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E-book: Desenergização e o Aterramento Temporário | Edson Martinho - 2017 (Design por: Sala da Elétrica)

Desenergização e o
Aterramento
Temporário
Versão: 2.0
Sumário
INTRODUÇÃO 3
1.1 As normas regulamentadoras 4
1.2 Regulamento x Normas técnicas 10

2. A NORMA REGULAMENTADORA NÚMERO 10 12

2.1 A importância da análise de risco 13

3. DESENERGIZAÇÃO 18

3.1 Sinalização 21
23
3.2 Bloqueio e sinalização

25
4. REENERGIZAÇÃO

27
CONSIDERAÇÕES FINAIS

➜ CONHEÇA O CURSO COMPLETO DE ATERRAMENTO


Introdução
O objetivo deste e-book é discutir a desenergização dos
circuitos, e o aterramento temporário como uma das
medidas de proteção.

Esta, entre outras medidas, é imprescindível na garantia


da saúde e segurança das pessoas que de alguma forma
vão interagir com o circuito que foi desenergizado.

O aterramento temporário vai garantir que, na ocorrência


de alguma falha no procedimento, a equipotencialização
e acionamento de dispositivos de proteção, minimizando
os efeitos decorrentes do uso inadequado da energia
elétrica.

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1.1 As Normas Regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras, conhecidas como “NR´s”
ou simplesmente “Regulamentos” tem por função
regulamentar e fornecer orientações sobre os
procedimentos necessários ou obrigatórios para a
obtenção de um determinado resultado.

Estes regulamentos são sempre criados e geridos por


órgãos do governo como é o caso da ANVISA, por
exemplo. No nosso mundo, a eletricidade, o conjunto de
normas regulamentadoras emitidas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego – MTE, são as mais conhecidas e
estão relacionadas com a segurança, saúde e medicina do
trabalho.

Atualmente estes regulamentos do MTE formam um


conjunto de 36 documentos que são listados abaixo:

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1.1 As Normas Regulamentadoras
➜ Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais
➜ Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
➜ Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou interdição
➜ Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
➜ Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
➜ Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
➜ Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
➜ Norma Regulamentadora Nº 07 - Despacho SSST (Nota Técnica)
➜ Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
➜ Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
➜ Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
➜ Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
➜ Norma Regulamentadora Nº 12 - Máquinas e Equipamentos

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*Se estiver pelo celular. acesse: http://eletri.co/cursoaterramento
1.1 As Normas Regulamentadoras
➜ Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
➜ Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
➜ Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
➜ Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
➜ Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
➜ Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
➜ Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
➜ Norma Regulamentadora Nº 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
➜ Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
➜ Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
➜ Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
➜ Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
➜ Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
➜ Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
➜ Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades

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1.1 As Normas Regulamentadoras
➜ Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
➜ Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
➜ Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
➜ Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
➜ Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
➜ Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria Naval
➜ Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em altura
➜ Norma regulamentadora Nº 36 - Abate e processamento de carnes e derivados

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1.1 As Normas Regulamentadoras
Estas normas são citadas no capítulo V, título II da CLT – Consolidação das Leis
do Trabalho e foram aprovadas pela Portaria 3214 de 8 de junho de 1978,
além de terem aplicação obrigatória em todas as empresas brasileiras regidas
pela CLT.

Um ponto importante a esclarecer é que uma norma regulamentadora é


primeiramente elaborada ou revisada por uma comissão tripartite, composta
por representantes do governo, de empregadores e de empregados, portanto
é um documento de consenso entre os atores do cenário a que se aplica.
E por último, mas não menos importante, é um
Também é interessante informar que qualquer norma regulamentadora documento oficial do Governo e de aplicação
elaborada pela comissão tripartite também passa por um processo de obrigatória nos termos da lei, sendo fiscalizado
avaliação pública, conhecida como “consulta pública”, onde a sociedade tem pelas superintendências regionais do trabalho e
acesso ao texto base e podem opinar, enviando sugestões, críticas e passíveis de punição, que vão desde multas até
colaborações para que o texto seja melhorado e atenda a todas as o impedimento de funcionamento da empresa
necessidades de segurança e saúde dos envolvidos. infratora.

