E
DEIXE O RESTO NA GARRAFA ABERTA.
ABRA A ÁGUA MINERAL, NÃO PRECISA DERRAMAR, APENAS
DEIXE EM UM COPO VIRGEM OU NA PRÓPRIA GARRAFA, SE
FOR DE VIDRO.
NO CHÃO AO REDOR DA CESTA, CIRCUNDE AS 7 VELAS,
ALTERNANDO AS CORES. EM SEGUIDA ACENDA OS 7
INCENSOS.
LOCAL DE ENTREGA: BOSQUES, MATAS, CAMPINAS, SE
POSSÍVEL, AOS PÉS DE UMA BELA ÁRVORE.
HORÁRIO DA ENTREGA: PREFERENCIALMENTE ATÉ AS 21
HORAS.
PEDIDOS: FORTALECIMENTO, SAÚDE, RENOVAÇÃO, AMOR,
SABEDORIA.
OFERENDA PARA A POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA
MULAMBO DOS SETE VÉUS
ELEMENTOS:
7 VELAS VERMELHAS
7 INCENSOS DE ROSAS BRANCAS
1 PERFUME PARA POMBA GIRA
7 CIGARRILHAS
7 PÊSSEGOS INTEIROS E LAVADOS
PÉTALAS DE 2 ROSAS OU QUALQUER FLOR, PREVIAMENTE
LAVADAS.
2 TAÇAS NOVAS
1 GARRAFA DE ARAK (LOJAS ÁRABES)
AÇÚCAR CRISTAL
1 GARRAFA DE ÁGUA MINERAL SEM GÁS
1 CESTA DE PALHA OU VIME FORRADA COM PÉTALAS DE
QUALQUER FLOR OU ROSA (PODEM SER FLORES DE
JARDIM)
LAVE A CESTA, ENXUGUE E FORRE COM AS PÉTALAS DE
FLORES
ARRUME OS PÊSSEGOS E POLVILHE-OS COM AÇUCAR
CRISTAL.
FORRE O CHÃO COM AS FOLHAS DE PAPEL DE SEDA,
COLOQUE A CESTA NO MEIO.
ABRA O ARAK E SIRVA UMA TAÇA, DEIXANDO O RESTO NA
GARRAFA ABERTA AO LADO DA CESTA.
ABRA A ÁGUA E SIRVA 1 TAÇA, DEIXANDO O RESTO NA
GARRA ABERTA AO LADO.
ACENDA AS CIGARRILHAS, FORA DO PAPEL DE SEDA, PODE
COLOCÁ-LAS NUM CINZEIRO DE BARRO.
ACENDA AS SETE VELAS, PODEM FICAR TODAS NUM PRATO
RASO OU POTE DE BARRO.
ACENDA OS INCENSOS, QUE TAMBÉM PODEM FICAR NUM
POTINHO DE BARRO COM AREIA NO FUNDO, PARA
SEGURAR.
BORRIFE TODA A OFERENDA COM O PERFUME, PODE
DEIXÁ-LO NA OFERENDA OU PODE LEVÁ-LO CONSIGO, E
SEMPRE QUE PRECISAR DE FORÇA, USE UM POUQUINHO EM
SEU AMBIENTE DOMÉSTICO OU DE TRABALHO.
COLOCANDO INCENSOS, VELAS E CIGARROS EM POTES E
CINZEIROS DE BARRO, EVITAM-SE ACIDENTES.
LOCAL DE ENTREGA: CAMPINAS, JARDINS, PRAÇAS, MATAS,
TERREIROS.
HORÁRIO: ATÉ AS 21:OOH
PEDIDOS: AMOR, REVELAÇÕES, ORIENTAÇÃO PARA
ESCOLHAS, PRROSPERIDADE PARA QUEM TRABALHA NAS
ÁREAS ESOTÉRICAS E ALTERNATIVAS.
FAÇA SEU PEDIDO E SAIA SEM DAR AS COSTAS PARA A
OFERENDA, UNS SETE PAÇOS, PEÇA LICENÇA E VÁ EMBORA.
CASO NÃO ENCONTRE ARAK, PODE SUBSTITUIR POR LICOR
DE TÂMARAS, ANIS OU UVA.
NÃO ENTREGUE A OFERENDA NA LUA MINGUANTE.

Aqui o modo de preparar e o que oferecer à Maria Mulambo.

Carne seca com arroz.


– Retire o sal da carne seca, faça um arroz.
– Coloque em cima das folhas de mamoneira e enfie:
7 cigarros finos longos acesos com a brasa para fora,

coloque 07 moedas correntes,


1 chapagnhe,
7 rosas vermelhas sem espinhos enfiadas na oferenda.
– Acenda uma vela Vermelha ou branca e Ofereça uma Bebida.
Após isso pode ser arriado para este exú mulher em uma encruzilhada
(aconselho aberta),a no pé da pomba Gira (no assentamento) e cantar
alguns pontos para esta pomba Gira e pedir tudo que quizer.

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO

DOS 7 PUNHAIS
ELEMENTOS:
7 PONTEIRAS (COMPRAR CASA DE UMBANDA)
7 VELAS VERMELHAS
7 FITAS VERMELHAS DE 1 METRO CADA
7 CIGARROS LONGOS ACESOS, E O RESTANTE APAGADO
7 PERAS
7 FOLHAS DE MAMONA (3 DENTRO DO ALGUIDAR, E 4 PARA
FORRAR O CHÃO)
7 ROSAS ( 3 CORTADAS DENTRO DO ALGUIDAR E 4 FORA, 1
EM CIMA DE CADA FOLHA DE MAMONA QUE FORRA O
CHÃO)
1 CAMPARI (SIRVA UMA TAÇA E DEIXE O RESTANTE NA
GARRAFA ABERTA)
1 TAÇA NOVA (PREVIAMENTE LAVADA)
1 ALGUIDAR (GRANDE O SUFICIENTE) PREVIAMENTE
LAVADO
MONTANDO A OFERENDA:
FORRE O ALGUIDAR COM AS 3 FOLHAS DE MAMONA, COM
OS CABOS PARA FORA
NO ALGUIDAR ARRUME AS SETE PERAS E REGUE COM UM
POUCO DE MEL
COLOQUE AS SETE PONTEIRAS DENTRO DO ALGUIDAR, EM
FORMA DE CÍRCULO COM 3 PONTAS PARA DENTRO E TRES
PONTAS PARA FORA.
COLOQUE 3 ROSAS NO ALGUIDAR, SEM ESPINHOS E
REGADAS COM UM POUCO DE ÁGUA, CORTE OS CABOS NA
ALTURA DA LAPELA, PARA QUE CAIBAM NO ALGUIDAR (os
cabos que foram cortados, devem ficar, ao lado da oferenda, fora das
folhas de mamona que forram o chão)
ARRIANDO A OFERENDA:
FORRE O CHÃO COM AS 4 FOLHAS DE MAMONA RESTANTES,
COLOQUE O ALGUIDAR NO CENTRO.
DISPONHA AS SETE FITAS AO LADO DE CADA PONTEIRA,
INICIANDO DENTRO DO ALGUIDAR E SAINDO PARA FORA.
COLOQUE AS 4 ROSAS, COM OS CABOS E SEM ESPINHOS, EM
CADA FOLHA DE MAMONA DO CHÃO ( AS PÉTALAS DEVEM
FICAR PARA DENTRO DAS FOLHAS DE MAMONA E OS CABOS
PARA FORA
ACENDA OS 7 CIGARROS, EM FORMA DE CÍRCULO, COM AS
BRASA PARA FORA DAS FOLHAS DE MAMONA, O RESTANTE
DO MAÇO DEVE FICAR ABERTO, DENTRO DAS FOLHAS DE
MAMONA QUE ESTÃO FORRANDO O CHÃO.
ABRA O CAMPARI E SIRVA UMA TAÇA, DEIXE O RESTANTE
NA GARRAFA ABERTA.
POR ÚLTIMO ACENDAS AS STE VELAS, EM TORNO DA
OFERENDA, FOLHA DAS FOLGAS DE MAMONA QUE FORRAM
O CHÃO.
PEDIDOS: PROTEÇÃO CONTRA INIMIGOS, PROTEÇÃO
CONTRA DEMANDAS.
LOCAL DA ENTREGA: SOMENTE TERREIROS
HORÁRIO: ATÉ AS 21:00H

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO


DA LIRA

ELEMENTOS:
1 GARRAFA DE VINHO SUAVE
1 VIDRO DE PERFUME PARA POMBA GIRA
3 CIGARRILHAS
3 CACHOS DE UVAS REGADAS COM MEL (DE PREFERÊNCIA
TRES QUALIDADES DIFERENTES)
1 ROSA VERMELHA
3 VELAS VERMELHAS
1 CESTA PARA AS FRUTAS
FOLHA DE PAPEL DE SEDA PARA FORRAR O CHÃO
FOLHAS DE PARREIRA, ROSEIRA OU LARANJEIRA PARA
FORRAR A CESTA.
LAVE E ENXUGUE A CESTA, FORRE COM AS FOLHAS VERDES,
ARRUME OS CACHOS DE UVAS, REGUE COM O MEL, COLOQUE
AS MOEDAS, UMA A UMA MENTALIZANDO O QUE DESEJA,
COLOQUE A ROSA NO CENTRO DA CESTA ( A MESMA DEVE
ESTAR SEM ESPINHOS E O CABO DEVE SER UM POUCO
CORTADO, DE MODO À CABER NA CESTA.
ABRA A GARRAFA DE VINHO E COLOQUE EM UMA TAÇA, O
RESTANTE DEIXE DENTRO DA GARRAFA, AO LADO DA CESTA.
ACENDA AS CIGARRILHAS FORA DO PAPEL DE SEDA.
ACENDA AS VELAS, FORMANDO UM TRIÂNGULO COM A
PONTA PARA CIMA.
RECOLHA TODO MATERIAL, COMO SACOLAS ETC.
BORRIFE A OFERENDA COM O PERFUME E AINDA BORRIFANDO
O CAMINHO, SAIA SEM DAR AS COSTAS PARA A OFERENDA,
MAIS OU MENOS SETE PAÇOS, AFIRME O QUE DESEJA, E LEVE O
PERFUME CONSIGO, GUARDE-O PARA UMA PRÓXIMA
OFERENDA.
ASSIM QUE SEU PEDIDO REALIZAR-SE, REPITA A OFERENDA E
DEIXE LÁ O PERFUME.
LOCAL DE ENTREGA: ENCRUZILHADAS EM FORMA DE T DE
CHÃO BATIDO, LONGE DA CIDADE, PRAÇAS OU JARDINS.
HORÁRIO: ATÉ AS 21:00H
PEDIDOS: AMOR, ALEGRIA DE VIVER, AUTO ESTIMA.
VER TODOS OS PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVEM MA
OFERENDA.

OFERENDA PARA POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA MULAMBO

DAS ROSAS
ELEMENTOS:
ROSAS VERMELHAS ABERTAS ( 7,14 OU 21 ROSAS) SEM OS
ESPINHOS
7 CIGARROS LONGOS ACESOS AO LADO DA OFERENDA, NUM
CINZEIRO DE BARRRO OU PRATO DE BARRO
1 CAIXA DE FÓSFOROS, QUE DEVE FICAR ABERTA AO LADO DA
OFERENDA
3 VELAS VERMELHAS
3 FOLHAS DE MAMONA
1 GARRAFA DE LICOR DE CACAU
FORRE O CHÃO COM AS 7 FOLHAS DE MAMONA, FORMANDO
UM CÍRCULO, EM CIMA DE CADA FOLHA, COLOQUE UMA
ROSA, COM AS PÉTALAS PARA A PARTE DE DENTRO E OS
CABOS PARA A PARTE DE FORA DO CÍRCULO. ABRA O LICOR E
REGUE UM POUQUINHO, CADA FOLHA DE MAMONA, E DEIXE A
GARRAFA NO CENTRO DO CÍRCULO.
ACENDA AS 3 VELAS NO CENTRO DO CÍRCULO, PODEM SER
ACESAS EM CIMA DE UM PRATINHO DE BARRO E DEVEM FICAR
BEM FIRMES, EM VOLTA DESSAS VELAS, ACENDA OS 7
CIGARROS, COM AS BRASAS PARA FORA E OS FILTROS PARA A
PARTE DE DENTRO, ONDE ESTÃO AS VELAS.
LOCAL DE ENTREGA: PRAÇAS OU JARDINS,
PREFERENCIALMENTE TERREIROS.
HORÁRIO: ATÉ AS 21:00 HORAS
PEDIDOS: SUCESSO NA CARREIRA, PROMOÇÕES, VIAGENS,
AMOR
SEMPRE QUE POSSÍVEL, FAÇA A ENTREGA EM TERREIROS, OU
NO CASO DE ENTREGAS EM OUTROS LOCAIS, SE POSSÍVEL,
ESPERE AS VELAS QUEIMAREM OU RETORNE APÓS ALGUMAS
HORAS PARA RECOLHER OS ELEMENTOS NÃO ORGÂNICOS E
JOGÁ-LOS NO LIXO ADEQUADO.

OFERENDA PARA POMBA GIRA MARIA PADILHA DA


ENCRUZILHADA
Seguir procedimentos básicos para oferendas
MATERIAL

PREPARO: Seguir todos os passos


1 cesta de palha ou vime
7 maçãs vermelhas inteiras regadas com mel
7 rosas vermelhas (abertas e sem espinhos)
7 cigarrilhas
7 pulseiras (douradas de metal)
7 morangos (regados com mel)

7 velas vermelhas
1 batom vermelho
1 vidro de perfume (gostoso, mais não precisa ser caro)
1 garrafa de licor de cacau
Montar um arranjo com todos os presentes, na cesta.

Entregar em local adequado.

Obrigação a Maria Padilha para Abertura de Caminhos


Um padê com Camarão salgado e cebola ralada com azeite-de-dendê.
Rodelas de cebola, rodelas de tomate. Um bife passado no azeite-de-dendê,
cigarros ou cigarrilhas. Treês velas, fósforos, azeitonas pretas, sete rosas
vermelhas. Uma Garrafa de Cidra

Com o se fazer:
Coloque o Padê no alguidar e vá arrumando tudo (enfeitando da melhor
maneira) em cima do padê, acenda as velas na frente do trabalho, estore a
cidra, reze a Oração a Pomba Gira, e faça seus pedidos a Pomba Gira
Maria Padilha ou a uma das Pomba Giras que citei acima.
Fazer o pedido e colocar tudo na encruzilhada.

ORAÇÃO PARA MARIA PADILHA


Salve nossa Rainha da noite, Salve nossa tão gloriosa Maria Padilha.
São 12 horas em ponto e o sino já bateu. Sei que nesta hora, pela força do
vento a poeira vai subir, e com ela também subirá todo o mal que estiver no
meu corpo, no meu caminho e na minha casa. Tudo se afastará da minha
vida. É com a força e Axé de Maria Padilha que meus caminhos, a partir
deste momento em que os ponteiros se separam, estarão livres de todos os
males materiais e espirituais, pois a luz que clareia o caminho de Maria
Padilha também há-de clarear s meus caminhos, para isto estarei sempre de
posse desta oração.
E claro que não iria esquecer de colocar os Pontos da Pomba Gira Maria
Padilha.

Ebó para tirar queimação e fortalecer oris


MATERIAL DO EBÓ
Panela de barro
9 Ovos
9 Cebolas

Dendê
Peneira pequena
Mel
Morim branco

MODO DE FAZER:
Pegue uma panela de barro coloque em sua frente, passe em todo o corpo
9 ovos, e as 9 cebolas, coloque dentro desta panela e cubra com dendê,
em seguida coloque a peneira na boca desta panela e derrame o mel, e peça
as forças da Terra que tire tudo de ruim de sua vida, ebo, feitiços, olho
grande e queimação, e que seus inimigos não possam lhe enxergar. Este
ebo será
feito em local de mato queimado e/ou seco, e que tenha formigueiro perto,
então cubra com o morim branco, e ao chegar em casa tome banho com

sabão da costa e/ou sabão de coco.


Após o Ebó prescrito acima aconselha-se a fazer o seguinte banho abaixo

BANHO FORTALECER ORI


(sua cabeça, sua espiritualidade, suas forças, sua proteção, seu anjo da
guarda)

MODO DE FAZER:
Pegue água de coco verde, quine dentro de uma vasilha com folhas de
algodoeiro, elevante, e tome este banho varias vezes sempre ao amanhecer,
antes tome banho com sabão da costa e/ou sabão de coco, após feito isto
tome banho com as ervas, logo a seguir coloque um akasa em sua cabeça e
amarre com um morim branco e fique pôr duas horas, depois leve em um
jardim e coloque em baixo de uma arvore.

OFERENDA PARA POMBA GIRA MARIA PADILHA DA


ENCRUZILHADA
Seguir procedimentos básicos para oferendas

MATERIAL
1 cesta de palha ou vime
7 maçãs vermelhas inteiras regadas com mel
7 rosas vermelhas (abertas e sem espinhos)
7 cigarrilhas
7 pulseiras (douradas de metal)

7 morangos (regados com mel)


7 velas vermelhas
1 batom vermelho
1 vidro de perfume (gostoso, mais não precisa ser caro)
1 garrafa de licor de cacau
PREPARO: Seguir todos os paços para oferendas, ver a postagem oferenda
para Pomba Gira Sete Saias.

Montar um arranjo com todos os presentes, na cesta.


Entregar em local adequado.

Seu Zé Pelintra, assim como outros guias que trabalham no Catimbó,


trabalha também na umbanda.
Na medida em que o Catimbó entra na área urbana, território típico da
Umbanda, ou mesmo a Umbanda vai para o interior estas duas práticas tem
que se encontrar. É neste momento que certamente Zé Pelintra entra para o
Catimbó.Isto certamente ocorre nos centros onde pessoas de Umbanda
também trabalham com mestres e provavelmente já eram de Umbanda e
absorvem o Catimbó em um movimento muito típico da Umbanda que
absorve várias Religiões e Culturas.
No Catimbó ele é Mestre, e por ser uma entidade diferente das que são
cultuadas na Umbanda, ele não trabalha numa linha específica, porém, sua
participação mais ativa seria na gira de baianos e, em alguns casos, na linha
da esquerda, como exú. Sua principal marca é ser um espírito “boêmio”,
“malandro” e brincalhão e, mesmo assim, trabalha com muita
responsabilidade. Seu Zé cobra muito de seus médiuns, cobra por
seriedade, entrega, disciplina, dentre outras virtudes.
Na direita ele vem na linha de baianos, fuma cigarro, bebe batida de coco
ou simplesmente cachaça. É representado por uma tradicional vestimenta
(calça branca, sapato branco, terno branco, gravata vermelha e chapéu
branco com uma fita vermelha).

CARACTERÍSTICAS MARCANTES
A primeira é ser muito brincalhão, gostar muito de dançar, de mulheres e
de bebida. Mas é muito comum, também, encontrá-lo mais sério, parado
em um canto, assim como sua imagem gosta de representá-lo olhando para
o movimento ao seu redor. Contudo, quando ele vira para a esquerda, ele
pode vir trajado de um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata
vermelha e uma cartola,fumando charutos, bebendo conhaque e uísque, até
– em alguns casos – usa uma capa preta. Mas seja do lado que for, você
sempre verá um Zé Pilintra coms eu pito (cigarros ou cigarrilhas), um uma
bebidinha nas mãos, sempre muito brincalhão e extrovertido.

REPRESENTAÇÃO E ORIGENS
Personagem bastante conhecido seja por freqüentadores das religiões onde
atua como entidade, por sua notável malandragem, Seu Zé tem sua
imagem reconhecida como um ícone, um representante, o verdadeiro
estereótipo do malandro, ou porque não dizer, da malandragem brasileira e
mais especificamente, carioca. Trata-se de uma corrente que, de uma forma
ou de outra, permeia o imaginário popular da cultura brasileira e, portanto,
carrega suas egrégoras tanto como outras.
Um do seu maior destaque está justamente no fato do Seu Zé ter uma
tremenda elegância e competência, mesmo sendo negro (levando em
consideração que, para a época em que os negros e brancos viviam
praticamente isolados, apesar da existência de uma numerosa população
mestiça nas grandes cidades brasileiras, e que desse abismo social
implicava também uma grande divisão financeira de classe social). É como
se a figura do Seu Zé torna-se representativa da própria dignidade do negro,
deixando para trás a idéia de um negro “arrasta-pé”, maltrapilho ou simples
trabalhador braçal.
Em sua origem, Seu Zé torna-se famoso primeiramente no Nordeste…
Primeiro como freqüentador dos catimbós e, depois como entidade dessa
religião. Vale destacar aqui que o Catimbó está inserido no quadro das
religiões populares do Norte e Nordeste e traz consigo a relação com a
pajelança indígena e os candomblés de caboclo muito difundidos na Bahia.
Conta-se que ainda jovem era um caboclo violento que brigava por
qualquer coisa mesmo sem ter razão. Sua fama de “erveiro” vem também
do Nordeste. Seria capaz de receitar chás medicinais para a cura de
qualquer mal, benzer e quebrar feitiços dos seus consulentes. De acordo
com Ligiéro (2004), Seu Zé migra para o Rio de janeiro onde se torna nas
primeiras três décadas do século XX um famoso malandro na zona boêmia
carioca, a região da Lapa, Estácio, Gamboa e zona portuária. Segundo
relatos históricos Seu Zé era grande jogador, amante das prostitutas e
inveterado boêmio.

Contudo, há outra história que conta que Seu Zé teria nascido no povoado
de Bodocó, sertão pernambucano próximo a cidadezinha que leva o nome
de Exu, à qual segundo o próprio Zé Pilintra quando manifestado numa
mesa de catimbó, foi batizada com este nome em sua homenagem, já que
sua família era daquela região antes mesmo de se tornar cidade. Fugindo da
terrível seca de meados do século passado que abatia todo o sertão, a
família do então “José dos Santos” rumou para a Capital Recife em busca
de uma vida melhor, mas o destino lhe pregou uma preça que culminou
com a morte da mãe, antes mesmo que o menino Zé completasse 3 anos.
Logo em seguida, morreria seu pai de tuberculose.
José então ficou orfão e teve que enfrentar o mundo juntamente com seus
sete irmãos menores. Cresceu no meio da malandragem, dormindo no cais
do porto e sendo menino de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte
granjeou-lhe respeito no meio da malandragem. Conta-se que, certa vez,
Zezinho, como também era conhecido, teve que enfrentar cinco policiais
numa briga no cabará da Jovelina, no bairro de Casa Amarela. Um dos
soldados recebeu um corte de peixeira no rosto que decepou-lhe o nariz e
parte da boca. Doze tiros foram disparados contra Zezinho, mas nenhum
deles o atingiu. Diziam que ele tinha o corpo fechado. Antes que
chegassem reforços, Zezinho já tinha fugido ileso, indo se esconder na casa
do coronel Laranjeira, um poderoso usineiro pernambucano, protetor do
rapazote e família. Em decorrência deste episódio, Zezinho ganhou o
apelido de Zé Pilintra Valentão, nome esse dado pelos próprios soldados da
polícia pernambucana. Pilintra significa pilantra, malandro, janota etc.
Assim, entre trancos e barrancos, Seu Zé consegue fazer fama na cidade de
Recife e criar seus irmãos até a maior idade.
Quanto a sua morte, autores descordam sobre como esta teria acontecido.
Afirma-se que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antigo
desafeto, ou por outro malandro igualmente perigoso. Porém, o consenso
entre todas essas hipóteses é de que fora atacado pelas costas, uma vez que
pela frente, afirmam, o homem era imbatível.
Para Zé Pelintra a morte representou “um momento de transição e de
continuidade”, afirma Ligiéro, e passa a ser assim, incorporado à Umbanda
e ao Catimbó. Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra quer
escrever, é a da caridade, tanto aquela que ele dedicou aos seus entes
queridos e pares de sangue, como também àqueles em que deveu um
auxílio e apoio mútuo quando em vida. É assim que seu Zé Pelintra, hoje
ao lado do espírito dos seus irmãos e irmãs em vida, formaram uma bela
Falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam.

FAMÍLIA PILINTRA
Além do Zé Pilintra, há espíritos mentores, como ele, também conhecidos
como Antônio Pilintra, Maria Pilintra, João Pilintra, Joana Pilintra, Mané
Pilintra e Rosa Pilintra. Mas ainda, há suas qualidades de Zé Pilintras
viradas na esquerda, que ganham atributos específicos da vida do Seu Zé,
como Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das Almas, Zé da
Brilhantina, Malandro da Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da
Navalha, Zé do Morro, e por aí vai. Só vale ressaltar que os Malandros não
são exus, embora venham na Linha de Esquerda. Ao contrário dos Exus
que estão nas encruzilhadas, encontramos os malandros em bares, subidas
de morros, festas e muito mais.
Aqui, gostaria de fazer uma especial contribuição sobre uma Guia,
muuuuuito importante na minha vida mediúnica. A baiana que eu trabalho
desde o meu primeiro dia de Filha de Santo, na Umbanda, Sra. JOANA
PILINTRA! Trabalho com ela há 5 anos e desde então, aprendi muito com
suas histórias. Em vida, foi mãe de 3 filhos. Trabalhou nas louvas de Milho
enquanto o marido foi tentar a sorte no ciclo da borracha, nos seringais. Ela
sempre se intitula devota de Nossa Senhora da Glória. Solitária mas muito
bonachona, penso na Joana quando penso naquelas mulheres de avental,
saia, blusa de campanha e lenço na cabeça. Mulher da Lida!! Mão calejada
do trabalho da roça e de casa. Mas, a noite, depois do banho, era Senhora
Vaidosa. Sempre em seus vestidos de tecidos muito simples mas rendeiros,
Joana só se dedicava, ora aos filhos, ora a comunidade. ‘Rezedeira’, como
ela mesma diz, era daquelas que conhecia todo mundo, que era chamada
pra ir na casa de todo mundo, mas particularmente na dela, ela não gostava
de receber. Dona de uma generosidade sem fim, ao mesmo tempo que ela
pode ser carinhosa e cuidadosa, também já a vi dura e rígida. Como mãe
que dá a palmatória certa nas horas que tem que dar. Sua fala é comprida…
adora uma boa prosa. Mas quando dá pra falar curto e grosso… hummm.
Segura! A língua fica maior do que a boca.
Acho que aprendi com ela e com a Família Pilintra esse lado, ri para
resistir!!
Dançar, beber e brincar, sem abusar. Porque a vida não é feita só de
excessos… é também senhora da moderação. Com eles, percebi quanto
dessa luta e dessa gana sou capaz de reinventar, todos os dias, para eu
mesma suportar as peripécias que esse mundo dá. E, ao mesmo tempo,
fazer da aflição do outro, um motivo de se motivar e prosseguir, como
quem trilha sua própria tristeza e avança. Porque vê no outro e projeta na
caridade e generosidade alheia a mesma dedicação e o mesmo esforço que
tanto precisa ter e desenvolver na vida para dignar a si mesma.

TIRA TEIMA:

 Comida: carne seca com farofa ou escondidinho de macaxera, que é o


mesmo que mandioca. (Na esquerda, acrescentar pimenta vermelha)
 Bebida: Cerveja branca bem gelada
 Locais de vibração: Subida de Morros, Cemitérios, bares, zonas
portuárias, áreas boêmias
 Cor: Vermelho e Branco ou Preto e Branco, ou ainda somente o Preto

Peixe frito para Zé Pilintra

Ingredientes:
1 kg de manjubas ou sardinhas,
suco de limão,
sal à gosto,
um prato de farinha de mandioca,

azeite de dendê.
Modo de preparar:
Socar a pimenta e misturar com o suco de limão e sal.
Limpar os peixes e os colocar no tempero, deixando – ospor alguns
minutos para que se pegue o gosto.
Colocar o azeite numa frigideira d deixe que aqueça bem.

Escorra cada peixe, passe na farinha e frite. Depois de tudo pronto, arrume
– os num alguidar.
Servir com cerveja clara, cigarros, 07 cravos vermelhos, 07 velas brancas.

Salve seu Zé Pilintra!


Saravá a Família Pilintra!!
Salve a corrente dos Malandros! !!

Igba exu

Igba exu ou assentamento de exu como é chamado comumente pelo povo


de santo, são confeccionados de várias formas, muitos são vistos em panela
de ferro, alguidá, panela de barro, muitas vezes modelado com tabatinga,
em forma humana completa, ou apenas busto, com olhos e boca feito de
búzios. Igba exu também pode ser representado por uma pedra,
preferencialmente de laterita ou um montículo de terra, contendo vários
elementos do reino animal, vegetal e mineral.

Uma mistura especial é feita pelo babalorixá ou iyalorixá, em conjuto com


a Iyamorô, contendo azeite-de-dendê, mel, vinho, diversos tipos de bebida
alcoolica e sal. As folhas sagradas de exu são maceradas com enxofre,
mercúrio, carvão vegetal, inúmeros tipos de pimentas, não pode faltar
(atarê, lelecun, begerecum, aridan e aberê).

Pelo menos sete tipos de metais são colocados: Ouro, prata, cobre, zinco,
ferro, níquel e estanho, depois de ser banhado em água sagrada. Juntando-
se tudo a terra de sete encruzilhadas e de alguns estabelecimentos
comerciais e coloca no respectivo recipiente, ornando com os tridentes e
lanças, moedas antigas e atuais, e muitos búzios. Deve conter no
assentamento pelo menos uma quartinha com quatro búzios dentro, para
fazer a consulta em momento oportuno.
Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e
sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.
Èsù é um Orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara,
Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú,
Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu
são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos.
Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e
do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra
Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá
do movimento.
Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar
que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre
o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.
Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente
com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente,
brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo
humano ereto, simbolizando a fertilidade.
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente
confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da
construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito
menos é considerado uma personificação do Mal.Mesmo porque nesta
religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e
exclusivamente por coisas ruins como fazem asreligiões cristãs, estas
pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi
expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada
uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como
o próprio ser humano.

De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades


àquelas pessoas que estão em falta com ele.
No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados,
ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva
quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás,
pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito
mutante em suas ações e atitudes.
Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros
de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais
tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o
nome de Èsù Alákétú.
A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e
está ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é o cargo
denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa “chefe de uma
missão”, pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do
mercado do rei.
Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe
oferecem.
Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi,
ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com
olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma
estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas
cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra
utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E
quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal
entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz
um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado
numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.
E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.
Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, através de uma
artimanha, conseguiu ser o Rei da região, tornando-se um dos Reis de Ketu.
Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil, o reverenciam também
com este nome.
Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas
atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a
terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados
como elemento de força diante dos pedidos.

Exu
No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre
é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes
de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá
não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de
Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como
guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre
separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da
casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado.
É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor
da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o
diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo
da maldade e do ódio. Porém ” … nem completamente mau, nem
completamente bom … “, na visão de Pierre Verger no texto de sua
autoria “Iniciação” – contido no documentário “Iconografia dos Deuses
Africanos no Candomblé da Bahia“, Exu reage favoravelmente quando
tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo
oduokaran.

Sacrifício para Exu.


Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com
suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara,
Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo
o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan
(guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).
A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são
o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que
representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as
oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente,
acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca
lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da
polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é “Larôye!”
que significa o bem falante e comunicador.
Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e
um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu.
Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome
de Aluvaiá, pambu Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje.
Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda.pois os exus de
umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que por motivos de
evoluçao espiritual retornaram a terra para cumprir essa missao junto ao
seus seguidores . essas entidades sao confundidas com esu ou exu do
candonble devido a proximidade que exu tem com os homens,mas na
verdade nao sao considerados orixas como o esu(exu)e sim quiumbas que
sao conhecedores das vontades dos homens e mulheres no plano terrestre
por teren vivido em epocas diferentes mas com os mesmos problemas
desejos e sonhos. No candomble de angola (naçao bantu,congo
moxicongo)cultuamos as entidades de exu e pombagiras como ancestrais
que por motivos espirituais nos trazem recados,cantigas,avisos,mas
totalmente distinto do orixa esu ou ate mesmo de (pambu njila) que e a
porçao feminina de esu no angola. por varios nomes podemos reconhecer
os quiumbas exus de umbanda,exu tiriri,tranca ruas,exu veludo,exu gira
mundo,capa preta,pinga fogo,veludo tata caveira … a palavra “pombagira”
na verdade e um pronuncia “abrasileirada” do lingua bantu africana
pombogira Pampu Nijila que por ser uma porçao mais feminina do mesmo
exu africano se confindiu com a entidade feminina de exu na umbanda.
ex:maria molambo pombogira muito conhecida no nordeste rio de
janeiro,por suas graças e gracejos por suas palavras fortes e caracteristica
de mulher revolucionaria guerreira tem seus devotos fiesis ,Maria
Padilha,conhecida assim como Maria Molambo tambem tem seus
seguidores sao as mais conhecidas nos candombles de angola entre outras
estao Maria Zureta,Catarina ,Dama da Noite ,Sombra da noite,Sete
encruzilhadas,Rosa dos ventos ,Rosa vermelha,Maria Bandida ,Dona
Navalha.

Arquétipos

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida


cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas
e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém,
dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e
trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente cruéis.
CLASSIFICAÇÃO DOS EXUS
CLASSIFICAÇÃO MORAL (BEM OU MAL): EXÚ PAGÃO OU EXÚ
BATIZADO?

Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram


realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade,
quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências
maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra
em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e
procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria
evolução.
O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele
sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal,
embora possa ser despertado para evoluir de condição.
Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem,
evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por
ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um
policial que penetra nos reinos da marginalidade.
Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos
zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a
denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os
presentes, usando nomes de “Guias”.
Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagões” a
denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E
reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.

CLASSIFICAÇÃO PELOS PONTOS DE VIBRAÇÃO DOS EXUS


Exus do Cemitério:
São Exus que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são
sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes
de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se
apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.

Exus da Encruzilhada:
São Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus
da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério.
Gostam de dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e
descarregos. Alguns deles se aproximam muito (em suas características)
dos Exus do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exus da
estrada.

Exus da Estrada:
São os mais “brincalhões”. Suas consultas são sempre recheadas de boas
gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com
um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas
“brincadeiras” devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São
os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam
muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias
pessoas ao mesmo tempo.

ORGANIZAÇÃO E HIERARQUIA DOS EXUS:


Os Exus, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos desde Exus
muito ligados aos Orixás até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais
próximos às trevas.
Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em
sete graus e a divisão está formada “de cima para baixo” :
TERCEIRO CICLO
Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus.
Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Coroados. São aqueles que
tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das
falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda.
Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns
médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu
Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro.
Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.

• Sétimo Grau – Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da


Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus
Chefes de Legião
• Sexto Grau – Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de
Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49
Exus Chefes de Falange.
• Quinto Grau – Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus
Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange,
portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.
SEGUNDO CICLO
Contém o Quarto Grau.
Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Cruzados ou Batizados. São
subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os
exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções
de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de
atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda
nos ciclos de reencarnações.
• Quarto Grau – Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus
Chefes de Agrupamento e estão subordinados a cada Exu Chefe de Sub-
Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.
PRIMEIRO CICLO
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.
Temos dois tipos de Exus neste ciclo :
o Exus Espadados – São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de
atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.
o Exus Pagãos (Kiumbas) – São subordinados aos exus de nível acima. São
aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos,
também como “rabos-de-encruza”. Aceitam qualquer tipo de trabalho,
desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.
São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias
superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e
querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.São kiumbas,
capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.
O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar
facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos
níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.
• Terceiro Grau – Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes
de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento,
portanto, são 16807 Exus Chefes de Coluna.
• Segundo Grau – Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus
Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna,
portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.
• Primeiro Grau – Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares
de espíritos nesta função.
Os Exus, em geral, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei.
Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos
Exus.
7º Grau 7 – Chefes de Legião
6º Grau 49 – Chefes de Falange
5º Grau 343 – Chefes de Sub-Falange
4º Grau 2401 – Chefes de Grupamento
3º Grau 16807 – Chefes de Coluna

2º Grau 117649 – Chefes de Sub-Coluna


1º Grau ? – Integrantes de Coluna
Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos
níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.
Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os
níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o
mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar
fisicamente localizado.
Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a
evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta.
Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em
abismos sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam
localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste
plano físico.
Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas
Concêntricas Inferiores.
A divisão está sempre formada “de cima para baixo” :
Camadas Concêntricas Superiores
Sétima, Sexta e Quinta Camadas – Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no planeta.
Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos
superiores.

Quarta Camada – Zona de Transição


Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas – Zonas Fracamente Iluminadas
A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em
reparações e aprendizados para novas reencarnações.
Superfície
Espíritos encarnados
Camadas Concêntricas Inferiores
Sétima Camada – Zona Sub-Crostal Superior
Espíritos sofredores de um modo geral que serão em seguida socorridos e
encaminhados a planos mais elevados para adaptação e aprendizado, antes
de reencarnarem.
Sexta, Quinta e Quarta Camadas – Zona das Sombras, Zona Purgatoriais ou
de Regeneração
Espíritos sofredores purgando parte de seus karmas, e que serão
encaminhados o mais rápido possível à reencarnação para novas provas e
expiações.
Quarta Camada – Zona de Transição
Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas – Zona das Trevas ou Zona Sub-


Crostal Inferior
Estes espíritos estão em estágio de insubmissos, renitentes e rebelados às
Leis Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.
A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com
exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente
eles “descem” para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois
estão mais “ambientados” com as baixas e perniciosas vibrações. Não que
os Exus não possam “descer” até lá, mas porque é desnecessário criar uma
guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.
A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis
vibracionais, não chega sequer a mencionar algo além das camadas
intermediárias ou médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as
camadas que ficam as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem
tais incursões não podem ou não devem “baixar” mais, pois somente cabe
aos exus, espíritos especializados “descer” tanto.

CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS EXUS E AS DIFERENTES


IRRADIAÇÕES DOS ORIXÁS
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxalá:
EXÚ SETE ENCRUZILHADAS Comando negativo da linha
Exú Sete Chaves intermediário para Ogum
Exú Sete Capas intermediário para Oxossi
Exú Sete Poeiras intermediário para Xangô
Exú Sete Cruzes intermediário para Yorimá
Exú Sete Ventanias intermediário para Yori
Exú Sete Pembas intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yemanjá:
POMBO GIRA RAINHA Comando negativo da linha
Exú Sete Nanguê intermediário para Ogum
Maria Mulambo intermediário para Oxossi
Exú Sete Carangola intermediário para Xangô
Exú Maria Padilha intermediário para Yorimá
Exú Má-canjira intermediário para Yori
Exú Maré intermediário para Oxalá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ibeiji:
EXÚ TIRIRI Comando negativo da linha
Exú Toquimho intermediário para Ogum
Exú Mirim intermediário para Oxossi
Exú Lalu intermediário para Xangô
Exú Ganga intermediário para Yorimá
Exú Veludinho intermediário para Oxalá
Exú Manguinho intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Xangô:
EXÚ GIRA MUNDO Comando negativo da linha
Exú Meia-Noite intermediário para Ogum
Exú Mangueira intermediário para Oxossi
Exú Pedreira intermediário para Oxalá
Exú Ventania intermediário para Yorimá
Exú Corcunda intermediário para Yori
Exú Calunga intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ogum:
EXÚ TRANCA-RUAS Comando negativo da linha
Exú Tira-teimas intermediário para Oxalá
Exú Veludo intermediário para Oxossi
Exú Tranca-gira intermediário para Xangô
Exú Porteira intermediário para Yorimá
Exú Limpa-trilhos intermediário para Yori
Exú Arranca-toco intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxossi:
EXÚ MARABÔ Comando negativo da linha
Exú Pemba intermediário para Ogum
Exú da Campina intermediário para Oxalá
Exú Capa Preta intermediário para Xangô
Exú das Matas intermediário para Yorimá
Exú Lonan intermediário para Yori
Exú Bauru intermediário para Yemanjá
Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yorimá:
EXÚ CAVEIRA Comando negativo da linha
Exú do Lodo intermediário para Ogum
Exú Brasa intermediário para Oxossi
Exú Come-fogo intermediário para Xangô
Exú Pinga-fogo intermediário para Oxalá
Exú Bára intermediário para Yori
Exú Alebá intermediário para Yemanjá
RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE AS LINHAS DA QUIMBANDA E
UMBANDA
Uma vez se entendendo que há uma perfeita harmonia entre as ações dos
elementos que compõe as linhas da Quimbanda e da Umbanda, cada
elemento destes há um paralelo, um elo de ligação entre a Umbanda e a
Quimbanda.
Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda
Linha de Oxalá Linha Malei
Linha de Ogum Linha do Cemitério
Linha de Oxossi Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha de Xangô Linha de Mossorubi
Linha de Yorimá Linha da Almas
Linha de Ibêji Linha Mista
Linha de Yemanjá Linha Nagô
Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus
da Quimbanda.
No caso de Ogum, há uma manifestação de Ogum, para corresponder com
cada uma das sete Linhas da Quimbanda. Vejamos:

Ogum de Malei Linha Malei


Ogum Megê Linha do Cemitério
Ogum Rompe Mato Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha de Mossorubi
Ogum Megê Linha da Almas
Ogum Xoroquê Linha Mista
Ogum de Nagô Linha Nagô

Referências

1. ↑ Nei Lopes, Enciclopédia brasileira da diáspora africana

 African intellectual heritage Por Molefi K. Asante, Abu Shardow


Abarry Publicado por Temple University Press, 1996 ISBN 1-56639-
403-1
 Notas sobre o culto aos orixás e voduns na Bahia de Todos os Santos
e na antiga costa dos escravos na África Por Pierre Verger Publicado
por EdUSP, 1999 ISBN 85-314-0475-4
 Africa Por Phyllis Martin, Patrick O’Meara Publicado por Indiana
University Press, 1995 ISBN 0-253-20984-6
 Eleggua-Eshu em Cuba

Orunmilá
Orixás Ogum Exu Xorokê

Orunmilá
Orunmila é o orisa senhor da sabedoria ( ogbon) e do conhecimento (imo) ,
que tendo adquirido o direito de viver entre o orun e o aiye, tudo sabe e
tudo vê em todos os mundos. Porisso recebeu o título de gbaiyegborun –
aquele que vive tanto no céu como na terra, transcendendo espaço e tempo.
Orunmila é quem apresenta o destino ao reencarnante por ocasião da sua
concepção (kadara) e, mediante a aceitação do ori individual,o libera para o
nascimento.
Por isso, conhece todos os destinos e como propiciar o sucesso em todos os
âmbitos, alem de revelar o orisa pessoal de cada um, ou seja, a substância
da qual cada um foi extraído na atual existência e como integrar o
indivíduo neste princípio divino. Como elerii ipin (testemunha da criação),
detém conhecimento do passado, presente e futuro de todos os habitantes
do aiye e do orun – e de como obter o sucesso em todos os âmbitos.

Orunmila é o interventor e defensor dos seres humanos, sempre tentando


minorar os sofrimentos e dificuldades que enfrentam na saga das suas
sucessivas existências na Terra.
Conta o itan que, após permanecer na Terra por algum tempo, Orunmila
retornou ao orun, esticando uma longa corda pela qual ascendeu. Os seres
humanos ficaram totalmente desorientados,o caos, a fome e a peste
imperaram na Terra, já que ele era o porta-voz da vontade de Olodumare. O
ciclo de fertilidade das plantas e animais foi interrompido, trazendo ameaça
de extinção.
O clamor pela sua volta não foi atendido, mas deixou com seus filhos os 16
ikin (coquinhos de dendezeiro) , que se transformaram num importante
instrumento de adivinhação denominado ikin. Daí se originou a outra
denominação de Orunmila : Agbonniregun ( agbon ti o ni regun – o côco
nunca será esquecido). Entregou os ikin instruindo que sempre que
desejassem as coisas boas e realizações positivas na vida, deveriam
consultar os coquinhos. Daí nasceu o sistema oracular denominado Ifa, que
auxilia o ser humano na resolução dos seus problemas cotidianos, nos
conflitos e nas dúvidas existenciais, como mediador entre o humano e o
divino.

Uma modalidade oracular mais simples é o ibo e a mais popular das três é o
opele ifa. Apenas sacerdotes iniciados no culto de Orunmila – os oluwo e
babalawo – são credenciados para utilizar esses oráculos.
Os oráculos são baseados no sistema binário e comportam 256
combinações matemáticas que definem os caminhos de odu, com seus
milhares de itan (mitos) e owe (parábolas). Sua missão foi organizar as
relações humanas, ajudar na doença, orientar nas contendas de todo tipo de
assunto, valendo-se para isto dos itan relatados pelos odu. Nada no culto de
Ifa se move sem os itan(histórias), daí a enorme variedade e contradição
mítica existentes, inclusive quando e onde a sua chegada na terra, embora o
consenso geral seja de que ele desceu, como as demais quatrocentas e uma
divindades, em Ife(27).
Através de Ifa é que se faz a prática divinatória, por meio de dois rosários,
um chamado Opele e outro Ikin, os quais são manipulados pelo sacerdote
de Ifa chamado babalawo(pai do segredo), que, munido do Opon
Ifa(espécie de bandeja de madeira), Iroke(usado para marcar a
adivinhação), a imagem de Esu, o Iyerosun(pó vermelho da árvore irosun)
dentre outros utensílios, procede a prática divinatória, cujas respostas vêm
através dos Odù. Os Odù são divididos em duas categorias.
A primeira chamada Ojú Odù(olho do Odù), constituída dos 16 maiores
Odù e a segunda chamada Omò Odù(filho do Odù), formada pela
combinação dos 16 maiores entre si, perfazendo um total de 240 Odù
menores, que, juntando-se aos 16 maiores, formam um total de 256 Odù.
Os Odù são considerados divindades como os orisa.
Do mesmo modo que Ifa e todos os demais orisa, os Odù desceram do céu
para a terra, onde foi feito um grande trono, colocado num lugar aberto,
para, nele, Eji Ogbe se sentar. Eji Ogbe é o mais velho, mais importante e o
rei dos Odù, por isso os outros 15 Odù se sentaram em sua volta, formando
um círculo. Os Omó Odù ou Odù menores são também considerados
divindades.
Todo o corpo filosófico da religião yoruba se resume nesses signos de Ifa –
os odu , que por sua vez se subdividem em caminhos com os respectivos
itan, que são mitos de instrução, orientação e aconselhamento. O nome de
Orunmila e o do sistema oracular opele ifa muitas vezes se confundem e o
culto a Orunmila passou a ser conhecido como Ifa.
Apesar de sua infinita sabedoria, Orunmila condiciona-se, muitas vezes, ao
poder do orisa Elegbara / Esu – o transmissor do ase, representante da
autoridade divina no âmbito cósmico e das leis da física. Sendo o eterno
movimento com suas constantes transformações, Elegbara propicia toda a
existência do Universo manifestado. Está na vibração dos elétrons e na
órbita dos astros. Orunmila utiliza-se, então do ase e funções de Elegbara
para atuar e se expressar. Já o oráculo merindilogun – o popular jogo de
búzios – foi introduzido pelo orisa Osun. No jogo de búzios utilizam-se 16
kawri (búzios) no qual respondem os 16 odu principais, num total de 70
caminhos e os orisa que falam através deles.
Independente da modalidade utilizada, para cada caminho há um itan a ser
interpretado e o respectivo ebo (sacrifício) a ser, ou não, realizado.
Na tradição religiosa Ogboni-Ifa, nada se empreende sem prévia consulta
ao oráculo, que é um instrumento de transmissão do aconselhamento divino
para que situações sejam revertidas ou confirmadas.
Com a anuência de Elegbara / Esu,os diversos orisa se posicionam no jogo,
respondendo , influenciando nas respostas e revelando-se como eleda (orisa
dono da cabeça) da pessoa que a ele recorre.
Da mesma forma que só se toma remédio quando se adoece , só se efetuam
ebós , iniciações ou obrigações quando o oráculo prescreve – sempre
lembrando que o futuro depende, em grande parte, dos nossos atos
presentes.
Conforme informado anteriormente,o oráculo é a única opção autorizada e
confiável quanto à definição do orisa pessoal, responsável pela cabeça do
ser humano.
O ÀDÚRÀ que será usado aqui foi tirado do sexto ODÙ de IFÁ que se
chama ODÙ OWONRIN MEJI. Este ÀDÚRÀ (prece) é para qualquer
pessoa, empresa, cidade ou país que esteja sentindo falta de algo importante
em seu processo de vida. O algo que falta pode ser lucro financeiro,
emprego, amor de homem ou de mulher, liderança. Este ÀDÚRÀ é muito
importante porque foi feito quando o próprio ÒRÚNMÌLÀ estava sentido
falta de muitas coisas importantes na vida dele e este vazio o deixava
deprimido, até que sua saúde ficou abalada e a morte estava por perto. Aí
então que ÒRÚNMÌLÀ fez este ÀDÚRÀ para resolver o seu problema:
ÒRÚNMÌLÀ BARA AGBONMIREGUN OKURIN KEKERE OKE
IGETI ENTI O GBE AIYE TI O RI IPONJU TI O SI LO SI OKE
AGBARANSALA LATI WE GBOGBO IPONJU RE NU ÒRÚNMÌLÀ NI
AJE NI O PON NI LOJU ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI
OLOJO RERE WO ILEWA ÒRÚNMÌLÀ NI AYA NI O PON NI LOJU
ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE
WA PELU AYA RERE ÒRÚNMÌLÀ NI OMO NI PON NI LOJU
ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE
WA PELU OMO ALAFIA ÒRÚNMÌLÀ NI AI ROJU AI RAYE LO PON
ILU LOJU ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI ASI ILEKUN KI OLOJO RERE
WOLE WA PELU ITURA ATI IFE SI ARIN ILU ÒRÚNMÌLÀ NI AI NI
ORUNGBOGBO NO PON NI LOJU ÒRUNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI
ILEKUN KI OLOJO RERE WO LE WA PELU EKUN OHUN GBOGBO
ÒRÚNMÌLÀ NI AISA ATI ARUN NI BANI JA ÒRÚNMÌLÀ PA LASE
PE KI A SI LEKUN KI OLOJU RERE WO LE WA PELU ALAFIA
BABA ORO ÒRÚNMÌLÀ NI IJU NI KAN LEKUN ENI ÒRÚNMÌLÀ NI
EWE DIDIMONISAAYUN NI YO DI IKU NA EWE
DIDIMONISAAYUN NI YIO DI ARUN NA NI YIO DI OFO, EGBA
ESE NA EWE DIDIMONISAAYUN NI YIO DI GBOGBO AJOGUN NA
ÒRÚNMÌLÀ BARA, AGBONGIREGUN NI YIO GBE OHUN RERE KO
NI ÀSÉ ÀSÉ
ÒRÚNMÌLÀ o dono de todas as sabedorias O pequeno homem da cidade
de OKE IGETI Aquele que viveu na terra e passou por muitas dificuldades
Aí foi para a montanha de AGBARANSALA Para se limpar de todas as
sua necessidades ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de lucros que nos perturba
ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona
da chuva da bondade possa entrar ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de uma
esposa que nos perturba ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas
portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar com uma boa
esposa ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de um filho que nos perturba
ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona
da chuva da bondade possa entrar com um filho saudável ÒRÚNMÌLÀ diz
que se é tumulto ou desordem que perturba a cidade ÒRÚNMÌLÀ deu
ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da
bondade possa entrar com paz e amor na cidade ÒRÚNMÌLÀ diz que se
estamos sentindo a falta de tudo ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos
nossas portas Para que a dona da chuva da bondade possa entrar com todas
as bondades da vida ÒRÚNMÌLÀ diz que se é doença e epidemias que nos
perturba ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que
a dona da chuva de bondade possa entrar com saúde o pai de todas as
riquezas ÒRÚNMÌLÀ diz que se é a morte que bate na nossa porta
ÒRÚNMÌLÀ diz que é a folha de DIDIMONISAAYUN Que vai ajudar a
evitar a morte A folha de DIDIMONISAAYUN Que vai ajudar a evitar
todos os males Que vai evitar todos os prejuízos, epidemias e acidentes na
vida A folha de DIDIMONISAAYUN Que vai evitar as ações negativas em
nossas vidas ÒRÚNMÌLÀ o dono de todas das sabedorias Que vai levar até
nós todas as bondades da vida
Todas as vezes que desejarmos algo a mais em nossas vidas podemos
sempre usar essa prece.
ISURE ÒRUNMILA
IBA ORUNMILA
ÒRUNMILA IBA O O,
ORUNMILA, ELERI IPIN, AJEJU OOGUN,
ADUNDUN LAWO,

IFÁ MO PE, ELA MO PE,


IFÁ, SOWO DEERE GBOBI RE,
IYEROSUN NI ORUNMILA NJE,
EKU MEKI, EJA MEJI NINU OBE RE,
IFÁ FUN WA LOMO SI,
JEKI A LÓWÓ LÓWÓ, KI A BIMO O,

KI ILE WA YIÍ, KI ATUN KI DAADAA,


ORUN LO MO ENITI YIO LA,
A SE AIYE, SE ORUN,
ELEERIN IIPIN, AJE-JU-OOGUN,
IWO LALAWOYE O,
BAMI WO OMO TEMI YE,
AJE, WOLE MI, OLA JOKO TIMI,

ORUNMILA O WA TO GEE,
KI O MOWO IWARA MI KO MI,
ORUNMILA IFÁ OLOKUN, ASORAN DAYO,
OLOORE AIKU JE JOOGUN,
IREE MI GBOGBO NI WARA,
NI WARA.

