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ao corpo:
abordagens subversivas em arte
Resumo. Este artigo propõe pensar a inter-relação da arte com os novos meios
tecnológicos em propostas de instalações, que acentuam a corporalidade do espectador
e subvertem os discursos hegemônicos sobre a arte, o corpo e a tecnologia, partindo de
conceitos ligados ao pós-humanismo. Do corpo participante das propostas artísticas dos
anos 60 à intensificação das experiências perceptivas com base em um corpo virtualmente
codificado, o trabalho dos artistas argentinos e brasileiros Leonello Zambón, Leo Nuñez,
Eduardo Kac, Rejane Cantoni e Daniela Kutschat Hanns sugerem um questionamento
sobre a interação corpo-máquina e o lugar do corpo na sociedade pós-moderna.
Palavras-chave. instalações, corpo, tecnologia, pós-humanismo.
Fig. 2 - Rejane Cantoni e Daniela Kutschat Hanns: OP_ERA: Haptic Wall, 2004.
Conclusão
A especificidade do entorno tecnológico torna mais complexa a
participação do espectador, que põe em questão, como foi visto, o conceito de
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A experiência estética, segundo Immanuel Kant define na A crítica do Juízo – Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1993 –, deveria ser somente contemplativo, não deveria ir além do objeto mesmo,
permanecendo na sua própria aparência. Deve permanecer desinteressado, com finalidade em si
própria.
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[tradução nossa]: “No se trata de una “desaparición” del cuerpo/sujeto, tragado por los medios
electrónicos y telemáticos, sino más bien del eclipse de determinados conceptos históricos de
cuerpo y de sujeto, deudores de la visión espiritualista o idealista que todavía mira, aunque desde
lejos, al horizonte cartesiano. Frente a estos conceptos que abogan por la idea de cuerpo como un
recipiente que alberga la esencia del ser, el sujeto, se van consolidando nuevos postulados, como
hemos constatado anteriormente, según los cuales, aunque el entorno, el cuerpo y el sujeto sean, en
función de su representación en el cerebro, claramente distintos, el mundo cognitivo es un mundo
encerrado en sí mismo.”
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Martin Heidegger, na obra Ser e tempo, desenvolveu o conceito de ser-aí (Dasein) relacionado com a
condição de existência do humano na manifestação de sua atualidade, ou seja, a existência humana
seria o lugar (Da) onde o ser (Sein) se manifesta.
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[informação verbal]: “Em e-mail enviado à autora em 14 de setembro de 2010”.
Referências
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Consciousness. Berkeley: University of California Press, 2003.
BREA, José Luis. El tercer umbral. Estatuto de las prácticas artísticas en la era del capitalismo
cultural. Premio Espais a la Crítica de Arte. Murcia: CENDEAC, 2003. Disponível
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FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta. São Paulo: Hucitec, 1985.
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