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1. 2 Regulamento X Normas Técnicas
Uma norma regulamentadora tem o objetivo expressar o que se deve fazer Podemos afirmar que as normas técnicas
para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que direta ou são os complementos para as normas
indiretamente atuem em um determinado serviço. Quando o caso é regulamentadoras, pois uma diz o que fazer
eletricidade, a norma de número 10 – NR-10 tem em seu primeiro item esta e a outra o como fazer.
definição:

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e as


condições MINIMAS, objetivando a implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a SEGURANÇA e a
saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Já a norma técnica, que é de uso opcional*, na sua concepção, já que é


elaborado pela sociedade e publicado por uma associação, tem o objetivo de
informar o como fazer para garantir a segurança, conforto e qualidade.
Traduzindo as experiências bem sucedidas em cada etapa.

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1. 2 Regulamento X Normas Técnicas
Veja uma representação da relação entre normas regulamentadoras e normas técnicas.

Nota: *As normas


técnicas se tornam
obrigatórias a partir de
dispositivos legais como
o código de defesa do
consumidor, leis
municipais, a própria
NR-10 entre outras.

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2 A Norma Regulamentadora Número 10
A norma regulamentadora número 10 do Ministério do Trabalho e
Emprego foi publicada em 1978 como parte de um conjunto de normas
NR-10
Norma de gestão da segurança
para garantia da segurança e saúde do trabalhador e teve seu texto
para trabalhadores e usuários que
alterado em 2004 para se transformar em uma norma de gestão da
tenham contato direta ou
segurança para trabalhadores e usuários que tenham contato direta ou indiretamente com a eletricidade.
indiretamente com a eletricidade.
Não se devem imaginar a NR-10 como uma
A NR-10 como é conhecida têm, em sua essência, requisitos para esta receita de bolo onde todos os ingredientes e
garantia, mas que deve sempre integrar medidas de controle de todos os proporções estão escritos, assim como a
riscos. metodologia de se fazer com tempos,
quantidades e condições.

Foi escrita e revisada de maneira a permitir esta integração de forma A NR-10, por ser uma norma de gestão, define o
adequada por todos os segmentos da indústria, comércio e mesmo que deve ser feito, mas é você em conjunto com
residência, pois em locais de habitações multifamiliares, há sempre todos os envolvidos e usando técnicas que se
funcionários contratados em regime CLT e, portanto, passam a ser motivo adequem a necessidade da situação (empresa,
de garantia de segurança e saúde, sendo abrangidos pela norma. por exemplo), é que vão definir a melhor forma de
garantir a segurança de todos.

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2.1 A importância da análise de risco
A norma NR-10 traz a necessidade de análise de risco e quase todos os O uso de umas das técnicas disponíveis é muito
itens, pois é um requisito importante para a vida. O item 10.2.1, por importante. Não cabe aqui discorrer sobre elas,
exemplo, diz: mas apontá-las como HAZOP – Hazard and
Operability Studies, APR – Análise Preliminar de
Risco, AMFE – Análise de Modo de Falha e Efeito
Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas
ou FMEA como é conhecida pela sigla em inglês,
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos além de outras técnicas.
adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho. O texto ainda faz referência ao principal objetivo
de toda a norma que é “garantir a segurança e
Poderíamos até ignorar este item se houvesse a cultura de se preocupar saúde do trabalhador”, e este deve ser o objetivo.
com a segurança através de uma análise de risco, mas é muito comum
Voltando a análise prévia dos riscos envolvidos
encontrar atividade que sequer teve uma pequena avaliação. A maioria,
em uma atividade e sua importância, não
quando é feita, é feita de forma muito sucinta e despretensiosa, deixando
somente no trabalho dentro da indústria, mas em
de lado muitas condições que deveriam ser analisadas para garantir a real qualquer situação, vamos tomar como base
segurança. O texto que usei como exemplo cita - adotar medidas qualquer atividade rotineira, como por exemplo,
preventivas e de controle do risco através de técnicas de análise de risco. lavar o chão de casa:

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2.1 A importância da análise de risco