ÀSE ELEDUNMARE
ELEDUNMARE ÀSE.
Òrúnmìlà eu te saúdo.
Òrúnmìlà, testemunho do destino, que tem mais eficácia do que medicina,
Pessoa de pele limpa,
Ifá eu te chamo, Ela eu te chamo,

Ifá abre as suas mãos para aceitar meu obí de oferenda.


Òrúnmìlà, você como Iyerosun, Dois ratos, dois peixes na sua sopa,
Ifá deixa prosperarmos mais filhos,
Deixa reconstruirmos nossas casas da melhor maneira.
Só o céu quem sabe quem será salvo,
Pessoa que vive no universo e no Céu,

Pessoa que é testemunha do destino e Pessoa que é mais eficácia do que a


medicina,
Só você quem pode dar a vida para as pessoas;
Dê vida aos meus filhos,
Prosperidade entra na minha casa, honra senta comigo,
Òrúnmìlà, é hora de você me dar riqueza,
Òrúnmìlà Ifá, o dono do mar, que desvia fortuna para a alegria,

Traga todas as minhas fortunas depressa.


Axé do Senhor Supremo
Benção do Senhor Supremo.
O – Òòsà-nlà dé òròmi là ìyà bàbà yi sòro òròmi là ìyà: Oxalá, chega
espirito da agua, nos salva do sofrimento, assim como é dificil, espirito de
agua nos salve do sofrimento

O – Eiye iye o! í yé òròmi là ìyà: Oh aves numerozas entendemos que és


espiritmo de agua que nos salva do sofrimento
O – Bé l’èrù bé l’erù bé l’èrùn Òrìsà-nlá malè odò: corta os medos, cortas
as cargas, corta a secura, grande orixá espirito de rio
É encarregado do poder criador e é considerado um co-trabalhador de
Olorun. Supõe-se que o homem tenha sido feito por Olorun (Deus) e
modelado por Oxalá. Seus adeptos se distinguem pelo uso de colares de
contas brancas e pelas roupas brancas.
Iba Olodumare
(Eu saúdo Olodumare, Deus maior)
Iba Orunmila
(Eu saúdo Orunmilá)
Iba Ogun Orisa Ile
(Eu saúdo Ogum, o dono da casa)
Iba Irunmole
(Saúdo os Irunmole, os Orixás)
Iba Ile Ogeere afoko yeri
(Saúdo a terra)
Iba atiyo Ojo
(Saúdo o dia que amanhece)
Iba atiwo Oorun
(Saúdo a noite que vem)
Iba F’olojo oni
(Saúdo o dono do dia)
Iba Eegun Ile
(E saúdo o Egun da casa, nosso ancestral)
Iba Agba
(Saúdo os velhos sábios)
Iba Babalorisa
(Saúdo o pai-de-santo)
Iba Omo Orisa
(Saúdo os filhos-de-santo)
Iba Omode
(Saúdo as crianças)
Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se
(Nós, que cremos em Orunmilá, saudamos e esperamos que)
T’omode ba juba baba re, agbe’le aye pe
(Orunmilá ouça nossa saudação)
Ada se nii hun omo
(O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá)
Iba kii hun omo eniyan
(Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos)
Akoogba kii hum oloko
(Que as plantas boas não falhem ao agricultor)
Atipa kii hun oku
(Que aos mortos não falte sepultura)
Aso funfun kii hun olorisa
(Que a Orixalá não falte o pano branco)
Kaye o-ye wa o
(Para que o mundo nos seja bom)
Ka riba ti se
(Que nossos caminhos se abram)
Ka, ma r’ija Omo araye O
(Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra)
Ka’ma r’ija eleye O
(Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá)
Ajuba O! A juba O!! A juba O!!!
(Nós saudamos, saudamos, saudamos)
Ase
(Axé)

Isefá e Itefá

Acreditamos que Orí é algo único e individual, assim como nossas


impressões digitais, então não vejo como possa haver uma pré-
determinação nos caminhos do Culto a Ifá no que tange a iniciações e
sacralizações, para esta ou aquela pessoa. Haja vista que cada ser humano
possui um desenvolvimento pessoal diferenciado seria impossível ser
homogêneo neste aspecto.
Quanto às cerimônias iniciáticas e de passagem podemos especificar as
seguintes:

O ISEFA:
Ato iniciático onde o postulante passa a condição de iniciando, quando
então, passa a ser reconhecido como um “Omo Awo”(Filho do Segredo) de
nossa família. Neste ato iniciático acaba por tomar conhecimento de seu
Odu temporal (ou placentário, ou seja, aquele que ele recebeu ao nascer
nesta existência), bem como os possíveis ewos provenientes dele. É quando
o iniciado se compromete consigo mesmo por um determinado período,
aprendendo as normas de condutas que devem ou não ser tomadas, etc. O
Isefa tem a incumbência de proporcionar e propiciar o paulatino
crescimento Espiritual, por isso mesmo, é uma cerimônia permitida e
aconselhada a toda e qualquer pessoa.
O ITEFA:
Itefa(Itelodu) é o ato litúrgico iniciatico aonde se revela o caminho
sacerdotal do novo Bàbálawo, quando então lhe é sacado um novo odu, só
que desta feita, não será mais um Odu transitório, más sim um Odu
atemporal, ou seja, aquele que temos em todas as encarnações que tivemos,
a que temos, bem como aquelas que ainda teremos, ou seja, as passadas, a
presente, bem como a futura. Conforme o que Ifá revelar, este Sacerdote
passará a ser reconhecido como um novo membro da Egbé Bàbálawo, não
importando o quanto novo seja, pois é exatamente ai que se dá realmente o
inicio a longa sua longa jornada de aprendizado dentro do Culto ao Senhor
do Verbo. Podemos dizer ainda que é a partir deste ponto que o iniciado,
agora na categoria de Bàbálawo passa a ter o compromisso diretamente
com o Ifá ao invés de somente consigo próprio como ocorreu em seu
Isefa. O aprendizado do Bàbálawo se consiste também na árdua tarefa de
aprender e reconhecer os instrumentos divinatórios, a exemplo de Ikin( o
Grande Jogo) e Okpele. Devendo ainda aprender sobre os Odus e seus
respectivos Itans, além de suas Ewé, Ofo, Oogun, etc. Enfim inteirar-se
mais profundamente no “Corpus Literario de Ifá” e bem como na
“Medicina Tradicional africana yorùbá”. Com o devido tempo e bastante
esforço o novo Bàbálawo adquiri mais conhecimento e em conseqüência
disso, mais autoconfiança, o que culminará em capacitá-lo cada vez mais a
executar e transmitir aquilo que lhe foi legado pelos seus Ojugbona. Por
causa desta forma de aprendizado e que nada se faz sozinho, todos devem
ter o importante e fundamental respaldo de seus mais velhos,
independentemente do tempo que tenham como iniciados, pois o
verdadeiro Bàbálawo é aquele que sabe que nada se deve fazer sozinho
durante sua jornada. O profundo senso de Awo Mimo(Família) é
indispensável para que ele não venha a cometer enganos desastrosos para si
o mesmo para os outros, devendo ainda ser consciente de que seu Ego deve
estar sempre sob domínio, pois o saber é plural e nunca singular. A
concepção de que dividindo se soma, é intrínseca a qualquer pessoa que se
julgue Bàbálawo, pois seu renascimento deve se dar diariamente, pois a
cada reinicio diário terá também as benesses de um maior conhecimento,
pois a palavra de Orunmilá deve ser proferida por toda a Egbé, e não
somente por uma só pessoa. Finalmente o Bàbálawo recebera seu IgbaOdu
no tempo determinado por Ifá, quando então em posse de seu útero passará
a ser reconhecido como um Oluwo, e poderá então dar prosseguimento ao
seu destino de parir bons filhos do Ifá. É importante frisar que infelizmente
aqueles que não seguem a firme doutrina de Iwa Pele que rege todos
Bàbálawos, e se utilizam a vilania, acabam por tornar-se um “útero estéril”
tornando-se o oposto do que era inicialmente seu destino, ou seja, uma
aberração sacerdotal. Então tenhamos todos muito cuidado, pois uma
atitude errada, bem como ego exagerado somente conseguirão clonar novas
aberrações, que infelizmente darão continuidade a esta triste sina. Ifá é a
verdade, a verdade é a luz do conhecimento verdadeiro, e quem vive na luz
não deve se apressar. O tempo tem tempo, de tempo ser…
A RAIZ AFRICANA
1 – ILE IFA
2 – Ilu Aiye Odara
3 – Awon Babalawo

4 – Awon Orisa
5 – Imole Esu
1 – ILE IFA
A CASA DE ORUNMILA-IFA
Ifá é um Sistema de Oráculo Sagrado originário da milenar cultura
africana Iorubá e é parte integrante da religião naturalista que nos foi
legada pelos descendentes dos povos africanos sudaneses escravizados no
Brasil.
Enretanto, com o passar de mais de um século de sua chegada,
miscigenou-se com anteriores conhecimentos espirituais Bantos e
Angolenses aqui já aclimatados a mais de dois séculos, esta simbiose vindo
a constituir-se em um dos Três Pilares Místicos sobre os quais ergueu-se a
Umbanda do Brasil, à ela legando, dentre outros, dois elementos principais:
o conceito dos Orixás e o Jogo dos Búzios.
Mas, foi só tardiamente, quando passadas as fases da escravização e
colonizacão, que os estudiosos do esoterismo das religiões africanas
reformuladas no Brasil deram-se conta de que, subjacente às graciosas e/ou
confusas lendas dos escravos africanos, existiam uma Teogonia, uma
Mística e uma Liturgia de grande alcance espiritual, cultural e social que
haviam sustentado a fé dos descendentes daqueles povos, mesmo na
tragédia da escravidão
E foi assim que os estudiosos confirmaram que os Awon Babalawo ou os
“muitos Senhores do Segredo” (título pelo qual os sacerdotes africanos
eram conhecidos) sempre tiveram e ainda têm uma bela, firme e complexa
visão própria da Existência Humana, na qual o Orun ou “Mundo
Sobrenatural” está em estreita relação com o Aiye ou “Mundo Natural”,
considerados complementares entre si e que se fundem completa,
harmônica e belamente na Ilu Aiye ou “Terra da Vida”, ou seja, a própria
Natureza Terrestre.
Desta forma, a Religião dos Orixás, além de viva e atuante, é também
fruto da convivência mais que milenar de nossos ancestrais africanos com a
Natureza ou, talvez, que o seu modo ver a Natureza fosse fruto de sua
atávica convivência com as suas Entidades Sobrenaturais.
Então, como também deposito minha fé nos Orixás e tendo recebido em
minha Iniciação o título de Babatunde ou um “Pai que retornou”,
espelhando-me nos conhecimentos ensinados nos ese itan ifa ou “Versos
dos Contos de Ifá”, os quais se constituem na Tradicão Oral Ancestral dos
Awon Babalawo e que fazem parte de sua memória atávica por mais de
2.000 (dois mil) anos, vou discorrer aqui sobre a concepção da Ilu Aiye ou
“Terra da Vida” ou “Casa de Ifá”, com toda fé nos Awon Orisa, mas
também adaptando a Tradição Ancestral Africana ao entendimento das
pessoas, tempo e lugar atuais.

Pois é isto que me confere a qualidade de Babalaô que sou nesta Nova
Terra da Vida, o Brasil, sem que entretanto me esqueça da necessária e
proverbial prudência que sempre foram apanágio dos Baba Li Awo para
que não Ohun mi, ou seja, “não recaia sobre mim” a responsabilidade de
haver porventura traído algum Ero ou “segredo” dos quais sou um dos
guardiões.
Assim sendo, os nossos Awon Odu ou “Fundamentos da Tradicão Oral”,
passados da bôca do mestre ao ouvido do discípuo,afirmam que a
Existência transcorre em dois grandes planos:
1 – Orun ou Mundo Sobrenatural ou Além
2 – Aiye ou Mundo Natural ou Terra-da-Vida
Mas esses dois grandes planos de Existência não são assim tão distintos,
pois os Versos dos Contos de Ifá contam que as Entidades Sobrenaturais já
“viveram” sobre a Terra no Ode Aiye ou “Local Terrestre para as
Divindades”, quando elas aqui vieram reger a Criação do Mundo Natural.
Além disso, esta tradição religiosa afirma que tudo o que existiu, existe
ou existirá no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e lá
tem o seu exato Duplo. Desta sorte, todos os Seres existentes são
denominados por um só termo: Ara ou “Corpo” ou “Ser Existente”.
Estes Ara ou “Seres Existentes” podem ser, conforme as suas qualidades:

1.1 – Ara Orun ou Seres Existentes no Além


1.2 – Ara Aiye ou Seres Existentes na Terra
Os Ara Orun dividem-se em duas categorias principais:
1.1.1 – Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Além de Categoria
Divina”, os quais estão associados à estrutura do Cosmo e da Natureza
Terrestre;
1.1.2 – Os Ara Orun Onile ou “Seres Existentes no Além Ancestrais de
Terrestres”, que estão ligados à estrutura da Sociedade
Vejamos agora quem são eles :
1.1.1 – Os Ara Orun Imole ou “Seres Existentes no Além de Categoria
Divina”.
Os Versos dos Contos de Ifá falam com freqüência em 600 (seiscentos)
Ara Orun Imole, entre os quais situam-se os Orisa ou “Imole Funfun” ou
“do Branco” mas, isto significa muito mais que este número místico tinha a
função de emprestar grandeza ao conceito de Divindade, o que importa em
dizer-se que eles, os Imole, são uma grande quantidade desconhecida.
Estes Versos deixam entrever que existem graduações de ordem,
digamos, funcional, nesse grandioso conceito de Divindade, as quais se
situam nos Meseesan Orun ou “Nove Além”, ou, melhor dizendo, os Nove
Planos de Existência desta Tradicão Africana Sudanesa.

Todos estes Planos de Existência no Além, os quais seria fastidioso


tentar aqui definir, têm a Ile ou “Terra”, como eixo central e comum de
suas esferas de ação e, portanto, como ponto de passagem e de retorno para
que todos os Ara por ela, a Terra, intercambiem os seus planos de
existências diferenciadas.
Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os
seus Filhos de Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e
devocionais, tal como era o caso dos Origi ou “Montículo Sagrado” do
Orisa Orunmila na Cidade Santa de Ile Ife em África, a Ilu Aiye Odara ou
“Terra da Vida Feliz”. Este também é o caso, no Brasil, dos atuais Peji ou
“Assentamentos” dos Candomblés de Nação Africana e dos Congás dos
Umbandistas.
Daí a Terra ser invocada e chamada a testemunhar em todos os tipos de
pactos, particularmente em relação à guarda de segredos. Ki Ile Jeeri ou
“que a Terra testemunhe” é a mais ritual das fórmulas empregadas em
juramentos solenes e daí que todo o Assentamento de um Ôrixá deva ser
baseado na Ota ou Pedra que lhe seja própria, “assentada”, consagrada e
“alimentada” por seus fiéis e estes dizerem: -”A força dos Orixás está na
pedra.”-

O que eqüivale a dizer-se: na “Terra” ou na “Natureza”! Portanto, como


disse anteriormente, Terra e Além estão indissoluvelmente interligados em
minha mente e daí também saber que todos os “Além” podem se
intercambiar nesta Terra da Vida e que todos os Seres que nela existem,
mesmo os inanimados, possuem Ase, a Centelha de Energia da Vontade
Divina (Aba) que os criou e os faz existir (Iwa). Daí muitos desavisados
tratarem os fiéis aos Orixás por “animistas”, misturando o conceito de Ase
com o conceito de “alma” ou “espírito” de suas próprias filosofias
religiosas
1.1.2 – Os Ara Orun Onile ou Seres Existentes no Além Ancestrais de
Terrestres.

E no Mito da Criação do Mundo, como conseqüência da existência de


Vida na Terra, apareceu a outra classe de criaturas Ara Orun da Religião
dos Orixás : os Onile, de Oni (Senhor) + Ile (Terra), ou seja, os “Senhores
da Terra”.
Os Onile ou “Senhores da Terra” ou, ainda melhor, os “Ancestrais”,
aqueles entes falecidos que por suas ações passadas foram semi-divinizados
por seus descendentes, sendo que, embora estejam no Além não são
Divindades e estão ligados à estrutura da Sociedade.
Estes Senhores da aterra que tiveram as suas Ori Orun ou “Cabeça-no-
Além” também criadas por OLORUN (Deus), puderam tornar-se em Ara
Aiye ou “Seres da Terra” e sobre a Terra da Vida existir para consumar o
seu Iwa ou sua “Existência” ou “Destino” com a própria Ori Inu ou
“Cabeça-Interna” ou “Individualidade Terrestre”, para no seu Ol’ojo ou
“Dia Marcado” retornar ao Além para acrescentar a seu Ara Orun ou
“Duplo no Além” ou “matriz espiritual primordial”, todos os méritos ou
deméritos de suas ações praticadas na Terra da Vida, adquirindo, dentro de
condições especiais, após a primeira desencarnação, a qualidade de Onile
ou “Ancestral”.
E é aqui que Orun e Aiye intercambiam-se ainda mais:
1.2 – Ara Aiye ou Seres da Terra

Assim sendo, ainda que seja perante OLORUN que cada Ara Orun e/ou
Onile deva “ajoelhar-se” para pedir o seu novo Destino antes de
reencarnar-se, sendo ÊLE o seu verdadeiro Eleda ou “Criador”, ao renascer
na Terra da Vida o novo Ser Vivente tem o seu Destino controlado pelo
Orisa Orunmila-Ifa, que através do Oráculo de Ifá dos Babalawos, com
seus conselhos, exemplos, parábolas e “falas” conhecidas por Odu ou
“Essência dos Fundamentos de Tradição Oral”, ajudam cada Ser Humano a
bem consumar o Destino por ele próprio solicitado a OLORUN.
Assim, toda a Natureza criada por OLORUN é também a “Casa de Ifá” e
todos os Seres Humanos são suas Omo ou “Crianças” e é por isso também
que os fieis tratam os Babalawos por Baba ou “Pai”, ainda que Baba
também possa se traduzir por “Senhor”.
Também é verdade que, neste processo de reincarnação, o Ser que
deverá vir à Terra da Vida solicita ou aceita estar ligado a algum Imole
Irunmole ou Imole Igbamole (ser masculino e ser feminino: qualidades
humanas emprestadas aos Imoles), que também lhe “comunicarão”
algumas qualidades de sua matéria primordial (Ase Funfun ou “do
Branco”, Ase Dudu ou “do Preto” e Ase Pupo ou do “Vermelho”). Desta
forma, na Terra-da-Vida, este novo Ser Vivente deve devotar-se a algum
Irunmole (Entidade Espiritual Masculina) e/ou Igbamole (Entidade
Espiritual Feminina) ou por ele/ela ser “possuído” no transe mediúnico.
Esta Entidade Espiritual comunicante com o novo Ser Vivente, depois de
detectada e confirmada a sua influência pelos processos do Oráculo de Ifá,
deve ser considerada como o “possuidor” da Ori Inu ou “Cabeça Interna”,
ou seja, da nova “Personalidade Individual Terrestre” daquele novo Ser
Humano e/ou Ancestral novamente encarnado, ou seja, o seu Oluware,
portanto, e no máximo, o seu Oba Mi ou “Meu Senhor” ou Iya Mi ou
“Minha Senhora”, pois que o seu verdadeiro Criador sempre foi, é e será
Deus.
Assim, sempre por intermédio do Orisa Orunmila em sua Divinação
Sagrada de Ifá, aqueles demais Awon Orisa podem ajudar ou cobrar do Ser
Humano os compromissos com eles assumidos, de forma que ele possa
bem consumar seu Destino ou corrigir os desvios que poderão levá-lo ao
fracasso, mas sem jamais interferir no livre arbítrio de cada ser.
Foi sobretudo este relacionamento “pré-estabelecido no Além” com os
Awon Imole ou “Seres Sobrenaturais de Categoria Divina” a parte da
Teologia Iorubá que foi a mais lembradada pelos descendentes de seus féis
escravizados e que levou à criação dos Candomblés de Nação Africana no
Brasil para cultuá-los, assim como, foi o Culto aos Awon Onile ou
“Ancestrais” a parte mais absorvida e praticada pela Umbanda do Brasil.
Entretanto, é somente o Ara Orun Imole Irunmole Oju Kotun Orisa
Funfun Orunmula-Ifa que é o verdadeiro Arauto dos Desígnios Absolutos
de Deus sobre o Destino de todos os Seres Terrestres, destino este que pode
ser confirmado ou corrigido pela Divinação Sagrada de Ifá, para que cada
“Criança” nascida na “Casa de Ifá” tenha condições espirituais de muito
bem cumprir aquilo que ele próprio solicitou a Olorun no Além e, assim,
poder apresentar-se novamente perante Êle em seu Ol’ojo ou “Dia
Marcado” para retornar ao Além, acrescentando a seu Duplo no Além a
Soma de seus sucessos ou fracassos em relação a seu Destino nesta Terra
da Vida, já não tão Ilu Aiye Odara.
E esta é a verdadeira função da Divinação Sagrada de Ifá : fazer com que
as “Crianças” de Orisa Orunmila-Ifa cresçam em méritos espirituais por
conhecerem à si próprias e bem cumprir o seu próprio Destino livremente
escolhido no Além perante Deus!
1 – ILE IFA

A CASA DE ORUNMILA-IFA
Ifá é um Sistema de Oráculo Sagrado originário da milenar cultura
africana Iorubá e é parte integrante da religião naturalista que nos foi
legada pelos descendentes dos povos africanos sudaneses escravizados no
Brasil.
Enretanto, com o passar de mais de um século de sua chegada,
miscigenou-se com anteriores conhecimentos espirituais Bantos e
Angolenses aqui já aclimatados a mais de dois séculos, esta simbiose vindo
a constituir-se em um dos Três Pilares Místicos sobre os quais ergueu-se a
Umbanda do Brasil, à ela legando, dentre outros, dois elementos principais:
o conceito dos Orixás e o Jogo dos Búzios.
Mas, foi só tardiamente, quando passadas as fases da escravização e
colonizacão, que os estudiosos do esoterismo das religiões africanas
reformuladas no Brasil deram-se conta de que, subjacente às graciosas e/ou
confusas lendas dos escravos africanos, existiam uma Teogonia, uma
Mística e uma Liturgia de grande alcance espiritual, cultural e social que
haviam sustentado a fé dos descendentes daqueles povos, mesmo na
tragédia da escravidão.
E foi assim que os estudiosos confirmaram que os Awon Babalawo ou os
“muitos Senhores do Segredo” (título pelo qual os sacerdotes africanos
eram conhecidos) sempre tiveram e ainda têm uma bela, firme e complexa
visão própria da Existência Humana, na qual o Orun ou “Mundo
Sobrenatural” está em estreita relação com o Aiye ou “Mundo Natural”,
considerados complementares entre si e que se fundem completa,
harmônica e belamente na Ilu Aiye ou “Terra da Vida”, ou seja, a própria
Natureza Terrestre.
Desta forma, a Religião dos Orixás, além de viva e atuante, é também
fruto da convivência mais que milenar de nossos ancestrais africanos com a
Natureza ou, talvez, que o seu modo ver a Natureza fosse fruto de sua
atávica convivência com as suas Entidades Sobrenaturais.
Então, como também deposito minha fé nos Orixás e tendo recebido em
minha Iniciação o título de Babatunde ou um “Pai que retornou”,
espelhando-me nos conhecimentos ensinados nos ese itan ifa ou “Versos
dos Contos de Ifá”, os quais se constituem na Tradicão Oral Ancestral dos
Awon Babalawo e que fazem parte de sua memória atávica por mais de
2.000 (dois mil) anos, vou discorrer aqui sobre a concepção da Ilu Aiye ou
“Terra da Vida” ou “Casa de Ifá”, com toda fé nos Awon Orisa, mas
também adaptando a Tradição Ancestral Africana ao entendimento das
pessoas, tempo e lugar atuais.
Pois é isto que me confere a qualidade de Babalaô que sou nesta Nova
Terra da Vida, o Brasil, sem que entretanto me esqueça da necessária e
proverbial prudência que sempre foram apanágio dos Baba Li Awo para
que não Ohun mi, ou seja, “não recaia sobre mim” a responsabilidade de
haver porventura traído algum Ero ou “segredo” dos quais sou um dos
guardiões.
Assim sendo, os nossos Awon Odu ou “Fundamentos da Tradicão Oral”,
passados da bôca do mestre ao ouvido do discípuo,afirmam que a
Existência transcorre em dois grandes planos:

1 – Orun ou Mundo Sobrenatural ou Além


2 – Aiye ou Mundo Natural ou Terra-da-Vida
Mas esses dois grandes planos de Existência não são assim tão distintos,
pois os Versos dos Contos de Ifá contam que as Entidades Sobrenaturais já
“viveram” sobre a Terra no Ode Aiye ou “Local Terrestre para as
Divindades”, quando elas aqui vieram reger a Criação do Mundo Natural.
Além disso, esta tradição religiosa afirma que tudo o que existiu, existe
ou existirá no Mundo Natural foi plasmado no Mundo Sobrenatural e lá
tem o seu exato Duplo. Desta sorte, todos os Seres existentes são
denominados por um só termo: Ara ou “Corpo” ou “Ser Existente”.
Estes Ara ou “Seres Existentes” podem ser, conforme as suas qualidades:
1.1 – Ara Orun ou Seres Existentes no Além
1.2 – Ara Aiye ou Seres Existentes na Terra

Os Ara Orun dividem-se em duas categorias principais:


1.1.1 – Os Ara Orun Imole ou Seres Existentes no Além de Categoria
Divina”, os quais estão associados à estrutura do Cosmo e da Natureza
Terrestre;
1.1.2 – Os Ara Orun Onile ou “Seres Existentes no Além Ancestrais de
Terrestres”, que estão ligados à estrutura da Sociedade
Vejamos agora quem são eles :
1.1.1 – Os Ara Orun Imole ou “Seres Existentes no Além de Categoria
Divina”.
Os Versos dos Contos de Ifá falam com freqüência em 600 (seiscentos) Ara
Orun Imole, entre os quais situam-se os Orisa ou “Imole Funfun” ou “do
Branco” mas, isto significa muito mais que este número místico tinha a
função de emprestar grandeza ao conceito de Divindade, o que importa em
dizer-se que eles, os Imole, são uma grande quantidade desconhecida.
Estes Versos deixam entrever que existem graduações de ordem,
digamos, funcional, nesse grandioso conceito de Divindade, as quais se
situam nos Meseesan Orun ou “Nove Além”, ou, melhor dizendo, os Nove
Planos de Existência desta Tradicão Africana Sudanesa.
Todos estes Planos de Existência no Além, os quais seria fastidioso
tentar aqui definir, têm a Ile ou “Terra”, como eixo central e comum de
suas esferas de ação e, portanto, como ponto de passagem e de retorno para
que todos os Ara por ela, a Terra, intercambiem os seus planos de
existências diferenciadas.
Para isso, necessitam de um meio, quer ele seja os seus sacerdotes ou os
seus Filhos de Santo ou, preferencialmente, seus lugares sagrados e
devocionais, tal como era o caso dos Origi ou “Montículo Sagrado” do
Orisa Orunmila na Cidade Santa de Ile Ife em África, a Ilu Aiye Odara ou
“Terra da Vida Feliz”. Este também é o caso, no Brasil, dos atuais Peji ou
“Assentamentos” dos Candomblés de Nação Africana e dos Congás dos
Umbandistas.
Daí a Terra ser invocada e chamada a testemunhar em todos os tipos de
pactos, particularmente em relação à guarda de segredos. Ki Ile Jeeri ou
“que a Terra testemunhe” é a mais ritual das fórmulas empregadas em
juramentos solenes e daí que todo o Assentamento de um Ôrixá deva ser
baseado na Ota ou Pedra que lhe seja própria, “assentada”, consagrada e
“alimentada” por seus fiéis e estes dizerem: -”A força dos Orixás está na
pedra.”-
O que eqüivale a dizer-se: na “Terra” ou na “Natureza”! Portanto, como
disse anteriormente, Terra e Além estão indissoluvelmente interligados em
minha mente e daí também saber que todos os “Além” podem se
intercambiar nesta Terra da Vida e que todos os Seres que nela existem,
mesmo os inanimados, possuem Ase, a Centelha de Energia da Vontade
Divina (Aba) que os criou e os faz existir (Iwa). Daí muitos desavisados
tratarem os fiéis aos Orixás por “animistas”, misturando o conceito de Ase
com o conceito de “alma” ou “espírito” de suas próprias filosofias
religiosas.
Em primeiro lugar, os Babalawo não se vestiam, necessariamente, só de
branco; podiam usar também o azul médio por questões puramente
práticas: vestes desta cor sujam menos. E os Awoni, sendo aristocratas,
desde muitos séculos atrás, talvez antes dos europeus, obtinham dos
comerciantes árabes a seda multicolor, por ser esta muito leve e, se usada
em vestes amplas, muito frescas no verão.
E no inverno, por motivos climáticos inversos, introduziu-se o tecido
adamascado árabe e, depois, o veludo europeu. E, no início, estas vestes,
mormente no verão africano, restringiam-se a um grande pano retangular,
enrolado e preso à cintura, indo da mesma ao final das canelas.
Foi o relacionamento inicial com os povos negros já islamizados como
os Fulbas, Peules e Haussás que introduziu o costume de usar vestes do
tipo “cáftan” árabe, às quais se sobrepunham, para dignificação, mantos
leves e esvoaçantes. Também a aculturação Islâmica promoveu a
substituição dos tradicionais chapéus de palha finamente trançada em
formato cônico, por gorros de seção cilíndrica ou turbantes, mas o uso de
turbantes era privativo dos Awoni Babalawo.
Calçados, do tipo sandálias pesadas, só eram usadas em longas
caminhadas por quase todos, mas a Islamização introduziu as “babuchas”,
tipo de chinelo de couro tratado, sem salto, no estilo oriental, para os Omo
Bíbi.
Vemos assim que, só pelas vestes, não era possível identificar-se um
Babalawo, a não ser entre os mais aristocrátas e os demais mortais!
Então, olhava-se para as suas cabeças. Os Elegan tinham-nas
obrigatoriamente raspadas; os Osu e Ôl’Odu deixavam crescer nas cabeças
raspadas um tufo circular de cabelos, na parte lateral direita do crânio, tufo
este aparado curto no caso dos Osu, mas que poderia ser longo e trançado
no caso dos Ôl’Odu. Mas, somente os Awoni usavam neste Ôsù, o
Ekódidé, ou seja, uma pena vermelha da cauda do papagaio cinzento
africano.
Em seguida, podia-se visualizar os braços e o tórax dos Babalawo: todos
eles, de qualquer categoria, usavam o Idê Ifá ou Bracelete de contas
castanhas e verdes claras, atado no pulso esquerdo. Mas somente de um
Ôl’Odu para cima, ou, se muito famoso, um Oluwo, ousava acrescentar a
este bracelete uma Opala cor de rosa ou, se não tivesse recursos para isso,
uma conta de cerâmica dessa mesma cor.
E, no pescoço, os Babalawo usavam cordões de pequeníssimas contas
castanhas, torcidos juntos e com dez grandes contas verdes e brancas
colocadas em espaços regulares. Os Awoni, se abastados, podiam ainda
usar no pescoço um dispendioso colar de contas de coral vermelho. E,
finalmente, cruzando o peito apoiado no ombro direito o Edigbá, um colar
de longos cordões de contas especiais, feitas com seção transversal de
caroços de Dendê ou ponta de chifre de gado.
Nas mãos, quando saiam para praticar a Divinação Sagrada, todos os
Babalawo podiam usar o Ìrùkêrê, mas feito com longos pelos do rabo de
vaca e com cabo de pouca espessura. Podiam, também, portar a Irofá ou
Vareta Divinatória, com a qual se podia chamar a atenção do Orisa
Orunmila para as aflições de seus consulentes, batendo-a de encontro ao
Opon. E quando dois Awoni se encontravam nas ruas, cruzavam os seus
Ìrùkêrê, com os respectivos cabos para baixo, saudando-se com a senha
ritual de Ifá: -”Ogbêdù! Ogbomurin!”-
Além disso, os Babalawo, em ocasiões solenes, caminhavam em
procissão apoiando-se nos seus Ôpá Orêrê, ou seja, em seus Cajados de
Ferro, com pequenas sinetas cônicas, que retiniam cada vez que o cajado
apoiava-se no solo.
Este cajado, quando não transportado, era cravado em pé, com muito
cuidado, no solo do pátio da casa de seu dono e era a insígnia mais
respeitada e temida dos Babalawo, não só por seus fiéis mas também por
eles próprios. Recebia sacrifícios rituais junto aos Origi e acreditava-se ser
ele a sentinela do sono dos Babalawo e, quando fincado ao solo, não podia
cair sem sérios motivos que o derrubassem, pois neste caso, acreditava-se
que seu dono já havia cumprido o seu Iwa e aproximar-se-ia o seu Ôl’ojó
ou Dia Marcado, seu tempo aprazado para voltar ao Ôrun. Assim, quando
da morte de um Babalawo, o seu Ôpá Orêrê era intencionalmente
derrubado.
E quando se verificava que um Babalawo estava acompanhado de um
Akopo, tornava-se evidente que se estava diante de um Babalawo Ôjúbona,
um Mestre de Ensino. E esta função de Ogjubona era para um verdadeiro
Babalawo, uma das suas funções mais importantes, já que outra das mais
severas sanções que pesava sobre ele era o fato de que se ele não formasse,
pelo menos, um Elegan ou aprendiz, a sua Ebikeji Ôrun ou Segunda Pessoa
no Além, ou melhor, a sua Matriz Astral, não poderia achar descanso entre
os seus Baba Âgbâ ou Antepassados.
Vê-se, assim, que o “status” de Babalawo não era uma sinecura e, muito
menos, isento de trabalhos e riscos. A sua tarefa era difícil e patrulhada por
severa regras de conduta que deveriam servir de base técnica e moral para a
ação, pelo menos pública, dos atuais “Babalaôs”:
O Babalawo Awoni não podia:
– envolver-se com a mulher de outro, inclusive sua Apetebi ou
Companheira Ritual;
– praticar Âjé ou Feitiço contra outro Awoni;
– conspirar contra os seus pares;
– abandonar outro Awoni que estivesse em dificuldades, sem tomar
providências para que tudo ficasse em ordem com o necessitado;
– falar mal de outro, fora do âmbito de sua Confraria, mesmo o outro sendo
culpado;
– divulgar o teor das discussões travadas em seus encontros formais na
Confraria Oxôgboni ou Sociedade Secreta, mesmo que se tratasse de
punições contra culpados ou desagravo de inocentes.

Estas regras aplicavam-se e aplicam-se a todos os Babalawo. E, como sou


Babalawo em cuja Ori Inu ou “cabeça interna” ou “personalidade”, o Orisa
Orunmila já “gritou”, acrescento à essas regras acima, outras duas vindas
também da milenar sabedoria Yoruba e que eram aplicáveis à qualquer
categoria de Babalawo:
Obé ti o mu ki gbé kuku ará ré
-”Por mais afiada que seja a faca,

ela não pode riscar seu próprio cabo .”-


-” Não se pode barganhar com as coisas de Ifá,
como se faz com as coisas na praça do mercado .”-
O que equivale a dizer-se que nenhum Babalawo podia realizar a Divinação
Sagrada em proveito próprio e/ou barganhar com o Destino dos fiéis dos
Awon Orisa.
Foi por respeitarem e, principalmente, fazerem respeitar estas poucas
regras básicas que essa linhagem de homens religiosos, os Babalawo,
conseguiu estabelecer por mais de 1400 anos, em sua própria terra e entre
seus próprios fiéis, uma reputação de dedicação e honestidade. E é um
eminente etnógrafo e pesquisador ocidental, W. Bascon (1969) quem
remarca este fato:
– “é significativo que nenhum dos divinadores de Ifé
conquistou a reputação de cobrar em excesso.”-
Assim, foi em respeito à essa antiga, merecida e honrosa reputação, que eu
escrevi, quase sempre, usando o tempo do verbo no passado, pois notícias
recentes de viajantes e etnólogos radicados no território desses antigos
Impérios (Nigéria, Benin, Daomey e Togo), demonstram que quase
trezentos anos de “guerra, suor e lágrimas” desmantelou a estrutura sócio-
religiosa-cultural daquele povo e muitos se esqueceram, não conheceram
ou desobedeceram ao antigo provérbio Ulkumy-Nàgô:
-”Oye ti o ba wu eni ni ta Ifa eni pa”-
-”Qualquer que seja a soma que agrade alguém,

é aquela pela qual recebemos para jogar Ifá “-

Oduduá
Oduduá é uma das divindades primordiais. Ela é considerada, ao lado de
Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi
incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiyê, ouniverso
incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos
Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduá e
Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá
é considerado como a parte de cima da cabaça.
O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida.
Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá
masculino ao invés de masculino, mas o que ocorre é uma confusão entre a
divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá,
que na verdade é conseiderado em território africano como sendo uma
forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa
Oduduá seriam as mesmas pessoas. Esta é uma visão muito ampla no que
concerne à essência divina mas isso é algo que vai muito além da
capacidade de aceitação de algumas pessoas e sacerdotes.
O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante.
Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única
coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial,
Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial,
assim como Obatalá e outra tantas divindades.

Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao


lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida.
Em terceiro lugar, com a Eerupe ou “Lama”, mistura de Água e Terra, mas
também vivificada por Seu Hálito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun
criou o Imole Exú, o “Terceira Cabaça”, ou “Terceiro Ser Criado” ou
ainda, o “Esu Ancestral”, o Imole da Dinamização, da Transformação e da
Restituição, quer no Além ou quer na Terra-da-Vida e, portanto, portador
de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco. O Imole Esu
Agba é, portanto, o primeiro Ara Orun ou “Corpo do Além”, ou seja, a
“Primeira Individualidade Espiritual” a ser criada com o concurso da
Matéria combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hálito Divino), Água e
Terra (Eerupe, a Lama). Sua qualidade de “Terceiro Ser Criado” o
constituiu em Osije ou “Mensageiro Divino” com permissão expressa de se
apresentar perante Olorun que somente receberá Oferendas se elas forem
conduzidas por Imole Esu Osije.
Oduduá é uma Orixá Funfun absolutamente diferente dos demais, embora
semelhante em essência, é feminina, sendo cultuada em diversas regiões
como esposa de Obatalá, embora seja, em princípio, sua irmã. “Iya Male”
(Mãe das Divindades ou Mãe Divina)

Orin Oduduá
Iya dakun gba wa o; – Oh Mãe! nós suplicamos que nos libertes;
ki o to ni to mo; – olhai por nós, olhai por nossos filhos;
ogbebi l’Adó ! – Tu és aquela que te estabelecestes em Adó!”
Ori. O Deus mais Poderoso
ORI é o ORISA pessoal, em toda a sua força e grandeza. ORI é o primeiro
ORISA a ser louvado, representação particular da existência
individualizada (a essência real do ser). É aquele que guia, acompanha e
ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e após a
morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento de seu
destino.
ORI em yorubá tem muitos significados – o sentido literal é cabeça física,
símbolo da cabeça interior (ORI INU). Espiritualmente, a cabeça como o
ponto mais alto (ou superior) do corpo humano representa o ORI.
Enquanto ORISA pessoal de cada ser humano, com certeza ele está mais
interessado na realização e na felicidade de cada homem do que qualquer
outro ORISA. Da mesma forma, mais do que qualquer um, ele conhece as
necessidades de cada homem em sua caminhada pela vida e, nos acertos e
desacertos de cada um, tem os recursos adequados e todos os indicadores
que permitem a reorganização dos sistemas pessoais referentes a cada ser
humano. Reforçando esta questão temos um oriki que nos diz
“ORI LO NDA ENI
ESI ONDAYE ORISA LO NPA ENI DA
O NPA ORISA DA
ORISA LO PA NIDA
BI ISU WON SUN
AYÉ MA PA TEMI DA
KI ORI MI MA SE ORI
KI ORI MI MA GBA ABODI”
TRADUÇÃO
“ORI é o criador de todas as coisas
ORI é que faz tudo acontecer, antes da vida começar
É ORISA que pode mudar o homem
Ninguém consegue mudar ORISA
ORISA que muda a vida do homem como inhame assado
AYÉ*, não mude o meu destino
Para que o meu ORI não deixe que as pessoas me desrespeitem
Que o meu ORI não me deixe ser desrespeitado por ninguém
Meu ORI, não aceite o mal.”
(* AYÉ – conjunto das forças do bem e do mal)
Como foi dito, não existe um ORISA que apóie mais o homem do que o
seu próprio ORI: um trecho do adura (reza) feito durante o assentamento de
um IGBA-ORI diz:
KORIKORI
Que com o àse do próprio ORI, O ORI vai sobreviver
KOROKORO
Da mesma forma que o ORI de Afuwape sobreviveu, O seu sobreviverá.
Ele será favorável a você. Tudo de que você precisa, Tudo o que você quer
para a sua vida, É ao seu ORI que você deverá pedir. É o ORI do homem
que ouve o seu sofrimento…”
O que é então ORI, de que a natureza é constituído e qual o seu papel na
vida do homem? Em primeiro lugar, acredita-se que o corpo humano é
constituído de duas partes: a cabeça e o suporte – ORI e APERE. Acredita-
se que este corpo adquire existência na medida em que recebe de
OLODUMARE o sopro vivificador – o EMI.
Este sopro foi o agente do processo da criação em seu primeiro momento e
tem sido o responsável pela geração e continuidade de toda a vida no
universo.
Este modelo descrito e de entendimento abrangente para todas as formas de
vida é repetido no ser humano. A cabeça e o seu suporte, ORI-APERE são
formados a partir dos elementos matrizes, enquanto o ORI-INU, interior,
representa, na sua constituição, uma combinação de elementos, porções de
matéria-massa que é particularizada durante o processo de modelagem de
cada ORI. Ele é único e, por conta disso, particulariza e dá individualização
à existência.
Essa combinação “química” definirá parte das relações do homem com o
mundo sobrenatural e a religião, na medida em que determina o seu
ELEDA, ORISA – símbolo do elemento cósmico de formação, a que
chamamos, adiante, de IPORI, daquele ORI-INU em particular.
No Brasil vimos, com certa frequência, o ELEDA ser chamado de ORISA-
ORI, simplificação da relação aqui exposta. ELEDA segundo Juana Elbein
dos Santos em Os Nagô e a Morte, “se refere à entidade sobrenatural, à
matéria-massa que desprendeu uma porção da mesma para criar um ORI,
consequentemente Criador de cabeças individuais…”
Para os yorubás, o ser humano é descrito como constituído dos seguintes
elementos: Àrá, Ójìjì, Ókòn, Émì e Órì. Ara é o corpo físico. Ojiji é o
fantasma humano, é a essência espiritual visível. Okan é o coração físico,
sede da inteligência, do pensamento e da ação. Emi está associado a
respiração, é o sopro divino, quando uma pessoa morre diz-se que seu Emi
partiu. Por fim o Ori, Ori é o Orixá pessoal, em toda a sua força e grandeza.
Ori é o Primeiro Orixá a ser louvado, representação particular da existência
individualizada, a essência real do ser. é aquele que guia, acompanha e
ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda a vida e após a
morte, referenciado sua caminhada e a assistindo no cumprimento do seu
destino. Ori em yorubá tem muitos significados, mas o sentido literal é
cabeça física, símbolo da cabeça interior ( Órì ínù ). Espiritualmente a
cabeça como o ponto mais alto do corpo humano representa o Ori. Como
Orixá pessoal do ser humano, Ori está mais interessado na realização e na
felicidade de cada homem do que qualquer outro Orixá, da mesma forma
ele conhece mais do que qualquer um as necessidades de cada pessoa
durante a vida.
O conceito de Ori está intimamente ligado ao conceito de destino pessoal e
à instrumentalização do ser humano para a realização deste destino. Um Itã
do Odu Ogundá Meji nos dá a exata dimensão da matéria quando nos relata
sobre a correspondência entre o Ori e o ser humano.
“Ori eu te saúdo!
Aquele que é sábio, foi feito sábio pelo próprio Ori.
Aquele que é tolo, foi feito mais tolo que um pedaço de inhame, pelo
próprio Ori.”
Ori desempenha um papel importante para os seguidores de Ifá. Nele
acredita-se que escolhemos nossos próprios destinos. E nós o fazemos
mediante os auspícios do Orixá Ajalá. Um verso de Ifá explica esta
questão:
“Você disse que foi apanhar seu Ori.
Você sabia onde Afuwape apanhou seu Ori?
Você poderia ter ido lá para apanhar o seu.
Nós pegamos nossos Oris nos domínios de Ajalá,

Assim somente nossos destinos diferem.”


Ajalá é responsável pela modelação da cabeça humana, e acredita-se que o
Ori e o Odu determinam nossas vidas. Todo Ori, embora criado bom, está
sujeito a mudanças. Vimos que feiticeiros, bruxos, homens maus e a
própria conduta podem transformar negativamente um Ori, sendo sinal
dessa transformação uma cadeia interminável de infelicidades na vida de
uma pessoa a despeito de seus esforços para melhorar. Quando o Ori está
bem, todo o ser está bem. O destino também pode ser afetado pelo caráter
da própria pessoa. Um bom destino deve ser sustentado por um bom
caráter. Ori assim como todo Orixá se bem cultuado concede a proteção.
“Íwà ré l’Àyé yìí nì yoó dà ó léjo” ( Seu caráter, na Terra, preferirá
sentenças contra você )
Quando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na vida uma
série de dificuldades relacionadas a ações negativas ou maldade de outras
pessoas, continua encontrando recursos internos, força interior, que lhe
permitam a sobrevivência e, inclusive, muitas vezes, mantém resultados
adequados de realização na vida.
“Énìyán kó fè érù fì ásó, Órì énì nì só nì” ( As pessoas não querem que
você sobreviva, mas seu Ori trabalha para você )
Ori
O Ori é forte e é capaz de cuidar do homem e garantir-lhe a sobrevivência
social e as relações com a vida, apesar das dificuldades que possa enfrentar,
se mantém são. Esta é a razão pela qual o Bori, forma de louvação e de
fortalecimento do Ori utilizada em nossa religião é frequentemente
utilizado. Deste modo a pessoa tem maior facilidade para encontrar a força
interior necessária para vencer.
IRETE – OFUN
“ATEFUN – apelido de Ifá sábio,

Adivinhava o oráculo às 401 divindades,


Estavam indo ao estado de perfeição,
O sábio de ORÍ “adivinhou” oráculo para ORÍ;
ORÍ estava indo ao estado de perfeição (ÒDE-ÀPÉRÉ),
Mandou-lhe fazer sacrifício,
Somente ORÍ, o único quem fez,
O seu sacrifício foi abençoado,

Portanto ORÍ é maior que todas as divindades,


ORÍ é mais forte que as divindades,
Somente ORÍ chegou no estado de perfeição.
O iniciado sacrificou!

ORI é forte, mais que os òrìsà.”


No ODU OGBEYONU (Ogbe Ogunda) vamos encontrar ainda, “…
Quando acordo pela manhã coloco minha mão no ORI. ORI é fonte de
sorte. ORI é ORI!…”.
É um oriki dedicado à ORI, mostrando o papel que ORI tem na vida de
cada pessoa quanto as suas relações interpessoais, suas relações com as
outras pessoas, e as suas condições de realização e progresso em todos os
empreendimentos da vida, nos diz:
“ORI MI
MO KE PE O O
ORI MI
A PE JE
ORI MI
WA JE MI O
KI NDI OLOWO O
KI NDI OLOLA
KI NDI ENI A PE SIN
LAYE
O, ORI MI
LORI A JIKI
ORI MI LORI A JI YO MO LAYE”
TRADUÇÃO
Meu ORI
Eu grito chamando por você
Meu ORI,
Me responda
Meu ORI,
Venha me atender
Para que eu seja uma pessoa rica e próspera
Para que eu seja uma pessoa a quem todos respeitem
Oh, meu ORI!
A ser louvado pela manhã,
Que todos encontrem alegria comigo”
Toda existência no universo da Criação se processa em dois planos: O
mundo visível, o AIYE, universo concreto que habitamos, e o mundo
invisível, ORUN, onde habitam os seres sobrenaturais e os “duplos” de
tudo o que se encontra manifestado no AIYE. Não são, como é possível
pensar, mundos independentes ou rigidamente separados. Na realidade
podemos afirmar que o AIYE é, antes de mais nada, uma “projeção” da
realidade essencial que tem existência e se processa no ORUN.
Como diz a Profa. Dra. Iyakemi Ribeiro, em seu livro “Alma Africana no
Brasil: os iorubás”, “Para o negro-africano o visível constitui manifestação
do invisível. Para além das aparências encontra-se a realidade, o sentido, o
ser que através das aparências se manifesta. Sob toda manifestação viva
reside uma força vital: de Deus a um grão de areia, o universo africano é
sem costura. (Erny, 1968:19) Universo de correspondências, analogias e
interações, no qual o homem e todos os demais seres constituem uma única
rede de forças.”
É necessário entender, assim, que AIYE e ORUN constituem uma unidade
e, enquanto expressões de dois níveis de existência, são inseparáveis e
complementares. Essa unidade é simbolizada pelo IGBA-ODU, cabaça
formada de duas metades unidas onde a parte inferior representa o AIYE e
a parte superior representa o ORUN. No interior, os “elementos
indispensáveis à existência individualizada”. Poderia ser representada por
uma figura e sua imagem refletida no espelho – há plena identidade entre
elas, uma é apenas a imagem invertida da outra.
Podemos dizer nessa figuração que o AIYE é a imagem refletida do
ORUN. Essa analogia provavelmente explica a situação conhecida de que
os ODU, quando vieram do ORUN para o AIYE, tiveram sua ordem de
precedência invertida. Ou seja, muito embora no AIYE considere-se
EJIOGBE MEJI como o mais antigo dos ODU, todo Babalawo saúda
OFUN MEJI, ou ORANGUN MEJI como é também conhecido, em sua
realeza, dizendo: eepa ODU!, Louvando assim sua antiguidade e sua
precedência efetiva.
Temos assim que toda existência no AIYE reflete uma realidade anterior
existente no ORUN. A existência no AIYE implica em processar-se uma
“modelagem” anterior no ORUN, a partir da qual porções de matérias-
massas que constituem a base da existência genérica são tomadas em
fragmentos particulares e vão constituir a manifestação dessa existência em
forma individualizada no AIYE.
Esses elementos matrizes possuem, por consequência, dupla existência:
uma parcela presente no ORUN e a outra parcela dando vitalidade ou
formação às diferentes partes que formam a “realidade” individualizada de
vida. A esses fragmentos particulares retirados da massa genitora
chamamos IPORI e é ele, IPORI, que determinará o ORISA que cada
indivíduo cultuará no AIYE, condicionando também sua
instrumentalização particular na relação com a vida e o repertório possível
de escolhas que possa realizar.
Para qualquer Yorubà, a palavra ORI tem uso amplo. ORI em um primeiro
momento quer dizer cabeça; e simboliza também – o ápice de todas as
coisas; o mais alto desempenho, portanto contém o superlativo ou seja o
Zénite. Por exemplo, a cabeça é a parte mais alta e mais importante do
corpo humano, é a moradia do cérebro que controla o corpo inteiro. O líder
ou chefe de qualquer organização é referido como “Òlórí”, ORI é cabeça
ou mente, cabeça é alta, alto é supremo e o ser supremo é OLODÙMÀRÉ
(SENHOR DO DESTINO).
No corpo humano ORI se subdivide em duas colocações:

1) A cabeça física – é o crânio humano, onde está o cérebro que usamos


para o pensamento e controle das outras partes do corpo; consciente ou
inconsciente; os olhos para tudo ver; o nariz para respirar e cheirar; orelhas
para ouvir; a boca para alimentar e falar; a língua para saborear; nossa
essência masculina ou feminina está na cabeça, o rosto que dela faz parte
nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma identidade individual; sem
a cabeça o homem e mulher seriam como qualquer “X”.