O planejamento do trabalho é importante e para isso separamos os


Sugiro que se respondam algumas perguntas:
insumos, equipamentos e produtos que serão usados. No caso desta
atividade, vamos separar a mangueira e conectá-la à torneira, separamos 1) Será que a dona de casa pode lavar o chão
também o produto que será usado para a lavagem, como sabão, por descalçada?
exemplo, uma vassoura ou esfregão e, por fim, um rodo e panos para 2) Será que não vão passar pessoas por aquele
secar (caso não seque ao sol). chão durante a lavagem?
3) Ela vai lavar somente o chão ou vai
Normalmente, este é o procedimento que uma dona de casa precisa. Mas aproveitar e lavar as paredes também (neste
caso, as perguntas são: existe eletricidade,
vamos lembrar que faltam algumas coisas: Inicialmente, quais os EPI´s –
equipamentos ou qualquer elemento que
Equipamentos de Proteção Individual - e EPC´s, Equipamentos de
possa ser danificado?).
Proteção Coletiva são necessários.

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2.1 A importância da análise de risco

Observem que são inúmeras pendências que ficam em uma simples


lavagem de chão.

É aí que entra a análise de risco. Uma avaliação criteriosa iria verificar que
a pessoa que executará o serviço precisa de calçado antiderrapante e
outros EPI´s para sua segurança, também avaliará que é necessário
proceder a avisos sobre o piso escorregadio, e até barreiras para impedir
que as pessoas passem por aquele local.

A verificação e instrução do lavador sobre os riscos envolvidos de


escorregamento e choque, entre outros, é outro ponto a ser detectado na
análise e por aí vai...

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2.1 A importância da análise de risco

Observaram como é importante uma análise de risco bem elaborada?

Com esta análise você poderá adotar as medidas necessárias, estabelecer


procedimentos e garantir que qualquer atividade seja elaborada com
segurança.

Lembre-se – até um saltador de paraquedas avalia todos os riscos antes


de saltar.

Faça você o mesmo e sempre, em qualquer atividade.

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3. Desenergização
Sabemos que a DESENERGIZAÇÃO é prioridade na proteção coletiva e deve
ser usada sempre que for possível.

O trabalho em circuitos energizados deve sempre ser evitado, pois


aumenta os riscos de forma significativa.

O item 10.5 da NR 10 estabelece que para um circuito ser considerado


desenergizado, ele deve seguir alguns passos que listo abaixo:

a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada
(Anexo I);
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

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3. Desenergização
Observe que o Item A desta sequência cita o seccionamento, ou seja, é o Na prática, você curto-circuita os
que na maioria das vezes as pessoas entendem como ‘desligar’ e condutores e leva para a terra de forma a
confundem com a desenergização. gerar um grande curto circuito no sistema
fazendo os dispositivos de proteção
Seccionar é desligar o equipamento, mas não é desenergizar, como atuarem, garantindo a segurança de quem
podemos confirmar nos itens subsequentes que compõem a estiver trabalhando.
desenergização.
O processo de instalação é relativamente
O impedimento de reenergização é garantido por bloqueio e sinalização, simples, mas deve ser seguido
que veremos mais à frente, da mesma forma com a sinalização. rigorosamente conforme descrito muito
bem pelos colegas João Barrico e Joaquim
Outro passo importante é a instalação de aterramento temporário com Gomes em seu MANUAL DE AUXÍLIO NA
equipotencialização dos condutores dos circuitos. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NOVA
NR10.
Esta prática garante que em qualquer energização acidental que venha
acontecer, o sistema de proteção irá ser atuado e a equipotencialização
será forçada.

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3. Desenergização
Item D: Instalação de aterramento temporário com É importante controlar a quantidade de
equipotencialização dos condutores dos circuitos. aterramentos temporários implantados de
forma a garantir a retirada de todas as
Constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de unidades antes da reenergização.
aterramento temporário deverá ser ligado à terra e ao neutro do sistema,
quando houver, e às demais partes condutoras estruturais acessíveis.

Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos


condutores fase, previamente desligados, obtendo-se assim uma
equalização de potencial entre todas as partes condutoras no ponto de
trabalho.

Observe-se que este procedimento está sendo realizado em uma


instalação apenas desligada o que pressupõe os cuidados relativos à
possibilidade de ocorrência de arcos.