2) A cabeça espiritual está subdividida em mais duas partes a saber: Cabeça


Espiritual
APARÍ-INÚ (Cabeça espiritual interna) – ORÍ-ÀPÉRÉ (destino ou parte
divina de cada um: escolhido no domínio de ÀJÀLÁ – divindade de ORÍ.
ORÍ-ÀPÉRÉ é acumulação de destino individual; Isto é: ÀKÚNLÈYÀN,
ÀKÚNLÈGBÁ e ÀYÀNMÓ.

AKUNLEYAN é a parte do destino que cada um escolhe por vontade (livre


arbítrio) própria AKUNLEGBA é a parte do destino o qual está adicionada
como complemento de AKUNLEYAN AYANMO é aquela parte do
destino que nunca pode ser mudado. Por exemplo – pais, sexo, karma, etc.
Mas Akunleyan e Akunlegbá podem ser melhorado enquanto Ayanmó não
pode ser modificado . O destino ORÍ-APÉRÉ está escolhido no domínio de
AJALÁ (divindade proporcionou o Orí).

APARI INÚ é de caráter individual, uma pessoa poderia chegar a terra com
bom destino, mas, sem boa conduta; A maldade da cabeça espiritual interna
danificará definitivamente o bom destino, o inverso também acontece.
Porém o “destino” pode ser modificado, numa certa medida, quando certos
segredos são conhecidos, dentro de um contexto e conhecimento da
Teologia Yorubana.

Contudo Ori é o mais importante entre as divindades. Na ordem de


importância – o primeiro é Orí; o segundo é a mãe, e se ela tenha morrido,
seu espírito; em terceiro lugar é o pai, e se tenha morrido, o seu espírito; em
quarto lugar, IFÁ e a seguir, seu orixá e as outras divindades.Alimento para
a Cabeça.
Bori – alimentar o ori, é um ritual que tem por finalidade a restauração do
equilíbrio entre ori ode e ori inu.Tendoori status de orisa, responde no
oráculo. Todas as oferendas que alimentam o ori são ditadas pelo oráculo –
mas sempre com aquiescência do próprio ori – na qualidade e quantidade
adequadas ao momento e situação. A energia de um orisa só é fixada se o
ori permitir. Como todas as possibilidades de sucesso ou fracasso
dependem do ori, o Bori é o rito especial que propicia a sua positividade. A
sua finalidade é, através de manipulação do ase, proporcionar ao ori , como
entidade regente do destino da pessoa, o ponto de equilíbrio ideal para a
sua auto-realização.
Órì mì ó! Sé réré fun mì! ( Meu Ori! Se alegre comigo! )
Ori é a divindade mais poderosa de toda a existência, para se ter uma ideia
da importância do Ori, um itã do Odu Oturá Meji, nos conta que Ori se
perdeu na vinda do Orun para o Aiye, Ogun chamou Ori e perguntou-lhe.
“Você não sabe que você é o mais velho entre os Orixás? Que você é o
líder dos Orixás?” Sem receio podemos dizer, “Órì mì a bá bó kì a tó bó
Órìsà” Ou seja, ” Meu Ori que tem que ser cultuado antes que o Orixá” e
temos um Oriki dedicado a Ori que nos fala que “Kó si Órìsà tì dá nigbé
léyìn Órì énì” ( Não existe Orixá que apoie mais o homem do que o seu
próprio Ori ).
“Órì búrúrkù kì í wù tuulù
À kì í dà ésè ásìwérée mó lójì-ónòn.
À kì í m’Órì ólóyé làwujó.
À dìá fùn Mobówù
Tì í sé óbìnrìn Ógùn.
Órì tì ó jóba lólà,
Énìkòn ó mó
Kì tókó-tayà ó mó pè’ràa wón nì wéré mó.
Órì tì í jóba lólà.
Énìkòn ó mó.”Tradução
“Uma pessoa de mau Ori não nasce com a cabeça diferente das outras.
Ninguém consegue distinguir os passos do louco na rua.
Uma pessoa que é líder não é diferente
E também é difícil de ser reconhecida.
É o que foi dito à Mobowu, esposa de Ogun, que foi consultar Ifá.
Tanto esposo como esposa não deviam se maltratar tanto,
Nem fisicamente, nem espiritualmente.
O motivo é que o Ori vai ser coroado
E ninguém sabe como será o futuro da pessoa.”
A RESPEITO DO DESTINO HUMANO
Podemos perceber que a compreensão sobre o papel que ORI desempenha
na vida de cada homem está intimamente relacionado à crença na
predestinação – na aceitação de que o sucesso ou o insucesso de um
homem depende em larga escala do destino pessoal que ele traz na vinda do
ORUN para o AIYE. A esse destino pessoal chamamos KADARA ou IPIN
e é entendido que o homem o recebe no mesmo momento em que escolhe
livremente o ORI com que vai vir para a terra.
ORI desempenha um papel importante para os seguidores de IFÁ. Nele
acredita-se que escolhemos nossos próprios destinos. E nós o fazemos
mediante os auspícios do ORISA IJALA MOPIN. A esfera de ação de
IJALA é junto a OLODUMARE e é ele que sanciona as escolhas de
destino que fazemos. Essas escolhas são documentadas pelas divindades
que chamamos de ALUDUNDUN. Um verso de IFÁ explica esta questão:

“Você disse que foi apanhar o seu ORI.
Você sabia onde Afuwape apanhou o seu ORI?
Você poderia ter ido lá para apanhar o seu.
Nós pegamos nossos ORI nos domínios de IJALA,
Assim somente nossos destinos diferem”

IJALA é responsável pela modelação da cabeça humana, e acredita-se que


o ORI e o ODU – signo regente de seu destino que escolhemos, determina
nossa fortuna ou atribulações na vida, como foi dito. IJALA, embora
notável em sua habilidade, não é muito responsável e, por isso, muitas
vezes modela cabeças defeituosas: pode esquecer de colocar alguns
acabamentos ou detalhes desnecessários, como pode, ao levá-las ao forno
para queimar, deixá-las por um tempo demasiado ou insuficiente.

Tais cabeças tornam-se assim, potencialmente fracas, incapazes de


empreender a longa jornada para a terra, sem prejuízos. Se,
desafortunadamente, um homem escolhe uma dessas cabeças mal
modeladas, estará destinando a fracassar na vida.
Durante sua jornada para a terra, a cabeça que permaneceu por tempo
insuficiente ou demasiado no forno, poderá não resistir à ação de uma
chuva forte e chegará mais danificada ainda. Todo o esforço empreendido
para obter sucesso na vida terrena terá grande parte de seus efeitos desviada
para reparar tais estragos.
Pelo contrário, se um homem tem a sorte de escolher uma das cabeças
realmente boas, tornar-se próspero e bem sucedido na terra, uma vez que
sua cabeça chega intacta e seus esforços redundam em construção real de
tudo aquilo que se proponha a realizar.
O trabalho árduo trará, ao homem afortunado em sua escolha, excelentes
resultados, já que nada é necessário dispender para reparar a própria
cabeça. Assim, para usufruir o sucesso potencial que a escolha de um bom
ORI acarreta, o homem deve trabalhar arduamente. Aqueles, entretanto que
escolheram um mau ORI têm poucas esperanças de progresso, ainda que
passem o tempo todo se esforçando.
Sendo estes os pressupostos, retomamos as perguntas: Como saber se a
escolha do próprio ORI foi boa ou má? Pode um homem conhecer as
potencialidades da própria cabeça ou da cabeça de outrem?
O Jogo divinatório de IFÁ possibilita que a pessoa tome conhecimento dos
desígnios do próprio ORI, saiba a respeito do ORISA ou IRUNMALE que
deve ser cultuado e conheça seus EWO – proibições quanto ao consumo de
alimentos, uso de cores e condutas morais
Muitas referências são feitas às relações entre ORI e o destino pessoal. O
destino descrito como IPIN ORI – a sina do ORI – pode ser dividido em
três partes: AKUNLEYAN, AKUNLEGBA E AYANMO.
AKUNLEYAN é o pedido que você fez no domínio de IJALA – o que
você gostaria especificamente durante seu período de vida na terra: o
número de anos que você desejaria passar na terra, os tipos de sucesso que
você espera obter, os tipos de parentes que você deseja.
AKUNLEGBA são aquelas coisas dadas a um indivíduo para ajudá-lo a
realizar esses desejos. Por exemplo: uma criança que deseja morrer na
infância pode nascer durante uma epidemia para garantir a morte dele ou
dela.
AYANMO é aquela parte do nosso destino que não pode ser mudada:
nosso gênero (sexo) ou a família em que nascemos, por exemplo.
Ambos, AKUNLEYAN e AKUNLEGBA podem ser alterados ou
modificados quer para bom ou para mau, dependendo das circunstâncias.
Assim o destino descrito como IPIN ORI – a sina do ORI pode sofrer
alterações em decorrência da ação de pessoas más chamadas como
ARAYE – filhos do mundo, também chamadas AIYE – o mundo ou ainda,
ELENINI – implacáveis (amargos, sádicos, inexoráveis) inimigos das
pessoas.
Entre estes encontram-se as ÀJÉ – bruxas, os OSO – feiticeiros, os
envenenadores e todos aqueles que se dedicam a práticas malignas com
intuito de estragar qualquer oportunidade de sucesso humano.
Sacrifício e ritual podem ajudar a melhorar as condições desfavoráveis que
podem ter resultados destas maquinações maléficas imprevisíveis.
Todo ORI, embora criado bom, acha-se sujeito a mudanças. Vimos que
feiticeiros, bruxas, homens maus e a própria conduta podem transformar
negativamente um ORI, sendo sinal dessa transformação uma cadeia
interminável de infelicidades na vida de um homem a despeito de seus
esforços para melhorar.
O ORI, entidade parcialmente independente, considerado uma divindade
em si próprio, é cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas e
orações. Quando ORI INU está bem, todo o ser do homem está em boas
condições.
Como foi dito, nossos ORI espirituais são por eles mesmos subdivididos
em dois elementos: APARI-INU e ORI APERE – APARI-INU representa
o caráter (natureza), ORI APERE representa o destino.
Um indivíduo pode vir para a terra com um destino maravilhoso, mas se ele
ou ela vem com mau caráter (natureza), a probabilidade de desempenho
(cumprimento, execução) desse destino é severamente comprometida.
O destino também pode ser afetado, então, pelo caráter da própria pessoa.
Um bom destino deve ser sustentado por um bom caráter.
Este é como uma divindade: se bem cultuado concede sua proteção. Assim,
o destino humano pode ser arruinado pela ação do homem.
IWA RE LAYE YII NI YOO DA O LEJO, ou seja, – “Seu caráter, na terra,
proferirá sentença contra você”.
No ODU de OGBEOGUNDA, IFÁ diz:
“Um pilão realiza três funções
Ele tritura inhame
Ele tritura índigo
Ele é usado como uma tranca atrás da porta
Foi feito um jogo adivinhatório para Oriseku, Ori-Elemere e Afuwape
Quando eles foram escolher seus destinos nos domínios de IJALA –
MOPIN
Foi solicitado para eles que realizassem rituais
Somente Afuwape realizou os rituais que foram solicitados.
Ele, em consequência, tornou-se muito afortunado.
Os outros lamentaram, disseram que se soubessem onde Afuwape
escolheria seu ORI, eles teriam ido até lá para escolher os seus também.
Afuwape respondeu que, embora seus ORI fossem escolhidos no mesmo
lugar, seus destinos é que diferiam.”
A questão que aí se apresenta é que somente Afuwape mostrou bom
caráter. Respeitando sua crença e realizando seus sacrifícios, ele trouxe as
bênçãos potenciais de seu destino para a efetiva realização. Seus amigos
Oriseku e Ori-Elemere falharam em mostrar bom caráter pela recusa em
realizar seus rituais e, por isso suas vidas sofreram as consequências.
O nome IPIN está igualmente associado à ORUNMILÁ, conhecido como
ELERI-IPIN – o Senhor do Destino e que é aquele que esteve presente no
momento da criação, conhecendo todos os ORI, assistindo o compromisso
do homem com seu destino, os objetivos de cada um no momento de sua
vinda para o AIYE, o programa particular de desenvolvimento de cada ser
humano e sua instrumentalização para o cumprimento desse programa.
ORUNMILÁ conhece todos os destinos humanos e procura ajudar os
homens a trilhar seus verdadeiros caminhos. Temos, assim, que um dos
papeis mais importantes de IFÁ em relação ao homem, além de ser o
intérprete da relação entre os ORISA e o homem, é o de ser o intermediário
entre cada um e o seu ORI, entre cada homem e os desejos de seu ORI.
Apenas como registro, é preciso entender que esse mesmo papel
ORUNMILÁ tem na relação com os demais ORISA, sendo o intermediário
entre cada um e o seu ORI. E ORUNMILÁ, Ele mesmo, consulta IFÁ!

Nos momentos de crise, a consulta ao oráculo de IFÁ permite acesso a


instruções a respeito dos procedimentos desejáveis, sendo considerados
bons procedimentos os que não entram em desacordo com os propósitos do
ORI.
O ser que cumpre integralmente seu IPIN-ORI (destino do ORI),
amadurece para a morte e, recebendo os ritos fúnebres adequados, alcança
a condição de ancestral ao passar do AIYE para o ORUN.
Há a crença na existência de duas áreas ocupadas por espíritos dos mortos:
ORUN RERE – o bom “céu”, habitado pelas divindades e ancestrais, e
ORUN APAADI – o “céu” de muitas infelicidades, habitado pelos infelizes
que sofreram má sorte e pelos maus, julgados pelo Ser Supremo, segundo o
ser caráter. Estes últimos ficam condenados à solidão e ao esquecimento,
sem direito a lembrança ou a aparecerem em sonhos e visões – morrem
totalmente.
ORUN RERE, por outro lado, é prazeiroso e sereno, vivendo os espíritos
numa comunidade composta de parentes e amigos. Podem também
permanecer junto aos familiares e intervir em suas atividades diárias,
sendo-lhes permitido reencarnar em alguma criança nascida no âmbito
familiar.
A respeito do ORI, resta ainda lembrar que trata-se de uma divindade
pessoal, a mais interessada de todas no bem estar de seu devoto. Se o ORI
de um homem não simpatiza com sua causa, aquilo que ele deseja não pode
ser concedido nem por OLODUMARE, nem pelos ORISA.
Da mesma forma se o caráter de um indivíduo é mau, sua escolha de
destino pode não se realizar. Se nossa situação é realmente de um mau
destino, e não é uma consequência de nosso caráter ou comportamento,
então nosso ORI-APERE precisa ser apaziguado.
Oferendas prescritas ou rituais devem ser realizados para nos trazer de
volta a um alinhamento saudável.
Considera-se vital para todo homem recorrer a IFÁ, sistema divinatório de
consulta a ORUNMILÁ, a intervalos regulares para tomar conhecimento
do que agrada ou desagrada o próprio ORI. Enquanto intermediário entre a
pessoa e as divindades (entre as quais o próprio ORI)
IFÁ não apenas informa sobre os desejos divinos, mas também conduz os
sacrifícios ofertados às divindades para que estas possam cumprir seu
papel: ajudar os ORI a conduzirem as pessoas à realização do próprio
destino.
Se as coisas estão indo mal em sua vida, antes de apontar um dedo
acusador para as bruxas, para feitiços ou para seus inimigos, examine sua
natureza.
Se Você tem por hábito maltratar as pessoas ou não considerar seus
sentimentos, não procure qualquer felicidade ou sorte em sua vida, não
importando o quanto Você possa ser bem sucedido materialmente.
ÀJÀLÁ ORÍ, ORÍ L’EWÀ, L’EWÀ, L’EWÀ.
ÀJÀLÁ ORÍ, ORÍ L’EWÀ, L’EWÀ, L’EWÀ.
OPÉ ÈNYIN EDÙMARÈ, WÁ ORÍ, E KÚ Ó.
OPÉ ÈNYIN EDÙMARÈ, WÁ ORÍ, E KÚ Ó.
E KÚ Ó ÒRUN, E KÚ Ó ÒSÙPÁ, E KÚ ÒJÒ, ÒJÒ BÒ ILÈ.
E KÚ Ó ÒRUN, E KÚ Ó ÒSÙPÁ, E KÚ ÒJÒ, ÒJÒ BÒ ILÈ.
IRÉ ORÍ Ó JÍ, Ó JÍ IRE ORÍ,
IRÉ ORÍ Ó JÍ, Ó JÍ IRE ORÍ.
Àjàlá que molda cabeças, deixe este Orì lindo, lindo, lindo.
Agradeço-te Deus, venha para esta Cabeça, eu te saúdo.
Eu saúdo o Sol, eu saúdo a Lua, eu saúdo a Chuva, Chuva que cai sobre a
Terra.
Vc será uma Cabeça feliz, acorde feliz Orí.
ORI O ORI O
ORI MI O!
SE RERE FUN MI!
MEU ORI!
SE ALEGRE COMIGO!
Para termos idéia quanto a importância e precedência do ORI em relação
aos demais ORISA, um Itan do ODU OTURA MEJI, ao contar a história
de um ORI que se perdeu no caminho que o conduzia do ORUN para o
AIYE, relata: “… OGUN chamou ORI e perguntou-lhe, “Você não sabe
que você é o mais velho entre os ORISA? Que você é o líder dos
ORISA?’…”. Sem receio podemos dizer, “ORI mi a ba bo ki a to bo
ORISA”, ou seja, “Meu ORI, que tem que ser cultuado antes que o
ORISA” e temos um oriki dedicado à ORI que nos fala que ” KO SI
ORISA TI DA NIGBE LEYIN ORI ENI”, significando, “… Não existe um
ORISA que apóie mais o homem do que o seu próprio ORI…”.

Oriki
Orunmila
Iba Olodumare Eu saúdo Olodumare, Deus maior
Iba Orunmila Eu saúdo Orunmilá
Iba Ogun Orisa Ile Eu saúdo Ogum, o dono da casa
Iba Irunmole Saúdo os Irunmole, os Orixás
Iba Ile Ogeere afoko yeri Saúdo a terra
Iba atiyo Ojo Saúdo o dia que amanhece
Iba atiwo Oorun Saúdo a noite que vem
Iba F’olojo oni Saúdo o dono do dia
Iba Eegun Ile E saúdo o Egun da casa,nosso ancestral
Iba Agba Saúdo os velhos sábios
Iba Babalorisa Saúdo o pai-de-santo
Iba Omo Orisa Saúdo os filhos-de-santo
Iba Omode Saúdo as crianças
Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa se Nós, que cremos em
Orunmilá, saudamos e esperamos que
T’omode ba juba baba re, agbe’le aye pe Orunmilá ouça nossa saudação
Ada se nii hun omo O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por
nada sofrerá
Iba kii hun omo eniyan Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos
Akoogba kii hum oloko Que as plantas boas não falhem ao agricultor
Atipa kii hun oku Que aos mortos não falte sepultura
Aso funfun kii hun olorisa Que a Orixalá não falte o pano branco
Kaye o-ye wa o Para que o mundo nos seja bom
Ka riba ti se Que nossos caminhos se abram
Ka, ma r’ija Omo araye O Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a
terra
Ka’ma r’ija eleye O Nem a obra das feiticeiras, Ia Mi Ashorongá
Ajuba O! A juba O!! A juba O!!! Nós saudamos, saudamos, saudamos
Ase Axé
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Explicação sobre Odús e seus ebós


Ebós & oferendas Ogum Exu Xorokê

 Ebós de Odus

Nota: Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada
pessoa só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por
Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre ebós.
CUIDADO E ATENÇÃO.

ODÙ
A palavra odù vem da língua yorubá e significa “destino”. Portanto, odù é o
destino de cada pessoa.
O destino é, na verdade, a regra determinada a cada pessoa por Olodumaré
para se cumprir no àiyé, o que muitos chamam de missão. Esta “missão”
nada mais é do que o odù que já vem impresso no ìpònrí de cada um,
constituído numa sucessão de fatos, enquanto durar a vida do emi-okán ou
espírito encarnado na terra.
Enquanto a criança ainda não nascer, ou seja, enquanto ela permanecer na
barriga de sua mãe, o odù ou destino desta criança ficará
momentaneamente alojado na placenta e só se revelará no dia do
nascimento da criança.
Cada odù ou destino está ligado a um ou mais orixá. Este orixá que rege o
odù de uma pessoa influenciará muito durante toda a vida dela. Mas, nem
por isso ele será obrigatoriamente o orixá-ori, ou “o pai de cabeça” daquela
pessoa, ou seja, o orixá-ori independe do odù da pessoa. Vejamos um
exemplo: um omon-orixá de Yansã que tenha no seu destino a regência do
odù ofun (que é ligado à Oxalá), essa pessoa terá todas as características
dos filhos de Yansã: independentes, autoritários, audaciosos. Mas, sofrerá
as influências diretas do odù ofun, trazendo portanto para este filho de
Yansã, lentidão em certos momentos da vida. Situação esta desagradável
para os filhos de Yansã, que tem a rapidez como marca registrada.
Os odùs ou destinos são um segmento de tudo que é predestinação que
existe no universo, conseqüentemente, de todas as pessoas.
Os odùs, além de serem a individualidade de cada um, também são
energias de inteligências superiores que geraram o “Grande Boom”, a
explosão acontecida a milhares de anos no espaço que criou tudo.
Dentro de um contexto específico(pessoal ou social) em nosso planeta
esses odùs podem seguir um caminho evolutivo ou involutivo, por
exemplo: existe um odù denominado de odi. Foi Odi que em disfunção
gerou as doenças venéreas e outras doenças resultantes de excessos e
deturpações sexuais. Traz em sua trajetória involutiva a perversão sexual e
é ainda através desse lado involutivo de odi que acontece a perda da
virgindade e a imoralidade.

Porém, como expliquei, existe o lado evolutivo e o próprio odù odi citado
aqui em nosso exemplo possui características boas e marcantes como:
caráter forte e firme e tendência a liderança.
Na verdade, são os odùs que governariam tudo que está ligado a vida em
todos os sentidos.
OS 16 ODÙ MAIS VELHOS NA ORDEM DE IFÁ
1- Eji Ogbe: Osala, Sango, Oya, Ogun, Obaluaye, Nana

2- Oyeku Meji: Iyami Osoronga (Aje), Ori, Ogun, Ososi, Oya


3- Iwori Meji: Ifa, Esu, Nana, Obaluaye, Osumare
4- Odi Meji: Esu, Egun, Odu, Osala, Sango, Iroko, Osun
5- Irosun Meji: Osun, Osumare, Esu, Iroko, Ibeji, Sango, Ososi
6- Owonri Meji: Logun Ede, Obaluaye, Yemoja, Yewa
7- Obara Meji: Oya, Erinlè, Abiku, Odù

8- Okanran Meji: Yemoja, Ososi, Ifa, Esu


9- Ogunda Meji: Ososi, Osun, Nana, Ogun
10 – Osa Meji: Osala, Oya, Iyami Osoronga (Aje), Sango
11 Ika Meji: Onilè, Ogun, Ori
12 Oturupon Meji: Oya, Ifa, Egun, Ibeji, Iyami, Osoronga (Aje)
13 Otura Meji: Ifa, Sango
14 Irete Meji: Obaluaye, Ososi, Iroko, Iyami Osoronga (Aje)

15 Ose Meji: Osun, Osanyin


16 Ofun Meji: Osala, Odù, Esu, Ifa
Abaixo, relaciono os 16 (dezesseis) principais odùs e seus orixás
correspondentes:

ODÙ ORIXÁ
1.Òkànràn Exu
2.Éji Òkò Ogun e Ibeji
3.Étà Ògúndá Obaluaiye e ainda Ogun
4.Ìròsùn Yemanjá
5.Òsé Oxum
6.Òbàrà Oxossy, Xangô, Yansã e Logun-Edé
7.Òdì Exu, Omolu
8.Éjì Onílè Oxaguian
9.Òsá Yemanjá e Yansã
10.Òfún Oxalá
11.Òwórín Yansã e Exu
12.Èjìlá Seborà Xangô
13.Éjì Ológbon Nanã
14.Ìka Oxumarê
15.Ogbègúndá Obá e Ewa
16.Àlàáfia Orunmilá
–1–
CONHEÇA OS 16 ODÚS.
Faça as contas com a data real do seu nascimento e veja abaixo qual é o seu
Odú
regente.
Faça as contas, exemplo: se você nasceu em 25/04/68
some= 2+5+4+1+9+6+8=35=8 então seu odú é 08 = 3+5=8 então seu Odú
é 08.
1. OKANRAN Odú regido por Exu. Você parece ser agressivo, mas na
verdade
está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se
orgulha.
Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar
cuidado
para não arrumar inimigos à toa.
2. EJI-OKÔ Odu regido por Ibeji e Obá. Você se mostra calmo no
comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre existem
dúvidas. Não tenha
medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você
acabará
recebendo bons conselhos.
3. ETÁ OGUNDÁ Odu regido por Ogum. A obstinação que se traduz em
agita-
ção e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se
usar suas
qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, conseguirá o
que
mais anseia: o poder e o sucesso.
4. IROSUN Odu regido por Iemanjá e pelos eguns. Sempre sereno e
disposto a
ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resolver situações
confusas
ou tumultuadas. Tem plena consciência da sua força moral e não hesita em
usá-la
para atingir todas as suas metas.
5. OXÉ Odu regido por Oxum. Sensível e sempre atento, você é uma
pessoa
sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos
quais
você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua
liberdade e,
sobretudo, seu, crescimento.
6. OBARÁ Odu regido por Xangô e Oxossi. Você luta com unhas e dentes
pelo
que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor
precisa
entender que não pode exigir demais dos outros.
7. ODI Odu regido por Obaluaê. Você realmente está satisfeito com o que
consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com
clareza
seus objetivos, alcançará grandes êxitos.
8. EJI-ONILE Odu regido por Oxaguiã. Sua agilidade mental faz de você
uma
pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e
chega
–2–
a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o
impede de prejudicar quem quer que seja.
9. OSSÁ Odu regido por Iemanjá. Você é uma pessoa que gosta de estudar
cuidadosamente todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do
conhecimento interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado
de manter alguma ordem no seu dia a dia.
10. OFUN Odu regido por Oxalufã. Seu jeitão rabugento é apenas um
escudo
para que os outros não abusem da sua vontade e da sua sensibilidade. No
fundo,
você é uma pessoa serena, que se adapta aos autos e baixos da vida.
11. OWANRIN Odu regido por Iansã e Exu. A pressa e a coragem são suas
características. Tenso e agitado, você nunca fica muito tempo no mesmo
lugar, a
não ser que se sinta obrigado. Pode não obter grande sucesso material, mas
a vida sempre lhe reserva muitas alegrias.
12. ELI-LAXEBORÁ Odu regido por Xangô. Sua principal virtude é o
amor à justiça, que algumas vezes se transforma em intolerância com os
erros alheios. Nessas ocasiões, você deve se voltar para outras de suas
qualidades: a dedicação, que
lhe permite ajudar todas as pessoas.
13. EJI-OLOGBON Odu regido por Nanã e Obaluaê. Você está quase
sempre um
pouco deprimido. Só faz o que quer quando quer o como quer. Mas, como
tem
grande capacidade de reflexão, acaba se adaptando e consegue viver bem
com os
outros.
14. IKÁ-ORI Odu regido por Oxumaré e Ewá. Paciência e sabedoria são
suas
principais características. Versátil, você se dá bem em qualquer atividade.
Poderá
passar por provações materiais e sentimentais, mas sempre saberá
reencontrar o
caminho para felicidade.
15. OGBÉ-OGUNDÁ Regido pelo orixá Tempo. Você uma pessoa rebelde
e
cheia de vontades, que muitas vezes não resiste a defender seu ponto de
vista
mesmo depois que percebe que está errado. Por isso, deve tomar cuidado
para
não se deixar dominar pelo nervosismo.
16. ALAFIÁ Odu regido por Oxalá e Orumilá. Suas principais
características são
a tranqüilidade e alegria. Amante da paz, você cria um clima de harmonia á
sua
volta. Se mantiver o equilíbrio, sem dúvida alcançará o sucesso.
ÒKÀNRÀN MÉJÌ
Este Odu foi o 8º que chegou ao Àiyé//Terra, ele responde com um único
búzio
aberto no jogo.
O significado deste caminho de Odu, é tudo que é escuro, incerto e
duvidoso.
Alguns dos arquétipos dos filhos deste Odu:
São desconfiados, esquivos, medrosos, possuidores de quase todos os tipos
de
fobia, materialistas, tristes, possessivos, ciumentos, são racionais,
metódicos, possuem tendências a criar inimizades.
Raramente são eloqüentes oradores, possuem o dom de arrebatarem
pessoas para os seus planos ou religiões e ao mesmo tempo podem destruir
as pessoas que
os seguem.
Algumas interdições deste caminho de Odu:
Comer acaçá que foi envolto em folha de bananeira, feijão fradinho, ingerir
alimentos que levem canela em pó ou casca, cravo, noz-moscada, raízes em
geram.
Não podem nunca se banhar com folhas de Irokô, não podem tocar ou
cortas estas folhas para qualquer finalidade.
Não devem se banhar com ervas trepadeiras, nem podem tocá-las ou fazer
amarrados para qualquer finalidade. Não podem se alimentar de carne de
búfalo,
beber seu leite ou beberem caldo de cana.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ibeji, Òsányin, Sangó Ayra Aganjúm Onile, Oya.
Entre outros.
–4–
EJIOKO MÉJÌ
Este Odu foi o 12º que chegou ao Àiyé/Terra, ele responde com 2 búzios
abertos
no jogo. Ele também é conhecido pelo nome de Oturukpon Méjì
Seu significado é a firmeza do planeta Terra.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Possuem espírito equilibrado, geralmente são pessoas sensatas e possuindo
os
pés no chão. São pessoas responsáveis por demais, possuem o
temperamento
tranqüilo, estável, pacífico, porém são possessivos e ciumentos. São
pessoas desconfiadas diante de novos relacionamentos, são destinados ao
sucesso, são idealistas, e possuem tendência a conquistarem altos postos.
Nunca se conformam com derrotas, são pessoas geralmente vitoriosas.
Quando querem alcançar algum objetivo não vêem nada a sua frente. São
pessoas tendentes a vícios, jogos de azar e possuem desprezo a
mediocridade.
Se as pessoas deste caminho de Odu são do sexo masculino são super
mulherengos e quando são do sexo oposto, o sexo feminino, são falsas e
grandes feiticeiras.
Algumas interdições deste caminho de Odu:
Comer mamão, galo ou galinha velha, galinha D’Angola, bode ou cabra
velha.
Não podem ter contato ou aprisionar animais ligados à feitiçaria.
Devem evitar apego com gatos, macacos e cachorro (do mato).
Não podem chupar ossos de animais e nem se alimentar de suas cabeças.
As mulheres devem evitar o sexo durante o dia, pois não podem olhar para
o sexo do seu companheiro. O motivo disto é para evitar o aprisionamento.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ògún, Ayra Aganjú, Oyá, Ibeji, Iyewa, Òsányin
Entre outro

–5–
ETA ÒGÚNDÁ MÉJÌ
Este Odu foi o 9º na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, responde no jogo
com 3
búzios abertos.
Sua representação é o membro masculino ereto, os testículos, o esperma,
poder e
a certeza. Seu significado é: Ògún o homem que se divide em dois ou Ògún
o
homem de dois facões. Algumas pessoas afirmam que seu significado é
Ògún o
homem que partiu o peixe em duas partes.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
São pessoas que possuem na maioria das vezes um sentido de moral muito
firme.
São ciumentos, dissimulados, orgulhosos.
Fazem-se sempre de vítimas em todos os tipos de confusões.
Geralmente são pessoas inteligentes e por isso se tornam perigosas, usam a
inteligência de forma diabólica.
São pessoas que gostam de dar ordem, adoram gastar dinheiro,
principalmente
os dos outros, são criativos, implicam com seus semelhantes.
Quando homens trocam de companheiras constantemente.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Comer carne de galo ou galinha velha, inhame pilado, quiabo, mandioca,
batata
baroa.
Não podem cavar buracos para enterrar ebó.
Não podem guardar ou transportar armar, principalmente embaixo da cama,
ingerir bebidas alcoólicas.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ògún, Sango, Ogiyan, Ajé Salugá
Entre outros.
–6–
IROSUN MÉJÌ
Este é o 5º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, responde com 4
búzios abertos.
Suas representações possuem o formato de espiral ou o formato de dois
círculos,
muito embora a encruza seja seu maior ponto de referência.
Seu significado é o abandono e a renúncia.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Geralmente são pessoas orgulhosas, exaltadas, agressivas a ponto de se
deixarem
dominar pela raiva, debochadas, mesquinhas e oportunistas.
Possuem geralmente o dom da hipocrisia, são capazes de passar perto de
pessoas, serem cumprimentadas e fingir que nem as conhece com a maior
facilidade.
Possuem facilidade de lidar com pessoas que vivem a margem da lei.
Amam e odeiam com a mesma intensidade e em algumas vezes não
conseguem
distinguir estes sentimentos um do outro.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
O uso de roupas ou objetos na cor vermelha, frutas e cereais na cor
vermelha.
São proibidos de chuparem ou roerem ossos de animais.
Não podem pular covas ou fosso e caminhar dentro de manguezais. Devem
sempre evitar ir a funerais.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Oya, Omolu, Yemoja, Nanã
Entre outros.
–7–
OSE MÉJÌ
Este é o 15º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, responde com 5
búzios abertos.
Seu significado é a dor, o pesar e o sofrimento. Possui a noção de partir,
quebrar,
dilacerar, ocasionando situações desagradáveis.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Geralmente são pessoas de comportamento instável e de temperamento
impulsivo, variando de acordo com a situação que se apresentar no
momento.
São pródigas, porém, dispersivas, o que as leva a se envolver com
problemas relacionados com dinheiro.
A maioria é engenhosa, possuindo iniciativa própria.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Este caminho de Odu proíbe seus filhos de transportarem feixes de lenha
sobre a
cabeça, tocar madeiras apodrecidas, usar roupas confeccionadas com
tecidos de
três ou mais cores, comer farinha de acaçá torrada, inhame assado.
Beberem bebidas destiladas, principalmente oriundas do zimbro. Proíbe
para
sempre o uso do tabaco.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Osùn., Èsù, Sango, Oya
Entre outros.
–8–
OBARA MÉJÌ
Este é o 7º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, responde com 6
búzios abertos no jogo.
Em Yorubá significa “Os dois Reis do Corpo”.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Geralmente são pessoas alegres, festivas e são pessoas que mantêm
tradições.
São radicais e são pessoas que criam situações fantasiosas e embaraçosas e
acabam acreditando como se fossem verdadeiras.
São pessoas que gostam de se envolver em assuntos que não lhe dizem
respeito e
por isso acabam em situações constrangedoras.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem comer peixe defumado, preá, bolo de acaçá que tenha sido
envoltos
em folhas de bananeira, fubá, canela em casca ou em pó, carne de tartaruga,
carne de galo ou galinhas velhas.
São proibidos de usar roupas tecidas com a ráfia “Devô”. Não podem
carregar
ebó de terceiros sobre suas cabeças ou ombros.
São proibidos de relatarem fatos que tenham assistido e que não lhe dizem
respeito, pois correm o risco de serem envolvidos nas questões.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Osùn.
Entre Outros.

–9–
ODI MÉJÌ
Este é o 4º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, e no jogo de responde
com 7
búzios abertos.
Para os Yorubá significa “a malícia, o cinismo,a implacabilidade, a
teimosia, o
avesso, o sarcasmo, a perversidade, enfim o lado ruim de qualquer pessoa”.
Sua oposição é à força de vontade, a obstinação, o desejo de liberdade e de
independência.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Alguns de seus filhos são equilibrados, possuindo uma vida estável, alguns
são
desequilibrados, nunca chegando a lugar algum.
As pessoas deste caminho de Odu são sonhadoras, inteligentes, talentosas,
astutas e outras possuem uma arte diabólica, fazem intrigas,mentem,
sonham com
grandezas ou julgam-se importantes e inteligentes.
Algumas pessoas deste Odu são perseverantes, duros e inflexíveis.
Alguns destes filhos são pacíficos e pouco se intrometem na vida alheia,
outros
vivem em tumultos.
Alguns dos filhos deste caminho de Odu são capazes de sacrificar seus
próprios
pais ou entes queridos em prol do seu bem estar.
Geralmente as pessoas que vêm neste Odu pisam entortando o sapato dos
lados
quer seja para dentro ou para fora.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem comer carne de lebre, coelho e preá, purê de batata doce ou
batata
baroa.
Não podem comer feijão fradinho ou qualquer comida que o mesmo esteja
incluso. Não podem dormir de barriga pra cima, matar moscas com as
mãos, possuir
coleção ou objetos em número sete, não podem fazer ebó, feitiçaria, em
número
de sete ou qualquer preceito que tenha que levar alguma coisa com este
somató-
rio.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Nana, Sanponna, Aje Salugá Entre outros.

– 10 –
EJIONILE MÉJÌ
Este é o 1º na ordem de chegada ao Àiyé/Terra responde no jogo com 8
búzios
abertos, e também é conhecido pelo nome de Eji Ogbe Meji.
Seu significado é a mutação constante, princípio primordial que passa da
vida à
morte e vice-versa de forma contínua.
Este Odu é considerado o princípio terrestre, a esfera e o princípio celestial.
Ejionile Meji pode ser representado por um círculo branco ou um
quadrado, pois
eles formam um todo engendrando-se um no outro e reproduzindo-se até o
infinito.
Este Odu é o mais velho e o pai de todos os demais Odu, com exceção do
Odu
Ofun Meji que gerou Ejionile.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Costumam ser diretos, sutis, amáveis, doces, materialistas ou totalmente o
oposto.
Planejam tudo a seu interesse, uns são impulsivos, nervosos, chegando em
algumas vezes à irracionalidade e a fúria incontrolável.
São críticos ao extremo, são debochados, irônicos, implicantes e fingidos.
Outros são sutis, sendo este o seu ponto mais forte da vida.
São possuidores do dom da oratória, embora adoram que os outros
transmitam
seus recados. Possuem pavor a sujeira, embora alguns são totalmente
desorganizados.
Uns são céticos, emotivos, humanos, gulosos e amantes da fartura.
São pessoas que possuem claustrofobia.
São pessoas que vivem presas a fatos passados e são super curiosas.
Quando dizem “não”é para sempre. São amigos ao extremo, capazes de
tirar a
roupa do corpo e seus parentes são suas eternas paixões e preocupações.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem usar roupas vermelhas, negras ou de cor escura.
– 11 –
Não devem ingerir vinho de palma, não podem comer carne de galo velho,
de
preá, de atum, de merluza, cavalinha, bagre, de peixe espada e mulato
velho.
São proibidos de comer bolo de acaçá que tenha sido envolto em folha de
bananeira, não podem comer angu de fubá e taioba.
Não podem comer jenipapo, açaí, banana prata e jambo.
Eles têm abstenção total ao osun, atare e epo pupa.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ògún, Oba, Iroko, Osùn.
Entre outros.
12 –
OSA MÉJÌ
Este Odu é o 10º na ordem de chegada ao Àiyé/Terra e no jogo responde
com 9
búzios abertos.
Osa Méjì é sagrado para os Yorubá, pois pronuncia o final de um ciclo,uma
vez
que, este caminho afirma tudo que é novo, o que acaba de nascer, ou seja, a
gravidez e o nascimento de um novo ser.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Geralmente são pessoas simpáticas, porém sistemáticas, ora são agradáveis,
ora
simpáticas, ora antipáticas, ora sociáveis e ora são anti-sociáveis, ou seja,
ninguém sabe ao certo o que elas são.
Sempre se fazem de vítimas ou inocentes diante de situações que tenham
que enfrentar.
Quando querem são tímidas, engenhosas, diabólicas em seus objetivos.
São geralmente inteligentes, fazem questionamento de tudo e de todos,
mentem
que nem sentem, gostam de aparecer e de demonstrarem que sabem de
tudo. E
são totalmente desorganizados.
Costumam abandonar suas metas e objetivos após concluí-los. Mudam de
opini-
ão como mudam de roupa, alguns são pessoas sãs, serenas e sinceras, mais
todo
cuidado é pouco.
Muitos são agressivos, impacientes e se não se portam desta forma são
inquietos.
Angustiados, ansiosos e impacientes.Causando antipatia nas outras pessoas.
Este tipo de comportamento só prejudica a elas mesmas.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem fazer magias para o mal em cabaças. Não podem queimar
algodão,
manter aves presas em gaiolas. São proibidos de queimar folhas de Akokó,
de
Iroko e de usarem para qualquer finalidade estas folhas.Não podem ter
objetos
feitos de bambu e nem cortar um bambuzeiro. Usarem tecidos na cor
marrom,
vermelho roxo ou lilás. Não podem matar borboletas ou mariposas, ou usar
objetos adornados com as mesmas.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsu, Oba, Aganjú, Jagun, Nanã
Entre outros.
– 13 –
OFUN MÉJÌ
Este é o 16º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra e no jogo responde
com 10
búzios abertos.
Este Odu é o ciclo sem fim, a rota do nascimento, a eterna ligação do
mundo visível e invisível.
Este Odu é o criador de todos os caminhos, tendo assim seus protótipos em
seu
âmago.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Jagún, Ayra, Oxumaré, Irokó, Ajé Salugá, Etetu.
Entre outros.
– 14 –
ÒWORIN MÉJÌ.
Este é o 6º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra e responde no jogo
com 11
búzios abertos.
Oworin Meji é o caminho que possui a primazia de alterar a rota do
destino, deixando os seus filhos e as pessoas que estão por ventura sob sua
influência ao seu
bel-prazer.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
São pessoas que nascem em berços de ouro ou ficam ricas ainda na
juventude.
Realizam tudo o que desejam muito cedo, ou seja, filhos, fama, todas as
coisas
boas da vida material, entretanto a estadia dessas pessoas na Terra é bem
curta,
morrem em pleno gozo da vida.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem participar do ritual do Àsèsè, não podem ingerir bebidas
alcoólicas,
correm seriamente o risco de enlouquecer.
Entre outras coisas….
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Yemoja, Oxumaré, Omolo, Oya, Ògún, Òsàálá
Entre outros.
– 15 –
EJILA SEBORA MÉJÌ
Este é o 3º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, também é conhecido
pelo
nome de Iwori Meji e no jogo responde com 12 búzios abertos.
Ele é representado pelo encontro aparente dos dois astros no mesmo ponto
do
zodíaco. Que os Yorubá chamam de Ipàdé õna orun ou pelo Hexagrama (a
estrela de 6 pontas com a silhueta de uma águia em seu interior).
Este Odu expressa a idéia de contato, de troca, de relação entre os seres ou
coisas.
Este caminho se refere a tudo que diz respeito à união.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
As pessoas que se apresentam neste caminho de Odu são pessoas que
assimilam
tudo com rapidez, são líderes natos, mais são incompreendidos.
São pessoas que possuem o gosto apuradíssimo.
São pessoas que mudam de amizades constantemente. São amantes das
bebidas
e comidas, requintados ao extremo, excêntricos e excelentes pais de
família,
comportamento protetor.
Quando as pessoas deste caminho são homens, são mulherengos em
demasia, e
quando são mulheres, são fiéis.
No geral são pessoas predestinadas ao comércio de modo geral, hábeis em
vendas, excelentes relações públicas.Outros são barulhentos, gostam de
intrigas,
provocam confusões, chegando muitas vezes ao ódio.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem comer abóbora moranga, ingerir bebidas que levam coco ou
seus derivados, feijão branco.Não podem amolar ferramentas cortantes uma
na outra.Não podem participar de disputas de terceiros, não podem arrastar
os sapatos ou chinelos ao entrar em espaço sagrado, vestir roupas pelo
avesso, ou amarrar qualquer tipo de corda pelo corpo.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ayra, Aganju,Yemoja, Oba
Entre outros.

– 16 –
EJI OLOGBON MÉJÌ
Este é o 2º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, este Odu é conhecido
também pelo nome de Òyèkú Méjì, responde no jogo com 13 búzios
abertos.
Este Odu está ligado à Irunmole Ikú.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
São calmos,comunicativos e lentos, possuindo comportamento conformista,
nunca tomam partido de nada alheio, ficando totalmente neutros.
Para eles tanto faz como tanto fez, nunca se importam com nada. Alguns
são dirigidos e orientados por estranhos, nos quais depositam total
confiança.
Alguns são intelectuais, acumulam vários conhecimentos, todavia, são
incapazes
de formularem teorias e tampouco expô-las.
Quando as pessoas deste caminho de Odu são do sexo feminino, são sábias,
sensatas, sagazes, possuidoras de caráter secreto e reservado.
Quando são do sexo masculino são efêmeros, volúveis nos relacionamentos
amorosos, não se prendem a nada, trocam sempre de companheiras, como
se estivessem trocando de roupa.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Uso de perfumes ativos ou adocicados, ingestão de alimentos por demais
temperados.
Comer ave de rapina. Usar roupas na cor vermelha ou roxa.
Cultivo e uso de plantas que possuem espinhos.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Nana, Yemoja, Iroko, Jagun, Etetu
Entre outros.
– 17 –
IKA MÉJÌ
Este é o 11º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, responde no jogo
com 14
búzios abertos.
É representado por duas serpentes entrelaçadas em direção ao infinito, ou
por
somente um mordendo sua própria calda.
Formando um círculo em torno da Terra, dando a idéia de estar impedindo
a sua
desintegração.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
As pessoas que pertencem a este caminho de Odu, só conhecem a razão
quando
decidem ser algo na vida,por si próprios, ou seja tomam tenência na vida.
Alguns filhos deste caminho de Odu são falsos, inescrupulosos e em
algumas vezes são violentos.
Alguns são generosos com quem amam e com seus amigos, quando são
traídos
pelas pessoas que eles tanto amam, são tenazes e impiedosos.
Alguns são volúveis, interesseiros, mudam de parceiros sem amá-los um
minuto
sequer.
Outros desejam Deus para eles e o diabo para os outros.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Comer peixe defumado, mulato velho, bagre, cavalinha, cascudo e todo ou
qualquer peixe de pele.
Todos os animais oriundos dos manguezais.
Abóbora moranga, jenipapo, jambo e todas as frutas cujo cheiro e o sabor
sejam
por demais adocicados.
Não podem transportar com eles armas brancas, nem consumir bebidas por
demais adocicadas ou destiladas e o uso do tabaco.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Ajé Salugá, Aganjú, Sango, Oya
Entre outros.
– 18 –
OBEOGÚNDÁ MÉJÌ
Este é o 14º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, também conhecido
pelo
nome de Irete Méjì, responde no jogo com 15 búzios abertos.
Sua representação é feita por um quadrado dentro de um círculo, representa
o
“Desconhecido – Ailokiki – O Céu – Orun”
O quadrado representa o domínio do que conhecemos, o mundo material, a
Terra/Àiyé.
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
São pessoas de temperamento instintivo, impulsivo, agressivo, muito
embora
possuem sangue frio.
São extremamente radicais, baseando-se no que está escrito e formulado. O
verdadeiro Ser Humano, criador das leis, normas, ritos e doutrinas.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Não podem se alimentar de banana da Terra, feijão preto, pipocas.
Não podem se alimentar de bolo que tenha sido envolto em folha de
bananeira.
Não podem se alimentar de camarões, caranguejo,siri, marisco, mexilhão,
carne
de porco, mamão e vinho de palma.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Èsù, Sango, Iroko, Nana, Ayra
– 19 –
OTURA MÉJÌ/ÀLÀÁFÍÀ MÉJÌ
Este é o 13º Odu na ordem de chegada ao Àiyé/Terra, é mais conhecido
pelo nome de Àlàáfíà Méjì, responde no jogo com 16 búzios abertos.
É representado por uma espiral, abrindo-se a cada movimento e tornando-
se cada vez maior, até alcançar o infinito, ou seja, representa o significado
da comunicação dos seres humanos com os ara-orun(habitantes do céu).
Alguns arquétipos dos filhos deste caminho de Odu:
Segundo alguns bàbáláwo.:
Seus filhos perdem tudo que ganham na mocidade, em virtude de viverem
nas
nuvens, entretanto, ao adquirir maturidade, erguem-se gradativamente,
continuando a dar valor aos bens materiais.
São gastadores impulsivos vivem nas nuvens, não se prendendo a nada,
geralmente acabam seus dias abandonados por todos, chegando ao relento.
Outros são totalmente alienados.
Algumas interdições dos filhos deste caminho de Odu:
Possuir cães ferozes, comerem galos de quaisquer espécies, milho cozido
ou assado, inhame de qualquer espécie, carne de porco, preá, coelho.
Portar qualquer tipo de arma.
Alguns Òrìsà que se apresentam neste caminho de Odu:
Este é o Odu principal de Obatala
Èsù também esta presente neste Odu, ou melhor esta presente em todos os
Odu.
OBEOGUNDA
15 búzios abertos

Respondem: OBÁ – EWÁ –OSUMARE – OMULU


1º) JAVIBORÉ
Ebó
1 cabaça
7 cabacinhas
15 acaçás

15 acarajés
1 azougue
1 imã
1 orobô
15 búzios
15 conchas
1 fava de omulu

1 folha da fortuna
1 fava de aridã
Mel e moscatel
Procedimento: arrumar tudo dentro da cabaça, cobrir tudo com a
folha da fortuna, e tampara cabaça e oferecer ao ODU OBEOGUNDA
JAVIBORÉ pedir o que desejar.
2º) NIBAJI
Ebó
1 cabaça
1 topázio

15 caroços de milho
15 caroços de feijão fradinho
1 acaçá
1 acarajé
1 imã
azougue
1 pombo branco

Procedimento: a pessoa segura o topázio em uma das mãos, o pombo


na outra; mostra a pedra preciosa ao sol; peça tudo que desejar, solte o
pombo e arrie a cabaça com tudo dentro nos pés de uma árvore
frondosa.
NOTA: com o topázio a pessoa façá um cordão breve ou anel e use-o
como talismã.

3º) KUKA-TI
Ebó
1 alguidá
1 obi (faca)
Milho cozido
Deburu
Canjica
7 folhas de mamona

7 acaçás
15 moedas
Procedimento: fazer nas 7 folhas da mamona um amarradinho com as
farofas; arrumar os embrulhadinhos alguidá, atravessar a faca em
cima, por ima de tudo passe na pessoa o deburu, o milho e a canjica,
coloque em cima das farofas embrulhadas e da faca. Os acaçás, as
moedas e os búzios também passe na pessoa, porém deposite-os nos pés
de uma jaqueira com 1 vela acesa. O alguidá ponha no mato.
4º) ELETÁ
Ebó
2 bandeirinhas brancas acima da altura da pessoa ( arranje as varas
no mato para fazê-las)
1 pote sem asa

15 moedas
15 acaçás
15 acarajés
15 ovos
15 velas
1 orobô

1 obi
1 espada simbólica feita de vara do mato
Azeites
Mel
Vinho
Água
Procedimento: coloque a pessoa de frente ao pote segurando as duas
bandeiras com as mãos (uma em cada), destampe o pote e vá passando
tudo nela e colocando no pote; terminado, quebre a espada, ponha no
pote, mande entregar no mato com as bandeiras que ficarão fincadas
no chão ladeando o pote.
5º) TOMO ORÚ
Ebó
1 cabaça
15 argolas de cobre

1 orobô
15 búzios
15 conchas
1 pedra apanhada no mar
Areia do mar
1 estrela-do-mar pequena
Mel

Moscatel
Procedimento; arrumar tudo. Na pessoa passe a cabaça com tudo
arrumado e ofereça no tronco de uma jaqueira frondosa.
6º) GIDOGON
Ebó
7 punhais pequenos

15 moedas
15 acaçás
15 acarajés
15 maçãs
15 pêras
15 cajus
Milho cozido

Mel
1 travessa de barro
Procedimento: arrumar tudo na travessa colocando os punhadinhos
separados por 1 acaçás; arrume as frutas em cima do milho e ofereça
no mato em uma caminho. Volte por outro caminho.
7º) YAKESSA

Ebó
1 mt de morim branco
1 curvina (peixe) cru
1 farofa de mel
1 farofa de dendê
1 farofa de água
15 maçãs

1 acaçás
1 obi
1 orobô
7 mts de cadarço branco
Procedimento: arrumar tudo no morim. Embrulhar tudo e amarrar
bem com o cadarço. Oferecer no mato.

8º) TOKO EFUN


Ebó
1 abóbora de pescoço
1 canjica
7 pembas brancas
15 acaçás
15 acarajés

1 imã
azougue
1 toalha de morim
Mel
Procedimento: abrir a abóbora no meio no sentido horizontal; colocar
tudo dentro, fechar a abóbora, enrolar toda ela com o morim e ofereça
em um pé de árvore no tronco alto ao ODÚ.
9º) EWI KORÉ
Ebó
1 bacia de ágata
1 obi
1 ebô (canjica
15 moedas

15 acaçás
Mel
Azeite doce
1 ojá de morim com renda
Procedimento: oferecer assim: coloque o ebô na bacia, os 15 acaçás
rodando, as moedas espalhadas, o obi no meio do ebô. Amarrar a
bacia com o ojá dando-lhe um laço bonito. Oferecer em uma cachoeira
ao ODÚ EWI KORÉ OBEOGUNDÁ.
10º) EWI FON
Ebó
1 bandeira branca da altura da pessoa de vara do pau do mato
1 quartinha com 1 orobô e água
Procedimento: a pessoa segura a bandeira em uma das mãos e a
quartinha na outra; anda 15 passos para frente, crava a bandeira no
chão e a quartinha em seu pé (da bandeira); oferece ao ODÚ FON
OBEOGUNDÁ. Isto deve ser feito na beira d’água de um córrego ou
cachoeira.
11º) EWI TION
Ebó

1 faca (obi)
1 telha de cumieria antiga (tipo das de canal)
1 Ossun
1 acaçá
1 acarajé
1 quartinha com água
16 moedas

1 punhado (bom) de areia do mar


15 pregos grandes (maior que puder)
1 bandeira pequena branca
1 orobô
Procedimento: fazer um quadrado no chão, no mato, com a areia do
mar; deitar a telha canal, amolecer o Ossun com água e dar efun na
telha em pontinhos e rabiscos: pregue no chão em volta da telha os 15
pregos, coloque a quartinha, as moedas, o orobô e finque a
bandeirinha e a faca (obi). Ofereça ao ODÚ.
12º) EWI ETA
Ebó
1 panela com tampa (barro)
15 tijelinhas de barro

15 favas d’obaluaye
15 moedas

15 imãs
15 obis
15 orobôs
15 acaçás
15 gotas de azougue
15 grãos de pimenta da costa

Mel – Vinho moscatel – água


Azeite doce e de dendê
1 acará cozido
Procedimento: na panela colocar o acará cozido e temperado com
azeite doce, azeite de dendê e mel. Nas tijelinhas, em cada uma,
colocar: 1 faca, 1 obi, 1 orobô, 1 acaçá, 1 gota de azougue, 1 grão de
pimenta da costa, azeites, água, mel e vinho.

NOTA: levar tudo arrumado e oferecer no campo ao ODÚ com 15


velas acesas em uma terça-feira.
13º) EWI ORÚ
Ebó
1 folha da costa (saião) – das grandes
1 orobô

1 moeda
15 caroços de feijão preto
Mel
Procedimento: abrir a folha na mão esquerda, colocar em cima dela a
moeda, orobô, os 15 caroços de feijão preto e juntar com mel. Pedir
olhando para o céu tudo o que desejar ao ODÚ.
14º) EWI AGON
Ebó

15 bananas figo
15 acaçás
1 folha de taioba
1 canjica
1 orobô
Mel –azeite doce

15 fitas com 1 mt varias cores


Procedimento: abrir a folha da bananeira e nela colocar tudo,
embrulhar e amarrar com as fitas e depositar em um pé de cajá
oferecendo ao ODÚ.
15º) EWI ESSÁ
Ebó
1 cabaça

1 acaçá
150 moedas
150 caroços de milho
150 caroços de feijão fradinho
1 kg de arroz cru
Procedimento: colocar tudo na cabaça, levar a pessoa em uma campo,
andar 150 passos sacudindo a cabaça misturando tudo lá dentro e
fazendo seus pedidos. Após tudo isto, arrie mansamente a cabaça no
chão, destampe-a acenda uma vela e deixe lá no tempo.
16º) EWI EFUN
Ebó
1 cristal
1 travessa de louça
1 canjica

15 acaçás
1 orobô
1 obi
15 pembas brancas
Azeite doce
Procedimento: arrumar tudo na travessa, o ebô, o orobô, o obi, as 15
pembas e o cristal no meio. Oferecer em um caminho aberto ao ODÚ
OBEOGUNDÁ EWI EFUN

OXE

5 búzios abertos
Respondem: OSHUN
SANGO, OMULU, YEMANJA
OXE
1º) BEUIM
Ebó

5 palmos de morim branco


5 ovos
5 acaçás
5 bolas de arroz
5 bolas de farinha
5 moedas

Deburu (pipoca)
Ebô (canjica)
Procedimento: limpar o suor da pessoa com o morim; arria-lo no chão;
passar tudo na pessoa e ir colocando no morim fazer uma trouxa e
despachar nas águas de um rio.
2º) NILÁ

Ebó
1 panela com tampa (de barro)
5 fitas nas cores: azul, amarelo, rosa, branco e vermelho.
5 acaçás
5 obis
5 velas
5 bolas de arroz

Procedimento: em noite de lua cheia e em um dia de quinta-feira,


arriar a panela no chão, passar tudo na pessoa e ir colocando dentro
da panela. Quando chegar nos obis, em cada um, a e pessoa faz um
pedido; leva a panela para o mato, acende em sua volta as 5 velas e no
caminho de volta vai jogando fora os obis.
3º) YAPONÃ

Ebó
1 saco de estopa
1 bocado de folhas de guandu
1 abano
1 pemba branca
1 espelho
1 moringa de barro
4 acaçás

4 acarajés
4 moedas
Um bocado e deburu (pipocas)
1 mt. Corda de sisal fina.
Procedimento: Passar tudo na pessoa e ir colocando tudo dentro do
saco, amarrar a boca do saco, bater com ele no chão até quebrar tudo,
quando sentir que está tudo quebrado jogue-o em um rio eu tenha
muita água.
A pessoa deve tomar um banho de ervas: Saião – Bety – Manjericão –
Tapete.)
4º) NIOLIGE
Ebó
1 figa grande

2 chifres de boi
1 orobô
1 obi
7 acaçás
7 moedas
Procedimento: a pessoa segura a figa nas mãos; o Babalorixa tocando
chifres em cima da cabeça da pessoa, coloca dentro dos chifres 1 orobô
e no outro 1 obi; coloca 3 moedas e soca 3 acaçás em cada chifre’a figa,
1 acaçá, 1 moeda e os chifres com as coisas dentro coloque em cima de
uma árvore frondosa. Peça ao ODÚ o que deseja.
5º) MATALAMBI
Ebó
1 bacia de ágata

água de cachoeira
7 búzios

7 argolas
70 moedas corrente
7 gemas de obo
7 obis
7 conchas
7 cavalos-marinhos

Procedimento: encher a bacia com água, colocar tudo dentro


arrumado e a pessoa com as suas mãos leva em uma pedreira e
deposita lá no alto.
5º) BEKA
Ebó
1 cabaça grande
7 acaçás

7 punhados de areia do mar


7 favas de Osalá
1 pombo branco
7 imãs
7 moedas
7 gotas de azougue

1 estrela-do-mar
1 orobô
Mel
Vinho moscatel
Procedimento: colocar tudo e temperar dentro da cabaça; colocar tudo
em uma relva no mato. Soltar o pombo e pedir o que deseja ao ODÚ
ODI BEKA.
6º) OMINITÁ

Ebó
7 quartinhas de barro
7 argolas douradas
7 orobôs
7 moedas
7 choros

7 conchas
7 cavalos-marinhos
1 igbin branco
Procedimento: ir a uma cachoeira bem bonita e na beira d’água encha
as quartinhas: faça uma estrela de 6 pontas: coloque tudo dentro das
quartinhas com água e tampe. O igbin passe pelo corpo e peça ao ODÚ
ODI OMINITÁ que lhe traga tudo de bom e que as águas leve tudo
mal. Solte o igbin no meio das quartinhas arrumadas sobre a estrela
desenhada no chão.
7º) ERÉ
Ebó
2 mts de morim branco
1 ferradura usada

1 rédea com cabresto e brindo


6 facas punhais
7 acaçás
7 kg de milho cru
70 moedas
1 vela grande de cera
1 cabaça grande
1 bolsa de areia do mar

Procedimento: levar a pessoa no mato, fazer um quadrado com a areia


do mar no chão; colocar em cima a cabaça aberta, em cima, separando
a tampa: passar tudo na pessoa e ir colocando dentro da cabaça.
Quando terminar tudo, tampe a cabaça e embrulhe no morim: acenda
a vela e vá embora.
8º) MURITÓ

Ebó
1 pacote de algodão
1 coração de bananeira
7 espigas de milhos
7 moedas
7 acaçás – 7 acarajés
7 atoris de bambu

1 ebô de Osalá
1 caixa de fósforos
1 alguidá grande
Procedimento: fazer 7 buchas de algodão e amarrá-las na ponta das
guaximbas, uma por uma, colocar o alguidá no chão: passar tudo na
pessoa, acender 2 buchas de cada vez e uma no final cruzar a pessoa;
sacudir para apagá-las e colocar nas bordas do alguidá. O coração da
bananeira deve ser colocado no centro do alguidá e em volta o ebô de
osalá. Entregar no mato ao ODÚ MURITÓ ODI.
9º) YUMILÁ
Ebó
70 moedas
1 alguidá grande

1 ebô de osalá
1 milho cozido
7 acaçás

1 vela de 7 dias
1 folhas de amendoeira
1 orobô
Mel – azeite doce
Procedimento: arrumar no alguidá as 7 folhas da amendoeira:
cerramar o milho cozido, colocar o ebô em forma de morro no meio do
alguidá, espalhar as moedas, colocar em volta o acaçá, enrolar na
folha de bananeira e no cimo do morro do Ebô, ou seja, em cima
colocar o orobô; derramar o mel e o azeite doce. Acender a vela de 7
dias, isto no mato em uma caminho verde.
10º) OANSI
Ebó
7 preás (porquinhos-da-índia

7 orobôs
7 moedas
7 acaçás
Procedimento: levar a pessoa no mato, solta 1 préa, jogar uma moeda,
passar um orobô no corpo e jogar também, até completar-se a soltura
dos 7 preás. Logo após, passa 7 acaçás no corpo e vem voltando do
mato jogando um acaçá de cada vez até sair do mato. Chamar pelo
ODÚ e pedir tudo a ele.
11º) KABARA
Ebó
1 travessa de barro
1 bagre (tirar o ferrão) 1 farofa de dendê
1 orobô

7 acaçás
7 moedas
7 imãs

7 cajás
7 gotas de azougue
7 velas
cachimbos de barro
Procedimento: arrumar tudo na travessa. Levar em um campo e
entregar a ODI –KANBARA

12º) ALUSIVARÁ
Ebó
1 frango branco
7 acaçás
7 bolas de farinha e 7 de arroz
7 moedas
1 kg de milho cozido

1 saco vazio de pano


½ kg amendoim torrado
7 fitas com 7 cores
1 orobô
1 alguidá grande
Procedimento: passar o frango na pessoa junto com tudo, menos o
milho, o amendoim e o orobô. Colocar tudo dentro do saco; no alguidá
colocar bem arrumado o milho e o amendoim, e por cima do
amendoim o orobô. O frango solta-se no mato. Entrega-se o alguidá
arrumado em uma praça pública que tenha jardim.
13º) EDU-KANKAN
Ebó
1 lata de banha de 20 kg
1 alguidá bem grande

7 brasas bem acesas


7 ekurus
7 ekidis
7 acarajé
7 bolas de farinha
1 farofa de dendê

^1 punhado de deburu
7 palmos de morim vermelho
7 velas
1 pote de pólvora
Procedimento: na beira de uma cachoeira passar tudo na pessoa e ir
colocando dentro da lata ou do alguidá; por cima colocar as brasas
bem acesas, fazer uma bucha de papel com pólvora, jogar dentro da
lata ou do alguidá: quando explodir, dá uma banho na pessoa nas
águas.
14º) SALANGÁ
Ebó
1 tijela branca
7 tijelinhas

7 obis
6 acaçás
7 búzios
7 cavalos-marinhos
7 conchas
7 moedas
7 velas
Mel –azeite doce

7 raízes de erva pombinha


Procedimento: arriar tudo de “pirose” ou seja, em cada tijela, 1 acaçá,
1 búzio, 1 cavalo-marinho, 1 moeda etc… a tijela maior fica na mão e
as pequeninas em volta; acender em cada uma, uma vela pedir tudo a
ODI SALANGÁ, que lhe traga tudo de bom.
15º) EBENEDI

Ebó
7 palmos de morim vermelho
7 pedaços de fita com 7 cores (1 mt cada)
7 bolas de farinha
7 acaçás
7 bolas de arroz
7 pembas com 7 cores

1 obi
7 velas
7 búzios
1 cabaça
7 doces brancos
Procedimento: colocar tudo na cabaça e a e pessoa leva no mato para
oferecer ao ODÚ EBENEDI. A cabaça é enrolada no pano vermelho e
amarrada com as fitas.
16º) OSSI
Ebó
1 baixela de prata
1 tijela bonita tipo terrina
6 pedras semipreciosas
6 búzios

6 imãs
6 conchas
6 gotas de azougue
6 cavalos-marinhos
1 pedaço de ouro
1 fava de aridan

600 ramos de trigo


Mel
Procedimento: este ebó faz-se por 12 meses a contar do mês que fizer;
a cada ano se renova e se acrescenta alguma coisa de axé de OBARA.
Ele fica guardado na casa da pessoa todo tempo em que ela existir.
EJILOSEBORA
12 búzios abertos Responde: SANGO
e 12 OBÁS
EJILOSEBORA
1º) OBAMUKUILA
Ebó
1 gamela
12 acaçás

12 moedas
12 búzios
12 conchas
12 cavalos-marinhos
1pedra de fogo
1 orobô
Mel

Procedimento: colocar tudo na gamela, bem enfeitado, e colocar em


uma pedreira com 1 vela acesa.
2º) OBA ZANKE
Ebó
1 abóbora moranga
1 orobô

Vinho moscatel
120 moedas
Mel
1 imã
1 fava de Sango
1 acará
Procedimento: colocar tudo dentro da abóbora. Tampá-la e colocá-la
no mato.
3º) OBA MUKANDE
Ebó
1 gamela
Areia do mar
12 cavalos-marinhos

12 búzios
12 conchas
120 moedas
12 acaçás
Azougue
Vinho moscatel
Mel – azeite doce

12 orobôs
Procedimento; arrumar tudo na gamela, derramar por cima o
moscatel, mel, azeite doce e entregar em uma praça pública.
4º) OBÁ ELA
Ebó
12 palmos de morim branco

12 mts de fita nas cores branco marro (6 mts de cada)


12 moedas
12 acaçás
12 imãs
Canjica (ebô).
Procedimento passa no pano na pessoa tirando bem o seu suor, abra o
pano no chão, passe tudo na pessoa e embrulho e o pano. Despache em
uma ladeira de morro.
5º) OBA AZALUM
Ebó
1 quartinha com água
12 mts de cadarço branco
12 fitas com 1 mt nas cores branco marrom

12 moedas
1 imã
1 aberem
12 acarajés
12 doces brancos
1 alguidá
12 varas de galho de café

1 orobô
1 brasa
Procedimento: arrumar tudo no alguidá, colocar em pé na beira do
alguidá as varas do café e colocar a brasa ardente na quartinha com
água; levar tudo em um caminho no mato e voltar por outro caminho.
6º) OBA BARÚ

Ebó
1 alguidá

6 velas
6 pregos de cumieria
1 marreta pequena
6 pedras apanhadas em estrada num dia de quarta-feira
6 acaçás
6 imãs

Azougue
6 quiabos cozidos
1 ebô

6 ramos de trigo
6 moedas douradas
1 pedaço de cobre
1 cristal
12 velas
Procedimento: arrumar tudo no alguidá e colocar em cima de uma
pedra no morro com o sol a pino, de preferência às 12:00 horas.
Chamar por EJILASEBORA OBA BARÚ.
7º) OBA ODUDUWA
Ebó
Mel
Areia do mar
12 bandeirinhas feitas com varinhas algodoeiro ou café nas cores:
vermelha, branca, marrom, azul, verde, amarelo, sendo duas de cada.
12 cavalos-marinhos
12 búzios
12 conchas
1 imã
12 acaçás

12 acarajés em azeite doce


12 quiabos cozidos
Canjica
1 gamela
12 orobôs
Procedimento: arrumar bem enfeitado tudo na gamela derramando
em primeiro lugar a areia dentro dela, em seguida todo o restante,
derramando o mel. As bandeirinhas são fixadas em volta da gamela na
areia, os quiabos ficam de pé entre as bandeirinhas. Entregar tudo isto
em uma montanha da qual se aviste o mar. Chamar pelo ODÚ.
8º) OBA KARENTE
Ebó
1 gamela
1 kg de uva branca

1 canjica
1 orobô
1 cristal de rocha
Procedimento: derramar nba gamela o ebô (canjica), por cima o cacho
de uvas, o orobô e o cristal. Colocar o ebó em cima de um pé de caju ou
jaqueira, ou ainda uma gameleira.
9o) OBA MUKUILAODI

Ebó
1 preá
12 moedas
3 orobôs
Procedimento: passar o preá na pessoa levá-la na entrada de um mato,
segurar um orobô com cada mão, fazer seus pedido, jogar os orobôs no
mato, soltar o preá, passar as 12 moedas no corpo e jogá-las no mato.
Pedir ao ODÚ o que desejar.
10º) OBA ZANKE ODI
2 mts de morim branco
1 alguidá
1 abóbora moranga
1 orobô

Mel
Vinho moscatel

12 moedas
6 argolas de cobre
1 imã
1 cristal
6 gemas
Ebô

Milho
Procedimento: colocar no alguidá a moranga. Tirar uma tampa,
colocar tudo dentro dela, tampá-la, embrulha no morim com laço e
pendurá-la no galho de uma árvore frondosa. O alguidá quebre-o bem,
atirando-o longe.
11º) OBA MUKANDE ODI
Ebó

12 acaçás
1 imã
1 travessa de barro
1 amalá com azeite doce
1 amalá com azeite de dendê com 6 quiabos (carne não leva)
6 quiabos

1 tijelinha de barro
12 moedas
12 orobôs
12 cavalos-marinhos
12 búzios
1 bandeira branca com haste de guaximba
Procedimento: dividir na travessa de um lado o amalá de azeite doce
com 6 quiabos, na outra metade o amalá com o azeite de dendê, no
meio a tijelinha; dentro da tijelinha ponha o imã, as 12 moedas, os 12
búzios. Em volta da travessa ponha de cada lados os 6 orobôs e 6
acaçás e os cavalos-marinhos no centro, dentro da travessa finque a
bandeirinha branca. Entregue no mato em uma elevação. Chame pelo
ODÚ.

12º) OBA ELA ODI


Ebó
12 moedas
2 mts de morim branco,
1 foguete de vara
1 alguidá
12 maçãs

12 pêras
12 acaçás
12 acarajés
12 velas
12 orobôs
12 mts de fita nas cores branco, marrom, verde, azul, amarelo e
vermelho.
Canjica
Milho cozido
Uva branca
12 doces brancos
12 caju
12 goiabas

12 caixas de fósforo
Procedimento: arrumar tudo bem arrumado dentro do alguidá,
colocar sobre a pessoa o morim branco; finque o foguete na terra para
ser soltado. A pessoa faz uma carta pedindo tudo que está desejando,
amarre na haste do foguete com linha e 1 retroz branco.
NOTA: Esta obrigação deverá ser feita em um morro que dê para o
oceano: tire o pano da pessoa, ponha-o, coloque a obrigação em cima e
solte o foguete para o mar (do monte para o mar). Quando estourar
grite o nome do ODÚ e peça tudo.
13º) OBA AZALUM ODI
Ebó
2 preás 9ou porquinhos-da-índia)
2 orobôs
12 moedas
12 búzios

1 canjica
1 amalá nos dois azeite (sem carne com 12 quiabos)
Procedimento: levar tudo para uma cachoeira. Na beira d’água arrie o
ebó e o amalá, passe as moedas no corpo, segure a seguir os 2 orobôs,
um em cada mão, converse com eles, solte-os na águas. Segure 1 preá
em cada mão, converse com eles também e solte-os no mato próximo às
águas. Lave a cabeça na cachoeira e venha embora.
14º) OBA BARÚ ODI
Ebó
2 gamela
12 moringuinhas
Açúcar mascavo
Gengibre

Moscatel
12 argolas de cobre
12 búzios

12 conchas
1 pedra
Areia do mar
12 cavalos-marinhos
12 acaçás
120 moedas

12 quiabos cozidos
Procedimento: colocar na gamela a areia domar: arrumar tudo bem
enfeitado dentro da gamela. Diluir o açúcar mascavo com o gengibre
ralado, o moscatel e água. Encha as moringuinhas e arrie em u7m
mato.
15º) OBA ODUDUWÁ
Ebó

1 gamela redonda
1 folha da fortuna
1 orobô
1 canjica
12 camarões
12 moedas

12 acaçás
12 cavalos-marinhos
Procedimento: colocar o ebô dentro da gamela em forma de morro,
enfiar os 12 camarões em volta de enfeitando, os 12 acaçás e os 12
cavalos-marinhos e as moedas. Em cima de tudo, no pico do morro
feito com o ebô na gamela, finque o orobô e por cima do orobô cubra-o
com a folha da fortuna. Ofereça tudo no alto de uma montanha, da
qual se veja o oceano. Peça tudo que desejar.
16º) OBA KARENTE

Ebó
1 gamela
12 argolas de cobre
1 cristal de rocha
1 acaçá
1 oxê (ferramenta de Sango)

12 búzios
12 moedas
1 fava de Aridã (pedaço)
1 estrela-do-mar (pequena)
azougue
1 imã
Mel

Moscatel
Água
Procedimento: arruma tudo na gamela, temperar tudo e colocar em
oferecimento em uma montanha ou serra.
OSSA MEJI
9 búzios abertos
Respondem: YEMANJA, OYÁ, OSSA MEJI
1º) ISSA
Ebó
1 mt de pano vermelho

1 tijela branca
1 kg de arroz
99 moedas
1 orobô

Procedimento: a pessoa vai a uma praia do oceano que tenha ondas e


em lá chegando, mistura, com a mão esquerda, o arroz com as moedas.
Logo em seguida, a pessoa já está com o morim às costas, pega
o orobô na mão esquerda, oferece a ISSA ODÚ na 9º onda. Jogue
o orobô nas águas, balance o pano vermelho e peça tudo que desejar.
Logo após jogue o pano nas águas e venha embora.
2º) TERE

Ebó

1 alguidá vidrado
27 moedas
9 ovos

9 maçãs
9 ovos cozidos
9 bolas de farinha
9 bonecos de pano
9 espigas de milho

Procedimento: arrumar tudo bem enfeitado no alguidá, engaçar as


espigas e arrumá-las também. Entregar no mato em um caminho.

3º) NISSÓ

Ebó

9 palmos de morim vermelho


1 cabaça
9 acaçás
9 bolas de arroz

9 ovos cozidos
1 obi
1 orobô
9 búzios
9 conchas
Mel

Procedimento: arrumar tudo dentro da cabaça, embrulhar no pano


vermelho, levar em uma elevação no mato e levantar bem com as mãos
e chamar por NISSÓ OSSA MEJI. Pedir tudo que desejar

4º) BKERI

Ebó

1 travessa de louça
1 tainha bonita crua

9 acaçás
9 moedas
9 ovos cozidos
1 arroz cozido
9 camarões
Procedimento: arrumar tudo na travessa, o arroz, os camarões, os
acaçás, as moedas, os ovos: levá-los em uma lagoa e oferecer ao ODÚ.

5º) TEMONJI

Ebó

1 saco de morim vermelho


9 fitas brancas 9 azuis
9 obis
9 imãs
9 moedas

Deburu (pipoca)
Ebô (canjica)
9 folhas de lírio copo-de-leite.

Procedimento: colocar tudo dentro do saco, levar em um rio limpo,


acender 9 velas e chamar por ODU TEMONJI OSSA.

6º) AKANJI

Ebó
8 palmos de morim branco
8 facas
8 acaçás amarelos
1 bacia com ebô *canjica)
8 fitas de 1 mt branca
8 fitas de 1 mt azul claro

8 velas

Procedimento: deitar o morim no chão, arrumar tudo em cima do


morim, NO MATO, e acender as oito velas em volta. Pedir tudo que
quiser.

7º) YALANTI

Ebó

8 pedaços de cipós
8 velas

Mel
8 ovos
8 bolas de arroz, 8 de inhame e 8 de farinha.
8 acaçás
azeite doce
1 curvina doce
1 folha grande de taioba

Procedimento: levar tudo para um mato e em um caminho deste mato


colocar a folha no chão; colocar em sentido vertical as 8 varinhas de
cipós em cima da folha e arriar em cima dos cipós tudo bem enfeitado.
Por cima de tudo a curvina assada. Derramar por cima mel e azeite
doce. Peça tudo a YALANTE ODÚ.

8º) EKIO

Ebó

1 moringa
1 alguidá
8 cabacinhas
8 acaçás
8 velas

9 bolas de arroz e 8 de farinha


8 moedas
8 obis
Água limpa
Mel – azeite doce
Vinho branco
Rapadura gengibre ralado
Procedimento: fazer uma mistura com água: a rapadura, o gengibre, a
água, o mel e um pouquinho de azeite doce encher as moringas colocar
noalguidá a moringa maior. As 8 menores em volta, e nos espaços
todos os ingredientes acima, bem arrumadinhos. Entregar NO MATO.
Chamar pelo ODÚ.

9º) SILIN

Ebó

1 bagre
8 acaçás

Mel – azeite doce


8 maçãs
8 pêras
8 obis
8 moedas
1 kg de uva branca

1 acará cozido
2 travessa branca

Procedimento: o inhame quando estiver bem cozido deve ser


descascado e depois bem amassado; misturar com azeite doce e mel;
esparramar na travessa, arrumar o bagre cru (sem ferrão) (cortá-lo),
arrumar em volta as frutas e tudo; oferecer ao ODÚ em cima de uma
árvore frondosa e deixar lá para o tempo consumir.
10º) KOKONISSE

Ebó

8 fitas azul clara e 8 brancas (metro)


1 ebô (canjica)
1 cabaça grande
8 argolas branca
1 obi
1 orobô
areia do mar

8 búzios
8 moedas
8 conchas
1 travessa de barro grande
8 acaçás
Mel – azeite doce

Procedimento: abrir a cabaça, colocar tudo dentro, desde a areia até os


acaçás. Colocar na travessa de barro a canjica preenchendo toda à
volta da cabaça e, espalhado em volta às fitas para enfeitar. Despachar
em oferecimento ao ODÚ em uma árvore frondosa. NO MATO!
11º) IRÔ

Ebó

8 broas de trigo (pão)

8 moedas
8 acaçás
8 doces brancos
1 travessa de louça branca
Mel
8 pedaços de fitas azul e branca

Procedimento: arrumar tudo na travessa e esparramar mel por cima.


Com as fita faça uma trança e envolva as coisas arrumadas com ela.
Entregue em um MATO.

12º) SAKONÃ

Ebó

1 SACO DE MORIM BRANCO


8 pedaços de cadarços
8 maçãs

8 batatas doces cozidas


8 obis
9 orobôs
8 búzios
8 bolas de arroz e 8 de farinha
1 acará cozido e descascado

1 vara forte de guaximba

procedimento: passar tudo na pessoa, colocar tudo dentro do saco,


amarrar sua boca, atravessar o pau (guaximba) na boca do saco
através do ombro; a pessoa caminha 8 metros mais ou menos, viras as
costas e vir embora. Na volta, tomar banho de macaçá – Saião – Tapete
– Elefante – Oniri – Alfavaca.

13º) SOIA-DÃ

Ebó

1 travessa de barro
1 peixe agulha cru
1 ebô (canjica)
8 cravos de costa da índia
8 noz-moscada
1 obi
1 orobô

Melão de São Caetano


Papel crepom com 7 cores picados

Procedimento: Embrulhar a pessoa no morim, passar tudo nela;


depois tirar o morim, quebrar os pratos, embrulhar tudo e colocar no
mato.

14º) XANAN

Ebó

2 mts de morim branco, vermelho e preto.


2 pacotes de pólvora
2 pedras de fogo
2 acaçás
2 fls. De bananeira.

2 caixas de fósforos
1 alguidá

Procedimento: arriar todos os morins no chão: colocar em cima deles


o alguidá com a pólvora; passar o resto na pessoa; queimar a pólvora e
bater no cliente com as fls. De bananeira. Jogar água, virar as costas e
ir embora. Tomar banho de abo e arriar um Ebô D’Osalá.
15º) LESSA

Ebó

2 acarás bem cozidos (inhame)

2 pratos brancos
2 velas
2 mts morim branco
Mel
Azeite doce
1 paliteiro de ogum

Procedimento: arriar no prato um acará com azeite doce, paliteiro e


tempero. No outro prato somente o inhame com tempero e tudo. A
pessoa levanta os 2 pratos e oferece ao ODÚ, deposita o paliteiro na
estrada do trem e o outro na rodovia.

16º) BENESSÔ

Ebó

1 travessa branca
1 inhame acará cozido
9 ovos cozidos

Ebô
9 cavalos-marinhos
1 estrela-do-mar
9 acaçás
9 conchas
9 búzios

1 imã
Azougue

Procedimento: arrumar tudo bem enfeitado na travessa e arriar tudo


em um morro que fique de frente para o mar. Peça tudo o que desejar
ao ODÚ.
EJIONILE

8 búzios
abertos Responde:
OSOGUIAN

EJIONILE

1º) OLANFIM
Ebó

8 palmos de morim
89 bolas de arroz e 8 de inhame
8 moedas brancas
8 ovos

8 folhas de colônia
8 acaçás

Procedimento: passar tudo na pessoa e fazer uma trouxa com tudo


dentro após passar na pessoa. Colocar no mato.

2º) ODOLUÁ

Ebó

1 cabaça
5 cabacinha

8 varas de atori de algodão


8 moedas
8 cavalos-marinhos
8 acaçás
8 bolas de inhame
Um punhado de ebô (canjica)

Areia do mar
Água do mar

Procedimento: fazer uma estrela desenhada no chão: colocar “no


centro a cabaça grande aberta, colocar tudo dentro e as 8 cabacinha
em volta: encher com água do mar. No desenho no chão cobri-lo com
areia do mar também.

3º) KUDIRÉ

Ebó

1 mt morim branco
1 ebô
1 tijela de arroz

1 inhame – acará cozido


8 acaçás
8 moedas
1 prato branco
1 pedaço de cristal de rocha
Procedimento: passar na pessoa o ebô, o arroz, e limpá-la bem com o
morim. Em seguida, coloque no prato o inhame cozido amasiado,
coloque os 8 acaçás em volta do inhame e a pedra de cristal cravada no
inhame. Colocar em uma cachoeira quando o sol estiver se pondo, seja,
vem à tardinha. Pedir tudo ao ODÚ.

4º) SAGRIN

Ebó

8 pombos brancos (erelé)


8 moedas
8 gemas de ovo

8 folhas de peregun

Procedimento: colocar nas mãos da pessoa uma gema, em cada mão


espalmada. Passar de cada vez os 2 pombos e soltá-los. 2 moedas e
jogá-las. 2 folhas de peregun (bata no corpo) e jogar, e as duas gemas
que estão nas mão jogue-as também. Renove tudo outra vez até
completar tudo, ou seja, 4 vezes.
Limpe as mãos e venha embora. NO MATO.

5º) EBUIM

Ebó
1 bacia de ágata
8 pedras brancas
8 búzios
8 moedas
1 estrela-do-mar
8 conchas

8 peixinhos do rio
Água limpa

Procedimento: deixar em casa em lugar alto (acima da cabeça),


durante 8 dias, a contar de um Sábado. Findos os oito dias, levar tudo
a uma cachoeira de água limpa e lançar tudo nas águas. Acender uma
vela de cera e pedir tudo que desejar ao ODÚ.

6º) SAMANDI

Ebó

1 tigela branca
9 argolas brancas
9 acaçás
9 ovos cozidos
1 obi
9 folhas de loros

9 bolas de arroz
1 ebô
9 velas
Mel – azeite doce

Procedimento: arrumar tudo na tijela, levar em uma praça pública


que tenha jardim. Acender as 9 velas em volta.

7º) ODÃ

Ebó

1 inhame do norte cozido


9 folhas de mamona
9 ovos

9 acaçás
9 ekurus
1 farofa de dendê
1 frango branco
1 mt de morim vermelho
Mel

Azeite doce
Azeite de dendê

Procedimento: amassar o inhame cozido, misturar com azeite doce e de


dendê; colocar as 9 folhas de mamona no chão, colocar nelas um pouco
de farofa em cada uma, 1 ovo em cada uma, 1 acaçá em cada uma, 1
ekuru em cada uma. As folhas são colocadas em formam de ferradura
e a pessoa fica dentro dela, ou seja, dentro do círculo; embrulha as
folhas, vai passando nas pessoas e colocando no morim. O frango é
também passado na pessoa e despachado tudo; o frango vivo e o
embrulho no morim do ODÚ. Tudo isto vai para o MATO, beira do
rio!

8º) LEJÓ

Ebó

1 abóbora de pescoço
9 obesa
9 orobôs
1 imã
1 ferradura
9 búzios

9 conchas
9 acaçás

Mel
Ebô (canjica)

Procedimento: abrir a abóbora ao meio no sentido horizontal: colocar


nela tudo arrumado: jogar por cima mel.

NOTA: despachar em um jardim com uma vela acesa.

9º) OGBO

Ebó

1 pombo branco
1 igbin branco
1 obi
1 orobô

Procedimento: levar a pessoa no mar em noite de lua cheia: olhar o


mar e a lua levando o obi e o orobô em cada mão; passa-o no corpo e
joga-os nas águas do mar. O igbin e o pombo mostra-os a lua e solta o
pombo para o ar e o igbin nas águas.
Diga para a lua e para o mar que o que você está entregando possa lhe
trazer tudo de bom e progresso.
10º) NEKERENDE

Ebó

1 cesto
9 espelhos

9 bolas de arroz
9 espigas de milho
9 acaçás
1 kg de uva branca
9 pêras
9 maçãs
1 ebô

Deburu
9 pentes
9 rosas brancas
8 obis
Mel
1 mt morim branco

Procedimento: arrumar tudo dentro do cesto, levar em uma beira de


cachoeira, colocar a toalha no chão e arriar o balaio. Oferecer ao ODÚ
ASSA NEKERENDE MEJI. Pedir o que desejar.
11º) NISSEIÓ

Ebó

1 rã
1 búzio
1 concha
1 vintém
1 acaçá
9 ovos cozidos

Procedimento: levar a pessoa na beira de uma lagoa, conversar com a


rã pedir tudo que precisa, solta na água, passa tudo no corpo, o búzio,
o concha, o vintém, o acaçá e os ovos, coloque na beira da lagoa e peça
tudo que desejar.

12º) MONEANJI

Ebó

1 alguidá 7 bonecas de pano


7 fios de palha da costa

13 ekidis
13 vinténs
13 acarajés
13 ekurus
13 obis
13 orobôs

Procedimento: amarrar cada boneca com 1 fio de palha da costa e 1


obi e 1 orobô: colocar em pé na borda do alguidá. Arrumar o restante
e oferecer ao ODÚ MONEANJI ODILOBÃ em uma cachoeira.

13º) TAPILEKUN

Ebó

1 saco de morim branco


13 varinhas atore de amora

13 moedas
13 búzios
13 acaçás
1 orobô
13 espigas de milho
7 folhas de mostarda
13 ekidis

ebô
Deburu
7 mts de fita nas cores: branca e roxa (com 1 mt cada0.

Procedimento; passar tudo na pessoa, amarrar as varas atoris com as


fitas enfeitando-as; amarrar a boca do saco, atravessando as varinhas
na boca do saco, levar e oferecer a EJIOLOBANTAPILEKUN na
beira da lagoa. Acender 1 vela.

14º) ONIA

Ebó

1 frango branco
Ebô (canjica)
1 deburu
1 mt morim vermelho

9 côcos
9 acaçás
9 velas
9 bolas de farinha e 9 de arroz
Procedimento: passar o frango na pessoa e soltá-lo no mato. Arriar no
mesmo local o pano. Os 9 côcos abertos e dentro deles colocar um
acaçá, 1 bola de arroz. 1 farinha, o deburu e o ebô. Acenda as 9 velas e
enfeite e obrigação e venha embora.

15º) OBAKARÓ

Ebó

1 gamela
1 ebô

9 búzios
9 conchas
Milho cozido
9 imãs
9 moedas
9 fitas com 9 cores

Mel

Procedimento: arrumar tudo dentro da gamela, enfeitar com as fitas e


oferecer no alto de uma árvore na cachoeira.

16º) BONIATÁ
Ebó

1 cesto
1 abacaxi
14 bananas da terra

14 acaçás
14 frutas-de-conde
folhas de melão de São Caetano
1 melão
1 mamão
14 ovos cozidos
Uvas moscatel e branca

14 mts de fita nas cores

Procedimento: forrar o cesto com as folhas do melão de São Caetano e


arrumar o restante a gosto. Arriar e oferecer ao ODÚ no mato.
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2 Responses »
Oferendas & ebós para Ogumdomingo, out 23 2011
Ebós & oferendas Ogum Exu Xorokê 19:20

2 Votes

Oferendas & ebós para Ogum

Oferendas & ebós para Ogum

2 SET 2011 POR VALÉRIA D’ OGUMEXUBARÁXOROQUÊ, NÃO HÁ


COMENTÁRIOS »Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-
se que cada pessoa só consegue o desejado se ela tiver o devido
merecimento dado por Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo
entendimento sobre ebós. CUIDADO E ATENÇÃO.

O que é um Ebó?
São rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano
(saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia
familiar, etc.) A composição de cada Ebó depende da sua finalidade, e os
seus componentes vão desde bebidas a frutas, folhas, velas, adornos,
alimentos secos, mel, óleo de palma, louças, artefactos de barro ou ágata.,
etc..

Tipos de ebòs existentes


Èbó Etutu: sacrifício propiciatório de purificação para os falecidos ou um
Orisa no
período de iniciação. (carregado de elementos)
Èbó Iyònu: Sacrifício para transformar a Raiva, Ódio em Afeição ou obter
os favores
de um Orisa ou Ancestral.
Èbó Opinodu: Sacrifício de alinhamento do Ori com o Odu pessoal. Ebori;
Sacrifício para Ori e o Orisha auxiliar.
Èbó Eledá: Sacrificio de alinha mento e conexão direta com Deus
(criador).
Èbó Alafia: Oferecimento de tranqüilidade.
Èbó Omisi: Banho de Expurgação com elementos adequados.
Èbó Omi-Eró: Banho propiciatório de apaziguamento.
Èbó Idamewa: Oferecimento de dízimos ou beneficência (voluntaria),
também inclui comidas e banquetes.
Èbó Itasile: Oferecimentos com petições e libações cerimoniais para os
Orisa ou Eegun
Èbó Ópé: Oferecimento de Ações de Graças ou Agradecimento com
toques de Ilú (tambores), oferendas de Adimu’s e festividade para
Ori/Orisha.
Èbó Oresisun ou Sisun: Sacrifício ao fogo. A destruição do sacrifício por
fogo constitui a separação de um estado passado para uma dimensão futura.
Èbó Fifí: Sacrifício às ondas. Situação semelhante ao prévio com o
elemento Água.
Èbó Ese: Sacrifício para quem cometeu um pecado, quer dizer
desobediências, quebra de tabu.
Èbó Eni: Sacrifício de esteira.
Èbó Ate, Ebo katerun ou Ebo Atepon: Ebo realizado somente pelo Awo
de orunmila.
Èbó Epile: Sacrifício de fundação, na finalidade de estruturar um Ile
Ifá/Orisa, uma casa residencial ou comercio.
Èbó Todara: Sacrifício bem elaborado de forma bem arrumada e
ornamentada, muito bonito e agradável aos olhos, para fins de abundancia e
sucesso.
Èbó P’ajé: Sacrifício específico para neutralizar Bruxaria agressiva,
Feitiços de amarração feitos por mulher feiticeira.
Èbó Epepa: Sacrifício para neutralizar pragas (maldições).
Èbó nifé: Sacrifício para união e harmonia no matrimonio, geralmente é
executado com micro incisões no Ori de ambos interessados.
Èbó Awedo: Sacrifício de purificação nas águas de um rio bem limpo.
Èbó Ikuda: Sacrifício para tirar uma pessoa das mãos da Morte (Iku).
Èbó Agberepota: Sacrifício de proteção contra perversidades de Inimigos
físicos ou sobrenaturais.
Èbó Aségbe: Sacrifício de proteção pessoal.
Èbó Itá: Sacrifício executado para Ogun e Osanyin no terceiro dia após
uma iniciação de Yawo.
Èbó Ìrán: Sacrifício de defesa e ataque.
Èbó Èró Elegun: Sacrifício para acalmar alguém possuído por Orisa.
Èbó Dìde Abiku: Sacrifício para manter um Abiku na Terra (vivo)
Èbó Tabi Ajé: Sacrifício para se tornar uma Iyami.
Èbó Nidosù: Sacrifício pra tornar pessoa um iniciado em Orisa.
Èbó Àwúre: Sacrifício para benefícios.
Èbó Ajeru: Sacrifício para conseguir melhorar as finanças.
Èbó Owonini: Sacrifício para atrair dinheiro.
Èbó Arimolé owo: Sacrifício enterrado para atrair dinheiro.
Èbó Afòran: Sacrifício pra escapar de processos na justiça.
Èbó Isègun Òta: Sacrifício pra vencer Inimigos.
Èbó Ìféran: Sacrifício para conquistar Amizade, atrair Amor, Afeição.
Èbó Irogun: Sacrifício para evitar Confusão, Guerras, Desordem.
Èbó Ayekuro: Sacrifício pra acabar com Azar.
Èbó Awórò: Sacrifício para chamar fregueses.
Èbó Ìfa Ènìyàn: Sacrifício para atrair clientes.
Èbó Ìtaja: Sacrifício para ter sucesso nas vendas em comercio.
Èbó Omobi: Sacrifício para obter fertilidade e filho.
Èbó Ipélaye: Sacrifício para longevidade.
Èbó Ajodarà: Sacrifício para ter Boa viagem.
Èbó Gbéré: Sacrifício de Incisões para penetração do Ashé ou para
proteção.
E ainda outros…

O que é uma Oferenda?


Chamamos oferendas aos rituais compostos de frutas, alimentos, carnes,
bebidas, flores, louças e adereços que servem para oferecer aos Orixás,
como uma súplica para se alcançar uma graça, bem como para homenagear
e cultuar um Orixá, de forma a fortalecer o nosso vínculo com o mesmo.
Cada Orixá tem os seus respectivos alimentos, as suas flores, as suas cores,
as suas bebidas e a sua forma particular de culto, orações e invocações.
Conselhos: Ao fazer um Trabalho/Ebó, além da fé você deve:
1. Só utilizar material novo.
2. Nunca substituir um material por outro.
3. Usar somente o que a receita pede.
4. Ao fazer o trabalho, mantenha o pensamento firme no que você
realmente deseja.
Atenção: Nunca faça um Trabalho/Ebó para desejar o mal de alguém, pois
um pensamento negativo atrai para si essa má vibração. E, sempre que tiver
o seu desejo realizado, lembre-se de agradecer, dessa forma, um universo
de boas energias passará a “conspirar” por si.
COZINHA RITUALÍSTICA

Cará com Dendê e Mel


Lave um inhame em sete águas (sete vezes), depois coloque numa gamela
de madeira ou alguidar. Com uma faca (obé), bem afiado, corte-o na
vertical. Na banda do lado esquerdo se passa dendê e na do lado direito
mel.

Paliteiro de Ogum
Cozinhe um Cará com casca e tudo. Coloque numa gamela de madeira ou
alguidar. Espete palitos de Mariô por toda a superfície. Pode regar com
dendê ou mel.

Feijão Mulatinho
Cozinhe o feijão mulatinho (ou cavalo) e tempere-o com cebola refogada
no dendê, coloque em um alguidar e enfeite com 7 camarões fritos no
dendê.

Para conseguir um bom emprego:


Farofa com dendê;
Ferradura;
7 moedas antigas;
1 cravo vermelho;
1 vela vermelha e verde.
Forre uma bandeja com a farofa (feita com farinha de mandioca e azeite de
dendê). Coloque em cima da farofa os restantes objectos e os seus pedidos
escritos num papel. Entregue numa mata, para Ogum.

Ebó para abertura de caminhos, trazer dinheiro e prosperidade com a


ajuda de OGUM
– 01 inhame do norte assado, 21 moedas correntes, 21 taliscas de mariwô
(folha da palmeira), 01 acaçá branco (bolinho de milho branco misturado
com água, envolto em folha de bananeira ), 01 acaçá vermelho ( igual ao
branco , porém com farinha de milho amarela ), azeite de dendê e mel.
– Assar o inhame na brasa (se for preciso raspar um pouco para tirar o
excesso queimado). Colocar no alguidar. Enterrar os talos de mariwô e
chamando Ogum. Fazer o mesmo com as moedas. Colocar os acaçás (um
em cada ponta do inhame). Regar com um pouco de azeite de dendê e mel,
01 pitada de sal.
– Acender uma vela vermelha e fazer seus pedidos a Ogum.
– Colocar este despacho no muro, ao lado do portão.Se a pessoa morar em
apartamento, colocar dentro de sua casa, atrás da porta de entrada.
– Depois de 07 dias, despachar sob uma árvore bem frondosa.
Oferendas a Ogun

Material: 1 inhame; Azeite de dendê; Mel de abelhas; 1 palma de


dendezeiro (mariwo), pode ser de coqueiro caso não ache o dendezeiro; 1
vela branca.
Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma
do dendezeiro. Depois que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos
em toda o corpo do inhame, escreva o nome da pessoa que se deseja ajudar
em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome, coloque o
mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos . Pede-se o desejado
à Ogum. Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.
ADALU é um Adimu (comida, Oferenda, Agrado, trabalho) para Orixá
Ogum: O Orixá Ogun é um santo muito vigoroso, não foge a luta, olha por
seus filhos, vence a batalha sem olhar o motivo, Ogum não conheceu a
derrota nos campos de batalha a até a morte (Orixá Ikú) tinha medo deste
Orixá. Ogum Irmão de Oxossi ensinou Oxossi a guerriar, então quando
oferecemos a Ogun estamos ciente de que a Vitória é certa. Temido
pelos Yorubas, respeitado e reverenciados pelo Candomblé e a Umbanda.
Ingredientes para Comida de Ogum:
Feijão preto
Milho vermelho cozido
Azeite-de-Dendê
Cebola ralada
Atàré moído
Camarões seco

Como Preparar a Comida do Ogum:


Misture o milho e o feijão, refogando com azeite-de-dendê, ataré (pimenta
da costa), cebola e camarões.
Às vezes é oferecido acompanhado de carne dos animais sacrificados em
seu ritual de matança, mas pode ser oferecido para qualquer finalidade,
seja: Para problemas no trabalho, brigas, inimizades, inimigos que te
percegue, conseguir uma vitória com ajuda de Ogum, mas não é
aconselhável para o Amor, pois Ogum é duro igual o aço e para
trabalhos no amor é preciso flexibilidade que não é uma das
caraterísticas do Ogun.

Para conseguir um bom emprego:


Farofa com dendê;
Ferradura;
7 moedas antigas;
1 cravo vermelho;
1 vela vermelha e verde.
Forre uma bandeja com a farofa (feita com farinha de mandioca e azeite de
dendê). Coloque em cima da farofa os restantes objectos e os seus pedidos
escritos num papel. Entregue numa mata, para Ogum.

. AJUDA DE OGUM :
– 01 inhame, azeite de dendê, mel de abelhas, 01 palma
de dendezeiro (mariwô) ou de coqueiro, se não achar o mariwô, 01 vela
branca.
– Assar o inhame. Retirar os talos das folhas da palma
do dendezeiro. Depois de esfriado o inhame, enfiar os talos em todo
ele, escrever o nome da pessoa que precisa de ajuda em um prato branco.
Colocar o inhame em pé sobre o nome da pessoa, colocar mel e um pouco
de azeite de dendê sobre o inhame e os talos. Oferecer e pedir à Ogum o
que deseja. Colocar próximo ao portão da pessoa necessitada. Deverá
ficar por 07 dias, após este período ser despachado sob uma árvore
frondosa.

Feijão para Ogum


Ingredientes:
– 500g. de feijão cavalo
– 01 cebola
– 01 vidro de dendê
– 07 camarões grandes
Modo de preparo: Cozinhe o feijão e tempere-o com cebola refogada no
dendê, coloque em um alguidar e enfeite com os camarões fritos no dendê.
Faça seus pedidos e ofereça a Ogum.

Ebó para Ògún


Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade
1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de
mariô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco
misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá vermelho
(igual a acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite de
dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariô e chamando por Ogum, Faça o mesmo com as
moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com um
pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. Acenda uma vela e faça os seus
pedidos a Ogum. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. Se você morar num apartamento, coloque dentro da
sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés
de uma árvore frondosa.
ABADO ERAN (Oferenda de Ogum)
1 kg de milho vermelho torrado
1 kg de milho vermelho cru
21 pedaços pequeno de carne de boi ou de caça
Azeite-de-Dendê

Preparar a Comida para Ogum


Após torrar o milho ponha em uma gamela acrescentando os pedaços de
carne, misture tudo e regue com bastante azeite-de-dendê. Em seguida
ofereça à Ògún acompanhado de Gin ou Uísque.
Esta comida só deve ser oferecida ao Orixa Ogun na rua, com a finalidade
de destruir as energias negativas matando as dificuldades da vida pelo fato
do milho esta torrado não brotando mais. O que logo depois deverá
oferecer à Ogum na volta para casa o milho cru passar sobre a cabeça
deixando cair diretamente no chão e jogando água por cima dos milhos
com a finalidade de brota todas as coisas boas e dinheiro no caminho.

EBÓ PARA ABERTURA DE CAMINHO OFERECIDO A OGUN


½ kg de cada tipo de miúdo de boi;
1 inhame bem grande;
1 alguidar grande;
21 palitos.
Cozinhe os miúdos e o inhame (com casca) separadamente. No alguidar,
coloque os miúdos e o inhame, cravejado de palitos em cima.

Leve essa oferenda numa trilha de mata e peça para Ogun abrir seus
caminhos, trazendo fortuna e prosperidade

EBÓ PARA OGUM XOROQUÊ


1 alguidar grande; PÓ DE AXÉS
2 kg de feijão preto;
3 garrafas de cerveja;
1 copo.