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3.1 Sinalização
Eu tenho um amigo que ao ministrar uma palestra e falar da importância
da sinalização, ele diz mais ou menos assim:

Você sairia para viajar com seu carro, por uma serra, sinuosa....à noite...
chovendo..... sem iluminação.....sem faróis no seu carro..... e sem
sinalização na estrada?

Pois bem, a sinalização está intimamente ligada à segurança. No exemplo


que citei, se o dia estiver chuvoso e a iluminação ruim, mas houver as
marcas na estrada para você se balizar, e placas que possam identificar o
caminho, a sua segurança aumenta e o risco diminui.

Na empresa não é diferente. A sinalização deve ser sempre clara e com o


máximo de informação possível e importante. Observe que em qualquer
situação de trabalho, por mais que o trabalhador conheça seu trabalho,
avisos de segurança são necessários e podem ajudar muito na definição
da tarefa ou da ação.

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3.1 Sinalização
Recorrendo à NR-10 novamente, vemos que o item 10.10 versa sobre sinalização de O texto é claro no que diz respeito às
segurança, e neste caso a segurança é nos serviços com eletricidade. Vejamos o texto: aplicações ou objetivos da sinalização.
Mas observe que ele remete a outra
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização NR, a de número 26, que tem como
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo objetivo definir cores, rotulagem
ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre preventiva e fichas com dados de
outras, as situações a seguir: segurança de produtos químicos.

a) identificação de circuitos elétricos; Desta forma, o simples uso de


b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e etiquetas sinalizadoras de cor já pode
comandos; auxiliar na interpretação dos tipos de
c) restrições e impedimentos de acesso; riscos, ou natureza dos riscos, a que
d) delimitações de áreas; estão expostos os colaboradores que
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de entram na zona controlada.
movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização;
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

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3.2 Bloqueio e Sinalização
Já tivemos a oportunidade de falarmos sobre a importância da Escopo. (i) Essa norma abrange a assistência técnica e a
sinalização e as regras que algumas normas definem para que a manutenção de máquinas e equipamentos no qual a
sinalização seja eficiente. Agora vamos falar sobre a relação da energização ou inicialização não esperada das máquinas
sinalização com o bloqueio de energias perigosas. ou equipamentos, ou a liberação de energia armazenada
pode causar ferimentos aos funcionários. Essa norma
Antes, vamos discorrer um pouco sobre os tipos de energias estabelece os requisitos mínimos de desempenho para o
perigosas. Não somente a energia elétrica, mas a energia térmica, controle.
energia mecânica - como energia de molas, por exemplo, e a energia
hidráulica ou pneumática são energias que podem ser perigosas e a Finalidade. (i) Esta seção requer que os empregadores
análise de risco irá definir se devem, ou não, ser bloqueadas e estabeleçam um programa e utilizem procedimentos para
sinalizadas. adicionar dispositivos de bloqueio apropriados ou
dispositivos de sinalização para as fontes de energia e fora
Pela OSHAS 29 CFR 1910.147 (Controle de energia perigosa – isso para desabilitar máquinas ou equipamentos para
Bloqueio e Sinalização) define-se que em locais de assistência técnica evitar a energização, inicialização ou liberação não
e manutenção, as energias perigosas devem ser bloqueadas com o esperada de energia armazenada a fim de evitar
intuito de não causar acidentes, vejamos duas partes do texto: ferimentos aos funcionários.

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3.2 Bloqueio e Sinalização
Observe que o texto fala de energização ou inicialização não
esperada, por este motivo é que devemos bloquear a energia para
que ela não seja acionada acidentalmente.

Este bloqueio deve ser realizado por meio que garanta a não
energização acidental.

Normalmente, se usa artifícios como cadeados.

É importante ressaltar que é recomendado que se elabore um


programa, que inclui avaliação do risco, definição do bloqueio
apropriado, o procedimento para sinalização, e a sequência que deve
ser utilizada para cada uma das etapas.