1 nós moscada;
1 dandá da costa;
1 punhado de cravos da Índia;
canela em pó;
2 inhames grandes;
toucinho de porco;

azeite de dendê.
Rale ou soque todos os ingredientes, guardando o pó num recipiente
adequado. Esse pó poderá ser soprado dentro de casa ou no seu local de
trabalho, pedindo prosperidade, ou, até mesmo, ser passado em pessoas
pedindo para afastar as más influências.
Cozinhe o feijão preto até amolecer. Numa panela de ferro, frite o toucinho
no dendê e refogue o feijão.
Arrume a comida no alguidar (previamente lavado com água e mel),
enfeitando com sete pedaços de toucinho frito. Coloque os inhames cozidos
(com casca) em cima de tudo.
Leve essa oferenda a um trilho de trem que faça uma linha reta (não
coloque o prato perto de curvas). Quebre as três garrafas de cerveja e peça
para Ogun Xoroquê que melhore sua vida o mais rápido possível. Peça
fortuna, prosperidade, caminhos abertos, etc.

Obs.: Servir a cerveja no copo, fazer o circulo e Quebrar, significa romper


a influência de forças maléficas que atrapalham a vida.

OFERENDAS do Orixá OGUN – Adimu para Orixá Ogum


– Para apaziguar Ogun. Comida ou Oferenda para O orixá Ogun.
Deve-se preparar sete ecós, coloca-se num alguidar com uma moeda
corrente e um grão de ataré em cima de cada um. Depois de arrumados,
acrescenta-se azeite de dendê, mel de abelhas e manteiga de
cacau derretida. Junta-se, dentro do alguidar, bastante milho torrado e
rega-se com aguardente. Arreia-se diante de Ogun com uma vela de sete
dias. Despacha-se numa via férrea.

Saudação a Ogun: Ogun enhê!!!

Ebó para Ògún Para abrir caminhos

Ebó para Ògún Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade


1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de
mariô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco
misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá vermelho
(igual a acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite de
dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariô e chamando por Ogum, Faça o mesmo com as
moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com um
pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. Acenda uma vela e faça os seus
pedidos a Ogum. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. Se você morar num apartamento, coloque dentro da
sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés
de uma árvore frondosa.

ABRIR CAMINHOS
–1 GALINHA.

-1 CORRENTE DE FERRO DO TAMANHO DA PESSOA.


-1 VELA AZUL.
-1 VELA VERDE.
· Sacrifica-se uma galinha sobre uma corrente de ferro do tamanho da
pessoa a ser favorecida.Acenda do lado do animal uma vela azul e do lado
da corrente uma vela verde.Após três horas despachar a franga em uma
linha férrea oferecendo a IEMANJÁ e despachar a corrente no mar
oferecendo a OGUM.

ABRIR CAMINHOS
-FARINHA DE MANDIOCA.
-MEL.
-21 FOLHAS DE AROEIRA.
-7 MOEDAS ANTIGAS.

-7 MOEDAS NOVAS.
Fazer uma farofa fria com farinha de mandioca e mel , manipulando com as
mãos.Colocar a farofa num alguidar. Rodear a oferenda com 21 folhas de
aroeira , fazer o pedido e acrescentar 7 moedas antigas e 7 moedas novas .
Arriar no igbá de OGUM.

AFASTAR ALGUÉM
– 1 OVO DE PATO,MACHO.
· 1 PRATO BRANCO.
· 1 VELA PRETA.
· 1 PAPEL DE SEDA VERMELHO.
· 1 VELA ROXA.
-Pega-se um ovo de pato,macho de casca branca.
-Coloca-se o ovo dentro de um prato,também branco,sem quebra-lo.
-Fazer as conjurações.

-Utilizar um instrumento com ponta fina,de maneira que possa fazer um


pequeno furo no ovo sem quebrar a casca.
-Introduzir um sinal da pessoa.
-Fechar o furo com cera da vela preta.
-Envolver em papel de seda vermelho.
-Enterrar em um cemitério ,numa cova que tenha terra fofa.

-Em cima do ovo acender uma vela preta e depois a roxa.

AGRADECIMENTO
-7 VELAS AMARELAS.
-3 VELAS PRETAS.
-1 GARRAFA DE CACHAÇA
-1 PEDAÇO DE CARNE CRUA.
-1 MORIM VERMELHO.

-Ir até uma encruzilhada aberta antes das 07 horas.


Fazer as conjurações.Forrar o chão com o morim e colocar o pedaço de
carne. Acender primeiro as velas pretas e após as amarelas.
Derramar um pouco de cachaça no chão e deixar o restante
na garrafa.Fazer as conjurações para Xorokê.

AMALÁ FORTE DE XOROKÊ


-7 QUIABOS
-1 GILÓ.
-1 K FARINHA DE MANDIOCA.
-1 VIDRO DE DENDÊ.
-7 PIMENTA MALAGUETA FRESCA.
-7 PUNHAIS DE AÇO,CABO PRETO.
-1 ALGUIDAR DE BARRO.

-7 VELAS AMARELAS.
-Cortar cada quiabo 6 vezes,de forma que fique 7 pedaços,ou melhor 49.
-Corta-se o giló em 3 fatias de maneira que não se separem.
-Fazer uma farofa com a farinha de mandioca,dendê e pimenta picada,que
fique bem soltinha.
-Colocar um punhado de farofa no fundo do alguidar,suficiente para forrar
o fundo.
-Fazer as conjurações.
-Com a mão esquerda coloque os 49 pedaços de quiabo ao redor.
-Coloque o giló no centro.
-Em seguida cubra tudo com a farofa,deixando apenas o giló aparecendo.
-Coloque os sete punhais ao redor do prato,de maneira que fiquem todos
com as lâminas apoiando no alguidar em direção ao centro.

-Acender uma vela por dia ,durante sete dias.


-Despachar em uma encruzilhada aberta.

CONJURAÇÕES AO SR XOROKÊ
1ª CONJURAÇÃO: Sr. Xorokê , rei do ouro,senhor das nobrezas e das
farturas , invoco-te por parte do maioral todo poderoso , para que , neste
exato momento , coloque teus sete emissários ZITECHIS, GEZADOS,
MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS, em
meu favor,para solucionar o quero e preciso,no prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias,pois para isto fostes criado.
2ª CONJURAÇÃO: Sr.Xorokê,assim como o bode berra,o fogo estala e a
fumaça sobe,eu… quero que meus desejos sejam agora a mim
dirigidos,como a luz do sol,clareia a terra,tu com as sete forças do
espaço,ZITECHIS, GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS,
PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS ,irás dirigir a mim tudo aquilo que
eu quero e preciso neste momento,dentro do curto prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias , pois para isto fostes criado.
3ªCONJURAÇÃO : Sr.Xorokê,tu que tens o grande poder de aliviar-me
de todas as minhas necessidades materiais,neste exato momento te
suplico e ordeno: fáras com que tuas sete falanges do espaço ZITECHIS,
GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS,
ZALIÊROS,venham em meu socorro no curto espaço de tempo de sete
minutos,sete horas ou sete dias, pois para isto fostes criado.
CORAGEM, PAZ, GUERRA
-INHAME.
-BATATA DOCE.
-BATATA INGLESA.
-GENGIBRE.
-FAVA DE ARIDAN
-AMENDOIM TORRADO.
-CAMARÃO SECO.

-CEBOLA RALADA.
-AZEITE DOCÊ.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-UMA QUARTINHA DE BARRO VERMELHA.
-CACHAÇA.
-NOVE OVOS DE CASCA BRANCA COZIDOS.

-COUVE.
-CHICÓREA.
-FAZER AS CONJURAÇÕES.
-Cortar tudo,em pequenos pedaços,menos a couve e a chicórea que será
usado para enfeitar o alguidar.
-Os ovos descascados serão colocados por cima,enfeitando enquanto as
folhas serviram para forrar o prato.
-Atenção:Se for com a finalidade de obter coragem e paz,será despachado
na beira de um rio,ao pé de uma árvore,deitando azeite doce .
Se o objetivo for guerrear ,este ebó deverá ser colocado em uma linha de
trem ou em uma campina e derrame dendê.
Mas em qualquer um dos casos não esqueça de colocar a quartinha ao lado
com cachaça.

DEFESA PESSOAL
-MELÃO.
Para resolver problema com auxilio de OGUM deve-se pegar um melão e
dividir em sete pedaços , e oferecer a OGUM,a água que escorrer dele a
pessoa deve passar no corpo .

DESFAZER MANDIGAS E FEITIÇOS


-7 PEDAÇOS DE CARNE BOVINA CRUA.
-3 VELAS AMARELAS.

-7 OVOS CASCA BRANCA.


-1 GARRAFA DE VIDRO DE CACHAÇA.
-1 PORÇÃO DE ENXOFRE EM PÓ.
-1 MORIM VERMELHO.
-Em uma noite de lua cheia,vá a uma encruzilhada aberta e entregue ao Sr
XOROKÊ este ebó da maneira a seguir:

-Faça as conjurações.
-Coloque o morim no chão em forma triangular.
-Coloque os sete pedaços de carne crua disposta sobre o pano.
-Com a mão esquerda quebre um ovo para cada pedaço de carne.
-Pulverize o pó de enxofre sobre os ovos e as carnes.
-Acenda as velas na volta.
-Após sete dias retorne na mesma encruza,faça as conjurações e acenda
uma vela branca.-
DINHEIRO
-1 PEIXE DE ÁGUA DOCE.
-1 GALO VERMELHO NOVO.
-1 GALO VERMELHO COM AMARELO.
Para melhorar financeiramente oferece-se o peixe á OXUM nas águas de
um rio.Sacrifica-se um galo para o BARÁ e outro para OGUM .-

EBÓ FORTE
· 1 ALGUIDAR.
· MEL.
· FARINHA DE MANDIOCA.
· 1 ESPIGA DE MILHO.
· FOLHAS DE GUINÉ.
· 5 VELAS AMARELAS.
· Coloque em um prato de barro , ou alguidar, um pouco de mel com
farinha de mandioca,em seguida coloque uma espiga de milho verde sem as
palhas,vá virando a espiga até ficar toda coberta como se fosse a
milaneza,depois cubra-a com folhas de guiné bem verdes , aguarde durante
sete horas e depois leve a uma praia ou beira de um rio.

EFÓ
– Lingua-de-vaca-

– Cebola seca-
– Pimenta malagueta seca-
– Camarões seco –
– Sal –
– Azeite-de-dendê –
Corta-se a erva conhecida por ” língua de vaca ” ou mostarda, pondo ao
fogo para ferver com pouca água , feito isto escoa-se e coloca-se de novo
na mesma vasilha com cebola , pimenta malagueta seca , camarões secos e
sal . Botar azeite-de-dendê depois de tudo ralado.

ENERGIA
-FEIJÃO FRADINHO.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-FARINHA DE MANDIOCA.
-CEBOLA SECA.

-PIMENTA-DO-REINO.
Assa-se o feijão fradinho, após deita-se dendê misturando bem .Em um
alguidar colocar farofa de farinha de mandioca com dendê ,cebolinha e
pimenta-do-reino Colocar o feijão e enfeitar com rodelas de cebola .

ERAN
-FÍGADO DE BOI.
-CORAÇÃO DE BOI.

-RIN DE BOI.
-BOFE DE BOI.
-CEBOLA SECA.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
Cortam – se miúdos de boi bem picadinho .Refogar uma cebola ralada em
azeite-de-dendê.

Depois de cozidos serão colocados em alguidar vitrificado .

GUERRA ESPIRITUAL
-12 TAINHAS.
Para vencer uma guerra deve-se oferecer 7 tainhas para EXU e 5 para
OGUM –

IMPOTÊNCIA
-CRAVO DO IGBÁ DE OGUN.
-PALHA DA COSTA.

-1 GALO BRANCO.
Pega-se um cravo do igba de OGUM ,amarra-se com palha da costa ao
pênis da pessoa e sacrifica -se um galo sobre o conjunto , deixando o
sangue cair em cima do igba de OGUM.

INHAMES ASSADOS
-3 INHAMES.

-1 ALGUIDAR.
-21 PALITOS .
-MEL.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
Assar três inhames com casca no forno ou na grelha com fogo de lenha.
Deixe-os esfriar dentro de um alguidar.Levar a uma estrada aberta onde
haja estrada de ferro .Enfiar vinte e um palito ,ou seja ,7-7-7 nos inhames,
rezando e fazendo seus pedidos de guerra , ao terminar ,deitar dendê e após
mel por cima do ebó .

INHAME DE OGUM AVAGÃ


· 1 INHAME +- 21 CM DE COMPRIMENTO.
· 1 TRAVESSA DE BARRO CUMPRIDA.
· 21 PALITOS DE LARANJEIRA OU MARIWO.

· AZEITE-DE-DENDÊ.
· 7 MOEDAS ANTIGAS.
· 5 VELA VERMELHA.
· 1 VELA BRANCA.
· 1 VELA AMARELA.
· Assar o inhame descascado e colocar numa travessa de barro e espetar
21 palitos de laranjeiras ou de maríwo.Regar com azeite-de-dendê quando
estiver servindo na frente do seu igbá .Passar 7 moedas no corpo , fazendo
o pedido e rezando seu axé,no final colocar 7 moedass enfeitando o prato e
acender 5 velas vermelhas 1 branca e outra amarela.

IPETE
-INHAME,AIPIM,MANDIOCA,ETC.,..-
-AZEITE-DE-DENDÊ-
-CAMARÃO SECO-
-CEBOLA SECA-

-PIMENTA MALAGUETA-
-LORO-
-VELA VERMELHA-
Inhame descascado e cozido,cortado em fatias,em seguida amasse e misture
no azeite-de-dendê com camarão ralado , cebola ,
pimenta malagueta.Faça um purê consistente com todos os
ingredientes juntos.Fazer bolinhos .

Colocar em número de 7 -l4 – ou 21 bolinhos em um alguidar e despachar


na mata ,regando com dendê .
LIVRAR-SE DE ALGUÉM
-7 OVOS DE CASCA BRANCA,MACHOS.
-1 ALGUIDAR.
-1 GALO VERNELHO.

Para livrar-se de pessoa que obstruem um objetivo , escrever o nome da


pessoa ou situação em 7 ovos casca branca.Colocar os ovos dentro de um
alguidar.Sacrificar um galo vermelho no igbá de OGUM.Após coloca-se no
alguidar por cima dos ovos e despacha-se numa linha férrea para que o
trem passe por cima.

MANUTENÇÃO
-7 Velas amarelas.

-1 Prato branco.
-Fazer as conjurações a Ogun XOROKÊ ,relatar tudo que você deseje que
permaneça como está,em seguida acenda no prato as sete velas amarelas.
-Deixar queimar até o fim.
-Despachar numa quinta-feira em encruzilhada aberta.

OBEGUIRI
-6 tiras de costela de rês preferencialmente da janela,por ser mais macia.
-3 cebolas.

-3 cabeças de alho.
-Salsa.
-Coentro,pimenta do reino e sal a gosto.
-6 Quiabos.
-Um quilo e duzentas gramas de camarão seco.
-Azeite de dendê.
Corte a cebola em pedaços não muito pequenos, cebola machucada, alho,
salsa, coentro , pimenta do reino e sal.Tudo refogado com a carne . Quiabos
cortado em rodelas finas e camarões secos.
Põe-se bastante azeite-de-dendê ,nesta comida.
A carne pode ser substituida por 9 bagres dependendo a finalidade.

OLHO GROSSO
–ALHO ROXO.

-1 COPO VIRGEM BRANCO.


-1 GARRAFA DE CACHAÇA.
-3 VELAS AMARELA .
-1 VELA PRETA.
-1 VELA BRANCA.
Fazer as conjurações.
· Em uma primeira terça-feira do mês, coloque um dente de alho roxo
dentro de um copo e coloque em seguida cachaça.
· Pegue o copo com a mão esquerda e vá até uma encruzilhada aberta e
diga o seguinte:
· “Sr XOROKÊ ,que todos os olhos grandes,invejas e infortúnios sejam
afastados de mim e de meus familiares(dizer os nomes),pois,como o que tu
queres e eu vou te dar,em troca do que eu quero,agora,”

· Acenda as velas deixe o restante da cachaça na garrafa ,vire as costa e


vá embora sem olhar para trás.-

Ebó com Ogum para progresso em seus caminhos

Material:
1 oberó

7 velas brancas comuns


1/2 kg de feijão fradinho
Folhas de aroeira

Modo de fazer
Lavar o oberó e coloque as folhas de aroeira.
Torre o feijão fradinho – espere esfriar – coloque dentro do oberó

Despache este ebó numa estrada de subida, com as velas acesas em volta.
Peça a Ogum: “Assim como és o dono da estrada, que meus caminhos
sejam sempre de vitórias, como tuas batalhas.”
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – terça feira.

Ebó com Ogum para progresso dentro de casa

Material:
1/2 kg de milho de galinha
1 copo de cristal
folhas de louro
6 moedas

1 m de morim branco
1 oberó
6 velas brancas comuns
1 garrafa de vinho branco
1 vela de sete dias

Modo de fazer
Cozinhe até ficar macio o milho – espere esfriar
Coloque no centro do oberó o copo com o vinho – ao redor o milho.
Enfeite com folhas de louro e as moedas.
Procure um lugar dentro de casa.
Forre o morim
Acenda a vela de sete dias.
Faça seus pedidos.

Passado sete dias, despache tudo embaixo de uma árvore frondosa.


Acenda as velas em volta.
Faça o ebó, numa lua cheia, nova ou crescente – Sexta feira.

Ebó com Ogum para conseguir emprego

Material:
1 Oberó
1 Inhame (acará)
21 Palitos de dendezeiro
7 moedas
7 velas brancas comuns
Azeite de dendê
Modo de fazer
Assar o inhame na brasa – espere esfriar
Depois de assado – coloque dentro do oberó
Espete com os palitos – enfeitando o inhame
Passar as moedas pelo corpo – fazer seus pedidos com elas ainda na mão –
coloque dentro do oberó
Desoacge este ebó numa estrada de subida com as velas acesas em volta.

Regue tudo com azeite de dendê.


Faça numa lua crescente – terça feira – durante o dia

PRECE A OGUM
OGUM ,meu pai
poderoso guardião das leis
chamá-lo de pai é honra ,
esperança , é vida

vós sois meu aliado no combate


às minhas inferioridades.
Mensageiros de OXALÁ – filho de OLORUM
senhor vos sois o domador dos
sentimentos espúrios
depurai com sua espada e lança

minha consciência e inconsciência,


baixa de caráter.
OGUM irmão , amigo e companheiro
continuai em sua ronda em perseguição
aos defeitos que nos assaltam a cada instante
OGUM glorioso orixá , reinai com sua falange

situando por piedade o bom caminho para o nosso coração


consciência e espírito.

PRECE DE OGUM
Para vós que nós matamos
matamos no caminho
para vós que nós matamos

matamos no caminho
senhor que nos abençõa
senhor para quem matamos
OGUM senhor do irê
para quem sacrificamos
no caminho Senhor que nos abençoe.

QUEBRANTO E INVEJA
Tu és ferro , eu sou aço
eu te prendo e embaraço.
Tu és fraco , eu sou forte
eu te venço e te amasso.
Tu és de espírito pobre
eu sou de espírito rico

nada e ninguém comigo pode.


Pelas armas de são Jorge
se o mocho vier não me leva
pois ando com as armas de
São JORGE.
REVERTER UMA SITUAÇÃO
-UM GALO PARA BARÁ.
-UM GALO PARA OGUN.
-UMA FRANGA PRETA NOVA PARA URUMILAIA.
-TRÊS GANCHOS DE FERRO.
-TERRA DE 4 CAMINHOS .
-BASTANTE MOEDAS .

-SOBRA DE COMIDA .-
Sacrificar o galo no horário de 12 horas,primeiro para BARÁ.Deixar seu
sangue correr por cima do seu igbá.
Depois matar para OGUN,deixando o sangue correr sobre o seu Igbá.
Por último sacrfica-se para OXALÁ de URUMILAIA sangrando por cima
dos três ganchos.
Colocar os iales correspondentes a cada entidade,nos seus igbás.

As partes restantes dos animais devem ser colocadas limpas e crus em um


alguidar .
Sobre eles os ganchos.
Colocar o resto de comidas previamente separadas sobre os restos dos
animais do sacrifício e do gancho.
Cobrir tudo com as areias do caminho.

Despachar tudo ás 18 horas em uma campina.


É aconselhado fazer este axé na sexta-feira.

SALADA MISTA ENERGIA


-2 XÍCARAS DE GRÃOS DE SOJA
-2 XÍCARAS DE GRÃO DE BICO
-2 TOMATES GRAÚDOS PICADOS
-1 CEBOLA MÉDIA PICADA E SEM ÁCIDO
-1 PIMENTÃO VERMELHO PICADO-

1 PIMENTÃO AMARELO PICADO


-2 CENOURAS MÉDIA RALADAS
-1 XÍCARA DE UVAS EM PASAS HIDRATADA
-1 BANANA PRATA PICADA
-1 UMA MAÇA PICADA
-1UMA PERA PICADA

-A ZEITE DE OLIVA
-TEMPERO VERDE PICADO
-UMA PITADA DE PIMENTA DO REINO
-UMA PITADA DE COMINHO
-Cozinhe os grãos até ficarem macios.
-Deixe escorrer e lave com água fria.
-Misture tudo e após coloque azeite de oliva ,sal e tempero a vontade.

URGÊNCIA
Quando você se sentir em prejuízo por causa de elementos que criam
situações constrangedora, prejuízos financeiros, atritos,brigas ou
intrigas,etc…,acenda uma vela branca para OGUN,peça licença para ele
para que possa seu subordinado direto TRANCA-RUAS trabalhar para
você.Isto feito acenda uma vela preta para exu TRANCA-RUAS,ele quem
vai tomar conta de seu problema. Coloque ao lado das velas um copo com
água fresca,que deverá ser colocada no lado de fora de sua residência após
a leitura da oração a seguir,feita com fé,devoção e muita confiança de que
sua causa é justa e foge de seu controle, restando somente a intervenção das
entidades espirituais.
…Glória a DEUS nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Santo Expedito,vós que pelos vossos méritos alcançastes a ben-aventurança
eterna,ouvi a minha prece.Intercedei junto a Nosso Senhor Jesus
Cristo,para que sejam aplainados os caminhos deste vosso humilde
devoto.Senhor meu Jesus Cristo,que derramastes o Vosso Santo Sangue na
cruz pela salvação dos pecadores,dignai-vos atender a intercessão do vosso
grande Santo Expedito.Sede atento,senhor as palavras de Santo
Expedito,em favor deste vosso humilde filho,sede propício,senhor,aos
rogos do vosso glorioso Santo Expedito,senhor meu Jesus Cristo,ouve
complacente as palavras de Santo Expedito.
Valoroso e puro servidor do altíssimo Santo Expedito,considerai que sendo
este vosso devoto um pecador,não perdeu contudo sua fé nem na
misericórdia de DEUS nem nos vossos méritos perante Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Assim contrito e arrependido dos meu pecados,venho suplicante rogar a
vossa intercessão em meu favor,obtendo da misericórdia e da justiça divina
, a graça de ser atendido em minha prece [fazer o pedido].
Santo Expedito, fiel ao senhor,rogai por mim.
Santo Expedito,pelo vosso martírio,rogai por mim.

Santo Expedito,pela vossa morte,rogai por mim.


Santo Expedito,glorioso martir,rogai por mim.
Santo Expedito,valente militar,rogai por mim.
Santo Expedito,socorro dos doentes,rogai por mim.
Santo Expedito,amparo dos viajantes,rogai por mim.
Santo Expedito,patrono dos aflitos,dos que se acham em dificuldades,dos
que confiam em vossos méritos,amparai-me,protegei-me
Santo Expedito,vós que jamais negastes o vosso socorro e a vossa proteção
aos que vos imploram com fé e humildade,sede atento aos meus rogos e
pelo sangue que Nosso Senhor Jesus Cristo derramou,pela salvação dos
pecadores,dignai-vpos atender à prece que humildemente vos dirijo.
ASSIM SEJA.
Ebós de Odu

EJI-OKO – no caminho de Ogun


7 cocadas brancas
7 akaçás
7 bolinhos de farinha
1 pàdé de mel ou azeite doce

7 velas de anivers á rio


7 copos de guaraná
7 moedas corrente
1 obi
Colocar numa praça aberta

EJI-OKO – no caminho de Ogun


1 oberó n. ° 06
Caruru no meio de todas as comidas de santo em volta com 2 velas, 1 cesta
de fruta.
Coloca-se nos pés de Ibeji.

OGUM
Dar-se um Ajá para Ogum e aluá , se nã o souber dar, enfeite-o com fitas e
oj á s e apresente a

ogun, soltar vivo em uma estrada e ap ó s dar comida a Ogum da prefer ê


ncia um bode e dar os
banhos na pessoa

1 banho de milho vermelho


1 feij ã o fradinho torrado 1 banho de canjica

Ebó de saúde para Etaogundá

Material:
– Um quilo de fígado
– Um quilo de peito
– Um miolo fresco
– Um coração
– Um rim
– Um pedaço de garganta

– Um pedaço de bucho
– Vinte e um acaças
– Um quilo de milho vermelho torrado
– sete velas brancas comuns
Entregar, depois de passar no corpo da pessoa. Este Ebó é colocado na
porta do cemitério. Depois dar três banhos na pessoa de canjica e fazer
descarrêgo de polvora. Depois dar comida a Jagum e a Terra.

ETAOGUNDA – PARA ABRIR CAMINHOS


1 oberó n ° 5
1 quilo de arroz cosido
3 rodelas de inhame
3 chaves de ferro
3 velas

Dendê
Bilhete com o pedido, por um pouco de arroz no oberó , por o bilhete e
resto de arroz, as chaves, regar com dendê e por ú ltimo por as trê s rodelas
de inhame; colocar em uma estrada de subida com bastante movimento ou
embaixo de uma árvore oferecendo à Etá ogundá com as velas.

EBÓ ETAOGUNDA
1 prato com arroz branco bem cozido
3 rodelas de inhame

3 chaves
3 akaçás
3 velas
1 bandeira branca
Arriar para Esu evocando este Orixá com muita fé.
fontes: alexdeag
Pai jorge

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Características físicas & psíquicas dos filhos de Ogumdomingo, out 23


2011
Orixás Ogum Exu Xorokê 19:12
1 Vote

Algumas das características dos filhos de Ogum

Algumas das características físicas e psíquicas dos


filhos de Ogum, tanto de homens, como mulheres

por Ogum Exu Bará Xoroquê, terça, 9 de agosto de 2011 às 09:09


Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um
guerreiro,um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os
caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os
mais fracos. Todas as lutas, as conquistas, as vitórias são presididas por
Ogum.
Ele é a lei divina em ação, que pune e premia, mas não gosta de ser
invocado em vão. É fácil invocar Ogum, mas controlar as suas ações é
impossível.
O dia da semana consagrado a Ogum é a terça-feira, que coincide com o
dia dedicado pelos romanos a Marte, o deus da guerra. Sempre ligado à
força e ao poder, ele é o dirigente que não quer ter suas ordens
desobedecidas. Ogum pode ser associado ao arcano IV do Taro: o
Imperador; como esse arcano ele encarna a vontade firme aliada a força de
execução, as energias fluindo para uma realização material. Ele protege
seus domínios de forma consciente, seguro do poder que representa.
Enfocado como arquétipo, Ogum contém elementos fortes e consistentes
que o mantém como uma figura viva e atuante na esfera psíquica do
homem.

O Físico e o Temperamento
O filho e a filha de Ogum são geralmente magros e altos (pode haver
exceções). Apesar de ser um pouco tímido e discreto quase nunca passa
despercebido.
O temperamento reflete o vigor físico do filho de Ogum: ele está sempre
em atividade, é determinado e criador. O espírito de competição é evidente
e a impaciência e as frustrações ao perder criam mais incentivo para ele
seguir em frente.
Ele não reflete sobre os riscos de uma ação, pois é impetuoso e impulsivo e
está sempre travando batalhas.
Sem o impulso e a coragem de Ogum a humanidade demoraria muito para
alcançar o progresso; é ele o desbravador, aquele que abre o caminho para
quem vem atrás. Moisés é uma personalidade típica de Ogum: a sua ira ao
quebrar as tábuas da lei divina, a coragem para dirigir seu povo numa
viagem para o desconhecido, o poder a ele atribuído de abrir caminhos são
atributos de um homem de Ogum.
Como todo homem possui seus defeitos o filho de Ogum considera apenas
o seu próprio ponto de vista, seguir metas que lhe são importantes sem
considerar todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos com ele.
Os desafios aguçam o espírito combativo de Ogum e o modo dele utilizar a
sua força pode parecer, aos olhos de quem não o compreende bem, altivez e
arrogância.

Qualquer forma de limite representa uma prisão para uma pessoa regida por
Ogum. Ele precisa se enxergar livre para ir e vir á sua vontade, não
consegue expandir sua alegria, força e energia em um ambiente restritivo e
sempre igual. A novidade serve de estímulo à ação.
Com capacidade de liderar e coragem suficiente para enfrentar qualquer
missão, consegue reunir a sua volta pessoas que colaboram com ele por
prazer sentindo-se revitalizadas pelas qualidades magnéticas e energéticas
dessa personalidade tão forte.
Sem aceitar palpites no que faz , ele é franco e rude ao impor a sua vontade
aos seus subordinados. É capaz de castigar prontamente qualquer falha ,
mas seu perdão vem depressa e logo pede desculpas quando se excede no
seu comportamento.
Gosta da verdade acima de tudo, nunca fala por trás de alguém, suas
críticas são abertas, pois detesta dissimulação.

Amor e Casamento
Quem consegue cativar e manter junto a si um filho de Ogum tem o
privilégio de saber que jamais será enganado. Nunca ouvirá desculpas
esfarrapadas para explicar onde ele esteve ou o que fez. O filho de Ogum
não mente, ele diz a verdade espera ser acreditado, qualquer duvida irá
ofendê-lo.
Quando um filho de Ogum encontra uma pessoa de temperamento cordato,
porém que possua opiniões fortes e próprias ele fica feliz. Se essa pessoa
souber se manter equilibrada na difícil corda bamba que é agradar sem
ceder, ela conseguirá manter o relacionamento vivo.O filho de Ogum não
gosta de pessoas sem idéias próprias, vai querer para companheiro(a)
alguém que as possua em quantidade, mas que também saiba expô-las de
modo especial.

Saúde
A saúde de um filho de Ogum é boa, ele é resistente e sua constituição forte
evita as doenças. Os seus pontos fracos são as articulações, as dores de
cabeça, as febres fortes.
Quando está doente o filho de Ogum não quer ficar em repouso, é muito
trabalhoso convencê-lo a descansar e dar tempo ao seu corpo para se
recuperar. Só fica na cama quando está verdadeiramente mal, aí então fala
pouco e fica nervoso com a obrigação de parar para se refazer.
Seus problemas de saúde são mais para o tipo violento e repentino do que
para doenças crônicas e demoradas.
As doenças nervosas como úlceras, esgotamentos e depressão são menos
comuns, mas podem atingi-lo se ele cometer excessos de trabalho ou for
mal sucedido em seus empreendimentos.

O Homem de Ogum
Ele é confiante ,entusiasmado, generoso,solidário, enérgico, ousado, ativo
em seu lado positivo e pode também ser intolerante, violento, impulsivo,
obstinado, egoísta e exigente em seu lado negativo.
Como seu orixá protetor, o filho de Ogum é um guerreiro também nos
assuntos do coração. Passional, sempre empenhado em manter o jogo da
conquista, é um amante completo. Ativíssimo sexualmente, superprotetor
com a pessoa amada, interessado em satisfazer-lhe as vontades, o
companheiro de Ogum garante à sua parceira uma vida feliz em todos os
sentidos. Por isso mesmo é um homem muito cobiçado pelas mulheres. E
como sente necessidade de viver em permanente estado de paixão, torna-se
presa fácil as aventuras amorosas. Isso gera grandes conflitos internos nele
e na pessoa amada.

AFINIDADES
Com mulheres de Oxum, Yansã, Nanan, e Yemanjá

A mulher de Ogum
Elas são sinceras, encantadoras, vigorosas, corajosas, entusiasmadas,
românticas que são qualidades que excedem seu lado negativo já que ela
também pode ser mandona, irritada e impulsiva.
A protegida de Ogum é uma mulher que reúne as características femininas
e masculinas. Bonita e sensual por fora, ela pensa com cabeça de homem.
Justamente por ser assim, expôe-se mais que as outras mulheres e destaca-
se em qualquer lugar. Também é esse seu lado masculino muito forte que a
faz prezar a sua liberdade e independência acima de tudo, com reflexos na
vida afetiva. É a mulher de Ogum quem conquista o homem e é ela também
que o dispensa quando não o quer mais. Essa característica faz dela uma
mulher difícil para parceiros machistas. Mas conquista-la não é uma tarefa
difícil e sim mantê-la sob domínio. Ela precisa de um companheiro por
quem tenha grande admiração ou do qual dependa de alguma forma. E esse
homem, por sua vez deverá aprender a conviver com muitas cenas de
ciúme.

AFINIDADES
Com homens de Yansã, Exú, Oxunmaré, Nanan e Yemanjá
Mojúbà Ògún abàgáàn méje olóde, Oníìre, Ògún alagbede, onirá, adìolá’
fin, Ògún dé, Ògún ye!
(Yo respeto a Ogun , aquel que tiene siete partes idénticas en las afueras ,
Rey de Ire, Ogun el herrero, tú eres sigiloso, guardián de la riqueza del
palacio, llegue Ogun, salve Ogun!)

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Ogum
Orixás Ogum Exu Xorokê

Ogum
Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais
conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro.
Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à
conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos
seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada
por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular. Tem
sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros
dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa. A
relação de Ogum com os militares (é considerado o protetor de todos os
guerreiros) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre
associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo
ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir
determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados),
Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém,
elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois,
tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo
violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após te sido
evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou. Não se
interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a
independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela
luta. Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não
sente prazer em descansar sobre os resultados delas.É muito mais paixão do
que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a
cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte. Ogum não é apenas
o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também
aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro,
instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o
desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o
homem, mas também contra o desconhecido. É pois, o símbolo do trabalho,
da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da
expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força
que se oponha à sua própria expansão. Tem, junto com Exu, posição de
destaque logo no início de um ritual. Tal como Exu, Ogum também gosta
de vir à frente. A força de Ogum está tanto na coragem de se lançar à luta
como na objetividade que o domina nesses momentos (e o abandona nos
momentos de prazer e gozo). Ogum sempre ataca pela frente, de peito
aberto, como o clássico guerreiro. Existem sete tipos diferentes de Ogum,
mas Ogum Xoroquê merece um destaque específico, pois é um Orixá
masculino duplo, ou seja possui duas formas diferentes de manifestação. É
associado à irmandade e afinidade estreita de Ogum com Exu, pois passa
seis meses do ano como Ogum e os outros como Exu, sendo considerado
guerreiro feroz, irascível e imbatível.
Era um terrível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos
vizinhos. Dessas expedições êle trazia sempre um rico espólio e
numerosos escravos. Nascido na cidade de IFÉ e nela cultuado,pois
veio na corte de ÒRÚNMÌLÀ em sua chegada a terra.
É considerado filho de YEMONJA e outras vezes de ODÙDUWÀ e, em
ambos, seu pai é ÒRISÀNLÁ.
ÒGÚN caça e inventa armas. Deve-se ter sempre a seus pés uma
cabaça virada, pois se êle chegar e não encontra-la, fica nervoso. O
fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Êle teve
várias esposas: ÒSUN, OBÁ e OYA, mas a mais importante foi
ELESY ÒSUN ORIY, aquela que pintava sua cabeça com pós brancos
e vermelhos. Por onde passava conquistava aldeias, cidades, era
aclamado e recebia vários nomes: ÒGÚN BENIN, ÒGÚN DAYO,
ÒGÚN FENÁN, ÒGÚN KAUANÁ; não são qualidades e sim títulos.
Seu principal alimento é o IXÙ ( inhame ) .
ÒGÚN é assentado, geralmente, do lado de fora. Gosta de ficar
rodeado de árvores, como YIOBÉ, peregun, sua árvore de maior
fundamento, e YIZIEEOU, pé de jaca. Mulher não deve chegar perto.
Sua saudação: ÒGÚN YÈ, PÀTÀKÌ ORÍ ÒRÌSÀ, quer dizer: Salve
OGUN, Oricha importante para a cabeça.

CARACTERÍSTICAS DE OGUM

VERMELHA (AZUL REI). EM


COR ALGUMAS CASAS TAMBÉM O
VERDE.
CONTAS E FIRMAS VERMELHAS
FIOS DE CONTA
LEITOSAS.
ESPADA DE OGUM, CANELA DE
MACACO, ALFAVAQUINHA,
BREDO, AROEIRA, PATA DE
ERVAS VACA, CARQUEIJA, LOSNA,
COMIGO-NINGUÉM-PODE,
FOLHAS DE ROMÃ, FLECHA DE
OGUM, FOLHAS DE JURUBEBA.
ESPADA. TAMBÉM, EM ALGUMAS
SÍMBOLO CASAS; FERRAMENTAS,
FERRADURA, LANÇA, ESCUDO.
PONTOS DA NATUREZA ESTRADAS E CAMINHOS
(ESTRADAS DE FERRO). O MEIO
DA ENCRUZILHADA PERTENCE A
OGUM.
CRISTA DE GALO, CRAVOS E
FLORES
PALMAS VERMELHAS.
ESSÊNCIAS VIOLETA.
GRANADA, RUBI, SARDIO. EM
PEDRAS ALGUMAS CASAS; TOPÁZIO
AZUL.
METAL FERRO (AÇO, MANGANÊS).
CORAÇÃO E GLÂNDULAS
SAÚDE
ENDÓCRINAS.
PLANETA MARTE.
DIA DA SEMANA TERÇA-FEIRA.
ELEMENTO FOGO.
CHACRA UMBILICAL.
OGUM IÊ, GESSÉ GESSÉ
SAUDAÇÃO
PATACURI OGUNHÊ.
BEBIDAS CERVEJA BRANCA.
ANIMAIS CACHORRO, GALO VERMELHO.
CARÁ, FEIJÃO MULATINHO COM
COMIDAS CAMARÃO E DENDÊ, MANGA
ESPADA.
NÚMERO 2.
23 DE ABRIL E EM ALGUMAS
DATA COMEMORATIVA
CASAS; 13 DE JUNHO.
SINCRETISMO SÃO JORGE, SANTO ANTÔNIO.
INCOMPATIBILIDADE QUIABO.
TODO OGUM É APLICADOR
NATURAL DA LEI E TODOS AGEM
COM A MESMA
INFLEXIBILIDADE, RIGIDEZ E
FIRMEZA; POIS NÃO SE
ATRIBUIÇÕES PERMITEM UMA CONDUTA
ALTERNATIVA. ONDE ESTIVER
UM OGUM, LÁ ESTARÃO OS
OLHOS DA LEI, MESMO QUE SEJA
UM “CABOCLO” DE OGUM,
AVESSO AS CONDUTAS LIBERAIS
DOS FREQUENTADORES DAS
TENDAS DE UMBANDA, SEMPRE
ATENTO AOS DESENROLAR DOS
TRABALHOS REALIZADOS,
TANTO PELOS MÉDIUNS QUANTO
PELOS ESPÍRITOS
INCORPORADORES. DIZEMOS
QUE OGUM É, EM SI MESMO, OS
ATENTOS OLHOS DA LEI, SEMPRE
VIGILANTE, MARCIAL E PRONTO
PARA AGIR ONDE LHE FOR
ORDENADO.
Ogum dá ao homem o segredo do ferro.
Na Terra criada por Obatalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos
trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando
frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o
trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a
comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior.
Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as
árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossain, o orixá da
medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de
metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossain, todos
os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o
terreno para o plantio. Ogun, que conhecia o segredo do ferro, não tinha
dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado,
Ogun pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os
Orixás, admirados, perguntaram a Ogun de que material era feito tão
resistente facão. Ogun respondeu que era o ferro, um segredo recebido de
Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogun pelos benefícios que o ferro trazia,
não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.
Por muito tempo os Orixás importunaram Ogun para saber do segredo do
ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então
oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre
aquele metal tão resistente. Ogun aceitou a proposta. Os humanos também
vieram a Ogun pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogun lhes deu o
conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro
tiveram sua ança de ferro. Mas, apesar de Ogun ter aceitado o comendo
dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu
para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando
voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver
seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do
reinado. Ogun se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram
dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era
digno de governá-los. Então Ogun banhou-se, vestiu-se com folhas de
palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante
chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá
permaneceu. Os humanos que receberam deOgun o segredo do ferro não o
esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogun.
Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em
memória de Ogun. Ogun é o senhor do ferro para sempre. [ Lenda 31 do
Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum torna-se o rei de Irê.
Quando Odudua reinava em Ifé, mandou seu filho Ogun guerrear e
conquistar os reinos vizinhos. Ogun destruiu muitas cidades e trouxe para
Ifé muitos escravos e riquezas, aumentando de maneira fabulosa o império
de seu pai. Um dia, Ogun lançou-se contra a cidade de Irê, cujo povo o
odiava muito. Ogun destruiu tudo, cortou a cabeça do rei de Irê e a
colocou num saco para dá-la a seu pai. Alguns conselheiros de Odudua
souberam do presente que Ogun trazia para o rei seu pai. Os conselheiros
disseram a Odudua que Ogun desejava a morte do próprio pai para
usurpar-lhe a coroa. Todos sabem que um rei deve ver a cabeça decaptada
de outro rei. Ogun não conhecia esse tabu. Odudua imediatamente enviou
uma delegação para encontrar Ogun fora dos portões da cidade. Após
muitas explicações, Ogun concordou em entregara cabeça do rei de Irê
aos mensageiros de Odudua. O perigo havia acabado. Ogum fora
encontrado antes de chegar ao palácio de seu pai. Como Odudua queria
recompensar o seu filho mais querido, presenteou Ogun com o reino de Irê
e todos os prisioneiros e riquezas conquistadas naquela guerra.

Assim Ogun tornou-se o Onirê, o rei de Irê. [ Lenda 32 do Livro Mitologia


dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Ogum livra um pobre de seus exploradores.
Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora
noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se
apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um
babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi
fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogun, o dono da
mata, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de
Ogune caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata.
Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e
satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou
por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus
infortúnios. Ogun mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro, mariwo,
e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada
casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogun destruiria a cidade de onde
vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez.
Ogun destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo. [ Lenda 43
do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]

Ogum chama a Morte para ajuda-lo numa aposta com Xangô.


Ogun e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra digladiavam-se nas
mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois.
Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogun propôs a Xangô uma
trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.
Xangô fez alguns gracejos, Ogun revidou, mas decidiram-se por uma
aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogun propôs que
ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que
conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao
vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo.
Ogun deixou Xangô e seguiu para a casa de Oiá, solicitando-lhe que
pedisse a Iku que fosse à praia no horário que tinha combinado com
Xangô. Oiá aquiesceu, mas exigiu uma quantia em ouro como pagamento,
que recebeu prontamente. Na manhã seguinte, Ogun e Xangô
apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou.
Cada um ia pegando os búzios que achava. Vez por outra se entreolhavam.
Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogun. Ogun, calado,
continuava a coleta. Oque Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku.
Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu
espanto. Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e
escondendo-se de Iku. À noite Ogun procurou Xangô, mostrando seu
espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o
fruto de sua coleta. [ Lenda 44 do Livro Mitologia dos Orixás de
Reginaldo Prandi ]
Lenda de Ògún Xoroquê
Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia
estar com muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um
monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do
alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se
somente com o mariwo, esse Ògún furioso chamado agora de Xoroquê, foi
para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate
para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e
conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a
pensar tratar-se de Èşù zangado por não ter recebido suas oferendas ou que
ele tivesse se transformado num Èşù (talvez seja por isso que chegue a ser
tratado como sendo metade Èşù por muitos do candomblé). Antes que ele
chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que
oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Èşù (inhame), e muito vinho
de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em
sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu
louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só
que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo
matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o
recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de
Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para
guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Èşù e
quando retorna a Ire volta a sua característica de Ògún guerreiro e vitorioso
Rei de Ire.

Ogum mata seus súditos e é transformado em orixá


Ogum, filho de Odudua, sempre guerreava, trazendo o fruto da vitória para
o reino de seu pai. Amante da liberdade das aventuras amorosas, foi com
uma mulher chamada Ojá que Ogum teve seu filho Oxossi. Depois amou
Oiá, Oxum e Obá, as três mulheres de seu rival, Xangô. Ogum seguiu
lutando e tomou para si a coroa de Irê, que na época era composto de sete
aldeias. Era conhecido como o Onirê, o rei de Irê, deixando depois o trono
para seu próprio filho.
Ogum era rei de Irê, Oni Ire, Ogum Onirê. Ogum usava a coroa sem franjas
chamada acorô. Por isso também era chamado de Ogum Alacorô. Conta-se
que, tendo partido para a guerra, Ogum retornou a Ire depois de muito
tempo. Chegou num dia em que se realizava um ritual sagrado. A
cerimônia exigia a guarda do silêncio total. Ninguém podia falar com
ninguém. Ninguém podia dirigir o olhar para ninguém.
Ogum sentia sede e fome, mas ninguém o atendia. Ninguém o ouvia,
ninguém falava com ele. Ogum pensou que não havia sido reconhecido.
Ogum sentiu-se desprezado. Depois de ter vencido a guerra, sua cidade não
o recebia. Ele, o rei de Ire! Não reconhecido por sua própria gente!
Humilhado e enfurecido, Ogum, com sua espada em punho, pôs a destruir
tudo e a todos. Cortou a cabeça de seus súditos. Ogum lavou-se com
sangue. Ogum estava vingado. Então a cerimônia religiosa terminou e com
ela a imposição de silêncio foi suspensa.
Imediatamente o filho de Ogum, acompanhado por um grupo de súditos,
ilustres homens salvos da matança, veio à procura do pai. Eles renderam as
homenagens devidas ao rei e ao grande guerreiro Ogum. Saciaram sua
fome e sua sede. Vestiram Ogum com roupas novas, cantaram e dançaram
para ele. Mas Ogum estava inconsolável. Havia matado os habitantes de
sua cidade. Não se dera conta das regras de uma cerimônia tão importante
para todo o reino. Ogum sentia que já não podia ser o rei. E Ogum estava
arrependido de sua intolerância, envergonhado por tamanha precipitação.
Ogum fustigou-se dia e noite em autopunição.
Não tinha medida o seu tormento, nem havia possibilidade de
autocompaixão. Ogum então enfiou sua espada no chão e num átimo de
segundo a terra se abriu e ele foi tragado solo abaixo. Ogum estava no
Orum, o céu dos deuses. Não era mais humano. Tornara-se um orixá.

Ogum
Orixá da energia (ligada a atitude), perseverança, vencedor de demanda,
persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de capacidade de se
reerguer). Reino: Orixá sem reino específico, que atua na defesa de todos
os reinos em função A Energia de Ogum está em todos os lugares. Cor
básica: vermelha e branco.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jorge, tem o seu dia comemorado
em 23 de abril.
Elemento: fogo.
Dia da Semana de vibração maior: terça-feira
Planeta: Marte

Características dos Filhos de Ogum

Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas


bem definidos. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas
que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga,
compram a de seus camaradas. Sexualmente os filhos de Ogum são muito
potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de
se fixar a pessoa ou lugar. São do tipo que dispensa um confortável colchão
de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés
descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir
seus objetivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam
insistentemente e vencem. São pessoas extremamente pontuais e ficam
enlouquecidos quando uma pessoa se atrasa ou cancela um compromisso
previamente agendado seja por que motivo for.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é
do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar
sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem
sempre. Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e
riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram
compartilhar a sua felicidade.
Características de seus filhos: são persistentes, tem temperamento forte.
Determinados e batalhadores.Os Filhos de Ogum são tidos como brigões,
mas é errôneo este pensamento. São mais intransigentes e obstinados do
que propriamente brigões. Ogum representa o Espírito da Lei e seus Filhos
têm esta característica bem predominante. Raramente pondera as coisas: se
o regulamento é este, então, tem que ser seguido a qualquer custo. Toda Lei
tem que ser estudada, para obter-se o seu verdadeiro sentido, para saber o
seu espírito. Porém, para o Filho de Ogum, ele é usada com parcimônia.
Ele segue a Lei sem ligar se ela serve para este ou aquele caso. É a Lei, tem
que cumprir, implacavelmente. O pai de família, Filho de Ogum, não dá
muitas chances de diálogo para seus filhos. É inflexível e radical. Usa uma
lei para si e outra para os outros. É vaidoso, não gosta de ser contrariado
em suas opiniões. Raramente “arreda pé” de sua posição, mesmo quando
não dá certo. Quer sempre fazer prevalecer o seu ponto de vista. Não recua
nenhuma vez em suas decisões. Tem sempre tendências para resolver as
coisas para o seu lado, de qualquer forma. A mulher, Filha de Ogum é mais
querelante do que briguenta. É mais belicosa e de atitudes extremadas. É
excelente mãe de família, porém, coitado do filho que não andar direito: ela
é do tipo que bate primeiro para depois perguntar onde foi o erro. O Filho
de Ogum é dado a fazer conquistas, tem facilidade de relacionamento com
o sexo oposto de qualquer filiação de Orixá. Os filhos de Ogum, são
alvissareiros e belicosos como o próprio Orixá. Arrojados, metidos e
muitas vezes bravos e exageradamente briguentos. Não suportam a força
em todos os seus sentidos esmagar os indefesos. São defensores natos dos
oprimidos. Rápidos de raciocínios e descuidados em emitir suas opiniões,
pois não escolhe lugar nem hora para dizer a verdade. São daqueles que
usam muito a expressão “doa em quem doer” e pela sua imponência e
muitas vezes arrogantes, dói nele primeiro. Fala, quando bravo, sem medir
as palavras. Autoconfiante, enérgico e possessivo. Reage com extrema
rapidez aos impulsos o que geralmente lhe leva a situações constrangedoras
e perigosas. Para definir bem a impulsividade dos filhos Ogum, nos
dissemos que se alguém lhe bate à porta, estando ele pelo lado de dentro,
não pergunta quem é, ele abre a porta, para ver quem é. Egocêntrico
natural, gosta de receber elogios, bem como não economiza elogios para
tudo aquilo ou aqueles que ele gostar e achar que está certo. Tem um
excelente faro para arquitetar as coisas e colocar dinamismo nas palavras e
nas ações. Tem facilidades em fazer amigos, gosta de estar rodeado deles.
Sendo dono de seu próprio negócio, de uma empresa, tem dificuldades em
mandar, ordenar, em funcionárias mulheres. É tão rápido em suas análises
sobre tudo que imediatamente fala aos que estão por perto. Exterioriza uma
autoconfiança invejável, bem como uma agressividade notória, mas no seu
íntimo é um conservador, retórico, sem ser chato. Um filho de Ogum, tem
que ser muito bem doutrinado, para que possa conter os seus defeitos, que
são basicamente a fúria e o ódio. Coisas que geralmente lhe leva a
destruição de si mesmo. São pessoas violentas, briguentas e impulsivas.
Encontram dificuldades imensas para perdoarem as ofensas que foram
vítimas. Perseguem com obstinação e determinação seus objetivos e jamais
se desencorajam facilmente. Os filhos de Ogum triunfam naqueles
momentos em que qualquer outro teria abandonado o combate e perdido a
esperança. Impõem um grande fascínio, tem facilidades de atrair o sexo
oposto pela sua beleza. São por demais sinceros e francos em suas
intenções e talvez por isso, tornam-se difíceis de serem odiadas. Não
medem esforços para preservarem um casamento, pois os filhos de Ogum
não tem estrutura psicológica para enfrentar uma separação e conquistar
uma outra pessoa, tarefa muito trabalhosa para ele. Possuem um grande
senso de responsabilidade e dedicação à família, fazendo grandes
sacrifícios para que nada falte aos que lhe rodeiam.
Desdobramentos Principais de Ogum
Ogum Megê – vermelho, branco e preto (trabalha em harmonia com
Omulu, na entrada da calunga pequena – cemitério).
Ogum Rompe Mato – Vermelho e verde (trabalha em harmonia completa
com Oxoce, na entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira,
dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxoce)
Ogum Beira-mar – Coral (trabalha na orla marítima em harmonia com
Iansã e Iemanjá)
Ogum Iara – azul claro e vermelho (trabalha na cachoeira em harmonia
com Oxum)
Ogum de Lei – vinho e branco (trabalha com as Almas em harmonia com
Xangô, Omulu, Oxum e Ogum Iara)
OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros
de Umbanda, são desdobramentos destes principais Chefes de Linha,
exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar).
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Qualidades do Orixá Ogun
– Ògún Meje – É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún completo,
velho solteirão rabujento. Trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da
calunga pequena – cemitério.
– Ôgúnjá – é um Ògún, como indica seu nome, particularmente
combativo. Amigo do cachorro que lhe é consagrado é como ele um
protetor seguro. Mas tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de
verde escuro e usa contas verdes..Dizem que acompanha Ogúnté.

– Ògún Ajàká – é o “verdadeiro Ògún guerreiro”, sanguinririo, que em


princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó.
Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado
a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.
– Ògún Xoroke – usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo
do colar de Esú, seu irmão e amigo íntimo. “Xoroke é um Ògún que tende a
confundir-se com Esú, agitado, instável, suscetível e manhoso.

– Ogun Meme – veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como


Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente.
Ògún Wori – (Warri, ou wori: Yorübá) – é um Ògún perigoso, dado da
feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados.; Tem temperamento difícil,
suscetível, autoritário o espírito dogmático.
Ògún Lebede (Alagbede) – é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá
Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais velho de Ògún,
trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”,
ciente de seus deveres como de seus direitos, exigente e rabujento.
Ògún Akoró – é o irmão de Òsòsi, ligado a floresta, qualidade benéfica de
Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró é um tipo de Ògún jovem
e dinâmico, entusiasta, era preendedor, cheio de iniciativa, protetor seguro,
amigo fiel, e muito ligado a mãe.

Ògún Oniré – é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de
Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu
debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o
cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito
impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se
rapidamente.

Ògún Olode – é o Ògún dos caçadores, originário de Kétu. Não come galo
por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor
dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha
ao de Òsòsi.
Igbo – é outro
Ògún Popo – seria o nome de Ògun quando foi a terra dos jeje, é um tipo
fanático.
Ogum Rompe – Mato – Trabalha em harmonia completa com Oxossi, na
entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum,
quanto na quinta-feira, dia de Oxossi.
Ogum Beira – Mar – Trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e
Iemanjá
Ogum Iara – Trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum
Ogum de Lei – Trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulu,
Oxum e Ogum Iara
Ogum Dilê – O que rege e vibra nas doenças. Muito usado nos trabalhos de
Oriente na Umbanda)
Ogum matinada – que rege á noite. Madrugadas e tudo que se relacione
com a noite e a lua). Também tem OGUM DE MALÊI, OGUM DE NAGÔ
e OGUM SETE ESPADAS, que vibram nas faixas dos anteriormente
descritos.
Ogum de Ronda ou Naruê – trabalha em sintonia com Exu

ALGUNS CABOCLOS DE OGUM


SETE ESPADAS, SETE MATAS, SETE ONDAS, SETE LANÇAS,
AKUAN,
ÁGUIA BRANCA, ÁGUIA DOURADA, ÁGUIA SOLITÁRIA, PENA
VERMELHA
CABOCLO DA MATA, ROMPE NUVEM, ROMPE FERRO,
ROMPE AÇO, TABAJARA,
ICARAÍ, TAMOIO, ROMPE MATA, UBIRAJARA
Especificando:

 (qualidade do Ògún que trabalha à Beira do Mar em sintonia com


Iemanjá e Şàngó) = Ògún-Beira Mar;Ògún (Orixá) + Beira-Mar
 (qualidade de Ògún que trabalha em Alto-mar em sintonia com o povo
do mar) = Ògún Sete Ondas;Ògún (Orixá) + Sete Ondas
 (qualidade de Ògún que trabalha nas pedreiras e cachoeiras) = Ògún da
Pedreira, Ògún das Sete Pedreiras, Ògún da Cachoeira, etc.;Ògún
(Orixá) + Pedreira
 (qualidade de Ògún que trabalha na Linha das Almas) = Ògún Megê das
Almas;Ògún (Orixá) + Megê
 Ògún (Orixá) + Matinata (regência da Lua, noite e madrugada em
sintonia com Òşàlà) = Ògún Matinata;
 Ògún (Orixá) + de Lê (qualidade de Ògún mesclado com Şàngó,
trabalha com a Lei) = Ògún de Lê;
 Ògún (Orixá) + Rompe-Mato (qualidade de Ògún mesclado com
Oxóssi, desbravador, caçador) = Ògún Rompe-Mato;
 Ògún (Orixá) + de Ronda/Naruê (guardião e vigilante dos caminhos
em sintonia com Exú) = Ògún de Ronda, Ògún Naruê etc.

QUALIDADES
– ÒGÚN JÁ –
É o Òrìsá da casa de ÒÒSÀÀLÀ, o grande guerreiro branco. Como
todo ÒGÚN, come inhame, tem temperamento rabujento e solitário.
Em seus assentamentos levaÓSN e WÁJI. Não se pronuncia seu nome
em vão e nem a noite. Veste branco e, também, o verde. Suas contas
são verde-claro. Cobre-se de mariwo.
– ARYES ou WARYN –
É perigoso e feiticeiro, ligado aos antepassados. Tem pemperamento
muito difícil e autoritário. Veste verde-claro, come com YEMONJA e
ÒÒSÀÀLÀ. Gosta de comer cabritos pequenos, aprecia a carne de
marreco e não come frango em suas obrigações.
– AJAKÁ –
Irmão mais velho de SÀNGÓ, conquistou a cidade de OYÓ e deu para
seu irmão governar. Guerreiro sanguinário. Veste vermelho e verde
escuro, suas contas são iguais a vestimenta. Teria sido o primeiro rei de
OYÓ. É agressivio, gosta de dar ordem e ser obedecido.
– IKOLÁ –
É um ÒGÚN solitário que tem ligação com XOROQUE e ÒÒSÀÀLÀ.
Come ÌGBÍN e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora galos
vermelhos e bode de chifres grandes.
– ELEMONÁ –
Mora nas matas e caça muito bem. É muito sério, áspero, não se
apegando a ninguém, a não ser a sua própria família. Tem fundamento
com OBALÙWÀIYÉ e ÈSÙ.
– ALABEDÈ –
É um grande ferreiro e ferramenteiro. Este ÒGÚN é o marido de
YEMONJA OGUNTÉ e o pai de AKEKO. É o mais velho,
trabalhador, exigente e rabugento. Veste-se de azul arroxeado e o
vermelho. Contas iguais a roupa. Come com ÈSÙ e YEMONJA.
– OLODÉ –
É caçador e não come animais caseiros. Amigo e conhecedor dos
caminhos como ÒSÓÒSÌ. Semelhante a ÒSÓÒSÌ. Come, em seus
assentamentos, caça. Leva um ADEMATÁ e só come nos caminhos da
mata.
– MEGE ou MEGE-MEGE –

Seria o mais velho, a raiz de todos. É um ÒGÚN completo. Come nos


cemitérios. Soleteirão, ranzinza e muito sanguinário. Suas cores são o
verde claro e o vermelho claro.
– MENÉ –
É um jovem guerreiro. Veste-se de verde claro e usa contas verdes.
Come com ÒÒSÀÀLÀ e tem grande fundamento com YEMONJA.

– AKORÓ –
É irmão mais velho de ÒSÓÒSÌ e ligado a floresta. É invocado no
PADE. É filho de YEMONJA OGUNTÉ, jovem, dinâmico, entusiasta,
empreendedor, protetor seguro, amigo fiél e ligado ao mau.
– ONIRÉ –
Primeiro filho de ODÙDUWÀ. Usa contas verdes. Guerreiro
impulsivo, cortador de cabeças, ligado a morte e aos antepassados.
Muito impaciente, não pensa antes de agir, mas acalma-se rápido.
– AJÒ –
Fica fora do barracão e toma conta da porteira. É o primeiro a ser
saudado. Companheiro de ÈSÙ, ronda as encruzilhadas, comendo com
ÈSÙ nas estradas. Veste-se e tem contas azul arroxeado.
– ONIJÉ –

É o Òrìsá que tritura, corta e provoca ferimentos. Não é aconselhável


raspar este Òrìsá em seus filhos. Veste o verde escuro e o vermelho.
Tem ligações com OYA YGBALÉ.
– SÓRÒKÈ –
É um Òrìsá das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi
amaldiçoado por seu pai e sua mãe.

Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de


dentro dêle, em forma de fogo.
É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os
que por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da
vingança, pois seu temperamento é muito forte.
Tem que ser feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no
domínio da mãe, APANDÁ. Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN,
tendo que assentarÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo
é duplo, até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa
e outro de ÒGÚN, com massa, sôbre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ,
ÒGÚN e ÒSUN.
ROXI MUCUMBI
QUALIDADES:

MUKUMBI (E) (Ligado à agricultura) – fundamento com Katende

BIOLE (^) – fundamento com Pambunjila / Lemba / Zazi

EMBAMBIE – fundamento com Ngunsu

BAMBI MALÈ – fundamento com Kaiala

MINIKONGO – fundamento com Ngunsu

TOLODE – fundamento com Pambunjila / Lemba


TOLA – fundamento com Ngunsu

AMINIBU – fundamento com Danda

MALEMBE (qualidade antiga – quando Nkosi estava na descendente e


passou nas terras de Zumbá)

KONGO MUKONGO ou KAJA MUKONGO – fundamento com


Ngunsu / Katende

SINAVURIE(^) – fundamento com Ngunsu / Telekompensu / Kaiangu

KAMINDERE (^) – fundamento com Kaiangu

TARAMENE(^) – fundamento com Aganji / Danda

TARIULÈ – fundamento com Kavungu

KAMBINDA – fundamento com Kavungu

ARONDI – fundamento com Pambunjila

NKOSI MAVAMBO – fundamento com Pambunjila (= Xorokê)

NGÓ(‘) – fundamento com Hangolo / Hangoloméa

KONSENZA – fundamento com Wunji

PALAXO(‘) – fundamento com Kitembu

MUGOMESSÀ – fundamento com Kitembu / Katende / Kavungu


KARIRI – fundamento com Zazi / Mina Lugando
MAVAMBO
Mavambo é um Nkisi cultuado em muitos Candomblés Angola e Congo
como guardião dos caminhos. Esse Nkisi é uma Divindade que gosta de
andar, não fica por muito tempo parado, é um Nkisi que acompanha Nkosi
nas estradas e florestas, esta envolvido com a paz, mas para que a paz reine
na comunidade, ele tem que lutar contra o individuo obsessor que esta
tirando a harmonia da comunidade.
Segundo alguns candomblecistas, Mavambo é conceituado como o senhor
do barro, um conquistador. É acreditado ter-se originado dos sonhos de
Nkosi quando em suas andanças, Nkosi parava para descansar, dormir,
onde nasceu um montículo de barro por baixo da cabeça de Nkosi. Pela
manhã ao cantar do galo três vezes, nesse mesmo monte, a cada dia surgia
um Mavambo com o proposito de vigiar os caminhos dominados por
Nkosi.
Mavambo foi fonte de estudos do Sergio Adolfo, mas não sendo muito feliz
por conta da escarces de fontes bibliográficas, não encontramos nada em
seus estudos relacionado ao Nkisi Mavambo. Mas pesquisando sobre os
povos do grupo Ambó ou Ovambo, povo esse de origem Bantu, encontro
na palavra Ovambo uma semelhança na fonética com a palavra Mavambo,
mas a coincidência não para por ai, ela também adentra tanto pela historia
desse povo quanto na historia do Kongo.
O grupo Ambó ou Ovambo ocupa um extenso território ao sul de Angola.
De acordo com CARLOS DUARTE, a origem do termo “Ambó” perdeu-se
no tempo, mas, foram designados pelos Donga, os “Ova-Donga” (povos
localizados a norte da Namíbia), que a forma correta do termo “Ambó” é
“Ova-Mbo”, que foi sofrendo alterações até chegar a Ambó. Entre as suas
populações, os Ambó da região da Angola, o subgrupo que mais se destaca,
é o Kwanyama (Cuanhama) e o Kwamatwy (Cuamatui), pelo valor de
guerreiros e pelo poder econômico adquirido.
A família Ambó (Ova-Mbo), ou seja, os subgrupos do lado da Namíbia
(antigo sudoeste africano) se encontram os Kwambi, Onga, Gandgela,
Lolocktsy Gunda e Kwaluty; os do lado da Angola encontram os
Kwamatwy, Dombola, Evale, Kwanyama e Kafima.
Mesmo que o grupo Ovambo seja descartado por muitos leitores, como
origem da palavra Mavambo ou sendo os povos que cultuaram a Divindade
Mavambo, decidimos prolongar, acrescentamos a palavras MAVU, cujo
significado é barro ou terra, que encontramos no Dicionário Kimbundu-
Português da Fatima Katulembe, como uma das origens. Pois essa palavra é
facilmente encontrada nas Mimbu desse Nkisi.
A palavra Mavambo, como pode observar a sua fonética, é muito próxima
da palavra Ovambo do grupo Ambó ou Ova-Mbo. E decidimos analisar se
sua origem também possível encontrar na cultura Kongo e estudarmos a
origem da palavra Mavambo nesse território de linguagem totalmente
diferente as do povo Ova-Mbo, cuja linguagem é o Kikongo, para
chegarmos á uma conclusão, se descartamos ou não, o conceito de Ova-
Mbo ser uma das principais origens da palavra Mavambo.
No Reino do Kongo, é encontrado títulos de chefes, eles são Mani, Ntotila,
Mwene e Ntinu, mas aqui focaremos apenas no titulo Mani como proposito
de nossas pesquisas.
Segundo Patrício Batsikama “no pensamento Kôngo, o Senhor de Mbânza-
Kôngo é, antes de mais, um chefe, representante dos Ancestrais e eleitos
pelos Makôtas mais velhos” (2010: p;106,107).
De acordo com Batsikama, MANI deriva de:
mânika: estender, pôr no teto, pôr cima ou expor algo a vista (dos clientes,
por exemplo); mânina: findar, esgotar; mânisa: terminar, acabar uma obra,
acabar completamente uma obra.
O titulo Mani indica que o seu portador é um chefe, uma pessoa indicada a
resolver os problemas jurídicos da comunidade ou qualquer outro problema
dos cidadãos da comunidade e representante dos ancestrais que são um dos
principais governante da comunidade.
De acordo com Jan Van Wing (citado por Patrício Batsikama) escreve no
seu livro Etudes Bakongo I que, até no século XIX, os Ambundu vinham
resolver os problemas jurídicas e/ou outras discussões em Mbâzi’a Nkânu,
a capital do NTÔTIL’A KONGO (2010: 107).
No Kongo é comum ajustar as partículas MA de MANI ou NE de
MWENE, ao nome da aldeia com o proposito de se conhecer o responsável
pelo território. Como por exemplo: Mani-Soyo, Mani-Mpumbu, Mani-
Kongo e etc.
Segundo Itana Mutarere, fez um resumo (na integra) de suas pesquisas
sobre Mani Njila e Mani Kongo, contidas no livro do Tata Nkasuté,
Estudos da Mitologia Bantu, pág 34 a 36.
“MANI NJILA – Senhores dos Caminhos. No Reino de Matamba e nas
regiões próximas, quando os grupos viajavam em busca de caça ou melhor
habitat, dois Chefes eram designados para cada grupo. Um seguia na frente
( o Mussenga) e o outro na retaguarda (o Kikinda); ambos levavam pós,
ervas, amuletos, com os quais encantavam as feras protegendo o grupo.
Tinham como hábito religioso fazer colares de ovos de perdiz, os quais
eram confeccionados sob grande feitiço para lhes aumentar a coragem.
Aquele que encontrava um coelho, uma lebre, uma codorniz, ou qualquer
outro animal tímido no caminho, era promovido naquela campanha. Além
disso, podia usar um tapa-sexo confeccionado com o couro do animal e
enfeitar-se com as penas. Suas armas mais poderosas eram o feitiço,
venenos nas setas de suas flexas, alfanjes, facas e lanças de ferro.KONGO
NJILA – títulos reservado aos grandes guerreiros do Kongo. apresentavam-
se nus, porém os mais aguerridos usavam peles das feras que dominavam e
enfeitavam-se com lindas penas de aves de bom augúrio. Muitos eram
horrivelmente deformados e pintados. Suas armas eram: arco e flexas,
espadas, facas, alfanjes de ferro ou madeira e grandes escudos. A destreza
na luta, a disciplina e extrema coragem garantiam a proteção do Mani-
Congo”.
Como podemos observar nos parágrafos referentes ao titulo de MANI, no
Reino do Kongo, nos leva a uma porcentagem maior do povo Ova-Mbo ser
uma das origens do Nkisi Mavambo, principalmente o paragrafo
explicando o ajustamento das partículas MA de MANI, onde podemos
observar essa partícula ajustada na palavra Mavambo, e os parágrafos
resumidos pela Itana Mutarere sobre Mani Njila e Kongo Njila, que
fortificou mais a sua origem.
Mavambo = Ma-Vambo = Mani-Vambo = Ova-Mbo = O Senhor do
Caminho que liga os povos Ova-Mbo aos povos do Kongo, ou seja, o
Senhor do Caminho que liga Angola a região Kongo.
Mavambo é conceituado um Nkisi dos caminhos, guardião das aldeias e
caminhos, com forte ligação com os Ancestrais e Antepassados, está ligado
ao fogo, ao barro, a terra, principalmente com Mukumbi. Também é
detentor do poder jurídico, da guerra e da caça.
É o Mukisi/Nkisi que se revela como a divindade do ferro, dos ferreiros e
de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores,
açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e ainda como
o patrono das tecnologias, pois se liga ao fogo, e foi a partir da fundição do
metal que se desenvolveu a expansão humana. É o Leão sagrado – O
Guerreiro da justiça, o comedor de almas dos ímpios e injustos. Nkosi
manifesta-se no sistema passional ligado ao plexo solar das emoções e
desejos. Pelo seu carácter impetuoso é a manifestação divina associada as
brigas e guerras, com temperamento dominador, autoritário e violento.
Kizilas: Seus filhos devem evitar a tangerina, couve e aimpim.
Saudações: Luna kubanga kuta kueto Nkosi (Nkosi, aquele que briga por
nós) / Pembelê Nkosi – Kiua! – Eu te saúdo Leão (o guerreiro) sagrado.
Salve!!!
Elemento: Ferro /Fogo
Símbolo: Espada e instrumentos de ferro, pontiagudos e cortantes.
Dia da semana: Terça-feira.
Fio de contas: Azul-marinho.
Roupa: Azul com detalhes em vermelho ou roupas colorida com
predominância do verde ou azul-marinho.
Mineral: Minério de ferro e mercúrio.
Oferendas: Feijoada, grãos em geral, inhame (cará), dendê, mel e farofa de
banana da terra.
RELACIONAMENTOS: Os filhos e filhas de Nkosi têm compatibilidade
com pessoas de Dandalunda, Mikaia, Matamba Hongolo, Pambu Njila e
Ganga Malembá.
Nkosi é Nkisi guerreiro, Nkisi da construção, das batalhas, é Nkisi que
odeia a mentira.

Nkossi é um guerreiro justo, ele faz guerra pela justiça, defende os fracos,
odeia a humilhação e a injustiça, é dono da articulação, da motricidade, do
tato.
Ele rege os caminhos do artesanal, do que é do serviço braçal, da mão de
obra, é o construtor, bem dizendo, ele é o peão, é o pedreiro, é o segurança.
É o orixá responsável pela abertura dos terreiros, pela construção e o
progresso de estruturação arquitetônica dos tempos.

Nkossi é o orixá da força, representa o homem forte, o homem decidido,


desbravador, dedicado, honesto, trabalhador, guerreiro… é o símbolo do
homem de bem, o homem que faz, que constrói a diferença com suas
próprias mãos.
Atribui-se a ele o dom do progresso, das vitórias, da proteção.
É o dono do metal e todas as ferramentas.

Nkisi Nkosi, é derivado da mesma família como Nkondi, mas está


diferentemente composto e é usado pelo nganga durante a iniciação de
noviços.
O termo Nkosi se refere a o leão. Entre o nkisi de Kongo Ocidental Nkosi é
uma figura grande.
É o Nkisi das contendas, Nkisi da guerra. Rege as lutas, batalhas, brigas,
Divindade masculina dos povos bantus.

É o Nkisi do ferro, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal. Força
da natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos
fortes. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Nkosi. Considerado
como um Nkisi impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem
cessar, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e
amável. É a vida em sua plenitude.
Os lugares consagrados a Nkosi ficam ao ar livre, na entrada das casas e
terreiros.
Geralmente são pedras em forma de bigorna junto às árvores. Nkosi é
representado também por franjas de palmeira ou dendezeiro desfiadas
chamadas mariwo que penduradas nas portas ou janelas, representam
proteção, cortando as más influências e protegendo contra pessoas
indesejáveis.

O culto a Nkosi é bastante difundido tanto no Brasil quanto na África. Sem


sua permissão e proteção, nenhuma atividade útil, tanto no espaço urbano
como no campo, poderia ser aproveitada. Deve ser invocado logo após
Pambu Njila ser encaminhado a porta, abrindo caminho para os outros
Minkisi. Como na África, ele é representado por sete objetos de ferro
pendurados em uma haste de metal. A importância de Nkosi vem do fato de
ser ele um dos mais antigos dos Minkisi, e também, em virtude de sua
ligação com os metais e aqueles que os utilizam.

Informações:
Cor: Azul escuro
Dominio: Guerras, estradas e metal.
Dia da semana: Terça-Feira
Comida: Inhame assado (Cará) ou Feijoada do Ògún.

Kizila: Mentira, a fruta cajá e o roubo.


Elemento: Terra

Qualidades de Nkosi:
1. MUKUMBI
2. BIOLE
3. EMBAMBIE
4. BAMBI MALÈ
5. MINIKONGO
6. TOLODE
7. TOLA
8. AMINIBU
9. MALEMBE
10.KONGO MUKONGO ou KAJA MUKONGO
11.SINAVURIE
12.KAMINDERE
13.TARAMENE
14.TARIULÈ
15.KAMBINDA
16.ARONDI
17.NKOSI MAVAMBO (Xorokê)
18.NGÓ
19.KONSENZA
20.PALAXO
21.MUGOMESSÀ
22.KARIRI
Plantas de Nkosi:
Abacateiro, Abre Caminho (Jikula Nzila), Açoita Cavalo, Açucena rajada,
Agrião, Akòko, Ameixa, Ameixeira, Amora, Aroeira (Kisaba Mulongo),
Aroeira Branca, Aroeira Vermelha, Boldo Bahiano, Botão de Santo
Antônio, Bredo de Espinho, Cabeluda, Cajá, Cajá Manga,
Cajazeira (Kirima), Caju, Cana, Cana do Brejo (Kisaba’nhoka), Canjerana,
Carrapicho, Caruru, Cipó Chumbo, Colônia (Zukamesa Kiari), Coqueiro,
Costela de Adão, Cravo Vermelho, Crista de Galo, Dendezeiro, Dracena
Listrada, Espada de São Jorge (Kisaba Njangu), Espelina Falsa, Flor de lã,
Goiaba, Goiabeira (Ngindu Muxi), Grumixameira, Guaçatonga, Guarabu,
Guiné, Helicônia, Inhame Branco, Inhame Bravo, Inhame Selvagem,
Jabuticaba, Jambo Amarelo, Jambo Encarnado, Japecanga, Jatobá,
Jenipapo, Laranja, Leiteirinho, Limão Bravo, Lírio do Brejo, Losna,
Mafumeira, Manga, Mangueira (Kutotomba), Marmeleiro, Milho, Milho
Vermelho, Óleo Pardo, Palma Vermelha, Palmeira Abânico, Pau Ferro do
Ceará, Peregun, Periquitinho, Pinhão BrancoPiripíri, Poinsétia, Porangaba,
Romanzeira, Sangue de Dragão, Sapê, Tanchagem, Tribulus, Tulipa, Vence
Demanda.
PAMBU NJILA / MAVAMBO
“Só fale comigo se realmente estiver certo do que quer”
Mukixi/Nkisi mensageiro entre os homens e as divindades, guardião da
porta da rua e das encruzilhadas. É o mais subtil, mais astuto e mais
próximo do humano, de todos os Jinkisi. Ele aproveita-se de suas
qualidades para provocar mal entendidos e discussões entre as pessoas ou
para lhe preparar armadilhas. Pode ter matado um pássaro ontem, com uma
pedra que jogou hoje! Ele é encarregado de zelar pelos caminhos da vida
humana e responsável pela evolução dinâmica. É o guardião da Lei
Universal e pedra do caminho. É quem zela para que cada um receba de
acordo com seu merecimento. Se alguém se acha muito bom e evoluído
capaz de mudar de plano espiritual, é Ele quem vai agir para que ninguém
incapaz possa passar a outra fase espiritual.
Kizilas: Seus filhos devem evitar a tangerina e óleo branco extraído do
coquinho do dendê.
Saudação: Kiuá Nganga Pambu Nzila (viva o senhor dos caminhos)
Elemento: Fogo.
Símbolo: Um bastão adornado com cabaças e búzios. Mineral: Carvão
koque e mercúrio.
Dia da semana estabelecido no Brasil: Segunda-feira. Fio de contas:
Vermelho e preto ou cores primárias mais o preto.
Roupa: Vermelha, preta, branca, cinza e roxo.
Oferendas: Farinha com dendê, feijão, água, mel, aguardente (come tudo
que a boca come).
RELACIONAMENTOS: Seus Filhos e Filhas tem compatibilidade com
pessoas de Dandalunda, Hangorô, Matamba, Lembaranganga, Mutalambô/
Nkosi e Nkaiala.
Conheça meu Orixá seu Orixá……
Na religião do batuque, o orixá Ogum é o dono do ferro e de todos os
seus derivados, como armas e ferramentas. Também é dono da bebida
alcoólica e é considerado o senhor da guerra. É esposo de Iansã, que o
traiu com Xangô após embebedá-lo com uma bebida denominada atã.
Por ser o dono do “obé” (faca), sem ele não tem como outros orixás
serem feitos. Qualquer sacerdote de orixá tem que ter Ogum em seus
assentamentos, pois este é o dono do axé das facas. Por ser dono das
armas, é invocado para vencer demandas. Pela mesma razão é o
protetor dos policiais e dos soldados.
Na Nação Ijexá também são cultuados Ogum Avagã, Ogum Onira e
Ogum Adjolá qualidades de Ogum que só existem no Batuque. Este
último é um guerreiro guardião que trabalha na beira da água a
mando de Oxum, Iemanjá e Oxalá. Ogum Avagã tem seu assentamento
junto a Bára Lode, Oyá Timboa ou Adirã

Particularidades do orixá:
Saudação – Ogunhê.Dia da semana – segunda-feira para Ogum Avagã
e quinta-feira para os demais.
Número – 07 e seus múltiplos.
Cor – vermelho e verde.
Guia – vermelho e verde escuros.
Adjuntós – Avagã com Oyá Timboá ou Oiá Dirã, Onira com Oiá,
Olobedé com Iançã, Adiolá com Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí.
Ferramentas – alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo,
tenaz, lança e ferradura.
Ave – galo vermelho dourado.
Quatro pés – cabrito branco, vermelho, malhado ou escuro, menos
preto.
Sincretismo Religioso:
Ogum Avagã – São Paulo
Ogum Onira, Olobedé e Adiolá – São Jorge
Os Arquétipos(filhos):
Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são
impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não
são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia,
com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre
envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas
mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito
a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
OGUN/GU/ROXIMUKUMBE

OGUM/GU/ROXEMUKUMBI – PARTE VII- QUALIDADES OGUM


ANGOLA

ROXI MUCUMBI

QUALIDADES:
MUKUMBI (E) (Ligado à agricultura) – fundamento com Katende
BIOLE (^) – fundamento com Pambunjila / Lemba / Zazi
EMBAMBIE – fundamento com Ngunsu
BAMBI MALÈ – fundamento com Kaiala

MINIKONGO – fundamento com Ngunsu


TOLODE – fundamento com Pambunjila / Lemba
TOLA – fundamento com Ngunsu
AMINIBU – fundamento com Danda
MALEMBE (qualidade antiga – quando Nkosi estava na descendente e
passou nas terras de Zumbá)
KONGO MUKONGO ou KAJA MUKONGO – fundamento com
Ngunsu / Katende
SINAVURIE(^) – fundamento com Ngunsu / Telekompensu / Kaiangu
KAMINDERE (^) – fundamento com Kaiangu
TARAMENE(^) – fundamento com Aganji / Danda

TARIULÈ – fundamento com Kavungu


KAMBINDA – fundamento com Kavungu
ARONDI – fundamento com Pambunjila
NKOSI MAVAMBO – fundamento com Pambunjila (= Xorokê)
NGÓ(‘) – fundamento com Hangolo / Hangoloméa
KONSENZA – fundamento com Wunji
PALAXO(‘) – fundamento com Kitembu

MUGOMESSÀ – fundamento com Kitembu / Katende / Kavungu


KARIRI – fundamento com Zazi / Mina Lugando

OGUM/GU/ROXEMUKUMBE – PARTE VI – QUALIDADES OGUM


YORUBÁ
Ògún Meje – É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ògún
completo, velho solteirão rabujento e muito sanguinário. É o aspecto
do orixá que lembra a sua realização em conquistar a sétima aldeia
que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar o seu filho
Adahunsi. Come nos cemitérios. Suas cores são o verde claro e o
vermelho claro.
Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em
razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um dos seus
mitos liga-o a Oxaguiã e Yemanjá quanto a sua origem e como ele
ajudou Oxalá em seu reino fazendo ambos um trato. É o Òrìxá da casa
de Oxalá, o grande guerreiro branco É um Ògún, como indica o seu
nome, particularmente combativo. Tem temperamento rabugento,
solitário.. Dizem que acompanha Ogúnté.. Em seu assentamento leva
Osum e Waji; Não se pronuncia seu nome em vão e nem a noite;come
inhame como todo Ogun. Veste branco e também o verde escuro e usa
contas verde-claro. Cobre-se-se de Mariwo. Na Umbanda , Ogum
matinada)
Lado Positivo

Dóceis, calmos, seguros, confiantes, os regidos por este tipo de Ogum


são grandes negociantes. Amantes fiéis e dedicados à familia, são
também verdadeiros guardiães de seu próprio patrimônio. Geralmente
bonitos, talentosos e inteligentes, os de Ogum Já são grandes amigos e
possuidores de autocontrole. São pessoas de decisões rápidas e seguras
e donas também de exagerado sentimentalismo
Lado Negativo

Os regidos por Ogum Já têm, invariavelmente , um péssimo defeito:


usam de falsidade, porém a exercem como tática de guerra. Atacam
sempre pela retaguarda do adversário, não dando chances de defesa e
tirando todo proveito do elemento surpresa. São rápidos no
pensamento e gostam de ver o inimigo morrer lentamente, o que dá um
sentimento impiedoso ao seu caráter.

Ògún Ajàká – É o “verdadeiro Ògún guerreiro”, sanguinário, que em


princípio se veste de vermelho e verde escuro, suas contas são iguais a
vestimenta. Teria sido rei de Òyó e irmão de Sàngó. Ajàká é um tipo
particularmente agressivo de Ògún, um militar acostumado a dar
ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente. Na
Umbanda, Ogum Naruê, Rompe Mato.
Lado Positivo
Corajoso acima de tudo, honesto, objetivo do tipo monarca, de muita
sorte, senso de justiça, nobre, valente. Os filhos deste tipo de ogum se
esforçam para serem perfeitos em tudo o que fazem. São hábeis e
inteligêntes e normalmente são de muito fácil compreensão. Capazes
de dar tudo de si quando amam, pois são amantes constantes e
dedicados.
Lado Negativo
Altamente perigosos, quando estão irados. São extremamente
sanguinários e impiedosos. Atacam por todos os lados e exterminan o
inimigo. Não são falsos, mas semeiam a discórdia, a intriga; saem de
perto e quando voltam, o fazem para exterminar e reinar. São egoistas
e nervosos; querem tudo rápido e bem feito. Exigentes, são capazes de
destruir algo que lhes incomoda e não têm pena de ninguêm. Nem de si
proprios. Outras inúmeras qualidades existem, mas no cômputo geral,
aqui foi colocado tipos de Oguns que representam os elementos Terra,
água e Ar. o que dá um sentido amplo, às caracteristicas dos filhos
deste Orixá.

Ògún Xoroke ou Ògún Soroke – Apenas um apelido que Ògún ganhou


devido à sua condição extrovertida; soro = falar, ke=
mais alto.Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo.
“Xoroke é um Ògún que tende a confundir-se com Esú, agitado,
instável, suscetível e manhoso.É um Òrìsá das terras Jeje um tipo
muito perigoso. Dizem que foi amaldiçoado por seu pai e sua mãe.
Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de
dentro dêle, em forma de fogo.É o senhor da noite, vive nos cantos das
encruzilhadas, castigando os que por ali passam e profanam as
oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da vingança, pois seu temperamento
é muito forte. Tem que ser feito no domínio do pai, Exú, e ambos no
domínio da mãe, Iponda. Faz-se o ÈSÙ, escravizado por ÒGÚN, tendo
que assentar ÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo é
duplo, até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e
outro de ÒGÚN, com massa, sobre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN
e ÒSUN. Na Umbanda chamado de Ogum Mejê, Sete Estradas, Sete
Espadas.
Lado Positivo – Os regidos por este Orixá são de uma bravura sem
igual. Dedicados e corajosos, geralmente são pessoas que se empenham
para chegar a seus objetivos. Têm muito a ver com Exú e praticamente
carrega quase todas as virtudes daquele. .
Lado Negativo – Vorazes, gananciosos e abusados, os filhos de
Xoroquê não têm pena de cortar o pescoço dos seus inimigos. Não
perdoam falhas, nem às suas proprias, chegando ao cúmulo de se
autoflagelarem por um engano ou erro cometidos. São sábios para
enredar e criar polêmicas; confusos, muitas vezes, mas agem às claras.
Atacam sempre pela frente, numa avançada única e de resultado
sempre positivo (para eles próprios). Daí o autocastigo quando falham.
São rudes e extremamente exigentes e seu ponto preferido para o
ataque é o coração. Impiedosos e malvados, não se curvam diante de
ninguêm. Ostentam um grande valor de poder e grandeza, mesmo que
na verdade não os tenha.
Ògún Meme – É um jovem guerreiro. Veste-se de verde claro e usa
contas verdes como Ogum Já, mas de uma tonalidade diferente. Come
com Oxalá e tem grande fundamento com Yemanja.

Ògún Wori /Waris (Warri, ou worin) – É um Ògún perigoso, dado da


feitiçaria, ligado ao màriwò, aos antepassados. Tem temperamento
difícil, suscetível, autoritário o espírito dogmático. Nessa condição o
orixá apresenta-se muitas vezes com forças destrutivas e violentas.
Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de
agradá-lo ele aborrece-se. Um dos seus mitos narra que ele ficou
momentaneamente cego. Veste verde-claro, come com Yemanjá e
Oxalá. Gosta de comer cabritos pequenos, aprecia a carne de marreco
e não come frango em suas obrigações. Na Umbanda, Ogum beira
Mar, Sete Ondas e Iará.
Lado Positivo
É um tipo mais calmo. Os regidos por este Ogum são mais dóceis, mais
lentos, mais emocionais, pois estão ligados à regência da água, através
de Yemanjá Oxum e Logum Edé. Oxalá dá sua contribuição com o
elemento Ar. Daí os filhos de Waris serem mais emotivos, carinhosos e
atenciosos. São excelentes generais, pois estudam profundamente as
estratégias. Amantes singelos, procuram sempre uma forma de
agradar.
Lado Negativo

Os filhos de Ogum Waris usam táticas interessantes para chegar aos


seus objetivos. Choram de forma mentirosa para enganar o inimigo.
Usam de falsidade e intrigas e são mestres na arte de ludibriar. Atacam
pelos flancos e são do tipo sádicos e temperamentais.

Ògún Ikola – É um ÒGÚN solitário que tem ligação com XOROQUE e


Oxalá.. Come ÌGBÍN e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora
galos vermelhos e bode de chifres grandes. É um Ogun que come junto
com Osaguian, com Yemanjá Ogunte e Jagun. É o Ogun que é evocado
quando se faz as curas.

Ogun Elemona – Mora nas matas e caça muito bem. É muito sério,
áspero, não se apegando a ninguém, a não ser a sua própria família.
Tem fundamento com Obaluaye e Exú.

Ògún Lebede (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, marido de


Yémánjá Ogúnté e pai de Ògún Akoro. Representam um tipo mais
velho de Ògún, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não
brincam em serviço”, ciente de seus deveres como de seus direitos,
exigente e rabujento. É um grande ferreiro e ferramenteiro. Veste-se
de azul arroxeado e o vermelho. Contas iguais a roupa. Come com Exú
e Yemanjá.
Ògún Akoró – É o irmão mais velho de Oxóssi, ligado à floresta,
qualidade benéfica de Ògún invocada no pàdé. Filho de Ogúnté, Akoró
é um tipo de Ògún jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor,
cheio de iniciativa, protector seguro, amigo fiel, e muito ligado à mãe.

Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a


reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia., o dono de Iré, primeiro filho
de Odúduwà. Oniré é um Ògún antigo que desapareceu debaixo da
terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de
cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito
impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se
rapidamente.
Ògún Olode – Epíteto do orixá destacando a sua condição de chefe dos
caçadores, originário de Kétu. Não come galo por ser um animal
doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é
um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha ao de Oxóssi..
Só come nos caminhos da mata e em seus assentamentos, come caça.
Leva um ADEMATÁ – arco e seta

Ogum Ajo – Fica fora do


barracão e toma conta da por
porteira.
teira. É o primeiro a ser saudado.
Companheiro de ÈSÙ, ronda as encruzilhadas, comendo com ÈSÙ nas
estradas. Veste-se
se e tem contas azul arroxeado.

Ògum Onije – É o Òrìsá que tritura, corta e provoca ferimentos. Não é


aconselhável raspar este Òrìsá em seu
seuss filhos. Veste o verde escuro e o
vermelho. Tem ligações com OYA YGBALÉ.

Ògún Popo – Seria o nome de Ògún quando foi à terra dos Jeje, é um
tipo fanático.

Ògún Masa – Um dos nomes bastante comuns do orixá, segundo os


antigos é um aspecto benéfico do oorixá
rixá quando assim se apresenta,
quando não um de seus aspectos é o desequilibrio, por alguns
considerado como “o louco”, o cortador de cabeças, tem fundamento
com Exú e Yemanjá, os únicos que conseguem abrandar sua ira. Usa
vestimentas coloridas.
Há vários nomes de Ògún fazendo alusão a cidades onde houve o seu
culto, como Ògún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu
culto, etc. O orixá possui vários nomes na África como no Brasil e com
isso ganha as suas particularidades e costumes.

OGUM/GU/ROXIMUKUMBE – PARTE V- VODUM GU/TOGUM


Gu ou Gun – Senhor da Guerra

Entre os praticantes do Vodu Fon, Gu é o senhor do ferro e das


guerras, aquele que tornou o mundo habitável. Por isso suas
atribuições são inúmeras:
Vodu da guerra, do fogo, da metalurgia, dos ferreiros, da morte
violenta, protetor dos circuncidados, da cirurgia, das incisões e
escarificações. É o vodun da tecnologia. Tem semelhança com o orixá
Ogum dos Iorubas.
O seu culto foi introduzido ao sul do Daomé no final do século XVII,
por ferreiros e sacerdotes iorubas.
Com o tempo tornou-se bastante popular, sendo bastante cultuado nos
seus templos e casas de culto, além de ter seus oratórios em quase todos
os outros locais de culto de voduns.
De acordo com Verger:
“Para os Fon do Daomey, Gun desempenha o mesmo papel que Ogum
dos iorubas, mas, como Odùduà, é desconhecido em Abomey, Gun ai, é
considerado o filho de Lisa e Mawu, versão fon de Orìsàálá e Yemowo.
Maximilien Quénum o compara a Legba e assinala sua presença diante
das forjas. Christian Merlo indica que “todos os templos” têm seu
Gun, cuja virtude é fortificar o vodun.”
Seu emblema principal é o Gubassá, uma adaga metálica adornada
com desenhos, utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fá.
GUBASA

A principal arma de Gu é o sabre, o Gubasa. É um instrumento


mortalmente cortante e contundente. Os desenhos gravados sobre a
lâmina, possuem um sentido que evoca a memória de Abomé. Da
mesma forma o circulo e o losango sobre a extremidade da faca que
assinalam a parte onde a lamina é mais perigosa. O triangulo
recortado no canto da parte cortante chama-se azan yiyi, mi do xa mi,
cabo de árvore, me ajude !
É a súplica das pessoas que temem a ira de Gu e o fio de sua lâmina. O
triângulo oposto e o losango abaixo propiciam o poder conhecido
como ace, ou a capacidade de vencer uma missão. A argola ou cintura
aonde o cabo do sabre é afixado chama-se blabla na lingua fon. O
Gubassá também é conhecido e utilizado no vodu haitiano.

Gudaglô
O Gudaglô, facão de tamanho menor, é um outro emblema, símbolo
de proteção e defesa contra os inimigos.É um facão como o gubasa,
porém sem desenhos gravados. Essa também pode ser a representação
do zonkpè, o martelo da bigorna. Na iconografia fon, é representado
segurando estes dois sabres, o Gubassá na mão direita e o Gudaglô na
mão esquerda. Nas danças seus vodunsis (iniciados) seguram o Gubasá
na mão direita e o adjá na esquerda.

Akansanwu
A vestimenta de Gu, é a tunica em faixas de algodão tecido, isso está
sugerido nessas imagens de ferro. A forma se estreia nos ombros e se
alarga no corpo.

Alingle
O acessório que Gu segura na mão esquerda e aproxima da orelha (
como se fosse um telefone) é uma sineta, o ajá ( adjá). Ao contrario dos
varios sinos e gongos que os africanos tocam com uma vareta pelo lado
externo, o aja é percutido na parte interna próximo à base da
cavidade. Esse instrumento é um acessório indispensável para os hunô,
os sacerdotes do vodum.

As ferramentas do deus daomeano, Gu

A imagem que os daomeanos apresentam do seu deus Gu, é uma


estatueta de um homem de ferro segurando o facão e usando uma
coroa sobre a cabeça.

Coroa de Gu

Essa coroa que ele carrega sobre a cabeça é formada por varias
ferramentas que representam os seus atributos. Carregar sobre a
cabeça não é algo aleatório na sua representação. A cabeça é o lugar
por onde o vodun toma posse de seus adeptos.
Entre esses deuses, há os ta-vodun, carregados sobre a cabeça, e outros
sobre os ombros.

Sendo Gu um guerreiro absoluto, sua função é estar em permanente


prontidão, para qualquer tipo de combate. Sendo assim, nenhuma de
suas armas podem lhe faltar. Essa coroa também é um Asen, altar
movél, que se fixa sobre a terra.

Asen – Os acessórios do altar-coroa de Gu

1. Sosivi – o machado de Heviossô, um dos grandes deuses vodu, o do


trovão. A forma desse machado assemelha-se com as dos Oshe Xangô
dos iorubás. Tal como nas estatuetas desse deus, em que os cabelos das
jovens é penteado em forma de machado duplo, sendo associadas por
esse motivo à força do relâmpago e da fecundidade. Heviossô
confunde-se com Xangô, o primeiro orixá, deus dos iorubás. Foi um
antigo rei de Ifé, divinizado pelo povo. Guardião da ordem no pais
vodum, aquele que persegue e fulmina os assaltantes.
2. Kponuhwan – bastão com ponta de lança.

3. Dan xèlè – símbolo ou ferramenta específica de Dan, outra divindade


do vodum. Nesse panteão Lissa é um camaleão, Heviossô um trovão e
relampago e Dan é a serpente piton e o arco-iris.

4. Nutonu – buril

5. Hwi : facão

6 – Alin – enxada

7. Kponuhwan ken non : dardo ou arpão.

8. Atakla – garra, arma para a luta corpo-a-corpo.


9. Glankpazunvazunva – podadeira. Esse nome significa literalmente
glankpa : foice –zun : mato — va : corta. É um instrumento usado
para desbastar , mas que também serve de arma.
10. Mlen – anzol
11. Alingle- é o adjá, sineta de percussão usada pelos bokonon,
sacerdotes- adivinhos de fa, o grande ancestral dos orixás iorubás.

O adjá é fixado na coroa com uma corrente.

Ogum Africa

Direitos autorais fotos Ó Nicolas – Desenho Garnier

JEJE

Existem varios Voduns pertencentes a linhagem de Togun, Vodum


Guiugu é o mais velho deles que assim como outros participou de
varias batalhas, donde se saiu vitorioso. Alguns Toguns:

VODUM HOÊ NAVAN – VODUM HOBÊNAN (ligado a agricultura)


– VODUN NAGOEGIZÔ, esse alem de guerreiro é caçador, irmao de
Vodum Loguem – o caçador – VODUM HUNTOBIAN

……..Ogu (Ogu dentre os hula; Gŭ entre os fons; Ogun entre os nagôs;


Ogum no Brasil)…… É a primeira divindade reverenciada antes de
qualquer cerimônia para se garantir o bom êxito das mesmas. Recebe
suas oferendas e libações no fogo, na terra, no ar ou na água, conforme
a determinação do Fá (Ifá) ou do vodum. Doenças de pele que trazem a
sensação de estar queimando, urticárias, e outras, estão relacionadas
com este vodum quando associado ao fogo.
Seus filhos em geral denominados oguvi tem o arquétipo de pessoas
destemidas, batalhadoras e generosas, e quase sempre passam pela
mesa de cirurgia. Seus iniciados são os ogusi (ogunssi), e ogusivi para o
iniciado mais jovem, já os filhos dentro do culto em outros cargos são
denominados de ogujo (ogundjô em português), o mais velho ogujogan,
e o mais novo ogujovi. Os ogusi respeitam o vodún sù (a proibição do
vodum) de comer carne de animais abatidos por acidentes, carne seca
ou salgada, bacalhau seco, peixes e crustáceos secos ou salgados, que
Ogu não aprecia, e os hulas guardam as sextas-feiras para cuidar de
seu fetiche que fica sempre depositado à entrada de uma cidade, casa
ou templo, em um huntigomε (huntigomé é uma árvore que lhe
pertença, como é o hunmatin, Ahoho ou Akoko) e atin sá (aos pés desta
árvore em templos, ou em entradas de vilas e cidades como tovodun, o
Togu), ou em seu gubaji (gunbadji) ou oguxɔ (oguho, seu quarto
sagrado).
Os fons lhe dedicam a terça-feira (gùzangbè) e o domingo para todos
os voduns, e principalmente sendo um alintin (coincidir com um dia
sagrado).
Das doze divindades populares do culto yεhoué dos hulas, Ogu e
Ahwanba (que se tornou Dangbé em Ouidah porquê veio dos adangbe)
são as que mais se destacam nas cerimônias e festas, Ogu recebe sua
reverência sempre no início das mesmas. (parte do texto postado por
Ifabimi- Papo informal)

OGUM/GU/ROXEMUKUMBE – PARTE IV – OGUM NA UMBANDA


Ogum
Ogum representa a energia primária, causadora das transformações.
Na Umbanda manifesta-se como um guerreiro. Esta é uma das
divindades ou orixás que trabalham dentro das sete llnhas da
Umbanda. A estas linhas estão subordinados todos os Guias
falangeiros que trabalham de acordo com sua vibração original,
atendendo ao postulado maior conclamado pelo caboclo das sete
encruzilhadas.
Orixá da energia (ligada a atitude), perseverança, vencedor de
demanda, persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de
capacidade de se reerguer).
Reino: Orixá sem reino específico, que atua na defesa de todos os
reinos em função. A Energia de Ogum está em todos os lugares.
Dentro da Linha Espiritual de Ogum, na Umbanda, trabalham muitos
Espíritos que controlam essas lutas, que são conseqüência direta da Lei
de Causa e Efeito, reajustando tudo dentro da Grande Lei, por isso
Ogum se manifesta como um soldado, cumpridor da Lei.
Ogum é um dos orixás mais importantes e responde por toda uma
Linha de espíritos. Seus caboclos são invocados por aqueles que
necessitam de ajuda mística em alguma disputa ou demanda judicial. É
o guerreiro, general destemido e estrategista, desbravador e protetor
dos desamparados, além de ser o ferreiro dos orixás, senhor das armas
e dono das estradas. Irreverente e valente, traz na espada tudo o que
busca. As cores de suas guias variam conforme a região e influências
do candomblé ou do batuque.Na Bahia azul-marinho ou verde, no Rio
Grande do Sul, são verde, vermelho, branco (e em alguns terreiros
estas associadas ao preto sendo que no caso de Ogum Beira-mar,
verde, vermelha, branca e azul claro). A grande parte dos
umbandistas utiliza a cor vermelha para guias e velas dedicadas a este
orixá. Sua bebida energética é a cerveja branca.
Em linhas gerais o médium, quando incorporado de um falangeiro de
Ogum, costuma se apresentar como um soldado, com capa vermelha,
capacete, escudo e espada, simbolizando a luta e a defesa.
Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os
fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí
serem soldados.
FALANGES DE OGUM
1. OGUM BEIRA-MAR – Na areia do mar é conhecido como Beira-
Mar e nas ondas é Ogum Sete Ondas. Suas cores são vermelha e
branca. Atua na ronda da Calunga Grande (mar, oceano) e no reino de
lemanjá. As oferendas são feitas na areia molhada, sobre um pano
branco com bordas vermelhas.
Colaboradores de Iemanjá, Ogum Beira-Mar trabalha sobre a areia
molhada, enquanto Ogum Sete-Ondas trabalha sobre as ondas.
Aceitam oferendas com velas nas cores branca, verde, vermelha e azul-
clara.
2. OGUM ROMPE-MATO – Esta falange costuma trabalhar cruzada
com Oxossi, nas matas e nas pedreiras, onde também é conhecido como
Ogum das Pedreiras, trabalhando cruzado com Xangô. Suas cores são
branca e vermelha, algumas vezes verde e vermelho, combinando com
o branco. As oferendas para Ogum Rompe-Mato devem ser feitas na
entrada da mata; Ogum das Pedreiras recebe suas oferendas em volta
de uma pedreira.
3. OGUM MEGÊ – Sua falange trabalha na Calunga Pequena
(cemitério), na calçada que o cerca, diretamente com as almas. Suas
cores são branca e vermelha e suas oferendas devem ser feitas em volta
do cemitério.É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o
guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente
com a Linha das Almas.
4. OGUM NARUÊ – Trabalha basicamente no desmanche da magia
negra, dentro da Linha das Almas, exercendo seu domínio sobre as
almas quimbandeiras. Suas cores são branca e vermelha. Seu nome
significa “Aquele que é o primeiro a gerar valor”. Aceita suas
oferendas com Ogum Megê ou, ainda, dentro ou fora dos cemitérios ou
nas matas em lugares propicios para estes rituais, nas cores branca e
vermelha. Alguns incluem uma pedra-ímã nos itens a oferecer-lhe.
5. OGUM MATINATA – Defende os campos onde são feitas as
oferendas para Oxalá, bastante comuns em colinas floridas. Não há
muitos médiuns que conseguem tê-lo como Guia, pois é bastante difícil
de incorporar. Suas cores são branca e vermelha, predominando mais
o branco. Suas oferendas devem ser entregues em campos com muitas
flores. Apesar de guardar as oferendas de Oxalá, não vibra
diretamente com o mesmo.
6. OGUM IARA – Esta é a falange que trabalha nos rios, lagos e
cachoeiras, grande colaborador de Oxum. Suas cores são branca e
vermelha e também, algumas vezes, verde e vermelho, simbolizando a
mata. Suas oferendas devem ser feitas em rios, lagos
e cachoeiras.Seu nome significa “Senhor”, trabalhando para Oxum.
Suas oferendas deverão ser entregues na beira de rios, lagos ou
cachoeiras, onde vibram, nas cores vermelha e branca ou verde e
branca.