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4. Reenergização
Vamos falar agora da reenergização, ou seja, do procedimento que Para finalizar, notifique por escrito e verbalmente,
deve ser tomado após o término do trabalho. todos os envolvidos no processo de que o
equipamento está liberado para ser utilizado.
O primeiro passo é verificar se o equipamento está em perfeito
estado e todos os trabalhos que estavam sendo realizados foram Registre todos os dados em um diário para que possa
feitos a contento. ser consultado caso seja necessário.

Em seguida, verifique se toda a equipe que participava do processo A NR-10, traz em seu escopo a sequência para a
foi retirada da zona controlada, ficando somente as pessoas reenergização. Esta sequência está descrita no item
responsáveis pela reenergização. 10.5.2, que reproduzo a seguir:

Verifique se todos os controladores de energia se encontram na


posição neutra.

Na sequência, remova os dispositivos de bloqueio de todos os pontos


de energia, seguindo os passos previstos no procedimento de
desbloqueio.

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4. Reenergização
10.5.2: O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a remoção dos bloqueios, alertando para que sejam
autorização para reenergização, devendo ser reenergizada removidos na sequência adequada, e a comunicação
respeitando a sequência de procedimentos abaixo: da liberação para o trabalho que deve ser sempre de
forma clara.
a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não Tivemos a oportunidade de discorrer sobre a
envolvidos no processo de reenergização; energização e desenergização. Espero que tenha
c) Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das ajudado a melhorar o entendimento sobre o tema e,
proteções adicionais; principalmente, que tenha sido um bom motivo para
d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização; ficar mais atento quando for executar um serviço.
e) Destravamento se houver, e religação dos dispositivos de
seccionamento. Lembre-se que tão importante quanto o
procedimento para desenergização é o de
Observem que, de forma semelhante, os passos seguem reenergização, pois todos devem levar em
praticamente a mesma sequência e se preocupam com a remoção consideração a segurança de quem irá trabalhar
das pessoas que não estarão envolvidas com a reenergização, a na manutenção, reforma ou qualquer atividade
que envolva energia.

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Considerações Finais
O objetivo deste e-book foi o de discorrer, sucintamente, sobre os Espero poder ter contribuído para esta
requisitos que envolvem a desenergização e reenergização de discussão e fico a disposição para continuar a
circuitos elétricos, com base na Norma Regulamentadora Número 10 contribuição.
- NR-10.

Tivemos a oportunidade de apresentar alguns pontos importantes


amparados em normas, para que a energização e desenergização de
um ou mais circuitos sejam realizados de forma segura, mas, antes
de tudo, é importante criar a consciência de que a vida deve ser
preservada e os riscos avaliados de forma constante, principalmente
quando o assunto é eletricidade que não perdoa.

Naturalmente este e-book não esgota o assunto, mas sim estimula a


busca por literaturas que possam formar o conceito de segurança em
qualquer atividade, sobretudo a de eletricidade.

Espero poder ter contribuído para esta discussão e fico a disposição


para continuar a contribuição.

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Quem é Edson Martinho?
O engenheiro eletricista Edson Martinho é formado pela Universidade de Mogi das Cruzes – SP e possui
pós-graduações nas áreas de Docência do Ensino Superior e Marketing.

Atua no setor elétrico e energético há mais de 20 anos, sendo que há mais de 15 anos profere palestras por
todo o país (e fora dele) sobre diversos temas relacionados às instalações elétricas de baixa tensão, segurança
com eletricidade e distúrbios da energia elétrica.

Estima-se que já tenha proferido mais de 2 mil palestras. É fonte e colunista de diversas publicações
especializadas, tendo escrito vários artigos sobre temas relacionados à eletricidade com segurança e
qualidade.

É diretor executivo e fundador da ABRACOPEL – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da


Eletricidade, atualmente vice-presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Salto-SP, idealizador SITES (Clique e Conheça)
do Portal Universo Lambda, sócio-diretor da Lambda Consultoria, empresa especializada em prestar universolambda.com.br
assessoria às empresas com problemas de energia elétrica. lambdaconsultoria.com.br
lambdacursos.com.br
abracopel.org.br
A Lambda Consultoria possui um braço de treinamento, a Lambda Cursos, que administra os cursos
ministrados pelo Eng. Edson Martinho. FACEBOOK | TWITTER

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