7. OGUM DELE (ou de Lei) – Traz consigo a vibração pura de Ogum


e trabalha para todo o planeta. É a própria Lei regendo os reajustes
cármicos. Suas oferendas podem ser feitas em qualquer lugar do
mundo, acrescida de uma vela oferecida ao tempo.Seu nome significa
“Aquele que Toca o Solo”. São eles que trabalham diretamente no
carma e sua cobrança, rondando o mundo. Suas cores são vermelha e
branca e suas oferendas podem ser em qualquer lugar, ao ar livre.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jorge, tem o seu dia
comemorado em 23 de abril.
Elemento: fogo.
Dia da Semana de vibração maior: terça-feira
Planeta: Marte
Características de seus filhos: são persistentes, tem temperamento
forte. Determinados e batalhadores.
Suas vestes : são roupas vermelhas e brancas, com uma capa vermelha.
Fica a critério do médium o uso do capacete.
Planta : Espada de São Jorge
Flor : Palmas brancas e vermelhas
Local : Humaitá e campinas, beira de trilhos do trem.
Símbolos : espada e lança, além do escudo.
Saudação : Ogum Inhê meu pai! Patacorê Ogum !

OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos


terreiros de Umbanda, são desdobramentos destes principais Chefes de
Linha, exemplo: Ogum 7 Ondas (desdobramento de Ogum Beira-
Mar).
Oferendas: todas as falanges citadas recebem velas nas cores
indicadas, cravos vermelhos (alguns aceitam cravo branco também),
cerveja branca, ou, menos comum, vinhos, charutos e fósforos, sobre
um pano branco.
Oferenda para o Orixá Ogum realizada na Praça de Ogum no
Santuário Nacional da Umbanda – Abril de 2010 – Foto: Direitos
reservado à Pai Evandro de Ogum
http://www.flickr.com/photos/evandrodeogum/

EU PEDI A OGUM

Eu pedi a Ogum, para retirar os meus vícios.


Ogum disse: Não!
Eles não são para eu tirar, mas para você desistir deles.
Eu pedi a Ogum , para fazer meu filho aleijado se tornar completo.
Ogum disse: Não!
Seu espírito é completo, seu corpo é apenas temporário
Eu pedi a Ogum para me dar paciência.
Ogum disse, Não!
Paciência é um subproduto das tribulações; Ela não é dada, é
aprendida.
Eu pedi a Ogum para me dar felicidade.
Ogum disse: Não!
Eu dou bênçãos; Felicidade depende de você.
Eu pedi a Ogum para me livrar da dor.
Ogum disse: Não!
Sofrer te leva para longe do mundo e te traz para perto de mim.
Eu pedi a Ogum para fazer meu espírito crescer.
Ogum disse: Não!
Você deve crescer em si próprio! Mas eu te podarei para que dês
frutos.
Eu pedi a Ogum todas as coisas que me fariam apreciar a vida.
Ogum disse: Não!
Eu te darei a vida, para que você aprecie todas as coisas.
Eu pedi a Ogum para me ajudar a AMAR os outros, como Ele me
ama.
Ogum disse: . Ahhhh, finalmente você entendeu a idéia.. Muita Luz!
Autora: Renata de Oxossi

OGUN/GU/ROXIMUKUMBE – PARTE III – ARQUETIPO DOS


FILHOS DE OGUN

Os Filhos de Ogum são tidos como brigões, mas é errôneo este


pensamento. São mais intransigentes e obstinados do que
propriamente brigões. Ogum representa o Espírito da Lei e seus Filhos
têm esta característica bem predominante. Raramente pondera as
coisas: se o regulamento é este, então, tem que ser seguido a qualquer
custo. Toda Lei tem que ser estudada, para obter-se o seu verdadeiro
sentido, para saber o seu espírito. Porém, para o Filho de Ogum, ele é
usada com parcimônia. Ele segue a Lei sem ligar se ela serve para este
ou aquele caso. É a Lei, tem que cumprir, implacavelmente. O pai de
família, Filho de Ogum, não dá muitas chances de diálogo para seus
filhos. É inflexível e radical. Usa uma lei para si e outra para os outros.
É vaidoso, não gosta de ser contrariado em suas opiniões. Raramente
“arreda pé” de sua posição, mesmo quando não dá certo. Quer sempre
fazer prevalecer o seu ponto de vista. Não recua nenhuma vez em suas
decisões. Tem sempre tendências para resolver as coisas para o seu
lado, de qualquer forma. A mulher, Filha de Ogum é mais querelante
do que briguenta. É mais belicosa e de atitudes extremadas. É
excelente mãe de família, porém, coitado do filho que não andar
direito: ela é do tipo que bate primeiro para depois perguntar onde foi
o erro. O Filho de Ogum é dado a fazer conquistas, tem facilidade de
relacionamento com o sexo oposto de qualquer filiação de Orixá. Come
para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida.
Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de
armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco,
muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para
dizer as coisas.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as
ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de
qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade
de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes,
extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância.
Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e
companheiros para todas as horas.

A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo


sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em
busca do considerado o impossível. Ama o desafio.
Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo
com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse
esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito
embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas.
Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria
muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior
qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um
Vencedor.

OGUN/GU/ROXEMUKUMBE – PARTE II – CARACTERISTICAS


Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas
mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do
guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser
associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu,
está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou
com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos,
também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo
realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como
da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se
alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que
são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece
imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as
palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo
excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento
e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido
evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.
É orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o
português, significa luta, batalha, briga. É filho de Iemanjá e irmão
mais velho de Exu e Oxossi. Por este último nutre um enorme
sentimento, um amor de irmão verdadeiro, na verdade foi Ogum quem
deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é
regido por Ogum. Considerado como um orixá impiedoso e cruel,
temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele
até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a
vida em sua plenitude.
A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não
é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave.
Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo;
quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem
aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto,
como o clássico guerreiro.
Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a
administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar
quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava
romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.
Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que
fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai,
mas sim pela luta.
Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não
sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo
é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer
(executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que
razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a
cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o
ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se
expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que
manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados,
ferreiros, trabalhadores, agricultores e, hoje em dia, mecânicos,
motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o
Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da
tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão
continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior
parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas
armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de
objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria
automobilística, de computação e da aviação.
Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os
exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a
implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área
não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de
transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o
desconhecido.
É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a
natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de
esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria
expansão.
É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro
lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social
tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois
deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a
guerra); Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em
qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do
conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que
transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria
apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum
objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as
matérias inertes a serem modificadas .
É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após
Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os
sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos.
Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo
de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) – folhas do dendezeiro (igi
öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de
candomblé como símbolo de sua proteção).

Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as


pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exú. Se
Exú é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do
tráfego, de determinar o que pode e o que não pode passar, Ogum é o
dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os
diferentes locais.
Uma frase muito dita no Candomblé, e que agrada muito Ogum, é a
seguinte: “Bi omodé bá da ilè, Kí o má se da Ògún”. (Uma pessoa pode
trair tudo na Terra Só não deve trair Ogum).
Ogum foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ.
Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas
e abrindo caminhos.
Considerado o mais guerreiro, violento e implacável de todo o Panteão.
É o deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor dos
ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros,
talhadeiros, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos,
motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com
o ferro ou metais afins.

É o conquistador. ELE se fez respeitado em toda a África negra devido


ao seu caráter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram
diante do poder militar de OGUM.
OGUM é um ORIXÁ importantíssimo na África, Brasil e em Portugal.
Foi OGUM quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele
tem um conjunto de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado,
pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a
vencer a natureza.
Em todos os cantos da África negra OGUM é conhecido, pois soube
conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou
muita gente, mas matou a fome de muita gente também, por isso antes
de ser temido OGUM é amado.
A Espada! Eis o braço de OGUM.
O campo de atuação de OGUM é a linha divisória entre a RAZÃO e a
EMOÇÃO.
No Ketu, costuma-se dizer que OGUM é aquele que está sempre
vigilante, marcial, extremamente disciplinado e sempre pronto para
agir onde quer que seja chamado. Mas temos que chamar este ORIXÁ
corretamente, pois ELE conhece e domina todos os caminhos e nunca
se perde.
Os locais consagrados a OGUM ficam SEMPRE ao ar livre, na
entrada das casas ou roças de CANDOMBLÉ.
OGUM é o que sempre vence as demandas para as pessoas. Mas temos
de ter muito cuidado com aquilo que pedimos para ELE. Se OGUM
achar o pedido injusto, ELE se volta contra quem fez o pedido.
Fisicamente, OGUM é magro, mas com músculos e formas bem
definidas. Partilha com EXÚ o gosto pelas festas e conversas
infindáveis e gostam de brigas boas. Se não fizerem a sua própria
briga, compram as de seus amigos e colegas.
Sexualmente Ogum é muito potente e vivia trocando constantemente
de parceiras, pois têm dificuldade em se fixar a uma pessoa ou a um
lugar.
OGUM gosta de pisar a terra com os pés descalços. É batalhador e não
mede esforços para atingir seus objetivos. E mesmo contrariando a
lógica, luta insistentemente e vence.
OGUM não se prende à riqueza, o que ganha hoje, gasta amanhã.
OGUM gosta mesmo é do PODER, gosta de comandar, é um líder
nato.

OGUN/GU/ROXEMUKUMBI – PARTE I

Grande artífice da natureza, Ogum é o eborá que personifica o homem


pré-histórico. Ele é um dos pouquíssimos eborás cultuados por quase
todo o território iorubá.
Ogum é desbravador, conquistador, guerreiro feroz e destemido. Foi o
deus Orixá Oguian quem lhe ensinou a lutar e a trabalhar com o ferro
e com a agricultura. Mas foi Ogum quem entregou os segredos dessa
cultura aos homens. Por isso ele é chamado de Ogum Alagbedé, o
ferreiro. Ele confeccionava as ferramentas para poder cultivar a terra
de forma que também ficou conhecido como o deus da agricultura, daí
a importância desse eborá para todos os povos de língua iorubá.
Segundo a mitologia iorubá, é o filho primogênito de Oduduá,
fundador dos iorubás. É considerado o mais ativo entre todos os
eborás. Aliado poderoso, guerreiro feroz, Ogum é líder, centralizador
de poder e hábil estrategista.
O culto a deuses guerreiros que portam armas de ferro seria uma
exclusividade da civilização européia de raízes greco-romanas? Uma
rápida olhada no culto de orixás da Nigéria e do Benin mostrará que
não.
O fotógrafo e etnólogo Pierre Verger, que foi um dos maiores
conhecedores da cultura afrobrasileira, afirma que Ogum é,
provavelmente, a divindade mais popular e de culto mais difundido na
África Ocidental. Pode ser considerado o orixá nacional do povo
iorubano da Nigéria. É apresentado em algumas lendas como filho de
Iemanjá e Oraniã, enquanto em outras é o filho mais velho de Odudua,
o fundador de Ifé (Odudua é um orixá masculino e seu culto quase
desapareceu no Brasil, onde foi assimilado como um dos aspectos de
Oxalá).
Na condição de filho do rei, Ogum conduziu e venceu várias guerras
contra os reinos vizinhos, tendo destruído a cidade de Ará e
conquistado a de Irê, fato que é, aliás, tema de um ponto (cantiga
litúrgica) cantado até hoje nos terreiros do Brasil.
Na África, Ogum é o deus do ferro e dos ferreiros, da guerra, da caça,
da agricultura, e de todos os trabalhadores que utilizam instrumentos
de ferro, como açougueiros, marceneiros e barbeiros. É fácil perceber
sua identificação funcional com o Ares-Marte greco-romano e também,
em parte, com o Hefesto grego. Depois da popularização do automóvel,
Ogum passou a ser cultuado como protetor dos motoristas e dos
mecânicos, sendo comum, em algumas regiões da Nigéria, a prática de
sacrificar um cachorro e verter seu sangue sobre o motor de um carro
recém-adquirido, como proteção contra acidentes. Vemos aí um
inesperado vínculo com o Ares-Eniálio de Esparta, a quem também se
sacrificavam cães.
O número sete é associado a Ogum em função de uma lenda sobre a
conquista de Irê, onde ele se teria dividido em sete partes para
administrar as aldeias, em igual número, que circundavam aquela
cidade. Por isso, os fetiches de Ogum (objetos mágicos que carregam a
força do orixá) são sempre constituídos por instrumentos de metal
pendurados em uma haste, em número de sete ou de seus múltiplos.
Mais adiante veremos como isso também vincula os mitos iorubanos e
gregos. Outros símbolos do orixá são a espada e o Mariuô (do iorubano
màriwò), saiote de folhas desfiadas do dendezeiro que, além de servir
de vestimenta em determinadas cerimônias, pode ser também
pendurado sobre as entradas da casa para proteger de más influências
e espantar os eguns (espíritos dos mortos).
Os locais consagrados a Ogum normalmente situam-se ao ar livre
(como ocorria também com o Ares grego), às vezes protegidos por uma
cerca de plantas nativas chamadas peregun (Dracena), e são palco de
sacrifícios periódicos de seus animais preferidos, o cão e o galo,
acompanhados de oferendas de vinho de palma, feijão, inhame cozido e
azeite de dendê.
De acordo com as lendas, Ogum teve uma vida amorosa bastante
agitada. Entre suas mulheres, contam-se Oiá (Iansã), Oxum e Obá. O
orixá Oxóssi às vezes aparece como um de seus filhos. Ogum é temido e
respeitado pela violência e natureza guerreira: um juramento feito em
seu nome é considerado o mais solene de todos e digno de absoluta
confiança. Alguns oriki (cantos de louvação) falam com bastante
eloqüência do temor provocado pelo orixá, como estes recolhidos por
Pierre Verger:
Ogum que, tendo água em casa, lava-se com sangue.
Ogum come cachorro e bebe vinho de palma.
Ele mata o marido no fogo e a mulher no fogareiro.
Ogum que come vermes sem vomitar.

As semelhanças com o Ares grego são bastante evidentes,


especialmente no que diz respeito às explosões de fúria imotivada.
Apesar de popular, Ogum é temido pela violência incontrolável e
espantosa que é capaz de demonstrar quando provocado. As imagens
que o falam de sangue, de cães e de fogo também são inequívocas nas
referências a características marcianas.
ORÍKÌ
ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN alada méji. O fi
òkan ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso iná ló mu
bora, ewu ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán
wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi
logboogba. ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè
màríwò. ÒGÚN olónà ola. ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni
o. Bi o se gbe Akinoro.

TRADUÇÃO:
Ogun eu te saúdo. Ogun senhor do universo, lorde dos orixás. Ogun
dono de dois facões. Usou um deles para preparar a horta e o outro
para abrir caminho. No dia em que Ogun vinha da montanha ao invés
de roupa, usou fogo para cobrir-se e vestiu roupa de sangue. Ogun, a
divindade do ferro, orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes.
Ogun Onire, o poderoso. O levamos para dentro do rio e ele, com seu
facão, partiu as águas em duas partes iguais. Ogun é o dono dos cães e
para ele sacrificamos. Ogun, senhor da morada da morte, o interior de
sua casa é enfeitado de mariwo. Ogun, senhor do caminho da
prosperidade. Ogun, é mais proveitoso ao homem cultua-lo do que sair
para para plantar Ogun. Apoie-me do mesmo modo que apoiou
Akinoro.

SUAS ERVAS
– Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão,
cordão de frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda,
abre caminho, peregum, dandá da costa.
Não se pode deixar de citar, ainda, que dentro desses desdobramentos,
encontram-se os desdobramentos destes chefes de linha, como no caso do
Ogum Sete Ondas que vem a ser o desdobramento da vibração de Ogum
Beira-Mar. E, por conseguinte, os desdobramentos do próprio Ogum Sete
Ondas, em Ogum Sete Ondas do Fundo do Mar, da Beira da Praia, etc…
Ogum é responsável pelos caminhos. Se Exu é aquele que abre caminhos, o
faz em nome de Ogum, que estabelece a ligação entre os diferentes locais,
determinando a atuação de Exu. Por isso mesmo, abrem-se as giras de Exu
nos terreiros de Umbanda, pedindo licença à Ogum.
Saudação: ”Ogunhê ”
Cores: vermelha na Umbanda

Símbolo: espada, lança e escudo


Sincretismo: São Jorge – 23 de abril
Dia da Semana: 3ª. feira
Metal: Ferro, Aço e o Manganês.
Essência: violeta.
Bebida: cerveja branca.
Flores: cravos brancos e vermelhos, palmas vermelhas e crista de galo.
Fruta: manga espada.
Comida: Inhame assado na brasa partido ao meio regado com dendê e mel.
Ervas: Espada se S. Jorge, Aroeira e S. Gonçalinho.
Habitat: clareira no meio da mata, estrada de rodagem e de ferro.
Saúde: ele rege o coração e as glândulas endócrinas.
(Homenagem do site Genuína Umbanda a esse tão valente protetor do
nosso dia-a-dia, a quem sempre invocamos força para vencer nossas
demandas, usando seu escudo para proteção contra toda energia ruim
ou que pretenda atrasar nossos caminhos. Ogum, que sua luz, que sua
energia revigorante e divina recaia sobre os filhos que crêem na tua
força, com as bênçãos de nosso Pai Oxalá.
Ogunhê, Salve Ogum, Cavaleiro de Umbanda, Salve Ogum Yara, Salve
Ogum Sete Ondas do Fundo do Mar, Salve toda a Falange de Ogum!)
Em função de sua característica básica de luta e guerra, o Orixá Ògún foi
associado ao planeta Marte, que rege a terça-feira, e por extensão é o dia
em que cultuamos Ògún na Umbanda
Características
ANIMAIS Cachorro, galo vermelho
BEBIDA Cerveja Branca
CHAKRA Umbilical
COMIDAS Cará, feijão mulatinho com camarão e dendê.
Manga Espada
COR Vermelha (Azul Rei)(Em algumas casas
também o verde)
DATA COMEMORATIVA 23 de Abril (13 de Junho)
DIA DA SEMANA Terça-Feira
ELEMENTO Fogo
ERVAS Sapê Yor: (ekun)
Ameixeira Yor: (ìyeyè)
Cajazeira Yor: (ẹ́kikà)
Canjerana
Coqueiro Yor: (àgbọn)
Grumixameira
Guarabu
Mangueira Yor: (òro
òyìnbó) Ang: (Kutotomba)
Romanzeira Yor: (àgbá)
Abre Caminho Yor: (ewé
lorogún) Ang: (Jikula Nzila)
Açoita Cavalo
Agrião
Akòko Yor: (akòko)
Alumã Yor: (ewúrò)
Aroeira Yor: (àjóbi) Ang: (Kisaba
Mulongo)
Aroeira Branca Yor: (àjóbi funfun)
Aroeira Vermelha Yor: (àjóbi pupa)
Botão de Santo Antônio Yor: (Tẹ́nube)
Bredo de Espinho Yor: (tẹ̀tẹ̀ elẹ̀gún)
Cabeluda
Cana do Brejo Yor: (tẹ̀tẹ̀
ẹ̀gún) Ang: (Kisaba’nhoka)
Carrapicho Yor: (dágunró gogoro)
Caruru Yor: (ewé tẹ̀tẹ̀)
Cipó Chumbo Yor: (awó pupá)
Colônia Yor: (tọ́tọ́) Ang: (Zukamesa
Kiari)
Costela de Adão
Dendezeiro Yor: (igi ọ̀pẹ)
Dracena Listrada Yor: (ewé pẹ̀rẹ̀gún lo)
Espada de São Jorge Yor: (ewé idá
òrişá) Ang: (Kisaba Njangu)
Espelina Falsa Yor: (àfọ́n)
Goiabeira Yor: (guaba) Ang: (Ngindu
Muxi)
Guiné Yor: (ewé ojúùsájú)
Helicônia
Inhame Selvagem Yor: (eṣùṣù)
Jabuticaba
Jambo Amarelo
Jambo Encarnado
Japecanga
Jatobá
Leiteirinho Yor: (ewé bonokó)
Limão Bravo
Lírio do Brejo Yor: (balabá)
Losna
Milho Yor: (àgbàdo)
Milho Vermelho Yor: (àgbàdo pupa)
Óleo Pardo
Pau Ferro do Ceará
Peregun Yor: (ewé pẹ̀rẹ̀gún)
Periquitinho Yor: (dánguró kékeré)
Pinhão Branco Yor: (bòtújẹ̀ funfun)
Piripíri Yor: (ata wewe)
Poinsétia
Porangaba
Sangue de Dragão
São Gonçalinho Yor: (alékèsi)
Sumaúma Yor: (igi árábá)
Tanchagem Yor: (ewé òpá)
Tribulus Yor: (dánguró nla)
Vence Demanda
Jenipapo Yor: (bujè)

ESSÊNCIAS Violeta
FIO DE CONTAS Contas e Firmas Vermelhas Leitosas
FLORES Açucena rajada
Cravo Vermelho
Crista de Galo Yor: (ẹ̀fọ́ odo)
Flor de lã Yor: (ajẹfọ́wo)
Palma Vermelha
Tulipa Yor: (orórù)

FRUTAS Abacateiro Yor: (igi itobi)


Ameixa Yor: (èso kan bí ìyeyè)
Amora Yor: (ẹ́yà àgbáyun dúdú kan)
Cajá Yor: (ìyeyè)
Cajá Manga
Caju Yor: (kajù)
Cana
Goiaba Yor: (guaba)
Laranja Yor: (ọsán)
Manga Yor: (mángòrò)
Marmeleiro

INCOMPATIBILIDADES Quiabo
METAL Ferro (Aço e Manganês).
NUMERO 2
PEDRAS Granada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas:
Lápis-Lazúli, Topázio Azul)
PLANETA Marte
PONTOS DA NATUREZA Estradas e Caminhos (Estradas de Ferro). O
Meio da encruzilhada pertence a Ogum.
SAUDAÇÃO Ògún yè – Ogum yê – Ògún para estar vivo,
estar vivo, para sobreviver, para ser bom,
para ser perfeito
ye – Ògún ser digno, apto, direito, para
convir, tornando-se adequado

SAÚDE Coração e Glândulas Endócrinas


SÍMBOLO Espada.(Também, em algumas casas:
ferramentas, ferradura, lança e escudo)
SINCRETISMO São Jorge. (Santo Antônio na Bahia)
TOQUE Adahun

 Assentamento de Ogum.

Igba ogun ou assentamento de ogum como é chamado popularmente pelo


povo de santo, são construídos de várias formas, seguindo o mesmo
princípio. As vezes são vistos em panela de ferro, alguidá, panela de barro,
ou recipientes de metal como cobre,alumínio e bronze, todavia sempre com
artefatos do metal ferro,(martelo, foice, espada, torquês, pá, picareta,
facão), no mínimo de sete ferramentas e no máximo de vinte e uma.
Justificado a mitologia Yoruba como o orixá ferreiro, senhor dos metais,
caminhos e da agricultura.
Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha,
folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis. Determinados
assentamentos de ogum são preparados da mesma forma do Igba exu,
embora o ato de sacralização seja diferente.
Nota: Todos assentamentos igba orixá , devem ser preparados e
sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.
Referências
Cossard, Giselle Omindarewá,Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.

Sobre meu Pai Ogum Xoroquê


Orixás Ogum Exu Xorokê

Ogum Xoroquê

MÓ WÀ LÀYÉ NÍTORÍ PÉ MONÍ ÒGÚN GÉGÉ BÍ ÀBÓ MÓ MÍ


RÌN NÍTORÍPÉ ÒGÚN NÍ ÒNÀ,MÍ Ò SÈ PÌN NÍTORÍ ÒGÚN NÍ
AGBÁRA,INÚ MÍ NDÙN NÍTORÍPE ÒGÚN FÚN MÍ LÁYÒ.
ÒGÚN NÍ OUN TÍ MOÚN MÍ, ÒUN NÍ AYÈ MÍ,ÒUN NÍ
BÀBÁ,ÒRÈ MÍ,IYÈ RAN MÍ, ÈRÒ MÍ, ERAN MÍ,ÈYÈ MÍEMÍMÍ.
ÒGÚN NÍ TÈMÍ NÍ GBO GBO!
ESTOU VIVA PORQUE TENHO OGUN COMO MEU ESCUDO,
CAMINHO PORQUE OGUN É A ESTRADA, NÃO ENVERGO,
POIS OGUN É O AÇO, SOU ALEGRE PORQUE OGUN ME DÁ
PRAZER.
OGUN É O AR QUE EU RESPIRO, É MINHA VIDA,MEU PAI,
MEU AMIGO, MEU IRMÃO, MEU PENSAMENTO, MINHA
CARNE,MEU SANGUE, MINHA ALMA. OGUN É MEU TUDO!

Ogun, meu AR minha vida, minha essência, sou forjado no AXÉ do ferro,
sou portador da força do Guerreiro, tenho orgulho em possuir o DNA
ancestral do Senhor dos caminhos ASIWAJU, O QUE VÊM NA FRENTE,
BABA IRIN, Pai do ferro, ALADA MEJI, Senhor das duas espadas,
BABA OBÉ, Dono e senhor da faca, BABA ONÃ, Pai dos caminhos.
OGUN Senhor da agricultura e tecnologia , Ogun que me dá a ferramenta
para que eu possa ter o pão de cada dia. Ogun rápido, com pressa o líder
fiel e verdadeiro, OGUNHÊ MOYE, Senhor da morada da Morte, sim a
morte teme Ogun, a verdade dói porque é amiga de Ogun, Osinmolé o líder
dos Orixas, ADUPÉ, OBRIGADO meu Pai por existir no meu ORÍ.
Ògún yé,pàtàkì orí Òrisà !

Com Ogum Xoroquê, aonde Ele estiver


Viver feliz é uma arte, a arte de bem viver, de aproveitar, de ser intenso, de
acreditar, de ter fé, de superar, de valorizar, en fim, de estar de bem contigo
e com tudo que te cerca. Não deixar as influências internas e externas
invadirem tua vida, impedindo de viver de aproveitar sua vida. Saber
enfrentar os problemas de frente e deles tirar lições e destas lições crescer,
acreditar no teu poten…cial de resolução e de luta, assim será o caminho da
vitória. Se perderes as forças, ficar triste, balançar em sua fé, voce ficará
fraco com sua imunidade baixa e deixará de ver o mundo com outros olhos,
ficará doente material e espiritualmente, busque ACREDITAR em você, no
seu Orixá. Tenha fé que nada é para sempre – tanto as coisas boas como as
ruins, por isso devemos sempre estar construindo. AGORA, SE ESTIVER
FELIZ, CONFIANTE AGRADEÇA, AGRADEÇA MUITO, PORQUE
VOCE É FILHO DE ORIXÁ E ESTÁ SENDO ABENÇOADO E
SEMPRE SERÁ EM NOME DO MEU PAI OGUM EXU XOROQUÊ &
SUA SETES FALANGES DO ESPAÇO, NO AXÉ DESSE VENCEDOR
DE DEMANDAS! SENHOR ORIXÁ DE GANGA MAIOR, REI DO
OURO & DA MAGIA, SENHOR DAS NOBREZAS & DAS
FARTURAS! SENHOR GENERAL! FEITICEIRO E JUSTICEIRO!
Motumba Pai, muito lindo, laroiê kobá mojubá seu Xorokê, salve Ogum
Xorokê, muito axé para seus filhos!!!!!!
ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN alada méji. O fi òkan
ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso iná ló mu bora, ewu
ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán
wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi
logboogba. ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè
màríwò. ÒGÚN olónà ola. ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni o.
Bi o se gbe Akinoro.
ÓNI IJÁ ÓNI IJÁ ÓNU IJÁÓ,ÓNI IJÁ,ÁGÓ,AGÓ MEJEÉE´,MEJE
O´JE´RIM E JOJO A I ERU,O ONI IJA,ONI IRE,OONI IJA O,O
GOGORO ARA OUN,WA GBELE GBI ALAAKORO A YIN
SIN,AYIN SIM IMOLE. PATAKURI OGUM
Bi omodê, bá da ilé, ki o má se dá Ogumexubaráxoroquê Osô – Arô –
Okê!!!!!!
Ójó Iségún (terça feira ) MOFÉ LONÃ AYÓ ( EU QUERO CAMINHOS
DE FELICIDADE DADOS E TRAÇADOS POR ÓGÚN ,torí ogún ka[a pé
( por isto ogun clamou ) CÓBRA NASCEU PARA SE RASTEJAR POR
FALTA DE FIDELIDADE A SI PRÓPRIA ,contra a maldade e contra um
bóte inesperado da vida ,de traições seja de um irmão ou seja de um amigo
OGÚN ESTÁ NO MUNDO COMO ANTIDOTO COMO E TANBEM
COMO A SOLUÇÃO ENTRE A GUERRE ENTRE O BEM E O MAL
,OGUN SEMPRE VENCE NO FINAL ASISÉ ATÁKI PATAKÍI ÓGÚN
!!!
Os guerreiros olham nos olhos do futuro, sem medo, sem arrogância mas
com a confiança de quem está pronto para o combate! Grandeza é visão,
ser grande é poder, caráter é poder! O que se fáz na vida se ecoa por toda a
eternidade… guerreiros são guerreiros! Orgulho de ser um guerreiro
vencedor que não abriu mão dos seus valores fundamentais!
Quem sou eu…
Orixá meji, o que significa metade – metade, que é a junção de duas
personalidades: à direita, Ogum; e à esquerda: Exu. E essas funções são
divididas em 24 horas das quais nas 12 horas do dia, atuante mais para
Ogum, e as outras 12 (parte noturna), mais referentes à Exu.
Um orixá africano, oriundo da Nigéria (Africa Ocidental). Minha origem é
de Ilé Ifé, cidade sagrada dos yorubás. meu pai é Oranian, fundador místico
dessa cidade. Fui caçador, minha origem é milenar anterior ao cristianismo.
Tornei-me redentor da cidade de Irê, tornando-me o Oni de irê. Os Oguns
são sete, eu sou o primeiro de uma linhagem nobre, o mais valente, o mais
velho, perigoso e mais sanguinário do que os outros.
Jamais devo ser invocado em vão, estou presente em tudo, logo que
invocado, imediatamente me apresento. Sou responsável por acidentes com
derramamento de sangue. E é sempre necessário cultuar-me e só chamar
em caso de oferendas à mim,obrigações, contra demandas, ou extrema
necessidade de socorro à algum perigo eminente.
Sendo Ogumexubaráxoroquê que daí se explica uma personalidade terrível
da qual possuo de grande justiceiro e justiceiro(com as próprias mãos), o
que diferencia minha justiça feita a de Xangô, que é pela a lei, sou o juiz
que executa ,e Xangô, o juiz do poder judiciário, o qual setencia.
Ogum Xoroquê, meu Senhor das estradas
OGUM XOROQUÊ OU SOROKÊ BARAVAGÃN: Apenas um apelido, pois
a palavra significa em português aquele que fala mais alto, soro = falar, ke
= mais alto, portanto qualquer orixá pode ser Soroke. Ogúm Soroke ou
Xoroquê aqui no Brasil surgiu na realidade da necessidade de um
sacerdote que então ele juntou Esú, Oxalá e o próprio Ogum cultuavam
Ogúm em um pé de árvore chamado Obogúta uma árvore imensa de tronco
grande parecido com a gameleira enfrente a sua casa de axé. Ele plantou
essa árvore louvando a essência de Ogún e ali colocou alguns alkidares,
pois na África se cultua assim em pé de árvore e ele queria fazer o mesmo.
Mas eis que as pessoas iam ao pé desta árvore namorar enfim por ser uma
árvore muito grande. Então ele juntou ao plantado que era Ogún uma serie
de coisas então colocou um pote grande colocou tridente colocou um pano
vermelho e preto e outro branco matou um galo e colocou pendurado nos
ferros quando as pessoas viam aquilo tudo corria. Um dia um outro
sacerdote perguntou a ele porque tudo aquilo ai ele disse assim: Ogúm
xoro-kê o que significa ogúm-xóró-kê Ogúm falou mais alto na verdade
está é uma lenda que se originou ao orixá Ogum xoroquê no Brasil por
tanto lendas não existe. Então o que seria a ajunção do vermelho preto e o
branco? Seria Esú Oxalá, e Ogúm na verdade o nome deste orixá
verdadeiramente falando é Baráguiàn, Oní Baráguiãn Oni (Ogún nome
verdadeiro de Ogum) Bará (diríamos que seria o espírito de vida) Guiãm
(vindo dos céus). Dentro de Itãns (rezas) Baráguiãn tornou Baráguiãn
porque usou de irá, mas ao mesmo tempo se arrependeu se temos e nossas
vidas essas coisas de ficarmos muito bravos e depois nos arrependermos é
trazido desta essência de Baráguiãn ele se revoltou com algumas coisas na
criação no Universo e depois se arrependeu. Baráguiãn entrou no subsolo
da terra extraindo de uma irá, mas ao se deparar com Oxalá ele se curvou
e se arrependeu. Em Olodumare deixou em Baráguiãn o destino diga filho
de Olodumares das pessoas no Mundo dentro disso as pessoas confunde-se
que ele seja um Exu. Mas não é ele é um Oxalá, mas se fez vingativo, mas
ao mesmo tempo benevolente e sábio em suas ações. Baráguiãn anda
muito até que se arrependa de seus atos, mas se bem cuidado ele traz a
mesma paz que Oxalá. Herança de Olodumare Irá de Esú porque desceu
nos sete infernos abaixo da terra e a guerra onde travou sua primeira irá
com o orixá Ogum. Vejam quantos nomes tem esse orixá, Oxaguiãn,
Baráguiãn, Baravagãn, e o xoroquê Oxaguiãn a palavra é Oxá (sábio,
feiticeiro) Guiàn dos céus Bará (nome próprio) Guiãn dos céus Baravagãn
(Bará nome contrário, mas próprio) Vágãn (caminhar) que vem do sentido
o que vaga o que caminha nas estradas da vida. Juntando todos
encontraremos um só Orixá.
” No Brasil, o Senhor Xoroquê, como a entidade é respeitosamente
chamada por seus fiéis, apresenta-se alternadamente sob duas formas:
durante seis meses do ano, é um Ogum, durante os outros seis meses, é um
Exú. Porém estes seis meses não são exatamente o primeiro ou segundo
semestre e sim dias alternados. Ou seja, o filho de Ogum Shoroke sente em
seu organismo quando Exú esta aflorado ou o Ogum. Somente o filho deste
Órixa sabe desta mudança. Um dos motivos dos filhos deste órixa serem
considerados irresponsáveis, pois ninguém nunca sabe o que ele vai fazer,
estão pensando são muito imprevisíveis, nem eles sabem qual vai ser a
atitude diante de uma situação. Por isso as pessoas tem que ter muita
paciência com os filhos de OGUM SHOROKE. Os Zeladores de Santo
quando tem um filho deste Órixa sabe que este filho será aquele que
sempre ele pode contar e sempre sabe que de vêz em quando some do
“BARRACÃO”, mas sempre volta. Os Zeladores já estão tão acostumado
com as atitudes destes filhos que os outros Yaôs do “barracão” acham que
estes filhos são os protegidos. Mas não. É que Ogum Shoroke esta sempre a
flor da pele e os filhos agem de forma muito parecida do Órixa.
Resumindo, os filhos de OGUM SHOROKE são problemáticos. Porém
quando OGUM SHOROKE “quizila” com um filho dele. É muito díficil
conseguir “agô”. Este filho apanha por um perído de SETE ANOS,
QUATORZE e VINTE UM ANOS. Portanto todo o cuidado é pouco. Os
filhos de Ogum Shoroke quando apanham de seu pai, apanham de uma
forma muito rude em relação aos outros Órixas. OGUM SHOROKE só
atende aos pedidos feitos pora YEMANJA ou XAPANAN. Por tanto se
você é “ catulado” para este Órixa, tome muito cuidado. Não vacile pois ele
te dá quase tudo e toma de você inclusive aquilo que ele não te deu. Os
filhos de OGUM SHOROKE consegue tudo com muita facilidade, isto
quando esta em dia com seu Órixa. Consegue coisas impossíveis que ele
nunca imaginou conseguir, coisas materiais e espirituais. Porém tem estar
em dia com todas as “obrigações” relacionado ao Órixa. “

TRADICIONALMENTE, PARA O POVO YORÙBÁ, ÒGÚN É


SIMPLESMENTE ÒGÚN. NÃO HÁ QUALIDADE PARA ÒRÌSÀ. UM
ÒRÌSÀ PODE RECEBER VÁRIOS TÍTULOS, EM DECORRÊNCIA DE
SEUS FEITOS, OU COM AQUILO COM QUE ELE POSSA EST,AR
RELACIONADO. PARA O CASO DE ÒGÚN ELE PODE RECEBER
VÁRIOS TÍTULOS COMO: ONÍRÉ (SENHOR DA CIDADE DE IRÉ),
OLÓÒBE ( SENHOR DA FACA), ALÁÀDA MÉJÌ (SENHOR DAS
DUAS ESPADAS – FACÕES), ALÁÀGBÈDÈ (SENHOR DA FORJA), E
MUITOS OUTROS, MAS ELE NUNCA DEIXA DE SER U,M ÚNICO
ÒGÚN, SEMPRE COM O MESMO CARÁTER. SEMPRE O
ELEMENTO IRIN (FERRO – MINERAL) DA NATUREZA,
PORTANTO DE ÀSE DÚDÚ. ESTE HÁBITO ESTÁ NA CULTURA
YORÙBÁ, QUE DÁ VÁRIOS TÍTULOS PARA UMA MESMA
PESSOAS, POIS NESTA CULTURA AS PESSOAS NÃO GOSTAM DE
REVELAR SEU,S VERDADEIROS NOMES, POIS CRÊEM QUE, EM
POSSE DO VERDADEIRO NOME DE UMA PESSOA, PODEREMOS
TER DOMÍNIO SOBRE ELA. ASSIM, EM UMA FAMÍLIA YORÙBÁ,
PODEREMOS ENCONTRAR UMA SÓ PESSOA COM MAIS DE DEZ
TÍTULOS. UM DADO PELO AVÔ, OUTRO PELA AVÓ, OUTRO
PELA MÃE, E A,SSIM POR DIANTE. SENDO QUE, O VERDADEIRO
NOME DESTA PESSOA, SÓ OS DE EXTREMA CONFIANÇA
SABERÃO.
OGUM XOROQUÊ É UMA CRIAÇÃO DOS CULTOS AFRO-
BRASILEIROS DO CANDOMBLÉ (JEJE-DAOMETANO MESCLADO
AO NÀGÓ -YORÙBÁ ) E UMBANDA. NÃO É DE RAIZ PURAMENTE
YORÙBÁ. (NO,TE A GRAFIA OGUM XOROQUÊ) NO IDIOMA
YORÙBÁ NÃO EXISTEM AS LETRAS ” X E Q ” , MAS COM O ”
SOM ” DELAS TEMOS O ” S ” E O ” K ” . MUITAS ÌTÒN (LENDAS)
YORÙBÁ DE ÒGÚN CONTAM REALIZAÇÕES E FEITOS QUE ESTA
DIVINDADE EXERCEU NO ALTO DE MONTANHAS. DAÍ O
TÍTULO SO,RÓKÈ. TENHO A EXPLICAR : SE = FAZER, AGIR +
ORÒ = COSTUME, HÁBITO + ÒKÈ = MONTE, MONTANHA,
COLINA, TOPO, LUGAR ALTO. TEREMOS SORÓKÈ =
“ACOSTUMADO A AGIR NA MONTANHA”. COMO TAMBÉM
PODE SIGNIFICAR “PESSOA QUE ESTÁ EM UM LUGAR ALTO”
UM TÍTULO PARA O MESMO ÒG,ÚN DE SEMPRE, UM GRANDE
ODE QUE GOSTARIA DE RECEBER SUAS OFERENDAS NO TOPO
DA MONTANHA.
PORÉM, OS CULTOS AFRO-BRASILEIROS, FIZERAM DE OGUM
XOROQUÊ UMA OUTRA DIVINDADE ” MEIO OGUM MEIO EXÚ “,
TRATADO COMO UMA DAS MUITAS DIVINDADES “META-
META”, TENDO ESTE,TERMO O SIGNIFICADO DE “METADE-
METADE”. EM YORÙBÁ “MÉTA-MÉTA” QUER DIZER “DE TRÊS
EM TRÊS” POIS “MÉTA” É O NUMERO TRÊS. À XOROQUÊ É
DADO ENORME VALOR, VISTO O POTENCIAL DE REALIZAÇÃO
QUE EXÚ E OGUM POSSUEM NESTES CULTOS E, ESTE
POTENCIAL, DAS DUAS DIVINDA,DES, ESTARIAM SOMADOS
NESTA “QUALIDADE” DE OGUM, O XOROQUÊ. UM GRANDE
POTENCIAL DE REALIZAÇÃO PARA AS OFERENDAS, UM
POTENCIAL MUITO GRANDE PARA “QUEBRAR DEMANDAS”, UM
PODER DE VINGANÇA ENORME, E MUITOS OUTROS VALORES A
MAIS, TUDO ISSO ESTARIA ONDE O FILHO, DE XOROQUÊ
COLOCASSE SUAS MÃOS. PORTANTO, ESTA CRENÇA FAZ COM
QUE TODOS VENHAM A DESEJAR TER UM FILHO DE XOROQUÊ
EM SUAS CASA DE SANTO. MAS, PORQUE ÈSÙ TEM SEU
PRÓPRIO CARÁTER, E ÒGÚN O DELE, HÁ DIVINDADE QUE SOME
DUAS PERSONALIDADES. OU SEJA, ÈSÙ É DO ELEMENTO INÓN
(FOGO) DE ÀSE PUPA, MAS SÓ ELE PODE SOMAR OS TRÊS ÀSE –
FUNFUN, DÚDÚ, PUPA – OUTRA DIVINDADE NÃO PODE SOMAR
ÀSE, OU TER MAIS QUE UM. OBSERVE A IMPORTÂNCIA DE ÈSÙ.
SÓRÒKÈ –
É um Òrìsá das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi
amaldiçoado por seu pai e sua mãe.
Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de
dentro dêle, em forma de fogo.

É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que


por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da
vingança, pois seu temperamento é muito forte.
Tem que ser feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no
domínio da mãe, APANDÁ. Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN, tendo
que assentar ÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo é duplo,
até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e outro de
ÒGÚN, com massa, sôbre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN e ÒSUN.
ORÍKÌ
ÒGÚN pèlé o. ÒGÚN, alákáyé, osìn ímolè. ÒGÚN alada méji. O fi òkan
ye oko. O fi òkan ye ona. Ojó ÒGÚN ntókè bò. Aso iná ló mu bora, ewu
ejè lówò. ÒGÚN edun olú irin. Awònye òrìsà tií bura re sán
wònyìnwònyìn. ÒGÚN ONIRE alagbara. A mu wodò, ÒGÚN si la omi
logboogba. ÒGÚN lo ni aja oun ni a pa aja fun. Onílí ikú, olódèdè màríwò.
ÒGÚN olónà ola. ÒGÚN a gbeni ju oko riro lo, ÒGÚN gbeni o. Bi o se
gbe Akinoro.
TRADUÇÃO:
Ogun eu te saúdo. Ogun senhor do universo, lorde dos orixás. Ogun dono
de dois facões. Usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir
caminho. No dia em que Ogun vinha da montanha ao invés de roupa, usou
fogo para cobrir-se e vestiu roupa de sangue. Ogun, a divindade do ferro,
orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes. Ogun Onire, o poderoso. O
levamos para dentro do rio e ele, com seu facão, partiu as águas em duas
partes iguais. Ogun é o dono dos cães e para ele sacrificamos. Ogun, senhor
da morada da morte, o interior de sua casa é enfeitado de mariwo. Ogun,
senhor do caminho da prosperidade. Ogun, é mais proveitoso ao homem
cultua-lo do que sair para para plantar Ogun. Apoie-me do mesmo modo
que apoiou Akinoro.
SUAS ERVAS
– Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão, cordão de
frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda, abre caminho,
peregum, dandá da costa.
Exu que serve diretamente à este Ogum: Exu Tranca Ruas Almas do
Cruzeiro
Por vezes somos seis meses guerreiro e herói.
Por vezes somos seis meses justiceiros e mal compreendidos.

Por vezes somos seis meses alguém que juramos conhecer.


Por vezes somos seis meses alguém que nem sequer sabíamos que éramos.
Por vezes somos Ogum Xoroquê.
Diante das adversidades da vida somos únicos e ao mesmo tempo somos
todos.
Compreender quem somos é transformar nosso caminho em vitórias e
sucessos.

Construímos a cada dia nossa realidade e a cada momento nossa


personalidade.
OGUM-XOROQUE – SÒRÒKÈ
Tradicionalmente, para o Povo Yorùbá, Ògún é simplesmente Ògún. Não
há qualidade para Orixá. Um orixá pode receber vários Títulos, em
decorrência de seus feitos, ou com aquilo com que ele possa estar
relacionado. Para o caso de Ògún ele pode receber vários Títulos como:
Oníré (Senhor da Cidade de Iré), Olóòbe (Senhor da Faca), Aláàda méjì
(Senhor das duas espadas facões), Aláàgbèdè (Senhor da Forja), e muitos
outros, mas Ele Nunca deixa de ser um único Ògún, sempre com o mesmo
caráter. Sempre o elemento irin (ferro mineral), da Natureza, portanto de
axé dudu. Este hábito está na Cultura Yorùbá, que dá vários Títulos para
uma mesma pessoa, pois nesta cultura as pessoas não gostam de revelar
seus verdadeiros nomes, pois crêem que, em posse do verdadeiro nome de
uma pessoa, poderemos ter domínio sobre ela. Assim, em uma família
Yorùbá, poderemos encontrar uma só pessoa com mais de dez Títulos. Um
dado pelo Avô, outro pela Avó, outro pela Mãe, e assim por diante. Sendo
que, o verdadeiro nome desta pessoa, só os de extrema confiança saberão.
Bom, mas estamos aqui para falar algo sobre Xoroquê. Ogum Xoroquê é
uma criação dos Cultos Afro-Brasileiros do Candomblé (gêge mesclado ao
Nagô Yorùbá), e Umbanda. Não é de Raiz puramente Yorùbá. (note a
grafia Ogum Xoroquê) No idioma Yorùbá NÃO EXISTEM AS LETRAS
“X e Q”, mas com o “SOM ” delas temos o “S” e o “K” Muitas ìtòn
(lendas), Yorùbá de Ògún contam realizações e feitos que esta divindade
exerceu no alto de montanhas. Daí o Título Xorókè. Como também pode
significar “Pessoa que está em um lugar alto” Um TÍTULO para o mesmo
Ògún de sempre, um grande Ode que gostaria de receber suas oferendas no
topo da Montanha. Porém, os cultos afro-brasileiros, fizeram de Ogum
Xoroquê uma outra divindade “Meio Ogum Meio Exu”, tratado como uma
das muitas divindades “meta-meta”, tendo este termo o significado de
“metade-metade”. Em Yorùbá “méta-méta” quer dizer “de três em três”
pois “meta” é o numero três. A Xoroquê é dado enorme valor, visto o
potencial de realização que Exu e Ogum possuem nestes Cultos e, este
potencial, das duas divindades, estariam somados nesta “qualidade”, de
Ogum, o Xoroquê. Um grande potencial de realização para as oferendas,
um potencial muito grande para “quebrar demandas”, um poder de
vingança enorme, e muitos outros valores a mais, tudo isso estaria onde o
filho de Xoroquê colocasse suas mãos. Portanto, esta crença faz com que
todos venham a desejar ter um filho de Xoroquê em suas Casa de Santo.
Mas reafirmo, a Cultura Yorùbá não tem uma divindade com duplo caráter,
não digo em tom pejorativo, mas porque Exu tem seu próprio caráter, e
Ògún o dele, e não há divindade que some duas personalidades. Ou seja,
Exu é do elemento inón (fogo), de axé pupa, mas só ele pode somar os três
axé funfun, dudu, pupa, outra divindade não pode somar axé, ou ter mais
que um. Observe a Importância de Exu.
Diga sempre estas frases para Ògún, pois o agrada muito, e principal,
ELAS SÃO A PURA EXPRESSÃO DA VERDADE:

Bi omodé bá da ilè, (Uma pessoa pode traír tudo na Terra), Kí o má se da


Ògún. (Só não deve traír Ògún).
Ogum tinha muita afinidade por Exu seu irmão mais velho. Aventureiros os
2 sempre andavam juntos Ogum dono dos caminhos e Exu as encruzilhadas
Ogum e Exu também tinham fundamentos com os minérios (esse domínio
também e descrito em Cuba), Ogum era um jovem guerreiro. Uma vez ao
voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com
muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou
montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da
montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente
com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para
longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o
lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e
conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a
pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que
ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser
tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). Antes que ele
chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que
oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho
de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em
sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu
louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só
que o Rei não seguiu os conselho, e quando xoroquê chegou foi logo
matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o
recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de
Ire sendo assim toda vez que xoroquê se zanga ele sai para o mundo para
guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e
quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e
vitorioso Rei de Ire. Agora a cantiga (vou escrever apenas como se
pronuncia no português e a sua tradução), “Akoro ba agada e ogum ba
agada e mariwo ogum meji, Ogum Xeroque, Ogunjab Ogum ba agada e
Ogum ba agada” (O senhor do akoro protege derrubando o inimigo, Ogum
protege abatendo seu adversário com um golpe e veste mariwo ogum meji,
Ogum Xoroque, Ogunja Ogum protege abatendo seu inimigo com um
golpe).
Algumas alterações no Idioma Yorùbá transcrito na mensagem anterior,
podem ser efetuados, melhorando um pouco:
Ogum usa dois (em referencia a Ele ser Aláàda Méjì Sr. dos dois facões),
Ògún Xorókè, Ògún grita do alto da montanha Ògúnjá Ògún guerreia
(luta). Ogum usa dois (em referencia a Ele ser Aláàda Méjì Sr. dos dois
facões), Ògún Xorókè, Ògún grita do alto da montanha Ògúnjá Ògún
guerreia (luta).
OGUM XOROQUÊ
Em primeiro lugar temos que nos lembrar de que Ogum Xoroquê existe
aqui no Brasil, na África ele era conhecido como Xoroquê ou, mais
precisamente Exú Xoroquê, ele era o guardião das porteiras de Gêge. Mais
tarde teria sido roubado por outras tribos. Uns dizem os Yorúbas outros
dizem que os Bantos o roubaram, mas o certo mesmo é que ele foi roubado.
Cultuamos Xoroquê como uma dualidade. Metade exú metade ogum.
Sempre que fazemos algo para ele, temos que ter em mente que essas duas
entidades distintas fundem-se em um só quando realizados os seus atos.
Ao lidarmos com essa entidade toda precaução é pouca, uma vez que ele
sempre está pronto para ajudar, mas, não conhece a palavra perdão. Dono
do ouro e da magia é constantemente chamado para abrir caminhos,
algumas pessoas despreparadas insistem em chamar esse Orixá para ajudar
na solução de problemas variados, desde a abertura de caminhos até mesmo
nas questões financeiras e amorosas. Mas, se por ventura não alcançam
seus objetivos, se enfurecem e alguns até mesmo blasfemam.

O que acontece é que Xoroquê assim como os demais Orixás, não atende
pessoas que não sejam devidamente preparadas para a realização de seus
atos ritualísticos secretos.
Na realidade Xoroquê sempre atende os pedidos a ele feitos com fé e amor,
desde que seja o consulente orientado por um zelador devidamente
preparado, mas, a pessoa que a ele se dirige deve tomar alguns cuidados
como, por exemplo, dar a ele tudo o que for prometido, pois uma vez com
Raiva da pessoa, ele pode tirar tudo que deu.
Se bem tratado, se respeitado e amado com veemência, dará muito mais do
que a pessoa pediu e claro, que esteja em seu merecimento receber. Seus
iniciados quando praticam qualquer ato contrario às determinações dele,
são cobrados de forma severa, e, essa cobrança pode ser de três, sete ou
vinte e um anos, dependendo do erro.

Para alguns zeladores, ele é um Ogum muito briguento e feroz, e quando


bravo se transforma em um Exú. Tem por hábito pegar as quizilas e
problemas de seus filhos e adeptos para ele mesmo. Seu nome em Yorúba
significa: Xoro = Cortar, Ké = feroz. Assim sendo, Xoroquê, se traduz
como: aquele que corta ferozmente. Apenas pela tradução de seu nome
podemos ver que se trata de uma entidade totalmente sem controle algum
de nossa parte e assim sendo precisamos tratá-lo com muito zelo.

Grande guardião das forças espaciais, daquelas que habitam as esferas


altas, Xoroquê tem assim livre passagem entre o mundo dos vivos e o
mundo dos Orixás, encantados e dos mortos.
Uma ambiguidade que sempre está disposta a ajudar a nós seres humanos,
com seus conhecimentos e com sua magia. Senhor absoluto das magias
viaja através do tempo ajudando as pessoas que a ele recorrem.

Xoroquê então é na verdade nosso amigo, pronto a nos ajudar sem medir
esforços, basta que saibamos como lidar com ele, como invocarmos sua
força e com certeza ele virá em nosso socorro.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM


Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento
extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a
obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos
e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num
mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente
apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho
que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São
apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes,
com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é
muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito
exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras
exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com
demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem
seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa
até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-
se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são
francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se
quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e
opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.As pessoas de Ogum são
práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de
traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e
rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como
não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento
vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos
de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida
lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para
decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que
pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar
explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior
defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo
caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem
se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do
considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o
obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que
conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas
conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando
o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável
em suas próprias conquistas.
Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo
integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem
nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que
não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para
viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser
Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas,
espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até
com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não
admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas
sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer
coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se
concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária
coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão
presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as
horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente.
Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser
musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia
nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não
implique em desgastes físicos.
Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes,
mas sim superficiais e rápidas.
Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá

Oração de Ogum Xoroquê

Pai que minhas palavras e pensamentos cheguem até Vós em forma de


prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra todo o universo e que
chegue até aos necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que
corra os quatro canto da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos em
forma de brado ou advertência de um filho de Ogum Xoroquê que sou e
nada temo, pois eu sei que a covardia não muda o destino.
Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações
sejam férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, para que
todos saibam que sou teu filho(a).
Ogum, Senhor da estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, e que eu
seja sempre um fiel escudeiro do teu exército, e que nas minhas
caminhadas só hajam vitórias. E, mesmo quando aparentemente
derrotado(a), eu seja vitorioso(a), pois nós os Vossos filhos não
conhecemos a derrota, porque sendo o Senhor o Deus da guerra, nós,
Vossos filhos só conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora
sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu Pai, minha
vitória será mais do que certa.

Ogum, meu grande Pai e protetor, fazei com que meu dia de amanhã seja
tão bom como o de hoje. Que minhas estradas sejam sempre abertas. Que
no meu jardim só hajam flores e que meus pensamentos sejam sempre
bons, e que aqueles que me procuram sempre consigam o remédio para
seus males.
Ogum, vencedor de demandas, que todos que cruzarem minha estrada, que
o façam com o propósito de engrandecer mais ainda a ordem dos cavaleiros
de Ogum.
Pai, dai luz aos meus inimigos, pois se eles me perseguem, é porque vivem
nas trevas e, na realidade perseguem a luz que Vós me destes.
Senhor, me livre das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos grandes, da
inveja e da vaidade que só levam à destruição. E que todos que ouvirem,
lerem, e também que tiverem esta prece, estejam livres das maldades do
mundo e da vida.
Ogum, que eu sempre possa dizer aqueles que me pedem sua benção: Meu
Pai te abençoe!

Personalidade dos filhos de Ogum Xoroquê

Algumas das características físicas e psíquicas dos filhos de Ogum, tanto


de homens, como mulheres

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento


extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a
obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos
e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num
mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente
apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho
que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São
apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes,
com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é
muito grande.

Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito
exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras
exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com
demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem
seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa
até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-
se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são
francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se
quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e
opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.Aspessoas de Ogum são
práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de
traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.

Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e


rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como
não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento
vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos
de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida
lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para
decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que
pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar
explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior
defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo
caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem
se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do
considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o
obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que
conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas
conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando
o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável
em suas próprias conquistas.
Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo
integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem
nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que
não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para
viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser
Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas,
espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até
com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não
admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas
sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer
coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se
concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária
coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão
presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as
horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente.
Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser
musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia
nervosa que necessita se expandir, não se pode acumular.

Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um


guerreiro,um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os
caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os
mais fracos. Todas as lutas, as conquistas, as vitórias são presididas por
Ogum.
Ele é a lei divina em ação, que pune e premia, mas não gosta de ser
invocado em vão. É fácil invocar Ogum, mas controlar as suas ações é
impossível.
O dia da semana consagrado a Ogum é a terça-feira, que coincide com o
dia dedicado pelos romanos a Marte, o deus da guerra. Sempre ligado à
força e ao poder, ele é o dirigente que não quer ter suas ordens
desobedecidas. Ogum pode ser associado ao arcano IV do Taro: o
Imperador; como esse arcano ele encarna a vontade firme aliada a força de
execução, as energias fluindo para uma realização material. Ele protege
seus domínios de forma consciente, seguro do poder que representa.
Enfocado como arquétipo, Ogum contém elementos fortes e consistentes
que o mantém como uma figura viva e atuante na esfera psíquica do
homem.

O Físico e o Temperamento
O filho e a filha de Ogum são geralmente magros e altos (pode haver
exceções). Apesar de ser um pouco tímido e discreto quase nunca passa
despercebido.
O temperamento reflete o vigor físico do filho de Ogum: ele está sempre
em atividade, é determinado e criador. O espírito de competição é evidente
e a impaciência e as frustrações ao perder criam mais incentivo para ele
seguir em frente.

Ele não reflete sobre os riscos de uma ação, pois é impetuoso e impulsivo e
está sempre travando batalhas.
Sem o impulso e a coragem de Ogum a humanidade demoraria muito para
alcançar o progresso; é ele o desbravador, aquele que abre o caminho para
quem vem atrás. Moisés é uma personalidade típica de Ogum: a sua ira ao
quebrar as tábuas da lei divina, a coragem para dirigir seu povo numa
viagem para o desconhecido, o poder a ele atribuído de abrir caminhos são
atributos de um homem de Ogum.
Como todo homem possui seus defeitos o filho de Ogum considera apenas
o seu próprio ponto de vista, seguir metas que lhe são importantes sem
considerar todos os que direta ou indiretamente estão envolvidos com ele.
Os desafios aguçam o espírito combativo de Ogum e o modo dele utilizar a
sua força pode parecer, aos olhos de quem não o compreende bem, altivez e
arrogância.
Qualquer forma de limite representa uma prisão para uma pessoa regida por
Ogum. Ele precisa se enxergar livre para ir e vir á sua vontade, não
consegue expandir sua alegria, força e energia em um ambiente restritivo e
sempre igual. A novidade serve de estímulo à ação.
Com capacidade de liderar e coragem suficiente para enfrentar qualquer
missão, consegue reunir a sua volta pessoas que colaboram com ele por
prazer sentindo-se revitalizadas pelas qualidades magnéticas e energéticas
dessa personalidade tão forte.
Sem aceitar palpites no que faz , ele é franco e rude ao impor a sua vontade
aos seus subordinados. É capaz de castigar prontamente qualquer falha ,
mas seu perdão vem depressa e logo pede desculpas quando se excede no
seu comportamento.

Gosta da verdade acima de tudo, nunca fala por trás de alguém, suas
críticas são abertas, pois detesta dissimulação.

Amor e Casamento
Quem consegue cativar e manter junto a si um filho de Ogum tem o
privilégio de saber que jamais será enganado. Nunca ouvirá desculpas
esfarrapadas para explicar onde ele esteve ou o que fez. O filho de Ogum
não mente, ele diz a verdade espera ser acreditado, qualquer duvida irá
ofendê-lo.
Quando um filho de Ogum encontra uma pessoa de temperamento cordato,
porém que possua opiniões fortes e próprias ele fica feliz. Se essa pessoa
souber se manter equilibrada na difícil corda bamba que é agradar sem
ceder, ela conseguirá manter o relacionamento vivo.O filho de Ogum não
gosta de pessoas sem idéias próprias, vai querer para companheiro(a)
alguém que as possua em quantidade, mas que também saiba expô-las de
modo especial.

Saúde
A saúde de um filho de Ogum é boa, ele é resistente e sua constituição forte
evita as doenças. Os seus pontos fracos são as articulações, as dores de
cabeça, as febres fortes.
Quando está doente o filho de Ogum não quer ficar em repouso, é muito
trabalhoso convencê-lo a descansar e dar tempo ao seu corpo para se
recuperar. Só fica na cama quando está verdadeiramente mal, aí então fala
pouco e fica nervoso com a obrigação de parar para se refazer.

Seus problemas de saúde são mais para o tipo violento e repentino do que
para doenças crônicas e demoradas.
As doenças nervosas como úlceras, esgotamentos e depressão são menos
comuns, mas podem atingi-lo se ele cometer excessos de trabalho ou for
mal sucedido em seus empreendimentos.

O Homem de Ogum
Ele é confiante ,entusiasmado, generoso,solidário, enérgico, ousado, ativo
em seu lado positivo e pode também ser intolerante, violento, impulsivo,
obstinado, egoísta e exigente em seu lado negativo.
Como seu orixá protetor, o filho de Ogum é um guerreiro também nos
assuntos do coração. Passional, sempre empenhado em manter o jogo da
conquista, é um amante completo. Ativíssimo sexualmente, superprotetor
com a pessoa amada, interessado em satisfazer-lhe as vontades, o
companheiro de Ogum garante à sua parceira uma vida feliz em todos os
sentidos. Por isso mesmo é um homem muito cobiçado pelas mulheres. E
como sente necessidade de viver em permanente estado de paixão, torna-se
presa fácil as aventuras amorosas. Isso gera grandes conflitos internos nele
e na pessoa amada.

AFINIDADES
Com mulheres de Oxum, Yansã, Nanan, e Yemanjá

A mulher de Ogum
Elas são sinceras, encantadoras, vigorosas, corajosas, entusiasmadas,
românticas que são qualidades que excedem seu lado negativo já que ela
também pode ser mandona, irritada e impulsiva.
A protegida de Ogum é uma mulher que reúne as características femininas
e masculinas. Bonita e sensual por fora, ela pensa com cabeça de homem.
Justamente por ser assim, expôe-se mais que as outras mulheres e destaca-
se em qualquer lugar. Também é esse seu lado masculino muito forte que a
faz prezar a sua liberdade e independência acima de tudo, com reflexos na
vida afetiva. É a mulher de Ogum quem conquista o homem e é ela também
que o dispensa quando não o quer mais. Essa característica faz dela uma
mulher difícil para parceiros machistas. Mas conquista-la não é uma tarefa
difícil e sim mantê-la sob domínio. Ela precisa de um companheiro por
quem tenha grande admiração ou do qual dependa de alguma forma. E esse
homem, por sua vez deverá aprender a conviver com muitas cenas de
ciúme.

AFINIDADES
Com homens de Yansã, Exú, Oxunmaré, Nanan e Yemanjá
Mojúbà Ògún abàgáàn méje olóde, Oníìre, Ògún alagbede, onirá, adìolá’
fin, Ògún dé, Ògún ye!
(Yo respeto a Ogun , aquel que tiene siete partes idénticas en las afueras ,
Rey de Ire, Ogun el herrero, tú eres sigiloso, guardián de la riqueza del
palacio, llegue Ogun, salve Ogun!)
– SÓRÒKÈ –
É um Òrìsá das terras GEGE, um tipo muito perigoso. Dizem que foi
amaldiçoado por seu pai e sua mãe.
Conta a lenda que um vulcão entrou em erupção e SOROKÈ pulou de
dentro dêle, em forma de fogo.
É o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que
por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. É o Òrìsá da
vingança, pois seu temperamento é muito forte.
Tem que ser feito no domínio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no
domínio da mãe, APANDÁ. Faz-se o ÈSÙ, escravisado por ÒGÚN, tendo
que assentarÒSUN. Não pode ser feito dentro do barracão. Tudo é duplo,
até o QUELÊ. São dois assentamentos, um de ÈSÙ, sem massa e outro de
ÒGÚN, com massa, sôbre o ÈSÙ. Dança-se para ÈSÙ, ÒGÚN e ÒSUN.
SUAS ERVAS
– Eucalípto, umbaúba, comboatá, chapéu de couro, capim limão, cordão de
frade, folhas de manga espada, pé de pinto, vence demanda, abre caminho,
peregum, dandá da costa.

Não quero saber se exista alguma nação que ensista em persistir errando,
Ogum Xoroquê não se raspa, fiz este site não foi para agradar à ninguém e
sim pra desmistificar vários apêndices
Filho de Ogum Xoroquê tem dois Tranca Ruas, Mas o principal Exu deste
orixá é Luz e Fé = Lúcifer, não baixa, se ele baixar, ele mata o médium, é
muita força. Este santo come nas águas de gege o seu santo são os 16 oxalá
ifá deus do jogo por odu não raspa ifá olorum obatala oduduia
e dai por diante ai eles puxam ogum soroque ou osum opara filho de Ogum
Xoroquê é abiaxe já nasce feito. Não se raspa para eese Orixá o preceito à
ser feito é o seguinte: tira um pouco cabelo lado esquerdo e direito e faz a
coroa.
Filhos de Ogum Xoroquê carregam todos os orixá, pois foram seus pais e
mães nas outras vidas. Por esta razão o filho de Ogum Xoroquê carrega
junto à si, todos os Exus.

O abiaxe carrega três orixá na cabeça, pero das pedras, Xangô responde
como Pai mas o primeiro é Ogum Xoroquê, pero das águas, Oxum que
cobre os filhos de Exu. Aonde tem na cabeça como se fosse um
buraquinho, que apertando dói, é aí é que fica sua feitura de outra vida.
TEM 4 TIPOS DE ABIAXE
MORRE O ZELADOR AGORA A ALMA ENCARNA NO CORPO
E MORRE AGORA E NASCE AGORA EM OUTRO CORPO
AI VOCÊ NASCE COM SOROKE QUE JÁ E RASPADO
COM TODAS AS FORCAS DE TODOS OS SANTOS
E O CARREGO DA ALMA DO PAI DE SANTO SÃO DUAS
CABEÇAS, DUAS BOCAS E QUATRO OLHOS
UMA CABECA MATERIAL, A SUA E A IMATERIAL
DO OCO PAI DE SANTO QUE ANDA JUNTO DE VOCÊ
VOCÊ ENTRA NUM TERREIRO A ALMA VAI CORRER
TODO O TERREIRO E ROUBA OS FUNDAMENTOS E COLOCA NO
SEU ORI
OS PAIS DE SANTO MORRE DE MEDO DE VOCÊ.
E OS TEUS SANTOS E ESU ABSORVE ESTES FUNDAMENTOS, O
SANTO NASCE
COM A PESSOA SOROKE É UMA TREMENDA FORÇA MAS
NÃO SABE NADA ATÉ IR CHEGANDO À TER ESPIRITUALIDADE
ESPIRITUAL.

Agora, o que seria um Àbíasé?

O Àbíasé é a pessoa que recebeu todo o axé de feitura ainda na barriga da


mãe, ou seja, quando a mãe estava recolhida, ela estava grávida. Daí esta
criança ao nascer ser denominada de Àbíasé, não precisando portanto ser
iniciada pois, como dizem dentro do culto, “já nasceu feita”.

SENTIDO DAS PALAVRAS


As palavras yorubás, ewes e as do dialeto kimbundo são as mais usadas nas
casas de Candomblé. Muitas dessas palavras sofreram modificações nos
seus sentidos reais, ou seja, muitas delas são empregadas de forma
diferente do seu real sentido. É isso que vamos entender agora:
A palavra “perdão” em yorubá é afó-riji.
Monà em yorubá significa “certamente; sim”. Não confundir com a palavra
mona da língua kimbundo. “Mulher” em yorubá é obin-rin e em ewe, ionú.
A palavra “licença”em yorubá é aiyè-lujará. No Brasil, a palavra “licença”
foi identificada com a palavra àgò, que na verdade em yorubá é yàgò, ou
seja, àgò é uma contração da palavra yorubá yàgò que na verdade significa
“abram caminho”.

Quem faz errado, na maioria das vezes, com certeza está sabendo muito
bem o que está fazendo mas, faz de propósito, para se beneficiar disso de
alguma forma sem se importar com a vida alheia. Estou farta de espírita
safado, estes envergonham a nossa religião.
Disponibilizo aqui alguns Ebós úteis, mas lembrem-se que cada pessoa
só consegue o desejado se ela tiver o devido merecimento dado por
Deus. E devem ser feitos por pessoas com certo entendimento sobre
ebós. CUIDADO E ATENÇÃO.
Conselhos: Ao fazer um Trabalho/Ebó, além da fé você deve:
1. Só utilizar material novo.
2. Nunca substituir um material por outro.
3. Usar somente o que a receita pede.
4. Ao fazer o trabalho, mantenha o pensamento firme no que você
realmente deseja.
Atenção: Nunca faça um Trabalho/Ebó para desejar o mal de alguém, pois
um pensamento negativo atrai para si essa má vibração. E, sempre que tiver
o seu desejo realizado, lembre-se de agradecer, dessa forma, um universo
de boas energias passará a “conspirar” por si.

COZINHA RITUALÍSTICA

Cará com Dendê e Mel


Lave um inhame em sete águas (sete vezes), depois coloque numa gamela
de madeira ou alguidar. Com uma faca (obé), bem afiado, corte-o na
vertical. Na banda do lado esquerdo se passa dendê e na do lado direito
mel.

Paliteiro de Ogum
Cozinhe um Cará com casca e tudo. Coloque numa gamela de madeira ou
alguidar. Espete palitos de Mariô por toda a superfície. Pode regar com
dendê ou mel.

Feijão Mulatinho
Cozinhe o feijão mulatinho (ou cavalo) e tempere-o com cebola refogada
no dendê, coloque em um alguidar e enfeite com 7 camarões fritos no
dendê.

Para conseguir um bom emprego:


Farofa com dendê;
Ferradura;
7 moedas antigas;
1 cravo vermelho;
1 vela vermelha e verde.
Forre uma bandeja com a farofa (feita com farinha de mandioca e azeite de
dendê). Coloque em cima da farofa os restantes objectos e os seus pedidos
escritos num papel. Entregue numa mata, para Ogum.

Ebó para abertura de caminhos, trazer dinheiro e prosperidade com a


ajuda de OGUM
– 01 inhame do norte assado, 21 moedas correntes, 21 taliscas de mariwô
(folha da palmeira), 01 acaçá branco (bolinho de milho branco misturado
com água, envolto em folha de bananeira ), 01 acaçá vermelho ( igual ao
branco , porém com farinha de milho amarela ), azeite de dendê e mel.
– Assar o inhame na brasa (se for preciso raspar um pouco para tirar o
excesso queimado). Colocar no alguidar. Enterrar os talos de mariwô e
chamando Ogum. Fazer o mesmo com as moedas. Colocar os acaçás (um
em cada ponta do inhame). Regar com um pouco de azeite de dendê e mel,
01 pitada de sal.
– Acender uma vela vermelha e fazer seus pedidos a Ogum.
– Colocar este despacho no muro, ao lado do portão.Se a pessoa morar em
apartamento, colocar dentro de sua casa, atrás da porta de entrada.
– Depois de 07 dias, despachar sob uma árvore bem frondosa.

Oferendas a Ogun
Material: 1 inhame; Azeite de dendê; Mel de abelhas; 1 palma de
dendezeiro (mariwo), pode ser de coqueiro caso não ache o dendezeiro; 1
vela branca.
Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma
do dendezeiro. Depois que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos
em toda o corpo do inhame, escreva o nome da pessoa que se deseja ajudar
em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome, coloque o
mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos . Pede-se o desejado
à Ogum. Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.
ADALU é um Adimu (comida, Oferenda, Agrado, trabalho) para Orixá
Ogum: O Orixá Ogun é um santo muito vigoroso, não foge a luta, olha por
seus filhos, vence a batalha sem olhar o motivo, Ogum não conheceu a
derrota nos campos de batalha a até a morte (Orixá Ikú) tinha medo deste
Orixá. Ogum Irmão de Oxossi ensinou Oxossi a guerriar, então quando
oferecemos a Ogun estamos ciente de que a Vitória é certa. Temido
pelos Yorubas, respeitado e reverenciados pelo Candomblé e a Umbanda.
Ingredientes para Comida de Ogum:
Feijão preto
Milho vermelho cozido
Azeite-de-Dendê
Cebola ralada
Atàré moído
Camarões seco

Como Preparar a Comida do Ogum:


Misture o milho e o feijão, refogando com azeite-de-dendê, ataré (pimenta
da costa), cebola e camarões.
Às vezes é oferecido acompanhado de carne dos animais sacrificados em
seu ritual de matança, mas pode ser oferecido para qualquer finalidade,
seja: Para problemas no trabalho, brigas, inimizades, inimigos que te
percegue, conseguir uma vitória com ajuda de Ogum, mas não é
aconselhável para o Amor, pois Ogum é duro igual o aço e para
trabalhos no amor é preciso flexibilidade que não é uma das
caraterísticas do Ogun.

Para conseguir um bom emprego:


Farofa com dendê;
Ferradura;
7 moedas antigas;
1 cravo vermelho;
1 vela vermelha e verde.
Forre uma bandeja com a farofa (feita com farinha de mandioca e azeite de
dendê). Coloque em cima da farofa os restantes objectos e os seus pedidos
escritos num papel. Entregue numa mata, para Ogum.

. AJUDA DE OGUM :
– 01 inhame, azeite de dendê, mel de abelhas, 01 palma
de dendezeiro (mariwô) ou de coqueiro, se não achar o mariwô, 01 vela
branca.
– Assar o inhame. Retirar os talos das folhas da palma
do dendezeiro. Depois de esfriado o inhame, enfiar os talos em todo
ele, escrever o nome da pessoa que precisa de ajuda em um prato branco.
Colocar o inhame em pé sobre o nome da pessoa, colocar mel e um pouco
de azeite de dendê sobre o inhame e os talos. Oferecer e pedir à Ogum o
que deseja. Colocar próximo ao portão da pessoa necessitada. Deverá
ficar por 07 dias, após este período ser despachado sob uma árvore
frondosa.

Feijão para Ogum


Ingredientes:
– 500g. de feijão cavalo
– 01 cebola
– 01 vidro de dendê
– 07 camarões grandes
Modo de preparo: Cozinhe o feijão e tempere-o com cebola refogada no
dendê, coloque em um alguidar e enfeite com os camarões fritos no dendê.
Faça seus pedidos e ofereça a Ogum.

Ebó para Ògún

Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade


1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de
mariô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco
misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá vermelho
(igual a acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite de
dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariô e chamando por Ogum, Faça o mesmo com as
moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com um
pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. Acenda uma vela e faça os seus
pedidos a Ogum. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. Se você morar num apartamento, coloque dentro da
sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés
de uma árvore frondosa.
ABADO ERAN (Oferenda de Ogum)

1 kg de milho vermelho torrado


1 kg de milho vermelho cru
21 pedaços pequeno de carne de boi ou de caça
Azeite-de-Dendê

Preparar a Comida para Ogum


Após torrar o milho ponha em uma gamela acrescentando os pedaços de
carne, misture tudo e regue com bastante azeite-de-dendê. Em seguida
ofereça à Ògún acompanhado de Gin ou Uísque.
Esta comida só deve ser oferecida ao Orixa Ogun na rua, com a finalidade
de destruir as energias negativas matando as dificuldades da vida pelo fato
do milho esta torrado não brotando mais. O que logo depois deverá
oferecer à Ogum na volta para casa o milho cru passar sobre a cabeça
deixando cair diretamente no chão e jogando água por cima dos milhos
com a finalidade de brota todas as coisas boas e dinheiro no caminho.

EBÓ PARA ABERTURA DE CAMINHO OFERECIDO A OGUN

½ kg de cada tipo de miúdo de boi;


1 inhame bem grande;
1 alguidar grande;

21 palitos.
Cozinhe os miúdos e o inhame (com casca) separadamente. No alguidar,
coloque os miúdos e o inhame, cravejado de palitos em cima.
Leve essa oferenda numa trilha de mata e peça para Ogun abrir seus
caminhos, trazendo fortuna e prosperidade

EBÓ PARA OGUM XOROQUÊ


1 alguidar grande; PÓ DE AXÉS

2 kg de feijão preto;
3 garrafas de cerveja;
1 copo.
1 nós moscada;

1 dandá da costa;
1 punhado de cravos da Índia;
canela em pó;
2 inhames grandes;
toucinho de porco;
azeite de dendê.

Rale ou soque todos os ingredientes, guardando o pó num recipiente


adequado. Esse pó poderá ser soprado dentro de casa ou no seu local de
trabalho, pedindo prosperidade, ou, até mesmo, ser passado em pessoas
pedindo para afastar as más influências.
Cozinhe o feijão preto até amolecer. Numa panela de ferro, frite o toucinho
no dendê e refogue o feijão.
Arrume a comida no alguidar (previamente lavado com água e mel),
enfeitando com sete pedaços de toucinho frito. Coloque os inhames cozidos
(com casca) em cima de tudo.
Leve essa oferenda a um trilho de trem que faça uma linha reta (não
coloque o prato perto de curvas). Quebre as três garrafas de cerveja e peça
para Ogun Xoroquê que melhore sua vida o mais rápido possível. Peça
fortuna, prosperidade, caminhos abertos, etc.

Obs.: Servir a cerveja no copo, fazer o circulo e Quebrar, significa romper


a influência de forças maléficas que atrapalham a vida.

OFERENDAS do Orixá OGUN – Adimu para Orixá Ogum


– Para apaziguar Ogun. Comida ou Oferenda para O orixá Ogun.
Deve-se preparar sete ecós, coloca-se num alguidar com uma moeda
corrente e um grão de ataré em cima de cada um. Depois de arrumados,
acrescenta-se azeite de dendê, mel de abelhas e manteiga de
cacau derretida. Junta-se, dentro do alguidar, bastante milho torrado e
rega-se com aguardente. Arreia-se diante de Ogun com uma vela de sete
dias. Despacha-se numa via férrea.

Saudação a Ogun: Ogun enhê!!!


Ebó para Ògún Para abrir caminhos

Ebó para Ògún Para abrir caminhos, trazer dinheiro, prosperidade


1 inhame assado, 1 alguidar médio, 21 moedas correntes, 21 taliscas de
mariô (folha de palmeira), 1 acaçá branco (bolinho de milho branco
misturado com água, envolto em folha de bananeira), 1 acaçá vermelho
(igual a acaçá branco, porém com farinha de milho amarela), azeite de
dendê e mel.
Como Preparar: Asse o inhame na brasa. Se necessário, raspe um pouco
para eliminar o excesso de negrume. Colocar dentro do alguidar. Vá
enterrando os talos de mariô e chamando por Ogum, Faça o mesmo com as
moedas. Coloque os acaçás, um em cada ponta do inhame. Regue com um
pouco de dendê e mel, 1 pitada de sal. Acenda uma vela e faça os seus
pedidos a Ogum. Deve-se colocar no muro, ao lado do portão, ou no chão,
na entrada do portão. Se você morar num apartamento, coloque dentro da
sua casa, atrás da porta de entrada. Deixe 7 dias e após, despachar aos pés
de uma árvore frondosa.

ABRIR CAMINHOS
–1 GALINHA.
-1 CORRENTE DE FERRO DO TAMANHO DA PESSOA.
-1 VELA AZUL.
-1 VELA VERDE.
· Sacrifica-se uma galinha sobre uma corrente de ferro do tamanho da
pessoa a ser favorecida.Acenda do lado do animal uma vela azul e do lado
da corrente uma vela verde.Após três horas despachar a franga em uma
linha férrea oferecendo a IEMANJÁ e despachar a corrente no mar
oferecendo a OGUM.

ABRIR CAMINHOS
-FARINHA DE MANDIOCA.
-MEL.

-21 FOLHAS DE AROEIRA.


-7 MOEDAS ANTIGAS.
-7 MOEDAS NOVAS.
Fazer uma farofa fria com farinha de mandioca e mel , manipulando com as
mãos.Colocar a farofa num alguidar. Rodear a oferenda com 21 folhas de
aroeira , fazer o pedido e acrescentar 7 moedas antigas e 7 moedas novas .
Arriar no igbá de OGUM.

AFASTAR ALGUÉM
– 1 OVO DE PATO,MACHO.
· 1 PRATO BRANCO.

· 1 VELA PRETA.
· 1 PAPEL DE SEDA VERMELHO.
· 1 VELA ROXA.
-Pega-se um ovo de pato,macho de casca branca.
-Coloca-se o ovo dentro de um prato,também branco,sem quebra-lo.
-Fazer as conjurações.
-Utilizar um instrumento com ponta fina,de maneira que possa fazer um
pequeno furo no ovo sem quebrar a casca.
-Introduzir um sinal da pessoa.
-Fechar o furo com cera da vela preta.
-Envolver em papel de seda vermelho.
-Enterrar em um cemitério ,numa cova que tenha terra fofa.
-Em cima do ovo acender uma vela preta e depois a roxa.

AGRADECIMENTO
-7 VELAS AMARELAS.
-3 VELAS PRETAS.
-1 GARRAFA DE CACHAÇA
-1 PEDAÇO DE CARNE CRUA.
-1 MORIM VERMELHO.

-Ir até uma encruzilhada aberta antes das 07 horas.


Fazer as conjurações.Forrar o chão com o morim e colocar o pedaço de
carne. Acender primeiro as velas pretas e após as amarelas.
Derramar um pouco de cachaça no chão e deixar o restante
na garrafa.Fazer as conjurações para Xorokê.

AMALÁ FORTE DE XOROKÊ


-7 QUIABOS
-1 GILÓ.
-1 K FARINHA DE MANDIOCA.
-1 VIDRO DE DENDÊ.
-7 PIMENTA MALAGUETA FRESCA.
-7 PUNHAIS DE AÇO,CABO PRETO.
-1 ALGUIDAR DE BARRO.

-7 VELAS AMARELAS.
-Cortar cada quiabo 6 vezes,de forma que fique 7 pedaços,ou melhor 49.
-Corta-se o giló em 3 fatias de maneira que não se separem.
-Fazer uma farofa com a farinha de mandioca,dendê e pimenta picada,que
fique bem soltinha.
-Colocar um punhado de farofa no fundo do alguidar,suficiente para forrar
o fundo.
-Fazer as conjurações.
-Com a mão esquerda coloque os 49 pedaços de quiabo ao redor.
-Coloque o giló no centro.
-Em seguida cubra tudo com a farofa,deixando apenas o giló aparecendo.
-Coloque os sete punhais ao redor do prato,de maneira que fiquem todos
com as lâminas apoiando no alguidar em direção ao centro.
-Acender uma vela por dia ,durante sete dias.

-Despachar em uma encruzilhada aberta.

CONJURAÇÕES AO SR XOROKÊ
1ª CONJURAÇÃO: Sr. Xorokê , Rei do ouro, Senhor das nobrezas e das
farturas , invoco-te por parte do maioral todo poderoso , para que , neste
exato momento , coloque teus sete emissários ZITECHIS, GEZADOS,
MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS, em
meu favor,para solucionar o quero e preciso,no prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias,pois para isto fostes criado.
2ª CONJURAÇÃO: Sr.Xorokê,assim como o bode berra,o fogoestala e a
fumaça sobe,eu… quero que meus desejos sejam agora a mim
dirigidos,como a luz do sol,clareia a terra,tu com as sete forças do
espaço,ZITECHIS, GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS,
PALIÊROS, DAVIÊROS, ZALIÊROS ,irás dirigir a mim tudo aquilo que
eu quero e preciso neste momento,dentro do curto prazo de sete
minutos,sete horas ou sete dias , pois para isto fostes criado.
3ªCONJURAÇÃO : Sr.Xorokê,tu que tens o grande poder de aliviar-me
de todas as minhas necessidades materiais,neste exato momento te
suplico e ordeno: farás com que tuas sete falanges do espaço ZITECHIS,
GEZADOS, MARIÊROS, KRAVAÊROS, PALIÊROS, DAVIÊROS,
ZALIÊROS,venham em meu socorro no curto espaço de tempo de sete
minutos,sete horas ou sete dias, pois para isto fostes criado.
CORAGEM, PAZ, GUERRA
-INHAME.
-BATATA DOCE.
-BATATA INGLESA.

-GENGIBRE.
-FAVA DE ARIDAN
-AMENDOIM TORRADO.
-CAMARÃO SECO.
-CEBOLA RALADA.
-AZEITE DOCÊ.

-AZEITE-DE-DENDÊ.
-UMA QUARTINHA DE BARRO VERMELHA.
-CACHAÇA.
-NOVE OVOS DE CASCA BRANCA COZIDOS.
-COUVE.
-CHICÓREA.

-FAZER AS CONJURAÇÕES.
-Cortar tudo,em pequenos pedaços,menos a couve e a chicórea que será
usado para enfeitar o alguidar.
-Os ovos descascados serão colocados por cima,enfeitando enquanto as
folhas serviram para forrar o prato.
-Atenção:Se for com a finalidade de obter coragem e paz,será despachado
na beira de um rio,ao pé de uma árvore,deitando azeite doce .

Se o objetivo for guerrear ,este ebó deverá ser colocado em uma linha de
trem ou em uma campina e derrame dendê.
Mas em qualquer um dos casos não esqueça de colocar a quartinha ao lado
com cachaça.

DEFESA PESSOAL
-MELÃO.

Para resolver problema com auxilio de OGUM deve-se pegar um melão e


dividir em sete pedaços , e oferecer a OGUM,a água que escorrer dele a
pessoa deve passar no corpo .

DESFAZER MANDIGAS E FEITIÇOS


-7 PEDAÇOS DE CARNE BOVINA CRUA.
-3 VELAS AMARELAS.
-7 OVOS CASCA BRANCA.

-1 GARRAFA DE VIDRO DE CACHAÇA.


-1 PORÇÃO DE ENXOFRE EM PÓ.

-1 MORIM VERMELHO.
-Em uma noite de lua cheia,vá a uma encruzilhada aberta e entregue ao Sr
XOROKÊ este ebó da maneira a seguir:
-Faça as conjurações.
-Coloque o morim no chão em forma triangular.
-Coloque os sete pedaços de carne crua disposta sobre o pano.

-Com a mão esquerda quebre um ovo para cada pedaço de carne.


-Pulverize o pó de enxofre sobre os ovos e as carnes.
-Acenda as velas na volta.
-Após sete dias retorne na mesma encruza,faça as conjurações e acenda
uma vela branca.-

DINHEIRO
-1 PEIXE DE ÁGUA DOCE.

-1 GALO VERMELHO NOVO.


-1 GALO VERMELHO COM AMARELO.
Para melhorar financeiramente oferece-se o peixe á OXUM nas águas de
um rio.Sacrifica-se um galo para o BARÁ e outro para OGUM .-

EBÓ FORTE
· 1 ALGUIDAR.

· MEL.
· FARINHA DE MANDIOCA.
· 1 ESPIGA DE MILHO.
· FOLHAS DE GUINÉ.
· 5 VELAS AMARELAS.
· Coloque em um prato de barro , ou alguidar, um pouco de mel com
farinha de mandioca,em seguida coloque uma espiga de milho verde sem as
palhas,vá virando a espiga até ficar toda coberta como se fosse a
milaneza,depois cubra-a com folhas de guiné bem verdes , aguarde durante
sete horas e depois leve a uma praia ou beira de um rio.

EFÓ
– Lingua-de-vaca-
– Cebola seca-
– Pimenta malagueta seca-

– Camarões seco –
– Sal –
– Azeite-de-dendê –
Corta-se a erva conhecida por ” língua de vaca ” ou mostarda, pondo ao
fogo para ferver com pouca água , feito isto escoa-se e coloca-se de novo
na mesma vasilha com cebola , pimenta malagueta seca , camarões secos e
sal . Botar azeite-de-dendê depois de tudo ralado.

ENERGIA
-FEIJÃO FRADINHO.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-FARINHA DE MANDIOCA.
-CEBOLA SECA.
-PIMENTA-DO-REINO.

Assa-se o feijão fradinho, após deita-se dendê misturando bem .Em um


alguidar colocar farofa de farinha de mandioca com dendê ,cebolinha e
pimenta-do-reino Colocar o feijão e enfeitar com rodelas de cebola .

ERAN
-FÍGADO DE BOI.
-CORAÇÃO DE BOI.
-RIN DE BOI.

-BOFE DE BOI.
-CEBOLA SECA.

-AZEITE-DE-DENDÊ.
Cortam – se miúdos de boi bem picadinho .Refogar uma cebola ralada em
azeite-de-dendê.
Depois de cozidos serão colocados em alguidar vitrificado .

GUERRA ESPIRITUAL
-12 TAINHAS.

Para vencer uma guerra deve-se oferecer 7 tainhas para EXU e 5 para
OGUM –

IMPOTÊNCIA
-CRAVO DO IGBÁ DE OGUN.
-PALHA DA COSTA.
-1 GALO BRANCO.
Pega-se um cravo do igba de OGUM ,amarra-se com palha da costa ao
pênis da pessoa e sacrifica -se um galo sobre o conjunto , deixando o
sangue cair em cima do igba de OGUM.

INHAMES ASSADOS
-3 INHAMES.
-1 ALGUIDAR.
-21 PALITOS .

-MEL.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
Assar três inhames com casca no forno ou na grelha com fogo de lenha.
Deixe-os esfriar dentro de um alguidar.Levar a uma estrada aberta onde
haja estrada de ferro .Enfiar vinte e um palito ,ou seja ,7-7-7 nos inhames,
rezando e fazendo seus pedidos de guerra , ao terminar ,deitar dendê e após
mel por cima do ebó .

INHAME DE OGUM AVAGÃ


· 1 INHAME +- 21 CM DE COMPRIMENTO.

· 1 TRAVESSA DE BARRO CUMPRIDA.


· 21 PALITOS DE LARANJEIRA OU MARIWO.
· AZEITE-DE-DENDÊ.
· 7 MOEDAS ANTIGAS.
· 5 VELA VERMELHA.
· 1 VELA BRANCA.

· 1 VELA AMARELA.
· Assar o inhame descascado e colocar numa travessa de barro e espetar
21 palitos de laranjeiras ou de maríwo.Regar com azeite-de-dendê quando
estiver servindo na frente do seu igbá .Passar 7 moedas no corpo , fazendo
o pedido e rezando seu axé,no final colocar 7 moedass enfeitando o prato e
acender 5 velas vermelhas 1 branca e outra amarela.

IPETE
-INHAME,AIPIM,MANDIOCA,ETC.,..-
-AZEITE-DE-DENDÊ-
-CAMARÃO SECO-
-CEBOLA SECA-
-PIMENTA MALAGUETA-
-LORO-

-VELA VERMELHA-
Inhame descascado e cozido,cortado em fatias,em seguida amasse e misture
no azeite-de-dendê com camarão ralado , cebola ,
pimenta malagueta.Faça um purê consistente com todos os
ingredientes juntos.Fazer bolinhos .
Colocar em número de 7 -l4 – ou 21 bolinhos em um alguidar e despachar
na mata ,regando com dendê .

LIVRAR-SE DE ALGUÉM
-7 OVOS DE CASCA BRANCA,MACHOS.

-1 ALGUIDAR.
-1 GALO VERNELHO.
Para livrar-se de pessoa que obstruem um objetivo , escrever o nome da
pessoa ou situação em 7 ovos casca branca.Colocar os ovos dentro de um
alguidar.Sacrificar um galo vermelho no igbá de OGUM.Após coloca-se no
alguidar por cima dos ovos e despacha-se numa linha férrea para que o
trem passe por cima.

MANUTENÇÃO
-7 Velas amarelas.
-1 Prato branco.
-Fazer as conjurações a Ogun XOROKÊ ,relatar tudo que você deseje que
permaneça como está,em seguida acenda no prato as sete velas amarelas.
-Deixar queimar até o fim.

-Despachar numa quinta-feira em encruzilhada aberta.

OBEGUIRI
-6 tiras de costela de rês preferencialmente da janela,por ser mais macia.
-3 cebolas.
-3 cabeças de alho.
-Salsa.

-Coentro,pimenta do reino e sal a gosto.


-6 Quiabos.
-Um quilo e duzentas gramas de camarão seco.
-Azeite de dendê.
Corte a cebola em pedaços não muito pequenos, cebola machucada, alho,
salsa, coentro , pimenta do reino e sal.Tudo refogado com a carne . Quiabos
cortado em rodelas finas e camarões secos.

Põe-se bastante azeite-de-dendê ,nesta comida.


A carne pode ser substituida por 9 bagres dependendo a finalidade.

OLHO GROSSO
–ALHO ROXO.
-1 COPO VIRGEM BRANCO.
-1 GARRAFA DE CACHAÇA.
-3 VELAS AMARELA .
-1 VELA PRETA.

-1 VELA BRANCA.
Fazer as conjurações.
· Em uma primeira terça-feira do mês, coloque um dente de alho roxo
dentro de um copo e coloque em seguida cachaça.
· Pegue o copo com a mão esquerda e vá até uma encruzilhada aberta e
diga o seguinte:
· “Sr XOROKÊ ,que todos os olhos grandes,invejas e infortúnios sejam
afastados de mim e de meus familiares(dizer os nomes),pois,como o que tu
queres e eu vou te dar,em troca do que eu quero,agora,”
· Acenda as velas deixe o restante da cachaça na garrafa ,vire as costa e
vá embora sem olhar para trás.-

Ebó com Ogum para progresso em seus caminhos

Material:
1 oberó
7 velas brancas comuns
1/2 kg de feijão fradinho
Folhas de aroeira

Modo de fazer
Lavar o oberó e coloque as folhas de aroeira.
Torre o feijão fradinho – espere esfriar – coloque dentro do oberó
Despache este ebó numa estrada de subida, com as velas acesas em volta.

Peça a Ogum: “Assim como és o dono da estrada, que meus caminhos


sejam sempre de vitórias, como tuas batalhas.”
Faça numa lua nova, cheia ou crescente – terça feira.

Ebó com Ogum para progresso dentro de casa

Material:
1/2 kg de milho de galinha
1 copo de cristal
folhas de louro
6 moedas
1 m de morim branco
1 oberó

6 velas brancas comuns


1 garrafa de vinho branco
1 vela de sete dias

Modo de fazer
Cozinhe até ficar macio o milho – espere esfriar
Coloque no centro do oberó o copo com o vinho – ao redor o milho.

Enfeite com folhas de louro e as moedas.


Procure um lugar dentro de casa.
Forre o morim
Acenda a vela de sete dias.
Faça seus pedidos.
Passado sete dias, despache tudo embaixo de uma árvore frondosa.
Acenda as velas em volta.
Faça o ebó, numa lua cheia, nova ou crescente – Sexta feira.

Ebó com Ogum para conseguir emprego

Material:
1 Oberó
1 Inhame (acará)

21 Palitos de dendezeiro
7 moedas
7 velas brancas comuns
Azeite de dendê

Modo de fazer
Assar o inhame na brasa – espere esfriar
Depois de assado – coloque dentro do oberó

Espete com os palitos – enfeitando o inhame


Passar as moedas pelo corpo – fazer seus pedidos com elas ainda na mão –
coloque dentro do oberó
Desoacge este ebó numa estrada de subida com as velas acesas em volta.
Regue tudo com azeite de dendê.
Faça numa lua crescente – terça feira – durante o dia

PRECE A OGUM
OGUM ,meu Pai
poderoso guardião das leis
chamá-lo de pai é honra ,
esperança , é vida
vós sois meu aliado no combate
às minhas inferioridades.
Mensageiros de OXALÁ – filho de OLORUM

senhor vos sois o domador dos


sentimentos espúrios
depurai com sua espada e lança
minha consciência e inconsciência,
baixa de caráter.
OGUM irmão , amigo e companheiro

continuai em sua ronda em perseguição


aos defeitos que nos assaltam a cada instante
OGUM glorioso orixá , reinai com sua falange
situando por piedade o bom caminho para o nosso coração
consciência e espírito.

PRECE DE OGUM
Para vós que nós matamos

matamos no caminho
para vós que nós matamos
matamos no caminho
senhor que nos abençõa
senhor para quem matamos
OGUM senhor do irê

para quem sacrificamos


no caminho Senhor que nos abençoe.

QUEBRANTO E INVEJA
Tu és ferro , eu sou aço
eu te prendo e embaraço.
Tu és fraco , eu sou forte

eu te venço e te amasso.
Tu és de espírito pobre
eu sou de espírito rico
nada e ninguém comigo pode.
Pelas armas de são Jorge
se o mocho vier não me leva

pois ando com as armas de


São JORGE.

REVERTER UMA SITUAÇÃO


-UM GALO PARA BARÁ.
-UM GALO PARA OGUN.
-UMA FRANGA PRETA NOVA PARA URUMILAIA.
-TRÊS GANCHOS DE FERRO.

-TERRA DE 4 CAMINHOS .
-BASTANTE MOEDAS .
-SOBRA DE COMIDA .-
Sacrificar o galo no horário de 12 horas,primeiro para BARÁ.Deixar seu
sangue correr por cima do seu igbá.
Depois matar para OGUN,deixando o sangue correr sobre o seu Igbá.

Por último sacrfica-se para OXALÁ de URUMILAIA sangrando por cima


dos três ganchos.
Colocar os iales correspondentes a cada entidade,nos seus igbás.
As partes restantes dos animais devem ser colocadas limpas e crus em um
alguidar .
Sobre eles os ganchos.
Colocar o resto de comidas previamente separadas sobre os restos dos
animais do sacrifício e do gancho.
Cobrir tudo com as areias do caminho.
Despachar tudo ás 18 horas em uma campina.
É aconselhado fazer este axé na sexta-feira.

SALADA MISTA ENERGIA


-2 XÍCARAS DE GRÃOS DE SOJA

-2 XÍCARAS DE GRÃO DE BICO


-2 TOMATES GRAÚDOS PICADOS
-1 CEBOLA MÉDIA PICADA E SEM ÁCIDO
-1 PIMENTÃO VERMELHO PICADO-
1 PIMENTÃO AMARELO PICADO
-2 CENOURAS MÉDIA RALADAS
-1 XÍCARA DE UVAS EM PASAS HIDRATADA

-1 BANANA PRATA PICADA


-1 UMA MAÇA PICADA
-1UMA PERA PICADA
-A ZEITE DE OLIVA
-TEMPERO VERDE PICADO
-UMA PITADA DE PIMENTA DO REINO

-UMA PITADA DE COMINHO


-Cozinhe os grãos até ficarem macios.
-Deixe escorrer e lave com água fria.
-Misture tudo e após coloque azeite de oliva ,sal e tempero a vontade.
URGÊNCIA

Quando você se sentir em prejuízo por causa de elementos que criam


situações constrangedora,prejuízos financeiros, atritos,brigas ou
intrigas,etc…,acenda uma vela branca para OGUN,peça licença para ele
para que possa seu subordinado direto TRANCA-RUAS trabalhar para
você.Isto feito acenda uma vela preta para exu TRANCA-RUAS,ele quem
vai tomar conta de seu problema. Coloque ao lado das velas um copo com
água fresca,que deverá ser colocada no lado de fora de sua residência após
a leitura da oração a seguir,feita com fé,devoção e muita confiança de que
sua causa é justa e foge de seu controle, restando somente a intervenção das
entidades espirituais.
…Glória a DEUS nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Santo Expedito,vós que pelos vossos méritos alcançastes a ben-aventurança
eterna,ouvi a minha prece.Intercedei junto a Nosso Senhor Jesus
Cristo,para que sejam aplainados os caminhos deste vosso humilde
devoto.Senhor meu Jesus Cristo,que derramastes o Vosso Santo Sangue na
cruz pela salvação dos pecadores,dignai-vos atender a intercessão do vosso
grande Santo Expedito.Sedeatento,senhor as palavras de Santo
Expedito,em favor deste vosso humilde filho,sede propício,senhor,aos
rogos do vosso glorioso Santo Expedito,senhor meu Jesus Cristo,ouve
complacente as palavras de Santo Expedito.
Valoroso e puro servidor do altíssimo Santo Expedito,considerai que sendo
este vosso devoto um pecador,não perdeu contudo sua fé nem na
misericórdia de DEUS nem nos vossos méritos perante Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Assim contrito e arrependido dos meu pecados,venho suplicante rogar a
vossa intercessão em meu favor,obtendo da misericórdia e da justiça divina
, a graça de ser atendido em minha prece [fazer o pedido].
Santo Expedito, fiel ao senhor,rogai por mim.
Santo Expedito,pelo vosso martírio,rogai por mim.
Santo Expedito,pela vossa morte,rogai por mim.
Santo Expedito,glorioso martir,rogai por mim.

Santo Expedito,valente militar,rogai por mim.


Santo Expedito,socorro dos doentes,rogai por mim.

Santo Expedito,amparo dos viajantes,rogai por mim.


Santo Expedito,patrono dos aflitos,dos que se acham em dificuldades,dos
que confiam em vossos méritos,amparai-me,protegei-me
Santo Expedito,vós que jamais negastes o vosso socorro e a vossa proteção
aos que vos imploram com fé e humildade,sede atento aos meus rogos e
pelo sangue que Nosso Senhor Jesus Cristo derramou,pela salvação dos
pecadores,dignai-vpos atender à prece que humildemente vos dirijo.
ASSIM SEJA.

Ebós de Odu
EJI-OKO – no caminho de Ogun
7 cocadas brancas
7 akaçás
7 bolinhos de farinha

1 pàdé de mel ou azeite doce


7 velas de aniversário
7 copos de guaraná
7 moedas corrente
1 obi
Colocar numa praça aberta

EJI-OKO – no caminho de Ogun


1 oberó n. ° 06
Caruru no meio de todas as comidas de santo em volta com 2 velas, 1 cesta
de fruta.
Coloca-se nos pés de Ibeji.

OGUM
Dar-se um Ajá para Ogum e aluá , se nã o souber dar, enfeite-o com fitas e
oj á s e apresente a
ogun, soltar vivo em uma estrada e ap ó s dar comida a Ogum da prefer ê
ncia um bode e dar os
banhos na pessoa
1 banho de milho vermelho
1 feij ã o fradinho torrado 1 banho de canjica

Ebó de saúde para Etaogundá

Material:
– Um quilo de fígado
– Um quilo de peito

– Um miolo fresco
– Um coração
– Um rim
– Um pedaço de garganta
– Um pedaço de bucho
– Vinte e um acaças

– Um quilo de milho vermelho torrado


– sete velas brancas comuns
Entregar, depois de passar no corpo da pessoa. Este Ebó é colocado na
porta do cemitério. Depois dar três banhos na pessoa de canjica e fazer
descarrêgo de polvora. Depois dar comida a Jagum e a Terra.

ETAOGUNDA – PARA ABRIR CAMINHOS


1 oberó n ° 5

1 quilo de arroz cozido


3 rodelas de inhame

3 chaves de ferro
3 velas
Dendê
Bilhete com o pedido, por um pouco de arroz no oberó , por o bilhete e
resto de arroz, as chaves, regar com dendê e por último por as três rodelas
de inhame; colocar em uma estrada de subida com bastante movimento ou
embaixo de uma árvore oferecendo à Etá ogundá com as velas.

EBÓ ETAOGUNDA
1 prato com arroz branco bem cozido
3 rodelas de inhame
3 chaves
3 akaçás
3 velas

1 bandeira branca
Arriar para Esu evocando este Orixá com muita fé.

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